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N.º 43 | DEZEMBRO 2015 | 2,2€
PNEUS A REIFEN CHINA PÔS A NU ALGUNS PROBLEMAS DO MERCADO ASIÁTICO. NA ALEMANHA, A EDIÇÃO DE 2016 ESTÁ JÁ EM MARCHA PROTAGONISTA CARLOS RIBAS, RESPONSÁVEL DA BOSCH PORTUGAL, QUER QUE A UNIDADE DE BRAGA FATURE 1000 M€ EM 2017 PEÇAS RECONDICIONADAS UM NEGÓCIO VANTAJOSO PARA O AMBIENTE, PARA AS EMPRESAS E PARA OS CLIENTES
NEXUS
ALIANÇA GLOBAL MUDA AFTERMARKET Neste dossier damos-lhe a conhecer a ascensão meteórica do Grupo Nexus, os seus planos para o futuro e o balanço que os sócios portugueses fazem desta parceria.
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sumário
ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES
N.º 43 | DEZEMBRO 2015
MONROE SELO DE CAPA JAPANPARTS RODAPÉ DE CAPA NEX PNEUS - VERSO DE CAPA JAPANPARTS PÁG. 5 FUCHS PÁG. 9 RPL CLIMA PÁG. 11 TRW PÁG. 13 SWAG PÁG. 17 GALP PÁG. 21 CITROEN PÁG. 27 MCOUTINHO PÁG. 29 MEYLE PÁG. 31 FILOUREM PÁG. 33 GONÇALTEAM PÁG. 35 DEKRA PÁG. 41 ENI SINTÉTICA PÁG. 43 ALPINE PÁG. 53 AUTODELTA PÁG. 57 CARF PÁG. 59 RODAPEÇAS PÁG. 61 EXPOMECÂNICA PÁG. 63 ASSINATURAS PÁG. 67 TIRSO PNEUS PÁG. 75 CHAVECA & JANEIRA PÁG. 77 TYRE PROTECTOR PÁG. 79 CENTRO ZARAGOZA PÁG. 81 CEVISMAP VERSO CONTRA-CAPA TUDOR CONTRA-CAPA
MARCAS NESTA EDIÇÃO ALIDATA 7 ALECARPEÇAS 30 ALVES BANDEIRA 8 APAMB 7 ASAE 20 ARAN 7 ARREPIADO 7 ATM 34 AUTO DELTA 7 AUTOMATIC CHOICE 7 AUTOPARTS LOGISTIC 32 AUTOZITÂNIA 30 AZ AUTO/MCOUTINHO 7 B-PARTS 7, 38 BFGOODRICH 80 BOSCH 22, 32 BRAGALIS 44 BRAY MARTINS LDA. 7 BREMBO 64 CADUTI 7 CARF 7 CASA 20 CDC 7 CEPRA 8 CITROËN 54, 74 CRBP 8 CONTINENTAL 34, 80 CONTROLAUTO 29 COOPER TYRE 78 COSIMPOR 44 DUNLOP 79 EUROTRANSMISSÃO 8, 38 FEIRAMAQ 8 FEREXEL 8 FERROL 8 FILOURÉM 30 FIRST STOP 34 FUSELCAR 8 GESTGLASS 8 GLASSDRIVE 29 GLOBALUBE 8 GONÇALTEAM 10, 34 GOODYEAR 78, 80 GRUPO BOMBÓLEO 8 HÉLDER MÁQUINAS 8 IBEREQUIPE 30 INFORTRONICA/GT MOTIVE 8 IHNAVI 8 INTELLIGENT TECHNOLOGIES 9 INTERESCAPE 9, 38 INTERMACO 9 JAGUAR 56 JAPOPEÇAS 9 JEEP 80 JESUS E BATISTA 9 JP TOOLS 9 KRAUTLI 44 KUMHO 79 LANCAR/ RODRICARPEC 9 LEASEPLAN 14 LEIRILIS 10 LOJA DOS QUÍMICOS 10 LTINTAS 32 LUBRIFUEL 10 LUÍS SIMÕES 30 LYNXPORT 30 MACOS 11 MARCODIESEL 34 MASTERSENSOR 10 MERCEDES 32, 79 MERPEÇAS 10, 38 MG 32 MGM 10 MOVICONTROL 10 MUNDIALUBE 10 NANKANG 78 NATUREZA VERDE 10 NELSON TRIPA, LDA. 10 NEXUS 44 NISSENS 10 OPEL 38 PEÇAS LAND ROVER 11 PETROMÓS 11 PM AUTO 11 PNEURAMA 11 POLIBATERIAS 12 PRIORIDINAMIC 11 PRO4MATIC 11, 38 PROCARRO 11 RANGEL 34 RECAMBIOS QUASAR 11 RENAULT 78 RINO 29 RODRIBENCH 11 RODAPEÇAS 32 RSF – MAQUINARIA 11 SAMIPARTS 11 SARRAIPA 11 SBD 14 SERCA 45 SOSI LUBRIFICANTES 12 SOULIMA 44 SOUSA DOS RADIADORES 12 SPARKES & SPARKES 12, 38 STANDOX 42 TECHWASH 12 TECNIVERCA 34 TELEPEÇAS 12 TRAVOCAR 12 TURBO DISCOVER 12 TURBOCLINIC 12 TURBOFAPS 12 ULTIMATE CELL 36 VIAMORIM 12 VMF PETRÓLEOS 12 VENEPORTE 34 VOLKSWAGEN 38 WD-40 11 WÜRTH 12, 34
dossier P. 44 Nexus. A aliança global que está a mudar o aftermarket No dossier deste mês revelamos-lhe como é que a Nexus está a mudar o aftermarket mundial, como surgiu, como opera e qual o balanço que fazem os seus sócios portugueses.
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5 RAIO X
P. 6 Mecânica
P. 54 Comercial do mês - Citroën Berlingo
P. 14 Carros conectados
P. 56 Radiografia Jaguar XF
P. 18 Estudo LeasePlan
P. 57 Notícias internacionais
P. 20 A lei 144/2015 esclarecida
P. 64 Gama de travões Brembo P. 66 Barómetro Informa D&B
2 PROTAGONISTA P. 22 Carlos Ribas, da Bosch Portugal
6 REPARAÇÃO
“O meu projeto para a Bosch é o meu projeto para Portugal: crescimento”
P.68 Porque colam os adesivos P.70 Acerto de cor na repintura
3 REVISÃO
Segundo a Cesvimap, “O pintor deve conseguir igualar as diferentes cores que havíamos escolhido”
P. 28 Novidades do mercado
P. 74 Manutenção Citroën C1
4 ESPECIALISTA
7 pneus
P. 36 Ultimate Cell
P. 76 Reifen. Na China e na Alemanha
P. 38 Peças recondicionadas
P. 78 Notícias do setor
P. 42 Standox
OPINIÃO P. 82 Consultório jurídico
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EDITORIAL
Mudar mentalidades
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hega ao fim um ano marcado por um conjunto de acontecimentos muito relevantes e que se traduzem em importantes desafios para o futuro. De entre eles, destacaríamos os temas relacionados com a condução autónoma e com o e-Call, pelas implicações diretas no negócio das oficinas e dos componentes. Colocamos a par as duas temáticas porque são diversos os aspetos em que se cruzam, nomeadamente a especificidade tecnológica que as torna possíveis. No primeiro caso, a catadupa de novas tecnologias, de elevada sofisticação, vai colocar o técnico perante a inevitabilidade de adquirir novos conhecimentos e capacidades. Mesmo que o carro autónomo possa não ser uma realidade antes da segunda metade da próxima década (por imperativos legais, exclusivamente) as tecnologias que tornam possível esse objetivo estão já em estado muito adiantado de desenvolvimento e, como diz Carlos Ghosn, presidente da Renault, “o facto é que 80% dos dispositivos necessários estão inventados e disponíveis”. É um enorme desafio para as oficinas e para os profissionais. É um enorme esforço de reconversão, investimento e formação. E ninguém se iluda: quem não agarrar essas “ferramentas”, sem essa adequação, sobretudo, quem quiser caminhar de costas
voltadas para esse conhecimento, vai mesmo ficar pelo caminho. E não é demais recordar que o caminho é estreito e terá “armadilhas” cada vez mais sofisticadas. É o caso do e-Call que, a custo, os agentes do “aftermarket” conseguiram remeter para reapreciação por parte das autoridades europeias. Se essa batalha tivesse sido perdida – se essa batalha for perdida – o que teríamos à nossa frente seria (será) o abismo; os operadores independentes ficariam totalmente à mercê dos construtores de automóveis que teriam uma vantagem competitiva fatal. O e-Call e a telemática demonstram bem que a especialização e (outra vez) o conhecimento terão de estar no topo das prioridades de todos. São desafios exigentes que, agora como nunca, só poderão ser superados com uma nova postura em que todos os agentes estejam unidos. As associações terão um papel determinante, mas a força de que necessitam para levar por diante a tarefa a que se propõem (e que é do interesse de todos) depende das posturas individuais; o “concorrente” terá de ser encarado, em primeiro lugar, como um parceiro de negócio – alguém que tem as mesmas preocupações e que me pode ajudar a contornar os obstáculos que temos em comum. A não ser assim, o futuro estará irremediavelmente comprometido.
Júlio Santos DIRETOR juliosantos@turbo.pt
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DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE JOSÉ MACÁRIO josemacario@turbo.pt REDAÇÃO
ANDREIA AMARAL andreiaamaral@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO
MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt COORDENADOR COMERCIAL GONÇALO ROSA goncalorosa@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777
A Turbo Oficina deseja a todos um bom Natal e um 2016 cheio de sucessos.
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PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT
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Mecânica
Salão da Batalha com saldo positivo O setor do aftermarket reuniu-se na Batalha para mais uma edição da Mecânica. Os mais de 130 expositores presentes mostraram um conjunto importante de novidades e saíram satisfeitos com os resultados. TEXTO ANDREIA AMARAL E JOSÉ MACÁRIO
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ALIDATA A empresa de soluções tecnológicas Alidata tem no ERP – para Obras, Oficinas e Manutenção – uma ferramenta que permite agilizar os processos internos e de gestão. Durante o certame, a Alidata focou-se no novo sistema de receção ativa do veículo. O módulo, integrado no restante ERP/DMS, funciona num tablet, permitindo abrir a folha de obra junto do cliente, registar todas as informações sobre os serviços a efetuar, tirar fotografias que ficam anexadas à folha de obra, assinalar danos da viatura, fazer a abertura de clientes e matrículas diretamente, imprimir a folha de obra para o local apropriado e consultar obras abertas. APAMB Esta organização ambiental, com uma ação direcionada às pequenas e médias empresas e, entre elas, às oficinas, sensibilizou os visitantes para a importância do cumprimento das normas ambientais e para as auditorias. Durante o evento, explicaram o processo de auditoria e divulgaram o seu serviço de acompanhamento. ARAN A ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel organizou uma conferência em que abordou os tempos de condução na atividade de reboques e desempanagem e os direitos e deveres de colaboradores e empresas. ARREPIADO A Arrepiado estreou-se na Mecânica com as marcas que representa em Portugal, ZRP e Wössner, todas ligadas à competição. Para dar a conhecer estas novas representações, a Arrepiado expôs alguns produtos no seu stand, com destaque para os stroker kits e novas cambotas forjadas da ZRP.
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oram mais de 25 mil os profissionais que visitaram a 5.ª edição da Mecânica – Salão de Equipamento Oficinal, Peças, Componentes, Lubrificantes e Acessórios para Veículos Ligeiros e Pesados, que decorreu no Centro de Exposições da Batalha. Estes puderam conhecer as mais recentes novidades das mais de 130 empresas presentes, um aumento de 30% em relação a 2014, sendo, também, de salientar que a organização acreditou visitantes de países como Angola, Alemanha, Espanha, França e Reino Unido. Bons negócios e a presença de profissionais interessados fez com que 94% dos expositores afirmasse a sua vontade de participar na próxima edição, agendada para entre 3 e 6 de novembro de 2016.
AUTO DELTA A Auto Delta levou para a Batalha vários componentes que comercializa, nomeadamente das marcas Meyle e Meyle-HD, Continental, Dayco, Lemförder, Saschs, óleos da GM, baterias Vaarta, entre muitos outros. AUTOMATIC CHOICE Na Batalha pela terceira vez, para a Automatic Choice esta é uma feira talismã em termos de crescimento, daí o regresso continuado. Em destaque, este ano, estiveram o serviço de apoio técnico fornecido gratuitamente aos seus clientes e uma nova marca italiana de lubrificantes, a Pakelo, desenvolvidos a partir da competição. Merece ainda menção o facto de este apoio técnico ser dado em Português, recorrendo à parceria estabelecida com a Herbumatic.
CDC APOSTA NA EXPANSÃO Presente pela segunda vez na Mecânica, a CDC expôs os produtos que comercializa das marcas Lucas Oil, Ardina e Tec Tane. O objetivo de dar a conhecer estes produtos e de expandir a sua presença no centro e sul do país foi, no entender do responsável, cumprido.
AZ AUTO/MCOUTINHO O espaço da AZ Auto/MCoutinho foi um dos mais concorridos, dada a vontade dos visitantes em conhecer as marcas que esta empresa representa e os serviços propostos. Tendo como objetivo um contacto mais presencial com o cliente, ele foi alcançado, incluindo negócios firmados na feira. B-PARTS A atuar no universo das peças usadas, a B-Parts aproveitou o salão para se apresentar aos clientes, uma vez que trabalha, sobretudo, no canal web. No âmbito da sua oferta, esteve em destaque a mecânica pesada. BM – BRAY MARTINS LDA. Importadora exclusiva para Portugal da marca Tecnomotor, a BM deu a conhecer as máquinas de diagnóstico automóvel, que contam com novo software. Na oferta, destacou-se o SOCIO400, um equipamento de diagnóstico que a empresa está a comercializar com a oferta de tablet Acer com o Windows 8. CADUTI A Caduti, posicionada na área da manutenção e recuperação, apresentou a sua máquina de limpeza através de gelo seco, um equipamento que trabalha a alta velocidade e a baixa temperatura (-79 ºC), removendo a sujidade. Também o equipamento de decapagem/ grenalhagem da Cidblast esteve no foco das atenções, permitindo o tratamento e preparação de peças através de ar comprimido. CARF Vocacionada para o transporte de componentes para o retalho e distribuição, a CARF acaba de inaugurar uma nova ligação
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mercado. Além destas máquinas, era também possível ver móveis das marcas Faqom e Expert, bem como compressores Parise e soluções de armazenamento de resíduos para as oficinas. FUSELCAR A Fuselcar lançou a marca STAG, de origem polaca e que desenvolve soluções de autogás para todo o tipo de veículos. Sob os holofotes estiveram os novos equipamentos de análise de combustão com tecnologia lambda, que permitem analisar, à saída dos gases de escape, o estado da mistura e o cumprimento das normas. GESTGLASS Em estreia na Mecânica, o objetivo da Gestglass era a divulgação da marca na zona sul do país, o que a empresa acredita ter sido cumprido.
ALVES BANDEIRA AUMENTA PORTEFÓLIO DE PRODUTOS O stand do grupo Alves Bandeira foi um dos que mais interesse suscitaram, tanto pela dimensão como pelos diferentes produtos e equipamentos expostos. Não obstante, foi a ABLubs
que esteve na ribalta, com o lançamento, durante o evento, da sua nova representação em Portugal: a marca de lubrificantes Texaco. Com um vasto portefólio de produtos para
para Vila Real a partir do Porto, com duas saídas por dia. No certame, a empresa deu a conhecer os seus serviços e antecipou novas rotas, uma delas na zona de Viseu. CEPRA O Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel aproveitou o salão da Batalha para dar a conhecer aos visitantes sua oferta formativa, totalmente dedicada à atividade oficinal. CRBP Dedicada á área da repintura automóvel, a CRBP expôs as gamas das marcas de que é importadora: a grega HB Body e as italianas Palinal e Cibra. Novidades foram o papel de isolar da marca própria e a fita de pintura Ubis. EUROTRANSMISSÃO A Eurotransmissão esteve na Mecânica para sublinhar a mensagem da competitividade dos seus produtos, tanto pelo fator qualidade como garantia e mesmo preço. Presente neste certame desde o início, regressam para não se desligar da feira e para dar a conhecer a sua marca mais a sul. FEIRAMAQ A Feiramaq regressou à Mecânica por acreditar que este é um certame de referência.
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todo o tipo de veículos, destacam-se as gamas de lubrificantes para o motor: a Havoline, concebida para veículos ligeiros, e a Ursa, direcionada para os veículos comerciais e industriais.
Além das já conhecidas marcas que representa, como as chaves de impacto Aircat e os consumíveis EcoTec, a grande novidade da feira era a linha de lanternas e gambiarras CAT, que a Feiramaq representa em exclusivo em Portugal. FEREXEL Os compressores e as máquinas de soldadura da marca própria, Great Tool, foram o centro das atenções. No âmbito da oferta, destaque para a Fury 2500T - uma máquina de soldar nova com inverter de 2500 amperes, trifásica e com rendimento de 100% - e para a máscara de proteção Hawker. FERROL Presente neste certame desde o início, a Ferrol levou consigo para a Mecânica várias soluções ligadas ao meio ambiente, com destaque para as máquinas de lavagem por ultrassons, uma tecnologia que começa a afirmar-se no
FORAM 30 AS ESTREIAS DE PRODUTOS NA MECÂNICA, PROVA DO VIGOR DO CERTAME DA BATALHA
GLOBALUBE Depois da estreia no ano passado, a Globalube regressou à Batalha para dar a conhecer os produtos Gulf, que comercializa no distrito de Leiria. GRUPO BOMBÓLEO O Grupo Bombóleo expôs o sistema Aquadetox de tratamento de águas residuais. Depois de um interregno de alguns anos, o grupo português voltou a apostar neste sistema, que trata a água através de microbiologia e promete o tratamento de águas das lavagens de até 20 carros/dia em pórtico e máquina de alta pressão. HÉLDER MÁQUINAS As ferramentas manuais Beta foram o grande destaque no stand da Hélder Máquinas na Batalha. Em exposição estavam ainda as máquinas de diagnóstico da Brain Bee e as Telwin, para soldadura, entre muitas outras. INFORTRONICA/GT MOTIVE Duas das mais representativas empresas de software, a Infortrónica e a GT Motive, aliaram-se para oferecer um pacote com os dois softwares que comercializam, propondo um desconto de 40%. A campanha, que pretende dar uma ferramenta completa de gestão oficinal, estará em vigor até ao final do ano, mas, de acordo com o sucesso da iniciativa, poderá ser prolongada e até expandida para outros países. IHNAVI Fortemente implementada em Espanha, a Ihnavi começou a introduzir os seus produtos em Portugal há cerca de um ano. Dedicada aos sistemas de multimédia digital e à iluminação, apostou nos sistemas de navegação, câmaras, monitores e interfaces Bluetooth.
INTELLIGENT TECHNOLOGIES Especializada em soluções de mobilidade, a Intelligent Technologies levou à Mecânica vários produtos dirigidos às empresas com necessidades de rápidas deslocações em armazéns. A C1 Tech Board foi a grande estrela e pode ser testada por todos quantos visitaram o stand. Num futuro próximo a marca revela que terá mais produtos. INTERESCAPE O objetivo da Interescape era, principalmente, alertar o público para as várias soluções que oferece a manutenção de filtros de partículas, como a limpeza, a reparação ou a reconstrução. A Interescape sublinhou, ainda, a ideia de que não se devem remover os filtros de partículas. INTERMACO A Intermaco mostrou novos equipamentos de chaparia e de lavagens de ultrassons, mas também as máquinas de diagnóstico Bosch e Jaltec estiveram em destaque, assim como a gama OTC, com novos analisadores e opacímetros. Era ainda possível ver as novas máquinas de recarregamento de ar condicionado Robinair e as Carbon Zapp de limpeza de injetores. PUBLICIDADE
JESUS E BATISTA Com uma grande experiência na área do recondicionamento de peças, a Jesus e Batista focou a sua participação nos componentes de mecânica para veículos ligeiros. Dar a conhecer a empresa, reforçar parcerias empresariais e conquistar novos clientes foram os principais objetivos da Jesus e Batista. JP TOOLS Representante exclusiva para Portugal e Angola da marca Foxwell, a JP Tools colocou sob os holofotes o GT80, um equipamento de diagnóstico com ampla cobertura de veículos europeus, asiáticos e americanos. Trabalha com a maioria das plataformas de software originais das marcas de automóveis, recorre ao Windows 8.1 Pro e dispõe de um ecrã tátil de 10’ LED. Com memória RAM de 2 GB, disco rígido 32 GB e câmara de 2 MP, está disponível em Português. LANCAR/RODRICARPEC A Lancar e a Rodricarpec marcaram presença no certame com um stand conjunto. A Lancar teve em destaque o seu produto de limpeza para o filtro de partículas, um aditivo que se adiciona no depósito de combustível,
JAPOPEÇAS RENOVA SOFTWARE A Japopeças regressou à Batalha para apresentar o seu novo software B2B, que será disponibilizado já a partir de janeiro de 2016. As grandes novidades desta nova plataforma são os novos modos de pesquisa e ainda a oferta de esquemas de montagem de cada uma das peças disponibilizadas no catálogo da marca.
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o intuito de compreender qual o tipo de interação que conseguiriam realizar com o público que visitou a Batalha. As novidades eram a bomba de abastecimento manual para as caixas automáticas. MGM – MANUEL GUEDES MARTINS A MGM – Manuel Guedes Martins, especialista em assistência técnica a elevadores e equipamentos oficinais, esteve presente na Mecânica com diversas novidades. Entre elas, destacaram-se: material de lubrificação Flexbimec, elevadores de veículos OMCM, máquinas de lavar de alta pressão ALCE, secadores OMI, compressores KAESER e GNUTTI, porcas/ fêmeas em bronze e para o bloco “air end” para compressores de parafuso.
GONÇALTEAM MOSTRA SOLUÇÕES INOVADORAS A Gonçalteam levou até à Batalha a sua mais recente novidade: a HPA FAIP i-check, uma máquina que permite fazer um pre-check do veículo recorrendo às tecnologias sem contacto. Sem tocar no pneu, faz a leitura dos ângulos de alinhamento
dos eixos da viatura, sendo possível realizar upgrades para leitura da escultura do pneu, das válvulas do TPMS (Sistema de Monitorização da Pressão dos Pneus) e, mais tarde, haverá ainda a possibilidade de ligação à centralina. Com dois novos
modelos de equilibragem da mesma marca, a Gonçalteam deu ainda a conhecer as suas máquinas de alinhamento, montagem e enchimento de pneus para pesados. Em destaque estiveram também as pistolas de impacto da Dino Paoli.
atestando-se depois o veículo, e, após uma viagem de cerca de 40 km às 3000 rpm, aumenta a regeneração do filtro entre cinco e dez vezes. Já a Rodricarpec focou–se nos GPS de localização Posi-sat, que, entre outras características, fornecem as coordenadas do veículo.
LUBRIFUEL A Lubrifuel estreou-se na Mecânica com o propósito de revelar ao mercado os seus produtos, nomeadamente os lubrificantes da Cepsa. O balanço da feira é positivo, conseguindo a marca realizar alguns contactos comerciais.
LEIRILIS O objetivo da Leirilis para este certame era mostrar as novidades que têm no mercado em termos de peças, formação e equipamento oficinal. As novidades eram a marca própria de turbos que agora comercializam e também os aditivos para filtros de partículas.
MASTERSENSOR Depois de, no ano passado, ter lançado as escovas para limpeza do vidro traseiro, a Mastersensor apresentou na edição deste ano da Mecânica as escovas limpa para-brisas da marca Heyner. Por entre as oito gamas da marca, destaque para as Superflat Premium, fornecidas com todos os adaptadores, de forma a serem totalmente compatíveis com qualquer veículo.
LOJA DOS QUÍMICOS A nanotecnologia foi a estrela no stand da Loja dos Químicos. Através dos produtos Archoil, a empresa deu a conhecer uma vasta linha de fórmulas nano para lubrificantes, combustíveis e outras aplicações. Sobressaíram o AR600, um produto orgânico e biodegradável que remove a corrosão mais pesada de metais através de um processo de quelação, o aditivo modificador de fricção com nanoborato AR9300, para óleos de motor, transmissão e hidráulicos, e a massa lubrificante de alto desempenho AR8300.
