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N.º 31 | DEZEMBRO 2014 | 2,2€
DOSSIER
PROTAGONISTA NEIL FRYER GARANTE QUE A TRW ESTÁ PREPARADA PARA AJUDAR AS OFICINAS NA ERA ELETRÓNICA DEKRA O CONHECIMENTO DO SETOR É AGORA APLICADO DIRETAMENTE ÀS OFICINAS TÉCNICA AS FERRAMENTAS AO DISPOR DO BATE-CHAPA DO SÉCULO XXI REDES OS PLANOS AMBICIOSOS DA EUROMASTER, ROADY E TOPCAR PARA CRESCER EM PORTUGAL
O SEGREDO PARA ESTAR SEMPRE INFORMADO
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AS VENDAS B2C ESTÃO A GANHAR TERRENO Cada vez são mais os sites que vendem diretamente ao consumidor final mas também ao profissional, saltando alguns degraus na cadeia tradicional de distribuição. Portugal assiste a esta realidade já normal em alguns países europeus. Conheça um pouco mais desta nova realidade na venda de peças
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sumário N.º 31 | DEZEMBRO 2014
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt REDAÇÃO PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt
dossier Venda de peças B2C P.38 É uma realidade cada vez mais presente no mercado das peças, pneus, lubrificantes, consumíveis e serviços. Ao contrário do que se possa pensar, o setor profissional é cada vez mais cliente destes portais de vendas.
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Radar
Neil Fryer - TRW. P.6
Um dia com... Carrinha bilsteingroup. P.52 Expomecânica 2015. P.56 Reportagem Mecânica. P.58 Convenção TopCar. P.62 True Skills. P.64
DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt
REVISÃO
Novidades do mercado. P.12
PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP DEKRA 4FLEET TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt
6 REPARAÇÃO
ESPECIALISTA
Bate-chapa do século XXI. P.66 Injeção a gasolina. P.70 Manutenção Mini Cooper D. P.74
Dekra. P.22 Ecoparts. P.26 Filourém. P.28 Auto Peças Barlavento. P.30 Roady. P.32 Euromaster. P.34 Mesto. P.36
8 PNEUS
Mabor. P.76 Tuga Pneus. P.78 Notícias. P.80
4 RAIO X
Comercial do Mês - Renault Trafic. P.46 Radiografia Mercedes GLA. P.48 Ensaio Longa Duração. P.50
O OPINIÃO
Consultório jurídico. P.82
GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES
MONROE SELO CAPA TIPS4Y RODAPÉ CAPA CONTINENTAL PÁGINA 2 JAPANPARTS PÁGINA 5 ISUZU PÁGINA 11 MSMOTOS PÁGINA 13 KM PÁGINA 15 BLUEPRINT PÁGINA 17
FEBI PÁGINA 19 TRW PÁGINA 21 AUTO DELTA PÁGINA 23 TURBO OFICINA NATAL PÁGINA 25 PETRONAS PÁGINA 31 MEYLE PÁGINA 41 CONTITECH PÁGINA 43 SERVIDIESEL PÁGINA 45
COMETIL PÁGINA 49 WD-40 PÁGINA 51 DIRETÓRIO PEÇAS 2015 PÁGINA 55 FUCHS PÁGINA 57 CEPRA PÁGINA 61 ROADY PÁGINA 65 CHAVECA&JANEIRA PÁGINA 69 VALVOLINE PÁGINA 71
ESCAPE FORTE PÁGINA 73 CARF PÁGINA 75 AMBIMOTORS PÁGINA 79 CESVIMAP PÁGINA 81 LIQUIMOLY PÁGINA 83 MERCEDES PÁGINA 84
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EDITORIAL Época de balanços
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nesta altura que, normalmente, chegam os balanços do ano e se lançam alguns desígnios para o ano seguinte. Ouvimos muitos players do mercado ao longo do ano e percorremos milhares de quilómetros para lhe trazer a melhor informação. Recolhemos muita informação e temos muitos temas para desenvolver nas próximas edições. Mas há um assunto recorrente: a economia paralela e a concorrência desleal. É um problema real, injusto e que afeta no dia-a-dia as oficinas, as casas de peças, os distribuidores ou as marcas. Por mais tentador que possa ser este não deverá ser um argumento para baixar a qualidade e ir atrás dessa estratégia que destrói mercado e descredibiliza o setor. O mesmo acontece nas revistas e nos meios de comunicação social. Há quem trabalhe à margem das boas práticas, numa vertente estritamente comercial e pondo em causa as regras básicas do jornalismo. E a verdade é que há sempre quem apoie esse tipo de estratégia. Infelizmente, todos os setores do mercado sofrem com este tipo de ‘chico-espertice’. Quanto a nós, na Turbo Oficina, mantemos a nossa convicção de que a qualidade do nosso trabalho e o forte investimento que fazemos na nossa publicação é o nosso maior património e seguimos esse caminho. Sem desvios. Felizmente, um grande número de empresas já percebeu isso. Ouvimos também ao longo do ano muitas queixas sobre a forte pressão nos preços das peças, dos serviços, da logística, dos serviços, etc. Muitas queixas de quem sente na pele esse constrangimento. Com toda a razão porque são os serviços associados a uma atividade que acrescentam valor. E isso tem um custo elevado, mas também o proveito de servir bem quem compra esse bem. É também por isso que investimos cada vez mais na Turbo Oficina, para servir cada vez melhor este mercado, que é também o nosso. Uma boa resolução para 2015 poderia passar por profissionalizar cada vez mais o setor. Está ao alcance de todos e de cada um dar o seu contributo. Em todas as áreas de negócio. Mas isso exige também um espírito critico, poder de análise e medir a verdadeira rentabilidade dos investimentos. Em nome da equipa da Turbo Oficina desejo a todos os nossos leitores e parceiros um ótimo Natal, no convívio da família e um ano de 2015 cheio de bons negócios. Estamos prontos para um ano com muita e boa informação, mas também com importantes novidades que partilharemos consigo em breve. Gostamos de o ter desse lado.
Uma boa resolução para 2015 poderia passar por profissionalizar cada vez mais o setor. Está ao alcance de todos e de cada um dar o seu contributo. Mas isso exige também espírito critico e poder de análise
Cláudio Delicado DIRETOR claudiodelicado@turbo.pt
A Turbo Oficina deseja a todos um bom Natal e um 2015 cheio de sucessos.
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Neil Fryer. “As oficinas não devem ter medo do futuro” Os carros semiautónomos e a invasão da eletrónica vão trazer muitos desafios às oficinas, mas os grandes fornecedores, como a TRW, estão preparados para ajudar, como confirma o diretor técnico e de marketing da divisão de aftermarket da marca. O momento para que o setor se prepare para o futuro é agora. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
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eil Fryer assumiu recentemente o cargo de diretor global técnico e de marketing da divisão de peças e acessórios da TRW Automotive Aftermarket. Neil é um especialista no setor e regressou à TRW em junho passado, depois de ter estado 15 anos fora, altura em que esteve ligado à Lucas. A sua experiência e conhecimentos fazem dele um grande trunfo para prosseguir a história de sucesso da TRW e o objetivo traçado é subir ainda mais na tabela de liderança do pós-venda. Neil aceitou o desafiou de ser o protagonista desta edição da TURBO OFICINA, numa entrevista feita na Alemanha, local para onde se mudou, depois de viver vários anos em Itália. É um homem calmo, conhecedor e com muita experiência. Não teme o futuro e quer passar essa mensagem às oficinas independentes. Depois de 15 anos está de regresso. Como
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viu de fora a evolução da TRW, uma casa que bem conhece? Tenho seguido com muito interesse o desenvolvimento da TRW ao longo dos últimos 15 anos. A TRW tem sido uma estrela em ascensão no mercado do pós-venda, por isso estou entusiasmado por regressar à equipa. O mercado de pós-venda global é uma paisagem em constante mutação e agora, mais do que nunca, as oportunidades são muitas para uma marca como a nossa que representa qualidade, segurança e integridade. A TRW é uma das empresas mais inovadoras no setor automóvel. Que importância tem essa filosofia do primeiro equipamento para o aftermarket? É muito importante inovar no aftermarket como no primeiro equipamento. Somos líderes de mercado no que diz respeito aos sistemas de segurança em todo o mundo. E é garantido que vamos continuar a desenvolver essa área.
O mais interessante é que eu trabalhei para a Lucas entre 1990 e 2000 e, muitos dos produtos que podemos ver hoje a serem montados como equipamentos de série, como os cruise control adaptativos ou os lane assist, já existiam como protótipos no final dos anos 90. O período de desenvolvimento e introdução deste tipo de produtos no mercado é muito longo. Por isso é importante continuar sempre a desenvolver novos produtos que chegarão ao mercado dentro de 10 anos e que ainda não sabemos bem o que serão. É assim que o mercado evolui. Mas no primeiro equipamento estamos a falar essencialmente de produtos. Já o aftermarket é muito mais do que produtos. Os produtos são apenas 50% do que realmente fazemos. O resto é todo o valor que acrescentamos aos produtos e que damos aos nossos clientes que, no final da cadeia, são as oficinas. Temos que pensar em inovações também nessa área, dos serviços e do valor acrescentado.
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As novas tecnologias são parte integrante desses serviços? Sem dúvida. Lançámos recentemente o Tech Corner, que é um website para os técnicos de reparação terem acesso a mais informação sobre os nossos produtos, como montá-los, como diagnosticar e evitar erros. A internet é uma oportunidade fantástica para comunicar esse tipo de informação às oficinas. No passado, tínhamos a necessidade de dar formação para que as pessoas conhecessem os produtos, mas se fizermos uma formação de dois em dois anos a informação fica ultrapassada porque as coisas estão a mudar tão rapidamente que precisamos de estar constantemente a atualizar informação e dar esses inputs às oficinas e a quem trabalha com os nossos produtos. Hoje temos todas as ferramentas para estabelecermos uma relação muito próxima com as oficinas e com os técnicos, ajudando-os com os grandes desafios do presente na reparação e manutenção dos automóveis. E as oficinas hoje estão preparadas para receber toda essa informação? Muitas estão, mas outras podem ainda não estar. O nosso trabalho como fornecedores independentes de aftermarket é ajudar as oficinas a serem o melhor que conseguirem. Porque estamos a falar do que é o futuro do nosso negócio e também do negócio deles. A nossa tarefa é pensar constantemente no que podemos fazer para que as oficinas sejam cada vez melhores e consigam fazer uma concorrência muito forte aos concessionários oficiais das marcas. Falou em acrescentar valor ao negócio. Essa vertente chega a ser mais importante do que a própria peça? As peças são fundamentais e a sua qualidade também. Nunca poderemos descurar essa parte. Não estamos no mercado da música, por exemplo, onde se faz o produto de forma digital. Estamos numa área em que o nosso produto é físico e continuará a ser. Uma parte do negócio será sempre baseada no produto e nas peças, mas há muitas empresas que produzem peças como nós. A diferenciação tem que vir de outras coisas, como o Tech Corner por exemplo ou o catálogo eletrónico integrado que lançámos recentemente, que é diferente do que estamos habituados, porque o catálogo está integrado no nosso próprio website e não redireciona para outro serviço como TecDoc. É o nosso próprio catálogo. Estamos também a trabalhar no ID Garage, um sistema portátil que integra várias aplicações para a oficina, desde a entrada do cliente, ao diagnóstico, encomendar as peças,
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recebê-las, instruções para montá-las e criar faturas para os clientes. Tudo isto estará acessível numa mesma janela. O diagnóstico através da internet é um ponto-chave desta estratégia, mas não é a única coisa. O que queremos é tornar possível que uma oficina use apenas uma plataforma. Esta será também uma forma das oficinas pouparem tempo nos processos? Poupar tempo, tornarem-se mais eficientes e porque incluímos também o diagnóstico online significa que, com um pequeno investimento, a oficina consegue fazer o diagnóstico correto. Normalmente este tipo de serviços tem um custo elevado e nem todas as oficinas conseguem suportá-lo por causa do equipamento necessário. Quando oferecemos diagnóstico online que está acessível através de um computador quer dizer que uma oficina que tenha cinco computadores pode fazer
A OFICINA PRECISA DE COMUNICAR AO SEU CLIENTE QUE TEM COMPETÊNCIA PARA FAZER A REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SEU CARRO
cinco vezes mais diagnósticos com um custo muito inferior. Estamos a testar em algumas oficinas e esperamos lançá-lo no mercado no primeiro semestre de 2015. Como estão a correr os testes? Têm sido muito interessantes e temos aprendido muitas coisas com estas oficinas que não sabíamos. Estamos a trabalhar com os nossos distribuidores e eles estão também a ajudar-nos. Neste momento focámos os testes com um distribuidor alemão para termos maior controlo. Quando estivermos satisfeitos podemos ir aos clientes e eles integram os seus serviços no nosso sistema. Só depois disso vamos alargar aos restantes mercados. É baseado na nuvem e isso traz uma vantagem: Se tivermos milhares de oficinas a usar o ID Garage e alguma delas se deparar com um diagnóstico ou um problema que nunca viu, haverá informação das outras oficinas sobre esta questão. Isso é muito poderoso para melhorar o trabalho e partilhar todas estas questões técnicas. Mesmo para o consumidor é interessante, porque depois de um automobilista português fazer uma reparação no seu carro a informação fica na nuvem, com a sua autorização, e se precisar de fazer uma reparação em Madrid, por exemplo, essa oficina pode aceder à informação. Está tudo ligado e o processo é mais ágil.
PERFIL Passados 15 anos, Neil Fryer, um profissional bem conhecido e com experiência no setor, voltou a juntar-se à TRW em junho de 2014. A sua última função na empresa foi Diretor Geral de Vendas e Distribuição para o mercado europeu. Agora assumiu o cargo de diretor global técnico e de marketing da divisão de peças e acessórios da TRW Automotive Aftermarket. Neil traz consigo uma grande experiência que adquiriu em posições de responsabilidade crescente em todo o mercado global do pós-venda automóvel: Diretor de Grupo da Bosal International; Membro da Comissão de Supervisão da Tecdoc Informations System GmbH; Vice-Presidente, Fiat Parts & Service Europe e, mais recentemente, cofundador de uma empresa de consultadoria global no setor automóvel, bem como o exercício das funções de diretor não-executivo da Rhiag Inter Auto Parts Spa, Itália.
E para as oficinas este sistema será muito dispendioso? Terá um custo muito competitivo. Hoje investe-se muito dinheiro em hardware e aqui a única coisa que é necessária é um computador. Todas as oficinas têm um computador e podem começar a usar a nossa plataforma instantaneamente. Se tiverem mais computadores podem fazer mais diagnósticos com um pequeno investimento. OS CARROS SEMIAUTÓNOMOS A TRW está também muito ligada às tecnologias dos veículos semiautónomos. Como é que toda esta eletrónica e estas inovações vão afetar o aftermarket? Este tipo de desenvolvimentos tem um período de implementação muito longo. Os carros autónomos vão ser mais rápidos a aparecer porque a tecnologia de base, como radares, sensores e câmaras já estão desenvolvidos mas não sei ao certo como vai afetar o aftermarket. Vamos ter que esperar para ver. Mas vamos ter também que esperar para saber outras coisas, como por exemplo, se haverá mais ou menos carros no futuro. Se forem menos mas fizerem mais quilómetros vão ter um maior desgaste e precisar de mais manutenção. Vamos ter que esperar para
ver como todo este desenvolvimento afeta o aftermarket. Mas isso vai afetar a manutenção e reparação dos veículos. Sem dúvida. O nosso trabalho é fazer com que as oficinas estejam preparadas para reparar e fazer a manutenção desses carros, por muito avançados que eles sejam tecnologicamente. Nós como fornecedores só podemos ter esse pensamento e temos essa responsabilidade. Sabemos que vai afetar e que muita coisa será diferente, mas não sabemos ainda exatamente como vai ser. Estamos preparados para isso, até porque temos o know-how do primeiro equipamento. As oficinas vão ter também que dar uma resposta rápida a todas estas inovações. Como é que isso se consegue? A formação é uma parte da receita para essa adaptação, mas não é tudo. É fundamental também que tenham acesso a todas as ferramentas necessárias para trabalhar nos veículos. Vamos continuar a fazer a formação tradicional numa sala com as pessoas sentadas a ouvir um técnico a falar. Mas não creio que esteja a ser muito ousado se lhe disser que vamos também, provavelmente, ter que usar a realidade virtual, e todas as oficinas passam a beneficiar de um engenheiro mecânico que os guia através de realidade virtual para a resolução de um problema. Talvez não estejamos assim tão longe disso. Estive recentemente numa Universidade em Pisa, Itália, onde eles desenvolveram um sistema semelhante para máquinas industriais. É um benefício enorme para uma indústria, neste caso, mas pode vir a ser também um enorme benefício para uma oficina, que não pode estar parada à espera da resolução de um problema. No futuro vamos ter carros com menos manutenção mas com valores mais altos? Potencialmente os carros terão menos
reparação com valores mais altos. Mas o que vejo como área importante para que as oficinas pensem nisso é terem a certeza que valorizam o seu trabalho e o seu conhecimento. Em muitos países, também em Portugal, os mecânicos desvalorizam a sua especialização e vendem as peças a preços elevados e a mãode-obra a valores muito baixos. Isso é um problema. Porque se o número de peças de um carro for menor e a dificuldade de reparação maior, é necessário investir muito tempo para fazer diagnóstico e muito tempo para perceber qual o problema. É preciso cobrar isso ao cliente e fazê-lo perceber a importância do seu trabalho. É algo que tem que ser valorizado mas com a estratégia dos últimos anos, os clientes vão ter dificuldade em perceber isso. O paradigma tem que mudar. Até porque as margens nas peças são hoje mais baixas também. Vivi em Itália nos últimos 10 anos e assisti muitas vezes aos mecânicos a dizer que no preço da peça não podem mexer, mas que fazem um desconto na mão-de-obra. Estão a desvalorizar o seu trabalho. É preciso alterar esta mentalidade, em Itália, em Portugal, em todos os países que ainda pensam assim. Estamos a falar também dos mecânicos se tornarem mais profissionais e para isso também está a contribuir uma mudança de gerações. É interessante ver que a atitude dos profissionais mais novos já é diferente e têm uma grande predisposição para a parte eletrónica. É interessante a partilha de conhecimentos entre os mais velhos e os mais novos. Algumas oficinas não vão ter negócio no futuro. Esta é a realidade. Mas as que derem os passos certos vão ter, não só negócio, como reconhecimento porque é necessário cada vez mais conhecimento. Até porque vão ter que lidar com todas as câmaras e sensores que a TRW está a desenvolver no primeiro equipamento, por exemplo. Sem dúvida. Um exemplo simples é o travão de mão. Há 20 anos era algo muito simples, totalmente mecânico. Hoje está integrado no sistema eletrónico de travagem do carro. É tudo diferente e pode funcionar com o ABS e o ESP. Algo que, em termos de uma peça em si é bastante básico, necessita hoje de um conhecimento elevado pela ligação a toda a eletrónica. A nova geração já está formatada para isso? Tem que estar. Embora seja uma generalização perigosa, toda a gente conseguia resolver o problema de um travão de mão que não funcionava há 20 anos. Hoje já não é assim. As oficinas devem preparar-se já para toda DEZEMBRO 2014
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PROTAGONISTA começou a fazer peças de metal e desenvolveuas para a eletrónica, estas empresas já começaram na eletrónica e o negócio automóvel é apetecível para eles. Basta ver como a Google está a entrar no setor. É um negócio muito atrativo e as empresas tecnológicas já têm esse know-how. É verdade. Com a internet, os carros vão comunicar diretamente com as oficinas. Há muitas oportunidades para estas empresas tecnológicas. Vamos ver uma grande mudança no aftermarket nos próximos anos? Sim. Já vimos nos últimos 25 anos e nos próximos vamos ver isso também. Ainda me lembro quando entrei na Lucas: um dos nossos produtos que mais vendia era a tampa do distribuidor para ignições. Ninguém já sabe o que é isso, a não ser os carros clássicos. Vamos ver grandes mudanças nos próximos anos. Muitos mecânicos estão assustados com toda esta eletrónica. Têm razões para isso? Creio que se as pessoas têm medo vão ser afetadas. Se virem que é uma oportunidade e olharem para o que podem fazer para tirar vantagem destes novos tempos conseguem encontrar um caminho para viver e para se desenvolver. É muito importante para nós convencer as oficinas que há um caminho para eles. É um ponto-chave.
a panóplia de eletrónica que aí vem ou ainda é cedo para esse investimento? Nunca é demasiado cedo. O melhor é adiantarem-se sempre às situações. Para mim, o que a oficina precisa de comunicar ao seu cliente, o consumidor final, é que tem capacidade e competência para fazer a reparação e manutenção do seu carro. É péssimo quando uma oficina diz a um cliente que não tem capacidade para resolver determinado problema. E aqui podem não estar apenas a perder um cliente, mas vários porque as pessoas falam sobre estas coisas entre elas. E aí estão a dar argumentos aos clientes que, nestes casos, acabam sempre por ir às oficinas oficiais das marcas, porque as pessoas têm a perceção de que essas oficinas, como estão ligadas à marca, têm mais capacidade. Mas não é verdade. É muito importante que as oficinas se preparem também para que o aftermarket não perca a oportunidade. E nós estamos cá para ajudar. As oficinas independentes estão hoje, de uma forma geral, ao nível das oficinas oficiais? Em muitos casos conseguem mesmo ser mais profissionais. A diferença está em que as oficinas oficiais das marcas têm muito apoio porque recebem toda a informação do construtor e têm que lidar, regra geral, apenas com uma marca. Os independentes não têm esse apoio. É aí que entram os fornecedores, para lhes darem competitividade e os colocar ao mesmo nível das oficinas oficiais.
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Um dos caminhos para as oficinas é juntarem-se em rede? Julgo que os benefícios de trabalhar em rede é ter acesso a uma série de serviços associados e ter acesso a mais informação. Nesse ponto é importante fazer parte de uma rede. Mas não é só estar numa rede. É estar numa boa rede, que garanta o apoio, a formação e a informação porque entrar numa rede por si só não resolve nada. Não pode ser apenas uma placa na parede com o nome da insígnia. No futuro os automóveis vão usar o mesmo procedimento das empresas de eletrónica: quando uma peça se avaria é substituída por uma nova e não se repara nada? É bem possível. Uma das dificuldades com algumas peças eletrónicas é que mudam tão rápido que as versões anteriores deixam de ser produzidas. E esse é um problema no negócio da eletrónica. Mas não sei como é que isso vai afetar exatamente o nosso negócio. Vamos começar a perceber isso em breve. A outra questão é que vamos ver empresas eletrónicas a entrar no negócio automóvel porque este negócio tornou-se atrativo para eles. A TRW
OS MECÂNICOS DESVALORIZAM A SUA ESPECIALIZAÇÃO E VENDEM AS PEÇAS A PREÇOS ELEVADOS E A MÃO-DE-OBRA A VALORES MUITO BAIXOS
MERCADO PORTUGUÊS O que representa atualmente o mercado português para a TRW? É um mercado importante para nós, temos uma grande história também com a Lucas e continuamos a desenvolver o nosso negócio em Portugal. Temos boas relações com os clientes, muitos deles há muitos anos e vamos continuar a crescer e a ajudar os nossos clientes a crescer e a estarem melhor preparados. Quais são as principais necessidades das oficinas? As oficinas, através dos distribuidores, querem informação e formação técnica. A formação é vista hoje com mais-valia e vemos que temos cada vez mais procura. A velocidade do mercado é muito grande, há mais produtos e a informação tem que acompanhar. É aí que o mercado independente ainda sente alguma necessidade mas deram-se passos muito fortes nos últimos anos. Os nossos clientes querem também produtos de qualidade e um serviço de excelência. Nos próximos meses vamos ver muitas novidades por parte da TRW? Vamos ter muitos novos produtos, como a gama de pastilhas DTEC, muito apoio na área digital ou novidades nos amortecedores, o Corner Module vai continuar a sua evolução e o Tech Corner vai ter cada vez mais informação disponível. Mas o que podem também esperar de nós nos próximos 12 a 18 meses é continuar a desenvolver a relação com os clientes e a colmatar as suas necessidades. No fundo, dar aos clientes o que eles precisam.
