Turbo Oficina 044

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N.º 44 | JANEIRO 2016 | 2,2€

PROTAGONISTA PEDRO TEIXEIRA, DIRETOR-GERAL DA CONTINENTAL PNEUS PORTUGAL, APELA À REGULAÇÃO NA ETIQUETA EUROPEIA HUGO CARVALHO, RESPONSÁVEL IBÉRICO DA VULCO, DESVENDA OBJETIVOS E ESTRATÉGIA PARA 2016 AFTERMARKET O BALANÇO DE 2015 E AS EXPETATIVAS PARA 2016

PNEUS

PRESENTE E FUTURO De um inquérito ao consumidor aos mais recentes players do mercado, passando por novos produtos, tendências europeias e desafios para o setor, levamos-lhe a informação mais relevante do mundo dos pneus PUBLICIDADE



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sumário

ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES

N.º 44 | JANEIRO 2016

MONROE SELO DE CAPA GATES RODAPÉ CAPA ALPINE VERSO CAPA TRW PÁG. 5 GALP PÁGINA 11 FILOURÉM PÁGINA 15 RPL CLIMA PÁGINA 25 DEKRA PÁGINA 27 CEPRA PÁGINA 29 CARF PÁGINA 35 MCOUTINHO PÁGINA 39 EXPOMECÂNICA PÁGINA 43 CENTRO ZARAGOZA PÁGINA 49 TYRE PROTECTOR PÁGINA 53 ASSINATURAS PÁGINA 61 BLUEPRINT PÁGINA 65 CESVIMAP VERSO CONTRA CAPA BMW CONTRA CAPA

MARCAS NESTA EDIÇÃO AGUESPORT 37 ALECARPEÇAS 26 ALPINE 50 ARNOTT 51 AUTO NURSE 24 AUTOZITÂNIA 26 BILSTEIN 52 BLUE PRINT 52 BMW 26, 48 BOSCH 50 BRISA 28 CAR ACADEMY 27 COMETIL 25 COMPETINSTANTE 28 CONTINENTAL 16, 32, 52 DELPHI 51, 60 DISPNAL 37 ERRECOM 28 EURO TYRE 37 EUROPART 54 FEBI 52 FEDERAL-MOGUL 52 FILOURÉM 26 FIRST STOP 25 F OXWELL 27 HERTH+BUSS 53 IMPERFIL 52 JONNESWAY 27 JP TOOLS 27 JURID 52 LEASEPLAN 42 LIQUI MOLI 51 LUSILECTRA 27 MERCEDES-BENZ 26, 46 MEYLE 52 NEX 30, 37 NGK 54 NISSAN 64 NTK 26 OLEOBLITZ 34 PRO4MATIC 26 RINO 24 ROBERLO 54 RPL 28 RS CONTRERAS 37 SIKA 28 SNAM 51 SONICEL 34 SPIES HECKER 54 SWAG 52 TIPS4Y 10, 13, 28 TIRSO PNEUS 37 TYRE PROTECTOR 32 VIEIRA & FREITAS 26 VULCO 20

dossier P. 36 Pneus. Presente e Futuro

Este mês revelamos-lhe as informações mais importantes para o setor dos pneus. Realizámos um inquérito ao consumidor para que saiba o que os seus clientes esperam de si, apontamos os desafios do setor, analisamos as tendências do mercado e os custos para as gestoras de frotas.

1 RADAR

4 ESPECIALISTA

P. 6 Futuro do setor

P. 30 NEX

P. 10 Reunião DPAI

P. 32 Tyre Protector

P. 12 26.ª Convenção ANECRA

P. 34 Oleoblitz

2 PROTAGONISTA

5 RAIO X

P. 16 Pedro Teixeira, da Continental

P. 46 Comercial do mês - Mercedes-Benz Citan

Pneus Portugal

P. 48 Radiografia BMW Série 7

“Sem sistemas de supervisão eficazes no cumprimento dos requisitos legais, os fabricantes europeus estão em desvantagem”

P. 50 Notícias internacionais P. 55 Barómetro Informa D&B

6 REPARAÇÃO P.56 tecnologias aplicadas ao para-brisas

P. 20 Hugo Carvalho, da Vulco

P.60 Substituir braços da suspensão

“Temos de ter proximidade ao consumidor, para servi-lo dentro do que para ele é razoável”

Segundo a Delphi, “uma tensão demasiado elevada sobre o casquilho pode levar a rasgos na borracha”

3 REVISÃO

P.62 A dinâmica do negócio

P. 24 Novidades do mercado

P. 64 Manutenção Nissan Juke

OPINIÃO P. 82 Consultório jurídico JANEIRO 2016

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EDITORIAL

Sucesso e determinação

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arranque de um novo ano é quase sempre marcado pela reflexão e fixação de objetivos. Este não deve ser exceção. Desde logo porque sendo cada vez mais complexos os desafios que temos pela frente, a verdade, também, é que a capacidade para os enfrentar depende, em larga medida, de sermos ou não capazes de resolver problemas mais antigos, que, ano após anos, persistem nas preocupações de todos nós. Puxemos o filme atrás (uma década é suficiente), e coloquemos numa folha em branco aquelas que, então, se assumiam como as cinco maiores ameaças para o setor: contrafação/falta de fiscalização; formação débil das equipas; descapitalização das empresas, concorrência desleal por parte de empresas que não pagam os seus impostos (novamente ausência de fiscalização); dificuldade de acesso à informação. Claro que poderíamos facilmente elencar outras tantas preocupações, porventura igualmente graves, mas estas nunca deixavam de ser mencionadas sempre que conversávamos com alguém dos diferentes setores. Acionamos agora a tecla “fast forward” e o que vemos? Exatamente a mesma “cena”: os mesmos intérpretes, o mesmo “guião”. O que podemos concluir? Desde logo que este “filme” não vai acabar bem. A menos que despertemos para uma nova realidade, que nos desponhamos, realmente, a dar passos no sentido da resolução dos desafios antigos, não

vamos ser capazes de enfrentar com sucesso os novos tempos. O que isto significa, antes de tudo, é que uma parte substancial do futuro das empresas não depende do mercado, do Estado, desta ou daquela entidade cujo controlo nos escapa. Pelo contrário, depende de nós; de assumirmos que a mudança não é algo que tem de ser ditado ou começado pelos outros, mas sim por nós próprios. Que sem essa mudança, ao contrário do que aconteceu até agora, dentro de uma década não vamos estar aqui a “puxar o filme atrás”. Simplesmente porque “o filme” chegou ao fim para os menos capazes; para os que não perceberem que o caminho é longo mas tem de ser cumprido passo a passo. Para os que não compreenderem que problemas comuns resolvem-se em comunhão e não persistindo na ideia de que “o meu concorrente é o meu adversário”. O associativismo, felizmente cada vez mais capaz e melhor informado, por via das ligações internacionais que têm sido privilegiadas, desempenha aqui um papel vital e, se pensarmos que pouco mais de um terço das empresas do Aftermarket português participam na vida associativa, então fica clara, desde logo, uma das principais causas para tudo o que referimos atrás; para a persistência dos mesmos problemas ao longo de décadas. Neste início de ano, desejamos a todos os maiores sucessos. Que, em grande parte, podem começar numa palavra: determinação.

DIRETOR juliosantos@turbo.pt

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DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE JOSÉ MACÁRIO josemacario@turbo.pt REDAÇÃO

ANDREIA AMARAL andreiaamaral@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO

MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt COORDENADOR COMERCIAL GONÇALO ROSA goncalorosa@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777

Júlio Santos

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INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS



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ESPECIALISTA

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Reparação e aftermarket

O estado de arte do setor

A passagem de ano é sinónimo de reflexão sobre os objetivos alcançados e as oportunidades e desafios no horizonte. Tendo isso em conta, a TURBO OFICINA foi ouvir alguns dos players mais importantes do setor, e, os prognósticos são animadores. TEXTO ANDREIA AMARAL

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mbora ainda longe dos anos que precederam a crise, 2015 foi um ano caracterizado por uma ligeira recuperação económica, que se repercutiu, naturalmente, no global do setor automóvel e, em particular, nas atividades relacionadas com o aftermarket e com a reparação. Tendo-se verificado uma redução do número de encerramentos das empresas da área e um aumento no estabelecimento de

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novas empresas, registou-se um acréscimo no número total de negócios. Na base desta evolução positiva esteve, de acordo com o secretário-geral da ANECRA, Jorge Neves da Silva, “a melhoria das condições económicas e sociais do país, inerentes a uma ligeira recuperação do poder de compra, ao aumento do índice de confiança dos consumidores e a uma atenuação das restrições à concessão de crédito”.

NOVA SENSIBILIDADE Não obstante “ainda não estarmos ao nível de outros anos”, Neves da Silva vê com bons olhos a abertura de múltiplas microempresas, naquele que é um esforço de criação do próprio local de trabalho. Para além de considerar como muita positiva “a entrada de sangue novo no negócio, já que isso representa uma nova sensibilidade”, o responsável esclarece que, em muitos


A ECONOMIA PARALELA É UM DOS PRINCIPAIS ENTRAVES AO CRESCIMENTO DO SETOR DA REPARAÇÃO empresários.” Mas, mais do que um desafio, esta realidade apresenta-se também como uma oportunidade que deve ser aproveitada. Indicando que outro dos desafios que o setor enfrenta é a redução das margens, que leva a que estes sejam negócios com pouca rentabilidade, e que será preciso encontrar soluções para contrariar esta tendência, o secretário-geral da ANECRA enuncia ainda que a associação prosseguirá na luta pela concorrência em igualdade de condições, identificando, a título de exemplo, a comercialização de produtos como baterias em grandes superfícies sem obrigatoriedade de cumprimento das respetivas obrigações ambientais.

casos, estas empresas representam também a passagem de diversas pessoas que, em anos anteriores e na sequência do elevado desemprego registado, integravam o pelotão da economia paralela para a economia real. De resto, segundo explica, este é mesmo um dos principais obstáculos que a atividade continua a enfrentar. “Além da economia paralela, inerente à proliferação de operadores clandestinos,

geradora de uma danosa concorrência desleal e de uma considerável evasão fiscal, os empresários do setor têm, perante si, outras variáveis resultantes de uma verdadeira revolução tecnológica a que se assiste no mundo automóvel.” – defende – “As novas gerações de clientes e de viaturas comunicantes obrigarão a um adequado reposicionamento por parte dos novos profissionais e das novas gerações de

MELHORAR A RENTABILIDADE Para António Teixeira Lopes, presidente da Direção da ARAN, um dos principais obstáculos ao desenvolvimento da atividade é “a falta de apoio do Governo ao setor”. Segundo refere, “os Governos conhecem demasiado bem o setor quando precisam de implementar impostos. Fora disso esquecem-no”. Na sua opinião, este terá sido um dos grandes problemas em 2015, tal como o foi a situação económica do país: “Sem dinheiro, os portugueses não adquirem automóveis novos e não mandam efetuar reparações, ou só o essencial. Por outro lado, e intimamente ligado, está o índice de confiança, que obvia qualquer pedido de crédito.” Por isso, prevê que 2016 seja um ano ainda marcado pelo fraco poder de compra dos portugueses. “O novo Governo aparecia com muitas promessas, mas parece que nada vem. A eliminação da sobretaxa do IRS poderia dar um contributo ao setor automóvel. Também nada sabemos sobre o novo Orçamento de Estado e como irá tributar em sede de ISV e IUC”, confessa o presidente da ARAN. Como consequência, recomenda os empresários a “reduzir custos, melhorar a rentabilidade e apostar na fidelização do cliente, servindo-o de cada vez melhor em qualidade e em preço, como gostariam que os tratassem a si próprios”. INOVAÇÃO E FOCO NO CLIENTE Raquel Marinho, Responsável de Marketing da Bosch Car Service em Portugal, espelha as preocupações das empresas de reparação

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e sublinha também que “a existência da economia paralela, que afeta as oficinas legalizadas, continua ser um obstáculo” à atividade, tendo-se feito sentir no decorrer de 2015 e prevendo-se que assim prossiga. Da mesma forma, a responsável sublinha também que um dos desafios que se começa a apresentar é a assistência aos novos automóveis equipados com sistemas de telemática. “Levantam-se agora novas questões, tais como: quem é o dono do carro, quem compra ou quem vende? Quem decide onde o carro vai fazer a manutenção? De quem são os dados gerados pelos novos automóveis? Sabemos que a FIGIEFA está a defender a posição de uma concorrência justa entre os players e esperemos que assim venha a acontecer.” Destacando o bom desempenho das oficinas independentes multimarca, que, “cada vez mais oferecem maiores índices de confiança aos automobilistas, por adotarem boas práticas e estarem a dignificar cada vez mais o setor independente, competindo diretamente com as oficinas autorizadas das marcas de automóveis”, Raquel Marinho afirma ainda: “2016 será certamente mais um ano em que os consumidores no geral e os automobilistas em particular vão continuar a procurar serviços de manutenção e reparação automóvel que lhes assegurem o máximo de confiança ao preço mais justo. É neste compromisso que devemos focar-nos, segmentando a nossa oferta de forma o mais atrativa possível às diversas tipologias de clientes.” Assim, para 2016, a responsável deixa um conselho: “O cliente deve estar no centro de tudo, e é em função dele que as empresas devem gerir as suas atividades, com mente aberta e criatividade para conseguir inovar no sentido de uma cada vez maior satisfação do cliente.”

O aftermarket em Portugal deverá continuar numa rota de crescimento em 2016, ganhando terreno ao setor OEM

NECESSIDADE DE ESTRATÉGIAS CONJUNTAS 2015 foi também um ano positivo para a atividade relacionada com as peças. Segundo Joaquim Candeias, presidente da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, no ano passado foi “notório o crescimento generalizado da grande maioria das nossas empresas no aftermaket independente em Portugal”. O responsável identifica a consolidação de estratégias no setor como uma vitória e

ASSISTIR AUTOMÓVEIS COM SISTEMAS DE TELEMÁTICA É UM DOS DESAFIOS QUE O SETOR ENFRENTARÁ

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A consolidação de estratégias no setor das peças será essencial para o sucesso das empresas em 2016

As novas tecnologias vão mudar o paradigma de negócio, sobretudo dos reparadores independentes


considera que tal aposta terá “reflexo num futuro que se avizinha bem mais complexo e tecnológico”. Apesar de enunciar que a rápida evolução do mercado e do negócio será um desafio em 2016, Joaquim Candeias considera que este será um ano favorável para o aftermarket em Portugal: “Penso que uma vez mais o nosso setor irá conquistar market share ao tradicional OES, e assim crescer um pouco mais a todos os níveis, por isso eu estou totalmente convicto que 2016 será novamente um ano de oportunidades para muitos no IAM [Independent Aftermarket] em Portugal, apesar de ser algo que dificilmente terá continuidade deste modo, ou neste conceito ou filosofia de negócio, e que existe neste momento.” É nesse sentido que deixa um apelo: “O grande conselho que eu gostaria de deixar a todos os nossos empresários do aftermarket independente automóvel em Portugal, é que se unam em torno de estratégias conjuntas, planos de grupos, ou projetos de associações do setor, afim de os ajudar a enfrentar devidamente todas as barreiras que se estão a querer criar para o nosso setor, que isoladamente serão impossíveis de ultrapassar e superar de um modo saudável ou sustentável para o futuro.” NOVOS PLAYERS NO MERCADO Opinião semelhante à de Joaquim Candeias tem Pedro Barros, managing partner da Tips4Y: “Verifico que as empresas procuram agrupar-se, agir de forma coordenada e ganhar escala! É um bom sinal, mas não existe ainda uma cultura de partilha, pelo que terão o grande desafio de saber viver num novo enquadramento!”. No que diz respeito ao ano de 2015, o responsável afirma que “de uma forma geral, as empresas mostram maior saúde financeira, motivada por uma atenção mais cuidada no controlo de crédito dos seus clientes”. Igualmente relevante para o gestor é o facto de os empresários se terem mostrado mais disponíveis para formação e eventos, bem como o “interesse acima do normal das empresas pelo negócio digital”. Indicando que “já existem novos players a entrar no negócio do Pós-Venda” e que 2016 pode “reservar algumas surpresas”, Pedro Barros defende: “Espero que encarem os novos players como potenciais parceiros e não como ameaças, aqueles que olharem para o “copo meio cheio” vão ganhar!” Não obstante, revela ser importante estar atento à entrada de novos players no mercado e “saber ler nas entrelinhas onde pode estar o valor acrescentado que cada um pode aportar”, tendo em linha de conta que “as novas tecnologias vão ser um

PRINCIPAIS DIFICULDADES PARA A ATIVIDADE Do Inquérito da Conjuntura da Reparação Automóvel, um trabalho levado a cabo pela ANECRA com o intuito de caracterizar o setor da reparação em Portugal, saiu uma lista que identifica aquelas que são as principais preocupações dos empresários da área. E se não há dúvidas sobre quais são as duas principais dificuldades - a reparação clandestina e os atrasos nos recebimentos -, não deixa de ser curioso ver que nem sempre os problemas são sentidos da mesma forma pelas oficinas independentes e pelos reparadores autorizados.

PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS ASSINALADOS PELOS REPARADORES DE MARCA Reparação clandestina

69%

Atrasos nos recebimentos

44 %

Falta de clientes

30%

Excesso de empresas

29%

Custos de gestão ambiental

23%

Custos de operação

22%

Garantias longas

17%

Falta de pessoal habilitado

5%

Dificuldade no abastecimento de peças

4%

Viaturas evoluídas

0%

Falta de informação técnica

0%

PRINCIPAIS CONSTRANGIMENTOS À ATIVIDADE ASSINALADOS PELOS REPARADORES INDEPENDENTES Reparação clandestina

77%

Atrasos nos recebimentos

60%

Custos de gestão ambiental

46%

Excesso de empresas

43%

Garantias longas

30%

Custos de operação -

26%

Falta de clientes

21%

Viaturas evoluídas

18%

Falta de pessoal habilitado

12%

Dificuldade no abastecimento de peças

8%

Falta de informação técnica

6%

acelerador destas mudanças”. Por outro lado, Barros explica que os últimos dois anos imprimiram uma velocidade de crescimento ao mercado independente assinalável, mas que o mercado total do Pós-Venda vai-se reduzindo ano após ano, ou seja, o IAM ganha quota de mercado ao OE. Mas, na sua opinião, esta é uma tendência que irá regredir: “Acredito que a aceleração comece a reduzir o ritmo e desenganem-se aqueles que andam eufóricos com este crescimento! Os construtores automóveis estão a fazer o trabalho de casa e em breve sentiremos essas diferenças!” JANEIRO 2016

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Peças e acessórios

Mais empresas mas menos negócios Embora em menor número, as grandes empresas do Aftermarket são aquelas cujo volume de negócios mais cresce em Portugal. Já as mais pequenas enfrentam graves problemas de rentabilidade num setor cujo volume de negócios caiu 13%. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

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e acordo com o relatório do Observatório do Setor 2015, revelado durante a última reunião da Divisão de Peças e Acessórios Independentes, da ACAP, em 2014 aumentou o número de empresas nos setores do retalho e distribuição de peças mas, globalmente, o volume de negócios registou um decréscimo de 13%. O comportamento destas 1371 empresas, no entanto, não é homogéneo, sendo as maiores debilidades reveladas pelas empresas de menor dimensão (com faturação anual até 500 mil euros) que, estando em maioria (916) são as que experimentam maiores dificuldades, como fica patente no facto de o volume de negócios ter decaído, em média, 15%. De acordo com os números apresentados por Pedro Barros, da Tips4Y, a rentabilidade destas empresas tem decrescido continuadamente, com o financiamento a ser feito às custas dos distribuidores, pois os recebimentos são feitos a menos de 90 dias e os pagamentos aos distribuidores são realizados a mais de 120 dias. Já no escalão entre 500 e 2 milhões de euros, o número de empresas aumentou, sendo agora

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de 365, mas o volume de negócios decaiu 3% face a 2011. No entanto, merece destaque o crescimento de 2,9% na rentabilidade. Em tendência de crescimento estão, também, as empresas que faturam entre 2 e 5 milhões de euros anualmente. Atualmente são 63 e apresentam um incremento de 4% no seu negócio. Também a sua rentabilidade aumentou face a 2013: situa-se nos 5,1%, mais 1,1% do que naquele ano. O número médio de empregados é um sinal deste crescimento, pois aumentou dos 18,3 em 2013 para os 18,7 em 2014. No topo do mercado, as empresas que faturam acima dos 5 milhões de euros/ano são 36, menos duas que em 2013, mas mais relevante é o crescimento do negócio em 19% face a 2011, com uma margem bruta de vendas na ordem dos 23,2%. Desta análise ao desempenho do tecido empresarial do setor resulta claro que são as empresas de maior dimensão que denotam uma maior resiliência face à crise, ao mesmo tempo que se torna evidente que as de menor dimensão têm um importante caminho a percorrer para se adaptarem às novas

condicionantes, sob pena de verem o futuro comprometido o que, a acontecer, seria tão mais grave quanto elevado é o número de postos de trabalho que asseguram. O acesso à informação – o conhecimento das tendências e das melhores práticas – é, neste contexto, cada vez mais importante, como todos reconhecem, desempenhando o associativismo um papel fundamental. Ao fazer o balanço das atividades desenvolvidas em 2015, Joaquim Candeias, presidente da DPAI, não deixou de recordar isso mesmo, sublinhando que este foi um ano marcado por um conjunto de ações de extrema importância. Entre elas merece destaque a nomeação da DPAI para a direção da FIGIEFA, o que “traz boas perspetivas e melhor relacionamento com esta entidade. Para Portugal vem, assim, mais conhecimento, o que beneficia todos os players do setor independente”, sublinha o presidente. Por isso mesmo, o plano de atividades da DPAI para o ano que agora se inicia passa por uma maior presença nas reuniões europeias da FIGIEFA, com o intuito de continuar a trazer para o nosso país as boas práticas internacionais, bem como por uma maior dinamização associativa, para garantir mais representatividade do setor. Atualmente os associados da ACAP representam “20% das empresas do setor (…) mas precisamos de mais porque os desafios que aí vêm e todas as transformações que estão a surgir são perigosas para quem se deixa ficar isolado”, sublinha Joaquim Candeias. E como só o conhecimento do mercado permite encarar os desafios que se avizinham, a DPAI pretende ainda criar melhores canais de comunicação com os associados, para conhecer todas as necessidades das empresas em termos de qualificação dos seus quadros e oferecer soluções para essas lacunas, como é exemplo o Programa Avançado de Gestão para o setor do após-venda, em parceria com a Universidade Nova, e que arranca em fevereiro.



