#62
JULHO
2017
PUBLICIDADE
profissional
AUTOMECHANIKA Salão britânico mostra força do setor
ENTREVISTA Luis Aniceto (Neumáticos San José) ESPECIAL O que fazer antes de ir de férias
DOSSIÊ
TRAVAGEM
FIQUE A CONHECER TUDO SOBRE UM TEMA QUE MEXE COM A SEGURANÇA DO UTILIZADOR. SAIBA O QUE DIZ O MERCADO E OS PONTOS CHAVE ANALISADOS NAS INSPEÇÕES PERÍODICAS
SUMÁRIO
#62
JULHO 2017 ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES PRO4MATIC SELO DE CAPA MANN-HUMMEL VC JAPANPARTS PÁG.5 INTERESCAPE PÁG.7 TRW PÁG.9 SPIES HACKER PÁG.11 METELLI PÁG.13 PT EMPRESAS PÁG.19 NGK PÁG.23 PETRONAS PÁG.27 FILOURÉM PÁG.29 CONTITECH PÁG.37 EXEDY PÁG.43 EQUIP AUTO PÁG.45 HANKOOK PÁG.57 CENTRO ZARAGOZA PÁG.61 CARF PÁG.63 CESVIMAP VCC BOSCH CC
MARCAS NESTA EDIÇÃO
14 ESPECIALISTA Alecar Peças
3M 43 AISIN 28 ALECARPEÇAS 14
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ENTREVISTA Luís Aniceto, Neumáticos San Jose
ALFA ROMEO 42 ARNOT 26, 42 ASPARTS 11 ATE 6, 33 AUDI 42, 44 AUTO DELTA 33 AUTOZITÂNIA 6 AZ AUTO 12, 33 BRIDGESTONE 65 BEHR HELLA 6 BENTLEY 28 BILSTEIN 14, 45 BKT 46 BMW 42 BOSCH 11, 26, 33, 41, 42 BREMBO 33 CARF 16 CITROËN 42, 50 CHECKSTAR 10 CIVIPARTS 11 COOPER 64 DELPHI 26, 43 DENSO 26 DMF 12 DRAPER TOOLS 26 DRI 12, 33 ENGST 14 EURO CAR PARTS 28 EURO REPAR SERVICE 8 EUROTALLER 26 EXIDE 11 EXPRESSGLASS 8 FAURECIA 28 FEBI 14 FESTOOL 42 FORD 41 GALFER 33 GLASURIT 8 GRUPO PSA 8 HALFORDS 28 HELLA 7 IBEREQUIPE 11 INA 6 JAGUAR LAND ROVER 28 JAPANPARTS 26, 44 KWIK FIT 28
ESPECIAL
20 Férias DESTAQUE
22 Prémios Top Car SALÃO
24 Automechanika
LEIRLIS 12 MAGNETTI MARELLI 10 MANN+HUMMEL 41 MEYLE 34, 45 MERCEDES-BENZ 42 MICHELIN 64 NEUMÁTICOS SAN JOSÉ 46 NEX TYRES 64 NGK 6 NIPPARTS 16 NISSAN 28
DOSSIÊ
30 Travagem
NORS 11 ÖZKA 64 OMNICRAFT 41 ONEDRIVE 11 OPENPARTS 16 PETRONAS 40 PRO4MATIC 44 RANGE ROVER 28 REECO 28 RENAULT 12 RPL CLIMA 12 SAVA 64 SCHAEFFLER 26 SKF 42 SONAX 8 STAND ASLA 10 TEMOT INTERNATIONAL 45 TEXA 26 TEXTAR 6 TIRESUR 64 TOM TOM 42 TOP CAR 22 TRW 26, 33 VALEO 26 ZF 26, 44
NOTÍCIAS
40 Notícias internacionais RAIO X
50 Comercial do mês
52 Barómetro 53 Radiografia:
Opel Insignia Grand Sport
REPARAÇÃO
54 Carro pirateado 58 Passo a passo: pneus 62 Manutenção:
Renault Talisman
PNEUS
64 Notícias OPINIÃO
66 O que fazer
em caso de acidente
JULHO 2017 TURBO OFICINA
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EDITORIAL
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS
AS FÉRIAS E A MANUTENÇÃO
SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A RINCHOA 2635-542 MEM MARTINS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL oficina@turbo.pt DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE JOSÉ MANUEL COSTA oficina@turbo.pt
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hegou o tão aguardado período de férias, sinónimo de mais trânsito e mais trabalho para os homens e mulheres da Guarda Nacional Republicana. Podemos, todos, fazer algo para diminuir os seus afazeres, logo, aumentar a nossa segurança? Claro que podemos e a TURBO OFICINA não se coloca fora desse esforço oferecendo, nesta edição, ajuda prática sobre o que pode fazer através de uma manutenção cuidada para aumentar a segurança de todos.
Poderá, com a nossa ajuda, saber quais os temas que devem servir para sensibilizar o seu cliente na hora de cumprir a revisão ao seu automóvel antes da grande viagem de férias. Mas porque a travagem é um dos pontos essenciais para a segurança de pessoas e bens dentro de um veículo, a TURBO OFICINA decidiu fazer um especial sobre esse tema. Poderá ficar a conhecer o que pensa o mercado, que importância tem a travagem na segurança rodoviária e ficará a saber, também, tudo aquilo que é controlado numa Inspeção Periódica Obrigatória (IPO) em termos de travagem. Um dossiê muito interessante e que certamente o vai deixar com mais e melhores ferramentas para ajudar os seus clientes na necessária sensibilização para um tema muito importante e que mexe com a segurança. Além destes dois temas fortes, a TURBO OFICINA destaca um protagonista do aftermarket em Portugal, a Alecar Peças, com uma completa reportagem. Entrevistámos Luís Aniceto, responsável da Neumaticos San José, empresa que quer colocar em Portugal a marca de pneus indiana BKT. Finalmente, olhamos para os carros cada vez mais eletrónicos e fáceis de piratear e para uma questão prática, a montagem de pneus. Uma edição da TURBO OFICINA cheia de temas de interesse!
JOSÉ MANUEL COSTA EDITOR CHEFE
REDAÇÃO CARLOS MOURA PEDRO carlosmoura@turbo.pt ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt COORDENADOR COMERCIAL GONÇALO ROSA goncalorosa@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
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TURBO OFICINA JULHO 2017
NOTÍCIAS
NACIONAIS
AUTOZITÂNIA
PORTEFÓLIO REFORÇADO Com o objetivo de dar continuidade à sua estratégia de aumento de produtos, a Autozitânia passou a disponibilizar medidores de massa de ar da NGK, correias de distribuição INA, produtos de climatização Behr Hella e de travagem da ATE ou da Textar
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Autozitânia tem vindo a reforçar a sua gama de produtos com marcas de qualidade reconhecida, disponibilizando uma oferta cada vez mais alargada. Uma das novidades consiste nos medidores de massa de ar da marca NGK, que, graças à sua qualidade e precisão, oferecem uma elevada performance. Para simplificar a identificação do stock, a embalagem apresenta um sistema de numeração bastante inovador. Os medidores de massa de ar NGK foram testados sob condições extremas e a marca disponibiliza um suporte técnico.
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A NGK é uma marca que consolidou a sua posição no mercado como especialista na produção de peças de ignição e na eletrónica de veículos. Esta marca possui larga experiência no setor automóvel, sendo também fornecedora OEM para os principais fabricantes automóveis. A Autozitânia passou ainda a incluir no seu portefólio as cadeias de distribuição da marca INA, que são produzidas pelo Grupo Schaeffler, um fornecedor global integrado do setor automóvel. Os seus produtos representam alta qualidade, tecnologia de ponta e alto grau de inovação. Estas correias de distribuição caraterizam-se pela forma trapezoidal ou trapezoidal estriada. Entretanto, a Autozitânia passou a integrar a categoria de Termocontrol no seu portefólio na
sequência da disponibilização da gama completa de climatização e refrigeração da Behr Hella, designadamente compressores, condensadores e radiadores. A Behr Hella é um dos principais fornecedores de ar condicionado e produtos de arrefecimento de motor para veículos, no atual mercado independente de reposição de peças. É uma marca que se diferencia pela qualidade dos seus produtos, pela sua gama muito alargada, elevada disponibilidade e pela experiência que possui no mercado. Para aplicações em sistemas de travagem, a Autozitânia ampliou a oferta da gama ATE com a inclusão do produto Platitube, que tem como principais caraterísticas a lubrificação e proteção, atuando como anticorrosivo com uma ação
A AUTOZITÂNIA REFORÇA OFERTA No âmbito da sua estratégia de aumento da oferta de produtos, a Autozitânia passa a oferecer mais uma aargada gama de produtos da NGK, INA, Behr Hella, ATE e Textar, complementando assim o seu portfólio
de longa duração. Este produto é ainda insolúvel em água, o que aumenta a sua eficácia. Ainda para sistemas travagem, a empresa também passou a comercializar pastilhas EPAD da marca Textar, que incorporam a mais moderna tecnologia de fricção e uma mistura única de materiais. Estas pastilhas permitem que as jantes de liga leve e as jantes cromadas permaneçam limpas durante mais tempo, mantendo o seu brilho. Além destas características, os automóveis equipados com pastilhas EPAD da Textar imobilizam-se praticamente em silêncio. No seguimento da inclusão no seu portfólio da gama completa de iluminação da marca Hella, a Autozitânia realizou várias formações desta marca. As formações realizaram-se de Norte a Sul do país, nos vários locais onde a Autozitânia está presente, nomeadamente em Lisboa, Porto, Coimbra e Algarve. Esta iniciativa contou com a presença de mais de 150 participantes. A Hella é um dos principais fornecedores da categoria de iluminação no mercado aftermarket, e apresenta elevada cobertura do parque automóvel nacional. Esta marca oferece uma vasta gama de produtos que abrange todos os aspetos de iluminação automóvel. Entre as principais características dos seus produtos estão a inovação, a segurança, ajuste perfeito e a durabilidade. /
NOTÍCIAS
NACIONAIS
EURO REPAR CAR SERVICE
ATIVIDADE ALARGADA AO NEGÓCIO DE USADOS
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rede de manutenção e reparação multimarca do Grupo PSA, Euro Repar Car Service, vai alargar a sua atividade ao mercado de viaturas usadas. Lançada em Portugal em 2016 através das três marcas do Grupo PSA – Peugeot Citroën e DS – esta rede permite aos seus operadores terem uma abordagem complementar ao mercado, combinando a venda de automóveis usados com a operação de manutenção e reparação multimarca. Segundo o Grupo PSA, “trata-se de um fator que naturalmente irá provocar um crescimento do negócio, ao mesmo tempo que dota a rede de um conjunto de novos serviços associados”. Atualmente, o território nacional conta com 30 operadores desta rede de manutenção e reparação automóvel que se caracteriza por assentar na imagem reconhecida de profissionalismo das oficinas que se encontram na proximidade geográfica dos clientes. A rede Euro Repar Car Service surgiu para dar resposta ao segmento de mercado de clientes que opta por não recorrer à reparação autorizada das marcas após o término dos períodos de garantia oficiais dos seus automóveis. A rede é constituída por profissionais que realizam operações de manutenção e reparação de veículos multimarca, seguindo as preconizações de cada construtor e destaca-se ainda por ser a primeira rede do seu género a possibilitar a avaliação online das oficinas, num processo de total transparência para os clientes. /
EXPRESSGLASS VENDE PRODUTOS SONAX A ExpressGlass estabeleceu uma parceria com o Grupo AD Portugal para a distribuição de produtos da marca Sonax em todas suas lojas. Reconhecida mundialmente pela sua qualidade, serviço e inovação, a Sonax está no mercado desde 1950, sendo distribuída em mais de 100 países. Considerada pela 11ª vez consecutiva como a primeira marca em produtos para cuidado automóvel, a Sonax
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tem arrecadado vários prémios, entre os quais a de vencedora de produtos “Made in Germany”. A parceria arrancou no início do mês de junho e tem como objetivo a distribuição de produtos de valor acrescentado para os clientes da ExpressGlass que se preocupam com o seu automóvel. A gama de produtos Sonax comercializada pelas 82 lojas da ExpressGlass abrange produtos como gel para plásticos de exterior, gel de limpeza do cockpit, toalhetes para vidros de para-brisas e esponjas de limpeza, entre outros.