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Axalta. Apresenta tendências de cores auto A Axalta Coating Systems divulgou o seu Relatório de Popularidade de Cor Automóvel de 2014. O relatório deste ano fornece uma introdução ao Color Matrix, a previsão da Axalta sobre cor automóvel para o seu uso na produção futura de veículos.
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ste Relatório de Popularidade de Cor revela que as próximas tendências dividem-se em quatro grupos de cor: tons claros, cores brilhantes, versões suaves e tons escuros. A matriz de cores é apresentada numa variedade de cores metalizadas finas ou grossas, sólidas, tricamada e perladas. As tecnologias avançadas de cor das equipas globais de pesquisa e desenvolvimento da Axalta adicionam uma maior amplitude de combinações de estilos de cor. Os dados sobre
cor a nível global indicam que o branco, com 29 pontos percentuais, continua a ser, pelo quarto ano consecutivo, a cor mais popular em veículos, enquanto as cores vermelho, azul e amarelo estão a dar sinais de retoma com um aumento de um por cento cada uma. O preto, com 19 pontos percentuais, continua forte no mercado em geral, mas desceu um por cento desde o ano passado. Reltivamente ao mercado europeu este relatório mostra que este continente dispõe do
maior número de veículos azuis em circulação, com maior interesse nos tons médios e claros. A maior incidência do azul verifica-se nas categorias de veículos compactos/desportivos e em monovolumes intermédios (MPV). O prateado continuou a decrescer em 2014. A mega tendência do branco diminuiu em dois pontos percentuais. O verde não está a captar a atenção dos compradores de veículos e permanece com apenas um por cento de popularidade.
MECATRÓNICA ONLINE. FAZ PARCERIA COM A JCM-CONSULT
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s empresas Infomecatrónica, Lda. e a empresa JCM – Consult estabeleceram recentemente uma parceria em termos de partilha de informação técnica. A JCM – Consult é uma referência no mercado nacional em tudo o que está relacionado com o conhecimento na área de tecnologia automóvel sendo especializada em caixas automáticas e transmissões automáticas.
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As empresas sentem que esta parceria trará benefícios aos clientes de ambas as empresas pois irão ter ao ser dispor uma linha de apoio técnico (Mecatrónica Online) que englobará também a componente de transmissões automáticas e caixas automáticas, que equipam diversos veículos hoje em dia. Mais informações sobre esta linha de apoio técnico em www.mecatronicaonline.pt.
TRW. TECH CORNER REFORÇA POSICIONAMENTO DIGITAL
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TRW Automotive Aftermarket apresentou dois grandes desenvolvimentos baseados na web, que irão ajudar os distribuidores e as oficinas. O “Tech Corner” é um centro de informações técnicas online gratuito, que ajuda os instaladores a reparar e substituir componentes TRW em segurança. Esta página Web é atualizada regularmente e está repleta de guias práticos, pequenos vídeos de demonstração e tutoriais, para apoiar os instaladores durante o seu trabalho com componentes TRW. A empresa anunciou também que o seu catálogo de peças europeu atualizado e renovado está agora disponível no portal principal da TRW Aftermarket: www. trwaftermarket.com. Como parte de uma estratégia de melhoria contínua, estão previstos novos desenvolvimentos de ambas as ferramentas de comunicação para os próximos meses.
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Motul. Novo 8100 FE 5W30
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omo forma de simplificar o trabalho dos profissionais na escolha do melhor stock de lubrificantes para a oficina, a Motul lançou o 8100 Fuel Eco 5w30, um produto que tem a particularidade de cumprir as normas ACEA C2 e C3. Esta nova tecnologia introduzida no 8100 Fuel Eco 5w30, permite a este lubrificante 100% sintético, oferecer elevadas prestações e ao mesmo tempo permitir uma grande redução do consumo de combustível.
A Motul torna-se assim uma das pouquíssimas marcas no mercado mundial a oferecer esta solução inovadora e cobrir o imenso parque de marcas que exigem um lubrificante com a norma ACEA C3, ou seja, produtos de elevada viscosidade. Desta forma, cumpre também com a norma ACEA C2, graças à baixa fricção e ao seu conteúdo “Mid SAPS” que é recomendado quando é requerido o uso de modernos lubrificantes “Fuel Economy”.
TMD FRICTION. NOVIDADES NO PORTEFÓLIO DE PRODUTOS
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empresa desvendou novidades para as marcas Textar, Mintex, Don, Pagid, Cobreq, Cosid e Dynotherm. Entre as diversas novidades destaque para a Textar que tem uma linha de produtos com mais de 1500 discos e pastilhas de travão, o que representa uma oferta transversal a todos os automóveis presentes no mercado europeu.
Trata-se de uma gama que tem vindo a ser, nos últimos tempos, reforçada com a adição de diversos componentes e líquidos e que beneficia da nova imagem que foi apresentada na Automechanika. A Mintex e a Don reformularam a sua imagem e aumentaram ainda mais a qualidade dos seus produtos com vista à internacionalização.
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Contitech. ContiDrive junta tudo numa única aplicação
D VIEIRA & FREITAS. REFORÇA GAMA COM PHILIPS
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Vieira & Freitas Lda, distribuidor Philips e Narva, quis satisfazer as necessidades dos profissionais e completou a gama de iluminação automóvel, lançando no mercado português a linha profissional da Philips em gambiarras de trabalho com LED de alta potência. Trata-se de uma completa gama de gambiarras ultra resistentes ao choque e à prova de água, de 220v com fio ou portáteis recarregáveis, com grande autonomia de carga e potências entre os 150 a 900 lumens. Comparando com ofertas do mercado, as Philips distinguem-se pela qualidade e pela luminosidade conseguida.
VALORCAR. CINCO NOVOS CENTROS INTEGRAM REDE
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Valorcar anunciou a integração de cinco novos centros na sua rede nacional. A seleção dos centros a integrar na rede Valorcar faz-se através de concurso, com regras definidas em regulamento aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Com esta integração a Rede Valorcar passa a somar 86 centros, espalhados por todos os distritos do continente e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
NOVOS CENTROS VALORCAR BRAGA ZENIT Automóveis, Unipessoal, Lda FARO PLASFARO, Lda GUARDA JOSÉ MENDES ALVES LEIRIA RODAPEÇAS – Pneus e Peças, SA LISBOA JOSÉ MARIA FERREIRA & FILHOS, Lda
esde pesquisa de artigos até notícias e informações completas, a nova aplicação ContiDrive transporta o universo completo das correias e dos componentes do acionamento por correia da ContiTech para o smartphone. Para a procura de artigos, a aplicação oferece duas possibilidades ao utilizador. Através da introdução direta do número de artigo/número comparativo ou introdução dos dados do veículo. A aplicação ContiDrive oferece, adicionalmente, todas as informações específicas do artigo. Estão disponíveis listas de peças, imagens, conselhos de montagem, instruções de montagem ou aplicações no veículo. Uma forma de chegar a estas informações é através de um leitor de código
QR integrado. Este permite ler o código QR presente nas embalagens dos produtos da ContiTech, dando acesso direto ao produto desejado. Com a nova aplicação, a ContiTech introduz também conteúdos de Realidade Aumentada (AR, Augmented Reality). Inclui modelos tridimensionais de tensores de correia em vista pormenorizada ou animações de um motor de combustão interna – as possibilidades de Realidade Aumentada da aplicação podem ser exploradas em ligação com a nova brochura “Correias e Componentes: Tecnologia, Conhecimento, Conselhos”. Algumas páginas da brochura têm o logótipo da aplicação ContiDrive, indicando que estão disponíveis conteúdos adicionais de Realidade Aumentada.
ANEST IWATA. NOVA GERAÇÃO DE PISTOLAS HVLP
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Anest Iwata lançou no mercado a nova pistola Supernova Entech HVLP com a vantagem de oferecer uma aplicação mais fácil das bases hidrossolúveis. De fácil ajuste nos diferentes climas (seco e húmido) o novo modelo de pistola Supernova by Pininfarina permite uma aplicação mais homogénea das cores, além de uma melhor distribuição das partículas dos metalizados e sem sombras nas cores mais difíceis. O mais importante, refere a marca em comunicado, foi “termos baixado a pressão de aplicação para 1,8 bar, com a consequente poupança que isso permite”. Com a tecnologia da Anest Iwata, o profissional pode reduzir a pressão de trabalho uma vez que com a tecnologia SPLIT, consegue-se mais atomização com a mesma pressão de um sistema tradicional ou standard.
ALECARPEÇAS. NOMEADO DISTRIBUIDOR OFICIAL DA GATES
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o distribuir a Gates, a Alecarpeças reforça assim as suas parcerias e alarga o seu portefólio de marcas e produtos. Como fabricante líder de sistemas de transmissão para motores, a Gates está constantemente em evolução para desenvolver soluções que transformam as relações comerciais do dia-a-dia em parcerias sólidas. Com o objetivo de servir os clientes
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com peças de qualidade OE e serviços de valor acrescentado a Gates desenvolveu um conjunto de ferramentas que permitem otimizar o negócio e a forma como todos os intervenientes do negócio interagem. A Alecarpeças associa-se à Gates neste processo e irá em breve disponibilizar um conjunto de serviços que permitirão desenvolver a atividade no Aftermarket.
22 REVISÃO FOI NOTÍCIA QUE... … a Carglass comemorou muito recentemente o 25º aniversário da marca, em Portugal. O evento decorreu em Lisboa, e contou com a presença de cerca de 100 convidados, onde se destacavam os colaboradores, fornecedores e parceiros de negócios. … a CompetiNstante passou a representar as marcas Sanden, Denso e Delphi no norte de Portugal, ao nível da refrigeração automóvel (compressores de A/C). … a Loyal Car, empresa especializada na mediação automóvel, acaba de anunciar uma parceria com o Automóvel Clube Portugal (ACP).Com esta parceria, os automóveis mediados pela Loyal Car passam a contar com a certificação ACP/DEKRA. É um processo de certificação que utiliza as mais avançadas técnicas de diagnóstico mecânico e eletrónico, abrangendo o estado do motor, os sistemas de segurança, as duas transmissões, o chassis, a pintura, os travões e o habitáculo. … os colectores de admissão da prestigiada marca VAICO estão novamente disponíveis para entrega na Pacec, empresa que comercializa peças Mercedes, com sede nas Caldas da Rainha. … a Fonseca, Matos & Ferreira acaba de apresentar a sua nova gama de pistolas de impacto da marca Cleco (CV séries). Disponível em três versões (500R, 750P e 750P-8) as chaves de impacto da Cleco destacam-se pelo seu elevado torque, resistência e leveza. Está a decorrer até final de 2014 uma promoção com estas novas chaves de impacto. … a Borg & Beck acaba de lançar a última edição do seu prestigiado catálogo de componentes de direção e suspensão. Denominado “7G”, o novo catálogo integra aplicações para veículos ligeiros e comerciais de passageiros em 1551 páginas de produtos diversificados. Com 7107 referências, incluindo mais de 1100 novas incorporações, com destaque para as barras estabilizadoras reforçadas ou para a ferramenta de montagem dos casquilhos da suspensão traseira. … a Sage Portugal foi eleita Escolha dos Profissionais 2015 pela empresa Escolha do Consumidor na categoria Software de Gestão, fruto da aposta na inovação e desenvolvimento das soluções adequadas às necessidades dos profissionais para a gestão do seu negócio. … que no Groupauto International Congress, realizado recentemente em Atenas, na Grécia, a Gates Europe recebeu a distinção de melhor na sua categoria como “Fornecedor do Ano” – Categoria de Logística. Os vencedores dos prémios são eleitos pelos 30 membros nacionais do grupo comercial, que representam 2 981 pontos de venda.
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Tenneco. Supensão inteligente Monroe no Volvo XC90
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Tenneco, através da marca Monroe, anunciou que o Grupo Volvo Car escolheu a última geração da CVSAe (Continuously Variable SemiActive Suspension) como oferta de série para a edição especial do Volvo XC90 First Edition. Os amortecedores CVSAe melhoram o conforto e a estabilidade de um veículo, ajustando continuamente todos os quatro amortecedores até 100 vezes por segundo, para alterar as condições de condução e situações de condução dinâmicas nas curvas, mudanças de faixa de rodagem, acelerações e travagem.
Com os amortecedores CVSAe o condutor pode escolher entre modo padrão, conforto ou sport em qualquer momento, de acordo com as suas preferências de condução, para uma viagem mais confortável, mais dinâmica ou mais desportiva. A Volvo foi o primeiro fabricante de automóveis a introduzir a tecnologia de amortecimento electrónico da Tenneco como padrão nos seus modelos de topo S60R e V70R em 2002. A tecnologia CVSA da Tenneco/Monroe está em produção para 37 modelos de veículos em várias marcas de prestigio global. Pedidos para 9 novos modelos de veículos estão actualmente em desenvolvimento.
ALEA. NOVA IMAGEM E GAMA ALARGADA AOS LIGEIROS
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o ano em que celebra 10 anos de existência, a ALEA apresenta a sua nova imagem e alarga a sua oferta aos veículos automóveis ligeiros. Especialista no desenvolvimento de peças e acessórios para o setor automóvel, inicialmente com foco exclusivo no setor de Pesados e recentemente com o desenvolvimento da sua oferta também para o mercado de Ligeiros, a ALEA desde cedo traçou como os seus principais ideais conceitos como Qualidade, Segurança e Ambiente, como os pilares para o seu crescimento. Atualmente estão asseguradas a produção de mais de 2.700 referências, para um conjunto de 10 famílias de Produtos. Estas cobrem as áreas de produto de suspensão, direção, travagem, transmissão, elétrico, cabine e acessórios, produtos de limpeza e anticongelante. A marca ALEA é distribuída em exclusivo pelas empresas Aftermarket do Grupo Nors, Civiparts, AS Parts e ONEDRIVE.
SIKKENS. VERNIZ AUTOCLEAR 2.0 JÁ DISPONÍVEL
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AkzoNobel expandiu o seu sistema de repintura de veículos com o Sikkens Autoclear 2.0, um novo verniz que utiliza uma tecnologia patenteada de ligante para um acabamento perfeito, excelente desempenho de secagem, endurecimento superior e flexibilidade. O Autoclear 2.0 é a última adição ao sistema Sikkens, que também inclui o Autowave MM 2.0 e o Autosurfacer UV. Tal como as outras duas gamas de produtos no sistema, introduzidas em 2012 e 2013, representa um salto enorme, refletindo o compromisso da Sikkens com a melhoria contínua. O Autoclear 2.0 é um dos vernizes mais ecológicos do mercado: as suas características de secagem rápida e a baixa temperatura reduzem o consumo de energia e da pegada de carbono global; foi formulado com 13,5% de ingredientes renováveis; e com um tempo de vida de 1,5 a 2 horas, tem menos mistura e menos resíduos. Tudo isto faz parte do nosso compromisso de fazer mais com menos.
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REVISÃO
SHELL. FORNECEDOR DA BMW A PARTIR DE 2015
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Shell anunciou que foi escolhida pela BMW AG como novo fornecedor único mundial recomendado para óleos de motor aftermarket para todas as suas marcas: BMW, BMW i, BMW M, Mini e BMW Motorrad. Este acordo é válido em mais de 140 países em mais de 3500 concessionários BMW e tem início já no início de 2015. A colaboração significa que a Shell irá produzir e fornecer os óleos de motor de marca da BMW em todo o seu serviço de pós-venda. Estes produtos satisfazem as mais recentes especificações dos motores BMW e assentam na tecnologia PurePlus da Shell, que inova na formulação dos óleos.
SKF. Expande Códigos QR
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SKF expandiu o projeto de códigos QR de rolamentos de roda e kits de correia de distribuição para toda a sua gama. Cada código pode ser “scaneado” usando um smartphone ou tablet, e dá acesso imediato a uma página web mobile, que contém toda a informação necessária e atualizada para o respetivo Kit de reparação SKF. Esta iniciativa foi posta em prática para ajudar os mecânicos a achar informação técnica
relevante onde quer que estejam e que os ajude a realizar as reparações corretamente. Não só a informação é de acesso rápido e fácil, como a tecnologia permite atualizá-la com a frequência que seja necessária.O projeto será lançado na Europa no final de 2014 e é espectável que os clientes vejam estas novas embalagens nas suas prateleiras durante o 1º trimestre de 2015. Mais informação disponível em vsm.skf.com.
METELLI. ADQUIRE EMPRESAS LÍDERES BAHCO. EM PARCERIA COM A ALPINE
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SNA Europe, com a sua marca Bahco, tem uma parceria com a equipa de competição Signatech Alpine que compete no European Le Mans Series. A última prova da época de 2014 foi realizada no circuito do Estoril nos dias 18 e 19 de Outubro, com a Alpine a sagrar-se campeã da categoria pelo segundo ano consecutivo. A SNA (Bahco) levou alguns dos seus clientes de Portugal e Espanha à prova, onde puderam viver de perto todas as emoções de uma prova deste tipo. Nesta parceria a Bahco fornece à equipa, por exemplo, macaco extra baixo 1,5 Tn, chave de impacto pneumática de magnésio 1/2’’, booster 12V 800 CA, carro de grande capacidade com 12 gavetas Alpine ou bandejas de espuma com múltiplas opções de configuração.
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Metelli SpA anunciou que foi alcançado um grande objetivo industrial que representa um passo importante para o desenvolvimento do seu negócio. Depois de um intenso estudo de mercado para identificar as melhores oportunidades em termos profissionais, seriedade e capacidade de produção e inovação, a Metelli SpA adquiriu o controlo de duas importantes
empresas italianas: Fri.Tech. Srl e Trusting Srl, ambas líderes nos seus setores de produção: maxilas de travão e pastilhas de travão. A aquisição vai permitir criar sinergias entre as várias famílias de componentes auto nas quais a Metelli SpA se destaca pela qualidade de produção: bombas de água, partes de travão, transmissões e partes de motor.
MEYLE. NOVO KIT DE REPARAÇÃO
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Wulf Gaertner Autoparts oferece agora o novo Kit de reparação Meyle, com todo o material necessário para uma reparação eficiente do eixo da transmissão do Porsche Cayenne e VW Touareg. O novo kit MEYLE contém o rolamento do suporte, abraçadeira, fole em borracha e massa, possibilitando às oficinas repararem o rolamento central do suporte facilmente sem necessidade de substituir toda a transmissão, tal como acontece com o seu equivalente Original. Isto poupa recursos, evita custos desnecessários e permite que as oficinas ofereçam aos seus clientes um serviço mais rápido. O novo kit de reparação – referência MEYLE 100 151 0000/S – para o Porsche Cayenne e VW Touareg, já está disponível no mercado; a referência MEYLE para o cardan de
transmissão é 100 152 1001. O novo kit de reparação MEYLE também inclui instruções de montagem detalhadas, uma vez que há uma série de pontos importantes a ter em conta para assegurar uma instalação eficaz.
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Bosch. Novos focadores de faróis HTD 615 e 815
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Bosch Automotive Aftermarket acaba de lançar dois novos modelos de equipamentos eletrónicos para a focagem de faróis: o HTD 615 e o digital HTD 815. O modelo Bosch HTD 615 é um focador de faróis por fotodíodos para monitorizar e avaliar, de forma segura, todos os sistemas comuns dos faróis. Tem um desenho resistente e adequado para a utilização nas oficinas, permitindo trabalhar de forma ergonómica, contando com um ajuste seguro
graças à tecnologia a laser e aos rápidos microcontroladores que incorpora. Por sua vez, o modelo Bosch HTD 815 é um focador de faróis inteligente, com câmara CMOS, para monitorizar e avaliar de forma segura todos os sistemas comuns de faróis. Incorpora um programa automático de guia para a inspeção, assim como funções manuais para os ajustes individuais. Trata-se de um equipamento de manuseamento muito rápido devido à sua estrutura e ao processamento de imagem otimizada.
CEPRA. BRONZE NO EUROSKILLS 2014
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o Campeonato Europeu das Profissões – Lille 2014 o CEPRA voltou a subir ao pódio para receber uma medalha de bronze. Rui Brites, o formando do CEPRA que representou Portugal na competição de Mecatrónica Automóvel obteve o 3º lugar a escassas décimas de ponto do 1º classificado. Na 4ª edição do Euroskills, 420 jovens de 25 países, competiram entre si em 41 profissões para o título de melhor da europa. O próximo desafio é já em agosto de 2015, no Campeonato Mundial, que se realiza na cidade brasileira de S. Paulo. O IEFP, I.P., enquanto representante de Portugal nas organizações
GLASSDRIVE. “ESCOLHA DO CONSUMIDOR”
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Glassdrive viu reconhecida a qualidade do seu serviço na satisfação dos seus clientes ao ser reeleita “Escolha do Consumidor” pelo terceiro ano consecutivo. No comunicado enviado pela empresa, a Glassdrive assegura que a “Qualidade, Rapidez, Confiança, Eficiência, Profissionalismo e Segurança” foram alguns dos atributos mais valorizados pelos consumidores aquando da decisão final, posicionando a empresa como a marca de referência nesta área de especialidade em Portugal. No mesmo texto pode ler-se que “as crescentes apostas na qualificação dos seus profissionais, num atendimento de excelência e na prestação de um serviço diferenciador e de qualidade” continuarão a ser o seu compromisso.
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AUTOCREW. MAIS QUATRO NOVOS ADERENTES
S WorldSkills International e WorldSkills Europe, promove esta iniciativa a nível nacional e assume a representação portuguesa nos Campeonatos das Profissões de âmbito internacional.
ALPINE. RECETOR DIGITAL ILX-700 COMPATÍVEL COM CARPLAY DA APPLE
eguindo com a sua estratégia de crescimento do conceito AutoCrew em Portugal, o Grupo Bosch no nosso país acaba de celebrar a abertura de mais quatro oficinas AutoCrew no país. Para Mónica Alves, responsável da rede de oficinas AutoCrew em Portugal “a abertura de mais 4 oficinas reflete que estamos no bom caminho, no caminho do crescimento. A nossa ambição é continuar a crescer, dando a possibilidade aos nossos parceiros de fazerem parte de uma rede oficinal dinâmica e de confiança”. S. Domingos de Rana, Boliqueime, Charneca da Caparica e Viana do Castelo são as localizações que receberam as mais recentes oficinas deste novo conceito oficinal. De norte a sul de Portugal, a AutoCrew conta neste momento com 30 oficinas.
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Alpine Electronics Europe anunciou o lançamento no mercado do iLX-700, que terá lugar em Dezembro de 2014. Trata-se de um recetor digital de painel de instrumentos para aftermarket com uma compatibilidade perfeita com o CarPlay da Apple. Este produto inovador e atrativo reforça a posição da Alpine na área dos veículos, proporcionando uma solução mais inteligente, mais segura e mais divertida para a utilização de iPhone nos veículos. O iLX-700 estará disponível por um preço de venda ao público recomendado de 617 euros (mais IVA) a partir de Dezembro de 2014 nos distribuidores autorizados Alpine. Para mais informação procure os distribuidores em www.alpine.pt.
ONEDRIVE. NOVO CATÁLOGO DE LUBRIFICANTES WOLF
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Onedrive tem já disponível para distribuição o novo Catálogo de Lubrificantes Wolf. Neste catálogo encontra-se toda a informação sobre as linhas Wolf, incluindo as atualizações das aplicações já disponíveis e constitui uma excelente ferramenta de promoção de vendas e de apresentação do produto junto dos clientes. Consulte o site www.onedrive.pt para conhecer as várias aplicações deste produto.
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DEKRA. Desenvolve projeto LIFE para oficinas A componente ambiental é primordial para qualquer oficina. Atenta a essa realidade, a DEKRA disponibiliza para as oficinas o projeto LIFE, um conceito que ultrapassa a mera consultoria ambiental. Reduzir custos e ter ganhos económicos são dois pontos fortes deste projeto. TEXTO PAULO HOMEM
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DEKRA considera que o projeto LIFE fazia falta ao mercado. Diz o coordenador do mesmo, Pedro Rua, que se trata de um projeto alargado de redução de custos respeitando a regulamentação ambiental, aplicável a todo o tipo de oficinas de manutenção e de todas as dimensões. O Projeto LIFE baseia-se em quatro eixos fundamentais: mais economia, melhor ambiente, maior produtividade e satisfação dos recursos humanos e maior confiança e satisfação dos clientes.