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MERPEÇAS A Merpeças estreou-se neste certame na sequência dos bons resultados obtidos durante a Expomecânica, no Porto, com
NANOTECNOLOGIA E TELEMÁTICA SÃO EXEMPLO DAS NOVAS TECNOLOGIAS PRESENTES NESTA FEIRA
MOVICONTROL A Movicontrol, com cerca de 30 anos na área da hidráulica, lançou há três anos um departamento para a comercialização de consumíveis, ferramentas e vestuário para profissionais. Em exposição estavam as ferramentas Jonnesway, as lanternas industriais Scangrip e o vestuário profissional da marca espanhola Marca. MUNDIALUBE A Mundialube, importadora da marca Faher, trouxe para este certame os vários produtos da marca, como, por exemplo, os aditivos para combustível, tapa-fugas e produtos de limpeza. Além da Faher, existiam ainda produtos da marca Autotec para catalisadores e filtros de partículas, entre outros. NATUREZA VERDE A Natureza Verde estreou-se na Mecânica com o intuito de informar o público acerca da recolha de resíduos nas oficinas, propondo um pacote de serviços que engloba recolha, consultoria e produtos ligados a esta área. O saldo desta estreia é positivo, tanto em termos comerciais como de notoriedade. NELSON TRIPA, LDA. Dedicada às soluções de refrigeração, a Nelson Tripa levou até à Batalha diversos componentes associados à reparação de compressores e tubagem. Também não esqueceu a comercialização de alguns produtos associados: alternadores, bobines, bombas de água, bombas de combustível, compressores, correias, filtros, pressostatos e ventiladores, entre outros. NISSENS A Nissens, especialista em radiadores, destacava, no seu espaço, os ventiladores e os compressores de ar condicionado.
PEÇAS LAND ROVER Presente pela primeira vez num salão, a Peças Land Rover, que trabalha através do canal online e telefónico, apresentou a Bolt Equipment, uma marca totalmente desenvolvida e fabricada em Portugal. No seu portefólio, destaque para os para-choques, proteções de barras, depósitos e diferenciais, e para as torres de amortecedores de competição. PETROMÓS Dedicada à comercialização de produtos da Fuchs, a Petromós apresentou a tecnologia XTL, desenvolvida pela Fuchs, sublinhando a poupança de combustível que o produto poderá representar. PNEURAMA A Pneurama deu prioridade às marcas de que é representante exclusiva: a Avon e a Lassa. No entanto, e com o objetivo de mostrar uma oferta abrangente, expôs também as já conhecidas gamas da Roadstone e da Nexon Tyres. PRIORIDINAMIC A telemática esteve em grande destaque no stand da Priordinamic, que revelou o Golo, uma plataforma desenvolvida pela Launch
para construir uma rede social entre clientes e oficinas. Permitindo obter informações e dados do veículo, oferece ao utilizador a hipóteses de fazer um disgnóstico básico do seu veículo, um diagnóstico remoto pela oficina e ativar um alarme por avaria. Além disso, oferece também serviços de localização, manutenção e controlo do estado do veículo. O dispositivo pode ser ligado ao smartphone do utilizador e também com o equipamento de diagnóstico da oficina. PRO4MATIC Para esta edição da Mecânica a Pro4matic trouxe a quase totalidade da sua gama de suspensões pneumáticas, em que são especialistas. O foco nesta feira era o de distinguir os componentes reconstruídos dos originais e revelar algumas novidades da marca Arnott. PROCARRO Implementada no mercado há 25 anos, esta foi a primeira vez que a Procarro participou na Mecânica. A empresa, que se dedica à comercialização de peças usadas para veículos ligeiros, deu a conhecer a amplitude da sua oferta e divulgou as duas lojas abertas ao público. RECAMBIOS QUASAR Há 25 anos no mercado, a empresa sediada em Vigo, Espanha, abriu este ano um armazém em Portugal. Focalizada em todo o tipo de componentes elétricos, deu a conhecer a sua aposta na marca própria QSR e apresentou diversos alternadores e motores de arranque.
MACOS - REPRESENTAÇÕES EXCLUSIVAS Em estreia neste certame, a Macos quis mostrar ao mercado as suas novidades, entre as quais se contavam os óleos de motor Wynn’s e os produtos Restore e Turtle Wax, marcas que representa em exclusivo. PUBLICIDADE
RODRIBENCH A Rodribench, especializada em maquinaria para oficina, marcou presença na Batalha com o seu Miracle System de reparação de painéis de aço e alumínio. Em exposição estavam ainda as máquinas IMS Pro para soldadura. RSF – MAQUINARIA Especializada em equipamentos para oficinas, a RSF cativou os visitantes com três equipamentos: o elevador de tesoura XT-300A, dotado do sistema de duplo cilindro por tesoura e duplo circuito hidráulico independente, para garantir a segurança;
WD-40 ESTREIA NOVA GAMA O maior destaque no stand da WD-40 foi a nova gama Specialist, que pretende oferecer novas soluções tanto para os profissionais como para os consumidores finais. A marca adiantou à TURBO OFICINA que para o ano haverá novidades de produto, sem no entanto, querer alongar-se muito em detalhes.
a máquina de desmontar pneus DT-95, semiautomática, projetada para oficinas com um alto índice de rotação de pneus e ideal para pneus “run-flat” e de baixo perfil, graças ao braço lateral que facilita a montagem e desmontagem deste tipo de pneus; e, por fim, a equilibradora de rodas 810, totalmente automática e com múltiplos de programas de calibração. SAMIPARTS O salão foi o palco para a apresentação da marca Restagraf, da qual a Samiparts se tonou distribuidor exclusivo para Portugal. A empresa está a arrancar com a comercialização de cerca de quatro mil referências, entre terminais e acessórios para baterias, fusíveis, porcas e parafusos, conectores, terminais, fixadores, cabos, tubos, etc. SARRAIPA Num stand de grandes dimensões, a Sarraipa despertou as atenções com uma carrinha da Fasano Tools equipada com os mais diversos produtos para oficinas. A empresa expôs ainda algumas das máquinas e equipamentos que compõem a sua oferta no ramo automóvel.
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TURBO DISCOVER Em estreia na feira da Batalha, a Turbo Discover, dedicada à venda de peças para turbos, trouxe para o certame, em estreia absoluta, uma nova máquina para a afinação da geometria destes componentes, a Benchfloor 2000. TURBOCLINIC A Turboclinic apresentou dois add-ons para a VNT v2, que vêm acrescentar mais-valias ao equipamento para ajuste de geometrias de turbocompressores: o Oil Leak Tester, que permite realizar testes de estanquicidade para ver se existe ou não fuga de óleo, e o Actuator Programmer, que permite ativar atuadores eletrónicos ou elétricos. Além disso, a Turboclinic apresentou o TCA Compact, a nova versão do equipamento de bancada para equilíbrio de turbocompressores, que sobressai pelas dimensões compactas.
POLIBATERIAS APOSTA NO AFTERMARKET A Polibaterias teve em destaque a nova gama Titanium da FIAMM, no campo das baterias de chumbo e ácido. Com qualidade equivalente ao
equipamento de origem, as novas baterias Titanium Pro e Titanium Black destacam-se pela tampa Safety Power Checked, autoindicador de
carga (Olho Mágico), novo sistema de condutas e válvula antichama, que minimiza os riscos associadas a faíscas pontuais no exterior.
SOSI LUBRIFICANTES Os novos reservatórios de combustíveis da marca Emiliana Serbatoi foram uma das grandes novidades da SOSI, que aproveitou também o certame para apresentar as novas bombas de abastecimento, destinadas à gestão de frotas, da PIUSI. Paralelamente, a empresa dedicou uma parte do ser espaço à nova linha de produtos de car care da Repsol e à divulgação da nova imagem dos tambores de óleos sintéticos desta marca.
TELEPEÇAS Nesta edição da Mecânica, a Telepeças tinha como objetivo demonstrar a sua plataforma online de venda de peças de substituição, que faz a ponte entre os distribuidores e os profissionais. Numa altura em que este tipo de plataformas é cada vez mais utilizada, a proposta da Telepeças oferece também a possibilidade de encomenda via telefone, meio que pode ser utilizado ainda a posteriori para esclarecimento de dúvidas.
SPARKES & SPARKES A grande novidade da Sparkes & Sparkes foram as novas caixas de transferências para veículos 4x4 de várias marcas, estando ainda em exposição as caixas de velocidades reconstruídas e as respetivas peças e kits de reconstrução.
TRAVOCAR Dedicada à comercialização dos produtos Castrol, a Travocar teve como porta-estandarte o Castrol Edge com tecnologia de polímeros de titânio solúveis Titanium FST. Este altera fisicamente a forma como o lubrificante se comporta sob pressões extremas e reforça a resistência da película do lubrificante, evitando a sua quebra e diminuindo o atrito.
SOUSA DOS RADIADORES Como novidade, a Sousa dos Radiadores trouxe para este certame os novos radiadores em alumínio, de construção própria, ainda que apenas em pequenas séries. TECHWASH O Grupo Valente e Lopes marcou presença na Mecânica com o grande objetivo de divulgar as lavagens Techwash. No entanto, a oportunidade foi aproveitada para apresentar também os detergentes de alta pressão da marca Flowey.
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A QUASE TOTALIDADE DAS MAIS DE 130 EMPRESAS PRESENTES NA MECÂNICA PROMETE VOLTAR EM 2016
TURBOFAPS Dedicada à reparação de turbos, a Turbofaps aproveitou a Mecânica para dar a conhecer os seus serviços e oferta, uma vez que dispõe sempre em stock de cerca de 70 ou 80 turbos reconstruídos para os veículos ligeiros mais comuns no parque circulante nacional. Paralelamente, a empresa focalizou-se ainda na divulgação do seu serviço de limpeza de filtros de partículas. VIAMORIM Especialista em automóveis da marca Mercedes, a Viamorim deu a conhecer os seus serviços e oferta de peças usadas para estes veículos, com uma ampla oferta, independentemente da idade do automóvel. VMF PETRÓLEOS Dedicada à distribuição de combustíveis e lubrificantes, a VMF focou-se nos produtos da marca Galp. Entre eles, o destaque foi para os novos lubrificantes para motores Euro 6, adequados às especificações dos fabricantes. Com postos e frota própria, a empresa divulgou ainda os seus serviços de distribuição dedicados às empresas. WÜRTH O stand da Würth na Batalha estava dividido em duas zonas: uma para a gama WOW – Würth Online World, a gama de ar condicionado e de diagnóstico da marca; outra para os restantes produtos Würth, como a Biomatic para lavagem de peças, a Wic 5000 de limpeza de sistemas de injeção e as gamas de aditivos e lubrificantes. Estavam ainda expostas peças de vestuário profissional e fardamento da marca Modif.
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Carros conectados
O futuro incontornável Com a transição da telemática dos sistemas integrados para os embutidos no veículo, o mercado deverá crescer, até 2025, a um ritmo de 24,6% ao ano. TEXTO ANDREIA AMARAL
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tualmente, o parque automóvel mundial ultrapassa os mil milhões de veículos, prevendo-se que, até 2025, supere a fasquia dos 1,7 mil milhões. Deste universo, a SBD, empresa de estudos de mercado, estima que mais de 600 milhões tenham, daqui a dez anos, um sistema de telemática embutido. Isso significa que este mercado irá crescer a uma taxa média anual de 24,6%, até atingir os 20 mil milhões de euros, sendo que a grande fatia deste valor será relativa às vendas de serviços e conteúdos relacionados com o veículo. No entretanto, para que isso aconteça é necessário que as soluções de conectividade migrem das já comuns opções integradas
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para as embutidas, tornando o veículo um verdadeiro gestor inteligente da telemática. De resto, e de acordo com a SBD, este parece ser o caminho traçado, com governos, consumidores, fabricantes de automóveis e empresas de serviços a tentarem, cada um pelo seu lado, tirar o máximo proveito destas novas potencialidades. SOLUÇÕES DIVERSAS Há três formas de viabilizar a conectividade celular no carro, que variam tendo em conta o facto de o SIM, módulo de comunicação e a plataforma inteligente estarem incluídos na construção ou serem aplicados no veículo. Assim, podem ser consideradas três soluções: soluções embutidas, em que toda a
conectividade e inteligência são aplicadas no carro; emparelhadas, nas quais o condutor utiliza o seu telemóvel como um modem (através de ligação, Bluetooth ou wi-fi); e integradas, em que as apps dos smartphones são integradas no veículo para proporcionar acesso a serviços. Na verdade, conforme explica a SBD, a maioria dos fabricantes de veículos está a optar por combinar as diferentes opções, até porque apresentam vantagens a diferentes níveis. A solução embutida proporciona ótimas condições em características como a segurança, gestão de frotas, portagens eletrónicas, sistemas PAYD (Pay As You Drive) seguros, etc. Já o emparelhamento e as soluções integradas têm uma eficácia
Existem vários países a desenvolver sistemas de satélite para competir com o norte-americano GPS
superior na navegação e no infotainment. Apesar de a conectividade embutida se apresentar como opção mais confiável e fácil, existem ainda algumas barreiras a evitar a sua utilização generalizada. Em primeiro lugar, a unidade de controlo da telemática tem um custo superior (varia entre os 50 e os 200 euros, de acordo com a SBD) ao da instalação de uma ligação ao telefone do condutor. Depois, porque é difícil prever os custos das comunicações e “em quase todos os mercados, os consumidores demonstraram relutância em pagar um contrato adicional para as comunicações a bordo do veículo, a juntar aos contratos que já têm para o seu telemóvel”. Mesmo sem estes custos, os consumidores estão cada vez mais ligados ao telemóvel, com uma série de apps instaladas que preferem utilizar no carro, em vez de terem de as instalar de novo. MUDANÇAS NO HORIZONTE Segundo a SBD, existe uma série de fatores que poderão impulsionar uma migração para a conectividade embutida no veículo. Entre eles destacam-se as imposições governamentais, nomeadamente da União Europeia, para que os novos veículos passem a disponibilizar serviços como o e-call. Adicionalmente, existe uma tendência dos países para adotar sistemas como a cobrança eletrónica de portagens ou a localização de veículos roubados, o que induzirá os fabricantes a, de algum modo, disponibilizarem estes sistemas nos veículos
A ligação dos veículos aos telemóveis é cada vez mais comum
que produzem. Com cada vez mais países a tentar consolidar sistemas de satélite que consigam combater o domínio do norte-americano GPS, prevê-se que um maior número de opções represente um decréscimo dos custos relacionados com o hardware, facilitando a sua propagação. Com impacto num conjunto de setores,
CUSTOS DE INSTALAÇÃO E COMUNICAÇÕES SÃO OS PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À CONECTIVIDADE
a telemática tem despertado o interesse de atores da área das telecomunicações, interessados na venda de contratos de comunicações. E, na verdade, também a disponibilização de pacotes, como já existem para casa e para o telemóvel, que abarquem o automóvel poderá incentivar a um crescente número de subscrições de contratos para as comunicações a bordo, viabilizando as unidades embutidas. Da mesma forma, vários operadores têm apresentado propostas na Europa e nos EUA para a disponibilização de cartões SIM com fatura repartida. Nestes casos, o fabricante assegura o pagamento da conectividade relacionada com o carro (como serviços de e-call e diagnóstico remoto) e o DEZEMBRO 2015
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O cada vez menor custo das unidades embutidas nos veículos traduzir-se-á na massificação da conectividade
proprietário fica responsável pelos custos da navegação e do infotainment. Por outro lado, a tendência para o alojamento das aplicações na internet, em vez de estarem no próprio telemóvel, poderá reduzir a necessidade de integração dos smartphones no carro, uma vez que os conteúdos e preferências do cliente poderão ser disponibilizados através de um browser. SEGURANÇA E FACILIDADE Existe todo um ecossistema à volta do carro conectado, no qual as utilizações se combinam com as necessidades de diferentes agentes: consumidores, governos, fabricantes de automóveis e outros negócios. A utilização da conectividade por motivos de segurança é uma das maiores tendências, se não mesmo a maior. Serviços como o e-call são atrativos para os condutores, enquanto garantia de auxílio em caso de ocorrer um acidente num local remoto. Esta tem sido também uma preocupação dos governos, que têm ditado a sua integração nos modelos a
PARA OS VEÍCULOS ELÉTRICOS, A LIGAÇÃO À INFRAESTRUTURA E ÀS ESTAÇÕES DE CARGA SERÁ ESSENCIAL
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serem produzidos. Por outro lado, o mercado, influenciado pelos benefícios da indústria seguradora e até no que se pode considerar uma proteção ao investimento, tem também procurado cada vez mais os sistemas de localização do veículo em casos de roubo. A conveniência é outra das facilidades oferecidas pelos fabricantes, com o intuito de reforçar a ligação do condutor com o carro, mesmo quando não estás atrás do volante. Abrir e fechar as portas remotamente, ligar a climatização antes de ir para o carro, monitorizá-lo a partir de casa ou encontrá-lo no meio de um parque de estacionamento são valências que seduzem o cliente. O mesmo é verdade para os serviços de navegação e, sobretudo, para os sistemas de informação de tráfego: evitando o tempo perdido em filas ou as horas gastas à procura de um local, são percecionados como facilitadores no dia a dia. E porque atualmente a facilidade também reside na acessibilidade, tal como no seu smartphone, o consumidor pretende, ao simples toque de um dedo, ter acesso a informação e aos seus conteúdos media favoritos. Por isso, o infotainment é uma das utilizações preferenciais para a conectividade. UM UNIVERSO DE APLICAÇÕES Mas as potencialidades do carro conectado vão muito além, embora, em larga medida, dependam da conectividade
de outros sistemas. Por exemplo, para o proprietário de um veículo elétrico, estar ligado à infraestrutura e às estações de carga será essencial para garantir que consegue fazer a sua viagem sem incidentes com o carregamento, porque o veículo conseguirá dizer-lhe onde estão os postos, qual a sua disponibilidade e até fazer marcações. Nesta lógica, também quaisquer problemas mecânicos poderão ser identificados precocemente, com o veículo a estar ligado à oficina. Este é também o meio para os fabricantes conhecerem melhor os ciclos de utilização dos seus veículos, analisando as garantias e detetando tendências relativas a componentes defeituosos. E como a redução de custos é sempre um fator de atratividade, conseguir baixar o valor do seguro tendo em conta a utilização do carro, naquele que se apresenta como um “pagamento de acordo com a utilização”, poderá ser também uma das caraterísticas mais procuradas na conectividade. Tal também é verdade para os gestores de frotas, que, graças à telemática, poderá avaliar aspetos como a otimização de rotas e consumos, o comportamento do condutor e a produtividade. Por fim, também os governos poderão, através da cobrança eletrónica de portagens, aplicar taxas tendo em conta a frequência de utilização dos veículos e o local onde se deslocam.
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Gestão de frotas
Reduzir custos e aumentar segurança rodoviária A LeasePlan apresentou um estudo sobre o modo como estão estruturadas as Políticas de Frota Automóvel. Denominado Car Policy Benchmark, o documento identifica ainda tendências e prioridades na gestão de frotas. TEXTO ANDREIA AMARAL
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e acordo com o estudo Car Policy Benchmark, elaborado pela LeasePlan, a redução de custos é a principal prioridade para os gestores de frotas. Numa escala de zero a dez, os inquiridos dão conta de que no topo das suas preocupações, com uma pontuação de 8,1, está a redução dos custos diretos, relacionados com as despesas com o veículo. Na lista de prioridades, seguem-se os custos indiretos, onde se incluem o combustível e as portagens, o aumento da segurança rodoviária, a maximização dos benefícios dos colaboradores e a compensação do impacto ambiental. De acordo com Pedro Pessoa, Diretor Comercial da LeasePlan, “estudos de Benchmark como este são fundamentais para promover melhorias, não só nos planos de ação de cada cliente, consoante a estratégia e setor
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de atividade, mas também no próprio serviço que a LeasePlan presta, de modo a irmos ao encontro das preferências e necessidades dos nossos clientes”. O estudo teve por base as respostas de 347 gestores de frota a um inquérito disponibilizado online, corresponde a um universo de 32 mil veículos e permitiu recolher informação sobre onze setores de atividade, destacando-se os setores de Distribuição e Serviços, Indústria, Telecomunicações e IT, e Construção Civil e Turismo. POLÍTICA DE ATRIBUIÇÃO DE VEÍCULOS Indicando que o período de utilização de um veículo empresarial é normalmente quatro anos e as frotas são maioritariamente (75%) compostas por veículos de passageiros, o estudo conclui que 88% das empresas têm
um documento de política de gestão de frotas. Não obstante, o que ele inclui não é transversal. Do mesmo modo, o estudo indica que, quanto maior a frota, maior é também a abrangência da Política de Frota 76% incluem os critérios de elegibilidade para atribuição dos veículos; 64% versam sobre os critérios para a seleção de veículos, 59% indicam as condições de utilização, no entanto, menos de metade contemplam quais os procedimentos e responsabilidades dos condutores e quais as despesas a cargo dos colaboradores. No que toca ao motivo de atribuição de veículos, a necessidade ligada à função desempenhada ocupa o primeiro lugar, com a maioria dos veículos entregues a profissionais ligados aos serviços técnicos e às equipas comerciais. Ainda assim, a atribuição de carro
A manutenção continua a ser o serviço mais escolhido na altura de negociar um contrato de renting
SETE VERDADES
Quanto maior o volume da frota, mais são delegados nas oficinas e fabricantes os serviços de manutenção
como benefício salarial correspondeu a 36% da frota analisada, estando estes veículos associados a elementos da direção das empresas e a chefias intermédias. Já ao nível da escolha dos veículos, em 56% dos casos esta é realizada tendo em conta uma lista pré-definida da empresa, sendo os restantes com base num plafond. No entanto, esta opção tem uma maior incidência quando se tratam de elementos da direção de primeira linha, sendo que, 57% escolhe o veículo tendo por plafond. Nesta modalidade, é ainda de assinalar que, na larga maioria dos casos, as contas são feitas tendo em conta o valor da renda e não o valor de aquisição do veículo. O estudo revela ainda que o setor com plafonds médios de renda mais elevados é o da saúde (mil euros), seguido do agroalimentar (€700) e do farmacêutico (€650).
Já no que diz respeito ao segmento dos veículos atribuídos de acordo com a função, o estudo da LeasePlan refere que a direção de primeira linha tem familiares grandes, a de segunda linha familiares médios premium, as chefias intermédias familiares médios, os comerciais pequenos familiares e os técnicos veículos utilitários. REPARTIÇÃO DE CUSTOS No que respeita a custos de combustível, portagens e sinistros, a LeasePlan indica que, em alguns casos, existe uma partilha dos mesmos com os colaboradores. Ainda assim, em 80% das frotas existe uma total ou parcial contribuição da empresa para os custos com combustível. Deste universo, 42% tem um regime de plafond e em 38% os custos são totalmente suportados pela empresa. Já os
De acordo com a Leaseplan, as prioridades das políticas de frota das empresas podem ser resumidas em sete verdades: Atualmente, a prioridade para os gestores de frota é reduzir os custos; As empresas tendem a assumir quase na totalidade os custos com as suas frotas; As frotas geridas em renting costumam incluir os serviços de manutenção, gestão de pneus, veículo de substituição e seguro; A liberdade de escolha de um veículo aumenta com a hierarquia e, geralmente, os plafonds para seleção de veículos são estabelecidos em valor de renda; As decisões estratégicas e operacionais da gestão de frota tendem a estar na Direção Financeira; 88% das empresas têm uma Política de Frota escrita e publicada; O período de utilização de um veículo empresarial é normalmente quatro anos e as frotas são maioritariamente compostas por veículos de passageiros. custos relacionados com portagens tendem a ter uma repartição maior. Em 39% dos casos ficam a cargo do colaborador, em 45% da empresa e em 16% existe a atribuição de um plafond. Por fim, a LeasePlan analisou também as franquias dos seguros, tendo concluído que é a empresa que geralmente assume a responsabilidade do seu pagamento. Os dados diferem, contudo, tendo em conta a dimensão das frotas: quando têm mais de 200 veículos, em 50% dos casos a empresa assume a responsabilidade, em 38% o custo é partilhado e em 12% o valor é imputado ao colaborador. Contrariamente, em frotas até 20 veículos, em 82% dos casos a empresa assegura o pagamento da franquia. É ainda de assinalar que a franquia mais comum é de 2%. DEZEMBRO 2015
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Automóvel, realizou um workshop dedicado a esta matéria por ocasião do Salão Automóvel de Lisboa. Nele, Helena Sanches, diretora do Departamento Jurídico da ASAE, dissecou o diploma e informou que basta um letreiro informativo para cumprir a lei. OBRIGAÇÕES LEGAIS De uma forma geral, todas as entidades, sejam pessoas singulares ou coletivas, que lidem diretamente com o consumidor devem cumprir o disposto na lei e, mais concretamente, no seu artigo 18.º. De acordo com a normativa, a empresa deve informar o cliente acerca do RAL (centro de resolução alternativa de litígios) disponível no seu conselho. Esta informação deve ser fornecida em dois suportes obrigatórios. Um deles é o website da empresa, caso ele exista, e aqui a informação tem de estar em local visível, ainda que, para Helena Sanches, tal não obrigue a que isso aconteça logo na homepage. Quanto à segunda localização, tal deverá acontecer nos contratos escritos ou, no caso de a empresa não os utilizar, num outro “suporte duradouro”. Este “suporte duradouro” não é especificado pela lei, mas a ASAE e a Direção-Geral do Consumidor entendem que tal possa ser uma fatura ou venda a dinheiro. No entanto, como os programas de faturação não são muito flexíveis para incluir esta nova informação, Helena Sanches afirma que as empresas poderão afixar um letreiro, colocado em local visível, onde estejam explícitos os contactos do RAL do conselho em que se encontra a empresa. Tal será suficiente para evitar uma coima.