GLASURIT JORNADA DE TRABALHO REALIZADA EM MADRID Com o objetivo de reforçar o sentimento de equipa, a 32ª edição da Convenção de Concessionários Ibéricos da Glasurit arrancou com uma jornada de trabalho em Madrid, onde se deram a conhecer as particularidades de cada um dos departamentos que tornam possível o dia a dia do negócio: administrativo, laboratório de cor, centro de formação, assistência técnica, departamento comercial, consultoria, marketing e
grandes contas. Aquela jornada constituiu uma oportunidade para a rede de concessionários reforçar os laços. Uma das surpresas da foi a intervenção do consultor Emilio Duró, que sob o lema “Não vale a pena baixar o braços” incentivou os participantes a lutar no dia a dia para obter os melhores resultados e manter a marca como líder de mercado.
NOTÍCIAS
NACIONAIS STAND ASLA
SEGUNDA REUNIÃO DA REDE DE OFICINAS CHECKSTAR
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Stand Asla promoveu o segundo encontro da rede de oficinas Magnetti Marelli Checkstar, que teve como objetivo aumentar a comunicação entre os membros, além de dinamizar e desenvolver a rede em Portugal. O encontro realizou-se na Curia e contou com cerca de 100 participantes. O plano de trabalhos incluiu uma apresentação da Rede Checkstar no mundo, demonstrando a força desta marca tendo em conta a sua presença global, a sua ligação a um fabricante de primeiro equipamento, bem como a associação a eventos mundiais de desporto motorizado. O evento serviu ainda para divulgar as ações desenvolvidas em Portugal no ano em curso e aquelas que ainda estão previstas em termos de formação para otimizar e uniformizar a performance da rede no nosso país, assim como o plano de marketing e comunicação, quer no setor do aftermarket quer ao nível do consumidor final. O encontro da rede de oficinas Checkstar proporcionou ainda um debate relativamente a alguns temas chave da performance da rede possíveis soluções para problemáticas concretas e oportunidades para desenvolvimento do seu negócio. A rede de oficinas Checkstar, desenvolvida pela Magneti Marelli e implementada em Portugal pelo
Stand Asla há mais de 25 anos, conta com mais de 60 oficinas multimarca no nosso país e cerca de 5000 no mundo. As oficinas Checkstar recebem suporte técnico, formação e equipamento necessários para garantir um serviço de excelência, através do Stand Asla e com base no know how e capacidade técnica do fabricante OE, Magneti Marelli. Entretanto, o Stand Asla, através da Academia de Formação Asla, tem vindo a realizar cursos de formação em veículos elétricos à rede Checkstar. A
iniciativa enquadra-se no Programa de Formação de 2017 e tem como objetivo proporcionar a aquisição de competências para a reparação dos veículos elétricos através da análise de possíveis avarias e autodiagnóstico. Nesta formação, estudam-se os sistemas e as particularidades dos diferentes veículos elétricos que já se encontram no mercado. O Stand Asla específica informação relativamente aos sistemas de propulsão e transmissão, de carga elétrica, sistemas de bordo bem como precaução e sistemas de segurança. /
CENTROS GLASSDRIVE SÃO PONTOS OFICIAIS DE ADESÃO DA VIA VERDE. A Glassdrive reforçou a sua parceria com a Via Verde, passando a ser um ponto oficial de adesão de dispositivos daquela entidade. Qualquer automobilista que pretenda aderir à Via Verde, pode agora dirigir-se a um centro Glassdrive em Portugal e proceder à respetiva adesão de forma rápida, cómoda e simples. Esta parceria constitui uma mais-valia para todos os automobilistas, pois aproxima a Via Verde dos seus clientes, aproveitando a dispersão geográfica da rede
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Glassdrive por todo o país, que conta neste momento com um total de 137 centros. Esta é uma medida de proximidade das duas marcas às comunidades, com o objetivo de melhorar a resposta às suas necessidades locais.
FILOURÉM RENOVA SITE A Filourém acabou de renovar a imagem do seu site, que se carateriza por uma nova apresentação, novas funcionalidades, um grafismo moderno e uma navegação mais intuitiva. Segundo a empresa, “este é mais um passo dado na
constante melhoria desta ferramenta de trabalho ao dispor dos clientes”, designadamente os retalhistas, que continuam a ser o principal público-alvo. Com o objetivo de consolidar a sua presença online, o novo site da Filourém está totalmente integrado na base Tecdoc.
ALEA
IBEREQUIPE
NOVAS BATERIAS PARA LIGEIROS E PESADOS
EQUIPAMENTOS OFICINAIS DA BOSCH
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gama de produtos da ALEA foi reforçada com a introdução das suas baterias para veículos ligeiros e pesados. As lojas ASParts, ONEDRIVE e Civiparts passaram a disponibilizar nove referências para ligeiros (desde 45Ah a 95Ah) e cinco referências para veículos pesados (desde 110Ah a 225Ah), a preços muito competitivos.Com este lançamento, a marca própria aftermarket do Grupo Nors, especialista no desenvolvimento e comercialização de peças e acessórios para o setor automóvel, aumenta a sua oferta de produtos, contribuindo ainda mais para a sua crescente aceitação e notoriedade. O objetivo da marca ALEA é fornecer aos seus clientes, uma oferta de produtos completa capaz de garantir a melhor relação preço-qualidade do mercado nacional.A marca ALEA é distribuída em exclusivo pelas empresas aftermarket do Grupo Nors: Civiparts, AS Parts e ONEDRIVE. PUBLICIDADE
portefólio da Iberequipe foi reforçado com a inclusão de um extenso leque de equipamentos oficinais da Bosch, designadamente nas áreas de tecnologia de diagnóstico. A Iberequipe passa assim a disponibilizar um conjunto de equipamentos e produtos Bosch: equipamentos de diagnóstico de unidades de comando; análise do sistema do veículo; equipamento para baterias; análise das emissões; ar condicionado; verificação de sistemas diesel; testadores de faróis; alinhadores; frenómetros e linhas de pré-inspeção; equilibradores de pneus; elevadores; desmontadoras de pneus. Além do fornecimento de equipamentos, a Iberequipe assegura ainda um suporte técnico especializado para os produtos da Bosch. Para solidificar esta parceria, todos os produtos desta marca alemã comercializados pela Iberequipe dispõem de uma extensão de garantia de dois para três anos.
NOTÍCIAS
NACIONAIS
RENAULT CACIA
DEZ MILHÕES DE CAIXAS DE VELOCIDADES
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Renault Cacia assinalou a produção de dez milhões de caixas de velocidades, desde setembro de 1981. A unidade em questão foi uma caixa do tipo JR, exportada para a fábrica de montagem de Valladolid, Espanha, para equipar um Renault Captur. Esta efeméride comemora-se meses depois da Renault Cacia ter sido distinguida, pelo segundo ano consecutivo, como a melhor fábrica de produção de caixas de velocidades da Aliança Renault-Nissan em todo o mundo. Um reconhecimento que atesta o “know-how”, a competência e o desenvolvimento tecnológico da unidade. O reconhecimento desta competência que levou o Grupo Renault a anunciar, no final de 2016, um investimento superior a 100 milhões de euros na fábrica de Cacia, destinado à produção de uma nova geração de caixas de velocidades, que irá garantir a criação de 150 novos postos de trabalho permanentes e a garantia da atividade da unidade para os próximos anos. Com um volume de negócios, em 2016, de 313 milhões de euros, a Renault Cacia exportou a totalidade da sua produção para 18 países (África do Sul, Argélia, Argentina, Brasil, Eslovénia, Espanha, França, Grã-Bretanha, Índia, Irão, Japão, Malásia, Marrocos, México, Roménia, Rússia, Tailândia e Turquia), distribuídos por quatro continentes. /
NOVOS EQUIPAMENTOS NA RPL CLIMA
LEIRILIS ORGANIZA WORKSHOPS A Leirilis realizou um workshop para os seus clientes em Leiria, sobre embraiagens DMF. Estes workshops abordaram os problemas mais comuns aquando da substituição das peças ou sistemas, onde é dado grande destaque à troca de informação técnica e experiências com os vários participantes.
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A RPL Clima introduziu uma nova máquina de lavagem de circuitos de ar condicionado automóvel. A empresa adianta que se trata de uma solução económica para a limpeza do sistema de ar condicionado dos veículos, evitando que a falta de limpeza do mesmo seja causa de problemas graves no sistema.
COLUNAS DA DRI NA AZ AUTO O portefólio da AZ Auto foi alargado com a inclusão de colunas de direção elétricas da DRI. Estes componentes remanufaturados são cuidadosamente verificados através da realização de ensaios rigorosos a velocidades de 10, 60 100 e 140 km/h. O produto também é atualizado, através da alteração de um disjuntor de 16 amp para um de 32amp, o que efetivamente reduz o sobreaquecimento e prolonga a vida útil do produto. Para além destas a AZ Auto disponibiliza um grande leque de produtos da marca.
