Turbo Oficina 061

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#61

JUNHO

2017

ENTREVISTA

MIGUEL PEREZ SCHWARZ (ZF)

profissional

AUTOPROMOTEC

Conheça as novidades do certame italiano

IMPRESSÃO 3D O futuro das peças de substituição é fazê-las?

FISCALIZAÇÃO OFICINAS

Vale a pena arriscar? Saiba a opinião do setor

REPARAÇÃO PARA BRISAS

Sabe como se deve reparar um para brisas?

ESPECIAL

LUBRIFICANTES PUBLICIDADE



SUMÁRIO

#61

JUNHO 2017 ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES PRO4MATIC RODAPÉ DE CAPA CHAMPION VC JAPANPARTS PÁG.5 VALEO– PÁG.9 HUTCHINSON PÁG.11 AZ AUTO PÁG.15 ZF PÁG.23 SONICEL PÁG.25 PADOR PÁG.31 FUCHS PÁG.37 SPINERG PÁG.39 PETRONAS PÁG.41 INTERESCAPE PÁG.43 DEBEER REFINISH PÁG.49 CENTRO ZARAGOZA PÁG.57 CARF PÁG.61 ASSINATURAS PÁG.63 JABA PÁG.65 CESVIMAP VCC BOSCH CC

MARCAS NESTA EDIÇÃO ACAP 19, AD PORTUGAL 28, 32 AFIA 9, ANECRA 19, ARNOTT 24 ASHIKA 24, AXALTA 12, BEISSBARTH 22 BILSTEIN 22, 42, BLUE PRINT 22, 42 BMW 32, BORGWARNER 42 BOSCH 8, 24, 45, BREMBO 24 BRIDGESTONE 22, 64, CAMAC 20 CLEBE MANNOL 10, CHRYSLER 33 CONTINENTAL 22, 40, CORGHI 22 COUNTERACT BEADS 20 DELPHI 24, 42, DENSO 26 DIESELEVANTE 20, DUNLOP 65, EIB 20 EUROTYRE 29, 32, EXPRESSGLASS 6 EXXONMOBIL 28, 33, FAG 24 FEBI 24, 42, FEDERAL MOGUL 42 FIAT 10, 62, FMF 28, FORD 32 FUCHS 7, 32, GLASURIT 44 GOODYEAR 64, GRUPO PSA 33 HANKOOK 22, HELLA 43, HPA 24 HUNTER/RIVOLTA 20, IBEREQUIPE 8 IMPREFIL 10, INA 24, INDASA 20 INTERESCAPE 8, ISTOBAL 45 ISUZU 50, IVOL 20, JAPANPARTS 21 JAPKO 23, KIKAI 10, KM AUTO 42 KRAUTLI 30, 33, KRONN 35 LEIRILIS 10, 29, 33, LUBRIGRUPO 28, 34 LUK 24, MCOUTINHO PEÇAS 8 METELLI 22, MERCEDES 33, MEWA 38 MICHELIN 22, MILLERS OILS 28, 34 MOTUL 29, 33, MT 35, PADOR 28, 34 PETRONAS 32, PEUGEOT 53 PIRELLI 22, PORSCHE 33, PPG 7 REDWASTE 10, RENAULT 9 ROBINAIR 22, RUBBER VULK 20 SCHAEFFLER 24, 44, SERNAUTO 20 SHELL 28, 35, SICAM 22, SKF 24 SOFIMA 24, SOGILUB 36 SPINERG 28, 35, SPIES-HECKER 12 STAND ASLA 9, SUNOCO 32 SWAG 22, 42, TEXA 24 TRUSACO 28, 35, TRW 21, 44, 47 TURBO CLINIC 20, UFI FILTERS 24 VALORPNEU 64, VALVOLINE 28, 33 VOLKSWAGEN 7, 32, VOLVO 32 WINNER 35, ZF 21, 44, 46

12 PERSPETIVA Joachim Hinz, Spies Hecker

NOTÍCIAS

06 As novidades do setor SALÃO

20 Autopromotec Bolonha DOSSIER

26 Lubrificantes NOTÍCIAS

40 Notícias internacionais ESPECIALISTA

46 Entrevista ZF

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DESTAQUE Fiscalização oficinas

RAIO-X

50 Comercial do mês 52 Barómetro 53 Radiografia: Peugeot 5008 REPARAÇÃO

54 Impressão 3D 58 Passo a passo: vidros 62 Manutenção Fiat Tipo 1.6 Multijet PNEUS

64 Notícias OPINIÃO

66 Carro elétrico JUNHO 2017 TURBO OFICINA

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EDITORIAL

VENTOS DE MUDANÇA

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entem-se, um pouco por todo o lado, os ventos da mudança do paradigma do aftermarket mundial. O mundo automóvel está em transformação; o universo do aftermarket terá, inexoravelmente, de acompanhar essa transformação e, no final da linha, também a oficina terá de mudar. A resistência à mudança é sempre grande, mas o tempo não para e o futuro está já ali ao virar da esquina.

PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL oficina@turbo.pt DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE JOSÉ MANUEL COSTA oficina@turbo.pt REDAÇÃO CARLOS MOURA PEDRO carlosmoura@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt

O balanço final da Autopromotec, bienal italiana dedicada ao aftermarket, revela algumas coisas interessantes. Por um lado, o desencanto de alguns expositores, entre eles os poucos portugueses presentes, com a cada vez maior “italianização” de um certame que começou dedicado aos pneus e foi cambiando de forma até à atual divisão por temas, com forte destaque para os pneus e todo o material para oficinas de pneus. Por outro lado, ficou evidente a pujança da indústria expressa na presença dos major players do aftermarket com espaços enormes e de qualidade irrepreensível, mesmo que a maioria através das suas representações locais e sem grandes novidades ou estreias mundiais. Finalmente, a invasão chinesa, tendo impressionado o número de expositores, a agressividade comercial e de abordagem, com a lição muito bem estudada e condições que deixavam qualquer um a pensar muitas vezes. Uma vaga de fundo que antecipa uma quase invasão chinesa também no aftermarket. A Turbo Oficina deste mês oferece-lhe ainda, além da reportagem da Autopromotec, um muito completo especial sobre lubrificantes. Cada vez mais importantes para que os construtores consigam cumprir as normas antipoluição a cada ano mais e mais restritas, os lubrificantes são verdadeira tecnologia líquida. Ou como titulamos, engenharia líquida! Quisemos saber o que pensa o mercado, quais as suas ansiedades e qual a oferta nacional mais importante. Ajudamo-lo a conhecer melhor o lubrificante e algumas boas práticas que o devem ajudar no seu trabalho quotidiano. Como não podia deixar de ser, fomos saber o que têm a dizer os responsáveis pela onda de fiscalização que a ASAE anda a espalhar sobre as oficinas na busca de irregularidades que, todos sabemos, são praticadas diariamente. É importante saber porque razão se abateu este manto de suspeição e porque razão deve ter cuidado com o que compra e a quem compra. Contamos-lhe tudo! São muitos os temas de interesse desta edição da Turbo Oficina que, espero, seja do seu agrado. Marcamos encontro no próximo mês com mais temas e algumas surpresas.

JOSÉ MANUEL COSTA EDITOR CHEFE

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TURBO OFICINA JUNHO 2017

COORDENADOR COMERCIAL GONÇALO ROSA goncalorosa@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS



NOTÍCIAS

NACIONAIS

EXPRESSGLASS

AQUISIÇÃO DA EXPRESSMOBIL Para consolidar a sua atividade, a ExpressGlass adquiriu a unidade de negócio de substituição e reparação de vidros para viaturas da Expressmobil e introduziu uma nova plataforma online, que permite agendar serviços

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ExpressGlass anunciou a aquisição do negócio de substituição e reparação de vidros para viaturas da Expressmobil. Trata-se de um dos seus maiores aderentes, com forte presença no Minho, onde assegurava a exploração do negócio nessa região e era responsável por 10% dos serviços efetuados pela rede ExpressGlass. O património da Expressmobil inclui lojas

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TURBO OFICINA JUNHO 2017

em Braga, Famalicão, Vila Verde, Guimarães e Trofa, e quatro serviços móveis. Este franchisado empregava 20 colaboradores, que, após esta mudança, passaram a estar integrados diretamente na ExpressGlass. “A aquisição da Expressmobil, um dos nossos maiores aderentes, permite-nos manter intocável a rede de lojas e consolidar a nossa presença na região do Minho. Estas lojas não sofrerão qualquer alteração em termos de localização, no entanto, à semelhança das outras, serão sujeitas a melhorias operacionais, de forma a aumentar a nossa eficiência e a excelência do

serviço prestado aos clientes”, refere Joana Marques, CEO da ExpressGlass. Esta aquisição permitiu à ExpressGlass não só fortalecer a sua rede de lojas próprias, como alinhar a cultura ExpressGlass e uniformizar os procedimentos da marca, contribuindo para o reforço da sua visibilidade numa região estratégica para o desenvolvimento do negócio. Além da aquisição da rede Expressmobil, a ExpressGlass passou a disponibilizar uma nova plataforma online, que, entre outras funcionalidades, possibilita o agendamento de serviços,


PPG REFINISH PORTUGAL E ESPANHA

AQUISIÇÃO DA EXPRESSMOBIL A ExpressGlass adquiriu as seis lojas e os quatro serviços móveis de um dos seus maiores aderentes, a Expressmobil, que era responsável por 10% dos serviços efetuados pela rede

não sendo necessário ao cliente dirigir-se à loja para efetuar a marcação de intervenções na sua viatura. Com esta nova funcionalidade, o cliente pode inclusive colocar online uma fotografia do dano existente na sua viatura para uma melhor identificação do problema e método de resolução. Segundo a ExpressGlass, o pedido de serviço ou orçamentação é simples e rápido. A nova plataforma online, acessível em www. expressglass.pt, garante igualmente uma maior facilidade e rapidez na localização das lojas mais próximas. Mais simples e fácil de utilizar, a plataforma, apresenta um design moderno e totalmente adaptado às novas tecnologias e exigências do mercado. “Esta nova plataforma vem reforçar a aposta da empresa em 2017 de uma maior aproximação da marca junto dos consumidores”, afirma Joana Marques, CEO da ExpressGlass. Também a pensar nos clientes foi melhorado o serviço de chamada gratuita, “Click to Call”, que permite aos utilizadores contactar gratuitamente a ExpressGlass e esclarecer todas as dúvidas sobre os serviços de reparação e substituição de vidros. /

NOVO DIRETOR DE MERCADO

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compromisso da PPG com o mercado de repintura em Portugal e Espanha continua forte e por isso foi nomeado Juan Navarro como diretor de mercado ibérico da PPG Refinish, com responsabilidades alargadas e com ligação direta ao diretor geral da área de repintura automóvel da PPG na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), Jerome Zambiera. O novo responsável para Portugal e Espanha da PPG Refinish entrou na PPG Ibérica em 1990. Desde essa altura que ocupou diversos cargos na empresa, tanto na área técnica como no marketing e vendas. Em 2012 foi nomeado diretor de “Business Solutions”, Digital Marketing e Branding da PPG Refinish para a zona EMEA. Para Juan Navarro, “o mercado de repintura em Portugal e Espanha enfrenta importantes desafios fruto, entre outros, da evolução tecnológica do automóvel e a digitalização do setor. Também a redução da sinistralidade, a configuração atual do parque automóvel, as crescentes exigências de qualidade dos clientes corporativos como as seguradoras e as mudanças de hábitos dos clientes particulares, contribuem para esses desafios. Como empresa líder no que toca ao desenvolvimento e implementação de soluções para a repintura de veículos, temos de criar o maior valor nesse ambiente complicado para todos, ajudando os nossos clientes a posicionar-se melhor no mercado, com vendas e rentabilidade sustentada nos nossos produtos”.

FUCHS

PENTOSIN FFL-2 PARA CAIXAS DSG DA VW

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om aprovação exclusiva do grupo VW e feito de acordo com as especificações VW TL 52183, a Fuchs lança o Pentosin FFL-2, lubrificante dedicado às caixas de velocidades de dupla embraiagem (DSG) do grupo Volkswagen. Este produto da Fuchs foi formulado especificamente para ser usado nas transmissões de dupla embraiagem DQ250, DQ500 e DQ400e, utilizadas em vários modelos do grupo VW, tendo recebido a aprovação da marca alemã para ser usado em exclusivo naquelas unidades. O Pentosin FFL-2 cumpre com os requisitos de compatibilidade de todos os componentes, tanto ferrosos como não ferrosos, sendo perfeitamente compatível com o sistema eletrónico, fundamental para o bom funcionamento do circuito de controlo eletrónico/hidráulico. Este produto específico tem parâmetros de atrito especificamente desenhados para as caixas DSG do grupo VW, excelente estabilidade ao atrito, proteção fiável contra a corrosão, o desgaste e a formação de lamas, compatibilidade com todos os elementos das caixas DSG e máximo controlo na formação de espuma.

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NOTÍCIAS

NACIONAIS

INTERESCAPE

CENTRO DE LIMPEZA DE FILTROS DE PARTÍCULAS NO ALGARVE

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Interescape vai abrir um novo centro de limpeza de filtros de partículas no Algarve, que tem como objetivo reforçar a sua atividade no nosso país e alargar a prestação deste serviço à região algarvia. A empresa já dispõe de centros de limpeza de filtros de partículas no Porto e em Lisboa, onde garante realização do serviço e a sua entrega no mesmo dia nessas áreas metropolitanas. No novo centro de limpeza de filtros do Algarve, que deverá ser inaugurado no próximo mês de julho, a Interescape promete disponibilizar o mesmo nível de serviço.

O diretor-geral da Interescape, Jorge Carvalho, considera que este investimento irá permitir “uma maior proximidade junto dos seus clientes, com a disponibilização de um serviço inovador e de qualidade que vai facilitar o desempenho da sua atividade no âmbito da limpeza dos filtros de partículas”. Especialista na produção, reparação e importação de sistemas de escapes, catalisadores e filtros de partículas para qualquer tipo de veículo, a Interescape está presente no mercado há mais de três décadas e nos últimos quatro anos consecutivos obteve o estatuto de PME Líder. Com sede em Vila do Conde, a empresa de-

tém atualmente três delegações regionais, no Porto, Aveiro e Lisboa e pretende expandir a sua presença por todo o país. Para aprofundar os conhecimentos dos profissionais relativamente ao funcionamento dos filtros de partículas, a Interescape vai iniciar um ciclo de ações de formação técnica. Estas ações visam informar e preparar os profissionais das oficinas para a limpeza destes equipamentos.Esta ação permite o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais relativamente ao funcionamento dos filtros de partículas diesel, os motivos que estão na origem da sua avaria e também compreender a importância de uma manutenção responsável e da reparação deste componente. As ações de formação compreendem a realização de demonstrações acerca do processo de limpeza de filtros de partículas e incluem apresentações de casos práticos, bem como os procedimentos corretos a seguir para a sua resolução. No final de cada ação de formação, todos os participantes ficarão familiarizados com as vantagens do serviço de limpeza de filtros de partículas da Interescape, que o distingue de todos os outros serviços existentes no mercado e que permite que esta empresa seja a única no nosso país com certificação TÜVRheinland. /

PORTAL MCOUTINHO

IBEREQUIPE GANHA BOSCH

A MCoutinho Peças procedeu a uma atualização do seu portal na Internet, que tem como objetivo aproximar as empresas dos seus clientes, facilitando a pesquisa e encomenda de peças, permitindo ainda o acompanhamento do estado das encomendas, assim como a consulta de toda a informação financeira. O portal da MCoutinho Peças, recorde-se, foi lançado em 2016. Passado um ano foi sujeito a uma primeira atualização que se

A Iberequipe passou a disponibilizar uma gama completa de sistemas de medição e diagnóstico de gases de escape da Bosch, para motores diesel, a gasolina e sistemas combinados. O portefólio da Bosch inclui soluções que vão desde os testes base de emissões até análises sofisticadas de sistemas de escape. Os vários módulos de medição permitem-lhe fazer medições rápidas e precisas de emissões em automóveis

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TURBO OFICINA JUNHO 2017

destina a acompanhar as evoluções tecnológicas e as necessidades dos clientes. A empresa, que se posiciona como a referência nas peças, salienta que todos os desenvolvimentos foram realizados com o intuito de prestar um serviço de excelência, respondendo às necessidades atuais e futuras dos clientes.

de passageiros, motociclos, veículos comerciais e autocarros, o que ajuda a realizar testes de emissões de forma mais eficiente. Será de referir que a precisão das medições e correções de emissões é assegurada por atualizações diárias, sendo este um aspeto relevante não só para para as oficinas como também os organismos de inspeção automóvel.


STAND ASLA

CONVENÇAO DA ALIANÇA RENAULT NISSAN

FORMAÇÃO A MEMBROS DO CLUBE MANNOL

AFIA LEVA EMPRESAS NACIONAIS A MADRID

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o abrigo do apoio técnico proporcionado aos parceiros do Clube Mannol, o Stand Asla organizou uma ação sobre lubrificantes, aditivos e anti-congelantes aos seus parceiros do Clube Mannol-SCT. Este último foi constituído em janeiro de 2016, reunindo empresas, clientes e parceiros de negócio. O objetivo consiste no envolvimento comum relativo ao desenvolvimento destas marcas em Portugal. Procurando ir de encontro às necessidades detetadas no mercado, o Stand Asla iniciou um ciclo de formação dedicada aos temas “Lubrificantes”, “Aditivos” e Anti-Congelantes”. As ações são asseguradas pelo próprio Centro Técnico e Formação Asla, destinando-se não só aos colaboradores, como também aos clientes dos distribuidores do Clube Mannol, sendo ministradas nas instalações dos mesmos. Em termos de conteúdos, são abordadas questões relacionadas com os diversos tipos de lubrificantes, aditivos e anti-congelantes, explicitando as especificidades de cada um e as possíveis aplicações, consoante as exigências dos diferentes tipos de veículos. PUBLICIDADE

AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, levou 25 empresas à 3ª Convenção de Fornecedores da Aliança Renault Nissan, que se realizou nas instalações da Renault, em Madrid. O evento foi organizado no âmbito de um estudo que a Aliança Renault-Nissan vai efetuar em 2017 para avaliar a competitividade dos fornecedores portugueses e espanhóis. A AFIA refere que a indústria portuguesa de componentes para automóvel registou no ano de 2016 um volume de negócios na ordem dos 9 mil milhões de euros, um aumento de 7% face ao ano transato. As exportações, por sua vez, aumentaram 8% para os 7,6 mil milhões de euros. Ou seja, as vendas ao exterior representam 85% da atividade das cerca de 200 empresas que compõem o sector em Portugal. Em termos de países Espanha ocupa o primeiro lugar seguindo-se a Alemanha, França e o Reino Unido. A Aliança Renault Nissan é um cliente estratégico da indústria de componentes, sendo que muitas empresas têm relação direta com este construtor, representando cerca de 15% da atividade do setor. A Aliança Renault Nissan produziu, na Península Ibérica, no ano de 2016 cerca de 700 mil veículos, 1,6 milhões de motores e 1,7 milhões de caixas de velocidades.