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“O que nos interessa, na parte económica e de ambiente é dar um parecer ao nosso cliente onde ele pode procurar o melhor para a sua oficina, em função daquilo que ele tenha em termos de equipamentos, de consumíveis e de resíduos”, refere Pedro Rua, acrescentando que “queremos através deste projeto que a oficina transmita maior confiança aos clientes e que estes se sintam mais satisfeitos na ida à oficina. Serão também focados aspetos de higiene e segurança no trabalho, o que juntamente com os outros aspetos, permite obter
maior produtividade e maior satisfação dos recursos humanos”. ÁREAS DE TRABALHO Com este projeto a DEKRA propõe-se elaborar para cada oficina um plano de redução de resíduos e nos consumíveis um plano de poupança (que não passa necessariamente pela alteração dos fornecedores, mas pela aplicação de boas práticas, renovação de preços, alteração das políticas de stocks, etc). Nas penalizações ambientais fazer um plano de prevenção, em que dizem ao cliente que existem situações a
corrigir e o seu potencial de coimas ambientais, isto é, o risco que ele corre naquele momento por não cumprir a lei ambiental. METODOLOGIA Para desenvolver este projeto, a DEKRA propõe-se trabalhar em quatro fases. Numa primeira fase é feito, para a área dos consumíveis e dos resíduos, um diagnóstico que mais não é do que a avaliação dos custos face ao mercado, isto é, o “que é que a oficina tem atualmente e o que pode vir a ter no futuro se seguir as nossas indicações, através da racionalização de desperdícios, da avaliação das potenciais coimas e da otimização dos processos”, revela Pedro Rua. Se o cliente aceitar o que lhe foi proposto e PUBLICIDADE
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ESPECIALISTA
ENTREVISTA A PEDRO RUA CONSULTOR AMBIENTAL DEKRA
Para que tipo de oficinas é dirigido o Projeto LIFE? Todas. Seja que tipo de oficina de manutenção for, seja de ligeiros ou pesados, e independentemente da sua dimensão. Mesmo uma micro-empresa pode usufruir das vantagens deste projeto, até porque correm sérios riscos de não estarem em cumprimento ambiental, mas também porque não têm recursos humanos suficientes para acompanhar estes processos. O objetivo é caminhar para a certificação ambiental das empresas que vão aderir ao projeto LIFE? Não se trata da certificação ambiental ISO 14001, mas é uma excelente base para isso. Porém, o nosso foco é nos aspetos práticos e operacionais e não tanto nos aspetos documentais. Qual foram os resultados obtidos nos projetos piloto? Temos vários casos reais que nos servem de argumentação para os nossos clientes onde o retorno é evidente. Por exemplo, relativamente às penalizações ambientais e face a 2013, evitámos várias coimas ambientais, a maior foi de 44.800€. Já nos resíduos e consumíveis, obtivemos entre outras, poupanças anuais entre os 14.000€ e os 40.000€ por oficina. Realço também o espirito de partilha de resultados deste projeto, uma vez que parte da nossa remuneração é variável e depende dos resultados atingidos. Este projeto intervém também ao nível dos fornecedores e dos consumíveis das oficinas. Em que medida? São fatores que acarretam custos elevados para as oficinas. A nossa metodologia de trabalho incide na otimização dos fornecedores tendo em conta uma prévia avaliação e na otimização da utilização dos produtos, materiais e matérias primas. Conseguimos mostrar, na prática, que se pode reduzir muito os custos. Como exemplo posso referir um caso em que a redução de custos nos resíduos foi de 57% e nos consumíveis de 21%. Que outros benefícios existem para uma oficina? Não são só os benefícios económicos na valorização dos recursos / resíduos e na redução de custos, existe também um benefício grande ao nível da imagem da oficina, que é muito importante nos dias de hoje para uma empresa que presta serviços ao cliente. Nomeadamente melhor imagem no mercado, junto de clientes e consumidores, fator de competitividade perante outras empresas do mercado, enquadramento nas empresas com um nível de responsabilidade ambiental mais elevada, melhores condições de ambiente e segurança nas instalações.
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tiver benefícios económicos para ele, passa-se então para uma segunda fase onde é feita a definição do plano, “que estará de acordo com aquilo que achamos que são as melhores soluções a implementar para se atingir os objetivos”, afirma o mesmo responsável. Assim que esse plano tenha acordo do cliente, a DEKRA partirá para uma terceira fase que é a implementação, “colocando em prática o plano, melhorando as condições de trabalho para os colaboradores, formando e sensibilizando”, explica Pedro Rua. A quarta fase é opcional. Trata-se de uma etapa de acompanhamento em que é proposto ao cliente fazer o seguimento do projeto que foi implementado. É nesta fase que são monitorizados os resultados, mas também em que se faz o controlo e se assegura o cumprimento do plano e “em que garantimos as poupanças e reduções previstas”, afirma o mesmo responsável. GESTÃO DE RESÍDUOS E CONSUMÍVEIS O projeto da gestão de resíduos e consumíveis, diz Pedro Rua, tem um custo que é um terço das vantagens que as oficinas vão ter em termos económicos. Neste projeto o objetivo é olhar os recursos e não os resíduos, potenciar as boas práticas, reduzir o volume de resíduos e avançar com medidas de poupança na aquisição de consumíveis e matérias-primas. “A elaboração do plano de benefícios é fundamental, o foco está na redução de custos com payback imediato, para depois se avançar com a apresentação do plano de ação e a sua posterior implementação no terreno”, explica Pedro Rua. PREVENÇÃO DE PENALIZAÇÕES AMBIENTAIS No plano da prevenção de penalizações ambientais, aqui numa lógica de auditoria pura, a DEKRA tem várias áreas de avaliação num total de 255 pontos auditados (no caso da oficina não ter serviço de colisão serão apenas 150 pontos) que são os mesmos que qualquer entidade fiscalizadora pode fazer dentro de uma oficina. “Fazemos sempre a visão atual da empresa face à legislação, calculamos o potencial de risco de coimas e depois introduzimos as prioridades ambientais
corretivas, através de planos de ação e de investimento”, explica Pedro Rua. Como foi dito antes, a DEKRA tem ainda um serviço adicional (opcional) de acompanhamento, controlo e consultoria, com contratos anuais, para ajuda na implementação do plano, construção e arquivo do “dossier ambiente”, preenchimento anual do SILIAMB, elaboração do planning de metrologia legal. Depois de um ano de estudo e desenvolvimento, em que diversos projetos piloto estiveram a decorrer, a DEKRA está neste momento em condições de o dinamizar para o mercado oficinal. “A DEKRA é uma entidade independente no mercado e por isso o diagnóstico que fazemos nas empresas é isento e transparente, até porque não temos interesse direto no negócio dos resíduos nem dos consumíveis”, conclui Pedro Rua. Refira-se que a DEKRA disponibiliza a todos os clientes que aderirem ao projeto LIFE um portal onde estão disponíveis todos os documentos produzidos sobre o mesmo.
CONTACTOS DEKRA CONSULTOR PEDRO RUA TELEFONE 937 987 606 E.MAIL pedro.rua@dekra.com
WEBSITE www.dekra.pt
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Ecoparts. Um conceito e uma marca
TEXTO PAULO HOMEM
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orrespondendo a uma tendência de mercado, que passa pelo recondicionamento de determinados componentes na área do aftermarket, o Fafediesel Group decidiu adotar uma estratégia que reunisse uma visão do futuro, todo o know-how técnico adquirido ao longo de quase três décadas de experiência e todo o investimento em equipamentos diesel, criando, dessa forma, o seu produto. Nasce assim a Ecoparts, que surge a partir do reaproveitamento dos componentes automóveis, tais como os motores de arranque, alternadores, compressores de ar condicionado, e, acima de tudo, aqueles
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componentes em que o Fafediesel Group é especialista – as bombas injetoras, os injetores e os turbos. Desta forma, surge um produto ecológico (pois são reaproveitados os velhos componentes, em vez de despojados), económico (ao aproveitar parte dos componentes, torna a reparação muito mais acessível do que a compra de novo), de qualidade (sendo o Fafediesel Group representante da Bosch submete-se e compromete-se com os exigentes standards de prestação de serviços requeridos pela mesma) e com garantia. “Outra grande vantagem”, diz Joana Ferreira, diretora de marketing e comunicação da Ecoparts “é o facto do cliente usufruir do produto na hora através dos seus
O Fafediesel Group aproveitou a Expomecânica para lançar a marca Ecoparts. Fomos conhecer um pouco melhor esta marca, que é também um interessante conceito de distribuição e ecológico na área das peças e componentes.
distribuidores. Quando anteriormente necessitava de esperar pela reparação do seu componente (serviço), que poderia demorar 24 a 48 horas, recebe agora o mesmo componente no momento (produto), na condição de entrega do antigo (casco), para posterior recondicionamento e reposição de stock. Assistimos desta forma
CONTACTOS ECOPARTS DIRETOR GERAL JOANA FERREIRA TELEFONE 226 197 900 / 707 507 173 E.MAIL support@ecoparts-auto.com WEBSITE www.fafedieselogroup.com
EVOLUÇÃO DO CONCEITO ECOPARTS JOANA PINHEIRO DIRETORA DE MARKETING & COMUNICAÇÃO DA ECOPARTS
à transformação de um serviço num produto”. Ao longo dos últimos quatro anos, foram já investidos mais de 300 mil euros neste projeto, entre stocks de “cascos” para recondicionamento, desenvolvimento da imagem, publicidade e acondicionamento do produto. Nos produtos Ecoparts, o processo de reconstrução é efetuado por técnicos certificados que recebem formação especializada frequentemente e são utilizados equipamentos de última geração nos sistemas diesel. “A reconstrução é sempre realizada com peças originais aliadas ao know-how dos nossos técnicos. O componente que outrora de encontrava sujo e inutilizado, renasce Ecoparts, como novo e com uma performance equivalente ou superior à que tinha inicialmente, respeitando sempre todos os standards preconizados pelos principais fabricantes mundiais ao longo do processo reconstrutivo. Esse processo garante uma qualidade excelente com garantia a preços muito competitivos”, revela Joana Ferreira. PREÇO No que diz respeito ao posicionamento do preço dos componentes Ecoparts reconstruídos, face a outros produtos também reconstruídos, como são os exemplos dos fabricantes e OEM, “estamos perante uma diferença de 20% abaixo do que o primeiro e de pelo menos 40% da OEM”, assegura a mesma responsável, que explica: “Por enquanto, a qualidade percebida não se encontra ao nível desejado por nós, mas acreditamos que com o tempo, uma comunicação bem desenhada, o dinamismo dos nossos distribuidores e provas efetivas da qualidade dos produtos Ecoparts chegaremos a um lugar de relevo na qualidade percecionada pelos utilizadores/compradores da Ecoparts”.
outras coisas, introduzir novas questões no que toca à estratégia de distribuição da Ecoparts, devido ao interesse suscitado junto dos visitantes. “A curto/médio prazo, visamos compor o território nacional com distribuidores oficiais Ecoparts numa ótica distrital ou de concelho, se o índice populacional e de poder de compra o justificar”, revela Joana Ferreira, adintando que “não queremos canibalizar canais, isto é, que os nossos distribuidores vejam os seus parceiros como rivais territoriais. Dessa forma, procuramos PME’s, operadores regionais, que sejam excelentes na sua zona de influência e que reconheçam o valor de uma verdadeira parceria e de todas as maisvalias que temos a oferecer para a rede de distribuição Ecoparts”. De momento, a empresa vai continuar a prestar o seu apoio aos atuais distribuidores que já se associaram a este projeto (Espogama, Gaiafor, JRDiesel, Realtravagem e Turboline) e “trabalhar na melhoria de processos e, acima de tudo, fomentar relacionamento entre os distribuidores e a equipa Ecoparts e entre os próprios distribuidores”, afirma a mesma responsável. PRODUTO A principal estratégia de produto Ecoparts tem a ver com relação qualidade/preço e com a garantia de todos os produtos Ecoparts . Por
“A evolução do conceito Ecoparts irá passar muito pelo alargamento da Rede de Distribuição, para que possamos estar presentes com grande expressão nas casas de peças, nas oficinas e até mesmo no reconhecimento do cliente final que cada vez mais procura para as reparações do seu automóvel uma alternativa mais económica, com disponibilidade e ainda com uma forte componente ecológica como é o caso da Ecoparts. Outra evolução incidirá nas componentes diferenciadoras da Ecoparts face aos atuais e futuros distribuidores que passam pelo improvement do suporte técnico especializado ao distribuidor Ecoparts e aos seus clientes, da formação específica para os intervenientes do negócio, o apoio ao marketing e à comunicação assim como a organização de eventos promocionais da marca. Aproveitando ainda sinergias da Expomecânica2014, estamos já a preparar a marca para a internacionalização. Fomos contactados por entidades estrangeiras com enorme potencial de distribuição, demonstrando, não só, interesse pela importação dos produtos Ecoparts , bem como, todo o conceito da marca.
enquanto, “o nosso portfólio é composto por bombas injetoras, injetores, turbos, motores de arranque, alternadores, compressores de ar condicionado e por fim, a nossa novidade, filtros de partículas reconstruídos Ecoparts”, revela Joana Ferreira. A responsável acrescenta que, “nesta fase, queremos tornarnos cada vez melhores na gama de produtos que oferecemos, consolidar know-how técnico e investir na comunicação, promoção e notoriedade da marca”. No futuro, a Ecoparts irá alargar a sua gama a produtos com forte envolvência tecnológica, pois são esses que estão também de acordo com a especialização tecnológica do Fafediesel Group.
DISTRIBUIÇÃO A apresentação deste conceito Ecoparts na Expomecânica permitiu à empresa, entre
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Filourém. Grossista por convicção Definida a estratégia em 2002, não mais a Filourém se desviou do seu conceito de negócio grossista, para o qual desenvolveu importantes ferramentas que permitem continuar a potenciar as vendas. TEXTO PAULO HOMEM
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s investimentos que a Filourém tem estado a fazer nas suas instalações em Ourém e na dinamização do negócio foram o mote para a conversa da TURBO OFICINA com Carlos Gonçalves, gerente do empresa. Sem possibilidades de fazer crescer as instalações, a opção foi aumentar o espaço disponível para stock em altura, isto é, o armazém da empresa passará dos 900 para os 1.350 m2 . “Considero que foi um crescimento natural, fruto no nosso trabalho como da nossa dedicação e empenho no mesmo. Por curiosidade, temos crescido à média de um empregado por ano”, refere este profissional realçando convictamente que “para nós, é
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muito importante a prestação do serviço, não falhando com os horários nem com os despachos. Nofundo, não falhar com o cliente. Este é nosso grande lema”. O negócio tem corrido muito bem e com aumentos significativos de faturação, diz Carlos Gonçalves, que reconhece que a relação de proximidade com o cliente (são quatro comerciais no terreno) tem sido muito importante neste sucesso da empresa. Porém, o gerente da Filourém não esquece que uma das mais importantes apostas da empresa foi o site de vendas de peças B2B, que detém desde Abril de 2007, numa altura em que praticamente ninguém no mercado disponibilizava esta ferramenta. “Fomos dos pioneiros na disponibilização
deste tipo de site, lançado há 7 anos, que tem sido um sucesso”, revela Carlos Gonçalves, adiantando que “é muito significativa a importância desta ferramenta na faturação da empresa, até porque a Filourém cresceu com este site e este site cresceu com a Filourém. Para nós, é uma ferramenta extremamente importante, da qual nos orgulhamos muito, até porque o nosso cliente já nasceu com esta ferramenta”. Mas os benefícios da utilização desta ferramenta, da qual Carlos Gonçalves fala com um entusiasmo enorme, não são apenas diretos, pois a mesma influencia muito a organização da empresa, em termos de stocks, preparação de encomendas, faturação, rapidez no serviço, entre outras.
Atualmente, todas as peças comercializadas pela Filourém estão neste site, num processo muito simples e prático de consulta e compra, que possibilita cruzar referências, ver a imagem da peças, escolher o transportador, entre muitas outras funcionalidades. “Os clientes podem ainda ver neste site as novidades que lançamos todos os meses, assim como as campanhas mensais, bem como fazer o download nos nossos catálogos”, refere Carlos Gonçalves. Embreve, a Filourém vai investir na evolução desta plataforma, tendo em vista a introdução de mais algumas funcionalidades que a seu tempo serão divulgadas. GROSSISTA Num mercado em que alguns operadores grossistas evoluíram para as vendas a retalho, Carlos Gonçalves faz questão de assumir que a Filourém, “nasceu e cresceu como grossista, e assim continuará a ser. Para nós isso é ponto de honra, mesmo olhando para o mercado e ver que são cada vez mais os grossistas a venderem ao retalho. Nós vamos continuar a ser grossistas”. Aliás, a aposta que fez nos últimos quatro anos, com um comercial a trabalhar a zona sul e outro a zona norte (para além dos outros dois comerciais) visitando unicamente retalhistas, é sintomática da orientação seguida pela empresa, que praticamente lhe permite ter uma cobertura nacional, incluindo as ilhas. Revelando que não tem intenção de abrir qualquer armazém, Carlos Gonçalves realça a importância de trabalhar convenientemente as entregas bi-diárias, que não sendo possível fazê-lo para todo o país, é algo que cada vez o mercado mais pede. REPRESENTAÇÕES A Filourém tem como bandeira algumas das suas representadas, com destaque para a JapKo, uma linha asiática com uma gama muito extensa em mecânica, a Original Birth, um fabricante italiano de material de suspensão, direção e borrachas (apoios) que a empresa de Ourém comercializa em exclusivo e que pretende ainda vir a reforçar mais. Segundo Carlos Gonçalves, esta marca dispõe de uma excelente relação preço / qualidade. A Febi é um histórico na Filourém, assim como os filtros da Mahle, entre outras marcas (algumas menos conhecidas), mas com a “importante ressalva que estamos a falar de produtos com garantia de qualidade
europeia”, diz o gerente da Filourém, acrescentando que “temos, de facto, algumas marcas alternativas, com outras mais conhecidas, mas temos sempre como objetivo ter bons preços, mas fugindo a essa guerra que não é a nossa”. Em termos de novidades ao nível de produto e de marcas, sempre na área da mecânica, a
empresa de Ourém tem previsto o lançamento de algumas novidades, que aliás têm a ver com o aumento das instalações. Por isso, para finalizar, Carlos Gonçalves diz que existem “existem três aspetos fundamentais para 2015: as novas funcionalidades do nosso site, o aumento das instalações e a entrada de duas novas marcas”.
CONTACTOS FILOURÉM GERENTE CARLOS GONÇALVES TELEFONE 249 541 244 E.MAIL filourem@mail.telepac.pt WEBSITE www.filourem.com
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Auto Peças Barlavento. Faz parte do negócio Experiente como poucos, José Eduardo Correia está há mais de duas décadas no negócio do retalho de peças, gerindo a Auto Peças Barlavento numa relação de cada vez maior proximidade ao cliente, que irá também passar para o online. TEXTO PAULO HOMEM
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assando da teoria à prática a Auto Peças Barlavento levou a peito aquela máxima de “proximidade ao cliente”. Foi por isso que nos últimos três anos expandiu o seu negócio na área das peças de dois para cinco balcões, isto é, para além da sede em Lagoa, da loja de Portimão e da loja do Pateiro, a Auto Peças Barlavento alargou o raio de ação a Albufeira (janeiro de 2012) e Faro (julho de 2013). Desta forma, conseguiu cobrir as necessidades dos clientes do Barlavento mas também do Sotavento algarvio pelo que, de momento, “não estamos a pensar abrir mais balcões, embora por vezes existam oportunidades que possam ser aproveitados”, começa por referir José Eduardo Correia, que descarta também a possibilidade de a empresa abrir qualquer balcão, noutra localidade. A aposta em Faro foi ditada por ser um mercado “onde circulam mais carros, embora fosse uma zona onde não tínhamos clientes, pelo que foi para nós um mercado de conquista e uma aposta ganha”, refere o gerente da empresa. A estratégia de abordagem ao mercado de Faro, passou pela integração de um vendedor (já este ano) para visitar as oficinas, mas também apostar nos pontos fortes da Auto Peças Barlavento que são “a qualidade do
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produto e o serviço, traduzido numa boa disponibilidade de produto e em entregas rápidas”, refere José Eduardo Correia. Este responsável reconhece que existe também concorrência forte neste aspetos, pelo que “a diferenciação acabou por ser mesmo a qualidade da nossa equipa, o que é um aspeto muito importante, para nós e para o cliente, quando se trata de evitar enganos na identificação das peças”. A Auto Peças Barlavento possui uma equipa de cinco estafetas (todas as lojas têm pelo menos um) que garantem a entrega rápida, tendo ainda três vendedores que visitam
constantemente as oficinas unicamente na região do Algarve. NOVIDADE Neste momento, a Auto Peças Barlavento dispõe de um website interno para gerir todas as encomendas. Para o cliente profissional, em 2015, a empresa vai apostar também numa plataforma online, com base no seu website interno, permitindo mais um canal de acesso ao cliente, que se vem complementar com os meios tradicionais (balcão, vendedores, telefone e e.mail). “Penso que esta é uma tendência natural de qualquer negócio”, reconhece o mesmo responsável, dizendo que “será mais uma forma de estar próximo do cliente, embora não exista qualquer intenção da nossa parte em desinvestir na equipa comercial, pois nada substitui a visita presencial do nosso vendedor”. Por outro lado, explica José Eduardo Correia, que é cada vez mais frequente a Auto Peças Barlavento realizar vendas para fora da sua região, que são fáceis de concretizar até pela evolução da logística, pelo que “o investimento no site de vendas poderá potenciar também este tipo de negócio”. FORMAÇÃO E PEÇAS “É uma tendência natural”, afirma o gerente da Auto Peças Barlavento relativamente à
necessidade de formação das oficina clientes, realçando que “neste aspeto temos também trabalhado com diversas entidades. É sempre uma área em que vamos apostar, até com apoio dos nossos fornecedores”. Revelando que a Auto Peças Barlavento continua a crescer de ano para ano, José Eduardo Correia tem assistido a um aumento constante da concorrência com alguns retalhistas a abrirem cada vez mais novos balcões. “É a lei natural do mercado”, diz, explicando que “temos que nos preparar e diferenciar cada vez mais da nossa concorrência”. Um dos aspetos em que o mesmo responsável da Auto Peças Barlavento considera que existe diferenciação para a concorrência é na política de marcas ao nível das peças. “Estrategicamente sempre apostamos nas marcas que fornecem também a origem, e como não tem corrido nada mal, reforçamos cada vez mais essa aposta”, garante José Eduardo Correia, que relembra que a empresa “tem que estar atenta ao mercado e fornecer aquilo que o cliente pede, bem como aquilo que a idade do parque automóvel consome”. É por isso que a empresa aposta também em determinadas linhas de peças um pouco mais económicas, mas “fugindo do material muito barato que só traz problemas”. Refira-se que a empresa sempre teve uma especialização em material de chapa, área de negócio que ainda mantém, embora a sua representatividade nas vendas seja menor do que foi no passado. A Atlantic Parts é o principal fornecedor da Auto Peças Barlavento, numa relação histórica que se iniciou em 1999, mas a empresa algarvia tem também diversificado os seus fornecedores, até porque para 2015 “esperamos ter algumas novidades para apresentar ao nível de novas linhas de produto. Faz parte da nossa estratégia poder acrescer valor ao serviço que damos ao cliente e, por outro lado, diferenciarmos a nossa oferta face a outros operadores”, refere José Eduardo Correia. Apostando também numa equipa motivada e dinâmica, que o responsável da Auto Peças Barlavento diz fazer toda a diferença, a empresa algarvia tem obtido nos últimos anos a distinção como PME líder, PME Excelência e certificação ISO9001, em novembro de 2012. Sinais claros de que a empresa não ser apenas mais um operador de retalho no mercado.
CONTACTOS AUTO PEÇAS BARLAVENTO GERENTE JOSÉ EDUARDO CORREIA TELEFONE 282 342 607 E.MAIL geral@apbarlavento.pt WEBSITE www.apbarlavento.pt
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ESPECIALISTA
Roady. Lançadas as bases para 2020 O elevado ritmo a que se vive atualmente no retalho automóvel e nas redes oficinais em particular levou o Roady a lançar um novo projeto internacional, do qual apresentamos aqui as principais linhas.
