Turbo Oficina 017

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N.º 17 | Outubro 2013 | 2,2€

dossier

iluminação Os LED vieram para ficar e estão a generalizar-se rapidamente

Valvoline Lança gama pioneira de lubrificantes de motor com 50% de óleos reciclados Peças A Peugeot-Citroën aposta forte no pós-venda e em redes próprias de oficinas

PUBLICAÇÃO MENSAL

2º ESTUDO TURBO OFICINA os portugueses confiam cada vez mais nas oficinas independentes. publicidade

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sumário N.º 17 | outubro 2013

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt DIRETOR ADJUNTO ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt

dossier Iluminação P.40

EDITOR-CHEFE CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt

Hoje quando se fala em iluminação os LED são incontornáveis. Chegaram como tecnologia de ponta, mas as suas grandes vantagens fizeram com que a sua generalização esteja a ser mais rápida do que previsto. Conheça as novidades.

RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt REDAÇÃO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO GUILLERMO DE LLERA JOÃO ALMEIDA JORGE LIZARDO NEVES MANUEL GAMEIRO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA

5 Radar

PROTAGONISTA

Estudo Hábitos dos consumidores nas oficinas. P.50 Um dia com... Valeo. P.55 Competências profissionais. P.58 Carf. P.62

Fernando Amaral - Alidata. P.6

REVISÃO

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Novidades do mercado. P.12

REPARAÇÃO

Pintura: Proteger o que não vai ser pintado. P.64 AdBlue. P.68 Análise Axone 4 da Texa. P.70 Manutenção Hyundai i30 SW. P.72

ESPECIALISTA

Valvoline - Gama NextGen. P.22 GT Motive. P.24 Peças Peugeot-Citroën. P.28 Eventos EQUIP AUTO. P.30 Motorcheck. P.31 Checkpoint. P.32 Boxer. P.34 Pintor R-M. P.36 Novo Grupo NORS. P.38

7 ambiente

ANIA. P.73

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PNEUS

RS Contreras. P.76 Dispnal. P.78 Opinião Luís Martins. P.80

RAIO X

Comercial do mês: Nissan NV400. P.46 Fornecedores Ferrari F12 Berlinetta. P.48

O OPINIÃO

DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

Consultório jurídico. P.82

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES ONEDRIVE SELO CAPA

CONTINENTAL PÁGINA 13

FUCHS PÁGINA 25

RING PÁGINA 45

TIRESUR PÁGINA 67

EUROTYRE RODAPÉ CAPA

TRW PÁGINA 15

MEYLE PÁGINA 27

S. JOSÉ PNEUS PÁG. 46/47

DISPNAL PÁGINA 75

CONTINENTAL PÁGINA 2

JAPOPEÇAS PÁGINA 17

PROVMEC PÁGINA 34

DT-DIESEL TECHNIC PÁG. 49 CESVIMAP PÁGINA 83

SPIES HECKER PÁGINA 5

LIQUI MOLY PÁGINA 19

R-M PÁGINA 36/37

DUPONT PÁGINA 55

TURBO OFICINA PESADOS

SWAG PÁGINA 11

TTT PÁGINA 21

MGM PÁGINA 39

CARF PÁGINA 61

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EDITORIAL Redes cada vez mais fortes

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esta edição mostramos-lhe a primeira parte dos resultados do estudo anual que fazemos sobre os hábitos do consumidor final na sua relação com as oficinas e com a reparação automóvel (na próxima edição publicamos a segunda parte). Mais uma vez usámos o auditório dos leitores da TURBO, consumidores finais por excelência e com interesse por automóveis. Uma das principais conclusões que podemos tirar é que as oficinas independentes continuam a ganhar terreno, apesar do esforço que as oficinas oficiais das marcas têm feito nos últimos tempos para recuperar os clientes que foram perdendo na altura em que se vendiam muitos carros novos (sobre isso pode ler também um artigo interessante neste edição sobre a estratégia pós-venda da Peugeot-Citroën). Ainda mais revelador neste estudo é a importância crescente que as redes de oficina demonstram. Pegando nos dados da GiPA (convidámos o seu responsável em Portugal, Guillermo de Llera, a comentar os resultados do estudo) de que as oficinas em rede representam cerca de 5% do total das oficinas multimarca, é surpreendente saber que 44% dos inquiridos, quando escolhem uma multimarca, escolhem uma de rede. A crise económica do país (e a força de comunicação e marketing destas empresas) tem ajudado ao crescimento rápido deste canal, mesmo dentro dos inquiridos que são, à partida, consumidores interessados em automóveis e com mais conhecimentos sobre o tema. E deitando por terra o argumento de que as pessoas mais informadas ainda continuam a preferir as oficinas oficiais de marca, os resultados mostram que apenas um em cada quatro inquiridos tem opinião negativa sobre as redes de oficinas. Isto mostra que a confiança é cada vez maior e não há grandes dúvidas sobre o reforço das redes de oficinas nos próximos anos. Será por isso curioso ver a sua evolução no(s) próximo(s) ano(s), mas acreditamos que será também interessante saber quais as oficinas em rede mais reconhecidas pelo público final, numa pergunta aberta que fizemos no inquérito e que vamos publicar na próxima edição.

O facto de 44% dos inquiridos dizerem que quando escolhem uma oficina multimarca, escolhem uma de rede mostra a vitalidade cada vez maior deste canal

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Cláudio Delicado Editor-CHEFE claudiodelicado@turbo.pt

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Fernando Amaral. “O software põe-nos todos a falar a mesma língua” Do contabilista para o gestor, de centrado no negócio para centrar-se no cliente. O software deixou de ser um luxo e é hoje absolutamente determinante na rentabilidade das empresas que compõem o tecido do aftermarket em Portugal. A Turbo Oficina falou com Fernando Amaral, dirigente da Alidata, sobre os desafios futuros daquela que é uma das maiores tecnológicas nacionais. TEXTO André Bettencourt Rodrigues FOTOS JOSÉ BISPO

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hega a ficar dois meses fora de Portugal e assume que carrega consigo tecnologia suficiente para fazer face a qualquer eventualidade. Afinal, em países como Angola, Brasil ou Moçambique, mercados onde a Alidata está presente, nem sempre é fácil resolver um problema da forma como pretendemos e, acima de tudo, com a rapidez exigida. É por isso que Fernando Amaral não dispensa um “bocadinho de Fnac” de cada vez que parte em viagem, um cabaz onde não faltam “cabos, um smartphone, um tablet e dois portáteis”. Após 20 anos como consultor na Capgemini, o atual dirigente da Alidata assumiu, em 2011, através da aquisição de uma partipação da empresa, o desafio de levar a casa sediada em Leiria à conquista internacional. Hoje está presente em cinco grandes mercados (Brasil, Angola, Moçambique, França e Cabo Verde) que representam cerca de 40 por cento da sua faturação, depois de apostar numa estratégia “mais virada para os clientes da casa” e num processo de internacionalização “muito mais vincado”. Para quem nasceu na pequena

localidade de Cernache do Bonjardim, trocando a vila pela capital portuguesa logo após o 12º ano, este não deixa de ser um feito assinalável. E prova a determinação de um gestor que tem um único objetivo: continuar a crescer. O sucesso da Alidata é a prova de que o software português é de excelência ou de que é possível criar uma empresa de excelência? Ambos. Leva-nos ainda a outro fator que é o principal: as pessoas são de excelência. Nada se faz — e isto na consultoria é especialmente importante — sem uma moldura humana competente, porque o que estamos a “vender” são precisamente as pessoas. Nós só conseguimos ser “PME Líder” se as pessoas forem de excelência, porque eu não o consigo fazer sozinho. Onde está, então, a diferenciação da empresa? O software é hoje quase todo bom, por isso, na verdade, o que o cliente compra é compromisso. Não é no software que está a diferenciação e sim na velocidade, na qualidade do serviço que se presta, no

compromisso e na atitude. É o chamado “valor acrescentado”? Exatamente. Mas as empresas precisam que nós sejamos capazes de o explicar. De que vão gastar X, mas irão ganhar outras coisas: acompanhar as obras e os clientes, analisar as queixas e perceber em que áreas precisam de mexer. Uma das coisas que o software faz é criar uma aproximação direta entre o gestor e o cliente. Isso não quer dizer que o input das pessoas não é importante. Mas se tiver um input que é mecânico, automatizado, a minha avaliação torna-se mais próxima da realidade, já que a posso comparar com a análise que fiz das pessoas. Outra vantagem está relacionada com o tempo de decisão. Antigamente nós tomávamos decisões à José Hermano Saraiva — vínhamos contar uma história. Uma nota de crédito que o cliente não tinha pago, um atraso com um fornecedor. Tínhamos pouca capacidade sobre o evento, porque ele já tinha acontecido. Hoje a gestão é muito mais online. Não me posso dar ao luxo de estar a decidir a um mês de distância e tenho que poder saber o que está a acontecer em tempo real, no computador da oficina ou por outubro 2013

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intermédio de um tablet ou smartphone. As empresas estão hoje muito mais focadas na sua rentabilidade e operacionalidade? Que evolução sente no mercado? A gestão é muito simples, por mais que a queiramos complicar. Tem uma linha de proveitos e uma linha de custos. E o que se pretende é que a de proveitos esteja acima da de custos e que a diferença das duas dê a rentabilidade. Eu diria que, antigamente, como havia dinheiro, havia vendas, e as empresas olhavam apenas para a linha de cima, dos proveitos. Faturava-se bem e dessa forma os sistemas eram vistos como qualquer coisa que o contabilista precisava. Hoje é uma coisa que eu, gestor, preciso. O software passou a ser uma ferramenta de gestão ao serviço de quem comanda os destinos da empresa e ele, o gestor, está muito mais centrado na linha de baixo porque não consegue trabalhar na linha de cima, já que essa não depende totalmente dele. Assim, todas as ferramentas são desenvolvidas para um controlo mais efetivo dos stocks, para que as obras tenham uma rentabilidade muito mais alta. As pessoas não têm tanto dinheiro e isto são fatores que obrigam as empresas a olharem para o software de uma forma completamente diferente. Antes era uma máquina de escrever para fazer faturas e hoje é visto como um sistema que ajuda a gerir a empresa, que ajuda o gestor a entender a sua realidade. Servir vários quadrantes (retalho, grossistas, aftermarket, equipamento oficial) assume-se como uma vantagem competitiva? Prova a validade das vossas soluções? As soluções podem, de facto, ser adaptadas a qualquer empresa. Mas há outros fatores que fizeram a diferença na Alidata: em primeiro lugar, a zona em que a empresa desenvolveu grande parte do seu negócio nos primeiros anos, em Leiria — uma das regiões mais industrializadas do país. E quando nós falamos de uma fábrica de média dimensão, falamos também da oficina que ela tem lá dentro. O mesmo acontece, por exemplo, com as grandes transportadoras. Quer dizer que a Alidata cresceu numa área em que havia muito esta propensão para peças, oficinas,

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para a área de produção, para marcas. E isso quase pediu que o sotware evoluíssse nesse sentido, porque quem faz o mercado, quem faz o software, são os clientes, havendo depois alguém que sabe ler o que tem. Na Alidata soube-se ler. Fez-se evoluir o produto para uma área de negócio mais verticalizada, mais específica. E isso resultou num produto com um certo nível de preocupações, desenvolvendo funcionalidades que, se calhar, não são tão importantes para uma

“Não é no software que está a diferenciação e sim na velocidade, na qualidade do serviço que se presta, no compromisso e na atitude.“

PERFIL Nasceu em 1969, em Cernache do Bonjardim. Aos 18 anos veio para Lisboa estudar Direito, mas acabou rapidamente por entrar no negócio do software. Primeiro na Prológica, depois nas empresas que se seguiram, numa relação de 20 anos com a Capgemini, empresa à qual viria adquirir a Sendys e a Alidata em 2011. O principal sócio é o irmão, a pessoa com quem é mais exigente, mas que simultâneamente mais o ajudou. Aqui, trabalhar em família está longe de ser um problema, numa empresa com 110 colaboradores e mais de dez mil clientes. Além do software e da consultoria, é uma apaixonado pela velocidade e por grandes automóveis. A BMW é a sua marca de eleição.

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“Por muitas voltas que se dêem, a melhor publicidade é gratuita — aquela que um dos nossos clientes transmite a outro potencial cliente.”

empresa de serviços, mas que o são para uma empresa que comercialize peças. Pequenas empresas têm as mesmas necessidades? Depende. É muito mais complexo informatizar uma empresa de peças pequena do que uma empresa de serviços grande, porque a complexidade que existe quanto ao transporte de produtos, produtos de substituição, stocks mínimos e máximos, stocks contabilísticos, encomendas, requisições, pedidos de cotação, orçamentos e companhias de seguros é muito maior. Uma empresa de serviços é mais simples de gerir porque as variáveis a controlar são muito menores. Em termos de negócio também é assim? Se perguntarmos a um servidor se a empresa A é maior do que a B e fizermos a mesma questão a um ser humano, o ser humano olha para o nível de faturação e diz logo que A é muito maior. Mas se eu perguntar ao servidor a quantidade de processos que estão montados, como é que foram desenhados, o número de impressos, a quantidade de registos, este irá dizer-me precisamente o contrário, que B é maior que A. Isto acontece muitas vezes na informática: por vezes vamos para uma coisa de dimensão inferior, mas cuja complexidade é, na verdade, muito mais alta. Ainda é assim? Eu acho que os nossos gestores evoluíram, que todos nós evoluímos muito. Numa organização, as pessoas são sempre o ativo mais importante, mas logo a seguir vem o sistema que elas têm implementado. É ele que faz a ligação entre todas as variáveis: as pessoas, os fornecedores, os clientes, a gestão. O software põe-nos todos a falar a mesma língua. Essa ligação aos clientes também fez com que a empresa evoluísse, ou seja, houve componentes que foram desenvolvidos após o “feedback” dos clientes. Sem dúvida. Não se esqueça que nós temos uma particularidade que é a proximidade do cliente: quando ele se está a queixar de alguma coisa está a queixar-se diretamente ao produtor. Como analisam as suas necessidades? Antes da implementação do sistema, os nossos consultores deslocam-se às empresas

de maneira a fazer um levantamento de processos. Assim, quando a nossa equipa de desenvolvimento estiver a programar o software, a margem de erro da expetativa do cliente face ao que eu vou produzir é muito mais baixa. Esse processo pode demorar quanto tempo? Digamos que é um quinto do tempo do que se eu me limitasse a implementar o sistema. E isso quer dizer que é mais barato. Os clientes ficam surpreendidos com os resultados da análise? Eu já tive reuniões em que falámos nos pontos identificados como críticos para aquele negócio e é fantástico ver a reação deles quando percebem que acertamos na “mouche”. Mas também há quem reconheça a validade desse diagnóstico e depois nos diga que infelizmente, apesar de termos toda a razão, nao têm dinheiro para implementar a solução. Aí adiamos, faseamos ou deixamos para uma próxima oportunidade. O que mudou internamente na empresa nos últimos 30 anos? E que importância têm as parcerias? O negócio mudou muito. Antes íamos ter com um cliente para realizar um trabalho monotarefa, numa era em que as empresas de informática tinham alguma ascendência no negócio. Tudo era uma novidade e por isso podiam impor-se determinadas condições. Atualmente os clientes já sabem o que querem e o que não querem. Se vão mudar é porque não estão satisfeitos, mas já têm uma rede, um serviço, um sistema. Daí ser extremamente importante ouvi-los para produzir no produto aquilo que eles querem. É por estas razões que hoje convivemos com parceiros de outras áreas. O software tornou-se em ferramentas muito específicas. Mas há uns anos era expectável haver este tipo de colaboração? Não, porque antigamente todos trabalhavam na sua conchinha. A verdade é que torna todo o pacote mais atrativo... E é o resultado de uma mudança de paradigma, em que aqueles que eram nossos concorrentes tornaram-se nossos parceiros. Cada um de nós tem de compreender o seu espaço. O meu é tratar do cliente.

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PROTAGONISTA “Temos de compreender que hoje, para se ter mais um bocadinho de terreno, é preciso ir buscá-lo ao vizinho do lado.”

Mas essa união é visível para ele? Não cria mais confusão? Temos de compreender que hoje, para se ter mais um bocadinho de terreno, é preciso ir buscá-lo ao vizinho do lado. Temos de olhar para ele e de o envolver numa solução satisfatória para ambos. Se antes o centro do negócio éramos nós próprios, agora o centro é o cliente. E se ele ficar mais servido com dois a trabalhar em conjunto, então assim seja. No entanto, o cliente não quer chatices. E quer ter um único interlocutor. Por isso temos de nos juntar para que, aos olhos dele, aquilo pareça uma única solução. Faz uma avaliação cuidada dos seus

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parceiros antes de se juntar a eles, nomeadamente quanto aos seus valores, ou a vantagem estratégica é mais importante? Faço. E os valores são sempre mais importantes. Já perdeu algum bom negócio à conta disso? Já. Há negócios que não vale a pena fazer e não tem a ver com rentabilidade. Passamos uma série de valores às empresas que trabalham connosco e temos de ser coerentes nesses valores. Todos os dias andamos a dizer-lhes coisas de uma determinada maneira e não podemos fazer

negócios que contrariem a nossa palavra, senão nunca vão pensar em fazer o que eu digo. Por isso, prefiro deixar cair um negócio. E com esta estratégia já me aconteceu perdê-lo e ganhá-lo mais à frente. Porquê? Porque o mundo é pequeno — é um T0. E eu trato tão bem um cliente à saída como se o tivesse a ganhar hoje. Quais as estratégias futuras? Mais parcerias? Temos um produto muito diversificado, quer na área dos pesados, quer na área dos pneus. Em termos estratégicos, os passos seguintes passam mesmo pela internacionalização do produto. Estamos a desenvolver uma parceria para França e a cimentar posições em África e no Brasil. Em Espanha, as coisas estão complicadas porque o mercado não é fácil e porque os espanhóis são um pouco como nós: preferem comprar a um espanhol do que a um português. Felizmente traçamos um caminho que envolve alguns dos países com maior taxa de crescimento a nível mundial. Com Angola, Moçambique e Brasil, o caminho parece-nos óbvio e não temos necessidade de inventar. São países com taxas de crescimento acima da média e cuja interligação é fácil. Como planeiam ganhar quota de mercado? Uma das dificuldades que há em África é saber lidar com uma realidade que é muito diferente da nossa. Enquanto o nosso mercado está hoje estagnado, havendo muita dificuldade em identificar novas oportunidades, a realidade em África é completamente diferente. Todos os dias há novas oportunidades. Por exemplo, o orçamento de Estado de Moçambique tem a maior taxa de crescimento de toda a África, cerca de oito por cento, o que é absolutamente notável. Mas como queremos entrar de forma sólida e segura, precisamos de estabelecer relações de confiança com os nossos parceiros, já que um mau trabalho é facilmente difundido. Portanto, temos que saber gerir as expetativas dos clientes e fazer um trabalho a nível de serviço diferenciador porque é isso o que nos irá fazer ganhar o próximo contrato e os seguintes. Por muitas voltas que se dêem, a melhor publicidade é gratuita — aquela que um dos nossos clientes transmite a outro potencial cliente.

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2 REVISÃO

REVISÃO

TecAlliance. TecDoc, TecCom e AuDaCon unidos Os três grandes fornecedores europeus de informação técnica para o pósvenda automóvel, ao nível de peças de reposição, dados de reparação e manutenção - TecDoc, TecCom e AuDaCon – juntaram todo o seu know-how e passaram a operar sob a mesma insígnia TecAlliance.

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sta fusão, oficialmente anunciada no dia 1 de Julho de 2013, vem concluir o processo de reestruturação iniciado há um ano com a fusão da TecCom e AuDaCon, como fornecedor de dados de reparação e manutenção auto. As marcas TecDoc e TecCom não terão qualquer alteração à identidade debaixo desta aliança, mas a marca AuDaCon passará a operar com uma nova identidade, designada de TecRMI – “Repair and Maintenance Information”. O prefixo”Tec” passa assim a ser comum às três empresas criando uma associação direta de filiação

debaixo da mesma insígnia TecAlliance. O nome TecAlliance significa fornecedor de produtos e dados padronizados para o pós-venda automóvel sob a marca TecDoc, e dados de manutenção e reparação auto sob a marca TecRMI. A TecCom automatiza e simplifica todo o processo de negócio entre o fabricante e o distribuidor de peças independentes. O principal objetivo desta fusão visa oferecer soluções únicas e comprovadas pela indústria de componentes, ou seja, oriundas de uma única fonte de informação, a original. Pretende-se que todos os parceiros no

mercado de reposição de peças sejam servidos nas diferentes soluções de informação técnica com o mesmo rigor e qualidade de dados. Nasce assim a TecAlliance, “uma aliança forte, um centro de informação, serviços e comunicação que reúne dados originais dos fabricantes, os padroniza e distribui”, explica Jürgen Buchert, o Diretor-Geral da TecAlliance. Empenhados em apoiar e promover o negócio de todos os operadores do mercado independente do pós-venda automóvel, esta é uma aliança que acrescenta eficiência e valor às empresas do setor.

LIQUI MOLY. Reforça a sua gama de cuidados para automóvel

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Liqui Moly atualizou a sua gama de produtos de cuidados para automóveis, em que o ponto forte da nova oferta são os produtos de polimento. Estes novos produtos são especialmente adequados para as pinturas da nova geração. Através da etiqueta, o cliente é informado de que a fórmula do produto de polimento foi melhorada. “As novas fórmulas são à base de água, mais fáceis de utilizar e mais resistentes às condições meteorológicas”, explica Matthias

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Bleicher, diretor da Liqui Moly Portugal. O produto de limpeza de jantes também foi reformulado, com a particularidade de indicar o momento certo para a remoção. Depois de atuar por tempo suficiente, o produto muda de cor. “Com este relançamento, pretendemos consolidar a nossa competência em todas as áreas da química automóvel”, refere Matthias Bleicher, adiantando que “somos um dos poucos fornecedores com gamas completas”.

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Tiresur. Entrega Pneus quatro vezes por dia

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Tiresur Portugal, distribuidora exclusiva das marcas GT Radial e Ovation na Península Ibérica, disponibiliza na área da Grande Lisboa um novo serviço, que consiste na entrega de encomendas aos seus clientes em quatro períodos do dia, duas vezes durante a manhã e de igual modo durante o período da tarde, sem qualquer custo adicional para o cliente. O serviço estará disponível para toda a margem sul (delimitado por Alcochete, Setúbal/Sesimbra e Palmela/Costa da Caparica) e Lisboa / Lisboa-Norte (no interior da área limitada por Alverca/ Malveira/Cascais).

S. José. Renova aposta em pneus Goodride

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S. José – Logística de Pneus, conhecida empresa de distribuição de pneus de Cantanhede, dinamizou a comercialização de pneus Goodride, marca de que é importadora exclusiva para Portugal. Com uma gama que vai dos pneus de turismo, 4x4 e SUV, até aos comerciais

e camião, o stock de pneus disponível tem vindo a aumentar, fruto de um maior investimento na marca por parte da S.José, que passou a contar com mais um armazém para esta marca, a somar à capacidade de armazenamento que a empresa já dispunha. Refira-se que a marca Goodride pertence ao maior fabricante de pneus da China.

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Motor Service. Novo website com muitos conteúdos para o aftermarket

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MS Motor Service acaba de apresentar o seu novo website, que incorpora um conjunto de novidades úteis, com muita informação técnica e muita documentação, tendo sido desenhado para oficinas e para os revendedores. Para além de uma apresentação otimizada e mais funcional (seja em PC, tablet ou smartphone), este novo website destaca-se pelos conteúdos técnicos, em diferentes plataformas multimédia. “Technical podcasts”, “Products in Focus”, plataforma de downloads para diversa documentação técnica, mas também de produto e serviço, incluindo catálogos e o acesso “Repair Portal Shop”, que também ele dará acesso a boletins de informação técnica e instruções de instalação (especialmente concebido para oficinas) são algumas funcionalidades que poderá consultar em http://www.ms-motor-service.com/en/.

Berner. Com produtos de manutenção para híbridos e elétricos

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Berner tem vindo a lançar vários produtos dedicados à manutenção de veículos híbridos e elétricos. Com o crescente aparecimento destes veículos no mercado, a manutenção especializada tem vindo a aumentar sendo necessários produtos específicos e adequados a esta tecnologia. Os mais recentes lançamentos da Berner são dois conjuntos específicos de manutenção. Um kit de equipamento de oficina, constituído com material de sinalização para operações em veículos híbridos ou elétricos e um kit de equipamento de proteção individual, constituído por viseira, luvas, fita isolante e tampas de isolamento, tudo preparado para alta voltagem. Para além destes kits, a Berner tem ainda disponível ferramenta específica isolada (VDE) e consumíveis para a manutenção do ar-condicionado destas viaturas.