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ANECRA

O futuro em debate Foi sob a bandeira do futuro que na 26.ª Convenção da ANECRA se debateram muitos dos problemas atuais do setor do aftermarket: da economia paralela, um problema que atravessa gerações, às oportunidades criadas pelas novas gerações de automóveis. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

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ob a temática “Bem-Vindo ao Futuro!”, a ANECRA realizou, no Centro de Congressos de Lisboa, nos dias 27 e 28 de novembro, a sua 26.ª Convenção Anual, que contou com a participação de mais de 550 pessoas e com um conjunto alargado de oradores nacionais e internacionais. Entre os vários temas abordados, a economia paralela teve importância redobrada, uma vez que, de acordo com o mais recente inquérito de conjuntura realizado pela ANECRA aos seus associados, 69% dos reparadores oficiais e 77% dos reparadores independentes revelam ser esta a maior causa das suas preocupações. Para António Chícharo, presidente desta associação, a economia paralela sempre existiu, ainda que se tenha agravado a partir de 2007, com a conjuntura económica desfavorável. A esta junta-se a elevada carga fiscal sobres as empresas desta atividade, que chega a atingir mais de 30% do valor a pagar pelo cliente, a par com o baixo poder de compra dos consumidores. Joaquim Candeias, presidente da Divisão de Peças e Acessórios Independentes da ACAP, revelou que esta problemática também ensombra os seus associados, ainda que na distribuição de peças este tipo de economia seja de menor monta, por causa dos mecanismos de emissão de faturas. Ainda assim, Candeias registou o facto de muitos reparadores pedirem que as faturas não sejam emitidas em seu nome para evitar os impostos, contando com a cedência dos distribuidores, que não querem perder o cliente. O alívio da carga fiscal seria, de acordo com Joaquim Candeias, uma forma

PARA O PRESIDENTE DA ANECRA, AS AÇÕES DE FISCALIZAÇÃO NÃO CHEGAM PARA TRAVAR AS ILEGALIDADES

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de mudar mentalidades e garantir que mais empresas cumprissem as suas obrigações. Outra forma de combater este problema é através de uma fiscalização mais apertada. Neste particular o IGAMAOT desenvolveu durante 2015 uma campanha de sensibilização junto dos reparadores, desenvolvendo sessões de esclarecimento e ações de fiscalização. Mas para António Chícharo tais ações não são suficientes. O presidente da ANECRA defendeu na convenção a necessidade de certificar as empresas, criando ao mesmo tempo incentivos para que os consumidores as utilizem, em detrimento das oficinas clandestinas. Miguel Guimarães, da Associação Portuguesa de Seguradores, juntou à discussão que, atualmente, a legislação afirma que as indemnizações em caso de acidente devem ser pagas, sempre que possível, às oficinas reparadoras, mas o segurado continua a ter o direito de receber ele próprio a indemnização. Caso tal não fosse possível o pagamento seria feito sempre a oficinas certificadas, cortando-se mais uma fonte de rendimento às oficinas que enveredam pela clandestinidade. E porque a economia paralela se resume a falta de transparência, a nova lei 144/2015, que impõe a obrigatoriedade de as empresas referirem a existência de centros de resolução de conflitos, também ajuda a combater este problema, uma vez que – como refere Sara Matos, diretora do Centro de Arbitragem do Setor Automóvel – os consumidores saberão mais facilmente quem cumpre ou não a lei. A facilidade com que atualmente se podem encomendar peças online e tê-las entregues comodamente em casa dos consumidores também levanta questões de ilegalidade, pois facilmente se conseguem comprar peças e utilizá-las na reparação de automóveis sem a necessidade do pagamento de impostos. No entanto, Joaquim Candeias revela que este negócio não tem grande peso no mercado português e que está a ser desenvolvida legislação europeia própria sobre esta


Filipe Antunes (no topo) e Miguel Tranchete (acima) recebem os seus prémios das mãos de Alexandre Ferreira, vice-presidente da ANECRA

MELHOR GESTOR DO ANO 2015 No final da convenção realizou-se a entrega de prémios referentes ao 1.º concurso Gestor Oficinal do Ano, organizado pela ANECRA e pela Polivalor e que contou com a participação de gerentes, gestores de oficina, gerentes de peças e serviços, chefes de oficina, administradores, rececionistas e mecânicos, num total de mais de 52 participantes. O concurso decorreu com base numa plataforma online (desenvolvida pela Moonlight)de simulação de gestão de uma oficina de reparação automóvel, com 12 cenários que corresponderam aos 12 meses do ano. Os competidores foram divididos em duas categorias: Reparadores Independentes e Reparadores Autorizados e a pontuação final foi obtida em função dos melhores resultados de exploração anual obtidos durante o jogo. Na categoria dos Reparadores Independentes, Filipe Antunes, da Auto Rina, conquistou o 1º lugar, ficando em 2º lugar Nuno Vidinha, da A.H.Almeida Lda., e em 3º lugar Bruno Oliveira, da Auto Reparadora Bidoeirense, Lda. Na categoria dos Reparadores Autorizados, a Lubrigaz Lda. arrebatou os dois primeiros lugares do pódio: Miguel Tranchete venceu a categoria e o segundo posto foi para Nuno Crespo Carvalho. A terminar o pódio ficou Rui Gilde, da Carlicporto Lda.

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Christen Liljenberger, vice-presidente da FIGIEFA, alertou para a necessidade de o acesso à informação telemática ser igual para reparadores oficiais e independentes

matéria, que deverá ser implementada até ao final do primeiro semestre deste ano e que assenta sobre a melhoria de acesso dos consumidores a bens e serviços digitais, a criação de condições certas e condições equitativas para os serviços digitais, e a maximização do crescimento da economia digital sem afetar o mercado tradicional. QUESTÕES DIGITAIS Ao mesmo tempo que emerge uma nova geração de clientes, mais ligados à rede e com expetativas maiores no que à informação disponível diz respeito, também a indústria automóvel tem dado cada vez mais importância aos meios digitais e Às mais recentes formas de recolha e partilha de informação. Daqui poderiam beneficiar as oficinas, com novas ferramentas para levar os clientes para dentro de portas. Mas isso não acontece, como alertou Christen Liljenberger, vice-presidente da FIGIEFA, durante o painel dedicado a esta temática e moderado por Júlio Santos, diretor da TURBO OFICINA. Segundo

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AS EMPRESAS DEVEM REINVENTAR-SE PARA UTILIZAR A TELEMÁTICA COMO FORMA DE CHAMAR A SI O CLIENTE Liljenberger, atualmente a informação gerada pelos sistemas telemáticos está vedada às oficinas independentes, ficando sempre na posse dos fabricantes, como é o caso do e-call e da tecnologia que está por trás dele, que pode ser adaptada para oferecer informação extra aos fabricantes. Estes serão, assim, quem decidirá onde e como serão reparados os veículos, urgindo ser criada legislação para garantir a competitividade. Alexandre Ferreira, vice-presidente da ANECRA, também alinha na opinião da dualidade de critérios no acesso à informação dos fabricantes por parte das oficinas, referindo que esta nova realidade impactará

de forma diferente os reparadores oficiais e os independentes e que estes últimos, ao não terem acesso à mesma informação, deverão reinventar o seu negócio pra diminuir os prejuízos. Pedro Barros, da Typs4Y, partilha da mesma opinião, mas refere a necessidade da mudança do paradigma, pois a telemática também oferece uma forma de a oficina comunicar com o cliente. Assim, não apenas as oficinas devem ser proactivas no reencaminhamento do cliente para os seus negócios como devem começar a encarar as viaturas como um serviço. Nesta mudança de paradigma a telemática será uma ferramenta importante, através da manutenção preditiva e da preventiva. A solução para todos os problemas levantados passa pela partilha igualitária de informação. Desta feita, o ideal seria a criação de uma plataforma interoperável e independente, que fornecesse toda a informação a todos os players do setor, permitindo que o cliente faça a escolha final, pois a sua palavra será, hoje e sempre, soberana.



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Pedro Teixeira

“As regras devem ser iguais para todos” Pedro Teixeira, o novo diretor-geral da Continental Pneus Portugal, afirma que as margens cada vez menores e a necessidade de supervisão do cumprimento das regras da Etiqueta Europeia de Pneus são desafios cruciais. “As regras devem ser iguais para todos” - sublinha. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

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com conhecimento do mercado, que pôs a Continental onde está hoje. É com muito orgulho que assumo esta posição. Após seis meses, que balanço faz deste regresso? Ainda ando à procura de pontos negativos, mas há desafios importantes: o maior é inserirme numa empresa que é líder de mercado, que acaba o ano com um resultado recorde. Manter essa linha de desenvolvimento, de crescimento e de consolidação, é um objetivo muito importante que acredito estar em condições de alcançar. Tenho uma equipa muito competente, na qual confio plenamente e que continuará, certamente, na senda do sucesso. A Continental Pneus Portugal já tem “a mão” do Pedro Teixeira? O bom de estarmos numa multinacional é existirem muitas coisas que vão além das pessoas. Cada um vem e põe o seu cunho pessoal, e o meu se calhar já se faz sentir em algumas situações, mas a Continental é muito maior do que o Pedro Teixeira, o José Luiz de la Fuente ou de qualquer pessoa. Obviamente que eu vou trilhando a minha visão e a minha maneira de ser, de estar e de ver o negócio, para que, juntamente com a equipa, possa construir o futuro da Continental.

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Continental Pneus Portugal é uma das cinco empresas que asseguram a presença do gigante alemão no nosso País. À frente dos seus destinos está Pedro Teixeira que, assim, regressa a uma empresa que conhece muito bem, depois de uma passagem de três anos e meio pela liderança do retalho da Continental, em Espanha. Como é regressar à Continental Pneus Portugal? Antes de mais, é voltar a uma casa que já conheço e que evoluiu significativamente desde que daqui saí. Na verdade, vim encontrar uma equipa muito motivada e um equilíbrio entre as pessoas novas, com uma dinâmica e uma motivação frescas, e a restante equipa, mais experiente e

Como é fazer a gestão de todas as marcas e dos vários canais de distribuição da Continental? Este é um ponto forte da nossa estratégia. Ter ao nosso dispor estas marcas, com diferentes posicionamentos, permite-nos encontrar sempre uma resposta que vá ao encontro aos diferentes segmentos do mercado e aos diferentes canais. A qualquer momento e para qualquer necessidade, nós temos sempre disponível algum produto que pode dar resposta a este tipo de situações. Por exemplo, esta abordagem multimarca permitiu-nos segmentar a marca Barum e Mabor, indo ao encontro de dois segmentos específicos do mercado: a Barum para a área do retalho e a Mabor para os distribuidores. Com isto fortalecemos ambas as marcas, sem as canibalizar. Neste regresso, como encontrou o mercado nacional de pneus? A conjuntura económica teve um impacto muito grande no setor em Portugal e no resto da Europa. E isso determinou que os intervenientes passassem por dificuldades. Mas, hoje, o mercado está com outra cara e 2015 foi um ano de crescimento. Em termos genéricos, o mercado inverteu a tendência dos anos de crise e, na Continental, deveremos ter terminado o ano de 2015 [no momento em

PARA PEDRO TEIXEIRA, A SUPERVISÃO DA ATRIBUIÇÃO DA ETIQUETA EUROPEIA DE PNEUS É FUNDAMENTAL que esta entrevista foi realizada o apuramento ainda não estava feito, ndr] com uma faturação recorde, na casa dos 70 milhões de euros, o que é um crescimento de 8% face a 2014. Como é passar do retalho para responsável máximo da Continental Pneus Portugal? São realidades diferentes. No retalho estamos muito próximos do consumidor final e do ponto de venda. Isto permite ter uma relação mais próxima com o nosso cliente e apercebermo-nos do que são as suas necessidades e problemas. A estrutura organizativa também é bastante diferente. É mais horizontal, ou seja, eu estava mais próximo da decisão do dia-a-dia do que agora. A minha posição atual é mais estratégica e obriga-me a outro tipo de abordagem. Com a aposta da Continental no retalho, qual a importância da sua experiência na nomeação para este cargo? Esta experiência foi importante, porque as nossas apostas estratégicas passam, também, pelo desenvolvimento da nossa rede de retalho, e essa foi a minha área core em Espanha. Na verdade, tenho hoje uma visão mais aprofundada de todas as áreas do negócio, o que, aliado à minha experiência financeira anterior, terá contribuído para a minha nomeação. REDE EM DESENVOLVIMENTO Que balanço que faz da rede ContiService? Esta rede é uma pedra basilar da nossa estratégia em Portugal. Neste momento temos já 13 pontos de venda e contamos a breve trecho atingir os 20. Mas não temos pressa. Para nós é mais importante escolhermos de forma criteriosa os parceiros que queremos connosco na rede, pois queremos que esta tenha uma base sólida, para irmos ao encontro das necessidades tanto do consumidor final como dos parceiros. É um conceito onde temos posto bastante foco, porque pensamos que será o que nos vai permitir consolidar a nossa presença em termos de mercado de retalho. O objetivo a longo prazo é termos uma cobertura nacional completa em 2020, que estimamos poder ser feita com 80 pontos de venda.

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Os postos existentes estão concentrados em alguma zona do país? Os parceiros que atualmente temos na rede eram já do conceito anterior de Agente Recomendado Continental e, portanto, mais do que estarem no conceito pela sua localização geográfica, estão pela sua proximidade à Continental e por solicitarem algo mais da nossa parte. Os grandes centros estão já cobertos, mas estamos a centrarnos mais num critério de qualidade e no que podemos trazer de mais-valia para o ponto de venda, sem descurar a localização, obviamente. E quanto ao alargamento da rede a pesados? Já têm alguma data definida? A questão dos pesados não tem a ver com timing, nem se trata de uma situação estratégica. Na base do conceito ContiService surgem ferramentas que estão mais direcionadas para o consumidor final do que para uma frota. Para as frotas temos o conceito 360º, que é um conceito de rede especificamente de apoio a estas empresas, com a sua dinâmica própria e direcionada ao cliente frotista. No entanto, o que aconteceu em Espanha com a Best Drive foi a fusão dos dois conceitos e, a dada altura, a maioria dos centros Best Drive eram também Conti 360º. Por isso não temos uma data para os pesados na ContiService. Estamos a ir ao encontro do mercado e do que os clientes nos estão a pedir, mas seguramente a evolução vai levar-nos a um ponto onde haverá uma fusão das duas situações. Que importância atribui à formação para os aderentes da rede ContiService? A formação é um pilar importante no desenvolvimento dos pontos de venda. Tendo isso em conta, para os nossos parceiros da rede temos vindo a dinamizar a formação comportamental e também técnica, nomeadamente no que respeita aos TPMS. Uma das coisas que queremos fazer – que já fiz em Espanha e teve uma aceitação tremenda – é envolver os nossos colegas da VDO para dar formação específica na área do TPMS, uma das situações em que nós podemos, claramente, acrescentar valor à realidade do ponto de venda e dos nossos agentes. REGULAÇÃO NECESSÁRIA A clivagem dos clientes nos segmentos Premium e Budget é uma ameaça para as vossas marcas Quality? É uma tendência clara do mercado, fruto também desta crise económica, que potencia comportamentos de polarização. Por outro lado, nos últimos anos acentuou-se também um ambiente de deflação de

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é que faz parte da nossa estratégia multioferta e multicanal.

preços, o que comprime cada vez mais o segmento Quality. Contudo, com a inversão de que falava antes, surgirão também oportunidades neste segmento, que deverá ser trabalhado de uma forma diferente: por exemplo, quem comprou um automóvel de um segmento superior e não consegue suportar o preço de pneus Premium numa jante 17” ou 18”, mas também não quer adquirir pneus Budget. Mais, ainda: com o envelhecer do parque automóvel, teremos veículos de gama alta com uma idade que já não justifica a compra de pneus Premium. Todas estas situações criam oportunidades para os pneus Quality. Esta clivagem dos consumidores ajudou ao renascimento da Mabor? Para nós é um orgulho tremendo poder contar com esta marca no nosso portefólio. É uma marca com uma notoriedade brutal, ao nível de uma marca premium, e que nos últimos anos teve um crescimento muito forte. Posso dizer-lhe que nos últimos quatro anos duplicámos a faturação da Mabor, que ela é hoje a segunda marca mais vendida dentro do nosso portefólio. É uma marca nacional e que nos dá muito gozo trabalhar e que ajudou muito a consolidar a nossa posição no segmento Budget. Já que falamos de produto com um preço mais baixo, de que forma lida a Continental com os players asiáticos? As marcas chinesas são um ator global no mercado dos pneus, que ganha espaço com a crise económica, com o preço e com a relação euro/dólar, ou seja, sempre que o euro está mais forte há uma maior entrada deste produto, sempre que está mais fraco, entra menos produto. Nós reconhecemos este espaço, mas na Continental trabalhamos a outro nível. Não nos focamos tanto no preço, antes numa relação qualidade/preço. Como tal, nesse aspeto específico a nossa preocupação é a de que as regras sejam iguais para todos. Hoje em dia, uma das situações no mercado europeu que ajuda à diferenciação entre as marcas é a etiqueta. Aquilo que a Continental pede é que haja mecanismos eficazes de supervisão desta etiqueta, que consigam, aos olhos do consumidor, verificar se existem diferenças significativas ao nível da qualidade. Como é que acha que esta fiscalização poderia ser feita? A Continental considera que a União Europeia e os seus estados membros devem criar mecanismos eficazes de supervisão de mercado, já que foi através da própria UE que surgiu a Etiqueta. Sem sistemas de supervisão eficazes no cumprimento dos

APESAR DA DEFLAÇÃO DE PREÇOS, PEDRO TEIXEIRA ACREDITA QUE EXISTEM OPORTUNIDADES PARA O SEGMENTO QUALITY

requisitos legais, os fabricantes europeus estão em desvantagem. A nível prático, há organismos que efetivamente podem contribuir para esta questão e um deles é o ETRMA [Associação Europeia dos Fabricantes de Pneus e Borracha], que poderá disponibilizar e criar, junto da União Europeia, mecanismos que facilitem esta supervisão. OFERTA VASTA E PREVISÃO DE FUTURO A Continental produz pneus para outras empresas. Como surge este negócio e qual o seu peso? Esse negócio é uma consequência da estratégia multimarca que nós temos. Como temos todas estas ferramentas e marcas disponíveis, torna-se apetecível para alguns dos nossos parceiros internacionais de maior dimensão ter uma marca privada. É nesse sentido que surge a oportunidade de negócio, como acontece com a Motrio, para a Renault, ou a Feuvert, para a rede com o mesmo nome. Este é um nicho de mercado estável, que ocupa um espaço dentro do nosso portefólio de marcas. Não é fácil precisar o seu peso no negócio da Continental Pneus Portugal, porque estamos numa multinacional e tratamos com parceiros multinacionais. Mas o que posso dizer

Qual o futuro do segmento dos pneus em Portugal? Em primeiro lugar, eu diria que o desenvolvimento do segmento dos pneus está muito ligado ao que é o desenvolvimento do setor automóvel. E este tem alguns desafios importantes pela frente, no futuro próximo, que seguramente influenciarão os pneus: por um lado o aumento do tamanho das jantes e do segmento UHP [pneus destinados a veículos de alta performance, ndr], que continuará a crescer e que hoje já representa cerca de 22% do mercado. Em termos de mobilidade, temos de ver o que será o automóvel para os meus netos. A sua relação com o automóvel não será, seguramente, a que temos atualmente e isso colocará questões muito claras e importantes ao que será o automóvel. Todas as alternativas de mobilidade terão um impacto importante no que será o futuro do segmento dos pneus. Mais dentro da nossa realidade, o mercado já se encontra a sorrir, mas há ainda desafios muito importantes. Os últimos anos foram bastante penalizadores, com margens cada vez mais pequenas, o que cria dificuldades e obriga a que exista uma gestão mais profissional, mais cuidada. Aqui haverá uma tendência natural de procurar ajuda e o conceito de rede terá uma importância ainda maior num futuro próximo. E a Continental? Como se prepara para os próximos tempos? O mais importante é estar cá. Estar em Portugal, pensar em Português, ter uma proximidade muito grande com o nosso mercado, porque isso vai permitir detetar com maior facilidade as necessidades dos nossos parceiros e as mutações e alterações do mercado. Para nós isso é fundamental. Acho que uma vantagem muito grande que temos – e um dos fatores de sucesso – é o facto de estarmos cá presentes em todas as valências: logística, marketing, vendas, crédito, produção. Termos em Portugal um centro de decisão. Para além disso, queremos manter a nossa liderança no mercado, claro, se possível ainda fortalecê-la; queremos dar consistência e crescimento à ContiService; queremos continuar a desenvolver a rede 360º, para dar cada vez melhor resposta aos nossos clientes de frota, diversificando o nosso negócio e estando de forma equilibrada nos diferentes canais de mercado. Mais do que produtos, queremos criar valor para os nossos parceiros de negócio.