ESPECIALISTA
EMPRESA
ALECARPEÇAS, PEDRO RODRIGUES
“OFERTA ALARGADA É UM DOS FATORES DIFERENCIADORES” No ano em que comemora o seu 35º aniversário, a AleCarpeças pretende fazer a diferença pela sua oferta alargada. Além de produtos de marcas e fabricantes alemães, a empresa tem vindo a alargar o portefólio TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO
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mpresa de referência na distribuição de peças de origem alemã, a AleCarPeças assinala este ano o seu 35º aniversário. Apesar de um dos seus slogans continuar a ser soluções “Made in Germany”, o portefólio de produto evoluiu e atualmente é um fornecedor generalizado, com uma oferta assente em 24 marcas. “O fundador da AleCarPeças tinha origem alemã e quando a empresa iniciou a sua atividade a sua oferta de produto era muito baseada em marcas e fabricantes germânicos, casos da bilstein, da febi ou da engst”, explica Pedro Rodrigues, gerente da AleCarPeças. “Este ADN permaneceu e continuamos a apostar na escolha de fabricantes de primeiro equipamento e a dar alguma primazia a fabricantes alemães porque o nosso objetivo é ter produtos e marcas premium”, acrescenta o responsável. Entretanto, a AleCarPeças tem vindo a evoluir e atualmente o seu portefólio inclui, como referimos, um total de 24 marcas e mais de 20 mil referências em stock. “Tendo em conta o número de artigos estamos perante uma oferta muito abrangente”, refere o entrevistado, adiantando que a gama de marcas é bastante completa, embora possa “faltar alguma linha
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de produto que esteja disponível nos fabricantes que trabalhamos”. Um dos fatores diferenciadores da AleCarPeças passa pela disponibilização de uma oferta alargada. “Gostamos de ser reconhecidos pelo mercado por ter não só o programa daquela marca, mas também por ter as referências mais difíceis de encontrar no mercado”, garante o entrevistado. “Para haver uma maior diferenciação no mercado é mais importante ter uma referência que se vende uma vez por ano do que uma outra que se vende todos os dias porque essa todos têm”, salienta Pedro Rodrigues. “Preferimos ter um só oferta abrangente do que ter três ofertas mais reduzidas do mesmo produto. Tentamos concentrar mais e trabalhar só uma marca de um determinado tipo de produto”, acrescenta, reconhecendo que esse tipo de estratégia “pesa a nível de stock e de investimento”. Relativamente à existência de stock considera que é um “mal necessário”, uma vez que devido à evolução da logística e das suas ferramentas, os retalhistas e as oficinas têm cada vez menos peças em armazém. “Com a logística que se criou ao nível dos fornecimentos – com quatro entregas diárias, entregas da manhã para a tarde, deixou de haver necessidade de fazer stock. Essa responsabilidade cabe atualmente ao grossista / importador, obrigando-nos a ter
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ESPECIALISTA
EMPRESA
um elevado stock para respondermos atempadamente às necessidades dos clientes. Por outro lado, a própria logística do stock também não é fácil devido à logística inversa (devoluções e garantias). É uma outra questão que tem de ser bem gerida e é tão importante como a venda”. APOSTA NO ONLINE Para apoiar a sua atividade, a AleCarPeças dispõe de duas lojas na região de Lisboa, com atendimento às oficinas e a particulares, e de um armazém com uma área total de 1200 m2. Nas zonas onde está presente fisicamente, a empresa efetua distribuição local às oficinas, contando para o efeito com uma frota constituída por quatro veículos automóveis e três motos. Além da capital, a Alercarpeças também assegura distribuição a retalho para todo o país, recorrendo aos serviços de uma transportadora especializada, a Carf. Se o cliente fizer o pedido de encomenda em Vila Real de Santo António ou em Bragança até às 18 horas, o produto será entregue na manhã seguinte. Todavia, em outras cidades mais próximas da capital, como Leiria, Caldas da Rainha, Setúbal ou Évora, se o pedido for feito até ao meio-dia, a peça será entregue entre as 15h00 e as 15h30. Com o objetivo de prestar uma informação mais completa aos clientes profissionais sobre a sua gama de produtos, a AleCarPeças disponibiliza um site específico, baseado no TecDoc, em que o cliente pode consultar o produto pretendido pela matrícula do veículo, por referências equivalentes, assim como a disponibilidade e preços. O site também permite fazer encomendas online. Como complemento, a AleCarPeças dispõe, ainda, de um centro de atendimento telefónico com quatro pessoas para possibilitar o esclarecimento de dúvidas dos clientes relativas a necessidades específicas ou referências. “Os programas não são cem por cento fidedignos e há sempre uma ou outra dúvida que tem de ser esclarecida”, afirma Pedro Rodrigues. “Claro que as ferramentas online facilitam muito a tarefa porque ao inserir a matrícula o cliente consegue identificar a peça que necessita, mas há sempre dúvidas. O nosso centro de atendimento telefónico faz o apoio tanto à venda como à oficina”. NOVAS OFERTAS A AleCarPeças tem vindo a alargar continuamente o seu portefólio de produto. As mais recentes novidades foram as marcas Nipparts e OpenParts, que se posicionam num segmento budget. “Foram duas opções que, reconheço, demoramos algum tempo a tomar a decisão”, sublinha Pedro Rodrigues. “Quisemos apre-
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MAIS DE 20 MIL REFERÊNCIAS EM STOCK A AleCarPeças tem em stock mais de 20 mil referências de 24 marcas para automóveis e camiões, designadamente, amortecedores, apoios de motor e caixa, bombas de água, direção, discos de travão, distribuição, filtros de ar, filtros de combustível, filtros de habitáculo, filtros de óleo, pastilhas de travão, rolamentos, suspensão. Entre os produtos mais vendidos, Pedro Rodrigues destaca consumíveis como filtros, travagem e lubrificantes. “O material elétrico e eletrónico começa a ter peso nas nossas vendas”, afirma. “Os veículos evoluíram tecnologicamente e toda a parte dos sensores começa a ter algum peso nas vendas”.
sentar ao mercado essas marcas como soluções mais económicas relativamente às marcas principais que temos, mas quisemos que nos dessem a garantia que não hipotecávamos a qualidade. Criamos uma alternativa nas gamas de maior consumo, designadamente travagem e filtros”. A Nipparts é uma marca destinada aos veículos de origem asiática para responder à procura originada por um elevado parque circulante no nosso país. “Quisémos encontrar uma alternativa mais económica em relação à blueprint”, afirma o entrevistado, adiantando que as marcas Nipparts e OpenParts já estão a registar um elevado sucesso de vendas. “A imagem que passamos ao mercado da AleCarPeças é a de uma empresa com marcas premium”, refere o entrevistado. “Quando apresentamos uma marca ou produto mais económico, isso também dá mais confiança ao mercado porque já nos associa a produtos de qualidade elevada. Mesmo estes produtos budget estão conotados com alguma qualidade”, garante Pedro Rodrigues. No que se refere às marcas tradicionais, o gerente da AleCarPeças adianta que algumas delas já estão consolidadas devido ao seu histórico, casos da febi, da engst ou da bilstein. “É evidente que as marcas que incorporamos há
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ESPECIALISTA
EMPRESA
OPEN PARTS É A MAIS RECENTE aposta da AleCarPeças em termos de marcas presentes no portefólio da empresa. Com ela chegou o conceito OpenStore, uma rede de distribuidores locais de peças da OpenParts
menos tempo necessitam de um trabalho mais intenso. Aquilo que mais gostamos de fazer – e o mercado também reconhece – é trabalhar as nossas marcas de A a Z. Por exemplo, não temos material da bilstein ou da Ate apenas nas 50 referências mais vendidas, mas em toda a linha de stock. Toda!” VEÍCULOS ELÉTRICOS TAMBÉM VÃO EXIGIR PEÇAS Relativamente ao futuro, Pedro Rodrigues refere que o setor soube sempre acompanhar a evolução tecnológica do automóvel e acredita que irá estar preparado para enfrentar os novos desafios. “Estamos numa fase em que a evolução é demasiado rápida. Sabemos que os carros elétricos e autónomos vão ser uma realidade. Resta saber qual o seu peso: 10% do mercado? 50%? Irão abafar os motores de combustão? Os carros elétricos vão ser uma realidade e irão exigir peças, que serão diferentes. Os fabricantes vão ter de se habituar a essa realidade”. O entrevistado adianta que para uma empresa como a AleCarpeças é importante estar com os fabricantes de equipamento original porque serão os pioneiros das novas tecnologias. “Se estivermos com eles, vamos estar também na vanguarda desta mudança. É importante estarmos com esses parceiros que têm a primeira informação do que vai acontecer. O negócio vai continuar mas mudar”, conclui Pedro Rodrigues. /
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REDE OPENSTORE A AleCarPeças está a lançar no nosso país o conceito OpenStore, que consiste na criação de uma rede de distribuidores locais de peças da OpenParts, uma marca especializada em filtros, travagem, distribuição, transmissão e escovas limpa-vidros. “Vamos procurar encontrar parceiros locais nestas gamas que trabalhem e distribuem a marca OpenParts numa
determinada zona ou região”, explica Pedro Rodrigues, gerente da AleCarPeças. “Nós damos todo o apoio, padronizamos a loja com o kit de imagem da marca e protegemos os distribuidores locais da marca, que trabalham num regime de exclusividade na sua área de influência”. As duas primeiras lojas foram inauguradas recentemente na região de Lisboa com dois parceiros locais e o objetivo é replicar o conceito a nível nacional. Para o gerente da AleCarPeças, a introdução deste novo conceito OpenStore é um “desafio interessante”, adiantando que “não foi estabelecido qualquer compromisso com a marca de atingirmos um determinado de lojas, mas gostaríamos de ver este conceito replicado em 15 ou 20 parceiros até ao final do ano”.
ESPECIAL
MANUTENÇÃO FÉRIAS
SEGURANÇA NAS FÉRIAS Chegaram os meses de férias, os meses de calor e de deslocações frequentes até às zonas balneares, uns durante quinze dias, outros ao fim de semana. Mas todos devem acautelar a condição do seu veículo para esta atividade extra em condições exigentes.
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s deslocações durantes os meses de verão produzem complicações a cada sexta-feira com o êxodo das grandes cidades rumo aos locais de praia ou de lazer. Aos domingos, final do dia, inverte-se o fluxo de trânsito na entrada das cidades. Muitos cumprem a anual quinzena de férias, mas a maioria acaba por fazer estas “piscinas” de ida e volta até à praia até ao dia das ansiadas férias. A descontração de muitos acaba por redundar em acidentes e nestas alturas, a sinistralidade rodoviária é um tema recorrente. Está na altura de todos sermos mais responsáveis e minimizar as vítimas dos acidentes rodoviários. A Operação Hermes 2016, levada a cabo pela Guarda Nacional Republicana (GNR) entre os dias 3 de julho e 30 de agosto, registou 2246 acidentes dos quais resultaram 8 mortos, 51 feridos graves e 561 feridos ligeiros. Estes números devem fazer-nos pensar, com ênfase no facto de muitas vítimas mortais se terem registado entre a comunidade dos ciclistas e utilizadores de motos. A GNR vai continuar a patrulhar as estradas do país com incidência nas zonas costeiras e da parte dos condutores exige-se uma forma de estar mais responsável. Cumprindo os limites de velocidade, não realizando manobras perigosas e, sobretudo, não exagerando na carga do veículo ou no consumo de bebidas alcoólicas. Mas também deve zelar pelo seu veículo e deixá-lo em condições para as viagens mais longas que o habitual que o seu automóvel terá de cumprir.