Blue Print. Nova extensão da gama de amortecedores de mala

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pós o lançamento da gama de amortecedores de mala em 2012, a Blue Print continua a investir nesta família de produtos e por isso realiza agora um generoso alargamento da gama, dando assim seguimento à sua premissa de contínuo aumento da oferta de peças para veículos Asiáticos e Americanos. As portas das bagageiras são um dos componentes do veículos mais sujeitos a stress,

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e por isso os Amortecedores de Mala têm tendência a falhar, visto que são submetidos a forças não controladas, o que leva a um desagaste prematuro. Tendo por base os comentários e solicitações dos clientes, a Blue Print decidiu reforçar o número de produtos desta gama, e por isso introduziu no mercado 121 novas referências, dispondo agora de um total de 167 referências de Amortecedores de Mala, que permitem cobrir mais de 1.180 aplicações em veículos Asiáticos, Americanos e Europeus, muito populares no nosso país. De destacar ainda a inclusão de novas referências de Amortecedores específicos para a utilização em Capots e Vidros Traseiros. Para mais informações sobre esta família de produtos, apenas terá que consultar a secção de Carroçaria dentro do catálogo eletrónico Blue Print LIVE!, estando ainda disponíveis as dimensões dos produtos e imagens de altaresolução. Como em todos os produtos Blue Print, os Amortecedores de Mala estão abrangidos pelos 3 Anos de Garantia contra defeitos de fabrico.

Meyle. Juntas homocinéticas de “vida” longa

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untas homocinéticas desgastadas ou de qualidade inferior podem reduzir o conforto de condução ao transmitir as vibrações e o barulho suportados pela própria estrutura do veículo. Este desgaste pode reduzir a vida útil do cardan e inclusivamente pode levar a uma avaria prematura. Para lidar com este problema, a Wulf Gaertner Autoparts confia na utilização de tecnologia de ponta no processo produtivo. As juntas homocinéticas MEYLE são fabricadas segundo os mais altos padrões de qualidade – todos os componentes são produzidos com precisão numa engrenagem perfeita. A Wulf Gaertner Autoparts oferece às oficinas independentes, juntas homocinéticas em kits para todas as aplicações de ligeiros, com acessórios para poupar tempo e esforço ao identificar e encomendar todas as peças separadamente. Os kits incluem os necessários componentes individuais, tais como o fole, a massa lubrificante e os acessórios de montagem.

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REVISÃO

FOI NOTÍCIA QUE... ... a AZ Auto lançou uma campanha de Escovas SWF, garantindo descontos especiais aos seus clientes, em função de diferentes patamares de compra. Esta campanha está em vigor até 31 de Dezembro, sendo válida mediante acordo comercial.

Facom. Apresenta nova gama de ferramentas pneumáticas

… os kits de distribuição e bomba de água GATES (PowerGrip Kit Plus) já estão disponíveis na Europeças com mais de 150 referências disponíveis para consulta. Mais informações da linha PowerGrip Kit Plus numa loja Europeças (www.europecas.pt). … a Vulco apresentou a versão 2.0 da aplicação gratuita para smartphones. Com esta aplicação (http://www.vulco.info/app-vulco.asp), os utilizadores podem agora consultar o preço do combustível que utilizam nas 5 estações de serviço mais próximas. ... a 3M renovou a aposta na reparação de plásticos com o Autokit, uma solução rápida para reparar as fendas e furos nos pára-brisas de plástico, sem a necessidade de substituir a peça original. … a Facom deu a conhecer a nova versão do DF.17100ª, um kit com ferramenta pneumática para empurrar/rodar os êmbolos dos travões de disco. Lançado originalmente com 6 patilhas, nesta última versão DF.17-100A foram adicionadas três patilhas a fim de abranger os modelos Iveco Daily, Renault Laguna II Scenic e o Renault Master III. As patilhas já existentes para a Renault e Citroën foram igualmente atualizadas para englobar os modelos mais recentes. ... a Mercedes aprovou o atual Mobil 1 ESP 0W-30 de acordo com as mais recentes especificações de baixo teor de cinzas (MB 229.52), introduzida em Outubro de 2012. O Mobil 1 ESP 0W-30 realiza o perfil de desempenho, que cumpre os requisitos ACEA C2, C3, API SN, e as aprovações MB 229.52/229.51/229.31, BMW LL-04. … o Autodata Online apresenta uma nova atualização. A edição mais recente do Autodata Online inclui mais 50 modelos, que assim passam a estar disponíveis para todos os utilizadores desta plataforma. … a DT Spare Parts possui um novo catálogo que inclui mais de 500 novos produtos adequados para as séries P/G/R/T da Scania, ampliando de maneira considerável a oferta para a marca deste construtor. O catálogo contém mais de 2.100 diferentes peças de reposição da marca DT Spare Parts, que substituem mais de 4.000 referências. Em www.dt-spareparts.com tem-se acesso a uma versão preliminar do catálogo e na página web móvel m.dt-spareparts.com encontra-se disponível como catálogo online para consultar.

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Facom acaba de apresentar a nova gama de chaves de impacto pneumáticas, equipamento essencial para qualquer oficina e casas de pneus. Agrupadas em quatro categorias baseadas no tamanho da chave: 3/8”, 1/2”, 3/4” e 1”, as novas chaves de impacto encontram-se disponíveis numa série de especificações que combinam diferentes pesos, níveis de potência e funções. Os modelos fabricados em alumínio combinam leveza e durabilidade e proporcionam reguladores de potência, retentores de pancada, rolete de inversão

de sentido de rotação de uma mão e gatilho progressivo. A gama de compósito possui melhorias em termos de potência e peso relativamente ao modelo em alumínio. Os motores fornecem aumentos significativos no aperto e todos os modelos possuem mecanismos duradouros de martelos geminados, configurações de potência variável, retentores de pancada, operações de inversão de sentido, gatilho progressivo e ligação de ar rotativa concebida para prevenir que as mangueiras se enrolem e dobrem durante a utilização.

Interescape. Com galardão PME Líder

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Interescape, Lda foi distinguida como uma das melhores empresas em Portugal, com a atribuição do galardão PME Líder. Este prémio, atribuído pelo IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, em conjunto com diversas entidades bancárias, distingue todos os anos as pequenas e médias empresas que se destacam no tecido empresarial português pelo seu crescimento, sustentabilidade, desenvolvimento de novos negócios e capacidade de exportação, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros.

Lusilectra. Beissbarth com aprovação VAS

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epresentante dos equipamentos da Beissbarth, a Lusilectra acaba de anunciar ao mercado que a sua representada acabou de obter a aprovação da máquina A/C para equipar a rede de assistência das marcas integrantes VAS. Assim, os veículos da Audi, Porsche, Seat, Skoda e Volkswagen podem utilizar a VAS 6415 a máquina de A/C da Beissbarth. Como o próprio nome indica, trata-se de uma máquina de carregar e reciclar A/C completamente automática para o gás R134a.

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Euro Tyre. Novo serviço de entrega de pneus até 6 vezes ao dia

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Euro Tyre, na continuação do esforço de prestar cada vez um melhor serviço aos seus clientes, possui agora um serviço, único em Portugal, de entrega de pneus, na zona de Lisboa, em 120 minutos, de 6 vezes por dia. Com a abertura do seu armazém em Lisboa a Euro Tyre pretende colocar ao dispor dos seus clientes toda a variedade de stock que possui e, com isso, oferecer uma solução de fornecimento imediata que permita às casas de pneus reduzir o seu nível de stocks ao mínimo indispensável. No limite, dependendo das zonas, podem depender completamente do stock da Euro Tyre com este novo serviço de entregas de 6 vezes ao dia. A Euro Tyre possui, no seu armazém de Lisboa mais de 2500 referências, desde as suas marcas privadas Infinity, Interstate e Viking, a toda a gama de altas prestações das primeiras marcas. O serviço consiste na entrega, até 120

minutos, dos pneus pedidos online e disponíveis no armazém de Lisboa. Para informação sobre se a empresa está abrangida por este serviço de entregas os clientes devem contactar o call center da Euro Tyre.

DT Spare Parts. Lança motor de busca de peças em dispositivos móveis

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Dt Spare Parts dispõe agora de uma plataforma para dispositivos móveis, que mais não é do que um motor de busca peças de reposição para veículos industriais. Por meio do telemóvel ou tablet, poderá aceder à página web http://m.dt-spareparts. com encontrando rápida e de forma conveniente a peça sobressalente correta entre milhões de referências. O resultado da

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pesquisa fornece informações detalhadas sobre o produto encontrado e os respetivos acessórios. Para além da procura de peças, o site da Web móvel oferece um resumo das inovações de produtos de peças de reposição da marca DT e introduz a gama de peças para camiões, trailer e autocarros, bem como os diferentes catálogos DT. Estes catálogos podem ser vistos nos dispositivos móveis.

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REVISÃO

… após o restyling do site www.asborrego.pt para um formato mais leve, moderno e simples, o mesmo passou estar também navegável através de outras plataformas. Atualmente já se pode navegar também através de um tablet ou telemóvel qualquer que seja o software utilizado.

TRW. Disponibiliza novo catálogo de superkits de travão

… a Osram apresentou a Ledriving Fog, a sua primeira lâmpada dianteira de substituição LED, que combina a condução com luz diurna vs luz de nevoeiro. Esta lâmpada substituiu as convencionais lâmpadas de nevoeiro de halogéneo, presentes em muitos veículos automóveis (e camiões), pela mais moderna tecnologia LED de fibra óptica. … a Osram também está a apresentar a Ledriving PX-4, que mais não é do que um luz diurna, que incrementa a segurança na estrada, mas que devido ao seu design garante um estilo moderno ao automóvel. Este LED (tal como o Ledriving Fog) é aprovado e cumpre os standards da ECE (Economic Commission for Europe), podendo ser montado sem qualquer dificuldade nos veículos automóvel em menos de uma hora. … a nova brand manager da DuPont Refinish para a região EMEA é Kim Clarke que será responsável pelo desenvolvimento e manutenção do sólido reconhecimento da marca e simultaneamente pela maximização, a curto e longo prazo, do volume de vendas e lucros. Para além disto, irá organizar e coordenar actividades de marketing, conjuntamente, e com o apoio, das equipas de marketing, vendas e de gestão de produto, assim como identificar oportunidades de longa duração dentro da EMEA. … a Pioneer apresentou o novo sistema de navegação com realidade aumentada, que pode ser colocado na pala de sol do condutor, projetando no pára-brisas toda a informação, a cores, sobre o trânsito através de um projetor DLP, como se de um ecrã de 30 polegadas se tratasse. Além disso, este novo sistema é compatível com as aplicações para smartphones CoPilot e iGo primo, apresentando informações sobre o trânsito, pontos de interesse, perigos na estrada e muito mais. … a Bridgestone apresentou as tecnologias, produtos e ideias para o futuro em Frankfurt, com o foco nas soluções ambientais: Pneu conceito com materiais 100% sustentáveis; Estreia europeia do pneu sem ar montado num Kart; Pneu conceito com metade do peso; Montra tecnológica para a próxima geração de veículos amigos do ambiente. Também em exibição esteve a tecnologia de impressão de pneus da Bridgestone, demonstrando que os pneus não têm que ser pretos, graças ao novo e revolucionário processo de impressão. .. a Hankook deu a conhecer a nova geração de pneus híbridos, a nova geração de pneus sem ar e dos pneus quase totalmente recicláveis. Destaque para o i-Flex, um pneu até 95% reciclável, feito a partir de materiais sintéticos de poliuretano que é produzido em conjunto com o seu aro e é consideravelmente mais leve do que combinação jante+pneu, pois não necessita de ar como os pneus convencionais.

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TRW já tem disponível o seu catálogo referente ao programa de superkits para 2013, composto por 312 páginas que incluem 400 referências de peça para veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros de 42 fabricantes globais de veículos. O Superkit é o kit de travões de tambor pré-montado da TRW (maxilas de travão e cilindros de roda) que é eficiente não só em termos de tempo, como também de custos. O catálogo também inclui informação detalhada sobre a gama de kits de travão da TRW, que são fornecidos com as maxilas

de travão e cilindros de roda, em separado, numa caixa. Esta notícia destaca a posição da TRW como fornecedor líder de peças e sistemas “Corner Module” – travagem, direção e suspensão. O catálogo, com a referência, XDB 917D está dividida em três secções e inclui: uma secção de aplicações; um “guia do comprador” com a indicação do modelo e a respetiva lista de material (maxilas de travão e cilindros de roda) dos kits e Superkits de travão e uma secção detalhada de ilustrações técnicas que apresenta os diferentes cilindros de roda e dimensões.

TecDoc. Base de Dados de matrículas está completa

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pesquisa por matrícula no WebCat, catálogo TecDoc online, foi lançada no início do Verão, a 4 julho. No arranque deste serviço a enorme base de dados com todos os registos de viaturas ligeiras do parque circulante português ainda não tinha sido totalmente introduzida. Ao longo dos últimos 3 meses a base de dados foi sendo complementada e

todos os testes terminaram com sucesso. Assim, a TIPS 4Y, agente da TecDoc em Portugal, informa que a base de dados de registo de matrículas se encontra completa e atualizada desde o dia 1 de outubro, na sua mais recente versão, com todos os veículos ligeiros matriculados até 31 dezembro 2012. Em Novembro ficará disponível o parque circulante de pesados.

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REVISÃO

… entre os países da União Europeia, Portugal perdeu a liderança do ranking no que diz respeito à frota de novos veículos ligeiros mais eficientes e mais limpos em relação a 2011. Os novos veículos ligeiros de passageiros em Portugal, emitiram em 2012, em média, 117,7 g/ km de CO2, apenas ultrapassado pela Dinamarca (117,3 g/km de CO2) e seguido pela Holanda (118,7 g/km de CO2). Estas são as conclusões de um estudo publicado em Bruxelas, pela Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), da qual a Quercus faz parte.

Sogefi. Damien Martin novo diretor de vendas, também em Portugal

… após aderir às diretrizes do ISO 9001 e do OHSAS 18001 para a saúde e segurança ocupacionais, a Metelli certifica o seu sistema de gestão ambiental, confirmando o seu compromisso com a proteção do ambiente. Com a sua adesão ao ISO 14001, que é ainda mais notável dado o certificado ser completamente voluntário, a Metelli confirma o seu compromisso a uma abordagem de trabalho com o mínimo de impacto ambiental, um requisito distintivo que é cada vez mais solicitado pelo mercado. … a Valeo tem a decorrer para os seus clientes uma campanha de escovas limpa pára-brisas. Assim, na compra de duas escovas Valeo Silencio e/ou TIR, a Valeo oferece um prático bloco de notas (com 14x9 cm). Estas promoção é válida até 15 de novembro ou, em alternativa, até esgotarem as existências. … a Metelli Group deu a conhecer o catálogo 2013 que apresenta um novo design e é mais competitivo do que nunca continuando a ampliar a sua oferta: 2.118 referências cobrindo cerca de 1.150 modelos de veículos diferentes – estes são os números do Catálogo de Transmissão 2013 da Metelli e Cifam. … a Garmin lançou o nüvi 3597LMT Premium Series, que apresenta as mais recentes tecnologias do mercado de Personal Navigation Devices (PND), oferecendo funcionalidades como Real Direction, Active Lane Guidance e navegação ativada por voz, compatível com Bluetooth e Smartphone Link, que facilitam significativamente todo o processo de navegação.

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direção de pós-venda da Sogefi anunciou que Damien Martin é o novo diretor de vendas encarregue dos mercados de França, Benelux, Espanha e Portugal. Este belga de 46 anos, já passou pelo grupo

Valeo, Norauto, Auto 5, Midas e Bosch, chegando agora à Sogefi, sendo responsável por diversos mercados, incluindo o português. Na Sogefi, Damien Martin passará a depender diretamente de Andrea Taschini, Diretor Geral para a divisão pós-venda.

LD Auto. Nova oficina abre no Cacém

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al como tinha anunciado a LD Auto mudou as suas instalações oficinais de Lisboa para o Cacém. A partir de hoje, a Oficina LD Auto está de portas abertas para receber os seus clientes, no Zoom Business Park – Armazém A6 (Estrada Nacional 249-3), também conhecida por Estrada de Paço de Arcos no Cacém.

Depois da inauguração de uma nova oficina em Leiria, já no início deste ano, a LD Auto passa a contar com mais esta nova estrutura no Cacém, possuindo agora uma rede de oficinas em Portugal (todas elas Bosch Car Service) que inclui espaços também em Ortigosa, Loulé, Torres vedras, Aveiro e Coimbra.

… a Sherwin-Williams já tem disponível o AWX Performance Plus Paliochrome Orange Aluminum. Este novo toner vai facilitar a correspondência de determinadas cores frequentemente utilizadas no novo styling de cores de alta gama. As fórmulas que contêm o Paliochrome Orange Aluminum 4110422H estão ativadas no Sistema de Obtenção de Fórmulas de Cor FormulaExpress/ Color Access desde o passado dia 20 de Setembro. … a Norauto inaugurou um novo centro auto em Cascais, sendo o 18º no nosso país. Este espaço de Alcabideche tem uma área total de 542 m2 e terá ao dispor do cliente uma loja e uma oficina, funcionando os 7 dias da semana no horário de 2ª a sábado das 8.30h às 21h e domingo das 9h às 20.30h.

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Vieira& Freitas. Aposta em material para carburadores

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Vieira & Freitas, Lda. empresa que se dedica á importação e distribuição de peças para veículos, especializada nomeadamente em peças para gestão de motor, eletricidade, ar condicionado e outras peças especiais, relançou recentemente no mercado uma linha de kits de reparação de carburadores. Pode parecer estranho, quando os veículos equipados com carburador já não se fabricam há mais de 20 anos, contudo o crescente interesse por veículos clássicos e a preocupação da Vieira & Freitas em servir os seus clientes, fez com que a empresa, em cooperação com o seu mais importante parceiro nas “Special Parts” a italiana Meat & Doria criassem e lançassem uma linha de peças de reparação de carburadores. Nesta linha de produto incluem-se jogos de reparação compostos por juntas, diafragmas, orings e giglers, nomeadamente para as marcas Dellortos, Weber, Solex, Pieburg, Keihin, Nikki, Hitachi, Su, entre outros. Esta aposta vem complementar a já muito larga oferta que a empresa tem, na área de bombas e bóias de combustível, injetores e outras peças ligadas com a alimentação.

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Valvoline. Primeira marca a incorporar 50% de óleos reciclados A nova gama chama-se NextGen e aproveita o que até aqui era desperdiçado. A qualidade destes óleos está provada e aprovada e o ambiente agradece. As vendas arrancam em janeiro e há duas referências: 10W40 para ligeiros e 15W40 para pesados. TEXTO Cláudio Delicado

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om mais de mil milhões de carros a circular nas estradas de todo o mundo, são toneladas de óleo de motor usado que são desperdiçados todos os anos. Ou eram, porque a Valvoline desenvolveu um processo inovador em que incorpora 50% de óleos reciclados

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na sua nova gama ecológica NextGen. O maior inimigo é a desconfiança e a falta de informação no mercado, porque estes óleos têm a mesma qualidade (ou superior) dos óleos novos, e isso prova-se pelas aprovações que esta nova gama de óleos tem de todos os construtores, depois de 4 anos de testes.

Como se contorna então a questão da imagem? “Os maiores operadores são empresas petrolíferas e o crude é uma fonte de riqueza para eles. Por isso, muitas vezes, tentam denegrir os lubrificantes reciclados, mas hoje em dia isso já nem faz sentido porque as normas obrigam a que todas as

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Contactos Responsável PAULO SANTOS Telefone 219535656 E.mail p.santos@krautli.pt Website www.VALVOLINE.PT / WWW.KRAUTLI.PT

marcas integrem 20% de óleos reciclados. Porém, normalmente uma parte desses óleos vai para o hidráulico. Esta associação coloca os óleos reciclados numa perspetiva de baixa qualidade e baixo preço. Mas isso não é verdade e a Valvoline está a prová-lo”, explica Paulo Santos, da Krautli Portugal, importador da Valvoline. “É muito uma questão de mentalidade e é aí que temos de trabalhar. Vai ser um processo longo, um trabalho grande de explicar aos clientes os benefícios destes óleos. Mesmo que a aceitação seja baixa no início, acredito que vá crescendo com o tempo. Tenho essa expectativa pelo feedback que tenho tido de alguns distribuidores nas ações de formação em que já falei desta nova gama. Este é um fator diferenciador e uma forte alavanca para a Valvoline no que diz respeito à inovação”, revela Paulo Santos. O trabalho dos distribuidores Valvoline, cerca de 30 neste momento, será fundamental para o sucesso deste produto que, para já, terá apenas duas referências para óleo de motor: 10W40 para ligeiros e 15W40 para pesados. A Valvoline continua na vanguarda dos lubrificantes, sendo mais uma vez pioneira, agora com o lançamento em Portugal da gama NextGen. “O NextGen ultrapassa todas as especificações da indústria. Combinamos óleo de qualidade numa fórmula com os aditivos especiais Valvoline que tornam o óleo NextGen único. Temos tanta confiança na qualidade deste produto que esta gama beneficia do nosso programa de garantia (Performance Guarantee Program)”, acrescenta Paulo Santos. PROCESSO DE RECOLHA Os óleos são recolhidos por entidades credenciadas em cada país (como a Ecolub em Portugal) e, neste momento, os óleos são

comprados a países onde a recolha é mais seletiva (diferenciação entre óleos de motor e de caixa, por exemplo), mas também onde os óleos sintéticos têm mais força, o que permite melhor qualidade do produto final. Depois da recolha, “os óleos são analisados e quando estão dentro dos parâmetros são usados”, sendo depois aplicados os aditivos, hoje um dos principais segredos dos óleos. Por isso, acrescenta, “o processo de refinação é mais dispendioso mas a matéria-prima é mais barata. Por isso, o preço para os clientes vai ser o mesmo de um óleo novo”. Regra geral, o ciclo de vida de um óleo de motor acaba quando é retirado ao motor. Com o NextGen, é aqui o início de tudo, quando começa o processo de reciclagem. A maioria dos óleos são feitos com 85% de óleos-base e 15% de aditivos, mas há a ideia de que um óleo acaba quando é retirado do motor. A Valvoline, depois de muitos anos de pesquisa e de testes, prova que não é assim, uma vez que as moléculas não desaparecem e estão em boas condições, sendo os aditivos que apresentam o maior desgaste. O óleobase precisa apenas de ser limpo e passar por um novo processo de refinação. A tecnologia necessária para fazer um óleo de qualidade com óleos reciclados está já disponível. O novo processo remove todos os contaminantes e os aditivos com elevado desgaste para garantir óleos-base tão bons como no início de vida útil. O resultado de vários anos de pesquisa, tecnologia e inovação por parte dos cientistas da Valvoline permitiu chegar a um processo inovador aplicado pela marca norteamericana. Os óleos reciclados são também importantes porque poupam muito tempo e energia, sem necessidade de procurar petróleo e extrair o crude, reduzindo assim as emissões e baixando o consumo de combustíveis fósseis. Isto não só protege o motor como também o meio ambiente. Tudo o que inclui prospeção e refinação tem um forte impacto ambiental. Por exemplo, um litro de óleo pode contaminar mais de um milhão de litros de água potável e esse é um risco muito grande.

