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O SEGREDO PARA ESTAR SEMPRE INFORMADO N.º 28 | SETEMBRO 2014 | 2,2€

EXPOMECÂNICA ANTEVISÃO DO NOVO CERTAME DO SETOR EMARQUES NOVO CONCEITO OFICINAL PROTAGONISTA PEDRO BARROS, DA TIPS4Y, ANALISA A RELAÇÃO DAS OFICINAS COM A INFORMAÇÃO REPARAÇÃO PINTAR PEÇAS DE PLÁSTICO

DOSSIER

O CRESCIMENTO

DOS COMPONENTES

RECONDICIONADOS O preço anda cada vez mais aliado à qualidade, à garantia mas também à ecologia das peças recondicionadas. O mercado está cada vez mais profissional e este é um segmento em crescimento em Portugal. PUBLICIDADE



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sumário N.º 28 | SETEMBRO 2014

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt

dossier Componentes Recondicioandos. P.34

DIRETOR ADJUNTO ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt

A desconfiança tem sido combatida com produtos de qualidade, formação e garantias. Existem várias empresas a trabalhar de forma séria numa solução mais barata e também mais ecológica.

EDITOR-CHEFE CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt REDAÇÃO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt

Ensaio de Longa Duração. P.52

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PROTAGONISTA

Radar

Pedro Barros - Tips4Y. P.6

expoMECÂNICA. P.54 Um dia com... Liqui Moly. P.58 Mercedes Classic Center. P.60

DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt

REVISÃO

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Novidades do mercado. P.12

PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO GUILLERMO DE LLERA JOÃO ALMEIDA JORGE LIZARDO NEVES MANUEL GAMEIRO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA

REPARAÇÃO

Pintura de peças de plástico. P.64 Carroçaria e segurança. P.66 Montagem de direções. P.70 Fiabilidade Audi A3. P.74 Manutenção Nissan Qashqai. P.76

ESPECIALISTA

Emarques. P.22 Tecniverca. P.24 Imporquímica. P.26 Phaarmpeças. P.28 Algarchapa. P.30 Automechanika. P.32

8 PNEUS

Feu Vert. P.78 Notícias. P.80

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Comercial do Mês - Renault Kangoo ZE e Peugeot Partner Elétrica. P.44 Sogefi. P.48 Fornecedores Porsche 918 Spyder. P.50

OPINIÃO

Consultório jurídico. P.82

DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES

GATES CAPA CONTINENTAL VERSO CAPA JAPANPARTS PÁGINA 5 TRW PÁGINA 11 MS MOTOR PÁGINA 13 FUCHS PÁGINA 15 SWAG PÁGINA 17

LIQUI MOLY PÁGINA 19 MEYLE PÁGINA 21 CHAVECA&JANEIRA PÁGINA 25 AMBIMOTORS PÁGINA 33 RPL PÁGINA 29 PETRONAS PÁGINA 31 APVGN PÁGINA 27

ENCONTRO TT PÁGINA 37 PROVMEC PÁGINA 39 METELLI PÁGINA 43 REMY PÁGINA 47 KM PÁGINA 49 GIRLING PÁGINA 51 CESVIMAP PÁGINA 53

SPIES HECKER PÁGINA 57 AUTO DELTA PÁGINA 59 1ª CONFERENCIA PÁGINA 61 CARF PÁGINA 67 FEDERAL MOGUL PÁGINA 69 VALVOLINE PÁGINA 71 MTECK PÁGINA 73

MOBIL PÁGINA 75 CENTRO ZARAGOZA PÁGINA 77 TO SITE PÁGINA 81 CONTITECH VERSO CONTRA CAPA VALORCAR CONTRA CAPA

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EDITORIAL Empreender para vencer

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gora que termina, por excelência, o período de férias, é altura de voltar a focar-se a 100% nos negócios e aproveitar a energia suplementar para introduzir mudanças, fazer melhorias e garantir mais e melhor negócio. No fundo, ser mais empreendedor. Mesmo que seja uma palavra que está na moda, é muito mais do que uma palavra. Não menospreze as pequenas mudanças, mesmo que pareçam insignificantes, trabalhe em parceria e peça ajuda aos seus fornecedores e parceiros de negócio. Não abdique de um dos princípios do sucesso: aprender! Boas ideias são comuns a muitas pessoas. A diferença está naqueles que as conseguem transformar em realidade. A maioria das pessoas fica apenas na “boa ideia” e não passa para a ação. O empreendedor passa do pensamento à ação e faz as coisas acontecerem. Além da boa ideia é fundamental que exista entusiasmo e paixão. Empreender é também conseguir escolher entre várias alternativas e não ficar a pensar no que deixou para trás. Saber ter foco e manter-se focado no caminho que quer traçar. Para conseguir aplicar uma boa ideia é também fundamental ter um profundo conhecimento daquilo que se quer, dos objetivos e um esforço continuado para aumentar sempre esse conhecimento. E, mesmo quando há fracassos (normais) pelo meio, se a ideia for boa e estiver bem alicerçada o segredo é aprender com erro, não desistir e não perder tempo a reclamar dos acontecimentos. Mãos à obra! É nesse sentido que tentamos caminhar também aqui na TURBO OFICINA e foi por isso que estamos a apostar forte num evento como a expoMECÂNICA, onde somos media partners ativos e temos já agendadas várias ações, algumas que pode ver já nesta edição e outras que terá conhecimento mais para a frente. Decidimos apostar num certame bem pensado, com estratégia e desenvolvido com um único objetivo: servir o setor do aftermarket. É esse também o nosso caminho. Por isso, deixo o convite a todos os nossos leitores para visitarem a expoMECÂNICA, de 3 a 5 de Outubro na Exponor, no Porto. Inscrevam-se na 1ª Conferência “Como Criar Negócio na Oficina”, organizado pela Turbo Oficina e visitem a “Oficina em Movimento by Turbo Oficina”.

Boas ideias são comuns a muitas pessoas. A diferença está naqueles que as conseguem transformar em realidade. A maioria das pessoas fica apenas na “boa ideia” e não passa para a ação

Cláudio Delicado EDITOR-CHEFE claudiodelicado@turbo.pt

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PROTAGONISTA

PROTAGONISTA

Pedro Barros “O acesso à informação democratizou-se” O responsável da Tips4Y diz que já lá vai o tempo em que a informação era uma ferramenta apenas ao alcance dos poderosos. Hoje, com as novas tecnologias, todos os operadores têm acesso à informação e cabe a cada um deles adequá-la às suas necessidades. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

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FOTOS JOSÉ BISPO

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PERFIL Pedro Barros está há 28 anos no pós-venda automóvel. Iniciou a carreira numa empresa de software, tendo depois feito uma “breve passagem” de 25 anos pela distribuição de peças auto, onde desenvolveu ligações importantes aos principais fabricantes europeus, participou no desenvolvimento de conceitos oficinais e desenvolveu diferentes modelos de negócio. Foi convidado por fabricantes de peças para fazer estudos de mercado no México. Conta com 10 anos de associativismo dos quais 6 de liderança na ACAP, onde participou nas reuniões internacionais da FIGIEFA. Mais recentemente abraçou um novo desafio no mundo dos sistemas de informação do pós-venda automóvel, onde aproveita a experiência acumulada para aconselhar as empresas na utilização dos diversos sistemas de informação para desenvolverem estratégias diferenciadoras. Pedro Barros tem 50 anos, é casado e tem um filho.

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edro Barros tem um percurso pouco comum numa empresa de tecnologias da informação, já que apesar de ser essa a sua formação, passou boa parte da sua vida a trabalhar no aftermarket. Foi do casamento entre estas duas vertentes que nasceu a Tips4Y, uma empresa com um forte crescimento apenas em dois anos. O maior gozo de Pedro Barros é ajustar uma solução à medida de cada cliente e é nesse sentido que a Tips4Y vai lançar várias novidades durante os próximos meses para continuar a impor-se no mercado. Passaram pouco mais de dois anos da criação da Tips4Y. Qual é o balanço que faz?

A história ainda é curta, contamos agora com 28 meses de atividade. Quando fundámos a empresa colocámos como objetivo ser PME excelência em 5 anos e estamos bastante satisfeitos pelos resultados alcançados em 2 anos, em linha com os objetivos. Por outro lado, sentimos uma satisfação enorme ao participar nos vários projetos que nos são lançados e de poder contribuir com a nossa vasta experiência no pós-venda. Ao contrário do habitual, nós vimos do setor do pósvenda para as tecnologias de informação. Conhecemos bem o lado de lá. Afinal, Tips4Y quer dizer “dicas para o seu negócio”, e a nossa mais valia está precisamente nesta junção de competências e know-how de

um mercado que capitalizamos com valor acrescentado através de ferramentas concretas que apoiam e dinamizam o negócio dos diversos players. O vosso negócio está neste momento muito apoiado na TecDoc. A TecDoc neste momento ainda é o negócio principal da Tips4Y. A TecDoc é propriedade dos 33 principais fabricantes mundiais de peças e todo o proveito é reinvestido em inovação e desenvolvimento. Os catálogos que se apresentam na Europa baseiam-se nas bases de dados da TecDoc. O TecDoc faz hoje parte da estratégia de internacionalização de um fabricante de peças, pela sua importância no Aftermarket e isto revela um pouco a importância de que se reveste a TecDoc para o mercado em geral. Qual é a quota de mercado da TecDoc em Portugal? A nossa quota de mercado em Portugal ronda aproximadamente 65% das 1.600 empresas que vendem peças. Para além disso, os principais distribuidores de peças utilizam as bases de dados da TecDoc para desenvolverem as suas soluções B2B com catálogo integrado. Quais os grandes desafios da TecDoc? O grande desafio da TecDoc neste momento é a sua estabilização, derivado ao seu crescimento exponencial a nível mundial e a recente reorganização da TecAlliance. Há 3 anos, a TecDoc em Portugal tinha 150 utilizadores do catálogo online, hoje tem mais de 1.600. Portugal é o 3.º país da Europa com maior quota de mercado online. Vamos abandonar o Flash este ano e passar para HTML5 porque o Flash é instável, pesado e consome muitos recursos de dispositivo. Os testes da nova versão são muito interessantes e já permitem a utilização do catálogo em tablets, tendo lançamento previsto para o início do Outono. Hoje assiste-se à digitalização de todo o negócio. Quais as vantagens e desvantagens desse caminho? Existe uma vontade clara de digitalizar os processos de negócio, torná-los mais rápidos, com menos erros de operação, permitindo uma maior eficiência com menos recursos humanos, e por outro lado otimizar os ativos das empresas, os stocks. No fim do dia deve permitir às empresas serem mais competitivas. Ao contrário do que se possa pensar, as novas tecnologias não reduzem empregos e não minimizam o relacionamento entre as pessoas. As novas tecnologias proporcionam novas oportunidades de trabalho e podem ajudar a aumentar o relacionamento através de ferramentas adequadas como é o caso do CRM. No campo técnico, por exemplo, a procura de informação no Google e nos fóruns são um risco grande? SETEMBRO 2014

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PROTAGONISTA HÁ 3 ANOS A TECDOC TINHA 150 UTILIZADORES, HOJE TEM MAIS DE 1.600. PORTUGAL É O 3º PAÍS DA EUROPA COM MAIOR QUOTA DE MERCADO ONLINE

Não acho ques seja. Podemos encontrar informação solta na internet que nos pode ajudar a compreender ou mesmo a resolver um problema, mas esta nunca será uma solução consistente para que um negócio se possa basear nesta informação. Consiste apenas numa solução de recurso. Um negócio necessita de soluções consistentes, de softwares que permitam ao cliente não perder a garantia do automóvel e hotlines técnicas para ajudar a resolver problemas complicados ou interpretar informação técnica. Se eu tenho um problema então necessito de uma informação credível e rápida, que não coloque em risco o meu negócio. Se algo correr mal não posso dizer ao meu cliente que não interpretei bem a informação do fórum ou do Google. O que é essencial e acessório para uma oficina independente em matéria de dados técnicos e orçamentação? Informação é poder! Antigamente a informação era uma ferramenta apenas ao alcance dos poderosos, hoje com as novas tecnologias democratizou-se o acesso à informação. A distinção do essencial e acessório cabe a cada um, de acordo com a sua especialização, uma vez que existem vários módulos de informação. No entanto, uma ferramenta de orçamentação tem hoje um papel fundamental na transparência que a atividade de reparação necessita de transmitir ao cliente final. Por outro lado, os dados técnicos são fundamentais para a qualidade da reparação, garantindo satisfação e fidelização. A crise que o mundo vive hoje é uma crise de confiança, as soluções de informação devem ter na sua utilização final o objetivo de conquistar a confiança entre cliente e fornecedores. Como se podem potenciar todas estas ferramentas de dados técnicos para gerar mais negócio? Os dados técnicos compreendem os intervalos dos serviços de manutenção e os períodos de vida útil das peças. Com base nesta informação é possível analisar as intervenções técnicas efetuadas nas viaturas dos clientes e calcular quando devem regressar à oficina, integrando uma ferramenta de CRM bastante útil, que permite às oficinas serem pró-ativas e não reativas, antecipando e adicionando negócio.

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Nem sempre existe um equilíbrio correto entre o que as oficinas precisam e o que as empresas de software oferecem. Não tenho essa ideia. Quando 75% das oficinas têm até 4 colaboradores, sou partidário de que as soluções deviam nascer extraordinariamente simples e serem escaláveis de acordo com as necessidades e dimensão das empresas. Habitualmente as soluções existentes estão muito pensadas para os 5% do mercado, que são as oficinas com mais de 9 colaboradores. As oficinas estão a conseguir tirar toda a rentabilidade potencial deste tipo de software? As soluções são demasiado complexas para que se tirem proveito das mesmas. Por outro lado, existe falta de formação para que as empresas tirem proveito da informação que as várias soluções disponibilizam, sejam elas técnicas ou de gestão. AS OFICINAS EM PORTUGAL Há uma grande dificuldade em dar formação a quem trabalha na oficina. Como contornar essa situação? Quando a maior parte dos nossos profissionais aprendeu exclusivamente através do sistema “Learn by doing” (aprender fazendo), tem dificuldade em valorizar a formação. Por outro lado, as oficinas têm receio de enviar os seus colaboradores a ações de formação com receio que abandonem as organizações e não tirem proveito do investimento feito no colaborador. No entanto, reconheço que existe uma evolução positiva nos últimos anos, mas há um caminho enorme a percorrer. As oficinas mais bem preparadas vão levar um avanço considerável em relação às restantes. À boa maneira portuguesa, muitas oficinas vão acordar para o problema da pior forma, quando perceberem que não têm capacidade de intervenção e que os clientes estão a fugir para a concorrência. Quais os principais problemas das oficinas em Portugal? É perceberem qual é o seu negócio. Uma oficina tem por missão oferecer serviços que mantenham a mobilidade do proprietário do veículo automóvel. Eu quando visito uma oficina quero que a minha viatura esteja

o mínimo de tempo possível imobilizada e não quero regressar à oficina para resolver um problema que não foi reparado corretamente. Uma oficina vende serviços de manutenção e reparação, vende mão-de-obra e, complementarmente, incorpora peças. Quando inverto isto deixo de ser competitivo porque tento que a elevada margem das peças pague tudo o que não consigo explicar.


AS SOLUÇÕES DEVIAM NASCER EXTRAORDINARIAMENTE SIMPLES E SEREM ESCALÁVEIS DE ACORDO COM AS NECESSIDADES E DIMENSÃO DAS EMPRESAS

A associação em rede é um caminho inevitável? É uma forma mais rápida e apoiada de ter sucesso. Em primeiro lugar, a rede tem a enorme vantagem de reencaminhar clientes através dos seus acordos com gestoras de frota, sendo uma enorme vantagem que representa mais negócio. Em seguida, as redes permitem mais facilmente aceder a boas práticas que aumentam a eficiência e rentabilidade do reparador, repercutem nos seus aderentes a vantagem da negociação em grupo e, por fim, contribuem para uma maior visibilidade junto do cliente final. Tudo isto parece-me bastante difícil de obter de forma isolada. Para uma oficina ter acesso à informação há um preço a pagar. As oficinas pequenas conseguem suportá-lo? Não penso que seja a razão pela qual as oficinas não têm acesso à informação, pois um programa de dados técnicos completo pode valer em média 750 euros por ano, e este valor pode representar cerca de 1,5% do negócio de uma oficina muito pequena. Não tem, portanto, um valor impactante nos custos e representa um enorme benefício para a oficina. Os preços têm-se mantido nos últimos anos, diria que o preço líquido pago pelas empresas é provavelmente mais baixo hoje do que há 5 anos. O espírito associativo em Portugal é muito baixo. As associações que existem podiam fazer mais pelo setor? Nestes casos o muito é sempre pouco. Tradicionalmente temos um problema cultural, o facto de que as pessoas não se associarem. Até podem dizer que as associações não respondem aos seus anseios, mas quando lhes perguntamos o que é importante para elas também não respondem. Eu gostaria de ver o mais rápido possível esta atividade regulada, não consigo perceber porque um mecânico não pode abrir uma atividade de cabeleireiro ou agência funerária mas qualquer colaborador de uma destas atividades pode abrir uma oficina. Necessitamos de ter menos e melhores operadores e limitar a criação de novas empresas que não cumpram os requisitos mínimos exigidos para o exercício da profissão. O principal problema que as oficinas têm é a concorrência desleal, muitas vezes exercida pelos seus próprios colaboradores. Um dos meus grandes objetivos é que a atividade seja regulada. O primeiro trabalho a fazer era de qualificar as oficinas que cumpram um conjunto de regras e tenham um diretor técnico na oficina atribuindo-lhes um selo de qualidade. Isso vai induzir no cliente final uma confiança para que essas oficinas possam concorrer com o reparador autorizado de igual forma.

GUERRA À PIRATARIA O software é dos produtos mais copiados ilegalmente. Que dimensão tem atualmente a pirataria e a cópia? É realmente um problema e uma situação mais frequente nos programas de dados técnicos. O combate tem sido feito essencialmente através de denúncia e ultimamente os resultados das operações de fiscalização têm sido mais eficazes. Mas falta informação clara no mercado das implicações legais pela utilização de softwares copiados. O que sabemos é que está a ser preparada uma grande operação às oficinas que utilizam ilegalmente estas soluções. É um problema que se sente muito em Portugal? Muito. Um dos nossos principais concorrentes é a pirataria. O problema está ao nível da fiscalização, que incide sempre nas empresas ativas e não nas empresas ilegais. Os fiscais vão às moradas que existem e não aos operadores que funcionam de porta fechada. Neste momento as ações acontecem essencialmente por denúncia e temos tido informação de situações muito positivas e que em tribunal acabaram favoravelmente para os produtores de informação. Existem algumas situações julgadas. A denúncia deve partir de quem? Todos são contribuintes da denúncia porque prejudica a todos. Uma oficina ilegal que funciona na garagem, compra ilegalmente o software e que faz um conjunto de práticas que não são legais, é uma concorrência desleal para todos aqueles que têm obrigações legais, fiscais e ambientais. Mas continuam a ser vendidas peças a estas empresas. Não devia ser permitido vender a quem não tivesse uma licença para poder exercer a sua atividade. O problema é que as oficinas legais funcionam com conta corrente com o seu distribuidor. Quando são ilegais, as relações com os fornecedores são de prontopagamento e com o mercado fragilizado as pessoas têm medo de perder essa parte do negócio que, segundo sei, tem aumentado. É um mercado relativamente importante para alguns operadores. Teria que ser uma estratégia comum para não alimentar o canal informal. Estas oficinas poderão comprar como um cliente privado, um consumidor, mas não deverão é comprar com as mesmas condições das oficinas legais. Que pontos positivos e negativos vê hoje na evolução que o aftermarket teve nas últimas décadas? Por incrível que pareça, a diferença é muito pouca. Recordo-me que há algumas décadas os preços eram regulados e hoje são livres, muitas empresas utilizam esta ferramenta como fator único de diferenciação. O fator que me parece mais importante nas últimas décadas foi o aparecimento do

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BER em 2003, que contribuiu bastante para a credibilização do Aftermarket independente, onde destaco as definições das diversas peças de reposição e a livre escolha do condutor para o seu reparador - “Quem paga, decide!”, sem risco de perca da garantia automóvel. Os modelos de negócio não se alteraram muito, existem empresas hoje que adotaram uma estratégia de negócio multicanal, combinando os novos canais digitais (na internet) com os canais tradicionais (lojas físicas). A grande novidade em modelo de negócio são as empresas que nasceram exclusivamente para vender através do canal internet, em especial para o consumidor final B2C. Curiosamente, estas são as empresas que mais crescem no mundo e que não nasceram com empresários do pós-venda, são empresários que vêm da área financeira, marketing ou tecnologias da informação.

Assiste-se a uma redefinição da cadeia de distribuição de peças na Europa, com algumas marcas grandes a venderem diretamente na Internet. Portugal ainda está imune a isso? É um caminho natural? Em Portugal vai, provavelmente, acontecer o mesmo fenómeno que aconteceu com os telemóveis: nós entrámos praticamente diretos na rede digital, foi quase um by-pass à rede analógica. No negócio online de peças B2C devemos passar do DIY (DoItYourself) para o DFM (Do-It-For-Me). Na Europa já estamos a entrar nesta fase com clara vantagem para a oficina, aumento da procura do serviço de instalação, uma vez que o consumidor compra na internet e delega a montagem de peças em terceiros. Claramente o futuro passa por aqui, pois os consumidores estão cada vez mais bem informados, as plataformas online dão a informação de

preço e o consumidor vai querer comparar e comprar mais barato online. O fator recomendação vai ser o mais importante. A atual situação económica também é propícia à procura de novos market places. Em Portugal ainda não é uma realidade porque os distribuidores de peças em vez de verem uma oportunidade veem uma ameaça, quando confrontados com projetos desta natureza para serem fornecedores. Por outro lado, o investimento principal não é técnico mas sim de promoção e comunicação. Também é verdade que o nosso mercado é muito pequeno e para que o rácio de conversão entre potenciais clientes contactados e aqueles que compram possa ser interessante, o investimento é ainda maior. O que pode o mercado esperar da Tips4y de novidades e/ou novos serviços para os próximos tempos? A TIPS 4Y vai apresentar várias novidades. Vai apresentar muito em breve uma solução integrada de orçamentação e dados técnicos para ser utilizada pelas oficinas independentes, completamente integrada em toda a cadeia de distribuição, sendo um claro valor acrescentado para todos os players. Estamos a lançar outra ferramenta de análise de gama, onde é possível estudar a cobertura de uma marca para um parque automóvel específico, ajudando os gestores de produto a estudar a gama de produtos adequada ao parque circulante português. Estamos também a oferecer serviços a rede de oficinas que permitem adequar e ajustar o stock de peças de acordo com o parque de viaturas que entra nas suas oficinas. A TecAlliance e o novo serviço de pesquisa por matrícula abriram um mundo imenso de oportunidades.

DE CORPO INTEIRO É mais apaixonado por automóveis ou por motos? Sou mais apaixonado por automóveis, apesar de ser um utilizador regular de moto há mais de 30 anos para a mobilidade urbana. Mas o meu prazer pessoal está mais ligado ao automóvel. Visita com regularidade as oficinas? Visito com mais regularidade os distribuidores do que as oficinas, mas visito algumas oficinas com o intuito de poder testar as aplicações ou com um objetivo mais consultivo. São visitas cirúrgicas mas com regularidade. Sente-se mais consultor ou mais comercial? Há um papel de consultor na experiência que acumulei ao longo de anos que me ajuda imenso na atividade comercial. Tento vender uma solução que foi idealizada pelo cliente e melhorada por mim. Tento ajustar a solução para ir ao encontro do que o cliente precisa. Quantos quilómetros faz por ano? Cerca de 30 mil quilómetros. É uma pessoa de decisão fácil? Não. Sou uma pessoa de convicções. Se acredito numa determinada situação luto muito até conseguir o que pretendo. Se a situação não é perfeitamente clara para mim, o processo de decisão pode ser demorado.

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Costuma decidir sozinho? Tenho gosto em exercer uma decisão partilhada, mas claro que tento validar a minha opinião. Considera-se uma pessoa viciada no trabalho? Não sou viciado porque faço muito aquilo de que gosto. Mas é difícil conseguir desligar. Como é um dia normal para si. Consegue ter rotinas? Tento, dentro do possível, ter uma rotina. Todos os dias da semana faço uma atividade física entre as 7 e as 9 da manhã e isso é muito importante para mim. Tento também aproveitar o almoço como forma de relacionamento. O que gosta de fazer nos tempos livres? Não faço nenhuma atividade de forma muito regular, mas faço muitas. Todo o terreno e expedições são algo que gosto realmente muito. Não consigo fazer com a regularidade que gostava, mas tento fazer uma ou duas durante o ano. A maior que fiz foi Lisboa-Dakar durante 3 semanas. Mas gosto também trekking de alta montanha e gostava de fazer a travessia do Monte Branco. O que mais aprecia num colaborador? A relação de confiança que posso desenvolver com elas. Isso é quase tudo. E também a capacidade de iniciativa. Tem algum lema de vida? Aproveitar a vida da melhor forma possível.