NOTÍCIAS

NACIONAIS

EXPOMECÂNICA 2018

ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO VAI DUPLICAR

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ex poMec â n ic a – S a lão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto terá um aumento superior a 50% no espaço de exposição em 2018. O evento, que decorrerá entre os dias 22 e 28 de abril, vai continuar a realizar-se na Exponor – Feira Internacional do Porto, mas, em vez de um, ocupará dois pavilhões inteiros. A fasquia subirá também ao nível dos expositores. A organização conta ultrapassar os 200, o que se traduzirá num crescimento superior a 25%. Segundo afirma José Manuel Costa, diretor da Kikai, a empresa que organiza a feira, esta não “parou de aumentar desde a primeira edição” em vários indicadores - área líquida ocupada, número de expositores, visitantes e parceiros associativos ou institucionais. A última edição já levantou dificuldades acrescidas à organização em termos de desenho de planta e alguns operadores optaram por não se inscrever devido ao reduzido espaço disponível e às expetativas de localização. “Já tínhamos sentido este problema na edição de 2016, ainda que ligeiramente, mas a questão voltou a colocar-se este ano, em maior extensão”, reconhece José Manuel Costa, diretor da KiKai. O responsável adianta que o “salto” no percurso do expoMecânica foi, “acima de tudo estratégico” e a organização tem a expetativa de conseguir atrair a presença direta de “vários fabricantes do setor”, onde se incluem algumas multinacionais. Estas têm marcado

IMPREFIL AMPLIA OFERTA O UFI Filters apresenta um novo filtro destinado ao Fiat Tipo e, no futuro, a outros veículos do grupo italiano. O novo filtro Gen 2 Plus garante a filtragem de 96% de partículas até 4µm presentes no gasóleo, tendo sido concebido para responder às exigências dos motores diesel “Common Rail”. O novo módulo destina-se aos novos modelos do Fiat Tipo e no futuro a outros veículos do grupo italiano. Com o filtro diesel com separação de água, Gen 2

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presença na feira, contudo de forma indireta, através de representantes exclusivos e/ou distribuidores nacionais. A confiança da organização no sucesso da próxima edição tem por base os resultados alcançados nos elevados índices de satisfação de expositores e visitantes profissionais. Segundo os resultados finais do inquérito desenvolvido pela Asserbiz para a organização do expoMecânica, 60% dos profissionais que o visitaram afirmaram ter interesse em fazer compras, ao passo que 98% garantiram ter intenções de regressar caso o Salão se volte a rea-

Plus, a Imprefil continua a sua aposta na redução dos níveis de emissões e uma maior eficiência, além de cumprir com a norma europeia. O filtro foi concebido para garantir uma filtragem perfeita nos distintos tipos de combustível do mundo, incluindo os “sujos” ou aqueles com elevado conteúdo em biodiesel. O elemento filtrante com dupla patente e a nova formulação do meio DFM (Deep Filtration Media) com barreira de profundidade é uma das novidades deste novo filtro. Esta barreira

retém as impurezas e assegura que as partículas de água se unem para formar elementos de dimensões maiores, que logo caem numa câmara de acumulação de água. Existe assim uma filtragem em duas fases num só elemento. Dentro do Gen 2 Plus há uma estrutura compacta, o elemento filtrante, a carcaça metálica e a cobertura. A cobertura de alumínio é composta por dois conectores para a entrada e saída do diesel, assim como um parafuso para purgar a água durante a operação de manutenção.

lizar. O grau de avaliação do certame situou-se nos 8,29 (numa escala de 1 a 10). Os índices de satisfação entre os expositores são igualmente elevados. 67% deles asseguraram ter realizado negócios durante a feira, 88% afirmaram ter atingido os objetivos, 97% consideraram que a mostra ajudou a promover o negócio e 68% apontaram ter tido contacto com visitantes estrangeiros. A malha de empresas que dá força ao expoMecânica avaliou-o em 78% (num máximo de 100). Todas as empresas abordadas garantiram pretender continuar a participar. /

REDWASTE RECOLHE A Leirilis criou uma nova empresa, designada RedWaste, que está vocacionada para a recolha seletiva de resíduos e o seu encaminhamento para valorização ou eliminação. A RedWaste coloca contentores nas oficinas, que permite o acondicionamento dos resíduos e a sua identificação, procedendo depois à sua recolha e encaminhamento para destino final licenciado. A Redwaste dispõe ainda de um serviço de consultadoria ambiental e formação.



PERSPETIVA

ENTREVISTA

JOACHIM HINZ SPIES HECKER

“MERCADO PORTUGUÊS TEM GRANDE PROCURA DE PRODUTOS SPIES HECKER” Quem o afirma é Joachim Hinz, brand manager da Spies Hecker para Europa, Médio Oriente e África, entrevistado pela revista espanhola “Talleres en Comunicacion” e que aqui reproduzimos na íntegra. TEXTO E FOTOS TALLERES EN COMUNICACION

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setor da reparação e repintura tem vindo a desenvolver-se rapidamente com soluções modernas e tecnologicamente avançadas. Soluções e avanços que a Turbo Oficina tem dado a conhecer nos últimos meses. Player de topo no mercado, a Spies Hecker, marca alemã do gigante Axalta, tem cada vez maior presença no mercado ibérico. Ocasião para conhecer aquilo que reserva o futuro e saber como está a marca na Península Ibérica. Como marca, quais são os valores da Spies Hecker? O nosso lema "Mais próximos" resume muito bem o nosso objetivo de estarmos sempre muito atentos às necessidades dos nossos clientes e escutarmos todos os elementos da oficina. Próximos do mercado, sabemos o que temos de oferecer e podemos proporcionar informação pertinente aos nossos parceiros dos centros de I+D para que possam desenvolver os produtos que o mercado necessita. Além do mais, disponibilizamos serviços adequados e soluções personalizadas de sistemas às oficinas de repintura. A nossa marca está orientada para a procura de soluções: ajudamos ao máximo os nossos clientes e proporcionamos

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TURBO OFICINA JUNHO 2017

sistemas de produtos fáceis de utilizar, extremamente eficientes e equilibrados, adaptados a todas as suas necessidades. Nesse sentido mantemos uma relação muito pessoal com os nossos clientes e consideramos extremamente importante que o tratamento seja honesto, justo e baseado na confiança. Qual a relevância da marca Spies Hecker na esfera da Axalta? A Spies Hecker é a marca global de tintas da Axalta Coating Systems que tem mais experiência no sector da repintura. Em 2017 celebramos o nosso 135º aniversário e estamos orgulhosos do nosso vasto percurso. Temos uma extensa tradição, não só na repintura de automóveis e veículos comerciais mas também em aplicações industriais. Somos uma marca alemã com sede central em Colónia, uma cidade cujo ambiente cosmopolita e acolhedor influenciou em grande medida o carácter da nossa marca. E tal como os nossos clientes, somos fascinados pelos automóveis e pelas cores. Este entusiasmo é contagioso dentro da Axalta. Trabalhamos em estreita colaboração com os nossos parceiros e o facto de a Axalta ser uma empresa dedicada a pinturas e revestimentos que investe em inovação é uma mais-valia. Uma das vantagens mais relevantes para os nossos clientes é a relação que a Axalta mantém com os fabricantes de automóveis.

A SPIES HECKER ASSINALA O SEU 135.º ANIVERSÁRIO EM 2017, CONTANDO COM UMA EXTENSA TRADIÇÃO NA REPINTURA DE AUTOMÓVEIS E VEÍCULOS COMERCIAIS


Qual é o estado atual da Spies Hecker na Europa? E em Portugal? A Spies Hecker é uma das principais marcas de repintura de automóveis da Europa, com um forte posicionamento e produtos com tecnologia de ponta. Recentemente a Spies Hecker recebeu o prémio “British Repairers’ Choice Award” por ser a marca de tintas com melhor avaliação no ano 2016-2017, votada pelos próprios profissionais do setor. No mercado alemão e do norte da Europa somos uma marca muito reconhecida. Em Portugal e na Europa Central a Spies Hecker tem uma grande procura, especialmente o Sistema Hi-TEC Performance. Em Espanha no ano passado obtivemos muito bons resultados. A Spies Hecker foi a última grande marca que entrou no mercado espanhol - presente desde 1995 - e temos crescido ano após ano. Quais os desafios enfrentados pela Spies Hecker na Europa? A crise russa e a situação geral na Europa de Leste foi um desafio para a Spies Hecker e estou certo que também o terá sido para outras marcas de tinta. A Rússia era o nosso segundo

maior mercado na região da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) e esperamos que este mercado entre em recuperação a curto prazo. Em todos os mercados, os proprietários de automóveis são muito mais importância aos preços do que antes da crise de 2008, mas em simultâneo, a procura por serviços adicionais está a aumentar. As oficinas sentem muito mais pressão que antes e temos de apoiá-los com soluções que lhes permitam continuar a ser rentáveis. Com vista a este objetivo, além de fornecermos as soluções de produtos que melhor se adaptam às suas necessidades, também proporcionamos formação sobre os processos de reparação, para que sejam mais bem-sucedidas. A reparação de um automóvel é cada vez mais complexa devido aos diferentes materiais utilizados na sua construção e aos fascinantes efeitos especiais da tinta. É um grande desafio tanto para os pintores como para nós. Temos de nos assegurar que as oficinas, as quais apoiamos com as soluções adequadas, conseguem enfrentar estes desafios da melhor forma e com grande profissionalismo. Para o efeito é necessário uma boa formação para que os condutores recebam sempre o melhor serviço.

O que torna a Spies Hecker uma marca global de tintas? A Spies Hecker tem a sua sede central e lar espiritual em Colónia (Alemanha), mas exportamos tinta para o estrangeiro desde 1955. Começámos a exportar para a Holanda e em seguida ampliamos fronteiras para o resto do mundo. Estamos presentes em mais de 76 países: desde a Nova Zelândia à Sibéria, e do Alasca á África do Sul. Atualmente a Alemanha é apenas o nosso terceiro maior mercado. Os Estados Unidos e a China são os dois primeiros e a Spies Hecker continua a crescer nestes países. Contamos com 35 centros de formação na Europa e 59 em todo o mundo. As nossas fórmulas de cor abrangem todos os fabricantes de automóveis do mundo, seja na Europa, nos Estados Unidos ou na Ásia possuímos homologações dos principais fabricantes de automóveis. Por que motivo deverá uma oficina escolher a Spies Hecker e não outra marca de tinta? Os nossos produtos de tecnologia avançada têm tempos de processo curtos. Isto permite-nos oferecer aos nossos clientes a oportunidade

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PERSPETIVA

ENTREVISTA

Isto permite que os pintores trabalhem mais rapidamente e reduz o tempo de inatividade na cabina. O novo verniz pode ser ajustado para adaptá-lo a diferentes condições de secagem utilizando dois endurecedores diferentes. Além de permitir a secagem a alta temperatura, o verniz também pode secar a baixa temperatura na cabina ou à temperatura ambiente durante a noite.

A SPIES HECKER TEM VINDO A AMPLIAR A SUA GAMA COM PRODUTOS QUE SÃO MAIS FÁCEIS DE APLICAR E OFERECEM UM TEMPO DE SECAGEM MAIS CURTO de serem mais eficientes ao nível da oficina, realizando mais reparações por dia e ao mesmo tempo poupando energia. Dependendo do cliente, recomendamos os nossos produtos de pintura fáceis de usar, as nossas soluções de cor e outros serviços que se ajustam exatamente às suas necessidades. Para que os nossos clientes possam identificar mais facilmente o produto mais adequado para cada trabalho, criámos o conceito de Soluções de Sistemas para cada tipo de oficina, dependendo das suas necessidades. Assim, por exemplo, o Sistema Hi-TEC Performance é ideal para oficinas que procuram obter a máxima produtividade. O Sistema Classic é mais adequado para oficinas que não têm tanta pressão no que respeita a tempo mas que querem oferecer qualidade com um sistema robusto e com eficácia demonstrada. Também apoiamos as nossas oficinas com serviços de marketing, auditorias e assessoria em gestão empresarial. Um aspeto essencial, que marca uma grande diferença que não podemos esquecer, é o atendimento personalizado dos nossos delegados, chefes de zona e técnicos. Estamos sempre á disposição dos nossos clientes para oferecer a solução mais adequada a cada oficina. Que tipo de apoio e formação oferece a Spies Hecker às oficinas? E aos distribuidores? Para nós os serviços são chave. Uma parte importante do nosso êxito baseia-se na nossa capacidade para demostrar as vantagens dos nossos sistemas de pintura, pelo que investimos significativamente na formação dos nossos clientes tanto através da internet (online) como presencialmente. A cor e a gestão da cor

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também são fundamentais, por isso oferecemos um serviço de cor e formação nas próprias instalações das oficinas ministrada por técnicos especialistas. Por último, e talvez o fator mais significativo, serão as vantagens de pertencer à Identica, a principal rede de oficinas na Alemanha, que em Espanha conta com 60 oficinas associadas. Qual a inovação mais recente apresentada pela Spies Hecker? A Spies Hecker ampliou a sua gama de aparelhos com o novo Permasolid Aparelho HS Speed 5500 no ano passado. É fácil de aplicar e não requer evaporação intermédia e permite lixar após 20-40 minutos de secagem ao ar. Além do curto tempo de secagem á temperatura ambiente, depois de seco, o aparelho proporciona aos pintores uma superfície muito lisa que constitui um fundo ótimo para em seguida aplicar o acabamento. Os pintores podem utilizar o aparelho em todos os substratos habituais. O sistema revela-se especialmente interessante para as oficinas que têm como objetivo melhorar o seu rendimento e querem evitar constrições no fluxo de trabalho causadas pelos tempos de secagem do aparelho. E pode aumentar significativamente a produtividade da oficina. A Spies Hecker também apresentou um verniz completamente novo baseado numa inovadora tecnologia de resinas. Com um tempo de secagem do objeto de apenas 5 minutos a 600C de temperatura, o Permasolid Verniz HS Speed 8800 representa uma solução de alta gama. Os tempos de processo são mais curtos e a eficácia da oficina aumenta consideravelmente.

Qual é a situação presente e futura dos programas de serviços Identica e CUI? Temos cerca de 550 oficinas membros da rede CUI, incluindo o programa alemão ProfiClub. Em Espanha, onde os requisitos do mercado são muito elevados, estamos a concentrar os nossos esforços no programa de serviços Identica, que inclui oficinas independentes de Espanha, Portugal, Alemanha e Áustria. Estamos à procura de parceiros que possam garantir reparações e processos de comunicação excecionais a todo o tipo de fornecedores de trabalho, para que as nossas oficinas possam ser a primeira opção para gestores de frotas, seguradoras ou clientes particulares. E por fim, quais são os planos da marca para 2017 relativamente a novos produtos, marketing e formação? Para nós o mais importante é fornecer aos nossos clientes produtos de tintae fórmulas de cor com a máxima qualidade, e vamos continuar a fazê-lo em 2017, apresentando novos produtos inovadores que permitam que as nossas oficinas trabalhem melhor e sejam mais flexíveis e competitivas no mercado. Contudo, há já algum tempo que somos mais do que uma marca de tinta e os nossos clientes esperam muito mais de nós. As reparações rápidas de pequenos danos aumentaram significativamente e acreditamos que no futuro representarão cerca de um terço do trabalho da oficina. O Sistema Speed Repair da Spies Hecker adapta-se na perfeição a esta tendência. No entanto, estamos cientes que este tipo de reparações se enquadra num contexto de processos especial. Temos de criar novas formas de trabalhar para que este tipo de reparações seja mais rentável para os nossos clientes e essa informação ser comunicada ao mercado através dos serviços de marketing da Spies Hecker. O sector da repintura é cada vez mais digital e nós, seguindo a nossa tradição inovadora, queremos ser uma das marcas impulsionadoras deste desenvolvimento. Queremos estar próximos dos nossos clientes utilizando a tecnologia mais avançada e também queremos que façam parte desta evolução. Os fornecedores de trabalho procuram parceiros de forma digital e querem estar seguros que escolhem o correto. Queremos criar plataformas para assegurar que os parceiros mais apropriados se juntam e que os nossos clientes fazem parte. /



DESTAQUE

FISCALIZAÇÃO OFICINAS

FISCALIZAÇÃO OFICINAS

EQUIPAMENTO ILEGAL PREJUDICA TODOS A ASAE tem realizado “raides” nacionais de inspecções em busca de equipamentos de diagnóstico automóvel pirateados e utilizados por oficinas, legais ou ilegais no seu todo, que apostam neste equipamento para lucros mais fáceis, com prejuízo para o setor das oficinas e para o público em geral. O cerco a esta forma de economia paralela promete apertar! TEXTO JORGE REIS

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instauração de processos-crime por contrafacção e uso ilegal de marca, usurpação de direitos de autor e reprodução ilegítima de programa protegido, com a apreensão de equipamento ilegal, foi o resultado prático da operação “Digitalauto” levada a cabo pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ao longo de quatro fases, a última das quais no passado mês de abril. O tema, porém, não se esgota nesta operação e a ASAE promete continuar a luta sem tréguas à economia paralela nas oficinas automóveis. A operação “Digitalauto”, realizada em todo o território nacional pela Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal da ASAE, dirigida até ao final do mês de abril pelo Inspetor Director Domingos Antunes, com quem dialogámos, foi dirigida a oficinas automóveis no âmbito da utilização de equipamento ilegal de diagnóstico automóvel. Este equipamento e o software nele utilizado carecem de licenças, normalmente atribuídas nas atualizações quando realizadas de modo correto e legal, mas há quem fuja a estes requisitos colocando em causa o setor da reparação automóvel e o consumidor. O primeiro impulso para a realização destas ações de fiscalização acaba por ser permitido pelas marcas automóveis que, tendo um melhor conhecimento do mercado, solicitaram a ação da ASAE, tal como nos deu conta Domingos Antunes. “Acrescendo a estes ‘inputs’ das marcas e à nossa matriz de risco em redor do setor automóvel, tendo em conta que é um setor de muita concorrência, acabámos por dirigir as nossas ações, com regularidade, principalmente orientadas para os aparelhos de diagnóstico automóvel”, explica este responsável pelas várias fases da operação “Digitalauto” realizadas até ao final do passado mês de abril. “Ainda estão a decorrer alguns inquéritos mas conseguimos desde já perceber que as pessoas

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DESTAQUE

FISCALIZAÇÃO OFICINAS SERÁ O SETOR AUTOMÓVEL MAIS OU MENOS APETECÍVEL À ILEGALIDADE!? “O setor automóvel não foge aos demais. O problema é que conferimos a este setor uma dimensão diferente porque todos nós temos um automóvel e estamos atentos ao que se passa!” A convicção é manifestada por Domingos Antunes que lembra que o setor automóvel é um dos que gera mais receita: “O automóvel é a galinha dos ovos de ouro da economia, e daí a ideia generalizada de que é dos setores mais complicados.” A tendência, contudo, “vai no sentido de que diminua a concorrência ilegal neste setor”. “Em face da evolução tecnológica do automóvel, cada vez mais se torna mais difícil adquirir os conhecimentos necessários para um trabalho correto. Além disso, quem pensa que consegue fugir eternamente engana-se, e acaba sempre por ser sujeito a uma fiscalização, até porque não é só a ASAE que actua neste campo das oficinas mas também outras forças policiais como a PSP, a GNR e autoridades na área do Ambiente, todas em conjugação de esforços direcionados para este tipo de atividade.”

têm tendência para adquirir estes materiais ilegais através do mercado digital, no comércio eletrónico, e a muito baixo custo”, acrescenta o nosso interlocutor segundo o qual equipamentos cujos valores rondam entre os 2.000 e os 2.800 euros, “neste mercado paralelo são por vezes vendidos a 200 ou 300 euros”. INSPEÇÕES NACIONAIS E A QUALQUER HORA A propósito destas operações de fiscalização, surgiram algumas críticas para a ASAE que, alegadamente, estaria a relegar para segundo plano a fiscalização à existência de oficinas que

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O SETOR AUTOMÓVEL NÃO É DIFERENTE DOS DEMAIS. O PROBLEMA DA ILEGALIDADE AUMENTA PORQUE TODOS TEMOS AUTOMÓVEL E ESTAMOS MUITO MAIS ATENTOS operam de forma totalmente ilegal, limitando-se a responder aos pedidos das marcas, havendo quem referisse que esta seria uma forma de mitigar os menores recursos da própria ASAE. Sobre estas acusações, Domingos Antunes refere que “em qualquer organização os recursos são sempre limitados, e a ASAE adorava ter o dobro dos inspetores”, mas contrapõe: “O que tentamos fazer é recolher informação que nos possa orientar para as oficinas que à partida são ilegais. Agora, haver oficinas que, estando legais, utilizam ainda assim este tipo de equipamento, será uma realidade que não podemos branquear.”

Para que o combate à economia paralela junto das oficinas tenha efeito, torna-se necessária a colaboração do consumidor que, por vezes, “é o primeiro a facilitar e fomentar este tipo de ilegalidades”. “Se não houver uma mudança de comportamentos, ao nível da cidadania e da escolha do consumidor, obviamente que a eficácia das nossas operações fica comprometida. Se o próprio consumidor for o primeiro a rejeitar este tipo de oficinas, certamente que o combate se torna mais eficaz”, reforça o nosso interlocutor para quem é importante que o consumidor tenha a noção de que “nem sempre aquilo que é barato é a melhor solução.”