Esta é a embalagem da nova gama NextGen, com uma clara aposta no verde pela vantagem ambiental

48% Redução no uso de combustíveis fósseis durante o processo de refinação do óleo face a um óleo convencional

40%

Redução de emissões nocivas face a um óleo convencional

20%

Redução no impacto de aquecimento global face a um óleo convencional

O óleo NextGen foi lançado em 2011 e é usado no antigo Paris-Dakar, onde a dureza da prova mostra a qualidade do produto

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GT Motive. Nova fase, novos serviços e estratégias

António Osuna, GT Motive Portugal

A GT Motive entrou numa nova fase da sua história através da parceria com a americana Mitchell Partner Company. Para além dos que dispõe, a GT Motive vai lançar uma série de novos serviços, e terá muitas outras novidades. TEXTO Paulo Homem

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a GT Motive há nove anos, António Osuna assumiu a direção da GT Motive Portugal, já em 2012. Durante todos estes anos que leva na empresa participou na estratégia do produto e de mercado como Diretor de Produto e, mais tarde, como Country Manager de Espanha desde 2009. Em entrevista à TURBO OFICINA, fala-nos do presente e do futuro da GT Motive e dos novos serviços que irão surgir. Qual a importância do mercado português para a GT Motive? Tem sido difícil para GT Motive trabalhar com empresas portuguesas? O mercado português é, para qualquer empresa que pretenda prestar um serviço ibérico, um mercado importante. Temos de considerar as enormes sinergias que existem entre as empresas, consumidores, fornecedores e, sem

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dúvida, as culturas portuguesas e espanholas. As grandes empresas são-no ao nível da Península Ibérica, razão pela qual o relacionamento com elas torna-se mais fácil se tivermos uma presença e cobertura em toda a península e nas áreas de influência. Em relação à facilidade de trabalhar com empresas portuguesas devo dizer que nos sentimos muito confortáveis nesta relação, em parte porque dispomos de técnicos, gestores e presença portuguesa e, em parte, pela nossa ascendência galega e proximidade das nossas culturas e, especialmente, pela visão internacional que se nota no gestor português e que faz parte do ADN da GT Motive. Quais são as razões que levaram à aliança estratégica entre a GT Motive e a Mitchell Partner Company? Na verdade, a GT Motive é uma empresa com vocação europeia, especializada em soluções de

avaliação de sinistros, manutenções e avarias para o setor de pós-venda de automóveis, anunciamos a nossa aliança estratégica com a empresa norte-americana Mitchell Internacional em finais de 2012, passando esta última a fazer parte dos acionistas da empresa. A GT Motive através deste acordo contará com plataformas de comunicação e sistemas de gestão dos sinistros líderes nos EUA que serão completamente inovadores na Europa e com recursos financeiros adicionais para adaptar estes novos produtos aos mercados,

A nova estratégia da gt motive permitirá À empresa uma nova dinâmica empresarial bem como propor novos serviços aos seus clientes

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para continuar a desenvolver a presença da GT Motive em novos países e para investir em desenvolvimentos internos nos produtos actuais. A Mitchell é uma empresa com mais de 65 anos de história, é a empresa norte-americana que lidera o mercado de soluções tecnológicas para gestão de sinistros (materiais e corporais), tanto nos EUA como no Canadá. Processa anualmente mais de 50 milhões de transações através das mais de 300 seguradoras e empresas de reclamações e 30.000 oficinas que tem como clientes. Além disso, as semelhanças que temos encontrado são muito grandes na nossa cultura empresarial, tanto na forma de compreender o negócio como na forma como nos relacionamos com os nossos clientes e funcionários. Quais são as vantagens que esta nova aliança estratégica trará para a empresa, considerando os setores para os quais desenvolvem soluções? Do ponto de vista das soluções que propomos ao mercado, hoje e graças a esta aliança, estas soluções oferecem a tecnologia que permite alcançar os melhores resultados e restabelecer a normalidade no dia-a-dia após um acidente ou uma avaria no veículo. As soluções da GT Motive permitem, de forma simples e inovadora, modular e configurar os processos de gestão adaptando-os às

A informação técnica passará a estar disponível na “nuvem”

necessidades específicas de cada um dos seus clientes. Os nossos clientes disporão da grande quantidade de poderosas soluções de avaliação e informação técnica com uma nova plataforma tecnológica na nuvem baseada em processos colaborativos e na experiência no mercado americano evoluído, mas passando por um

rigoroso processo de adaptação às realidades europeias. As bases de dados serão complementares, por um lado, dispor-se-á do parque americano e, por outro lado, do parque europeu, complementando a base de dados de veículos mais extensa, fiável e completa do mercado. A informação estará disponível para todos os

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Os serviços centrais da GT Motive são em Espanha, mas a empresa já está presente em diversos mercados

países da Europa, na sua própria língua e na sua moeda, permitindo acompanhar os nossos clientes no seu desenvolvimento através da Europa. A GT Motive é agora uma empresa capaz de simplificar e melhorar as trocas de informações utilizando plataformas colaborativas na nuvem que se ligam a todos os intervenientes do processo, gerando eficiência, qualidade e poupança. Essa dimensão permite-vos uma enorme partilha de informação. Como as oficinas poderão beneficiar disto? Estamos presentes em mais de 12.500 escritórios. Por isso, para o setor colocaremos à disposição de todas as oficinas de reparação a informação e a capacidade de conetividade que se lhes torne mais fácil reparar a vasta gama de veículos diferentes que circulam na Europa, além disso, de as pôr em contacto com os seus clientes e fornecedores para aumentar o seu volume de trabalho e torná-lo mais rentável através da GT Motive Estimate, GT Motive GO!, GT Global, entre outras. Encontramo-nos em 76 empresas de seguros e de renting em toda a Europa, oferecendo soluções de avaliação e de comunicação que permitam que a oficina faça o orçamento e seja validado pela empresa. A GT Motive Mitchell Workcenter conecta as oficinas a grandes clientes, como é o caso destas empresas de seguros e empresas de renting e garantias mecânicas. E para as empresas para as quais trabalham, quais são as vantagens desta nova aliança estratégica? Cremos que muitas e boas. A GT Motive amplia a sua oferta permitindo chegar a mais partes do processo de gestão do sinistro, da tramitação de uma reparação e da satisfação final dos agentes envolvidos e, além disso, com maior profundidade. Relacionado com este crescimento de soluções, a GT Motive lançou um ambicioso plano de

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investimentos, com mais de 28 milhões de euros para os próximos anos, que compreende a implantação de tecnologia segura e flexível, investigação, programação e acesso a novos dados. De tudo isto e da visão internacional, da oferta integral e, sobretudo, muito próxima das necessidades do utilizador beneficia-se, sem dúvida, o nosso cliente. Irão surgir no mercado novos produtos e serviços da GT Motive? Quais? Certamente, como referia anteriormente, temos novas e poderosas soluções destinadas quer para ajudar as empresas de seguros e de renting na tramitação de sinistros e intervenções (GT Motive Mitchel WorkCenter ou GT Motive Global), quer com novas ferramentas para a gestão completa da oficina (além da avaliação da GT Motive Estimate) e comunicações com grandes clientes (GT Motive Mitchell Repair Center), além de outros sistemas e serviços que seria extenso referir, mas que irão surgir nos próximos meses. Quais são os principais desafios da GT Motive para o mercado português? Sem dúvida, um dos grandes desafios é fazer chegar às oficinas a nossa vocação de companheiro de viagem das empresas de reparação. São mais de 41 anos junto da oficina com uma liderança clara em Espanha, uma importante presença em França e uma boa entrada em Portugal que gostariamos de expandir ao conjunto de oficinas com o objetivo de lhes prestar serviços e aproximá-las ainda mais da informação, da gestão e dos clientes onde se encontram as ordens de reparação. Além disso, estamos empenhados numa expansão em cinco novos países nos próximos meses que virão a ser aumentados nos anos vindouros. Acredita que os serviços da GT Motive já estão bem aplicados nas oficinas em Portugal?

Acredito que já estão a ser utilizados de forma que, sem dúvida, contribuem para o utilizador e para a empresa, mas temos um grande percurso para conseguir 100 % de efetividade, devem ser melhor conhecidos e permitir utilizar essas pequenas virtudes que possuem e fazem uma grande diferença. Por exemplo, não existe um produto no mercado com mais e melhor profundidade mecânica, é confortável de usar e de grande exatidão com grandes possibilidades de introduzir matrizes que adaptam a avaliação à melhor reparação possível, há linhas de consulta, técnicos do outro lado da Web ou do telefone que podem ajudar a utilizar mais e melhor os nossos serviços e que o utilizador seja enriquecido com isso. Irão colaborar com algumas empresas de renting em Portugal? O negócio dos gestores de frota é importante para a GT Motive? Neste momento trabalhamos e com grande satisfação com os líderes do renting em Portugal, é o caso da LeasePlan, da Arval ou da Mapfre Assistência entre outros. Os gestores de frotas são um cliente natural das nossas ferramentas já que lhes são necessárias para a gestão dos seus veículos. São, na verdade, uma parte substancial das nossas receitas. Quais são os outros setores em que estão presentes e que novos setores pretendem dinamizar no futuro? Estamos presentes em todos os setores onde for necessária uma gestão técnica de um veículo, em seguros trabalhamos em Espanha e França com um grande número de empresas de seguros e peritos, com a utilização maciça das nossas aplicações, em Portugal é um dos setores em que teremos de trabalhar duro para abrir o “canal de comunicação das empresas” para tornar possível a utilização das nossas aplicações que, por outro lado, têm o reconhecimento da qualidade e prestações que este setor deseja. Nas redes de oficinas temos hoje a confiança de grandes redes de oficinas tanto multimarca (como a rede Bosch Car Service) como oficiais e alcance de melhoria para utilizar a nossa ferramenta com a filosofia da língua comum, que torne legível para todos a informação e possa ser partilhada com facilidade. Em relação a dinamizar o futuro, é um facto que todos nós devemos contribuir para melhorar a vitalidade da economia, a confiança e, em definitivo, o progresso e a inovação, para tal fazemos uma aposta pela tecnologia e informação e por ferramentas online e na nuvem. Na GT Motive estão todos alinhados com estes valores e, sobretudo com os valores humanos que devem apoiar um crescimento saudável e sustentado.

Contactos Responsável António Osuna Telefone 217 230 734 Website www.gtmotive.com

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Citroën/Peugeot. Peças e redes oficinais

Luís Lobo é o responsável pela nova Direção de Peças e Serviços Peugeot Citroën

A nova Direção de Peças e Serviços Peugeot Citroën tem vindo a desenvolver um profundo trabalho nas suas áreas de competência, dinamizando inclusivamente uma rede oficinal independente. TEXTO Paulo Homem

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aftermarket está mais dinâmico do que nunca. Os exemplos surgem de todo o lado. O da Citroën / Peugeot é paradigmático. A recente reestruturação das marcas francesas em Portugal, levou a que tivesse sido unificada a área dos serviços pós venda e das peças, existindo agora uma única “Direção de Peças e Serviços Peugeot Citroën” que tem como responsável Luís Lobo. O que mudou nas peças e serviços na Citroën e Peugeot? Existe agora uma organização que, por questões de eficácia, de rentabilidade e de sinergias, num conjunto de áreas que as duas marcas, sendo do mesmo grupo, trabalhavam de forma separada passaram a trabalhar conjuntamente, mantendo a identidade de ambas as marcas no mercado. Portanto, tudo

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o que é backoffice, e que poderia ser agregado, ficou na responsabilidade de uma única Direção de Peças e Serviços Peugeot Citroën. Quais são as áreas de competência desta Direcção? Congrega um conjunto de áreas que têm a ver com o desenvolvimento de negócio, coordenação comercial, marketing de peças e serviços, homologações, garantias, componente técnica, pós-venda, entre outros. Depois, cada uma das marcas em si tem a responsabilidade do negócio, pois cada uma das marcas mantém as suas equipas de responsáveis de zona, que acompanham no terreno os respetivos concessionários e que colocam em prática tudo o que é programado fazer para cada uma das marcas. A logística de distribuição de peças teve alguma alteração? Nessa área não houve grandes alterações.

Existe um armazém central ibérico, que abastece os distribuidores oficiais de peças nas duas marcas diariamente ou através dos pedidos semanais. Continua a existir um contrato de distribuidores de peças (15 na Peugeot e 38 na Citroën), que continuam a manter a identidade de ambas as marcas não havendo qualquer alteração nesse sentido na forma como abastecem as oficinas das marcas que representam e as oficinas independentes. Apesar de todas as agressivas campanhas pós-venda que a Peugeot e Citroën têm vindo a fazer para o cliente, os distribuidores de peças das duas marcas vendem cada vez mais peças às oficinas independentes? O distribuidor de peças é que dinamiza comercialmente o negócio de peças localmente na sua área, para os reparadores autorizados das marcas e para as oficinas independente.

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Qual é a importância do negócio de peças originais Citroën e Peugeot que é canalizado para as oficinas independentes? Diria que a sua importância é significativa. As marcas têm comportamentos ligeiramente distintos, mas no global mais de 40% das peças originais são consumidas pelo canal independente. Mas não existem rácios definidos para esta atividade de venda de peças originais para as oficinas independentes. O canal independente é cada vez mais (ou menos) representativo no negócio de peças Peugeot e Citroën? Pelo facto de termos sabido comunicar melhor as nossas campanhas de pós-venda para o cliente final, em termos de condições e de preços, as vendas de peças para as oficinas das nossas marcas têm ganho maior importância nos últimos anos. Têm campanhas especificas de peças para as oficinas independentes? Sim. São campanhas B2B que são em parte definidas por nós internamente, mas também os distribuidores de peças têm autonomia para fazer as suas campanhas às oficinas independentes com o nosso apoio. A Direção de Peças e Serviços Peugeot Citroën não lhes impõe nada. Para além das peças originais, disponibilizam também duas gamas de peças “independentes” a Eurorepar (Citroën) e Motaquip (Peugeot). Como se posicionam este duas marcas? Em primeiro lugar havia que disponibilizar um linha de peças para as nossas oficinas que trabalham o multimarca. Por outro lado, são peças que se destinam aos carros com mais de cinco anos, o que nos permite ter um posicionamento de preço mais competitivo. As campanhas desenvolvidas para o pósvenda oficial e independente contemplam também estas peças? Sim. Em função da campanha que pretendemos desenvolver poderemos ou não incluir estas marcas de peças. As vendas destas marcas para os independentes são representativas tal como nas peças originais? A Eurorepar já está há mais tempo no mercado, mas esteve durante um tempo estagnada, enquanto a Motaquip é uma marca muito recente no mercado. Por isso, qualquer uma delas está a fazer o seu percurso, evoluindo para uma gama cada vez mais abrangente. Digamos que quanto mais abrangente é a gama destas marcas mais possibilidades elas têm de crescer nas oficinas independentes. Para já o maior consumo destas marcas é na rede Peugeot e Citroën. As gamas de produto Eurorepar e Motaquip são semelhantes? São semelhantes mas não têm a amplitude de gama das peças originais. Existe todo um trabalho que está a ser feito com ambas as marcas, embora a Eurorepar já inclua também peças mais técnicas enquanto a Motaquip ainda

está numa fase mais inicial com peças de maior rotação. Como define a qualidade das peças Eurorepar e Motaquip? São peças de segunda linha, de confiança e com muita qualidade, mas que têm um posicionamento de preço mais competitivo. A qualidade destas peças é absolutamente essencial para nós, de modo a não comprometer a estratégia que temos definida. Noutros países estão a ser desenvolvidas redes Eurorepar e Motaquip. E em Portugal? Em Portugal já existe uma rede Eurorepar com 18 oficinas independentes que têm uma identificação Eurorepar, que são acompanhadas pelo distribuidores de peças Citroën. No caso da Motaquip vamos desenvolver um projeto semelhante mas que ainda está numa fase embrionária. Quais são os objetivos para estas redes? Queremos obviamente trabalhar estas redes e desenvolvê-las. Existem estratégias

Contactos Responsável Luis Lobo Telefone 219 497 731 E.mail luis.lobo@mpsa.com Website www.Citroën.pt / www.peugeot.pt

/ www.eurorepar.pt

nesse sentido que vão ser implementadas gradualmente. Estas oficinas são acompanhadas pelas redes de distribuidores de peças que também os podem acompanhar tecnicamente quer em termos de formação quer de informação. Certamente que quando estas redes tiveram a dimensão que desejamos iremos comunicar sobre as mesmas. Algumas marcas têm clubes de peças. O mesmo sucede com Peugeot e a Citroën? Não temos um clube de peças. O trabalho das peças é feito pelos nossos distribuidores no terreno, que dinamizam as vendas como se de um clube de peças se tratasse, isto é, as oficinas quanto mais consumirem peças Peugeot, Citroën, Eurorepar e Motaquip mais benefícios têm. O distribuidor de peças é livre de dinamizar esses princípios, como se fosse um clube de peças, junto dos seus clientes das oficinas independentes. Do total de peças que se comercializam o maior peso é das peças originais? Podemos dizer que a grande maioria das vendas são peças originais Peugeot e Citroën. Prevemos que a Eurorepar e a Motaequip assumam cada vez mais importância pelo que falei anteriormente, isto é, à medida que a gama de peças dessas marcas for crescendo, o interesse por essa gama será maior e as vendas serão também maiores. OUTUBRO 2013

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Além do número de expositores aumentar, espera-se um acréscimo de negócios mas os visitantes vão ter este ano um programa de eventos muito completo

EQUIP AUTO. Aposta forte nos eventos A feira francesa tem um programa extenso de conferências, workshops e fóruns destinados a todo o tipo de público e aos vários sub-setores do aftermarket. TEXTO Cláudio Delicado

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stá tudo a postos para a abertura da EQUIP AUTO deste ano, que tem lugar de 16 a 20 de Outubro em Paris. A TURBO OFICINA, como media partner, vai lá estar em reportagem. Este ano serão apenas três as empresas portuguesas que marcam presença como expositores (Fabriscape, Ivol e Veneporte) porém, a organização espera muitos visitantes nacionais durante o certame do aftermarket europeu e mundial. Já lhe demos conta das novidades deste ano com a entrevista ao diretor da feira, na edição passada da TURBO OFICINA, e agora centramo-nos mais nos eventos que estarão disponíveis para visitantes. É uma clara aposta da organização para este ano e a EQUIP AUTO promete “uma oportunidade única para que os profissionais possam adquirir todas as

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competências para satisfazer as necessidades de um mercado em constante mutação. Tudo num único local”. Por isso, o programa é extenso e com muita dinâmica. Destacamos alguns workshops como “otimização financeira dos aspetos ambientais: energia, lixo, água, subsídios e incentivos (16 de outubro de 14:00-16:00); as medidas preventivas sobre os riscos profissionais, documento único, a dureza do trabalho (17 de outubro de 14:00-16:00), ambas no stand da CNPA, o Conselho Nacional dos Profissionais do Automóvel. Mas ao longo de toda a feira os visitantes vão ser desafiados a assistir a várias demonstrações ao vivo, nomeadamente na área de pesados, pintura, software, reparação rápida, filtração ou compressores, por exemplo, neste caso no stand da FFC

(Federação Francesa de Carroçarias). Numa vertente mais prática vão decorrer várias demonstrações nos stands das principais marcas, mas também relacionados com o common-rail, substituição de pastilhas de travão e novos tipos de alumínio, no stand da GNFA, empresa de formação. Para ver um programa mais completo das atividades visite www.equipauto.com. Todos os dias vão ter lugar também conferências e um fórum, com destaque para o “Fórum Internacional: para uma melhor compreensão dos mercados internacionais”, organizado pela GIPA, no dia 16 de outubro entre as 14 e as 16 horas. São muitos os motivos de interesse, numa das mais importantes feiras do aftermarket a decorrer na Europa. Se vai visitar peça já a sua credencial no site http://badge.equipauto. com.

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MOTORCheckUp. Da teoria à prática Se a notícia não nos tinha deixado totalmente convencidos, o melhor foi mesmo passar à prática e testar o MOTORCheckUP. Infelizmente para nós os resultados não foram animadores! TEXTO Paulo Homem

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MBML Solutions é uma jovem empresa que iniciou em Portugal a comercialização do MOTORcheckUP, um novo sistema que permite saber o estado geral de um motor. Tal como nas análises clínicas, em que uma pequena porção de sangue permite obter uma série de informações médicas sobre o paciente, com o MOTORcheckUP uma pequena gota de óleo aplicada sobre um papel químico especialmente desenvolvido (que é o segredo do negócio) e certificado pela TUV, permite saber o estado do óleo do motor, a existência de sedimentos, água e combustível dentro do motor. A gota de óleo irá reagir com esse papel especial, formando uma determinada mancha, que será o motivo de análise (o resultado fidedigno obtém-se entre 3 e 10 horas). A análise dessa mancha (que na realidade são quatro manchas distintas) é feita visualmente em comparação com quatro tabelas cromáticas que analisam os Sedimentos, Condição (do óleo), Água e Combustível. Cada uma dessas tabelas está graduada o que nos permite saber de pronto as possíveis causas e consequências dos resultados obtidos (que estão escritas nessa tabela). No nosso teste, utilizamos uma carrinha Skoda Octavia 1.9 TDi com 175.000 km (utilizava um lubrificante já com 9.000 km) que revelou que o óleo devia ser mudado rapidamente, pois ao nível dos Sedimentos e Condição estava “mau” enquanto ao nível da Água e Combustível estava “médio”. A leitura da tabela de possíveis causas e consequências, para os resultados obtidos, acaba por confirmar algumas das intervenções que este veículo terá que ser sujeito brevemente, nomeadamente a troca dos injetores (com erros permanentes ao nível do diagnóstico), para além de nova mudança de óleo e filtros, o que só deve acontecer daqui a 5.000 km. Para os responsáveis da MBML Solutions este produto destina-se não só a profissionais do ramo automóvel, como até ao próprio automobilista. Contudo, para os profissionais, sejam oficinas, sejam vendedores de automóveis usados (ou outros) este teste

poderá ser uma importante ajuda no sentido de convencer o cliente para determinado serviço. Na verdade trata-se de um teste muito simples, fácil de interpretar e que aponta as possíveis causas e consequências (está tudo escrito na tabela), fornecendo indicações claras e objetivas que poderão ajudar a evitar ter problemas mais graves com o carro no futuro.

Contactos Responsável Nuno Garoupa Telefone 919 709 909 E.mail comercial@mbml-solutions.pt Website www.motorcheckup.pt

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Check Point. Recuperar os valores da oficina de bairro Lembram-se da oficina de bairro do senhor Manuel e do senhor António? Era aquela oficina em que se confiava ao longo de uma vida, muitas vezes sem saber o nome da mesma. A Check Point está a recuperar esse conceito. TEXTO Paulo Homem

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uvir Nuno Godinho Lopes é um desafio muito interessante. Não só porque, sendo jovem, o seu percurso profissional fala por si, mas também pela sua perspetiva do que deve ser uma oficina independente. Localizada bem no centro de Cascais, a Check Point tem os seus antecedentes no gosto que Nuno Godinho Lopes tem por automóveis e pela mecânica. Foi durante vários anos franchisado da Precision, uma paixão que o levou a ser por mais do que uma vez o primeiro dessa rede em vendas e “car count”.

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“Sempre achei que um negócio de rede deve ser de franchisados e que o mesmo não tem futuro sem um dono próprio em cada casa”, refere Nuno Godinho Lopes. A necessidade de ter uma casa própria com um nome próprio, associado ao sonho de construir algo duradouro levou este empresário a investir na Check Point, mas o que “me deu força para agarrar um novo projeto foi ter sentido que a Precision tinha ficado sem dono… estava a entrar-se numa estratégia de panfleto, angariando clientes que não se iriam fidelizar à casa. Eu tinha uma estratégia completamente diferente”.

Sabendo das vantagens de ter uma boa localização (a Check Point está bem no centro de Cascais), Nuno Godinho Lopes garante que o melhor Marketing é o boca a boca, pelo que a aposta foi exatamente nesse sentido, ser

Contactos Responsável Nuno Godinho Lopes Telefone 214 833 039 E.mail recepcao@checkpoint.pt Website n.d.

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A Check Point é uma moderna oficina de automóveis

uma oficina de bairro e de grande proximidade como os clientes. No exterior e interior da oficina foram colocadas diversas frases com os conceitos e objetivos desta oficina: “Tudo o que o seu carro precisa”; “85% das reparações prontas no dia”; “A paixão é o nosso motor”. Em associação existe também uma forte imagem, onde o nome Check Point assume o conceito “One Stop Shopping”, isto é, “se queremos ser uma oficina de bairro, temos que associar o carro à oficina e às pessoas que cá trabalham”, explica o mesmo responsável. Assumindo que os serviços rápidos são o negócio principal da Check Point, o responsável por esta oficina não deixa contudo de afirmar que “são todos os outros serviços que fazemos que nos

Mercado “Mudou tudo no mercado, mas sobretudo o que mudou foi o cliente”, afirma Nuno Godinho Lopes sobre o momento atual do mercado oficinal, numa altura em que a banca, os fornecedores e o poder de compra atravessam novos momentos e “nos trazem novos desafios”. Por isso, diz o mesmo responsável, o desafio é “fazer mais com menos, isto é, evoluir mais depressa face ao que o poder de compra dos clientes diminui. A estratégia tem que passar por mais clientes com faturas mais baixas, isto é, temos que potenciar o “car count” ao máximo, trabalhando mais para faturar o mesmo”. No entender do mesmo responsável, em termos gerais, a crise trouxe um cliente muito mais “infiel” e menos fidelizado à oficina e por isso “gerou mais oportunidades para angariar mais clientes”, afirma Nuno Godinho Lopes.

ajudam também a vender os serviços rápidos”. Do ponto de vista do conceito oficinal que tenta implementar todos os dias, Nuno Godinho Lopes virou-se também para dentro e para a equipa que o acompanha há já vários anos, argumentando que “as decisões são tomadas em conjunto. Só se pode evoluir se todos trabalharmos um pouco mais e se tentarmos todos os dias ser um pouco melhores que no dia anterior”. Sabendo que a formação é fundamental para manter os seus recursos humanos atualizados, Nuno Godinho Lopes assume que só isso em si não será suficiente se “a equipa não estiver ela própria motivada em evoluir, pesquisar e desenvolver-se continuamente. Só dessa forma se encontra motivação para todos os dias vir trabalhar”. Ao nível da incorporação de peças nos carros dos clientes, a Check Point aposta unicamente em peças com as mesmas normas do material de origem. “Não incorporamos unicamente peças originais, como é óbvio, mas só utilizamos peças que nos dão garantias de que corresponde às normas do material original”, refere Nuno Godinho Lopes. A Check Point é um conceito que foi desenvolvido como um franchising. “Se o quiser replicar a qualquer momento ele está pronto para ser franchisado”, afirma Nuno Godinho Lopes, embora não tenho intenção de para já expandir o seu negócio. Afirmando que um dia poderá voltar a integrar uma rede oficinal, o responsável máximo da Check Point, assume que admira diversos conceitos oficinais, pela otimização de recursos e pelo posicionamento que têm no mercado, mas o momento é de seguir com o seu sonho.