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2 REVISÃO

REVISÃO

JDeus. 100 anos de história nos sistemas térmicos É já nesta mês de setembro, no dia 23, que a João de Deus & Filhos, S.A. vai completar 100 anos de existência. Um marco muito importante para uma das empresas nacionais com forte presença no primeiro equipamento e no aftermarket no que a sistemas térmicos diz respeito.

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empresa foi fundada e criada no ano de 1914 com o nome do seu fundador, e desde então a JDEUS tem evoluído constantemente, posicionando-se hoje como uma empresa reconhecida a nível nacional, europeu e mundial, como fabricante de sistemas térmicos para automóveis, até porque desde o ano 2001 que pertence ao Grupo Multinacional Denso. “A JDEUS orgulha-se do conhecimento adquirido ao longo dos 100 anos da sua existência, no que respeita ao

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desenvolvimento, produção e fornecimento de sistemas térmicos, de elevada qualidade e inovação para a indústria automóvel”, lê-se em comunicado da empresa. Atualmente a sede e a fábrica da Jdeus encontra-se localizada em Samora Correia (a cerca de 40km de Lisboa), e conta com mais de 400 colaboradores e 100 anos de experiência, que contribuem para que seja um dos principais fornecedores de primeiro equipamento.

Neste momento produz mais de 1,2 milhões de intercoolers por ano para os grandes construtores mundiais: Alfa Romeo, Audi, Citroen, Chrysler, Fiat, Ford, Honda, Iveco, Lancia, Ligier, Maserati, Mitsubishi, Opel, Peugeot, Porsche, Renault, Seat, Suzuki, Toyota, Volkswagen. Fabrica ainda mais de 400.000 Radiadores e Chauffages para o Aftermarket disponibilizados através da sua rede de vendas em Portugal e Espanha, bem como para exportação a nível mundial.


SWAG. LANÇAMENTO DO NOVO CATÁLOGO ONLINE SWAG LIVE!

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SWAG lançou recentemente no mercado português o SWAG LIVE!, um novo catálogo online de identificação de peças em tempo real. O SWAG LIVE! oferece aos distribuidores de peças e oficinas em Portugal, uma nova ferramenta de rápida e fácil utilização, que pode ser utilizada para identificar eficazmente o veículo correto, apresentando de forma clara e precisa apenas as peças relevantes para a pesquisa em questão.

Este novo catálogo permite ainda a pesquisa direta de peças, através da introdução de uma referência SWAG, OE ou da concorrência; para além de possibilitar a visualização de imagens em alta resolução e informações úteis relacionadas diretamente com as referências em questão. Para aceder ao novo catálogo apenas terá que entrar no site www.swag-live.pt e efetuar o seu registo, para de imediato poder começar a utilizar todas as vantagens desta nova ferramenta.

ACAP. APRESENTADO NOVO PORTAL

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ACAP acaba de apresentar o seu novo portal (www.acap.pt) entrando dessa forma numa nova era da sua comunicação online, no qual podemos encontrar informação de relevante para o setor automóvel e onde o utilizador tem acesso a partir de qualquer dispositivo: Computador, Tablet ou Telemóvel. Toda a Plataforma Tecnológica foi renovada, garantindo uma maior facilidade na gestão dos diversos conteúdos multimédia e PUBLICIDADE

permitindo uma maior interação entre os utilizadores e a ACAP. Brevemente, passará também a ser possível aceder diretamente aos sites de cada setor de atividade representados pela ACAP, agora com visibilidade imediata. Em simultâneo é lançada a newsletter ACAP que poderá, igualmente, ser subscrita através do Portal pelos utilizadores interessados em conhecer a atualidade do Sector Automóvel, Notícias, Publicações, Mercado e Economia.


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Roberlo. Guias de Aplicação Sagola e Devilbiss

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Roberlo está a colaborar com as principais marcas de pistolas do setor da repintura, de modo a poder oferecer conjuntamente informação muito valiosa para o dia-a-dia da oficina. Atualmente, a Roberlo já pode oferecer os guias de aplicação para as marcas de pistolas Sagola e Devilbiss. Estes guias podem ser facilmente obtidos na secção de downloads do website da Roberlo, seguindo o link “Guias de Aplicação” ou usando os links Sagola e Devilbiss neste mesmo website. Trata-se de uma informação de elevado

valor técnico para o pintor, já que com esta informação poderá combinar da melhor forma o trabalho entre as pistolas e os produtos da marca Roberlo .

AUTOCREW. REDE CRESCE COM MAIS CINCO OFICINAS

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rosseguindo a sua política de expansão no mercado português, o Grupo Bosch acaba de celebrar a abertura de mais 5 oficinas AutoCrew em Portugal. Loulé (Segundo & Segundo, Lda), S. Bartolomeu de Messines (Valmotor), Tondela (Sabucar), Ourém (Auto Gonçalves) e Santa Maria da Feira (Garagem Cruz de Ferro) foram as localizações que receberam as mais recentes oficinas deste novo conceito oficinal. Independentemente de uma avaria ou necessidade de manutenção automóvel, estas cinco oficinas estão, agora, dotadas de um conjunto de serviços que permitem ajudar o automobilista em qualquer situação.

EMM. APRESENTA COLAD EASY2CHECK

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EMM acaba de lançar o teste mais rápido e fácil de usar para comprovar a lixagem e a preparação da pintura numa oficina de colisão. Designado por Easy2Check, este produto da Colad (uma das marcas da EMM) é um produto eficaz para comprovar o trabalho efetuado no processo de lixagem ou para encontrar uma comprovação de cor exata utilizando umas chapas como mostra. Com o Easy2Check consegue-se um acabamento brilhante, imitando o efeito do verniz que ajudará a encontrar os defeitos nas lixagens e os possíveis desvios de cor. Com este produto, a EMM diz que é possível eliminar o uso de vernizes (que têm um alto custo), eliminar a sujidade (com efeitos

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CTOO. OEIRAS VAI SER A CAPITAL DO TODO-O-TERRENO

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om o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e da Turbo Oficina e organização do Clube Todo-o-Terreno de Oeiras (CTTO), o Encontro Nacional TT de Oeiras está prestes a tornar-se realidade. Depois da edição de 2013, os dois 27 e 28 de setembro foram os escolhidos para o evento deste ano. O encontro irá estender-se ao longo de dois dias e os presentes terão direito a animação noturna e novas pistas TT, entre outras atrações relacionadas com o todo-o-terreno. Mais informações sobre este evento em www.clubettoeiras.com.

MOTA & PIMENTA. NOVA APROVAÇÃO DE BEER PELA GENERAL MOTORS

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Mota & Pimenta, empresa que importa em exclusivo a marca de tintas De Beer para Portugal desde 1996, anuncia para as empresas ligadas ao setor de pintura e repintura automóvel que a General Motors atribuiu a aprovação ao De Beer Refinish WaterBase 900 + Series by Valspar Automotive. A General Motors, um dos líderes mundiais na produção de veículos, incluindo marcas bem conhecidas, como a Opel, Vauxhall, Cadillac, Chevrolet, GMC, Buick e Holden deu a aprovação global da De Beer Refinish WaterBase 900 + Series by Valspar Automotive. Esta aprovação é baseada na especificação GM GMW15406M.

FMF. LANÇAMENTO DO NOVO CATÁLOGO

A na lavagem da pistola), sendo um produto muito rentável e rápido. Outras características são a facilidade de uso, a evaporação (em 15 a 20 minutos evapora-se completamente) e não deixa resíduos.

Fonseca, Matos & Ferreira, Lda., empresa especialista em ferramentas e produtos de manutenção, lançou o novo catálogo FMF Auto com a nova imagem. O destaque especial deste novo catálogo vai para as gamas da Flex-Hone, Ring, Elora e Evans. São estas as marcas que estarão em destaque no stand da empresa na Mecânica em Outubro, na Exposalão.


BOMBÓLEO. LANÇA MORRIS LUBRICANTS EM PORTUGAL

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Bombóleo passa a contar a partir de agora com mais um produto para o mercado nacional e PALOP’S, aumentado assim a sua oferta de produtos aos seus clientes. A Morris Lubricants é uma empresa familiar Inglesa com mais de 140 anos de história ligada ao desenvolvimento de lubrificantes e passa a partir de agora a estar disponível no mercado nacional através da Bombóleo. Na página http://www.morrislubricants. co.uk/ pode ficar a conhecer um pouco mais os seus produtos e a história desta empresa que agora inicia uma parceria com o Grupo Bombóleo.

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METELLI. BOMBAS DE ÁGUA COM NOVOS CATÁLOGOS

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grupo Metelli continua a crescer e a ampliar a sua gama de produtos, com a sua linha cada vez mais abrangente de bombas de água para as marcas Metelli, Graf e KWP. O novo catálogo da empresa contém 95 novos códigos de referência para bombas de água e 6 para kits de distribuição de bombas de água, num total de 865 bombas de água e PUBLICIDADE

MONROE. NOVO CATÁLOGO MONROE MAX-LIFT

71 kits de distribuição de bombas de água. O kit de distribuição da Metelli inclui uma bomba de água, uma correia dentada e tensores. O último catálogo apresenta novos modelos que abrangem da melhor forma uma frota automóvel em constante crescimento (a Metelli cobre 91% da frota automóvel existente, nomeadamente veículos de passageiros e veículos comerciais ligeiros).

Tenneco já anunciou ao mercado o reforço da já extensa gama de novas molas a gás Monroe Max-Lift (amortecedores de mala), que está bem ilustrada no novo catálogo disponível nos distribuidores Monroe e Tenneco. As unidades Monroe Max-Lift são molas de substituição, com a mais elevada qualidade de Equipamento Original (EO), capazes de levantar e suportar partes do veículo, como mala, capot ou a capota. Cada unidade Max-Lift, carregada de gás, pode ser instalada numa questão de minutos, sem ferramentas especiais. O novo catálogo Monroe Max-Lift inclui cerca de 200 novas molas com um aumento de 20% de cobertura nas molas da frente (capot/capota) e de 11% nas molas de trás. A sua capacidade total compreende agora exatamente 1048 unidades, que cobrem virtualmente todas as aplicações dos veículos mais populares, vendidos na Europa desde 1980.


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REVISÃO

Alpine. X-800-ML distinguido pela EISA

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EISA, Associação Europeia de Imagem e Som, atribuiu recentemente os seus prémios anuais, distinguindo a Alpine com o “European In-Car Premium Upgrade” para o novo X-800-ML, dentro da categoría Car Eletronics Awards. Trata-se de um inovador sistema infotainment dirigido a dois modelos de veículos Mercedes (ML e GL), que veio revolucionar o mundo do Car Audio quanto a integração e funcionalidade. O resultado é um sistema que se integra

perfeitamente nos veículos ML (W164) e GL (X164) dotando o veículo dos últimos avanços em compatibilidade multimédia, navegação e qualidade de som. Todos os seus componentes foram concebidos e pensados para se conseguir uma integração perfeita, que além de melhorar a estética do veículo permite que se conserve e melhore o equipamento original. Com esta nova solução foi criada uma nova gama de soluções para o segmento Premium denominada “Alpine Style”.

DELPHI. REFORÇO DO PORTFÓLIO DE INTERRUPTORES DE PRESSÃO DE ÓLEO

MEYLE. NOVO CATÁLOGO ONLINE

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Delphi Product & Service Solutions (DPSS) anunciou a introdução de 21 interruptores de pressão de óleo ao seu portfólio de produtos de sensores. As últimas adições cobrem várias aplicações, tais como, BMW, Citroën, Vauxhall, Fiat, Ford, Peugeot, Saab e Volkswagen. Os novos sensores Delphi têm uma garantia de dois anos, são 100% aprovados como peças OE. Todas as novas referências são fornecidas com acessórios (anilhas) e todos os sensores têm suportes de terminais. Os

sensores Delphi são apoiados por dados de diagnóstico e formação integral, favorecendo uma reparação mais rápida e eficiente.

LEASEPLAN. DINAMIZA RELATÓRIO DE NÍVEIS DE SERVIÇO

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LeasePlan desenvolveu um novo instrumento de trabalho, auxiliar de gestão para os seus clientes, o

relatório de Níveis de Serviço. Trata-se de um relatório inovador, onde os clientes da LeasePlan têm a possibilidade de conhecer em rigor o nível de desempenho da LeasePlan bem como da sua própria frota. Esta ferramenta de gestão disponibiliza, entre outros, informação como o tempo de resposta a solicitações, tempo de reparação de veículos e índice de imobilizações por fabricante automóvel.

CUSCO IBÉRICA. TAMBÉM EM PORTUGAL

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CUSCO Ibérica é uma empresa que detém a representação dos produtos da CUSCO para Portugal e Espanha. Trata-se de um dos maiores distribuidores do mundo para material automóvel, desde viaturas de estrada, tuning, drift, rali e circuito. São especialistas para viaturas nipónicas, no entanto, e uma vez que começam a apostar na Europa, já possuem a maior parte dos artigos também para todos os veículos europeus. A especialidade dos produtos da CUSCO são os diferenciais, embraiagens, barras de chassis, braços de

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suspensão, suspensões e todos os adereços relacionados com estes equipamentos. A empresa nipónica tem uma relação muito estreita com a STI (Subau Tecnica International) já que desenvolve a maior parte do equipamento para esta empresa, tendo também a representação da marca SAFETY 21 relacionada com RollBars - homologados pela FIA. “A relação preço / qualidade é um fator importante a ter em conta pois são valores bastante atrativos”, diz André Cortinhas, responsável por esta empresa.

Wulf Gaertner Autoparts lançou recentemente o seu catálogo online da Meyle e elaborou-o de acordo com as estruturas do TecDoc. A partir de agora, este está disponível online em 24 idiomas através da página inicial deste fabricante de peças de substituição. A TecDoc é a plataforma central de dados no mercado de peças de substituição automóvel. A utilização da plataforma é igualmente conhecida entre fabricantes, concessionários e oficinas. De modo a que os clientes obtenham mais rapidamente as completas informações relacionadas com produtos da Wulf Gaertner Autoparts, a empresa adaptou o seu catálogo online da estrutura do banco de dados de TecDoc. Quer sejam veículos ligeiros, carrinhas ou veículos comerciais – através da navegação relativamente ao fabricante, ao modelo e ao tipo de veículo, os utilizadores podem encontrar a peça adequada para cada veículo a partir do vasto portfólio do fabricante de mais de 17.500 produtos. Além das informações técnicas de artigos, entre outras coisas, também são apresentados números comparativos no catálogo. O novo catálogo online encontra-se em: www.meyle.com/EN/Spare-parts/Search. html.



22 REVISÃO FOI NOTÍCIA QUE... ... passou a estar disponível a nova loja online da Q&F Lda (www.qf-lda.pt). Trata-se de uma plataforma atual, de simples navegação, que inclui neste momento 13 marcas de produtos, totalizando mais de 57.000 referências para consulta. Também neste novo site irão estar as novas marcas que serão lançadas em breve pela Q&F. … a Altaroda comemorou o seu sétimo aniversário. Esta efeméride ficou marcada pela mudança para novas instalações, mantendo-se contudo em Paredes (Rua da Adega, nº6). … a Lubrigrupo apostou num novo posicionamento nas redes sociais com a criação das suas páginas oficiais no LinkedIn e Twitter e renovação das páginas no Facebook e Youtube. ... a NGK ampliou a sua aplicação de e-learning (online) para incluir também as bobines de ignição. O tutorial interativo explica o desenho e o funcionamento dos diversos tipos de bobines de ignição, proporcionando o aconselhamento para o diagnóstico e a instalação. O e-learning da NGK é de livre acesso em www.ngk.de/ elearning, estando disponível em diversas línguas. ... a Herth+Buss apresentou um novo poster, onde os clientes têm acesso aos 42 balastros de plástico da marca de acordo com a versão do casquilho e o tipo de lâmpada, com informação adicional da voltagem de cada aplicação. A imagem do produto é acompanhada pelo respetivo código QR, que pode ser lido através de um smartphone ou de um tablet, onde é disponibilizada mais informação sobre cada referência. ... a ATWOO Car Cosmetics lançou no mercado um novo produto que tem diversas utilizações no setor automóvel dentro de uma oficina. O NovaPower Grip 403 2-K é uma cola de dois componentes (poliéster/borracha) ideal para colagem e reparação de para-choques, faróis, frisos, etc, num automóvel. Tendo ainda muitas outras utilizações e aplicações, o NovaPower Grip 403 2-K tem um tempo de atuação entre 1 a 10 minutos, pode ser processado e manueaso muito rapidamente, possui uma rápida secagem e é muito durável. ... A Sarraipa representa há cerca de 15 anos a prestigiada marca de compressores de parafuso alemã Renner, estando agora disponível a mais recente gama de equipamentos deste construtor. A eficiência dos compressores é continuamente melhorada e desenvolvida para atender a todas as necessidades de ar comprimido dos clientes. A estreita parceria com profissionais especializados na indústria de ar comprimido garante uma gestão profissional e eficiente dos utilizadores dos compressores Renner, bem como no serviço pósvenda.

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AZ Auto. Novo portal de encomendas

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om o objetivo de dinamizar o seu negócio e o negócio dos seus clientes, a AZ Auto acaba de desenvolver um novo portal de encomendas, que já está a funcionar em pleno. Trata-se de uma plataforma inovadora, feita a pensar nos métodos de trabalho e necessidades de informação do mercado – elementos chave no desenvolvimento desta ferramenta – de forma a garantir aos seus clientes uma maior eficiência na gestão do tempo e do seu negócio. Além do novo visual, o portal possui uma série de funcionalidades inovadoras face ao anterior, tais como, pesquisa e identificação de peças, integração com o TecDoc Online, novos catálogos de produtos, encomenda,

campanhas, devoluções, garantias e informação financeira. O acesso ao portal é feito através do site www.azauto.pt, não havendo alterações dos atuais dados de acesso.

REDE RINO. PARCERIA COM FAFEDIESEL GROUP E MARCODIESEL

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Rede Rino, na sua procura constante em termos de evolução técnica, e alargamento da sua oferta dos serviços prestados, formalizou no passado mês de Junho uma parceria comercial com dois dos principais Serviços Diesel nacionais, o Fafediesel Group e a Marcodiesel. Ambas as empresas, com méritos reconhecidos em termos de profissionalismo, integridade e qualidade dos seus serviços, vieram proporcionar à Rede Rino uma maior capacidade de resposta

em termos de reparações em Sistemas Diesel e Injetores, Turbocompressores e também em reparações em Sistemas de Ar Condicionado automóvel. Para além da gama de produtos e serviços que estes novos fornecedores da Rede Rino proporcionam, é também facultado apoio às oficinas em termos de consultadoria e apoio técnicos – com linha de apoio técnico especializado, bem como, formação técnica especializada e personalizada para as oficinas Rino.

OSRAM. APRESENTADA LANTERNA PARA UTILIZAÇÃO AUTOMÓVEL

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Osram relança a lanterna LED para automóvel, agora com características melhoradas, para assegurar a sua segurança tanto no interior, como no exterior do automóvel. Desenhada para utilização no automóvel, a lanterna LEDguardian Saver Light Plus é ideal para viagens, campismo e para a inspeção e manutenção de veículos automóvel. Esta lanterna LED concebida para aumentar a segurança dentro e fora do automóvel dispondo de elevada versatilidade e luz brilhante (6.500K). A lanterna LEDguardian Saver Light Plus tem 2 anos de garantia e funciona com 2 pilhas de 1.5 V LR 6 AA.

SPIES HECKER. AMPLIADO NÚMERO DE BASES EM EMBALAGENS DE 250 ML

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Spies Hecker adicionou 21 bases à sua gama de práticas embalagens de 250 ml totalizando, deste modo, 32 bases disponíveis em pequenas latas. Destinadas a bases menos utilizadas ou utilizadas em pequenas quantidades, estas pequenas embalagens facilitam a dosagem de material assim como promovem a poupança dos utilizadores. Dourado Fantasy, Magic Fire ou Laranja Brilhante – as novas embalagens de 250 ml tornam a manipulação destas e outras bases especiais muito mais simples.



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REVISÃO

LAUNCH. NOVO EQUIPAMENTO DE DIAGNÓSTICO X-431PRO3S

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Launch Ibérica apresentou um novo equipamento de diagnóstico profissional baseado no sistema operativo Android. O PRO3 aproveita o poder da internet para fornecer soluções de diagnóstico inovadoras. Este equipamento é desenvolvido com a tecnologia DBS e a sua conetividade com o veículo é feita via Bluetooth. Graças à internet via Wi-Fi, é possível partilhar a experiência do utilizador fornecendo informações instantâneas sobre “círculos” sociais públicos e privados. Este equipamento tem a capacidade de se conectar ao veículo para realizar diagnósticos remotos com o utilizador do veículo. O visor a cores é sensível ao toque, tem 10,1 polegadas e inclui conectores de diagnóstico e software diagnóstico profissional com mais de 70 marcas de acordo com o protocolo desenvolvido pelo fabricante.

FESTOOL. DISPONÍVEL NOVO KIT DE ALTO BRILHO III

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Festool lançou no mercado um novo kit de alto brilho que inclui todo os consumíveis Premium necessários durante o processo de acabamento da pintura. Este novo kit é, segundo a Festool, ideal para oficinas de chapa e pintura que trabalham com o processo de polimento 2 passos da Festool. Com um só pedido, a oficina equipa o posto de trabalho com todos os materiais de consumo necessários podendo o profissional centrar-se unicamente no trabalho. Este kit, fornecido num prático systainer, inclui o novo tamanho (otimizado) do Granat P1500, os produtos de polimento MPA 5000 e 11000, o novo limpador MPA-VS e, entre outros produtos, o pano microfibra, a esponja polidora e a pele de cordeiro de primeira qualidade. Para quem trabalha com o processo de polimento 2 passos, a Festool oferece o aconselhamento gratuito, para optimizar o processo de polimento na oficina.

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Catalgaia Apresentado novo catálogo de cores Profix

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epresentada desde 2008 pela Catalgaia, a marca de repintura automóvel Profix, lançou um novo catálogo de cores, que juntamente com o novo software são partes integrantes do atualizado sistema de cores. O novo Colorbox está organizado cromaticamente num armário ergonómico, que está pensado

para ajudar a identificar rapidamente o tom de cor exato, independentemente do fabricante ou modelo, sem desperdício de tempo. As lamelas são atualizadas regularmente, ajudando desta forma a encontrar as cores de todos os novos modelos. Mais informações em www.catalgaia.com

ATEQ. EQUIPAMENTO DE DIAGNÓSTICO VT56 OBDII PARA TPMS

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ATEQ, líder em equipamentos de diagnóstico para TPMS (Tire Pressure Monitoring System), apresentou o novo VT56 OBDII, a primeira ferramenta do género a garantir uma experiência mais inteligente, rápida e eficaz. É o mais rápido e avançado equipamento de TPMS da ATEQ e foi adaptado para responder às necessidades dos técnicos que trabalham com o mercado do controlo de pressão de pneus. O ATEQ VT56 oferece um teclado ergonómico e garante um sensor de fácil utilização

para monitorização e programação da pressão dos pneus. Destaque também para um ecrã de alta resolução a cores com 4,3 polegadas. O VT56 é o primeiro equipamento de TPMS da ATEQ que imprime através de wireless com uma impressora com uma base opcional. Ou seja, deixa de ser necessário ter um computador para poder imprimir informação detalhada para o cliente.

MILLERS OIL. NOVO PRODUTO PARA LIMPAR FILTRO DE PARTÍCULAS

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Millers Oil possui uma vasta gama de lubrificantes e aditivos para aplicação, entre outras, na área automóvel. Um dos seus mais recentes produtos é o aditivo para limpeza e regeneração do filtro de partículas diesel que se caracteriza pela sua eficácia e qualidade. Trata-se de um produto desenvolvido a pensar nos veículos diesel com a tecnologia start&stop, que depois de aplicado

reduz a temperatura de regeneração e auxilia a remoção de partículas. Este produto limpa o sistema de injeção de combustível e o DPF, proporcionando também economia de combustível e uma redução efetiva das emissões. Adicionado ao combustível (250 ml por cada 60 litros de combustível), a Millers Oil recomenda a sua utilização a cada 3.000 quilómetros.