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O condutor deve adaptar-se às novas condições existentes nos meses de verão. Ou seja, há mais tráfego nas estradas nacionais, mais condutores inexperientes, nos locais de chegada haverá mais pessoas a pé, mais bicicletas e muitos automóveis de matrículas estrangeiras com condutores que não conhecem os locais ou as estradas. Deverá, assim, munir-se de uma dose de paciência extra nestas situações. O ESTADO DO VEÍCULO A oficina terá um papel fundamental na sensibilização dos clientes para realizarem uma revisão completa ao seu veículo antes de se lançarem numa viagem longa até ao local das merecidas férias. Uma ideia é lembrar a todos que não há maior frustração que a caminho de férias ver o carro parar na berma da estrada. Em primeiro lugar, deve perceber que quanto mais velho for o veículo, maiores são as probabilidades de ter problemas e, na eventualidade de um acidente, as consequências serem mais graves. É essencial que seja feita uma revisão detalhada ao “triângulo de segurança” (pneus, travões e suspensões), ao motor e, também, conhecer a capacidade de carga do veículo e, sobretudo, saber como dispor essa mesma carga. Uma revisão completa ao veículo é, assim, essencial para que a viagem rumo às férias seja feita sem percalços e sempre com um sorriso nos lábios. E nesse particular, há que sensibilizar os condutores para o velho “chavão”, “ver e ser visto” – não esquecer de vigiar o sistema elétrico e toda a iluminação, limpar bem os vidros e verificar como estão os retrovisores. Pormenores que podem parecer pouco importantes, mas que no final vão fazer toda a diferença na viagem rumo às merecidas férias. /
COMPORTAMENTOS QUE EVITAM ACIDENTES FÉRIAS SEM PROBLEMAS Cumprir as suas férias sem conhecer problemas está nas mãos dos proprietários dos veículos e dos responsáveis das oficinas que possam sensibilizar os primeiros a cumprirem as revisões aos seus veículos
Que carro usar: pessoal ou alugado? Normalmente é o carro privado que todos usam para as férias. Porém, já pensou em alugar um veículo? Caso o seu carro não faça muitos mais quilómetros que as habituais duas dezenas entre casa e o trabalho, porque não deixá-lo em casa e optar por uma unidade moderna, bem mantida e com todos os sistemas de segurança mais atuais? Seria um fator extra de confiança e com a proliferação de companhias de aluguer de veículos, os preços estão cada vez mais em conta. Planificar a viagem As novas tecnologias permitem-lhe planear ao detalhe a viagem até ao seu destino de férias. Opte por desenhar o percurso, escolhendo as estradas que mais lhe interessam, evitando deixar ao acaso situações imprevistas. Desenhe a rota no seu computador e depois envie para o seu “smartphone” ou para o sistema de navegação da sua viatura e vá de férias descansado. Respeite os limites de velocidade Se respeitar os limites de velocidade e mantiver a distância de segurança para o veículo da frente, poderá chegar um nadinha mais tarde que o que esperava, mas chega com pouca fadiga e, sobretudo, com mais dinheiro para as férias e a carta com os pontos intactos. Descanso Se o seu destino de férias fica a mais de duas horas de viagem, faça planos para uma paragem a cada duas horas de condução. Saia do carro, realize exercícios simples como dar pequenos saltos, abrir os braços, esticar as mãos e as pernas e respirar
fundo. Ingira muitos líquidos para se manter hidratado. Nunca se esqueça que a fadiga e o sono ao volante são das causas maiores para acidentes. Álcool Por favor, quando vai conduzir não ingira bebidas alcoólicas e evite refrigerantes. Um bom gole de água é decisivo para manter a hidratação e continuar viagem sem problemas. Cinto de segurança e sistemas de retenção Não deveria fazer parte de nenhuma recomendação, mas a verdade é que ainda se morre na estrada devido a não utilizar o cinto de segurança. Nunca deixe de o usar, seja em curta, muito curtas ou longas deslocações. E não se esqueça que as crianças com menos de 1,35 metros têm de usar uma cadeira elevatória para que o cinto de segurança as defenda á altura da bacia e do ombro e não na barriga e no pescoço. Depois, consoante a idade deverá, ou não usar uma cadeira de proteção completa. Cargas Pode parecer algo sem muito sentido, mas o acondicionamento da carga é essencial não só para a sua segurança, mas também para que o veículo seja mais eficiente. Utilize redes de segurança, elásticos que prendam a carga e tenha muito cuidado se utiliza bagageiras de tejadilho. Se errar na distribuição de peso, está a aumentar sobremaneira o centro de gravidade do veículo e as suas capacidades em termos de comportamento são alteradas. Nunca deixe nada dentro do veículo á solta. O mais pequeno deles, em caso de travagem brusca, pode ser atirado de forma violenta, podendo ferir os ocupantes.
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DESTAQUE
PRÉMIOS TOP CAR
OS PRÉMIOS TOP CAR FORAM distribuidos em Espanha e a TURBO OFICINA esteve presente testemunhando a alegria dos vencedores, Top Car Pentdrive, Top Car Auto Sesimbra e Top Car Auto Líder
OFICINAS PREMIADAS As oficinas Top Car Pentdrive, Top Car Auto Sesimbra e Top Car Auto Líder foram distinguidas na cerimónia de prémios das redes Top Car e Eurotaller TEXTO CARLOS MOURA PEDRO
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s melhores oficinas das redes Top Car e Eurotaller foram distinguidas durante uma cerimónia de prémios realizada em Madrid e que contou com a presença da TURBO OFICINA. Os prémios tiveram como objetivo reconhecer as oficinas que tiveram uma melhor pontuação nas avaliações que são feitas ao longo do ano. No que se refere à rede portuguesa foram distinguidas três oficinas: Top Car Pentdrive, do Porto, Top Car Auto Sesimbra, de Sesimbra, e Top Car Auto Líder, de Monção. “A entrega de prémios às nossas melhores oficinas realiza-se todos os anos”, afirma Vanessa Barros, responsável de marketing da Top Car. Os vencedores são apurados na sequência da pontuação obtida nas auditorias que são efetuadas ao longo de um ano. “Para a Top Car, esta distinção é importante porque constitui a retrospetiva de um ano de avaliação das oficinas”, acrescenta, adiantando que as audito-
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rias são baseadas em critérios como a imagem, o espaço, as instalações, a qualidade de serviço, a adesão às campanhas de promoção (com caráter obrigatório ou facultativo) e também aos acordos de parceria. “É uma diferenciação pela positiva”, adianta. A Top Car Pentdrive foi a primeira oficina a entrar para a rede da Top Car em setembro de 2011. A mudança que se está a registar no mercado automóvel foi o principal motivo que levou esta empresa a entrar para a rede Top Car. “Uma oficina só consegue crescer se estabelecer parcerias com oficinas, redes e outras entidades”, afirma Francisco Sarmento, gerente da Top Car Pentdrive, do Porto. Entre os fatores diferenciadores proporcionados pela Top Car, o responsável destaca a formação, o apoio técnico, o fornecimento de peças de qualidade. A expetativa era de crescimento e de angariação de novos clientes, o que veio a suceder, com companhias de seguros, gestoras de frotas, bancos”. O responsável considera que a integração de uma oficina numa rede como a Top Car assegura uma maior credibilidade junto desse
tipo de entidades. “O futuro das oficinas independentes passa pela ligação a uma rede”, garante. “Esta distinção é uma responsabilidade maior porque é o nome de uma rede que temos de defender”. A Top Car Auto Sesimbra foi outra das primeiras oficinas a entrar para a rede Top Car em 2011 e foi distinguida, pela segunda vez, nesta entrega de prémios. “Isto significa que estamos a crescer e a evoluir. Sempre acreditámos neste projeto porque sozinhos nunca iriamos conseguir fazer acordos como aqueles que temos feito, designadamente com companhias de seguros e gestoras de frota. Ligados à rede conseguimos crescer e chegar a outro tipo de clientes”, refere José Miguel Patrocínio, gerente da empresa. Por sua vez, Agostinho Ferreira, gerente da Top Car Auto Líder, salienta que o balanço dos dois primeiros anos de integração nesta rede foi “muito positivo” e culminou nesta distinção. “A questão da formação foi um dos motivos que nos levou a aderir à rede Top Car”, afirma, assim como “a imagem de marca uniforme, que ajuda a atrair clientes”. /
SALÃO
AUTOMECHANIKA – BIRMINGHAM
SETOR MOSTRA CRESCIMENTO O programa de certames internacionais dedicados ao aftermarket tem mostrado de forma clara como o setor está em pleno crescimento. Depois da Autopromotec de Bolonha, Itália, a Automechanika Birmingham foi exemplo claro da pujança do setor. No balanço final, ficam os mais de 12 mil visitantes que passaram pelo NEC (National Exibition Center) para visitarem mais de 800 expositores. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA FOTOS DR
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O MAIOR SALÃO DE AFTERMARKET DO REINO UNIDO reuniu uma impressionante lista de expositores que mostraram, de forma clara, a enorme pujança que o setor experimenta depois da crise do início da década
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ualidade dos expositores, visitantes atentos e volume de negócios positivo, explicam o sucesso da segunda edição da Automechanika Birmingham 2017, um certame feito debaixo do beneplácito da Messe Frankfurt que organiza 17 eventos em 15 países, dedicados ao aftermarket. Para Simon Albert, diretor da Automechanika Birmingham, o certame foi “um sucesso já que albergamos no NEC um evento 70% maior que a primeira edição, acolhemos mais de 800 expositores dos quais 250
eram novos. Estamos muito satisfeitos com a quantidade mas, sobretudo, com a qualidade dos expositores e dos muitos debates e eventos paralelos realizados no âmbito do certame. Fechamos a edição 2017 com a certeza que todos ficaram satisfeitos. “ E prova disso mesmo, segundo este responsável, “é que mais de 300 dos expositores deste ano já reservaram lugar para 2018, o que nos deixa muito felizes e confiantes numa edição 2018 ainda melhor.” Aquele que é o maior evento de aftermarket no Reino Unido, realizou-se pelo segundo ano e acolheu mais de 12 mil visitantes de várias áreas, desde construtores automóveis, revendedores, reparadores e construtores tier 1 e 2. Todos reconheceram ter estado num certame
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SALÃO
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ALÉM DOS EXPOSITORES a Automechanika de Birmingham desenvolveu várias iniciativas à margem do salão, nomeadamente, "workshops" práticos de mecânica e mesas redondas
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bem organizado e com muitas oportunidades para aumentar conhecimentos e encontrar oportunidades de negócio. MAIS DE 800 EXPOSITORES Ao longo dos cinco pavilhões do NEC, o visitante encontrou a maioria dos pesos pesados deste setor. Marcas como a Schaeffler, ZF/TRW, Bosch, Denso, Valeo, Delphi, Draper Tools, JapanParts, Texa, Arnot e muitas mais. Para além dos espaços destas referências do setor, as empresas de pneus destacaram-se, muitas delas com soluções para sistemas de monitorização da pressão dos pneus para todo o tipo de veículo.