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Hugo Carvalho

“A nossa ambição é ser a rede de referência” Responsável do Grupo Goodyear/Dunlop pelo mercado português desde 2012, Hugo Carvalho assumiu também, no final de 2015, a gestão da rede Vulco a nível ibérico. Munido de uma estratégia bem definida, quer conquistar um mercado que acredita estar em crescimento. TEXTO ANDREIA AMARAL FOTOS JOSÉ BISPO

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m franca expansão, a Vulco tem vindo a afirmar-se em Portugal na área de pneus e mecânica rápida. Depois de um ano muito positivo e com um novo responsável na sua liderança, a rede prepara-se para os desafios do futuro. De acordo com Hugo Carvalho, captar as oportunidades e o crescimento de mercado passa pela profissionalização da atividade e pela consciencialização do consumidor. Como tem sido a evolução da rede Vulco? Atualmente, a Vulco tem cerca de 700 pontos de venda a nível europeu, sendo que quase 300 pontos são ibéricos. Em Portugal, esta insígnia surgiu em 2007 e tem tido uma expansão bastante rápida. Como todas as redes, atravessou uma fase de arranque e tem vindo progressivamente a ganhar o seu espaço e o seu peso. Hoje somos cerca de 40 pontos de venda a nível nacional, localizados nos principais pontos de influência, ou seja, onde há mais consumidores e onde existe mais negócio em geral. Em 2014, abrimos três novos pontos de venda, em Braga e no Porto, uma zona onde queremos reforçar a nossa presença, e em 2015 tivemos seis aberturas, o que é significativo. E estamos a falar de aberturas de clientes de peso a nível da representatividade nacional, já que temos um claro enfoque no reforço de zonas chave. Só no último ano, abrimos cerca de 60 pontos de venda na Península Ibérica. Isto faz com que, para 2016, o enfoque não seja necessariamente abrir outros 60. A nossa aposta vai passar muito mais por consolidar o crescimento rápido que tivemos. Claro que não vamos abdicar de crescer e de crescer onde

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sentimos que ainda existe necessidade, porque o nosso objetivo é garantir que conseguimos servir o consumidor da melhor forma, seja o consumidor final, particular, seja o de frotas. Onde está o consumidor é onde nós queremos estar. Isso quer dizer que há zonas onde ainda não estamos presentes e onde queremos estar, há zonas onde estamos, mas sentimos que ainda queremos ter maior presença. Em termos de faturação e de volume de negócios também houve crescimento? A evolução tem de ser positiva. Há uma parte que vem pelo crescimento da rede e há outra que vem pelo facto de nós querermos, cada vez mais, incorporar clientes fortes. Abrir pontos de venda por abrir não é necessariamente muito difícil, depende do esforço financeiro que se queira pôr. Difícil é conseguir captar para a rede aqueles que estão melhor equipados para acompanhar o crescimento de mercado e manter esta rede à frente. A nossa ambição para a rede a nível ibérico é ser a rede de referência no mercado e, para nós, isso implica antecipar as tendências dos consumidores, sermos capazes de oferecer os produtos e os serviços adequados com qualidade para esses mesmos consumidores e ao mesmo tempo,

“ONDE ESTÁ O CONSUMIDOR É ONDE NÓS QUEREMOS ESTAR”

como contrapartida, gerar o máximo valor acrescentado para os nossos associados. Como o queremos fazer também está claro para nós. Passa pela profissionalização da rede, por gerar negócio à rede e, depois, pela expansão. O foco na profissionalização é o ponto número um, porque quanto mais profissional for a rede, mais equipada estará para captar as oportunidades de mercado, o que liga com o crescimento da faturação. Incorporamos na rede os melhores e são eles os que mais vão crescer e os que mais vão captar todas as oportunidades de mercado. PROFISSIONALIZAR O NEGÓCIO Existe alguma meta traçada para os próximos anos ao nível da expansão? Em termos de pontos de venda não temos um número, e não queremos colocá-lo em cima da mesa, porque fazê-lo é um trabalho orçamental. Isso é fácil, o difícil é saber o que precisamos de crescer, onde precisamos de crescer e com quem precisamos de crescer. Para uma rede que cresce em 60 pontos de venda num ano e que incorpora players muito importantes no setor, o problema não é ter mais “x” pontos de venda, é estar junto ao consumidor com um “drive time” que consideramos adequado, que é à volta dos 20 minutos.

Como funciona a adesão à rede? Temos um “master distribuition plan”, onde temos analisado todo o mercado, estimado o potencial de clientes do mercado, em termos de zona geográfica, de perfil do consumidor, de perfil de compra do consumidor, parque automóvel, tipo de pneus consumidos, tipo


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de necessidades versus a concorrência que exista... É um trabalho muito interessante, que nos permite entender quais as zonas onde queremos estar. Depois podem acontecer várias coisas: ou já temos um player que nos é próximo e convidamo-lo a ingressar na rede ou, não tendo, procuramos quem possa captar essa oportunidade de mercado. Em muitos casos, são pessoas próximas da Goodyear Dunlop ou que, à vista do programa que temos, percebem que é um acelerador. Quanto mais profissionais são, mais se apercebem da necessidade de um acelerador para captar oportunidades. Considera que em Portugal, e no que diz respeito ao mercado das oficinas, existe essa visão das necessidades de futuro? Acho que ainda não há, na globalidade do mercado, uma visão de longo prazo. Ainda estamos muito focados no hoje e no ontem. Quando pensamos no papel que o automóvel tem e em toda a eletrónica do veículo do futuro, surgem questões de fundo, que nos obrigam a pensar em como é que podemos estar melhor equipados para servir esse consumidor. Nem sempre isso acontece. Mas acho que não passa pela oficina ou pelos fabricantes. Todos nós, como indústria, temos de nos responsabilizar por essa consciencialização e pela transmissão ao consumidor final de um trabalho profissional, que hoje não é valorizado pelo consumidor simplesmente porque ele não o conhece. Porque não há a perceção de que o mecânico “de bairro” pode não estar habilitado para lidar com um carro moderno? Exatamente. E isso liga com outra questão importante: às vezes o consumidor só vê o concessionário, onde irá nos primeiros dias, ou a mecânica de proximidade e, essa, às vezes não funciona. Também é importante que a própria oficina tenha a capacidade de dizer que não e é aí entra a profissionalização. A tentação de dizer sim a tudo é grande, mas servir um consumidor de forma profissional é mais importante do que o negócio de curto prazo. Nesse aspeto, o mercado começa a bipolarizarse. Que outros fatores contribuem para essa profissionalização? Para nós, Vulco, assenta em dois elementos: por um lado, foco na qualidade e na melhoria contínua, por outro lado, apoio à gestão. A melhoria contínua passa pelo atendimento, pela imagem, quer seja do ponto de venda ou no ponto de venda, e pelos processos. Isso implica um acompanhamento muito próximo dos pontos de venda. Depois, passa pela parte do que são os instrumentos de apoio à gestão e aí entram os sistemas, desde ERP’s que são customizados para a área de pneus e mecânica,

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bases de dados técnicas e informação lata que permita ter uma visão de mercado que ultrapasse a zona de influência, do que vai ser o futuro, da evolução global de vendas, etc..Esses elementos fazem com que uma oficina que pertença a uma rede como a Vulco possa aceder e estar mais bem preparado para os desafios do futuro do que uma oficina independente. NOVOS EMPRESÁRIOS E CLIENTES A formação tem aqui um papel fundamental, certo? A formação é chave e abrange tudo isto. Mas há uma evolução que nem sempre é de fácil aceitação. Ainda há uns dias, falando com um dos nossos associados, ele dizia que podia ter fechado há dois anos, porque a situação económica era muito complicada, mas que, pelo trabalho feito connosco, não só não fechou como hoje está a crescer. Mas depois disse-nos outra coisa, que dá que refletir: “Mas se calhar, se nunca estivesse na situação em que estive, teria muito mais dificuldade em aceitar fazer as mudanças que fiz.” Isto diz muito do nosso setor. Há pessoas que realmente estão na vanguarda e querem constantemente melhorar e há outras em que isso não é tão espontâneo, e é responsabilidade de todos apoiar os clientes nessa trajetória.

Acha que isso também tem a ver com o facto de a grande maioria dos negócios nesta área serem familiares, e por aí, serem mais adversos à mudança? Até porque Portugal é um dos países da Europa com menor penetração das redes, abaixo dos 20%... Se olharmos para a maturidade que as redes têm no mercado, vê-se que ainda estamos muitas vezes na primeira geração ou na segunda geração. Mas também se vê que, à medida que o tempo e as gerações avançam, existe uma maior necessidade de profissionalização. A concorrência das redes hoje em dia é fortíssima. Estamos perante uma adaptação das gerações mais velhas e de uma apetência muito grande nas gerações novas para olhar ao futuro, o que nos garante que, daqui para a frente, vamos continuar. Considera então que há uma tendência para o crescimento das redes e que esta é uma tendência que se vai impor em Portugal?

“CONTINUAMOS A SER UM MERCADO COM UMA PRESENÇA DE MARCAS PREMIUM MUITO GRANDE”

Acho que vai haver um crescimento das redes, principalmente porque existe essa necessidade. Queiramos ou não, o mercado está a profissionalizar-se, seja por uma parte da distribuição moderna, seja pelo retalho tradicional, que terá de se reconverter. Ao sentir-se essa necessidade, ou há uma adaptação ou morre-se. O responsável pode adaptar-se sozinho ou acompanhado e acho que as pessoas percebem que acompanhado o percurso é mais rápido e é mais sólido. Falou numa mudança no perfil do empresário, acha que o perfil do consumidor também se tem alterado? Acho que o consumidor final vai adaptando a sua forma de estar em função do entorno. Se por um lado há um consumidor que não vê a diferença de um pneu ou de um serviço e vai procurar puramente pelo preço, e existem há quem procure pneus em segunda mão -, por outro lado, há outras pessoas que estão dispostas a fazer um bom negócio. Estão dispostas a pagar aquilo que consideram justo pela qualidade que vão ter. Qual é o papel da indústria, seja do fabricante ou do retalho? É explicar ao consumidor que nem todos os produtos são iguais. Um dos fatores que tem levado aos recordes históricos da Goodyear Dunlop, trimestre após trimestre, é a aposta da companhia em criar os melhores produtos, com os melhores


VENCER EM TODAS AS FRENTES Os estudos europeus revelam que, cada vez mais, os distribuidores de peças irão abraçar também a distribuição de pneus. Acha que essa tendência se reflete em Portugal? Não vejo como uma tendência, mas como uma realidade. São players que estão ligados à indústria e que veem aí uma oportunidade para estender o seu portefólio. Muitos deles já têm toda a sua operação estruturada e incluir pneus nessa operação é acrescentar valor.

Que desafios se afiguram, neste momento, à rede? O mercado vai crescer no futuro, todos os indicadores macroeconómicos mostram que estamos nessa direção. E, se o mercado vai crescer, a pergunta que se coloca é: “Como é que garantimos que a nossa rede está equipada para captar esse crescimento?” Acreditamos que passa pela profissionalização da rede, o que implica investimentos que têm de ser alimentados com a geração de negócio. Depois, temos de ter proximidade ao consumidor, para servi-lo dentro do que para ele é razoável. Duas preocupações adicionais são garantir que temos uma rede coesa e participativa. Acreditamos que trabalhamos de profissional para profissional. clientes, para chegar ao consumidor. Isto faz com que o ciclo da inovação seja muito rápido. A liderança no que é a etiquetagem é significativa. Enquanto companhia estamos numa situação invejável e o consumidor cada vez mais se apercebe disso, principalmente o profissional, mais que não seja pelo consumo de combustível (o particular procura mais a componente da segurança). CONSCIENCIALIZAR O CONSUMIDOR Mas, devido aos constrangimentos financeiros, não houve uma quebra nas vendas? Houve um período em que as pessoas adiaram ao máximo a sua compra e, em alguns casos fizeram um trade-down, ou seja, começaram a procurar produtos mais baratos em detrimento de marcas de maior qualidade. Mas continuamos a ser um mercado com uma presença de marcas premium muito grande e muito estável, porque o consumidor contraiu a sua compra, mas circunstancialmente. Se é um consumidor particular, muitas vezes não percebe é a diferença de um ou de outro pneu e muito passa pela oficina, que em alguns casos não é capaz de explicar isso.

Considera que os comparadores de preços na Internet, em que não há aconselhamento, vieram potenciar esta “desinformação”? Acima de tudo e para o bem ou para o mal,

trouxeram transparência. Quando uma pessoa compara um preço com o outro, está só a comparar uma variável da equação, mas, depois, entramos no serviço. A nível ibérico, a parte de e-commerce ainda não está no seu boom, o que passa pelo facto de o consumidor ainda não estar disposto a comprar simplesmente pelo preço. E no caso dos pneus é claro: não quer receber quatro pneus em casa, porque há outros fatores que pesam imenso. Sendo o pneu um elemento essencial à segurança de um veículo, considera que em termos de regulação, a legislação e a fiscalização que existe, por exemplo nos centros de inspeção, é adequada? Acho que tudo tem de começar pelo consumidor. Temos de ser nós a perceber a diferença de um produto ou de outro e do que isso implica na segurança. As pessoas têm essa preocupação, temos é de reforçar a mensagem para que percebam que é um fator chave na segurança. Quanto à regulação, acho que há espaço para fazer mais em relação ao estado dos pneus. Sei que em termos de autoridades não é fácil, porque é um trabalho de fundo e que passa pela consciencialização das pessoas a partir de uma idade jovem, mais do que simplesmente pelo aspeto punitivo. Mas o consumidor tem de perceber que comprar um pneu com um nível ou com outro representa, em muitos casos, três carros de diferença.

Existe o objetivo de alargar mais o âmbito de serviços prestados na rede Vulco? A Vulco surge numa rede de pneus. É nisso que somos muito bons. Não devemos nunca esquecer as nossas origens e que o nosso fator diferenciador está exatamente no facto de sermos especialistas. Por outro lado, sabemos que o consumidor hoje quer um sítio de confiança que contemple pneus e mecânica rápida. Mesmo a nível das frotas empresariais, não faz sentido uma empresa fazer um acordo com uma rede para pneus e depois fazer outro para mecânica. Tem existido um esforço grande dos nossos associados para adaptarem-se a estes tempos e prepararem-se. E a verdade é que, hoje em dia, a parte da mecânica já começa a ter um peso significativo no negócio dos nossos associados. No que diz respeito a Portugal, qual a importância da Vulco para a Goodyear? É extramente importante. A Vulco é claramente um elemento chave da estratégia da Goodyear Dunlop. E qual é a relevância do mercado português para o grupo? A melhor resposta a essa pergunta é citar o que nos disse o nosso CEO, Rich Kramer, numa reunião: “Nós só vamos ganhar, se ganharmos em todos os sítios”. Ou seja, não podemos olhar para a média nível global, temos que ganhar em Portugal, em Lisboa, no Porto, em Beja, etc.

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Auto Nurse

Oficina Rino tem novas instalações A Auto Nurse, empresa que integra a rede Rino Master, inaugurou a sua nova oficina em Sesimbra, dando novo passo na implementação de uma estratégia de crescimento. TEXTE FOTOS JOÃO CERQUEIRA

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resente na rede Rino Masters desde 2012, a Auto Nurse inaugurou uma nova oficina. Estas instalações, situadas no Parque Industrial do Alto da Serra, na Zambujeira de Cima, nas imediações da vila de Sesimbra, têm cerca de 500 m2 de área coberta e um amplo espaço para parqueamento de viaturas. Para além dos serviços de mecânica geral, climatização, eletricidade, pneus, diagnóstico, chapa e serviços rápidos, a Auto Nurse alargou a oferta. “Fizemos um grande investimento nestas novas instalações, onde passámos a ter também novas áreas de serviço” – sublinha Mário Santos, sócio gerente da Auto Nurse

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– “neste momento estamos a apostar muito na colisão, que era uma área que nós praticamente não tínhamos. Estamos a trabalhar no sentido de fecharmos contratos com algumas seguradoras com a ajuda da Rino. Passámos a prestar dentro de portas o serviço de pintura que anteriormente subcontratávamos. Comprámos uma cabina de pintura e um laboratório e acabámos de fechar contrato com a Impoeste Autocolor.” A empresa aproveitou também para renovar alguns dos seus equipamentos oficinais, adquirindo novos elevadores, máquina de alinhamento, uma máquina de sangrar travões e um novo equipamento de diagnóstico.

Com um total de oito colaboradores, o responsável pela Auto Nurse garante: “Estou muito satisfeito porque os nossos funcionários têm agora melhores condições de trabalho. Nestas instalações temos balneários, refeitório e sistema de extração de gases de escape.” Para os gestores desta empresa familiar há três fatores que têm sido o principal motor do seu crescimento: “A satisfação do cliente, o pagamento a tempo e horas aos fornecedores e o cumprimento de todas as obrigações fiscais e outras.” Relativamente à parceria com a Rino Master, Mário Santos destaca o seguinte: “Tem-nos


First Stop

Campanha com a Cometil e formação TecCat ajudado muito. Tem-nos aberto muitas portas e ajudado a dar a conhecer a Auto Nurse.” RINO QUER CONTINUAR A AMPLIAR REDE EM 2016 Alexandre Barbosa, diretor-geral da Rino Master, em declarações à TURBO OFICINA, revela o apoio prestado: “Temos vindo a apoiar todos os desenvolvimentos e o crescimento da Auto Nurse. Compete-nos ajudar a dinamizar o negócio dos nossos parceiros de rede e é isso que estamos e vamos continuar a fazer.” Em relação ao futuro próximo da Rino Master, Alexandre Barbosa adianta-nos: “2015 foi um ano em que nós desenvolvemos um portal de receção ativa e em que nos dedicámos a formar os nossos centros. Em 2016 vamos potenciar esta ferramenta, pois queremos também crescer nalgumas áreas geográficas, nomeadamente no Alentejo e no Barlavento Algarvio.” PUBLICIDADE

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rede First Stop realizou duas ações de formação em redor do programa TecCat, que passou a estar disponível na rede. A primeira ação decorreu no dia 18 de novembro, em Lisboa, e a segunda no dia 26 desse mês, em Santo Tirso, nas instalações da Cometil. A iniciativa teve como objetivo dar a conhecer a ferramenta informática e ensinar os utilizadores a tirarem o maior proveito das suas valências. Isto porque o TecCat, para além de garantir acesso a um alargado catálogo de peças, complementado com todas as informações sobre os componentes, disponibiliza os dados técnicos das peças e as características de serviço através da simples identificação da viatura. Mas a parceria desta rede com a Cometil vai mais além e as duas marcas juntaram-se para uma campanha exclusiva, que permite

aos parceiros associados ao programa First Stop acederem a duas propostas relativas a conjuntos de ferramentas de duas das marcas representadas pela Cometil para o mercado português: Hazet e Vigor. De acordo com a First Stop, as campanhas, em vigor durante o mês de dezembro, foram desenvolvidas “a pensar na renovação das ferramentas dos postos de trabalho das oficinas, com valores favoráveis”. “A aquisição de novas ferramentas, para além de vir renovar o pacote de equipamento dos parceiros do programa First Stop, será certamente importante numa altura do ano em que ganha especial relevo o repensar objetivo dos recursos materiais e financeiros antes do fecho de contas normalmente efetuado no final do ano” – explica a First Stop.


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Filourém

ENMC

Kits de caixas automáticas VAICO

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Filourém lançou uma nova gama de kits de manutenção para caixas de velocidades automáticas. Assinados pela conceituada marca alemã VAICO, estes conjuntos são compostos por filtro, junta e valvulina específica. Adicionalmente, poderão incluir também os parafusos de montagem. De acordo com a Filourém, o lançamento desta nova linha prende-se, sobretudo, com dois fatores: por um lado, com o “crescente número de viaturas que se encontram equipadas com caixas automáticas no nosso mercado”; e, por outro lado, “com o intuito

de assegurar uma adequada manutenção das mesmas”.

VIEIRA & FREITAS

NOVA GAMA DE MOTORES EM PORTUGAL Os motores elétricos do ventilador do habitáculo constituem a mais recente novidade do catálogo da Vieira & Freitas para o mercado português. A introdução destes produtos, para uma vasta gama de modelos, vem reforçar a já existente oferta em stock de artigos do sistema de ventilação e ar

condicionado. Efetivamente, a par das resistências do comando da ventilação, também comercializadas pela Vieira & Freitas, os motores elétricos dos ventiladores constituem-se como componentes fundamentais, sendo que alguns dos principais problemas detetados neste sistema dizem respeito a estes dois artigos.

PRO4MATIC

NOVOS COMPRESSORES EM PORTUGAL A Pro4matic, distribuidor especializado em suspensões pneumáticas da marca Arnott em Portugal, lançou algumas novidades para o mercado, nomeadamente o compressor da suspensão pneumática para o BMW Série 5 F07/ F11 (2010 a 2014) da marca Wabco/Arnott; o compressor da suspensão pneumática para o Mercedes-Benz ML W166 / GL X166 da marca AMK/ Arnott; e o compressor da suspensão pneumática para o Citroën C4 Picasso e C4 Grand Picasso, da marca Wabco/Arnott, tendo sempre disponíveis também as molas pneumáticas para todos os modelos. Mais informações podem ser consultadas na loja online, em www.pro4matic.com, ou através do número 239 700 760.