TOPCAR. FORMAÇÃO EM CARROÇARIA NO CENTRO ZARAGOZA

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ando continuidade ao investimento nas competências técnicas na área da carroçaria automóvel, a TOPCAR levou recentemente uma equipa de profissionais ao prestigiado Centro Zaragoza, em Espanha. Cerca de 20 técnicos das oficinas TOPCAR, especializados em carroçaria automóvel, puderam reciclar e aprender as mais recentes

técnicas de reparação de carroçaria rápida, ministradas pelos formadores do Centro Zaragoza, parceiro de formação da rede TOPCAR. Durante 3 dias, num total de 16 horas de formação certificada, foram treinadas as mais recentes técnicas de reparação de plásticos, de tabliers, de pára-brisas e de eliminação de amolgadelas sem necessidade de pintura.



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ESPECIALISTA

Emarques. Novas tendências como Bosch Car Service

O Emarques Centro Auto é um novo conceito de Bosch Car Service que inaugura também a primeira Bosch Shop em Portugal. O projeto é da Electro Marques e tem tudo para funcionar. TEXTO PAULO HOMEM

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Electro Marques é uma tradicional oficina de automóveis, fundada em 1994 em Gondemaria, Ourém, que pertence à rede Bosch Car Service. É uma das oficinas de referência desta rede, fortemente vocacionada para a mecânica automóvel, que ao longo dos anos ganhou fama na sua região fruto da sua política de orientação e proximidade ao cliente, alicerçada em muito know-how e na qualidade de serviço. Por acaso, de um momento para o outro, a empresa foi desafiada a ocupar um outro espaço (mantendo a oficina atual), dentro do complexo do Centro Comercial Vila Shopping, bem no centro de Ourém. Estudados os prós e os contras, a empresa decidiu avançar com um novo investimento que marca também uma nova fase, em Portugal, da rede Bosch Car Service. Designado por Emarques Centro Auto (nova empresa e marca da Electro Marques), esta oficina é a única Bosch Car Service que tem as portas abertas das 9 às 21 horas, durante todo o ano, fechando apenas dois dias. Também pouco visto na rede é o conceito de Box, isto é, a entrada dos carros para

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manutenção faz-se diretamente para a box de serviço (como é norma na maioria dos centro-auto). “Isto vai muito ao encontro do conceito de receção ativa que a Bosch quer implementar”, refere João Pereira, gestor pós-venda e grande dinamizador deste projeto, que fala com enorme paixão e conhecimento do mesmo. Neste centro auto, ao contrário do que sucede no conceito base da rede Bosch Car Service, existe uma forte aposta nos serviços rápidos e nos pneus, sendo esse precisamente o objetivo da Emarques. “Queremos ser conhecidos por sermos especialistas em pneus, foi por isso que investimos em recursos humanos com especialização em pneus. Temos mesmo

dois técnicos com especialização em pneus run-flat”, refere o mesmo responsável, adiantando “temos um especialista em mecânica, outro em eletricidade e outro já com experiência em serviço rápidos. É uma equipa muito orientada e específica para serviços rápidos, mesmo ao nível da receção de oficina e da loja” No entender de João Pereira a má fama dos centros auto de uma forma geral, não vem da qualidade do produto ou da natureza do conceito, mas sim pelo mau serviço de receção e técnico que prestam devido à pouca formação dos funcionários. “Temos recursos humanos muito qualificados, mas vamos continuar a apostar muito na formação Bosch, com grande enfoque na componente técnica e na receção que é

NESTE CENTRO AUTO, AO CONTRÁRIO DO QUE SUCEDE NO CONCEITO BASE DA REDE BOSCH CAR SERVICE, EXISTE UMA FORTE APOSTA NOS SERVIÇOS RÁPIDOS E NOS PNEUS


CONTACTOS EMARQUES RESPONSÁVEL JOÃO PEREIRA TELEFONE 249 581 160 E-MAIL info@emarques.pt INTERNET www.electromarques.com

também uma das áreas onde se potencia muito negócio para a oficina”. BOSCH SHOP O primeiro Bosch Shop que existe em Portugal é na Emarques. Mais uma vez, o conceito de centro auto, que implica o conceito de loja, foi replicado nesta oficina, o que traz para os responsáveis da empresa uma nova curva de experiência numa área que desconheciam. “Temos fornecedores muito importantes, sendo a Bosch um deles, conseguindo finalmente provar ao cliente que a qualidade afinal não é tão cara. Não é normal vermos um preço fixado numa bateria Bosch que o cliente depois pode montar na oficina, sabendo claramente o preço que vai pagar”, refere João Pereira. Na Emarques passa-se agora a trabalhar com promoções em loja e oficina, para o cliente final, durante todo o ano e com Forfait´s (serviços com preços pré-definidos), que era “algo a que não estávamos habituados, mas que faz parte deste conceito e que também podemos vir a aproveitar para a outra oficina”, refere o mesmo responsável que já lançou para o mercado local o primeiro folheto promocional bem característico dos centros auto. “Uma coisa que não vamos entrar é em leilões de pneus nem de serviços. Os nossos preços estão definidos, existem margens que não vamos abdicar, mas temos muitos outros argumentos para que o cliente fique sempre connosco para além do preço”, assegura João Pereira, explicando que o forte investimento em equipamentos de última geração (máquina de alinhar 3D, desmontadora automática, entre outros), a diversidade de serviços (por exemplo, trabalham praticamente todo o tipo de pneus de ligeiros) e a qualidade dos técnicos são alguns dos aspetos diferenciadores. COMPARAÇÃO Tendo agora os dois conceitos oficinais distintos, ambos com imagem Bosch Car Service (Eletro Maques e Emarques) é inevitável perguntar se os mesmos se complementam. “Claro que sim, não só se complementam como o tradicional nos dá novas abordagens de gestão que podemos aplicar na oficina tradicional”, responde de pronto João Pereira, acrescentando que “na Emarques, por exemplo, temos que otimizar ao máximo os tempos de cada serviço, o que nos obriga a uma gestão mais apurada. Essa informação mais fina e mais especializada,

que iremos também fazer na outra oficina, vai-nos ser muito útil. Também ao nível da gestão de stocks, o centro auto obriga-nos a ter uma gestão mais apurada que vamos aproveitar na outra oficina”. Para terminar, João Pereira entende que a Emarques não será propriamente uma cobaia de uma nova Bosch Car Service, até porque existe muito para evoluir neste conceito centro auto. “Aqui existe muito mais

contacto com o cliente, sendo mais exigente em termos de otimização e planeamento”, refere João Pereira concluindo que “é também necessário uma resposta mais rápida, mais efetiva e mais detalhada a todos os níveis. Por isso, todos temos muito a aprender e para evoluir neste tipo de conceito. Para já, temos a certeza que a Emarques pode ser um bom potenciador de negócio para a Electro Marques”. SETEMBRO 2014

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Tecniverca. Mais formação, mais representações A Tecniverca ganhou o seu espaço no mercado português dos equipamentos e ferramentas para oficinas, ao apostar numa estratégia comercial muito bem definida. Novos investimentos e novas representações são o presente e futuro da empresa. TEXTO PAULO HOMEM

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ão vender diretamente à oficina, oferecer produtos com foco na qualidade e disponibilidade de stock sempre foram importantes linhas estratégicas de orientação da Tecniverca no mercado dos equipamentos e da ferramentas. Porém, o mercado mudou e evoluiu, pelo que a empresa da Moita, que já esteve sediada em Alverca, teve que acompanhar - e por vezes até antecipar - essas mudanças, mas nunca abdicando da sua orientação. Um desses exemplos é o armazém, com quase 6.000 m2, que a empresa tem desde 2009 na Moita, que lhe permitiu focar-se no serviço ao cliente. Em breve, esse mesmo espaço vai ser ampliado, permitindo à empresa aumentar a sua capacidade de stock, mas também dinamizar outras áreas em que tem vindo a apostar, como é o caso da formação e também da assistência técnica. “Este tem sido claramente o ano da formação para a Tecniverca. Temos feito muita formação para os nossos clientes, mas também temos realizado muita formação interna que nos permite apostar ainda mais na assistência

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técnica”, refere Alexandre Corricas, gerente da empresa ASSISTÊNCIA TÉCNICA Uma das razões pela qual a Tecniverca vai crescer em termos de instalações, está também relacionada com a formação e com a assistência técnica, que continuarão a ser apostas da empresa para o futuro. A sala de formação vai aumentar a sua área e ficará localizada ainda mais no centro do armazém, mas a intenção principal de fazer crescer as instalações tem a ver com o aumento e autonomia do espaço oficinal. “A intenção é desenvolver um centro técnico específico,

CONTACTOS TECNIVERCA GERENTE ALEXANDRE CORRICAS TELEFONE 219 584 273 E-MAIL tecniverca@tecniverca.pt INTERNET www.tecniverca.pt

com outras condições para podermos fazer as reparações dos equipamentos, mas também desenvolver formações técnicas efetivas”, revela o gerente da Tecniverca, argumentando que “é um projeto que temos em mente apostando numa formação mais efetiva do nosso cliente”. NOVIDADES Em termos de equipamentos, no úlitmo ano a Tecniverca tem vindo a lançar algumas novidades. Um dos destaques é a marca Michelin ao nível de compressores, aspiradores e lavadoras de alta pressão. “Eram três equipamentos que andávamos à procura no mercado e que agora disponibilizamos”, afirma Alexandre Corricas, acrescentando que “é diferente chegar ao mercado com uma marca com o nome de Michelin, comprovado pela aceitação que estes equipamentos têm tido”. Outra novidade, muito recente, foi a introdução no catálogo da Tecniverca das ferramentas elétricas da Peugeot. Para além de uma gama muito completa, “existe uma procura crescente por este tipo de ferramentas


As instalações que a empresa tem na Moita permitiram à empresa focar-se mais no cliente

elétricas em algumas oficinas de automóveis, o que nos levou a apostar em mais uma marca de qualidade”, refere o mesmo responsável. Uma terceira novidade foi o lançamento da marca MPC. Trata-se de um produto muito específico, abraçadeiras, que se destinam especificamente para utilização na reparação de automóveis, isto é, existe um tipo de abraçadeira para cada tipo de função. Apesar de todas estas novas apostas em equipamentos e ferramentas, a Tecniverca tem algumas representações históricas e que estão umbilicalmente ligadas à empresa. Uma das mais representativas são as ferramentas suíças da Kraftwerk, que a Tecniverca comercializa quase desde a sua fundação, e com a qual tem feito um grande trabalho, fruto também da constante PUBLICIDADE

apresentação de novidades que a marca tem lançado. Não menos importante são as ferramentas do grupo inglês Tool Connection que a empresa comercializa há vários anos, que tem as marcas Laser (ferramenta manual específica automóvel), Gunson (ferramenta para clássicos), Power Tec (ferramenta para colisão) e ainda a Connect (pequenos acessórios auto), que está na Tecniverca há um ano. Existe ainda a Eldon, empresa do mesmo grupo, que tem ferramentas com o mesmo nome, para mecânica de distribuição. Ao nível dos equipamentos, nomeadamente para casas de pneus, a Tecniverca aposta forte na Cormach, que muito brevemente vai lançar uma nova linha de máquinas de equilibrar. Outra representação que, apesar de só estar

na Tecniverca desde 2011, rapidamente teve uma forte implementação, foi a M7 (Might Seven) com ferramentas pneumáticas, que disponibiliza uma gama muito ampla e que está na vanguarda tecnológica ao apresentar o martelo pneumático mais pequeno do mundo. “Temos feito um trabalho muito bom com esta marca, também ao nível da formação e da assistência técnica com postos a nível nacional”, explica o Alexandre Corricas, dizendo que “para breve vão existir ainda mais novidades, com o lançamento de uma pistola pneumática de 97mm”. Refira-se ainda a forte presença da Tecniverca nos mercados de Angola e Moçambique, tendo a empresa portuguesa a exclusividade de representação de algumas das suas marcas para estes mercados.


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Imporquímica. Especialista em higiene e limpeza Não estando vocacionada unicamente para o setor oficinal, a Imporquímica possui uma imensa gama de produtos com aplicação nesta área. A inovação também faz parte da gama que produz e comercializa. TEXTO PAULO HOMEM

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Imporquímica é uma empresa portuguesa especializada na área dos produtos de higiene, limpeza e manutenção. De uma forma genérica, os produtos químicos que produz e comercializa estão disponíveis para muitos setores de atividade (construção, indústria, ambiente, agro-pecuária, alimentar, hotelaria, restauração, entre outros) onde se inclui o setor da manutenção em geral e das oficinas de automóveis em particular, no qual a empresa da Moita possui uma posição de relevo. “A manutenção em geral é o setor mais representativo na empresa e embora não tenhamos uma área automóvel, temos produtos que são específicos para este setor”, refere João Faria, Key Account Manager da empresa. Na Imporquímica a separação é feita por famílias de produtos (absorventes, aditivos, aerossóis, decapantes, desbloqueantes, desengordurantes, desinscrustantes, desinfetantes, isolantes, produtos verdes e solventes), existindo em quase todas estas

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famílias uma oferta que se destina ao setor oficinal, com aplicações diretas na manutenção automóvel, na lavagem das viaturas e vidros auto, limpeza de tablier, lavagem das mãos, desinfeção das condutas do ar condicionado, limpeza do chão da oficina, controlo de derrames de óleo, limpeza e lavagem de peças entre muitas outras aplicações. “Podemos afirmar que nesta área dos produtos químicos temos uma oferta completa e global para qualquer necessidade de uma oficina. Porém, se em alguns destes produtos existe muita concorrência no mercado, noutros não existe tanta oferta e conseguimos ser até diferenciadores”, refere o mesmo responsável, explicando que “a comercialização e distribuição é feita diretamente pela Imporquímica às oficinas, pois não temos agentes nem representantes da marca”. Sendo uma empresa certificada (em termos de qualidade e ambiente), apresentando produtos homologados, a Imporquímica entende que nem sempre o preço pode ser fator de comparação,

existindo diferenças na concentração do produto (permitindo muito mais aplicações), no tipo de matérias ativas empregues e na própria qualidade do produto. “Muitas vezes os clientes estão receosos face a novos produtos, pois já experimentaram muitos que depois não funcionam na realidade. Por isso a demonstração é fundamental para mostrar como os nossos produtos funcionam e a mais valia que podem representar”, assegura João faria. CLEANSTORE Logicamente que a vocação da Imporquímica é vender por grosso e não apenas uma

CONTACTOS IMPORQUÍMICA KEY ACOUNT MANAGER JOÃO FARIA TELEFONE 212 808 390 E-MAIL info@imporquimica.pt INTERNET www.imporquimica.pt


embalagem ou uma unidade, mas atendendo ao cada vez maior interesse do consumidor por alguns dos produtos da Imporquímica, a empresa lançou um projeto, designado Cleanstore, também ele transversal a todos os setores de atividade, incluindo aqui as oficinas (nomeadamente as que têm loja ou uma boa receção) ou ainda os retalhistas de peças. “Existe uma série de produtos da nossa gama que tem muita procura pelo consumidor em geral. Foi a pensar neles que lançamos um novo conceito Cleanstore, que abrange cerca de 50 produtos da Imporquímica”, explica João faria, argumentando que este conceito “serve para chegar ao consumidor final através da parceria com retalhistas, lojas de peças ou oficinas, não apenas no setor automóvel mas em todos os setores em que estamos presentes”. Para quem pretender aderir a este conceito no setor automóvel, através de uma linha específica de produtos, a Imporquímica continua a vender por grosso, mas a revenda pode ser feita à unidade. Todo este conceito é sustentando também por um website, disponível em www.cleanstore.pt, com informação sobre os produtos químicos e os locais onde se podem adquirir. “Não existe nenhuma exigência para se ser um Cleanstore, basta adquirir o produto e tê-lo exposto para venda”, conclui João Faria. PUBLICIDADE

ECOPACK = ECOBOX + ECOSORB Os absorventes são dos produtos que a Imporquímica mais comercializa para oficinas, normalmente para prevenir derrames de óleos ou outros produtos do género. Para além do absorvente de base mineral muito utilizado no mercado, a Imporquímica disponibiliza um outro produto mais recente e tecnologicamente mais evoluído (produto vegetal que deriva da reutilização de fibras de algodão recicladas) que é o Ecosorb. Com este produto, muito fácil de aplicar e de usar, a absorção é rápida (absorve até oito vezes mais que os absorventes tradicionais), sendo um produto parcialmente recuperável para ser reutilizado. O Ecosorb foi essencialmente desenvolvido para a absorção de produtos resultantes de hidrocarbonetos (óleo, gasolina, diesel, nafta, etc). Este produto é comercializado dentro do conceito Ecopack, ao qual está associado um equipamento, que é o Ecobox. Na prática, o Ecobox é um equipamento que permite armazenar e maximizar a reutilização do produto absorvente Ecosorb. O Ecobox tem um reservatório para o Ecosorb, um elemento filtrante e uma pá, podendo ser facilmente transportável numa oficina. Para oficinas mais pequenas e com menos serviço, a Imporquímica desenvolveu o mini-Ecobox, que apresenta as mesmas funcionalidades do Ecobox, mas tem a vantagem de ser mais pequeno.

“Temos um kit de demonstração que nos permite de uma forma fácil e prática mostrar as enormes vantagens deste produto”, refere João Faria, dizendo ainda que “com o Ecosorb não é necessário limpar o pavimento. Os resultados são surpreendentes pois as vantagens de utilizar este produto são enormes, também ao nível da redução de custos”.


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ESPECIALISTA

Phaarmpeças. Proximidade a todos os níveis Como retalhista, a Phaarmpeças entendeu, desde há muito tempo, que só formando as oficinas conseguiria sobreviver no futuro. A formação continua a ser uma aposta muito forte desta empresa, mas existem outras muito importantes a decorrer. TEXTO PAULO HOMEM

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Phaarmpeças é uma empresa que tem como líder Carlos Coelho. Quem conhece este profissional das peças sabe que ideias para desenvolver e dinamizar o seu negócio não faltam. Olha para o futuro do setor oficinal com apreensão,

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mas sabe que se não inovar dificilmente um retalhista poderá sobreviver no futuro. É conhecida a sua aposta na formação dos seus clientes oficinais, estando há poucos meses a trabalhar com a ATEC – Academia de Formação, num projeto que já está a dar os

seus frutos, até “pela enorme valia que esta entidade garante, com condições humanas e físicas excecionais, para o desenvolvimento da formação técnica para os profissionais da mecânica”, afirma Carlos Coelho, gerente da Phaarmpeças, explicando que “não queremos


com outro nível de qualificações e com experiência que “me têm ajudado a gerir e a dinamizar a empresa, quer ao nível do marketing, quer ao nível da gestão. Os resultados do último ano demonstram que foi a aposta correta”. Para além da dinamização de campanhas e de outras ferramentas comerciais, envolvendo os vendedores, foi feito um trabalho muito minucioso ao nível dos stocks (e dos monos), como também dos restantes recursos humanos e ainda a outros níveis, pois “se estivermos mais organizados, prestamos um serviço melhor e somos mais competitivos e mais rentáveis”, refere Carlos Coelho, explicando que “temos que entender que vivemos num mercado em constante mudança e que temos que acompanhar essa mudança para garantir o nosso futuro”. O “barco” da Phaarmpeças já conta com 17 profissionais, agora com uma nova organização interna que vai permitir a Carlos Coelho estar ainda mais próximo do mercado e poder dinamizar aquilo que é a sua especialização: as peças. Por outro lado, a Phaarmpeças é já uma PME Líder, mas a reorganização interna que a empresa está a fazer visa a certificação da qualidade. NOVAS INSTALAÇÕES Como parte bem visível de toda esta reorganização, a Phaarmpeças vai mudar para novas instalações, ainda e sempre em Viseu, mas numa zona mais central da cidade, sem se deslocalizar dos clientes atuais. “Vai ser uma aposta totalmente certeira, pois permite-nos também reorganizar em termos operacionais a nossa atividade”, afirma Carlos Coelho, dizendo ainda que “vamos potenciar também o cliente particular, que já é representativo na nossa organização, mas que poderá ser ainda mais, fruto da localização das novas instalações”.

que os clientes olhem para nós apenas como meros vendedores de peças, mas sim como empresa que lhes presta apoio técnico que necessitam para a sua atividade”. Apesar de muito experiente e conhecedor do negócio das peças, Carlos Coelho tem vindo a investir muito nos recursos humanos, nomeadamente em profissionais PUBLICIDADE

REPRESENTAÇÕES Quem conhece a Phaarmpeças sabe que sempre foi política da empresa comercializar peças de qualidade. Algumas novas e importantes representações chegaram mais recentemente, mas Carlos Coelho garante que “temos vindo a falar com os nossos clientes da importância de trabalhar material de

CONTACTOS PHAARMEPÇAS GERENTE CARLOS COELHO TELEFONE 232 410 270 E-MAIL geral@phaarmepecas.pt INTERNET www.phaarmpecas.pt

qualidade. Salvo algumas exceções, onde o preço continua a ser crucial, os nossos clientes percebem o quanto é importante trabalhar com peças de qualidade. Muitas destas marcas também já tiveram que ajustar os preços, tornando-se mais competitivas mas sem perda de qualidade”. Não tendo ainda vendas online, a Phaarmpeças renovou o seu site institucional, que lhe permite divulgar algumas das mais recentes novidades de produto e fazer campanhas específicas de produtos, assim como dinamizou também uma página no facebook com estas e outras informações. Para continuar é também a aposta em publicidade e em outdoors. Em termos práticos, a Phaarmpeças continua a ter duas carrinhas de distribuição, numa lógica de entrega e de serviço ao cliente, estando por outro lado a desenvolver uma estratégia que tem passado pela redução do número de fornecedores. “Muitos deles andam a vender preços, quando deviam vender peças, o que leva a que muitas vezes o material não nos seja entregue”, afirma o gerente da empresa, dizendo que “temos concentrado as nossas compras em alguns distribuidores que nos garantem bom serviço e que nos apoiam”. Com quase duas décadas de atividade, a Phaarmpeças quer continuar a ser a farmácia do automóvel, mas agora com mais organização, mais serviço e mais proximidade ao cliente.


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ESPECIALISTA

Algarchapa. Evoluir também no online Faro

Olhão

Com três balcões de retalho no Algarve, a Algarchapa tem vindo a consolidar progressivamente a sua posição no setor das peças de aftermarket em toda a zona sul do país. A novidade agora é um software de peças. TEXTO PAULO HOMEM

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om mais de uma dezena de anos, a Algarchapa registou uma enorme evolução no seu negócio ao longo dos anos, nomeadamente já nesta década. Foi em 2010 que abriu a sua primeira filial, em Olhão, na Zona Industrial, e em 2013 deu mais um passo ao abrir a segunda filial, em Campinas (Faro). O armazém e balcão principal estão em Albufeira, localizados em posição privilegiada, fornecendo e vendendo através de um comercial toda a região até Portimão. De resto, a empresa tem ainda mais quatro comerciais no terreno, que fazem toda a região do Algarve, Espanha (Andaluzia), Alentejo e até Lisboa. Duas vezes ao dia as duas filiais da Algarchapa são abastecidas, fazendo a empresa ( juntamente com um parceiro de distribuição) entregas bi-diárias para os clientes oficinais sempre que necessário. Ao todo, a Algarchapa tem cinco carrinhas de distribuição próprias e recorre também a quatro transportadoras. “De momento não existe intenção de abrir outra filial própria, embora quando abrimos em Faro também não existia uma necessidade, foi

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apenas uma boa oportunidade que decidimos aproveitar”, refere Manuel Freitas, gerente da Algarchapa. Porém, a empresa poderá estar a um passo de abrir um novo estabelecimento, no Cacém, às portas de Lisboa, através de um franchising Algarchapa. Para já, não existem mais desenvolvimentos quanto a este projeto, que acaba por ser uma inovação interessante num retalhista de peças. Diz o seu responsável da Algarchapa que este crescimento se deve à capacidade empreendedora e a uma gestão adequada às necessidades das oficinas independentes do Algarve e nas restantes zonas para onde comercializa as suas peças. O aumento da concorrência nos dois últimos anos nesta região não fez a empresa vacilar, antes pelo contrário, passando a focar-se ainda mais no serviço ao cliente e na diversificação da oferta. DIFERENCIAÇÃO Apesar do nome indicar uma certa especialização na área da chapa e de ter como fornecedor principal a Vauner, Manuel Freitas refere que a

O NOVO SOFTWARE VAI PERMITIR QUE OS CLIENTES OFICINAIS POSSAM CONSULTAR O STOCK DA EMPRESA, IDENTIFIQUEM PEÇAS E FAÇAM ENCOMENDAS ONLINE empresa já teve uma posição mais forte na área da chapa do que tem atualmente possui. “A chapa ainda é representativo na nossa faturação, mas a nossa política desde a nossa fundação, é vender todo o tipo de peças que possam constituir um automóvel sejam originais ou de aftermarket”, assume o mesmo responsável, acrescentando: “Sabemos que as peças originais dão muito trabalho e que não é fácil dar preço ao cliente, mas um cliente que saia da Algarchapa poderá reparar um carro totalmente”. Desde que está a frente da Algarchapa que “a política é que uma oficina se possa abastecer num único fornecedor para todas as suas necessidades, que neste caso é a Algarchapa”, afirma com convicção Manuel Fretas.