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Boxer Group. Parceiro ao nível dos serviços Existem interlocutores entre as frotas de automóveis e os prestadores de serviços (por exemplo as oficinas) que funcionam como potenciadores de negócio. Vale a pena perceber como funcionam. TEXTO Paulo Homem

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oderá questionar-se porque razão uma empresa como a Boxer, que opera na área das frotas, aparece numa revista que se dedica ao pós-venda automóvel. A razão é muito simples e tem a ver com o facto de grande parte dos seus parceiros de negócio serem empresas de serviços na área do pós-venda automóvel. Oficinas de automóveis, redes de vidro, casas de pneus, oficina de chapa e pintura, serviços de lavagens, reboques, seguros, entre outros, são entidades com as quais a Boxer se relaciona no seu dia a dia, tendo em conta que trabalha com uma frota de aproximadamente 1.000 carros. A Boxer é, por definição, uma empresa que presta serviços a frotistas e a outros player´s do mercado automóvel, sendo muito mais que uma consultora. “Fazemos tudo o que uma empresa que tenha carros necessita, exceto financiá-los. Somos verdadeiramente gestores de frota ou, simplificando, apoiamos os gestores de frota das empresas”, começa por referir Luís Frazão, responsável da empresa e profissional com mais de 15 anos de experiência em frotas que passou pela GE, ALD e FleetData. Dos carros que aceita gerir, com ou sem risco, a Boxer tem a flexibilidade de adequar os serviços que proporciona às verdadeiras necessidades do cliente (seja em veículos ligeiros ou pesados). Estejam os carros em renting, leasing, crédito ou sobre outra forma de posse, a Boxer acrescenta serviços que vão desde levar o carro à oficina, retirar autocolantes de uma frota, mudar pneus, substituir um carro, entre muitos outros. “A questão é saber quais são as necessidades da empresa relativamente à sua frota. Aí entra a Boxer que lhe pode proporcionar todos os

Contactos Responsável Rui Pinto Telefone 211569924 E.mail info@boxergroup.pt Website www.boxergroup.pt

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A Boxer presta todo o tipo de serviços que estejam “fora da caixa”, dinamizando uma enorme rede de forncedores, como nos explicou Rui Pinto

serviços”, afirma Rui Pinto, gestor da empresa, também ele com largos anos de experiência no ramo das frotas. Escolha dos parceiros Com esta forma de trabalhar, a Boxer dinamiza uma série de parcerias com muitos operadores, que vão desde oficinas até casas de pneus entre muitas outras entidades. Para a escolha destes parceiros, existem três grandes vetores: localização dos clientes da Boxer (atualmente já tem clientes em todo o país), condições financeiras e qualidade da oficina. “Não fechamos nenhum protocolo com nenhuma oficina, ou outro prestador de serviços, sem a ver primeiro e sem recolher informações sobre a mesma”, revela Rui Pinto, acrescentando que por norma “privilegiamos as oficinas de marca. Atualmente cerca de 75% da frota que gerimos vai ao pós venda das marcas ao nível da manutenção, mas a tendência tem sido para aumentar a importância das oficinas de rede ou independentes, apesar do esforço que as marcas têm feito, nomeadamente ao nível dos custos. Existe de facto uma contra resposta das marcas, ao nível do pós venda, face às oficinas independentes”.

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Concretizando, existe uma “rede” de oficinas Boxer, que inclui oficinas de marca e independentes, onde o principal vetor de escolha é a localização das mesmas… sem esquecer a qualidade do serviço. Por outro lado, nas oficinas de colisão, quase 100% dos parceiros da Boxer são oficinas independentes. Mesmo estando muito atenta às tendências do mercado do pós-venda, a Boxer recebe muitos fornecedores nas suas instalações propondo os seus serviços. “Por sistema, concentramos as nossas negociações, ao nível das parcerias, no final de cada ano, mas estamos sempre abertos a novos parceiros”, explica Rui Pinto. Com um volume superior a 30.000 euros/ano em pneus, a Boxer segue neste setor a mesma lógica da manutenção, isto é, tem a sua própria rede de retalhistas. Depois de quatro anos e meio de atividade da Boxer, Rui Pinto garante que é o momento de começar a concentrar um pouco mais os parceiros, pois a dispersão geográfica é importante, mas não é positivo haver parceiros a mais com a mesma localização. Fica evidente que ser parceiro da Boxer é importante para qualquer prestador de serviços na área do pós-venda automóvel, numa altura em que existe uma clara redução do número de clientes nas oficinas.

Não é só a redução custos Um dos objetivos da Boxer passa também pela redução de custos com a frota dos seus clientes. Contudo, nem sempre essa é a questão fundamental nos serviços que a empresa desenvolve com os seus parceiros. “Para um cliente não é só a redução dos custos que está em cima da mesa é também a conveniência dos serviços”, afirma Luís Frazão, explicando que alguns dos serviços que disponibiliza permitem a quem tem frotas concentrar-se no seu negócio evitando dispersar recursos para gerir qualquer situação com a frota. Outro dos exemplos é o da extensão de garantia. Dependendo do contrato (com ou sem risco) o cliente poderá de facto reduzir custos, mas poderá também controlar os custos assumindo um valor fixo mensalmente, independentemente do que venha a acontecer em termos de manutenção da frota.

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Pintor R-M. Grande Desafio

Joel Rodrigues é o representante português do 11º Concurso de Melhor Pintor R-M. Depois de eliminar a concorrência na final nacional, o jovem pintor de 31 anos ambiciona a vitória entre os participantes mundiais. TEXTO André Bettencourt Rodrigues

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Identificar o lixamento e o tipo de cor serão alguns dos desafios do concurso

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rabalha há oito anos na Filinto Mota, depois de uma passagem por outra oficina onde foi o único dos estagiários a conseguir o lugar. Sempre quis trabalhar na área automóvel, mas a opção pela pintura revelou-se como a mais acertada, já que hoje alia a “paixão pelos carros” com o “gosto” por aquilo que faz. Agora, pretende dar um novo salto na carreira, caso ganhe o concurso organizado pela R-M. Com 31 anos acabados de fazer, Joel Rodrigues carrega a ambição própria da idade, mas também a de quem, desde sempre, delineou “objetivos” para a sua vida profissional. O jovem pintor portuense admite que gostaria de ser “técnico de pintura”, portas que este desafio, agora na sua 11ª edição, lhe pode abrir: “Já na final nacional senti que o meu trabalho foi reconhecido, o que são ótimas notícias para mim e para a Filinto Mota”, afirma. Embora seja “quem dá a cara” pela empresa, o funcionário sente o apoio dos colegas de trabalho e da estrutura na qual, todos os dias, faz o que mais gosta — pintar: “Estão contentes por mim e também acham que pode trazer prestígio para a casa, até porque eu faço questão de dizer o local onde trabalho e que estou aqui pela R-M e pela Filinto Mota. Se calhar se não estivesse a trabalhar aqui não teria sabido do concurso nem teria concorrido”, adianta. Apesar da “formação contínua” e de lidar todos os dias com diversos tipos de problemas, nunca se está preparado a 100 por cento para o rigor das provas pedidas aos participantes: “Há sempre coisas que fazemos de forma diferente e que nem sempre seguem a ficha técnica, enquanto no concurso temos de seguir exatamente as instruções da ficha sem que ninguém nos diga nada. Tudo conta — o processo, os gastos de material, a rapidez e a técnica utilizada”. Mesmo tendo noção do rigor que é exigido aos participantes, Joel diz que não tem feito nada de particularmente diferente como forma de preparação para a grande final: “Para a final nacional estudei vários defeitos de pintura e tentei perceber o que os podem provocar, o que se pode fazer para evitá-los e que soluções são aplicáveis: a quantidade

de demãos de pintura e se é preciso pintar ou repintar, até porque às vezes um simples polimento resolve o problema. Para a final internacional sinto que devia treinar mais algumas coisas, mas isso requer tempo, não só da minha parte, mas também de outras pessoas. Do que depende de mim, estou sempre disponível.” Estudar e ler as fichas técnicas dos produtos é da maior importância, até porque as oficinas têm um leque limitado de produtos. “Como é normal não utilizamos todos os produtos da R-M e, se calhar, vão sair vernizes nas provas que nós não usamos aqui. Estou a dar o meu máximo, mas sinto que precisava de mais preparação prática, de desligar-me mais da oficina e concentrar-me apenas no concurso”. Joel acredita que o que distingue um bom pintor é a paixão e o orgulho no trabalho apresentado ao cliente final: “O chapeiro até pode ter feito um mau trabalho, mas o que os clientes vão ver é a pintura, a qualidade do trabalho que lhes é entregue. Se a pintura não for bem feita irá mostrar todas as imperfeições do carro”, refere. O pintor tem, por isso, de “gostar daquilo que faz, de ser cuidadoso com a limpeza já que esta é uma área muito suja, não só pelas tintas mas também pelos lixamentos, e de ser capaz de

distinguir se o trabalho tem qualidade, se está bem lacado ou se precisa de mais uma demão”. A final internacional do concurso R-M irá decorrer durante três dias entre 8 e 10 de Outubro, evento que a TURBO OFICINA irá acompanhar em direto. Joel pouco mais sabe do desafio, mas espera exercícios semelhantes aos da final nacional, numa janela de tempo idêntica: “Na final nacional tivemos entre uma hora e uma hora e meia para os exercícios práticos, portanto imagino que seja igual na final internacional”, refere. Para quem gosta de se “superar”, temos a certeza de que irá dar tudo neste desafio.

Joel Rodrigues teve conhecimento do concurso através de um dos técnicos da R-M, numa das várias ações de formação que a empresa realiza, tendo participado pela primeira vez há cinco anos: “Na altura fiquei em segundo lugar na final nacional e este ano decidi concorrer novamente”. outubro 2013

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Grupo Auto Sueco. Passa a chamar-se Nors Na sequência do forte processo de expansão, o novo nome quer ajudar a tornar o grupo um player cada vez mais internacional. A estrutura e o funcionamento das empresas de aftermarket mantém-se sem alterações. TEXTO Cláudio Delicado

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o ano em que assinala a passagem dos 80 anos de atividade, iniciada com a representação da marca Volvo no ano de 1933, o Grupo Auto Sueco muda a sua denominação para Grupo Nors e assume a visão de ser um dos líderes mundiais em soluções de transporte e equipamentos de construção. Nas empresas do aftermarket Civiparts (que inclui a OnTruck), a AS Parts, a ONEDRIVE (que inclui a rede de oficinas TopCar) e a Express Glass – mantém-se exatamente a mesma estrutura, as mesmas pessoas e o mesmo funcionamento. “Um elevado crescimento histórico – ancorado numa forte internacionalização – e a expansão das suas atividades para novas áreas de negócio com características distintas da atividade tradicional do Grupo levaram à necessidade de criar uma nova marca corporativa, abrangente e agregadora, capaz de sustentar a ambição de crescimento do Grupo e de traduzir a sua diversidade”, explica a empresa em comunicado. Para Tomás Jervell, CEO do Grupo Nors “era tempo de dar ao Grupo uma nova identidade capaz de transmitir, interna e externamente, a nossa diversidade e dimensão; tempo de assumir a responsabilidade de apresentar a nossa realidade atual à luz de uma nova marca corporativa que transmita, de forma fiel, a dimensão e diversidade de atividades do Grupo, a sua vocação multinacional e a sua estratégia de crescimento. É visão do Grupo Nors ser um dos líderes mundiais em soluções de transportes e equipamentos de construção, assente numa estratégia de princípios e políticas transversais e por uma cultura de grupo global, mas que salvaguarde as diferenças dos mercados onde operamos.” O Grupo Nors congrega um vasto conjunto de empresas a operar em 15 países - Portugal, Espanha, Brasil, Turquia, Marrocos, Cabo Verde, Angola, Botswana, Namíbia, Quénia, Tanzânia, Uganda, Cuba, México e Estados Unidos da América - distribuídos por 4 continentes, com cerca de 4.300

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As empresas do Grupo Nors não sofrem alterações e tudo se mantém igual. O que mudou foi o “guarda-chuva”

colaboradores e um volume de negócios superior a 1,1 mil milhões de euros. Na génese do Grupo Nors estão 80 anos de história e atividade em Portugal, iniciada com a representação da marca Volvo em 1933. Historicamente associado à sua liderança no

O Grupo Nors, AGORA CRIADO, assume O OBJETIVO de ser um dos líderes mundiais, ESTANDO ATUALMENTE PRESENTE EM 15 PAÍSES

setor automóvel, o Grupo Nors é hoje uma multinacional com um âmbito de atuação alargado, que desenvolve as suas atividades em quatro grandes áreas de negócio – Original Equipment Solutions, que inclui a venda e após venda de camiões, autocarros, máquinas de construção, automóveis, motores marítimos e industriais e geradores; Integrated Aftermarket Solutions, que reúne o conjunto de empresas da estrutura de após venda e inclui a importação e distribuição de equipamento oficinal e peças OEM multimarca para camiões, autocarros e automóveis, e vidro automóvel; Recycling Solutions, uma área de importância crescente para o Grupo, focada no fornecimento de soluções e equipamentos de reciclagem, que desenvolve atividades na área de reciclagem de pneus, fabrico de equipamentos de recolha e tratamento de resíduos urbanos e soluções para deposição temporária de resíduos sólidos urbanos; e SafekeepingSolutions, que abrange as atividades Seguradora e Centros de Inspeção Automóvel.

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Lâmpadas. Ver e ser visto

No capítulo da iluminação, o tema das lâmpadas assume primordial importância e quase que estes termos se confundem. Agora que estamos no outono e vem aí o inverno, nada melhor que ver e ser visto… pelo mercado. TEXTO paulo homem

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al como em muitos outros mercados no aftermarket, o da substituição de lâmpadas para automóveis atingiu a maturidade. Trata-se de um mercado sazonal, devido ao fantástico clima de Portugal, o que leva a que as novidades de produto sejam introduzidas no início do outono e existe um período alargado em que as vendas são residuais. Existe muita concorrência. Atualmente e devido á crise, muitas empresas estão apenas a trocar produto fazendo baixar o preço no mercado, o que mais tarde, as outras empresas, de forma a se enquadrar no preço de mercado, vão procurar preço mais barato de compra e isto leva a introdução de

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produto de mais baixa qualidade no mercado. “Atualmente todos nós trabalhamos com margens muito pequenas e se temos carros em que mudar um par de lâmpadas pode demorar cerca de 30 minutos, se esse mesmo carro ao fim de pouco tempo voltar para trocar a mesma lâmpada o nosso cliente está a perder dinheiro, pois vai perder mais 30 minutos para trocar a lâmpada. Para além disso vai ser gerada uma insegurança por parte do cliente final. Para mim (que faço as compras a nossa empresa), estes fatores são muito importantes na altura da comprar/ escolher produtos. Não me interessa ter o melhor preço do mercado se não tenho qualidade” refere Luís Sardinha da Car Gift. Em Portugal, o mercado de iluminação automóvel no aftermarket é, contudo, bastante competitivo, no qual podemos

contar não só com as melhores marcas a nível mundial, mas também com muitas marcas de baixa qualidade importadas diretamente do Médio Oriente. Este setor do aftermarket é marcado pela tecnologia e pela inovação, e a iluminação LED terá um papel decisivo neste setor no futuro. Enquanto a tecnologia LED é uma ameaça a longo prazo para as lâmpadas de reposição, continuam ainda a existir muitas oportunidades para novas lâmpadas e para as já existentes. Outra das oportunidades está relacionada com as lâmpadas HID (High Intensity Discharge), as quais estão preparadas para serem instaladas numa gama mais extensa de veículos. “Nos últimos anos o fator preço tem sido bastante decisivo para os consumidores finais devido à instabilidade económica

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O LED e a redução de emissões de CO2 O futuro da iluminação auto será sem duvida utilização de lâmpadas LED, com a introdução da lâmpada de substituição de LED como reposição direta da lâmpada de halogéneo (isto depois de toda a controvérsia gerada pelos kit universais de xénon - HID), estas novas lâmpadas de LED respeitam a nossa legislação portuguesa. A Decisão de Execução 2013/128/UE da Comissão Europeia, de 13 de Março de 2013, relativa à aprovação do uso de díodos emissores de luz em certas funções de iluminação dos veículos M1, como tecnologia inovadora para a redução das emissões de CO2 dos veículos automóveis de passageiros em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 443/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, aponta já que o LED representa o futuro.

que se tem sentido na Europa. Como consequência, o consumidor procura uma lâmpada que lhe dê garantias de qualidade, mas ao mesmo tempo que tenha um preço acessível”, afirma Ricardo Miranda da Ring, explicando que esta situação “tem afetado a estratégia de algumas das marcas consideradas historicamente como marcas Premium, as quais tiveram de optar por estratégias mais agressivas ao nível do preço, de forma a não perderem quota de mercado”. Por sua vez, e seguindo a vertente adoptada pelos mercados mais desenvolvidos da Europa, o aftermarket português tende a ficar cada vez mais consolidado obrigando os fabricantes a fornecerem diretamente o grossista. “Embora o mercado de iluminação esteja em constante mudança, pode-se dizer que apresenta bastantes oportunidades no mercado de reposição”, assegura Ricardo Miranda, que diz que a mensagem chave da Ring, é que “com a venda de lâmpadas de maior valor acrescentado, oficinas e distribuidores podem aumentar as vendas e o lucro com as lâmpadas neste mercado em expansão. A satisfação do cliente a partir de uma melhoria na saída de luz e desempenho, só irá resultar em novos negócios/ oportunidades, os quais vão aumentar as vendas e a respetiva rentabilidade”. Para Mónica Violante da Osram, este é um mercado muito interessado nas novas tecnologias, como por exemplo o LED, e “no nosso caso específico, com algumas carências de formação, mas muito disponível para a mesma”. Diz a mesma responsável que “o mercado entende o binómio preço/qualidade e do ponto de vista comercial é um mercado que recompensa os fabricantes com o devido valor quando o fabricante de facto aposta na divulgação e promoção do seu produto”.

A introdução de LED e Xénon aumentou largamente a duração das lâmpadas, o que obrigatoriamente contribui para que o mercado decresça. No entender de Paulo Torres, da Vieira&Freitas, “deixará de haver lugar a marcas de baixíssima qualidade, pois a mão de obra associada à troca de uma lâmpada deixa de compensar a compra do mais barato”. No entender dos responsáveis da Amolux, apesar do decréscimo do mercado de lâmpadas, o facto de ser um produto de elevada rotação e a sua substituição ser obrigatória, leva a que as vendas se mantenham a um nível razoável. Para o Aftermarket, nem tudo são más notícias, diz Vanessa Barros, da Onedrive (Philips), pois num parque “envelhecido” pode haver, contudo, mais espaço para um aumento na taxa de substituição.

PRINCIPAIS OPERADORES EXTRASECURITY (CAR GIFT) / HOD Dentro das lâmpadas de substituição halogéneo, a Car Gift disponibiliza as HOD capazes de fazer 2300 lumens com coloração branca com apenas 55W, isto é, chegam a fazer sensivelmente o dobro da luminosidade de uma lâmpada de halogéneo normal. Esta lâmpada tem uma forma oval e tem dimensões maiores que uma ampola normal de forma a poder levar mais gás xénon e ser

O negócio das lâmpadas tem conhecido uma enorme evolução tecnológica que não é boa para o aftermarket

capaz de ter um output superior de lumens. A empresa está em testes de uma lâmpada que irá ter as dimensões “normais” para poder atingir o mercado mais tradicional. Dentro da iluminação de substituição LED, a Car Gift introduziu muito recentemente seu catálogo as lâmpadas de substituição direta de LED para faróis com lâmpadas H7 e H4 capazes de fazer cerca de 2000 lms. Estas lâmpadas são equipadas com chips com a mais recente tecnologia CREE. Dentro das lâmpadas de substituição xénon, a empresa apresenta uma reposição direta, sem problemas para balastros originais garantindo uma compatibilidade com todas as marcas de balastros. Pontos fortes da marca HOD: Lâmpadas são certificadas e estão em constante desenvolvimento de produto; Todas as lâmpadas são testadas e submetidas a um teste de envelhecimento de forma a receberem um selo QC; Dois anos de garantia; Maior segurança e presença na estrada; Assistência privilegiada. Informação técnica: www.cargift.eu (necessário registo para profissionais) TRW / LUCAS A tradição da Lucas em dispositivos de iluminação e lâmpadas remonta a 1872, quando o seu fundador, Joseph Lucas, começou a fornecer faróis para barcos e autocarros. Atualmente, a Lucas disponibiliza uma vasta gama de lâmpadas para veículos de passageiros e comerciais. No portfólio existe também uma atualizadíssima gama de iluminação de emergência, composta por rotativos, barras, sirenes e sistemas CCTV. A gama de lâmpadas Lucas é composta por um vasto leque de referências que inclui

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d dossier as pequeníssimas lâmpadas de painel, as tradicionais lâmpadas de incandescência, halogéneo, Xénon e as sofisticadas lâmpadas HID. Com uma gama tão alargada e um catálogo recente, a Lucas cobre 99% dos veículos que circulam no nosso país. A gama de iluminação de emergência Lucas é bastante inovadora e completa. A Lucas introduziu uma série de novos produtos com tecnologia LED, alarmes de marcha-atrás com ajuste automático do volume e sistemas de vídeo câmara, que permitem melhorar a visibilidade durante as manobras mais difíceis. Esta gama é suportada por um catálogo bastante atual e de fácil leitura, que tem a particularidade de incluir a homologação dos seus produtos. Pontos fortes da marca Lucas: Longa tradição em lâmpadas Gama muito alargada Cobertura do parque Produtos homologados Informação técnica: www.lucaselectrical. co.uk/automotivebulbs. RING / RING A Ring está constantemente a atualizar a sua gama de lâmpadas para garantir que os clientes tenham a lâmpada correta para a aplicação no respetivo veículo. A lâmpada de halogéneo H15 é nova a gama, que está a equipar os novos veículos Volkswagen. Em relação à parte traseira dos carros, a Ring adicionou à sua gama as lâmpadas de Stop R780 e R782, e ainda as lâmpadas traseiras para os veículos que utilizam lentes claras em clusters traseiros. A Ring oferece ainda uma ampla gama de lâmpadas Xenon HID. Por consequência, esta marca desenvolveu duas novas lâmpadas a D3S e D4S , que já vêm com os veículos modernos. Pontos fortes da marca Ring: A Ring está comprometida com a qualidade, tendo investindo num novo laboratório de iluminação, que permite verificar e manter os seus padrões de qualidade, sendo as lâmpadas produzidas de acordo com elevados critérios e rigorosas especificações técnicas; A Inovação é para a Ring fundamental, pelo que o novo laboratório é usado para desenvolver e ultrapassar os limites da tecnologia de iluminação. Como resultado, a Ring foi a primeira empresa a desenvolver uma lâmpada que produziu até 100% mais luz na estrada em comparação com uma lâmpada de halogénio standard – à qual deu o nome de XenonMax. Desde então, tem continuado a sua investigação e desenvolvimento, e como resultado lançou a lâmpada XenonUltima. Esta lâmpada produz até 120% mais luz na estrada em comparação com uma lâmpada normal (foi a primeira empresa a lançar uma

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lâmpada com este nível de performance no mercado); Marketing / Suporte & Vendas – A Ring disponibiliza aos clientes um elevado suporte na vender dos seus produtos. Este apoio pode ser transmitido através do catálogo técnico de lâmpadas, Wall Charts 12v ou através do website da Ring, permitindo que os clientes e consumidores possam encontrar a informação que necessitam. Outra das opções utilizadas recentemente, são os códigos QR e respetivos vídeos online, de forma a dar aos condutores acesso a clipes de demonstração sobre o desempenho das nossas lâmpadas; Os clientes da Ring têm direito a ter um gestor de conta dedicado e um Coordenador de Atendimento ao cliente, de forma a dar apoio e assistência adicional; Logisticamente a Ring tem o seu próprio armazém, o qual permite garantir um fornecimento consistente e contínuo ao cliente. Informação técnica: www.ringautomotive. co.uk.