TEXTO PAULO HOMEM
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rede de centro-auto Roady, que conta atualmente com 31 centros, inaugurou recentemente em Pombal a sua 32º unidade em solo português. Não se trata de mais um centro-auto Roady, mas sim o início de um novo ciclo de aberturas num espaço temporal que vai até ao ano 2020. No fundo, estamos a falar de um projeto global do Grupo Os Mosqueteiros, a nível europeu e que alberga todas as insígnias e não apenas o Roady. Este projeto envolve uma série de estratégias, em diferentes planos, com incidência na componente comercial e no conceito, que tem em vista ajustar-se às necessidades do consumidor / condutor (no caso do Roady) em cada mercado.
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“As necessidades do cliente são hoje bem diferentes de há cinco anos”, refere António Jacinto, administrador internacional da insígnia Roady, dando o exemplo da secção de som que antigamente ocupava um enorme espaço em loja e que atualmente é menor. Bem mais visível numa loja e numa oficina Roady são as marcas de peças. A associação a marcas Premium, que levou o centroauto Roady a desenvolver um painel com os fornecedores bem visíveis na loja, “é uma política para manter, pois essa é a oferta principal a dar aos clientes. Contudo, houve também um reforço nas marcas de primeiro preço, com o objetivo de ir ao encontro daquilo que o cliente pede e procura”, como refere António Jacinto. Existe também um
ATÉ HOJE O ROADY TINHA UM CONCEITO DE LOCALIZAÇÕES NÃO TÃO URBANO. ESTA PODERÁ SER A DIFERENÇA DOS NOVOS ROADY
ROADY POMBAL MARCA A NOVA GERAÇÃO Há cerca de 10 anos a gerir o Roady da Figueira da Foz, foi colocado o desafio de abraçar um segundo ponto de venda em Pombal a Dulce Semedo. Em dois meses tomou a decisão mas já tinha ideias bem concretas sobre o que pretendia para esta nova oficina Roady recém-inaugurada. “Queremo-nos virar muito para o cliente. Não estamos aqui para sermos mais um concorrente, mas sim para criar com o cliente uma relação forte e duradoura”, revela Dulce Semedo. Um dos projetos que tem em mente, e que irá ter inicio já este ano, é a realização de workshops para os clientes finais, sobre temas diversos como a ecologia, a segurança rodoviária, entre outros. As instalações do Roady em Pombal têm uma área específica para a realização destas formações, que irão acontecer de forma regular. Queremos fazer parte da sociedade e por isso vamos também ajudar uma instituição local, através da manutenção das viaturas. Teremos ainda outras iniciativas sempre
reforço da marca própria (produtos Roady), que vai continuar a ser alargado. “Temos vindo a reforçar as negociações internacionais com os nossos fornecedores, contudo, em muitos casos continuamos a optar por fornecedores nacionais”, revela António Jacinto, adiantando que “a aposta que vai ser reforçada no futuro é a divulgação da qualidade dos nossos serviços. Os nossos técnicos estão muito bem credenciados e formados.Por exemplo, há dois anos que temos técnicos formados em veículos híbridos e elétricos, numa altura em que ninguém falava disso. Temos a noção exata que se a formação for administrada no período e tempo certo e de forma adequada a taxa de sucesso é garantida”, afirma o responsável da Insígnia Roady.
direcionadas para o cliente”, refere Dulce Semedo. Do ponto de vista do serviço o centro-auto Roady de Pombal está dotado de todos os meios tecnológicos. Como o foco está no cliente, o Sistema Informático desta oficina (assim como a restante rede Roady) está preparado para, assim que o serviço de oficina é realizado e é fechada a obra, automaticamente o cliente recebe um SMS com a informação de que o seu carro está pronto.
60 CENTROS-AUTO ROADY Em linhas gerais o objetivo é aumentar o número de pontos de venda e aumentar a faturação. “Queremos, de uma forma muito objetiva, duplicar a rede em Portugal até 2020, isto é, chegar aos 60 centrosauto Roady”, refere o mesmo responsável, explicando que “é um projeto ambicioso e estamos certos que o vamos atingir”. Este último período em que o Roady não abriu nenhum centro, deve-se a um período de redefinição interna e também em “repensar a forma como queremos estar, tendo sido iniciado um plano de desenvolvimento para as localizações dos novos Centros-auto Roady”, revela António Jacinto. Os novos aderentes poderão vir da estrutura interna, como poderão também ser
CONVENÇÃO INTERNACIONAL ROADY Na Convenção Internacional Roady, que reuniu aderentes portugueses e franceses, nos dias 29 e 30 de outubro, em Paris, foi feita uma análise do mercado da reparação automóvel e apresentada a estratégia Roady. Durante o encontro, foram definidos vários eixos de trabalho, dos quais se destaca a massificação e a internacionalização das compras. Realizado um trabalho sobre os preços, graças a uma estratégia de compra mais adequada, o objetivo é gerar tráfego nos pontos de venda, estando ainda mais próximos dos clientes. Como forma de potenciar estas alterações comerciais e de as fazer chegar aos clientes, os folhetos são um meio privilegiado de comunicação. Comunicar não só preço, mas também, e sobretudo, com conteúdos técnicos de aconselhamento ao cliente. No âmbito da Convenção, António Jacinto, presidente do Conselho de Administração Roady Internacional, afirmou que “temos que estar cada vez mais atentos às necessidades e expectativas dos nossos clientes. Por isso, proximidade e preços baixos são dois eixos estratégicos para o futuro. É esta a mensagem que queremos passar aos clientes através dos meios adequados, como os folhetos. Inovação, formação adequada e desenvolvimento da rede de centros-auto vão permitir-nos ter ainda mais visibilidade e poder otimizar ainda mais a mutualização das compras Roady. “
recrutados fora, havendo a possibilidade de os novos Roady estarem em localizações onde a insígnia alimentar não se encontre presente. “Até hoje o Roady tinha um conceito de localizações não tão urbano. Esta poderá ser a diferença dos novos Roady face à política de localizações que tinha sido seguida até ao momento” conclui o mesmo responsável.
CONTACTOS ROADY ADMINISTRADOR INTERNACIONAL ANTÓNIO JACINTO TELEFONE 249 880 333 E.MAIL geral@mousquetaires.com WEBSITE www.roady.pt
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Euromaster. “Vamos ser líderes na manutenção automóvel” Fausto Casetta, diretor-geral da Euromaster Ibérica não tem dúvidas. O plano de investimentos é forte e a rede vai crescer, solidificar-se e apostar forte no atendimento ao cliente. As bases estão lançadas. TEXTO CLÁUDIO DELICADO EM MADRID
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Euromaster está decidida em liderar o mercado ibérico de pneus e manutenção de veículos. Isso mesmo foi anunciado por Fausto Casetta, diretor-geral da Euromaster Ibérica, que apresentou um ambicioso plano para o período 2015-2019, que assenta em três pilares: expansão da rede, evolução do modelo de negócio e satisfação do cliente. O plano prevê investimentos superiores a 10 milhões de euros e a abertura de mais de 90 centros em Espanha e Portugal, sendo que no nosso país estão previstas, no mínimo, 30 aberturas neste período. Ao contrário do que acontece em Espanha, em que a própria Euromaster tem a propriedade de vários centros e outros são franquiados, em Portugal o modelo de negócio assenta apenas em franquiados, não tendo a rede nenhum centro próprio. Assim mesmo vai continuar o modelo traçado para Portugal, onde a rede se instalou em 2012. A Euromaster Portugal “dá prioridade à integração na comunidade, uma vez que a maior parte das oficinas tem já uma experiência forte e reconhecimento a nível local, o que torna a estratégia mais eficaz tanto para a rede como também para o acréscimo
“O PLANO PARA O PERÍODO 2015-2019 ASSENTA EM TRÊS PILARES: EXPANSÃO DA REDE, EVOLUÇÃO DO MODELO DE NEGÓCIO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE. FAUSTO CASETTA
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de negócio para os donos das oficinas. É também uma forma de proteger o mercado local, já que em vez de instalarmos um centro nosso, fazemos uma pesquisa de mercado e escolhemos as melhores oficinas de cada local e propomos o franchising”, explica Fausto Casetta. A estratégia passa por manter dois tipos de centros de serviço. Os dirigidos aos
particulares mais nas zonas urbanas, o mais perto possível dos clientes e depois os centros mais dedicados aos profissionais, que estão localizados em zonas industriais e empresariais, mas que fazem todo o tipo de serviço. Existem neste momento 66 centros na rede e os grandes eixos de expansão estão definidos. O principal destaque vai para o litoral norte,
VALOR ACRESCENTADO Mastercheck: em cada visita de um carro a um centro Euromaster é feito um check-up gratuito dos principais pontos de segurança Master Assistência: Assegura a mobilidade de quem faz a sua manutenção ou troca de pneus na rede Euromaster, seja particular, empresa ou renting. Esta assistência é prestada pela Interpartner Assistance, da Axa. Por exemplo, os pneus podem ter garantia, desde que o cliente pague um acréscimo de 5 a 12 euros, dependendo do pneu, que garante a sua reparação ou substituição na estrada em toda a sua vida útil. No caso de uma
mas também para os grandes eixos de entrada e saída do país, nomeadamente na saída por Badajoz, mas também nas zonas de Guarda e Viseu, IP5 e em Caminha. Estes pontos são especialmente importantes para a assistência que a rede dá já aos camiões, beneficiando de uma rede europeia de oficinas. Em Portugal a assistência a pesados é uma das grandes apostas no próximo ano. A aposta passa
manutenção que implique a remoção do veículo, inclui o reboque, depois da tentativa de desempanagem no local. OK24Horas: Serviço de assistência a pesados nas estradas de Portugal e Espanha. O segredo deste serviço está na rapidez da assistência na estrada, uma vez que este tipo de veículos não pode ficar parado devido a avaria, com elevados prejuízos. Acesso a todos os centros Euromaster na Europa e também a outros centros com os quais a rede tem acordos. Este serviço tem o compromisso de garantir assistência no tempo máximo de 1 hora desde o contacto.
também pelo alargamento do conceito de Revisão Oficial, que atualmente já é trabalhado em mais de 50% das oficinas da rede em Portugal. A Euromaster usa exclusivamente peças de primeira qualidade e produtos homologados, para um desempenho ótimo e segundo a conceção original dos fabricantes dos veículos. Apesar de pertencer ao Grupo
Michelin, a rede trabalha com várias marcas de pneus, além de trabalhar com os principais fabricantes de peças e componentes para o automóvel. A satisfação do cliente é importante e todas as reclamações são atendidas, além de existir um inquérito a quem usa os serviços da Euromaster. “Todos os utilizadores que atribuam uma nota inferior a 6 valores em 10 possíveis é contactado para que a rede perceba exatamente qual foi o problema”, explica o responsável. Com o objetivo de reforçar o posicionamento na manutenção integral de veículos e reafirmar os valores da rede, a imagem da marca foi alvo de uma evolução que acompanha o modelo de negócio. Como novidade, no logotipo é integrada a atividade com a menção “Pneus e Manutenção de Veículos”, uma bandeira tricolor em azul, amarelo e verde, e aparece uma nova assinatura: ‘Em mãos de profissionais’. A cada ano mais de um milhão de veículos entra nas oficinas da Euromaster na Península Ibérica. A Euromaster Ibéria representa 15% do total de negócio da rede na Europa, líder em distribuição de pneus e manutenção de veículos. A rede foi criada em 1991, estando nessa altura mais centrada na distribuição de pneus. A Euromaster está presente em 17 países, com 2300 centros (1400 dos quais de propriedade própria). Os dados referentes a 2013 mostram uma faturação de 411 milhões em toda a rede ibérica. O objetivo é aumentar este valor. A formação é um ponto forte da rede, sendo que todos os anos são ministradas mais de 10 mil horas de formação para os aderentes da rede.
CONTACTOS EUROMASTER GESTOR REDE MIGUEL SANTOS TELEFONE 210 492 290 E-MAIL gen.pt.info@euromaster.com WEBSITE www.euromaster.pt
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Mesto. Pulverização profissional Operando em diversos setores de atividade, a Mesto possui uma linha de pulverizadores portáteis para lavagem automóvel. A empresa alemã procura distribuidores em Portugal. TEXTO PAULO HOMEM
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Mesto trabalho em quatro grandes áreas de negócio. Uma dessas áreas, designada por Limpeza & Manutenção, comporta o setor dos transportes, que é o mais representativo na empresa e para o qual tem disponível diversas gamas de pulverizadores portáteis (trabalham só até 6 bar de pressão). Os pulverizadores profissionais portáteis da Mesto, que é a “especialidade” desta empresa alemã desde 1919, são utilizados em múltiplas aplicações no setor automóvel. Sempre que exista um químico de limpeza e/ ou manutenção para aplicar convém haver um equipamento profissional, que resista não só a esses químicos, mas também ao trabalho constante dos operadores. É aqui que a Mesto se posiciona e se sente particularmente à-vontade, disponibilizando uma variada gama de soluções. Existem dois pormenores que, no entender de Hugo Cardoso, responsável da marca em Portugal, diferenciam claramente
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os pulverizadores da Mesto face aos restantes. Por um lado, a garantia de 20 anos no fornecimento de peças, mesmo que determinado modelo tenha sido descontinuado em fábrica. Por outro lado, a existência de uma gama de peças muito vasta que pode ser adquirida avulso, fornecendo ainda uma gama de acessórios que tornam o trabalho mais profissional (como por exemplo, a ligação ao ar comprimido). “Temos claramente uma oferta profissional no mercado, que se distingue por ir de encontro às necessidades e especificidades do setor automóvel”, refere Hugo Cardoso, explicando que “a Mesto controla todo o processo de fabrico dos pulverizadores que comercializa, desde a construção até à distribuição, passando pela manutenção, de modo a garantir o seu correto funcionamento através do fornecimento de peças”. Dispondo de uma gama de equipamentos para limpeza (motores, travões, jantes, estofos, etc), o responsável da Mesto diz que são
equipamentos altamente eficientes, explicando a este respeito que “quase todos os equipamentos que geram espuma do mercado não são de operação manual como os nossos. Quer isto dizer que a relação custo / benefício da Mesto é excelente, já que mesmo uma pequena oficina pode ter um equipamento altamente eficiente por um custo reduzido”. Apesar de desenvolver todos os seus equipamentos para a utilização de diferentes tipos de químicos de limpeza, a Mesto apenas comercializa os pulverizadores. “Trabalhamos com muitas empresas de
VANTAGENS DA GAMA Os pulverizadores portáteis que a Mesto comercializa para aplicação no setor automóvel foram pensados especificamente para esse fim. Entre as principais vantagens, a Mesto destaca as seguintes: Gama completa: de 0,6 lt. a 10 lt. em aço inox; Nova linha Foamer: aplicação eficiente em espuma (mais poupança de detergente, mais tempo de atuação do detergente e mais saúde para o operador pois não respira o químico nebulizado); Polímeros diversos, resitentes e adaptados aos químicos pulverizados; Peças de substituição (de 1,5 lt. a 10 lt.); Linha Cleaner 1,5 lt: um pulverizador para cada necessidade (ácidos, alcalinos e nafta); Acessórios que fazem a diferença (carro de transporte, extensões, válvula ar comprimido, etc..); Linha Cleaner (5 & 10 lt) & Inox Plus: ergonomia & funcionalidades únicas
químicos mas não temos acordos nem recomendações”, diz Hugo Cardoso que reconhece, contudo, que “uma boa performance de aplicação depende do pulverizador e do químico. Do lado do pulverizador nós garantimos a máxima qualidade, do lado do químico apenas recomendamos que há concentrações e qualidades mínimas recomendáveis”. DISTRIBUIDORES Com uma carteira de 100 distribuidores independentes a nível nacional, Hugo Cardoso reconhece que “ainda é pouco, o que nos leva a investir em ações com o objetivo de aumentar a nossa rede de distribuição”. Por isso, para os interessados, a Mesto tem uma formação especifica, que explica a gama de produtos bem como o tipo de químicos a utilizar, para além de abordar a manutenção dos equipamento, sendo também necessário ter um stock de peças de substutição. “Todos os operadores que estejam ligados ao retalho automóvel são potenciais distribuidores da Mesto”, explica Hugo Cardoso MERCADO Dizendo que o mercado está também ele “pulverizado” de operadores e de
CONTACTOS MESTO PORTUGAL GESTOR HUGO CARDOSO TELEFONE 914 982 455 E.MAIL h.cardoso@mesto.pt WEBSITE www.mesto.de/pt/
equipamentos, com oferta de todo o tipo de produtos, Hugo Cardoso diz que o posicionamento da Mesto é de uma marca premium, revelando que “poucos conseguem ter a nossa especialização nesta área, e garantir, por exemplo, o fornecimento de peças que evita a substituição do equipamento. No mercado existe a ideia, errada, de que quando estes equipamentos avariam compra-se um novo. Nós provamos por isso, que temos os pulverizadores com a melhor relação custo / benefício do mercado e que são aqueles que foram desenvolvidos a pensar em cada tipo de utilização”.
GAMA MESTO A gama Mesto para o setor automóvel é composta por cinco pulverizadores, no total de 10 referências. O topo de oferta é o Inox Plus / Extreme (de 6 ou 10 litros), em aço inox, tendo 6 bar de pressão. A gama Cleaner (1,5, 5 ou 10 litros) é construída em polietileno, funcionando a 3 bar de pressão. A gama Foamer (1,5 ou 8 litros) é também construído em polietileno, funcionando a 3 bar de pressão. Existem ainda a gama Mão (1,5 litros) e Gatilho (0,6 e 1 litro), que são pulverizadores de pequenas dimensões construídos em polietileno. Refira-se que para além desta gama, a Mesto disponibiliza uma série de acessórios, que permitem melhorar a portabilidade destes pulverizadores, bem como a sua rentabilidade num uso intensivo.
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O que podem representar os websites de venda de peças e componentes dirigidas ao consumidor final no negócio de peças em geral? As respostas estão no texto, mas a conclusão é que os profissionais da mecânica também lá compram. TEXTOS PAULO HOMEM
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s vendas online, também conhecidas por e-commerce, vieram para ficar. E estão cada vez mais enraizadas no nosso quotidiano. É no online que rapidamente sabemos um preço, que o comparamos com outros e onde podemos saber opiniões sobre produtos. Nas peças, componentes, acessórios e consumíveis auto, os websites de vendas online entre as empresas e os consumidores (B2C) estão a aparecer a um ritmo impressionante nos últimos meses e anos, permitindo ao automobilista saber com muito rigor os preços do material que vai pagar quando o seu carro for à manutenção a uma oficina. Pretendemos saber com este artigo da TURBO OFICINA se estas plataformas também servem o consumidor profissional, isto é, se as oficinas e as casas de peças também adquirem nestes websites que são normalmente seus concorrentes naquilo que propõe ao consumidor final. Pelas respostas dos responsáveis dos websites que foram contactados provase que se tratam de plataformas onde os profissionais também compram… e muito. Aliás, alguns desses websites B2C até se chegam a confundir com website B2B (ver artigo na TURBO OFICINA nº29).
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Vendas Online B2C. Profissionais também aproveitam VANTAGENS Uma das vantagens principais apontadas pelos diversos operadores de comércio eletrónico, relativamente a estas plataformas, é a maior transparência nos preços e a possibilidade de se poder compará-los facilmente. São também apontadas como uma forma de captar mais clientes, não sendo estranho que muitas delas estejam diretamente associadas a casas de peças ou oficinas, embora outras sejam plataformas autónomas que apenas têm o negócio online. Outra vantagem é a possibilidade de se poder passar mais informação para o cliente. Nem todos os websites têm catálogos ou informação detalhada sobre as peças ou sobre aquilo que comercializam, mas outras consideram fundamental essa informação para se efetuar uma venda de qualidade e sustentada em informação credível e precisa. Estas plataformas servem também para colocar em circulação, muito rapidamente, uma novidade sobre um novo produto ou mesmo sobre um serviço. PREÇO O sucesso de muitas destas plataformas está, acima de tudo, sustentado no preço daquilo que se vende. Aliás, esse é um dos argumentos principais dos diferentes operadores, mas pode o mesmo levar a alguns perigos. Quando
a “esmola é grande o pobre desconfia” e isso também acontece nestas plataformas, correndo-se muitas vezes o risco de se estar a vender um produto de menor qualidade ou que não cumpra as especificações que diz cumprir. Esta situação foi abordada por alguns dos responsáveis destas plataformas de vendas de peças online, referindo que muitos clientes como procuram preço, são frequentemente surpreendidos com a menor qualidade dos produtos. Outra questão com a qual se deve ter muito cuidado é com a identificação das peças ou do material que se está a comprar. Uma incorreta identificação leva o cliente a colocar sempre a culpa na plataforma que lhe está a vender a peça, algo que se torna ainda mais desmoralizante quando a plataforma se encontra noutro país (situação muito frequente). Um problema que estas plataformas têm que resolver é a rapidez na entrega do material, nomeadamente quando analisamos as peças de desgaste que são as de maior rotação numa oficina. Numa altura em que a logística entrega duas ou mais vezes ao dia, correspondendo a pedidos diários e constantes das oficinas, as plataformas online demoram, na maioria dos casos, a entregar o material em dois, três ou mais dias.
CASAS DE PEÇAS As vendas online B2C são uma oportunidade para muitas casas de peças e até para algumas oficinas, que podem assim chamar mais clientes, mas exigem um controlo muito rigoroso ao nível dos stocks. Nomeadamente dos preços para que não se perca a coerência perante os clientes “tradicionais”. Obviamente que exige investimento, mas os custos de se ter um vendedor virtual são relativamente baixos face a um vendedor real, sendo que um bom sistema de informação e bem desenvolvido dará os seus frutos. Atualmente existem mesmo operadores, ao nível da programação e desenvolvimento destas plataformas, que se especializaram também neste setor das peças. Certo mesmo é que as vendas online B2C estão cada vez mais presentes no negócio das peças, sendo mais um canal de venda que está a ganhar o seu espaço e ao qual oficinas, casas de peças e grossistas devem estar atentos.
A TURBO OFICINA questionou alguns dos responsáveis dos websites de vendas online B2C sobre as suas plataformas. É com base nestas questões e nas respostas que poderemos ficar a conhecer um pouco mais da realidade deste negócio. Tentamos que o universo dos websites aqui representados não fosse exclusivo das peças, mas que envolvesse também a área dos pneus, sem esquecer os serviços. 1 Em que ano foi inaugurado o website B2C? 2 Quais as principais linhas de produto que comercializam? 3 Qual o produto mais vendido até hoje através do vosso website? 4 Qual o valor médio por encomenda? 5 Do total de clientes que tiveram até hoje, qual é a percentagem de clientes finais vs clientes profissionais que adquiriram peças através do vosso website?
6 O site B2C serve como apoio a um negócio (de peças ou oficinal) já existente ou é a única plataforma de vendas que a empresa dispõe?
O PREÇO É UM DOS ARGUMENTOS DOS WEBSITES DE VENDA ONLINE B2C, MAS EXISTEM MUITAS OUTRAS VANTAGENS COMO DIVULGAR RAPIDAMENTE UM NOVO PRODUTO
7 Considera que os sites de venda de peças (componentes, acessórios, pneus, lubrificantes, consumíveis, etc) B2C têm o seu espaço no mercado?