Lei 144/2015
Letreiro resolve conflitos
A ASAE descortinou como poderão as empresas cumprir a lei que obriga a divulgar os centros de arbitragem. Basta um letreiro. TEXTO JOSÉ MACÁRIO
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oi aprovada no passado dia 3 de setembro a lei 144/2015 que transpõe para a lei portuguesa a diretiva comunitária sobre a resolução alternativa de litígios de consumo e que obriga a que as empresas divulguem quais os centros de resolução alternativa de conflitos
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disponíveis para o consumidor. Mas esta lei gerou alguns conflitos sobre qual seria a forma que as empresas teriam de obedecer à lei e evitar as coimas previstas, que podem ir dos €500 aos €25 000. Como forma de esclarecer as empresas, o CASA – Centro de Arbitragem do Setor
QUEM DIVULGAR A diretora do Departamento Jurídico da ASAE levantou a questão das entidades que as empresas estão obrigadas por lei a divulgar e afirmou que, por se tratar da única empresa especializada na resolução de conflitos do setor automóvel, o CASA deverá ser sempre mencionado. Facultativamente, as empresas poderão divulgar outros centros de resolução de conflitos, desde que estejam dentro do seu conselho de implantação. A listagem de todas as entidades RAL é gerida pela Direção-Geral do consumidor e pode ser acedida no Portal do Consumidor, em http://www.consumidor.pt. No caso de uma entidade que opere em vários conselhos, as empresas devem divulgar no site pelo menos uma entidade RAL para cada um dos conselhos onde operam. Para facilitar tanto o papel de quem divulga como de quem fiscaliza, nos letreiros deverão constar os contactos da entidade daquele conselho, não sendo necessária a listagem completa.
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“Portugal é um parceiro estratégico da Bosch” Recentemente nomeado como responsável da Bosch em Portugal, Carlos Ribas pretende tornar a unidade de Braga num centro de investigação e desenvolvimento de tecnologia de ponta, sobretudo, na área da condução autónoma. TEXTO ANDREIA AMARAL FOTOS JOSÉ BISPO
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om um foco bem definido, a fábrica de Braga da Bosch encontra-se em rota de crescimento, esperando-se que, em 2017, fature mil milhões de euros. Na sua liderança, Carlos Ribas explicou à TURBO OFICINA que na base desta evolução está um novo portefólio de produtos e uma aposta na inovação e desenvolvimento, que levará à contratação de cerca de 500 novos engenheiros no prazo de dois anos. A Bosch está com fortes perspetivas de crescimento. Os últimos anos de atividade em Portugal também foram positivos? Não, foram terríveis. A Bosch já faturou, em 2007, 52 mil milhões de euros. O ano passado faturou 49 mil milhões de euros, com muitos mais colaboradores e áreas de negócio. Em Portugal, a fábrica de Braga, que faturou 650 milhões de euros em 2011, o ano passado faturou 433, uma redução muito significativa. A atividade da Bosch na Europa sofreu um impacto forte e, em Braga, foi particularmente complicado. Por que motivo os impactos foram mais sentidos em Braga? Coincidiu a crise com a mudança de portefólio. Essencialmente, fazíamos sistemas de navegação e rádios e, nessa altura começámos a mudar o foco para os painéis de instrumentos, sistemas de navegação integrados, Head-Up Displays... A crise fez baixar os rádios muito mais rapidamente
do que aquele que foi o crescimento do novo portefólio. Foram três anos muito difíceis. Para qundo a retoma? Este está a ser o ano sa retoma. Em 2014 faturámos 433 milhões, este ano tínhamos um plano para 488 e, provavelmente, vamos chegar aos 520 milhões. Para o ano vamos ultrapassar os 700 milhões, no ano seguinte os mil milhões e esperemos que continue assim, sempre a crescer! A nível internacional, a Bosch tem uma previsão de crescimento para este ano de 11%, que, com as correções monetárias, deverá baixar para 4% porque o euro está numa fase de queda. Mas nós, em Portugal, estamos numa situação ainda melhor do que a Bosch na generalidade. As previsões para os próximos anos são muito otimistas: temos muitos projetos ganhos, vamos adquirir mais um edifício contíguo porque já não temos onde colocar mais produção, vamos adquirir mais 6 mil m2 em 2016 e mais 5 mil2 até ao final do ano seguinte.
“O MEU PROJETO PARA A BOSCH É O MEU PROJETO PARA PORTUGAL: CRESCIMENTO”
Acaba de ser nomeado como novo responsável da Bosch em Portugal. Na primeira comunicação que fez, apresenta-se com objetivos ambiciosos. Qual o seu projeto para a Bosch? O meu projeto para a Bosch é o meu projeto para Portugal: crescimento, sobretudo, nas áreas de desenvolvimento e de investigação, para depois podermos crescer na parte fabril e na quantidade de colaboradores a trabalhar para a Bosch em Portugal. Já estamos a investir fortemente na área de inovação. Em Braga, temos tido alguns protocolos com a Universidade do Minho e com o Governo português, que nos têm ajudado muito e permitiram-nos desenvolver bastantes projetos, que estão neste momento já numa fase de industrialização e, em breve, esperamos poder vê-los nos carros que circulam nas estradas. Soluções em áreas como a conetividade? Exatamente. O tema da atualidade é a conetividade e a indústria 4.0, em que tudo está interligado e comunica entre si. São soluções que pretendem facilitar a vida das pessoas. E porque o caminho é no sentido de aumentar a conetividade e de aproveitar o que ela proporciona, considera que é pela investigação que virá a diferenciação das empresas? Não tenho dúvidas de que a Bosch é as suas ideias. Registamos 18 patentes por dia, a nível DEZEMRBO 2015
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mundial. Para o nosso projeto de inovação, que decorreu entre 2013 e 2015, tínhamos previsto registar dez patentes em Braga e registámos 12, que estão na fase de industrialização. Queremos inovar e desenvolver para depois fazermos os produtos nas nossas fábricas. É essa a minha ambição para o país. Portugal merece. Vivi muitos anos fora e os outros não fazem melhor do que nós. Além disso, temos muitas vantagens - e não falo em salários, porque não quero que Portugal seja conhecido como um país de salários baixos - mas temos uma legislação laboral que não é tão penalizante como em grande parte dos outros países da Europa, temos um ensino de qualidade (ao contrário do que se diz), talentos incríveis, colaboradores fantásticos, chefias que se adaptam, que se integram e que sabem viver nos países para onde vão. BRAGA QUER SER CENTRO DE COMPETÊNCIAS A Bosch tem, contudo, uma relação bastante forte com o ensino superior, nomeadamente, tentando ir buscar a capacidade e ideias destes jovens para concretizá-las, algo que não é muito comum. Acha que é por aí o caminho? Sim. Em Braga temos uma relação muito forte com a Universidade do Minho e o mesmo se pode dizer da unidade de Aveiro, que mantém uma relação com a universidade de Aveiro. Todos os dias temos professores, mestrados ou estudantes da universidade na nossa fábrica, a desenvolver projetos ou atividades em conjunto. O Reitor da universidade visita-me frequentemente e pergunta-me que outras disciplinas deviam ser incluídas nos cursos que dão para a nossa área de atividade. Portanto, a relação é absolutamente fantástica. Isto faz-se nos outros países, mas sei que isso não se fazia cá. Hoje, o mundo é outro, pelo menos naquilo que nos toca. As universidades estão viradas para as empresas. Sentimos que a universidade do Minho, tal como outras entidades com quem temos a mesma relação, está completamente aberta às nossas sugestões.
E considera que é essencial ter este sangue novo na empresa? Fazemos equipamentos como Head-Up Display, em que a pessoa já não precisa de olhar para o conta-rotações nem para o sistema de navegação, porque é tudo projetado na estrada. Temos displays em que o condutor vê de um lado o sistema de navegação e, do outro lado, o passageiro pode ir a ver um filme.
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Trata-se de tecnologia de ponta, algo que, cada vez mais, queremos fazer em Portugal. Estamos a falar de coisas que nem toda a gente faz e nós temos ideias para fazer muito mais do que isto…. São soluções de conetividade. Obviamente, dá-nos muito prazer estar nesta área, ainda mais porque prevê-se que esta área esteja muito forte nos próximos anos. As previsões de crescimento para Portugal têm a ver precisamente com a existência deste centro de competências da Bosch aqui em Braga? Sim. Durante muitos anos, Portugal foi considerado apenas como um local de manufatura. Desenvolvia-se em vários sítios e aqui produzia-se. Hoje, Portugal é um parceiro estratégico da Bosch. Passámos a fazer a inovação, a conceção, o desenvolvimento, a industrialização e a produção. Na inovação e no desenvolvimento temos muita ajuda das
“NINGUÉM VAI COLOCAR NO MERCADO UM CARRO AUTÓNOMO QUE POSSA TER UM ACIDENTE”
universidades, o que é excelente, mas a nossa equipa de desenvolvimento também cresceu e continuará a crescer. Neste momento, em Portugal temos cerca de 500 engenheiros a fazerem desenvolvimento nas três fábricas, mas penso que dentro de dois anos teremos o dobro, a fazer desenvolvimento puro. Estamos também a lutar muito para que alguns projetos de conetividade e de condução autónoma venham para Portugal. Quais são os sistemas? Não posso adiantar quais são os sistemas, mas trata-se realmente tecnologia de ponta ao último nível. Temos muitas pessoas a trabalhar nisso e há muita gente dentro da Bosch a querer que isso seja feito em Portugal. Já fizemos protótipos, que andaram nas ruas de Braga e no kartódromo com resultados absolutamente fantásticos. Contudo, neste momento, ainda há um problema legislativo, porque não há legislação para automóveis com condução autónoma. Esse vai ser um grande desafio, o da legislação e da atribuição de responsabilidades? Nos sistemas de condução autónoma a palavra-chave é a segurança, ou seja, até que ponto os veículos são seguros? Depois,
A BOSCH APOSTA FORTE NA INVESTIGAÇÃO. DIARIAMENTE SÃO REGISTADAS 18 PATENTES temos de tornar os sistemas totalmente imunes àquele que tem sido, até hoje, o problema a nível mundial, em que tudo o que é eletrónico e tem comunicação é uma porta aberta para outras pessoas entrarem e fazerem aquilo que não devem. Essa parte está a ser trabalhada, de maneira a que o sistema seja inviolável e seja 100% seguro.
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PERFIL Nascido em Candemil, Trás-os-Montes, com dez meses Carlos Ribas foi para África. O pai trabalhava para a ONU, pelo que a sua infância e juventude foi passada entre África, França e Bélgica. Campeão regional de salto em altura, foi voluntário, durante algum tempo, na fronteira do Zaire com o Ruanda, na altura dos grandes massacres. Formado em Engenharia Eletrónica, diz ter sido, desde sempre, “empurrado para a gestão”. Quando acabou o curso, foi trabalhar para a Yazuki, uma empresa sediada no Japão, onde viveu durante um ano. Passou também muito tempo na Ásia, nas Filipinas e Tailândia. Volvidos 15 anos, ingressou na Bosch, tendo já chefiado uma fábrica em França. Casado e com um filho de 24 anos, o gestor de 55 anos confessa que “tanto a nível pessoal como profissional tem sido um privilégio o facto de poder viver em tantos sítios, com pessoas e culturas tão diferentes”.
Mas, uma vez que não há interação humana, de quem é a responsabilidade em caso de uma falha? Porque os sistemas falham, os carros e os computadores também têm avarias… Não falha. Os aviões não caem sozinhos, só caem quando os atiram abaixo. Ninguém vai colocar no mercado um carro autónomo que possa ter um acidente, porque isso seria o fim da empresa que comercializasse o veículo. Os sistemas têm de ser de tal forma redundantes que o funcionamento de cada sistema vai ser por defeito. Têm de estar uma série de situações conjugadas para que o carro funcione, basta um ponto não estar bem que o carro já não anda ou para. Portanto, o acidente passa a ser praticamente impossível. As soluções já existem. A Bosch já tem carros com condução autónoma, a Google também e provavelmente outros concorrentes nossos também terão. Só que, neste momento, ninguém se arrisca a colocá-los no mercado, porque entende-se que não estão num nível de segurança suficientemente elevado e que a legislação não está desenvolvida para que se possa fazê-lo. Mas tenho a certeza que daqui por cinco ou sete anos vamos ter carros a andar sozinhos no mercado e, provavelmente, teremos camiões ainda mais cedo. Mas por esta via, não se poderá reduzir o número de carros em circulação, como apontam alguns estudos? Em França participei em várias sessões sobre o tema. A Mercedes tem exatamente a opinião contrária. Um carro hoje em dia é usado apenas cerca de 20% do tempo. Se tivermos car sharing o carro vai ser usado 70% do tempo. Com essa utilização, o carro vai ter um desgaste mais rápido e terá de ser substituído antes do que era habitual. Depois, como haverá muito mais gente a utilizar automóvel, vão ser necessários mais veículos. A tendência nunca vai ser para reduzir o número de veículos na estrada,
vai ser sempre para aumentar e retirar os mais usados mais rapidamente para serem substituídos por novos. Aliás, a Mercedes é um dos fabricantes de automóveis que está interessado em participar nesse tipo de projetos. INDÚSTRIA 4.0 É O FUTURO Falando dos fabricantes e porque uma das grandes vantagens dos automóveis mais modernos reside na telemática e na capacidade de os diferentes players receberem informações dos veículos e poderem comunicar com as pessoas, como se fará a gestão da informação? A Bosch participa num consórcio que está a tentar definir uma plataforma global. De qualquer forma e embora esta seja muito importante, hoje já há uma outra tendência: mais importante do que a base de gestão de dados que faça a distribuição da informação é o carro comunicar com os outros carros e saber, por exemplo, na aproximação a um cruzamento, que vem um carro do lado direito, para evitar um acidente. Tudo passa a comunicar com tudo, o que chamamos a indústria 4.0. Esse caminho já começou. A Bosch já está a produzir sensores que permitem isso e que estão a ser integrados nos veículos. É uma área que vai evoluir muito rapidamente, porque não é uma tecnologia cara. Claro que certas bases serão invioláveis - a da segurança, a de o condutor decidir para onde quer ir -, mas há uma enormidade de informação que o condutor só vai ter se quiser. As opções vão lá estar todas e será ele a selecionar a informação que quer receber.
E em termos de manutenção e reparação, existe a possibilidade de a informação ser disponibilizada para a marca apenas ou ir para uma central a que todos terão acesso para fazer uma oferta de serviços ao cliente final. Como será feita esta gestão? Isso tem a ver com legislação. Como indivíduo, posso não querer que a minha oficina saiba se o meu carro tem de fazer a revisão ou não. O fabricante do veículo não tem o direito de me dizer “está na altura de levar o carro à revisão”, apenas me pode propor a opção. Portanto, são serviços que se poderão oferecer, mas que só utilizará quem quiser.
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PROTAGONISTA
DE CORPO INTEIRO
É um apaixonado por automóveis? Sim, desde sempre. Visita regularmente oficinas? Atualmente não. Faz muitas viagens? Sim, ainda vou à Alemanha com regularidade, mas fazia mais quando estava na Yazaki. Qual a que mais recorda e porquê? Quando estive em África vivi no Zaire, atual República Democrática do Congo, e tinha uns 13 anos fiz uma viagem fantástica de jipe pelo interior. Foi uma experiência mágica. Lembro-me de chegar a um sítio, na linha do equador, à meia-noite e uma senhora estar a ler um livro na soleira da porta só com a luz do luar. Essa imagem ficou guardada. É fácil para si tomar decisões? Sim, prefiro tomar uma decisão errada do que não tomar nenhuma. Costuma decidir sozinho? Gosto de ter o poder da decisão, mas gosto de ouvir toda a gente. Considera-se um workaholic? A minha mulher diz que sim… [risos] Para mim, não é sacrifício nenhum vir trabalhar. Tem uma rotina ou cada dia é diferente? Tenho algumas rotinas, a hora a que entro e a que faço as minhas refeições, o não sair antes de determinada hora… Mas tenho outras coisas totalmente aleatórias. O que gosta de fazer nos seus tempos livres? Estar com a minha família, fazer desporto, viajar e… gosto muito de não fazer nada! Qual a característica que mais aprecia num colaborador? O verbo mais importante da língua portuguesa é o querer. Se eles quiserem, conseguem fazer tudo.
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Na área oficinal, existirá cada vez mais a necessidade de se apostar em formação e em tecnologia adequada para se poder trabalhar com este tipo de veículo. A Bosch está também na área da manutenção/ reparação. Como lidam com este desafio? Quem faz e quem executa a parte da definição dos equipamentos e dos processos tem de ter um conhecimento muito grande, mas quem vai utilizar os equipamentos praticamente não precisa de saber nada, porque o software estará integrado em tudo o que é componente no carro para levar a informação aos pontos de diagnóstico. O mecânico vai encaixar uma ficha de diagnóstico e olhar para um monitor que lhe vai dizer para mudar determinada peça e, fazendo isso, o carro está bom. A necessidade de conhecimento mecânico, de oficina antiga, vai desaparecer. O processo de reparação tornar-se-á, então, mais célere? O diagnóstico sim, a resolução dependerá dos stocks das empresas. Se a empresa tiver stocks, a reparação é na hora. De qualquer forma, tanto a Bosch Car Service como a Autocrew, que são os dois conceitos oficinais da Bosch em PT, têm um processo de formação contínuo. A Autocrew, por exemplo, já aplica formações e-learning. Adaptamos as ferramentas de formação e os conteúdos às necessidades e à evolução do mercado. E falamos de ferramentas a todos os níveis. O segredo estará na pessoa saber operar com o equipamento, de preferência da Bosch [risos], que vai fazer o diagnóstico. O mecânico que tinha de conhecer e saber ouvir o motor já não terá um papel tão relevante, porque o nosso sistema de diagnóstico vai dizer-lhe qual a peça a substituir. Portanto, o conceito de
“A NECESSIDADE DE CONHECIMENTO MECÂNICO, DE OFICINA ANTIGA, VAI DESAPARECER” mecânico e oficina irá mudar. Até porque, por exemplo, se um circuito impresso tiver um problema, já não se repara, porque os riscos de reparação da placa não compensam as avarias que se poderá causar no carro. E, enquanto fabricantes, isso é bom porque nos ajuda a melhorar a qualidade. No que diz respeito ao aftermarket, considera então que haverá uma maior tendência para a substituição do que para a reparação? Sem dúvida. Aliás, o tempo que demoraria a reparação não compensa em relação à substituição da peça, que acaba por sair mais barata e tem-se a garantia de que é nova. Como vê as empresas desta área em Portugal? Penso que não vão ter uma vida muito fácil, porque, felizmente ou infelizmente, os carros cada vez avariam menos. Depois, vamos ter dois extremos: existirá a garagem altamente profissional, em que, quando temos um problema, colocam um conector, fazem o diagnóstico, substituem a peça e o carro está pronto; e vai haver aquele que continua a ir ao “mecânico da esquina” porque acha que é mais barato, o que é errado. Vai passar horas à volta do motor para descobrir o que, no outro lado, se descobre em dez segundos. Acho que “o mecânico da esquina” terá muitos problemas em sobreviver.
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ACAP
Formação avançada para gestores do após-venda Só o conhecimento permite encarar de forma ganhadora os desafios que se perfilam perante o Aftermarket – é este o ponto de partida para o Programa Avançado de Gestão para o setor do Após-venda que vai ter lugar entre fevereiro e julho. TEXTO JÚLIO SANTOS
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uma iniciativa conjunta da Universidade Nova de Lisboa e da DPAI (Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP), vai decorrer entre fevereiro e julho o primeiro programa avançado de gestão para o setor do após-venda. O objetivo é acrescentar conhecimento aos gestores que operam nos diferentes setores do aftermarket português, estando o programa estruturado num total de nove módulos que incluem áreas fundamentais como as tendências e desafios do pós-venda, finanças, vendas, gestão de stocks ou gestão de recursos humanos. No total serão mais de 73 horas de partilha de conhecimento, com as sessões de trabalho a decorrerem à sexta-feira (manhã e tarde) e sábado (só de manhã), uma vez por mês. Os diferentes módulos estarão a cargo de especialistas nas diversas matérias, todos com ligações à Universidade Nova e em especial à Nova School Business Economics, já vista internacionalmente como um dos mais qualificados estabelecimento de ensino nas áreas da Economia, Finanças e Gestão. A coordenação, entretanto, está a cargo do Professor José Crespo Carvalho, ele próprio responsável pela atividade que visa ligar a academia ao mundo empresarial, o que é, só por si, garantia de um elevado nível do projeto. A este respeito, este catedrático salientou a importância do conhecimento, nomeadamente no que diz respeito àquelas que são as melhores práticas internacionais e o factor de sucesso das empresas de referência. “Na verdade, por vezes parece que tudo está bem e isso impede-nos de mudar, de ir mais além, quando, afinal, existem na indústria bolhas que são autênticas oportunidades. É isso que pretendemos: despertar a mudança; levar as pessoas a olhar novos desafios. É este um dos pontos de partida deste projeto, a par da certeza de que só o conhecimento é capaz de determinar o sucesso dos negócios” – sublinha Crespo Carvalho.
RINO
NOVO CENTRO NO SEIXAL A Rede Rino passou a contar, desde dia 21 de novembro, com mais um centro. Localizada em Fernão Ferro, no Seixal, a HAF – Centro de Manutenção Automóvel deu início à sua atividade sob a insígnia da Rino. A oficina está totalmente equipada e habilitada para prestar serviços em quatro áreas distintas: Mecânica geral, Climatização, Eletricidade e Pneus. De acordo com um comunicado do franchising, “esta oficina optou por aderir à Rede Rino desde o início da sua atividade, apostando nas mais-valias que a Rede proporciona ao nível dos serviços de marketing, compra de peças, especialização de negócio, formação, dinamização do negócio, apoio à gestão e apoio técnico”. Com esta nova adesão, a rede passa a contar com 35 centros de reparação espalhados um pouco por todo o país.
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Prémios Escolha do Consumidor
Controlauto e Glassdrive premiadas
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Controlauto e a Glassdrive foram premiadas com o selo Escolha do Consumidor, galardão que reconhece o nível de satisfação e aceitabilidade de produtos e serviços pelos seus atributos individuais junto de um painel de mais de 60 mil consumidores. A empresa do Grupo Brisa venceu a categoria Centros de Inspeção Automóvel e revelou que este prémio era o reconhecimento do
seu “investimento no capital humano da empresa e no desenvolvimento de serviços que valorizem o selfcare e a satisfação do cliente”. A especialista em vidro automóvel bateu a concorrência na categoria de Reparação e Substituição de Vidro Automóvel pela quarta vez consecutiva, o que é “motivo de grande orgulho para a marca, já que são poucas as que têm o privilégio de manter este estatuto por quatro anos consecutivos”.
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Filourém
ALECARPEÇAS
Marca Bremsi chega ao mercado
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Filourém iniciou a comercialização e a distribuição da gama de produtos de travagem Bremsi, reforçando a sua gama com o intuito de oferecer aos seus clientes um produto que corresponda aos mais elevados critérios de qualidade, diversidade e competitividade. A gama Bremsi conta com uma vasta oferta de pastilhas (calços), maxilas e avisadores de travão, cobrindo a maioria do parque automóvel europeu existente no nosso país e estando disponível para consulta e identificação nos catálogos TecDoc e TecKat.
LUÍS SIMÕES
NOVO CENTRO LOGÍSTICO NAS BALEARES A Luís Simões acaba de ampliar a rede de plataformas ibéricas com a abertura de um novo Centro de Operações Logísticas nas Ilhas Baleares – mais concretamente em Marratxi, a 18 quilómetros da capital de Palma de Maiorca –, aposta que dá continuidade à estratégia de crescimento da empresa lusa no mercado ibérico. A aposta da Luís Simões na abertura desta unidade regional permite à empresa reduzir em 24 horas o tempo de espera, por comparação com o registado anteriormente, através dos centros da Península Ibérica. Vitor Enes, diretor de Logística Ibérica da Luis Simões explica que “a abertura deste novo núcleo reforça o nosso posicionamento e reflete o trabalho que temos vindo a desenvolver
MALA BLUE-POINT EM ESTREIA
internamente para nos adaptarmos às necessidades dos nossos clientes. Para além disso, com este investimento ampliamos a nossa rede ibérica, o que nos consolida como o operador de referência ibérico”.
AUTOLOGIC ASSISTPLUS JÁ DISPONÍVEL
PRODUTOS VALEO EM CAMPANHA A Autozitânia lançou uma campanha para produtos Valeo. No âmbito desta ação promocional, iniciada no passado dia 19 de novembro, por cada aquisição de um alternador ou de um motor de arranque da marca Valeo é atribuído um cartão de combustível. Trata-se de um cartão Solred, da Repsol, carregado com o valor de cinco euros, a serem utilizados em combustível nos postos de abastecimento aderentes. De acordo com a empresa, “os alternadores e motores de arranque Valeo são produtos de reconhecida qualidade, aliando o amplo conhecimento em tecnologia e inovação da marca com a fiabilidade exigida nestes produtos”.