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TURBO OFICINA

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CAMPANHA PARA COMBUSTÍVEIS SIMPLES A ENMC – Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis lançou uma campanha de sensibilização dos consumidores com o objetivo de informar de forma pedagógica sobre a utilização dos combustíveis simples, também conhecidos como “low-cost”, reforçando as suas garantias de qualidade e segurança. Com o lema “É Simples é Bom!”, esta campanha da ENMC passa por uma comunicação direta com os consumidores através da distribuição de folhetos informativos nos postos de combustível de marca em todo o país e por uma campanha de publicidade institucional multicanal, com presença em TV, rádio, imprensa e online. De acordo com o Presidente do Conselho de Administração da ENMC, Paulo Carmona, esta campanha “tem como objetivo reforçar a mensagem de que o Combustível Simples vendido em Portugal tem origem no mesmo processo de refinação que todos os outros combustíveis vendidos no nosso país e que cumpre as normas de qualidade mais exigentes do mundo”. Nesta campanha de informação, a ENMC destaca também que, ao recorrerem aos Combustíveis Simples, os consumidores têm todas as garantias não só de qualidade como de segurança, já que a ENMC, tendo a missão e a responsabilidade de supervisionar e fiscalizar todo o mercado de combustíveis em Portugal, procede a rigorosas análises para verificar a qualidade do gasóleo e da gasolina simples, sempre em nome da defesa de todos os consumidores.

ALECARPEÇAS AUTOZITÂNIA

NOVA PÁGINA NA INTERNET

A Autozitânia já está a comercializar os novos sensores lambda da NTK. Com uma cobertura ampla do parque automóvel em termos de referências, os componentes destacam-se pela sua precisão superior, com ótimo ajuste, forma e função. Compatíveis com as tecnologias mais avançadas, os novos sensores da NTK vêm ampliar a gama de componentes comercializados pela Autozitânia, que, desta forma, e como a própria refere, dá “continuidade à sua estratégia de aumento de portefólio de produtos que disponibiliza aos seus clientes”.

Com uma imagem moderna e uma navegação intuitiva, a nova página web da AleCarPeças já está online. O site da empresa pretende ser uma ferramenta facilitadora do trabalho dos clientes, incorporando funcionalidades como a consulta de contas correntes, de encomendas e orçamentos efetuados, de matrículas utilizadas, área técnica com conteúdos específicos e área de promoções. “Não só renovamos o site como incluímos novas funcionalidades no portal de compras”, afirma a AleCarPeças, avançando ainda: “Tendo por base a melhoria do serviço a prestar aos clientes, em breve, iremos apresentar funcionalidades adicionais, que tornam o portal de compras da AleCarPeças uma ferramenta de trabalho única no aftermarket.”

NOVOS SENSORES LAMBDA NTK


JP TOOLS

FOXWELL GT80 PLUS COM AUTODATA

JONNESWAY

ENCONTRO DE DISTRIBUIDORES EM PORTUGAL Realizou-se no passado dia 16 de dezembro, no Hotel Tivoli, em Coimbra, o 8.º Encontro de Distribuidores da Jonnesway, que contou com a presença da rede de distribuidores da marca de ferramentas para Portugal, Espanha e Angola, onde se inclui a Lusilectra. Nesta reunião foi feito um breve resumo da atividade até à data e entregues os prémios “Desempenho – 2015”. Foram ainda apresentadas as novidades para 2016, o novo catálogo, que continua a disponibilizar uma vasta gama de ferramentas profissionais, e definidos os objetivos globais de vendas e serviços para 2016. A opinião geral dos participantes foi unânime sobre o futuro da Jonnesway, que todos consideram promissor, e ficou patente a capacidade de crescimento anual deste negócio, de forma rentável e sustentada. PUBLICIDADE

A JP Tools, representante exclusiva da Foxwell para os mercados de Portugal e Angola, estabeleceu uma parceria com a Infortrónica. No âmbito deste acordo foi apresentado o Foxwell GT80 Plus powered by Autodata. Este equipamento de diagnóstico de última geração irá, assim, incluir a licença do Autodata, nomeadamente da versão completa Diagnostic&Repair, durante um ano. Findo esse produto e na sequência da parceria, o utilizador beneficiará de um desconto de 10% nas posteriores renovações da licença. O Foxwell GT80 é fornecido com windows 8.1Pro. Com ecrã tátil e munido de todas as funcionalidades de um computador portátil ou tablet atual, destaca-se ainda por características como: software para todos os automóveis asiáticos, europeus e americanos; possibilidade de integração de outros softwares no equipamento; atualizações online e diretas ao fabricante. Compatível com as viaturas mais recentes do mercado automóvel, permite ainda realizar a leitura de erros e explicação, a eliminação de erros, a leitura de valores em tempo real, a visualização de sensores em texto ou gráfico e o teste de atuadores.

CAR ACADEMY

CERTIFICAÇÃO EM FRENTE DUPLA A Car Academy encerrou o ano de 2015 com a realização de um curso de certificação para técnicos de ar condicionado automóvel, que teve lugar nos dias 5 e 12 de dezembro, ao abrigo da obrigatoriedade desta certificação para todos os técnicos que efetuem intervenções nos sistemas de Ar Condicionado de Veículos a Motor, e que contenham gases fluorados com efeito de estufa. A certificação levada a cabo tem uma validade de sete anos, de acordo com o Regulamento (CE) 307/2008, art.º 3 n.º 2. A empresa do Cacém revelou também parte do seu plano de formação para 2016, onde se inclui a segunda edição do curso em Mecatrónica Automóvel, que decorrerá entre os dias 15 de fevereiro e 20 de maio de 2016, com as aulas a serem ministradas todas as segundas, quartas e sextas-feiras, em horário pós laboral. Os interessados podem garantir a sua vaga através do formulário disponível em www.caracademy.pt, sendo a ação limitada a 14 participantes.


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REVISÃO

TIPS 4Y

SIKA

Apoio comercial para a TecRMI em Portugal

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TIPS 4Y – Sistemas de Informação Lda passou a assumir a comercialização e apoio local à TecRMI em Portugal, uma das áreas de negócio da TecAlliance, cujas siglas designam “Repair and Maintenance Information”. Para além do tradicional negócio RMI para o aftermarket, no que respeita à informação sobre reparação e manutenção, a TecAlliance também gere uma oferta para segmentos do mercado de Frotas & Leasing, nomeadamente frotas, empresas de leasing, gestores de frotas, rent a cars e fabricantes de veículos, e importadores e companhias de seguros. Segundo Claude Lotrian, diretor de vendas da Europa Ocidental e América Latina, a expansão da parceria com a empresa portuguesa é bastante benéfica para a marca: “A TIPS 4Y já conhece a nossa empresa e os

diferentes produtos das nossas marcas. Ao expandir a nossa parceria, podemos agora responder ainda melhor às necessidades do mercado português.” Também Christian Bergmann, diretor de vendas de Frotas & Leasing na TecAlliance, sublinha a importância de uma presença local: “A proximidade com o cliente é a chave para o sucesso. Graças ao vasto conhecimento que a TIPS 4Y detém do mercado português e face à crescente importância do aftermarket no negócio de Frotas & Leasing, estamos muito felizes por ampliar esta parceria e por expandir em conjunto as áreas de RMI no mercado de Frotas & Leasing em Portugal.”

ENTREGA DE CABAZ SOLIDÁRIO EM OVAR No dia 15 de dezembro, a Sika Portugal entregou um mega cabaz solidário a uma instituição de Ovar, um dos concelhos de Aveiro com maior taxa de desemprego. A doação dos bens alimentares, de higiene e de limpeza, recolhidos pelos 118 colaboradores da Sika Portugal, teve lugar na Área Social da sua unidade fabril em Ovar (Lugar do Brejo), pelas 11 horas, e contou com a presença dos responsáveis do projeto Mãos Solidárias. “Ovar é hoje um dos concelhos de Aveiro com a maior taxa de desemprego, o que levou a que muitas famílias se vissem privadas de alguns bens considerados correntes, pelo que este ano decidimos apoiar uma causa que nos é vizinha”, sublinha José Soares, diretor-geral da Sika Portugal.

BRISA

VIA VERDE COLABORA COM APP WAZE A Via Verde estabeleceu uma parceria com a Waze e juntou-se ao Programa Connected Citizens (CCP), uma plataforma de partilha de informação bidirecional que pretende aliviar o congestionamento e as infraestruturas através da comunicação das condições de trânsito. A aplicação de informação de trânsito da Via Verde passa, assim, a colaborar com a app de navegação em tempo real. Alimentada pela maior comunidade de condutores mundial, conta com 50 parceiros em todo o mundo. Segundo a Brisa, detentora da Via Verde, “a Waze e a Via Verde vão trabalhar em conjunto para aumentar a colaboração com a finalidade de partilhar a informação de clientes e o

comportamento dos portugueses na estrada. A app Via Verde terá mais informação de trânsito disponível para os seus clientes e a Waze terá acesso a informação de trânsito da rede Brisa”. A entidade gestora de infraestruturas rodoviárias defende ainda que “o Programa Connected Citizens promove um aumento da eficiência, informação mais detalhada e estradas mais seguras para os cidadãos portugueses, tendo sido desenvolvido como uma plataforma de partilha de informação pública de trânsito bidirecional”. “A Via Verde passou das infraestruturas para a mobilidade, dos carros para as pessoas. A nossa ambição é ser um parceiro de mobilidade ativo e esperamos ter um papel importante no

desenvolvimento de soluções de mobilidade inovadoras em Portugal, através de parcerias e negócios colaborativos”, diz Luís d’Eça Pinheiro, Diretor de Marketing do Grupo Brisa, sobre o novo posicionamento da Via Verde. “No futuro, queremos ser um parceiro ativo no desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas de mobilidade, nas quais as autoestradas terão um papel fundamental.”

COMPETINSTANTE

RPL

A partir do início de janeiro de 2016, a CompetiNstante passará a distribuir na zona norte do país dois novos equipamentos da Errecom, assim como os seus consumíveis. Uma das novidades é o novo Kit de Limpeza para Filtros de partículas FAP/DPF, constituído por um detergente e um líquido de enxaguamento, aplicados com um vaporizador pressurizado e que permitem a limpeza do filtro sem desmontar o escape e antes de se proceder à regeneração forçada.

A RPL Clima, empresa algarvia que se dedica à importação e distribuição de peças para climatização automóvel desde 2000, acaba de anunciar o lançamento de um novo catálogo de climatização automóvel para 2016. O novo catálogo está, segundo a marca, “recheado de novidades” e oferece “páginas a cores, para realçar a qualidade do mesmo”.

NOVO CATÁLOGO DE CLIMATIZAÇÃO

PORTEFÓLIO ERRECOM ALARGADO

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Paralelamente, a CompetiNstante irá comercializar também a nova máquina de tratamento antibacteriano para sistemas de ar condicionado automóvel da Errecom, a ATOM MACHINE. Este nebulizador ultrassónico eletrónico é fornecido com 48 doses de tratamento higienizador de 250 ml.



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ESPECIALISTA

NEX

Aposta na proximidade A aposta forte na proximidade face aos clientes e a resposta rápida a todos os pedidos são os pilares da estratégia da NEX para Portugal, como nos refere Aldo Machado, Coutry Manager daquele que é o mais recente operador da área dos pneus no nosso país. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

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NEX é o mais recente operador ibérico no setor dos pneus, tendo surgido há precisamente um ano, em Espanha, como resultado da fusão das atividades grossistas da Rodi Motor Services e da Euromaster. Menos de um ano depois da sua criação, a NEX expandiu a sua atividade para Portugal, dando cumprimento à estratégia definida desde logo de se assumir como “empresa de distribuição ibérica de pneus”, como sublinha Aldo Machado, Country Manager da NEX Portugal, à TURBO OFICINA. Definindo o mercado português como “interessante, apesar das dificuldades em que se encontra”, este responsável da NEX Portugal diz-nos que “a afirmação da empresa será feita através da conquista de quota de mercado aos restantes operadores”. E a estratégia está definida: “pretendemos alargar a nossa oferta a outro tipo de serviços, apostando na inovação. Além disso, privilegiamos a distribuição multissegmento e multimarca, tanto nos ligeiros como nos pesados e, principalmente, a grande proximidade face aos nossos parceiros”. Para tal, foram criadas duas plataformas de apoio, uma em Lisboa e outra no Porto, com, respetivamente, 3000 e 1500 m2 e capacidade de armazenamento de aproximadamente 30 mil pneus. Estas duas estruturas, que segundo Aldo Machado dão à NEX Portugal uma “importante vantagem competitiva”, são apoiadas pela plataforma de Madrid, estndo permanentemente disponível um “stock” de 90 mil pneus de, praticamente, todas as medidas. A par desta ampla disponibilidade, Aldo Machado salienta ainda as quatro entregas diárias nas zonas da Grande Lisboa e Grande Porto. Já na faixa Litoral, no Algarve e nas capitais de distrito da zona Norte são duas as entregas diárias, enquanto no interior alentejano existe a possibilidade de uma entrega a cada dia. Por fim, os Açores e a Madeira podem ser abastecidos, respetivamente, uma e duas vezes por semana. Além da resposta célere a todos os pedidos, os clientes da NEX têm ao dispor uma plataforma dedicada, via Internet. “Empenhamo-nos em apoiar os nossos parceiros e, por isso, enquanto muitos distribuidores estão a cortar investimentos, nós investimos no fator humano” – salienta o responsável pela NEX Portugal. “Temos uma rede comercial constituída por três gestores de conta, todos com uma ampla experiência no mercado, que prestam também vários serviços de apoio. Queremos ser competitivos no preço, rapidez de entrega, acompanhamento e disponibilidade de stock”. Segundo Aldo Machado, Portugal beneficia bastante com as sinergias decorrentes da estratégia ibérica da NEX, até porque, como refere, “temos tanta coisa em comum com o mercado espanhol (posicionamento de preços, disponibilidade e necessidades das marcas)


que é impossível dissociarmo-nos dele”. No entanto, faz, também, questão de notar que a criação da NEX Portugal serviu para acolher as especificidades que sempre existem e para potenciar a já referida estratégia de proximidade. OFERTA ALARGADA “Grossita puro e duro” – é assim que Aldo Machado define a presença da NEX em Portugal, o que justifica uma estratégia de vendas que passa, unicamente, pelas casas de pneus ou por oficinas com capacidade para montar pneus, tanto em termos de especialistas, como de equipamento. “Esse é o nosso ponto diferenciador face a outros distribuidores”, garante este responsável que acrescenta que, apesar de originar na Euromaster, a NEX assume-se como um distribuidor multimarca e multissegmento. “Não somos a Michelin, nem a Euromaster, estamos no mercado grossista como um distribuidor multimarca. Obviamente que algumas marcas que distribuímos são do grupo Michelin, mas isso acontece porque são referências no mercado, mas a verdade é que trabalhamos, igualmente, com um conjunto significativo de outras marcas”. Assim, para além de todas as marcas premium (Continental, Dunlop, Goodyear e Bridgestone) a NEX tem, igualmente, uma presença forte no segmento Quality, com as marcas Kleber e BFGoodrich, neste caso apenas no segmento 4x4. Já no segmento Budget têm duas marcas próprias: a Taurus, produzida pelo Grupo Michelin, e a Blacklion, de origem asiática. Nos pesados trabalham a Michelin e, em exclusivo, a Riken (Quality) e a Blacklion (Budget). As razões para tal prendem-se com “o objetivo de responder às necessidades dos clientes”, sublinha Aldo Machado. “Disponibilizamos um portefólio amplo, com preços competitivos, a que juntamos um leque de serviços que permite que as transações se processem com comodidade e segurança. Queremos ser um parceiro credível. Se o cliente pretende um produto económico nós temos, se pretende um produto com boa relação qualidade/ preço e de referência no mercado nós temos e, querendo um produto premium, nós tentamos sempre dar o topo de gama para cada um dos segmentos em que estamos presentes.”

Aldo Machado, Country Manager da NEX Portugal, define este novo player como um “grossista puro e duro”

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CONTACTOS NEX COUNTRY MANAGER ALDO MACHADO TELEFONE 219 540 500 E.MAIL amachado@nextyres.pt

A cada momento, são 90 mil os pneus que a NEX tem disponíveis, de praticamente todas as medidas

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ESPECIALISTA

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Tyre Protector é o mais recente gel selante para pneus a chegar ao mercado nacional, onde terá de batalhar com propostas semelhantes já existentes, como é exemplo o ContiSeal, da Continental. No entanto, para Mário Simões, responsável pela Tyre Protector em Portugal, a grande vantagem deste selante é a de poder ser aplicado em qualquer pneu tubeless, de qualquer dimensão, ao contrário do que acontece com os produtos de marca, que têm um leque de aplicação muito mais diminuto. Mas esta não é a única vantagem. Além da óbvia proteção contra furos – de até 6 mm de diâmetro no caso dos ligeiros e de até 12 mm para os veículos pesados – Mário Simões afirma que o Tyre Protector é o responsável por um aumento da longevidade do pneu, bem como por uma diminuição dos consumos. Tais resultados são conseguidos à custa da selagem da microporosidade natural da borracha, impedindo a perda de pressão residual. Ao garantir uma pressão constante, o desgaste do pneu é uniforme e o motor precisa de menor esforço para mover os pneus. Além disso, para Mário Simões, esta pode ser uma forma de fidelizar um cliente através da disponibilização de um produto adicional: “Sempre que for trocar de pneus, o cliente pode ir a uma determinada oficina ou casa de pneus porque lá tem este ‘seguro’ contra furos, em detrimento de outras onde o produto não está disponível.”

ALÉM DA PROTEÇÃO CONTRA FUROS, O TYRE PROTECTOR CONTRIBUI PARA A LONGEVIDADE DOS PNEUS

Tyre Protector

Seguro contra furos Existe no mercado um novo gel selante para a reparação imediata de pneus: o Tyre Protector. A aplicação em todos os pneus, de qualquer medida, é uma das suas mais-valias, mas não é a única. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

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Atualmente a Tyre Protector tem já alguns clientes em carteira, onde se pode contar a Câmara Municipal de Cantanhede, e continua o seu trabalho de prospeção, tendo boas perspetivas de negócio com algumas redes de oficinas. Além destas, Mário Simões afirma ter conseguido feedback positivo por parte da Associação Nacional de Proteção Civil e da Força Especial dos Bombeiros. APLICAÇÃO ESPECIALIZADA A aplicação deste produto pode ser feita por qualquer um caso a opção seja por injetá-lo numa bicicleta ou moto, mas no caso dos automóveis convém ser um técnico especializado a realizá-la, para


garantir a introdução da quantidade certa de produto em cada um dos pneus, evitando desequilíbrios nas rodas, devido às massas diferentes. Esta formação é feita pela Tyre Protector junto das oficinas e casas de pneus, os clientes preferenciais da empresa, que pretende operar no mercado luso como distribuidor. No entanto, e nesta primeira fase, ainda são realizadas instalações junto do cliente final, no caso de não existir nenhuma oficina perto deste que esteja a comercializar o produto. Para poder realizar a aplicação deste selante não são necessários grandes investimentos em maquinaria, uma vez que o produto pode ser injetado no pneu sem antes o esvaziar, o

que elimina a necessidade de um elevador. Assim, além da embalagem com o produto, apenas são necessários uma bomba para a sua injeção no pneu (vendida para Tyre Protector Portugal às oficinas por 100 euros), uma chave de válvulas dinamométrica e um compressor para repor a pressão recomendada nos pneus após a aplicação do produto. Para evitar erros, a Tyre Protector disponibiliza uma tabela de referência, onde é possível saber a quantidade de selante a ser instalada por cada medida de pneu. Há que ter em conta que, após a aplicação, é necessário que o automóvel percorra alguns quilómetros, para garantir que o mesmo se espalhe uniformemente por toda a superfície,

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CONTACTOS TYRE PROTECTOR RESPONSÁVEL MÁRIO SIMÕES TELEFONE 964 988 808 E.MAIL mfbsimoes@tyreprotector-portugal.com

deixando uma camada de 2 mm. Nesta fase o utilizador poderá sentir alguma vibração na direção, mas após o espalhamento do selante, tal terminará, garantindo Mário Simões que esta vibração nunca mais será sentida.

APLICAÇÃO EM QUATRO PASSOS

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Primeiro é necessário ver qual a medida do pneu, para consultar a tabela e saber qual a quantidade de selante a utilizar, pois selante a menos impede a eficácia do produto e selante a mais potencia vibrações.

2 Seguidamente é necessário verificar qual a pressão existente no pneu, para depois a repor, de acordo com as especificações do fabricante. Durante a instalação, é conveniente que a válvula do pneu esteja localizada no quadrante inferior da roda, devendo o pneu ser posicionado para tal.

3 O passo seguinte é retirar a válvula e colocar a mangueira de enchimento, que impede o retorno no ar que está no interior do pneu.

4 A partir daqui, basta apenas injetar a quantidade pré-definida de selante e recolocar a válvula no pneu, utilizando para o efeito a chave dinamométrica, para garantir um aperto correto.