OSRAM / OSRAM A Osram completou a gama de lâmpadas LED retrofit para automóvel, lançando inicialmente lâmpadas LED para 12 V e agora mais recentemente, apresentou ao mercado as novas versões para 24V. Esta marca dispõe de um segmento de produtos orientados para o design, como são os DRL ou o LEDriving FOG, a primeira luz LED da Osram para nevoeiro (e DRL). A Osram vai continuar a desenvolver produtos nesta linha para iluminação interior, tendo previsto o lançamento neste segmento de kits para interior, as LEDambient, para melhorar e tornar mais confortável o interior do veículo para os verdadeiros apaixonados pelas viaturas. Pontos fortes da marca Lucas: Peças com qualidade de origem (Original Spare Parts); Apoio ao cliente Inovação Marketing forte e com múltiplas ferramentas de apoio ao ponto de venda Sistema de Garantia OSRAM Informação técnica: www.osram.com / www. carlightblog.com / http://am_application. osram.info/publish/index_en.html VIEIRA & FREITAS / NARVA A mais recente novidade da Narva em iluminação auto são luzes LED de circulação diurna e interior. As luzes diurnas Narva com LEDs de alta potência, proporcionam uma maior segurança rodoviária tornando o veículo mais visível cumprindo com as regras sobre luz de circulação diurna. A instalação é fácil e universal. A iluminação interior LED Narva ilumina dentro do carro com luz branca frio, que permite aos passageiros ler e trabalhar sem incomodar o condutor, podendo escolher entre uma faixa de temperatura de 4000 K a 6000 K, para o máximo conforto. O principal desenvolvimento tecnológico são seguramente os LEDs, mas um marco histórico, foi o lançamento pela Narva em 2006, após o sucesso da lâmpada H4, de uma lâmpada H7 com tecnologia de vidro duro. Pontos fortes da marca Narva: O aspeto mais diferenciador da Narva para a maioria dos concorrentes é a alta qualidade associada aos mais de 60 anos de experiência e know-how. Relação preço / qualidade é uma das melhores do mercado. A qualidade alemã está associada a um preço bastante competitivo. Fabrico das lâmpadas H4 e H7 com vidro rígido ou duro o que lhes permite absorver as altas temperaturas do filamento. Vasta gama de lâmpadas especiais para aplicações quer automóvel quer no domínio da alta tecnologia óptica. A Narva tem vindo a acumular prémios de publicações

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Futuro das lâmpadas Luís Sardinha, Extrasecurity “O futuro já começa a ser desvendado através da lâmpada LED e o próximo é a coloração adaptativa, ou seja a adaptação da cor da luz conforme as varias situações em que nos encontramos, por exemplo numa noite de nevoeiro ou de chuva seria indicado uma lâmpada de cor aproximada entre 4000k e 5000k (com tons mais “amarelos”) por causa da reflexão da luz na névoa ou na chuva, contudo numa noite clara a melhor cor de luz será de 6000k pois é uma cor realmente mais “branca” o que permite uma maior visibilidade das marcações das estradas”. Ricardo Miranda, Ring “A Tecnologia LED é o grande desenvolvimento na iluminação do veículo. O uso da tecnologia de iluminação LED em vez das lâmpadas normais, apresenta-se como o único desafio para o mercado de reposição. Embora ainda limitado a um número relativamente pequeno de veículos, os LEDs são uma fonte de luz não substituível e, como tal, há pouca oportunidade para uma substituição no aftermarket. A reposição de lâmpadas de descarga de alta intensidade (HID), permite às empresas obterem maior rentabilidade. Uma vez limitada a carros de luxo, as lâmpadas HID estão agora preparadas para uma vasta gama de veículos. Por sua vez, as oficinas estão experimentando atualmente uma maior procura para a reposição de lâmpadas HID. Outra oportunidade no mercado de iluminação provém das ‘luzes automáticas “. Este é um dispositivo instalado nos veículos mais modernos que alterna as luzes do veículo ligado e desligado de acordo com os níveis de luz ambiente. Desta forma, as luzes ficam ligadas por períodos mais longos, sendo necessário um maior consumo de lâmpadas, do que seria no caso de utilização manual”.

internacionais, nomeadamente da “best buyer”. Informação técnica: www.vieirafreitas.pt / www.narva-light.com/en_EN/ A.NASCIMENTO / AMOLUX As mais recentes novidades da Amolux são as lâmpadas Híper Visión, HDI, lâmpadas de descarga e lâmpadas LEDs. As lâmpadas Híper visión são luzes diurnas, que estão de acordo com a nova lei europeia, que obriga que todos os novos veículos saiam de fábrica tenha este tipo de iluminação. Como tal, no futuro, isso afetará muito as vendas deste tipo de lâmpada. Pontos fortes da marca Amolux: A qualidade da lâmpadas Amolux é verificada e comprovada por severos testes de desempenho; Serviço e distribuição, dispondo a Amolux de um armazém central com 5.000 m2, que distribuem em 24 horas os seus produtos;

Extensa gama de produtos; Inovação; Recursos humanos; Certificado ISO 9001/2008 Informação técnica: www.amolux.net ONEDRIVE / PHILIPS Em 2012 a gama Xenon da Philips foi renovada, estando já à disposição um tipo de lâmpada melhorada. Com as lâmpadas Xenon X-treme Vision, com até 50% de luz mais e luz branca 4800 K, a noite mais escura “transforma-se” em dia. Outra novidade, acabada de lançar, neste caso para o trabalho oficinal, é a nova gama lâmpadas de inspeção e trabalho LED. Esta nova e melhorada gama de lâmpadas de inspeção e de trabalho LED adequase a uma área de trabalho, onde uma inspeção visual precisa e prolongada são essenciais para, por exemplo, visualizar elementos de segurança de veículos. Estas soluções de iluminação LED avançados, com materiais exclusivamente fabricados com os mais altos padrões de qualidade de equipamento original, gera uma luz natural e extremamente potente, com uma temperatura de cor de 6.000 K e 6.500 K, que representa o espetro de luz mais adequado para tarefas que exigem conforto e concentração. Pontos fortes da marca Philips: Qualidade de produto. Marca que permite um muito baixo nível de defeitos. O domínio no fabrico de lâmpadas de automóveis e a utilização de uma tecnologia de ponta, faz com que a Philips possa responder com um índice muito reduzido de valores de PPM (uma lâmpada defeituosa sobre um milhão de lâmpadas fabricadas). Resistência às vibrações e forças G; tecnologia de vidro de quartzo. Montagem muito precisa que assegura à lâmpada uma alta resistência às vibrações e uma vida mais longa, resultando numa lâmpada que pode

brilhar a uma temperatura mais elevada e, assim, criar luz mais branca e mais potente durante mais tempo. O vidro de quartzo é mais forte do que vidro duro e naturalmente mais resistente a variações bruscas de temperatura, garantindo longevidade. Disponibilização de stock e informação técnica para os clientes. Marca que contribui para minimizar o impacto ambiental. Desde 1 de Julho de 2005 que a Philips não fabrica nem comercializa lâmpadas que contenham chumbo, tendo igualmente eliminado o conjunto dos metais pesados visados pela diretiva RoHS, demonstrando assim, vontade de antecipar os prazos legais impostos. Atualmente, a Philips é o primeiro fabricante de origem a produzir as primeiras lâmpadas Xénon HID sem mercúrio. Informação técnica: www.lighting.philips.pt / www.philips.pt/c/car-lamps/20992/cat/ HELLA / HELLA A novidade mais recente é a nova gama HELLA +90%. Trata-se de uma lâmpada inovadora que oferece mais 90% de luz na estrada. A iluminação automóvel está a passar por uma fase de grande transformação a nível de tecnologia. As lâmpadas de filamento estão a ser substituídas gradualmente por tecnologia de descarga (Xenon) e por LEDs. Essa continuará a ser sem dúvida a tendência do futuro na iluminação automóvel, que a Hella tem acompanhado e liderado. Pontos fortes da marca Hella: Longa tradição em lâmpadas; Garantia de qualidade; Especilistas em Iluminação Desenvolvimento tecnológico; Aftermarket e OEM: Gama diversificada. Informações técnicas: www.hella,com/ bulb

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LED. O futuro já chegou Não passaram muitos anos desde a primeira utilização de LED em carros de série mas a generalização desta tecnologia foi rápida e, hoje, vários modelos oferecem já sistemas de iluminação totalmente em LED. TEXTO Cláudio Delicado

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desenvolvimento das tecnologias tem sempre um pressuposto e, cada vez mais, na indústria automóvel o argumento é a poupança e a redução do impacto ambiental. O consumo energético de todo o sistema de iluminação dos automóveis é grande, até por todas as funcionalidades, luzes de presença e efeitos no interior do habitáculo. Torna-se assim evidente que uma otimização do sistema elétrico traduz-se diretamente em poupança do consumo de combustível do veículo. Visto que uma parte considerável da energia elétrica produzida pelo alternador é consumida pelos diversos sistemas de iluminação dos veículos (tanto na iluminação exterior como na interior), é facilmente justificado o grande interesse na utilização de LED. Apesar de terem sido os topo de gama a estrear sistemas Full LED (em que toda a iluminação do carro recorre a esta tecnologia), já existem modelos de gama média que oferecem, em opção, esta tecnologia, como são exemplos o novo Seat Leon ou o Peugeot 308. E até os pequenos citadinos já têm LED nas luzes diurnas. É cada

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vez mais difícil encontrar um carro novo que não utilize estes díodos em alguma das partes do seu sistema de iluminação. Embora este tipo de iluminação possa custar cerca de 3 vezes mais que a iluminação convencional, esta tecnologia permite uma redução no consumo de energia de 30 a 90%, podendo durar entre 20 a 30 anos sem substituição ou limpeza, tornando assim a solução bem mais económica a longo prazo. No que diz respeito à iluminação automóvel falamos, regra geral, de quatro tipos de lâmpadas: Incandescente - de uso geral (iluminação interior, piscas, presença, indicadores do painel frontal, etc...), geralmente de baixa potência. Incandescente de halogéneo – geralmente usadas nos sistemas de iluminação frontal devido à quantidade de energia térmica dissipada e maior radiação luminosa. Descarga de alta intensidade (HID) – igualmente utilizadas nos sistemas de iluminação frontal, também conhecidas como lâmpadas de xénon, permitem obter

Principais vantagens da utilização de LED nos automóveis Tempos de comutação, cerca de 140 vezes inferiores aos de uma lâmpada incandescente convencional, permitindo por exemplo, um acréscimo na distância de segurança de mais 7 metros em situação de travagem a uma velocidade de 100 km/h. Consumo de cerca de 15% da energia necessária a uma lâmpada incandescente. (Ex. 4.3W com LED, comparado com 27W incandescentes) nas luzes de mudança de direção. Permite diversas soluções óticas variando apenas o sistema de reflexão. Resistência a vibrações mecânicas Maior capacidade de controlo Evolução no design interior e exterior dos veículos Durabilidade: mais de 20.000 horas de funcionamento sem manutenção ou substituição. O espaço ocupado pelos LED é menor, o que permite um melhor aproveitamento do espaço interior, inclusive na bagageira

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Audi com faróis Active Matrix LED

uma luminosidade semelhante à luz do dia, permitindo maior conforto na condução. Díodos emissores de luz (LED) – Inicialmente utilizados como indicadores de painel, com o desenvolvimento dos leds de alto brilho têm vindo a ganhar terreno rapidamente. Estima-se que o consumo para um par de LED utilizados nas lâmpadas de maior potência (médios e máximos) seja de 10W de, contra 150W na iluminação convencional. Destaca-se ainda a durabilidade destes LEDs, cerca ate 50.000 horas, que garante aproximadamente 100 anos de iluminação num veículo de gama média. O único problema deste sistema reside no seu elevado custo: entre os 600 e os 700€ cada par destas lâmpadas, cerca de 10 vezes mais que as lâmpadas de descarga de alta intensidade. Porém, a massificação da

tecnologia vai também ajudar a baixar o preço. E nessa massificação entra também o pósvenda, com uma série de sistemas, seja para iluminação dos faróis do carro, para o interior ou apenas decorativo, que mostram uma grande vitalidade. Hoje, em muitos casos, é possível substituir sistemas de iluminação mais convencionais por iluminação LED, mas isso requer também um grande conhecimento por parte das oficinas instaladoras que têm que saber dizer não quando não é possível. Uma das consequências da substituição de lâmpadas convencionais por grupos de LED é a interpretação por parte da unidade central do veículo ao detetar a alteração no valor da corrente no circuito elétrico, provocando o seu mau funcionamento. Para resolver este problema, insere-se no circuito uma resistência de carga.

A Audi deu mais um salto no que toca a tecnologia de LED e ainda este ano terá faróis LED matriciais ativos disponíveis no A8 (foto de abertura destas páginas). A tecnologia utiliza LED controlados individualmente para direcionar a luz exatamente para onde esta é necessária. A nova tecnologia divide os LED dos máximos em cinco grupos de cinco LED cada um com lentes capazes de encaminhá-los individualmente. Uma unidade central garante que todas as luzes estão a apontar para o sítio certo. Cada matriz de LED também pode ser regulada individualmente, caso seja necessário. A câmara montada na frente do carro analisa a estrada em busca de fontes de luz que se aproximam. Quando é detetada alguma coisa, a intensidade dos faróis é reduzida para evitar encadear outros condutores. As restantes luzes permanecem acesas. Depois de se passar as fontes de luz, os faróis voltam a acender. Nos carros equipados com o sistema de visão noturna, a câmara também deteta peões e faz piscar os LED caso perceba que o condutor não os tenha visto. As lentes também inclinam as luzes quando se faz uma curva para proporcionar uma melhor visibilidade.

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Nissan NV400. Grandes negócios Está entre os maiores furgões do mercado e permite fazer trabalhos pesados, com uma capacidade de carga muito generosa e custos de utilização mais controlados, graças aos intervalos de manutenção. TEXTO Cláudio Delicado FOTOS JOSÉ BISPO

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m dos fatores mais importantes a ponderar é o tipo de percurso que é feito no dia-a-dia de um carro de uma empresa, mas também o tipo de carga a transportar. Quem tem necessidades de transportar grandes volumes de mercadoria ou grandes quantidades opta, normalmente, por um furgão maior, na categoria que chega aos 3500 quilos. É o caso desta Nissan

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NV400, um autêntico armazém sobre rodas. O modelo maior da Nissan está disponível em 20 versões diferentes, dependendo do comprimento do veículo e capacidade de carga. No caso da versão que ensaiámos, a L3H2 tem dimensões muito generosas. Com um comprimento de 6,19 metros, 2,55 metros de altura e 2,47 metros de largura (contando com os espelhos retrovisores), consegue-se

um volume máximo de carga de 12,4 m3 e 1254 quilos. A versão mais pequena (L1H1) tem um volume de carga de 8 m3, enquanto a maior de todas (L4H3), chega aos 17 m3. Os furgões desta nova gama da Nissan podem ter até três distâncias entre eixos, três alturas e quatro valores de peso máximo autorizado (2,8 a 4,5 toneladas). O compartimento de carga é muito versátil

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O espaço de carga atinge os 12,4 m3 e o acesso (pelas portas traseiras ou lateral) é bom. O interior é prático e tem muitos espaços dearrumação

e tem bom acesso, ficando a apenas 70,6 cm do solo. Para a carga, separada do habitáculo po uma estrutura metálica, estão disponíveis 3,73 metros de comprimento, com 1,76 m de largura, dimensões apenas penalizadas entre as cavas das rodas, onde a largura desce para os 1,08 metros. Em altura o espaço disponível é de 1,79 metros, o que permite que uma pessoa de estatura média circule normalmente em pé. Uma outra vantagem para carregar a NV400 são as portas. Duas atrás que têm o ângulo de abertura normal para objetos normais, mas que podem abrir a 270º para carregar objetos mais volumosos. Acrescenta uma de correr na lateral (com 1,27 metros de largura e 1,68m de altura). O furgão da Nissan pode transportar até cinco europaletes. O facto da cabina e da zona de carga funcionarem de forma independente no que diz respeito à trancagem das portas aumenta a segurança. A NV400 L3H2 conta com tração traseira, destinada a trabalhos mais pesados, e isso permite uma distribuição mais uniforme da carga desde a frente até á traseira, assegurando uma utilização segura com carga completa. É a opção certa para utilizações médias e ideal para reboques. Vem equipada com um Sistema Eletrónico de Controlo de Estabilidade que se adapta ao nível de carga. Também existem versões de tração dianteira, para as versões mais pequenas. A posição de condução elevada permite uma boa visibilidade para a frente, tal como a

Ficha técnica Nissan NV400 L3H2 Volume de carga: 12,4 m3 Motor 2.3 dCi 125 CV Preço: desde 27.782€

frente curta facilita a condução. Os amplos retrovisores duplos ajudam a ter uma visão mais clara em redor do veículo. Só as manobras em marcha-atrás requerem alguma atenção adicional especialmente porque esta versão não conta com os sensores de estacionamento (opcionais). Para quem trabalha os espaços de arrumação são fundamentais. No interior da NV400 há lugar para tudo. Entre os espaços mais práticos estão a prateleira dupla para objetos no teto, compartimentos para guardar garrafas (até 2 litros) e um compartimento de arrumação no painel de instrumentos, do lado do acompanhante. O ecrã do rádio está colocado junto ao teto do carro, localização onde também pode ser montada, em opção, a navegação.

(entre as 1250 e as 2500 rpm), o que ajuda nas acelerações, especialmente quando a NV400 vai carregada. Isso permite também que os consumos não sejam exagerados, com uma média combinada que fica entre os 7,5 e os 9,3 l/100 km. A NV400 está equipada com uma caixa manual de seis velocidades com um indicador no painel de instrumentos, que mostra quando se deve engrenar outra mudança para economizar combustível. O motor dCi, da aliança com a Renault, cumpre a norma Euro 5 e vem equipado de série com um filtro de partículas, o que atenua as emissões de CO2. Outros benefícios incluem o maior silêncio do motor mas também menos requisitos de manutenção - os principais intervalos de manutenção para mudança do óleo são agora de 40.000 km ou a cada dois anos e a mudança do líquido de arrefecimento é agora de 160.000 km ou seis anos. Para além disso, este bloco apresenta agora, em vez de uma correia, uma corrente de transmissão da árvore de cames que não necessita de manutenção. A garantia do veículo é de três anos completos.

MOTOR POTENTE E POUPADO O motor diesel de 2.3 litros disponibiliza, nesta versão, 125 CV, com o binário máximo de 310 Nm a estar disponível muito cedo

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O F12 Berlinetta usa um sistema que permite elevar em 40 mm a frente do carro fornecido pela Magneti Marelli, o que permite proteger na passagem por lombas mais altas ou na entrada de algumas garagens. Mas a Magneti Marelli fornece também a unidade de

FERRARI F12 BERLINETTA. QUEM FAZ O QUÊ?

controlo eletróncia de arrefecimento dos travões, que se adapta às necessidades daquele componente. A empresa italiana fornece também a iluminação traseira em LED. Para este ano, a Ferrari prevê produzir cerca de 1500 unidades em Maranello.

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RADAR

Estudo. As redes de oficinas reforçam posição À semelhança do que aconteceu no ano passado, a TURBO OFICINA levou a cabo um estudo sobre os hábitos dos consumidores no que diz respeito à manutenção e reparação automóvel. O inquérito foi feito online, aos leitores da Revista TURBO e teve uma amostra de 209 inquiridos. O estudo é este ano mais aprofundado e é publicado em duas partes (a próxima sairá na próxima edição), e revela que as oficinas independentes multimarca e, em particular, as redes de oficinas estão a reforçar a sua posição, com tendência para crescerem nos próximos anos e não é apenas na questão preço. A confiança nas redes é cada vez maior e são cada vez mais as pessoas que fazem ou admitem vir a fazer a manutenção do seu carro numa destas oficinas. Isto mostra também as dificuldades das oficinas oficiais das marcas em conseguir fidelizar os seus clientes. Para nos ajudar a perceber estes dados, todos os comentários que vai ler nas próximas páginas são assinados por Guillermo de Llera, responsável em Portugal pela GiPA e especialista no pós-venda automóvel. TEXTO claudio delicado COM COMENTÁRIOS DE GUILLERMO DE LLERA (GiPA)

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Onde faz a assistência/reparação/manutenção do seu carro?

Alguma vez assistiu/reparou o seu carro fora da oficina oficial da marca?

oficina oficial da marca 73 35%

oficina independente multimarca 136 65%

não 31 15%

sim 178 85%

Os leitores das Revista TURBO são mais fiéis às marcas do seu carro do que a média nacional : um em cada 3 leitores escolhe a oficina da marca, enquanto a média nacional é um em cada 5 (Estudos GiPA). Não deixa de ser lógico este resultado: os condutores interessados no seu carro (como são os leitores de revistas técnicas) preferem os canais com maior qualidade na assistência. Este resultado deveria chamar a atenção das marcas : as revistas técnicas são um excelente meio de divulgar os serviços prestados pelas marcas, incluindo a assistência, reparação e manutenção, e não unicamente as qualidades dos modelos dos carros.

E mais ainda se observamos as respostas desta pergunta : unicamente 15% dos condutores são totalmente fiéis às marcas, tendo os outros 20% (no gráfico anterior) que preferem a marca visitando outros canais de reparação, põe em risco o grau de fidelidade.

quando escolhe uma oficina independente multimarca prefere...

que imagem tem das redes de oficinas?

uma oficina sem ligação a uma rede 116 56%

pouco profissionais 14 7%

outro 10 5% competente 48 23%

séria 26 12% merecem-me pouca confiança 36 17%

uma oficina de uma rede 93 44% Sendo que as oficinas em rede representam cerca de 5% do total das oficinas multimarcas, é surpreendente saber que 44% dos leitores, quando escolhem uma multimarca, escolhem uma de rede. Os dados dos estudos mostram que este canal de reparadores (multimarcas em rede) é o canal com melhores resultados nestes anos de crise. Os resultados do inquérito mostram que esta realidade vai ser reforçada no futuro.

merecedora de confiança 76 36% Se analisarmos os resultados desta pergunta, confirmamos a tendência : unicamente um em cada quatro condutores (relembramos : condutores com informação técnica), tem opinião negativa deste canal, tendo a maioria dos condutores a opinião de este canal ser merecedor de confiança, competente e sério. outubro 2013

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para si a qualidade de reparação de uma oficina independente já é equivalente à de uma oficina oficial da marca?

qual é a razão pela qual recorre ou recorreria a uma oficina independente multimarca?

rapidez 17 8%

confiança 34 16%

não

sim

81 39%

128 61%

conhecer o dono 45 22%

mais perto de casa 17 8%

preço mais baixo 96 46% Aqui, 3 em cada 5 condutores acham que a qualidade de ambos os canais é equivalente, mas unicamente 16% escolhe uma multimarca por razões de confiança na reparação, sendo os principais motivos para levar o carro a uma multimarca : o Preço em 46% das respostas (o que

põe um importante problema de imagem e comunicação às oficinas de marca) Conhecer o dono, em 22% dos casos, o que indica que em Portugal, mesmo entre os condutores mais informados, a confiança e o relacionamento pessoal tem um peso importante.

quando leva o carro à oficina exige saber a marca das peças que foram substituidas no seu carro?

Unicamente 8% escolhem pela rapidez e a mesma percentagem pela localização da oficina, o que indica que para os leitores da TURBO, estes critérios têm um peso limitado na escolha do local de reparação.

nos próximos 12 meses pensa fazer uma reparação/ manutençaõ no seu carro?

não 21 10% sim 124 59%

não 85 41%

sim 188 90% Três em cada cinco sim : exigem conhecer a marca das peças substituídas. E nos 3 produtos inquiridos (que divulgaremos na próxima edição), existe claramente uma marca líder de mercado, pelo menos em notoriedade dos condutores, o que é importante quando a questão é colocada de forma aberta.

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São 9 de cada 10 os condutores que tencionam fazer uma manutenção ou reparação nos próximos 12 meses. Nestas intenções os leitores da TURBO coincidem com a média do mercado (Estudos GiPA), o que confirma que o grau de consciencialização dos condutores em geral é elevado, sabendo a generalidade dos condutores da necessidade de “cuidar dos seus veículos”.

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sexo dos inquiridos

onde pensa fazer essa manutenção?

rede de oficinas multimarca 29 14%

não vou fazer 12 6%

masculino 193 92%

oficina oficial da marca 63 30%

oficina independente multimarca 105 50%

feminino 16 8%

30% indicam que o vão fazer na oficina de marca, 5% menos dos que o fizeram da última vez (respostas a pergunta um). O envelhecimento do parque automóvel continua a “castigar” as oficinas de marca.