8 Estes websites de venda de peças vieram trazer mais transparência nos preços? 9 Como analisa o futuro destes websites de venda de peças? DEZEMBRO 2014
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d dossier www.ouritec.pt João Pereira
aspetos a ter em conta e que não podem ser descuidados, quer pelos clientes, quer pelas empresas que se querem lançar e ter sucesso no negócio online. Conhecemos as caras ou a empresa por detrás do site? Temos acesso aos contactos da loja online? Qual a disponibilidade dos produtos e prazos de entrega? Os produtos têm garantia? Como proceder para reclamar? Grande parte do sucesso depende de como as empresas conseguem responder a estas questões.
www.movonparts.com Renato Faria 1 Foi inaugurado em 2009. 2 Por ordem: 1 - Peças e ferramentas para reparação de quadrantes e centralinas (representação oficial minitools www.mte. net); 2 - Ferramentas e acessórios específicos para o setor automóvel. 3 Prefiro falar numa categoria de produtos: Eletrónica Automóvel. 4 O valor médio por encomenda é de 80 Euros. 5 Cerca de 80% são clientes profissionais, o que quer dizer que os restantes são clientes finais. 6 O site é um canal integrado na empresa que conta com dois comerciais, contudo o produto vendido através do site não é vendido pelos comerciais. 7 Considero que os sites têm o seu espaço, porque conseguem chegar a mais clientes, contudo o cliente que procura artigos na net é porque normalmente ou não os encontra nos canais de vendas habituais (casas de peças ou lojas de ferramentas) ou o preço da net é mais competitivo. Também o facto de chegar aos clientes com as novidades mais rápido que nos canais habituais é um fator decisivo no que diz respeito à opção de compra. 8 Podemos considerar que vieram trazer mais transparência nos preços, contudo e tendo em conta que os custos da atividade online por norma são mais baixos que os canais habituais, poderá haver a tendência de partilhar a margem com o cliente reduzindo os preços de venda. 9 Como é notório, todos os dias aparecem e desaparecem nas buscas do Google novas lojas online, de ferramentas, de peças ou de qualquer outra novidade do setor. Este crescimento deve-se sobretudo aos sucessivos aumentos de combustíveis, impostos, etc. e também ao facto da banalização do acesso à internet. Considero que no futuro a percentagem de vendas de peças e de outros produtos na internet vai ultrapassar largamente os canais comuns que todos conhecemos. Cabe sempre ao cliente decidir onde quer comprar, contudo considero que há
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1 Foi inaugurado no dia 1 de Maio de 2014 2 O site movonparts.com está dividido em 8 grandes categorias: travagem, filtros, suspensão, iluminação, sistema elétrico, motor, escape, acessórios, baterias e lubrificantes. 3 O material de revisão é, sem dúvida, o material mais vendido, como por exemplo filtros, pastilhas e escovas limpa-vidros. 4 O valor médio por encomenda roda os 96 Euros. Verificamos que a maior parte dos clientes compra peças para vários carros de forma a otimizar o custo dos portes de envio. 5 A percentagem será de 90% de consumidores finais para 10% de clientes profissionais. Os clientes profissionais, embora fiquem interessados nos nossos produtos e preços, ficam renitentes ao pronto pagamento. 6 A marca Movonparts é uma marca e plataforma da empresa SPR Auto, Lda. A SPR existe no mercado de retalho de Peças Auto há 10 anos e face à crescente procura por parte do consumidor final, optou por lançar este novo projeto para o mercado B2C. É um projeto paralelo que nada interfere diretamente no negócio B2B. 7 O e-commerce é uma tendência do futuro e não uma moda. A comodidade, a segurança, a rapidez, um catálogo de milhares de referências à disposição, assim como preços competitivos, são apenas algumas das vantagens que o consumidor online tem com
a compra na movonparts.com.
8 Os sites de peças vieram trazer essencialmente mais informação ao consumidor. Com a cadeia de distribuição tradicional (importador, retalhista, oficina e cliente) havia, para o consumidor final, algum desconhecimento sobre este mercado, nomeadamente a origem, qualidade dos produtos e quais os preços praticados. O consumidor limitava-se a entregar a viatura ao mecânico e a confiar no seu profissionalismo. Atualmente qualquer consumidor mais atento pode debater em fóruns da especialidade, consultar as várias marcas de peças e saber o preço da mesma referência em várias empresas/sites … sem sair do sofá. Este “buzz” aumenta a concorrência, o que se traduz sempre num ganho para o consumidor final e numa mudança na estratégia do retalho (volume vs. margens). 9 Atualmente assistimos à generalização do e-commerce por toda a sociedade, e o ramo das peças de automóvel não será diferente. Por exemplo, é comum sermos contactados via telefone, e-mail ou chat por septuagenários. A comodidade, rapidez e a possibilidade de comparar preços num número quase ilimitado de fontes, são vantagens que o consumidor cada vez mais irá valorizar em relação ao comércio tradicional. Verifica-se também a informatização das oficinas, que graças às plataformas de e-commerce, deixarão de perder tanto tempo a contatar telefonicamente 3 ou 4 retalhistas para obter orçamentos. O futuro passará pela aquisição dos produtos por parte do consumidor final e as oficinas a incrementar o preço de mão-de-obra, dando mais valor ao seu know-how. No mercado profissional, as margens de lucro nas peças serão mais reduzidas ou mesmo nulas, e as oficinas terão de otimizar a ociosidade através do aluguer das ferramentas e/ou equipamentos ao consumidor final que quiser reparar o seu próprio carro.
www.laborauto.eu Victor Correia
1 O nosso site foi inaugurado em 2010. 2 Nós não comercializamos qualquer
produto. A nossa empresa dedica-se única e exclusivamente à reparação de unidades
d dossier eletrónicas de automóveis, pelo que só vendemos serviços, embora instalemos componentes, mas incluídos na respetiva reparação. 3, 4 e 6 N.R. 5 Em função da forma em que estamos inseridos neste mercado, trabalhamos fundamentalmente com profissionais, sobretudos oficinas e comerciantes de automóveis. 7 Creio que sim, pois são uma ferramenta muito útil para quem necessita de qualquer produto específico. 8 Vieram, pois com a internet estes sites permitem uma análise e uma procura de produtos que de outra forma seria impossível. 9 Na minha opinião creio que estes sites irão, no futuro, ter cada vez mais procura, se continuarem a primar pela qualidade, pois já se começam a verificar alguns sem o mínimo cuidado.
não faz essa distinção optando pelo preço mais baixo. 9 Penso que são uma moda passageira, pois com o evoluir do automóvel serão cada vez menos os consumíveis a serem aplicados por particulares.
negócio ainda tem muita progressão. Hoje, vivemos numa era tecnológica que oferece, em muitas situações, e o comércio online não é excepção, rapidez, comodidade, preços e transparência desde a escolha até à entrega da encomenda.
www.lojadospneus.com José Leite
www.cautoparts.pt Tiago Perdigão
www.lojadamanutencao.pt João Cruz 1 A lojadospneus.com começou a laborar em 23 de Junho de 2005.
2 Comercializamos pneus ligeiros, 4x4/
1 Foi no ano de 2012 (completamente renovado há pouco mais de 60 dias). 2 As principais linhas de produto que comercializamos são os lubrificantes, aditivos, produtos car care, filtros, iluminação e ferramentas auto. 3 Diversos, muito difícil de destacar um produto, mas na generalidade os óleos e filtros são os mais vendidos. 4 O valor médio por encomenda ronda os 60 euros nos particulares e nas empresas está em redor dos 300 Euros. 5 60% dos clientes são particulares e 40% são empresas. 6 A empresa dispõe de uma loja física e uma oficina, estando prevista a abertura de mais três lojas no decorrer do ano de 2015. 7 Sim, mas com alguma contenção, existem muitas empresas a operar no segmento de B2C para um país tão pequeno como o nosso. 8 Por um lado sim, por outro lado a proveniência de algum material com menos qualidade a preços muitos baixos prejudicam a venda de material com qualidade, pois o particular muitas vezes
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SUV, comerciais VAN e moto. 3 O produto mais vendido tem sido sempre ao longo dos anos o pneu de ligeiro. 4 O valor médio por encomenda anda pelos 220 euros. 5 O nosso website foi vocacionado para o cliente final, todavia fomos criando clientes profissionais e hoje podemos considerar uma relação de 90% de consumidores para 10% de clientes profissionais. 6 É efetivamente a única plataforma de vendas com apoio de mais de cem parcerias por todo o país para execução dos serviços técnicos que os nossos clientes nos solicitam. 7 Consideramos que sim e pensamos que este negócio continuará a crescer não só pela transparência de preços, mas também pelos processos de execução. A experiência que adquirimos no comércio online diznos que os clientes compram, não por ser uma moda do digital, mas porque podem comparar preços e condições gerais, simultaneamente, das lojas que entenderem sem terem que andar de casa em casa para chegarem à decisão. 8 Vieram trazer mais transparência não só nos preços mas também noutras questões. Basta dizer que a legislação para o comércio online é diferente e mais rigorosa com mais proteção do cliente. Pelo menos, para o cliente final, menos elucidado, é melhor. Entre outras situações, o cliente nos primeiros catorze dias poderá sempre devolver a mercadoria sem ter que dar explicações, desde que a não utilize ou altere de alguma forma. 9 Como já referimos anteriormente, o
1 Temos o website a funcionar desde 2004\2005.
2 As principais linhas de produto que comercializamos são peças de performance e competição. 3 É um lote de vários produtos. 4 O valor médio por encomenda no mínimo ronda os 120 Euros. 5 Trabalhamos sensivelmente com 80% ao nível do cliente final e 20% para revenda. 6 Temos espaço físico que serve apenas de venda como apoio ao trabalho de oficina que fazemos, nomeadamente a preparação e modificação de veículos. 7 Sim, hoje em dia, com as redes sociais existem cada vez mais pessoas a aderirem a espaços interativos como opção de escolha sem sair do conforto das nossas casas, sendo uma vantagem para as empresas, que mesmo depois do expediente continuam a vender e o cliente tem mais tempo para escolher, pensar e decidir. 8 Em Portugal temos sempre o problema do mercado paralelo, nós como empresa somos marca registada e pagamos impostos, mas não havendo regulamentação ao nível da fiscalização de NIF´s inscritos na área de trabalho em questão, é contraproducente fazer concorrência com o "vizinho do lado" quando este não é coletado nem passa faturas mas apresenta uma solução ao cliente online que procura o melhor preço. 9 Vão continuar a existir, mas numa forma mais interativa. O segredo das plataformas e redes sociais é o agora, a funcionar em tempo real, e isso é uma catapulta para a venda de peças e acessórios e prestação de serviços.
d dossier www.kive.pt Vera Costa Fonseca 1 A kive foi fundada em 2012. 2 Ferramenta manual, ferramenta especial e máquinas para oficinas e indústria.
3 A maior procura que temos é para ferramenta especial auto.
4 O valor média por encomenda está entre os 120 e os 150 Euros. 5 Penso que clientes profissionais, embora estejam muito equiparados com o particulares. 6 É a única plataforma de vendas que a empresa dispõe. 7 Sim, têm espaço no mercado pois vieram trazer, em primeiro lugar, preços mais competitivos e uma forma direta de trabalhar e fornecer informação detalhada sobre artigos muito específicos a clientes, quer sejam profissionais do ramo ou não. 8 Sim, vieram. 9 Avaliamos de forma positiva pois a tendência é de crescimento.
empresas de comércio tradicional vão ter que baixar preços e margens, vão ter que negociar melhor com os seus fornecedores habituais e vão ter que criar margem nos serviços para substituir as margens que outrora existiam nas peças e lubrificantes. Este será o fim da subsidiação das peças aos serviços de mecânica que se tem generalizado no sector. Alguns sites B2C vão tornar-se B2B dada a escala atingida e o seu poder negocial junto dos fabricantes.
www.oleosonline.com Diana Sousa Cardoso
1 O site foi inaugurado em 2005. 2 As principais linhas de produto são peças e acessórios para automóveis Mini.
3 Todo o tipo de peças de desgaste mais comuns num automóvel.
4 O valor medio está entre os 100 e os 150
http://store.myauto.pt José Caboz Martins
1 Inauguramos o nosso site em 2013. 2 Lubrificantes da marca Total, Cepsa, Elf, Lotos, BP e Castrol.
3 O Lubrificante que mais comercializamos é da marca Lotos.
1 A nossa loja online foi inaugurada em 2014 2 Car care, lubrificantes, lâmpadas, escovas e baterias.
3 Os produtos mais vendidos são os lubrificantes e car care.
4 O valor médio por encomenda anda entre os 40 e 50 Euros. 5 Mais de 90% dos clientes do nosso site são consumidores finais. 6 O site B2C serve de apoio à loja física e à oficina. 7 Com certeza que sim. Os sites B2C são uma oportunidade de ganhar volume de negócios e escala, bem como nos ajudam a comunicar que somos competitivos nos preços que praticamos. 8 Naturalmente, hoje em dia qualquer consumidor que queira saber o preço de uma peça ou um lubrificante consegue-o com grande facilidade online. Isto resulta em preços mais uniformes e numa maior transparência. 9 Estes sites de venda B2C vão transformar o setor, criando uma redução dos níveis dos canais de distribuição de alguns produtos e redução de margens noutros. Com a redução de margens resultante da concorrência crescente destes sites as
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www.minipecas.com João Alcaide
4 O valor médio é superior a 100 euros. 5 O nosso alvo de clientes são as oficinas e as casas de peças. Os clientes do comércio eletrónico passam muito por particulares e quando falamos de oficina o site serve como montra que nos trouxe contatos por esta via. 6 O site é um apoio de vendas muito recente, criado como uma montra aberta 24 horas por dia e 365 dias por ano. 7 Os sites têm como objetivo principal apresentar a nossa oferta de produtos e aumentar a nossa área de penetração a nível nacional e internacional. 8 Claro que sim. Todo o mercado pode consultar os produtos e preços e compará-los posteriormente. As empresas podem estar conscientes do que compram e assim todos os revendedores têm de manter a transparência de preços. 9 O site na venda de peças e lubrificantes, no nosso caso, é um canal de vendas em crescimento. O cliente compra quando necessita e poderá efetuar o planeamento de compras a qualquer hora. O site só por si não é suficiente, a empresa deverá ter conhecimentos técnicos dos produtos que comercializa, só assim é que poderá dar o apoio e efetuar uma venda com qualidade.
Euros. 5 Cerca de um terço são oficinas e casas de peças. 6 Temos balcão físico mas a grande maioria das vendas são feitas online. 7 Claro que têm, o negócio é muito mais cómodo para o cliente, assim como lhe é mais fácil e rápido comparar com a concorrência. 8 Sim, trouxeram transparência mas por arrasto também aumentou o número de negócios fraudulentos. 9 Creio que tendem a aumentar pois é muito mais fácil e barato criar uma loja virtual.
www.filtroseoleos.com Nelson Oliveira
1 O site B2C foi aberto este ano. 2 Filtros e Óleos. 3 O produto mais vendido foi o Liqui Moly 4100.
4 O valor médio por encomenda é de 50 Euros. 5 90% são clientes finais. 6 O site B2C é a única plataforma que temos de venda. 7 Sim, principalmente na venda a cliente final. 8 De facto é mais fácil comparar preços. 9 O comércio online é cada vez mais importante em todos as áreas de negócios.
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Renault Trafic. Condições de trabalho A nova geração aponta novamente à liderança do mercado, com muitos e bons argumentos, a começar na modularidade, capacidade de carga e também nos motores poupados. TEXTO CLÁUDIO DELICADO FOTOS JOSÉ BISPO
É
um dos mais conhecidos comerciais do mercado e tem experiência na liderança de vendas. Chega agora na sua nova geração, com uma clara aposta no bem-estar e conforto a bordo para quem passa horas ao volante. No exterior, o destaque vai para a nova frente, volumosa, com o logótipo de grandes dimensões e posicionado na vertical, uma nova identidade que será alargada a toda a gama VCL. As óticas são alongadas e expressivas, o para-choques dianteiro envolvente e protetor, também numa tentativa de baixar os custos de reparação por parte da marca francesa. O perfil mantém a identidade e a traseira foi rejuvenescida. No interior, os bancos ganham uma nova estrutura, mais confortáveis e o espaço está bem aproveitado, ponto fundamental num carro de trabalho. Ao todo são 14 espaços
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de arrumação que, no total, disponibilizam 90 litros de arrumação. Na superfície de arrumação situada no encosto do banco do passageiro central pode ser transportado um portátil (até 17”). Uma prateleira tipo escritório amovível (2 posições) com mola permite também manter organizados documentos de formato A4. São várias as opções, com a possibilidade de montar um suporte para o smartphone e outro para o tablet. Para ajudar a afastar as multas, mesmo o rádio mais básico (existe também um sistema R-Link com navegação e funções multimédia) conta com ligação mãos livres ao telemóvel. ESPAÇO DE CARGA O novo Trafic oferece um espaço de carga prático e eficaz, nesta versão L1H1, que tem quase cinco metros de comprimento e
1,95 metros de largura. Nesta versão L1, o comprimento de carga é generoso: 3,75 m (4,15 m na versão L2). O volume de carga é de 5,2 m3 e foi otimizado graças a um espaço cúbico que permite aproveitar cada recanto. É proposta uma vasta gama de equipamentos e acessórios para facilitar a operação de carga e tornar o transporte mais seguro, nomeadamente uma galeria interior de arrumação, um sistema de bloqueio da porta traseira esquerda, até 18 anéis de retenção e um cartão mãos livres para tornar mais fácil o destrancamento e o acesso ao veículo. Além disso, o Trafic foi também pensado para as transformações necessárias para responder aos imperativos da atividade de cada empresa. A segurança não foi descurada para quem anda ao volante. O ESP da nova geração assegura a estabilidade do veículo e deteta o
Este espelho suplementar foi integrado na pala-de-sol do passageiro para alargar o campo de visão lateral do condutor e detetar a presença de um veículo mesmo na zona de ângulo morto. O interior é confortável, espaçoso e tem várias opções tecnológicas à medida de cada negócio. Os espaços de arrumação são 14 no habitáculo
nível de carga, de forma a reforçar a eficácia dos dispositivos de correção da trajetória. De série em todas as versões, dispõe agora de novas funcionalidades: Grip Control (controlo de tração), que permite ao veículo recuperar a aderência em pisos pouco firmes, do tipo areia, lama ou neve; ajuda ao arranque em subida, que permite manter automaticamente a pressão de travagem durante 2 segundos, de modo a dar ao condutor tempo suficiente para acelerar. MOTOR DESPACHADO O novo Trafic propõe uma gama de motores suaves e muito económicos, como é apanágio da marca francesa. Beneficiando da experiência e dos conhecimentos técnicos adquiridos pela Renault na F1, o motor 1,6 dCi apresenta-se em duas variantes:
turbocompressor de geometria variável (90 e 115 CV) e dCi Twin Turbo (120 e 140 CV). A unidade testada usava o mais potente (140 CV) e sai claramente beneficiada com isso. O arranque é vigoroso e as retomas de velocidade acontecem com rapidez, aumentando a segurança mas também o prazer de condução. Tudo graças à dupla sobrealimentação que oferece mais binário a baixo regime e mais potência nos altos regimes. Quanto aos consumos, a marca anuncia um gasto médio de 6,5 l/100 km mas durante o nosso teste registámos sempre mais um litro do que o anunciado, um valor, ainda assim, muito competitivo para o dia-a-dia das empresas. O preço desta versão é 27.675 euros (com IVA), apesar de haver versões mais baratas, com o motor menos potente (90 CV) por
um preço de 25.190 euros. De referir ainda que todos os veículos novos da Renault estão cobertos por uma garantia de 5 anos ou 100 mil quilómetros, um bom argumento face à maioria da concorrência.
FICHA TÉCNICA RENAULT TRAFIC DCI 140 L1H1 DIMENSÕES C/L/A: 4,99 M; 1,95 M; 1,97 M COMPRIMENTO DE CARGA: 3,75 M VOLUME ÚTIL: 5,2 M3 MOTOR: 1.6 DCI 140 CV CONSUMO: 6,5 L/100 KM (170 G/KM) VELOCIDADE MÁXIMA: 181 KM/H BINÁRIO: 340 NM ÀS 1500 RPM
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G ler A : Daim urce o s ge Ima
UNIÕES DA CARROÇARIA PROFIL
BLOCO DO MOTOR NEMAK
LIGAÇÕES DO GANCHO DE REBOQUE HELLA
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO DE POTÊNCIA DELPHI
Nota: Se é um fornecedor e tem alguma questão ou quer a sua informação incluída nestas radiografias, contacte James Clark através do e-mail james.clark@ihs.com ou visite www.supplierbusiness.com
MÓDULO DE ARREFECIMENTO DA TRANSMISSÃO IBS FILTRAN
ILLUSTRATION: ANITA KAPOOR
CAMBOTA (K9K, I4 2.2 DIESEL; I4 2.0 GASOLINA DO AMG 45) THYSSENKRUPP
TUBOS SUPERIORES DO DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL TI AUTOMOTIVE
FRISO DO PORTÃO TRASEIRO IAC
ATUADOR HIDRÁULICO DA EMBRAIAGEM FTE AUTOMOTIVE
COMANDO DAS VÁLVULAS (OM 651/OM 642) IWIS
COMPONENTES DO CHASSIS ZF FRIEDRICHSHAFEN
BOMBA DE ÓLEO DA TRANSMISSÃO MAGNA
AQUECIMENTO DOS BANCOS KONGSBERG
JUNTAS DO ESCAPE ELRINGKLINGER
ÊMBOLOS FEDERAL-MOGUL
ROLAMENTOS DA TRANSMISSÃO NSK
DOBRADIÇAS DO CAPÔ EDSCHA
CONDUTAS DE AR REHAU
ADESIVOS EPOXY (PORTAS) DOW AUTOMOTIVE
CABO DE ABERTURA DA PORTA DURA
MOLAS PNEUMÁTICAS STABILUS
FORROS EM COURO EAGLE OTTAWA
APOIO DE BRAÇOS DO BANCO TRASEIRO F S FEHRER
ACELLA® [APOIOS DE BRAÇOS DAS PORTAS] BENECKE-KALIKO
ENCOSTOS DE CABEÇA DIANTEIROS GRAMMER
AIRBAG DO CONDUTOR TAKATA
REGULAÇÃO ELÉTRICA DOS ENCOSTOS DE CABEÇA BROSE
PUXADORES DAS PORTAS (VERSÕES STANDARD E MÃOS LIVRES) HUF HÜLSBECK & FÜRST
ASSISTÊNCIA ELETRICA DA DIREÇÃO JTEKT
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO DAS CABLAGENS HELLERMANNTYTON
MERCEDES GLA. QUEM FAZ O QUÊ?
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Ensaio de longa duração. Cada vez mais perto do fim Com quase 75 mil quilómetros o Renault Clio Sport Tourer começa a evidenciar alguns sinais de cansaço… TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOS JOSÉ BISPO
A
inda sem termos os resultados finais, uma vez que o Clio Sport Tourer se encontra em Coimbra para fazer os últimos testes, podemos dizer que a pequena carrinha do Clio começou a mostrar sinais evidentes de cansaço normais para um carro que tem feito perto de 300 quilómetros por dia. Especialmente nas últimas semanas, onde o Clio voltou novamente a Bilbau para visitar o famoso museu Guggenheim, uma viagem que consumiu mais de 2500 quilómetros, durante os quais a média andou abaixo do 6 litros graças ao contributo do “cruise control” que andou sempre regulado para uma velocidade suscetível de não criar problemas com as autoridades espanholas que, para além dos radares fixos devidamente assinalados, estão outros por vezes escondidos para quem só desacelera quando
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é avisado de radar próximo. Ao contrário do que aconteceu na viagem anterior que foi também aos Picos da Europa, desta vez notaram-se vários ruídos resultantes de um envelhecimento precoce de alguns elementos nos últimos 10 mil quilómetros. Especialmente quando perante pisos mais degradados a suspensão revelou algum desgaste, ainda que esta avaliação tenha de ser confirmada, uma vez que uma boa parte desse sintoma se deve ao estado dos pneus, especialmente atrás onde o piso está muito próximo dos mínimos. De realçar, no entanto, que estes são os mesmos pneus que fizeram uma boa parte das 72 horas do Estoril. Apesar do motor apresentar um ruído diferente, ele continua a evidenciar uma grande destreza fruto de uma potência que excede ligeiramente o valor oficial da
marca: 90CV. O mesmo já não podemos dizer da caixa de dupla embraiagem que continua a mostrar algumas deficiências, como um certo arrastamento na passagem de caixa de algumas velocidades. Ainda que não saibamos ao certo a causa dessa anomalia que se manifestou desde muito cedo e que tem vindo a aumentar de intensidade, pensamos que a causa estará nalgum desgaste de uma ou já das duas embraiagens. Ao certo só saberemos quando no final desmontarmos o Clio, nomeadamente a transmissão, como planeado desde o início. Nessa altura voltaremos a analisar os injetores microscopicamente e com isso avaliar a função do combustível utilizado (Galp G Force) bem como do óleo também da Galp. Deste é sempre recolhido uma amostra sempre que fazemos a sua substituição.