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Sonicel

Oleoblitz chega a Portugal A Oleoblitz, marca italiana de lubrificantes com 133 anos de existência, está agora representada em Portugal através da Sonicel. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

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etida pela Petronas, a Oleoblitz, marca italiana com mais de um século de existência, chega agora a Portugal pela mão da Sonicel, que também comercializa os lubrificantes AD. Filipe Ferreira, administrador do grupo Sonicel, afirma não ter “qualquer tipo de receio de concorrência entre as duas marcas”, que, a espaços, poderão mesmo complementar-se no que respeita à oferta de produto. Segundo este responsável foram dois os fatores decisivos para que a Sonicel abraçasse a representação da marca italiana. Desde logo, a qualidade do produto e, também, o empenho no nosso mercado manifestado pela Oleoblitz. “Vamos estar a trabalhar com um parceiro que está constantemente atento à inovação e ao desenvolvimento técnico do produto e às especificações” – salienta Filipe Ferreira. Feitos com as mesmas bases e aditivos utilizados pelas restantes marcas Petronas, os lubrificantes Oleoblitz entram no mercado nacional com uma imagem completamente nova, desde o logótipo até às embalagens, que são idênticas a todas as marcas da Petronas.

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A única alteração reside no rótulo, desenhado para oferecer toda a informação necessária à utilização do produto. Disponível em embalagens de 1, 4, 5, 20, 200 e 1000 litros, a Oleoblitz não terá disponível, para já, a totalidade da sua gama, mas Filipe Ferreira adianta que a oferta cobre mais de 80% das necessidades da área automóvel. Este

A GAMA OLEOBLITZ LIGEIROS

Pulsar F 100% sintético

Pulsar S Semissintético

Pulsar M Mineral

PESADOS

Hercules 100% sintético, semissintético, mineral

Era

Monograduados

2 TEMPOS

Microl

100% sintético, semissintético, mineral

4 TEMPOS

Microl

100% sintético, semissintético, mineral

AGRÍCOLAS

Agricoil STOU/UTTO

TRANSMISSÕES

Gear

Caixas e Diferenciais

Matic

ATF, Caixas automáticas

ANTICONGELANTES ART

Orgânicos e inorgânicos

TRAVÕES

ALT

Fluidos travões e embraiagem

INDÚSTRIA

Hydra

HLP, HVLP

administrador da Sonicel crê que a apetência da Petronas para a inovação será determinante para que, ao longo do tempo, sejam produzidas mais referências para responder às restantes necessidades do mercado. Confiante na nova aposta, Filipe Ferreira não faz previsões para 2016 mas diz acreditar que “rapidamente serão alcançados valores anuais da ordem das 500 a 600 toneladas”. Já Jordi Rubert Daura, responsável na Petronas pelo mercado ibérico, traça objetivos ainda mais ambiciosos, contidos no plano de negócios a cinco anos que aponta um volume anual da ordem das mil toneladas.

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CONTACTOS OLEOBLITZ JGESTOR DE PRODUTO MANUEL DA FONSECA TELEFONE 214 245 300 E.MAIL Manuel.fonseca@sonicel.pt



D dossier

Inquérito ao consumidor sobre pneus

À procura de um bom negócio

Na altura de trocar os pneus, sabe quais são os fatores que mais pesam na escolha do seu cliente? Sabe onde procura informação ou junto de quem se aconselha? Com o intuito de lhe dar as respostas a estas e a outras questões, a TURBO OFICINA realizou um inquérito ao consumidor e concluiu que, no momento da decisão, a sua opinião conta! TEXTO ANDREIA AMARAL

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substituição dos pneus é, muitas vezes, encarada como um problema pela maior parte das pessoas. Associados a um custo extraordinário com o veículo, os pneus afiguram-se ainda como um universo complexo, caracterizado por uma multiplicidades de opções e variáveis em que as diferenças nem sempre são percecionadas de forma imediata. Perceber o que procura o cliente e o que mais valoriza é, assim, essencial para lhe oferecer uma solução adequada às suas expetativas. Do mesmo modo, o conhecimento dessas variáveis é um bom indicador do tipo de produto que terá mais procura, o que constitui um suporte na criação de stocks. Nesse sentido e com o intuito de o ajudar a perceber as tendências do mercado, a TURBO OFICINA realizou um inquérito, através do seu site e do da revista TURBO, sobre os hábitos de consumo nos pneus. Baseado num inquérito levado a cabo há cerca de um ano, permite também estabelecer uma base comparativa e identificar a evolução de alguns parâmetros. Com uma amostra válida, é de assinalar que 72,1% dos inquiridos são homens e 27,9% mulheres e que 80% têm idades entre os 25 e os 50 anos. O QUE MAIS IMPORTA NUM PNEU? Questionados sobre qual o principal critério na escolha de um pneu, 52,3% dos inquiridos responderam ser a qualidade, enquanto 18,5% optaram pelo preço, 14,6% revelaram escolher de acordo com a marca e 9,2% seguir a sugestão da casa de pneus. Contudo, é interessante perceber que a associação de determinada marca à qualidade joga, nesta hierarquia, um papel relevante, uma vez que metade dos consumidores que escolheu o fator qualidade como a característica mais relevante indicou que, no momento da troca, opta por pneus da mesma marca. O ajuste destas variáveis pode, na verdade, levar a que a marca se posicione no topo dos critérios, com 40,75%, a qualidade em segundo, com 26,15%, e o preço em terceiro. Já se tivermos em conta todos os inquiridos, 56,2% indicaram que não mantêm a marca de pneus que tinham anteriormente. A este nível, refira-se que, no inquérito realizado anteriormente, quase 60% afirmaram

OS CONSUMIDORES ELEGEM A CASA DE PNEUS COMO PRINCIPAL FONTE DE INFORMAÇÃO NA ALTURA DA COMPRA JANEIRO 2016

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dossier

QUAL O PRINCIPAL CRITÉRIO NA ESCOLHA DE UM PNEU?

QUAL A RAZÃO QUE O LEVA A TROCAR DE MARCA?

QUALIDADE 52.3% PREÇO 18.5% MARCA 14.6% SUGESTÃO DA CASA DE PNEUS 9.2% OUTRO 5.4%

PARTINDO DO PRESSUPOSTO QUE A SUA OPÇÃO SE BASEIA NO FATOR PREÇO, QUAL É A ESCOLHA?

QUERER EXPERIMENTAR OUTRA MARCA 14.8% PREÇO 18% UMA CAMPANHA PROMOCIONAL 17.2% CONSELHO DA CASA DE PNEUS 21.3% OPINIÃO DE FÓRUNS 4.9% CONSELHO DE UM AMIGO 2.5% OUTRO 7.4% NÃO SE APLICA 13.9%

QUAL DOS CRITÉRIOS DA ETIQUETA MAIS VALORIZA?

COM QUE REGULARIDADE VERIFICA A PRESSÃO DOS PNEUS DO SEU CARRO?

SEMANALMENTE 6.2% QUINZENALMENTE 13.8% MENSALMENTE 25.4% DE DOIS EM DOIS MESES 22.3% SEMESTRALMENTE 5.4% RARAMENTE 23.1% NUNCA VERIFICO 3.8%

Os pneus são muitas vezes descurados, como atesta o simples facto de 32,3 % dos inquiridos confessarem que verificam a pressão dos pneus duas vezes por ano, em raras ocasiões ou até mesmo que nunca a verificam.

QUANDO PENSA EM TROCAR DE PNEUS, ONDE RECOLHE A INFORMAÇÃO?

0 10 20 30 40 50 60

85.7% 9.2% 5%

ADERÊNCIA EM PISO MOLHADO 70% EFICIÊNCIA NO CONSUMO DE COMBUSTÍVEL 26.9% RUÍDO 3.1%

INTERNET 33.8% CASAS DE PNEUS 50.8% SITES DAS MARCAS DE PNEUS 22.3% REVISTAS 16.2% AMIGOS 18.5% OUTRO 9.2%

manter a mesma marca. Para a troca, os fatores impulsionadores são diversificados, desde querer experimentar outra marca, ao conselho de um amigo, às opiniões lidas num fórum. Não obstante, os fatores mais preponderantes são os que estão relacionados com o profissional e com o negócio, revelando que, no momento da escolha, o especialista tem uma palavra a dizer e que a formulação do preço também. Aliás, 21,3% revelou trocar de

marca na sequência de um conselho dado na casa de pneus, o que, no inquérito anterior, só tinha relevância para 9%. Do mesmo modo, para 35,2% dos inquiridos, a diferença no custo e a existência de uma campanha promocional são elementos que motivam a troca de marca. O fator preço ganhou também uma importância acrescida, já que, no inquérito realizado há um ano, apenas 18,6% das pessoas o apontaram.

Partindo da premissa de que a decisão se baseia no preço, é de assinalar que os pneus novos low cost constituem-se como uma opção apenas para 5% das pessoas, que preferem mesmo optar por pneus usados do que por marcas que desconhecem. Contudo, a larga maioria (85,7%) aposta em pneus novos do segmento Budget. Criada como um elemento de transparência e uma base comparativa de algumas

PNEUS NOVOS BUDGET (BARATOS) PNEUS USADOS PNEUS NOVOS LOW COST (PNEUS MUITO BARATOS)

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características do pneu, a Etiqueta Europeia de Pneus (EEP) é já do conhecimento da maioria dos inquiridos. De qualquer forma, existe ainda um universo relevante, 34,6%, que confessa não conhecer a EEP. Do mesmo modo, 65,4% das pessoas revelaram nunca ter baseado a sua compra neste elemento. Questionados sobre quais os critérios constantes na EEP que mais valorizam, 70% dos inquiridos assinalaram a aderência em piso molhado, 26,9% a eficiência no consumo de combustível e apenas 3,1% o ruído, o que revela que a segurança está no topo das preocupações. CONFIANÇA NO PROFISSIONAL Contrariando a tendência do mundo digital, no que diz respeito aos pontos de recolha de informação, as casas da especialidade voltam a afirmar-se como os principais locais onde o consumidor procura munir-se de elementos para a tomada de decisão, destronando a PUBLICIDADE

Internet, identificada anteriormente como a principal fonte de informação. Mesmo assim, a Internet, em geral, e os sites das marcas de pneus, em particular, foram, no conjunto, assinalados por 56,1% dos inquiridos, demonstrando que este é um canal que não pode ser descurado. Destaca-se ainda a grande diversificação dos locais de consulta, uma vez que também as revistas e as opiniões de pessoas próximas são levadas em conta, elementos que obtiveram no inquérito uma incidência acima dos 15%. É ainda de assinalar que, apesar do advento da Internet e da sua importância como fonte de informação, este não é um canal relevante de vendas em Portugal, já que apenas 9,2% dos inquiridos revelou ter comprado pneus online. Tomando estes elementos em consideração, conclui-se que o contacto com os profissionais é bastante valorizado, seja na tomada de decisão, seja no momento da compra.

TENDÊNCIAS NAS DIMENSÕES Os resultados das vendas de veículos novos permitem antecipar quais as medidas de pneus que terão mais procura num futuro próximo. Tendo em conta aqueles que foram os veículos mais vendidos em 2014 e no primeiro semestre de 2015, e as dimensões dos pneus que os equipavam, elaborámos uma lista que lhe poderá ser útil no planeamento de stocks: 185/60 R15 – VW Polo 185/65 R15 – Peugeot 208, Renault Clio, Opel Corsa 195/55 R16 – Opel Corsa 195/65 R17 – Renault Clio 205/55 R16 – Peugeot 308, VW Golf, BMW Série 1, BMW Série 3 205/50 R17 – Renault Mégane 205/55 R17 – Renault Captur 215/55 R18 – Nissan Quashqai 225/45 R17 – Peugeot 308; BMW Série 1, BMW Série 3 225/45 R19 – Nissan Qashqai


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Grossistas

Venda de usados é a grande dor de cabeça Os grossistas de pneus acreditam que o mercado vai ser cada vez mais disputado, o que fará com que só os mais capazes sobrevivam. A maior “dor de cabeça” continua a ser, porém, a ausência de regulação à atividade de venda de pneus usados. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

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A FALTA DE REGULAÇÃO NA VENDA DE PNEUS USADOS É UM DOS GRANDES PROBLEMAS DO SETOR

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uma altura em que o mercado nacional de pneus dá sinais de alguma recuperação, tentámos saber junto dos principais grossistas quais os desafios para o ano que agora se inicia. Das respostas que obtivemos emerge a certeza de que a competitividade será cada vez maior, uma vez que o abrandamento do crescimento económico previsto para este ano não deverá permitir um crescimento significativo das vendas. Se a isto juntarmos a chegada de novos players, como a NEX Tyres, é fácil prever que a pressão será cada vez maior, o que leva a que todos os que responderam ao inquérito da Turbo Oficina apontem a sustentabilidade com um fator decisivo para que as suas empresas mantenham a

indispensável solidez num mercado que se tornará cada vez mais competitivo. Para José Enrique Carreiro, da RS Contreras, o maior desafio do mercado reside na satisfação das necessidades do cliente, enquanto José Coelho, da Tirso Pneus, aponta como fator decisivo para o sucesso a capacidade de as empresas se reinventarem e inovarem, “sem, no entanto, perderem de vista as suas competências essenciais”. Esta visão de um mercado que não crescerá e que será cada vez mais disputado é partilhada por Manuel Félix, da Euro Tyre, empresa que se assume como “um fornecedor global, apto a disponibilizar pneus, consumíveis para pneus (pesos, remendos, colas, massas), todo o tipo de peças auto e lubrificantes para máquinas destinadas a oficinas de pneus, bem como ferramentas.” Para Pedro Conceição, da Aguesport, é nesta adaptação à mudança que reside o grande desafio para o setor, sendo crucial perceber como tornar o negócio mais rentável, pois, caso contrário, “muitos irão cair”, como sublinha. Da mesma opinião é Rui Chorado, da Dispnal, que acrescenta a esta equação a definição clara dos objetivos, o que é fundamental para que não se deixem escapar as oportunidades que deverão surgir. Quanto a Aldo Machado, da NEX, antevê que a atual tendência de redução dos preços das matérias-primas, associada à estabilidade cambial, pode levar os fabricantes de pneus a reduzirem os preços, o que abriria espaço para um ligeiro aumento das margens a praticar pelos grossistas. FISCALIZAÇÃO NECESSÁRIA A completar três anos desde a sua introdução, a Etiqueta Europeia de Pneus é considerada por todos como um instrumento de extrema importância para regular a entrada no mercado de produtos de qualidade inferior, o mesmo acontecendo com as normas ambientais aplicáveis na importação de pneus. Apesar disso, José Coelho é da opinião de que as ameaças daqueles produtos já foram maiores, pois o cliente tornou-se – ele próprio – mais exigente em termos de atendimento,

compromisso, qualidade, relação, pós-venda e também, preço. Para o coordenador da rede Confortauto Hankook Masters em Portugal, a Etiqueta Europeia “proporciona ao consumidor uma decisão mais consciente e ajustada às suas necessidades”, mas é “necessário haver um controlo mais apertado sobre a forma e atribuição das devidas classificações”. Da mesma opinião é José Enrique Carreiro, que afirma, mesmo, que a implementação deste mecanismo (a Etiqueta Europeia, ndr) não tem sido a melhor e que “a falta de uma entidade independente que fiscalize as classificações de cada marca descredibiliza o projeto”. Para o responsável da RS Contreras seria ainda importante incluir “mais critérios de avaliação dos pneus para que o consumidor final pudesse ter uma informação mais fidedigna do produto que está a comprar”. Mas este não é o único campo para o qual os grossistas portugueses reclamam maior fiscalização. O comércio de pneus usados continua a ser uma “dor de cabeça” e “não se pode manter a venda selvagem e sem regras como até aqui”, como diz Pedro Conceição, que ressalva a necessidade urgente de regulação nesta atividade. Da Tirso Pneus vem a mesma opinião e o apelo a uma “legislação clara e igualitária” no que a esta questão diz respeito, por forma a garantir que o setor funcione de uma forma mais organizada e justa. Também Aldo Machado encontra “gravíssimas lacunas e omissões” na legislação que regula a venda de pneus usados. No entender do responsável luso da NEX Tyres “é cada vez mais incompreensível que Portugal e a própria UE não tenham ainda aplicado qualquer tipo de restrição à importação e comercialização de pneus usados”. José Enrique Carreiro também aponta a necessidade de uma fiscalização mais apertada, mas desta feita ao cumprimento das obrigações fiscais e tributárias de todos os players do mercado, um fator que é, no seu entender, “crítico”. Da mesma forma, este responsável sugere que a informação ao consumidor final é importante e que ela deveria ser feita através do desenvolvimento de “campanhas de prevenção rodoviária, apontando o pneu como elemento de segurança principal”. Por fim e ainda no plano da regulação, Rui Chorado diz que é urgente a certificação de técnicos de montagem, calibragem e alinhamento, uma vez que atualmente “qualquer pessoa pode comprar “uma, duas ou três máquinas e começar a trabalhar, sem saber o que está a fazer”, estragando o mercado.

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Frotas

O que valorizam os clientes profissionais nos pneus? Apesar de o custo ser o fator mais preponderante para os profissionais quando adquirem pneus, este é visto de uma perspetiva bem diferente daquela que é normal no consumidor particular. TEXTO ANDREIA AMARAL

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om um peso considerável nos custos de manutenção de um automóvel, mas também de operação, sobretudo a nível dos consumos de combustível, os pneus são um elemento com particular preponderância na gestão de frotas. Para esta fatia altamente profissional do mercado, o fator custo é, efetivamente, o que mais se impõe. Mas, ao contrário do que acontece no caso do consumidor final, por norma mais centrado no preço de aquisição, as contas são feitas tendo em consideração diversas variáveis, como a vida útil do pneu, o risco de incidentes ou a eficiência energética. Por isso mesmo, o cliente empresarial tem um foco diferente, que convém ter em consideração quando o negócio visa este segmento. UM CASO PRÁTICO Compradora e prestadora de serviços na área dos pneus, a Leaseplan têm uma ampla perspetiva do perfil do cliente profissional. De acordo com Manuel Berger, Diretor de Operações da empresa, tendo em conta que “a

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troca de pneus, quer seja por desgaste, danos isolados ou rebentamentos, implica muitas vezes custos imprevistos, em locais e horas também imprevistos”, a maioria dos contratos de renting inclui, na renda mensal, um serviço integral de gestão de pneus. “Este serviço é bastante valorizado pelos nossos clientes, pois garante uma maior eficiência na gestão da frota, elimina qualquer incerteza nos custos e garante uma solução mais económica”, esclarece o responsável. No momento de adquirir pneus para os seus clientes, a Leaseplan aposta sempre nos pneus premium. “No caso dos pneus usados não nos é possível saber o histórico dos pneus ou em que condições ocorreu a utilização anterior”, reitera o Diretor de Operações. “Relativamente aos pneus low-cost é normal que, em termos comparativos, estes não se encontrem ao mesmo nível evolução dos produtos das marcas Premium. Com estas questões associadas, não arriscamos e optamos sempre por pneus Premium, independentemente do veículo.”

INOVAÇÃO A PREÇOS COMPETITIVOS Assumindo-se como “o maior comprador mundial de pneus, excluindo os próprios fabricantes de automóveis”, a Leaseplan trabalha com três marcas premium definidas a nível internacional, concentrando encomendas e conseguindo preços mais apetecíveis. “Esta escolha tem-se revelado acertada e dá-nos a segurança de que os nossos clientes utilizam pneus que são tecnologicamente mais avançados. Estes fabricantes, para além de investirem avultadas somas no desenvolvimento de novos produtos, têm também regras rígidas no que diz respeito aos processos de fabricação e aos controlos de qualidade”, indica Manuel Berger. Atenta às questões ambientais, económicas, de segurança e eficiência, a Leaseplan mantém um contacto com os fabricantes de pneus no sentido de acompanhar as evoluções. “É expectável que, no futuro, estas preocupações se mantenham e que, fruto dos avanços tecnológicos, da pesquisa e do desenvolvimento, os pneus venham a ser ainda mais eficientes, sendo os produtos menos competitivos gradualmente substituídos e descontinuados”, revela ainda Manuel Berger. No que toca à substituição de pneus, a Leaseplan conta com uma rede de fornecedores constituída por cerca de 250 oficinas de montagem de pneus. Para assegurar a qualidade do serviço prestado, a empresa desenvolveu um modelo de qualificação que permite medir e acompanhar a performance dos fornecedores. “O resultado desta avaliação permite à LeasePlan, por um lado, qualificar fornecedores tendo por base o seu desempenho no atendimento de diversos requisitos específicos (que não dependem unicamente do preço) e, por outro lado, selecionar aqueles que asseguram os níveis de qualidade desejados” – conclui o responsável.