Unicamente 8% das respostas foram de mulheres, sendo que elas são cerca de 40% dos condutores, revelando que são os homens que mais consomem revistas especializas de automóveis.

idade dos inquiridos

quantos anos tem o seu carro atual?

menos de 1 4 2%

56-65 anos 5 2%

1-2 anos 25 12%

18-25 anos 38 18%

46-55 anos 26 12%

mais de 65 anos 1 0%

10 ou mais anos 83 40

3-4 anos 36 17%

5-6 anos 29 14% 36-45 anos 64 31%

26-35 anos 75 36%

Apenas 2% dos inquiridos tinham mais de 56 anos : este dado chama ainda mais a atenção que o sexo de quem respondeu. 54% dos leitores que responderam tem menos de 35 anos. Por distritos a maioria dos condutores podem ser classificados de “citadinos” sendo a sua distribuição por distrito dominada por Lisboa (36,5%) e Porto (16,4%). 10 outros distritos tem respostas superiores a 2% : Setúbal (6,7%), Braga (4,8%), Leiria (4,3%), Santarém e Algarve (3,4% cada) , Coimbra, Madeira, Viana e Viseu (2,9% cada) e Aveiro (2,4%). Os restantes 6 distritos se repartem os 10,6% restantes.

8-9 anos 14 7%

7-8 anos 18 9%

Os inquiridos possuem carros ligeiramente mais novos do que a média nacional : 30% conduzem carros de até 5 anos, 30% de entre 5 e 10 anos e 40% conduzem carros de 10 ou mais anos.

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quando comprou o seu carro atual era novo ou usado?

novo 99 47%

usado 110 53%

quantos quilómetros faz, em média, por ano?

mais de 40000 5 2% quantos quilómetros tinha o seu carro quando o comprou?

80001-100000 10 6%

30001-35000 6 3% 25001-30000 17 8%

40001-60000 9 5%

60001-80000 21 12%

0 91 51%

20001-25000 29 14%

1-5000 10 5% 5001-10000 37 18%

100001-120000 9 5% 15001-20000 44 21%

20001-40000 24 13%

35001-40000 1 0%

1-20000 15 8%

Os leitores da TURBO não são “condutores intensivos” : 23% faz menos de 10 mil km por ano, 29% entre 10 e 15 mil, 21% entre 15 e 20 mil, e 27% fazem mais de 20 mil km por ano (a média nacional, segundo Estudos GiPA está em 13 mil).

que idade tinha o seu carro quando o comprou?

10 ou mais anos 25 12%

5-9 anos 35 17%

10001-15000 60 29%

menos de 1 105 50%

NA PRÓXIMA EDIÇÃO 2ª PARTE DO ESTUDO: 1-4 anos 44 21% Quase metade conduz um carro novo (foi comprado por ele), e 53% o carro foi adquirido já usado, valores próximos da média do mercado. Apenas 5% dos carros dos inquiridos foi adquirido com mais de 100 mil km e unicamente 12% foram comprados com mais de 10 anos.

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Comparação com o estudo do ano passado e evolução A rede de oficinas mais reconhecida pelo consumidor final A marca de pneus mais reconhecida A marca de lubrificantes mais reconhecida A marca de baterias mais reconhecida

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VALEO. Potenciador de vendas Fomos passar um dia com a Valeo no terreno, onde o aftermarket acontece, para perceber como é que funciona um catálogo móvel, que mais não é do que um “abre-latas” para as vendas dos distribuidores desta marca. TEXTO PAULO HOMEM

S

ão nove horas da manhã. Tal como combinado previamente com Stéphane Ballanger, responsável de vendas e marketing da Valeo Service em Portugal, lá estava a TURBO OFICINA na Onedrive do Cacém para dar início a mais um dia do catálogo móvel da Valeo. Já viu nas imagens, mas por certo que já se questionou sobre o que é isto do catálogo móvel. É um projeto lançado pela Valeo a nível internacional, que já funciona em Espanha desde 2011 e há cerca de um ano em Portugal, que consiste numa carrinha (existem duas no nosso país) conduzida por um promotor técnico, neste caso o Pedro

Nunes, que tem como missão apoiar os distribuidores Valeo junto das oficinas. No interior desta carrinha, que em um ano já fez quase 50.000 km pelas estradas de Portugal (do centro ao sul, já que a outra faz centro norte), está um pouco de tudo aquilo que a Valeo comercializa e que, aliás, é bem visível também no exterior da mesma. “A decoração da carrinha é também um importante instrumento de comunicação, nomeadamente quando está parada junto das oficinas e das casas de peças. Serve para passar mensagens”, diz Stéphane Ballanger, explicando que parte dessa decoração é alterada em função de uma novidade de

produto ou da necessidade de promoção de um determinado produto. Feitas as primeiras apresentações, e visto um vídeo interno da Valeo, o trabalho começa no balcão da Onedrive no Cacém onde se atende a um problema (de uma oficina) com a identificação de uma embraiagem para um Renault Laguna que obrigou ao início da tarde a uma passagem por essa mesma oficina. Entretanto Stéphane Ballanger faz uma demonstração do funcionamento do Park Assist, um sistema de estacionamento automático do automóvel desenvolvido pela Valeo para o primeiro equipamento. outubro 2013

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Resolver problemas de identificação de peças Valeo (quer no retalho quer nas oficnas) e a apresentação de produtos é o dia-a-dia deste promotor

Sem grandes demoras, seguimos para a TopCar Cacém, ali mesmo ao lado. Uma oficina repleta de trabalho, que investiu num novo equipamento de ar condicionado, neste caso o ClimFill First, uma máquina automática de média-gama da Valeo. Acabadinha de sair da caixa, e montados os respetivos acessórios, Pedro Nunes, procedeu à programação e explicação sobre o funcionamento do equipamento com um dos gerentes da oficina. Stéphane Ballanger explicava entretanto que “no site da Valeo (valeoservice.com) qualquer responsável de oficina pode ficar a saber que tipo de máquina A/C deve escolher em função do serviço que faz e da dimensão das instalações”. Para ar condicionando a Valeo vende tudo menos o gás, isto é, desde os equipamentos aos componentes A/C, a marca francesa possui uma gama muito completa. “A diferença está no suporte que damos na venda através da demonstração e isso faz muita diferença”, revela o responsável de vendas e marketing da Valeo. Para terminar a manhã, segue-se uma visita à oficina José Ferreira e José Rodrigues, Lda, para efetuar uma demonstração de produtos Valeo, uma operação que faz parte da rotina diária de Pedro Nunes. “Se fossemos falar de todos os produtos que temos, são mais de 20.000 referências, cada visita a uma oficina durava um dia. Por isso, concentramo-nos na apresentação de alguma

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novidade ou em determinados produtos que pretendemos promover”, revela Ballanger. Pedro Nunes começa por perguntar com a porta lateral da carrinha aberta, neste caso a José Ferreira e a José Rodrigues, se conhecem o Kit 4 peças (embraiagem), se já alguma vez montaram algum (neste caso já conheciam e já tinham montado em diversos carros com bons resultados), passando a explicar em que tipo de carros deve ser montado (os cuidados a ter com o código do motor e da caixa de velocidades), as vantagens e desvantagens deste Kit e que está disponível em cerca de 80 referências. O passo seguinte foi a apresentação da gama Valeo CLASSIC. São quatro linhas de produtos (radiadores, embraiagens, motores de arranque e alternadores, estes dois últimos recondicionados mas na mesma com dois anos de garantia) para veículos com mais de 10 anos que circulem em média 7.000 km/ano, em que um dos argumentos é também o preço. Foram ainda apresentados os diversos sistemas elétricos que a Valeo disponibiliza de ajuda à condução (sensores de

OS OBJETIVOS DO PROMOTOR VALEO ESTÃO MUITO BEM DEFINIDOS EM CONJUNTO COM o MARKETING DA VALEO, trabalhando EM CONJUNTO

estacionamento, câmaras, etc) bem como os diversos sites que a Valeo disponibiliza para as oficinas. Informação A tarde inicia-se com uma visita, já na Amadora, à Expopneu, empresa que se dedica também à mecânica. Foi aqui que viemos dar com o tal problema de identificação (relatado ao início da manhã na Onedrive do Cacém) de uma embraiagem para um Renault Laguna. Sendo um carro com mais de 10 anos, a identificação do volante motor era de uma Renault Master (!!!) pelo que não se conseguia saber qual a embraiagem (a que estava no carro já não se conseguia ver a referência) que poderia casar o motor com a caixa. Stéphane Ballanger e Pedro Nunes recorreram então a todas as ferramentas disponíveis para tentar resolver o problema. O iPad de ambos, com acessos a plataformas de dados (Valeo, TecDoc, catálogo online, etc), o catálogo em papel da Valeo e os diversos contactos telefónicos para o centro técnico da Valeo em Espanha, permitiram identificar duas embraiagens para este caso bicudo. O problema seguinte passava então por saber se haveria capacidade de resposta no fornecimento do material, com a Onedrive (entretanto também apareceu nesta oficina um comercial desta empresa) a informar que estava de facto disponível mas no Porto. Logisticamente no dia seguinte, pelas 9 da manhã o caso ficou resolvido.

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Dada esta importante ajuda técnica à oficina e ao distribuidor de peças, a viagem seguinte foi até ao centro de Lisboa, para acompanhar um (outro) vendedor da Onedrive (Jorge Silva) a uma oficina GoCarmat, para fazer nova apresentação dos produtos em tudo semelhante à que tinha sido feita de manhã. “Este é um tipo de visita muito comum, em que um vendedor de um dos nossos distribuidores, nos acompanha na demonstração dos produtos”, refere Stéphane Ballanger, explicando ainda que só em 20% dos casos a Valeo vai diretamente à oficina sem um comercial do distribuidor, mas esclarece que “nós não falamos de preços, pois não vendemos diretamente às oficinas, isso é o que o comercial do nosso distribuidor deverá fazer”. A estratégia de distribuição da Valeo é, pois, bem clara, como explica Ballanger, pelo que o catálogo móvel “é uma forma de estar perto das oficinas, que é isso que nos interessa, mas também ajudar a que os nossos clientes distribuidores possam vender mais”. Do ponto de vista do comercial, Jorge Silva, da Onedrive, revelou-nos que “a vinda desta carrinha da Valeo às oficinas é muito importante. Este tipo de ações ajuda muito nas vendas, pois as oficinas gostam de ver os produtos e de conhecer as novidades. Felizmente que temos este suporte da Valeo”.

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A presença do promotor Valeo nas oficinas é uma constante

Para o promotor técnico da Valeo, Pedro Nunes, começava a ser tempo de pensar no dia seguinte, já em Évora, onde tinha previsto visitar oito oficinas, acompanhado com um comercial de um distribuidor Valeo. “Não existem horários, nem algumas vezes conseguimos cumprir com o

planeado, mas é muito enriquecedor estar próximo das oficinas e desenvolver este trabalho”, argumenta Pedro Nunes, que não termina nenhuma visita sem regressar ao seu iPad, para fazer e registar um pequeno inquérito às pessoas a quem apresentou os produtos.

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Consultoria. Competências profissionais PARCERIA

O desenvolvimento de capital humano e da estrutura organizativa são chaves para o crescimento empresarial. O conceito de competência no âmbito laboral tem a sua origem nos trabalhos de psicologia industrial desenvolvidos em finais da década de 60, princípios da década de 70, em países como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e Austrália. Relacionou-se inicialmente com processos produtivos em empresas do setor tecnológico, nas quais o desenvolvimento de conhecimentos foi muito acelerado. Assim surge a necessidade de capacitar o pessoal de forma contínua.

TEXTO Francisco Alfonso Peña

N

os tempos mais recentes, a transformação que se está a desenvolver nas relações sociais e laborais, fundamentada basicamente na revolução do conhecimento e no desenvolvimento dos sistemas de comunicação, pressupõe que as pessoas constituam o centro do processo. A sua vontade e o seu “saber fazer” são a chave, pelo que renasce o tema da “competência profissional”, com uma visão ampliada, entendendo-se que a inovação não só assenta no plano tecnológico mas também, cada vez em maior medida, na estrutura organizativa e de desenvolvimento do capital humano. Conceito de competência Pelo ponto de vista etimológico a palavra “competência” encontra a sua origem no verbo latino “competere” (ir uma coisa ao encontro de outra, coincidir, encontrarse). Na definição atual entendem-se as competências profissionais como o conjunto de funções, tarefas e papéis de um profissional (incumbências) para desenvolver adequada e idoneamente o seu posto de trabalho (suficiência), como resultado e objeto de um processo de capacitação e qualificação. Caraterização das competências profissionais Quando falamos de competências referimo-nos, definitivamente, a um conjunto de caraterísticas subjacentes em cada pessoa, como conhecimentos, procedimentos e atitudes que, devidamente combinados, coordenados e integrados, permitirão uma correta atuação no seu posto de trabalho. As competências implicam as capacidades,

sem as quais é impossível chegar a ser competente. Mas uma coisa é ser capaz, outra é ser competente. As competências não se reduzem ao “saber” nem ao “saber fazer”, não sendo portanto equiparáveis aos conhecimentos adquiridos com a formação. A competência não existe independente de uma atividade, mas sim ligada ao desempenho profissional e ao uso que dela se faz. Trata-se de uma resposta contextualizada numa situação concreta. Não é, portanto, suficiente, com o processo de capacitação apoiado com a formação, como possibilitador de capacidades. Nesta situação a experiência mostra-se inevitável, obtendo-se também aprendizagem a partir dela. Os conhecimentos, combinados com a experiência profissional e a formação contínua, permitirão desenvolver as competências. Estas podem ser adquiridas ao longo da vida ativa. Por exemplo, se tivéssemos que passar por uma operação ao coração, quem preferíamos que no-la fizesse? Um cirurgião titulado por uma universidade de prestígio, com mestrado e doutoramento, que se dedica a investigar,

escrever publicações e a participar em conferências sobre o tema em meio mundo ou um cirurgião que presta os seus serviços num hospital, onde realiza intervenções ao coração todas as semanas? Da qualificação à competência Passar do saber à ação (saber – atuar) é um processo de valor acrescentado que exige habilidade para encadear instruções e não só aplicá-las isoladamente para dar uma resposta adequada a uma situação. Para isso há que verificar-se a presença e conjugação de vários saberes: Saber. Conjunto de conhecimentos relacionados com os comportamentos implicados na competência. Também inclui o conhecimento tácito ganho como consequência da experiência. Saber fazer. Conjunto de habilidades e destrezas que permitem colocar em prática os conhecimentos que se possuem. Saber estar. Atitudes e interesses compatíveis com as caraterísticas do ambiente organizacional e/ou social. Orientação para o grupo, participação na

Poder fazer (meios e recursos)

Querer fazer (Montivação)

competência

Saber estar (Atitudes/interesses)

Saber (Conhecimentos)

Saber fazer (Habilidades/destrezas)

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Manual de competências: Pintor de veículos Área de competência: Métodos de trabalho / Unidade de competência: Afinação de cores Capacidades terminais

Habilidades

Conhecimentos

Critérios de desempenho Identificar a cor de partida, realizar a

Caraterísticas da cor. Tonalidade ou tom, intensidade ou altura de tom e saturação.

Tipo de luz para a comparação de cores.

Distinguir facilmente as diferentes caraterísticas de uma cor.

Distinguir ligeiras variações de tonalidade e/ou efeito nas cores, variações…

Localizar e interpretar o código de cor com os veículos.

fórmula de cor e prepará-la para a aplicação com o equipamento aerográfico.

Identificar corretamente a cor como passo prévio à realização do processo de

aplicar a cor sobre uma prova, dar verniz (se for bicamada) e secar a prova.

pintura, tendo em conta como se vai realizar o processo de pintura. Classificação e tipo de cores: primárias ou fundamentais, secundárias e cores

Dominar o uso das cartas de cor e espectrofotómetro.

Realizar adequadamente os processo de afinação de cor em todo o tipo de cores:

Provar, sob uma luz ótima, a prova do veículo.

sólidas, metalizadas ou perladas.

complementares; cores acromáticas, cromáticas e neutras. Tipo de cores da carroçaria: sólidas,

Destreza na identificação das

Realizar os retoques de cor oportunos.

necessidades de correção ou afinação de

metalizadas e perladas.

cores. Interpretar os gráficos e mapas de

(…)

(…)

cores. Ferramentas de afinação de cor: cartas de cor aplicadas à pistola, equipamentos de medida de cor. (…)

organização do posto e do ambiente de trabalho, capacidade para decidir e assumir responsabilidades… Querer fazer. Refere-se à motivação que a pessoa tenha para realizar, ou não, os comportamentos próprios da competência. Poder fazer. Refere-se à disponibilidade, ou não, de meios e recursos que facilitem ou dificultem o desempenho da competência. Tudo isto ajuda a reunir no indivíduo um conjunto de capacidades que influenciarão o desenvolvimento dos seus compromissos profissionais: Resolução de problemas: enfrentar e dar resposta a uma determinada situação Organização do trabalho: utilização dos recursos humanos e materiais. Responsabilidade: aplicar-se no trabalho Trabalhar em equipa: colaborar conjuntamente para alcançar um objetivo comum

Autonomia: realizar a tarefa de forma independente, do princípio ao fim. Relação interprofissional: disposição e habilidade para comunicar. Iniciativa: disposição para tomar decisões. Avaliação das competências profissionais O CESVIMAP colabora com diversas empresas na avaliação de competências de profissionais de bate-chapa e pintura. O primeiro passo consiste em realizar um manual de competências para cada perfil profissional, onde se definem as funções e tarefas do profissional, necessários para cumprir os requisitos atuais de reparação e pintura. Estes manuais de competências estão estruturados em áreas de competência, possibilitando a sua evolução em paralelo com a própria evolução dos veículos. Áreas de competência Agrupamento das competências atendendo ao seu enfoque e objetivo principais. Por exemplo: comportamento e enfoque no cliente, procedimentos e informação técnica, métodos de trabalho, segurança e saúde laboral, organização e gestão do trabalho, etc.

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Unidades de competência A unidade de competência é o conjunto mínimo de competências profissionais necessárias para realizar com independência e autonomia tarefas concretas, suscetíveis de reconhecimento e acreditação. Contam com um formato standardizado, no qual se incluem: Níveis. Ordenamento por níveis de qualificação, atendendo aos requisitos de produção da atividade e com regras e critérios de complexidade, conhecimentos, iniciativa e autonomia. Conhecimentos. O que se deve saber em relação aos comportamentos implicados na competência. Habilidades. O que deve saber fazer-se, ou seja, as destrezas necessárias para colocar em prática os conhecimentos. Capacidades Terminais. Engloba todos os conhecimentos, habilidades, destrezas e atitudes que se devem alcançar para um desempenho eficiente. Têm um início e um fim, são autónomas e constituem-se no mínimo avaliável para alcançar a competência. Critérios de desempenho. Condutas observáveis para verificar o nível de alcance das capacidades e competências, satisfazendo os objetivos das organizações produtivas. Trata-se de definir os resultados esperados e os objetivos de qualidade,

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constituindo o guia de avaliação da competência profissional. É dado um exemplo na tabela ao lado. As competências profissionais não residem na posse dos recursos (conhecimentos), mas na mobilização desses recursos que sejamos capazes de fazer (ação). Devem ser avaliadas para desenvolver a sua utilidade e facilitar a sua evolução. Ser competente hoje não significa sê-lo amanhã ou sê-lo noutro contexto. Para levar a cabo a dita avaliação existem várias prioridades. A do CESVIMAP está centrada no desempenho, pelo que falaremos da competência como resultado. A sua avaliação está diretamente relacionada com o posto de trabalho, é prática e confiável, permitindo-nos determinar o rendimento global do empregado de acordo com o grau de cumprimento de cada competência. Os resultados são apresentados num relatório detalhado onde se incluem: o grau de cumprimento e nível de competência alcançado por cada técnico avaliado Distribuição real de competências para cada área da oficina Distribuição ótima de competências para cada área, tendo em conta diversos critérios como: o tamanho da estrutura,

Os conhecimentos, combinados com a experiência profissional e a formação contínua, permitem desenvolver as competências.

flexibilidade de adaptação às mudanças, possibilidades de organização dos trabalhos, etc. Carências detetadas ao nível da competência, a nível técnico e ao nível da área Indicação das competências que seria necessário adquirir a curto ou médio prazo. Atitudes e possibilidades dos técnicos para a aquisição de novas competências. A avaliação de competências traz vantagens tanto para o técnico como para a empresa ou instituição onde este desenvolve a sua tarefa profissional, como: Preparar a empresa para um mercado em constante evolução Fixar um mapa curricular para o desenvolvimento da carreira profissional do pessoal Estabelecer planos de formação mais

rentáveis, contando com itinerários formativos para cada técnico Facilitar a implementação de políticas de compensação Otimizar os recursos humanos Detetar possíveis deficiências na conceção dos postos de trabalho Lograr um verdadeiro trabalho de equipa Melhorar a transferência e as decisões de alocação, o que dotará a empresa de maior flexibilidade e capacidade de adaptação Facilitar a incorporação de novo pessoal Oferecer uma melhoria contínua As competências profissionais não são uma probabilidade de êxito na execução de um trabalho, mas sim uma capacidade real e demonstrada.

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CARF. 10 anos de vida e novos serviços

Num momento em que faz 10 anos, Paulo Carvalho, gerente da CARF, fala em “dedicação de corpo e alma”. Só assim se explica que a CARF seja um caso de sucesso na distribuição de peças.

TEXTO Paulo Homem

F

oi a 23 de Agosto de 2003 que Paulo Carvalho deu início à CARF. Só poderia mesmo ter sido desenvolvido por alguém que conhece bem o negócio das peças de automóveis. Ainda nem era maior de idade e já Paulo Carvalho trabalhava com peças de automóveis, pelo que o conhecimento deste negócio foi uma imensa mais-valia para pensar no que poderia ser a CARF. Logicamente que para o aparecimento desta empresa houve outros fatores que contribuíram decisivamente. A forte concorrência que já no início da

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década passada existia no negócio das peças, os elevados custos que marcas, grossistas e retalhistas tinham com a distribuição das mesmas e a ausência de um operador logístico dedicado contribuíram também para que Paulo Carvalho tivesse tomado a decisão de investir neste negócio. Crescimento exponencial Tudo começou com dois pequenos comerciais ligeiros, mas em apenas três anos a empresa já operava 12 veículos comerciais (com alguns furgões), para em Março de 2008 serem já 17 veículos dedicados. Nesse

a CARF quis ir ainda mais longe em termos de serviços e por isso desenvolveu os serviços urgentes e tem uma frota dedicada.

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ano a CARF inaugura novas instalações, saindo de um pequeno armazém, para um enorme pavilhão em Camarate. É certo que a CARF ainda hoje está nessas instalações, mas entretanto foi ficando com os pavilhões anexos, triplicando a sua área, ao mesmo tempo que a frota ultrapassa as 40 unidades e que tem ao serviço da empresa 55 funcionários.

Novas instalações em Leiria

TRÊS PERGUNTAS Paulo Carvalho Diretor da CARF

O que representam os 10 anos da CARF? Poderia resumir os 10 anos da CARF a uma dedicação de corpo e alma. É um negócio que exige um enorme controlo, pois para entregar peças em menos de duas horas exige uma coordenação logística muito grande. Pensava chegar ao patamar que a CARF atingiu atualmente? Sinceramente não. Tudo se passou muito rápido e os acontecimentos e decisões foram sendo tomadas muito em função das necessidades dos nossos clientes. Foram eles que nos empurraram para aquilo que é hoje a CARF. Ainda hoje o cliente é o motor das decisões que tomamos. Imagina qual será o futuro da CARF? O sonho comandou a vida há 10 anos quando iniciei a CARF. Também hoje é assim, mas sem esquecer que é preciso tomar as decisões com os pés bem assentes na terra. Estamos a expandir a atividade geograficamente para zonas onde não estávamos presentes, como estamos a adaptar os serviços às necessidades dos nossos clientes. O futuro por certo que seguirá este caminho, mas nesta fase ainda estamos a aprender a trabalhar com duas plataformas logísticas. Esperamos com esta nova realidade estar mais próximo das necessidades dos nossos clientes e com isso potenciar mais o negócio deles. No futuro continuará a ser assim.

Leiria Tendo desenvolvido o seu negócio na área da Grande Lisboa na fase inicial, depressa a CARF foi alargando as suas rotas. Á medida que os clientes foram sendo cada vez mais e mais dispersos geograficamente, a CARF começou a distribuir para destinos onde não imaginava distribuir peças. Com algumas tentativas bem sucedidas de servir clientes na região de Leiria, a CARF inaugurou a 11 de junho de 2013 as suas novas instalações em Leiria. Começou com quatro carrinhas e passado apenas três meses de atividade nesta região a empresa já tem ao serviço dos clientes nove veículos comerciais. Mas a CARF não ficou por aqui e há cerca de um mês começou também a distribuir diretamente em Coimbra e alargou o número de rotas especializando cada vez mais o seu serviço de entrega de peças. Serviços Existem máximas no negócio da CARF das quais Paulo Carvalho não abdica. Entrega bi-diárias e possibilidade de o cliente ser servido em menos de duas horas. Aliás, grande parte do sucesso que a empresa tem registado vem precisamente destes dois fatores. Mas a CARF quis ir ainda mais longe em termos de serviços e por isso desenvolveu os serviços urgentes e tem uma frota dedicada. Quer isto dizer que servir três, quatro ou mais vezes o mesmo cliente é normal na atividade da CARF. Um serviço que também tem feito a CARF ganhar clientes é a distribuição de pneus. São diversos os operadores (grossitas) que hoje trabalham com a empresa e muitos outros querem desenvolver parcerias para a distribuição de pneus. Também nos horários a CARF evolui no sentido de oferecer mais serviço aos seus clientes. Assim, desde o passado dia 7 de setembro, a CARF alargou a distribuição aos sábados, embora nesta fase contemplando as zonas de Alcobaça, Azoia, Alcanena, Batalha, Benedita, Carriço, Entroncamento, Fátima, Leiria, Marinha Grande, Monte Redondo, Monte Real, Ortigosa, Ourém, Pataias, Pombal, Porto Mós, Torres Novas. Com esta dinâmica é de esperar que novas ideias e novos desenvolvimentos se concretizem constantemente na atividade da CARF.