Comercializando muitas marcas de referência, a Algarchapa aposta em peças homologadas que satisfaçam as normas de qualidade e segurança da União Europeia, tendo também produtos de posicionamento preço pois existe procura para eles no entender dos responsáveis da empresa. PLATAFORMA Intitulando-se como um “homem de ideias que têm dado certo”, o responsável da Algarchapa tem já outro projeto em fase final de concretização. Juntamente com uma empresa de software, a Algarchpa tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de um software de peças que irá permitir que os clientes oficinais possam consultar o stock da empresa, identificando as peças de marca e aftermarket (por referência e por foto) que necessitam e depois possam fazer a encomenda online. Não é propriamente um site de vendas online, pois este software exige que o mesmo seja instalado nas oficinas aderentes, embora todas as atualizações sejam feitas online. “Queremos ter um maior controlo do acesso das oficinas a esta plataforma, evitando que a password seja cedida a terceiros”, refere Manuel Freitas, explicando que no futuro a ideia passa por ter outros parceiros nesta plataforma, nomeadamente casas de peças que pretendam aderir a este conceito. Quanto a objetivos, Manuel Freitas pretende mesmo que este software chegue, até ao primeiro trimestre de 2015, a cerca de 300 oficinas. “A intenção deste investimento é precisamente alargar a nossa base de clientes”, refere o gerente da Algarchapa, que coordena uma equipa de 18 profissionais das peças.

CONTACTOS ALGARCHAPA GERENTE MANUEL FREITAS TELEFONE 289 571 966 E-MAIL vendas@algarchapa.pt INTERNET www.algarchapa.pt


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ESPECIALISTA

Automechanika. Novidades marcam edição deste ano É a principal feira de aftermarket na Europa e a inovação continua a ser um dos fatores-chave. As energias sustentáveis e a eletrificação dos automóveis são temas fortes. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

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Automechanika, o salão europeu de aftermarket mais importante, está a chegar. Decorre de 16 a 20 de setembro, em Frankfurt e a organização espera manter o crescimento do número de visitantes e expositores. Para já, são 15 as empresas portuguesas confirmadas e a TURBO OFICINA também vai lá estar para fazer reportagem. Fique a par de alguns dos ingredientes deste ano. Uma das tendências é a aposta das marcas que trabalham os produtos petrolíferos e lubrificantes. De acordo com a OPEC, a procura mundial por petróleo vai aumentar diariamente para 108,5 milhões de barris em 2035. Neste momento, o consumo de petróleo ronda os 90 milhões de barris por dia. Em linha com esta tendência, o número de expositores ligados a esta área subiu consideravelmente e estarão presentes cerca de 100 empresas desta área. Seja na parte dos lubrificantes, equipamentos, consumíveis ou soluções de reciclagem. Este ano há também uma novidade importante. Depois de 12 anos de ausência, uma empresa de repintura automóvel volta a estar presente na

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Automechanika. Desta feita é a Cromax, o novo nome da Dupont Refinish, depois da aquisição pelo Grupo Axalta. Em Frankfurt a nova marca apresenta a sua imagem e toda a linha de produtos. Um dos temas do momento não passa ao lado da Automechanika: a Mobilidade Sustentável. Construtores automóveis, fornecedores de componentes e soluções de infraestrutura, zonas de formação e oradores especializados vão apresentar soluções, produtos e conceitos de mobilidade sustentável no Hall 10. Os visitantes vão poder ter contacto com os vários componentes e produtos, nomeadamente com tecnologias de armazenamento de energia, fornecimento de energia e infraestrutura, conceitos de mobilidade, motores, eletrónica e construção ultraligeira, formação inicial e avançada, mas também uma zona de reparação e manutenção deste tipo de veículos, com especial incidência para híbridos e elétricos. Na zona exterior, os visitantes vão também poder fazer test drives com estas propostas alternativas. Durante a feira, como é habitual, serão várias

FICHA AUTOMECHANIKA MESSE FRANKFURT 16 A 20 DE SETEMBRO 16 A 19 – DAS 9 ÀS 18H 20 – DAS 9 ÀS 17H ENTRADA 26 EUROS (COMPRADO ONLINE) 36 EUROS (NO BALCÃO)

as palestras, num extenso programa definido para chegar a todas as áreas representadas no certame. Para já, estão confirmados cerca de 50 oradores internacionais, que vão discutir um vasto leque de assuntos. Mais informação em http://automechanika.messefrankfurt.com. Até à última edição todo o material de arquivo da Automechanika estava confinado à torre do Festhalle. A partir deste ano, todos podem explorar este espólio na internet em www. automechanika-experience.com. Detlef Braun,


EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES Cortigon Unipessoal Ld C.T.E.Q. - Centro Tecnico de Estudos Qumicos, S.A. DGA - Domingos J. G. Araújo Diamantino Perpétua & Filhos, Lda. FABRISCAPE, LDA Hispanor-Produtos Industriais, Lda. Incomcar - Ind. Comp. Carrocarias Auto, Lda. INDASA - Industria de Abrasivos, S.A. Joao de Deus & Filhos, SA KIYU - Imp. & Exp. Lda. Linextras MF PINTO, SA Sociedade Irmaos Miranda SA Valente & Lopes Lda. Veneporte, S.A.

membro do Conselho de Administração da Messe Frankfurt explica esta novidade: “O nosso objetivo foi criar um mundo digital que disponibilizasse de forma fácil os 43 anos de história da Automechanika”. Esta nova experiência é como se fosse uma viagem semelhante a conduzir um carro em que o utilizador vai parando em diversos pontos de interesse, como imagens, filmes e pequenos PUBLICIDADE

textos dos últimos 40 anos. Inclui, por exemplo, as impressões e opiniões sobre a primeira feira e promete surpreender os utilizadores. O Green Directory (Diretóri oVerde) é já uma marca da Automechanika e os 25 expositores que vão constar do guia deste ano já foram escolhidos. O critério da escolha de produtos obedece à regra de estes serem sustentáveis e amigos do ambiente. Esta concurso foi aberto

a todos os expositores da feira alemã e foram recebidas, no total, 44 candidaturas, sendo que 17 delas vieram de empresas com sede na Alemanha e as outras 27 de outros países. Os produtos foram divididos em oito categorias. O produto que consegui a pontuação mais elevada, de acordo com o júri, foi o sistema de reconstrução eletrónica de componentes da Robert Bosch.


d dossier

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Recondicionados. Opção económica com garantia Peças, motores, caixas de velocidades e muito outro material é comercializado no mercado depois de devidamente recondicionados ou reconstruídos. Uma opção mais económica para operadores de peças e oficinas, por vezes com a qualidade original. TEXTOS PAULO HOMEM

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OS COMPONENTES RECONDICIONADOS SÃO UMA OPÇÃO NÃO APENAS POR CRITÉRIOS ECONÓMICOS, EMBORA O PREÇO SEJA CRUCIAL

arcas de automóveis e grandes construtores de peças a nível mundial há muito tempo que já optaram pelos reconstruídos. São também cada vez mais os operadores locais que trabalham na área dos recondicionados e/ou reconstruídos que, para alguns operadores, não é bem a mesma coisa. Em qualquer dos casos o mercado, nomeadamente retalhistas e oficinas, continuam a olhar com alguma desconfiança para este tipo de componentes, mesmo que as vantagens económicas sejam evidentes. Um componente recondicionado pode ter um preço 20 a 40% inferior face a um componente semelhante novo. Também existe alguma confusão no mercado face ao componente usado. As diferenças entre os componentes usados e os recondicionados são enormes, logo a começar pela intervenção técnica a que estes são sujeitos, mas também porque à maioria dos componentes usados normalmente não estão associadas quaisquer garantias. Segundo os operadores contactados pela TURBO OFICINA o segmento dos

componentes recondicionados tem vindo a crescer, o que se deve a uma maior procura por produto com menor valor mas ainda com garantia, mas também porque existe cada vez maior pressão comercial, o que leva a que o produto recondicionado tenha cada vez maior aceitação, mesmo que sofra uma grande concorrência de quem vende componentes usados. Associado aos componentes recondicionados existe também a questão ecológica, quer por via da reaproveitamento desses componentes quer pela poupança industrial (menores gastos de produção). O mercado começa contudo a notar que existe uma dificuldade cada vez maior na aquisição dos cascos (com alguma qualidade) para fazer o recondicionamento ou reconstrução dos mesmos. Nas próximas páginas poderá ficar com uma ideia mais concreta do que alguns operadores (escolhidos pela TURBO OFICINA) fazem ao nível dos componentes recondicionados / reconstruídos. A nossa ideia foi dar uma visão alargada do que se fez neste negócio e da oferta que está disponível, com players tão diferentes e tão distintos entre si.

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d dossier trabalha com indústria especializada, instaladas em diversos países europeus, de quem é representante comercial, algumas, inclusive, com quase 20 anos de relacionamento. Utilizando a Provmec como marca, a mesma está associada à qualidade do serviço que a empresa procura prestar aos seus clientes, quer sejam oficinas, frotistas ou particulares. Os produtos são comercializados com as suas marcas originais.

INTERESCAPE A Interescape especializou-se no recondicionamento de filtros de partículas e catalisadores. Investiu em tecnologia própria para efetuar o recondicionamento destes componentes, nomeadamente equipamentos de limpeza e diagnóstico, que permitem certificar o caudal e o fluxo das peças recondicionadas. A empresa pode recolher e entregar ao cliente (normalmente oficinas) estes componentes já recondicionados, mas dispõe também de stock. Como controla todo o processo de recondicionamento a Interescape dá a garantia de uma peça nova, isto é, dois anos. KRAUTLI A Krautli comercializa produtos reconstruidos e não recondicionados, nomeadamente alternadores, motores de arranque, turbocompressores e compressores A/C. A empresa tem meios técnicos somente para análises pós-venda. Os produtos que comercializa são reconstruidos integralmente pelas marcas que a Krautli distribui. As marcas distribuídas pela Krautli são a Delco Remy (alternadores e motores de arranque de 12v e 24V), Remy (bombas e caixas de direcção, distribuidores de ignição), Turbomotor (turbocompressores) e Teamec (compressores A/C). A garantia dos produtos reconstruídos que comercializa varia entre 12 e 24 meses, de acordo com os critérios dos fornecedores. LEIRIDIESEL A marca de recondicionados do grupo Leiridiesel é a PEQ automotive parts, cujo nome assenta no conceito “Product Exchange Quality”. A empresa recondiciona peças e componentes de todas as marcas existentes no mercado

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em bombas injetoras, injetores e unidades injetoras, caixas de velocidade automáticas e turbos. Para trabalhar estes componentes (muito exigentes ao nível tecnológico) a Leiridiesel tem investido continuamente em equipamentos, software e formação para garantir um produto que considera de excelência. Mencionando apenas as máquinas mais recentes, destaca-se a Bosch EPS 708 e a Hartridge CRI na injeção, as máquinas Turbo Technics para o equilíbrio de “cores” e afinação de geometrias no turbo e, por último, as máquinas Hydra-Test utilizadas nos testes de corpos de válvulas das Caixas de Velocidade Automáticas. A Leiridiesel considera que o investimento nestes meios constitui um dos principais fatores críticos de sucesso desta área de negócio. As garantias dadas pelos serviços da Leiridiesel são as previstas na legislação em vigor para estas categorias de produto. PROVMEC A Provmec disponibiliza como “recondicionados” motores diesel e gasolina, caixas de velocidade automáticas e mecânicas, cabeças e blocos de motor, turbos, bombas injetoras e injetores e direções assistidas. Os produtos reconstruídos têm dois anos de garantia sem limite de quilometragem, o que para as oficinas, que têm de assumir esse período de garantia junto do cliente final, se trata de uma grande mais valia, pois o mecânico retira de sua responsabilidade, pelo menos, um ano de garantia, o que não ocorre com a grande maioria de fornecedores de reconstruidos (recondicionados) que se limitam a oferecer ao mecânico, apenas, um ano de garantia, diz a Provmec. A empresa está a especializar-se em algumas marcas de caixas de velocidades (mecânicas e automáticas). Nos restantes produtos,

SPARKES & SPARKES A Sparkes & Sparkes, dedica-se à reconstrução de caixas de velocidade manuais para veículos ligeiros. A empresa dá uma garantia, em todas as caixas de velocidades que comercializa, de um ano, sem qualquer limite de quilómetros. Todas as caixas de velocidades comercializadas pela Sparkes & Sparkes, são recondicionadas nas suas instalações, em Santo Tirso, onde dispõe de todos os meios técnicos necessários para o seu correto recondicionamento, bem como de profissionais tecnicamente preparados para esse serviço. As caixas de velocidades comercializadas, não têm uma marca própria (são caixas das marcas dos veículos). Mesmo assim, a marca “Sparkes” está muito bem implantada em todo o território nacional e em Espanha. TRW A TRW comercializa em Portugal produtos recondicionados nas gamas de direção e travagem com a marca TRW e produtos elétricos com a marca Lucas. Com cerca de 30 anos de experiência no recondicionamento de produtos, a TRW/ Lucas ganhou a reputação de ter das maiores gamas de recondicionados do mercado, nas caixas de direção, bombas de direção e pinças de travão, no caso da TRW, e em motores de arranque, alternadores e compressores AC, no caso da Lucas. Os produtos TRW/Lucas são reconstruídos com critérios de qualidade muito rígidos, por isso, estas peças têm uma qualidade equivalente às das peças novas e beneficiam das mesmas garantias. Até ao momento não existe legislação, controlos ou testes estabelecidos que padronizem ou regulem esta área do mercado de pós-venda, por isso a TRW, com o intuito de oferecer ao mercado independente o padrão do Equipamento Original, rege-se pelos padrões de fabrico dos principais construtores automóveis, obtendo

A OFERTA DE COMPONENTES RECONDICIONADOS É MUITO VASTA, SENDO UMA OPÇÃO COM GARANTIA. DISTANCIANDO-SE DO NEGÓCIO DE COMPONENTES USADOS



d dossier CONTACTOS INTERESCAPE RESPONSÁVEL JORGE CARVALHO TELEFONE 252 248 810 E.MAIL jcarvalho@interescape.com INTERNET www.interescape.com KRAUTLI RESPONSÁVEL CARLOS SILVA TELEFONE 219 535 626 E.MAIL contact@krautli.pt INTERNET www.krautli.pt LEIRIDIESEL RESPONSÁVEL FERNANDO RELVA TELEFONE 244 619 900 E.MAIL geral@ldauto.pt INTERNET www.ldauto.pt PROVMEC RESPONSÁVEL FERNANDO REIS TELEFONE 219 178 700 E.MAIL geral@provmec.com

www.provmec.com SPARKES&SPARKES RESPONSÁVEL DIAMANTINO COSTA TELEFONE 229 685 416 E.MAIL geral@sparkes.pt

www.sparkes.pt TRW RESPONSÁVEL CARLOS GOMES TELEFONE 214 228 342 E.MAIL marketing.portugal@trw.com INTERNET www.trwaftermarket.com EUROTRANSMISSÃO RESPONSÁVEL MIGUEL OLIVEIRA TELEFONE 253 283 281 E.MAIL miguel.oliveira@eurotransmissao.pt INTERNET www.eurotransmissao.pt NEOCOM RESPONSÁVEL CARLOS ABADE TELEFONE 234 302 150 E.MAIL comercial@neocom.pt INTERNET www.neocom.pt MOTORPORTUGAL RESPONSÁVEL RUI FONSECA TELEFONE 212 351 170 E.MAIL geral@motorpotugal.com INTERNET www.motorportugal.com

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pontuações elevadas nas certificações atribuídas pelos fabricantes conforme o detalhe seguinte: TS16949 2002 - DQS: auditoria a TS16949 2002 Outubro de 2009 ISO14001: auditoria Janeiro de 2010 General Motors: classificação “A” Grupo Volkswagen: VDA 6 92% Renault: classificação EQAF 92% Fiat: auditoria de processo com classificação de 93% Ford: status Q1 Diga-se que a TRW recebeu o prestigiado “Prémio de Reconstructor do Ano 2010”, atribuído pela revista ReMaTec News. A Lucas, por sua vez, segue os mesmos padrões do Equipamento Original e tem a sua fábrica certificada com as normas ISO9001:2008 e ISO14001:2001, utilizando os mais modernos métodos e equipamentos. Tanto a TRW como a Lucas dispõem de meios técnicos próprios para fazerem o recondicionamento dos produtos. Todas as fábricas de recondicionados estão na Europa para que possam prestar um melhor serviço, com a tecnologia mais avançada para a reparação de componentes e são executados por técnicos qualificados. Por exemplo, nas caixas e nas bombas de direção são utilizados dispositivos de medição de precisão e são feitos testes de emulsão e de luz UV de forma a detetar as fissuras quase invisíveis. No caso das pinças de travão é feito um teste de pressão dinâmica até 135 bars, para assegurar que está em condições de ser recondicionada. EUROTRANSMISSÃO O material recondicionado da Eurotransmissão inclui caixas de velocidades automáticas, conversores de binário, caixas de transferências, grupos de válvulas (unidade mechatronic) e componentes para reparação de caixas automáticas. Os componentes que são intervencionados nas instalações da Eurotransmissão estão garantidos pelo período de 12 meses, mas também comercializa produtos recondicionados com garantia de 24 meses sendo estes adquiridos aos próprios fabricantes com a desvantagem de ser um produto com um custo mais elevado.

O principal tema na elaboração de um serviço de recondicionamento prende-se com o know-how. As bases adquiridas durante os principais anos de desenvolvimento das caixas automáticas foram vividos pelo gerente da Eurotransmissão José Magalhães no Canadá e Estados Unidos sendo esse o grande fator de sucesso. Atualmente, a Eurotransmissão dispõe de um laboratório para a reconstrução dos seus produtos com bancos de testes para a maior parte dos componentes, sendo que, ainda falta mercado para aquisição um dyno-teste (banca de ensaio final). Os nove anos no mercado nacional acabaram por consolidar o nome da Eurotransmissão como uma marca de referência nos produtos reconstruídos. Poderá surgir no futuro alguma alteração mas de momento a empresa intensifica o seu nome nos seus produtos. NEOCOM A Neocom disponibiliza a mais-valia de ser ela própria a recondicionar o componente (direção assistida, bomba hidráulica/elétrica, transmissão ou junta homocinética) num serviço de receção, reparação e entrega em 24 horas. Mais de 90% do negócio da Neocom é precisamente o recondicionamento dos componentes descritos. O nome da empresa é também o nome da maioria dos produtos recondicionados que comercializa, pois a aposta da empresa é também num enorme stock de produtos recondicionado. A garantia do material recondicionado que comercializa não é problema para a Neocom. O principal problema, no entender do responsável desta empresa, Carlos Abade, está na correta montagem dos componentes no automóvel, atendendo à cada vez maior complexidade desse componente. É por isso que diariamente a Neocom disponibiliza aos seus clientes um serviço de aconselhamento técnico na montagem dos componentes, que lhes permite resolver muitos problemas. Quase todo o material vendido com a marca Neocom é recondicionado nas instalações da empresa em Aveiro. MOTOR PORTUGAL A Motor Portugal comercializa em exclusivo os produtos do seu representado espanhol Grupo Asysum, embora disponha de oficinas e meios técnicos próprios em Portugal. A oferta de componentes recondicionados passa por motores, bombas injetoras, caixas de velocidades e turbos. Existe ainda uma outra empresa, designada por Inter-Matic, destinada à comercialização e reconstrução de caixas automáticas, caixas manuais e grupos diferenciais. Refira-se que a Inter-Matic é serviço oficial das caixas automáticas ZF para ligeiros em Portugal. Os componentes reconstruídos têm a garantia de um ano.



d dossier MERCADO Às diversas empresas que foram contactadas para desenvolver este trabalho sobre material recondicionado, a TURBO OFICINA colocou três questões sobre o mercado.

1 Quais as vantagens e desvantagens das peças e componentes recondicionados? 2 A crise económica fez disparar o interesse e as vendas de peças e componentes recondicionados? 3 Existe ainda alguma desconfiança dos retalhistas e das oficinas face ao material recondicionado?

JORGE CARVALHO INTERESCAPE 1 No caso dos filtros de partículas, são mais as vantagens que as desvantagens. Ao nível das vantagens destaco o preço de peça recondicionada original, que é bastante inferior ao preço de uma peça nova ou mesmo uma peça equivalente de uma marca aftermarket. Outra vantagem é que não há alterações exteriores à peça, mantendo-se a montagem da mesma inalterada. Por outro lado, uma peça original, mesmo recondicionada, apresenta na maior parte dos casos, menos contrapressão, melhor fluxo que uma equivalente aftermarket. Como desvantagens, aponto três: dificuldade de ter peças já recondicionadas em stock; paragem das viaturas para poder recondicionar peça; empresas sem equipamentos de diagnóstico a comercializar peças recondicionadas. 2 Claramente, sim. 3 Sim ainda existem, embora dependa da origem da mesma. CARLOS SILVA KRAUTLI 1 Fornecemos, debaixo das marcas Delco Remy, Remy, Turbomotor e Teamec, produtos reconstruídos para responder às expectativas do cliente quanto à qualidade, custo das reparações e sustentabilidade.

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São players com uma vasta experiência na reconstrução de componentes principais como alternadores e motores de arranque, turbocompressores e compressores AC. São programas com uma vasta cobertura do parque circulante. Os produtos reconstruídos são amigos do ambiente pois reduzem a utilização de matérias-primas e energia. São concebidos e fabricados segundo as especificações do equipamento original (OE). A substituição de todas as peças de desgaste por novas confere-lhes elevada qualidade. O benefício no preço médio dos produtos reconstruídos vs novos é entre 30% a 40%. A oferta de produtos reconstruídos permite instalar a preços atraentes peças que cumprem as especificações dos fabricantes (OE) e se adequam especialmente a veículos mais antigos e a clientes sensíveis ao preço. 2 Devido ao contexto atual do envelhecimento do parque circulante e da capacidade económica mais reduzida das famílias, os produtos reconstruidos têm obtido um crescimento sustentado. 3 A Krautli Portugal tem uma experiência de mais de 15 anos no mercado nacional, na comercialização de produtos reconstruidos, designadamente da marca Delco Remy. Destacamos a importância de diferenciar os produtos reparados e (ou) recondicionados dos reconstruidos. Sendo um produto reconstruido com elevados padrões de qualidade, designadamente na utilização de componentes de reparação de qualidade superior, e mão-de-obra qualificada, o produto final apresenta níveis de performance muito próximos de um produto novo. é importante destacar também produtos novos low cost / low quality que estão a entrar no mercado, e que estão a confundir alguns operadores, pois apresentam em muitos casos preços mais baixos que uma unidade reconstruida. Felizmente, os especialistas sabem reconhecer a qualidade e recusam a utilização deste tipo de produtos, garantido dessa forma um intervenção profissional e de confiança.

FERNANDO RELVA LEIRIDIESEL 1 Na verdade, não há desvantagens. Mas subsistem alguns mitos, como por exemplo, ainda há algum ceticismo quanto à

qualidade dos recondicionados face aos seus equivalentes novos. Quanto às vantagens, referimos apenas as principais: Económicas: ao nível do preço, é possível oferecer ao mercado um produto recondicionado de excelência muito competitivo face aos novos; ao nível do tempo, também se conseguem ganhos face à reparação tradicional, pois estes produtos encontram-se geralmente em stock; Ecológica: os recondicionados funcionam como um agente ativo na preservação do ambiente, na medida em que contribuem para a redução de desperdício (uma vez que se reaproveitam peças) e requerem menos energia na sua produção; Eficiência: conseguem-se performances semelhantes aos produtos novos e, muitas vezes, recorrendo a uma cadeia de produção praticamente local, sem necessidade de importar, por exemplo; Fiabilidade: esta é talvez a vantagem mais importante para o mercado atual, conseguida através da utilização de peças de qualidade, equipamento e informação técnica disponibilizada pelas próprias marcas fabricantes. 2 Muito embora os preços de recondicionados se mantenham altamente competitivos, também as marcas fabricantes de produtos novos procuram não perder mercado num contexto de recessão. Contudo, e feitas as contas, aumentou a relevância deste segmento, sobretudo devido à vantajosa relação qualidade-preço que oferecem. 3 O segmento dos recondicionados é relativamente recente. Ainda se encontra em crescimento, mas já apresenta um certo grau de maturidade, tanto que os


clientes retalhista ou oficina estão cada vez mais exigentes e esclarecidos. Como tal, já sabem em que produtos e serviços podem confiar, com vista a fazer crescer (ou pelo menos manter) a competitividade do seu negócio. Já tiveram oportunidade de comprovar as semelhanças entre material novo e recondicionado. E se estivermos a comparar dois produtos de qualidade, eles são realmente equivalentes, até na sua apresentação. Pela experiência que temos com os nossos produtos recondicionados PEQ, sentimos que essa barreira já foi ultrapassada. A nossa marca já fez a sua “rodagem” com distinção. Ou seja, os nossos recondicionados já deram provas da sua excelência fora de portas e os clientes reconhecem-no, tanto que se mantêm fiéis à nossa marca, contando com o apoio permanente dos noss os técnicos.