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A AleCarPeças lançou uma campanha para os componentes de travão da marca ATE. Desde 15 de novembro e até ao dia 30 de janeiro de 2016, numa compra única de um jogo de pastilhas de travão e de um jogo de discos de travão da marca ATE, será entregue ao cliente uma raspadinha, ganhando um prémio imediato. Entre as diversas ofertas a que o cliente se pode habilitar destacam-se: Xbox, tablets, iPods, máquinas fotográficas e máquinas fotográficas de ação. A ATE é a marca de travões premium da Continental e disponibiliza uma ampla gama de componentes para o sistema de travagem de veículos de diferentes segmentos. A marca acaba de ampliar a sua oferta, tendo introduzido no mercado 50 novas referências na linha de pastilhas ATE Ceramic.
LYNXPORT
IBEREQUIPE
AUTOZITÂNIA
CAMPANHA ATE EM MARCHA
A Iberequipe lançou no mercado nacional o novo Autologic AssistPlus. O equipamento de diagnóstico destaca-se pela velocidade até quatro vezes superior à dos anteriores dispositivos Autologic, permitindo fazer mais diagnósticos, mais rapidamente. Segundo a Iberequipe, o AssistPlus “detém algumas características únicas que irão dar às oficinas tudo o que precisam para diagnosticar e reparar automóveis, de uma forma rápida e rentável, utilizando uma combinação do software de diagnóstico associado às capacidades do Pass Through do fabricante”. Na lista de fabricantes incluídos constam a BMW, Land Rover, Jaguar, Mercedes-Benz, Volvo, Grupo VAG, Grupo PSA, Renault e Dacia..
O novo produto a chegar ao catálogo da Lynxport é a mala portátil da Blue-Point. Com três gavetas em aço que deslizam com facilidade, o modelo KRP183 é moldado por injeção e é rígido, potenciando a segurança das suas ferramentas. Além das gavetas, este modelo conta ainda com uma parte superior de grandes dimensões para acomodar as ferramentas maiores. Este novo produto impede o acesso às gavetas sempre que a tampa está fechada e ainda tem suporte para um cadeado, para maior segurança. Mais informações e preço em http://www. lynxport.com/pt/catalogo/geral/krp183/
ESCAPE FORTE
LINHA DE APOIO FAP/DPF GRATUITA A Escape Forte, empresa sediada na Maia e em Vila do Conde, criou uma linha de apoio especializada em FAP/DPF. Este serviço é de acesso gratuito, sendo disponibilizado a todas as oficinas que necessitem de ajuda ou feedback nesta área do setor da reparação automóvel. A iniciativa surge face à necessidade que o mercado tem de existirem oficinas e técnicos com conhecimento especializado na área. A Escape Forte disponibiliza a cada oficina uma identificação para aceder a este serviço.
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MG
CENTRO DE INSPEÇÃO EQUIPADO
Rodapeças
25 anos celebrados em festa
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Rodapeças celebra este ano o seu 25.º aniversário e, para comemorar a data, organizou um evento que reuniu mais de 150 pessoas. A empresa de distribuição de peças automóvel com sede no Carriço – Pombal, optou por dedicar a festa aos seus colaboradores e familiares, tendo, inclusive, distribuído alguns presentes. Paralelamente, os colaboradores ofereceram à gerência uma placa comemorativa do aniversário.
“A Rodapeças, este ano, recebeu o Prémio de PME Excelência e lançou o 1.º produto da marca exclusiva PADOR. Os desafios no nosso setor são enormes, mas contamos com todos aqueles que nos acompanham e defendem, diariamente, que são os nossos colaboradores, para os ultrapassar. Temos uma grande equipa e esta festa foi para ela” – afirmou Carlos Rosa, fundador da empresa.
LTINTAS
ANIVERSÁRIO CELEBRADO COM A SPIES HECKER A LTintas, empresa que opera no ramo das tintas decorativas e repintura automóvel, celebrou o seu primeiro anivesárioem cunjunto com a Spies Hecker, reconhecida empresa do ramo da repintura automóvel que faz parte da Axalta Coating Systems. O objetivo foi o de, em conjunto celebrar com os seus clientes de Beja, proporcionandolhes um jantar de comemoração deste ano de trabalho. O 1.º aniversário da LTintas decorreu num ambiente descontraído, onde os clientes puderam conviver e partilhar várias experiências.
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AUTOPARTS LOGISTIC
PESQUISA DE PEÇAS POR MATRÍCULA É NOVIDADE O serviço da AutoParts Logistic já permite a identificação de peças auto através da simples introdução da matrícula da viatura, passando assim a ser a primeira loja online de peças e acessórios para automóvel a disponibilizar esta funcionalidade ao consumidor final no mercado português. Esta é uma novidade do site da AutoParts que vem facilitar o trabalho de pesquisa por parte do utilizador daquele espaço na web.
A MG-Equipamentos e Serviços Auto, Lda equipou na íntegra o novo centro de inspeção “ITVP Inspeção de Veículos”. Com duas linhas de ligeiros e uma área de Categoria L, este centro localiza-se na Av. de Berlim, em Lisboa, e integra a lista de novos espaços resultantes de um recente concurso. A MG-Equipamentos e Serviços Auto, além de equipamentos oficinais, disponibiliza uma ampla oferta para centros de inspeção, desde linhas de ligeiros e pesados a categorias L e B. Entre os equipamentos que compõem o catálogo, destaque para os frenómetros, ripómetros, bancos de suspensões, detetores de folgas, analisadores de gases, opacímetros, regloscópios, entre outros.
BOSCH
25 ANOS EM BRAGA A Bosch celebra em 2015 25 anos de presença em Braga, depois de ter iniciado a sua atividade naquela cidade com o fabrico de autorrádios da marca Blaupunkt. Hoje em dia a marca é conhecida por produzir as mais modernas soluções multimédia para o mercado automóvel. Prova disso são os equipamentos de infotainment que são fabricados em território nacional, mais precisamente no pólo bracarense. Este espaço é o resultado de um investimento em novos valores por parte da Bosch, numa ação realizada em parceria com a Universidade do Minho, tendo sido já investidos 19 milhões de euros até meados do presente ano.
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REVISÃO
PME Líder
CONTINENTAL
MOURINHA PNEUS ADERE À CONTISERVICE
Múltiplos vencedores
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s empresas ATM, Filourém, Gonçalteam, Marcodiesel e Tecniverca foram distinguidas com o estatuto de PME Líder em 2015. Este título é atribuído anualmente pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação), em parceria com a Banca e o Turismo de Portugal, e tem como objetivo destacar as pequenas e médias empresas com desempenhos superiores em termos de gestão. No seguimento da atribuição do estatuto de PME Líder, a Tecniverca afirmou em comunicado à imprensa que é “um prazer poder reconhecer publicamente o sucesso da estratégia empresarial e a importância do
contributo da Tecniverca para a economia nacional”. “Agradecemos aos nossos clientes e fornecedores”, sublinha a empresa em comunicado, indicando que sem a colaboração dos mesmos “não seria possível atingir esta distinção”.
A Continental adicionou mais uma unidade à sua rede de parceiros ContiService, numa política de expansão cujo objetivo é atingir os 80 pontos de venda num prazo de cinco anos. A nova empresa da rede é a Mourinha Pneus, de Portimão, e Armando Barradas, seu responsável, destacou, na abertura, a vontade de “fidelizar os nossos atuais clientes e conquistar outros”. Barradas continuou afirmando a necessidade de “prestar um serviço de excelência e personalizado à medida das necessidades dos nossos clientes para nos diferenciarmos e destacarmos no mercado extremamente competitivo como é este onde atuamos”.
Veneporte
Nova gama de filtros de partículas diesel A Veneporte apresentou a sua gama de filtros de partículas diesel. O objetivo da empresa, de acordo com o CEO, Abílio Cardoso, é oferecer toda a gama de componentes associados ao sistema de emissões a todos os distribuidores/clientes da marca. A gama de produtos agora lançada é não só resultado de um trabalho de pesquisa e desenvolvimento da equipa técnica da Veneporte, mas também fruto da interação com clientes OEM/ OES.
“Todas as referências serão homologadas de acordo com as diretivas comunitárias associadas ao nível e controlo das emissões. A Veneporte continuará a pautar-se pelas boas práticas e contribuirá para combater o elevado número de práticas não legais nesta matéria. O nosso compromisso é claramente contribuir para a oferta no mercado de produtos que contribuirão positivamente para uma melhoria da qualidade do ar e de vida”, afirma Abílio Cardoso.
FIRST STOP E WÜRTH
PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO EM GASES FLORADOS A recente obrigatoriedade de cada oficina que trabalha com os gases de ar condicionado florado ter um técnico devidamente credenciado para trabalhar com esses produtos levou a que a First Stop Portugal, numa parceria com a Würth, apresentasse um programa de certificação para esses técnicos. A First Stop aposta desta forma na formação técnica dos funcionários, sendo esta medida gratuita para as partes envolvidas.
RANGEL
SERVIÇO DIRETO DE VIATURAS
ERRATA Na edição 42 da Turbo Oficina, na página 34, onde se lê “Sunglan Securit” deve ler-se “Saint-Gobain Sekurit”; onde se lê “Pluquinton” deve ler-se “Pilkington”; e, onde se lê “AJC” deve ler-se “AGC”. Lamentamos o sucedido e pedimos desculpa às empresas visadas por esta falha.
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A Rangel disponibiliza um serviço direto de viaturas com entrega porta a porta, baseado no fator tempo. Disponível para envios para qualquer ponto da Europa – de e para Portugal, de e para Espanha ou de e para os restantes países europeus – este serviço disponibiliza um serviço com um acompanhamento e a garantia de um preço fixo por quilómetro percorrido, referente à viagem da mercadoria desde a origem até ao seu destino final. À disposição é colocado sempre um motorista e uma viatura com uma capacidade garantida de 12 m3 e um peso máximo de 1200 kg.
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ESPECIALISTA
Ultimate Cell
As virtudes do hidrogénio Numa altura em que as emissões estão na ordem do dia, a TURBO OFICINA ensaiou um dispositivo que promete reduzir o consumo e consequentemente as emissões desde o CO2 até aos NOx passando pelas partículas… TEXTO MARCO ANTÓNIO FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO METROLOGIA MIGUEL GOMES
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esenvolvido por uma empresa portuguesa, a “Ultimate Cell” é um dispositivo que otimiza o processo de combustão dos motores a gasolina e diesel, podendo também ser utilizado em motores preparados para trabalhar com GPL. Face aos resultados anunciados e certificados por várias entidades, nomeadamente pelo Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e pela Câmara Municipal de Lisboa que perante certificado emanado pela empresa instaladora autoriza que carros com matrículas anteriores ao ano 2000 possam transitar na zona de emissões reduzidas! Esta é uma vantagem importante tendo em conta a idade média avançada do nosso parque automóvel. Foi precisamente num veículo desses, mais concretamente num Nissan Patrol GR de 1998 que montámos este dispositivo e fizemos
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os primeiros testes. Antes porém tivemos de avaliar o consumo exato utilizando um trajeto padronizado que nos levou de Lisboa a Évora e vice-versa para sabermos exatamente quantas unidades teriam de ser montadas, uma vez que cada célula processa no limite 15 l/100 km. Como o consumo médio foi de 16,9 l/100 km tivemos de montar duas células, o que foi feito logo após o primeiro ensaio ao consumo. O processo de avaliação do consumo foi muito simples e consistiu em atestar o depósito antes e depois sempre na mesma estação de serviço, na mesma bomba e pela mesma pessoa. Uma vez montadas as duas células entre o filtro de ar e o turbo com uma ligação à bateria procedemos novamente ao mesmo teste de consumo, percorrendo os mesmos 290 quilómetros. Dado tratar-se do primeiro depósito registamos uma redução de 4 por cento no consumo, um valor
considerado normal nos primeiros momentos, mas que pode subir até entre os 15 e 26 por cento em condições ideais de funcionamento do motor. Em contrapartida notámos uma maior disponibilidade de binário nos regimes intermédios, a que corresponde um funcionamento mais suave. Normalmente instalada no compartimento do motor, a “Ultimate Cell” é alimentada diretamente dos 12 volts ou 24 volts da bateria do veículo. Graças ao módulo eletrónico integrado na parte lateral do dispositivo, a célula apenas se liga quando o motor está a trabalhar de forma a evitar o consumo desnecessário de corrente e consequente produção de moléculas de hidrogénio a partir da eletrólise controlada eletronicamente. Estas são depois introduzidas no sistema de alimentação do motor, mais concretamente logo a seguir ao filtro de ar e antes do turbo.
IDEIA SIMPLES Descoberto em 1766 por Cavendish, o hidrogénio é o primeiro elemento da tabela periódica de Mendelev, por isso o seu átomo tem a forma mais simples (sendo formado por um eletrão que gira em redor de um protão). Esta é a principal razão pela qual não existe no estado livre na natureza apesar de ser um elemento chave do novo paradigma energético. A forma mais simples e conhecida de obter hidrogénio é por via da eletrólise da água, um processo químico que todos nós aprendemos na escola e que consiste na passagem de uma corrente elétrica entre dois elétrodos através da água, que se decompõe em hidrogénio e oxigénio. É este o princípio de funcionamento da Ultimate Cell usada para otimizar a combustão dos motores convencionais, sejam eles a gasolina, gasóleo ou GPL! Para além do custo inicial, que ronda os 350 euros por cada célula mais uma hora de mão-de-obra, a manutenção é bastante barata uma vez que o eletrólito dura cerca de 70 mil quilómetros, o que corresponde grosso modo a 2000 horas de utilização. Uma luz vermelha indica-nos a altura em que devemos repor o eletrólito.
Nas medições efetuadas foi utilizado o percurso Lisboa-Évora
No nosso teste registámos uma redução de 4% no consumo de combustível
Neste caso, o hidrogénio produzido desta forma tão simples e amplamente conhecida funciona como catalisador no interior do motor melhorando o ciclo termodinâmico (Otto no caso do motor a gasolina, Diesel no caso de um motor a gasóleo), que como se sabe têm caraterísticas diferentes. Assim quanto mais completa for a combustão menor é o consumo e melhores são as emissões, nomeadamente do NOx, uma vez que a introdução do hidrogénio nessa fase permite reduzir a taxa de libertação de calor na sequência da detonação da mistura ar-combustível ao minimizar o arrefecimento rápido causador da formação de NOx especialmente nos motores diesel que trabalham com taxas de compressão mais elevadas. Neste caso o hidrogénio contribui para que haja uma queda de temperatura mais suave após a combustão ajudando nessa
missão a válvula EGR que como sabemos tem a função de redirecionar os gases de escape, novamente para dentro do cilindro. Como os gases de escape são inertes e contêm bastante CO2 conseguem não só reduzir a temperatura como suavizar o arrefecimento. Neste caso o hidrogénio introduzido na admissão dá uma ajuda, reduz em cerca de 5 graus a temperatura na cabeça do motor e dai a natural redução
COM A ULTIMATE CELL, A REDUÇÃO DE CONSUMO PODE CHEGAR AOS 26%
do óxidos de nitrogénio, ainda que após este primeiro ensaio não tivéssemos feito uma avaliação rigorosa do contributo que a “Ultimate Cell” nesta matéria. Sabemos no entanto que não basta a válvula EGR para conseguirmos reduzir o NOX para os valores que as normas mais recentes exigem, por isso todas as ajudas conta. Outra vantagem é a redução das partículas e essas conforme nos foi dito têm uma redução significativa de acordo com os testes feitos pela SIMA, o centro de inspeções que faz esse tipo de testes utilizado equipamento específico da MAHA. Face à redução de 4 por cento obtida no primeiro teste, vamos continuar a monitorizar os resultados nomeadamente verificar o aumento do binário nos baixos e médios regimes. A acontecer vamos com certeza notar uma redução da utilização da caixa de velocidades. DEZEMBRO 2015
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Peças recondicionadas
Reciclar, Reconstruir, Rentabilizar Aposta de marcas e de independentes, o negócio de recondicionamento de peças é pleno de vantagens, beneficiando não apenas o meio ambiente mas as carteiras de todos os intervenientes. TEXTO JOSÉ MACÁRIO
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ma das grandes tendências do momento no aftermarket é o recondicionamento de peças para automóvel. Os argumentos são variados, nomeadamente o ambiental, uma vez que esta solução oferece, de facto, vantagens neste particular, reduzindo os desperdícios gerados pelas oficinas na altura de trocar um componente. Mas o argumento económico também ganha considerável peso, nomeadamente numa altura de maior
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contenção como a que atualmente (ainda) se vive, até porque os clientes conseguem encontrar nas peças recondicionadas uma alternativa com a mesma qualidade que uma peça nova, com um custo significativamente mais baixo, que pode chegar aos 50%. A gama de peças que são recondicionadas tem-se alargado ao longo do tempo e atualmente podemos encontrar no mercado motores, caixas de velocidades, eixos, transmissões, filtros, componentes elétricos e de injeção,
isto para mencionar apenas alguns, estando estas peças disponíveis para veículos ligeiros, comerciais e também pesados. APOSTA DE MARCA As marcas não estão alheias a esta vertente do negócio. Como nos informa a Mercedes, qualquer peça original usada que seja recondicionada pela marca “reveste-se de uma enorme redução do investimento na produção de uma peça nova original”. Esta
Todos os visados concordam que o recondicionamento deve ser feito por profissionais e usando componentes originais
original”. No entanto a casa de Wolfsburgo ressalva que este tipo de peças se dirige mais a viaturas com entre 5 e10 anos, ainda que a sua utilização permita ao cliente “manter a sua viatura com peças da marca em vez de recorrer a fabricantes alternativos”. No entender da marca – que comercializa cerca de 16 000 referências de peças recondicionadas –, tal potencia a manutenção “das características e comportamentos originais”, bem como permite “também poupar o ambiente através do uso de materiais recicláveis e do consumo equilibrado de energia em substituição dos processos de fabricação convencionais”.
marca sublinha também a componente ambiental deste negócio, uma vez que o recondicionamento de peças contribui “para a conservação das matérias-primas, para a redução das emissões de CO2 e do consumo de energia”. A crescente aposta da marca alemã nas peças recondicionadas “é o reflexo do crescimento contínuo do volume de faturação em torno desta área de negócio e também da percentagem do mesmo no nosso volume total de peças”, que já é “muito significativo”. Para a Opel, a grande mais-valia na utilização de peças recondicionadas é também o preço, que a marca também faz refletir no que o cliente terá de pagar, com descontos que podem chegar “aos 50%”. A Volkswagen alinha pelo mesmo diapasão, afirmando que a grande vantagem é “naturalmente o preço (…) em média cerca de 40% [inferior] comparativamente à peça
O BINÓMIO PREÇO/GARANTIA É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DAS PEÇAS RECONDICIONADAS
ALTERNATIVA PARA INDEPENDENTES Caso o cliente não pretenda optar pelas peças recondicionadas de marca, a escolha é vasta, sendo várias as empresas nacionais que se dedicam a esta área de negócio. Uma delas é a B-Parts, que vê nesta atividade um complemento à oferta de mais de 35 000 produtos reutilizáveis e oferece atualmente motores, caixas de velocidades e turbos. A Eurotransmissão, especialista na reconstrução de caixas automáticas, complementa a sua atividade com a venda dos componentes para quem pretende realizar reparações e manutenção, além de oferecer um gabinete de apoio técnico, através do site ou por telefone, para ajudar no diagnóstico dos problemas com este componente. De acordo com o seu responsável, existe muita procura para estes produtos por parte dos clientes e “até as próprias marcas deixam de ter, em alguns componentes, peças novas, apenas as reconstruídas”. Para esta empresa, a procura, “no que respeita às caixas automáticas, já não passa muitas vezes pelo componente novo, até porque estas custam o dobro de uma reconstruída”. O preço é fator chave na hora de optar por uma peça nova ou recondicionada e todas as empresas o revelam de uma forma ou de outra. Também para a Interescape, que além da reconstrução oferece ainda filtros de partículas novos, esta solução “tem a
TRABALHO DE CASA Das empresas contactadas pela TURBO OFICINA, a maioria realiza fora de portas a reconstrução das peças que vende. As marcas têm uma forte razão para o fazer – os centros dedicados a tal função e a centralização destes processos –, mas além de Mercedes, Opel e Volkswagen, também a B-Parts e a Merpeças realizam no estrangeiro o recondicionamento das peças que têm em stock. A mesma solução foi ainda encontrada pela Pro4Matic, que justifica esta opção com a necessidade de “utilização de maquinaria especializada e de realização de testes de conformidade muito incisivos”. Ao contrário, há três empresas que optam por realizar as reconstruções em sede própria. A Eurotransmissão nas suas instalações em Braga, a Interescape na sua unidade de Vila do Conde e a Sparkes & Sparkes em Agrela – Santo Tirso, tendo uma equipa de especialistas dedicada a esta tarefa, “o que lhes permite ter uma grande especialização e uma grande experiência”.
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Se o trabalho de recondicionamento for realizado de acordo com as especificações do fabricante, as peças serão virtualmente iguais a uma nova
vantagem de ter a mesma garantia de uma peça nova, com um custo muito menor, mantendo, também, as mesmas características das peças originais”. Por seu turno, a Merpeças, que comercializa “99% de peças novas”, levanta a questão do stock de peças recondicionadas, afirmando que quem o faz pode acabar por pagar mais do que por uma peça nova, “devido ao facto de termos de pagar à cabeça e este valor só ser devolvido cerca de um mês depois de concluir a venda”. Especialistas em suspensões pneumáticas, a Pro4Matic comercializa tanto suspensões novas como reconstruídas. A opção pela reconstrução apoia-se numa lógica ambiental, de reciclagem, pois existem peças que não têm desgaste e podem ser revitalizadas, “mas também por motivos comerciais, uma vez que esta opção é mais económica que a compra de novo”. Advogando pelas peças reconstruídas, a Sparkes & Sparkes relembra que, além da componente ambiental, a reconstrução de peças permite “a resolução preventiva de problemas conhecidos das peças originais”, o que pode acabar por tornar o equipamento reconstruído “mais fiável do que o novo”.
Como afirma Diamantino Costa, da Sparkes & Sparkes, as peças recondicionadas podem mesmo ser mais fiáveis que uma nova
NEGÓCIO A CRESCER Apenas uma das empresas contactadas pela TURBO OFICINA observa um crescimento na venda de peças novas face às recondicionadas: a Pro4Matic. Esta empresa, que tem nas peças reconstruídas 70% do seu volume de negócios, revela que “o novo ganhou terreno face ao reconstruído”. Para
AINDA HÁ EMPRESAS QUE NÃO OFERECEM DOIS ANOS DE GARANTIA NA COMPRA DE UMA PEÇA RECONDICIONADA
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Nuno Durão, diretor-geral da empresa, tal deve-se “à atual proximidade de preço entre as duas propostas, o que é decisivo na altura da compra”. Já as restantes empresas contactadas asseguram que a peça recondicionada vende cada vez mais. Miguel Oliveira, da Eurotransmissão, explica esta tendência pelas “condições económicas adversas”, mas também “pela necessidade das empresas terem mais serviços e crescerem”. O clima económico também é referido por Diamantino Costa, da Sparkes & Sparkes, como fator de opção pelas peças reconstruídas, mas este responsável adverte para que este mesmo fator possa ser dissuasivo na altura de trocar um componente avariado, uma vez que é possível que o cliente, “exatamente pelo mesmo motivo, opte por ir à sucata e comprar uma peça usada, em segunda mão”, sem qualquer garantia. INDIFERENCIADAS Um dos grandes entraves à aquisição de peças recondicionadas é o receio acerca da diferença de q ualidade que possa existir entre as peças novas e as reconstruídas. Mas todos os inquiridos revelam que a realidade é que as diferenças entre estes dois componentes são nulas, desde que estes sejam reconstruídos de acordo com as normas técnicas dos fabricantes originais. De acordo com a Volkswagen, o processo de recondicionamento, na sua essência, corresponde à troca de peças de desgaste (como, por exemplo, rolamentos, entre outras) por peças novas, que repõem a sua condição
original. A isto a B-Parts acrescenta a revisão “minuciosa” de todo o material que não é substituído, para garantir a maior qualidade possível. É com este foco na qualidade que, na maioria dos casos, a garantia oferecida a estas peças é igual à das originais: dois anos. Tal acontece com todas as marcas contactadas, mas também com alguns recondicionadores independentes, como é o caso da Merpeças ou da Sparkes & Sparkes. Apesar disso, no caso da B-Parts e da Eurotransmissão, a garantia oferecida é de apenas um ano. No caso da B-Parts, tal acontece porque esta é a garantia oferecida pelo parceiro a que recorrem para as reconstruções. A Eurotransmissão refere uma situação semelhante para não alargar o prazo de garantia, uma vez que os seus fornecedores não lhes oferecem prazos maiores. SOLUÇÃO ACERTADA De todos os argumentos apresentados retira--se a conclusão de que esta solução é boa para as oficinas, pois podem desta forma adquirir um produto em tudo semelhante ao novo, “recondicionado com peças originais e seguindo padrões de qualidade exigentes” – PUBLICIDADE
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OPEL TELEFONE 808 200 700 E.MAIL opel.portugal@gm.com
como afirma a Opel – e a uma fração do preço. Esta vantagem pode ser passada diretamente para o cliente, fidelizando-o, objetivo que também será alcançado pela elevada qualidade oferecida, pois, como adianta a Sparkes & Sparkes, “é impossível ao condutor perceber a diferença entre as nossas caixas e as novas”. Torna-se, assim, evidente, que a aposta no
PRO4MATIC TELEFONE 239 010 065 E.MAIL info@pro4matic.com SPARKES & SPARKES TELEFONE 229 685 416 E.MAIL geral@sparkes.com VOLKSWAGEN TELEFONE 808 30 89 89 E.MAIL apoio.clientes@siva.pt
binómio custo/benefício será crucial para justificar a opção por este tipo de peças, sendo que uma garantia de dois anos é muito importante por ser igual à de uma peça nova, o que poderá ser uma forma de desmistificar as diferenças de qualidade entre ambas. Tudo para que o cliente consiga tranquilizar-se em relação às reparações efetuadas.