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bilstein group. Informação sobre rodas Subimos a bordo da carrinha bilstein, que visitou 25 distribuidores para transmitir informação às oficinas e apresentar algumas linhas de produto menos conhecidas. O balanço é positivo e foi apenas um primeiro passo nesta estratégia. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
O
utubro foi o mês escolhido pelo bilstein group para trazer a Portugal a “bilstein van”, a carrinha que o grupo usa na Alemanha para visitar as oficinas. Esta foi também uma experiência importante no mercado português para que se analise a viabilidade de ter uma carrinha própria a trabalhar o mercado nacional. A palavra-chave a bordo da carrinha é informação, repartida entre as três marcas: Blue Print, febi e SWAG. “Já existe um bom conhecimento das três marcas no mercado nacional, mas esta ação serve também para mostrar um pouco daquele material mais específico que temos. Normalmente as oficinas têm
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tendência a recorrer diretamente à origem e não se lembram que existe no aftermarket. Queremos mostrar-lhes que temos esses produtos e que somos uma solução”, explica Miguel Cruz, responsável pelo tour da carrinha em território nacional. Num espaço tão pequeno como a caixa de carga de uma Mercedes Sprinter é impossível juntar as cerca de 28 mil referências. “Por isso faz-se sempre aqui um equilíbrio entre algumas gamas top de vendas nas áreas de travagem, filtros, embraiagem, direção e suspensão, refrigeração, gestão de motor ou distribuição e outras que são mais desconhecidas”. Entre estas estão material elétrico, comandos, botões ou sensores, além de algumas
ferramentas específicas desenvolvidas como complemento das peças que o grupo vende. Ao todo, a carrinha apresenta cerca de 200 produtos diferentes. Miguel Cruz fez-nos uma visita guiada à carrinha durante o Encontro de Clientes nas instalações do Seixal da ONEDRIVE. Ao todo, o veículo de demonstração do bilstein group visitou cerca de 25 pontos de venda e acompanhou os clientes dos seus distribuidores. Nas mais de 500 visitas ao veículo de demonstração, os distribuidores e mecânicos envolvidos tiveram a oportunidade de analisar de perto a qualidade das peças, verificar o tipo de fabrico e material, assim como trocar opiniões ao nível de
disponibilidade e os mais diversos aspetos relacionados com o seu trabalho. Miguel Cruz não faz nenhuma demonstração específica, optando por convidar os profissionais do setor a entrar na carrinha para que vejam a amostra de material que está em exposição. É interessante ver a curiosidade de quem visita a carrinha quando o técnico do bilstein group começa a abrir as dezenas de gavetas. As perguntas começam de imediato e fica claro que é fundamental dar mais informação aos profissionais do setor. “Basta ver como as pessoas ficam surpreendidas quando lhes falo e mostro peças mais específicas, que raramente existem fora do conceito de origem, como botões, comandos dos espelhos elétricos, sensores, etc”, explica o responsável. Um dos visitantes deixou escapar a frase “conheço bem a Blue Print que vende filtros e pastilhas”. Foi a deixa certa para Miguel Cruz mostrar toda a oferta da marca especialista em veículos asiáticos. O espanto foi grande graças ao vasto catálogo. “Também vendemos filtros e pastilhas, mas há muito mais do que isso”. O cliente saiu convencido e, acima de tudo, informado. No fundo, “tentamos informá-los para que num próximo contacto e quando necessitarem de alguma peça mais específica não recorram automaticamente à origem e se lembrem que o seu distribuidor tem opções e que podem apostar nas nossas marcas para peças e
ONEDRIVE. CLIENTES JUNTOS NO SEIXAL A ONEDRIVE encerrou os Encontros de Clientes no Seixal. Ao longo do ano foram quatro encontros, que juntaram, em média, 200 pessoas em cada um. “Esta é uma oportunidade que damos aos nossos clientes de contactarem diretamente com os fornecedores. Durante estes encontros aproveitam para tirar algumas dúvidas que têm, trocar experiências e também ficar a conhecer algum produto específico que os fornecedores tragam. Tudo isso num ambiente descontraído e de convívio”, explica Vanessa Barros, gestora de marketing da ONEDRIVE. A empresa do Grupo Nors está ainda a estudar como vai aplicar este conceito de sucesso durante o próximo ano.
Fornecedores presentes Blue Print Champion Ferodo Filtron Fuchs Gates KYB Monroe Moog Nissens SKF SWAG Valeo Veneporte Wolf
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acessórios que não costumam procurar no aftermarket”, explica. Na carrinha existe também um ecrã que mostra vídeos da SWAG, Blue Print e febi, com pormenores da fabricação do material, conceito de engenharia, desenvolvimento e vídeos mais práticos. A aceitação foi muito boa e agradou aos intervenientes que mostraram uma grande recetividade e deram um feedback muito positivo. Este trabalho é também muito importante ao nível dos distribuidores, uma vez que “têm tantas marcas e tantas referências que é importante que nós lhes passemos esta informação. Até porque se um distribuidor não conhecer determinadas peças que temos, não vão stockar porque não cria histórico e não há vendas, logo não há pedidos. Procuramos sempre facilitar o trabalho dos distribuidores e dos seus vendedores.
fazer a ação com os distribuidores e eles convidaram os seus clientes e as oficinas”, mas no futuro a ideia poderá passar por visitar as oficinas. “Algumas pessoas acham que quando vamos com a carrinha estamos lá para vender alguma coisa. E isso não acontece. Só demonstramos e apresentamos o produto, depois as vendas ficam a cargo dos nossos distribuidores”, esclarece Miguel Cruz. Esta carrinha faz também muito pela imagem das três marcas. Tem uma fachada da Blue Print, outra da febi e atrás é SWAG. Um dos pontos importantes que estas ações passam é também a forte capacidade de pesquisa e desenvolvimento do grupo. Na Venda do Pinheiro está concentrado o departamento de pesquisa que trabalha a nível mundial. “Trabalhamos muito em desenvolvimento de produto, catálogos fáceis
FORTE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO A carrinha pode ser uma das soluções, que funciona muito bem pelo facto de haver uma amostra interessante de produtos. “Na Alemanha a carrinha visita diretamente as oficinas e apresenta o produto. Como tínhamos um tempo curto, optámos por
UM DOS OBJETIVOS É MOSTRAR AOS PROFISSIONAIS QUE MUITAS PEÇAS NÃO EXISTEM APENAS NA ORIGEM, MAS ESTÃO DISPONÍVEIS TAMBÉM NO AFTERMARKET
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de utilizar, que funcionam bem online e são mais-valias que temos. Temos um stock muito bom e um forte apoio aos nossos clientes. Tudo isso faz a diferença”, explica Miguel Cruz. Para os responsáveis do bilstein group em Portugal o objetivo desta iniciativa foi claramente alcançado, dado que os visitantes ficaram satisfeitos por descobrir a grande diversidade de gamas de que as marcas febi, SWAG e Blue Print dispõem e deixaram ainda a sugestão de se continuar com as visitas do veículo de demonstração do bilstein group e com semelhantes projetos de sucesso no futuro. Miguel Cruz já leva uns bons anos de peças. Começou a trabalhar na área em 1986, tendo trabalhado ao balcão durante 17 anos como caixeiro, enveredando pela área comercial trabalhando o mercado português, sendo que agora é responsável comercial nos PALOP, o que o obriga a várias deslocações. O balanço que faz desta volta a Portugal, com cerca de 5000 km percorridos, é muito positiva, também em termos pessoais, pelo contacto com as oficinas. No final de cada visita, há sempre espaço para cada visitante levar também o brinde da praxe, que não pode faltar.
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Expomecânica. Sucesso para repetir já em 2015 A Expomecânica está de regresso no próximo ano. De 5 a 7 de Junho, a Exponor volta a receber as maiores empresas do aftermarket em nome dos bons negócios. Conheça, também, o balanço da edição deste ano. tencionavam fazer compras num expositor (46 por cento) e que tem intenções de regressar (96 por cento) caso o certame se realizasse novamente.
TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES
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proximar e integrar os profissionais que trabalham no mercado pós-venda automóvel, “oferecendo informação, diversão e, principalmente, negócios” é o grande objetivo da Expomecânica, evento que estará de regresso à Exponor no próximo ano e uma vez mais sob a batuta de José Manuel Costa, promotor da Kikai Eventos e com o apoio da TURBO OFICINA. O maior salão de equipamentos, peças e serviços vai receber as principais empresas do aftermarket e pretende, de acordo com a organização, “exceder as expetativas, buscar resultados e excelência” para os expositores e visitantes. Para tal, conta com um novo horário (sexta e sábado das 10h às 20h e domingo das 10h às 17h) e um conjunto de ações paralelas e de novas atividades que irão enriquecer o certame. ESTREIA POSITIVA Com mais de 650 marcas nacionais e internacionais espalhados por 7884 m2 , a edição deste ano da Expomecânica foi um sucesso em todos os sentidos: 11,194 visitantes validam os esforços da organização e o modelo que tem vindo a ser seguido. Um inquérito realizado aos expositores após a sua conclusão revelou isso mesmo: 94 por cento dos inquiridos afirmaram que “a feira ajudou a promover o negócio”, 92 por cento revela ter “atingido os objetivos”, 55 por cento admite ter tido “contacto com visitantes
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estrangeiros”, 51 por cento indica que “realizou negócios” e 63 por cento considera ter “potencial para exportação”. Sobre a possibilidade de regressarem em 2015, 94 por cento dos respondentes admitiu que pretende “continuar a participar no evento”. Dos inquéritos respondidos (35 presenciais), 71,43 por cento dos expositores revela ter tido conhecimento da feira por contacto da organização e 14,29 por cento mediante contactos pessoais. Com 63,27 por cento das respostas, a “notoriedade potencial” do evento foi o principal fator de decisão, provavelmente alicerçado por ser o único com estas características na região norte do País. No caso dos visitantes, cuja amostra é maior (147 entrevistas com recurso a tablets nos três dias da feira), os “fornecedores”, com 30,20 por cento das respostas, e a “internet”, com 20,13 por cento das preferências, foram as principais fontes de conhecimento, enquanto a “oportunidade de negócio” (46,67 por cento) e o “convite do expositor” (28 por cento) se assumem com as principais razões para a sua presença. O conhecimento das novidades do setor, com 50,67 por cento das respostas, foi o grande motivo para a sua presença. O estudo efetuado indica ainda que existe uma grande dispersão dos perfis dos visitantes. Além de mecânicos encontram-se eletricistas, carpinteiros, agentes de seguros, vendedores, e chefes de pós-venda em mais de 15 tipos de funções diferentes, o que indicia a grande curiosidade suscitada por este evento nos diversos escalões sociais. Estes revelaram que
ASPETOS A REVER Apesar da larga afluência de visitantes e do negócio gerado, existem alguns aspetos que podem ser melhorados e que, por esse motivo, serão tidos em conta pela organização. Nos serviços de montagem, os expositores queixaram-se dos “equipamentos e apoio técnico”, mas valorizaram a “adequabilidade do horário” às suas necessidades. Nota negativa para a climatização, sentida também por “visitantes e expositores”. O saldo global da feira é “muito positivo”. Os visitantes apontaram o dedo ao “parqueamento”, mas elogiaram a “apresentação e sinalética”. GRANDE VISIBILIDADE A promoção efetuada pela organização e que contou com o apoio da TURBO OFICINA, parceiro oficial do evento, resultou em 261 notícias que, de acordo com a Kikai Eventos, podem ser valorizadas num apuro próximo de 179 950 euros de custo equivalente em publicidade. Com espaços dedicados às peças e equipamentos, reparação e manutenção, tecnologias de informação e gestão, e estações de serviço, a Expomecânica confere ao tecido empresarial do aftermarket uma plataforma de negócio dificilmente equiparável. A possibilidade de relacionamento com atuais e potenciais clientes, lançamento de novos produtos e divulgação da marca não acontece noutro local, bem como toda a rede de contactos associada. Em exposição na edição de 2014 estiveram autopeças, ferramentas, pneus, e equipamentos para teste. Mas também tintas e vernizes, ceras e materiais de limpeza, combustíveis, lubrificantes e aditivos. Em destaque ao longo do amplo espaço da Feira Internacional do Porto estiveram ainda tecnologia, equipamentos, produtos e serviços para a indústria automóvel, diversos concessionários, múltiplas oficinas mecânicas e elétricas, empresas de funilaria e pintura, estações de serviços e de lavagem de automóveis, e entidades e publicações especializadas. Em 2015, de 5 a 7 de Junho, realiza-se a segunda edição.
A ATIVIDADE DA TURBO OFICINA EM 2014 COMO MEDIA PARTNER
Mais de 60 notícias em www.oficina.turbo.pt Mais de 30 páginas de cobertura editorial para o salão e os seus expositores 4 newsletters dedicadas enviadas para mais de 12 mil contactos Conferência Turbo Oficina “Como criar negócio na oficina” com 120 participantes Encontros Associativos que juntaram pela primeira vez ACAP, ANECRA e ARAN Distribuição da Turbo Oficina na feira pela mão de duas promotoras Prémios entregues a três expositores, com base nos inquéritos independentes feitos aos visitantes PUBLICIDADE
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Mecânica. Bom para os negócios A Mecânica manteve a sua tradição e conseguiu juntar cerca de 100 expositores no seu salão. Algumas novidades foram apresentadas neste certame, que aqui damos conta, resumidamente. TEXTO PAULO HOMEM E CLÁUDIO DELICADO
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AD PORTUGAL aproveitou para dinamizar muitas ações de formação a clientes oficinais com os seus parceiros de negócio (SKF, Gates, NGK, Texa, Valeo, Monroe, KYB, Fiac, Girling e Mann). - Aposta clara na Kumho com um stand a combinar na AGUESPORT. Toda a gama esteve presente, mas o destaque foi para o novo pneu HP91 para SUV, num segmento em forte ascensão. - A empresa AUTO DELTA, que alargou recentemente a sua capacidade de armazenamento, levou uma mostra de todas as marcas de peças premium com que trabalha. Em destaque esteve também a nova representação Beru. - O Auto-i 700 & 300 (este para PC) foi a novidade da AUTODIAG para a sua representada Carmen Scan (diagnóstico).
- Depois do Minilift, a ALTARODA divulgou o Powerlift (da Astra), um elevador de maiores dimensões, também ele portátil. - No stand da ATWOO o destaque foi para o novo Evercoat Poly Flex, uma massa de poliéster flexível especialmente desenvolvida para reparação de pequenas imperfeições em pára-choques flexíveis e peças de plástico.
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- O especialista em caixas automáticas AUTOMATIC CHOICE aposta forte na componente técnica e, além de trabalhar com as principais marcas e disponibilizar todos os componentes para caixas automáticas, produz cursos e manuais de formação para os seus clientes. Foi isso que mostrou no salão. - Os aditivos da Lucas Oil foram o grande destaque no stand da BEST STOCK. - As peças originais BMW foram promovidas na BOMCAR, empresa que disponibiliza uma plataforma de peças às oficinas independentes. - A BOLAS decidiu apostar forte na marca Beta, mostrando novidades ao nível da ferramenta específica e vestuário auto.
- Agora que está presente em quase todo o país como distribuidor de peças, a CARF mostrou-se pela primeira vez na Batalha.
- A Corghi R.E.M.O. é um equipamento de alinhamento de direções com tecnologia exclusiva (caracteriza-se pela total automatização das medições e ausência de componentes aplicados nas rodas) que a CORCET apresentou em primeira mão.
- A CORREIA & CORREIA / TRIU divulgou os serviços ambientais na área auto, bem como o serviço de aluguer operacional de equipamentos de lavagem de peças, travões e aparelhos de pintura.
- A empresa especialista em filtros MIKFIL apresentou-se com a gama completa, tanto para ligeiros como para pesados e industriais. - A HB Body (marca grega de produtos de repintura) levou a CRPB à Batalha para divulgar os seus produtos pela primeira vez neste salão.
- A marca Valvoline assumiu destaque no stand da DINGIPEÇAS. - Entre as várias gamas de produtos destaque na DISTRILUBE para o Puncturesafe, um gel preventivo que se coloca no interior do pneu e que evita os furos. - A DOMINGOS & MORGADO levou alguns dos reforços do seu catálogo, com destaque natural para a John Bean e as novas equilibradoras BFH, em que o grupo vibratório é comum para todas as máquinas. Muda apenas o software. - Na DPP PORTUGAL o grande destaque incidiu na marca de lubrificantes polaca Lotos, de que a empresa é distribuidora exclusiva para o mercado ibérico. - Como sempre, a reparação de caixas de velocidades automáticas estava em destaque na EUROTRANSMISSÃO. - A grande novidade da EUROTYRE é a aplicação para tablets, onde está o catálogo integral e onde será possível aceder ao stock e fazer encomendas de todas as marcas. - A Evo Parts é a marca de peças para pesados (uma gama muito completa) que a RECAMBIOS RAF comercializa em Portugal através da revenda. - Auto rádios e produtos para Car care (nomeadamente a nova marca Quixx) estavam em destaque na EXTRASECURITY. - A empresa química italiana FAREN está a dar os primeiros passos em Portugal, com destaque para a comercialização de óleos, absorventes, solventes e limpadores, com mais de 300 referências. Procura distribuidores. - A FERROL mostrou na Batalha toda a sua oferta de equipamentos para a oficina relacionados com o ambiente, mas também na área da lavagem de peças. - Destaque na FONSECA, MATOS & FERREIRA para as novidades da Evans, com o seu líquido de radiador sem água, que não ganha pressão. Destaque também para os lubrificantes Millers Energy Efficient que reduzem drasticamente o atrito e a fricção e, consequentemente, o consumo.
- A GONÇALTEAM especialista em equipamentos mostrou as mais recentes novidades, entre elas as gamas mais altas dos equipamentos HPA. - A GRIPEN WHEELS IBERIA (pneus OTR) mostrava-se pela primeira vez neste salão. - Em estreia em Portugal a HELLA GUTMANN mostrou o CSC Tool, uma ferramenta para calibração dos sensores e câmaras que servem de base aos sistemas avançados de condução assistida. Além de mostrar a sua oferta destaque também para o TPM Tool para os sensores de pressão de pneus, trouxe a gama de material oficinal que serve de apoio à atividade do grupo, seja na iluminação, travagem, climatização, etc. - A forte aposta na marca Brain Bee (equipamentos de diagnóstico) levou mais uma vez a HÉLDER MÁQUINAS à Mecânica. - A HC CONSULTORES propõe-se a resolver todos os problemas burocráticos às oficinas, funcionando como mediador em áreas como a gestão de resíduos, consultoria ambiental ou mediação de seguros. - A limpeza dos filtros de partículas foi o serviço que esteve em destaque no espaço da INTERESCAPE.
- Mais uma vez a forte aposta da INTERMACO foi nos equipamentos oficinais, nomeadamente ao nível do diagnóstico. - Sistemas de navegação específicos, produtos eletrónicos e de entretenimento, e peças de reposição de iluminação para o sector automóvel, foram a aposta da IHNAVI que se estreava neste salão.
- A CUCO AUTOGÁS, líder no GPL Auto em Portugal, dinamizou os seus serviços e produtos, com destaque para as representações Landirenzo, Tugra Makina e FlashLub.
- O destaque na GLOBALUBE foi para os lubrificantes da GULF (representante em Leiria), bem como para as marca Gro e Luberol, bem como uma nova marca de aditivos e consumíveis de oficina designado por Ardina Car Care.
- A JAO mostrou a sua vasta oferta em turbos recondicionados e novos bem como o serviço de limpeza do filtro de partículas. - A JAPOPEÇAS foi novamente o melhor distribibuidor Aisin em Portugal, mas o destaque foi para o anúncio da plataforma de venda B2B que em breve estará disponível. DEZEMBRO 2014
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- A JBM CAMPLLONG é uma empresa espanhola que comercializa todo o tipo de ferramenta, de marca própria, para o setor automóvel. - Os motores usados (para além das peças) justificaram a presença da JESUS & BAPTISTA nesta exposição. - Destaque na LIQUI MOLY para os novos sprays de 400 ml com vareta telescópica para uma utilização sem desperdícios. Anunciada foi a presença no TecDoc a partir de janeiro.
- Foram divulgados na K-APEX PORTUGAL os produtos de lavagem auto com a marca K-Apex. - Na MANUEL GUEDES MARTINS o destaque vai sempre para os serviços de assistência técnica a equipamentos oficinais, área de negócio onde a empresa de Gaia é muito forte. - Empresa especializada em radiadores para todo o tipo de aplicações na área auto, a SOUSA RADIADORES mostrava também a sua gama (recentemente reforçada) para refrigeração /ar condicionado. - A grande estrela do stand da MASTERSENSOR são as escovas híbridas da Heyner que representam um grande sucesso de vendas em Portugal. - A ferramenta especial da Govoni para aplicação automóvel e as ferramentas auto da KS Tool sobressaíram no stand da MAXOLIT. - A MESTO levou, pela primeira vez a este certame, os seus pulverizadores para limpeza e manutenção automóvel de origem e construção alemã. - A tradição é para se manter e por isso a MUNDIALUB promoveu na Batalha os produtos anti-fricção da Faher. - A MCSystem é uma marca de mobiliário para veículos comerciais que a MORAIS & CÂMARA promoveu neste salão. - A NELSON TRIPA levou à Batalha uma amostra de toda a sua gama de peças e
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equipamentos, com destaque para os aparelhos de teste de ar condicionado, que trabalham com todos os tipos de gás. - A NISSENS RADIDADORES mostrou a gama completa, com especial destaque para os radiadores para pesados. - A PBS retomou a venda da marca francesa de baterias STECO, que apresenta agora uma nova gama, nomeadamente a gama verde (75ah – 700A). Também na marca própria (Energia) a PBS disponibiliza uma gama para pesados. - Ferramentas e equipamentos para oficinas, bem como a assistência técnica a equipamentos foram destacados na PROFITAWARD. - A Q&F dinamizou o ATEQ VT56 da Alcar, um produto para as oficinas que também trabalham pneus, que permite programar as válvulas com sensor de pressão nos pneus das viaturas. - A RADIADORES CONFRARIA realiza todo o tipo de trabalhos em componentes automóveis, como tubagens, depósitos, radiadores, etc. - Para a RIERA SAN FERNANDO a Mecânica serviu para mostrar toda a sua gama de equipamento oficinais de marca própria. - Muito ativa, a RODAPEÇAS lançou uma nova marca exclusiva, designada por Pador, que inclui peças e serviços. Apresentou também o equipamento IBS para lavagem de peças.
- Equipamentos de limpeza para oficinas são o forte da SEPITRA, que expôs na Batlha a sua gama. - A SIMECOR é uma empresa especializada no tratamento de superfícies e lavagem de peças, tendo desenvolvido um processo novo e eficaz na regeneração dos filtros de partículas dos automóveis e camiões. - Na SOPELICULAS foi promovida a Johnson Windon Film, representação de películas que a empresa dispõe desde 2013. - A SÓPNEUS foi a este salão para mostrar o seu serviço de assistência móvel para pesados. A empresa possui três unidades móveis, uma em Lisboa e duas no Porto. - A SPARKES E SPARKES voltou a divulgar que possui um dos maiores stocks de caixas de velocidades recondicionadas em Portugal. - Um dos destaques da STAR EXTRA LINE foram os pára-choques de plástico ABS para vários modelos.
- Peças para ar condicionado e componentes universais (compressores, condensadores, evaporadores, válvulas de pressão, etc) estiveram em destaque na TECNIAMPER. - A TELEPEÇAS voltou a promover o site www.telepecas.com de gestão de peças usadas. - Especialista em limpeza a TRIPLEMAQUI levou as suas recentes novidades à Batalha, como é exemplo o aspirador Greenline GLP21. - O XPress 800 é um equipamento de rebitagem para oficinas de chapa que a RODRIBENCH apresentou neste certame. - A RPL CLIMA apresentou a nova gama de compressores alternativos com a marca RPL QUALITY, diversificando a sua oferta que contempla as marcas Denso, Sanden e Delphi.
- Os equipamentos de pneus TECO 750 e 840, e o equipamento de lubrificação Easu Lub foram o destaque na SARRAIPA.
- Peças para Mercedes novas e usados foram e são o único destaque na VIAMORIM. - O especialista em reparação Porsche, a VICENCAR mostrou toda a sua oferta na Mecânica. - A WD-40 COMPANY aproveitou para promover largamente o seu consumível WD-40.