FERNANDO REIS PROVMEC 1 As vantagens são muito significativas para o cliente. Embora com uma garantia semelhante ao produto novo de origem, o produto reconstruído (recondicionado)

pode chegar a ser até 30% mais barato do que o vendido na origem. Não são poucos os concessionários que recorrem aos nossos produtos. Por um preço mais económico e pela mesma garantia da origem o consumidor tem um produto de igual qualidade do produzido pela origem, pois o processo de fabrico e peças utilizados são os mesmos aplicados pela marca original. As empresas com que trabalhamos têm todas certificados de qualidade e de conformidade, emitidos pelas marcas originais, algumas inclusive, por não produzirem produtos reconstruídos, vão abastecer-se nessas empresas que são nossas representadas. O prazo de entrega do produto reconstruído, em geral, é menor do que o novo original. O produto reconstruído, por utilizar um bloco que foi anteriormente usado, reduz os riscos ambientais, tornando-se num produto “green”, amigo do ambiente. As desvantagens, podemos considerar a principal a falta de conhecimento do consumidor que, geralmente, confunde o produto reconstruído (recondicionado) com o produto reparado. Enquanto o primeiro é produzido com base em métodos e sistemas credenciados pela marca original e utiliza peças de origem ou no sistema OEM, os reparados são, apenas, substituídas as peças que se encontram danificadas e que algumas vezes reutiliza peças queimadas, riscadas,etc, transformando-se num produto com grande possibilidade de gripar em pouco tempo, mediante também de quem as repare. Os produtos reconstruídos utilizam bases fabris semelhantes às linhas de produção das fábricas originais, enquanto os produtos reparados podem ter os serviços feitos na própria oficina. Embora tenham nítidas diferenças, muitas vezes o cliente opta por comprar um reparado ou usado, por uma pequena diferença financeira, pois a crise e falta de liquidez assim o obriga, sem considerar que pelo facto do reconstruído (recondicionado) oferecer 2 anos de garantia, o custo mensal desse produto fica, por regra, por menos da metade de um reparado ou usado. 2 A crise, no seu princípio ajudou-nos, pois os clientes que não tinham dinheiro para adquirir um carro novo, recorriam aos produtos reconstruidos (recondicionados). Entretanto, à medida que a liquidez foi desaparecendo do mercado, os clientes passaram a optar por produtos usados, de procedência duvidosa, sem garantia ou com garantia de bom funcionamento, etc. Embora comercializemos produtos usados, todos os produtos que comercializamos são provenientes de companhias de seguro, com identificação da proveniência e com garantia escrita. Somos a única empresa em Portugal a assumir um valor de custo ao cliente, caso o motor usado tenha problemas.

Entendemos ser nossa obrigação minimizar o prejuízo do cliente. Nem todos pensam assim. 3 Se disséssemos que os produtos que comercializamos são isentos de falhas ou defeitos, estaríamos a mentir e a subestimar a inteligência e conhecimento das pessoas. Felizmente, ao longo de quase 20 anos de atividade, os nossos índices de defeitos procedentes são inferiores a 5% e têm vindo a diminuir. É claro que, mesmo assim, há insatisfeitos e que nos contestam e para esses colocamos à disposição empresas independentes de peritagem que, diríamos, em quase 100% dos casos corroboram os nossos diagnósticos e relatórios. Continuamos a trabalhar e temos um departamento pós-venda que trata das situações. São dois engenheiros, com larga experiência que não apenas tratam as situações de garantia, como, também, das informações técnicas, orientações, etc.

DIAMANTINO COSTA SPARKES&SPARKES 1 A grande vantagem das nossas caixas de velocidades recondicionadas é o facto de ser possível obter um produto com todas as características do produto original (com peças originais das marcas) por um valor consideravelmente menor. 2 A Sparkes & Sparkes tem vindo a aumentar o seu volume de vendas, fruto do profissionalismo de todos os seus colaboradores. É possível que a crise tenha alguma influência neste crescimento e no crescimento deste mercado, mas fruto dessa mesma crise, também muitos dos que poderiam comprar uma caixa recondicionada acabam por optar por uma caixa de “sucata”. 3 No caso da Sparkes & Sparkes, os clientes que já conhecem a nossa forma de trabalhar,

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d dossier os nossos produtos e a nossa garantia, sabem que podem confiar (e é isso que têm vindo a fazer). No entanto, há ainda pessoas que acabam por comparar as caixas recondicionadas a caixas de sucata, o que não é comparável.

CARLOS GOMES TRW 1 As peças recondicionadas têm duas vantagens óbvias, uma de ordem ecológica, e outra económica. As vantagens a nível ecológico prendemse com os menores custos de produção de uma peça reconstruída (energia utilizada, matéria-prima, moldes, equipamentos, etc), comparativamente a uma peça nova. De acordo com o Remanufacturing Institute, a energia necessária para criar um alternador reconstruído é 14 % da que é necessária para um alternador novo. Enquanto um motor de arranque reconstruído usa 9 % em comparação com um novo. Esta poupança nos custos de produção reflete-se no preço praticado ao cliente, a vantagem económica, que possibilita à oficina e ao cliente final terem um produto com um preço mais barato que as peças novas equivalentes. Como desvantagem ainda existe um pouco o receio de alguns clientes em optarem por este tipo de produto, por desconhecerem o elevado padrão no recondicionamento de peças utilizado por algumas marcas, e por isso consideram erradamente estas peças como material de qualidade inferior. 2 Sendo as alturas de crise mais propícias à procura de componentes mais baratos por parte das oficinas, os componentes recondicionados por serem também mais económicos tiveram por isso uma maior visibilidade. No caso particular da TRW e Lucas, o crescimento registado nas vendas é mais devido ao trabalho que temos realizado nos últimos anos, na sensibilização dos nossos clientes para estas peças recondicionadas, e as respetivas vantagens dos nossos produtos. 3 Ainda existe alguma desconfiança no material recondicionado porque nem todas as marcas seguem os mesmos padrões de qualidade na reconstrução

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das suas peças, assim como nem todas estão aptas a recondicionar material com componente eletrónica, como tal, existe produto no mercado que não corresponde às expectativas dos clientes, levando à sua insatisfação e denegrindo a imagem dos componentes recondicionados. No entanto, a tendência é prevalecerem as marcas que seguem os padrões de origem, confirmando que a reconstrução de algumas peças de reposição é uma aposta de futuro.

MIGUEL OLIVEIRA EUROTRANSMISSÃO 1 Como principal vantagem, o produto recondicionado terá sucesso enquanto for mais valia na comparação custo/qualidade. Nos nossos produtos tentamos diariamente tornar isso possível. Como desvantagem, a desconfiança no componente recondicionado existe quando é realizado um diagnóstico errado. O problema estará no componente que foi substituído e se for reconstruido existe sempre a dúvida de estar a 100% 2 Os produtos recondicionados evoluirão consoante a evolução do mercado automóvel, que também procurou fazer face à crise económica. Como exemplo refirase que as marcas dispõem atualmente de diversos produtos recondicionados. Sentimos uma grande procura mas nem sempre conseguimos satisfazer as expectativas pois o poder económico está em níveis bastante baixos. Relativamente ao volume de vendas não sentimos um “boom” mas mantém-se estável como em anos anteriores. 3 Não temos sentido desconfiança, apostamos na comunicação direta com todos os profissionais. Dispomos de um gabinete técnico para acompanhamento dos nossos clientes. Acrescentamos que em todos

os nossos produtos recondicionados são aplicados componentes novos de reparação originais dos fabricantes (OEM), dos quais também somos representantes.

CARLOS ABADE NEOCOM 1 Uma das principais vantagens é o preço, que em alguns casos pode ser até um terço do valor de uma peça semelhante original. Outra vantagem é podermos, no caso da Neocom, oferecer um serviço de recondicionamento de peças relativamente novas, que ainda não existem no aftermarket e que só as marcas disponibilizam e por vezes com muito atraso. Outra vantagem, no caso da Neocom, é termos uma disponibilidade de stock muito grande. Como desvantagem, por vezes acontece que a peça para recondicionar já está demasiado gasta para poder ser recondicionada. 2 A procura tem vindo a subir imenso. Obviamente que a questão preço é muito importante e que a crise económica levou muito operadores a procurar soluções com qualidade e garantia mas a preços mais económicos. Por outro lado, também já levamos alguns anos a dinamizar as nossas peças recondicionadas e estamos a tirar proveito disso mesmo, já que temos vindo a vender cada vez mais. Acho que não existe concorrência entre usado e recondicionado, pois são clientes distintos, mas para além disso, o cliente sabe que pagando mais 15 a 20% por um componente recondicionado face a um usado tem outras garantias e outra qualidade. 3 Penso que não existe nenhuma desconfiança relativamente ao material recondicionado. A confiança do cliente foi-se conquistando ao longo dos anos e hoje ele sabe que este tipo de material tem qualidade. Os construtores de automóveis e os construtores do aftermarket também já há muito tempo que apostam no recondicionamento, por isso em vez de desconfiança existe é cada vez mais confiança neste tipo de produto, que é visto como uma boa opção em termos de custo, qualidade e garantia.



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Kangoo e Partner. Trabalhar em modo elétrico

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Já estão à venda, mas a procura não tem sido muita. Existe alguma desconfiança, mas para determinados trabalhos os veículos elétricos encaixam na perfeição. Os custos de manutenção e de utilização são mais baixos, mas o preço continua a não ser convidativo. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

FOTOS JOSÉ BISPO

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ste mês não temos um comercial, mas dois. Colocamo-los em confronto, por serem concorrentes diretos. Mas em comum têm também uma particularidade: são totalmente elétricos. O Renault Kangoo ZE foi o primeiro comercial ligeiro totalmente elétrico à venda em Portugal. Mais recentemente chegou o Peugeot Partner Elétrico. Este tipo de veículos está pensado para empresas que percorrem, em média, 100 km por dia, seja em entregas ou em visitas a clientes. É neste contexto que valem a pena, sendo que têm um período de carregamento longo. Ou seja, o motorista deixa a carrinha a carregar ao final do dia e na manhã seguinte está pronta para mais uma jornada. O custo deste carregamento é, de acordo com estudos efetuados em Portugal, de cerca de dois euros, o que faz com que o custo por quilómetro seja muito baixo. Nos dois

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casos, existe a possibilidade de fazer um carregamento rápido, de meia-hora, que garante 80% da carga da bateria. Porém, esta opção diminui a vida útil da bateria. A carga completa varia entre as 6 e as 9 horas. A Peugeot garante que, de acordo com os estudos que tem, a autonomia da Partner consegue satisfazer as necessidades de cerca de 70% dos utilizadores deste tipo de veículos. Mas a compra de comerciais elétricos requer um estudo aprofundado das necessidades da empresa, caso a caso. QUASE IGUAIS Comecemos por fora. Qualquer um dos dois modelos é semelhante ao modelo convencional. Só com alguma atenção e com um olhar mais atento se vê, no Renault, a portinhola que esconde a tomada de carregamento, na grelha frontal. Já o Peugeot, tem a ligação à rede elétrica junto ao pisca lateral do lado direito.

Do lado do Renault, o motor elétrico oferece uma potência de 60 CV (44 kW) e um binário máximo de 226 Nm, enquanto o Peugeot, com o sistema propulsor desenvolvido em parceria com a Mitsubishi, disponibiliza uma potência de 67 CV (49 kW) e um binário de 200 Nm disponível em permanência. Enquanto o Kangoo chega aos 130 km/h de velocidade máxima, o Partner está limitado a 110 km/h, tudo para poupar a bateria. Qualquer um deles utiliza uma caixa automática e apostam na regeneração da energia cinética, tanto nas travagens como nas desacelerações. Conduzir um veículo elétrico obriga a uma reaprendizagem, uma vez que temos que estar sempre focados na otimização da bateria e da energia elétrica. E, ao contrário de um veículo comum, ao tirarmos o pé do acelerador começamos de imediato a perder velocidade, o que requer uma boa gestão tanto das acelerações como das travagens. Isso faz com que sejam


altamente desaconselháveis acelerações rápidas para travar logo a seguir. A AUTONOMIA CHEGA? Mas a pergunta que se impõe sempre quando se fala de carros elétricos, é se a autonomia é suficiente. E, apesar da homologação apontar para 170 Km em ciclo NEDC para qualquer um dos dois, a autonomia média é inferior, em função da velocidade, da temperatura, do piso e do tipo de condução. Durante o nosso teste, conseguimos fazer 120 km com uma carga na Kangoo e 125 km na Partner, com uma condução o mais otimizada possível – por segurança, mais vale contar com 100 km por cada carga. Porém, sempre em vazio, sem carga. E, nessas condições, o Kangoo pesa 1426 quilos, sendo que a carga útil que pode receber é de 650 quilos. O volume de carga é de 4,6 m3. A Partner tem 4,63 metros de comprimento nesta versão L2 e o volume de carga atinge os 3,7 m3, com uma longitude de

Para quem use um destes carros para trabalhar os cabos de carregamento tem um uso intensivo

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A Kangoo foi o primeiro comercial elétrico em Portugal. Partilha tudo com o modelo “normal”, mas no interior tem um painel de instrumentos específico

2,05 m para a carga e uma carga útil até 695 quilos. Em qualquer um dos casos as baterias estão alojadas debaixo do piso, não sendo visíveis, não alterando o comportamento em estrada e, mais importante, sem afetar o espaço para carga. Cmo é apanágio nos carros elétricos, há sempre aquela altura em que o ponteiro da autonomia começa a atingir a zona vermelha, em que convém não arriscar e acabamos por deixar sempre alguma carga disponível.

FICHA TÉCNICA PEUGEOT PARTNER ELÉTRICA DIMENSÕES C/L/A: 4,62 M; 1,81 M; 1,81 M CARGA: 695 KG VOLUME ÚTIL: 3,7 M3 MOTOR: ELÉTRICO 67 CV AUTONOMIA: 170 KM (125 KM TESTADOS) VELOCIDADE MÁXIMA: 110 KM/H BINÁRIO: 220 NM CONSTANTES

A utilização do modo “Eco” dá uma ajuda a preservar a bateria, uma vez que limita não só a aceleração, como também a utilização do ar condicionado. Qualquer uma delas tem um indicador no painel de instrumentos de quanto é que os periféricos estão a “roubar” à autonomia e tudo faz diferença. Uma das vantagens dos modelos elétricos, alem do baixo preço por quilómetro, é a manutenção, em média 20% mais barata. O desgaste das peças é menor e muitas das operações de manutenção habituais num veículo térmico deixam de ter razão de ser num veículo elétrico, como por exemplo, a substituição do óleo do motor. QUANTO CUSTA? Deixamos a pior parte para o fim: o preço. Enquanto a Peugeot Partner, na versão equivalente com motor diesel custa 19.845 euros, a opção elétrica faz disparar o preço para os 34.440 euros. Já na Kangoo, a versão convencional equivalente tem um preço de 19.150 euros, sendo que a variante ZE sobe

FICHA TÉCNICA RENAULT KANGOO Z.E. DIMENSÕES C/L/A: 4,6 M; 1,82 M; 1,81 M CARGA: 650 KG VOLUME ÚTIL: 4,6 M3 MOTOR: ELÉTRICO 60 CV AUTONOMIA: 170 KM (120 KM TESTADOS) VELOCIDADE MÁXIMA: 130 KM/H BINÁRIO: 226 NM CONSTANTES

para os 26.445 euros. Porém, nos veículos elétricos da Renault é preciso alugar as baterias o que, para uma utilização de 10 mil quilómetros por ano, é preciso somar 73 euros mensais, valor que vai subindo com a quilometragem contratada. O preço é o maior entrave, especialmente por não existirem incentivos à aquisição de veículos elétricos. Se transformarmos a diferença de preços em litros de gasóleo, é fácil ver os milhares de quilómetros que é possível fazer.

A Partner é semelhante ao modelo convencional, com uma mecânica bem diferente e uma caixa automática com um comando pouco convencional

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Sogefi. Audi estreia molas de fibra de vidro mais leves Esta estreia vai acontecer já no final deste ano e abre caminho ao uso da fibra de vidro em elementos onde não era usada. A diminuição de peso, CO2 e consumo de combustível são argumentos fortes. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

A

Audi anunciou a introdução nos seus futuros modelos das novas molas fabricadas em GFRP (Glass Fiber Reinforced Polymer). Tratam-se das primeiras aplicações do programa MSF da Audi, baseado no desenvolvimento e procura de novos materiais para conseguir importantes reduções de peso. Estreadas no Audi R8 e-tron, estas molas de cor esverdeada desenvolvidas pela Sogefi conseguem reduzir o peso até 40% face a uma mola de aço convencional, equivalente à redução de 4 a 6 kg por veículo. Ainda que estejamos mais acostumados a ver os polímeros reforçados a ser usados em elementos estruturais, a Audi e a Sogefi estão dispostos a dar um passo mais adiante para

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substituir metais como o aço em elementos da cadeia cinemática. O uso de um desenho específico com um núcleo de fibra de vidro, coberto com resina epóxi e redes fibrosas a 45º consegue a resistência necessária mas também a elasticidade obrigatória, assegurando a Sogefi que estes valores não vão diminuir ao longo da sua vida. Graças à utilização de GFRP estas molas oferecem uma maior tolerância ao impacto, tratamentos abrasivos, produtos químicos e não sofrem de oxidação. A Audi anunciou entretanto que o primeiro modelo de série a montar estas novas molas será lançado no final deste ano mas não adianta, para já, qual será. Na linha de produção, a mola helicoidal de

material composto elimina algumas etapas do processo produtivo na comparação com a mola de aço, como granalhagem e pintura e tratamento por temperatura. A polimerização do material composto ocorre por volta dos 170°C, enquanto para o aço é de 450°C e 1.000°C. O novo processo produtivo também emite menos CO2, cerca de 0,5 gramas com relação ao processo tradicional. “Seguindo a tradição de inovação do Grupo Sogefi, temos muito orgulho em apresentar a primeira mola helicoidal de material composto. Estamos confiantes de que nosso pioneirismo tecnológico terá um papel importante nas futuras gerações de veículos ecológicos”, disse Emanuele Bosio, chefe executivo da Sogefi.



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Nota: Se é um fornecedor e tem alguma questão ou quer a sua informação incluída nestas radiografias, contacte James Clark através do e-mail james.clark@ihs.com ou visite www.supplierbusiness.com

UNIDADE DE AR COMPRIMIDO (ELEVAÇÃO DO EIXO DIANTEIRO) WABCO

ELEMENTOS DE FIXAÇÃO DAS CABLAGENS HELLERMANNTYTON

FIXAÇÕES PLÁSTICAS STANLEY ENGINEERED FASTENING

ILLUSTRATION: ANITA KAPOOR

Supplier Business

VENTILADOR DO MOTOR (ELETRÓNICA DO MÓDULO HÍBRIDO) SPAL AUTOMOTIVE

DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL PLASTIC OMNIUM - AUTO INERGY DIVISION

RETENTORES DAS ÁRVORES DE CAMES SKF

CIRCUITO DE EMBRAIAGEM FTE AUTOMOTIVE

DOBRADIÇAS DAS PORTAS E CAPÔ EDSCHA

FIXAÇÕES DOS PAINÉIS PROFIL

SISTEMA DA BATERIA (12V) MAGNA

BRAÇADEIRAS DO ESCAPE TRW FASTENERS

COLUNA DE DIREÇÃO THYSSENKRUPP

FILTRO DA TRANSMISSÃO IBS FILTRAN

ROLAMENTOS DA TRANSMISSÃO NSK

O-RING FREUDENBERG

TRANSMISSÃO ELÉTRICA GKN DRIVELINE

SEGMENTOS FEDERAL-MOGUL

PILARES A E B INDUSTRIALESUD S.P.A.

ANTENA SDARS LAIRD

CONSOLA CENTRAL PREH, INC.

ÁRVORES DE CAMES MAHLE

RETROVISORES EXTERIORES SMR AUTOMOTIVE

VINIL EXPANDIDO DOS BANCOS BENECKE-KALIKO

REVESTIMENTOS EM COURO DOS BANCOS ALC

REGULAÇÃO LOMBAR PNEUMÁTICA DOS BANCOS LEGGETT & PLATT

SISTEMA AUDIO FLEXTRONICS

AIRBAG DO CONDUTOR TAKATA

TUBAGENS DE AR CONDICIONADO CONTITECH

UNIDADE DE CONTROLO DO AIRBAG TRW AUTOMOTIVE

SISTEMA DE FIXAÇÃO (CABLAGENS DOS AIRBAGS E ANTENA) DELPHI

PORSCHE 918 SPYDER. QUEM FAZ O QUÊ?

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Ensaio de longa duração. Boa forma mantém-se O Renault Clio Sport Tourer continua a bom ritmo esta prova de resistência onde já percorreu mais de 50 mil quilómetros Entretanto passou com nota positiva nos testes de consumo e potência. TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO | METROLOGIA INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA

O

Clio Sport Tourer voltou à oficina para fazer a revisão dos 45 mil quilómetros rumando depois para Leiria onde, no laboratório do Curso de Engenharia Automóvel do Instituto Politécnico de Leiria, realizou testes de consumo e potência de acordo com as normas europeias. Na revisão dos 45 mil quilómetros apenas se mudou o óleo e trocou os pneus de trás para a frente. Quanto ao barulho detetado na caixa de dupla embraiagem quando reduzimos de 6ª para 5ª velocidade, decidimos nada fazer nesta altura, reservando para o fim do teste uma análise mais pormenorizada. Como é natural num carro que tem feito uma média de 275 quilómetros por dia há já alguns ruídos, mas nada com importância, nomeadamente ao nível da suspensão que continua a desempenhar exemplarmente a sua função. Com o carro todo revisto foram então efetuados os testes de consumo e potência em Leiria, ambos realizados no banco de rolos. No caso do teste ao consumo foi utilizado o ensaio NEDC (New European Driving Cycle). Resumidamente este teste consiste em 4 ciclos urbanos de 195 segundos cada, aos quais se seguiu um ciclo extraurbano de 400 segundos, totalizando mais de 19 minutos de testes (1180 segundos).

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Para reduzir a margem de erro e garantir a necessária fiabilidade nos resultados, todos os testes foram repetidos três vezes. Para a realização deste ensaio foi desenvolvido um programa de aquisição automática de dados correspondentes a todos os parâmetros relevantes associados ao ensaio. De realçar que o algoritmo utilizado tem em conta fatores como as forças resistivas a que o veículo é sujeito quando circula em circunstâncias reais numa estrada plana. Para um maior rigor, o circuito tradicional de alimentação a bordo do automóvel foi substituído por um circuito externo pelo que o consumo foi avaliado por uma balança que mediu as variações de massa do reservatório a partir do qual o motor era alimentado. Como o retorno de combustível também é feito para o mesmo reservatório, foi também possível determinar o consumo instantâneo através das variações de massa registadas pela balança. Uma das vantagens de se medir o consumo em termos mássicos é a eliminação dos erros associados à variação de densidade do combustível com a temperatura. Outra virtude deste método é que é insensível às vibrações associadas ao funcionamento do veículo, uma vez que a ligação do reservatório ao motor é feita sem contacto entre os tubos (alimentação e retorno) e o reservatório.

Após uma preparação intensa e horas de teste o consumo combinado resultante da média dos vários testes realizados foi de 6,5 l/100 km o que corresponde a 7,4 l/100 km em ciclo urbano e 6 l/100 km em ciclo extra-urbano. Estes são valores um pouco superiores aos registados na prática. Utilizando o mesmo banco de ensaio foi ainda medida a potência e o binário com os valores obtidos a confirmarem os dados oficiais. (90 CV e 220 Nm, respetivamente). Este teste foi efetuado com medições predefinidas (correspondente à velocidade do veículo) em regime estacionário o que permitiu obter uma curva de potência e de binário com maior rigor ao teste contínuo, pois os efeitos da inércia de todos os órgãos que transmitem a potência ao solo (neste caso os rolos) são anulados. Entretanto, os valores de binário e potência obtidos para as diferentes rotações definidas correspondem à potência à roda, sendo por isso necessário fazer correções associadas às perdas na transmissão através do ensaio de desaceleração com o motor desembraiado. Finalmente a potência obtida mais a potência à roda, mais as perdas na transmissão teve uma pequena correção em função das condições atmosféricas através da função normalizada mais adequada.