Para lá dos espaços, cuidados e com muita luminosidade – destacando-se, mais uma vez, a JapanParts com o seu conceito muito agradável e já visto na Autopromotec – a Automechanika destacou-se pelos mais de 40 seminários dedicados ao aftermarket. Sessões que receberam a visita de muitos peritos da indústria. Que comunicaram as suas visões sobre o futuro do setor e oferecendo respostas práticas para os problemas diários de oficinas, empresas distribuidoras de peças e outros players ligados ao setor. Mas o que mais visitantes, sobretudo profissionais, reuniu foi o “Workshop Training Zone”, área dedicada a palestras técnicas e demonstrações ao vivo sobre várias áreas da mecâni-
ca e eletrónica. Verdadeiras aulas teóricas ou práticas que sublinharam a vertente pedagógica e de formação do certame britânico. A propósito deste tópico, Frank Massey, reputado técnico da ADS (organização de comércio para empresas britânicas na área da aviação, defesa, segurança e engenharia espacial) sustentou que “para mim que sou engenheiro, a Automechanika Birmingham foi um evento excelente pois ofereceu informação nova sobre o avanço da tecnologia e da forma de funcionamento das oficinas do futuro. Foi uma ótima forma de encontrar ferramentas, equipamento oficinal e descobrir um alargado leque de novos produtos que vão ajudar neste caminho
SALÃO
AUTOMECHANIKA – BIRMINGHAM
A AUTOMECHANIKA 2017 DESTACOU-SE PELOS MAIS DE 800 EXPOSITORES PRESENTES E REALIZAÇÃO DE 40 SEMINÁRIOS COM AULAS TEÓRICAS E PRÁTICAS de mudança. Pessoalmente, no evento deste ano, aprendi muito e recebi importante e interessante informação nos vários seminários.” Além desta riqueza de informação, treino e pedagogia, o “Workshop Training Zone” foi palco da entrega do prémio “Oficina do Ano”, uma iniciativa muito interessante que colocou em destaque oficinas do Reino Unido que se tenham destacado, não só pelo seu serviço ao longo do ano, mas também pela prioridade dada à formação dos seus colaboradores e o investimento no sistema de gestão para um funcionamento mais transparente. Para o registo histórico ficou a vitória da “MotorservUK Solihull” que recebeu um prémio de mil libras em dinheiro. A REVOLUÇÃO DIGITAL Num dos pavilhões do NEC de Birmingham estava o “Connected and Digital Technology
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Zone”, que recebeu vários espaços onde se podiam conhecer novas e futuras tecnologias que vão beneficiar o futuro da produção automóvel. Entre outros estavam expostos o Range Rover Velar, um robot da Reeco (conhecido como Kuka), realidade virtual aumentada e propostas para os bancos do futuro, olhando já para a condução autónoma. Não estranhou que representantes de marcas como a Jaguar Land Rover, Bentley, Nissan ou fornecedores como a Faurecia, Aisin Europe, Euro Car Parts, Halfords, Kwik Fit e muitos outros, tivessem marcado presença neste espaço. A Automechanika Birmingham estará de regresso em 2018, nos dias 5 a 7 de junho e conhecerá nova arrumação de expositores e ainda mais seminários e sessões práticas pensadas para os proprietários e colaboradores de oficinas e para técnicos e engenheiros que desejem reciclar conhecimentos. /
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DOSSIÊ
TRAVAGEM
ELEMENTO ESSENCIAL Chama-se “Triângulo de Segurança do Veículo” ao conjunto formado pelos pneus, amortecedores e travões. Economizar ou desleixar, são comportamentos inaceitáveis quando em causa estão valores como a própria vida. A TURBO OFICINA decidiu, assim, oferecer-lhe este especial que lhe dá conta da opinião do setor, esclarece dúvidas e explica como enfrentar as IPO. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA
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omponente chave de um veículo, a travagem, nos dias que correm, é muito mais que o conjunto de peças que imobiliza o veículo ou abranda a velocidade do mesmo. A evolução dos sistemas de travagem tem sido bem evidente ao longo dos anos e dos velhos tambores aos discos em carbono cerâmica, muitos passos foram dados para maior defesa do condutor. Com a chegada das novas energias e a utilização de mecânicas híbridas e elétricas, os travões deixaram de ser apenas parte do “Triângulo de Segurança do Veículo” para passarem a ser contribuintes no que toca á regeneração de energia, por exemplo. As ligações físicas começam a desaparecer e na competição, nomeadamente no topo da hierarquia que é a F1, a travagem é decisiva para a performance do carro funcionando sem a ligação física como a conhecemos. Fica assim evidente que a travagem já não é um mero componente do automóvel e muito menos pode ou deve ser desleixada ou pensada em termos economicistas. Os fabricantes de componentes para a travagem não se têm limitado a seguir a evolução do universo automóvel, têm estado em permanente azáfama para encontrar soluções para diminuir o ruído, minimizar o impacto ambiental, prolongar a durabilidade e descortinar formas de melhorar o desempenho do sistema seja qual for o ambiente e as condições climatéricas encontradas. Por tudo isto, é fundamental que o proprietário do veículo seja sensibilizado pela sua oficina para a importância de uma verificação regular do sistema e a substituição de peças atem-
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padamente dentro dos prazos indicados pelo fabricante, seja do veículo, seja das peças. Por seu turno, a oficina tem de estar ciente que a travagem é demasiado importante para uma abordagem ligeira. Devem ter a noção que um serviço mal efetuado ou uma forma mais descontraída de realizar um serviço de substituição de peças, pode ter resultados devastadores no que toca a danos materiais e, sobretudo, humanos. É algo sério! PARQUE ENVELHECIDO, CUIDADOS REDOBRADOS Infelizmente, a retoma do mercado nacional de veículos novos ainda não produziu efeitos sensíveis na idade média do parque automóvel português que, assim, continua muito elevada. Isso deve ser uma preocupação, pois muitos veículos continuam por ai com revisões por fazer e muitos equipados com material de baixa qualidade. Junta-se a isto a tendência, verificada durante os anos de crise mais profunda que o país atravessou, para atrasar cada mais a ida à oficina para cumprir a manutenção do veículo. E quando o proprietário entrega o carro para a revisão, a maior parte das vezes preocupa-se com a mudança de óleo e filtros, convencendo-se que “assim tudo está bem e não vou ter problemas”. Outros só visitam a oficina quando tem a infelicidade de ver o seu veículo avariar, deixando claro que é só para reparar “aquilo” e colocar o veículo operacional. E não hesitam em perguntar se a oficina lhe encontra peças mais “baratinhas”. O bolso dos portugueses foi duramente atingido pela crise instalada, mas há que compreender que no que diz respeito á travagem – tal como sucede com os pneus e a suspensão – estamos a falar da sobrevivência
A EVOLUÇÃO DA TRAVAGEM não pára e as marcas não se limitam a seguir o caminho dos construtores, apostando forte na inovação e busca de soluções que aumentem a eficácia e longevidade
COMO FUNCIONA? O senso comum diz-nos que o sistema de travagem é composto por um disco (ou tambor) que através da fricção das pastilhas (ou dos calços), acionadas por pressão hidráulica, no disco ou tambor, reduz a velocidade do veículo. Esta fricção gera energia (na sua maioria calor) que era desaproveitada. Hoje não é assim e essa energia pode ser armazenada para outras utilizações. Sabendo-se que a energia cinética quadruplica com a velocidade (K=mv2/2) quando um objeto se move
a 10 m por segundo (36 km/h), terá 100 vezes mais energia que um veículo que se movimente a 1 m por segundo (3,6 km/h). Por outro lado, a distância de travagem será, teoricamente, 100 vezes mais longa. Porém, o veículo quanto mais rápido é, mais arrasto aerodinâmico produz e a energia perdida para esse arrasto aumenta bastante com a velocidade. Por essa razão é que os modelos elétricos e híbridos possuem formas aerodinâmicas muito trabalhadas.
CARACTERÍSTICAS DOS TRAVÕES
do condutor e dos ocupantes do veículo. As oficinas devem estar preparadas para sensibilizar o cliente para a necessidade de não transigir no que toca á segurança, optando por visitas regulares à oficina para verificar o estado da travagem e substituir as peças degradadas por material de qualidade. Pode ser mais dispendioso no momento, mas os benefícios são largamente compensadores. /
Pico de força: é o efeito de desaceleração máximo que pode ser obtido e, muitas vezes, é maior do que o limite de aderência dos pneus. É nesta situação que as rodas bloqueiam e o carro é arrastado. Dissipação contínua de energia: uma utilização intensiva gera calor e os travões geralmente f falham quando a temperatura fica muito alta. A maior quantidade de energia (energia por unidade de tempo) que pode ser dissipada através dos travões sem que não haja uma falha é através da dissipação de energia contínua. Esta depende, sobretudo, da temperatura ambiente e da velocidade do ar de refrigeração. Fadiga: Com o aquecimento, os travões perdem qualidades e tornam-se menos eficazes. Dependendo dos materiais e da forma como são feitos e da refrigeração, uns sistemas são mais ou menos resistentes à fadiga. A refrigeração é essencial.
Potência: Um sistema de travagem é apelidado de potente quando uma pequena força é aplicada no pedal e o veículo imobiliza-se rapidamente. Isso não quer dizer que seja o melhor, pois são coisas distintas e estão ligadas com a assistência à travagem. Um sistema com um bom sistema de assistência pode exigir um mínimo esforço por parte do utilizador, mas não tem a potência de outro com menor assistência. Sensação do pedal: A quantidade de curso que o pedal de travão exibe e que pode dar a ideia de maior ou menor potência. O curso é influenciado pela pressão do sistema hidráulico, pela assistência à travagem ou pela tendência do óleo em ferver e perder qualidade. Ruído: os travões costumam criar algum ruído ao longo da sua vida útil, aumentando esse barulho, por vezes bem alto e incomodativo, com o aquecimento/arrefecimento após sessões de utilização intensiva.