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TopCar. Em direção ao topo
O percurso feito pela rede de oficinas tem sido exemplar, com uma clara aposta na formação, informação mas também no marketing. Para o próximo ano o objetivo é aumentar a notoriedade junto dos consumidores e apostar na tecnologia. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
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TopCar reuniu em Alcochete as suas 50 oficinas, toda a gestão da rede e também os fornecedores e a cadeia de distribuição que alimenta as oficinas para celebrar os três anos de atividade, na sua Convenção anual. O lema deste ano foi “On the Top” que combina com o posicionamento de qualidade que os responsáveis da rede defendem. Um dos pontos-chave de toda a estratégia, como explicou Marco Silva, responsável da gestão de rede, é a formação. Ao longo do ano foram feitas cerca de 30 ações de formação, com 330 formandos, num total de cerca de 6000 horas de formação, entre mecânica,
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mecatrónica, colisão, comercial, atendimento e gestão. Entre os parceiros estão, por exemplo, a AutoTecnic ou o Centro Zaragoza. A parte técnica é fundamental para o bom funcionamento da rede. E um dos destaques vai para o DataTecnic, uma espécie de serviço de urgências para as oficinas, que funciona 24 horas por dia online. “Trata-se de uma ferramenta muito importante porque tem uma base de dados de casos reais, de problemas comuns de todos os modelos que tipificam as principais avarias. Além de identificar o problema apresenta também a solução, poupando tempo e erros às oficinas”, explica Marco Silva.
Cada vez mais importante é o Centro de Assistência Técnica da TopCar que, em 2014, atingiu quase 500 pedidos feitos pela rede, o que representa um crescimento de 23% face ao ano anterior, sendo que cerca de 70% das oficinas da rede usou esta ajuda. O objetivo é, de acordo com Marco Silva, “levar a que todas as oficinas usem este serviço que está ao seu dispor, melhorando o seu serviço e a rapidez de resolução de problemas”. Mas a grande ferramenta que está agora ao dispor de toda a rede é o ARMIN que junta o catálogo online, com identificação do carro e um sistema de encomendas com disponibilidade dos fornecedores em tempo
PRÉMIOS TOPCAR 2014 Competências TopCar Barcelos Centro de Assistência Técnica –TopCar Figueira da Foz – Paião Imagem TopCar Porto – Zona Industrial Financiamento TopCar Barreiro Negócio (utilização ARMIN) TopCar Covilhã
real, mas também informação técnica (Armin Protech) e agora inclui também orçamentação (Armin Pro), com os tempários dos construtores e as peças de aftermarket equivalentes, além da parte de gestão de oficina (ArminGest). Este software permite ainda fazer uma análise da ocupação da oficina, por área de intervenção e também por cada técnico da oficina. É uma ferramenta importante para aumentar a rentabilidade. Tudo dentro da mesma plataforma.
FORNECEDORES PRESENTES Berner Blue Print Champion Eurotyre Ferodo Filtron Gates KYB Lemförder Mann-Filter
Mintex Philips Sachs SKF SWAG Valeo Varta Veneporte Wolf
O financiamento oferecido ao consumidor final em parceria com a Cofidis tem sido também uma mais-valia da rede, garantindo reparações que, de outra forma, dificilmente se fariam. Ao todo, em 2014, foram apresentadas cerca de 150 propostas, com quase 80 contratos assinados, com um financiamento médio de 1480 euros. José Gomes Ferreira, jornalista da SIC da área económica, fez uma radiografia ao estado do país, com uma ideia de esperança afirmando que “Portugal é viável”, enquanto ao final da tarde teve lugar um mini-debate que juntou um responsável do Grupo Cepres, da Finlong e da ALD Automotive. Um passo fundamental para o fortalecimento da rede é o GNM Soft, uma aplicação de comunicação interna entre os aderentes à rede, a gestão da rede e os fornecedores. É aqui que as oficinas vão poder gerir toda a comunicação, aceder a protocolos, mas também a agendamentos, formação, dar sugestões à gestão da rede, aceder às campanhas em vigor ou gerir o micro-site da sua oficina, inserido no novo site da TopCar, já disponível em www.topcar.com.pt.
TRÊS PERGUNTAS ISABEL BASTO DIRETORA DO NEGÓCIO DE AFTERMARKET LIGEIROS DO GRUPO NORS Três anos depois, qual é o balanço da atividade da TopCar? Para nós era importante que a equipa TopCar tivesse consciência do nosso trabalho e do que fizemos ao longo destes últimos três anos. Cumprimos com aquilo que lhes prometemos, que foi dar formação, informação, notoriedade, parcerias, imagem e marketing, com ferramentas e vantagens que não conseguiriam ter individualmente. Estamos orgulhosos da taxa de assiduidade de 72% nas formações, mas temos sentido alguma dificuldade em arranjar formação em português porque a maioria dos técnicos disponíveis estão mais habilitados para a parte comercial do que técnica. Por isso, muitos parceiros são espanhóis, como o AutoTecnic ou o Centro Zaragoza. Como procuram diferenciar a TopCar das outras redes? O fim do percurso do aftermarket de ligeiros no Grupo Nors era termos uma rede de oficinas, e isso faz com que o negócio de peças faça também mais sentido para nós. Mas o que procurámos foi acrescentar algo às peças porque peças há muitas empresas a vender. Temos trabalhado muito também na notoriedade da marca e já conseguimos cativar alguns parcerios corporate, que olham para nós com outros olhos e confiam em nós, como já aconteceu com o Cepres, a ALD Automotive ou a Finlog. Somos uma rede que tem formação, consegue fazer o que as marcas fazem, com peças de qualidade equivalente e um serviço e atendimento mais pessoal, que é difícil haver nas concessões de marca, por exemplo. O Grupo Nors tem um stock muito interessante a nível nacional e há um esforço muito grande da nossa parte com algumas zonas do país a beneficiarem de entregas quatro vezes por dia. O que antevê para 2015? Vamos apostar muito na notoriedade da marca e na relação do consumidor com a rede. O segundo grande desafio são as evoluções tecnológicas em que estamos a trabalhar, além de continuarmos na senda da formação e informação. Apontamos para fechar 2015 com 60 oficinas. Mas mais do que o número queremos parceiros que se identifiquem, que percebam as vantagens de estar em rede e as aproveitem. Decidimos focar-nos na qualidade e é esse caminho que vamos seguir.
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True Skills. Menu de formação à medida A True Skills oferece um menu e as empresas escolhem as formações que lhe interessam, numa calendarização anual que permite poupar tempo e dinheiro. A empresa aposta forte no setor automóvel. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
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True Skills, empresa especializada em gestão e desenvolvimento de competências, desenvolveu o seu próprio modelo pedagógico, que designou de “Training Menu”, uma oferta formativa inovadora direcionada para o setor automóvel e focada na criação de valor e gestão eficiente do tempo. A empresa promete economias na ordem dos 25% até aos 75%. Este programa pretende capacitar os profissionais da indústria automóvel e ajudar a evitar o desperdício de tempo entre a identificação da necessidade de formação e a sua execução. O Training Menu permite às empresas um serviço contínuo e regular, adequado às suas necessidades. Com este serviço, as empresas podem escolher o número de profissionais a formar, as datas dos seus cursos e os próprios conteúdos das formações, que são flexíveis e personalizáveis. Cada empresa compra o número de horas de formação que pretende, sendo adaptável ao longo do ano. O serviço de Training Menu foca-se, para já, nas áreas da Qualidade, Produtividade e Soft Skills, num total de 25 temáticas distintas que se complementam entre si. Áreas como a venda em Retalho e a Reparação Automóvel estão também incluídas nesta abordagem. “Vamos levar este modelo de negócio a muitas empresas do setor automóvel que sentem diariamente dificuldade em gerir um processo tão desgastante como a formação. Desde a identificação das necessidades, procurement, negociação e execução, as empresas desperdiçam tempo útil que atrasa a aquisição de competências-chave. Desenhámos uma fórmula onde só disponibilizamos vantagens: a eliminação da burocracia e da logística de planeamento e a redução drástica do orçamento formativo”, conclui Sérgio Caldeirinha, diretor de operações da True Skills. Por isso mesmo, a empresa promoveu um roadshow nacional em empresas do setor automóvel para apresentação do Training Menu. Schnellecke, Palmetal, Benteler, Dura Automotive, Caetano Coatings e Auto Vision foram algumas das empresas visitadas. Mas a True Skills quer entrar também diretamente
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CONTACTOS no setor do aftermarket, organizando a formação a oficinas, retalhistas, grossistas e marcas. A empresa é certificada e tem a aprovação da DGERT.
TRUE SKILLS RESPONSÁVEL SÉRGIO CALDEIRINHA TELEFONE 217 983 104 WEBSITE www.true-skills.com E-MAIL true-skills@true-skills.com
6 REPARAÇÃO
Quando um veículo sofre danos de tal magnitude que tem de ir à oficina de reparação, o bate-chapa é o ator principal nas primeiras intervenções, seja qual for o tipo de veículo e do alcance dos danos. A sua adaptação profissional acompanhou a incorporação de novos materiais nos veículos e avançadas técnicas de trabalho.
TEXTO PÁBLO LÓPEZ IZQUÍERDO
O
bate-chapa tem de enfrentar o desafio de devolver ao veículo as suas condições originais. E fá-lo desde que as carruagens de transporte de passageiros, cuja única finalidade era a mobilidade, se transformaram em veículos mais modernos, nos quais a proteção dos ocupantes também passou a ter importância. O “boom” do automóvel ocorreu nos anos 60 do século passado, quando o reparador começou a desenvolver a sua atividade, surgindo a profissão de bate-chapa. Nessa época, os veículos eram fabricados em chapa de aço, sem qualquer catalogação especial, ou seja, era aço convencional.
BATE-CHAPA TRADICIONAL A reparação daqueles veículos era artesanal, muito manual. As peças de substituição, então escassas e muito caras, também demoravam imenso tempo a ser entregues na oficina. Assim, a tendência mais comum era reparar e, quando era necessário substituir alguma peça, por danos ou corrosão, era possível fazer-se uma nova a partir de uma chapa de aço. Daí o nome de bate-chapa. Eram então utilizadas ferramentas manuais, como martelos e maços, para além de equipamentos de soldadura. Os riscos associados à reparação automóvel eram geralmente os cortes, queimaduras, esmagamentos, o que levou a que os equipamentos de proteção ganhassem maior importância, como as luvas ou óculos de segurança.
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O bate-chapa do século XXI. Evolução e tendências
PARCERIA
Reparação manual
Martelo de inércia
EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE REPARAÇÃO A partir dos anos 80 ocorrem duas evoluções paralelas nas técnicas de reparação de veículos, nos processos de reparação e ferramentas do bate-chapa. Surgem equipamentos de soldadura que substituem os equipamentos oxiacetilénicos, para aumentar o controlo das soldaduras efetuadas, limitar o aquecimento que provocam no resto do veículo e permitir melhores acabamentos. Aparecem os equipamentos de soldadura por pontos de resistência e por arco contínuo. Surgem também as técnicas de reparação de painéis por intermédio de tração mecânica dos danos a partir do exterior, quando não há acesso que permita a reparação por martelo e bigorna. O bate-chapa original, que fazia reparações mecânicas e soldadura com pouco controlo, sofreu uma primeira evolução através da diversificação das suas ferramentas de reparação, o que implicou também o aumento dos seus conhecimentos e habilitações para a reparação de veículos. EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE CARROÇARIAS DE AUTOMÓVEIS A outra evolução na reparação de automóveis surge dos avanços e das inovações na área da própria construção das carroçarias. Por parte dos compradores de veículos, depois de satisfeita a necessidade inicial de transporte, surgem novas necessidades relacionadas com o conforto, estética ou segurança. A consequência direta é o aumento do peso do veículo, que resulta na necessidade de motores maiores. Apesar disto, o grande impulso na evolução construtiva das carroçarias surge com a crise do petróleo de 1973, cuja consequência mais óbvia foi o enorme aumento dos combustíveis. A reação dos fabricantes de automóveis foi imediata: para que estes continuassem a ser atrativos para os compradores, teriam de conseguir reduzir-lhes os custos de utilização. Como?
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reparação
Carroçaria de alumínio
Equipamento de soldadura autógena
União rebitada e colada em peça de alumínio
Brocas especiais
Reduzindo-lhes o consumo, o que só era possível com a utilização de materiais mais leves no fabrico das carroçarias.
De um processo mais físico e mecânico, passouse a outro mais delicado, em que a limpeza se situa num plano fundamental. Passou-se também do uso de proteções pessoais contra pancadas e queimaduras para o de materiais químicos ou inalação de vapores.
PLÁSTICOS Foram surgindo gradualmente outros materiais como os plásticos, o alumínio ou, mais recentemente, os aços de alta resistência. O plástico foi introduzido nos veículos fundamentalmente através dos para-choques, peças muito expostas aos danos e, portanto, submetidas a reparações frequentes. O bate-chapa depara-se nesta altura com um material completamente diferente, com certas propriedades de elasticidade e que não podia ser deformado mecanicamente como a chapa de aço, mas também não se podia soldar. Surgem então novas técnicas de reparação, como a aplicação de calor para resolver deformações ou a aplicação de varetas de plástico para reparar rachas e gretas. Também se generaliza o emprego de adesivos para reparar este tipo de materiais. O técnico deixa assim de trabalhar com ferramentas mecânicas e equipamento de soldadura para utilizar materiais químicos, varetas de plástico ou sopradores de ar quente.
Guias de reparação
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ALUMÍNIO Outro material que aparece no fabrico de carroçarias é o alumínio, muito mais leve que o aço, e com propriedades de reparação também diferentes. O bate-chapa do final do século XX começa por pensar que o alumínio se repara de forma idêntica à do aço, por ser também um material metálico, mas depressa se apercebe das diferenças. Por um lado, a superfície das peças de alumínio é mais macia que o aço, o que as torna mais sensíveis às pancadas e ao trabalho com o martelo. Por outro lado, ao aplicar esses esforços mecânicos podem surgir rachas na superfície da peça de alumínio, que é menos elástico que o aço. Começam então a utilizar-se materiais mecânicos mais macios, como os martelos de alumínio e batentes ou bigornas de madeira. Também surge a necessidade de aquecer a chapa de alumínio para que se torne mais moldável e se evitem as rachas. O alumínio também se solda de forma diferente. A soldadura por arco pulsado tem conotações diferentes, pelo que os equipamentos também são diferentes. A soldadura por pontos é de difícil aplicação sobre este material, devido à sua baixa resistência elétrica. Surgem os rebites, conhecidos desde o então como elementos de união residuais no automóvel, ganhando relevância em peças e carroçarias de alumínio, sendo necessários equipamentos específicos para a sua colocação. O bate-chapa passa a ter também disponíveis novas coleções de ferramentas, assim como novas técnicas de reparação que deve conhecer. É o caso do aquecimento controlado das chapas de alumínio, diferentes soldaduras ou rebitagem de peças. AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA Mais recente, mas igualmente traumática para o bate-chapa, é o aparecimento dos aços
especiais na carroçaria do automóvel: de alta resistência ou de alto limite elástico. Estes materiais surgem da necessidade dos fabricantes de automóveis criarem novas estruturas, cada vez mais seguras e protetoras dos ocupantes dos veículos, seguindo ao mesmo tempo o compromisso com a leveza. É fácil imaginar que um aço de alta resistência manifesta mais oposição a ser conformado através de processos mecânicos que um aço convencional. Assim, os aços mais resistentes que se podem encontrar num automóvel são mais duros que as ferramentas habituais utilizadas pelo bate-chapa, o que impossibilita a reparação destas peças. Surgem, então, outras ferramentas, como os equipamentos de corte por plasma e as brocas de dureza especial para eliminação de soldaduras originais. São equipamentos que se juntam à cada vez maior coleção de ferramentas daquele que já podemos designar como o bate-chapa do século XXI. Este profissional da oficina, a quem chamámos bate-chapa ou reparador de chapa, vai perdendo o seu nome a favor de uma consideração multidisciplinar, que envolve trabalhos de índole diferente.
VÃO SURGINDO NOVOS MATERIAIS COMO O PLÁSTICO, ALUMÍNIO OU AÇOS ALE PUBLICIDADE
Reparação de plásticos mediante soldadura
Aços de alta resistência numa carroçaria
INFORMAÇÃO TÉCNICA A outra grande variável que diferencia este especialista da reparação face ao artesão que começou a reparação de automóveis é a informação. A existência de tantos materiais, ferramentas e produtos diferentes condiciona o bate-chapa na hora de realizar a reparação correta em cada caso. Nos anos 60 do século passado o trabalho do bate-chapa era rotineiro, com tarefas que variavam muito pouco. Todas as reparações se faziam nas mesmas condições, sem necessidade de atualizar conhecimentos ou aptidões. Agora, o vasto leque de processos que o bate-chapa tem pela frente e a sua diversificada natureza levam a que este também tenha que alargar os seus conhecimentos. É muito difícil interiorizar todos os detalhes de uma reparação, o que
torna essencial dispor de informação de referência para cada técnica a aplicar. Assim, todos os fabricantes de automóveis dispõem atualmente de manuais e guias de reparação, que mostram em detalhe o processo a seguir e todas as condicionantes envolvidas. É importante que o reparador tenha acesso a essa informação ou, pelo menos, conheça a natureza diferente dos processos de reparação de automóveis. Com o uso das novas tecnologias a informação requerida aparece em tempo real, enquanto se repara o veículo. Formação, informação, atualização ou novidades são alguns dos termos cada vez mais manipulados pelos profissionais da reparação. Outros, como tablet, smartphone, streaming, e-learning ou app começam agora a tornar-se realidade para o bate-chapa do nosso século.
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reparação
Sistemas de injeção de gasolina. Soluções no mercado Em 2012 havia cerca de 60 por cento dos veículos novos com um sistema de injeção indireta de gasolina e por tubo de aspiração, mas atualmente continua a aperfeiçoar-se este sistema para reduzir o consumo de combustível e as emissões poluentes. No processo de alimentação de combustível também se encontra a injeção direta de gasolina, que foi introduzida em 1951 pela Bosch no motor de dois tempos do modelo “Gutbrod Superior” que, passados três anos, a incorporou no motor de quatro tempos do lendário Mercedes-Benz 300 SL. PARCERIA
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Injeção direta
N
os sistemas de injeção indireta de gasolina, a mistura do ar e combustível faz-se fora da câmara de combustão, ou seja, no coletor de admissão. O injetor produz a injeção de combustível mesmo à frente da válvula de admissão, durante o período de admissão e a mistura introduz-se pela válvula aberta de admissão na câmara de combustão. As válvulas de injeção estão reguladas de tal forma que cobrem as necessidades de combustível do motor a todo o momento, incluindo sob condições de rendimento máximo e nas altas rotações. Por outro lado, podem injetar-se quantidades mais reduzidas de combustível e com um doseamento mais exato durante o ralenti. Uma variante especial da válvula de injeção EV14 da Bosch é utilizada no Bugatti Veyron atual, o que demonstra como uma injeção indireta também pode ser montada em veículos potentes. A válvula de injeção EV14 pode utilizar-se de várias formas, graças às suas nove variantes, algumas delas utilizadas PUBLICIDADE
em classes de veículos muito sensíveis aos preços, e também em embarcações desportivas. A injeção por tudo de aspiração continua a ser utilizada em mercados como o Brasil, China ou zona ASEAN porque também o volume de veículos aumenta. Esta variedade de injeção desempenhará um papel importante na eletrificação dos propulsores dos veículos híbridos, por ser mais económica que uma injeção direta e porque as desvantagens no campo da eficiência são compensadas através dos componentes elétricos. A injeção indireta também é a base para os motores que utilizam combustíveis alternativos, como por exemplo os sistemas a gás natural da Bosch ou no Flex Fuel, como os componentes de propulsores a etanol que se vendem principalmente na América do Sul.
“ADVANCED PORT FUEL INJECTION” A Bosch melhorou a injeção por tubo de aspiração através da adoção de quatro medidas individuais. Segundo este princípio, o consumo de gasolina pode ser reduzido até doze por cento. Paralelamente, e graças à Advanced Port Fuel Injection (Advanced PFI), pode aumentar também o binário e, com ele, a potência do motor, o que permite reduzir o consumo de combustível e desfrutar de um maior prazer de condução.
As medidas adotadas neste metido são: 1 “Scavenging”: neste processo o ponto de trabalho do turbocompressor é desviado dos gases de escape através de um maior caudal de gases de escape nas baixas rotações. Desta forma, o turbo pode responder mais cedo, já que existe um caudal suficiente de gases de escape. Graças a esta solução evita-se muitas vezes o vulgar vazio do turbo, porque no Scavenging é melhorada a entrada de ar fresco e o turbo recebe maior quantidade de gases de escape que entram a uma temperatura mais elevada na turbina. Em combinação com o downsizing e com a turbocompressão pode lograr-se uma redução do consumo de combustível próxima dos dez por cento.
2 “Open Valve Injection”: durante a fase de aspiração é injetado combustível no ar fresco que entra no coletor de admissão. Desta forma, o combustível que entra na câmara de combustão é vaporizado, reduzindo-se a temperatura no interior da mesma. Com a “Open Valve Injection” consegue-se uma maior compressão e o consumo de combustível pode baixar dois por cento. 3 “Pressão do Combustível”: no arranque do motor aumenta-se a pressão do combustível com o objetivo de se obter uma mistura homogénea. Durante o arranque a frio a pressão do sistema aumenta, de forma a melhorar a pulverização, reduzindo-se o
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reparação
Motor com alimentação por injeção direta
depósito de combustível nas paredes do coletor de admissão. Com este sistema Advanced PFI da Bosch as emissões de hidrocarbonetos (HC) são reduzidas em torno dos 20 por cento. 4 “Twin-injection”: com esta tecnologia utilizam-se duas válvulas de injeção por cada canal de aspiração. Com a dupla injeção ainda se pulveriza mais combustível. Assim, a mistura ar-combustível pode ser injetada de forma mais eficiente e flexível. Esta injeção contribui também para reduzir o depósito de líquido nas paredes do coletor de admissão. Para além disso, na injeção indireta o Scavenging só é possível na injeção com duplo injetor.
INJEÇÃO DIRETA DE GASOLINA A percentagem de veículos equipados com um sistema de injeção direta de gasolina era de apenas dois por cento em 2002. Dez anos mais tarde, a Bosch já tinha produzido mais de cinco milhões destes sistemas e para 2015 prevêem-se volumes superiores a nove milhões. Nos motores com injeção direta de combustível a mistura de ar e combustível fazse diretamente na câmara de combustão. Quando a válvula de admissão permanece aberta só passa ar fresco pela via de aspiração.
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Válvula de injeção (ou injetor) EV14
Por outro lado, o combustível é injetado diretamente na câmara de combustão através de válvulas de injeção (injetores) de alta pressão. Assim, refrigera-se a câmara e podese aumentar a compressão, já que se reduz a tendência para a detonação. O injetor de alta pressão é a ligação entre a rampa de combustível e a câmara de combustão. A sua função é dosear o combustível e vaporizá-lo, para que se misture com o ar em determinada zona da câmara de combustão, com o fim de se obter uma combustão completa. A válvula de injeção de alta pressão, HDVE5, permite criar uma mistura homogénea que favorece significativamente a combustão perfeita da gasolina, pelo que o consumo de combustível se reduz consideravelmente. Este injetor dispõe de até sete orifícios individuais de injeção, que lhe permitem a adaptação a diversas câmaras de combustão e ainda pode funcionar com uma pressão de 200 bar. Nestas condições a injeção direta é um sistema essencial para o cumprimento das futuras normas de emissões poluentes. Através do downsizing e da sobrealimentação de injeção direta de gasolina o consumo é reduzido e, com ele, as emissões de CO2, até 15 por cento. Em combinação com o downsizing, a turbocompressão e o Scavenging, a injeção direta de gasolina permite uma melhor resposta e uma melhor dinâmica de condução, graças ao aumento do binário do motor até 50 por cento.
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reparação
Manutenção. Mini Cooper D O novo Mini traz muitas novidades ao nível da mecânica, nomeadamente um novo motor. Mas tem agora também cinco portas. É poupado, divertido e dinâmico. Quanto custa a sua manutenção programada?
PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA MARCA, MODELO E VERSÃO PRAZO/ QUILOMETRAGEM CARACTERÍSTICAS VEÍCULO
MINHAT0068A: MINI HATCHBACK F55 COOPER D 1.5 116 5P S/S 48/120000
POTÊNCIA (CV)
116
CILINDRADA (CC)
1496
EURONCAP 40/10/00 CO2 95
PARCERIA
TRANSMISSÃO MANUAL CAIXA DE VELOCIDADES
6 VELOCIDADES
CARROÇARIA BERLINA
A
nova geração Mini estreia o motor 1.5 diesel de três cilindros. Existe na variante de 95 CV (One D) e na de 116 CV (Cooper D), agora também com cinco portas. É este último que analisamos este mês no que diz respeito ao plano de manutenção programada para 48 meses ou 120 mil quilómetros, sendo que da parte dos custos de utilização relacionados com combustível o gasto é muito controlado, com médias abaixo dos 6 l/100 km. A fatia mais cara da manutenção diz respeito à mecânica de desgaste, que totaliza 1251,90 euros. As pastilhas da frente são o elemento mais oneroso, com 506,76 euros, seguidas pelas pastilhas de trás (174,44€), pelos discos da frente (162,15€) e as escovas limpa para-brisas (130,94€). Os discos de trás acrescentam 111,53 euros à fatura, o carregamento do ar condicionado soma 100 euros, enquanto as escovas limpa para-brisas traseiras custam 37,17 euros e o líquido de travão 28,91 euros.
A parcela relacionada com os pneus é responsável por um gasto de 1091,59 euros. Os pneus propriamente ditos, na medida 175/65R15H, custam 944,99 euros, correspondentes a 10 unidades. Cada troca implica também uma equilibragem (76,60€ no total) e uma válvula (25 €). É preciso acrescentar ainda três alinhamentos de direção, com um custo previsto de 45 euros. A fatia das revisões tem um valor de 1078,28 euros. O óleo especial que este motor usa, com um gasto de 5,2 litros a cada troca, representa 561,60 euros na fatura. Soma-se a isso os filtros de pólen (141,28€), os filtros de combustível (79,40€), os filtros de óleo (61,68€) e os filtros de ar (51,24€). A mão-de-obra para todo o trabalho programado tem um custo de 183,08 euros, o que representa 4,18 horas. Contas feitas, a manutenção programada para o Mini Cooper D tem um custo total de 3848,83 euros, o que significa que por cada 100 km percorridos pelo novo Mini o custo de manutenção é de 3,21 euros.
VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES
REVISÕES
1.078,28 €
MÃO-DE-OBRA
183,08 €
[4,18]
ÓLEO
561,60 €
[4]
CAPACIDADE DO CARTER (LITROS)
5,2
TIPO DE ÓLEO
ESPECIAL
FILTRO DE ÓLEO
61,68 €
FILTRO DE AR
51,24 €
[2]
FILTRO DE PÓLEN
141,28 €
[4]
FILTRO DE COMBUSTÍVEL
79,40 €
[2]
VELAS
- €
[0]
[4]
DESGASTE
1.251,90 €
ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS FRENTE
130,94 €
ESCOVAS LIMPA PARA BRISAS TRAS
37,17 €
[2]
PASTILHAS FRENTE
506,76 €
[4]
PASTILHAS TRAS
174,44 €
[2]
DISCOS FRENTE
162,15 €
[1]
DISCOS TRAS
111,53 €
[1]
LIQUIDO DE TRAVÃO
28,91 €
[2]
EMBRAIAGEM
- €
[1]
CARGA AR CONDICIONADO
100,00 €
[1]
ESCAPE
- €
[0] [0]
[4]
BATERIA
- €
AMORTECEDOR FRENTE
- €
[0]
AMORTECEDOR TRAS
- €
[0]
BOMBA AGUA
- €
[0]
FILTRO PARTICULAS
- €
[0] [0]
TAREFAS EXTRA
- €
AVARIAS
- €
[0]
ELÉCTRICAS
- €
[0] [0]
TOTAL
- €
PNEUS
1.091,59 €
PNEUS FRENTE
175/65R15H
PNEUS TRÁS
175/65R15H
PNEUS
944,99 €
ALINHAMENTO DE DIRECÇÃO
45,00 €
[10] [3]
EQUILIBRAGEM
76,60 €
[10]
VÁLVULA
25,00 €
[10]
OUTROS
427,06 €
IPO
27,00 €
INFLAÇÃO
400,06 €
AJUSTES
- €
CUSTOS DE MANUTENÇÃO TOTAL
3.848,83 €
/100 KMS
3,21 €
COMBUSTÍVEL * VALORES SEM IVA
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8 pneus
José Luís de la Fuente
Mabor. Sport-Jet 3 reforça aposta na marca portuguesa Lançamento mundial foi feito em Portugal, no Circuito Vasco Sameiro, em Braga. Novo pneu aumenta oferta disponível e garante maior rentabilidade para os canais de venda da marca. TEXTO CLÁUDIO DELICADO
A
Continental está apostada em devolver à Mabor a força que já teve e em capitalizar a forte notoriedade que ainda tem no nosso país. Uma marca portuguesa, com boa parte da produção feita na fábrica de Lousado e que agora lança, seis anos depois da última novidade, um novo pneu: o Sport-Jet 3. Já está disponível no mercado nas jantes entre 15 e 18 polegadas divididas por cerca de 30 medidas diferentes, para ligeiros e SUV. O mercado está a evoluir nas jantes maiores, o que obrigou a esta aposta da Mabor que passa assim a ter uma oferta mais completa nesta
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área, que se junta à oferta nos segmentos mais baixos. “Há seis anos apostámos na revitalização da marca. Especialmente em Portugal fazia sentido e foi um sucesso tão grande que a Continental decidiu investir no desenvolvimento, que podemos agora ver neste novo pneu. É uma marca portuguesa, para Portugal e para o mundo”, explica José Luís de la Fuente, diretor-geral da Continental Pneus Portugal (CPP). O novo pneu é comercializado nos mercados belga, espanhol, polaco, holandês, russo e português. A evolução face ao Sport-Jet 2 incidiu
sobretudo no design do piso e em melhores compostos, herdados do forte knowhow do grupo. O desenho assimétrico do piso e o ombro exterior fechado e sólido proporcionam uma resposta direta em curva e, consequentemente, um aumento da estabilidade na condução. Para o condutor, estas características permitem um andamento preciso e desportivo e também um aumento da segurança em piso seco e molhado. O Sport-Jet 3 foi desenvolvido para um desempenho mais económico, não só por o pneu apresentar um desgaste mais uniforme, mas também devido à poupança que resulta
Marcos Teixeira foi o último campeão com pneus Mabor, ao volante de um Datsun 1.2, no Troféu Datsun, em 2005. Não foi exatamente no seu (que estava em exposição) mas tivemos oportunidade de dar três voltas ao Circuito Vasco Sameiro à pendura. Sempre a fundo.
da redução do consumo de combustível e à elevada quilometragem que permite. Os blocos largos combinados com a profundidade dos canais circunferenciais e o composto de sílica de última geração produzem uma menor resistência ao rolamento e uma maior resistência ao desgaste. O ruído de rolamento é agora inferior e isso leva a que as vibrações inerentes ao pneu sejam distribuídas por uma superfície maior e diminuição de emissão de ruído, havendo, consequentemente, um aumento do conforto para os passageiros e uma redução da poluição sonora ambiental. A etiqueta do novo pneu apresenta categoria “E” na eficáciadecombustível e “C” na travagem em piso molhado. IMAGEM FORTE A Mabor é uma marca com uma imagem muito forte em Portugal, onde foram vendidas, este ano, 200 mil unidades. “Com este novo pneu queremos crescer tanto em vendas como também na notoriedade da marca e na presença no mercado”, explica José Luís de la Fuente. Segundo um estudo efetuado pela Continental, a Mabor goza de um índice de notoriedade e de reconhecimento no mercado nacional comparável a uma marca premium. Para além de que a Mabor é, no universo das marcas budget, aquela que goza de maior notoriedade. Em Portugal é a segunda marca
DISTRIBUIÇÃO DIVERSIFICADA
Este foi o primeiro pneu da Mabor desenvolvido por engenheiros portugueses, em 1946
do grupo, à frente da Uniroyal (marca Quality) e, no preço, fica entre 25 a 30% abaixo da Continental para medidas equivalentes. A Mabor sempre esteve ligada à competição e às corridas. Agora a marca poderá voltar a alguns eventos, mas a direção de marketing não quis revelar ainda muitos pormenores. “Queremos estar mais perto dos desportos motorizados”, garante o responsável da Continental em Portugal.
A Mabor não prevê alterações nos seus canais de distribuição. “Temos o canal dos grandes distribuidores em Portugal que distribuem a marca para todo o país e depois temos um grupo de casas de pneus dedicadas que também trabalham a nossa marca”, explica Ricardo Martins, diretor de marketing da Continental Pneus Portugal. São exemolos a Recauchutagem Ramôa, a Pneuvita ou a Recauchutagem Nortenha. Além disso, a Mabor vende diretamente a alguns grupos de auto-centers, sendo que um dos maiores clientes é a Roady. “Para estes parceiros o que este novo pneu traz é o aumento da cobertura nos pneus de alta performance, uma vez que está disponível também em jantes 17 e 18”, acrescenta o responsável de marketing. O Sport-Jet 3 vem juntar-se a uma gama composta pelos Street-Jet 2 e Van-Jet 2 (para comerciais). “O que vamos proporcionar aos nossos parceiros é mais negócio porque vão ter mais gama disponível para trabalhar. A rentabilidade da marca também é grande, com uma margem maior do que qualquer outra marca budget. Uma das vantagens é que esta é uma marca que não se vende, compra-se”, sublinha Ricardo Martins.
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pneus
Tuga Pneus. Grandes investimentos em 2015 É um dos mais jovens grossistas de pneus que existe em Portugal. Tal facto não impede a empresa do Porto de estar num processo de investimento, que vai reforçar a qualidade de serviço e a proximidade ao cliente. TEXTO PAULO HOMEM
T
em apenas dois anos de mercado. A Tuga Pneus, nome sugestivo de um negócio gerido por Filipe Sereno, profissional dos pneus ligado ao setor há várias anos, mais não é do que um grossista de pneus, que tem a particularidade de estar localizado mesmo no centro da cidade do Porto. Nas mesmas instalações existe também um posto de retalho, que a empresa tem há cerca de um ano, que serviu para a Tuga Pneus abrir as portas a determinados fornecedores, nomeadamente às principais marcas de pneus. “Cerca 95% da nossa faturação está concentrada na área grossista e é onde focamos todos os nossos esforços”, refere Filipe Sereno. A Tuga Pneus trabalha praticamente com todas as marcas premium (incluindo algumas segundas linhas dessas marcas), numa estratégia que tem dados os seus frutos e que a empresa vai manter. NOVA MARCA Contudo, está para breve o lançamento de uma novidade exclusiva. Trata-se do lançamento de uma nova marca, “que será um exclusivo da Tuga Pneus e constitui uma forte aposta da nossa empresa para 2015, num segmento tão
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importante como é o dos pneus económicos. Queremos posicionar este produto como um dos mais competitivos do mercado, com um preço que será muito agressivo no mercado”, afirma Filipe Sereno. De momento o nome da marca ainda não pode ser divulgado, por questões estratégicas, mas irá ser uma marca “bandeira” para a Tuga Pneus, nomeadamente no competitivo e aguerrido segmento budget. “Temos o produto premium e o produto quality, como trabalhamos marca budget. Notamos que existe muita procura neste segmento mais económico e nós não podíamos deixar de estar presentes com uma marca nossa”, afirma o gerente da Tuga Pneus, que garante que “se trata também de uma aposta de combate aos pneus usados. Sabemos que nunca teremos os preços dos pneus usados, mas vamos apostar noutros argumentos, com um sistema de
A TUGA PNEUS VAI LANÇAR, EM BREVE, ENTRE OUTROS INVESTIMENTOS, UMA NOVA MARCA DE PNEUS EM PORTUGAL QUE IRÁ COMPETIR NO SEGMENTO PREÇO
venda direta no retalho provando as vantagens de adquirir o nosso novo pneu”. TRÊS ENTREGAS DIÁRIAS A Tuga Pneus está localizada no centro do Porto. A partir daí faz duas entregas pela manhã, em frota própria e através de acordos com transportadores, mas também a este nível a empresa vai fazer uma aposta muito grande já com efeitos a partir de janeiro de 2015. “Vamos reforçar a nossa frota de cinco para sete carros e passar a fazer três entregas diárias, reforçando também as nossas parcerias com os transportadores”, anuncia Filipe Sereno, explicando que “a nossa localização geográfica é muito boa e uma mais-valia face a outros grossistas. Com esta aposta no reforço da distribuição vamos conseguir ser mais rápidos e estar mais próximos dos nossos clientes, sobretudo no nosso raio de ação”. Consciente de que será uma forte aposta e que levará o seu tempo a ser implementada, o responsável da Tuga Pneus garante que “sem dúvida que o preço é fundamental, mas muitas vezes o que conta é a entrega rápida. Temos muitos clientes a trabalhar com o stock muito limitado e o que conta é mesmo a entrega rápida. Sabemos que face aos grandes operadores, a nossa vantagem, aqui na região, será a proximidade que temos aos clientes”. A Tuga Pneus tem atualmente três vendedores no terreno, um deles trabalha recentemente o mercado de Lisboa, pois “temos tido novos clientes um pouco por todo o país e a recente presença na Expomecânica foi muito importante para a divulgação da Tuga Pneus, tendo em conta que é uma empresa recente neste mercado”. MAIS INVESTIMENTO Outro dos grandes investimentos que tem sido feita pela Tuga Pneus é ao nível do stock.
do atual, de modo a estarmos preparados para a nova marca que iremos receber em quantidade”. Num futuro a breve prazo, o responsável da Tuga Pneus, admite mesmo que toda a atividade grossista passará para esse novo armazém, mantendo-se a atividade de retalho nas atuais instalações.
Em dois anos de atividade a empresa passou dos 4.000 para os cerca de 17.000 pneus e brevemente, com a introdução da nova marca esse valor será ainda maior. Atendendo a que as atuais instalações da Tuga Pneus estão “inundadas” de pneus, Filipe Sereno diz que “vamos também investir num novo armazém, muito próximo PUBLICIDADE
VENDAS B2B Como em qualquer grossista moderno, também a Tuga Pneus disponibiliza aos clientes retalhistas as vendas B2B. É já uma plataforma de sucesso na Tuga Pneus, tendo em conta que a grande maioria das vendas acabam por entrar através do website profissional da empresa, que apresenta todas as funcionalidades tradicionais (stock, preços, disponibilidade, compra, etc). Porém, Filipe Sereno diz que “não podemos desinvestir na equipa comercial, pois é muito importante continuar a divulgar a empresa junto dos clientes. Quem não aparece acaba por ser esquecido, embora sabemos que o mercado trabalha muito com estas plataformas de vendas de pneus”. JANTES Para complementar a oferta de pneus, a empresa do Porto vai também investir nas jantes. “Nota-se que a moda das jantes está
a começar de novos, nomeadamente por causa dos carros importados, sendo algo que será uma mais-valia para quem trabalhe connosco”, revela Filipe Sereno. O responsável da Tuga Pneus considera que no mercado existe muita oferta face à procura, mas reconhece que continua, a existir oportunidades, nomeadamente no setor das oficinas de mecânica, que também já começaram a fazer serviços de pneus. Mesmo assim, a estratégia da Tuga Pneus não passa por massificar a sua presença, mas sim trabalhar com um número selecionado de retalhistas em cada localização como forma de proteger os preços e as vendas desses retalhistas. “O ano de 2015 será um ano fundamental para a Tuga Pneus, com muitas novidades que nos permitirão evoluir o nosso negócio e até diversificar o negócio e alargar a carteira de clientes”, conclui Filipe Sereno.
CONTACTOS TUGA PNEUS GERENTE FILIPE SERENO TELEFONE 229 687 004 E.MAIL geral@tugapneus.pt WEBSITE www.tugapneus.pt
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pneus
Zenises. Novo Z chega à Europa
O HELLA GUTMANN. TPM TOOL PARA CONTROLO DA PRESSÃO DOS PNEUS
J
á entrou em vigor a nova legislação que obriga todos os veículos novos registados na União Europeia a montar um sistema de controlo de pressão do ar dos pneus. Esta medida visa aumentar a segurança nas estradas e é um novo desafio para as oficinas que se deparam com os diversos sistemas existentes no mercado. A Tyre Pressure Management-Tool (TPMTool), da Hella Gutmann, é uma solução compacta, económica e potente destinada às oficinas que pretendem ter os sistemas de controlo da pressão de ar dos pneus (TPMS) de todas as marcas relevantes no mercado. Assim, a leitura dos dados necessários é tão fácil quanto a programação dos sensores ou a recalibração. A TPM-Tool disponibiliza todos os dados, funções e ajudas necessárias para realizar trabalhos nos sistemas de controlo de pressão de ar dos pneus: tudo num único aparelho. A TPM-Tool comunica sem cabos com os sistemas de TPMS mais comuns instalados na roda e fornece-lhe informações importantes de forma imediata como a ID do sensor, o estado atual da bateria do sensor, valores de temperatura, entre outros. Com a ajuda do TPM-Tool é possível programar sensores virgens de diferentes fabricantes, bem como reproduzir e recodificar sensores existentes. A ferramenta permite ajustar ao veículo correspondente novos sensores ou alterações na roda num instante. A comunicação e transferência de dados entre o TPM-Tool e o PC pode ser efetuada via WLAN, USB ou Bluetooth. Para ler códigos da unidade de comando e gravá-los nas rodas e vice-versa, o TPM-Tool comunica via OBD e rádio com os sensores ativados na roda. O TPM-Tool permite ainda verificar comandos à distância por frequência e procurar sensores nos pneus, além de fornecer dados técnicos como instruções, binários, dados dos sensores, números de peças sobressalentes e números alternativos de sensores universais.
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mercado europeu vai receber o novo Z, um pneu que pretende oferecer uma combinação imbatível entre performance, estética e uma boa relação custo/benefício. Posicionado na alta performance, o Z quer estar entre os melhores neste segmento, não apenas em valor, mas também em qualidade de construção e ao nível da condução. Com um programa inicial de 40 medidas, o Z foi projetado para oferecer uma combinação imbatível entre a precisão de condução e economia de combustível, destinando-se ao entusiasta da condução. Disponível nos índices de velocidade V, W e Y (com alturas de 65/60/55 até à série 35), o Z apresenta rótulos B na etiqueta para aderência em molhado, e B ou C na economia de combustível, devido à utilização da sílica na sua construção. Para os SUV de alta performance haverá ainda 10 medidas disponíveis do novo Z, que vão desde o popular 225 / 65HR17 até ao 295 / 35YR21. Para Jorge Crespo, falando em nome da Zenises, o novo Z tem a “ambição de oferecer a melhor combinação de preço, desempenho
e eficiência de combustível para o condutor mais exigente”. Neste momento estão a ser negociados os distribuidores que irão comercializar o Z em Portugal.
GT RADIAL. CHAMPIRO FE1 DISPONÍVEL NO MERCADO
A
Giti Tire deu a conhecer as primeiras informações do novo pneu GT Radial Champiro FE1 para veículos de turismo na gama confort, que estará disponível no mercado português no primeiro trimestre de 2015. O pneu, apresentado oficialmente na feira de Essen (Reifen), em Maio passado, estará disponível em 18 medidas, desde jante 15” a 17”, com índices de velocidade de T a W. Em alguns modelos foi obtida a classificação energética “BB”, isto é, nível B em consumo de combustível e nível B também em aderência em molhado O Champiro FE1, que certamente irá passar a ser um dos modelos mais vendidos da marca, foi desenhado para oferecer um rendimento mais prolongado e otimizar a aderência em piso molhado, contando para tal com um avançado sistema de evacuação da água e um novo composto para reduzir a geração de calor, melhorando a resistência ao rolamento do pneu. Entre outras qualidades deste
novo e avançado pneu, inclui-se um novo perfil para proporcionar uma condução suave e confortável, para além da arquitectura das bandas de rodagem que permite uma considerável redução da emissão de ruído. Angelo Giannangeli, Diretor de Marketing da GT Radial PCR para o mercado europeu, afirmou: “desde que se deu a conhecer o primeiro Champiro FE1 em maio de 2014, existiu uma forte procura do mercado em todos os países europeus, pelo que disponibilizar a partir do início de 2015 é uma excelente notícia para todos os clientes da marca. Este produto entrará na carteira da GT Radial como um pneu líder em conforto para veículos ligeiros, e estamos convictos que se converterá rapidamente como uma opção muito popular para os automobilistas que procuram um bom nível de quilometragem, uma condução silenciosa e suave, uma grande manobrabilidade e uma importante poupança no consumo de combustível”.
O opinião
Competências da Polícia Municipal Um dos assuntos que recorrentemente vem à conversa de quem habita ou trabalha em cidades com forte densidade populacional e/ou nos municípios que as rodeiam, é a legitimidade e a competência que as várias polícias municipais detêm, nomeadamente no controlo e orientação do trânsito e na fiscalização da utilização de parques de estacionamento geridos (directa ou indirectamente) pelo município.
A MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO
Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia
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DEZEMBRO 2014
criação e competências das várias polícias municipais estão reguladas em legislação dispersa, da qual sobressai a Lei nº 19/2004, de 20 de Maio com a sua redacção actual, assim como, entre outros, o Decreto-Lei nº 197/2008, de 7 de Outubro, que regulamenta a lei atrás referida. As polícias municipais são, de acordo com o disposto no artigo 1.º, n.º 1, da Lei n.º 19/2004, de 20 de Maio, serviços municipais especialmente vocacionados para o exercício de funções de polícia administrativa no espaço territorial correspondente ao do respectivo município, prioritariamente nos seguintes domínios: (a) Fiscalização do cumprimento das normas regulamentares municipais; (b) Fiscalização do cumprimento das normas de âmbito nacional ou regional cuja competência de aplicação ou de fiscalização caiba ao município; (c) Aplicação efectiva das decisões das autoridades municipais. Além destas, e nos termos da mesma Lei, exercem ainda funções nos seguintes domínios: (a) Vigilância de espaços públicos ou abertos ao público, designadamente de áreas circundantes de escolas, em coordenação com as forças de segurança; (b) Vigilância nos transportes urbanos locais, em coordenação com as forças de segurança; (c) Intervenção em programas destinados à acção das polícias junto das escolas ou de grupos específicos de cidadãos; (d) Guarda de edifícios e equipamentos públicos municipais ou outros temporariamente à sua responsabilidade; (e) Regulação e fiscalização do trânsito rodoviário e pedonal na área de jurisdição municipal. Assim, as várias polícias municipais exercem funções que se inserem nas atribuições dos
municípios, actuando prioritariamente na fiscalização do cumprimento quer das normas regulamentares municipais, quer das normas de âmbito nacional cuja competência de aplicação ou de fiscalização esteja atribuída ao município e ainda na aplicação efectiva das decisões das autoridades municipais. Desta forma, as polícias municipais cooperam na manutenção da tranquilidade pública e na protecção das comunidades locais, exercendo, em cooperação com as forças de segurança, funções de segurança pública nos domínios contemplados no n.º 2 do artigo 3.º da Lei n.º 19/2004. Apesar de terem os seus poderes fundados na Lei 19/2004 e nos regulamentos municipais que estabelecem as suas normas de funcionamento, é importante ter presente que as polícias municipais não constituem forças de segurança, estando-lhes vedado o exercício de competências próprias de órgãos de polícia criminal, excepto nas situações referidas no artigo 3.º, n.os 3 e 4, da Lei n.º 19/2004. Embora a questão ainda esteja longe de reunir consenso, a verdade é que resulta da lei e da esmagadora maioria da jurisprudência sobre a questão que as polícias municipais, actuando em cumprimento da lei e dos regulamentos municipais que as regulam, têm competência para fiscalizar a utilização de parques e locais de estacionamento geridos pelos municípios ou por empresas municipais criadas com esse objectivo. Como referido, apesar de ser este o entendimento maioritário, continuam a ser objecto de apreciação judicial recursos de anulação de coimas aplicadas pela Polícia Municipal, por alegada falta de competência material daquelas polícias para a prática desses actos.