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Standox celebra este ano o seu 60.º aniversário e, com o intuito de comemorar a efeméride, lançou um website comemorativo – disponível no endereço www.standox.com/60 –, onde examina o desenvolvimento das tintas para a repintura automóvel e apresenta as inovações que tornaram a Standox uma das marcas mais conceituadas no universo da repintura automóvel. Para manter esta posição, a empresa continua a apostar no desenvolvimento de produtos que respondam aos novos requisitos de mercado. Prova disso é a nova gama de bases de mistura de efeitos especiais que a marca desenvolveu para ajudar os seus clientes a obter a precisão de cor e a correspondência de efeito das novas cores especiais OEM. “Através do desenvolvimento de bases de mistura especiais a Standox oferece às oficinas profissionais todos os elementos necessários para atingir excelentes resultados, mesmo quando se trata de pintar cores OEM invulgares”, explica a empresa. Já com 35 locais de produção global, este ano o grupo iniciará uma nova linha de produção de tintas aquosas em Wuppertal.
Standox
Há 60 anos a inovar na repintura automóvel Marca de repintura da Axalta Coating Systems comemora 60 anos e lança no mercado uma nova gama de corantes de precisão. TEXTO ANDREIA AMARAL
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FOCO NO PRODUTO E NO CLIENTE De resto, a inovação sempre fez parte do ADN desta empresa, cuja génese se relaciona com o desenvolvimento de um novo verniz de resina sintética, lançando no mercado o nome: Stand, proveniente de Standoil, e ox de oxidante. O slogan “A Standox fiel ao original” tornou-se a marca registada e a missão da empresa. “A estreita colaboração com parceiros comerciais e oficinas – ainda hoje uma peça fundamental da filosofia da marca – garantiu à Standox uma participação crescente no mercado europeu”, avança a empresa. Colaborando de forma estreita com formadores internacionais e gestores de produto, desenvolveu diversas soluções pioneiras. “Vale a pena mencionar, por exemplo, a base metalizada bicamada, o processo de esbatimento, a repintura num processo de etapa única (One Visit Application) e a Linha Exclusiva”, bem como, já numa fase posterior, “os sistemas de base bicamada aquosa, ambientalmente responsáveis: O Standohyd (1994) e o altamente desenvolvido Standoblue, que são hoje utilizados diariamente por milhares de oficinas profissionais em todo o mundo”. Para a Standox, também “o foco consistente nas necessidades dos clientes foi fundamental para o crescimento da marca”. Com base na identificação deste pilar, a empresa desenvolveu um conjunto de produtos auxiliares às oficinas, oferecendo hoje seminários sobre pintura especializada e cursos de formação a pintores e proprietários de oficinas no seu Centro de Formação de Wuppertal.
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Nexus
A ascenção meteórica do N! O Grupo Nexus é o mais recente player mundial no setor do aftermarket, registando uma sua ascenção meteórica. Em 2014 a faturação foi de 3,3 mil milhões e para este ano a previsão aponta para sete mil milhões. Estaremos perante o líder mundial do aftermarket? TEXTO JOSÉ MACÁRIO
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KNOW-HOW NEXUS PARA AS OFICINAS O Grupo Nexus desenvolve atualmente em Espanha e França a fase piloto da implementação de duas redes oficinais, a NexusAuto e a NexusTruck, a primeira dirigida aos veículos ligeiros e a segunda aos pesados. Foram já identificadas 300 localizações para a sua implementação, que decorre conforme o plano previsto. A NexusAuto é um conceito internacional de oficina de mecânica rápida, que visa criar sinergias entre as oficinas e os distribuidores, peça fundamental para o aumento da fidelização de clientes. Quanto à NexusTruck a estratégia e objetivos são muito semelhantes, mas o foco é, naturalmente, a manutenção de camiões, reboques e veículos comerciais. De salientar que alguns dos parceiros que integram a rede NexusTruck têm já uma presença forte em países como a Arábia Saudita, Argélia, Espanha, Grécia, Jordânia, Marrocos e Polónia.
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ançado em fevereiro de 2014, o Grupo Nexus assume-se como uma aliança mundial de empresas de distribuição de componentes para aftermarket, com um cariz inovador e orientado para o valor. A sua expansão tem sido surpreendente. O grupo cresceu dos nove membros originais para mais de 45 empresas parceiras no final de outubro deste ano, acreditando os seus responsáveis que atingirão a meia centena até ao final do ano. O Grupo é detido por 14 empresas e conta
com um total de 281 grupos independentes de distribuidores, quatro dos quais em Portugal: Bragalis, Cosimpor, Krautli e Soulima. A implantação geográfica também teve uma evolução importante, estando o grupo presente, atualmente, em 67 países de quatro continentes. De salientar, também, que o Grupo Nexus foi determinante para o surgimento recente de três megaorganizações (Turquia, Itália e Russia), elas próprias membros integrantes da Nexus Automotive.
Testemunho desta implantação a um ritmo vertiginoso é a faturação superior a três mil milhões de euros no final de 2014, valor que no final deste ano de 2015 ascenderá a sete mil milhões de euros. COMO TUDO FUNCIONA Com escritórios em Genebra, Paris, São Paulo, Joanesburgo e Dubai, o Grupo Nexus cobre os mercados europeu, do Médio Oriente, sul-africano, da Ásia-Pacífico e americano, operando como um facilitador de compras
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O MUNDO NEXUS EM OUTUBRO DE 2015 Ásia-Pacífico
América Latina
105 M€
320 M€ Médio Oriente
440 M€
Europa Ocidental
2060 M€
África
703 M€
MARCA PRÓPRIA GERA POUPANÇAS
Europa de Leste
1082 M€ América do Norte
2000 M€ para os seus parceiros, assim como fornecedor de serviços. A N! estabelece contratos globais de fornecimento com alguns dos maiores fabricantes mundiais de componentes, como Bosch, Delphi, Monroe, TRW, Valeo ou a portuguesa Veneporte, que contactam diretamente com os distribuidores. Este acesso privilegiado traduz-se num poder de negociação combinado, garantindo, assim, melhores
preços para os operadores (parceiros) nos diferentes mercados. A Nexus assegura, ainda, apoio nas negociações estratégicas e bónus internacionais, a que se juntam iniciativas de formação. É o caso da N! Academy, um projeto de formação para os membros do grupo que começará a ser implementado durante 2016 e que tem como objetivo a garantia das melhores práticas em todas as empresas que compõem o grupo.
Apresentada em Portugal no Congresso do Grupo Serca, mas ainda não disponível para o nosso mercado, a Drive+ é a marca própria de produtos do Grupo Nexus. Fornecedores homologados da Nexus têm a seu cargo o abastecimento de uma gama completa de produtos a preço competitivo, com presença no TecDoc, sendo condição imprescindível a capacidade para dar resposta logística a pedidos pequenos. Para já o “cesto” de produtos disponíveis comporta discos e pastilhas de travão, rolamentos e elevadores de vidros, mas estão em estudos novas gamas de componentes, como embraiagens, baterias, amortecedores, bombas de água e sensores TPMS. O objetivo é alcançar preços que traduzam poupanças “da ordem dos dois dígitos”, conforme referem responsáveis da Nexus.
BRAGALIS: CERTEZA DE BONS RESULTADOS Para melhor perceber a importância que o Grupo Nexus tem no nosso país, procurámos saber junto dos seus sócios lusos qual o balanço que fazem desta nova parceria, que tem pouco mais de um ano. De entre todas as empresas contactadas, apenas a Bragalis acedeu a responder às nossas questões, através de José Alberto, seu diretorgeral. Alberto esclareceu que a ligação da empresa ao Grupo Nexus surge através da associação celebrada com o Grupo Serca, uma parceria que “surge naturalmente pela necessidade de internacionalização da empresa, acesso a novos produtos, marcas, serviços e experiências, aproveitando o que já está feito em todas estas áreas e dando o nosso contributo para o seu
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desenvolvimento e otimização”. Desta associação resulta “um caminho comum, com objetivos, visões e estratégias devidamente delineadas e consolidadas em conjunto”, o que leva a que não haja “qualquer incompatibilidade de projetos”. Revelando que ainda é cedo para balanços, José Alberto adianta que esta é “uma parceria no seu início, com algum trabalho já feito
e muito pela frente”. Mas ressalva o empenho na colaboração com as duas entidades e a “certeza de muito bons resultados nestas associações”, que deverão decorrer das mais-valias conseguidas, mas também do trabalho que está a ser desenvolvido para “potenciar tudo que temos ao nosso alcance na Serca/Nexus”. Para o futuro, a Bragalis vê que esta associação com um player
mundial como a Nexus será útil para “modernizar, consolidar, aumentar negócio e abrir novos horizontes e valências do negócio do aftermarket”, pois tais são as bases de todas as empresas envolvidas. Quanto ao projeto Drive+, José Alberto afirma que o mercado luso acolhe bem as marcas de cariz económico: “A nossa sociedade está formatada com consumidores do melhor que há e com os que procuram relação qualidade/preço”. Esta divisão foi algo que a Bragalis já entendeu “há muito tempo” e por isso tem no seu portfólio “marcas de prestígio e de equipamento OE e outras para satisfazer o mercado que faz ‘contas’ quando leva a viatura à reparação. Esta associação é uma mais-valia para a nossa empresa”.
EM MENOS DE DOIS ANOS, A NEXUS CRESCEU DE NOVE PARA MAIS DE 45 EMPRESAS PARCEIRAS EUROPA LIDERA… PARA JÁ A fatia de leão da faturação do Grupo Nexus pertence, por agora, ao mercado europeu, onde se concentram 47% do volume de negócios deste grupo. O segundo lugar cabe ao mercado norte-americano, onde a empresa opera atualmente através da Automotive Distribution Network. O peso deste mercado faz com que existam planos de expansão para esta zona do globo, estando em curso o estabelecimento da Nexus Automotive North America que deverá ser responsável por uma faturação de 3000 M€ até ao final de 2016. Quanto à América Latina o foco de expansão está em países como o Chile, a Colômbia, o Peru eo Uruguai, que deverão formar, em conjunto com a Argentina e o Brasil, a
São muitas as insígnias que compõem a constelação Nexus: até agora, 281 distribuidores independentes
Nexus Automotive Latin America durante o próximo ano. Com os mercados africano e europeu consolidados e amadurecidos, as atenções do grupo Nexus viram-se para a região Ásia-Pacífico, que atualmente vale apenas 2% do total de faturação. Aqui a N! espera alcançar 25 membros até ao final de 2016, devendo mais de 20 provir do mercado chinês, principal foco da estratégia da Nexus para o futuro.
De tal maneira que a China é alvo de um projeto próprio de expansão, sendo objetivo a aglutinação de um grupo vasto de operadores que atualmente operam de forma desconexa. Através das redes de oficinas e em conjunto com entre cinco e sete fabricantes OE não competidores, a Nexus pretende implementar na China um modelo de negócio assente em quatro pilares: marketing, formação, imagem de marca e base de dados técnica.
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Lluis Tarrés
“Estamos na moda em Portugal” As empresas portuguesas que aderiram ao projeto Nexus fizeram-no através do Grupo Serca. Lluis Tarrés, Conselheiro delegado do grupo, refere que em Portugal há muitos interessados em integrar o grupo. TEXTO JUAN JOSÉ ROMERO TALLERES EN COMUNICACIÓN
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epois do congresso, no Porto, falámos com Lluis Tarrés, conselheiro delegado do Grupo Serca, sobre os próximos passos do grupo em Portugal e como os três sócios lusos do projeto – Krautli Portugal, Bragalis e Soulima – se integraram na dinâmica do Grupo Serca. Qual o papel do Serca no projeto ibérico, existindo já a IDAP e a Nexus para o crescimento multinacional do Grupo? Se é verdade que temos a plataforma IDAP, através da qual o Serca pode crescer a uma escala internacional em termos de volume, também é certo que em Espanha este é um grupo bastante maduro, onde os sócios trabalham bem e onde as províncias estão, de forma geral, bem cobertas e distribuídas de forma igualitária. E na hora de crescer é complicado incorporar novos sócios, porque há que respeitar as zonas, ver se o sócio daquela zona é capaz de desenvolver o seu negócio ali… Em Espanha, trabalharemos mais no sentido de aumentar a cobertura e penetração nos mercados, bem como a presença nas capitais de província. E se o Serca quiser crescer pode fazêlo através do IDAP, mas também através de Portugal, que nos oferece boas oportunidades e onde estamos a crescer. Qual é a situação do Serca em Portugal? Em Portugal faturamos, atualmente, 40 milhões de euros, somos o principal grupo em termos de faturação. E isto tendo em conta que começámos a operar em Portugal há pouco mais de um ano, em setembro de 2014. Na altura de abordarmos este mercado focámo-nos nos importadores, nos que têm stock de marcas premium. Com a Krautli Portugal, a Bragalis, a Soulima e a Cosimpor (que já estava connosco), conseguimos cobrir o mercado português. Agora, para crescer mais, devemos focar-nos
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na distribuição, como acontece no Serca. E é isso que nos propomos a fazer. Os sócios do Serca em Portugal compreenderam a filosofia do Grupo? Sim, há um ano os sócios portugueses tinham alguma dificuldade em pensar como grupo. Desde a primeira reunião que tivemos com eles até à que ocorreu antes do congresso do Porto a sua perceção de estar num grupo, de colaborar e de criar sinergias mudou radicalmente e é agora enorme. Por isso estamos a analisar com eles as bases do que queremos construir, definindo, ao mesmo tempo, como vai ser o Serca em Portugal. Depois veremos que distribuidores adicionamos, pois temos muitas propostas para entrar no grupo. Quase se poderia dizer que “estamos na moda” em Portugal. Os sócios portugueses integraram-se na administração do Serca ou existirá uma estrutura diferenciada? Isso é algo que estamos a estudar. Até agora a estrutura é diferenciada e mantemos com Portugal cerca de três reuniões por ano. Como sabe, o Serca rege-se por um Conselho de Administração e por um Conselho Consultivo, de que fazem parte os 15 distribuidores de maior faturação e dois que pertencem ao outro Conselho. A minha intenção é que pelo menos um dos sócios portugueses chegue ao Conselho Consultivo em 2016, mas não sei se isso será positivo para eles ou se esse sócio estará um pouco no papel de assistente, sem intervir nos trabalhos… por isso estamos a posicionar-nos para criar uma estrutura diferenciada em Portugal, ou uma dedicada ao mercado luso, em Espanha. Temos de ter em conta que os bónus, a faturação, os fornecedores, etc., estão adaptados ao mercado, de forma independente. E isso tem de ser diferenciado.
EM PORTUGAL O SERCA FATURA 40 M€/ANO. É O PRINCIPAL GRUPO EM TERMOS DE FATURAÇÃO NO NOSSO MERCADO Como beneficia o sócio espanhol do Serca da incorporação de três sócios portugueses? Colocando de parte os bónus, há sinergias através das quais obtemos benefícios com fornecedores que aumentam a sua participação no mercado português ou com fornecedores portugueses que querem aumentar a sua quota no mercado espanhol. Para o grupo, isto é muito interessante, porque nos serve para conhecer novos fornecedores com os quais trabalhamos apenas em Portugal e que nos proporcionam informação sobre novos produtos e marcas. E isso permite-nos ainda abordar conjuntamente assuntos, como a rede de oficinas ou os programas de gestão. Isso vai possibilitar-nos um crescimento enorme. Existem conflitos fronteiriços com os sócios espanhóis de Salamanca, Galiza, Extremadura ou Huelva que vendam em Portugal ou com os sócios lusos que vendam nas zonas limítrofes de Espanha? Não. Os sócios espanhóis não vendem em Portugal. E mesmo os sócios portugueses, pela sua configuração, não oferecem problemas, pois se assim fosse não os teríamos incorporado. A Bragalis, que opera na zona Norte de Portugal, apenas fornece as suas empresas associadas, pelo que não há a possibilidade de cruzar a fronteira ou incorporar empresas galegas. Para a Krautli, apesar do seu cariz mais amplo e distribuição exclusiva de algumas marcas, como a Delco Remy ou a Beru, não é objetivo a entrada em Espanha. É algo que não quer pôr em risco. E a Soulima está a começar a transferir a sua atividade para a distribuição, com lojas próprias para vender diretamente à oficina. Não são perfis de empresas com interesse no mercado espanhol. Por isso nos damos tão bem. A maioria dos fabricantes conta já com estruturas ibéricas. Como é que reagiram a este projeto ibérico do Serca? No geral, bastante bem. O fabricante abordou Portugal como um mercado de expansão, com um importador exclusivo. Inclusivamente, alguns fabricantes inverteram esse modelo e estabeleceram as suas próprias redes de distribuição e venda. De uma forma geral os acordos que existiam foram respeitados e os números dos sócios portugueses foram incluídos na faturação global.
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Um líder que aposta no crescimento Dois anos bastaram à Nexus para alcançar uma posição de topo no Aftermarket global. Mas os seus responsáveis querem mais. Dos 3,3 mil milhões de euros faturados no final de 2014 o objetivo é alcançar os 12 mil milhões em 2016. TEXTO JULIO SANTOS
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crescentar valor para os associados, através de um modelo de negócio inovador e assente nas necessidades dos tempos modernos é o principal pilar da estratégia da Nexus que, no final deste ano será já o maior player mundial no Aftermarket.
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Um crescimento vertiginoso, consomado em apenas dois anos, que se explica pelo facto de “tudo ter sido muito bem preparado” e pela “aposta em pessoas com larga experiência e muito motivadas, que conhecem bem os diferentes negócios em que a Nexus está empenhada”, refere Gael
Escribe, CEO da Nexus, em entrevista exclusiva à TURBO OFICINA. A criação de uma marca própria, “que pode acarretar poupanças da ordem dos dois dígitos” e “olhar atentamente para aquilo que pode representar a internet”, são as prioridades imediatas.
A CRIAÇÃO DA MARCA (DRIVE PLUS) VAI PERMITIR ECONOMIAS DA ORDEM DOS DOIS DÍGITOS com responsabilidades clara, e isso permitiunos avançar com certezas. As pessoas estão motivadas. No início disse que trazer inovação à cadeia de fornecimento era o segredo da Nexus. O que queria dizer com isso? A expansão geográfica é uma forma de inovação. Por outro lado, queríamos ser uma organização suportada por todos os tipos de canais. Como a internet, que era até há pouco tempo ignorada nas alianças globais e cuja importância é cada vez maior, obrigando-nos a estar atentos. Além disso, criamos mecanismos de maneira a facilitar o escoamento de stocks entre os parceiros e, sobretudo, concentramo-nos no desenvolvimento de uma marca própria que vai ser muito importante, pois vai permitir que todos os membros comprem a partir de uma única fonte, a preços mais acessíveis e com qualidade assegurada. Ao centralizar as compras estamos a simplificar os processos e a acrescentar valor para os nossos parceiros.
Como explica o crescimento tão rápido da Nexus? Tem a ver com o facto de estarmos perante um projeto que foi muito bem pensado, intensamente discutido e preparado antes de arrancar. O mundo está a mudar, muitos mercados estão a crescer e a tornarem-se interessantes. Foi aí que começamos por apostar. Tivemos a abordagem certa no momento certo e pretendemos atingir muito rapidamente a liderança nos mercados mais maduros, como nos Estados Unidos mas também os parceiros que estão nos mercados emergentes estão muito satisfeitos porque se ligaram aos líderes do Aftermarket, em termos de capacidade industrial, e porque passaram a ser tratados como players de primeira linha quando antes jogavam numa espécie de segunda divisão. Por outro lado, temos muitos fornecedores connosco porque os levámos onde existem mais possibilidades de negócio. A ideia é sermos a primeira aliança global e, para isso, investimos nas pessoas certas; decidimos que temos de ter uma equipa forte,
SURGIMOS NA ALTURA IDEAL É possível ter um modelo de gestão e uma estratégia comum para espaços com culturas diferentes (África, Europa, EUA)? É, porque todos os membros são empresários e todos partilham a vontade de fazer crescer o seu negócio. Portanto, apesar da diferença de culturas e de línguas, o objetivo é comum a todos.
A Nexus nasceu durante uma crise muito severa. Qual foi a coisa mais útil que aprendeu? O mercado do Aftermarket está a mudar muito. Até 2008 era um negócio de família muito conservador. Em 2008 o parque automóvel estava envelhecido, especialmente em Portugal e Espanha, e a Internet começou a ganhar protagonismo. O automóvel também mudou muito e há uma maior necessidade de substituir peças. Surgimos na altura ideal. Os parceiros estão prontos para aproveitar estas mudanças rápidas? Por isso se juntaram ao grupo. A vontade de tornar a Nexus um grupo de sucesso é comum a todos. Sabem que estamos numa encruzilhada. Há uma consolidação da distribuição, há dinheiro disponível para comprar empresas e construir estruturas maiores. É mais complicado em Espanha ou Portugal, mas em França ou na Alemanha as possibilidades
de negócio são significativas. A Internet cresce e o consumidor tem um acesso mais imediato às peças. Para se ser competitivo é fundamental estar informado e isso é muito mais fácil quando se está num grupo onde a diversidade nos dá uma visão dos diferentes mercados. Isto apesar de cada membro manter a sua autonomia para fazer o que julgar mais relevante para o seu próprio negócio. Qual o volume de negócios para este ano e qual a evolução de há dois anos para cá? Fechámos 2014 com 3,3 mil milhões, fecharemos 2015 com perto de 8 mil milhões e acredito que dentro de um ano estaremos nos 12 mil milhões. No final do ano teremos o primeiro parceiro americano, ao qual se juntarão, em 2016, mais duas ou três empresas e assim nascerá a Nexus Automotive North America. Nessa altura os EUA serão o nosso maior mercado em termos de faturação, seguindose-lhe a Europa e África. A margem de lucro em África é aliciante? É diferente, mas os custos de operação também são menores. Há mercado para peças originais, que é o que procuramos. Em África temos capital para investir e crescer, mas faltam as pessoas e por isso lançamos a Nexus Academy, para apostar na formação de pessoas nas áreas das vendas, compras e da distribuição. Trata-se de um programa de longo prazo que visa formar as pessoas, pois só assim conseguiremos atingir o crescimento que procuramos. Este programa resultou de um pedido expresso dos nossos membros. DRIVE PLUS É CRUCIAL Todos querem baixar custos e aumentar as margens. Como é que a Nexus lida com esta aspiração? A criação da marca própria foi muito importante. Antes, alguns dos nossos sócios iam à China procurar soluções; tínhamos 25 diretores de compras a trabalhar separadamente e agora temos uma central de compras com duas pessoas que gerem todas as necessidades dos nossos associados, garantindo-lhes os melhores custos e a qualidade que esperam. Conseguimos grandes poupanças para os nossos parceiros, que, futuramente, têm de trabalhar na parte da logística para realizar poupanças consolidadas, pois é aqui que residem os grandes custos. Se centralizarmos mais as compras, cortamos grandes despesas.