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MERCADO EM ALTA PREÇOS NIVELADOS
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O mercado nacional de travagem está em expansão sendo bipolarizado pelas marcas que se posicionam pelo preço e as que exibem a qualidade como bandeira, embora continuem a se ajustar aos novos ventos do aftermarket português. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA
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egressamos a este tema porque aqui, na TURBO OFICINA, gostamos de falar sobre assuntos que sejam do interesse dos nossos leitores e dos profissionais que diariamente enfrentam as dificuldades do mercado. Como referimos em outro texto deste dossiê, a travagem é um elemento importante, decisivo mesmo, para a segurança do utilizador. Fazendo parte do “Triângulo de Segurança” do veículo (composto pelos pneus, suspensões e travões) convém ser bem mantido. Afinal, estamos a falar de segurança! Voltámos, assim, a este tema e insistimos na auscultação do mercado para perceber como estão as vendas e como o mercado está a reagir ao incremento de competitividade do setor e a resposta positiva da economia portuguesa que, neste momento, permite que hajam mais carros a circular e as revisões estejam a ser feitas com maior regularidade. MERCADO EM ALTA Das respostas recebidas ao questionário lançado pela TURBO OFICINA, percebe-se, claramente, que o mercado está em crescimento. Para Carlos Gomes, gestor de produto da TRW, “o mercado da travagem em Portugal é muito competitivo, com muitas marcas no mercado. Esta competitividade tem levado a que haja apenas dois segmentos de posicionamento, onde temos as marcas de baixo posicionamento, que competem através do preço, e as marcas premium, que dado à pressão do mercado tem vindo a ajustar gradualmente o seu posicionamento de preços, de forma a reduzir a diferença para as restantes marcas do mercado.” Opinião semelhante é a de Ricardo Figueiras, responsável de marketing da AZAuto, representante em Portugal das reputadas marcas ATE, Galfer, Bosch e DRI, que nos oferece, igualmente, alguns dados interessantes. Diz ele que “segundo a consultora Grand Market Researsh, é esperado um grande crescimento no
mercado dos produtos de travagem até 2022, derivado essencialmente do crescimento da indústria automóvel em geral, principalmente naqueles países que se encontram em desenvolvimento. Para além do crescimento da indústria, temos o aumento da preocupação com a segurança, preocupação essa que já levou vários países a criarem regras para a indústria automóvel que têm como foco precisamente esse fator.” Tiago Domingos, responsável de comunicação da Auto Delta, lembra que “o mercado da travagem em Portugal, como em todos os países, vive sempre independente das flutuações do mercado. Na verdade, o sistema de travagem, fruto da importância para a segurança das viaturas, deve sempre ser alvo de uma manutenção cuidada através da mudança de componentes que, naturalmente, ficam demasiado desgastados para ter um comportamento satisfatório. Desta forma, este é um mercado que tem um volume de vendas muito em linha com a quantidade de viaturas que compõem o parque automóvel e, logicamente, são alvo de manutenção.” Já Carlos Gonçalves, responsável da Filourém, entende que "o nosso mercado continua a crescer e a prova evidente disso é o crescimento de vendas das nossas marcas Japko (asiáticos) e Bremsi (europeus). A excelente relação preço/ qualidade assegura a satisfação do cliente e tem vindo a crescer as vendas." Segundo Benito Tesier, diretor geral da Brembo para a Península Ibérica, “o mercado de travagem em Portugal está a melhorar, pois há vários anos que se nota essa tendência. Claro que a oferta ‘low cost’ tem vindo a aumentar, com muitas marcas que tenta cobrir todos os espaços no mercado do preço. Porém, é de grande importância continuar a confiar nas marcas de topo como a Brembo, pois apostam na qualidade e na segurança a preços equilibrados. Nunca esquecer que os componentes da travagem são muito importantes na segurança ativa dos veículos.” E este responsável da Brembo lembra que “nos últimos anos o mercado foi prejudicado pela crise financeira que se abateu sobre a Península Ibérica e muitos
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utilizadores decidiram alargar a vida útil de diversos componentes, particularmente dos discos de travão, algo que é muito perigoso.” Do lado da Meyle, a ideia é exatamente a mesma, ou seja, o mercado está em alta. Outra ideia que ficou através de todos as respostas é uma baixa de preços, inclusive nas marcas de topo. Esta situação deve-se à necessidade de reduzir a diferença entre as marcas “low cost” e as marcas de topo, porque embora o mercado esteja cada vez menos virado apenas para o preço, a verdade é que ainda é demasiado importante, tanto nas oficinas como nos clientes finais. VIRTUDES E PECADOS DO MERCADO Como em todos os mercados, há defeitos e virtudes. Terá mais defeitos ou mais virtudes? No entender de Tiago Domingos, “uma das maiores virtudes do mercado é a presença de marcas de alta qualidade que, através de investigação e desenvolvimento de produto, têm apresentado produtos em quem o proprietário da viatura poderá confiar sem reservas. Assim, o produto acaba por ter um prazo de validade superior ao que é habitual e mantendo as propriedades que o caracterizam por princípio. Por outro lado, um dos maiores pecados tem que ver com o excesso de marcas, muitas das quais sem qualidade para terem as quotas de mercado que apresentam.” Para Ricardo Figueiras, da AZ Auto, “as maiores virtudes do mercado centram-se essencialmente no seu interesse para a sociedade (pois é um pilar da segurança automóvel) e na sua volatilidade. Se por um lado temos a certeza que os sistemas de travagem são o mecanismo rei na segurança de um veículo (qualquer que ele seja), sabemos também que existe uma aposta cada vez maior
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na inovação tecnológica deste sistema e dos seus componentes. Todos os dias vemos novidades no que diz respeito aos materiais utilizados, ao design dos componentes e ultimamente à sua ‘informatização’, que permite retirar dados importantes e em tempo real do desempenho dos travões e estado dos mesmos.” Para este responsável da AZ Auto, existe até condições para ensaiar uma frase que sirva de comunicação para os novos tempos. “Se somarmos os dois fatores acima enunciados, temos aqui reunidas as virtudes deste mercado, e é com estas virtudes que será feita a comunicação para a venda: ‘Maior qualidade, maior inovação, mais segurança’.” O que toca aos pecados, Ricardo Figueiras destaca “a quantidade de marcas de qualidade duvidosa e falsificações, que puderam proliferar em Portugal, graças à crise económica que se sentiu recentemente.” Ainda assim, o responsável pelo marketing da AZ Auto deixa uma palavra de incentivo ao referir que “temos notado um afastamento dos consumidores dessas marcas com menos qualidade e uma aproximação a marcas de melhor qualidade e até mesmo Premium como a ATE, a Galfer e a Bosch.” Porém, ainda temos um mercado “que peca pela facilidade de produção e entrada no mercado de marcas que não comprem o requisito principal de um sistema de travagem, a segurança.” Do lado da Filourém, Carlos Gonçalves não aponta virtudes ou pecados, sustentando que "não temos motivos de preocupação, pois os profissionais que nos conhecem sabem, perfeitamente, que podem contar com a garantia das nossas marcas." Para o responsável da Brembo, “a pressão dos preços transferiu-se para a cadeia de distribui-
A MENSAGEM É CLARA o mercado está a crescer, mas continua algo desiquilibrado pela presença de oferta de fraca qualidade que devido ao preço baixo ainda faz o consumidor hesitar na escolha
ção com a exigência dos clientes na busca do preço mais acessível a ser sufocante. É comum os clientes procurarem orçamentos e fazerem a reparação naquela oficina que oferecer o melhor preço. A situação económica continua a vincar o mercado e o aumento da idade média dos veículos também não ajuda, mesmo que essa situação seja mitigada pela baixa do número de quilómetros feitos, em média, pelos condutores.” Para Benito Tesier, é fundamental “ter uma boa rede de distribuição e num mercado tão competitivo como é este em que nos movemos, é vital essa rede. Para nós, a rede é mais que um parceiro, é essencial no nosso trabalho.” Já para Carlos Gomes da TRW, “a maior virtude do mercado é o facto de ser muito competitivo, que leva a que as empresas que operam nele, estejam constantemente a tentarem melhorar a sua oferta, de produto e serviço, em que o principal beneficiado acaba por ser o consumidor.” Já no lado dos pecados, destaca “a falta de regras comunitárias ou nacionais, como as normas ECE R90 para as pastilhas, que regulem a qualidade da oferta no nosso mercado, porque muitas vezes estamos a falar de produtos hipoteticamente equivalentes, mas com diferenças de preços muito significativas.“ FALSIFICAÇÃO E VENDAS ONLINE Em várias áreas, as falsificações e a proliferação das vendas de material online na Internet é motivo de séria preocupação. Como está a situação na área da travagem, foi aquilo que a TURBO OFICINA quis saber. As respostas deixam no ar, também aqui, séria preocupação. “A falsificação é bastante preocupante porque estamos a falar de produtos que podem compro-
O MERCADO NACIONAL ESTÁ EM PROGRESSÃO, MAS AINDA COM DESIQUILIBRIOS DEVIDO À PREDOMINÂNCIA, FELIZMENTE CADA VEZ MENOR, DO FATOR PREÇO meter a segurança nas estradas, e apesar de serem mais baratos, podem trazer consequências graves” alerta Carlos Gomes da TRW. Segundo ele “a venda online é uma realidade dos nossos dias, mas não consegue substituir a proximidade que existe entre a Oficina e a casa de peças, porque cada vez mais estas vendem um serviço completo e não apenas uma peça, como acontece com os portais de venda online. Os portais de venda online acabam por dar maior visibilidade dos preços para o consumidor final, que por estar mais informado e ter um acesso mais fácil a esta informação, está mais esclarecido quando vai efetuar uma reparação no seu veículo.” Para Ricardo Figueiras, da AZ Auto, as falsificações “foram uma preocupação maior quando as condições económicas do país permitiam que os consumidores ponderassem a sua compra. Neste momento penso que as falsificações podem ter lugar quando aleadas às vendas online por entidades não especializadas e quando o consumidor não tem tanta experiência na compra deste tipo de produtos. Caso contrário é de esperar que as falsificações caiam cada vez mais em desuso principalmente por não cumprirem os padrões de segurança que são exigidos e que devem ser desejados.” Quanto às vendas online, para este responsável da AZ Auto, “ao longo dos últimos anos, são cada vez mais uma realidade. Não diria que será uma ameaça, mas na verdade, para o Cliente parti-
cular, acaba por funcionar um pouco como um comparador de preços, muitas vezes errado, pois comparam preços de peças de diferente qualidade, que podem induzir em diversos erros. No que concerne em específico à área da travagem, e tendo em conta a evolução tecnológica deste sector nos automóveis nos últimos anos, não deixa muito espaço para um cliente particular adquirir um jogo de discos e pastilhas e substitui-los na sua garagem, por exemplo. Este é um serviço que, cada vez mais, deve ser executado por técnicos especializados e em oficinas devidamente equipadas para o efeito.” E neste particular, a AZ Auto orgulha-se, segundo Ricardo Figueiras, de “desenvolver em Portugal um projeto, em conjunto com a ATE (Continental), denominado ‘Centro de Travões ATE’, que ministra formação regular e específica aos seus técnicos, assim como apoio técnico permanente. A complexidade neste segmento já é tão grande (e nos próximos anos será maior) que acreditamos que apenas em oficinas especializadas se executam os melhores serviços.” E para os clientes profissionais, a AZ Auto lançou em 2016 o portal www.azauto.pt, “onde é possível pesquisar peças para automóveis por matrícula e encomendar as mesmas de forma fácil e rápida, entre muitas outras funcionalidades. Esse é o nosso contributo para o mercado e a nossa forma de nos adaptarmos ao aparecimento das vendas online enquanto realidade,
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TRAVAGEM
AS VENDAS ONLINE não são rejeitadas pelos maiores operadores pelo mercado, mas apenas para os profissionais e nunca para o consumidor final
mas somente, reforço, comprovadamente para Clientes profissionais do sector." No caso da AutoDelta, pela voz de Tiago Domingos, há que distinguir as questões. “São dois problemas distintos. O primeiro é gravíssimo visto que coloca em causa, no caso dos produtos do mercado de travagem, a própria segurança das pessoas que utilizam a viatura em causa. Mais danos são também causados na imagem da marca falsificada, que poderá acabar por perder quota de mercado devido a problemas que lhe são alheios. A venda online é um cenário com o qual temos e vamos continuar a aprender a viver. Apesar de sermos distribuidores oficiais de marcas de qualidade reconhecida no mercado, muitas vezes o consumidor poderá preferir as facilidades proporcionadas por muito destes portais que não contam com o selo de confiança das marcas. Por fim, importa ressalvar que na Auto Delta vemos com bons olhos o desenvolvimento do mercado online, um dos nossos pilares comerciais. Porém, este crescimento deverá ser feito sob a alçada de um quadro regulatório claro que deverá ser redigido por entidades oficiais, associações do sector e empresas pertencentes ao Aftermarket português.” Para a Brembo, “seremos sempre um dos mais ativos denunciadores de falsificações. Estamos a falar de componentes de segurança ativa e é vital que o cliente esteja sempre ciente que o produto que acaba de adquirir é genuinamente Brembo.” Para isso, como refere Benito Tesier, “adotamos várias técnicas anti-falsificação como hologramas, impressão de caras de trabalhadores da Brembo, códigos QR, enfim, uma série de medidas preparadas para combater essa situação.”