ACAP HÉLDER PEDRO SECRETÁRIO GERAL

Temos alertado sempre os nossos associados para a necessidade do cumprimento da lei neste e em outros assuntos, realizamos ações de esclarecimento e sensibilização, nomeadamente com a ASAE mas não só, e procuramos que os nossos associados não incorram em concorrência desleal através

do incumprimento da lei. O cumprimento da lei, aliás, é para nós uma questão fundamental, e temos reuniões mais ou menos regulares com a ASAE, mas também com outras entidades, procurando desse modo acompanhar a realidade do setor e transmitir aos nossos associados todas as normas que devem ser seguidas.

ANECRA JORGE NEVES DA SILVA SECRETÁRIO GERAL

“As pessoas têm que perceber que um serviço a baixo preço tem que ter alguma coisa de irregular e não podem depois reclamar, por exemplo, relativamente aos prazos de garantia, quando antes pactuaram com esta economia paralela. Devemos por isso combater esta realidade, pedir faturação, perceber se estamos a entrar numa oficina ilegal ou não e contar com a disponibilidade, perseverança e resiliência das autoridades que irão continuar a fiscalizar cada vez mais, independentemente do local em que se encontram e do horário das investigações”, concluiu Domingos Antunes em jeito de apelo ao consumidor que somos todos nós. /

A Operação “Digitalauto” foi objeto de uma profunda análise por parte da ANECRA e não podemos confundir as empresas mencionadas nesta Operação, cuja ação foi conduzida a partir de denúncias, aparentemente objetivas face aos resultados obtidos, com as restantes cerca de seis mil empresas do sector automóvel, que consideramos terem um papel determinante para o desenvolvimento económico e social do país. A realidade em redor deste tema, reconhecida pela ANECRA, não impede que as medidas preconizadas

tenham cada vez maior acuidade e atualidade, no que se refere ao grande objetivo da Associação no combate à economia paralela, à concorrência desleal e às práticas que põem em causa a sobrevivência das empresas legalmente constituídas. Complementarmente, sem contrariar a justeza e oportunidade da intervenção da ASAE através da Operação “Digitalauto”, consideramos que a prioridade de ação das Entidades Fiscalizadoras deve ter como foco principal o combate aos operadores clandestinos.

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RECORDE DE EXPOSITORES NÃO ESCONDE "ITALIANIZAÇÃO" A 27.ª edição da Autopromotec – Bienal Internacional de Equipamentos e Produtos Aftermarket Automóvel, bateu recordes de presença de expositores e de visitantes, mas conforme a TURBO OFICINA constatou, a insatisfação dos expositores também foi recordista. TEXTO E FOTOS JOSÉ MANUEL COSTA

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ara a narrativa da exposição ficam os mais de 1700 expositores presentes nos pavilhões da feira de Bolonha e os mais de 100 mil visitantes. Porém, a bienal italiana deixou alguma insatisfação entre muitos expositores. Apesar da enorme comitiva chinesa – absolutamente empenhada em forçar negócios com todas as pessoas que aflorassem os seus espaços – e do espaço privilegiado dos espanhóis, graças ao apoio da Sernauto (associação espanhola de fabricantes de equipamentos e componentes para veículos automóveis) a verdade é que o certame italiano esteve muito focado no mercado italiano com muitas das multinacionais a depositarem nas congéneres locais a sua representação. Os números finais não mentem e dos 1700 expositores, quase um milhar eram empresas italianas, sendo as restantes um considerável número de chineses e representantes de 17 países. Entre eles encontrámos sete expositores portugueses que, tal como muitos dos que estavam representados na Autopromotec, não estavam muito satisfeitos com a falta de internacionalização da feira. Na área dos pneumáticos estiveram a mos-

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trar os seus produtos a Camac – Companhia Nacional de Borrachas S.A., a EIB – Empresa Industrial de Borracha Lda. e a Rubber Vulk, Lda.. Entre os expositores ligados aos abrasivos, encontramos a Indasa – Indústria de Abrasivos S.A. que representou a indústria lusa, completando-se a presença nacional com a IVOL – Industrias Metalúrgicas Moura Vouga, Lda e a TurboClinic, Lda.. A IVOL – Industrias Metálicas Moura Vouga, nas palavras de Rute Rebelo, “esteve em Itália para conhecer o mercado que, a partir de agora, vai explorar comercialmente, sendo o objetivo da nossa participação aumentar a carteira de clientes” com os seus produtos, particularmente, ponteiras de escape, espelhos retrovisores, farolins e refletores e ainda barras de proteção. No caso da Turboclinic, a presença “não foi direta, mas sim uma forma de apoiar o nosso distribuidor em Itália, a Dieselevante, com a exibição de todos os nossos sistemas de diagnóstico e dois técnicos que fizeram imensas desmonstrações” referiu Joana Lopes ao Turbo Oficina. Bruno Carvalho, da RubberVulk, salientou os 15 anos de participação da empresa na Autopromotec, aproveitadondo para “reforçar laços com os nossos clientes e encontrar novas oportunidades de negócio” para uma empresa que tem como “core business” a comercializa-


DESTAQUES A Japanparts e a sua nova imagem e a fusรฃo da ZF com a TRW estiveram em destaque nos espaรงos da Autopromotec

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SALÃO

AUTOPROMOTEC ção de todos os consumíveis e ferramentas para as oficinas de reparação de pneus. Já Bruno Carvalho da EIB – Empresa Industrial de Borracha, lembrou que “a roda já está inventada, pelo que estivemos na Autopromotec a mostrar três novos modelos de piso para a recauchutagem, um para piso de obra, outro para longas viagens e, finalmente, um para aplicações especiais. Tivemos o ensejo de falar com os nossos clientes e tentar fortalecer o negócio com a entrada de novos clientes.” Não sendo uma empresa nacional, a Counteract Beads Europe tem sede em Portugal mas as suas origens no continente norte-americano, mas precisamente, no Canadá. A ideia de oferecer uma solução de calibragem dos pneus às empresas de transportes pesados, levou a empresa a desenvolver micro esferas que, reclama a Counteract, reduz o consumo de combustível e prolonga a vida útil do pneu. Depois há muitas outras propostas, mas como refere a empresa, o produto que divulgaram na Autopromotec foi o limpador de pernos. Para a Camac, foi uma oportunidade de dar a conhecer os pneus nacionais a um mercado muito interessante destacando-se a gama de pneus para viaturas clássicas, um mercado cada vez mais importante. ALTERAÇÕES NA ORGANIZAÇÃO E ÁREAS TEMÁTICAS O certame italiano conheceu algumas alterações, destacando-se o espaço ampliado e melhorado numa edição que se dividiu em três grandes áreas. Primeiro, “Pneumáticos e equipamentos para pneumáticos” (o foco original da Autopromotec) que contou com um novo pavilhão (31) e a ampliação do anterior espaço (15). Depois a área “Ferramentas para as oficinas de após venda” e, finalmente, “Peças de substituição, componentes e seviços para o automóvel”. O aumento de zonas de demonstração fora dos pavilhões da feira, foi outra das novidades. Como vem sendo tradição, a Autopromotec não se limitou a dar atenção aos diferentes setores de mercado ou aos lançamentos. Com o AutopromotecEDU, foram propostas ideias para o desenvolvimento e perceção das mais recentes tendências do após venda. Destaque ainda pra o evento “Officina 4.0: Proof of Concepet”, promovido pela organização para mostrar qual será o futuro do mundo das reparações, quais as tecnologias que se vão usar e como será diferente o papel dos reparadores. Segundo Emanuele Vicentini, Brand Manager da Autopromotec, “nestes dois anos trabalhámos muito para que a Autopromotec esteja no mapa dos certames mais importantes do mercado e por isso aos mais de 83 mil profissionais italianos, juntámos a presença de cerca de 24 mil profissionais estrangeiros.”

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A AUTOPROMOTEC FOI INVADIDA POR EMPRESAS CHINESAS ÁVIDAS DE FAZER NEGÓCIO COM CLIENTES EUROPEUS, ESPECIALMENTE, NA ÁREA DOS PNEUS MESAS REDONDAS E UM OLHAR PARA O FUTURO Honrando a sua origem, a Autopromotec promoveu uma mesa redonda muito interessante com o tema “Circular economy: the virtuous case of the tyre sector” (Economia circular: o caso virtuoso do setor dos pneus) que discutiu o universo ligado aos pneus e, sobretudo, a sua reutilização. Esta mesa redonda fez parte da iniciativa AutopromotecEDU e discutiu a lógica da produção devotada ao total reaproveitamento do pneu e também a eliminação dos resíduos e outros desperdícios. Nessa mesa redonda estiveram vários responsáveis de players importantes do setor como a Continental, a Michelin (representadas pelos CEO das filiais italianas), o presidente da associação italiana de especialistas em pneus e também das empresas italianas de recauchutagem de pneus, além de um representante do senado italiano. Outra conferência muito interessante, ainda dentro do AutopromotecEDU, foi a reunião com a IAM (International Aftermarket Meeting) subordinada ao tema “Mobile Solutions – Oportunities and Challenges for the Aftermarket”. Esta importante reunião aconteceu no segundo dia e discutiu os desa-

fios que as novas formas de motorização e de mobilidade além da conectividade, vão trazer ao aftermarket e a verdadeira revolução que se avizinha, identificando novos cenários e novas oportunidades. A “Officina 4.0: Proof of Concept” recolheu grande adesão dos visitantes que puderam fazer uma visita virtual à oficina do futuro. O conceito foi introduzido por uma conferência que avançou cenários de futuro e deixou claro que em 2025, os novos veículos vão mudar o atual modelo de negócio do aftermarket. INVASÃO CHINESA Para lá da presença dos maiores construtores mundiais de pneus (Michelin, Bridgestone, Pirelli, Hankook e muitos outros) destaque para as centenas de expositores chineses de pneus, com marcas absolutamente desconhecidas e com produtos para todo o tipo de veículos. Todos eles com uma forma muito agressiva de angariar clientes. Nesta área,a italiana Corghi ocupava, sozinha, um pavilhão, deixando para a Hunter/Rivolta um espaço bem menor dividido com centenas de distribuidores italianos e, uma vez mais, muitas marcas chinesas.


DESTAQUE CENTRAL Para a Bosch que apresentou um espaço multifacetado com ofertas para vários setores de atividade e novas tecnologias

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OS PESOS PESADOS DO AFTERMARKET Com um espaço e imagem novos esteve presente em Bolonha a JapanParts. A empresa italiana trabalhou duro para apresentar, oficialmente, na Autopromotec a sua nova imagem, nascida debaixo do conceito “Yes we have”. Um conceito que obriga a JapanParts e as marcas Ashika e JapKo a gerirem milhares de referências agrupadas em 140 famílias de peças que agora passa a integrar, também, amortecedores. A empresa italiana, perto de celebrar 30 anos de existência, tem em Portugal o seu terceiro mercado a nível mundial. Alessandro Piazza falou com a TURBO OFICINA e referiu que “o novo projeto da JapanParts ilustra de forma perfeita o nosso carácter e sublinha a promessa de qualidade que fazemos aos nossos clientes. A nova imagem quer ligar a nossa história ao presente com valores modernos, um carácter dinâmico e uma imagem de confiança. Queremos ser a bitola do mercado!” Igualmente presente com um espaço alargado, a ZF/TRW destacou a sua fusão e exibia a completa gama de produtos em termos de peças e componentes, equipamentos de diagnóstico e soluções de conectividade. As soluções de transmissão da ZF estavam em destaque no espaço conjunto das duas marcas. Com 47 mil referências, o Bilstein Group esteve

na Autopromotec com as marcas febi, Swag e Blue Print, exibindo grande parte dos seus produtos. A Bosch dispunha de um enorme espaço na Autopromotec, destacando marcas como a Robinair (máquinas e ferramentas para a manutenção e carregamento do ar condicionado) ou a Beissbarth (equipamento para os profissionais dos pneus) e a Sicam (máquinas para oficinas de pneus). A casa mãe tinha como novidade a última geração da Bosch KTS, sistema de diagnóstico, o novo TTM, sistema de medição do piso do pneu, funcionando com câmaras HD e o BEA750, analisador de gases de escape. A HPA expôs a sua gama de produtos para oficinas de pneus, com destaque para as máquinas de troca de pneumáticos com capacidade para jantes até 22 polegadas e com funcionamento automático. O espaço do Metelli Group surgiu renovado, com uma nova imagem e toda a completa gama de produtos da casa italiana. A gama de travagem (com as pastilhas HybriX como destaque), a expansão da gama de kits de correias de distribuição paralelamente á gama de bombas de água (com um conjunto de novas referências) e uma série de novos catálogos para áreas como as transmissões estiveram em destaque. Em colaboração com a ANFIA (associação italiana de feiras dedicadas ao automóvel), o Metelli


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PESOS PESADOS DO AFTERMARKET estiveram em destaque na feira de Bolonha

Group levou a cabo uma sessão técnica sobre as pastilhas HybriX. Para a Denso, a Autopromotec foi a oportunidade de dar a conhecer vários produtos, incluindo a duplicação da oferta de termostatos que, assim, cobre agora mais de 70% dos veículos europeus. A marca nipónica aproveitou para lançar uma nova gama de produtos dedicada aos motores diesel, desde injetores a bombas, válvulas e sensores MAP. Estes últimos fazem parte de uma nova gama de produtos que foi lançado nos primeiros meses deste ano. Um novo catálogo de sistemas de ar condicionado faziam parte das novidades da Denso na Autopromotec. DEMONSTRAÇÕES EM DESTAQUE No caso da Schaeffler, tinha em exposição toda a gama de produtos das marcas LuK, INA, FAG e Ruville, embora o destaque fosse para o RepXpert, uma espécie de aula técnica através de realidade virtual, demonstrações ao vivo e aconselhamento personalizado. Foram mui-

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tas as ações levadas a cabo pela Schaeffler ao longo dos cinco dias do certame. As formações ao vivo foram das mais procuradas pelos visitantes, na sua maioria profissionais. Conhecida pela qualidade dos seus produtos, a Arnott esteve na Autopromotec com toda a gama de suspensões a ar para substituição das originais. Para a Delphi, a feira de Bolonha foi uma oportunidade de mostrar toda a gama de produtos, peças e serviços, com algumas novidades como as pastilhas de travão sem cobre (antecipando uma norma europeia que obriga à redução para 0,5% de cobre no elemento de fricção), novos discos de travão, gama de gestão de motor, bombas de injeção, o novo banco de ensaio diesel da Hartdrige, o Sabre CRi e os lubrificantes Delphi. Já a Texa celebrou 25 anos de existência na Autopromotec com um espaço enorme com mais de 700 metros onde se destacava um Pagani Huayra que anunciava o Axone Nemo, uma ferramenta topo de gama pronta para o fu-

turo com módulos magnéticos intermutáveis. Outras novidades da Texa residiam no Texa & Partner Data Base, a loja virtual da Texa que oferece apoio ás bases de dados de diagnóstico, o Konfort 744, uma inovadora estação de carregamento de ar condicionado com gás R744, o TPS2, uma ferramenta profissional para os especialistas de pneus, disponível em duas configurações, o Camera Calibration Kit, uma solução feita para a calibração feita com sistemas ADAS, mesmo em camiões, o eTruck, miniaturização para a gestão otimizada de frotas de camiões e o Texa CARe, uma aplicação que oferece um sistema SOS com ligação telefónica que funciona 24/7 e que pode ser ativada pela aplicação. A jogar em casa, a Brembo apostou num espaço sóbrio onde o grande destaque eram os discos de travão com revestimento UV. Toda a superfície do disco é revestida, proporcionando uma melhor imagem sem interferir no desempenho da travagem. Uma marca feita a laser permite ao mecânico perceber quando está na altura de trocar os discos. Na UFI Filters, a marca estreou quatro catálogos para as marcas Ufi e Sofima, incluindo 472 novas referências e destacando a presença de 250 filtros em primeiro equipamento, produzidos em “co-branding” com os fabricantes. Sobre as novas referências, Eduardo Marti, diretor geral Ufi Filters Ibérica, referiu que as novas edições dos catálogos Ufi e Sofima "provam o compromisso da empresa em oferecer ao mercado uma gama de produtos completa e atualizada. As referências originais são um forte valor acrescentado para os nossos clientes.” Duas demonstrações técnicas sobre o tema “juntas homocinéticas e semieixos SKF” e o lançamento do kit de semieixos SKF-VKJC foram as novidades do espaço da SKF. Pela primeira vez no certame de Bolonha com um espaço próprio, a marca sueca revelou toda gama de produtos juntamente com a novidade acima referida e demonstrações técnicas. /



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LUBRIFICANTES

ENGENHARIA LÍQUIDA Muito caminho os lubrificantes palmilharam, desde os primórdios da humanidade, quando foi sinalizada a utilização de gorduras animais para reduzir a fricção entre materiais como a madeira ou a pedra, até hoje. O avanço da tecnologia é alucinante e em pleno século XXI, os lubrificantes são muito mais que meros elementos de uma cadeia bem… oleada. A Turbo Oficina quis sentir o pulso ao mercado e apresenta-lhe este especial. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

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e mero custo de manutenção a elemento preponderante nos motores do amanhã, o lubrificante permanece em constante evolução, tentando acompanhar o passo acelerado que a indústria automóvel imprime há vários anos. Os lubrificantes deixaram de ser uma “peça” entre muitas que fazem parte de um veículo, para assumir um papel determinante no cumprimento das cada vez mais apertadas normas anti poluição e na longevidade das mecânicas. Reduzir o impacto ambiental, os consumos e alargar os prazos de manutenção passou a ser desígnio de construtores, petrolíferas (gasolina e gasóleo especiais) e produtores de lubrificantes. A tarefa base dos lubrificantes continua a mesma, ou seja, proteger as partes móveis que funcionam em conjunto, inibir a corrosão e arrefecer o motor gerindo o comportamento térmico das peças móveis, aproveitando para limpar as lamas resultantes dos ciclos de funcionamento do motor. A sua formulação em constante evolução ditou o aparecimento de todo o tipo de aditivos e a criação de produtos sintéticos, talhados á medida das necessidades de cada construtor. Aparentemente, não há diferenças entre um óleo mineral (feito com base no petróleo) e um óleo sintético produzido em laboratório e, derramados, é impossível diferenciá-los.