5 RADAR

Expomecânica. Pós-venda reunido

Organizada pelo primeiro ano, a expoMECÂNICA já ultrapassou as expectativas e são mais de 70 as empresas confirmadas. A TURBO OFICINA é media partner ativo do evento. TEXTO CLÁUDIO DELICADO

O

rganizada pela KiKai Eventos, a expoMECÂNICA (que tem lugar de 3 a 5 de Outubro na Exponor, no Porto) quer posicionar-se, logo na 1.ª edição, como um certame de referência e principal plataforma em Portugal para apresentação de novidades, gerar negócio para as empresas e ser o ponto de encontro do setor das oficinas e mecânica. A TURBO OFICINA é media partner e está a preparar várias ações para valorizar ainda mais o certame. O Salão foi desenhado para ser, em exclusivo, uma realização de – e para – profissionais e abarca a totalidade dos segmentos relacionados com a reposição e o pósvenda, divididos em quatro eixos: peças e equipamentos, reparação e manutenção, tecnologias de informação e gestão, e ainda estações de serviço e lavagem de carros. Pneus, equipamentos para teste, combustíveis, lubrificantes e aditivos, tintas e vernizes, ceras e materiais de limpeza, funilaria e pintura, tecnologias diversificadas, concessionários, oficina

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mecânica e elétrica, entidades setoriais e publicações especializadas terão também o seu espaço de exposição. “Percebemos um valor económico captável e muito interessante, pois não existe no norte do País nenhuma feira profissional para o aftermarket automóvel, sendo evidente a grande paixão que as gentes nortenhas têm por este universo”, refere José Manuel Costa, sócio diretor da KiKai Eventos. Com mais de 15 anos de experiência na atividade, aquele que foi o responsável pela implantação e direção da Exponor Brasil, está ciente das dificuldades da atual conjuntura económica, mas, explica José Manuel Costa, o feedback dos “primeiros, segundos e terceiros contactos empresariais”, rumo à expoMECÂNICA, deram muito alento a este desafio que vingou e ficou enriquecido com os apoios da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) e do Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA). Hoje, basta olhar para as empresas que já confirmaram a sua presença (ver lista ao lado) para perceber que a

aposta da Kikai Eventos é vencedora. No entender da também sócia e diretora da Kikai Eventos, Sónia Rodrigues, o facto do expoMECÂNICA decorrer simultaneamente à 12.ª edição do autoClássico, a grande festa dos veículos clássicos e de época do país, é um indutor extra de participação e de visitas.

EMPRESAS CONFIRMADAS A Rectificadora de Guimarães A. Vieira Altaroda ARAN AS Parts ASG - Sage Automatic Choice Bombóleo Caetano Parts CARF Cartões & Soluções CEPRA

Cetrus Cometil Conversa de Mãos Coperol Dieselsys Domingos&Morgado Equiassiste Escape Forte Europe Rubber Tree Eurotax Eurotransmissão Eurotyre ExpressGlass


EVENTOS PARALELOS A expoMECÂNICA criou um conjunto de iniciativas paralelas com o intuito de aumentar o dinamismo da feira e, igualmente, constituir um forte motivo de atração para os visitantes profissionais. O objetivo é dar a oportunidade para fazer negócios, mas, também, para que consigam encontrar no momento abordagens que os façam sentir bem recebidos e, na saída, enriquecidos”, explica José Manuel Costa. Atividades previstas: Agenda do Carro – ciclo de palestras organizado por Entidades, Meios de Comunicação (entre eles a Conferência “Como Criar Negócio na Oficina”e Expositores (a lista provisória está em anexo) Leilões – os expositores farão doações de peças auto, serviços, equipamentos, os quais serão leiloados e o resultado do leilão será entregue a alguma(s) entidade de solidariedade social. Oficina em Movimento by Turbo Oficina – apresentará uma oficina real, funcionando em permanência e onde serão apresentadas as mais recentes novidades para as oficinas (ver caixa). Exposição de Carros Clássicos do século XX – exposição de alguns dos mais emblemáticos carros que marcaram o século XX. Espaço de Demonstração – será por excelência o local onde as empresas expositoras apresentarão individualmente as novidades que guardaram para a feira e os visitantes poderão avaliar os produtos e equipamentos, as suas características e vantagens ao vivo. Passatempos – os visitantes serão desafiados a responder a questões a respeito do universo automóvel e do setor do aftermarket, habilitando-se a prémios gentilmente oferecidos pelos expositores. Prevenção e Segurança Rodoviária - Um dos parceiros da expoMECÂNICA é o Instituto Politécnico de Leiria que, no seu stand, vai divulgar as várias formações da instituição, com especial destaque para a Engenharia Automóvel. Na área específica da Segurança Rodoviária o IPLeiria vai ter uma demonstração de reconstituição Científica de Acidentes com simulação (estática) de um atropelamento e a sua simulação – Reconstituição Científica em Filme real. Serão ainda aqui apresentados filmes de simulações reais (Crash Tests) que a instituição fez em parceria com a DEKRA. Neste espaço vão ter também um simulador de capotamento, em colaboração com a DEKRA - um veículo real (Ford Fiesta) acoplado a uma estrutura que permite a simulação (com pessoas no seu interior) de um capotamento. O IPL vai ainda promover workshops.

1.ª CONFERÊNCIA “COMO CRIAR NEGÓCIO NA OFICINA” A Turbo Oficina vai realizar, no decorrer da expoMECÂNICA 2014, a 1ª Conferência “Como Criar Negócio na Oficina”. Trata-se de um evento destinado ao setor do aftermarket, nomeadamente aos responsáveis oficinais, que se enquadra no âmbito das diversas iniciativas que irão decorrer na expoMECÂNICA 2014. A “1ª Conferência Como Criar Negócio na Oficina” decorrerá no dia 4 de outubro de 2014, entre as 9 e as 13 horas. Todas as oficinas procuram mais clientes, mais negócio, maior rentabilidade, fidelizar clientes, reduzir custos e alcançar novas oportunidades de negócio e a Turbo Oficina, com um leque de oradores rico e diversificado, vai dar pistas e responder a perguntas. Tudo numa vertente prática e de criar valor aos participantes. A Conferêcia tem lugares limitados e as inscrições já se encontram abertas. Basta passar por www.oficina.turbo.pt para se inscrever, com desconto até dia 15 de Setembro. Temas da Conferência Potenciar negócio para a oficina (Jorge Antunes – Think4Action) Fidelização de clientes às oficinas (Hugo Maciel – Cartões & Soluções) Receção ativa na oficina (Júlio Arnaut – GT Motive) Portais oficinais, onde uma oficina também deve estar (Daniela Oliveira – Standvirtual) Vouchers de compras e serviços oficinais Caso prático (orador a confirmar) Novas oportunidades para as oficinas (Pedro Barros – Tips4Y)

Feiramaq José Fernando Unipessoal Lda Gonçalteam Hélder Máq.Ferr. JVR Implementos Kiyu Imp. & Exp. Lda Inforap / GT Motive Leatronic Infortrónica Lusilectra Intermaco Manuel Pereira de Sousa IPL - Instituto Politécnico Mastersensor Leiria Mastergás Ivepeças Maxolit JAO MGM-Manuel Guedes Martins Japopeças Jesus e Baptista Mourauto ( Magnetikturn)

Neocom One Drive Pneurama Polibaterias QF Rodribench RPL Clima RSF Rubber Vulk Simecor Sofrapa / Liqui Moly Sparkes&Sparkes TachoRosete

Tacofrota Tecniamper Tecniverca Telepeças Tips 4y TopCar Tuga Pneus Vieira & Freitas Würth

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RAIO X

EXPOMECÂNICA

Exponor, Porto 3 a 5 de Outubro 3 de outubro (6ª feira) - 15h00 às 22h00 4 de outubro (sábado) - 10h00 às 22h00 5 de outubro (domingo) - 10h00 às 20h00 Só para profissionais www.expomecanica.pt

TRÊS PERGUNTAS JOSÉ MANUEL COSTA KIKAI EVENTOS Qual foi a ideia e objetivo que norteou a criação da Oficina em Movimento? Hoje é cada vez mais difícil arrancar os gestores, os decisores, os gerentes da sua zona de conforto, do seu negócio. A ideia da Oficina em Movimento enquadra-se numa estratégia de diferenciação e surge pela necessidade de criar alternativas temáticas e de interesse para os visitantes da expoMECÂNICA. Ao mesmo tempo, permite a todos os expositores da expoMECÂNICA exibir, sem custo, os seus equipamentos, serviços e peças auto, num ambiente real e em permanente funcionamento de uma oficina, aumentando o seu potencial de negócios. Também eventuais ou futuros empreendedores, poderão tomar contacto, in loco, com as mais recentes tecnologias, soluções e acessórios do sector oficinal. Qual é a mais valia de ter o CEPRA a coordenar este projeto? Pela importância que tem no setor da formação em reparação automóvel, pela experiência e respeito que angariou em toda a sua história, materializada por tantos eventos, como disso são exemplo os “Dias Abertos CEPRA”. O CEPRA revelou-se desde a primeira hora como o parceiro natural da Oficina em Movimento. Contando a expoMECÂNICA com emblemáticas empresas do aftermarket automóvel, teríamos de contar para uma iniciativa tão ambiciosa com um excelente e valorizado parceiro. Qual tem sido a adesão a este projeto inovador? Até hoje, dia 21 de agosto, contamos já com 12 empresas participantes. Estimamos que com o regresso das férias e o interesse que tem suscitado, este número seja pulverizado e possa chegar às 30 empresas, o que será na nossa perspetiva, um facto altamente revelador do acerto da ideia.

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Oficina em Movimento by Turbo Oficina

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Turbo Oficina é media partner da expoMECÂNICA. Seguindo a nossa política, queremos estar associados a eventos que sejam pensados e desenvolvidos de forma profissional e que sejam uma mais-valia para o nosso públicoalvo: as oficinas, os seus técnicos e gestores. É por isso que quando visitar a expoMECÂNICA, de 3 a 5 de Outubro, na Exponor, vai ter como grande ponto de interesse a “Oficina em Movimento by Turbo Oficina”. Uma zona dentro da feira que será concorrida e que encaixa na nossa visão de um evento deste género: com uma componente muito prática. Com a participação de empresas e marcas em exposição para cada uma das áreas, simulará o funcionamento de uma oficina para serviços rápidos com alta

qualidade e eficiência. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer de perto todos os procedimentos. O espaço da Oficina em Movimento está já definido e vai ter todas as áreas que uma oficina tem, nomeadamente Receção, Armazém, zona de Diagnóstico, zona de Climatização, Segurança e Conforto, uma ilha dedicada à Direção, Suspensão e Travagem, outra à Reparação de motores e de caixas, mas também uma zona de Serviços Rápidos e também uma área de Reciclagem. A “Oficina em Movimento by Turbo Oficina” é organizada pela expoMECÂNICA, a coordenação do projeto é do CEPRA e tem o apoio da Turbo Oficina, que vai aproveitar para presentear os visitantes com várias surpresas. Vamos aproveitar para trocar impressões com os visitantes.



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Liqui Moly. Limpinho, limpinho Fomos ao terreno saber como funciona a limpeza do filtros de partículas, pelo método que a Liqui Moly tem andando a promover no mercado. Quem não teme demonstrar o seu produto, é sinal, pelo menos, que confia na sua solução. TEXTO PAULO HOMEM FOTOS JOSÉ BISPO

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ão estávamos desconfiados, mas o argumento da formação e da demonstração por vezes é mais teoria do que prática, ou melhor, por vezes é mais comercial e menos formativa. Mais do que uma recorrente entrevista falando dos benefícios do produto, desafiamos os responsáveis da Liqui Moly a demonstrar, na prática, o seu Kit de Limpeza de Filtro de Partículas. O desafio foi aceite, pelo que tínhamos que esperar pelo momento certo, já que era necessário arranjar uma oficina, carros com alguma quilometragem para o efeito (e de preferência com o filtro de partículas o mais entupido possível) e disponibilidade de um técnico da empresa. Reunidas vontades e disponibilidades, a Turbo Oficina deslocou-se um sábado pela manhã à oficina RFR Motorsport (Olival Basto em Odivelas) onde nos esperava aquela que se vinha a revelar uma equipa fantástica, liderada por Ruben Maia e Luís Tomás, que juntamente com Henrique Silva, da Liqui Moly, nos iriam demonstrar, em primeiro lugar, como se aplica o Kit de Limpeza do Filtros de Partículas e depois os resultados finais dessa operação comparados com os dados iniciais medidos no diagnóstico nos três carros (de clientes finais da oficina). Digamos que a responsabilidade até era grande, pois não era apenas uma demonstração mas sim um serviço real em carros que dias depois estavam a circular nas mãos dos seus proprietários. A primeira boa notícia é que, finalmente, a Liqui Moly já dispõe neste Kit de Limpeza do Filtros de Partículas as sondas necessárias para efetuar a operação em praticamente todo o tipo de carros. O que sucedida era que estavam apenas disponíveis duas sondas, que permitiam fazer a limpeza apenas nos carros onde o Filtro de Partículas tinha um acesso muito fácil. “Em alguns carros obrigava a desmontar o Filtro de Partículas, numa operação nem sempre fácil e demorada, mas agora com este Kit de sondas, podemos fazer a limpeza facilmente em qualquer tipo de carro”, assegura Henrique Silva, responsável técnico da Liqui Moly.

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Dos três carros que estavam à nossa disposição, apenas um estava mesmo com sintomas (tinha a luz acesa no painel de instrumentos) de que necessitava de uma limpeza do Filtro de Partículas. Os outros dois tinham recentemente dado sinais de alguma “constipação” e um deles resolveu fazer a desfeita de terminar uma regeneração um quilómetro antes de chegar ao consultório. Mesmo assim, foi ao castigo na mesma. OPERAÇÃO Não sendo uma operação demasiado complexa, a verdade é que fazer a limpeza do filtro de partículas com a solução que a Liqui Moly disponibiliza exige ter equipamentos de diagnóstico compatíveis, conhecimento, alguma prática, responsabilidade e cumprir um conjunto de regras para que a eficácia seja total. Depois de levantar o carro (refira-se que toda a operação que se segue foi semelhante nos três carros) o técnico retirou o sensor de pressão que está no Filtro de Partículas. É pelo orifício que ficou aberto que se introduz a sonda específica para cada modelo automóvel, através da qual se irão fazer duas operações: primeiro é introduzido um produto de limpeza (em sequências constantes) seguindo ainda um ritual de orientação dessa sonda dentro do filtro (que tem que ser respeitado para não danificar o interior do filtro), para depois se repetir de novo esse ritual mas com um produto de lavagem. O Kit que é vendido às oficinas tem um reservatório onde são colocados o produto de limpeza primeiro e depois o produto de lavagem, uma pistola de aplicação, que facilita a introdução dos produtos no Filtro de Partículas e, como referimos, o Kit de sondas, que faz com que seja possível efetuar esta operação com facilidade em praticamente todo o tipo de veículos. O momento seguinte é de espera. São necessários 20 a 30 minutos para que os produtos que foram introduzidos no Filtro de Partículas façam o seu trabalho de limpeza e lavagem. “É o tempo que recomendamos, para que os produtos possam fazer a sua ação dentro do Filtro”, afirma Henrique Silva, que explica de seguida de forma muito rápida que “com o produto de limpeza as substâncias PUBLICIDADE

A equipa da RFR Motorsport já está habituada a aplicar o Kit de Limpeza de Filtros de Partículas da Liqui Moly

DADOS LIMPEZA FILTROS DE PARTÍCULAS Marca

Opel

Mazda

Renault

Modelo

Astra

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Laguna

Versão 1.7 Cdti

2.0 D

1.9 Dci

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Matrícula

Potência (cv)

Abr-09

Abr-08

Kms 228.000

190.519

Saturação FAP*

32%

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Saturação FAP**

0%

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Pressão diferencial de gases de escape*

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0,58

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Pressão diferencial de gases de escape**

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Quantidade de acumulação de partículas*

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0,33

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Quantidade de acumulação de partículas**-

0

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Massa de fuligem no filtro de partículas*

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Massa de fuligem no filtro de partículas**

-

-

0g

* Antes da limpeza ** Depois da limpeza

soltam a fuligem que se encontra no filtro, o produto de lavagem distribuiu essa fuligem no filtro que será posteriormente queimada”. Aproveitando o tempo para iniciar a operação no segundo carro e para colocar a conversa em dia com os responsáveis da RFR Motorsport, Luis Tomás sempre vai comentando: “Temos vindo a fazer cada vez mais limpezas de Filtros de Partículas, é um negócio que está em crescimento”. Falámos também sobre o tema da “anulação” deste componente, algo que os responsáveis desta oficina não desconhecem, até porque alguns clientes assustados com os custos de

um Filtro de Partículas pedem este serviço. “Alertamos todos os clientes para o risco desta situação, contrapondo que atualmente existem soluções relativamente económicas para resolver os problemas dos Filtros de Partículas”, comenta o mesmo responsável. Fica a ideia de que a oficina (e também o cliente) que optar por soluções de remoção física ou eletrónica deste componente incorre em problemas graves (legais e fiscais). REGENERAÇÃO Passados que estão os primeiros 40 minutos desde que se iniciou o serviço, é momento de


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radar CONTACTOS LIQUI MOLY RESPONSÁVEL SADHNA MONTEIRO TELEFONE 219 250 732 E-MAIL sadhna.monteiro@liqui-moly.pt INTERNET www.liqui-moly.pt RFR MOTORSPORT RESPONSÁVEIS LUÍS TOMÁS, RUBEN MAIA TELEFONE 211 550 052 E-MAIL info@rfrmotorsport.com INTERNET www.rfrmotorsport.com

fazer a regeneração do Filtro de Partículas. Para não ir para a estrada, até porque o fumo que este processo vai gerar por vezes traz problemas com a polícia, optou-se por fazer a regeneração forçada. Liga-se um aparelho de diagnóstico à tomada OBD, define-se o carro em questão e a operação a realizar e de repente o motor sobe de rotação (até às 3.500 rpm neste caso) mantendo-se por lá durante uns longos e penosos 15 a 20 minutos. “Esta operação num Ford Focus até mete dó, parece que o motor se vai desfazer tal a rotação que atinge para fazer a regeneração”, conta Ruben Maia. Passados dois ou três minutos temos o momento mais evidente de todo o processo. Pelo escape começa a sair um fumo branco, muito denso e com um cheiro esquisito, que representa que o produto de limpeza e lavagem fizeram a sua ação (libertar e limpar a fuligem). Neste momento a temperatura do

valor cobrado ao cliente foi de 150 euros. A Liqui Moly não comercializa este Kit diretamente às oficinas. O mesmo terá que ser adquirido aos diversos grossistas / retalhistas que o comercializam, mas qualquer oficina poderá contar com o suporte técnico da Liqui Moly, que regularmente disponibiliza os seus técnicos para fazer demonstrações deste produto em ambiente oficinal. “A demonstração facilita muito a comercialização deste Kit, pois a facilidade de uso, a sua eficácia e até o preço competitivo, permitem que as oficinas possam ter mais um centro de lucro dentro de portas”, assegura Henrique Silva. Na tabela em anexo poderá ficar a conhecer os dados (antes e depois) da limpeza do Filtro de Partículas nos três carros. Tal como o algodão, também os dados do diagnóstico não enganam e, pelos menos até agora, nenhum dos três clientes regressou à oficina.

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Filtro de Partículas é enorme e fica-se com a sensação de que é o momento crítico de toda a operação. No aparelho de diagnóstico vamos analisando toda a evolução do processo, tendo como referência os dados iniciais. Terminada a regeneração, num processo gerido pelo diagnóstico (que variou de carro para carro), o veículo está pronto para ser entregue ao cliente. “Com alguma experiência e preparação qualquer mecânico pode utilizar este Kit de Limpeza de Filtro de Partículas. Basta cumprir com os procedimentos para não se correr o risco de o produto não ter efeito ou de se estragar o Filtro”, afirma Henrique Silva, da Liqui Moly. Não temos por hábito divulgar os preços dos serviços que as oficinas realizam, mas no caso desta operação de limpeza do Filtro de Partículas sempre lhe podemos dizer que o

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Oito mil viaturas representam uma oportunidade de negócio interessante que começa agora a ser explorada pela Mercedes-Benz Portugal

Mercedes Classic Center. Novas oportunidades A Mercedes lançou um novo serviço de reparação dedicado exclusivamente a automóveis clássicos. Instalações próprias e dois técnicos especializados fazem parte do caderno de encargos. TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES FOTOS JOSÉ BISPO

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hama-se Mercedes Classic Center e assume-se como o novo espaço da marca da estrela dedicado exclusivamente a automóveis clássicos. Ou seja, a modelos com mais de 25 anos de idade, embora os pré-clássicos também sejam bem-vindos. Localizado na Abrunheira, perto de Sintra, na sede portuguesa, este pequeno museu conta com dois pisos que pretendem preservar a identidade, história e património do construtor alemão, seguindo a filosofia do que já acontece na Alemanha e nos Estados Unidos – os únicos mercados onde se aventurou com estruturas semelhantes. O espaço (e serviço adjacente) começou a ser delineado em Outubro do ano passado, mas só em Abril se tornou realidade, impulsionado pelo presidente da companhia em Portugal, o alemão Jörg Heinermann. O

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espólio é significativo e conta com modelos provenientes da Alemanha e outros cedidos por colecionadores portugueses, como um elegante 300 SL “asas de gaivota”. MERCADO JUSTIFICA APOSTA Se do ponto de vista do adepto dos automóveis esta notícia foi encarada com grande otimismo (a entrada é gratuita e qualquer pessoa pode visitá-lo de segunda a sábado, entre as 9h e as 20h), do ponto de vista comercial abriu-se também aqui uma porta interessante e longe de ser inocente, como explica Salvador Bobone, diretor de após-venda da Mercedes-Benz Portugal e responsável pelo serviço “Classic Center” que presta assistência às viaturas mais antigas da Mercedes: “Era uma necessidade que os nossos clientes já manifestavam, até porque muitos deles são também proprietários de

viaturas clássicas. Sentiam alguma dificuldade em ter alguém que reparasse as viaturas, alguém que tomasse conta delas e que soubesse o que estava a fazer”, avança. Mas o impulso decisivo surgiu após a análise de um estudo da ACAP e o consequente cruzamento de dados da empresa, com estes a revelarem a existência, em Portugal, de cerca de oito mil viaturas clássicas Mercedes: “Estamos a falar de 1100 veículos só na área da Grande Lisboa”, explica. Embora o conceito de ter um espaço próprio para a reparação de viaturas clássicas seja recente na Mercedes, a verdade é que a marca já prestava assistência a este tipo de veículos nas suas atuais instalações. A grande diferença do “Classic Center” para um serviço de oficina convencional está na formação, conhecimento e dedicação dos técnicos, refere Salvador Bobone: “Um clássico não é igual a um carro


TRÊS PERGUNTAS A SALVADOR BOBONE DIRETOR APÓS-VENDA MERCEDES-BENZ PORTUGAL No Classic Center existe um stock grande de peças? Não é necessário porque o próprio armazém da Daimler, na Alemanha, tem as peças de 70 a 80 por cento de todas as viaturas a partir de 1950. Se não tem fabrica e consegue fornecer. O circuito de peças dos clássicos é exatamente igual ao circuito atual de peças para um carro normal. Vem do GLC (Global Logistics Center) para o armazém ibérico, e daí para Portugal. O tempo de resposta é exatamente igual. Desde que haja no GLC, em três dias está cá. As peças são todas originais? Sim. As maiores dificuldade em termos de peças estão nas peças de chapa, de carroçaria, porque eram feitas em moldes, aí efetivamente são mais difíceis de arranjar. Mas quando não há no GLC procuramos no mercado, porque existem efetivamente, especialmente na Alemanha, empresas que se dedicam ao fabrico de painéis e de outro tipo de componentes. Em Portugal não compramos. Existem sim peças equivalentes, como filtros, mas nós não nos socorremos delas. Todo o material que colocamos é original, a não ser que não haja mesmo. Mas aí recorremos ao mercado. Felizmente não temos tido muito essa necessidade. Há necessidade de, por vezes, consultar outras oficinas para resolver determinadas situações? Acredito que os nossos técnicos estão capacitados para o fazer e ate à data nunca ficou nada por resolver nas nossas oficinas. Além dos técnicos, temos o chefe de oficina a dar-lhes apoio, o responsável pela oficina e, caso seja necessário, os colegas do departamento técnico da Mercedes-Benz Portugal que estão mais do que aptos a dar resposta no que for necessário.

moderno. Embora uma viatura moderna tenha muita tecnologia, um automóvel antigo requer maior leitura e conhecimento. Estudar o manual, verificar fugas, fazer medições e compressões com manómetros – um processo que atualmente é feito pela máquina de diagnóstico. “Liga-se a máquina e esta praticamente diz o que é para fazer. Havia algum desconforto da parte de alguns dos nossos funcionários e por isso elaborámos uma equipa de dois técnicos especializados em clássicos, um funcionário mais antigo e um rapaz novo que tem interesse e gosto por esta área. Estamos também a fazer alterações nas nossas instalações onde vamos ter duas baias independentes, separadas do resto da oficina, e uma zona específica para clássicos, onde estarão todas as ferramentas, o equipamento e um ou dois técnicos, conforme a necessidade, para trabalhar exclusivamente neste tipo de veículos.” O responsável revela que um dos técnicos esteve recentemente na Alemanha a receber formação, não só sobre os procedimentos a reter no cuidado das viaturas como na forma como estas oficinas estão organizadas: “Foi importante porque são oficinas diferentes das estruturas modernas. À partida, um clássico é uma viatura que não vem regularmente a manutenção. E estamos a apanhar casos em que muitas não faziam manutenção há cinco, dez, vinte anos, requerendo, obviamente, da nossa parte, uma análise detalhada”. MAIS DIVIDENDOS Apesar da juventude do serviço, Salvador Bobone admite que a inauguração deste centro dedicado já está a trazer dividendos: “Sempre tivemos clássicos, mas já começam a surgir muitos telefonemas de clientes a perguntar o que fazemos e se podem deixar e assistir os seus carros connosco. Está a trazer negócio e temos vindo a estabelecer muitos contactos, até da própria rede de oficinas autorizadas, que vão passando a palavra.“ O diretor de após-venda da Mercedes-Benz Portugal explica ainda que, ao contrário

A GRANDE DIFERENÇA DO “CLASSIC CENTER” PARA UM SERVIÇO DE OFICINA CONVENCIONAL ESTÁ NA FORMAÇÃO, CONHECIMENTO E DEDICAÇÃO DOS TÉCNICOS

das viaturas modernas, na reparação de automóveis clássicos não existe propriamente um plano de manutenção: “Esse plano existia antigamente, como hoje também existe nos carros modernos, mas estas viaturas obrigamnos a olhar mais em detalhe para elas quando entram no serviço. As suas especificidades requerem da nossa parte mais atenção a muitos pormenores como tubagens de óleo, fugas ou pequenos vestígios de corrosão que possam dar origem a outras situações mais gravosas. Portanto, toda a análise é muito mais detalhada e obriga a mais paciência e tempo, enquanto num carro moderno a preocupação é libertá-lo do serviço o mais rápido possível. O cliente de um clássico olha para a estadia no carro na oficina de uma maneira muito diferente de um cliente de uma viatura recente”. O preço cobrado é igualmente distinto: “É um valor inferior ao PVP atual que cobramos para as viaturas normais. Já tínhamos um valor de mão-de-obra diferenciado para viaturas com mais de quatro anos e viaturas com mais de oito anos e fizemos o mesmo com os clássicos. O motivo? Porque são viaturas cuja formação em que a empresa investiu já está amortizada. O carro vai envelhecendo – recebe um facelift após quatro anos e uma nova geração a cada oito – e a formação e o conhecimento dos técnicos mantêm-se porque não houve evolução do produto. Se o meu investimento nessa formação já foi há 10 anos, não seria correto, da nossa parte, cobrar o mesmo valor-hora que cobramos atualmente por uma formação que já foi dada há muito tempo”.