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OS PROFISSIONAIS DAS OFICINAS ESTÃO CADA VEZ MAIS ALERTAS PARA ACONSELHAREM OS CLIENTES A ESCOLHER PELA QUALIDADE E NÃO PELO PREÇO PROFISSIONAIS DO SETOR ESTÃO ESCLARECIDOS? Se é verdade que a travagem é um elemento essencial para a segurança do veículo e, no final, para a preservação da vida a bordo, não deixa de ser uma realidade que aqui e ali há uma falta de esclarecimento sobre as diferenças de qualidade da ampla oferta que hoje existe no mercado. Será que ainda é o fator preço a sobrepor-se a todos os outros fatores de ponderação? “Os profissionais estão cada vez mais esclarecidos relativamente às diferenças de qualidade” assevera Carlos Gomes da TRW. Porém, “o factor preço continua a ser muito importante, dada a pressão que o consumidor final coloca neste ponto. Mas por vezes faltam os argumentos para explicar a proposta de valor de determinadas marcas, que acaba por justificar a diferença de preços existentes no mercado.” Ou seja, há consciência das diferenças de qualidade em relação aos preços, mas não argumentação suficiente por parte da oficina para convencer o cliente que a qualidade tem preço na hora da aquisição, mas proporciona benefícios a longo prazo. "Estamos certos que os nossos clientes estão sensibilizados para a importância do sistema de travagem e, prova disso, tem sido o sucesso das marcas que represnetamos e que têm excelente penetração no mercado" refere Carlos Gonçalves da Filourém.
“Tanto nos produtos de travagem como em qualquer outro produto que se possa pensar, o binómio qualidade/preço é aquele que impera isolado nas razões da escolha dos consumidores” sustenta Ricardo Figueiras. Mesmo assim, este responsável da AZ Auto diz-nos que “a tendência é sempre procurar o equilíbrio desse binómio, garantindo a melhor qualidade possível. Segundo o que temos verificado, consideramos que há muitos profissionais neste sector que estão extremamente bem esclarecidos e que apostam realmente na qualidade, que procuram servir bem os seus clientes em detrimento do preço. Esses revendedores sabem o peso que a venda destes produtos acarreta e olham pela sua reputação no mercado.” No caso da Brembo, Benito Tesier lembra que “a nossa empresa sempre encarou o seu conhecimento e experiência como algo a compartilhar com os profissionais da área. É por isso que a nossa oferta de aftermarket nunca passou por cima da necessidade de formação e atualização técnica.” Talvez por isso a casa italiana tem feito um esforço intenso “para melhorar a formação sobre os seus produtos e desenvolvemos a formação digital ‘Brake System Academy’.” Esta forma online de formação está disponível em www.bremboacademy.com, em mais de 20 línguas, examinando com grande detalhe técnico os componentes do sistema de travagem, junta-
mente com o seu funcionamento e manutenção.” Para a Auto Delta, existe a certeza que “cada vez mais mas oficinas estão esclarecidas. Na Auto Delta temos feito um caminho muito interessante de consciencialização e crescimento dos nossos parceiros comerciais. Apesar da importância que o fator preço tem e sempre terá, a verdade é que cada vez mais vemos uma preferência muito interessante e acentuada por produtos ditos Premium, o que muito nos satisfaz.” SENSIBILIZAR O CLIENTE “Distâncias de travagem mais curtas podem salvar vidas!” É assim que a Meyle resume a necessidade de educar as oficinas para realizarem um trabalho de sensibilização dos clientes. “Há que fazer mais legislação e colocar a que existe em ação, tal como já sucede com a norma ECE R90 para discos e pastilhas de travão. Com regras claras e certificação, a confiança aumenta e as marcas que desejem destacar-se no setor, terão de ir mais além das normas e oferecer produtos de excelência. ”Para a Brembo, “é fundamental que os profissionais das oficinas consigam convencer o cliente da mais-valia de optar por material de qualidade.” Benito Tesier refere que “sem ser exaustivo, o profissional da oficina deveria analisar a espessura do disco e se este ainda está dentro dos limites de segurança, promover a troca de pastilhas atempadamente e trocar, sempre, as pastilhas quando se trocam os discos, utilizar os kits de travões de tambor de forma correta, enfim, uma série de pormenores para os quais as oficinas devem estar alertas. Para isso, a formação dos profissionais deve ser contínua e sempre ligada às inovações tecnológicas.” Para Carlos Gomes da TRW, “As oficinas estão preparadas para sensibilizar da importância da travagem, no entanto dada a pressão que sofrem por parte do cliente final relativamente ao preço, por vezes têm dificuldade em explicar que na segurança o barato pode sair caro.” Já Ricardo Figueiras da AZ Auto lembra que “no nosso dia-a-dia, não trabalhamos diretamente com o canal Oficina. Apenas com Redes de Oficinas, já muitas delas especializadas e, essas sim, acreditamos que estão preparadas e sabem como sensibilizar o Cliente final. Mas sentimos, sim, que muitos dos nossos Clientes retalhistas são sensíveis a este tema e procuram dinamizar e sensibilizar cada vez mais os seus Clientes neste sentido.” Finalmente, Tiago Domingues da AutoDelta, as oficinas estão “claramente” preparadas para sensibilizar o cliente. “Cada vez mais se observam oficinas capazes de aconselhar com muita qualidade o seu cliente. Ainda existem alguns focos problemáticos que colocam o factor preço acima de tudo mas, na verdade, as oficinas estão cada vez mais preparadas para, entre outros, aconselhar o cliente no domínio da travagem e da sua importância decisiva para a segurança da viatura e, mais importante, de quem nele viaja.” /
DOSSIÊ
TRAVAGEM
COMO SE MEDE A TRAVAGEM? A travagem do carro, camião ou moto é medida em metros, mas medir a sua eficácia exige a utilização de outros métodos e equipamentos mais sofisticados. TEXTO JOSÉ MANUEL COSTA
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erificar o estado, fixação e funcionamento de todos os componentes do sistema de travagem é essencial para salvaguardar vidas e evitar, muitas vezes, acidentes que nos surgem como inevitáveis. A verificação daqueles componentes é, essencialmente, visual e auditiva, mas depois entram em ação alguns equipamentos de medição co mo o Frenómetro de rolos, o Desacelarógrafo e os “rolos loucos”. Já vamos explicar cada um deles. Abrimos parêntesis apenas para lembrar que os equipamentos montados numa oficina ou num centro de inspeções, deverá estar corretamente calibrado, trabalho esse feito por uma empresa acreditada para o efeito. Que, no caso português, é o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), através do departamento de Metrologia Física e tecnológica e também, pelo Laboratório de Metrologia Automóvel. São estas entidades que estão certificadas para o efeito. O QUE É UM FRENÓMETRO? Por definição, um frenómetro é um aparelho para medir a força, o equilíbrio e a eficiência da travagem de um veículo. Regra geral, é constituído por um chassis autoportante que albergam rolos cilíndricos e sensores de medição de força vertical (peso do veículo) e tangencial (força de travagem). Uma vez que o Frenómetro mede forças, a unidade utilizada é o Newton (1kg = 9,81 N). O veículo é colocado com as rodas do mesmo eixo sobre os rolos, exercendo força vertical. Depois de acelerado, o veículo é travado e o conjunto de leitura da força vertical, tangencial, oferece o resultado final. O
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processador do frenómetro consegue calcular a diferença percentual entre a força medida em cada uma das rodas e, sabendo-se a tara ou o peso bruto, revela-se assim, em percentagem a força aplicada a cada uma das rodas. É aqui que são descobertos os desvios e as assimetrias do sistema, chegando ao pormenor de saber qual a roda que trava melhor ou pior, e qual o valor de desaceleração. Naturalmente que num veículo, o valor das forças de travagem pode ser influenciado por diversos fatores como a velocidade, o piso, o tipo de pneu utilizado ou a temperatura. Dizer, também, que o Frenómetro pode estar ligado a um equipamento designado “Rolos Loucos”. Que mais não são que duas placas, posicionadas no chão, sobre as quais são colocadas as rodas fora do frenómetroe que assim podem rolar livremente sem influenciarem o resultado final. O QUE É O DESACELARÓGRAFO? Para os veículos que não possam ser testados num frenómetro, é utilizado um desacelarógrafo que analisa a eficiência do sistema de travagem e a possível incapacidade do veículo em manter a trajetória aquando da travagem. Quando isso sucede, fica evidente que há um desequilibro no sistema. O QUE É UM RIPÓMETRO? O ripómetro tem como objetivo medir a tendência de desvio de dado eixo em relação à trajetória teórica desse eixo. Como o desvio é calculado em metros que um dado eixo terá ao fim de um quilómetro, é utilizada a unidade metro por quilómetro (m/km). Porque tem influência na travagem, o ripómetro, entre outros, mede o valor da convergência das rodas. Se o valor máximo admitido for alcançado, então algo não está bem na direção. /
O QUE É ANÁLISADO NAS IPO? As Inspeções Periódicas Obrigatórias (IPO) analisam muitos itens e muitas áreas do veículo. No caso da travagem há muitas coisas que um Cento de Inspeções verifica e que a oficina tem de estar atenta para evitar que uma inspeção periódica acaba num oneroso chumbo. Assim, uma IPO analisa os seguintes áreas, sendo que este é um panorama geral para todos os veículos, sendo que alguns podem nem possuir o sistema em análise.
- Pivôt do Pedal do Travão / Alavanca Manual do Travão de Serviço (Veio de Excêntricos) - Estado do Pedal e da Alavanca Manual e Curso do Dispositivo de Operação do Travão - Bomba de Vácuo ou Compressor e Depósitos - Manómetro ou Indicador de Pressão - Válvula Manual de Comando do Travão - Travão de Estacionamento, Comando da Alavanca e Dispositivo de Bloqueio
- Válvulas de Travagem (Comando, Descarga, Reguladoras de Pressão, etc.) - Conexões Elétricas e Pneumáticas dos Travões do Reboque (Cabeças de Acoplamento) - Acumulador de Energia / Depósito de Pressão - Dispositivo de Assistência à Travagem e Bomba Central (Sistemas Hidráulicos) - Tubagens Rígidas dos Travões - Tubagens Flexíveis dos Travões
- Cintas e Calços dos Travões - Tambores e Discos dos Travões - Cabos, Tirantes e Articulações (Alavancas Excêntricas de Afinação Manual) -Acionadores dos Travões (Incluindo Travões de Mola e Cilindros Hidráulicos) - Válvula Sensora de Carga (Compensador Automático de Travagem) Ajustadores e Indicadores de Folgas (Alavancas Excêntricas de Afinação Automática)
- Sistemas de Travagem Auxiliares - Retardadores (se Montados ou Exigidos) - Sistema Antibloqueio de Travagem (A.B.S.) - Sistema de Travagem Eletrónico (E.B.S.) - Sistema Antiderrapagem (A.S.R.) - Controlo (ou Programa) Eletrónico de Estabilidade (E.S.C. ou E.S.P.) - Tomadas de Pressão - Cruise Control ou Cruise Control Adaptativo (A.C.C.) - Aviso de Saída da Faixa (L.D.W.)