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Pneus All Weather

Travagem em todas as estações Os pneus para todas as estações estão a ganhar uma maior preponderância no mercado europeu, naquela que é a resposta da indústria à vontade dos consumidores. TEXTO ANDREIA AMARAL

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egundo os dados da ETRMA – European Tyre and Rubber Manufacters’ Association, as vendas de pneus de substituição na Europa têm vindo a decrescer nos últimos anos. Na base desta quebra reside o facto de os pneus de inverno estarem a tornar-se menos populares do que eram há cinco anos. Em primeiro lugar, muitos consumidores já não estão disponíveis para investir anualmente em dois conjuntos de pneus que, na maioria dos casos, não chegam a completar o seu ciclo de vida. Isto porque, apesar de raramente o piso estar longe de ter cumprido todo o seu potencial de quilómetros, as condições de armazenagem são essenciais para garantir que, seis meses depois, a borracha mantém as suas características. Assim, e mesmo que o consumidor tenha uma garagem com espaço para guardar os pneus, dificilmente conseguirá assegurar que estes não terão perdido as suas propriedades. Perante a crise económica, que desde 2008 fez sentir os seus efeitos um pouco por todo o continente europeu, não é assim de estranhar que os consumidores tentassem reduzir as despesas e mitigar o desperdício de um elemento, já por si, oneroso. Deste modo, e se as vendas de pneus de substituição decresceram 9% em 2014, em comparação com um ano de 2013 já em quebra, as vendas de pneus para todas as estações, “all weather”, começaram a crescer. Segundo dados da GfK, este segmento do mercado de pneus representava, também em 2014, 4% do total de vendas, naquele que foi um crescimento de 50% em relação ao ano precedente. As estimativas de um estudo recente, divulgado pela Research and Markets, apontam mesmo para que, até 2018, este segmento cresça a um ritmo médio anual de dois dígitos. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA Muito embora a procura por uma solução mais completa ao nível dos pneus esteja em crescendo, a verdade é que os seus impactos só se fazem sentir porque, fruto do investimento em pesquisa e desenvolvimento, a indústria oferece hoje uma resposta adequada a estas necessidades. A Pirelli foi uma das pioneiras nesta área, tendo lançado o Cinturato All-Season. Mas muitos são os fabricantes que já disponibilizam no mercado um produto para este segmento. Por exemplo, a Michelin propõe o CrossClimate, a Hankook apresentou o Kinergy 4S, a Goodyear tem o Vector 4Season, a Nokian comercializa o Weatherproof, etc. A questão que se coloca de imediato é: o que motiva os fabricantes a investirem para, conscientemente, começarem a vender menos? Certamente não pretendem perder dinheiro! A este respeito convém assinalar

Os pneus All Weather caracterizam-se pelo bom desempenho em piso molhado, com gelo ou com neve

que estes pneus têm um preço de venda, por norma, superior e que, face à poupança que representam no orçamento anual, os consumidores estão disponíveis para pagarem um pouco mais por um produto que assegura, simultaneamente, o cumprimento dos requisitos legais impostos por alguns países para o inverno e as características de aderência, travagem e vida útil no verão. Por outro lado, a obrigatoriedade de incluir a bordo do veículo sistemas de monitorização da pressão dos pneus (TPMS, na sigla inglesa) tem impulsionado o advento nesta área, sobretudo, por duas razões. Alguns sistemas indiretos de TPMS exigem a recalibração sempre que existe uma troca de pneus. Como muitas vezes esta operação não era realizada, os impactos positivos do TPMS, tanto ao nível do consumo de combustível como, e por consequência, no ambiente, acabavam por ser anulados, pelo que a indústria foi “pressionada”, a encontrar uma solução, que também não passaria pelos sistemas diretos, mais caros. PARA TODOS OS INVERNOS? Os pneus para todas as estações apresentam-se como uma solução equilibrada para climas moderados. Não obstante ser frequentemente assinalada uma quebra em termos de performance em comparação com os pneus de verão, garantem a

AS VENDAS DOS PNEUS ALL WEATHER DEVEM CRESCER A UM RITMO ANUAL DE DOIS DÍGITOS ATÉ 2018

condução em segurança durante todo o ano e o bom comportamento em piso molhado e em estradas com lama. A tração é, assim, assegurada tanto em estradas secas como mitigadas com chuva ou neve, graças a um desenho inovador do piso. Isto sem comprometer sobremaneira a vida útil do pneu, já que um dos principais constrangimentos dos pneus de inverno é o seu desgaste acentuado em tempo seco. Contudo, em países com um clima mais rigoroso e em que o inverno se impõe com temperaturas muito baixas, existe forte queda de neve e as estradas formam placas densas de gelo, o pneu de inverno continuará a apresentar-se como a melhor opção, já que este, desde o desenho, aos compostos e estrutura, foi concebido especificamente para enfrentar este tipo de condições e disponibiliza uma tração, e, logo, uma segurança, muito superior àquela que caracteriza o pneu para todas as estações. Como tal, a utilização rotativa de pneus de inverno e de verão deverá continuar como a principal tendência em locais mais remotos, como nos Alpes, na Escandinávia, na Rússia e em alguns países do leste europeu. Já em mercados que têm legislação específica sobre os pneus no inverno mas cujo clima é mais moderado, como sejam Espanha, França, Alemanha ou Holanda, o pneu para todas as estações deverá continuar a ganhar uma importância crescente, enquanto o de inverno, e com o cada vez maior desenvolvimento tecnológico deverá perder vendas. Em mercados como o português, e perante o comportamento superior demonstrado em piso molhado – naquele que é uma das características mais relevantes do pneu para o consumidor – este poderá ser também um segmento com uma importância cada vez maior. JANEIRO 2016

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Mercedes-Benz Citan Longo 111 CDI

Capacidade máxima Espaçosa, competente e confortável, a versão longa do MercedesBenz Citan ainda possui algumas arestas a limar. TEXTO JOSÉ MACÁRIO FOTOS JOSÉ BISPO

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ara os profissionais que fazem da cidade o seu local de trabalho, a MercedesBenz oferece o furgão Citan, modelo que complementa a oferta de comerciais ligeiros da marca da estrela e está disponível em três versões distintas – Compacto, Standard e Longo –, nomes que não escondem a razão de ser: a capacidade de carga. E para quem precisa de transportar muita carga com agilidade e segurança, a opção é a esta variante longa, que com os seus 4705 mm de comprimento e 1839 mm de altura não esconde a vocação transportadora. A pensar em quem tem de colocar e retirar muita carga da sua caixa, a altura ao solo

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deste compartimento é de 601 mm, um valor aceitável para a classe, e as portas traseiras de abertura 60/40 permitem uma amplitude de 180º, o que permite carregar uma europalete nos 3 ,8 m3 de volume de carga, que pode pesar até 675 kg. Como se tal não bastasse, existe ainda uma porta deslizante do lado do passageiro, que garante um acesso de 638 mm para que consiga facilmente chegar à mercadoria que esteja localizada na parte anterior da caixa de carga. Destaque ainda para a proteção em plástico do interior do compartimento de carga, para impedir danos desnecessários.

CONFORTO A BORDO

Acedendo ao habitáculo, onde podem viajar duas pessoas e existem vários espaços de arrumação, a posição de condução é agradável e encontra-se com relativa facilidade, pese embora o facto de o banco do condutor não regular em altura e de o volante não gozar de regulação em profundidade, apenas em altura. No entanto, merece menção o bom suporte lateral que tanto o banco do condutor como o do passageiro proporcionam, assim como o seu conforto geral, que garante que as costas não se vão queixar nas viagens mais longas. A rever também é a regulação dos espelhos retrovisores, realizada de forma manual, o que


A versão longa do Mercedes-Benz Citan é uma boa opção para quem pretende transportar um maior volume de carga sem comprometer nem a agilidade nem o conforto. O espaço de arrumação localizado no tejadilho é uma mais-valia para manter todos os documentos à mão, mas a regulação manual dos espelhos retrovisores e uma posição menos boa dos indicadores de mudança de direção são pontos a rever.

obriga a trabalho extra se estiver sozinho na altura de encontrar a posição ideal. O painel de instrumentos tem uma leitura simples, com destaque para a indicação de engrenagem da mudança ideal, sempre com o objetivo de ajudar a conseguir um consumo mais baixo. Com um diâmetro de viragem máximo de 12,4 m, as manobras não são demasiadamente fáceis, especialmente se não pudermos contar com a ajuda de sensores de estacionamento, mas o sistema de apoio aos arranques em subida, integrado no ESP, é um equipamento bem-vindo no dia-a-dia. COMPETENTE E POUPADO

Munido do conhecido motor de 1500 cc de origem Renault, com 110 cv de potência, este Citan revela-se ágil

logo a partir dos baixos regimes, nunca deixando de oferecer a potência necessária, sem no entanto comprometer os baixos consumos, que a marca anuncia serem de 4,2 l/100 km. Para tal também ajuda a caixa manual de seis relações, bem posicionada e com um escalonamento curto, para melhor lidar com o trânsito da cidade. Se a estes indicadores juntarmos um depósito de 60 litros, conseguimos uma autonomia ponderada de mais de 1400 km com um depósito, um valor muito bom para o custo de

1.5 DIESEL HDI 110 CV

3.8 M3

VOLUME ÚTIL

operação deste veículo. No que diz respeito aos intervalos de manutenção, vão até aos 40 mil quilómetros. O Citan oferece de série os sistemas de segurança essenciais, como o ABS, a assistência à travagem de emergência e o controlo de estabilidade, bem como uns travões bstante competentes e com uma elevada resistência à fadiga. O preço desta versão longa do Mercedes-Benz Citan é de 17 590 euros sem IVA, que obriga ao dispêndio de mais 4455 euros na altura de pagar a fatura.

4.2 L

23 827

100 KM

(C/IVA) PREÇO DA UNIDADE ENSAIADA

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BMW Série 7

Quem faz o quê A

sexta geração do BMW Série 7 usa uma plataforma completamente nova, com o intuito de reduzir o peso sem comprometer a rigidez torsional. Para tal utiliza aço, ligas de alumínio e fibra de carbono na sua composição, sendo este último material utilizado nos pilares B, cujo reforço é

da responsabilidade da Gestamp. Outro ponto forte desta berlina alemã é a suspensão pneumática em ambos os eixos, cujas molas pneumáticas são da responsabilidade da Trelleborgvibracoustic e cujo rolamento do pivô em alumínio é fornecido pela Hirschvogel.

A transmissão automática de 8 velocidades é da responsabilidade da ZF Friedrichshafen, ao passo que a LuK fornece à fábrica alemã de Dingolfing, onde o Sèrie 7 é montado, os rolamentos de transmissão. Saiba, na tabela abaixo, quem faz o quê nesta berlina de luxo da marca bávara.

COMPONENTES FORNECEDOR

COMPONENTE

FORNECEDOR

ROECHLING AUTOMOTIVE

Persianas ativas da grelha (superior e inferior)

GRUPO ANTOLIN

Iluminação ambiente interior

GESTAMP

Reforço do pilar B

HIRSCHVOGEL

Rolamento do pivô em alumínio (suspensão)

PREH

Comando do iDrive Touch

MARQUARDT

Comando de entretenimento do banco traseiro

IAC

Isolamento do motor

STABILUS

Abertura elétrica e mola da tampa da mala

HENNIGES

Vedantes do capô

ZF FRIEDRICHSHAFEN

Transmissão automática de 8 velocidades

SRG GLOBAL

Componentes da grelha

INTEVA PRODUCTS

Consola dos bancos traseiros

NEMAK

Cabeça do motor

TRELLEBORGVIBRACOUSTIC

Módulos das molas pneumáticas

MAHLE

Módulo da climatização

TRW AUTOMOTIVE

Fixações dos painéis interiores

TAKATA

Airbag do condutor

WEBASTO

Teto de abrir

FAIST CHEMTEC

Isolamento acústico

HUF HÜLSBECK & FÜRST

Fechaduras

REHAU

Tubagens do ar

JOHNSON CONTROLS

Bancos

Wabco

Unidade de fornecimento de ar

PLASTIC OMNIUM

Sistema do depósito de combustível

BADER

Estofos em pele

LUK

Rolamentos de transmissão

NOVEM

Painel de instrumentos (quadrante)

GKN DRIVELINE

Semi-eixos frente e traseiros

ERINGKLINGER AG

Junta da cabeça do motor

EBERSPÄCHER GROUP

Zona fria do sistema de escape (Diesel)

BROSE

Direção de assistência elétrica

KONGSBERG

Apoio lombar pneumático de 4 vias

KSPG AUTOMOTIVE

Válvulas EGR de alta e baixa pressão

KIEKERT

Sistema de tranca das portas (fecho elétrico)

NOTA: Se é fornecedor e tem alguma questão ou quer a sua informação incluída nesta página, contacte James Clark através do e-mail james.clark@ihs.com ou visite www.supplierbusiness.com

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Condução autónoma em 2020

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a sequência de uma conferência de imprensa convocada pela Bosch Espanha, em Madrid, surge o anúncio de que a marca pretende lançar em 2020 um sistema de condução autónoma em autoestrada. Para a Bosch, a condução autónoma é já uma realidade. “A condução autónoma é a consequência do auge do mercado de sistemas de apoio à condução”, afirmou à imprensa Belén Aranda, responsável para a Europa do projeto de condução autónoma da Bosch, conforme dá conta o site posventa.info. A marca alemã é perita em todas as tecnologias necessárias ao desenvolvimento desta solução, incluindo não apenas o sistema propulsor, mas também os travões, a direção, os sensores e os sistemas de navegação e conectividade. Como afirmou Belén Aranda: “A Bosch desenvolve tudo. Dos componentes individuais ao sistema completo.” Com estes argumentos, a Bosch revela estar a poucos anos de introduzir

no mercado uma tecnologia que permitirá ao proprietário de um veículo eleger entre conduzir ou ser conduzido: o piloto automático para autoestradas. “A partir de 2020 poderemos ver carros altamente automatizados que se conduzirão nas autoestradas”, assegura Belén Aranda, ressalvando que estes sistemas levarão a uma mudança radical na arquitetura dos veículos e que será ainda imprescindível que os Governos estabeleçam a legislação necessária para acomodar esta nova tecnologia. FIDELIZAÇÃO RECORDE Apenas um ano após o seu lançamento, o programa de fidelização para oficinas da Bosch já conseguiu registrar mais de dez mil oficinas em Espanha e Portugal, que, desde janeiro de 2015, enviaram para o programa mais de meio milhão de códigos de produto Bosch Automóvel. Concebido pela divisão central de Automotive Aftermarket da

ALPINE

SISTEMA DE INFOENTRETENIMENTO PARA VW GOLF VII A Alpine apresentou o novo Style X901D- G7, um sistema de infoentretenimento concebido especificamente para a sétima geração do Volkswagen Golf. Compatível com todos os sistemas eletrónicos do veículo, associa à qualidade superior do áudio as capacidades multimédia e de informação. O X901D- G7 integra, por exemplo, um sistema de navegação e permite conectar um smartphone, acedendo aos seus conteúdos multimédia. É compatível com a câmara de marcha-atrás original e com os sensores de estacionamento, garantindo a

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segurança desta manobra. Além disso, integra-se no bus de dados do veículo, viabilizando os seus ajustes através do ecrã. Com uma interface do utilizador fácil e simples, o ecrã tátil de 9 ” (22,9 cm) de alta resolução é, na verdade, um dos elementos que mais se destaca no X901D- G7. De acordo com a Alpine, este é mesmo o maior ecrã atualmente disponível para o Golf VII. Graças ao seu excelente contraste e alta resolução, transforma a visualização de filmes e vídeos “numa experiência cinematográfica ao mais alto nível”, sublinha a Alpine.

Bosch e já implementado com sucesso em muitos países europeus, o Extra destina-se a incrementar e premiar a fidelidade das oficinas. Nesse sentido, permite às oficinas receberem ofertas pelas compras que fazem. Para celebrar o primeiro aniversário do programa de fidelização Extra, 15 equipas de hospedeiras visitaram oficinas em diferentes pontos da Península Ibérica, entre os dias 19 de outubro e 20 de novembro. Como resultado, mais 3700 oficinas inscreveram-se no programa. Em Portugal foram visitadas oficinas concentradas nas áreas de Lisboa e Porto. Em Espanha foram visitadas oficinas localizadas nas províncias de Madrid, Barcelona, Valencia, Alicante, Múrcia, Pontevedra, Cádis, Granada, Toledo, Zaragoza, Tarragona, Girona e La Rioja. Todas as oficinas que se registaram durante este período ganharam cem pontos de boas-vindas e receberam pessoalmente um “Welcome Pack” (pacote de boas-vindas).


Centro Zaragoza

SNAM

Curso de Perito de Seguros

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Centro Zaragoza anunciou que as inscrições para o Curso de Peritos de Automóveis já se encontram abertas. Desenvolvido como resposta a uma crescente procura por profissionais com este título pelas oficinas de reparação, este curso contempla 443 horas de formação, a serem lecionadas em um de dois modelos. Os formandos podem optar pela modalidade contínua, em que o curso decorre ao longo de três meses consecutivos, ou pela modalidade parcial, constituída por três módulos independentes que devem ser concluídos no prazo de três anos. O calendário pressupõe duas fases: online, entre 7 de março e 6 de abril de 2016; e presencialmente, de 7 de abril a 10 de junho de 2016. “As oficinas de reparação de automóveis cada vez são mais conscientes da necessidade de controlar os custos e tempos de trabalho das suas reparações para fazer estimativas prévias sobre o valor definitivo”, refere o Centro Zaragoza. “Por

essa razão, as oficinas procuram um perfil de trabalhador que tenha conhecimentos sobre a aplicação dos diferentes tipos de tabela de reparação e pintura que existem no mercado, das diferentes ferramentas de ajuda à peritagem (Audatex, GT Estimate e Eurotax), e que também seja capaz de argumentar com os peritos das companhias a partir de uma mesma base de conhecimento sobre o processo de avaliação.”

RECICLA BATERIAS DO GRUPO PSA

A Snam, empresa francesa que se dedica à reciclagem de variados tipos de material, conseguiu o acordo da PSA para a recolha e reciclagem das baterias industriais de alta tensão – de níquel-hidreto metálico e de iões de lítio – nos concessionários e oficinas oficiais das marcas Peugeot e Citroën em todo o território europeu. Este novo protocolo, baseado no acordo já existente entre as duas empresas para o território francês desde 2012, deverá garantir uma elevada qualidade no processo de tratamento das baterias dos veículos elétricos e híbridos do grupo, ao mesmo tempo que servirá para desenvolver uma economia circular, regenerando materiais e matérias-primas.

CONTINENTAL

APP DE ESTACIONAMENTO EM SINGAPURA

LIQUI MOLY

NOVO ÓLEO PARA MOTORES PSA E FIAT O Top Tec 4310 é o novo óleo da Liqui Moly para motores e destina-se a modelos das marcas Renault, Citroën e Fiat/Alfa Romeo. Enquanto o produto de limpeza para o interior do cárter da caixa de velocidades Pro Line, limpa e desengordura todas as caixas de velocidades e os cárteres de caixas de velocidades automáticas, o Top Tec 4310 é ideal para motores a gasolina e a gasóleo com e sem tecnologia de válvulas múltiplas e sobrealimentação por turbocompressor, assim como para motores com e sem intercooler e filtro de partículas diesel. Para além da aplicação em diversos veículos da PSA e da Fiat/Alfa Romeo (motores Twin e Multi Air), este óleo para motores pode ser utilizado com várias outras marcas que exijam um óleo para motores com esta especificação. Adequa-se perfeitamente para a aplicação em veículos ligeiros a gás (CNG/LPG).

Para minimizar o tempo desperdiçado pelos condutores de Singapura, a Continental apresentou a Park&Go @SG, uma app para smartphone que ajuda os condutores desta metrópole a procurar de forma eficaz os lugares de estacionamento disponíveis naquele momento. Para isso, esta app utiliza dados de ocupação estacionamento em grandes espaços – edifícios comerciais e públicos e parques de estacionamento do Housing & Development Board (HDB), em Singapura. A app inclui um mapa digital e um sistema de navegação que permite aos condutores navegarem pelos espaços de estacionamento disponíveis. A Park&Go também fornece previsões no que respeita à disponibilidade de lugares de estacionamento e um serviço de mensagens que informa o condutor sobre o preço do lugar escolhido.

ARNOTT

SUSPENSÃO PARA MERCEDES CLASSE S A Arnott anunciou ter a solução para quem procura uma suspensão pneumática para o Mercedes Classe S W221 com Airmatic mas sem 4Matic. Aliás, a marca anuncia mesmo duas novas possibilidades para os clientes: ou uma peça reconstruída pelo fabricante ou uma inteiramente nova. A peça reconstruída possui borrachas produzidas pela Continental e um O-ring para selar o topo, ao invés da anterior tecnologia com epoxy. A opção nova conta com um amortecedor afinado especificamente para este modelo e uma secção superior feita inteiramente em alumínio de aviação.

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RAIO-X

FEBI BILSTEIN

NA ESTRADA PELOS CLIENTES O bilstein group percorreu 9 150 km para prestar informação e formação aos seus clientes sobre as suas três marcas: febi, SWAG e Blue Print. Esta distância é equivalente a fazer a autoestrada A1 trinta vezes ou percorrer Portugal de norte a sul sete vezes. No período de dois meses e meio, um veículo de demonstração e um técnico do grupo realizaram 95 visitas, em que se apresentaram e esclareceram dúvidas sobre as diferentes marcas e gamas do grupo. A iniciativa envolveu 852 profissionais do setor, entre distribuidores, retalhistas e reparadores. “Falou-se em travagem, filtros, embraiagem, direção e suspensão, refrigeração, gestão de motor, sistema elétrico, distribuição, prestou-se informação técnica e ainda se falou nas ferramentas”, indica um comunicado do grupo, explicando: “Todos os envolvidos tiveram a oportunidade de analisar de perto a qualidade inquestionável das peças, verificar o tipo de fabrico e de material, assim como trocar opiniões ao nível de disponibilidade e os mais diversos aspetos relacionados com o negócio.” “É percetível que esta foi uma iniciativa que agradou a todos os intervenientes, dada a recetividade demonstrada, às ótimas opiniões recolhidas e observações que iam sendo feitas ao longo dos dias”, avança ainda o grupo, destacando que, na verdade, todos os meses a equipa de Business Development Managers do bilstein group percorre uma média de 15 mil km para prestar acompanhamento aos seus clientes.

IMPREFIL

NOVA GAMA DE FILTROS DE GPL A Imprefil, empresa especialista em componentes térmicos e de filtragem para os mercados industrial e auto, acaba de lançar no mercado 40 novos modelos de filtros de gás de petróleo liquefeito (GPL). “A utilização do GPL está a fazer eco no mercado automóvel como uma alternativa significativa à gasolina ao ter uma série de vantagens para os veículos, incluindo entre elas, a economia ou o cuidado com o meio ambiente”, esclarece a empresa. “Conhecedora das vantagens do Gás de Petróleo Liquefeito, a Imprefil lançou 40 novos modelos de filtros”. Segundo a empresa, o objetivo, com o lançamento destes produtos, é facilitar a adaptação dos veículos a gasolina a este novo combustível, mais económico do que as gasolinas convencionais e que cada vez têm mais aceitação entre os proprietários de veículos a gasolina.