Salvador Bobone revela que o PVP atual do “Classic Center” é de 49€/hora mais 15 por cento de desconto.

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6 REPARAÇÃO

PARCERIA

Pintura. Peças de plástico e o seu comportamento

A pintura das peças de plástico não está isenta de problemas e a solução passa por uma preparação adequada, um aspeto não visível a olho nú, mas determinante para o resultado final.

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odem diferenciar-se dois aspetos na qualidade de uma pintura: a qualidade do material utilizado, neste caso a tinta; e a qualidade do processo de pintura. No primeiro caso, que faz referência à qualidade da tinta, importa dizer neste artigo que praticamente a totalidade das tintas comercializadas para uso automóvel, e utilizadas por qualquer oficina credível, cumprem as exigências mais altas. O segundo aspeto, do processo de pintura, é mais importante para a reparação de um veículo, já que geralmente a peça de reposição vem sem acabamento de pintura, apresentando-se apenas com primário, faltando o acabamento final na cor do automóvel.

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Entre todas as características que definem a qualidade do processo de pintura, destacam-se três pelas suas maiores exigências: a resistência à humidade, a resistência à lavagem a alta pressão e a compatibilidade química. A compatibilidade química mede em que grau vai reagir o primário com os produtos usados na peça, a tinta e alguns dissolventes. Como é sabido, antes de pintar uma superfície deve realizar-se uma limpeza e uma operação para desengorduramento da mesma. Durante este último processo, para o qual se devem utilizar dissolventes específicos para limpeza de superfícies e não dissolventes para limpeza de utensílios, o primário deve permanecer inalterado sobre o substrato, e não manchar

o pano utilizado para a limpeza. Se o primário for afetado durante este processo estamos a eliminar um dos componentes básicos de um sistema de pintura e que, além disso, é o que garante a boa aderência da tinta. Mas do mesmo modo que um primário pode reagir com o dissolvente de limpeza durante a fase de preparação da peça para a sua pintura final, também pode reagir com a tinta aplicada e, neste caso, o problema é maior, já que isso representa uma perda de tempo precioso na preparação (limpeza, máscara, montagem, pintura…). A incompatibilidade entre o primário e a tinta de acabamento manifestase pelo aparecimento de poros, “rugas” e uma excessiva pele de laranja. A solução para


este inconveniente é muito trabalhosa. Uma vez pintada a peça e montada no veículo, é quando começa verdadeiramente o calvário para um sistema de pintura. A aderência que se procurou entre o substrato (plástico) e a tinta (acabamento final) é decisiva na durabilidade do sistema. No caso dos para-choques, a tendência atual na fabricação dos mesmos foi consolidada no uso quase exclusivo de polipropileno, por questões económicas e ecológicas. Apesar disso, o polipropileno é um dos plásticos que piores características apresenta para a pintura e isso exige um processo de ativação da superfície que garanta a aderência posterior. Este trabalho deve fazerse imediatamente antes de aplicar o primário,

para evitar que, com o tempo, a superfície perca as propriedades adquiridas e o sistema de pintura seja comprometido. Uma aderência ótima garante que o usuário não vai ser surpreendido quando, ao lavar o veículo numa estação de serviço, e aplicar a pistola de lavagem sobre o para-choques ou peça em questão, para eliminar os insetos, veja sair a sujidade e também a tinta, soltando-se grandes lascas de tinta. A aderência também é afetada pela humidade, mas os seus efeitos são muito mais lentos. A humidade, ou a água, penetra pelos poros da pintura ou pelos extremos e vai avançando lentamente por baixo da cobertura até “descolar” o primário do substrato. Os período de orvalho,

de chuva e de humidade posteriores à chuva contribuem durante a vida de um automóvel a que os seus efeitos sejam visíveis com o tempo. No Centro Zaragoza, as peças de plástico para componentes exteriores são submetidas a sérios ensaios que garantam a qualidade das peças certificadas. Para comprovar a compatibilidade química, as peças são postas em contacto durante um tempo prolongado com uma série de dissolventes e verifica-se se o primário é afetado. Entre os dissolventes encontram-se os componentes maioritários dos produtos comerciais de limpeza e desengorduramento. Por último, realiza-se uma prova de pintura para comprovar que não reage à tinta, removendo o primário. A prova mais dura a que se submetem as peças de reposição pintadas é a da lavagem a alta pressão. Uma vez convenientemente pintadas as peças, e ultrapassada a prova de compatibilidade química, permite-se a secagem da pintura durante sete dias para depois submetê-las aos efeitos de um jato de água procedente de uma máquina de limpeza. A ponta desta máquina situa-se a uma distância máxima de 10 centímetros e com a água a 90ºC aponta-se o jato para a superfície. Para favorecer o desprendimento da tinta fazem-se duas incisões em forma de cruz até alcançar o substrato e faz-se incidir o jato de água na interseção dos dois cortes. Como podemos ver, a utilização de peças certificadas pelo Centro Zaragoza supõe, de forma implícita, uma segurança na qualidade dos materiais e também nos processos de produção dessas mesmas peças, evitando surpresas desagradáveis durante a preparação e acabamento na oficina, com a consequente poupança de tempo e de dinheiro, garantindo a confiança da durabilidade do trabalho para o usuário.

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reparação

Carroçaria. A jaula que nos protege PARCERIA

A carroçaria, essa parte que não vemos e a que não prestamos atenção, pode salvar-nos a vida em caso de acidente. Quando se produz um impacto, a carroçaria está desenhada para absorver a maior quantidade de energia possível e fá-lo deformando-se, excepto no habitáculo de segurança, mais reforçado, que atua como uma “jaula que nos protege”.

TEXTO JUAN SALVADOR MONTES HERNANDEZ

A

carroçaria autoportante é um produto de alta tecnologia. É desenhada e fabricada de tal forma que tem que cumprir uma série de requisitos muito exigentes e que se contrapõem entre eles; ou seja, deve ser muito resistente mas, ao mesmo tempo, muito leve; muito rígida mas, ao mesmo tempo, deformável. Atualmente isto é possível com um desenho muito estudado e a combinação de diferentes tipos de aço avançados, denominados de Alto Limite Elástico (ALE) que, colocados estrategicamente nas diferentes zonas da carroçaria, fazem com que tenha um comportamento muito seguro em caso de impacto.

SEÇÃO DIANTEIRA

Secções da carroçaria

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COMO SE COMPORTA UMA CARROÇARIA NUM IMPACTO? O comportamento da carroçaria mediante um impacto depende do desenho da sua estrutura e dos materiais usados na sua fabricação. Os critérios que atualmente têm mais peso no desenho da carroçaria são a segurança dos ocupantes e a redução de peso, mantendo a rigidez da estrutura. Neste sentido, a carroçaria divide-se em três partes: Secção central ou habitáculo de segurança Secção dianteira Secção traseira A secção central, que comummente denominamos de “habitáculo de passageiros”, nas carroçarias modernas

HABITÁCULO DE SEGURANÇA

passou a designar-se de “habitáculo ou célula de segurança”, devido à grande importância que este critério tem atualmente no seu desenho. Estamos, portanto, perante a zona mais reforçada da carroçaria. As secções dianteira e traseira que, em princípio, são concebidas como partes da carroçaria encarregues de suportar os conjuntos mecânicos, passaram a contemplar zonas de deformação programada muito importantes. Para que a carroçaria tenha um comportamento ótimo perante um impacto, deve dispor de uma parte indeformável, que proteja os ocupantes e de uma deformável, que absorva a energia. Tanto a secção dianteira como a traseira são fabricadas como elementos de deformação programada.

SECÇÃO TRASEIRA


Tratamento térmico localizado. Submete-se uma parte da peça a um tratamento térmico que aumenta a sua resistência, mantendo o resto com um a resistência menor.

Na carroçaria atual são usados diferentes tipos de aço ALE, em função da resistência requerida. Recordamos que o limite elástico é a tensão máxima que pode suportar um material sem sofrer deformações permanentes. Existem aços com um limite elástico de 160 até mais de 1000 megapascals. Os aços mais resistentes encontram-se na célula de segurança, a parte central da carroçaria. O QUE SÃO AS ZONAS DE DEFORMAÇÃO PROGRAMADA? São zonas da carroçaria que se deformam progressivamente, absorvendo a energia da colisão. Os exemplos mais claros são as travessas dianteiras e traseiras. ConseguemPUBLICIDADE

-se através da combinação de soluções distintas: Usando progressivamente aços de resistências distintas; Dotando a peça de uma geometria específica. Uma peça que seja reta não se comporta da mesma forma que uma peça com formas curvas. Criando pontos fusíveis. Relevos, perfurações ou rebites, etc. Trata-se de debilitar ou de reforçar uma determinada zona ou ponto da peça para que, face a um impacto, se funda e se deforme por esse ponto. Diminuindo progressivamente a espessura da peça. Também denominado “estampagem à medida”, consegue um efeito progressivo de deformação.

FORÇAS QUE INTERVÊM NUMA COLISÃO Quando o veículo recebe um impacto, a carroçaria deforma-se, ao ver-se submetida a uma série de forças envolvidas numa colisão. Podem ser: Força externa: Exercida pelo veículo ou objeto com o qual colide. Este opõe-se à força do veículo em movimento, provocando a deformação por impacto direto. Força interna: Gerada pela própria inércia do veículo, provoca as deformações internas por transmissão de danos. Os danos que encontramos na carroçaria são também de dois tipos:

AS TRAVESSAS DIANTEIRAS E TRASEIRAS DEFORMAM-SE PROGRESSIVAMENTE, ABSORVENDO A ENERGIA DA COLISÃO


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reparação

Aços de alto limite elástico, com cor. A cinzento, aços convencionais

Transmissão de danos perante um impacto frontal

Estampagem à medida

Golf VI 2008

Golf VII 2013 Zona Zona de maior de resistência resistência

Zona de menor resistência

No modelo de 2013, apenas 8% da estrutura é de aço convencional

Zona de deformação programada

Danos diretos: Deformações, marcas, vestígios, abrasões, esfoladelas, etc. produzidos na zona de impacto pelo contacto direto contra outro veículo ou objeto. Danos indiretos: Ocasionados pela transmissão de danos através das peças ou conjuntos. Encontramos fissuras e deformações em zonas que estão fora da área de impacto. Quando um elemento de deformação programada atinge o seu limite de absorção passa a comportar-se como um elemento rígido, transmitindo a deformação ao elemento seguinte.

reforçado como célula de segurança e múltiplas travessas, em todas as direções, como elementos de absorção de energia. Desta forma, independentemente da direção do impacto, o comportamento da carroçaria seria o mesmo. Se a direção do impacto passa através do centro de gravidade do veículo não se produz rotação e toda a energia será absorvida pela carroçaria. Se a direção do impacto não atravessa pelo centro de gravidade do veículo, parte da energia será absorvida na rotação e os danos na carroçaria serão menores. Quanto mais longe estiver do centro de gravidade, maior rotação e menores danos.

Não gira Força de colisão

Força de colisão Gira Momento de rotação

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COMO ACONTECE A TRANSMISSÃO DE DANOS NA CARROÇARIA? O desenho estrutural da carroçaria é responsável pela maior parte dos desvios verticais, para cima e para baixo. Isto acontece quando a direção do impacto coincide com o eixo longitudinal do veículo; nestes casos, os elementos de deformação programada atuam com 100% de eficácia. À medida que a direção do impacto se desvia do eixo longitudinal do veículo, as zonas de deformação programada perdem eficácia e registam-se deformações transversais. No caso da travessa dianteira, se a força a afeta lateralmente, já não trabalharia com compressão, mas sim com flexão, perdendo capacidade de absorção de energia. Neste caso, parte da energia seria dissipada na rotação do veículo, já que a sua trajetória se afasta do centro de gravidade. O desenho ideal de uma hipotética carroçaria segura seria uma esfera com o núcleo muito

O COMPORTAMENTO DA CARROÇARIA PERANTE UM IMPACTO DEPENDE DO DESENHO, DA ESTRUTURA E DOS MATERIAIS

EVOLUÇÃO DA CARROÇARIA Nos últimos anos, os construtores de automóveis apostaram na evolução da carroçaria, com um foco especial na segurança dos ocupantes e na redução de peso; neste último caso, obrigados pelas restritivas normas antipoluição. Neste exemplo podemos observar a evolução do desenho estrutural da carroçaria em duas versões de um mesmo modelo. Nos últimos anos, todos os construtores estão a evoluir para carroçarias mais seguras, com o objetivo de que essas “jaulas de aço” nos protejam melhor em caso de impacto.



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reparação

Direções assistidas. Truques para uma montagem melhor e mais rápida Quando as peças da direção assistida hidráulica estão espalhadas pela bancada de trabalho, a equipa da EMMETEC explica-lhe como remontar tudo, depressa e bem. TEXTO CARLOS PANZIERI

32 Classificação de retentores segundo o EMMETEC: podem contar-se 16 tipos diferentes: do 6 e do 7 que levam backring, há 3 sub-famílias em que o backring vai lá dentro, ao mesmo nível ou por fora do retentor. O backring limita a deformação do lábio, permitindo um bom funcionamento mesmo sob altas pressões

ARRUMAÇÃO Vedantes, o-rings e segmentos devem ser devidamente arrumados:

1 - Para que não se misturem: a) Cada referência deve ser guardada em apenas um saco b) Cada saco deve ficar apenas numa gaveta 2 - Para que não fiquem esmagados deformando-se definitivamente: a) As peças devem caber folgadamente no saco e este deve caber folgado na gaveta b) É obrigatório um armário que aceite muitas gavetas pequenas em vez de poucas gavetas muito grandes e vice-versa 3 - Para que as peças de borracha ou PTFE fiquem protegidas da luz para não envelhecerem mais depressa: a) As gavetas devem ser opacas 4 - Cada gaveta deve exibir a seguinte informação: a) Grupo de família: vedantes, o-ring, segmento PTFE…

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b) Grupo de sub-família: no caso de um vedante, deve especificar-se se tem ou não o-ring e qual a posição deste em relação ao vedante; se for um o-ring, deve dizer se é standard, quadrado, especial… c) Diâmetro interior d) Diâmetro exterior e) Espessura Para evitar o caos é obrigatório seguir as seguintes regras, especialmente se houver mais pessoas com acesso ao mesmo stock. Na edição anterior foi referida a importância de ter uma vasta reserva de peças, para assim se poder reparar qualquer tipo de piston. Agora há que referir até que ponto também é importante dividir e organizar o stock. De facto, se o operador perder três minutos a medir as peças desmontadas e a encontrar as novas equivalentes, é como se o trabalho nem sequer tivesse sido interrompido. Mas se ele começa a abrir todas as gavetas, a consultar o catálogo, a ligar ao fornecedor… o trabalho deixa de ser rentável e a direção assistida

recondicionada será entregue com atraso. Para evitar este problema, a EMMETEC disponibiliza um sistema de armazenamento Stand-by, em que cada gaveta tem a sua própria etiqueta com todas as informações e com duas amostras (imagem 23). INDICADOR DE MEDIDA Cada o-ring e segmento de PTFE devem ser desmontados e substituídos por outros iguais. Assim, o diâmetro interior e a espessura de cada peça devem ser cuidadosamente medidos. Esta operação pode ser feita usando um vasto leque de medidores que são caros e nem sempre muito práticos de utilizar, ou usando o EMMETEC Z-11000, fácil e prático de usar (imagem 24). HASTE A barra da direção deve ser sempre montada no torno e ainda: 1 - Aparada com lixa (tipo 600) para retirar qualquer traço de oxidação que possa


23 Exemplo de armazenamento de peças para direções hidráulicas EMMETEC Stand-by. Várias gavetas pequenas podem substituir-se por uma grande. Cada gaveta exibe todos os dados do retentor lá guardado

24 33 Vários tipos de o-ring: de secção redonda, quadrada ou quadring

danificar o novo vedante, recuperando-se a textura adequada para garantir a aderência do óleo à barra, para a devida lubrificação. 2 - Verificar se está direita. Se entre dois pontos há diferença igual ou superior a o,1/0,2mm, a cremalheira tem de ser endireitada com a prensa e os prismas. Se isso não for possível, a cremalheira deve ser rejeitada. A barra até pode estar direita mas muito corroída pela ferrugem. Não é grave. Basta retifica-la, reduzindo o diâmetro 0,5 ou 1mm. Claro que com uma barra mais fina devem ser instalados o-rings e vedantes mais pequenos, tal como descrito no catálogo da EMMETEC. QUANDO A CREMALHEIRA É MAIOR QUE A HASTE Em alguns casos, os fabricantes produzem direções assistidas hidráulicas com a cremalheira maior que a haste. Neste caso é suposto que seja impossível mudar o vedante da cremalheira, evitando o seu recondicionamento. A EMMETEC aceitou o desafio oferecendo aos operadores duas soluções: 1 - Procedimento clássico:

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a) Fixa-se a cremalheira no torno e corta-se a ponta de aço do piston (imagem 25). b) Com cuidado para não riscar a haste, retira-se o piston c) Retira-se a anilha que ficou à mostra, mas para não riscar a haste, há que abri-la e cortála no seu alojamento (imagem 26). d) Introduzir o novo retentor num injetor da série Z-09319 e, depois de o ter feito passar pelo cilindro (imagem 27), colocá-lo na haste. e) Introduzir a nova anilha no injetor da série Z-96020 (imagem 28) f) Levar a anilha do cilindro à haste (imagem 29) g) Introduzir o novo pinton e, com um disco de falange (Z-17000 ou Z-17001, imagem 30), fixá-lo à haste. Esta operação requer a máxima precisão porque a fixação deve bloquear o piston e vedar a passagem de óleo, caso contrário o óleo passará entre o piston e a haste e a direção não funcionará corretamente. Pistons KS (imagem 31) a) Tiram-se o piston, a anilha e o retentor originais b) Monta-se o novo retentor c) Monta-se o o-ring e a anilha de teflon do semi-piston com uma rosca fêmea e introduz-se na haste

Medidor de calibre Z-11000. Para medir o diâmetro de um o-ring ou de um segmento de teflon basta metê-lo num cone e empurrá-lo até parar. Neste caso um só instrumento substitui dezenas, fazendo uma medição rápida e exata

d) Introduz-se uma anilha no injetor da série Z-96020 e daí passa-se à haste e) Monta-se o o-ring no semi-piston dotado de rosca macho e introduz-se na haste f ) Enroscam-se os dois semi-pistons que se bloqueiam sobre a anilha da haste. A construção de uma cremalheira com diâmetro superior à haste tem um custo superior ao de uma cremalheira tradicional. Posto que a EMMETEC torna possível a sua reparação, o problema agora afeta apenas o construtor da direção, não quem a recondiciona. Por esse motivo, em muitos casos esta solução foi abandonada. RETENTORES Os retentores da carcaça estão concebidos para vedar órgãos em movimento alternado, enquanto os do distribuidor são para órgãos rotativos. Em ambos os casos os movimentos fazem-se a baixa velocidade linear ou circunferencial, e a pressões que oscilam entre 1 e 80 bar. Na imagem 32 aparecem 16 tipos diferentes de retentores (segundo a classificação EMMETEC) que se distinguem entre si pelos seguintes detalhes: 1 - Presença ou ausência de uma alma de aço


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reparação

31 Os pistons EMMETEC do tipo KS simplificam a operação pois estão em duas peças que se enroscam uma dentro da outra.

25 Deve começar-se por substituir o retentor de uma cremalheira maior que a haste colocando a haste num torno e tirando o piston.