Chegados á mudança de óleo, o que sai do motor é bem diferente e a versão mineral é muito mais espessa porque perdeu qualidades mais depressa. Resulta daqui uma preponderância dos óleos 100% sintéticos e com viscosidades progressivamente inferiores, porque aumentam a proteção e ajudam no designo de redução de consumos e de emissões. E aqui surge um enorme desafio ao mercado português, o envelhecido parque automóvel que reclama por óleos minerais ou, no limite, semissintéticos. Em Portugal, os veículos com mais de 15 anos são mais de 1,2 milhões de veículos e aqueles entre 10 a 15 anos de idade rondam a mesma cifra. Já os modelos com idade entre 1 e 3 anos ficam aquém das 700 mil unidades. Contas feitas, a idade média do parque automóvel português está acima dos 12 anos. Perante este quadro percebe-se, claramente, o pesadelo logístico e o alargado número de referências que cada operador tem de trabalhar, paralelamente ao calendário alucinante de atualizações e novidades nas gamas de produto. Os desafios colocados pelas novas formas de mobilidade – cuja maioria ainda não dispensa a utilização de lubrificantes em várias áreas do veículo – a distribuição, as maiores dificuldades do setor e um olhar para o futuro é o objetivo deste trabalho da Turbo Oficina. Demos voz aos players do mercado e anunciamos a sua oferta para que na sua oficina possa ajudar o seu cliente a escolher o lubrificante que melhor responde às suas necessidades. /

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FISCALIZAÇÃO E FORMAÇÃO

ESSENCIAIS PARA O FUTURO A Turbo Oficina lançou um alargado inquérito ao mercado nacional, auscultado a maioria dos players sobre questões fundamentais para o negócio, tendo ficado claro que as maiores preocupações passam pela fiscalização e formação das oficinas no sentido de conhecerem as melhores opções para os seus clientes. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA

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erceber a oferta nacional e o que os operadores pensam sobre aquilo que o mercado fez, está a fazer e o que pode vir a concretizar foi a missão por trás deste especial Lubrificantes que reputamos de essencial para o seu trabalho. Conhecer a oferta e aquilo que os operadores pensam é fundamental para a sua oficina estar cada vez mais apetrechada de conhecimento que desenvolva mais-valia para o seu cliente e custos controlados para o seu negócio. As vendas de lubrificantes estão indexadas ao ritmo de desenvolvimento e crescimento económico do pais e nos anos de crise que assolaram o país, assistiu-se à uma quebra de vendas. Porém, “o mercado dos lubrificantes tem vindo a recuperar de uma forma tímida e um relatório da Sogilub indica que o total de lubrificantes novos vendidos no mercado aumentou 1,9% entre 2015 e 2016” refere Catarina Bastos, diretora de marketing da Spinerg, macro distribuidor da Shell. “O mercado vendeu mais 4 mil toneladas de óleo em 2016 face a 2015, num

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total de 45 739 toneladas” informa Fernando Abrantes, gestor de negócio em Portugal da Trusaco S.L.. Ou seja, o mercado nacional “parece-nos maduro (…) com tendência para o aumento de lubrificantes com mais especificações e qualidade” refere Ricardo Fernandes da Pador. Marco Pacheco do Lubrigrupo, defende que “o mercado tem vindo a conhecer um período de estagnação, mesmo considerando que nos últimos anos se tenha assistido a um crescimento elevado do consumo de óleos sintéticos.” AMBIENTE COMO PREOCUPAÇÃO A preocupação com o ambiente é, cada vez mais, um elemento determinante no que toca aos produtos ligados ao automóvel, sendo os lubrificantes uma das áreas com maior premência em responder afirmativamente aos desafios. “Somos totalmente a favor e na Valvoline já disponibilizamos soluções com recomendação/aprovação e preconização de alguns produtos. (…) recorremos a óleos usados de elevada qualidade, principalmente de bases sintéticas” afirma Paulo Santos, gestor de marca Valvoline. Por seu turno, Marco Pacheco, administrador e

responsável comercial da Lubrigrupo refere que “não temos qualquer tipo de experiência com esta formulação e no nosso entender, o mais importante são os produtos da ExxonMobil estarem todos certificados e com garantia de qualidade para proporcionar o melhor desempenho e garantir a satisfação do cliente.” Para Stephen Ainslie, responsável técnico da FMF, distribuidora dos produtos Miller Oils, “a reciclagem deve ser feita, mas esta está restrita às oficinas e não existem pontos públicos de recolha de óleo usado de fácil acesso a todos.” “É muito importante em termos ambientais e económicos dar uma solução aos óleos usados” lembra Manuel da Fonseca, diretor de marketing e comunicação do grupo AD Portugal, “seja para regeneração, reciclagem ou o seu uso como fonte energética.” Porém, deixa um alerta importante. “Caso a sua regeneração (óleo) ou reciclagem derem origem a óleos base, isso deve ser indicado de forma clara no produto final.” “O lubrificante usado quando deixado ao acaso, sem nenhum tratamento, tem um impacto ambiental negativo muito forte. Neste sentido, a reciclagem de óleos é fundamental para um desenvolvimento sustententável” refere Ana


Rita Soares, do marketing da Leirilis, distribuidora dos produtos Motul. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DETERMINANTE Para todos os players este é um dos fatores chave no setor dos lubrificantes. A evolução tecnológica, constante e acelerada, de todos os construtores “obriga” a indústria dos lubrificantes a acompanhar o passo e a fazer parte das soluções de diminuição de consumos e emissões. Marco Pacheco, do Lubrigrupo, diz que “essa acelerada evolução gera uma maior diversidade de produtos e, em efeito bola de neve, é necessário formação tanto a vendedores como a clientes, impedindo assim maior confusão com as aprovações.” Lado negativo é, claramente, “a necessidade de aumento de stocks”. Já Paulo Santos defende que “será cada vez mais difícil para os produtores de pequena e média dimensão acompanharem de forma adequada as exigências do mercado, não só do ponto de vista da qualidade como na distribuição e proximidade com o consumidor.” Para Ana Rita Soares, o maior problema “é o

aumento do leque de produtos que obriga a um nível de stocks cada vez mais elevado” com naturais impactos no negócio. Manuel da Fonseca sustenta que “o impacto do desenvolvimento tecnológico sente-se no preço final. Muitas vezes o cliente, seja por falta de informação ou formação, não está disposto a pagar pela qualidade, preferindo uma opção de óleo mais barato que não será, certamente, o adequado ao seu veículo com as consequências que todos conhecemos.” Para Pedro Batalha, gestor de produto da EuroTyre, “cada dia que passa é mais complicado para as oficinas, pois cada fabricante desenvolve o seu próprio lubrificante, o que obriga a ter mais produtos diferentes para assim estar preparado para as necessidades dos clientes.” FISCALIZAÇÃO É FALHA GRAVE Não há vozes dissonantes nesta área. A fiscalização e a formação dos clientes oficinais são lacunas gritantes no mercado dos lubrificantes, principalmente com um mercado que é muito mais sensível ao preço e bem menos à qualidade do produto. As reações de todos são esclarecedoras.

“É uma das principais dificuldades e lacunas deste setor e, pelo que temos assistido, continua manifestamente insuficiente” diz Marco Pacheco do Lubrigrupo, reforçando que “consideramos que não há uma fiscalização especializada e verificamos que a grande maioria das marcas divulga informações mediante os seus interesses e importância, acerca de características e benefícios que os seus lubrificantes não têm. Tivemos, também, a oportunidade de observar lubrificantes cujos rótulos estampados nas embalagens não tinham qualquer descrição em Português, que é uma obrigação, bem como fichas técnicas e de segurança que possuem dados forjados ou desatualizados.” Já para Paulo Santos da Valvoline, “a fiscalização não pode ser encarada como dificuldade, mas sim como uma oportunidade de regular o setor, caso a mesma se faça cumprir e seja aplicada no terreno. Se temos uma fiscalização suficiente ou não é difícil de aferir, uma vez que as leis tendem a proteger e salvaguardar os interesses de alguns em, detrimento de outros. Nunca teremos uma fiscalização suficiente quando temos elevadíssimos graus de exigência para o setor profissional auto e em paralelo

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LUBRIFICANTES

TECNOLOGIA O lubrificante deixou de ser uma matéria gordurosa para ser verdadeira engenharia líquida essencial nos automóveis modernos 1??? ????? ntra-se o ecrã central tipo tablet,

A FORMAÇÃO É ESSENCIAL PARA SER OFERECIDO AOS CLIENTES PRODUTOS QUE DEFENDAM O SEU VEÍCULO empresas de outros setores movimentam de forma desregrada os mesmos produtos.” No entender de Fernando Abrantes da Trusaco, “efetivamente deveria haver mais fiscalização para que não houvesse abusos por parte de alguns operadores.” Para Ricardo Fernandes da Pador, “a fiscalização tem de ser realizada e quando estas ações melhoram a qualidade do setor e a transparência perante o consumidor, são sempre benéficas”, enquanto Hugo Brito, diretor de vendas da Motul em Portugal dispara “simplesmente não existe fiscalização. É gravíssimo que uma oficina compre um lubrificante de determinada marca que tem escrito que uma serie de normas e homologações e na realidade esse produto não cumpre metade ou até nenhuma. A falta de fiscalização mais uma vez apenas beneficia as marcas baratas.” Pelo mesmo diapasão afina Manuel da Fonseca quando refere que “não é suficiente, dadas as caraterísticas que vemos em alguns lubrificantes disponíveis no mercado.” Para Stephen Ainslie da Miller Oils, “a dificuldade na fiscalização no setor também deriva da falta de normalização sobre várias características dos lubrificantes. A contrafação é um problema que é fortalecido com o recurso às vendas online.”

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Nas palavras de Catarina Bastos, diretora de marketing da Spinerg/Shell, “é uma ameaça latente a contrafação de lubrificantes, bem como a venda de lubrificantes não declaradas e que fazem parte do mercado paralelo. Um estudo da Kline feito em 2014 dizia que esse mercado rondava os 4%. As nossas preocupações têm estado centradas na fiscalização e responsabilização dos operadores que desenvolvem estas atividades ilícitas e que prejudicam gravemente o consumidor final, bem como o mercado como um todo." FORMAÇÃO DAS OFICINAS É ESSENCIAL? Olhando para aquilo que sucede hoje no mercado, o foco das oficinas e dos clientes passou da qualidade para o preço, sendo esse o fator determinante na escolha da maioria. E se no caso da fiscalização há muito a fazer para erradicar do mercado os produtos falsificados, mal rotulados e outros, a formação das oficinas também é necessário. Para Catarina Bastos, “creio que existe um pouco de tudo em termos de perfil de compra. É certo que o mercado passou a estar mais orientado para o preço durante a crise, quando anteriormente existia uma orientação para o

valor. É agora nosso papel disponibilizar informação aos clientes para poderem tomar decisões acertadas. Claro que há clientes com a visão imediatista do negócio e que se preocupam apenas com o lucro rápido e fácil. Para esses também temos uma gama de produtos.” No caso do Lubrigrupo e na voz de Marco Pacheco, administrador e responsável comercial, consideram que “apesar de esclarecidos, uma grande fatia dos profissionais ainda faz a escolha exclusivamente pelo preço, em parte, infelizmente, devido à dificuldade económica de algumas empresas. No entanto, pensamos que a tendência é para desaparecer a breve prazo, uma vez que a sua falta de qualidade coloca em causa o funcionamento dos automóveis e por consequência, o bom nome da oficina. Num outro patamar, verificamos também a existência de distribuidores não autorizados que colocam no mercado lubrificantes com a imagem de marcas conceituadas, cujo conteúdo é questionável, atendendo ao preço que praticam. A presença destes players, destrói o mercado e o trabalho daqueles que o fazem de boa-fé. Caberá aos profissionais estarem atentos, pois como é sabido, não há almoços grátis.” Já para Paulo Santos da Krautli lembra que “o nosso setor deve ser dos que maiores índices de formação técnico profissional ministrada de forma gratuita têm. No entanto, a capacidade de alguns dos nossos profissionais do sector fazerem uma aplicação adequada do produto, depende de inúmeros fatores como a marca


que vende, facilidade em aceder aos produtos específicos que vai necessitando ao longo da sua normal atividade, os níveis de stock de lubrificantes ativo da sua empresa/rentabilidade do mesmo... E esta situação prende-se não só com o aplicador como igualmente com o revendedor. O fator preço será sempre um fator a ter em linha de conta mas não o mais relevante.” Para Fernando Abrantes, “as pessoas estão cada vez mais esclarecidas sobre a qualidade dos óleos e as diversas opções que existem no mercado, no entanto como anteriormente referido devia apostar-se na formação e na informação detalhada sobre o que são os lubrificantes. Mais referimos que em função da informação que os utilizadores têm ao seu dispor, muitos optam por uma oferta mais económica visto que comparativamente com marcas com as mesmas normas e aprovações ou homologações as diferenças de preço são enormes.” Ricardo Fernandes deixa claro que há necessidade de mais formação anunciado que “a Pador está a preparar várias ações de informação/formação, exatamente para obviar às necessidades de esclarecimento relativamente ao aumento das exigências dos fabricantes de automóveis em matéria de lubrificantes.” No caso de Hugo Brito da Motul, “existe uma parte do mercado de oficinas em rede e premium e oficinas de qualidade e que felizmente é onde temos a nossa maior quota de mercado segundo o ultimo estudo da GIPA, que está informada, sabe o que utilizar e o factor de decisão principal não é o preço. No entanto, uma fatia importante do mercado (e não só no aftermarket) não tem formação e não faz mínima ideia da diversidade de lubrificantes completamente distintos que existem e são absolutamente obrigatórios utilizar para evitar avarias.” Uma das empresas que mais aposta na formação é a AD Portugal e pela voz de Manuel da Fonseca, diretor de marketing e de comunicação, percebemos que “o Grupo AD Portugal faz um grande enfoque na formação técnica de lubrificantes aos seus clientes. Só assim se podem prestar um serviço de qualidade aos seus clientes, pelo que notamos que muitas vezes já nos pedem informação sobre o lubrificante que devem usar para uma determinada aplicação. No entanto ainda assistimos a negociações sobre o preço de determinados lubrificantes.” Muitas oficinas têm dificuldade em “em explicar as diferenças entre lubrificantes de qualidade e outros com características inferiores” diz-nos Stephen Ainslie da Miller Oils, confessando que “na generalidade, o fator mais importante é, efetivamente, o preço.” Pedro Batalha da EuroTyre diz que “existem diferenças consoante o profissional da oficina e também é verdade que é complicado a oficina ter e entender tantos tipos específicos de lubrificantes.” /


DOSSIER

LUBRIFICANTES

VASTA OFERTA O mercado de lubrificantes carateriza-se por uma elevada frequência no lançamento de novos produtos, pelas tecnologias mais avançadas e formulações melhoradas. A oferta é vasta e vai sendo alargada com o aparecimento de novos players. De seguida, apresentamos as principais novidades das marcas de lubrificantes comercializadas em Portugal TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

AD PORTUGAL - SUNOCO O Grupo AD Portugal comercializa os lubrificantes das marcas AD e Sunoco, que se complementam e permitem cobrir quase todo o mercado, quer seja em óleos de motor, ATF’s caixas e diferenciais. De acordo com Manuel da Fonseca, diretor de marketing e comunicação do Grupo AD Portugal, o lubrificante mais vendido no nosso país continua a ser o 10W40, “mas nota-se um crescimento sustentado dos lubrificantes para filtros de partículas (ACEA Cx) e de outros para a Ford e Grupo Volkswagen”. As principais apostas ao nível da gama AD vão para os novos HSD 0W20, SPC 0W30 e SFA 5W20. No respeitante à marca Sunoco, as principais novidades consistem nos lubrificantes Synturo Crown 0W16, Synturo Brilliant V 0W20 e 0W30 (Volvo), além do no Synturo Excel 10W60, que cumpre os requisitos da BMW M Series. A gama será reforçada em breve com a introdução de novos óleos com as especificações VW 508 e 509. EUROTYRE A Eurotyre comercializa toda a gama de lubrificantes das marcas Eurotyre, Fuchs e Petronas, para veículos ligeiros, pesados e agricultura. Segundo Pedro Batalha, gestor de produto, a evolução tecnológica constitui um desafio para as oficinas, uma vez que cada fabricante desenvolve o seu próprio lubrificante, obrigando a ter mais produtos diferentes para conseguirem responder às necessidades do parque automóvel. A Eurotyre desenvolveu uma linha de lubrificantes ATF, que irá começar a comercializar brevemente. O produto mais vendido no ano passado foi o lubrificante específico para o Grupo Volkswagen. FUCHS A Fuchs é um dos principais fabricantes mundiais de lubrificantes e produtos químicos de

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processo, sendo o fornecedor maioritário em muitos mercados, nos quais desenvolve a sua atividade. Fornecedor de mais de 700 mil toneladas de lubrificantes no mundo inteiro, com vocação global, combina a presença nos mercados mundiais e a proximidade com os clientes. No mercado nacional, a marca alemã comercializa lubrificantes para motores (ligeiros, pesados e maquinaria), para caixas de velocidades e diferenciais, para transmissões automáticas e de dupla embraiagem, para maquinaria agrícola, para equipamento ferroviário, para motores marítimos, para veículos de duas rodas e sistemas hidráulicos, assim como massas lubrificantes, fluidos anticongelantes, fluidos de travões e lubrificantes biodegradáveis. “A marca ‘chapéu’ que comercializamos é a Fuchs”, refere João Oliveira, gestor de produto. Aquela suporta as restantes: Titan (produtos para motores, caixas, diferenciais e transmissões automáticas), Pentosin (transmissões automáticas), Agrifarm (produtos para maquinaria agrícola), Maintan (produtos de manutenção, Renolin (fluidos hidráulicos), Renolit (massa lubrificantes) e Planto (lubrificantes biodegradáveis). Os produtos mais vendidos em 2016 foram os lubrificantes para motores com maior volume na graduação SAE 10W-40 e SAE 15W40, embora se tenha assistido a um elevado crescimento na procura de lubrificantes para motores de veículos equipados com filtros de partículas, quer em ligeiros, quer em pesados. As principais novidades para este ano consistem no lançamento de novos produtos na linha de lubrificantes para motores Titan – GT1 Longlife IV SAE 0W20 (com aprovação VW), GT1 LL-12 FE SAE 0W30 (com aprovação BMW Longlife-12 FE), GT1 Pro 229.6 SAE 5W30 (com aprovação MB-Approval 229.6), Supersyn F Eco-FE SAE 0W30, com nova aprovação Ford M2C950-A), Cargo LA SAE 5W30 e SAE 10W40 (recomendado para alguns modelos recentes


de veículos pesados, equipados com filtros de partículas. A Fuchs está ainda a lançar uma nova linha Pentosin com produtos para transmissões de dupla embraiagem. KRAUTLI - VALVOLINE Com uma gama de produtos bastante abrangente, a Valvoline tem vindo a desenvolver soluções mais evoluídas e resistentes que permitem reduzir o consumo de combustíveis fósseis. Entre os produtos comercializados destacam-se os lubrificantes da gama NextGen, os quais, segundo Paulo Santos, brand manager Valvoline, apresentam uma “qualidade igual ou superior aos de primeiro refino, uma vez que recorremos a óleos de elevada qualidade, preferencialmente de bases sintéticas”. O responsável entende que para as aplicações mais comuns, “do ponto de vista das bases”, as nossas soluções são de desempenho bastante superior, em especial nos produtos 10W-40 e 15W-40”. O óleo de motor 10W-40, destinado a veículos ligeiros, foi o mais vendido pela Valvoline em Portugal no ano passado. Entre as novidades a serem introduzidas no catálogo da marca, Paulo Santos aponta o lançamento de “inúmeros produtos destinados a viaturas mais recentes com tecnologia híbrida e convencional com baixos níveis de viscosidade: 0W-20, 5W-20 e 0W-30”. O responsável adianta que a gama de fluidos para caixas automáticas também tem sido fortemente ampliada. LEIRILIS - MOTUL A Leirilis comercializa os produtos da Motul, marca que se carateriza pela procura constante dos produtos mais inova-

dores, eficazes e com a melhor performance. Estes lubrificantes são fabricados com bases 100% sintéticas e estão homologadas pelos fabricantes de automóveis. Como novidade, Ana Rita Soares, do departamento de marketing da Leirilis, destaca a gama de lubrificantes para veículos híbridos. “Constituída por quatro produtos, a gama da Motul destina-se especificamente ao segmento dos automóveis híbridos equipados com motores a gasolina”, salienta. “Os quatro produtos são integralmente sintéticos e específicos para a tecnologia híbrida, apresentando graus de viscosidade extremamente baixos (SAE 0W12 e SAE 0W8), contribuindo para uma extraordinária poupança de combustível”. Como vantagens adicionais aponta o “excelente arranque a frio e a resposta do motor a baixas temperaturas, além do baixo consumo de óleo sem quaisquer compromissos em termos de limpeza do motor e durabilidade do óleo, sendo igualmente compatíveis com os conversores catalíticos”. A Motul reivindica ser pioneira no desenvolvimento e comercialização de óleos de motor com viscosidades SAE 0W8 e 0W12, que se encontram disponíveis em recipientes de um litro, quatro litros, 20 litros e 208 litros. O Hybrid 0W20 inclui certificações API SNRC (Resource Conserving) e ILSAC GF-5, enquanto o Hybrid 0W16 dispõe de certificação API SN. Enquanto os veículos híbridos não ganham maior expressão mo mercado automóvel, o produto mais vendido no ano passado foi o lubrificante 4100 Turbolight 10W40. Trata-se de um óleo lubrificante de Technosynthese para motores diesel sobrealimentados de quatro tempos com injeção direta ou sistema clássico de injeção a gasolina, com sistema catalítico de eliminação de resíduos. É recomendado para todo o tipo de motores a gasolina, a gasóleo e GPL. LUBRIGRUPO - MOBIL Distribuída pela Lubrigrupo, a Mobil disponibiliza todo o tipo de lubrificantes para o setor dos ligeiros, frotas mistas, pesados e indústria. Segundo Marco Pacheco, administrador e responsável comercial da Lubrigrupo, “os nossos lubrificantes são todos certificados e têm a garantia de qualidade emitida pela ExxonMobil”, adiantando que essa “é a forma mais eficaz de proporcionar o melhor desempenho ao automóvel e garantir a satisfação do cliente”. O produto mais vendido no ano passado foi o Mobil 1 ESP Formula 5W-30, um lubrificante “faz tudo” e “bastante abrangente”, que tem aprovações da Mercedes, Volkswagen, BMW, Grupo PSA, Porsche, Chrysler, entre outras.