Contactos Responsável Paulo Carvalho Telefone 219 809640 E.mail paulocarvalho@carfnet.com Website www.carf.pt

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REPARAÇÃO

Carroçaria e Pintura. Proteger o que não deve ser pintado PARCERIA

TEXTO Pilar Santos Espí

Quando queremos saber se um veículo ou alguma peça do mesmo foi repintada, prestamos atenção a dois aspetos. Primeiro, procuramos diferenças de cor nas peças adjacentes ou possíveis defeitos na pintura. Depois procuramos vestígios de pulverizações de tinta nas borrachas e contornos das peças adjacentes. O trabalho de reparação até pode ter sido bem feito, mas se ficarem marcas nestes locais a impressão final é de um trabalho de má qualidade.

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m bom trabalho de repintura define-se como aquele que consegue devolver às peças repintadas o aspeto original sem deixar vestígios do trabalho realizado. Para cumprir com este objetivo, para além de realizar de forma correta os processos de lixagem e aplicações de pinturas, é fundamental levar a cabo um processo de isolamento adequado. O isolamento tem a finalidade de proteger as zonas do veículo que não estão implicadas na reparação, para evitar que sejam pulverizadas pela pintura ou se danifiquem ao lixar a superfície. Mas antes de tudo é importante sublinhar que o isolamento não deve, em nenhuma circunstância, substituir os processos de desmontagem de componentes ou elementos do veículo. Ou seja, aqueles elementos que se desmontam com facilidade devem ser desmontados e não isolados, para que se consiga uma qualidade de pintura ótima, eliminando-se assim o risco de deterioração destas peças. Este problema não existe na pintura do veículo na fábrica, já que nessa situação a carroçaria é pintada enquanto despida. Já nas operações de repintura em oficina é essencial um bom conhecimento das técnicas de isolamento, assim como o uso de produtos adequados. Já lá vai o tempo dos isolamentos com papel de jornal e fita adesiva (ou pelo menos deveria). Para obter bons resultados e evitar problemas que gerem trabalhos dispendiosos de limpeza e eliminação de pulverizações, devem empregar-se produtos específicos e de qualidade que também permitam agilizar e facilitem os trabalhos de isolamento. Existe atualmente uma vasta gama de produtos para o isolamento em reparação automóvel que permitem realizar o trabalho com total garantia e empregando o mínimo tempo possível.

Isolamento para proteger da lixa e da aplicação de aparelho.

Tipos de isolamento Ao longo do processo de pintura há que distinguir diversos tipos de isolamento Na fase da pintura de reparação: Não é necessário um isolamento preciso das peças, mas apenas marcar a zona a trabalhar para proteger as zonas em torno das peças e não deteriorá-las durante a aplicação de aparelhos, assim como durante a aplicação de lixa e das massas e aparelhos. Na fase de pintura de acabamento: Devem isolar-se e, portanto, proteger da pulverização de pintura: as peças adjacentes e as peças a pintar. parte das peças a pintar, se se vai

Isolamento para aplicação de pintura de acabamento

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Isolamento incorreto de “fora para dentro”

O isolamento nunca deve substituir os processos de desmontagem de componentes ou elementos do veículo. realizar uma pintura parcial aproveitando uma moldura ou perfil. as borrachas ou elementos das peças a pintar, quando estas não foram desmontadas (molduras, borrachas, etc) Estes isolamentos sim, devem ser rigorosos e cobrir, não só os elementos contíguos, como todas as zonas que possam ser pulverizadas durante a aplicação da pintura de acabamento, obrigando muitas vezes a cobrir completamente o veículo. No perfilado de desenhos: A superfície a pintar deve isolar-se de forma cuidada e exata para receber as diferentes cores de pintura de acabamento. Este

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isolamento faz-se com fitas específicas para delimitar as diversas cores que compõem o desenho.

Recomendações dos processos de isolamento Para além de empregar produtos de qualidade e específicos, deve ter-se em conta uma série de recomendações para evitar posteriores problemas derivados de um incorreto processo de isolamento. Isolamento para a aplicação de aparelho: A aplicação de aparelho não deve chegar ao limite do isolamento, pois ao aplicar a lixa poderia ficar a notar-se o contorno da zona isolada, depois da aplicação da pintura de acabamento.

Se se quer evitar a aplicação de aparelho numa zona relativamente próxima à da reparação, pode empregar-se vedante, fita de transição ou fita dobrada para delimitar esta zona, obtendo um rebordo mais suave que colocando a fita de forma habitual. Isolamento de “fora para dentro”: No isolamento para a aplicação de pintura de acabamento podem distinguir-se dois tipos de operação: Cobertura, para tapar as superfícies a proteger empregando papel ou plástico, Perfil, para delimitar a separação ou corte entre a superfície que deve receber pintura da que não o deve, sendo esta última fase a que requer maior precisão e tempo. A forma correta de realizar este isolamento consiste na colocação, em primeiro lugar, do plástico e papel sem chegar ao rebordo de separação que definimos como cobertura. Em segundo lugar, realizar o perfil de contorno com fita para molduras que se coloque sobre o papel ou plástico. Desta forma, evitamos que

Isolamento incorreto para a aplicação de aparelho

Perfil de desenhos

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Isolamento correto de “fora para dentro”

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Isolamento para uma pintura parcial

durante a aplicação de pintura se levante parte da fita que acompanha o plástico ou papel, acabando por pulverizar-se por baixo da zona protegida. Pinturas parciais em pregas ou dobras: No caso de se levar a cabo uma pintura parcial aproveitando uma prega ou uma dobra da

chapa ou plástico, deve delimitar-se a zona empregando vedantes ou fitas de transição para evitar um bordo brusco na pintura de acabamento. Recomenda-se a colocação da fita primeiro ao longo da dobra mas sem chegar ao bordo, e a seguir o vedante ou fita de transição no bordo. Antes da secagem da

pintura é aconselhável retirar o vedante ou fita de transição para evitar que a separação fique marcada. Em algumas ocasiões pode ser necessária a aplicação posterior de dissolvente integrador na zona de união, depois de se ter preparado previamente a zona com lixa muito fina.

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Sistema SCR. O AdBlue está a generalizar-se As evoluções constantes das normas anti poluição têm originado evoluções constantes nos sistemas de injeção dos veículos Diesel.

PARCERIA

TEXTO Paulo Gonçalves* *Formador Tecnhical Training Team

A

adaptação a essas normas tem sido realizada gradualmente através de diversos dispositivos de tratamento e diminuição dos elementos poluentes nos gases de escape, tais como, a introdução da EGR, otimização do sistema de injeção, alterações técnicas nos motores, adição

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de catalisadores de oxidação, filtros de partículas, entre outros. A nova norma Euro VI para os veículos ligeiros Diesel impõe uma redução significativa dos níveis de óxidos de nitrogénio (NOx) nos veículos, originando uma nova atualização da linha de escape dos

motores para atuar seletivamente neste tipo de gases. O sistema SCR (Selective Catalyc Reduction) ou sistema de Redução Catalítica Seletiva permite atingir os valores impostos pelas normas. Este sistema de tratamento póscombustão é utilizado há algum tempo

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O ENCHIMENTO Deve ser FEITO com precaução, pois o derrame pode originar o aparecimento de manchas devido à cristalização.

nos veículos industriais e pesados, e tem sido aplicado aos veículos ligeiros mais recentemente. Utiliza um catalisador de redução para “transformar” os óxidos de Nitrogénio (NOx) criados pela alta pressão e temperatura em substâncias inofensivas ou seja Nitrogénio (N2) e água (H20). Para que funcione recorre-se à injeção de um agente redutor que se mistura com os gases de escape, este agente é denominado por AdBlue. O AdBlue é uma solução de ureia (32,5%) dissolvida em água desmineralizada, colocada num depósito especifico no veículo. Esta solução aquosa encontra-se disponível para venda em alguns postos de abastecimento, nas secções de peças dos fabricantes de automóveis, entre outros. Para adquiri-la deve ter sempre em consideração a norma que é autorizada pelo fabricante. O agente redutor quando sujeito a temperaturas na ordem dos 70ºC desagrega-se e permite obter o amoníaco (NH3) que é o elemento redutor utilizado no catalisador de redução.

Sem AdBlue no depósito o motor não funciona

O AdBlue é colocado num depósito especifico no veículo.

Num veículo com o sistema SCR a linha de escape é composta por vários elementos montados em série, assim os gases de escape antes de chegarem ao final do escape circulam pelo catalisador de oxidação, filtro de partículas e finalmente chegam ao catalisador de redução antes de passarem pelo silenciador (não necessariamente por esta ordem). No circuito AdBlue encontramos o depósito com um sistema de aquecimento (o agente redutor congela a -11ºC) e uma bomba que transporta o agente até ao injetor (montado no escape) ou alternativamente temos uma bomba doseadora. Para além destes componentes também existem sensores adicionais (NOx) e a unidade de controlo para o sistema/aquecimento, para além da unidade de controlo do motor. O funcionamento do sistema SCR baseia-se então na injeção controlada eletronicamente através da unidade de comando, do aditivo AdBlue na linha de escape, este aquece através dos gases de escape e permite a evaporação da água e a separação do amoníaco. Através de reações químicas o agente redutor permite retirar o oxigénio (O2) dos óxidos de nitrogénio (NOx) e reduzi-los para Nitrogénio (N2) e água (H2O). Precauções e Manutenção O enchimento do depósito do AdBlue pode ser feito pelo cliente de forma simples, através do bocal de enchimento previsto para o efeito. Deve ser realizado com precaução, pois o seu derrame pode originar o aparecimento de manchas na superfície de contacto devido à cristalização. De acordo com o fabricante do veículo poderá existir um período de validade para o AdBlue, se este não for consumido dentro do prazo previsto dever ser retirado o remanescente por um técnico. É importante não ter contacto físico com

O AdBlue está cada vez mais a ser aplicados nos ligeiros

o agente redutor pois este pode provocar irritações cutâneas, nos olhos e nas vias respiratórias. Sendo aconselhado a lavagem imediata com água. Dependendo do fabricante dos veículos também existem diferentes estratégias quando o agente redutor AdBlue está a acabar ou acaba e ainda quando existe uma avaria no sistema. Estas estratégias são indicadas ao condutor através de avisos luminosos e/ou informações de texto (nº de arranque possíveis, estimativa da autonomia do agente redutor, etc...) e é necessário encher novamente o depósito com AdBlue. Se tal não for realizado o veículo impede a colocação do motor em funcionamento ou reduz significativamente a potência. Com esta tecnologia amiga do ambiente contribuímos para um planeta menos poluído. outubro 2013

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Análise. Sistema de diagnóstico Axone 4 da Texa Mesmo tendo lançado já a versão Mini, o Axone4 continua a ser uma das jóias da coroa da marca no que diz respeito a máquinas de diagnóstico. Uma das grandes vantagens é que se evitam os cabos, graças a ligações wireless, Bluetooth e wi-fi. Além disso pode ligar-se directamente ao Call Center e atualizar-se diariamente através da ligação à internet.

O

equipamento é impermeável e a sua mecânica interna foi desenvolvida para resistir a pancadas. Graças ao microchip de última geração e a um dissipador de temperatura no interior, o Axone 4 não precisa de nenhum sistema de ventilação e dispõe de baterias de lítio divididas em dois packs. O desenvolvimento da Texa com o Axone passou por vários passos durante os últimos anos, começando com o Axone para passar ao Axone 2000 e depois ao Axone 3 Mobile, chegando depois ao Axone 4, que agora tem

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também uma versão Mini. Este equipamento é semelhante a um PC industrial e dispõe se um processador Intel Átomo com 2 Gb de memória RAM e um disco interno de 32 Gb e como não tem partes em movimento, é muito sólido e robusto, com menor consumo de energia e aquecimento controlado. O equipamento conta com um ecrã tátil TFT de 9,7”, com uma resolução de 1280x1024 e uma função de girar a imagem entre vertical e horizontal. Na parte externa existem apenas dois botões, um para ligar e outro multifunções, sendo que o resto das funções

PARCERIA

são realizadas tocando no ecrã, com a ajuda de um teclado na zona inferior para quando é necessário introduzir caracteres. Também pode ter um teclado e um rato externos. Além disso, conta com uma câmara fotográfica VGA com sensor CMOS para uma

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O Axone 4 é impermeável e a sua mecânica interna foi desenvolvida para resistir a pancadas e evita o uso de cabos melhor nitidez da imagem e, deste modo, o utilizador pode fazer uma reportagem fotográfica para deixar um registo da situação de uma peça, da sua desmontagem ou servir para a encomenda de um determinado componente. O Axone 4 tem uma conexão à internet facilitando a comunicação com a central para ter acesso imediato às avarias resolvidas, ao Call Center, à teleassistência, com atualização contínua e à descarga de relatórios. Isto pode acontecer através do módulo wi-fi integrado no equipamento, que sem cabos realiza a conexão à rede de internet da oficina. Também dispõe, se o cliente o desejar, de um modo telefónico GPS-HSDPA que funciona como uma ficha telefónica que se conecta à rede de operadores comerciais existentes no país. Além disso, o Axone 4 dispõe de uma última possibilidade exclusiva que é aceder à rede de internet quando se está fora da oficina, através do uso de um smartphone como hotspot. Este tipo de ligações, internet e telefónica, permitem ao Axone 4 funcionar no modo teleassistência, sendo possível desta forma passar o controlo da equipa para as mãos do pessoal da Texa, sempre que a oficina disponha do correspondente serviço de suporte através de Call Center. Este modo de comunicar não é apenas uma consulta telefónica, mas também um verdeiro serviço de assistência à distância, com a possibilidade de estar interconectado em tempo real com o técnico/operador da Texa e resolver determinados problemas ou simplesmente executar no equipamento determinados procedimentos específicos. Graças à sua grande conetividade é capaz de comunicar diretamente com os sites dos construtores. Para isso, não necessita de nenhum computador ligado à internet, funcionando ele próprio como um verdadeiro PC. Além disso, este aparelho permite realizar todas as operações de reprogramação de centralinas e de codificação de chaves como se estabelece nos standards SAE J2534 e ISO22900 sempre e quando está ligado a um interface Texa compatível com estes standards. A incorporação da tecnologia Bluetooth permite ao equipamento ligar-se sem cabos a todos os instrumentos Texa para o diagnóstico e para a análise de emissões. A função Dual Control permite ao sistema comunicar com dois interfaces distintos ao mesmo tempo, ou seja, enquanto está a

realizar o diagnóstico sobre um componente está a mostrar o sinal de outro elemento com um osciloscópio. Entre as suas funções podem encontrar-se as avarias resolvidas, que permite uma ligação à internet mediante a antena wi-fI integrada e um ponto de acesso para aceder à base de dados Texa para pesquisar e descarregar os procedimentos de reparação já resolvidos e experimentados por outros utilizadores. Quando se seleciona um veículo o mecânico pode enviar um pedido no sistema, obtendo poucos segundos depois uma resposta acerca do procedimento a seguir na reparação. Os servidores da Texa armazenam inúmeras soluções relativas às mais variadas avarias, com informações de todo o mundo. Outra função importante é a TGS2 (Texa Global Scan 2), que consiste na identificação automática de todas as unidades de controlo eletrónico (UCE) diagnosticáveis. Também é possível escolher a pesquisa de

um ou vários equipamentos do veículo e o sistema procederá a verificar de forma automática o estados das UCE e a possível presença de avarias. O Axone 4 (e mais recente o Axone 4 Mini) podem conectar-se com qualquer interface de diagnóstico Texa, incluindo um adaptador para poder ligar os cabos dos sistemas antigos. Apesar disso, em função da sua facilidade de uso, o pouco espaço que ocupa e a grande versatilidade o Navigator Nano é o mais versátil para trabalhar em ligeiros, comerciais ligeiros, motos, motos de água, quads e scooters. Este equipamento liga-se diretamente na ficha OBD, sem ter que o apoiar no tablier ou no banco, e auto-alimenta-se da mesma ligação do diagnóstico. Através do Bluetooth comunica com o Axone 4 até uma distância de 30 metros, sem necessidade de ter um cabo ligado.

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Manutenção. Hyundai i30 SW Analisamos um dos familiares outsiders mas com fortes argumentos: a carrinha i30. Será que na manutenção também é competitivo?

PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA Marca, Modelo e Versão Prazo/ Quilometragem Características Veículo

HYUI300076A: Hyundai i30 SW 1.6 CRDi 110 Blue Comfort 5p 48/120000

Potência (cv)

110

Cilindrada (cc)

1582

EuroNCap CO2 110 Transmissão Manual Caixa de Velocidades

6 Velocidades

Carroçaria Carrinha

Valor N.º Substituições

Revisões

1.044,75 €

Mão-de-Obra

212,99 €

[6,4]

Óleo

444,88 €

[6]

Capacidade do carter (litros)

5,3

Tipo de óleo Semi-Sintético

PARCERIA

O

Grupo Hyundai-Kia tem mostrado uma vitalidade incrível na Europa, depois de ter percebido que, para os europeus, era importante que os modelos vendidos no Velho Continente fossem pensados e desenvolvidos na Europa. Qualquer uma das duas marcas coreanas tem colhido os frutos dessa política. O Hyundai i30, o familiar compacto da marca é um forte exemplo disso e analisamos aqui os custos de manutenção da versão carrinha, muito apreciada no mercado nacional. A fatia das peças de desgaste é a que representa o maior custo na manutenção durante os 48 meses e 120 mil quilómetros, num total de 1.774,45 euros. Numa análise mais a fundo, são as pastilhas da frente, com um valor de 503,92€ para quatro unidades. Seguem-se as quatro escovas limpa para-brisas da frente, com um total de 326,26€. Os discos da frente “levam” 315,86€, enquanto os de trás representam 260,31€.

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No que diz respeito aos pneus, o custo total é de 1.045,36€, sendo que o preço propriamente dito dos pneus é de 898,76€ (para 10 unidades). A este valor é preciso juntar 76,60€ das equilibragens, 45€ dos alinhamentos de direção e 25€ das válvulas. Os pneus em causa são da medida 195/65R15H. As revisões representam um custo total de 1.044,75€. As seis trocas de óleo (semisintético com um cárter de 5,3 litros) têm um custo de 444,88€, sendo que a mão-de-obra total representa 212,99 euros, para um total de 6,4 horas. Quanto aos filtros, os quatro de pólen custam 172,80€, os quatro de combustível representam 129,36€, os dois filtros de ar têm um valor de 47,84€ e os quatro de óleo somam 36,88€. Juntando todas as parcelas, o custo total da manutenção programada do Hyundai i30 SW 1.6 CRDI 110 é de 4.342,98€, o que representa um custo de manutenção de 3,62€ por cada 100 km percorridos, um valor muito competitivo.

Filtro de Óleo

36,88 €

Filtro de Ar

47,84 €

[4] [2]

Filtro de Pólen

172,80 €

[4]

Filtro de Combustível

129,36 €

[4]

Velas

- €

[0]

Desgaste

1.774,45 €

Escovas Limpa Para Brisas Frente

326,26 €

Escovas Limpa Para Brisas Tras

45,45 €

[2]

Pastilhas Frente

503,92 €

[4]

Pastilhas Tras

169,40 €

[2]

Discos Frente

315,86 €

[1]

Discos Tras

260,31 €

[1]

Liquido de Travão

53,25 €

[4]

Correia Distribuição

- €

[0]

Embraiagem

- €

[0]

Carga Ar Condicionado

100,00 €

[1]

Escape

- €

[0]

Bateria

- €

[0]

Amortecedor Frente

- €

[0]

Amortecedor Tras

- €

[0]

Bomba Agua

- €

[0]

Filtro Particulas

- €

[0]

Tarefas Extra

- €

Avarias

- €

Eléctricas

- €

Total

- €

[4]

Pneus

1.045,36 €

Pneus Frente

195/65R15H

Pneus Trás

195/65R15H

Pneus

898,76 €

Alinhamento de Direcção

45,00 €

[3]

Equilibragem

76,60 €

[10] [10]

Válvula

25,00 €

Outros

478,42 €

IPO

27,00 €

Inflação

451,42 €

[10]

Ajustes

- €

Custos de Manutenção

Total

4.342,98 €

/100 kms

3,62 €

Combustível

- €

* Valores sem iva

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ANIA. Ajudar no bom ambiente oficinal O crescente aumento das fiscalizações às oficinas torna cada vez mais importante a atividade da ANIA, que não sendo especializada neste setor, tem 70% dos seus associados nesta área de atividade. TEXTO Paulo Homem

N

ão se pode dizer que a “ANIA – Associação Ambiental” tenha algum tipo de especialização no setor automóvel. A experiência dos recursos humanos que lá trabalham e as condições de mercado levaram a que de forma natural a sua representatividade seja muito grande no setor da reparação automóvel, mas os seus serviços incidem em muitos outros setores de atividade (alimentar, têxtil, calçado, operadores de resíduos, metalúrgica, electrónica, transportes, etc). Foi em março de 2010 que a ANIA foi fundada, com o intuito de “prestar apoio às empresas para acompanhamento ambiental”, diz Vitor Fontes, presidente desta entidade, que tem mais de 1.000 associados, tendo congelado um pouco a angariação de novos associados este ano, por via de um crescimento muito grande nestes primeiros anos, algo que irá ser retomado após uma adaptação e reestruturação interna. Apoios Sendo por definição uma associação que presta serviços na área da consultoria ambiental, os associados beneficiam basicamente de três apoios, como nos explica Vitor Fontes: “visita de um engenheiro ambiental, que faz o levantamento de todas as não conformidades (recursos hídricos, emissões atmosféricas, resíduos e toda documentação, licenças, etc), fazemos o lançamento de dados no SIRAPA, e fazemos ainda com os nossos advogados a contestação das contraordenações em que os associados incorram”. Para além destes apoios, que estão no contrato com o associado, a ANIA presta ainda muitos outros serviços, juntamente também com entidades parceiras (ver lista). Ambiente e oficinas Consoante a dimensão e as necessidades da empresa, “fazemos desde a licença de gestão de resíduos até aos licenciamentos ambientais. No fundo trabalhamos em todas as frentes na área ambiental”, assegura Vitor Fontes. Paralelamente a ANIA desenvolve ainda algumas campanhas de sensibilização

Vitor Fontes, Presidente da ANIA, conhece bem a realidade ambiental das oficinas

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ambiente

A ANIA disponibiliza uma série de serviços que ajudam as oficinas a cumprirem em matéria de ambiente

Avaliação energética Também ligado à componente ambiental, a ANIA presta um serviço de avaliação energética. “Fazemos um estudo de consumo energético da empresa e propomos soluções de redução de consumo com financiamento o que muitas desconhecem” refere Vitor Fontes, que assegura que “este serviço é feito através de parceiros da ANIA para associados ou não”. No entender do presidente da ANIA, este estudo é muito importante para todas as empresas, mais concretamente para as empresas que têm alguma dimensão, onde se conseguem obter valores de redução de consumo muito significativos. Para além deste serviço, a ANIA acompanha as obrigações ambientais das empresas em diversas áreas (em parceria com uma série de outras entidades), onde se destacam os seguintes: Emissões Atmosféricas; Monitorizações; Gestão de resíduos; Plano de gestão de solventes; Contra ordenações ambientais; Seguros ambientais; Licenciamentos; Licenças e análises de água; Sirapa; Registos e licenças junto da APA / CCDR / ARH; Eficiência energética; Recurso hídricos; Ruído Análises laboratoriais.