Qual a poupança gerada para os parceiros através da marca própria? Fala-se que será na ordem dos 20 a 25%. Diria que será uma poupança de dois dígitos, mas além do preço é fundamental ter em conta aspetos como o tempo e a qualidade dos DEZEMBRO 2015
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importância não duvidamos e, por isso, estamos a trabalhar numa solução. A entrada no negócio de empresas como a Amazon ou a chinesa T-Mall é uma preocupação? É preciso ser perito em peças para gerir um site dedicado às peças. Diria que uma empresa como a ATP, na Alemanha, completamente dedicada, que sabe todos os pormenores sobre a indústria, será, provavelmente, um grande líder. Estamos conscientes de que é viável uma colaboração entre grossistas e os sites de Internet porque é possível ter um site com 25 países clientes, mas nunca será possível expedir os produtos em 48 horas para todos os clientes. Pode-se, sim, ter retalhistas locais para fornecer os clientes. É um tema ambicioso que queremos explorar. Este canal irá crescer e depois estabilizaremos. Um passo de cada vez. É importante que a internet faça parte do negócio, em paralelo com os intervenientes tradicionais, mas a Internet terá um limite. A Amazon e Ebay cresceram bastante e talvez o Ali Baba tenha muito sucesso na China, mas o negócio da Internet é muito dispendioso e a expansão está dependente de lucros cada vez maiores. Vamos esperar para ver quem ganha no que diz respeito à Internet. Temos a obrigação de estar atentos para aproveitar as oportunidades. É isso que faremos. Há também produtores de peças a tentar entrar na cadeia de distribuição… Alguns acham que indo direitos às oficinas, contornando os canais de distribuição habituais, conseguem vantagens. Mas todos sabem que antes de optarem por um atalho, terão de avaliar bem as consequências. Talvez alguns fabricantes tenham bons planos, mas a maioria está consciente dos riscos. Diria que a distribuição diz respeito aos distribuidores. Não levanto objeções a fabricantes que queiram chamar a si a distribuição, mas acho arriscado.
produtos. A Drive Plus, que estará presente em 70 países, é uma marca protegida; proteção essa que acarreta custos imensos, como os registos de propriedade. Falando em Internet. As previsões dizem que em dez anos cerca de 20% da distribuição será assegurada por este canal. Concorda? Acredito que estará entre os 5 e 20%, dependendo do país. É uma matéria de cuja
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É IMPORTANTE QUE A INTERNET FAÇA PARTE DO NEGÓCIO EM PARALELO COM OS AGENTES TRADICIONAIS
A Nexus tem duas redes de oficinas: uma para ligeiros e outra para pesados. Qual o objetivo principal para esta parte do negócio? A nossa ideia essencial é aumentar a confiança dos clientes nas oficinas. Potenciar a lealdade é cada vez mais um desafio em todos os negócios e em todo o globo. O que pretendemos é partilhar com as oficinas os nossos conhecimentos em áreas que são cada vez mais importantes, como o carro elétrico, a conectividade, etc. Oficinas com melhores conhecimentos e mais competentes é algo que potencia a fidelização dos clientes. Isso é muito importante para todos os patamares do negócio.
5 raio x
Citroën Berlingo
O triunfo da modularidade A Citroën deu uma nova cara ao Berlingo e dotou-o de novos argumentos para manter a liderança no mercado. O maior é a modularidade. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO
P
ara se conseguir manter na liderança da tabela de vendas dos comerciais ligeiros, a Citroën renovou o Berlingo. A variante mais procurada no nosso mercado, a L1 (3,7 m3 de volume útil), foi a que recebemos para análise e na qual constatámos a revisão estética levada a cabo pelos engenheiros franceses. O modelo gaulês ganhou uma nova secção dianteira, onde merecem destaque o maior dinamismo e expressividade do design, para o que contribuem as arestas mais pronunciadas e o
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novo desenho dos faróis e das luzes diurnas. Além desta existe ainda a possibilidade de optar pela variante L2, com um volume útil de 4,1 m3 . ESPAÇO E FUNCIONALIDADE
Se o aspeto estético é importante, num modelo destinado ao trabalho diário tal passa para segundo plano, recebendo importância renovada outras características, como o espaço de carga, o acesso à mesma e a funcionalidade.
No primeiro capítulo, o renovado Berlingo mantém os seus argumentos, permitindo o transporte de duas europaletes no seu interior, com uma altura ao solo diminuta, o que facilita as cargas e descargas. Além disso, a porta lateral deslizante e as portas traseiras assimétricas (40/60) com abertura a 180º também são um garante de facilidade nas manobras de carga e descarga, permitindo acesso seletivo ao que segue na caixa de carga. No habitáculo, protegido da carga por uma rede metálica, a funcionalidade é a nota
dominante. A posição de condução é elevada e atingida com facilidade, e é possível, graças ao conceito Cabine Extenso, transportar dois passageiros à frente, ainda que o lugar central deva ser utilizado apenas como recurso, face ao pouco espaço para as pernas. Aliás, espaços de arrumação é o que não falta no habitáculo, entre as bolsas nas portas, três compartimentos no tablier, um junto ao tejadilho e um porta-luvas bipartido. Mas é no lugar mais à direita que residem as maiores ferramentas deste Berlingo. Este banco é escamoteável, o que permite ganhar 400 litros de volume de carga, bem como transportar volumes com até três metros de comprimento. O mesmo pode ainda ser colocado na posição cinema (com o assento encostado às costas), permitindo transportar grandes volumes maiores na cabina. Merece ainda menção o espaço de arrumação de 7,5 litros (com fecho) escondido por baixo do lugar central e o facto de as costas deste banco rebaterem para dar lugar a uma espécie de mesa de trabalho, ideal para quem faz do Berlingo o seu escritório móvel.
1.6 DIESEL HDI 90 CV
3.3M3
VOLUME ÚTIL
Como em qualquer escritório moderno, o acesso à Internet é fundamental. O Berlingo permite a ligação com um router wireless para aceder à Web através do ecrã táctil
23 302
100 KM
(C/IVA) PREÇO DA UNIDADE ENSAIADA
132 G/KM CO2
de sete polegadas que o equipa e que serve ainda para controlar o sistema de navegação, outro ponto forte da dotação tecnológica deste modelo. Mas que não é o único, uma vez que, no capítulo da tecnologia, o veículo gaulês oferece ainda o kit mãos-livres por Bluetooth para facilitar as comunicações em viagem, mas também a câmara de marcha atrás para tornar menos complicadas as manobras em espaços apertados, e o Grip Control, que ajuda a que tudo se mantenha na rota certa. No que toca à segurança, há que mencionar também o regulador e limitador de velocidade, bem como o ABS, o repartidor da força de travagem e a ajuda à travagem de emergência, sem nunca esquecer o opcional sistema de ajuda ao arranque em subida. MOTOR COMPETENTE
OFERTA TECNOLÓGICA
5.0 L
Animado pelo conhecido motor de 1,6 litros diesel, com 90 cv de potência (que mais tarde será substituído pela nova geração de motores BlueHDI), o Berlingo não tem problemas em responder aos comandos do pé direito e
oferece boas prestações em qualquer situação. Ainda assim, os consumos anunciados são comedidos – quedando-se nos 5,0 l/100 km em ciclo combinado e com emissões de CO2 de 132 g/km –, para o que certamente contribuirá a caixa manual de cinco velocidades que equipa este comercial ligeiro. Custa €23 302 (preço com IVA incluído) esta versão Club do Citroën Berlingo, um valor que não é demasiado oneroso para as funcionalidades e equipamentos que apresenta. A guerra entre os comerciais continua forte e as permanentes atualizações são indispensáveis para manter competitividade, pelo que a Citroën, não mudando muito aquilo em que o Berlingo é bem-sucedido, introduziu mais tecnologia, mais interligação entre homem e máquina e equipamentos pouco habituais em modelos deste segmento. O comercial médio da cada francesa está melhor equipado e com mais eficiência, o que continua a fazer dele um dos modelos em destaque entre a oferta dos comerciais ligeiros.
São muitos os espaços de arrumação dentro do habitáculo do Citroën Berlingo, com especial destaque para o que se encontra escondido debaixo do banco central. A modularidade e a tecnologia são duas mais-valias que oferecem múltiplas soluções para quem faça deste modelo o seu local de trabalho diário.
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RAIO X
Jaguar XF
Quem faz o quê A
segunda geração do Jaguar XF é a mais recente berlina da marca de terras de Sua Majestade a chegar ao mercado. Nesta sua reencarnação, o Jaguar XF pede emprestada a plataforma modular que já serviu de base para o XE, uma das razões para
que este modelo ostente na balança menos 1090 kg. Apesar de a montagem final ocorrer na unidade da marca britânica localizada em Castle Bromwich, no Reino Unido, os componentes necessários para criar o novo Jaguar XF chegam um pouco de todo o
mundo, como acontece com o volante, criado pela japonesa Takata; os rolamentos da suspensão, que proveem da alemã Schaeffler; ou mesmo a transmissão dianteira, de que se encarrega a norte-americana American Axle & Manufacturing. Saiba quem faz o quê na tabela que se segue.
COMPONENTES FORNECEDOR
COMPONENTE
FORNECEDOR
COMPONENTE
AMERICAN AXLE & MANUFACTURING
Transmissão dianteira (3.0L)
MAHLE
Válvula EGR (Recirculação de gases de escape)
BROSE
Sistemas de abertura da bagageira
METALDYNE
Amortecedores de borracha da cambota
CALSONIC KANSEI
Radiador
METHODE ELECTRONICS
Módulo do travão de mão eletrónico
DELFINGEN
Sistema de proteção de cablagens
MULTIMATIC
Dobradiças das portas
ELRINGKLINGER
Juntas da cabeça do motor
PLASTIC OMNIUM
Para-choques dianteiro e traseiro
FEDERAL-MOGUL
Sedes e guias das válvulas
RAUFOSS
Tirante traseiro
GESTAMP
Sub-chassis traseiro
SCHAEFFLER
Rolamentos da transmissão
HARMAN
Sistema de informação e entretenimento
SRG GLOBAL
Puxador da bagageira
HONEYWELL
Turbocompressor (3.0L Diesel)
STADCO
Painéis estampados e pré-montagem
HUF HÜLSBECK & FÜRST
Sensor de aproximação pela traseira
STANLEY ENGINEERED FASTENING
Fixações das travessas
IBS FILTRAN
Carter de óleo da tansmissão, com filtro
TAKATA
Volante
INALFA
Teto panorâmico elétrico com cortina
TENNECO
Componentes do escape
KAUTEX
Depósito de combustível
THYSSENKRUPP
Árvore de cames (AJ200 I4 Diesel e V6 Diesel)
KEY SAFETY SYSTEMS
Airbag do acompanhante
TRELLEBORGVIBRACOUSTICS
Apoios da transmissão
LAIRD
Antenas de alta frequência do tejadilho
ZF FRIEDRICHSHAFEN
Caixa automática de 8 velocidades
NOTA: Se é fornecedor e tem alguma questão ou quer a sua informação incluída nesta página, contacte James Clark através do e-mail james.clark@ihs.com ou visite www.supplierbusiness.com
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JOHNSON CONTROLS
NOVO TESTE PARA BANCOS As instalações de testes da Johnson Controls em Burscheid, na Alemanha, contam agora com uma nova máquina para realizar testes a bancos de automóvel. Conhecido como “O Shaker”, este sistema hidráulico de vibração custou cerca de dois milhões de euros a construir, está equipado com seis eixos e permite realizar um teste simulado ao que aconteceria com um banco ao fim de 100 mil km, tendo ainda em conta várias situações climatéricas, possíveis de simular utilizando uma câmara climatérica especial. Detlef Juerss, vice-presidente do grupo e responsável pelos componentes para bancos, afirma que “com esta gama de funções, o novo ‘shaker’ é uma peça única na indústria de componentes para automóveis. Este sistema de 200 hertz é um marco na nossa garantia de qualidade e marca o nosso objetivo de construir os melhores bancos de automóvel do planeta”.
EUROPART
REDE FRANCESA CONTÍNUA EM CRESCIMENTO A Europart acolheu recentemente importantes parceiros na sua rede, num objetivo de estreitar as relações entre a empresa e os clientes. A Alsaparts SAS, sedeada em Mulhouse, irá distribuir peças de reposição de veículos comerciais, enquanto os departamentos de Bas-Rhin, HautRhin e Territoire-de-Belfort irão centrar as suas atenções em material de oficina. A Alsaparts é o 12º parceiro da Europart em França. A Alsaparts possui cinco centros de distribuição e todos os clientes da região da Alsácia e de Territoire-deBelfort irão encontrar novas oportunidades de negócio através de inúmeras promoções. PUBLICIDADE
TRW
Ben Smart à frente do Marketing A
TRW Aftermarket tem um novo diretor de marketing para a sua divisão global de Peças e Serviço. A partir de agora, Ben Smart passa a ocupar este cargo, ao fim de cinco anos na empresa e de antes ter estado à frente dos serviços de Marketing na companhia. Anteriormente, Ben desempenhou a função de diretor de Vendas e Marketing, na região Ásia-Pacífico, onde fez parte da implementação do “Corner Module”, a oferta de peças e sistemas de travagem, direção e suspensão da TRW. Para além dos Serviços de Marketing, Ben será diretamente responsável pela Gestão de Dados e pela Estratégia de Preços e fará parte do conselho de administração da TRW Aftermarket. Estará baseado entre a sede mundial da TRW Aftermarket em Neuwied, Alemanha, e os escritórios do Reino Unido, em Shirley, Birmingham, reportando ao Vice-Presidente e Diretor-Geral, Neil Fryer. Neil Fryer comentou: “O Ben comprovou ser capaz de liderar uma equipa no sentido da obtenção de excelentes resultados. Com o seu currículo, conhecimento de mercado e experiência na indústria, é o candidato
ideal para conduzir a TRW Aftermarket ao próximo nível.” Ben Smart acrescentou: “Este é um momento empolgante e interessante na história da empresa e estou muito satisfeito por me ter sido dada esta oportunidade.”
KENOTEK
NOVO PRODUTO DE LIMPEZA A Kenotek colocou um novo produto no mercado. Trata-se do Multi Dulti D, um APC – produto de limpeza universal concentrado e com um perfume a toranja. Este produto é indicado para remover manchas persistentes, fumo de nicotina, manchas de tinta e pode
ser igualmente utilizado para remover sujidades gordurosas sem deixar marcas. O Multi Dulti D pode ser utilizado com pulverizador, lavadora de injeção-extração, lavadora de alta pressão, pistola “tornador”/ ”twister” ou manualmente.
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RAIO-X OSRAM
NOVIDADES NAS GAMAS LED E XÉNON
TRW
Nova gama de travagem
A
TRW Aftermarket oferece aquilo a que chama a “combinação perfeita” para veículos mais pesados e potentes. Falamos de um programa discos de travão com alto teor de carbono e de uma gama de pastilhas de travão que possui um material de fricção inovador, concebido especialmente para veículos comerciais ligeiros e veículos utilitários desportivos, os SUV. Este programa de discos de travão com alto teor de carbono oferece uma condutividade térmica ótima e é atualmente composto por 125 referências. O uso do alto teor de carbono no processo de fundição permite que os discos funcionem a temperaturas mais baixas, significando que têm menos probabilidades de se deformar e de surgirem problemas de ruídos, vibração e
dureza (NVH), como a trepidação em quente e o chiar dos travões. A gama de pastilhas de travão fabricada especificamente para VCL e SUV é composta por 51 referências, todas revestidas com Cotec – o revestimento inovador da TRW, que melhora a distância de travagem nas primeiras paragens após a substituição das pastilhas de travão. Richard Adgey, Gestor Global do Portefólio de Produtos TRW para o mercado de pós-venda, explicou que estes programas foram concebidos para “corresponder especificamente às necessidades de tais veículos, pois uma vez que têm maior produção de energia cinética, requerem uma maior potência de travagem.”
RUPES
GARMIN
MÁQUINAS DE POLIR BIGFOOT
CÂMARAS DE VÍDEO PARA A ESTRADA A Garmin International Inc. acaba de lançar as Dash Cam 30 e Dash Cam 35, duas câmaras de gravação de alta definição para automóveis, que podem ser facilmente montadas no vidro frontal da viatura e gravam continuamente tudo o que se passa na estrada. Os novos equipamentos da gama Garmin Dash Cam iniciam a gravação quando o veículo é ligado e param a gravação quando este é desligado, registando todo o percurso realizado. Equipadas com o Incident
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A Osram tem uma nova gama de produtos LED, especialmente concebidos para a iluminação interior do veículo. A série LEDambient é a que está vocacionada para as alterações de iluminação no habitáculo e oferece um sortido de soluções de iluminação flexíveis, que se podem montar rápida e facilmente. Integram-se nas portas, laterais, chão e tejadilho sem necessitar de ferramentas especiais. LEDambient Door Entrance Ledge, LEDambient Wallwasher, LEDambient Spotlight e LEDambient Light Guide são os quatro elementos que compõem esta família. Adicionalmente, a marca ampliou também a gama Xenarc Night Breaker Unlimited com duas novas referências: D3SXNB e D4SXNB. Com uma temperatura de cor de até 4300 Kelvin e reduzidas emissões ultravioleta, destacam-se pelo desempenho e qualidade de luz. De acordo com a Osram, as duas novas referências xénon proporcionam até 70% mais luz na estrada, feixe de luz até 20% maior e até 5% luz mais branca.
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Detection, as câmaras guardam automaticamente a gravação em vídeo sempre que existe um impacto. Adicionalmente, podem estar associadas a um sistema de GPS, que permite atribuir às gravações dados como a data, a hora, a latitude, a longitude e a velocidade, para que o clientes saibam exatamente onde e quando um determinado evento ocorreu. Do mesmo modo, o condutor pode ainda receber notificações dando conta da aproximação a semáforos ou sensores de velocidade.
A Rupes esteve presente na última edição do Salão SEMA a apresentar a mais recente geração das suas máquinas de polir. Denominadas de BigFoot MarkII LHR 21 e LHR 15, a mais recente aposta deste fabricante passa por uma maior potência, aliada a uma maior facilidade de utilização em superfícies côncavas. Outro dos aspetos melhorados nesta nova geração passa pela vertente ergonómica, que surge agora otimizada. Ambos os modelos foram desenvolvidos no sentido de aumentar a estabilidade da operação a realizar pelo trabalhador, bem como de proporcionar um maior balanço quando este está a polir uma determinada área. É ainda de assinalar o menor consumo de energia das novas máquinas em cada etapa de polimento.
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RAIO-X
MEYLE
PRODUTOS DE REFRIGERAÇÃO PARA VCL A Meyle, marca da Wulf Gaertner Autoparts AG, oferece uma gama abrangente de produtos de refrigeração para veículos comerciais, cobrindo todos os veículos europeus comuns, o que permite às oficinas recorrer a componentes como ventiladores e bombas de água ou ainda tubos flexíveis do radiador, depósitos de compensação e embraiagens para o ventilador do radiador. Esta gama inclui, nomeadamente, as seguintes peças: ventiladores e ventoinhas do radiador, embraiagens de ventoinha do radiador, tensores de correia, polias de desvio e de guia, correias trapezoidais estriadas, bombas de água, termóstatos, depósitos de compensação, líquidos de refrigeração, sensores e tubos flexíveis do radiador. Os ventiladores e as ventoinhas do radiador, bem como as embraiagens do ventilador para veículos comerciais da Meyle, têm qualidade original.
ZF TRW
Novo airbag central A
divisão de Tecnologia de Segurança Ativa e Passiva da ZF TRW desenvolveu um novo airbag central para ajudar os fabricantes de veículos a melhorar a proteção dos impactos laterais. Integrado na secção interior das costas do banco, visa proteger a cabeça, ombros e torso dos ocupantes da frente. Para isso, forma uma almofada entre o condutor e o passageiro dianteiro, ajudando a manter os ocupantes na sua posição, reduzindo o impacto e minimizando o risco de interação
entre o condutor e o passageiro ou com componentes estruturais do interior do veículo. O módulo do airbag central está equipado com um insuflador híbrido e pode recorrer à tecnologia de saco de tecido ou de almofadas costuradas. Segundo a ZF TRW, o Euro NCAP está a avaliar novos protocolos para os testes de impactos laterais, a serem utilizados a partir de 2018. Por isso, refere que a sua solução “pode ajudar a ir ao encontro destes futuros requisitos”.
LOCTITE
MÁSCARA DE SOLDAR AUTOMÁTICA A Loctite acaba de lançar uma nova máscara de soldar. Esta nova máscara conta com um obturador eletrónico fotossensível que, quando deteta a luz infravermelha ou ultravioleta produzida pelo arco de soldadura escurece automaticamente, utilizando para tal uma carga elétrica proveniente de uma bateria de lítio recarregável através de energia solar. A máscara de soldar automática tapa toda a cabeça, protegendo-a de faúlhas ou queimaduras, e a maioria oferece ainda proteção para o pescoço. Outra vantagem desta máscara é que a radiação que chega aos olhos nunca atinja níveis perigosos, evitando assim riscos extra neste trabalho, já de si complicado. Da mesma forma, para a Loctite esta máscara aumenta a produtividade do trabalhador, permitindo-lhe controlo total sobre as suas ações a todo o momento sem necessitar de estar sempre a retirar e a colocar a máscara. A comodidade é outra vantagem apontada pela Loctite para esta máscara, uma vez que esta não se mexe na cabeça nem necessita de ajustes durante o trabalho. Mais ainda, como ambas as mãos ficam livres, é mais fácil o trabalho.
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FORD
LIGAÇÃO COM A SEGURANÇA A marca norte-americana Ford, numa colaboração com a Meople.Net, passou a incorporar a aplicação Meople.Connector – disponível para dispositivos iOS e Android – no sistema de conectividade da Ford SYNC AppLink. Este sistema permite que os condutores usem o controlo por voz para ouvir mensagens de redes sociais como Twitter, LinkedIn ou VK. Depois de serem alertados para mensagens, podem usar comandos de voz para “Ler”, “Responder”, ou “Saltar” a mensagem. Caso escolham responder à mensagem que ouviram, podem fazê-lo através de mensagens pré-determinadas, que também podem ser personalizadas pelo utilizador. Os condutores
podem selecionar com que frequência desejam receber as atualizações e enviar a sua localização atual para amigos, familiares e colegas.
DELPHI
NOVO CATÁLOGO DISPONÍVEL Está já disponível o novo catálogo de hidráulica de Embraiagens e Travões da Delphi Product & Service, onde surgem mais de 2650 referências de peças para travagem em piso molhado, incluindo 128 novas peças adicionais. As mais recentes novidades nas aplicações hidráulicas da Delphi incluem os modelos de 2015 da Opel/ Vauxhall Corsa, Audi Q3, BMW X6, Citroen C4 Cactus / DS3, Mini Paceman, Nissan Juke, Peugeot 301, Renault Captur e VW Tiguan. Entre as referências adicionadas contam-se 98 tubos de travão e embraiagem, sete cilindros de roda, 15 cilindros escravos, oito cilindros mestre, cilindros maestros e ainda um novo liquido de travões. O novo catálogo tem uma nova secção de peças, detalhes completos de aplicação, e informação técnica apoiada com imagens digitais. PUBLICIDADE
Bosch Car Service
Serviço premiado
A
Bosch Car Service recebeu pelo segundo ano consecutivo a distinção “Deutscher Fairness-Preis” referente à categoria das “Oficinas Independentes”. O Instituto Alemão para a Qualidade e o canal de televisão n-tv realizaram pelo segundo ano um inquérito, com o objetivo de saber quais as preferências dos consumidores alemães relativamente à fiabilidade das empresas. Este trabalho reuniu um público de aproximadamente 45 mil consumidores inquiridos e mais de 400 empresas. A Bosch Car Service venceu na categoria reservada às melhores “Oficinas Independentes”, sendo que os consumidores atribuíram qualidades à Bosch que passaram pela fiabilidade e transparência.
Atualmente existem 16 500 oficinas Bosch Car Service espalhadas por 150 países, sendo que anualmente passam por esses espaços 50 milhões de veículos que necessitam manutenção ou revisão, num trabalho realizado por 90 mil funcionários.
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RAIO-X
FUCHS
NOVO ÓLEO TITAN O Titan SYN MC SAE 10W-40 passa a ser apresentado no mercado dos óleos com uma fórmula melhorada que permite ter aprovações mais recentes no seu perfil de performance. A anterior formulação foi qualificada após a especificação API SL, e portanto, era recomendada apenas para veículos até ao ano modelo 2004. A nova formulação é agora qualificada de acordo com a mais recente especificação API SN para motores a gasolina, podendo assim o Tittan SYN MC SAE 10W-40 ser recomendado para os veículos mais modernos. Além da nova aprovação Mercedes-Benz, o novo Titan SYN MC SAE 10W-40 tem agora também a aprovação oficial Renault RN0700 e RN0710. Com estas duas aprovações a área de aplicação é alargada a todos os motores a gasolina Renault e a todos os motores diesel sem filtro de partículas (FDP). Devido ao seu perfil mais abrangente, o âmbito de aplicações é muito mais amplo, sendo especialmente adequado para motores entre os 5 e os 10 anos de idade.