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TURBO OFICINA

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Federal-Mogul

Jurid apresenta gama Evo-Kit

A

Federal-Mogul ampliou a sua gama de produtos para travões, com a apresentação da nova linha da Jurid, a Evo-Kit. No total, são 117 kits de componentes previamente equipados com maxilas e prontos para instalação. Os conjuntos incluem um afinador do tipo de equipamento original (OE) e todos os acessórios necessários para a instalação, sendo fornecidos com folhetos de instruções. A gama inclui referências de peças de todos os principais fabricantes de veículos e pode já ser visualizada nas bases TecDoc e FMeCat. A curto prazo, a Jurid irá lançar também um

novo portefólio de líquido para travões. “Os Evo-Kits Jurid foram concebidos para poupar tempo aos instaladores durante a reparação das maxilas dos travões”, refere a marca. “Estamos continuamente à procura de novas formas de fornecer aos nossos clientes os melhores produtos, serviço e experiência”, disse Tudor Armasu, Gestor de Marketing de Produtos do Mercado de Reposição da Braking EMEA. “A expansão da nossa gama Jurid com Evo-Kits, a ser seguida brevemente pela introdução de líquido para travões, vai ao encontro da evolução das necessidades dos nossos clientes.”

MEYLE

APOIOS HIDRÁULICOS DE MOTOR DE 3.ª GERAÇÃO A Wulf Gaertner Autoparts AG disponibiliza, a partir de agora, apoios hidráulicos de motor “Made in Germany” de terceira geração para as plataformas Audi MLB/MLP/PL48 A4 B8/A5/A6/A7/ Q5 a partir de 2007. Deste modo, as oficinas independentes terão a possibilidade de reparar toda a gama de modelos mais populares com apoios de motor elétricos. Recorde-se que o desgaste dos apoios de motor origina uma deterioração da capacidade de amortecimento e de isolamento. Nos apoios de motor de acionamento elétrico, em que estão adicionalmente disponíveis mensagens de avaria, as consequências são um comportamento de marcha instável, vibrações

crescentes no veículo e um maior nível de ruído no habitáculo. Por essa razão, a Wulf Gaertner Autoparts alargou agora a sua gama para aplicações Audi a novos apoios de motor hidráulicos MEYLE, de acionamento elétrico. As peças de substituição foram concebidas idealmente para as capacidades de amortecimento e isolamento das aplicações específicas dos veículos. As propriedades dos materiais e rigorosos controlos de qualidade, desde o desenvolvimento até ao produto final, asseguram uma longa vida útil das peças. Além disso, graças à atribuição precisa de dados acerca destes componentes complexos, o comprador obtém sempre a peça ideal para o seu caso.


Delphi

Veículo autónomo V2E no CES 2016

A

Delphi está a preparar a incorporação de tecnologias V2E (Veículo-para-Tudo) no seu automóvel autónomo. O veículo será apresentado na edição de 2016 do CES (Salão Internacional da Eletrónica de Consumo), que se realiza de 6 a 9 de janeiro, em Las Vegas. “A Delphi está a levar a segurança ativa e de condução automatizada para o próximo nível”, refere a empresa, indicando ainda: “Utilizando software e hardware avançado, o veículo da Delphi pode comunicar com ruas, sinais, semáforos, outros carros e mesmo peões.” O veículo automatizado da Delphi estará, assim, preparado para: ver todos os carros nas imediações e detetar a entrada abrupta de um carro adjacente na sua faixa de rodagem; ser alertado para peões que não estejam a prestar atenção ao tráfego enquanto utilizam o seu telemóvel (através de um chip especial no smartphone); saber o status dos semáforos e antecipar as luzes amarelas e vermelhas (por via do sistema

Dedicated Short Range Communications); administrar situações em que ruas se cruzam em ângulos estranhos, o que impede o condutor de ver o tráfego adversário; PUBLICIDADE

HERTH+BUSS

NOVAS LÂMPADAS XÉNON As lâmpadas de Xénon D2S da Herth+Buss passaram a ser comercializadas em pacotes de duas lâmpadas. De acordo com a marca, esta opção garante que os clientes mantêm a mesma cor em ambos os faróis, evitando a habitual insegurança de falência da outra lâmpada pouco tempo depois de a primeira ter fundindo. As lâmpadas de 85 V, 35 W são embaladas em plástico para garantir um transporte seguro. Além desta novidade, a Herth+Buss anunciou ainda a chegada à gama de duas novas lâmpadas. A primeira é a de nevoeiro com o código H16, de 12 V. Esta nova lâmpada equipa os mais recentes modelos Toyota como luz de nevoeiro, luz diurna e de viragem, o mesmo acontecendo em vários modelos Renault e Dacia. Da mesma forma, chega à gama a H11, também de nevoeiro, que preenche a lacuna da marca no que respeita aos veículos comerciais.

compartilhar o percurso, notificando amigos do condutor sobre a localização do mesmo, para que o percurso possa ser sempre conhecido.


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RAIO-X

EUROPART

EXPANSÃO ITALIANA A Europart continua a sua expansão europeia. Desta feita, a marca anuncia a abertura de dois novos centros de distribuição em Itália, mais precisamente em Atessa (Chieti) e em Termini Imerese (Palermo). Os dois novos centros elevam para 12 os pontos de venda da marca em Itália, garantindo à Europart um reforço da sua cobertura deste país e garantindo ao consumidor o acesso aos seus produtos em todas as regiões transalpinas, como afirmou Francesco Marangio, Country Manager da Europart.

Roberlo

Novidades para profissionais SPIES HECKER

BETUME PARA PLÁSTICOS “Elevada elasticidade, ótimo poder de aderência e enchimento eficaz” - É assim que a Spies Hecker apresenta o seu novo betume Raderal Betume para Plásticos 2015 Preto, com o qual pretende oferecer uma solução eficiente para a reparação de substratos plásticos, mesmo sem a utilização de um primário. Graças a esta capacidade, a Spies Hecker considera que este betume é “particularmente útil para atenuar imperfeições em peças plásticas”, pois a sua elevada elasticidade permite-lhe adaptar-se “aos movimentos da peça plástica”, como diz Evgeny Khmelev, Spies Hecker Training Manager para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Ainda assim, continua Khmelev, “a já excelente aderência do betume pode ser intensificada através da utilização de um primário, como por exemplo o Priomat Primário Promotor de Aderência 3304 Transparente, aquando a preparação do substrato”. À temperatura ambiente, este betume seca em cerca de 30 minutos. Numa secagem forçada, o tempo de secagem reduz-se para 15 minutos. O novo betume é fornecido num pack composto por uma lata de 1,4 kg e pelo respetivo endurecedor, em tubo, localizado na tampa da lata.

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A

Roberlo passou a disponibilizar quatro novas soluções para os profissionais: a massa de fibra Resin Glass, a massa universal Plus 24, o washprimer Primanyl 2120 e a lanterna de cor Roblight. A Resin Glass é uma massa reforçada com fibra de vidro para reparação de peças de poliéster e zonas metálicas oxidadas. Destaca-se pela maior facilidade de aplicação, alcançada graças a uma mistura fácil, maior cremosidade e melhor aderência. A isto junta-se uma maior capacidade de tingimento, que evita a aplicação de quantidades excessivas de produto e problemas futuros em passos posteriores do processo de reparação. A Plus 24 é uma massa universal que permite trabalhar com

camadas finas. Entre as suas principais vantagens constam a elevada aplicabilidade, a capacidade de preenchimento e aderência. Já o washprimer Primanyl 2120 é uma base para aplicar em chapas e superfícies metálicas. Sobressaindo pelas suas propriedades anticorrosivas, o produto melhora a cobertura e aderência de futuras capas. Por fim, a lanterna Roblight destina-se à identificação e reconhecimento das tonalidades de cor, servindo para igualar cores, identificar defeitos no processo de pintura, inspecionar áreas danificadas ou comprovar a qualidade das reparações. Recarregável, esta lanterna funciona em dois modos: com 50 ou 100% da luminosidade.

NGK

FORNECEDOR EXCLUSIVO PARA O JEEP CHEROKEE LIMITED O motor diesel 2.2 multi-jet II common-rail que equipa o Jeep Cherokee Limited passará a contar com velas aquecedoras cerâmicas da NGK. A empresa foi eleita como fornecedor exclusivo deste componente para os motores diesel desta cilindrada da Fiat Chrysler Automobile, como o que equipa o Cherokee. Esta foi a primeira vez que o grupo Fiat Chrysler Automobile elegeu estes componentes da NGK para OE. A NGK Spark Plug Europe desenvolveu a vela CZ503 para este motor. A vela aquecedora cerâmica de segunda geração tem uma temperatura de trabalho de 1000° C, alcançável em um segundo, podendo ainda permanecer em estado de pós-aquecimento durante mais de dez minutos, a temperaturas de até 1350º C. Deste modo, permite um arranque a frio com emissões

mínimas de partículas, facilitando um ralenti suave, mesmo a baixas temperaturas. Tal ajuda a que este motor cumpra as regulações Euro 6 de emissões. Este novo motor diesel do grupo italo-americano está disponível em dois patamares de potência – 185 cv e 200 cv – e é um dos mais potentes e eficientes algumas vez montados no Jeep Cherokee.


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raio x

Barómetro

Dinâmica das empresas do setor

Todos os meses, em parceria com a Informa D&B, a TURBO OFICINA regista as mudanças no tecido empresarial deste setor. O balanço mais aprofundado das alterações é feito trimestralmente. PARCERIA INFORMA D&B

Principais ocorrências no setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas auto, por região DINÂMICA NASCIMENTOS (CONSTITUIÇÕES) ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES) INSOLVÊNCIAS REGIONAL DO SETOR ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO NOVEMBRO 2015 HOMÓLOGA NOVEMBRO 2015 HOMÓLOGA NOVEMBRO 2015 HOMÓLOGA ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) NORTE 474 25,4% CENTRO 229 13,9% ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA 289 17,0% ALENTEJO 56 24,4% ALGARVE 37 -11,9% R. A. AÇORES 19 58,3% R. A. MADEIRA 25 25,0%

158 28,5% 77 -7,2%

60 27,7% 28 21,7%

101 21 13 3 13

34 6 2 1 6

TOTAL 1129 19,5%

386 16,3%

Principais ocorrências no setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto VARIAÇÃO HOMÓLOGA DINÂMICA SETOR ACUMULADA (%)

NOV. 2015

ACUMULADO NOV. 2014 NOV. 2015

ACUMULADO SETOR NOV. 2014

TECIDO EMPRESARIAL

NASCIMENTOS

75

1129

66

945

19.5%

6,4%

46

386

21

332

16,3%

12,2%

137

15

132

3,8% -5,6%

(CONSTITUIÇÕES)

ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES)

INSOLVÊNCIAS 10

Tecido empresarial do setor NOVEMBRO 2015 TOTAL DE EMPRESAS

R.A. AÇORES 193 NORTE 4797

R.A. MADEIRA 272 CENTRO 3253 ÁREA METROPOLITANA LISBOA 3157

EM PERCENTAGEM

37,0 25,1 24,4 ALENTEJO 836

ALGARVE 450

6,5 3,5 1,5 2,1

17,4% 133,3% 0,0% -57,1% 18,2%

-22,7% -14,3% -60,0% 0,0% 20,0%

137 3,8%

FONTES: ANÁLISE INFORMA D&B; DADOS: PUBLICAÇÕES DE ATOS SOCIETÁRIOS E PORTAL CITIUS /MINISTÉRIO DA JUSTIÇA *TODA A INFORMAÇÃO INTRODUZIDA NA BASE DE DADOS INFORMA D&B É DINÂMICA, ENCONTRANDO-SE SUJEITA À PUBLICAÇÃO TARDIA DE ALGUNS ATOS E ÀS ALTERAÇÕES DIÁRIAS DE DIVERSAS FONTES.

FICHA TÉCNICA Universo de empresas e outras organizações - Tecido Empresarial O Tecido Empresarial considerado engloba a informação relativa às empresas e outras organizações ativas com sede em Portugal, sob as formas jurídicas de sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades (os empresários em nome individual não fazem parte deste universo de estudo). Consideram-se as empresas e outras organizações classificadas em todas as secções da CAE V3.0. Universo de setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto Organizações ativas do tecido empresarial classificadas nas seguintes secções da CAE V3.0.: Grossistas auto: CAE 45310 - Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis Retalhistas auto: CAE 45320 - Comércio a retalho de peças e acessórios para veículos automóveis Concessionários auto: CAE 45110 - Comércio de veículos automóveis ligeiros Oficinas: CAE 45200 - Manutenção e reparação de veículos automóveis Nascimentos Entidades constituídas no período considerado, com publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça. Encerramentos Entidades extintas no período considerado, com publicação de extinção no portal de atos societários do Ministério da Justiça

(não são consideradas as extinções com origem em procedimentos administrativos de dissolução). Entidades com insolvências Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. Regiões As entidades foram classificadas através da localização da sua sede, representando as 7 unidades da NUTS II de Portugal (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS)). A Informa D&B é especialista no conhecimento do tecido empresarial e através de análises inovadoras, disponibiliza o acesso a informação atualizada e relevante sobre a atividade de empresas e gestores, fundamental para a condução dos negócios dos seus clientes. A Informa D&B está integrada na maior rede mundial de informação empresarial, a D&B Worldwide Network, com acesso aos dados de mais de 243 milhões de agentes económicos em 221 países. www.informadb.pt (+351) 213 500 300 informadb@informadb.pt

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ESPECIALISTA

REPARAÇÃO

Inovação

Tecnologias aplicadas ao para-brisas Segurança e conforto são dois aspetos fundamentais na conceção dos novos para-brisas.

O

desenvolvimento de novos sistemas e equipamentos para aumentar a segurança na condução continua em alta. As últimas tecnologias desenvolvidas aplicam-se através das superfícies vidradas: o sistema head-up display, as câmaras de vídeo dos assistentes de condução ou os sensores de luz e de chuva. Estas aplicações conferem ao para-brisas um protagonismo especial dentro das novas conceções. A constante evolução do setor automóvel e a criação de novos sistemas e equipamentos para aumentar a segurança e o conforto dos

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ocupantes dos veículos leva os fabricantes de vidro à conceção de para-brisas adaptados para a aplicação destes sistemas, de tal forma que no seu catálogo de produtos para a instalação de vidros em veículos se encontram para-brisas com diferentes aplicações e funções. FUNCIONALIDADES DOS PARA-BRISAS As principais funções são permitir uma perfeita visão ao condutor sem causar distorção das imagens ou confusão das cores vistas através do mesmo, mantendo os requisitos mínimos de segurança e proteção

dos ocupantes do veículo perante as condições atmosféricas durante a deslocação do veículo e perante a quebra do vidro em caso de acidente. A utilização de vidro laminado no fabrico de para-brisas aumenta a segurança relativamente ao vidro temperado no que à resistência mecânica diz respeito. Em caso de quebra do vidro, os fragmentos de vidro ficam unidos à película de plástico intermédia que está integrada, oferecendo uma maior resistência à entrada de objetos no interior, aumentando a segurança dos ocupantes e dos bens que se encontram no interior do veículo. Outra função dos para-brisas é a redução da


Os para-brisas com camada hidrófuga melhoram a visibilidade do condutor em condições de chuva

PARCERIA

energia solar transmitida para o interior do veículo para melhorar o conforto dos passageiros. Neste grupo encontram-se os para-brisas com vidro pintado ou colorido, que absorvem parte da energia solar incidente, e os para-brisas que integram uma camada refletora, que atua refletindo uma parte da energia solar incidente ou absorvendo-a. Outros para-brisas são os térmicos ou aquecidos, que facilitam a eliminação do gelo, névoa ou geada acumulada na sua superfície e que impede a visibilidade. Este sistema é ligado (12 ou 42 V) através de uns terminais ao sistema elétrico do automóvel para aquecer

O sensor de chuva deteta uma quantidade de água sobre o para-brisas e liga automaticamente o limpa-para-brisas

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REPARAÇÃO

Os sistemas Head-Up Display permitem ao condutor visualizar frontalmente e de forma rápida os dados sobre a condução

a superfície do vidro, conseguindo-se o desembaciamento do mesmo de uma forma rápida e ágil para o condutor. Os para-brisas hidrófugos são os que integram um tratamento ou camada hidrófuga sobre o vidro, o que permite uma eliminação fácil e rápida da água, melhorando assim a visibilidade do condutor em condições de chuva, e portanto, a sua segurança. Graças às propriedades desta camada, as gotas de água mantém uma forma esférica sem se alongarem sobre a superfície e retiram-se rapidamente devido à corrente de ar gerada pela deslocação do veículo. Os para-brisas com propriedades antirreflexo integram um revestimento especial antirreflexo que reduz o reflexo da luz sobre o para-brisas, causador de mal-estar e incómodo visual para o condutor. Os para-brisas de conforto acústico são fabricados com uma camada intermédia de PVB especial com melhores propriedades de atenuação de ruído em relação aos vidros

O SISTEMA HEAD-UP DISPLAY É A MAIS RECENTE TECNOLOGIA A SER APLICADA NOS PARA-BRISAS

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laminados com PVB standard. O resultado é uma condução mais silenciosa que facilita a concentração do condutor e se repercute numa maior segurança. Os para-brisas com antenas integradas (AM/ FM, GSM, GPS, TV) através de serigrafia permitem melhorar a estética do veículo ao serem eliminadas as varetas das antenas que sobressaem para fora da linha do veículo e evitam os roubos deste tipo de antenas. Também são integrados nos para-brisas suportes pré-montados de fábrica para colocar sensores que ativam automaticamente diferentes sistemas. Um deles é o sensor de chuva, que ativa os limpa-para-brisas ao detetar uma determinada quantidade de água sobre o para-brisas e regula automaticamente os intervalos do varrimento intermitente do limpa-para-brisas, dependendo da intensidade da chuva. Outro sensor é o de luz. Este ativa automaticamente as luzes do veículo em função da quantidade de luz externa detetada pelo sensor, de forma que os faróis dianteiros e as luzes traseiras do veículo se ligam e desligam automaticamente. Estes sensores estão alojados na base do retrovisor interior e apoiam-se sobre o para-brisas. As vantagens que oferecem são conforto e segurança. O condutor pode concentrar-se plenamente na estrada, sem ter que se preocupar em ajustar o intervalo de varrimento do limpa-para-brisas ou em ligar

e desligar as luzes conforme a sua necessidade de utilização.

ÚLTIMAS TECNOLOGIAS As últimas tecnologias aplicadas sobre os para-brisas foram o sistema Head-Up Display (HUD) projetado sobre a superfície do para-brisas, e a instalação das câmaras de vídeo e sensores dos sistemas de assistência à condução através de suportes pré-montados de fábrica sobre a sua superfície. Os para-brisas com sistema display, Head-Up Display (HUD), têm integrada uma tecnologia que permite visualizar um ecrã virtual no próprio vidro para mostrar a informação fundamental sobre a condução (velocidade, direção, sinais de trânsito, etc.) no campo visual do condutor. É introduzida no vidro uma camada transparente de reflexão, de forma que não interfere com a vista a partir do interior do veículo. O ecrã virtual mostra uma mensagem clara e breve ao condutor sem que este tenha de desviar a sua atenção do caminho, permitindo processá-la até 50% mais rápido e manter a atenção na estrada,


melhorando assim a segurança na condução. Os novos sistemas de assistência à condução utilizam o para-brisas como suporte dos sensores e câmaras de vídeo que recolhem dados para o cálculo das velocidades, das distâncias entre veículos e outros parâmetros a fim de detetar a presença de objetos, pessoas, veículos, marcas rodoviárias e sinais de trânsito. Estas câmaras e sensores situados sobre o para-brisas conferem a este um protagonismo especial dentro da conceção dos veículos. Os sistemas de assistência à condução facilitam o trabalho do condutor através do controlo de velocidade adaptativo, do assistente de estacionamento, do de engarrafamentos de trânsito, etc. Estes sistemas reduzem as condições de risco de acidente através de avisos ao condutor perante situações perigosas ao volante, como uma mudança involuntária de via, a proximidade de outro veículo, pessoas ou objetos. Em caso iminente de acidente podem chegar a atuar diretamente sobre o sistema de travagem dos veículos, impedindo a colisão com objetos, pessoas ou veículos.

Através das câmaras de vídeo e sensores situados no para-brisas, os sistemas de assistência ao condutor calculam os dados das velocidades e distâncias entre veículos

CALIBRAGEM DE CÂMARAS E SENSORES DE ASSISTÊNCIA À CONDUÇÃO Dada a importância do correto funcionamento dos sistemas de assistência à condução, tem de se ter em conta que em caso de desmontagem e montagem deste tipo de câmaras e sensores situados nos suportes específicos do para-brisas, deve realizar-se uma calibragem com absoluto rigor da sua posição para que os dados e parâmetros de assistência (velocidade de movimento do veículo, distâncias entre veículos, distância de travagem, etc.) se calculem de modo preciso. Um deslocamento mínimo da posição destes dispositivos em relação ao eixo geométrico do veículo pode colocar o sistema fora de serviço ou provocar um cálculo incorreto dos parâmetros de condução.