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ambiental, também em parceria com outras entidades, mas “sempre que fazemos uma visita a um associado existe também a componente de sensibilização e não apenas de serviço, adaptada à realidade, neste caso, de cada oficina”. Na opinião de Vitor Fontes todo o trabalho que é desenvolvido pela associação acaba por ser muito útil para as oficinas e largamente compensador, até do ponto de vista económico. “As contraordenações ambientais têm coimas muito pesadas e por isso as oficinas estão sensibilizadas para o tema ambiental, pois os seus responsáveis mesmo não tendo sido multados já têm conhecimento de casos em que outras oficinas o foram”, afirma Vitor Fontes que admite que, por vezes, existe um excesso de zelo por parte das entidade fiscalizadoras, como reconhece que estas entidades gostam muito de visitar oficinas, pela facilidade de acesso, por o dono estar quase presente e porque a probabilidade de as apanhar em incumprimento ainda é grande. Por outro lado, diz o mesmo responsável que “existe uma cultura instituída nas entidades fiscalizadoras que muitas vezes só se fiscaliza quem pode pagar”, o que aliás vai ao encontro ao que muitos responsáveis oficinais pensam. Existe contudo, muitas vezes, o problema da denúncia e, nesses casos, as entidades fiscalizadoras têm mesmo que dar resposta à denúncia, embora a ANIA consiga muitas vezes, através da contestação da multa, que se fique só pela admoestação.

Existem ainda muitas oficinais a poluir, mas também existem muitas a cumprir ou pelo menos a tentar cumprir ambientalmente e, sobre estas, diz Vitor Fontes, que “devia ser aliviada um pouco a pressão da fiscalização, pois de facto estão a fazer um grande esforço para cumprir em matéria ambiental”. Algo que também está a acontecer no mercado, de acordo com a análise que Vitor Fontes faz, tem a ver com os operadores de recolha de resíduos que não têm licença, o que também afeta bastante as oficinas, apesar de muitas terem desconhecimento disso. “Enquanto não forem apanhados, estes operadores sem licença, vão estando no mercado a recolher resíduos de forma ilegal. Muitos deles são antigos sucateiros, que não se licenciaram, mas que continuam a operar com um ou dois camiões praticando preços muito baixos e por vezes sem custos, como é o caso dos filtros de óleo”, explica Vitor Fontes, alertando para o facto de “esta atividade ser ilegal e no caso de serem apanhados todos são multados, inclusivamente a oficina que é o produtor do resíduo e é responsável pelo correto encaminhamento do mesmo. A multa

Contactos Responsável Vitor Fontes Telefone 220 995 399 E.mail geral@ania-ambiente.org Website www.ania-ambiente.org

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Parceria com SGS / Centro Zaragoza Um dos serviços que a ANIA pode prestar às oficinas, que se irão constituir ou que já estejam em funcionamento, é o estudo, levantamento e implementação de todas as necessidades ambientais. Dessa forma, a ANIA estabeleceu uma parceria com a SGS no sentido de apoiar os seus associados que pretendam aderir ao Sistema de Certificação de Oficinas do Centro Zaragoza. Este Sistema é estruturado sobre um “Sistema de Qualidade” especialmente concebido para as oficinas de reparação de veículos e cuja coluna vertebral é o Regulamento de Certificação de Oficinas de Reparação de Veículos Centro Zaragoza e os seus critérios gerais de certificação. A certificação é o modo de assegurar que as oficinas cumprem com os requisitos estabelecidos documentalmente pelo sistema. A SGS ICS como Organismo Certificador do Grupo SGS, é o parceiro estratégico do Centro de Zaragoza para a certificação de Oficinas, que tem a ANIA como fornecedor de serviços ambientais.

é pesada e não compensa o benefício económico que as oficinas possam ter por encaminhar os resíduos por essas entidades”. Para Vitor Fontes o factor económico é a razão principal que leva a estas (e muitas outras) situações de ilegalidade. “Existem tabelas de reciclagem e valores de recolha de resíduos e por isso não há muito por onde fugir neste momento. Desaconselhamos muito estas práticas às oficinas, tanto mais que a multa ambiental mínima são 3.000 euros e se o resíduo for perigoso são 15.000 euros por não encaminhar corretamente os resíduos” esclarece o presidente da ANIA, que argumenta ainda que “existem cada vez mais denúncias

no mercado contra estes operadores não licenciados de recolha de resíduos, e por isso sabemos que as fiscalizações já estão a atuar bastante”. O presidente da ANIA revela que a fatura ambiental é atualmente muito pesada para as oficinas. Sem revelar quanto é que ela representa, pois isso varia muito em função do tipo de serviço da oficina e dos equipamentos que tenham (ambientais ou não), Vitor Fontes revela que “não nos interessa ter associados que apenas ligam para nós quando são multados. Queremos associados que realmente pretendam mudar comportamentos ambientais”.

www.dispnal.com

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8 pneus

RS Contreras. O armazém dos clientes É um dos mais antigos grossistas de pneus em Portugal. Trabalha diretamente o mercado de Lisboa, mas distribuiu para todo o país. Aumentou instalações recentemente e apostou em novas marcas e em serviços diferenciadores. TEXTO PAULO HOMEM

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m 2005 a RS Contreras decidiu dedicar-se exclusivamente ao negócio dos pneus. Para trás ficou uma longa história que passou pelo tabaco, pelo material desportivo e também pelos pneus. Existe desde 1947 e entre 1950 e 1988 foi a imagem da Pirelli em Portugal, tendo mantido no negócio diversas representações de pneus desde então. Quer isto dizer que a história da RS Contreras nos pneus é muito longa, o que lhe proporciona vantagens adicionais, mas os seus responsáveis continuam diariamente a investir no negócio. “Atualmente temos que nos adaptar à realidade do mercado. As casas de pneus reduziram imenso os seus stocks e fazem do grossista o

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seu armazém”, refere José Enrique Carreiro, Sales Manager da RS Contreras. Por isso, a empresa foi-se adaptando e dispõe de um leque de oferta cada vez mais transversal e alargado, em marcas Premium, Quality e Budget, que “cobrem as necessidades reais do mercado, apoiadas por uma logística muito forte” revela o mesmo responsável. Para o mercado de Lisboa a RS Contretas dispõe de três carrinhas, que entregam de manhã em qualquer parte (com pedidos até às 10 horas), repetindo o serviço à tarde (pedidos até às 14h30m), completando tudo isto com um novo serviço.

Serviço “Take Away Express” Uma das novidades da RS Contreras é o serviço “Take Away Express”. Um cliente através do website da RS Contreras faz o seu pedido e simultaneamente inclui a matrícula do carro que vai levantar os pneus. Assim que o mesmo

Contactos Responsável José Enrique Carreiro Telefone 214 358 558 E.mail geral@rscontreras-pneus.com Website www.rscontreras-pneus.com

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chega ao armazém da empresa, em Queluz, só terá que recolher o(s) pneu(s) sem perder tempo e sem burocracias logísticas. Como não existem despesas logísticas de envio, já que é o cliente que se desloca às instalações da RS Contreras, a empresa associou a este serviço um cartão de fidelização (cada pneu um ponto), permitindo aos clientes descontar esses pontos em pneus. “Trata-se de um serviço rápido, sem demoras e que é muito útil para muitos dos nossos clientes, que já cá vinham buscar os pneus diretamente. A nossa localização geográfica, que nos coloca muito próximo dos clientes, é um fator importantíssimo para dinamizar este serviço para a região de Lisboa”, esclarece José Enrique Carreiro, explicando que “isto vai ao encontro da necessidade do cliente em ter pneus na hora, pois urgências existem cada vez mais nos retalhistas de pneus”. Contudo, para se conseguir oferecer este serviço, o responsável da empresa realça o enorme esforço no aumento de stocks. Outro serviço que a RS Contreras dinamizou foi a distribuição de pneus ao sábado. “Era mais que uma necessidade que sentíamos do cliente, pelo que assim que começámos a ter o armazém aberto ao sábado de manhã (até às 13 horas) foi de pronto um enorme sucesso”, revela o Sales Manager da RS Contreras. Aproveitando as oportunidades que foram aparecendo no mercado do arrendamento, a RS Contreras aumentou o espaço de armazém

em mais 500 m2 (que com uma plataforma será duplicado), passando agora a ter 3.500 m2. Uma decisão motivada também pelo já falado aumento do stock disponível, que neste momento representa mais de 25.000 pneus em termos médios. Vendas online No entender de José Enrique Carreiro, um dos grandes desafios que se coloca atualmente é a comunicação com o cliente (quer de serviços quer de preços). Com os meios tradicionais, ao ritmo a que os preços se alteram, já não é possível comunicar, pelo que as vendas online, “foi como um anel que se encaixou perfeitamente no dedo” afirma. O fax e o e-mail são um pouco o passado deste negócio, segundo o responsável da RS Contreras, justificado pelos quase 80% das vendas que chegam via online. Mesmo assim, a empresa mantém três vendedores no terreno, que cobrem todo o mercado em Portugal. Mercado Para terminar, e falando sobre o mercado, José Enrique Carreiro afirma perentoriamente que existe atualmente uma enorme diversificação de cliente. “É notório que hoje existem muitas oficinas de mecânica que estão agora a fazer pneus, mas o crescimento da nova distribuição, com as redes, alargou ainda mais o leque de empresas que trabalham os pneus para o cliente final”, afirma este responsável,

adiantando: “É para nós um desafio muito grande identificar os novos pontos de venda. Por isso, existem novas oportunidades, pois muitas oficinas procuram cada vez mais compensar com novos serviços a quebra das vendas nos serviços tradicionais”.

Gama muito equilibrada Uma das bandeiras da RS Contreras é a marca Nexen. Riken, Mabor e recentemente a Apollo (de que é distribuidor exclusivo), são também apostas muito fortes da RS Contreras no segmento Budget. “O cliente quer obviamente preço, mas quer também qualidade. Nas marcas budget estamos mesmo muito bem servidos, pois a aposta foi em qualidade e não no produto chinês muito barato mas de má qualidade”, refere José Enrique Carreiro, acrescentando “que as marcas Budget subiram muito em qualidade, pelo que o segmento Quality tem vindo a reduzir-se”. Nas marcas Premium a RS Contreras disponibiliza Michelin, Continental, Pirelli e Yokohama enquanto no segmento Quality a oferta é composta por BF Goodrich e Kleber. “Oportunidades sempre existem no mercado e temos a intenção de alargar a nossa oferta. É algo que estamos a estudar, cada nova marca deve ser trabalhada com cuidado, pois cada uma tem as suas particularidades”, explica o responsável da RS Contreras.

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pneus

Dispnal. Toyo é uma bandeira A Dispnal é um dos mais antigos grossistas de pneus em Portugal que opera em praticamente todos os segmentos. A proximidade ao retalhista e a diversificada gama de produto são trunfos em momentos difíceis. TEXTO PAULO HOMEM

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s três últimos anos do mercado dos pneus em Portugal não têm sido fáceis. Não só pelo abrandamento do consumo interno, mas também devido às diversas reestruturações e aquisições entre grandes multinacionais dos pneus. Estes dois factos, associados à introdução da marca Toyo na empresa em 2010 e da Continental em 2012, marcaram muito a atividade da Dispnal até aos dias de hoje. Houve uma reformulação da empresa que se concentrou nas marcas Nankang (na empresa desde a sua fundação em 1999), Ling Long (Greemax) e Toyo, como marcas de representação exclusiva da Dispnal. “É

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com estas três marcas que queremos ser fortes no mercado dos pneus para veículos ligeiros, 4x4 e comerciais, mas temos como complemento também a Michelin e a Continental. Nos restantes segmentos em que estamos representamos, agrícola e industrial, também temos algumas novidades”, refere Rui Chorado, sóciogerente da Dispnal. As contingências de mercado levaram a que a estratégia de produto passasse pela concentração de marcas. “Agora temos cinco marcas de pneus para ligeiros em vez de 18!”, afirma o mesmo responsável, confidenciando que o aparecimento da internet motivou também a que internamente existisse uma menor diversificação de marcas pois “deixou de haver aquela proteção de mercado que se

tentava fazer com os retalhistas, evitando concorrência entre eles. Agora, como todos têm acesso à internet eles podem comprar diretamente deixando de haver aquela proteção de mercado que, na minha opinião, se deveria manter”. Toyo A marca que tem tido um grande crescimento interno na Dispnal tem sido a Toyo. Não se trata apenas de uma forte dinâmica comercial por parte da Dispnal face a esta representação exclusiva, mas sim um projeto de fundo que envolve o próprio construtor. Brevemente será inaugurada uma nova fábrica da Toyo na Malásia e uma outra está em perspetiva na Ásia, o que permite à Toyo aumentar substancialmente a sua capacidade produtiva

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A importância da Toyo A Toyo é uma marca já muito conhecida pelo retalho de pneus e, noutros países como o Japão e os Estados Unidos (mas também já na Europa), está associada às altas prestações, embora atualmente a sua gama seja muito mais diversificada. Por isso, o seu catálogo abarca pneus para ligeiros, comerciais e 4x4, conseguindo uma cobertura do parque circulante nestes segmentos de 98%. “A marca tem um posicionamento Quality, mas a qualidade do produto está ao nível de um Premium”, garante Rui Chorado que diz “que entre os clientes mais jovens a marca é muito conceituada”. A Dispnal fornece também a competição em Portugal com a marca Toyo, equipando os carros do Desafio Único da Feup e do Kia by Seven.

Novo Toyo CF2

e, simultaneamente, dar aos distribuidores uma maior capacidade de oferta. “A Toyo tem lançado uma média de dois novos modelos de pneus por ano, o que diz bem da forma como pretende investir na marca”, refere Rui Chorado, explicando que “houve um reposicionamento da marca, pois quer ganhar quota de mercado e como tal, os preços tornaram-se mais competitivos”. Aproveitando este balanço, o responsável da Dispnal não tem problemas em confidenciar que pretende que a Toyo se torne uma bandeira da empresa.

Contactos Responsável Rui Chorado Telefone 255 617 480 E.mail dispnal@dispnal.pt Website www.dispnal.pt

Mercado Depois de vários meses consecutivos de quebra nas vendas ao nível do mercado, onde todos os operadores foram afetados, Rui Chorado diz que se chegou a um período de estagnação, não se perspetivando nenhuma recuperação. “Todos os playres de mercado se estão a adaptar à realidade, mas sabemos que se esta situação de crise se mantiver, muitas empresas não conseguirão subsistir” afirma Rui Chorado, explicando: “o mercado é cada vez mais exigente, o que nos leva a trabalhar muito o dia-a-dia. É necessário estar muito atento para percebermos que tudo muda muito rapidamente”. Há já cinco anos que a Dispnal tem um site B2B, canal pelo qual já chegam mais de 50% dos pedidos dos seus clientes. A novidade agora é a utilização de um mini iPad que permite aos vendedores operacionalizarem muito mais a atividade juntos dos clientes.

Um dos novos modelos que mais se destaca na gama Toyo, sendo mesmo um dos produtos estratégicos da empresa, é o Proxes CF2. O novo pneu foi criado para que o condutor pudesse usufruir dos mais recentes materiais, estruturas e padrões de modo a garantir um elevado nível de estabilidade, durabilidade, eficiência de combustível e conforto. Sucessor do Proxes CF1, o CF2 beneficia de uma construção melhorada e do novo composto de sílica. Deste modo o pneu irá ter uma maior durabilidade, uma melhor aderência em piso molhado e baixo nível de consumo. Disponível para jantes 15, 16 e 17 polegadas, o Proxes CF2 possui já um enorme leque de medidas para carros de média e alta gama.

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O opinião

Pato ou Águia... És tu que decides! O paradigma mudou. Produtos vêm e vão. A unidade de valor, hoje, é o relacionamento com o cliente. A única fonte de lucro é o cliente... Esta máxima assenta que nem uma luva neste período de dificuldades que todos vivemos no setor do aftermarket automóvel. TEXTO Luis Martins* * General Market Manager Gripen Wheels Iberia luis.martins@gripenwheels.com

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empre que penso nisto recordo um relato que já circulou por muitos e-mails mas que, me parece a mim, continuamos a ignorar a essência do seu conteúdo no nosso quotidiano da gestão dos nossos negócios. Passo a relatar a experiência do Rodrigo: O Rodrigo estava na fila dos táxis para ir para o aeroporto. Quando se acercou do táxi que lhe calhou em sorte, a primeira coisa que notou foi que a viatura estava extraordinariamente limpa e brilhante. O motorista, bem vestido, com uma camisa branca, gravata preta e calças pretas bem engomadas, saiu da viatura dando a volta à mesma e abriu a porta traseira direita do táxi. Entregou-lhe um cartão plastificado e disse-lhe: O meu nome é Francisco e sou o seu motorista. Enquanto coloco a sua bagagem na mala, gostaria que lesse a minha missão. Depois de se sentar, o Rodrigo leu o cartão: A Missão do Francisco: “Fazer chegar os meus clientes ao destino final, da forma mais rápida, segura e económica possível, bridando-o com um ambiente de excelência. O Rodrigo ficou impressionado. Muito em especial, quando se deu conta que o interior do automóvel fazia jus ao seu exterior. Imaculadamente limpo! Enquanto se acomodava à posição de condução, Francisco pergunta “Gostaria de tomar um café? Tenho dois recipientes térmicos com café e descafeinado”. Rodrigo, em jeito de gozo desconfiado, responde: “Não, preferia antes um refrigerante.”… Francisco sorriu e respondeu: “Não há problema, tenho um pequeno frigorífico com Coca Cola normal, Coca Cola Zero, água e sumo de laranja”. Sem conseguir disfarçar a surpresa, Rodrigo respondeu: “vou aceitar uma Cola Zero.” Servindo-lhe a bebida, Francisco indagou, “Se desejar ler, tenho o Público, a Visão e O JOGO…”. Ao iniciar a viagem, Francisco entregou ao Rodrigo outro cartão plastificado, “Estas são

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as estações de rádio que tenho disponíveis e o tipo de música que cada uma delas passa com mais frequência, caso queira ouvir rádio...” Como se tudo isto não fosse suficiente, Francisco informou ainda que a viatura tinha o ar condicionado ligado, perguntando se o nível de temperatura seria o mais adequado. De seguida, informou qual seria o percurso mais adequado ao destino final em função da hora do dia. Aproveitou ainda para perguntar se desejava continuar a conversar ou se preferia fazer o que restava da viagem em silêncio. “Diga-me Francisco – perguntou Rodrigo surpreendido – atendeu sempre os seus clientes desta forma?” Francisco sorriu através do espelho retrovisor. “Não, nem sempre. Em boa verdade, introduzi esta metodologia de atendimento ao cliente apenas há dois anos. Nos primeiros cinco anos de atividade, gastei a maior parte do meu tempo a queixar-me de tudo e de todos, da mesma forma que o fazem todos os taxistas. Um certo dia, ouvi um programa de rádio que falava sobre o Dr. Dyer, um “guru” das Técnicas de Desenvolvimento Pessoal, que tinha acabado de escrever e lançar um livro com o título “Tu vais conseguir quando passares a acreditar”. Dyer dizia que se te levantas de manhã esperando ter um mau dia, seguramente que vais ter um mau dia e raramente isso não acontecerá. Citando o Dr. Dyer: “Deixa-te de lamúrias e de queixas. Tens que ser diferente da tua concorrência. Não sejas pato, tens que ser uma águia. Os patos só fazem barulho e estão constantemente a queixar-se, as águias, voam por cima do grupo. A frase tocou-me profundamente… como se costuma dizer, enfiei o barrete até aos pés. O Dr. Dyer estava a falar de mim. Eu passava o tempo todo a fazer barulho e a queixar-me e foi neste instante que decidi mudar de atitude e passar a ser uma águia. Observei atentamente os outros táxis e os respetivos motoristas, notei, com clareza, que os táxis estão sujos, os motoristas não são simpáticos e, consequentemente, que os clientes não estavam satisfeitos com

a qualidade global do serviço. Foi então que decidi fazer algumas mudanças. Uma de cada vez. Sempre que os meus clientes demonstravam satisfação e respostas positivas às mudanças, introduzi mais mudanças.” “Nota-se que as alterações resultaram plenamente”, disse-lhe o Rodrigo. “Sim, seguramente que sim”, respondeu o Francisco. “No meu primeiro ano de “águia”, dupliquei a minha faturação relativamente ao ano anterior, este ano, vou, ao que tudo indica, quadruplicar a faturação. O Rodrigo teve sorte em conseguir encontrar o meu táxi livre. Raramente paro no parque de táxis. Os meus clientes fazem as reservas dos serviços através do meu telemóvel, quando não posso atender deixam mensagem no meu voicemail. Se não posso fazer o serviço, consigo sempre servi-los com um amigo taxista “águia”, fiável para fazer o serviço”. O Francisco era sensacional. Estava a fazer um serviço de limusina num táxi normal. Possivelmente, já terá contado a sua experiência a mais de cinquenta taxistas, no entanto, apenas dois aderiram e desenvolveram a ideia. Quando me desloco para as suas cidades, ligo sempre para os taxistas “águia”. Os restantes taxistas continuam a lutar entre si, como os patos e, enumeram todos os motivos pelos quais não podem fazer nada do que lhes sugiro. O Francisco adoptou uma estratégia alternativa: Decidiu deixar de fazer ruído e continuar a reclamar como os patos, passando a voar por cima do grupo como as águias. Pouco importa se vendemos pneus, lubrificantes, serviços oficinais, ou qualquer outro tipo de produto ou serviço. Como é que nos comportamos? Dedicamo-nos a fazer barulho e a queixarmo-nos? Ou estamos a voar por cima da “manada”? Uma grande ilusão é crer que se pode industrializar um país construindo fábricas. Impossível. Industrializar um país é construir mercados, já dizia Paul G. Hoffman.

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O opinião

O que fazer quando temos um acidente Está enraizado o hábito de pensar que os acidentes só acontecem aos outros, razão que nos leva a não ponderar quais as ações e os passos a dar quando, por nossa culpa ou não, o acidente acontecer.

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miguel ramos ascenção advogado

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica.

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m caso de acidente, sempre que tal seja possível, a primeira reação deve ser sempre assegurar-se que o automóvel é desligado para reduzir o risco de incêndio, em seguida, e dependendo das circunstâncias concretas e da existência ou não de feridos, devemos acionar os serviços de emergência médica e, quando assim se justifique, chamar a polícia ao local. A polícia deve ser chamada sempre que existam feridos e ainda sempre que exista qualquer dúvida sobre as causas, a culpa ou as circunstâncias em que o acidente ocorreu, aqui se incluindo qualquer dúvida sobre o estado de sobriedade em que se encontre qualquer um dos intervenientes no acidente. Se do acidente não resultaram quaisquer feridos e houver certeza e acordo entre os intervenientes quanto ao local exacto do acidente e quanto às causas e culpa pela produção do mesmo, então bastará preencher e assinar a declaração amigável indicando testemunhas, sempre que tal seja possível. Controlados estes aspetos fundamentais, e na eventualidade do carro não poder circular pelos seus próprios meios, deve ser acionado o seguro de assistência em viagem para reboque do automóvel até à oficina que seja indicada pelo segurado e eventualmente, de acordo com as coberturas dos seguros, contratar um serviço de táxi. Neste ponto convém referir que é ao segurado que cabe escolher e indicar a oficina ou o local para onde o veículo deve ser transportado, não havendo qualquer obrigação de transporte do carro para uma qualquer oficina aconselhada ou sugerida pela seguradora. As seguradoras, geralmente, apenas cobrem os custos do transporte do local do acidente até à oficina. Se posteriormente o dono do carro entender que deve levar o carro para outra oficina, o transporte/reboque correrá por sua conta.

Neste momento, e já depois do carro estar na oficina, deve ser feita e apresentada a participação do sinistro e, estando o dano coberto pelo seu seguro, deve solicitar-se que seja feita a perícia e avaliação do prejuízo e reparação pela seguradora. Há que ter em conta que os resultados dessa perícia e avaliação/podem ser discutidos, já que se de um lado temos o nosso interesse em repor o automóvel nas melhores condições possíveis, do outro temos o interesse da seguradora em cumprir a sua obrigação gastando o mínimo possível. É uma negociação que se pode arrastar mas em relação à qual não devemos facilitar se entendermos que a reparação e custo sugeridos não são os aconselháveis. Em simultâneo, e sempre que tenhamos direito ao mesmo, devemos reclamar à seguradora a disponibilização de um veículo de substituição. Também aqui há cuidados a ter: devemos solicitar à seguradora a disponibilização de um carro do mesmo segmento do carro sinistrado e, sempre que não haja resposta imediata devemos perguntar sobre quais as empresas de aluguer automóvel com quem a seguradora costuma trabalhar. Se não nos for disponibilizado um carro de substituição, devemos ir a uma das empresas de aluguer indicadas, alugar um carro indicando o fim a que se destina e o tempo previsível do aluguer. Sujeito a algumas limitações que decorrem do tempo razoável que demore a reparação do automóvel, a utilização do carro alugado deve perdurar por todo o tempo que demore a reparação do carro sinistrado. No final, e coordenado com a seguradora, deve a fatura do aluguer ser emitida em nome da seguradora. Não havendo acordo imediato com a seguradora, deve o segurado pedir e ficar com todas as faturas e documentos comprovativos de despesa para mais tarde poder reclamar o seu pagamento à seguradora.

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