27 Introduzir o retentor no injetor, passá-lo no cilindro e depois levá-lo à haste

26 Não se deve arrastar a anilha ou corre-se o risco de riscar a haste. Deve alargar-se o seu diâmetro com ela no seu lugar e depois cortá-la

30 Os discos EMMETEC Z-17000 e Z-17001 permitem bloquear qualquer tipo de piston sobre a haste

2 - Presença ou ausência de uma mola cilíndrica que aperta o lábio contra a haste 3 - Presença ou ausência de um backring para altas pressões 4 - Posição do backring em relação ao retentor, que dá lugar a três possibilidades do tipo 6 e 7. A alma de aço dá uma certa rigidez ao retentor, mas também deve ter elasticidade para poder dilatar junto com a borracha da qual nunca se deve soltar. Os melhores fabricantes de retentores utilizam aços de carbono que aguentam milhões de ciclos sem se deformar plasticamente ou perder qualidades. A borracha tem de vedar, pelo que deve ser

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extremamente flexível, mas ao mesmo tempo tem de resistir a: 1 - Agressão física de agentes externos, como o pó, a areia e lamas… 2 - Agressão química de agentes externos, como o óleo do motor, massa, gases de escape, ozono… 3 - Luz do sol 4 - Variações contínuas de temperatura: desde 30 graus negativos num inverno escandinavo até 100 graus que podem fazerse sentir debaixo do capô do carro parado no trânsito urbano em África 5 - Ao passar do tempo, pois supõe-se que, nestas condições, tenha de resistir anos e anos. É claro que é fundamental dispor da melhor matéria prima, de excelentes aditivos, de condições de armazenamento perfeitas, de elaboração escrupulosa, de estampagem perfeita, de uma vulcanização controlada, controlos de qualidade dos componentes quando entram, durante o processo e à sua saída, armazenamento a temperaturas e humidade controladas… Em resumo: 1 - Se repara direções, não compre retentores de baixa qualidade que venham de qualquer lado 2 - Se compra direções reparadas, visite o seu fornecedor para ficar com uma ideia do nível de qualidade dos componentes que ele utiliza 3 - Se compra direções novas não originais,

que custam menos que quatro retentores de boa qualidade, questione-se porque serão tão baratas… Devem montar-se os retentores numa posição que permita que o óleo os deforme sob pressão, para garantir que vedam, o que significa que num retentor em forma de 0, a mola, o lábio e a alma de aço devem entrar em contacto com o óleo. O-RINGS Na reparação de uma direção podem aparecer vários tipos de o-rings: de secção redonda de secção quadrada quadrings de secção especial Deve respeitar-se sempre a forma, dimensão e material original. É fundamental utilizar o-rings de elevada qualidade para que não percam a elasticidade original com o tempo, nem se cristalizem. ANILHAS E FREIOS Uma direção assistida inclui no seu interior várias anilhas ou freios. Ao manejá-los, é importante utilizar alicates específicos em perfeitas condições, para não se correr o risco de que saiam disparados e firam alguém. Enquanto se manipulam os alicates com a mão direita, deve cobrir-se o freio com a mão esquerda protegida por uma luva de couro e utilizando sempre óculos de proteção. Se se observar bem um freio, verifica-se que os olhais são ligeiramente cónicos. O lado de


menor diâmetro deve ficar sempre para o lado do operador, facilitando-lhe o trabalho. LUBRIFICAÇÃO Lubrificar com massa de lítio as seguintes peças: 1 - Cremalheira 2 - Engrenagem do distribuidor 3 - Rolamentos e casquilhos do distribuidor que não estejam em contacto com o óleo 4 - O casquilho deslizante e a sua mola.

34 Tampões para proteger as extremidades dos braços, do pinhão e tampões para fechar as entradas de óleo da carcaça

28 Introduzir a anilha sobre o injetor, passá-la no cilindro e depois levá-la à haste

29 ... empurrá-lo então até ao seu alojamento sem correr o risco de riscar a haste

ARMAZENAMENTO Posto que o cliente tem de ficar plenamente satisfeito, há que cuidar os seguintes detalhes: 1 - Repintar as direções recentemente acabadas 2 - Adicionar um autocolante que identifique a sua empresa 3 - Juntar um par de foles 4 - Embalá-la numa caixa que permita o seu armazenamento. 5 - Selar todas as tampas específicas (imagem 34) ou o óleo acabará por sair, manchando as caixas 6 - Proteger as extremidades com capuchos de borracha Para mais informação sobre bancos de teste, ferramentas específicas, peças de substituição e truques, visite a página www. emmetec.com.

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reparação

Fiabilidade. Audi A3 Eis um dos carros em que os elogios ultrapassam largamente as críticas. Para a Dekra, o Audi A3 é mesmo um dos compactos mais fiáveis do mercado, sem notas abaixo da média da classe. PARCERIA

A

briu a era nova na indústria automóvel em 1996 ao apresentar-se como o primeiro compacto premium do mercado. Nascido sobre a base do VW Golf, o Audi A3 depressa se tornou um carro muito desejado, tanto que os principais emblemas concorrentes trataram de preparar a resposta para combater um êxito considerável na Europa. Tido como referencial em matéria de qualidade de construção e na escolha dos materiais, muito fiável , estética consensual e imagem de estatuto, o A3 vai na terceira geração (2012) e conta com gama completa, pois às carroçarias iniciais de três e cinco portas juntaramse a versão cabrio, o muito bem sucedido sportback (200772008), ao estilo de carrinha desportiva, e, recentemente, o três volumes. No mercado nacional, as versões diesel mereceram sempre a preferência. As caixas manuais dominam, mas a DSG tornou-se numa opção muito séria conquistando

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muitos automobilistas para as virtudes das transmissões automáticas. Nos primeiros tempos foram os TDI 1.9 e 2.0, com diferentes níveis de potência, a dominar na escolha de motorizações, mais recentemente, o 1.6 TDI abriu o leque e veio alargar a área de influência do A3, permitindo outros preços. Mesmo assim, o compacto da Audi nunca foi um automóvel barato, situação que se repercute entre os usados, mercado em que este é um modelo muito desejado e com elevada procura. Em termos de preços, as cotações apontam valores de 17 200€ para um 1.6 TDI Attraction de 2010 e de 14 500 para um 1.9 TDI do mesmo nível com matrícula do ano anterior. No já longo historial do Audi A3 não há registo de grandes problemas e não espanta, por isso, que a Dekra, a empresa alemã especializada no setor automóvel cujas análises utilizamos, considere que estamos face a “um dos veículos mais fiáveis” entre os compactos. Em termos gerais, a Dekra não aponta ao Audi A3 resultado algum abaixo da média da

ÍNDICE DEKRA DEFEITOS DE MONTAGEM

MÉDIA SEG.

AUDI A3

CHASSIS/DIREÇÃO

10,8

5,2

MOTOR/AMBIENTE

10,6

8,4

CARROÇARIA/ESTRUTURA/INTERIOR

2,6

2,6

SISTEMA DE TRAVAGEM

14,9

9,4

PARTE ELÉTRICA/ELETRÓNICA/LUZES

27,9

21,1

AVALIAÇÃO GERAL DEFEITOS NÃO RELEVANTES

66,0%

72,1%

PEQUENOS DEFEITOS

15,4%

12,8%

DEFEITOS CONSIDERÁVEIS

18,6%

15,1%

Os resultados apresentados refletem as conclusões principais de um estudo sobre a fiabilidade das diferentes marcas e modelos que a Dekra Internacional realiza todos os anos em diversos mercados europeus

classe. Ainda assim, aconselha a verificar os foles da transmissão nos carros com mais de 50 000 km, além dos comandos das luzes. Nos carros que já deram a volta ao conta quilómetros merecem atenção os travões e as borrachas dos braços transversais da suspensão.



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reparação

Manutenção. Nissan Qashqai Continua a ser o SUV mais vendido do mercado e consegue um bom equilíbrio com o motor 1.6 diesel de 130 CV.

PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA MARCA, MODELO E VERSÃO PRAZO/ QUILOMETRAGEM CARACTERÍSTICAS VEÍCULO

NISQAS0742A: NISSAN QASHQAI 1.6DCI 130 VISIA 4X2 5P S/S 48/120000

POTÊNCIA (CV)

130

CILINDRADA (CC)

1598

EURONCAP CO2 115 TRANSMISSÃO MANUAL CAIXA DE VELOCIDADES

6 VELOCIDADES

CARROÇARIA TODO-O-TERRENO

PARCERIA

D

esde o seu lançamento que o Nissan Qashqai é um caso de sucesso. Agora, na segunda geração, mantém uma força comercial muito forte, também graças ao reforço da tencologia e das motorizações disponíveis. Analisamos a manutenção programada para 48 meses ou 120 mil quilómetros do modelo com o motor 1.6 dCi de 130 CV. A maior fatia fica a cargo das peças de desgaste, que perfazem 1891,47 euros. Analisando parcela a parcela, a troca da embraiagem é o mais custoso, com 524,31 euros, seguida das pastilhas da frente (491,28€), dos discos da frente e de trás (190,15€ para cada jogo), das pastilhas de trás (189,54€) e das escovas limpa parabrisas da frente (168,96€). É preciso ainda acrescentar 100 euros para o carregamento do ar condicionado e 37,08 euros para as escovas limpa para-brisas traseiras.

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Já os pneus são responsáveis por um total de 1620,85 euros. Deste valor, 10 unidades na medida 215/65R16H têm um preço de 1474,25 euros. Depois é preciso somar 76,60 euros das equilibragens, 45 euros dos alinhamentos de direção e 25 euros das válvulas. As revisões são responsáveis por um valor de 999,67 euros. A maior fatia, como é natural, vai para o óleo sintético, com cada troca a gastar 5,5 litros. A cada troca é necessário trocar o filtro de óleo, num total de 105,60 euros e, no segmento dos filtros, são necessários 4 de pólen (98,20€), 2 de combustível (92,50€) e um de ar (27,35€). Contas feitas, a manutenção programada para o Nissan Qashqai 1.6 dCi tem um custo de 5065,51 euros, o que representa que por cada 100 quilómetros percorridos há um gasto de 4,22 euros em manutenção.

VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES

REVISÕES

999,67 €

MÃO-DE-OBRA

198,18 €

[5,4]

ÓLEO

477,84 €

[4]

CAPACIDADE DO CARTER (LITROS)

5,5

TIPO DE ÓLEO

SINTÉTICO

FILTRO DE ÓLEO

105,60 €

FILTRO DE AR

27,35 €

[1]

FILTRO DE PÓLEN

98,20 €

[4]

[4]

FILTRO DE COMBUSTÍVEL

92,50 €

[2]

VELAS

- €

[0]

DESGASTE

1.891,47 €

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS FRENTE

168,96 €

ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS TRAS

37,08 €

[2]

PASTILHAS FRENTE

491,28 €

[4]

PASTILHAS TRAS

189,54 €

[2]

DISCOS FRENTE

190,15 €

[1]

DISCOS TRAS

190,15 €

[1]

LIQUIDO DE TRAVÃO

- €

[0]

EMBRAIAGEM

524,31 €

[1]

CARGA AR CONDICIONADO

100,00 €

[1]

ESCAPE

- €

[0] [0]

[4]

BATERIA

- €

AMORTECEDOR FRENTE

- €

[0]

AMORTECEDOR TRAS

- €

[0]

BOMBA AGUA

- €

[0]

FILTRO PARTICULAS

- €

[0] [0]

TAREFAS EXTRA

- €

AVARIAS

- €

[0]

ELÉCTRICAS

- €

[0] [0]

TOTAL

- €

PNEUS

1.620,85 €

PNEUS FRENTE

215/65R16H

PNEUS TRÁS

215/65R16H

PNEUS

1.474,25 €

ALINHAMENTO DE DIRECÇÃO

45,00 €

[10] [3]

EQUILIBRAGEM

76,60 €

[10]

VÁLVULA

25,00 €

[10]

OUTROS

553,52 €

IPO

27,00 €

INFLAÇÃO

526,52 €

AJUSTES

- €

CUSTOS DE MANUTENÇÃO TOTAL

5.065,51 €

/100 KMS

4,22 €

COMBUSTÍVEL

* VALORES SEM IVA



8 pneus

Feu Vert. Diversificação e inovação A recente abertura de mais duas unidades da Feu Vert, em Gaia e Coimbra, são a parte visível de uma série de outras novidades e estratégias seguidas por esta rede de centros auto. TEXTO PAULO HOMEM

FOTOS RUI FONSECA

P

olítica de aberturas, pneus e novos serviços foram as razões principais que nos levaram à Feu Vert. Aliás, a dinâmica deste tipo de redes de centros auto mostra facilmente que o mercado oficinal evolui, nos dias de hoje, a um ritmo impressionante. Em termos de extensão de rede, depois de abrir em fevereiro em Gaia um segundo centro auto, a Feu Vert passou a estar representada em Coimbra. “Ainda não estamos presentes em algumas capitais de distrito, mas a nossa aposta continuará a ser o reforço da presença nos grandes centros, nomeadamente na grande Lisboa e grande Porto. Preferimos reforçar a presença nestes centros porque é onde está o

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volume de mercado, mas também por questões de reforço da imagem e notoriedade da marca”, garante Nuno Figueiredo, Product Manager da Feu Vert em Portugal. Não sendo uma novidade mas uma tendência, a Feu Vert tem caminhado no sentido de oferecer ao cliente serviços cada vez mais técnicos, sem contudo deixar a sua vocação nos serviços rápidos. Sobre isto, Nuno Figueiredo, realça que se trata de uma aposta que visa uma maior rentabilidade dos serviços. “É verdade que o tempo que se pode demorar a montar uma distribuição equivale a 3 ou 4 mudanças de óleo, mas como o mercado está muito agressivo ao nível dos preços dos serviços rápidos, a margem libertada por estes

é cada vez mais reduzida”, assegura o mesmo responsável, confidenciando que “as nossas oficinas estão perfeitamente equipadas para os serviços de mecânica mais tradicional, como temos apostado em mecânicos com muita experiência e aos quais damos formação constante para estarem aptos a mudar um pneu ou fazer um serviço técnico mais complexo”. O conceito, no entender de Nuno Figueiredo, é também aproximar os centros Feu Vert de um tradicional concessionário, prestando serviços mais técnicos sem contudo perder o conceito original. A prova desta aposta foi o lançamento do serviço de Revisão Oficial, que já está implementado na rede, mas que exigiu o recurso a meios técnicos e a muitos dados


técnicos para o poder dinamizar ao cliente. Uma recente novidade, ainda no plano técnico e na disponibilização de outro tipo serviços, foi a parceria feita com a Fafediesel (e por inerência da Marcodiesel). Dessa forma, a rede Feu Vert passou a dispor de serviços no domínio da injeção e turbos, que vêm ao encontro de uma necessidade do mercado, fruto dos problemas causados nestes componentes pela utilização de combustíveis de menor qualidade ou por se circular com o depósito de combustível quase vazio. PNEUS FEU VERT A grande alavanca do negócio nos centros auto são os pneus. Em 2013 a aposta foi o

lançamento de uma marca própria “Feu Vert” em toda a rede a nível internacional. O caderno de encargos deste pneu Feu Vert Efficiency assentou na longevidade e na performance em molhado, onde a questão da segurança era importante. De construção Continental (algumas medidas são mesmo feitas em Portugal) o pneu Feu Vert tem ainda indicador de desgaste intermédio e indicador de alinhamento, apresenta um desenho moderno e uma gama muito abrangente de medidas de 13 a 18 polegadas. “É um produto com uma excelente relação qualidade / preço, com posicionamento Quality mas com algumas características Premium”, explica Nuno Figueiredo, assumindo que é neste momento o pneu com mais representatividade nas vendas da empresa, que tem como objetivo “poder encaminhar vendas dos segmentos budget para um segmento superior”.

CONTACTOS FEU VERT PORTUGAL PRODUCT MANAGER NUNO FIGUEIREDO TELEFONE 219 199 989 INTERNET www.feuvert.pt

SERVIÇO INOVADOR Uma das estratégias de qualquer centro auto é a procura constante de novos produtos e serviços que permitam dinamizar a oferta final para o cliente. Neste mês de setembro foi lançado em folheto na rede Feu Vert, um produto que permite poupar até 30% combustível nos consumos de um automóvel. Designado por Ultimate Cell, este dispositivo permite a otimização de motores de combustão interna, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de gases de escape, podendo ser usado em veículos com motores a gasolina, gasóleo, etanol, biodiesel e GPL. Este produto, que poderá ser instalado em qualquer veículo e em qualquer centro auto da Feu Vert, foi ensaiado e aprovado pelo Instituto Superior Técnico, pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) e pelo Instituto de Mobilidade e Transportes terrestres (IMTT). A rede Feu Vert vai ter o exclusivo da comercialização nesta fase, estando os técnicos já formados e certificados para efetuar a montagem deste produto nesta rede. “Este produto poderá numa fase inicial causar alguma apreensão ao cliente”, reconhece Nuno Figueiredo, mas “a certificação e homologação a que o mesmo foi sujeito, e as entidades envolvidas neste processo, garantem a qualidade deste produto”.

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82 pneus FOI NOTÍCIA QUE... … o mercado de pneus de ligeiros em Portugal (turismo, furgão e 4x4/SUV) subiu 10% até ao final do mês de junho de 2014, relativamente a período homólogo de 2013, segundo os dados da Europool, revelados na revista espanhola Europneus. O volume de vendas acumuladas neste segmento, para o mercado de reposição, durante os primeios seis meses do ano de 2014, superou o 1,3 milhões de unidades, isto é, mais 100 unidades relativamente ao mesmo período de 2013. As marcas Premium subiram 15% neste período (cerca de 700.000 pneus vendidos), enquanto as marcas Quality se mantêm estáveis (com 240.000 pneus vendidos). Os pneus Budget baixaram 2%, mas representaram ainda 350.000 unidades vendidas nos primeiros seis meses de 2014. Neste período os pneus para automóveis de passageiros venderam-se mais 9% (1.160.000 unidades), os pneus 4x4 / SUV subiram 20% (70.000 unidades) enquanto nos furgões também se registou um crescimento de 9% (próximo de 115.000 unidades). … a Yokohama anunciou que os seus pneus “BluEarth” e “GEOLANDAR” foram selecionados

Vredestein. Apresenta o novo Quatrac 5

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Apollo Vredestein apresentou recentemente o novo Quatrac 5, um pneu para todas as estações do ano, baseado nos 20 anos de experiência desta marca nas diversas gerações do Quatrac, lançado em 1993. O Quatrac 5 desenvolvido no centro internacional de I+D da Apollo Tyres (nos países baixos), estabelece, segundo a Vredestien, um novo padrão. O desenho assimétrico do piso e as novas tecnologias empregues neste pneu (nomeadamente os ganchos 3D), permitem otimizar as performances quer em seco quer em molhado. A baixa resistência ao rolamento, a travagem em molhado otimizada e o nível de ruído muito baixo, levaram a que o Vredestein tenha obtido a etiqueta “verde”.

Nesta fase de lançamento, o Quatrac 5 está disponível em 12 dimensões (185 a 225 e jantes 15 a 17 polegadas). Em Portugal a Vredestein é comercializada pela RS Contreras.

PNEUNANET. INOVA NA COMERCIALIZAÇÃO DE PNEUS ONLINE

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Grupo Nascimento & Mota acaba de apresentar a sua mais recente plataforma comercial, designada por pneunanet.pt. Trata-se de uma plataforma inovadora na comercialização de pneus online que visa a objetividade, a rapidez e a assistência personalizada complementando com um layout de fácil e rápida leitura. Para além da comercialização de pneus ao

cliente final, esta plataforma apresenta ainda um serviço inovador em Portugal, o “Serviço de Montagem a Domicílio”. A empresa dispõe de uma equipa personalizada que se desloca ao local que o cliente pretende para montagem de pneus (casa, emprego, etc), permitindo assim uma maior flexibilidade ao cliente. Para aceder ao site siga este link: http://pneunanet.pt/

como equipamento original para o novo Lexus NX, o primeiro SUV compacto da marca japonesa. Os pneus

GT RADIAL. ENTROU NO PRIMEIRO EQUIPAMENTO

escolhidos pela marca do universo Toyota são o “BluEarth E51” e o “GEOLANDAR G91”.

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… a Maserati aprovou a instalação na fábrica dos pneus de verão da Continental para o Ghibli. A Continental fabricará os ContiSportContact 5 para o Maserati Ghibli em oito tamanhos entre as 18 e as 21 polegadas. Para os distinguir de outras versões de pneus desportivos topo de gama, os modelos originais para o desportivo da marca italiana vão ter a marca “MGT” na parede lateral. … o fabricante chinês Shandong Hengfeng, proprietário da marca Ovation, continua a sua forte aposta em estar presente de forma consistente em todo o mundo. Depois de uma passagem pela Reifen 2014, onde a marca mostrou as suas novidades, agora foi no Panamá que foi apresentado o novo pneu para SUV. O novo VI286 HT chega para substituir em breve o VI186 HT. O novo pneu chegará ao catálogo da Tiresur, distribuidor para Portugal, nos próximos meses.

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VDO. APRESENTA SENSOR DE PNEUS VDO REDI

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VDO, marca do Grupo Continental, vai passar a disponibilizar o VDO REDISensor. Trata-se de um sensor para sistemas de monitorização da pressão dos pneus (TPMS) de nova geração, que facilita o serviço de assistência a pneus. Os sensores, do tamanho de uma moeda de 50 cêntimos, são simplesmente colados no interior dos pneus. Uma vez que o VDO REDI-Sensor já está programado de fábrica, a oficina não precisa de fazer esse trabalho.

Giti Tire confirmou os seus primeiros pneus OE homologados para ligeiros e comerciais na Europa com as marcas do grupo PSA (Peugeot e Citröen) e Renault/ Nissan (neste caso na marca Dacia). No grupo PSA PeugeotCitroën, serão montados pneus GT Radial Champiro VP1 na medida 195/65R15 91T nos modelos Peugeot Partner e Citroën Berlingo. Estes veículos serão fabricados em Portugal (Peugeot Mangualde) e em Vigo (Espanha), sendo vendidos em todo o território europeu. Por outro lado, os modelos Sandero e Logan da Dacia (grupo Renault/Nissan) vão montar os pneus GT Radial Champiro VP1, na medida 185/65R15 88H. Estarão disponíveis em toda a Europa de Leste, nos países mediterrânicos e Russia, sendo que estes modelos serão fabricados em Marrocos, Roménia e Russia.



O opinião

Prazos das seguradoras para regularizar sinistros Verificado um acidente de viação do qual emergem danos, é importante saber quais as formalidades e prazos que vinculam segurados e seguradoras. Estes prazos e formalismos estão previstos no Decreto Lei 291/2007, de 21 de Agosto.

O MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica.

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Segurado ou o Tomador do Seguro, ocorrido o acidente, deve comunicar o mesmo à Companhia de Seguros no prazo de 8 dias contados da sua ocorrência. Feita a comunicação, os prazos e processo vão depender se a comunicação se faz ou não com a entrega de Declaração Amigável e se do acidente resultaram, além dos danos materiais, danos corporais. Em caso de acidente automóvel com danos materiais e declaração amigável assinada por ambos os condutores, a partir da data da comunicação do acidente a seguradora tem 2 dias para abrir o processo de sinistro. A partir do momento em que é aberto o processo, e caso não se mostre necessária a desmontagem do veículo, tem a seguradora 4 dias para proceder à peritagem. Havendo a necessidade de desmontar o veículo, o prazo é alargado para 6 dias. O Relatório da Peritagem deve ficar disponível no prazo de 2 dias contados da realização da peritagem. Independentemente dos resultados da peritagem, a comunicação da atribuição de responsabilidade pela produção do acidente deve ser comunicado ao segurado no prazo de 15 dias contados da abertura do processo de sinistro, devendo o pagamento de eventual indemnização ser realizado no prazo de 8 dias dessa comunicação. Em caso de acidente automóvel com danos materiais mas sem a entrega de declaração amigável assinada por ambos os condutores, a partir da data da comunicação do acidente a seguradora tem 2 dias para abrir o processo de sinistro. A partir do momento em que é aberto o processo, e caso não se mostre necessária a desmontagem do veículo, tem a seguradora 8 dias para proceder à peritagem. Havendo a necessidade de desmontar o veículo, o prazo é alargado para 12 dias. O Relatório da Peritagem deve ficar disponível no prazo de 4 dias contados da realização da peritagem. Independentemente dos resultados da peritagem, a comunicação da atribuição de responsabilidade pela produção do

acidente deve ser comunicado ao segurado no prazo de 30 dias contados da abertura do processo de sinistro, devendo o pagamento de eventual indemnização ser realizado no prazo de 8 dias dessa comunicação. Não se conformando o segurado com a decisão da seguradora quanto à atribuição das responsabilidades, deve pronunciar-se num prazo de 5 dias tendo, nessa circunstância, a seguradora 2 dias para se pronunciar sobre essa reclamação. Em caso de acidente automóvel com danos materiais e corporais, os prazos são precisamente os mesmos que foram descritos para o caso anterior de acidente automóvel com danos materiais mas sem a entrega de declaração amigável assinada por ambos os condutores. Neste caso haverá, ainda assim, que distinguir se há ou não pedido de indemnização. Não havendo pedido de indemnização, após a comunicação do Sinistro, a seguradora deve, num prazo de 60 dias questionar ao segurado se aquele pretende realizar o exame de avaliação de Dano Corporal, o qual, a ser realizado deve ser necessariamente disponibilizado ao Segurado no prazo máximo de 10 dias após a sua recepção pela seguradora. Por outro lado, em caso de acidente automóvel com danos materiais e corporais com Pedido de Indemnização, e no prazo de 20 dias, contados da receção desse pedido, a seguradora deve informar o sinistrado se pretende exame de avaliação do dano corporal. Realizado o exame, deve a seguradora disponibilizar o o mesmo ao sinistrado no prazo de 10 dias após a sua recepção. A seguradora tem então 45 dias úteis para se pronunciar sobre a responsabilidade ou efetuar uma proposta provisória de indemnização. Após acerto dos valores da proposta entre seguradora e sinistrado, a seguradora tem 15 dias úteis para elaborar a proposta definitiva. O pagamento deverá ocorrer no prazo de 8 dias úteis após o prazo definido no ponto anterior. Todos os prazos referidos neste texto, contam-se por dias úteis.




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