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LUBRIFICANTES

Juntamente com os produtos Mobil Super 3000 XE 5W-30, Mobil Super 3000 Formula R 5W-30, Mobil Super 3000 Formula FE 5W30 e Mobil Super 3000 X1 5W-40, este lubrificante integra a lista dos cinco produtos mais vendidos pela Lubrigrupo, respondendo a 95% das exigências do nosso mercado. “São cinco produtos que racionalizam o stock das oficinas”, confirma Marco Pacheco. Entre as principais novidades para este ano, o responsável destaca a inclusão da aprovação Mercedes-Benz 229.52 no lubrificante Mobil Super 3000 XE 5W30, um requisito especialmente desenvolvido para os novos motores BlueTec Euro 6 MB OM 642. Outro destaque está relacionado com a alteração gradual que está a ocorrer na denominação de dois lubrificantes, que no caso é o Mobil 1 New Life 0W-40 e o Mobil 1 Peak Life 5W50, que serão substituídos, respetivamente, pelo Mobil 1 FS 0W-40 e Mobil FS X1 5W-50. “As aprovações destes lubrificantes manter-se-ão inalteradas”, garante o responsável comercial do Lubrigrupo. MILLERS OILS Fabricante independente e altamente inovador, de óleos avançados e tratamentos de combustível, a Millers Olis é responsável pelo desenvolvimento da nanotecnologia para os lubrificantes – denominada “Nanodrive” – e tem um histórico de fornecimento de soluções de alta tecnologia para muitas marcas conhecidas. A gama de produtos abrange gamas tão diversas como Automóvel, Competição, Clássicos, Agricultura e Pesados, além de uma extensa variedade de produtos indicados para aplicações industriais. De acordo com Stephen Ainslie, responsável técnico da Millers Oils, as gamas mais representativas são a “Premium”, que abrange todos os lubrificantes de motor e caixa de velocidades “com as especificações mais modernas e com as melhores tecnologias”, adiantando que “inclui a gama com Nanodrive, que tem a designação de EE (Energy Efficient)”. A gama Trident foi concebida para utilização em oficinas. A gama Classic destina-se a viaturas anteriores a 1990, que está disponível em embalagens do tipo “latas de coleção”. A gama de competição possui caraterísticas especiais para utilização na competição automóvel e todos os lubrificantes desta gama usam a Nanodrive. A marca dispõe ainda de uma vasta gama de lubrificantes para pesados com e sem Nanodrive. O produto mais vendido pela marca no ano passado foi o EE Longlife 5W40, que é um lubrificante totalmente sintético de alto rendimento, baixo atrito e eficaz para os consumos de combustível.

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REQUISITOS DAS MARCAS Alguns fabricantes de lubrificantes estão a desenvolver produtos que cumprem os requisitos específicos dos fabricantes de automóveis

Entre as novidades para este ano, Stephen Ainslie destaca “todos os lubrificantes com Nanodrive”, que reduzem o atrito. “Para os lubrificantes na gama EE, esta caraterística é aproveitada para reduzir os consumos de combustível e, no caso da competição, retiramos mais potência dos motores”, explica o responsável técnico da Millers Oils. “Toda a gama de aditivos para gasolina e gasóleo são uma parte muito importante do nosso catálogo em constante expansão. Como muitas viaturas modernas vêm equipadas com caixas de velocidades automáticas e de diversos tipos, esta é uma gama em expansão. Neste momento, temos dez tipos diferentes na gama Millermatic”, adianta. PADOR A marca Pador foi desenvolvida tendo, como referência, um posicionamento inovador nos mercados em que opera. Esta marca, que se expressa no mercado com produtos e serviços, disponibiliza lubrificantes próprios para ligeiros e pesados. “No mais estrito cumprimento das normas que os fabricantes preconizam, a Pador não utiliza, total ou parcialmente, qualquer óleo reciclado na produção da sua gama de produtos”, esclarece Ricardo Fernandes, gestor de produto da Pador.

OS LUBRIFICANTES MAIS VENDIDOS SÃO SAE 10W-40 E SAE 15W-40, EMBORA SE ASSISTA A UM AUMENTO DA PROCURA DE ÓLEOS DE VISCOSIDADES MAIS BAIXAS PARA OS HÍBRIDOS

Os produtos mais vendidos pela marca em 2016 foram os óleos lubrificantes 5W30, que foram especialmente formulados para a nova geração de motores. Entre as novidades lançadas este ano, Ricardo Fernandes destaca a introdução dos lubrificantes para pesados, nomeadamente o Pador 15W40 Eco Quality Truck, em recipientes de 208 litros. “Sendo um lubrificante de base mineral possui uma fórmula adequada para veículos pesados e industriais equipados com motores diesel”, salienta. Para divulgar a marca junto do mercado, a Pador está a preparar várias ações de informação / formação “exatamente para obviar a necessidade de esclarecimento relativamente ao aumento das exigências dos fabricantes de automóveis em matéria de lubrificantes”, adianta o responsável.


SPINERG - SHELL Distribuidora dos lubrificantes Shell em Portugal, a Spinerg detém um portefólio de produtos com diversas gamas que respondem às necessidades dos diversos setores de atividade. “Temos gamas dirigidas ao segmento automóvel (ligeiro e pesados) e industrial”, salienta Catarina Bastos, diretora de marketing da Spinerg. Os lubrificantes da Shell adotam a tecnologia GTL (Gas to Liquid), que permite converter gás natural num óleo base sintético, isento de enxofre e azoto, de elevada qualidade e totalmente cristalino. “Este óleo base é utilizado nos lubrificantes Automotive, que têm a referência Shell Pure Plus, bem como em várias gamas industriais”, afirma a responsável, acrescentando que se trata de “um passo determinante para o futuro da indústria dos lubrificantes, empurrando as fronteiras da inovação e ciência para um outro patamar, onde a marca está praticamente sozinha”. Segundo a Spinerg, a tecnologia GTL, incorporada nos lubrificantes Shell, proporcionam benefícios para os consumidores, incluindo uma poupança no consumo de combustível que pode chegar até aos 3% devido a uma formulação que associa uma baixa viscosidade e um baixo coeficiente de fricção, um menor

consumo de óleo, um desempenho melhor a temperaturas extremas e uma elevada proteção contra os depósitos. De acordo com Catarina Bastos, o catálogo da Shell para o segmento automóvel é “vasto e permite encontrar o lubrificante certo para a grande maioria dos motores / equipamentos”. Este ano, alguns produtos da gama Shell Helix irão ser reformulados para proporcionar melhores desempenhos e cumprirem as mais recentes normas dos fabricantes”. De referir que um dos produtos mais vendidos em 2016 foi o Shell Helix Ultra ECT C3 5W-30, um lubrificante com tecnologia compatível com o tratamento de emissões de gases de escape, assegurando a limpeza dos filtros de partículas. TRUSACO S.L. A Trusaco S.L. representa no mercado nacional as marcas MT, Winner e Kronn, que disponibilizam óleos de motor para ligeiros e pesados, fluidos de engrenagens, fluidos hidráulicos, lubrificantes para máquinas agrícolas, lubrificantes para motos e para o setor da indústria, massas lubrificantes. “Temos estado em constante desenvolvimento de produtos novos para satisfazer as exigências do mercado e mostrar aos nossos que podem contar connosco para o futuro”, afirma Fernando Abrantes, Portugal

Business Manager da Trusaco S.L. “Estamos atentos e em sintonia com o mercado, dando inclusive muita atenção ao setor da indústria, onde estamos com forte crescimento através de uma fábrica de Saragoça e que faz parte do Grupo Trusaco. De acordo com Fernando Abrantes, o produto mais vendido em 2016 foi o “lubrificante de motor 10W40, no entanto notamos um crescimento e uma tendência para que o 5W40 seja o substituto desta referência a curto prazo”. Segundo o responsável, trata-se de um lubrificante multigraduado, que oferece um excelente resultado a frio, com um arranque mais fácil e uma redução do desgaste do motor. A Trusaco S.L. introduziu um novo catálogo para dar a conhecer ao mercado a gama completa de produtos Automotive. O responsável de mercado salienta que dos 150 produtos que compõem o catalogo, 30 são novos. “Atualmente, passamos a ter cerca de mil referências com a marca MT”, acrescenta. Entre as novidades, Fernando Abrantes destaca os lubrificantes para viaturas ligeiras híbridas 0W20, 5W20 e 5W30, os lubrificantes para pesados com a graduação SAE 5W30 e as normas E4, E6 e E7, assim como lubrificantes para engrenagens, caixas de velocidades e massas lubrificantes. /

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DOSSIER

LUBRIFICANTES

A TECNOLOGIA LUBRIFICANTE

TECNOLOGIA LÍQUIDA Os lubrificantes são cada vez mais pura tecnologia que ajuda no combate às emissões

Cada vez há mais necessidade de se preservar o ambiente e com as novas normas, cada vez mais exigentes, de anti-poluição automóvel os lubrificantes têm que acompanhar esta tendência, sendo vastos os seus usos. TEXTO PEDRO NUNES

A

ntes de mais, relembremos o que é um lubrificante: os lubrificantes são compostos colocados entre duas superfícies com tendência ao desgaste para as proteger, podendo estar em estado sólido ou líquido, e permitindo um aumento significativo na vida útil dos elementos. Para além da proteção contra o desgaste, os lubrificantes auxiliam no controlo da temperatura, na oxidação e podem

ter a função de transmitir força (como por exemplo no conversor de binário das caixas de velocidades). São os motores os mais exigentes, já não basta verificar a viscosidade temos que ter em atenção várias especificações, como por exemplo as classificações segundo a qualidade dos óleos: - Classificação europeia ACEA (Associação dos Construtores Europeus Automóvel) que caracteriza o óleo, com letras para os diferentes tipos de motor (A - Motores a gasolina de veículos ligeiros; B - Motores Diesel de veículos ligeiros e comerciais; C - Motores diesel

com filtros de partículas de veículos ligeiros; E - Motores Diesel de veículos Pesados.), sub-caracterizando cada letra por números (A1,B4,C3,E6…).

SOGILUB - TRATAR OS ÓLEOS USADOS Todas as entidades, empresas ou particulares, de cuja atividade resultem óleos usados, devem cumprir com as boas práticas de manuseamento e entrega-los ao operador contratualizado para a gestão dos mesmos como obriga a lei. Os óleos, após a sua utilização, são classificados como resíduos perigosos porque são inflamáveis e podem estar contaminados com metais pesados (cádmio, crómio e chumbo). Por isso são considerados como “resíduos perigosos” e a sua gestão está legislada através do Art. 2º DL 153/20003. Diz lá o articulado, alterado pelo DL 73/2011, que

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“os produtores de óleos usados (i.e. oficinas e outras empresas do qual resultem óleos usados denominados Prou) são responsáveis pela sua correta armazenagem e encaminhamento para o circuito de gestão (…).” A única entidade licenciada para gerir o Sigou (Sistema Integrado de Óleos Usados) é a Sogilub, sendo os Prou’s obrigados por lei a entregar os óleos usados à Sogilub. Empresas que digam ser licenciadas para fazer a recolha de óleos usados, não o são á luz da lei e por isso devem ser denunciadas. O Prou deve armazenar o óleo usado em condições em recipiente

próprio – Bacia de Retenção feita em alvenaria, plástico ou metálica e condições de acesso do camião Ecolub para fazer a recolha do óleo usado – cumprindo todas as normas de segurança e ambiente em vigor. Não pode entregar o óleo usado em bidons ou outros reservatórios, pois só as Bacias de Retenção e os camiões cisterna da Sogilub podem transportar os óleos usados dos Prou. E estes são responsáveis por encaminhar os óleos usados para a Sogilub. Os óleos usados são classificados como resíduos perigosos, de acordo com a legislação em vigor, pois contêm inúmeros

produtos perigosos que induzem graves riscos para a saúde e para o ambiente. Por isso, o óleo lubrificante usado tem um impacte ambiental muito grande. Apenas um litro de óleo é suficiente para contaminar 1.000.000 litros de água, ou seja, o equivalente a meia piscina olímpica e 5 litros de óleo lubrificante (dos que se utilizam nos automóveis), se for despejado sobre um lago, por exemplo, seria suficiente para cobrir uma superfície de 5.000 m² com um filme oleoso, danificando gravemente o desenvolvimento da vida aquática, além da bioacumulação de metais pesados! Os óleos lubrificantes

usados não se dissolvem na água e não são biodegradáveis. Formam películas impermeáveis que impedem a passagem do oxigénio e destroem a vida, tanto na água como no solo e espalham substâncias tóxicas que podem ser ingeridas pelos seres humanos de forma direta ou indireta. Quando presente no solo grande parte acaba por ser lixiviado pelas águas da chuva e termina num curso de água ou aquífero. É fundamental garantir a sua recolha e entrega de modo a garantir o seu tratamento e valorização em condições ambientalmente adequadas.


Classificação API (American Petroleum Institute) divide em duas categorias os óleos de motor sendo o S para motores a gasolina (Spark), o C para motores diesel (Compression) PUBLICIDADE

e por fim para caixa de velocidades o GL, (Gear Lubrificant). São ainda classificados por geração com uma segunda letra, sendo as mais recentes API SM, API CJ e API GL-6. E a classificação segundo a viscosidade dos óleos: Classif icação SA E (Sociedade dos Engenheiros Automóveis dos Estados Unidos), que é indicada por um número. Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante. (Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE 20W-40, 20W-50, 15W-50, sendo o W proveniente do inglês Winter (inverno) Base do óleo que pode ser mineral, sintética ou semissintética Para além destas especificações deveremos prestar atenção às especificações dos vários construtores automóveis, onde no pós-venda os reparadores quase sempre são multimarca os cuidados terão que ser redobrados, pois um óleo apenas com a especificação VW 501 00 (especificação dos automóveis do grupo Volkswagen) não será adequado para um motor Peugeot, embora a viscosidade seja a mesma para os dois motores. Cada vez mais os ambientalistas forçam a industria automóvel a ser mais “limpa” impondo normas de anti-poluição apertadas e para este combate os construtores diminuíram a utilização de óleo de motor existindo motores

com apenas a utilização de 3L e ainda a presença dos óleos específicos para viaturas com filtros de partículas que só podem ser lubrificados pelos óleos com especificação ACEA C1/C2/C3 (conforme marca e modelo). Estes 3 tipos de óleo variam na concentração de cinzas sulfatadas (produto de materiais incombustíveis contidos no óleo) e em HTHS (alta temperatura, alto cisalhamento; um óleo com baixo HTHS a 150º tem uma menor viscosidade que um óleo com elevado HTHS). Um óleo com um valor elevado de cinzas sulfatadas danifica o filtro de partículas causando o seu estrangulamento. Por isso, devemos ter em grande atenção qual o óleo a ser utilizado nos diferentes motores. Ainda como complemento, existem outros tipos de lubrificantes não menos importantes para o funcionamento correto do veículo, como por exemplo as massas grafitadas (boa ação de vedação e proteção contra a corrosão com excelente resistência a pó, sujidade e água) e cobreada (altamente lubrificante, anticorrosiva, extremamente resistente a altas temperaturas e altas pressões). Como podemos ver, os lubrificantes são cada vez mais amigos do ambiente e requerem uma aplicação correta seguindo as normas do construtor, não podendo ser usado o mesmo lubrificante como um lubrificante “universal”. /


DOSSIER

LUBRIFICANTES

OPERAÇÃO IBÉRICA O CEO da Mewa España, Karl Stephan Schneider, pretende entrar no mercado português ainda este ano

MEWA ESPAÑA QUER ABRIR DELEGAÇÃO EM PORTUGAL Karl Stephan Schneider, CEO da Mewa España, revelou o desejo da organização ampliar a sua operação, chegando a Portugal ainda em 2017 com o seu conceito inovador de têxtil ecológico TEXTO TALLERES EN COMUNICACION

A

tualmente a operar em 13 países, o futuro da empresa de aluguer de produtos têxteis ecológicos passa por Portugal. Em entrevista à revista espanhola “Talleres en Comunicacion”, Karl Stephan Schneider CEO da Mewa, explicou aspetos do negócio e especificidades do seu serviço e deixou claro que Portugal está na rota da empresa. Sobre a recetividade das oficinas em relação ao aluguer de produtos amigos do ambiente, Karl Stephan Schneider lembra que “em primeiro lugar, o serviço da Mewa adapta-se ao cliente e não o contrário!” Depois, sustenta que o serviço da Mewa, depois de ser adjudicado “pode ser reajustado a qualquer momento conforme o volume de produto e negócio. É completamen-

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te flexível e, desta forma, permite ter controlo dos custos desde o início do processo, ao contrário do sistema de compra que muitas vezes requer intervenções contínuas que invariavelmente fogem ao nosso controlo”. No âmbito da sua oferta, para além do aluguer de materiais, a Mewa disponibiliza soluções de logística e armazenamento. De acordo com o Karl Stephen Schneider, “a nossa organização assume 100% das despesas de entrega, armazenamento e conservação dos materiais que incluem lavagem e substituição.” Mas ainda mais relevante, porque oferece poupanças relevantes para as oficinas, a Mewa assume a supervisão do processo, incluindo a gestão dos resíduos perigosos, evitando sanções e coimas por má gestão dessas sustâncias. Para os responsáveis da empresa, o crescimento da mentalidade ecológica entre profissionais do sector é evidente e nesse sentido a Mewa dis-

ponibiliza uma gama de produtos “limpa e respeitadora” que, segundo diz o seu responsável máximo, “satisfaz facilmente qualquer responsável que procure um serviço amigo do ambiente”. Dentro desta gama encontram-se produtos como as esteiras de retenção de óleo Multitex, uma solução renovável para os sectores constantemente sujeitos a fugas de líquidos oleosos e aquosos, o limpador de peças Biocircle, que renuncia totalmente a solventes, ou os panos de limpeza ecológicos disponíveis em diferentes qualidades conforme a necessidade do cliente. Karl Stephen Schneider é claro quando refere que “a preocupação ambiental partilhada por Espanha e Portugal foi decisiva para tomar a decisão de entrar no mercado português” lembrando que “a mentalidade e a legislação ambiental em Espanha” alavancou os bons resultados da empresa em 2016, cuja faturação foi de 9 milhões de euros. /



NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS

CONTINENTAL

E-HORIZON COM FUNÇÕES ALARGADAS

S

egundo um estudo realizado em Portugal pela Continental, 92% dos condutores inquiridos preocupa-se com a segurança rodoviária quando as condições meteorológicas são adversas à condução. O estudo foi elaborado no âmbito do projeto Visão Zero Acidentes da Continental, e tinha como principais objetivos compreender as atitudes dos condutores portugueses em relação à segurança rodoviária e o comportamento de condução dos portugueses.

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O sistema eHorizon da Continental faz a utilização avançada de dados de navegação para controlar sistemas de veículos, de forma a permitir uma navegação inteligente e segura. O objetivo é informar antecipadamente os condutores sobre as condições de trânsito para aumentar a segurança, comodidade e eficácia. Os veículos equipados com o novo eHorizon. Weather recebem informações meteorológicas exatas para otimizar previsões a curto prazo e integram dados meteorológicos em tempo real para uma localização específica, alertando antecipadamente os condutores sobre condições meteorológicas desfavoráveis.