Os sensores e câmaras de vídeo encontram-se sobre suportes já pré-montados de fábrica no para-brisas

Por isso, as oficinas devem dispor do equipamento e dos conhecimentos necessários para realizar os ajustes e calibragens necessárias. Através dos equipamentos de diagnóstico e ferramentas específicas (painéis de calibragem e equipamento de medição) realiza-se a calibragem destes dispositivos. Existem no mercado equipamentos que consistem numa solução integral para realizar a calibragem das câmaras e sensores dos diferentes modelos de veículos que integram estas tecnologias.

Equipamento para a calibragem de câmaras e sensores dos sistemas de assistência à condução

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REPARAÇÃO

Técnica

Substituir braços de suspensão A Delphi revela algumas boas práticas para a substituição de braços de suspensão equipados com casquilhos horizontais. TEXTO JOSÉ MACÁRIO

P

ara quem lida diariamente com a substituição de braços de suspensão com casquilhos horizontais, a sua correta instalação não deverá ser um problema. Mas estará a fazer tudo bem? Pelo sim pelo não, a Delphi revelou alguns conselhos para boas práticas na hora de montar este componente. Seguir estes passos deverá garantir uma instalação segura e

B C A Instalação errada. Braço sujeito a compressão.

X

B Instalação correta. Altura de circulação neutra.

p

C Instalação errada. Braço suspenso ou sujeito a extensão.

X

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um fraco acionamento da suspensão, juntamente com um som de pancada durante o funcionamento. No seu mais recente catálogo de Direção e Suspensão, com mais de 500 novas referência, a Delphi oferece casquilhos horizontais, sempre fabricados em conformidade com os padrões de qualidade OE.

DICAS DE INSTALAÇÃO

A

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eficiente da peça e evitar falhas prematuras como resultado de uma instalação incorreta. E são várias as implicações de uma instalação incorreta, merecendo destaque os rasgos na borracha provenientes por uma tensão demasiado elevada sobre o casquilho; o chumbo na inspeção periódica devido à perda de resistência do casquilho e sua consequente saída da posição ideal; e ainda

1 Sempre que possível efetue a reparação num elevador de quatro colunas, utilizando uma travessa de elevação para apoiar o veículo, e calços das rodas adequados para garantir que o veículo não se desloca. 2 Utilize sempre as novas porcas e parafusos de montagem, quando disponíveis, e certifiquese de que quaisquer dispositivos de bloqueio das fixações, tais como porcas “nyloc”, são substituídos.

3 Consulte sempre o manual de oficina e aperte todas as fixações de acordo com as indicações de binário recomendadas pelo fabricante. 4 Quando o braço de controlo/ braço triangular está equipado com casquilhos horizontais, tem de se ter o cuidado de apertar os parafusos do casquilho quando o veículo se encontra na sua altura de circulação neutra, isto é, com o veículo assente nas rodas e a suspensão na posição normal.

5 Nunca aperte os parafusos do casquilho com o veículo no ar. Isso levará a uma “compressão” excessiva dos casquilhos quando o veículo voltar à altura de circulação neutra e quando a suspensão estiver sujeita a compressão, e no limite, à falha prematura dos casquilhos. 6 Em caso de dúvida, consulte o manual de oficina do fabricante antes de realizar quaisquer trabalhos.



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reparação

Ganhos e perdas

A dinâmica do negócio Obter bons resultados é o objetivo vital de todo o negócio. A informação que a conta de ganhos e perdas oferece é fundamental para o conseguir.

PARCERIA

TEXTO JUAN CARLOS BLANCO VÁZQUEZ

A

conta de ganhos e perdas reflete a evolução dos resultados, que são fruto, como o seu nome expressa, do registo das perdas de património (os gastos) e dos ganhos (os rendimentos). A sua mecânica é muito simples: se os valores dos rendimentos superam os dos gastos, o resultado será lucro. Mas esta simplicidade esconde uma complexidade económica que obriga a empresa a estar continuamente a “pedalar” se quiser manter o equilíbrio do seu Balanço e, portanto, a sua sobrevivência. REPRESENTAÇÃO DOS DADOS, A IMAGEM FIEL Embora exista um modelo oficial para representar os distintos conceitos de rendimentos e gastos, cada empresa pode adaptá-lo com a representação e detalhe mais relevante para a tomada de decisões. Por este motivo, o principal é saber que informação necessitamos obter e qual o seu nível de detalhe para ajudar a compreender e orientar melhor o negócio. Em qualquer caso, é imprescindível dispor de uma informação fiável, representativa da realidade, e isto exige ter uma contabilidade completa e em dia, correlacionada com a periodicidade com que analisamos a evolução do negócio: mensal, trimestral, etc.; e com a informação operacional relevante, como reparações realizadas, horas vendidas, etc. Mas tenhamos presente que se trata sempre de uma representação: a contabilidade deve representar o negócio. ANÁLISE DE PARÂMETROS VITAIS Para se realizar um diagnóstico económico adequado através da conta de resultados, é

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conveniente utilizar algumas referências para se ter um bom critério de avaliação dos dados. Podemos realizar dois tipos de análise: vertical, para comprovar a proporcionalidade existente entre as diferentes partes, e horizontal, para observar a sua evolução no

tempo e, sobretudo, apreciar os desvios em relação ao plano previsto. Para isso, utilizamos números índice e percentagens (ver tabela 1). Centramos a análise da conta de ganhos e perdas em três pontos vitais.

TABELA 1 ÍNDICES VERTICAIS

ÍNDICES HORIZONTAIS BALANÇO DE PERDAS E GANHOS

ANTERIOR PREVISTO

ATUAL

AT/ANT% AT/PREV%

ANTERIOR PREVISTO

ATUAL

1 RECEITAS

1000

1011

1015

1.5

0.4

100.0

100.

100.0

Vendas por reparações

1000

1011

1015

1.5

0.4

100.0

100.0

100.0

2 APROVISIONAMENTOS

438

437

440

0.5

0.7

43.8

43.2

43.4

Compras de material de pintura

102

117

107

4.3

-9.1

10.2

11.6

10.5

Consumo de peças de substituição

293

292

295

0.7

1.0

29.3

28.9

29.1

Compras de material para oficina

35

33

34

-1.4

3.4

3.5

3.3

3.4

Variação de existências

8

-6

4

-

-

0.8

-0.6

0.4

a) Margem bruta (1-2)

562

574

575

2.2

0.1

56.2

56.8

56.6

3 GASTOS

503

507

507

1.0

0.1

50.3

50.1

50.0

Gastos com pessoal

332

336

337

1.4

0.3

33.2

33.2

33.2

Seguros

84

85

85

1.3

0.2

8.4

8.4

8.4

Serviços e fornecimentos

65

66

65

0.0

-1.0

6.5

6.5

6.4

Impostos

5

5

5

1.5

0.4

0.5

0.5

0.5

Amortizações

16

15

15

-6.3

0.0

1.6

1.5

1.5

b) Resultado de exploração (a-3)

59

67

67

12.9

-0.4

5.9

6.7

6.6

c) Resultado financeiro

-18

-16

-16

-11.1

0.0

-1.8

-1.6

-1.6

d) Resultado antes dos impostos (B+C)

41

51

51

23.3

-0.5

4.1

5.1

5.0

Imposto de renda

8

11

11

35.6

-0.5

0.8

1.1

1.1

e) Resultado líquido (D-impostos)

33

40

40

20.2

-0.5

3.3

4.0

3.9


1.º ANÁLISE DA MARGEM BRUTA Verificar a robustez da margem bruta é o principal teste da vitalidade do negócio, pois com esta margem financiamos os gastos fixos, pagamos os custos de financiamento e deve restar-nos uma certo valor como lucro final. A margem bruta é a diferença entre os rendimentos obtidos e os consumos (peças de substituição, tinta e outros materiais no caso da oficina), como se pode ver na tabela 2.

TABELA 2 ANÁLISE DA MARGEM DE VENDA

ANTERIOR

PREVISTO

ATUAL

AT/ANT%

AT/PREV%

1 VENDAS POR REPARAÇÕES

1000

1011

1015

1.5

0.4

Vendas de material de reparação

500

505

508

1.6

0.6

Vendas de peças de substituição

380

3.84

385

1.4

0.3

Vendas de material de pintura

120

122

121

1.1

-0.4

2 APROVISIONAMENTOS

438

437

440

0.5

0.7

Compras de material de pintura

102

117

107

4.3

-9.1

Consumo de peças

293

292

295

0.7

1.0

Compras de material de oficina

35

33

34

-1.4

3.4

Variação de existências

8

-6

4

-

-

562

574

575

2.2

0.1

56.2%

56.8%

56.6%

0.8

-0.3

a) Margem bruta (1-2) MARGEM BRUTA SOBRE AS VENDAS

Esta representa o âmbito de competências e o núcleo do negócio, ao ser a simbiose entre as utilidades oferecidas pela empresa ao mercado e o rendimento dos seus consumos. A sua amplitude é determinada, não só pelo nível de preços, mas, fundamentalmente, pelos níveis de produtividade e eficiência alcançados. A medida desta margem, juntamente com o volume de negócio, justifica a dimensão da estrutura fixa da empresa. 2.º LIMIAR DE RENTABILIDADE E RISCO ECONÓMICO Assinala o volume de negócio necessário para superar a zona de perdas e alcançar os primeiros lucros. Para o seu cálculo partimos da margem bruta e do resto dos gastos fixos. Gastos fixos da estrutura são todos os relacionados com o funcionamento dos processos e da instalação, reunindo desde os gastos de pessoal, aos fornecimentos, serviços externos, impostos e amortizações, que são o desgaste da maquinaria e o resto dos elementos do ativo fixo. Na conta de ganhos e perdas registam-se em secções distintas e o primeiro e mais

UM BOM NÍVEL DE RENTABILIDADE NAS VENDAS SITUA-SE ACIMA DE 3-4%

importante para o setor da oficina são os gastos com pessoal. O cálculo do limiar é uma das formas de calcular o limiar de rentabilidade, dividindo os custos fixos pela percentagem da margem bruta, mas a análise será mais completa se substituirmos este último dado pela margem bruta unitária (por reparação ou por hora vendida). Desta forma, o dado será expresso em unidades como horas a vender. Limiar de rentabilidade =

Custos fixos % Margem bruta

3.º ANÁLISE DA MARGEM DE EXPLORAÇÃO E RENTABILIDADE DAS VENDAS A conta de ganhos e perdas oferece diferentes níveis de resultados e são múltiplas as possibilidades de análise. Neste caso, tratamos o resultado de exploração ou operacional ao considerá-lo o principal para a atividade, pois tem de cobrir os possíveis custos financeiros, os impostos dos lucros e dispor de um fundo para remunerar os sócios, além do aumento patrimonial necessário. Considerando o dado em relação às vendas, indica a sua rentabilidade. No exemplo do quadro 1, a rentabilidade operacional é de 6,6%, o que quer dizer que em cada 100 euros vendidos 6,6 são lucro operacional. A sua variação foi de 12,9% sobre o dado anterior; sendo que a margem variou 2,2% e os rendimentos somente 1,5%, o que quer dizer que, com um pequeno aumento de atividade, aumenta substancialmente o lucro, ao tratar-se de uma atividade com gastos fixos importantes e um adequado nível produtivo. Para avaliar o dado é necessário compará-lo e as melhores referências são os dados históricos da empresa, como evolui e porquê, assim como a referência prevista para nos situarmos no meio de uma determinada realidade singular.

SEGUINDO O EXEMPLO DA TABELA 1 ANÁLISE DO LIMIAR DE RENTABILIDADE

ANTERIOR

PREVISTO

ATUAL

AT/ANT%

503

507

507

1.0

0.1

56.2%

56.8%

56.6%

0.8

-0.3

1 GASTOS DE ESTRUTURA a) Margem bruta % f) Limiar de rentabilidade (3/A) Cobertura do limiar (1/f)

Completamos a análise com a cobertura do limiar, relacionando-o com o valor real de negócio: 1015 x100= 113,2% 896 Tal implica que, perante uma eventual diminuição dos rendimentos, de mais de 13,2%, a empresa entra na zona de perdas caso não ocorra qualquer alteração, sendo assim avaliado o seu risco económico.

AT/PREV%

894

892

896

0.2

0.4

111.8%

113.3%

113.2%

1.2

-0.1

É vital para a sobrevivência da empresa alcançar uma rentabilidade das vendas acima de 3-4%; caso seja inferior será necessário um plano de ajuste e adaptação para a sua posterior expansão. O resultado é a síntese e com ele se mede a eficiência do trabalho e do risco assumido, analisamos se valeu a pena no passado e avaliamos as possibilidades projetadas no futuro. JANEIRO 2016

|

TURBO OFICINA

63


6

REPARAÇÃO PARCERIA

Manutenção

Nissan Juke

NISSAN JUKE 1.5 DCI 110 ACENTA 4X2 5P

O Nissan Juke tem vários argumentos no mercado, mas a sua manutenção é algo onerosa. Por cada 100 km percorridos terão de ser gastos €5,28 na sua manutenção.

CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO POTÊNCIA (CV)

110

CILINDRADA (CC)

1461

EURONCAP 87/81/41 CO2 104

TEXTO JOSÉ MACÁRIO

TRANSMISSÃO DIANTEIRA

O

Juke é a oferta da Nissan para o segmento dos crossovers compactos. Disponível em variantes de duas e quatro rodas motrizes e em várias motorizações a gasolina ou gasóleo, com potências que vão dos 100 cv do 1.5 dCi aos 218 cv do DIG-T, o design exterior arrojado e linhas interiores “criadas para impressionar” são trunfo num mercado que lhe é favorável, muito por culpa do sucesso que este tipo de modelos tem tido. A mais recente geração deste “crossover citadino” oferece uma bagageira 40% superior ao anterior modelo, atingindo agora os 354 litros, assim como o teto de abrir em vidro Open-Air, que oferece maior luminosidade ao interior, contribuindo também para uma maior sensação de espaço a bordo. Nesta sua variante diesel de 1461 cc de cilindrada e 110 cv de potência, com o nível de equipamento Acenta e na variante de tração dianteira, o crossover japonês custa €5,28 (+IVA) em manutenção por cada 100 km percorridos. O custo total de manutenção é de €6341,22, dos quais a fatia maior pertence aos quatro pneus 215/55 R17 H que monta: €2436,98. As dez unidades necessárias durante o período analisado contabilizam €2262,48, sendo o restante dividido entre €60 para o alinhamento da direção, €85,20 para a equilibragem das rodas e €29,30 para válvulas. Na lista de custos para o crossover nipónico seguem-se as peças de desgaste, que levam

€2205,95 do orçamento. €826,38 para as pastilhas dianteiras e traseiras e €522,99 para os discos compõem a maior fatia deste particular, mas a troca prevista da embraiagem (€428,94) e os €232,14 para os limpa-parabrisas não são gastos de menor importância. Completam a lista de custos neste particular o líquido de travões (€95,50) e a carga do sistema de ar condicionado (€100). A parte menos onerosa desta fatura é a que diz respeito às revisões, com um total de €1012,17. Aqui, o custo mais elevado é o dos quatro litros de óleo sintético necessário (€382,27), seguindo-se as nove horas de mão-de-obra requeridas por este plano de assistência, com €330, 30. Os vários filtros a serem substituídos durante este período obrigam ao dispêndio de €299,60: o do óleo e o de pólen são substituídos quatro vezes, ao passo que o de ar e o de combustível requerem apenas duas substituições. Para o cômputo final devem ainda contabilizarse €27 para a IPO obrigatória e €659,12 de inflação. Na análise realizada ao plano de manutenção previsto pela marca para um período de 48 meses e 120 mil km foram contemplados alguns valores de base, como sendo o da mão-de-obra, calculado sobre a média nacional de €36,70, e um valor médio para o óleo sintético utilizado, que é de €21,72/litro. A todos os valores apresentados na tabela e nestas linhas acresce o IVA à taxa legal em vigor.

CAIXA DE VELOCIDADES

6 VELOCIDADES / MANUAL

CARROÇARIA

TODO-O TERRENO

DESPESAS

VALOR N.º SUBSTITUIÇÕES

REVISÕES

1.012,17 €

MÃO-DE-OBRA

330,30 €

[9,00]

ÓLEO

382,27 €

[4]

CAPACIDADE DO CARTER (LITROS)

4,4

TIPO DE ÓLEO

SINTÉTICO

FILTRO DE ÓLEO

51,40 €

FILTRO DE AR

45,60 €

[2]

FILTRO DE PÓLEN

85,40 €

[4]

FILTRO DE COMBUSTÍVEL

117,20 €

[2]

VELAS

- €

[0]

DESGASTE

2.205,95 €

LIMPA PÁRA-BRISAS FRENTE

187,76 €

LIMPA PÁRA-BRISAS TRÁS

44,38 €

[2]

PASTILHAS FRENTE

550,92 €

[6]

PASTILHAS TRÁS

275,46 €

[3]

DISCOS FRENTE

332,84 €

[2]

DISCOS TRÁS

190,15 €

[1]

LÍQUIDO DE TRAVÕES

95,50 €

[2]

CORREIA DISTRIBUIÇÃO

- €

[0]

428,94 €

[1]

CARGA AR CONDICIONADO

100,00 €

[1]

BATERIA

- €

[0]

AMORTECEDOR FRENTE

- €

[0]

AMORTECEDOR TRAS

- €

[0]

BOMBA AGUA

- €

[0]

FILTRO PARTICULAS

- €

[0] [0]

TAREFAS EXTRA

- €

AVARIAS

- €

[0]

ELÉCTRICAS

- €

[0] [0]

TOTAL

- €

PNEUS

2.436,98 €

PNEUS FRENTE

215/55R17H

PNEUS TRÁS

215/55R17H

PNEUS

2.262,48 €

ALINHAMENTO DE DIRECÇÃO

60,00 €

[3]

EQUILIBRAGEM

85,20 €

[10]

VÁLVULA

29,30 €

[10]

OUTROS

686,12 €

IPO

27,00 €

INFLAÇÃO

659,12 €

AJUSTES

- €

TOTAL

6.341,22 €

/100 KMS

5,28 €

COMBUSTÍVEL * VALORES SEM IVA

TURBO OFICINA

|

JANEIRO 2016

[4]

EMBRAIAGEM

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

64

[4]

[10]



2

JURÍDICO

Veículos em Fim de Vida

S MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia.

66

TURBO OFICINA

|

JANEIRO 2016

ão Veículos em Fim de Vida aqueles que, não apresentando condições para a circulação, em consequência de acidente, avaria, mau estado ou outro motivo, chegam ao fim da sua vida útil, passando a constituir um resíduo que – como todos os resíduos – deve ser tratado. A regulamentação do abate, desmantelamento e posterior reciclagem de Veículos em Fim de Vida tem como objectivo que, num futuro próximo, entre 85% e 95% de cada veículo possa ser reciclável. Uma vez que, além do impacto ambiental negativo, a manutenção da matrícula continua a gerar obrigações para os donos de veículos que, não circulando, também não são abatidos é importante ter presente os requisitos que se têm de verificar para que se possa solicitar ao IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes, IP) o cancelamento da matrícula. O regime jurídico da gestão de VFV encontrase estabelecido no Decreto-Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 64/2008, de 8 de Abril.De acordo com o disposto no artigo 17.º deste diploma, o cancelamento da matrícula de um VFV encontra-se condicionado à exibição, junto do IMT, de um certificado de destruição emitido por um operador de desmantelamento autorizado, de modelo aprovado pelo Despacho n.º 9276/2004, de 16 de Abril. Assim, o proprietário de um VFV deve entregá-lo num centro de recepção ou num operador de desmantelamento autorizado, sendo esta última entidade que promove o pedido de cancelamento da matrícula do veículo junto dos Serviços Regionais e Distritais do IMT. Para que um veículo em fim de vida possa ser devidamente desmantelado, têm de ser cumpridos uma série de formalismos técnicos e formais. O processo de desmantelamento tem de ser realizado em centros próprios homologados

onde, além de salvaguardadas as condições ambientais e de segurança dos seus trabalhadores, possam ser recolhidos, tratados e armazenados todos os líquidos e detritos provenientes do veículo em fim de vida. O processo de desmantelamento integral do veículo é composto por várias fases que visam a protecção ambiental e o maior aproveitamento possível de peças e componente do veículo. A primeira fase é a do desmantelamento, compondo-se esta de dois vectores principais: a despoluição e a separação de componentes para reutilização ou reciclagem. A fase seguinte é a da Fragmentação para onde seguirá apenas a carcaça do veículo. Enquanto se processa o desmantelamento, o veículo é sujeito à fase da despoluição onde se pretende que sejam removidos do veículo todos os componentes que pela sua composição podem poluir o ambiente, tais como combustível, óleos, liquido do ar condicionado, o liquido de refrigeração, mas também os prétensores dos cintos de segurança e o airbag. Ainda nesta fase são separadas por um lado peças e componentes que possam ser reutilizadas como peças em segunda mão e por outro aquelas que não podendo ser reutilizadas, podem ser recicladas como o vidro e o plástico e componentes metálicos que não façam parte da carroçaria. Uma vez desmantelado o veículo, segue a sua carcaça para o processo de fragmentação onde, como o próprio nome indica, se dará a trituração em pequenos pedaços da carcaça que resulta do desmantelamento. Para promover o cancelamento da matrícula, devem ser entregues no IMT (i) o certificado de destruição emitido pelo centro onde o veículo foi desmantelado, (ii) uma declaração emitida pela Conservatória do Registo Automóvel, onde conste que o veículo está isento de ónus ou encargos; (iii) Livrete ou ou Documento Único Automóvel e (iv) uma Fotocópia do Documento de Identificação.




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