GALP ENERGIA
NOVO LUBRIFICANTE O mercado de lubrificantes passa a contar com o mais recente produto apresentado pela Galp Energia. Trata-se do Galp Formula LS FE VL, um óleo 100% sintético com grade OW20 que respeita as normas EURO 6 que definem os limites permitidos nas emissões de gases tóxicos pelos escapes dos veículos. Este é um processo conseguido graças a um baixo teor de cinzas sulfatadas, fósforo e enxofre. Paralelamente, os fabricantes de equipamentos estão focados em produzir lubrificantes menos viscosos, o que reduz o atrito no interior do motor, e logo, uma redução no consumo de combustível. O Galp Formula LS FE VL 0W20 cumpre estes dois parâmetros: é um produto low-SAPS e apresenta uma viscosidade muito baixa, garantindo uma excelente fluidez a frio, ao mesmo tempo que protege eficazmente o motor e proporciona poupança de combustível, logo no arranque do motor. A aprovação formal Volvo VCC RBS0-2AE torna-o adequado e necessário para os novos motores de quatro cilindros Volvo Drive-E, ao mesmo tempo que pode ser utilizado em motores com sistemas “start-stop”.
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TomTom
Parceria com Eliocity para conectividade
A
TomTom e a Eliocity assinaram um acordo que fará chegar ao mercado uma solução profissional idealizada para oferecer aos condutores de veículos comerciais ligeiros uma melhor forma de comunicarem entre si em tempo real. Além disso, este serviço oferecerá a possibilidade de os condutores se conseguirem localizar, recorrendo às suas posições por GPS, e de trabalhar em conjunto, combinando dados da caixa XeeConnect e da plataforma TomTom Bridge. Segundo explica Yvan Gravier, diretor da Eliocity: “Esta sinergia entre as nossas empresas resume a vontade da Eliocity em
tornar o Xee uma solução aberta que possa ser útil a todo o tipo de condutores. O acordo que assinámos com a TomTom permite-nos expandir a nossa gama de serviços e colocar o veículo no centro da mobilidade digital.” Já Sebastien Ruffino, vice-presidente de vendas de produtos B2B da TomTom acrescenta: “A plataforma TomTom Bridge oferece uma grande diversidade de possibilidades para empresas que desenvolvem aplicações para condutores. No caso da Eliocity, estamos a oferecer aos motoristas de veículos comerciais ligeiros uma melhor forma de comunicar, localizar e trabalhar em conjunto.”
AXALTA
WEBSITE COLOUR IT ATUALIZADO O espaço da Colour It na Internet foi totalmente redesenhado, apresentando novas funcionalidades que facilitam a navegação, seja através do tradicional PC ou mesmo de um dispositivo móvel, sendo esta última possível graças ao código QR. A versão standard da ferramenta oferece uma pré-visualização das cores dos revestimentos em pó Alesta e Teodur. As restantes já permitem a visualização e comparação das diferentes cores e texturas, além de permitirem ainda observar as cores em diferentes ambientes, tais como em elementos de metal, natureza, madeira e mineral. Após este passo, os utilizadores podem solicitar diretamente à Axalta, sem custos, um máximo de
cinco amostras/chapas de cor. A ferramenta Colour It atualizada já se encontra disponível, em www.colourit.axaltacs.com.
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RAIO X Brembo
Nova gama Xtra inaugura segmento A Brembo acaba de lançar uma nova gama de discos de travão, exclusiva para o aftermarket e marcada pela performance superior. TEXTO ANDREIA AMARAL
C
A
Mercedes-Benz Portugal oferece ito comercial. Talvez por isso, nunca tenhamos tido nenhum parceiro a dizer que não pode enviar um colaborador à formação por não ter recursos financeiros para a suportar.
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om os Xtra, a Brembo inaugura um novo segmento, posicionando-se no mercado entre os produtos de qualidade original e os de tuning e competição. Segundo Marco Moretti, Diretor de marketing da unidade de Aftermarket da Brembo, a nova gama vem dar resposta a um público que pretende uma melhoria da performance sem ter de alterar o sistema de travagem. “Foi o mercado que nos empurrou para esta nova gama”, afirmou o responsável durante a apresentação internacional à imprensa dos novos Xtra. “Temos tido centenas de pedidos, através das redes sociais, para disponibilizarmos uma gama de maior performance.” Assim, a Brembo traçou bem, e desde o início, o público-alvo do novo produto: condutores com idades entre os 20 e os 45 anos e proprietários de veículos com não mais de cinco anos de idade, com uma apetência desportiva. Apaixonados por automóveis, são leitores ávidos de revistas da especialidade, seguem e participam em fóruns especializados e acompanham as soluções tecnológicas mais inovadoras, estando, por isso, mais disponíveis para adotar soluções que lhes entreguem uma maior performance.
Deste modo, os novos Xtra posicionam-se acima dos Max (que continuarão a ser comercializados), tanto em termos de performance, como de preço. Já disponíveis no mercado, têm como principal argumento o aumento da eficiência de travagem em comparação com o produto de qualidade original, sobretudo em piso molhado. Cumprindo a especificação ECE R90, de acordo com o fabricante foi dada uma especial atenção aos requisitos de segurança, resistência e durabilidade. Adicionalmente, de acordo com Marco Moretti, “a Brembo estudou e realizou uma perfuração específica, que combina o elegante desenho estético, algo a que a Brembo nunca renuncia, com o comportamento brilhante e eficaz em quaisquer condições”. CARACTERÍSTICAS DIFERENCIADORAS Alcançando um coeficiente de fricção superior e desde as fases mais iniciais da travagem, os Xtra foram estudados para expulsar rapidamente os gases libertados pela combustão das resinas das pastilhas, garantindo condições ótimas de travagem mesmo em altas temperaturas. Neste campo, e graças ao desenho da câmara de ventilação e ao posicionamento dos orifícios, a Brembo refere ainda que há uma melhor dissipação de calor e uma otimização do arrefecimento. Já em piso molhado, os orifícios inviabilizam a
A BREMBO PRETENDE DISPONIBILIZAR OS XTRA PARA 80% DO PARQUE CIRCULANTE NA EUROPA
formação de uma linha de água na superfície do disco, garantindo a eficiência da travagem em condições meteorológicas adversas. Através de um acabamento UV de duas camadas o fabricante conseguiu, além de sublinhar a estética assertiva por via de um brilho superior, obter benefícios consideráveis nos campos da resistência à corrosão e da própria montagem e revisão. Por um lado, o acabamento evita que o profissional tenha de remover óleo dos discos (por vezes usado como camada protetora), por outro lado, ao contemplar uma marcação a laser junto ao aperto, permite verificar com facilidade o nível de desgaste e a necessidade de substituição. UM UNIVERSO DE APLICAÇÕES A Brembo pretende disponibilizar os Xtra para 80% do parque circulante na Europa, com soluções pensadas e desenvolvidas especificamente para cada modelo. Assim, de acordo com o modelo em questão, o disco foi individualmente desenhado e testado em itens como o número, a dimensão, o formato e a posição específica de cada orifício. No que diz respeito ao fabrico, Marco Moretti destacou a qualidade do produto, indicando que os componentes para o aftermarket são produzidos nas mesmas fábricas e criados pelos mesmos engenheiros que se dedicam ao equipamento original. “Não temos segundas linhas”, reiterou o responsável. Já disponível para 50 aplicações, a gama Xtra será progressivamente ampliada: no final de 2015 os Xtra deverão ser comercializados para 150 aplicações e, no início de 2016, para 200 aplicações. Por enquanto, já é possível adquirir os novos discos para modelos como o Alfa Romeo Giulietta, Audi A1, A3, A5, TT, BMW Séries 1, 3, 4 e Z4, Citroën C3, C4, C5, DS4 e
CONTROLO DE QUALIDADE APERTADO Com o intuito de garantir a fiabilidade, resistência e eficácia dos seus produtos, a Brembo realiza apertados testes de qualidade e os Xtra não fugiram à regra. A TURBO OFICINA foi convidada a conhecer o espaço onde estes testes se realizam, no complexo da empresa localizado no famoso Kilometro Rosso, em Bergamo, Itália. Assim, antes de poderem equipar um qualquer veículo, todos os produtos têm de passar com distinção um conjunto de testes em que são simuladas condições de utilização extremas. Primeiro, realizam-se os ensaios estáticos, onde são testados fatores como a força de travagem e os ciclos de travagem, tendo em conta variáveis como a temperatura, a humidade e os ambientes corrosivos. Seguem-se os bancos dinâmicos, que simulam diferentes correlações de massa e velocidade. São aqui avaliados aspetos como o conforto, nomeadamente ao nível das vibrações e ruído provocado. Todos estes elementos são, numa fase posterior, testados em condições reais, em estrada, nas imediações do complexo da empresa. E porque é imperativo cumprir as regras de trânsito, a performance fica mesmo para ser ensaiada nas pistas!
DS5, Fiat Grande Punto e Evo, Ford Fiesta e Focus, Honda Civic,Land Rover Evoque e Freelander, Mazda 3 e MX5, Mercedes Classe A, C e CLK, Nissan 350 Z, Opel Adam, Corsa e Astra, Peugeot 208 e 308, Renault Clio e Mégane, Seat Ibiza, Subaru Impreza, Legacy e Forester, Volkswagen Polo, Golf e Scirocco, Volvo S60, V70 e XC70. Em cima da mesa está também a possibilidade de, durante o próximo ano, o fabricante complementar a oferta com pastilhas de travão específicas. DEZEMBRO 2015
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raio x
Barómetro
Dinâmica das empresas do setor
Todos os meses, em parceria com a Informa D&B, a TURBO OFICINA regista as mudanças no tecido empresarial deste setor. O balanço mais aprofundado das alterações é feito trimestralmente. PARCERIA INFORMA D&B
Principais ocorrências no setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas auto, por região DINÂMICA NASCIMENTOS (CONSTITUIÇÕES) ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES) INSOLVÊNCIAS REGIONAL DO SETOR ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO OUTUBRO 2015 HOMÓLOGA OUTUBRO 2015 HOMÓLOGA OUTUBRO 2015 HOMÓLOGA ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) NORTE 438 22,7% CENTRO 215 15,0% ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA 270 18,4% ALENTEJO 50 25,0% ALGARVE 37 -2,6% R. A. AÇORES 17 41,7% R. A. MADEIRA 25 47,1%
134 17,5% 75 -3,8%
56 33,3% 26 18,2%
85 20 11 3 12
31 5 2 1 6
TOTAL 1.052 19,7%
340 9,3%
Principais ocorrências no setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto VARIAÇÃO HOMÓLOGA DINÂMICA SETOR ACUMULADA (%)
OUTUBRO 2015 ACUMULADO OUTUBRO 2014 ACUMULADO SETOR OUTUBRO 2015 OUTUBRO 2014
TECIDO EMPRESARIAL
NASCIMENTOS
93
1.052
100
879
19,7%
7,0%
49
340
45
311
9,3%
9,1%
127
7
118
7,6% -2,4%
(CONSTITUIÇÕES)
ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES)
INSOLVÊNCIAS 10
Tecido empresarial do setor OUTUBRO 2015 TOTAL DE EMPRESAS
R.A. AÇORES 194 NORTE 4853
R.A. MADEIRA 279 CENTRO 3292 ÁREA METROPOLITANA LISBOA 3203
EM PERCENTAGEM
37,0 25,1 24,4 ALENTEJO 840
ALGARVE 458
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6,4 3,5 1,5 2,1
4,9% 122,2% -15,4% -40,0% 9,1%
-18,4% -16,7% -60,0% 0,0% 50,0%
127 7,6%
FONTES: ANÁLISE INFORMA D&B; DADOS: PUBLICAÇÕES DE ATOS SOCIETÁRIOS E PORTAL CITIUS /MINISTÉRIO DA JUSTIÇA *TODA A INFORMAÇÃO INTRODUZIDA NA BASE DE DADOS INFORMA D&B É DINÂMICA, ENCONTRANDO-SE SUJEITA À PUBLICAÇÃO TARDIA DE ALGUNS ATOS E ÀS ALTERAÇÕES DIÁRIAS DE DIVERSAS FONTES.
FICHA TÉCNICA Universo de empresas e outras organizações - Tecido Empresarial O Tecido Empresarial considerado engloba a informação relativa às empresas e outras organizações ativas com sede em Portugal, sob as formas jurídicas de sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades (os empresários em nome individual não fazem parte deste universo de estudo). Consideram-se as empresas e outras organizações classificadas em todas as secções da CAE V3.0. Universo de setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto Organizações ativas do tecido empresarial classificadas nas seguintes secções da CAE V3.0.: Grossistas auto: CAE 45310 - Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis Retalhistas auto: CAE 45320 - Comércio a retalho de peças e acessórios para veículos automóveis Concessionários auto: CAE 45110 - Comércio de veículos automóveis ligeiros Oficinas: CAE 45200 - Manutenção e reparação de veículos automóveis Nascimentos Entidades constituídas no período considerado, com publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça. Encerramentos Entidades extintas no período considerado, com publicação de extinção no portal de atos societários do Ministério da Justiça
(não são consideradas as extinções com origem em procedimentos administrativos de dissolução). Entidades com insolvências Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. Regiões As entidades foram classificadas através da localização da sua sede, representando as 7 unidades da NUTS II de Portugal (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS)). A Informa D&B é especialista no conhecimento do tecido empresarial e através de análises inovadoras, disponibiliza o acesso a informação atualizada e relevante sobre a atividade de empresas e gestores, fundamental para a condução dos negócios dos seus clientes. A Informa D&B está integrada na maior rede mundial de informação empresarial, a D&B Worldwide Network, com acesso aos dados de mais de 243 milhões de agentes económicos em 221 países. www.informadb.pt (+351) 213 500 300 informadb@informadb.pt
6 REPARAÇÃO
Fundamentos da aderência
Porque colam os adesivos? Com este capítulo terminamos a série de artigos dedicados a explicar porque colam os adesivos. O objetivo foi ilustrar como a aderência não é um fenómeno exclusivamente mecânico, e como se torna necessária uma boa escolha do adesivo em função dos materiais a unir. TEXTO MIGUEL A. CASTILLO PARCERIA
R
esta apenas explicar a terceira das teorias indicadas no primeiro artigo da série, a teoria da atração eletrostática. No final do capítulo são mencionadas outras teorias que também explicam o fenómeno da aderência em circunstâncias mais particulares.
TEORIA DA ATRAÇÃO ELETROSTÁTICA Quando entre o adesivo e os substratos não existem elementos ou grupos capazes de reagir e a teoria da interligação mecânica também não tem muita consistência, a única
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forma pela qual se pode justificar a aderência é por meio das atrações eletrostáticas. Ao ser descrita a ligação iónica foi referido um exemplo magnético para as forças eletrostáticas surgidas entre os iões; agora vamos colocar um exemplo real: quando friccionamos a extremidade superior de uma esferográfica “BIC” numa camisola de lã, poderemos verificar como depois a mesma atrai pequenos pedaços de papel. Isso acontece porque está carregada eletrostaticamente. Se tocarmos na extremidade com um dedo, a carga
desaparece e os papelitos soltam-se. Ao ser estabelecida uma ligação covalente, os eletrões são partilhados de forma equitativa. Isto é certo quando os dois átomos que estabelecem a ligação têm a mesma tendência para capturar eletrões (eletroafinidade), e o resultado é uma molécula não polar ou apolar, porque não existem pontos de concentração de cargas. No entanto, quando os dois átomos que estabelecem a ligação têm diferentes eletroafinidades, os eletrões partilhados deslocam-se para o átomo mais
Atração eletrostática de pedaços de papel
Atração eletrostática entre duas moléculas de água
eletronegativo, dado que este os atrai mais fortemente. O resultado é uma distribuição não simétrica das cargas e a consequência uma molécula polar. Exemplos de moléculas não polares são o hidrogénio (H2) e o oxigénio (O2), e exemplos de moléculas polares são a água (H2O) e o cloreto de hidrogénio (HCl). Na figura 6 é representada a assimetria da molécula de água e o modo como se atraem mutuamente. Os átomos de hidrogénio (H) unem-se ao de oxigénio formando entre eles um ângulo de 105 graus, dando lugar a uma carga positiva no lado destes e negativa no lado do oxigénio (O). A força de atração entre moléculas descrita faz parte do grupo de forças intermoleculares denominado Forças de Van der Waals.
Os efeitos de dispersão são mais débeis, e devem-se ao movimento dos eletrões que dá lugar a uma deslocação de cargas variável. Este efeito também é conhecido como Forças de London. Quando as forças intermoleculares descritas se desenvolvem entre moléculas iguais, no caso de um material, denominam-se forças de coesão ou, simplesmente, coesão, e quando se desenvolvem entre moléculas diferentes, dois materiais distintos, denominam-se forças de aderência ou, simplesmente, aderência. POLÍMERO
CARÁTER POLAR
PE a.d.(polietileno alta densidade)
1
ABS (acrilonitrilo butadieno estireno)
3
PC (policarbonato) ASA (acrilonitrilo estireno acrilato) PUR (poliuretano)
ATRAÇÃO ELETROSTÁTICA FORÇAS DE VAN DER WAALS
1
PP (polipropileno)
3 3-4 4
EP (resinas epóxi)
4
PA 6 (poliamida 6)
5
PONTES DE HIDROGÉNIO
Tabela 2 Caráter polar de alguns polímeros
EFEITOS DE DISPERSÃO
O caráter polar das moléculas manifesta-se em propriedades dos materiais como a resistência mecânica, a dureza e a resistência química. Na tabela 2 são listados diferentes tipos de plásticos ordenados de forma crescente segundo a sua polaridade qualificada de 1 a 5. Nesta pode ver-se o
A ponte de hidrogénio forma-se através da atração entre o núcleo do hidrogénio e os eletrões não partilhados pelo átomo de outra molécula.
baixo carácter polar do polipropileno e do polietileno. Daí, os problemas que apresentam em termos de aderência em pinturas e uniões. OUTRAS TEORIAS No início da série de artigos foi indicado que eram essencialmente três as teorias existentes para justificar a aderência. No entanto, para finalizar diremos que existem outras, embora se possam incluir entre as três já definidas. No caso da aderência de polímeros entre si, pode servir a teoria da difusão, baseada na difusão das moléculas, tanto do adesivo como do substrato, na interface. O uso desta teoria exige uma certa mobilidade das macromoléculas dos polímeros e que, além disso, sejam mutuamente solúveis. Um exemplo deste tipo de ligação pode ser o dos adesivos de cianocrilatos que dissolvem a superfície de alguns plásticos antes de endurecer, dando como resultado umas uniões extremamente resistentes. Também existe uma teoria baseada nas interações ácido-base. A colocação em contacto de um ácido com uma base dá lugar a uma variação negativa da entalpia da mistura, manifestada por uma libertação de calor. Este mesmo efeito estende-se às iterações entre substrato e adesivo de forma que a energia necessária para quebrar a união deve ser, no mínimo, a libertada.
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REPARAÇÃO
Técnica
Acerto de cor Escolhemos com expetativa a cor que pretendemos para os nossos veículos novos, mas o passar dos anos ou outras causas podem fazer com que tenham que ser pintados novamente. O pintor deve conseguir igualar as diferentes cores que havíamos escolhido. TEXTO ANDRÉS JIMÉNEZ GARCÍA
O
s acabamentos de cor para a pintura de automóveis podem ser classificados como: lisos, metalizados, perolados e xirallic. Estes tons misturam resinas com diferentes aditivos e pigmentos, até se conseguir a cor pretendida. Dependendo do acabamento e tonalidade do nosso carro, a dificuldade em reproduzir a referida cor será maior ou menor.
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Cores lisas: Misturam a resina com pigmentos lisos, sem efeito, de diferentes tonalidades, para se obter a cor pretendida. A luz incide sobre a película de pintura e reflete uma cor que, vista a partir de diversos ângulos, parecerá idêntica. Estas cores podem ser reproduzidas com acabamento bicamada (mais habitual) ou monocamada ou de brilho direto.
Cores metalizadas: Pintam-se mediante um sistema bicamada de trabalho. Dispersas na resina, juntamente com diferentes pigmentos de cor, encontram-se umas escamas ou pequenas lâminas de alumínio de diferentes formas e grossuras que, quando a luz incide diretamente sobre elas, permitem uma semelhança com cores de efeito metálico.
A DIFICULDADE DE REPRODUZIR A COR DEPENDE DO ACABAMENTO E DA TONALIDADE Cores peroladas: Adiciona pigmentos com brilho opalino, tipo nácar, à mistura de pigmentos lisos e resina. Estas partículas de mica são banhadas e revestidas com dióxido de titânio e óxido de cobre e de ferro, produzindo diferentes tonalidades. Conforme o ângulo de incidência da luz, as partículas refletirão um efeito perolado, enquanto a luz restante atravessará as referidas partículas misturando-se com os restantes pigmentos. Este é o princípio de apreciar diferentes tonalidades de uma mesma cor. Tanto os acabamentos perolados como os Xirallic, que analisamos em seguida, são pintados mediante um sistema bicamada. Cores Xirallic: Revelam um efeito de brilho intenso, que aumenta sob a luz do sol. Conseguem-se através de uns revestimentos de óxido de titânio, para cores com efeitos prateados, e pigmentos interferentes, para azuis, roxos, verdes, etc. Utilizando o óxido de ferro como revestimento, conseguem-se tons de bronze, cobre, etc. CORES “DELICADAS” Nem todas as cores cuja formulação contém algum tipo de efeito –metalizado, perolado ou xirallic– são conflituosas, mas são-no mais que aquelas que apenas utilizam pigmentos “lisos”na sua formulação... Todos os fabricantes de tintas utilizam para a criação da sua gama de tonalidades partículas de alumínio standard, com formas irregulares e diferentes grossuras; também partículas de alumínio “lenticular”, com geometria circular e ovalada, e de tamanhos diversos. Nestes tons com pronunciado efeito metalizado encontra-se um grande número das chamadas “cores conflituosas”. Porque é que o efeito metálico muito pronunciado é tão especial? 1. As cores mais complexas têm 70-80% de partículas de alumínio. Podem levar na sua formulação alumínios finos, médios e grossos, tornando complicada a correta colocação dos ditos pigmentos metálicos ao mesmo tempo. Não obstante, para melhorar a aplicação e distribuição, as marcas de equipamentos aerográficos criaram bocais específicos para a sua pulverização. 2. Estas cores acusam mais o ângulo de incidência da luz, ou flip/flop (alteração de cor ao observar o revestimento de diferentes
Prata metalizado
Pigmentos Xirallic
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reparação
Catálogo de cores metalizadas
ângulos). Quando se vê o revestimento de frente parecerá mais claro do que quando se vê de um ângulo de maior visão. 3. As partículas de alumínio finas são mate, menos problemáticas que as de alumínio grosso, que são brilhantes e refletem maior quantidade de luz. Portanto, as colores com elevada percentagem de pigmentos de alumínio grosso acusam em maior medida o efeito flip/flop. 4. As cores metalizadas puras acusam em maior medida a variação dos parâmetros de preparação e aplicação, podendo surgir numerosos defeitos no acabamento: 4.1. Sombras ou manchas, provocadas por uma distribuição irregular das partículas metálicas. 4.2. Concentração de alumínio sobre o acabamento, por excesso de calor na aplicação, dissolventes ou águas de aplicação muito rápida, excesso de pulverização da base bicamada, humidade relativa muito baixa, etc. 4.3. Alterações notáveis no flip/flop, devido a aplicações muito secas ou muito húmidas. Com pleno direito, as cores com uma percentagem elevada de alumínio na sua formulação obtiveram a qualificação de “cores conflituosas”. No entanto, para cada problema, o pintor possui uma solução. CORES DOURADAS OU CHAMPANHE As cores bege ou “champanhe” podem sofrer alterações na sua vivacidade e altura de tom e, em menor medida, na sua tonalidade, segundo os parâmetros de aplicação anteriormente descritos nos acabamentos metálicos. Costumam ser formuladas por uma elevada percentagem de cor alumínio, a qual é acompanhada por mais quatro cores: duas cromáticas (roxo e verde) e duas acromáticas (branco e preto). Ao variar os parâmetros de aplicação podem perder parte da sua tonalidade bege ou champanhe, em detrimento de uma cor mais suja e metálica, dado que as partículas metálicas mal posicionadas ou posicionadas ao contrário contribuirão para uma cor negra, alterando a correta reprodução do bege.
Alumínios standard
CORES METALIZADAS COM UMA LIGEIRA TONALIDADE Contêm uma grande quantidade de pigmentos metálicos, de 55 a 65%, misturados com
Cores douradas e champanhe
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NOS TONS COM EFEITO METALIZADO ENCONTRA-SE UM GRANDE NÚMERO DE CORES CONFLITUOSAS
Brilho das cores Xirallic
Variação dos parâmetros de aplicação
um ou vários pigmentos, que conferem o comprimento de onda dominante, dando uma tonalidade à cor. Ao modificar os parâmetros de aplicação, podem observar-se defeitos como pequenos desvios da cor. Em menor medida que os prata puros, estas cores podem sofrer sombras ou manchas visíveis nas zonas horizontais dos veículos. CORES PEROLADAS E XIRALLICS As cores mais delicadas são aquelas que contêm entre 50-60% de pigmentos perolados e Xirallics. Quando a luz incide diretamente sobre elas, estes dois tipos refletem uma cor, e uma segunda quando a luz atravessa a partícula e encontra um fundo, refletindo, assim, duas cores. Ao alterar os parâmetros de aplicação, os perolados e Xirallic sofrem variações da tonalidade e/ou da altura de tom. E também dependendo do ângulo de visão com o qual se observem. Todos sofrem de metameria (apreciação de uma cor de diferente tonalidade, dependendo da luz com que se ilumine). A transparência é a característica mais comum e típica destes pigmentos, de forma que são cores delicadas que requerem, por vezes, uma cor de fundo para melhorar a sua opacidade e que o efeito perolado reflete corretamente. Os fabricantes de tintas desenvolveram uns sistemas de aparelhos denominados “escala de cinzentos” e/ou aparelhos de cor, que ajudam as cores peroladas a melhorar a sua opacidade e colorimetria. Existe um bom número de cores, tonalidades e acabamentos, mais difíceis de reproduzir que outros. Encabeçam este grupo os pratas e champanhe, para os quais a colocação, formas e tamanhos das partículas metálicas, os ângulos de reflexão da luz, e os parâmetros de aplicação são vitais para os reproduzir perfeitamente. Logo a seguir, também difíceis, são os acabamentos perolados e Xirallics, sobretudo quando não se seguem os processos idóneos de pintura, não se aplicam as camadas de fundo apropriadas, ou não se observam sob uma ótima fonte de luz, que emite a luz do sol.