A Continental está a trabalhar neste projeto em parceria com o Météo-France e está atualmente a testar o eHorizon.Weather em mais de 200 veículos em França, para adaptar e melhorar a tecnologia através do feedback dado pelos utilizadores. “Em conjunto com o Météo-France, estamos a trabalhar numa variedade de serviços de mobilidade para mais segurança, eficiência e comodidade”, explicou Jean-Yves Le-Gall, Diretor de Design & Inovação na Divisão de Interiores da Continental. A tecnologia utiliza a arquitetura de veículo conectado já existente, tal como sensores no


METEOROLOGIA EM TEMPO REAL O sistema eHorizon, desenvolvido pela Continental, fornece informação meteorológica em tempo real, aumentando a segurança para os condutores, graças aos alertas de mau tempo. Os testes já começaram

limpa para-brisas, faróis de nevoeiro ou ABS e ESP para obter dados sobre a temperatura, pressão do ar e visibilidade ou informações sobre o estado das estradas. Estes dados são, então, carregados na plataforma da Continental através de unidades telemáticas integradas e depois processados pelo Météo-France. Os avisos chegam aos condutores com a ajuda de um mapa rodoviário interativo que inclui informação relevante sobre segurança, bem como outras informações, tais como locais de interesse. Num interface homem-máquina, os condutores são informados sobre as condições da via não só de uma forma visual, mas também de uma forma acústica, através de um alerta de voz. Isto assegura que a informação chega antecipadamente aos condutores, para que possam adaptar o seu estilo de condução a condições meteorológicas como chuva forte, neve, tempestades ou estradas com gelo. Simultaneamente, podem reconhecer as instruções dadas pelo mapa rodoviário interativo ou dar “luz verde” depois de ter sido ultrapassado o troço a que dizia respeito o aviso meteorológico. /


NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS DELPHI

EMPRESA AUTÓNOMA DE POWERTRAIN SYSTEMS

A

Delphi Automotive decidiu autonomizar a sua área de negócio de Powertrain Systems com a criação de uma nova empresa independente. A conclusão desta separação deverá estar concluída até março de 2018 e os acionistas da Delphi possuirão ações de ambas as empresas. Segundo o presidente e diretor executivo da Delphi, Kevin Clark, este anúncio “representa uma empolgante oportunidade para os nossos negócios, ao criar duas empresas independentes, cada uma com um foco distinto em produtos, um modelo de negócio comprovado e a flexibilidade de perseguir investimentos acelerados em tecnologias avançadas que resolvem os desafios mais complexos dos nossos clientes”. O responsável acrescentou que esta separação permitirá “que cada empresa foque ainda mais definidamente nas suas oportunidades exclusivas”, continuando a desenvolver as melhores tecnologias avançadas. A convergência de tecnologias para apoiar as megatendências da indústria está a originar uma maior procura de avançados sistemas eletrónicos para responder às pre-

BILSTEIN ADQUIRE KM AUTO A Ferdinand Bilstein adquiriu a totalidade do capital da empresa alemã KM Auto Technik Kary + Mangler, especializada em embraiagens para veículos europeus. A liderança do desenvolvimento estratégico da KM foi assumida pelos diretores gerais da Ferdinand Bilstein,Karsten Schüssler-

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ferências do cliente por mais segurança, eficiência e conectividade. Ao mesmo tempo, as regulações para emissões e economia de combustível estão a tornar-se cada vez mais rígidas globalmente, exigindo avançados sistemas de gestão dos motores e dos sistemas eletrónicos para melhorar o desempenho dos veículos e responder à procura dos clientes. A Delphi reivindica que a Powertrain é líder mundial na tecnologia de sistemas de propulsão de veículos. A empresa é uma fornecedora global para fabricantes de equipamentos originais e clientes de após-venda com 20 mil funcionários em todo o mundo, cinco mil engenheiros e receitas de aproximadamente 4,5 mil milhões de dólares em 2016. Timothy Manganello, atualmente um diretor independente na Delphi, irá assumir o cargo de presidente não executivo da empresa Powertrain no momento da separação. Manganello foi recentemente o presidente da direção e diretor executivo da BorgWarner, Inc. Liam Butterworth, atualmente vice-presidente sénior e presidente da Powertrain Systems irá ser o presidente e diretor executivo da nova entidade. /

Bilstein e Jan Siekermann. No âmbito desta operação, a marca KM vai ser integrada no portefólio do bilstein group, juntando-se às outras marcas do grupo, a febi car, febi truck, SWAG e Blue Print. O processo deverá estar concluído em 2018. “A KM é uma marca bem-sucedida no âmbito da tecnologia para embraiagens. Esta integração no bilstein group permitirá oferecer uma gama ainda mais alargada de peças a todos os clientes. Os clientes e parceiros usufruirão ainda dos serviços do grupo”, sublinham os responsáveis.

FEDERAL-MOGUL CRIA MARCA MOOG A Federal-Mogul Motorparts desenvolveu uma marca específica para o programa de apoio ao cliente, a Moog, que inclui atualizações técnicas periódicas dos produtos de direção, suspensão e rolamentos da marca norte-americana. “Oferecer produtos de qualidade OE aos nossos clientes tem de ser acompanhado por um elevado nível de apoio e serviço”, afirma Paul Tersi, Brand Manager Chassis Parts, Federal-Mogul Motorparts, EMEA. “Esse é o motivo que nos levou a

investir num programa de longo prazo que permite a obtenção pelos técnicos de apoio nas áreas de direção, suspensão e rolamentos, sempre que seja necessário”. A primeira entrega do programa de apoio da Moog inclui dois vídeos. O primeiro oferece um guia “How to” de instalação e informação de melhorias de produto sobre rótulas, incluindo informação como evitar o desgaste por abrasão e a corrosão, enquanto o segundo vídeo fornece conselhos sobre alinhamento de rodas. Ambos os vídeos estão disponíveis no canal de YouTube da Moog Parts.


HELLA COMBATE PIRATARIA A Hella integra a Comissão Antipirataria do Automóvel (CAPA) e como membro ativo apoia a luta contra a pirataria, assim como todas as ações implementadas para erradicar a fraude e o engano ao consumidor. Em Espanha, a Hella tem apoiado várias ações da CAPA para o combate à pirataria de software para equipamentos de diagnóstico. Em Espanha estão em curso mais de 28 processos judiciais por presumíveis delitos contra a propriedade intelectual e industrial.


NOTÍCIAS

INTERNACIONAIS GLASURIT

DELAHAYE 87 EM DESTAQUE NA TECHNO-CLASSICA

A

Glasurit apresentou um Delahaye 87 de 1924 na Techno-Classica, o maior salão europeu de clássicos, que decorreu na cidade alemã de Essen. O fabricante de tintas aproveitou a ocasião para demonstrar algumas técnicas de repintura e produtos que podem ser utilizados para restaurar e reparar peças de coleção. O Delahaye 97 de 1924 foi levado do “Cité de l’Automobile”, o maior museu de carros em Alsace, França, para ser sujeito a uma análise em Münster. A equipa da Glasurit analisou individualmente a superfície, estrutura e composição química das camadas de pintura. Depois de comparar a pintura com as amostras de referência, aproveitou a oportunidade de estar na Techo-Classica para divulgar que o carro era definitivamente original e não uma “farsa”. Além de exibir o Delahaye, a Glasurit apresentou a sua base de dados Color Online que restauradores, proprietários de carros clássicos e outros podem utilizar para encontrar a cor certa para as suas relíquias vintage. Nos veículos cuja cor original já não é reconhecível, a base de dados pode ser particularmente útil, já que oferece mais de 250 000 cores e mais de 600 000 fórmulas de mistura. /

SCHAEFFLER CRESCE EM 2017

SEGUNDA FASE DA CAMPANHA TRW

O gigante alemão fornecedor global de peças para automóveis e indústria conheceu um excelente arranque de 2017. Segundo revela o relatório do primeiro trimestre, a Schaeffler aumentou as receitas em 6,9 por cento face a igual período de 2016. Contas feitas, as receitas do primeiro trimestre foram de 3,6 mil milhões de euros, com a divisão automóvel a registar um aumento das receitas de 8,3 por cento para, aproximadamente, 2,8 mil milhões de euros. Neste caso, o ritmo de crescimento

A ZF lançou a fase mais recente da premiada campanha “Verdadeiros Originais” da TRW. Desta feita, a marca destaca a resistência e durabilidade das suas peças para sistemas de travagem, direção e suspensão destinadas a veículos pesados da linha TRW Proequip. Ao manter o conceito popular da campanha da TRW de apresentar um ‘Verdadeiro Original’, a estrela desta nova história é Erik Larsson, um motorista sueco, que faz entregas no Ártico. A

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foi mais veloz que o mercado que cresceu 4,2%. No cenário macro, o mercado chinês e a forte procura ali registada, foram contribuintes para este relatório trimestral de sucesso ao registar uma subida das receitas de 20,1%. Destaque ainda para a área de negócio de aftermarket automóvel que gerou 11,5% de aumento de receita,um resultado excelente.

campanha de multimédia inclui um vídeo curto e explica como são fabricados os componentes, usando materiais e processos adequados às necessidades dos veículos pesados, e que depois são testados até ao extremo para resistirem às condições mais duras: tudo com o apoio técnico do Grupo ZF. Bahar Freedman, responsável pela estratégia global de Marketing,


GRUPO BOSCH

FORTE CRESCIMENTO

O

grupo Bosch registou 12% de crescimento no primeiro trimestre do ano, e 11 por cento após ajuste nas taxas de câmbio. A empresa alemã, que em 2016 apresentou vendas de 73,1 mil milhões de euros, começa assim a acelerar o passo no sentido de cumprir o objectivo de crescimento que estabeleceu para 2017: 3 a 5%. Em Estugarda, na Alemanha, o grupo alemão anunciou ainda os valores do EBIT, na ordem dos 4,3 mil milhões de euros, e do investimento em investigação e desenvolvimento, que atinge os 7 mil milhões de euros. Em nota à imprensa, a empresa reforçou o seu compromisso com a mobilidade e novas percepções de tecnologia. Volkmar Denner, presidente do Conselho de Administração da Bosch, disse que o sucesso da empresa tem de ser capitalizado para salvaguardar o futuro. Nesse sentido, o CEO pensa que é necessário reinventar a mobilidade em aspectos como a electrificação, a automação, e a conectividade, A Bosch encontra-se já a trabalhar em aproximadamente 300 projectos de emissões em condições reais de condução, cujas práticas vão ajudar a reduzir as emissões de óxido de nitrogénio dos veículos.

referiu que “a popularidade da campanha pode ser diretamente atribuída ao facto de permitir que as pessoas se identifiquem com a paixão que investem nos seus próprios trabalhos e profissões e de verem como o seu contributo individual faz a diferença para o resultado final.” O material publicitário da campanha é dirigido a todos os níveis da cadeia de fornecimento mundial: distribuidores, oficinas e consumidores finais. A campanha foi lançada na Alemanha, Espanha, França, Itália, Polónia, Portugal, Reino Unido, Rússia e Turquia.

ISTOBAL

RENOVAÇÃO DA IMAGEM CORPORATIVA

A

Istobal apresentou a sua nova imagem corporativa no Autoprometec de Bolonha. O grupo valenciano especializado em soluções de lavagem para veículos automóveis refere que esta atualização tem como objetivo apoiar o desenvolvimento do seu plano de negócios e uma estratégia de internacionalização, que está assente no crescimento, na alta tecnologia, na fiabilidade dos seus produtos e proximidade ao consumidor com soluções eficientes e de utilização agradável. “Esta mudança responde à necessidade que o nosso grupo tem de comunicar de forma eficaz a nível internacional, além de aumentar o conhecimento e reconhecimento da marca Istobal entre os nossos clientes, colaboradores e consumidores”, explica Yolanda Tomás, responsável de desenvolvimento de produto e marketing global. Os mercados prioritários são os Estados Unidos, a Itália e a Alemanha.

JUNHO 2017 TURBO OFICINA

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ESPECIALISTA

ENTREVISTA ZF

ZF SERVICES [PRO] TECH A ZF Ibéria aproveitou o Motortech Automechanika Madrid 2017 para lançar o conceito ZF Services [Pro] Tech em Espanha, baseado na Internet

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TURBO OFICINA JUNHO 2017


MIGUEL PÉREZ SCHWARZ ZF IBÉRIA DIRETOR-GERAL

“QUEREMOS APOIAR AS OFICINAS INDEPENDENTES” Com o objetivo de apoiar a atividade das oficinas independentes, possibilitando o acesso a informações técnicas sobre os seus produtos, a ZF criou o conceito ZF Services [pro]Tech TEXTO CARLOS MOURA PEDRO

A

ZF Aftermarket aproveitou a sua participação no Motortech Automechanika Madrid 2017 para lançar o conceito ZF Services [pro]Tech no mercado espanhol. Baseado na Internet, este serviço tem como objetivo apoiar a atividade diária das oficinas, possibilitando o acesso, por exemplo, a instruções de montagem de todos os produtos da ZF Aftermarket, a informações de serviço e/ou campanhas dos fabricantes dos veículos, bem como a uma vasta oferta de programas de formação prática no veículo. Além disso, também proporciona uma resposta personalizada por parte dos técnicos locais da ZF. “O conceito ZF Services [pro]Tech foi lançado na Alemanha há alguns anos e agora está a ser introduzido no mercado espanhol”, explica Miguel Pérez Schwarz, diretor geral da ZF Ibérica, em declarações exclusivas à Turbo Oficina, adiantando que também está prevista a

sua disponibilização no nosso país, embora não tenha adiantado uma data. “O nosso conceito consiste num abandeiramento de oficinas, que até pode ser de outras redes, mas conta sempre com o apoio da ZF Aftermarket”. O responsável acrescenta que este serviço garante todo o apoio às oficinas caso ocorra um problema na montagem de componentes da ZF ou da TRW, sendo assegurado por técnicos especializados e por uma linha telefónica de assistência. De acordo com o entrevistado, a maior complexidade técnica dos automóveis coloca as oficinas independentes numa posição de desvantagem face às oficinas das marcas, uma vez que não têm ao “dispor a mesma informação técnica nem os mais recentes sistemas de diagnóstico dos fabricantes”. Por outro lado, uma oficina independente tem de lidar com um milhar de produtos de substituição oriundos de igual número de fornecedores de componentes, desde embraiagens até sistemas de travagens, passando por amortecedores, caixas de velocidades, elevadores de vidros elétricos, caixas de direção, entre outros. “Os nossos especialistas

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ESPECIALISTA

ENTREVISTA ZF

NOVO RECORDE EM 2017 O diretor-geral da ZF Ibéria, Miguel Pérez Schwarz, acredita que a empresa vai voltar a obter um novo resultado recorde em 2017

RESULTADOS HISTÓRICOS A ZF Ibéria alcançou um resultado recorde em Portugal e Espanha no ano passado, embora Miguel Pérez Schwarz se tenha escusado a avançar com números, adiantando, no entanto, que se tratou de “um elevado crescimento”. O principal contributo teve origem no segmento de embraiagens para ligeiros de passageiros. Para 2017, a empresa espera voltar a “estabelecer um novo recorde”, pois considera que “existem oportunidades no mercado para crescer, não só na unidade de negócio das embraiagens como também das restantes famílias de produtos”. O alargamento da oferta com as gamas da ZF e da TRW “também pode ser uma oportunidade, quer para os clientes, quer para a empresa”, acrescenta e assegura que a “ZF Aftermarket pode assegurar 35% das necessidades de uma oficina”.

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TURBO OFICINA JUNHO 2017

têm de prestar um grande apoio para ajudar as oficinas a selecionarem as peças mais indicadas para os veículos”, refere o diretor geral da ZF Ibéria. “Nós queremos trabalhar com as oficinas, mas o nosso objetivo vai além da venda de peças e componentes, porque, para isso, já existe a rede de distribuição. Como fabricantes de peças trabalhamos as oficinas com conceitos como o ZF Services [pro]Tech. Queremos dar todo o apoio aos nossos produtos e às nossas marcas para que uma oficina tenha ao seu dispor todos os recursos para que possa trabalhar. Uma oficina independente enfrentará muitas dificuldades se não contar com o apoio técnico dos fabricantes de peças e componentes nem formação especializada de produtos como os nossos, que têm um nível tecnológico muito elevado”. PRIORIDADE À FORMAÇÃO No âmbito do ZF Services [pro]Tech, a marca procura igualmente prestar formação às oficinas e, nessa medida, a ZF Aftermarket realiza seis ações por ano. “As oficinas têm de atualizar continuamente os seus conhecimentos. Com a introdução das novas tecnologias e dos novos produtos, as oficinas independentes terão de investir continuamente na formação e na atualização de conhecimentos”. Por outro lado, estas ações também permitem criar uma relação de maior proximidade, a nível técnico com a oficina. “Estamos a trabalhar nessa área e iremos continuar no futuro”, garante o diretor geral da ZF Ibéria. “Pretendemos dinamizar

esta área com mais meios e recursos humanos”. A substituição progressiva dos veículos tradicionais de combustão interna pela nova geração de veículos eletrificados e conectados não deverá constituir uma ameaça para as oficinas independentes porque, segundo Miguel Pérez Schwarz, “vão ter de continuar a assistir”, adiantando que os “componentes a reparar é que não serão os mesmos”. O responsável adverte que o “know-how que uma oficina necessita para fazer intervenções nos veículos também será diferente”. Ao nível dos principais fornecedores e dos canais de distribuição também poderá haver alterações relativamente à situação atual. “Os veículos autónomos e conectados vão ser uma realidade. A oficina tem de pensar nisso e preparar-se para o que aí vem”, salienta o entrevistado. “Os fabricantes conhecem as tendências. O nosso papel é fazer alguma coisa para ajudar as oficinas a enfrentar o futuro”. O responsável adianta que a ZF tem vindo a apostar no desenvolvimento de serviços de telemática, que estabelecem a comunicação entre o veículo e o fabricante, mas salienta que atualmente a prioridade vai para os veículos pesados, designadamente camiões e autocarros. “Como fabricante, a ZF recolhe e fornece um conjunto de dados que permitem a realização de uma manutenção preventiva. Por exemplo, se uma caixa de velocidades automática tiver algum problema e o gestor de frota tiver acesso a essa informação, será possível detetar e reparar a anomalia a tempo”. /



RAIO-X

COMERCIAL DO MÊS

CAPACIDADE DE REBOQUE A nova Isuzu D-Max 4x4 viu aumentada a capacidade de reboque para um máximo de seis toneladas

MAIS COMPETITIVA Marca de referência no universo das pick-ups, a Isuzu tinha uma presença residual no subsegmento das cabinas duplas. O panorama promete mudar com a introdução do novo motor de 1,9 litros TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO

O

segmento das pick-ups registou um crescimento de 23% no mercado nacional no ano passado, refletindo não só o aumento da oferta de produto – praticamente todas as marcas renovaram as suas gamas desde finais de 2015 – como também da procura por parte das empresas, que necessitam de um veículo com capacidade para transportar mercadoria e pessoas em zonas de acesso mais difícil. A prestação da Isuzu, que é uma das marcas históricas neste tipo de viaturas, esteve ligeiramente abaixo do mercado, com um aumento de vendas de apenas 14%. A explicação reside na menor competitividade do seu produto no subsegmento das cabinas duplas.

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TURBO OFICINA JUNHO 2017

A marca acredita que o panorama vai mudar este ano com a introdução da nova D-Max, que está mais ajustada ao enquadramento fiscal do nosso país para este tipo de viaturas. O objetivo para este ano é ambicioso, traduzido num crescimento nas vendas de 39% para um total de 520 unidades, incluindo 270 de cabina dupla (quatro vezes mais do que em 2016). O principal trunfo da marca para alcançar esse objetivo consiste na disponibilização do novo motor turbodiesel que cumpre os limites da norma ambiental Euro 6, recorrendo apenas à tecnologia EGR (recirculação dos gases de escape). Esta solução dispensa a utilização do aditivo AdBlue, que é necessária no sistema SCR (redução catalítica seletiva) nos sistemas de pós-tratamento dos gases de escape adotados pelos principais concorren-

tes. Outra diferença consiste no recurso pela Isuzu a um bloco mais compacto, de 1,9 litros, enquanto a maioria dos concorrentes adota motores com cilindradas entre 2,2 litros e 3,0 litros. Em Portugal, país onde a carga fiscal na aquisição de veículos novos incide sobre a cilindrada, esta diferença proporciona à Isuzu uma vantagem competitiva assinalável, especialmente nas versões de cabina longa e dupla, permitindo à marca disponibilizar mais equipamento de série. No mercado nacional, as versões de cabina dupla da Isuzu D-Max são propostas em variantes de trabalho (L) e de lazer (LS), com tração traseira ou integral. Todas contam com um equipamento de série que privilegia a segurança ativa e passiva, incluindo seis airbags, sistema de anti-bloqueio das rodas (ABS) com sistema


ISUZU D-MAX CABINA DUPLA LS 4X4

PREÇO 37.500 € // MOTOR 4 CIL; 1998 CC; 164 CV; 3600 RPM // BINÁRIO 360 NM // TRANSMISSÃO 4WD (Part time); 6 VEL Man // PESO 1990 kg // COMP./LARG./ALT. 5,29/1,86/1,79 // CONSUMO 7,0 (8,5*) // EMISSÕES CO2 183 G/KM // IUC 52,00€ *As nossas medições

PRESTAÇÕES FORA DE ESTRADA

de distribuição do esforço de travagem (EBD), auxiliar de arranque em subida. No que se refere ao conforto, a nova D-Max disponibiliza o ar condicionado manual, o fecho central de portas e os quatro vidros elétricos. As versões LS, que correspondem à unidade ensaiada, contam ainda com cruise control, retrovisores elétricos retráteis, sistema de áudio de 7”, bancos em tecido e painel de instrumentos eletroluminescente. No capítulo mecânico, a nova D-Max recebeu a nova cadeia cinemática constituída pelo citado motor turbodiesel “common rail”, que desenvolve uma potência de 164 CV, e uma nova caixa manual de seis velocidades, com relações mais curtas. Esta combinação permite retirar o melhor partido de um binário máximo de 360 Nm, que está disponível entre as 2000 e as

3500 rpm. A resposta às solicitações do acelerador é bastante rápida, enquanto o consumo, em condições normais de utilização, se situa nos 8,5 l/100 km. Comparativamente com a versão com caixa automática “LS 4x4 On Board”, esta variante de caixa manual permite uma poupança de aproximadamente 1,5 l/100 km/h. Esta transmissão, porém, poderia ser mais precisa. Pela negativa há que destacar igualmente o comportamento da suspensão, com o veículo em vazio, que se revelou demasiado dura, penalizando o conforto a bordo. Este caso muda de figura em fora de estrada, onde a D-Max 4x4 LS não tem dificuldades em ultrapassar os obstáculos mais difíceis. Para desempenho em todo-o-terreno oferece um ângulo de ataque de 30º e um ângulo

CAIXA VELOCIDADES / SUSPENSÃO

de saída de 22,7º. A utilização em fora de estrada é controlada pelo sistema inteligente de tração integral shift on the fly, cujo comando giratório se localiza no túnel da transmissão, permitindo passar de duas para quatro rodas motrizes ou engrenar as redutoras. Para otimizar a prestação em declives mais acentuados disponibiliza o sistema de assistência em descidas (HDC). Outro argumento competitivo da nova Isuzu D-Max 4x4 é a sua capacidade de reboque, de 3 ,5 toneladas com travão, oferecendo um peso máximo de seis toneladas. Quanto a preços, a Isuzu D-Max Cabina Dupla 4x4 LS, com cinco lugares, é proposta por 37.500 euros. Existe ainda uma variante deste modelo, com apenas três lugares, que está disponível por 30.000 euros. /

JUNHO 2017 TURBO OFICINA

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RAIO-X

BARÓMETRO

DINÂMICA DO SETOR Todos os meses, em parceria com a Informa D&B, a Turbo Oficina regista as mudanças no tecido empresarial do setor do após-venda. Conheça as aqui as principais alterações e ocorrências registadas PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS NO SETOR DOS CONCESSIONÁRIOS AUTO, OFICINAS, GROSSISTAS E RETALHISTAS AUTO, POR REGIÃO DINÂMICA NASCIMENTOS (CONSTITUIÇÕES) ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES) INSOLVÊNCIAS REGIONAL DO SETOR ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO ABRIL 2017 HOMÓLOGA ABRIL 2017 HOMÓLOGA ABRIL 2017 HOMÓLOGA ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) NORTE 206 12,0%

32 -34,7%

14

-26,3%

CENTRO 104

7,2%

28

27,3%

4

-69,2%

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA

0,7%

59

84,4%

9

12,5%

ALENTEJO 25

149

13,6%

6

-40,0%

2

100,0%

ALGARVE 18

100,0%

7

40,0%

0

-100,0%

R. A. AÇORES

3

-50,0%

1

0,0%

0

-

R. A. MADEIRA

13

85,7%

5

66,7%

1

-

TOTAL 518 9,5%

138 13,1%

TECIDO EMPRESARIAL DO SETOR ABRIL 2017

30 -28,6%

PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS NO SETOR DOS CONCESSIONÁRIOS AUTO, OFICINAS, GROSSISTAS E RETALHISTAS DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO VARIAÇÃO HOMÓLOGA DINÂMICA SETOR ACUMULADA (%)

EM NÚMERO

ABRIL 2017 ACUMULADO ABRIL 2017 ACUMULADO SETOR TECIDO ABRIL 2017 ABRIL 2017 EMPRESARIAL NASCIMENTOS

90

518

109

473

9,5% 3,3%

ENCERRAMENTOS 19

138

33

122

13,1% -2,5%

INSOLVÊNCIAS 8

30

15

42

-28,6% -26,5%

(CONSTITUIÇÕES)

NORTE 5117

(EXTINÇÕES)

FONTES: ANÁLISE INFORMA D&B; DADOS: PUBLICAÇÕES DE ATOS SOCIETÁRIOS E PORTAL CITIUS /MINISTÉRIO DA JUSTIÇA *Toda a informação introduzida na base de dados Informa D&B é dinâmica, encontrando-se sujeita à publicação tardia de alguns atos e às alterações diárias de diversas fontes.

FICHA TÉCNICA

CENTRO 3406

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA 3401

ALENTEJO 864

ALGARVE 470

EM PERCENTAGEM 37,3

52

TURBO OFICINA JUNHO 2017

ALENTEJO

A. M. LISBOA

CENTRO

NORTE

6,3

R. A. MADEIRA 279

3,4

1,4

2,0 MADEIRA

24,8

AÇORES

24,8

ALGARVE

R. A. AÇORES 197

Universo de organizações - Tecido Empresarial O Tecido Empresarial considerado engloba a informação relativa às organizações ativas com sede em Portugal, sob as formas jurídicas de sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades (os empresários em nome individual não fazem parte deste universo de estudo). Consideram-se as empresas classificadas em todas as secções da CAE V3 .0. Universo de setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto Organizações ativas do tecido empresarial classificadas nas seguintes secções da CAE V3.0.: Grossistas auto: CAE 45310- Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis Retalhistas auto: CAE 45320 - Comércio a retalho de peças e acessórios para veículos automóveis Concessionários auto: CAE 45110 - Comércio de veículos automóveis ligeiros Oficinas: CAE 45200 - Manutenção e reparação de veículos automóveis Nascimentos Entidades constituídas no período considerado, com publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça.

Encerramentos Entidades extintas no período considerado, com publicação de extinção no portal de atos societários do Ministério da Justiça (não são consideradas as extinções com origem em procedimentos administrativos de dissolução). Entidades com insolvências Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. Regiões As entidades foram classificadas através da localização da sua sede, representando as 7 unidades da NUTS II de Portugal (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS)). A Informa D&B é especialista no conhecimento do tecido empresarial e através de análises inovadoras, disponibiliza o acesso a informação atualizada e relevante sobre a atividade de empresas e gestores, fundamental para a condução dos negócios dos seus clientes. A Informa D&B está integrada na maior rede mundial de informação empresarial, a D&B Worldwide Network, com acesso aos dados de mais de 245 milhões de agentes económicos em 221 países. www.informadb.pt (+351) 213 500 300 informadb@informadb.pt


RAIO-X

PEUGEOT 5008

QUEM FAZ O QUÊ?

O

Peugeot 5008 recupera o nome do monovolume compacto da Peugeot, mas afastando-se desse segmento e entrando nos SUV e crossover com um carro cuja base é a mesma do 3008, procurando oferecer sete lugares para quem deles precisa e uma proposta mais desafogada em termos de espaço, pelas dimensões majoradas. O modelo foi apresentado em fevereiro no nosso país e já está á venda com uma gama completa que inclui motores diesel e gasolina. A base é a plataforma EMP2 usada em vários veículos do grupo PSA e no que toca ao alinhamento da gama, os preços são ambiciosos, justificando a Peugeot os valores pedidos com a maior qualidade e atenção ao detalhe. Para isso, a marca francesa teve de se rodear dos melhores fornecedores e na lista que pode encontrar nesta página, figuram nomes importantes da indústria fornecedora. Na súmula que apresentamos ao lado, poderá encontrar nomes como a Magnetti Marelli, Schaeffler, Webasto, Mahle, Hella, Faurecia, Jtekt, Denso, Brose, Vibracoustic e muitos outros, num atestado de qualidade que a Peugeot exige nos seus novos modelos. O Peugeot 5008 exibe uma excelente qualidade de construção graças a estes fornecedores, destacando, igualmente, um estilo sedutor e um interior onde, além dos referidos sete lugares e habitabilidade generosa, exibe muita tecnologia. Complementa, assim, o 3008 disponível apenas com cinco lugares. /

FORNECEDOR COMPONENTE A.RAYMOND LTD Ligações tubagens Ureia do Catalisador BATZ Frente BROSE Inversores CALSONIC KANSEI EUROPE PLC Radiador COOPER STANDARD Drenos do teto de abrir DANA Juntas secundárias DAYCO Acessórios dos cintos e pre-tensores (1.0/1.2/1.5 litre gas) DELFINGEN Sistema de proteção da cablagem Tier 2 DENSO Sistema de climatização e ar condicionado DIEHL METALL STIFTUNG & CO. KG Anéis de sincronização para caixa manual e DCT: EBERSPAECHER Linha de escape completa para o motor Diesel 2.0L: catalisador, módulo com injeção de ureia, linha acústica EDSCHA Suporte do pneu suplente FAURECIA Acústica e Insonorização FEDERAL-MOGUL Camisas dos cilindros FLEXITECH EUROPE SAS Tubagens de travão dianteiro FTE AUTOMOTIVE Cilindro principal da embraiagem HELLA Sensores de nivel do veículo HUF HÜLSBECK & FÜRST Fechaduras JTEKT Pinhão do sistema de asistência elétrica da direção KOSTAL Botão do ajuste do banco do condutor LYDALL Escudos de proteção de calor inferiores MAGNETI MARELLI Gestão do motor e telemática MAHLE Suporte do acento da válvula METHODE ELECTRONICS Botão de ligação do pedal de travão RHEINMETALL AUTOMOTIVE AG Bomba de água mecânica RÖCHLING AUTOMOTIVE Sistema de fecho ativo da grelha dianteira SCHAEFFLER Volante bimassa do motor TEKSPAN AUTOMOTIVE Revestimentos interiores TI AUTOMOTIVE Tubagens da direção assistida U-SHIN Fecho do portão traseiro VIBRACOUSTIC Apoios do chassis WEBASTO SE Aquecedor WR CONTROLs Cabos das trancas das portas Tier 2

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REPARAÇÃO

IMPRESSÃO 3D

IMPRESSÃO 3D: REVOLUÇÃO NO AFTERMARKET À VISTA? Considerada, em conjunto com os robôs e os drones, como a quarta revolução industrial, a impressão 3D vai modificar o conceito de "cadeia de fornecimento" tal como o conhecemos, reduzindo os níveis de stock de forma notável. As possibilidades no pós-venda e na reparação de veículos parecem prometedoras TEXTO NOÉ RODRÍGUEZ GÓMEZ/CESVIMAP

A

Impressão 3D engloba um conjunto de tecnologias de fabrico por adição, graças às quais é possível obter peças tridimensionais através da sobreposição de camadas sucessivas de material. O fabrico aditivo é a versão industrial da impressão 3D E tem a sua origem no Rapid Prototyping que começou a ser realizado nas fábricas há décadas como solução para a ne-

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cessidade de conseguir um produto final e funcional, dentro da fase de desenvolvimento. As tecnologias atuais permitem conseguir algo mais que um "protótipo". Os métodos de produção tradicionais são substrativos, ou seja, criam formas eliminando o excesso de material. No entanto, as impressoras 3D são aditivas e imprimem modelos 3D. Esta tecnologia permite a materialização de um ficheiro CAD, abrindo a porta à personalizações com preços cada vez mais competitivos. Existem diversas técnicas mas todas têm como

fundamento a sobreposição de finas camadas até à obtenção da peça tridimensional pretendida. Não obstante, os materiais e os procedimentos utilizados tornam-nas muito diferentes. TIPOS DE IMPRESSÃO 3D 1. Estereolitografia / Polyjet Foi o primeiro método de impressão 3D concebido. Este método permite obter peças a partir de resinas líquidas curadas com um feixe de luz ultravioleta. O laser vai solidificando a resina em camadas até o objeto adquirir a


2 1

3 forma pretendida. O processo original foi a estereolitografia (SLA) mas posteriormente foi desenvolvido o denominado "Polyjet", baseado na injeção e no endurecimento de finas camadas de fotopolímero líquido através de múltiplos feixes de luz UV. Este processo tem capacidade para imprimir camadas de apenas 16 mícrones. O resultado é uma peça com excelente qualidade no que respeita a precisão dimensional e a acabamento superficial. Através desta tecnologia é possível obter peças com características muito semelhantes a inúmeros materiais graças à combinação de diferentes fotopolímeros. 2. Impressão por Sinterização a Laser (SLS) Conhecida pelo seu nome em inglês (Selective Laser Sintering), consiste em utilizar um laser para compactar o material com o qual vai ser construído o objeto. Este material é pulverizado a uma temperatura próxima da temperatura de fundição para facilitar o processo. 3. Sinterização Direta por Laser de Metais (DMLS) A sinterização direta por laser de metais (DMLS) funde materiais de metal e ligas em pó com um laser de alta potência para produ-

4 1 Impressão por resina líquida curadas com luz ultravioleta 2 Peça feita por sintetização laser 3 Impressora por deposição de material fundido 4 Peça complexa feita em impressora 3D zir peças resistentes de metal. A DMLS cria peças totalmente acabadas, como ferramentas e peças de produção para diferentes sectores. 4. Impressão por injeção Semelhante à tecnologia de impressão por laser utiliza, em lugar deste, material nas mesmas condições que a tecnologia por SLS (em pó e a uma temperatura próxima da fundição). A compactação é realizada através da injeção de aglomerante e graças às diferentes tonalidades deste é possível imprimir com cor. 5. Impressão por deposição de material fundido (FDM) Trata-se da tecnologia mais simples, consiste

na expulsão de material fundido sobre um espaço plano. O material é expelido em fios minúsculos, graças a uma cabeça de extrusão que o funde, solidificando ao tocar na superfície. A cabeça move-se descrevendo a trajetória necessária para que o material sólido vá tomando a forma de cada camada até obter o objeto final. Fruto de um projeto de colaboração com o fabricante espanhol BQ a CESVIMAP está a testar esta tecnologia. A BQ cedeu ao nosso centro duas impressoras, Witbox2 e Hephestos2 e um scanner Ciclop para testarmos a fundo os avanços desta tecnologia de fabrico aditivo, os quais partilhámos durante 2016 com o fabricante de impressoras. O acordo permanece em vigor durante 2017.

UM FICHEIRO CAD NÃO REQUER ESPAÇO NEM EMBALAGEM, NÃO SE DETERIORA E PODE "VIAJAR" PARA QUALQUER PONTO DO PLANETA JUNHO 2017 TURBO OFICINA

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REPARAÇÃO

IMPRESSÃO 3D

1 APLICAÇÃO DA IMPRESSÃO 3D NO PÓS-VENDA No sector automóvel passámos de tecnologias que facilitam a obtenção de protótipos (Rapid Prototyping) para tecnologias que permitem um produto plenamente funcional (Rapid Manufacturing). Isto permite externalizar o fabrico de algumas peças a qualquer entidade equipada, seja uma oficina ou um centro especializado, dando origem a um novo conceito de peças de substituição. Consiste num ficheiro CAD – não ocupa espaço, não requer embalagem nem se deteriora com o tempo e, o que é crucial, viaja para qualquer ponto do planeta em alguns segundos. As melhorias que estas tecnologias registaram nos últimos anos permitem que praticamente todas as peças de um veículo sejam "imprimíveis". Como é evidente, dependendo do material e das exigências da peça, o nível de equipamento necessário varia substancialmente. VANTAGENS Os processos de fabrico de peças convencionais estão condicionados por uma série de limitações relacionadas com certas formas, como orifícios de trajetória curva, ângulos de desmoldagem, controlo das colisões da ferramenta com peças de geometria complexa… Do ponto de vista ambiental, alguns processos de fabrico não cumprem compromissos de sustentabilidade no fabrico e geram uma grande quantidade de resíduos. Muitos destes inconvenientes desaparecem se a peça for realizada através de processos de fabrico aditivo. As técnicas utilizadas destacam-se das convencionais por duas características principais: permitem realizar peças de grande complexidade geométrica – fácil reprodução

A IMPRESSÃO 3D PERMITE PRODUTOS MAIS LEVES, MULTIMATERIAIS, ERGONÓMICOS E QUE COMBINEM MECANISMOS INTEGRADOS

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2 1 Peça complexa feita em plástico 2 Peça impressa por deposição de metal de geometrias esbeltas, ocos interiores, canais internos, espessuras variáveis, formas irregulares, etc., a partir de uma geometria obtida por um CAD 3D – e desenhar de forma personalizável, sem influenciar assinalavelmente o processo e sem custos adicionais. Estas duas características podem tornar-se grandes vantagens em diferentes sectores industriais: • Produtos mais leves. É possível fabricar produtos desenhados para uma determinada função e com condições à medida, como a redução de peso, resistência e/ou custos. Através de processos de fabrico aditivo é possível obter peças com estruturas internas com densidades "a pedido". • Produtos multimateriais. Permitem fabricar um produto utilizando simultaneamente diferentes materiais. Desta forma é possível otimizar o comportamento da peça, melhorando a sua funcionalidade e/ou reduzindo os custos. • Produtos ergonómicos. O design dos componentes pode alcançar uma melhor interação com o utilizador através da adaptação às particularidades antropométricas de cada individuo (prótese) sem afetar necessariamente os custos de fabrico. • Mecanismos integrados numa mesma peça. Fabrico de mecanismos totalmente integrados na peça a trabalhar, sem necessidade de montagens e ajustes posteriores, por exemplo: simultaneamente um eixo e o respetivo mancal, um rolamento, uma mola e o respetivo suporte, etc. • Redução do "time to market" de novos designs. No fabrico aditivo do produto final (não só no protótipo), há uma redução drástica no número de fases atuais de lançamento e validação; além do mais, permitem uma grande

capacidade de adaptação às contínuas mudanças na procura. • Séries curtas de produção. O tamanho do lote de produção pode ser reduzido (ou ser simplesmente um) sem influenciar apenas nos custos de fabrico (sem considerar a amortização do equipamento). Isto deve-se, entre outros aspetos, ao facto de não ser necessária qualquer ferramenta específica. • Processos híbridos: Combinar processos de fabrico aditivo com alguns convencionais pode ser interessante para aproveitar as vantagens de ambos. Por exemplo, o fabrico aditivo com a maquinagem por arranque de material melhora a qualidade superficial reduzindo o "efeito de escada" – aspeto que costumam apresentar as peças impressas devido ao objeto ser construído camada a camada. A hibridação também pode ocorrer no sentido oposto; ou seja, fabricar por métodos substrativos partindo de um bloco e adicionando posteriormente através de fabrico aditivo as características especialmente complicadas que geram valor acrescentado. • Otimização na utilização de material. Grande redução de resíduos de material. O material gerado como resíduo é facilmente reciclável. A CESVIMAP está envolvida num projeto de investigação em impressão 3D. Procura avaliar a viabilidade técnica e operacional deste método de fabrico dentro do campo do sector automóvel, mais concretamente, no pós-venda automóvel. Dentro desta investigação são conjugados diferentes cenários. Desde a geração do modelo 3D através de programas de design até à transferência do CAD da peça diretamente da web pelo fabricante da peça de substituição, ou à obtenção do modelo através de sistemas de digitalização profissional. /

PARA SABER MAIS Área de Carroçaria. carroceria@cesvimap.com BQ. www.bq.com/es/mundo-3d @revistacesvimap



REPARAÇÃO

VIDROS

VIDROS LAMINADOS E RESPETIVA REPARAÇÃO A reparação dos vidros do veículo em vez da substituição é uma opção cada vez mais considerada e utilizada pelos clientes.