Acabamento metalizado
A CESVIMAP RECOMENDA… PROBLEMAS
SOLUÇÕES
Alterações notáveis do flip/flop (mudança
Controlar os parâmetros de aplicação: velocidade de aplicação, posição das peças, pico de
do ângulo de reflexão)
fluido, distância em relação à peça, proporções de diluição, etc.
Sombras ou manchas
Utilizar equipamentos aerográficos específicos para estes acabamentos. Usar bocais de pulverização específicos para estas cores
Concentração de alumínio - pintura muito
Respeitar as especificações técnicas do fabricante descritas na ficha técnica.
áspera
Controlar a temperatura e a humidade de aplicação.
Perda de tonalidade, resultante de uma
Realizar uma prova de verificação previamente à aplicação final.
cor mais suja nas cores bege
Respeitar as indicações do fabricante sobre a forma de aplicar a tinta e o número de demãos a dar.
Falta de opacidade nas cores perladas
Utilizar os fundos ou aparelhos recomendados pelo fabricante para cada cor de acabamento. Não diluir em excesso a mistura de tinta. Seguir as especificações técnicas recomendadas pelo fabricante para este tipo de cores.
Metameria ou diferenças de tonalidade
Manutenção correta das luminárias da estufa. Equipamento ótico de transmissão de luz do dia. Utilizar e respeitar os básicos indicados em cada fórmula de cor.
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REPARAÇÃO PARCERIA
CITROËN C1 1.0I 68 LIVE 5P CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO POTÊNCIA (CV)
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CILINDRADA (CC)
998
EURONCAP 40/20/30 CO2 95 TRANSMISSÃO MANUAL CAIXA DE VELOCIDADES
5 VELOCIDADES
CARROÇARIA BERLINA DESPESAS
Manutenção
Citroën C1
O C1 é o citadino da Citroën. Como acontece com o seu tamanho, também o custo de manutenção é diminuto, com um custo por cada 100 km percorridos de apenas €2,75.
O
Citroën C1 é a resposta da marca francesa às necessidades de mobilidade urbana e está disponível nas variantes de três e cinco portas, bem como na versão com teto de abrir Airscape. Com uma imagem exterior apelativa e um design interior ergonómico, o seu tamanho diminuto facilita o trânsito na cidade. Apesar disso, não dispensa uma bagageira com uma capacidade de 196 litros, extensível até aos 780 litros, nem alguns elementos de conforto, como a climatização automática, o banco do condutor regulável em altura e dez compartimentos de arrumação ocultos. Nesta sua variante de 998 cc de cilindrada e 68 cv de potência, com o nível de equipamento Live e na variante de cinco portas, o citadino francês custa, por cada 100 km percorridos, meros €2,75 (+IVA). O custo total de manutenção é de €3294,67, dos quais a fatia maior pertence às revisões, com um total de €1079,60. Nesta categoria, as 12,6 horas de mão-de-obra necessárias para as intervenções previstas são o que leva a maior parte deste valor, €437,60, seguindo-se €312,98 para as oito trocas de óleo semissintético necessárias e €278,32 para os filtros de óleo (8), ar (2) e pólen (8). Completam esta “categoria” os €50,70 gastos nas duas trocas de velas.
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As peças de desgaste ocupam a segunda maior fatia deste “bolo”, cabendo-lhe um total de €1049,59. Neste particular, €620,80 dizem respeito às pastilhas de travão, seguindo-se €131,60 para os discos da frente e €119,90 para as escovas do limpa-para-brisas, também da frente. Não nos podemos esquecer ainda dos €100 necessários para a carga do ar condicionado e dos €34,73 gastos com líquido de travões. Os pneus 165/65 R14T levam €796,02 do total de custos de manutenção. Este valor divide-se entre €649,42 para a compra dos dez pneumáticos necessários durante este intervalo de tempo/quilometragem, €45 para três alinhamentos da direção, €76,60 destinados à equilibragem das rodas e €25 para as trocas de válvulas. Para o cômputo final devem ainda contabilizar-se €27 para a IPO obrigatória e €342,46 de inflação. Na análise realizada ao plano de manutenção previsto pela marca para um período de 48 meses e 120 mil km foram contemplados alguns valores de base, como sendo o da mão-de-obra, calculado sobre a média nacional de €34,73, e um valor médio para o óleo semissintético utilizado, que é de €12,62/litro. A todos os valores apresentados na tabela e nestas linhas acresce o IVA à taxa legal em vigor.
VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES
REVISÕES
1.079,60 €
MÃO-DE-OBRA
437,60 €
[12,60]
ÓLEO
312,98 €
[8]
CAPACIDADE DO CÁRTER (LITROS)
3,1
TIPO DE ÓLEO
SEMI-SINTÉTICO
FILTRO DE ÓLEO
92,80 €
FILTRO DE AR
44,88 €
[8] [2]
FILTRO DE PÓLEN
140,64 €
[8]
FILTRO DE COMBUSTÍVEL
- €
[0]
VELAS
50,70 €
[2]
DESGASTE
1.049,59 €
LIMPA PARA-BRISAS FRENTE
119,90 €
LIMPA PARA-BRISAS TRÁS
42,79 €
[2]
PASTILHAS FRENTE
398,26 €
[4]
PASTILHAS TRÁS
222,32 €
[2]
DISCOS FRENTE
131,60 €
[1]
DISCOS TRÁS
- €
[0]
LÍQUIDO DE TRAVÕES
34,73 €
[2]
CORREIA DISTRIBUIÇÃO
- €
[0] [0]
[4]
EMBRAIAGEM
- €
CARGA AR CONDICIONADO
100,00 €
[1]
BATERIA
- €
[0]
AMORTECEDOR FRENTE
- €
[0]
AMORTECEDOR TRÁS
- €
[0]
BOMBA ÁGUA
- €
[0]
FILTRO PARTÍCULAS
- €
[0]
TAREFAS EXTRA
- €
[0]
AVARIAS
- €
[0]
ELÉTRICAS
- €
[0]
TOTAL
- €
[0]
PNEUS
796,02 €
PNEUS FRENTE
165/65R14T
PNEUS TRÁS
165/65R14T
PNEUS
649,42 €
ALINHAMENTO DE DIREÇÃO
45,00 €
[3]
EQUILIBRAGEM
76,60 €
[10]
VÁLVULA
25,00 €
[10]
OUTROS
369,46 €
IPO
27,00 €
INFLAÇÃO
342,46 €
AJUSTES
- €
CUSTOS DE MANUTENÇÃO TOTAL
3.294,67 €
/100 KMS
2,75 €
COMBUSTÍVEL * VALORES SEM IVA
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ESPECIALISTA
PNEUS
Reifen
Realidades diversas A Reifen China 2015 pôs a nu algumas dificuldades por que passa o mercado chinês. Na Alemanha, a edição de 2016 está já em marcha. TEXTO JOSÉ MACÁRIO
T
erminada que está a Reifen China 2015, a feira organizada pela China United Rubber Corporation (CURC) em conjunto com a Messe Essen GmbH, o foco desta empresa alemã volta-se para a edição de 2016 da Reifen, a maior feira mundial de fabricantes de pneus. Se atentarmos aos 600 expositores de 20 países diferentes presentes na feira chinesa, que ocuparam os 45 mil m2 do Centro de Exposições de Xangai, o saldo poderá ser considerado positivo, mas o facto de a organização ter optado por realizar este evento conjuntamente com a Rubber Tech – algo que apenas havia acontecido durante a edição de 2008, em plena crise mundial – poderão ser tiradas ilações sobre as condições do mercado dos pneus naquele país.
“CRISE” CHINESA Ma Junhua, presidente da CURC, declarou à imprensa internacional que os fabricantes e
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vendedores de pneus naquele mercado estão a braços com dificuldades significativas, que têm origem tanto nas tarifas de importação dos EUA como no alargamento do mercado chinês e ainda no baixo preço das matériasprimas. Tal situação faz com que o mercado esteja saturado com produto, o que obriga os preços a descer e faz com que algumas empresas sejam forçadas a fechar portas, fruto de vários anos de produção excessiva. Segundo Ma Junhua, a cultura enraizada de venda de elevados volumes de pneus, em vez de apostar em Pesquisa e Desenvolvimento e construção de marca, faz com que este clima esteja a afetar de forma particularmente grave os produtores chineses. Durante o certame chinês foram várias as empresas que revelaram à imprensa que muitas fábricas chinesas pararam a produção ou estão a laborar a 50% da sua capacidade. Tudo isso contribui para um clima em que
a exposição numa feira, ainda que com a dimensão desta, não esteja no topo das prioridades das empresas que já haviam estado na edição anterior da Reifen China. Ao mesmo tempo que o certame da CURC está sob grande pressão, os outros eventos do grupo estão a conseguir uma dimensão considerável noutros países, caso da Rubber Tech Europe, que no ano passado se havia lançado no evento alemão da Messe Essen e que agora se prepara para estender atividade na Tailândia e na Índia, entre outros mercados convidativos. ALEMANHA A CRESCER Durante a Reifen China, Oliver P Kuhrt, diretor da Messe Essen, falou dospreparativos já em marcha para o certame alemão, o maior evento do setor, afirmando mesmo que, em conjunto com a Rubber Tech Europe – “serão implementados novos standards” para este tipo de feiras.
Mais recentemente, a Messe Essen divulgou os primeiros vinte nomes de marcas produtoras de pneus que marcarão presença na edição de 2016 da Reifen. Assim, esta feira, que se realizará entre 24 e 27 de maio do próximo ano, conta já com a presença de players chave no mercado dos pneus, como Bridgestone, Continental, Cooper Tires, Goodyear, Falken Tyre Europe, Hankook, Maxxis, Michelin, Pirelli e Yokohama. Da mesma forma, a organização revelou que existe uma elevada procura de espaço de exposição por parte de fornecedores de produtos para a indústria dos pneus e para as oficinas, como é o caso de Corghi, Rema Tip Top e Snap-on, que estão já confirmados como expositores. Se as perspetivas da feira chinesa merecem algumas reservas, no caso alemão, os dados revelados pela organização apontam para um crescimento de 15% no número de expositores face à edição de 2014, com a proporção de empresas internacionais participantes também a crescer. Frank Mertz, principal responsável pela edição de 2016 da Reifen, mostrou-se contente com a resposta por parte dos expositores: “Há muito tempo que Essen tem sido o centro da PUBLICIDADE
A realização em simultâneo da Reifen China e da Rubber Tech é um indício de que o mercado chinês de pneus já viu melhores dias. Há mesmo fábricas a fechar portas ou a laborar a apenas metade da sua capacidade.
indústria dos pneus e a história de sucesso da Reifen deverá continuar. O número de inscrições recebidas até agora demonstra o elevado nível de confiança na nossa feira junto da indústria mundial. Juntamente com
os eventos associados, a Rubber Tech Europe e a Future Tire Conference, oferecemos aos visitantes uma feira de âmbito alargado e um programa de conferências que deverá redefinir os standards neste meio.”
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pneus NANKANG
NOVO PNEU PARA GAMA 4×4/SUV
Goodyear
Novo UltraGrip Performance
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Goodyear acaba de anunciar o lançamento de um novo pneu de inverno de elevada prestação: o UltraGrip Performance. Este pneumático oferece uma aderência e manuseamento “de excelência” para enfrentar as diferentes condições climáticas no inverno, estando já disponível no nosso mercado. O novo pneu caracteriza-se pelos canais otimizados mediante um sistema de entrelançado, um desenho de banda mais evoluído e um grande número de ativadores de blocos que proporcionam uma aderência melhorada e um elevado manuseamento em todas as condições de inverno. As fissuras hidrodinâmicas melhoram a resistência em aquaplaning e granizo em
estradas molhadas ou com restos de neve e a superfície mais quadrada, que facilita a distribuição de pressão de forma mais uniforme, traduz-se num melhor rendimento em superfícies secas e geladas durante toda a vida do pneu. A banda conta com um indicador de desgaste que permite ao condutor mudar de pneus dentro dos intervalos adequados, mantendo assim um rendimento ótimo em todas as condições de inverno. A nova linha UltraGrip Performance conta com 38 medidas de pneu para turismo e SUV, dirigidos a veículos médios e grandes, com a seguinte gama de tamanhos: secção de 295 a 255, perfil de 40 a 65 e diâmetro de arco de 15’’ a 19’’. A gama de preços oscila entre os €116 e os €372, dependendo das medidas.
O SP-9 é o novo pneu da Nankang para a gama 4×4/SUV Premium. Este novo modelo da Nankang, marca comercializada em Portugal pela Dispnal Pneus oferece quatro rasgos longitudinais largos, que melhoram a eficiência de drenagem e capacidade de manobra do pneu em condições de piso molhado. Ao mesmo tempo, as lamelas uniformemente finas do SP-9 reduzem o impacto na estrada, melhorando a condução e aumentando o conforto. Para este conforto contribui também a tecnologia de simulação em computador de cinco campos, que reduz o ruído a alta velocidade. O desenho centrado na banda de rolamento proporciona uma melhoria constante na condução.
RENAULT
VECTOR 4SEASONS EQUIPA KADJAR A Renault anunciou ter elegido os pneus Goodyear Vector 4Seasons, no tamanho 215/60R17 96H como equipamento original. Este pneu dos produtos da marca norte-americana para todas as estações foi selecionado por usar a tecnologia Weather Reactive (composto de sílica e SmartTRED) para melhorar o controlo em quaisquer condições
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atmosféricas. Izabela Bronikowska, Diretora de Marketing da Marca Goodyear EMEA afirmou: “Estamos muito entusiasmados por fazer parte do lançamento deste novo veículo com a Renault. O veículo é muito ousado e possui uma versatilidade sofisticada, sendo capaz de alternar entre os modos 4×2 e 4×4.”
COOPER TIRE
NOVO ZEON CS8 JÁ DISPONÍVEL Existe um novo pneu no mercado dedicado ao segmento dos turismos de altas prestações. Trata-se do Cooper Zeon CS8, um pneu concebido para equipar veículos cujas velocidades são uma constante. A Cooper Tire Europe refere que entre os atributos do Zeon CS8 conta-se uma ótima maneabilidade e um maior consumo de combustível, bem como uma maior aderência em piso molhado. Este pneu recebeu a classificação A da etiqueta europeia na categoria da aderência em piso molhado.
Mercedes-Benz
EfficientGrip no Mercedes-Maybach Classe S
DUNLOP
ROADSMART III PASSA À PRODUÇÃO O Dunlop RoadSmart III está já em fase de produção. Estará à venda em janeiro de 2016 e a gama vai incluir 18 tamanhos e especificações, permitindo cobrir as grandes motos Sport Touring até às motos de média dimensão da última geração. O RoadSmart III foi projetado tendo com o objetivo de responder às necessidades dos motociclistas que circulam nas estradas da Europa. Para criarem um pneu de elevado desempenho, os engenheiros da Dunlop realizaram um programa de desenvolvimento e testes de 31 meses, com a inclusão de 1,2 milhões de quilómetros de provas. Andy Marfleet, Diretor de Marketing, Dunlop Moto para a Europa, explica como foi desenvolvido o programa de testes: “Para concretizar o nosso objetivo, que consistia em ter um pneu excecional dentro da sua categoria, avaliamos mais de 200 compostos e opções de construção diferentes. Ao longo de 31 meses, o nosso intensivo programa de testes concentrou-se em novos materiais, protótipos de banda e desenvolvimento de compostos avançados para obter a especificação final do pneu.”
KUMHO
FÁBRICA AMERICANA EM 2016 CApós um investimento superior a 420 milhões de dólares, a Kumho Tyres prepara-se já para a inauguração da sua plataforma de produção nos Estados Unidos da América, mais concretamente no Estado da Georgia, o que acontecerá nos primeiros meses do próximo ano. Segundo anuncia a marca de pneumáticos, ali serão produzidos cerca de quatro milhões de pneus por ano. Estes números fazem inclusive parte da política de crescimento da empresa, que nos próximos anos prevê apresentar novos produtos a nível global.
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Mercedes-Maybach Classe S passará a estar equipado com pneus de 19 polegadas Run on Flat Goodyear EfficientGrip nos tamanhos 245/45R19 102Y XL para aplicação no eixo dianteiro e 275/40R19 101Y para aplicação no eixo traseiro. Quem optar por pneus de 20 polegadas, receberá os Run on Flat Goodyear Eagle F1 Asymmetric 2 no tamanho 245/40R20 99Y XL para aplicação no eixo dianteiro e 275/35R20 102Y XL para aplicação no eixo traseiro. Todas estas aplicações têm marcação MOE indicativa de pneus fabricados pela Goodyear para a Mercedes. O aspeto exclusivo destas aplicações é a tecnologia SoundComfort integrada no pneu, que o torna um equipamento único. A tecnologia SoundComfort consiste numa espuma de poliuretano de células abertas que se encontra na superfície interior do pneu. A tecnologia amortece o pico sonoro
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de Ressonância da Cavidade do Pneu (TCR), que se produz quando o pneu rola sobre uma superfície, até 11 dBA e a redução de ruído que se obtém no interior do veículo pode atingir 4 dB, o que faz com que o habitáculo do veículo seja bastante mais silencioso num amplo leque de velocidades.
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pneus
Continental
Conti Hybrid HT3 nos reboques Schmitz
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Continental e a Schmitz Cargobull reforçaram a sua colaboração, com o fabricante de reboques para camiões a incluir o Conti Hybrid HT3 como pneu de série no seu portefólio de produtos. Lançado na passada primavera, o Conti Hybrid HT3 é um pneu para reboques especialmente concebido para utilização tanto em estradas regionais como em autoestradas. Graças ao novo composto de borracha do piso, este pneu oferece uma maior quilometragem e um melhor desempenho em piso molhado em comparação com o seu antecessor. Além disso, e por via da otimização da resistência
ao rolamento, contribui para uma maior poupança de combustível. A parceria entre a Continental e a Schmitz Cargobull remonta há mais de três décadas. Falando sobre este reforço da colaboração entre os dois fabricantes, Peter Matzke, Diretor do departamento de Pneus para Equipamento de Origem de Camiões na Continental sublinhou: “Estamos bastante satisfeitos pelo facto de a Schmitz Cargobull ter incluído o nosso Conti Hybrid HT3 no seu portfólio de equipamento original, reforçando ainda mais a nossa longa colaboração.”
PRÉMIOS PNEU DO ANO
GOODYEAR FUELMAX VENCE TROFÉU
JEEP
RENEGADE ELEGE CRUGEN PREMIUM A Jeep elegeu a Kumho para equipar de série o novo Renegade. Os pneus escolhidos para o efeito foram os Kumho Crugen Premium KL33, e as dimensões eleitas foram as 215/60R17 100V XL e 225/55R18 98H. Estes pneus da marca coreana serão montados na unidade de produção da Fiat
Chrysler Automobiles (FCA) em Melfi, Itália. Os Kumho Crugen Premium KL33, proporcionam um elevado conforto em marcha e altas prestações na manobrabilidade, com baixos níveis de ruído, ao mesmo tempo que ofrece uma ótima tração tanto em seco como em molhado.
BFGOODRICH
NOVO PNEU PARA SUV E CROSSOVERS URBANOS A BFGoodrich apresentou em exclusivo para o mercado europeu a gama Urban Terrain T/A. Esta proposta permite uma maior amplitude de utilizações, ou seja, para além de o condutor poder circular em percursos urbanos, poderá também ultrapassar os mais variados obstáculos dentro das grandes cidades, onde são muitas as armadilhas escondidas, como por exemplo buracos no pavimento ou o mau estado do alcatrão. Entre as
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qualidades apontadas pelo fabricante relativamente ao Urban Terrain T/A destacam-se a expulsão da água em piso molhado, devido aos seus largos canais longitudinais, e a maior robustez na conceção da carcaça, isto a par com um desgaste mais lento e regular deste novo pneu. Este allseason é fabricado em três fábricas europeias da BFGoodrich – Cholet e Roanne, em França, e Olsztyn, na Polónia).
Na XVI Edição dos Prémios para Pneu do Ano a Goodyear recebeu o galardão máximo na categoria de veículos pesados. O Goodyear Fuelmax foi o eleito, tendo-se destacado na categoria Camião pela sua poupança de combustível e pela redução das emissões de CO2 que gera, anunciando economias de até 1,6 litros por cada 100 km. Os gestores de frotas que integraram o júri aplaudiram esta eficiência de combustível, um parâmetro que assume um peso cada vez maior no momento de optar por um pneu ou por outro. “A satisfação dos milhares de clientes que já usam estes pneus nos seus camiões é uma reafirmação de que possuímos o melhor produto do mercado”, declarou Pablo Martínez, Director da Unidade de Negócio de Veículos Industriais na Goodyear Dunlop Iberia.
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JURÍDICO
Ilegalidades na venda de usados
É MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO
Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia.
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surpreendente o que se encontra ao passar os olhos pelos sites de vendas de automóveis usados no que se refere à diversidade de exclusões e limitações da garantia oferecidas por vendedores profissionais e que constituem, em si mesmo, uma violação à lei. Se o cenário em sites é mau, um périplo por stands de usados à beira da estrada é ainda mais assustador. Prevê a lei, no Decreto Lei 67/2003 de 9 de Abril com as alterações que lhe foram introduzidas pelo 84/2008, de 21 de Maio, que na venda de automóveis usados deve ser conferido ao veículo um período de garantia de 2 anos, podendo no entanto aquele prazo ser reduzido até um mínimo de 1 ano, se as partes assim o acordarem. Tudo o que vá além desse ano mínimo infringe a lei, seja em termos de tempo, seja em termos da amplitude da garantia. Em termos gerais, a existência da garantia não poderá em qualquer circunstância estar sujeita a um qualquer agravamento de preço, não poderá ter uma validade inferior a um ano contado da data em que o veículo foi colocado à disposição do comprador e deve cobrir todos os componentes do veículo, com excepção daqueles que se desgastam com o seu uso regular, o vulgarmente denominado “material de desgaste rápido”, como sejam pneus, faróis, pastilhas de travão, escovas do limpa pára-brisas e outros similares. São ilegais todas as estratégias de vendedores profissionais que, de alguma forma, façam depender o preço praticado da garantia oferecida, que limitem essa garantia a determinadas partes do carro (como por exemplo “motor e caixa de velocidades”, como se vê tanto) ou que pura e simplesmente anunciem que o veículo é vendido sem qualquer garantia. À excepção do acordo
legalmente previsto de redução do período de garantia de 2 para 1 ano, todo e qualquer outro acordo que limite a garantia é nulo e sem valor, aplicando-se nessa circunstância a solução que resulta da lei. Obviamente, tratando-se de um carro usado, e dependendo do estado, do preço, da idade não se poderá legitimamente esperar que, comprando um carro muito velho por um valor insignificante, aquele tenha as condições de um veículo em primeira mão e, assim sendo, não podemos exigir ao vendedor a troca por um carro novo assim que nos depararmos com um defeito mínimo. Perante a falta de conformidade do veículo, o comprador tem, à sua escolha, o direito à reparação, à substituição, à redução adequada do preço ou à resolução do contrato. Sendo necessária a reparação, esta deve ser executada num prazo razoável (que não deve ultrapassar os 30 dias) e deve causar o mínimo inconveniente possível ao consumidor. Não sendo este prazo cumprido, pode e deve o comprador escrever uma reclamação no livro respectivo para que a autoridade competente possa analisar a situação reportada e, justificando-se, aplicar a multa correspondente. Há que ter em atenção que, verificado um defeito ou desconformidade, deve este ser reportado ao vendedor num prazo máximo de 60 dias contados do seu conhecimento. Uma vez que o não respeito pelo prazo implica a extinção dos direitos atribuídos pela lei, aconselha-se que sempre que se verifique um defeito ou desconformidade, e sem prejuízo de uma conversa com o vendedor, deve a informação ser processada por escrito, identificando-se o defeito, a data da sua verificação e a data em que é feita a comunicação.