O

s pequenos danos provocados nos vidros laminados por impactos de pedras ou granizo ocorrem com relativa frequência. Segundo o tipo de dano e a zona em ocorra a quebra do vidro, é possível optar por uma reparação em vez de realizar uma substituição. Os pequenos danos podem ser reparados com ótimos resultados, permitindo uma redução do custo, do tempo de imobilização do veículo e evitando uma operação mais complexa como a substituição.

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Durante a condução é frequente saltarem pequenas pedras que atingem o para-brisas do nosso veículo provocando pequenos danos que podem ser considerados estéticos devido à sua extensão, mas que podem afetar realmente a visão do condutor ou dos passageiros. Além do mais, é comum que o utilizador decida não substituir o vidro quando se trata de pequenos danos, correndo o risco de que a qualquer momento estes aumentem de tamanho, provocando a quebra total do vidro, o que resultará numa diminuição das condições de segurança durante a condução. Para evitar esta situação, existe a opção de reparação deste tipo de danos nos vidros lami-

nados, respeitando as várias condicionantes expostas ao longo deste artigo. EM QUE CONSISTE A REPARAÇÃO? A reparação de vidros laminados consiste na extração do ar introduzido no orifício aberto no vidro pela quebra, e a introdução no seu lugar de uma resina de preenchimento com propriedades mecânicas e óticas adequadas que permitam recuperar as caraterísticas técnicas do vidro. Para extrair o ar e introduzir a resina no orifício são utilizados pequenos equipamentos chamados injetores que servem tanto para extrair o ar introduzido como para injetar a


1 Tipologia de danos 2 Equipamento de reparação de vidros

1

2 resina. Durante este processo, à medida que a resina vai entrando no orifício, o dano vai ficando menos visível. A forma, o tamanho e a limpeza do dano vão influenciar de forma considerável o acabamento da reparação. Quanto maior for o número de fissuras no dano e quanto mais estreitas forem as mesmas, mais complicado será introduzir a resina nos orifícios. No que respeita à sujidade que possa existir no interior do dano, esta também afetará o resultado estético final, por conseguinte, uma ação recomendável após a ocorrência de um dano no vidro é tapar imediatamente o ponto de impacto com uma película de plástico para evitar a entrada de sujidade até ao momento da reparação. No que respeita às caraterísticas técnicas do vidro depois de reparado, as resinas utilizadas dispõem das caraterísticas adequadas para assegurar que não há diminuição da segurança durante a condução. Tipos de danos A forma é um aspeto já referido que também pode influenciar o acabamento da reparação. A proximidade das fissuras ou gretas dificulta a entrada da resina de preenchimento, contrariamente aos danos com orifícios interiores mais abertos.

Segundo as diferentes formas que podem apresentar os danos são classificados por tipos: Olho de boi. Quebra com forma mais ou menos cónica, com a ponta na superfície exterior do vidro e a base na camada de plástico (PVB). Estrela. A partir do ponto de impacto saem várias fissuras radiais, apresenta uma forma tipo aranha. Combinada. A partir de um dano com forma de olho de boi saem várias fissuras radiais. Meia-lua. Trata-se de um dano com forma igual à metade de um olho de boi. Apresenta um pequeno orifício no centro e o resto da quebra assemelha-se a um filamento de vidro partido. Quebra tipo greta ou fissura. Quebra do vidro com forma linear. Este tipo é o mais difícil de dissimular depois de reparado. PORQUÊ A REPARAÇÃO? Os aspetos que devem ser tidos em conta para valorizar as vantagens oferecidas pela reparação de vidros comparativamente à substituição são os seguintes: • Tempo reduzido de imobilização do veículo para a reparação.

• Conservação dos materiais e uniões iniciais de fábrica. • Diminuição dos resíduos gerados, o que implica uma melhoria para o ambiente. • Menor custo económico da reparação. • Eliminação por completo do possível risco de entrada de água ou ar provocada por falhas no processo de colagem. Em caso de pequenos danos, os utilizadores deverão considerar a opção de reparação em vez da substituição, sem esquecer que o aspeto final do dano reparado vai depender do tamanho e forma deste. TODOS OS DANOS SÃO REPARÁVEIS? Para além das vantagens oferecidas pela reparação comparativamente à substituição de vidros, é necessário ter também em consideração vários critérios para analisar os danos e tomar uma decisão relativamente à reparação: Existe uma zona delimitada nos vidros para-brisas na qual não é recomendável realizar reparações. Por vezes o dano reparado poderá ser percetível visualmente e para evitar possíveis perdas de atenção do condutor, foram estabelecidos os seguintes limites para a zona de exclusão na reparação:

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REPARAÇÃO

VIDROS

Cura da resina através da ação de radiação ultravioleta

• O limite superior marcado pelo varrimento do limpa-para-brisas. • A linha horizontal tangente ao volante no seu limite superior. • A partir do lugar do condutor, toma-se como referência a linha média do volante e estabelece-se o limite pela esquerda a 120 mm e pela direita a 180 mm. Existem vários requisitos que devem cumpridos para garantir a qualidade da reparação: • Só serão reparados danos em superfícies interiores e exteriores se ambos não coincidirem no mesmo dano. • Não serão reparados danos nos quais a lâmina intermédia de plástico (PVB) esteja afetada. • O diâmetro máximo dos danos em forma de estrela a reparar será de 40 mm. • Não serão reparadas gretas ou fissuras sem ponto de impacto. • Não é recomendável reparar todos os danos, a dimensão e a forma do dano influenciam o acabamento final. A visualização do dano e em concreto do ponto de impacto após a reparação do dano pode variar de acordo com os aspetos mencionados. EQUIPAMENTO E PROCESSO DE REPARAÇÃO Os equipamentos de reparação de vidros são compostos basicamente por um dispositivo injetor que realiza as operações de pressão de vácuo com um suporte para posicionamento sobre o vidro, uma lâmpada de raios ultravioleta para secagem da resina e um mini-berbequim com um conjunto de brocas finas e feltro para polir. O equipamento básico pode ser acompanhado por outros acessórios como películas

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de plástico, punção, espelho, lâmina, isqueiro, lanterna ou óculos de proteção. Os materiais consumíveis são as resinas de preenchimento e/ou acabamento e o polimento para o acabamento. O processo de reparação pode ser dividido nas seguintes etapas: Identificação e limpeza do dano. Identificação do tipo de dano e limpeza da zona do vidro a trabalhar, evitando introduzir no interior o produto de limpeza utilizado. Com um punção são retirados os restos de vidro que ainda se encontrem no dano. Delimitação de fissuras e abertura de vias. Em caso de fissuras ou gretas é necessário estabilizar as extremidades destas, utilizando um berbequim para evitar a propagação. A abertura de vias com um berbequim e uma broca fina só é realizada nos casos em que a proximidade do dano impeça a entrada da resina. Colocação do injetor. O injetor costuma ser montado sobre um suporte que é fixado no vidro por meio de ventosas. O injetor deve ser posicionado perpendicularmente ao ponto de impacto do dano e com a boca de saída de forma a cobrir por completo o ponto de impacto, caso contrário o injetor não poderá exercer o efeito de pressão de vácuo da etapa seguinte. Ciclo vácuo (extração de ar) e pressão (injeção de resina). Aplicação de sucessivos ciclos de pressão de vácuo para extração do ar que se encontra no interior da quebra para em seguida preencher o interior do dano com resina. Por ve-

zes é necessário aquecer o dano ligeiramente e durante um período de tempo muito curto para facilitar a entrada da resina. Após a introdução da resina, é colocada uma película de plástico sobre o ponto de impacto para evitar que esta saia. Cura da resina. Uma vez que o dano tenha sido totalmente preenchido procede-se à secagem da resina utilizando uma lâmpada de luz ultravioleta para acelerar o processo de secagem. Acabamento da reparação. Depois de conseguida a cura correta da resina, o material restante é removido utilizando uma lâmina ou um raspador, e posteriormente é aplicada uma resina de acabamento para reparar o ponto de impacto com o objetivo de manter a continuidade superficial do vidro. Com a resina de acabamento o procedimento é semelhante ao da resina anterior, ou seja, secagem com a lâmpada de luz ultravioleta e eliminação do material restante com a lâmina. Acabamento final. Finalmente e para melhorar a estética da reparação procede-se à aplicação de um polimento para garantir o acabamento final de modo a obter brilho na superfície da zona reparada. CONCLUSÃO Em caso de pequenos danos, os utilizadores deverão considerar a opção de reparação em vez da substituição devido às vantagens que apresenta. Não obstante, existem critérios de exclusão para catalogar tipos de danos reparáveis e que o acabamento final conseguido na reparação pode variar segundo o tamanho e o tipo de dano provocado no vidro. /



REPARAÇÃO

MANUTENÇÃO

Fiat Tipo 1.6 Multijet 120 Lounge JLL 16" 5p

FIAT TIPO 1.6 MULTIJET 120 LOUNGE Nasceu low cost encaminhado para Oriente, mas acabou nos braços do Ocidente com caraterísticas que o tornam apetecível. E os 2,87 euros de manutenção por cada cem quilómetros, é dos maiores argumentos

C

om motor diesel, como se quer, e um preço abaixo dos 25 mil euros, o Fiat Tipo é um dos modelos mais interessantes do segmento, oferecendo um excelente nível de equipamento pelo preço pedido. É um regresso às origens da Fiat, com um carro e uma gama simples e opções também elas simples. Porém, o Tipo não está despojado de tecnologia, de qualidade ou até de características interessantes como baixos consumos e conforto assinalável. A conectividade não é de topo, mas permite a integração do smartphone e o sistema tem um ecrã flutuante do mais belo efeito que pode receber como opcional o sistema de navegação. Já as ajudas à condução são poucas e por isso o Tipo é penalizado na classificação EuroNCAP (apenas 25% da pontuação máxima nesse item). Conforto e habitabilidade são argumentos fortes num carro cujo motor é uma unidade moderna e perfeitamente á altura das exigências do cliente típico deste tipo de veículo. Como habitualmente, analisámos este Fiat Tipo 1.6 Multijet Lounge ao pormenor e o valor que salta imediatamente à (sua) vista é o preço de manutenção para cada centena de quilómetros percorridos. Tendo em conta os habituais 48 meses ou 120 mil quilómetros, o custo de manutenção a cada centena de quilómetros é de apenas 2,87 euros. Contas feitas, gastará

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com o seu Tipo 3.441,62 euros (valor sem IVA). Os maiores custos que irá enfrentar são peças de desgaste como escovas limpa parabrisas (178 euros), pastilhas de travão dianteiras (376 euros), um par de discos de travão para as rodas da frente (235 euros) mais um par de filtros cujos preços raramente ultrapassam os 50 euros. Já nas revisões dificilmente ultrapassará os 700 euros durante os primeiros quatro anos de vida do Fiat Tipo. A mudança de óleo consumirá 273 euros do seu orçamento, significando a mão de obra 180 euros. Como habitualmente, a mudança de pneus é um dos custos mais elevados na manutenção de um veículo. O Fiat Tipo utiliza borrachas com a medida 205/55 em jante de 16 polegadas e um jogo completo com alinhamento de direção, calibragem das rodas e substituição das válvulas, fica em 1.071 euros. Porque a inflação terá influência ao longo dos quatro anos de utilização, dizemos-lhe que essa parcela lhe vai custar cerca de 360 euros. Juntelhe o preço da inspeção e o IUC (Imposto único de Circulação) de 141,47 euros e chegará ao valor final de manutenção ao longo de quatro anos de 3.441 euros (4.232,43 euros com IVA). Recordamos que a todos os valores da tabela ao lado acresce o IVA à taxa legal em vigor. Para mais informações, contacte Luís Ribeirinho, diretor comercial da 4Fleet, através do telefone 910401216 ou do email ribeirinho@4fleet.pt. /

Caraterísticas do Veículo Potência (cv) 120 Cilindrada (cc) 1598 EuroNCap 82/60/62/25* CO2 89 Tração / Transmissão Dianteira / Manual Caixa de Velocidades 6 velocidades Carroçaria Berlina Valor N.º ** Revisões 688,23 € Mão-de-Obra 180,34 € [5,05] Óleo 273,38 € [3] Capacidade do carter 4,60 [lts] Tipo de óleo Sintético Filtro de Óleo 55,17 € [3] Filtro de Ar 71,76 € [3] Filtro de Pólen 63,75 € [3] Filtro de Combustível 43,83 € [1] Velas - € [0] Desgaste 1.296,95 € Escovas Limpa Para Brisas Frente 178,28 € [4] Escovas Limpa Para Brisas Tras 66,94 € [2] Pastilhas Frente 376,74 € [4] Pastilhas Tras 171,14 € [2] Discos Frente 235,00 € [1] Discos Tras 168,85 € [1] Liquido de Travão - € [2] Correia Distribuição - € [0] Embraiagem - € [0] Carga Ar Condicionado 100,00 € [1] Escape - € [0] Bateria - € [0] Amortecedor Frente - € [0] Amortecedor Tras - € [0] Bomba Agua - € [0] Filtro Particulas - € [0] Tarefas Extra - € Avarias - € Eléctricas - € Total - € Pneus 1.071,71 € Pneus Frente 205/55R16H Pneus Trás 205/55R16H Pneus 925,11 € [10] Alinhamento de Direcção 45,00 € [3] Equilibragem 76,60 € [10] Válvula 25,00 € [10] Outros 384,73 € IPO 27,00 € Inflação 357,73 € Ajustes - € Custos de Manutenção Total 3.441,62 € /100 kms 2,87 € Consumo misto 3,40 lts / 100 kms IUC 141,47 € * Indica percentagem proteção adultos/proteção crianças/ proteção peões/sistemas de segurança ativa ** Número de vezes peça é substituida Valores sem IVA


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NOTÍCIAS

PNEUS

VALORPNEU

PRIMEIRO WORKSHOP NO ÂMBITO DO PRÉMIO INOV.AÇÃO

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Valorpneu está a organizar um conjunto de workshops para divulgar o Prémio Inov.Ação, que tem como objetivo apoiar projetos relacionados com a reciclagem de pneus usados. Este prémio consiste na reformulação do Prémio INOV Valorpneu, lançado pela gestora em 2009 e que contou com sete edições consecutivas, tendo sido atribuídas 18 distinções a trabalhos nas áreas de Engenharia, Design e Arquitetura para a promoção de um correto encaminhamento dos pneus em fim de vida. Entre as novidades desta edição destaque para a criação das categorias “Negócios e Inovação” e “Comunidade e Educação”. O ponto alto do primeiro workshop realizado em Lisboa consistiu na assinatura de um protocolo entre a Valorpneu e a Direção-Geral das Atividades Económicas (DGAE), reforçando a importância do Prémio Inov.Ação para a economia e também para a sustentabilidade ambiental. “A parceria institucional entre a Valorpneu e a DGAE é uma oportunidade para fazer chegar mais longe este projeto, sobretudo às associações setoriais e ao meio empresarial, bem como um apoio na procura de programas de incentivo e de linhas de financiamento direcionadas à concretização dos projetos candidatos”, afirma Hélder Pedro, gerente da Valorpneu. O workshop foi composto por cinco painéis, dedicados aos seguintes temas: “O que é um Pneu”, “Investigação na área dos pneus em fim de vida”, “Dinâmica e tendências da indústria da reciclagem e recauchutagem”, “Perspetivas do setor industrial” e “Experiência das edições anteriores no Prémio INOV”. /

GOODYEAR NO LUXEMBURGO A Goodyear anunciou a abertura de um laboratório de testes de pneus no seu Centro de Inovação localizado no Luxemburgo. Esta moderna instalação inclui a mais recente tecnologia para testar pneus de automóveis, veículos comerciais ligeiros e camiões. O laboratório está equipado para desempenhar três atividades chave de testes: medição da performance de desenvolvimento, onde todos os novos produtos deverão superar, com êxito, determinados critérios de desempenho; testes

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regulamentares e de homologação, para avaliar o desempenho dos pneus face a uma ampla variedade de regras internacionais; e, finalmente, testes de monitorização do processo de produção e de controlo de qualidade. No final da cerimónia de inauguração do novo centro, que contou com a presença

do poder local, representado por Gast Jacobs, presidente da câmara de Colmar-Berg, Carlos Cipollitti, vice-presidente de desenvolvimento de produto para a EMEA, e diretor geral do Centro de Inovação da Goodyear no Luxemburgo, declarou que “as inovadoras tecnologia e maquinaria do novo laboratório reforçam a nossa capacidade para testar pneus, o que nos permite reduzir o número de testes em estrada, assim acelerando o tempo de desenvolvimento e permitindo conseguir pneus inovadores para os clientes mais rapidamente do que nunca.”

NOVOS PNEUS SEM AR PARA BICICLETAS A Bridgestone Corporation está a desenvolver a próxima geração de pneus para bicicletas aplicando o “Air Free Concept”. Trata-se de uma tecnologia que elimina a necessidade de enchimento dos pneus para suportar o seu peso, uma vez que utiliza uma estrutura de raios que se expandem na parte interna do pneu. Além disso, as resinas utilizadas nos raios e nas borrachas permitem uma utilização mais eficiente dos recursos. A Bridgestone tenciona comercializar este pneu em 2019.


DUNLOP TESTA SPORTSMART MAX A Dunlop está a desenvolver o pneu de moto SportSmart Max, que vem substituir o SportSmart. Os resultados dos primeiros testes têm-se revelado promissores. A equipa de desenvolvimento estabeleceu como objetivo manter a enorme aderência do SportSmart, mas estabelecendo novos padrões em termos de maneabilidade, quilometragem e manobrabilidade. O processo de testes abrangeu uma gama de cinco motos desportivas diferentes.


OPINIÃO

JURÍDICO

A COMPRA DE CARRO ELÉCTRICO

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epois de alguns anos de aparente marasmo ou de crescimento muito residual, olhando para os dados deste ano, parece que finalmente o mercado dos eléctricos descolou, cresceu e, a bem de todos, esperamos que continue a crescer e se consolide.

No primeiro trimestre deste ano, de acordo com os dados disponibilizados pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal), foram vendidos 369 carros eléctricos no nosso pais, o que corresponde praticamente a metade dos que foram vendidos em todo o ano de 2016. Este aumento exponencial nas vendas de veículos eléctricos não é certamente alheio à atribuição de um subsídio de 2.250 euros aos primeiros mil compradores de carros eléctricos neste ano. Mas os incentivos à compra de veículos eléctricos não se ficam por aqui, vejamos: Como referido, o Orçamento Geral do Estado para o ano de 2017 estabeleceu a atribuição de um subsídio de 2.250 euros, pelo Fundo Ambiental, aos primeiros mil compradores de carros eléctricos que façam prova dessa compra.

MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO

Além da atribuição do subsídio e da promessa de estender e aumentar a rede de carregamento inteligente de carros eléctricos, e, a exemplo do que acontecia já em anos anteriores, existe uma redução do ISV na compra de veículos plug-in novo, que pode chegar até aos € 562,50. É importante ter presente que embora a opção por um carro eléctrico requeira um custo inicial mais alto e tenha algumas limitações quanto à sua autonomia, tem custos de consumo muito mais baixos, pelo facto de serem eléctricos têm motores mais simples que requerem menos manutenção e, a que têm, é mais barata. Por fim, e porque todos devemos cumprir a nossa parte, existe o benefício ambiental já que são carros de emissão zero.

Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia.

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TURBO OFICINA JUNHO 2017




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