- Comportamento Funcional do Sistema de Travagem - Travão de Serviço - Comportamento Funcional do Sistema de Travagem - Travão de Emergência - Funcionamento Automático dos Travões do Reboque (Travão de Emergência) - Comportamento Funcional do Sistema de Travagem - Travão de Estacionamento - Comportamento Funcional do Sistema de Travagem - Travão Auxiliar
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NOTÍCIAS
INTERNACIONAIS
PETRONAS
REDE ALARGADA PARA 1800 OFICINAS
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Petronas Lubrificants International vai abrir 800 oficinas na Europa este ano, elevando o número total para 1800, desde o início da implementação da rede em 2015. O objetivo é chegar às 4000 até 2019. A Petronas Lubrificants International está a expandir a rede de oficinas com a marca Petronas e
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anunciou a abertura de 800 novas oficinas este ano. Esta iniciativa insere-se na estratégia da empresa de assegurar serviços personalizados, a cada um dos seus clientes finais, apoiando ao mesmo tempo o desempenho comercial e as aspirações de crescimento dos proprietários de oficinas independentes. Os proprietários das oficinas independentes tornam-se, assim, nos principais revendedores da Petronas e as suas instalações são renovadas, com destaque para identidade visual da
marca. Além disso, a Petronas Lubrificants International também fornece equipamentos de teste de motores e formação técnica aos técnicos dessas oficinas. Desde o início da implementação desta rede no ano de 2015, em Hamburgo, já foram abertas 1800 oficinas com a marca Petronas em 15 países. Para este ano está prevista a inauguração de mais 800 oficinas, ao abrigo de um plano de expansão que estabeleceu um objetivo de 4000 oficinas com a marca Petronas até 2019.
FORD
PETRONAS ALARGA REDE OFICIAL Com a abaertura de 800 novas oficinas, a rede da Petronas, implementada em 2015, vai tocar as 1800 oficinas, tendo a marca malaia o objetivo de chegar às 4 mil em 2019
NOVA MARCA DE PEÇAS OMNICRAFT
A
divisão de serviço ao cliente de pós-venda da Ford lançou a nova marca Omnicraft, que disponibiliza peças e serviço técnico a todas as marcas de automóveis. O construtor norte-americano adianta que a marca Omnicraft completa a sua família de peças, aproveitando a força da sua rede, ao mesmo tempo que permite que os concessionários na Europa sejam também um fornecedor num só local das peças que melhor podem servir estabelecimentos de peças para veículos usados, gestoras de frotas e oficinas independentes. “A Omnicraft é a primeira marca disponibilizada pela Divisão de Serviços de Pós-venda da Ford em mais de 40 anos e é uma importante oportunidade de crescimento para os concessionários, uma vez que lhes permite vender peças de substituição e oferecer serviço técnico a veículos de todas as marcas”, afirma John Cooper, vice-presidente de FCSD da Ford. Para a fase de lançamento, a Ford apostou no desenvolvimento das peças mais procuradas pelo mercado, incluindo filtros de óleo, pastilhas e discos de travões, motores de arranque e alternadores. Nos próximos meses, a Ford introduzirá filtros de ar do motor e do habitáculo, cilindros-mestre de travões e unidades do cubo da roda, entre outras peças. As peças Omnicraft estarão disponíveis em mais de 4000 Ford Stores e concessionários Ford em 11 mercados europeus, e prevê-se que seja alargado a mais distribuidores Ford aprovados ao longo deste ano. A Ford disponibiliza ainda a sua linha completa de peças Ford Motorcraft para veículos Ford mais antigos.
MANN+HUMMEL
De acordo com o chefe da delegação regional da Europa, Alessandro Orsini, as 1800 oficinas nos últimos 18 meses demonstram “o nosso empenho em fornecer serviços confiáveis, consistentes e profissionais aos clientes da Petronas Lubrificants International. Além disso, estamos também a promover a marca e a reforçar as ofertas de produtos Petronas na região”. Para implementar esta iniciativa, a Petronas Lubrificants International está a colaborar com o Grupo Bosch, um dos principais fabricantes e fornecedores europeus de equipamentos, formação, serviços e peças sobresselentes para a indústria automóvel. A colaboração com o Grupo Bosch permite que os proprietários das oficinas obtenham as melhores tecnologias de diagnóstico do mercado, formações técnicas e acesso a uma gama mais abrangente de equipamentos e de peças sobresselentes de qualidade para reparação e manutenção de automóveis. /
CRESCIMENTO PREVISTO DE 3,5% PARA 2017
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MANN+HUMMEL Ibérica espera alcançar um crescimento no volume de vendas de 3,5% em 2017, que deverá ascender a 141 milhões de euros, revelou o diretor-geral da empresa Javier Sanz durante a apresentação de resultados relativos ao exercício de 2016. No ano passado, registou um volume de negócios de 136,7 milhões de euros e lucros antes de impostos de10,3 milhões de euros. “Em 2016, conseguimos manter um volume de negócios estável, não obstante a situação do mercado e chegámos a crescer no mercado de reposição”, refere o responsável. O diretor-geral da MANN+HUMMEL Ibérica acrescenta que a empresa estabeleceu as bases no ano passado para obter um crescimento sustentável e rentável: “foi o ano do início da transformação LEAN da produção, que continuará em 2017,” explica Javier Sanz. “Isso obriga a uma mudança de mentalidade na forma como se produz e também dos funcionários, o que exigiu um esforço técnico e humano adicional para se conseguir alcançar os objetivos que nos propusemos”, acrescentou.
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NOTÍCIAS
INTERNACIONAIS
BOSCH – TOM TOM
PRIMEIRO MAPA COM RADAR PARA CONDUÇÃO AUTÓNOMA
A
Bosch e a Tom Tom têm vindo a colaborar no desenvolvimento do primeiro mapa de alta resolução com sinais de radar para condução autónoma. A “assinatura de radar da estrada” é constituída por milhares de milhões de pontos de reflexão individuais que são formados por todos os lugares em que tocam os sinais de radar, designadamente barreiras de choque ou sinais de trânsito e reproduzem o desenho da estrada com base nessa informação. Os veículos autónomos podem usar o mapa para determinar a sua localização exata na estrada com uma precisão de alguns centímetros. Segundo a Bosch, a principal vantagem da assinatura de radar de estrada é a sua robustez, uma vez que, ao contrário dos mapas que dependem de dados de vídeo para localização do veículo, também funciona de forma fiável à noite e em condições de fraca visibilidade. Por outro lado, a assinatura de radar da estrada da Bosch transmite para a nuvem cinco kilobytes de dados por quilómetro, que é metade do volume de dados de um mapa de vídeo. A marca alemã acredita que, até 2020, os primeiros veículos irão fornecer dados para a assinatura de radar na Europa e nos Estados Unidos.
SUSPENSÕES PNEUMÁTICAS DA ARNOTT EUROPE A Arnott Europe participou, pela segunda vez, na feira Autopromotec de Bolonha, onde apresentou as suas suspensões pneumáticas para o aftermarket. A marca holandesa tinha em exposição os seus produtos de substituição para marcas como a Audi, a MercedesBenz, a Citroën, a BMW e muitas outras. Uma das novidades reservadas para a feira foi o anúncio da colaboração com a
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A Bosch e a Tom Tom estão a trabalhar no desenvolvimento desta tecnologia desde meados de 2015. As duas empresas têm vindo a desen-
empresa Rhiag, que permitirá aumentar a rede de distribuição existente em Itália. Entre as novidades destaque para a disponibilização no aftermarket de peças de substituição da suspensão pneumática para o Citroën C4 Grand Picasso e a introdução dos novo amortecedores pneumáticos para o Audi A6 C6. As suspensões pneumáticas para motos também estavam em exposição no stand da Arnott e suscitaram bastante interesse junto dos visitantes.
volver esforços para integrar a assinatura de radar de estada da Bosch no mapa global de alta resolução da Tom Tom. /
CUBOS DE RODAS SKF PARA GIULIA Os cubos de roda HBU3 desenvolvidos pela SKF para o novo Alfa Romeo Giulia passaram a estar disponíveis para o mercado de aftermarket. Entre as principais vantagens face aos designs convencionais, a SKF destaca a maior simplicidade e rapidez de montagem, além de um tempo de vida útil superior. A pré-carga do rolamento é ajustada durante a produção das unidades, minimizando assim a folga e garantindo níveis excecionais de ruído e vibração. Para além de
uma melhor fiabilidade, os condutores beneficiam de uma condução precisa, especialmente nas curvas, graças à alta rigidez transmitida pela geometria do HBU3 da SKF. O grupo FCA é um parceiro estratégico para a SKF, fornecendo equipamento de origem e de aftermarket para a sua nova plataforma Giorgio, a qual serve de base para o lançamento de uma série de modelos novos da Alfa Romeo. Os rolamentos de roda foram desenhados para suportar o prazer de condução proporcionado pelo novo Alfa Romeo Giulia.
3M
CAMPANHA DE SISTEMA INTEGRAL DE LIXAGEM
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o abrigo da colaboração estratégica anunciada no início do ano para oferecer uma gama conjunto de sistemas eficientes e rentáveis para a indústria da reparação, a 3M e a Festool Automotive Systems lançaram uma campanha para apresentar o novo sistema integral de lixagem que foi subordinada ao tema “Uns comem pó…mas outros não!”. Este sistema combina os melhores abrasivos da 3M com as ferramentas elétricas e pneumáticas da Festool Automotive Systems. São utilizados os abrasivos mais duradouros, rápidos e fiáveis da 3M, tal como o Cubitron II que reduz os custos de materiais devido à sua alta qualidade e durabilidade. O novo sistema integral de lixagem da 3M e da Festool Automotive Systems permite trabalhar de uma forma mais rápida, limpa e eficaz em qualquer reparação automóvel. Os abrasivos da 3M oferecem uma durabilidade superior à média, pela capacidade de arranque e pela qualidade de acabamento que permitem obter em qualquer reparação. Os discos Cubitron II da 3M têm a tecnologia de grão cerâmico com uma forma muito precisa e graças a esta geometria, sendo possível remover o máximo de material gerando o mínimo de calor. Esta tecnologia permite um processo de lixagem mais rápido e com menos calor, aumentando assim a produtividade de uma forma automática.
DELPHI
DISCOS DE TRAVÃO COM CERTIFICADO ECE R90
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pesar de terem sido durante muitos anos compatíveis com a norma europeia ECE R90, a Delphi lançou agora uma gama de discos de travão que estão homologados e certificados de acordo com legislação europeia em vigor. Que determina que todos os veículos novos lançados após 1 de novembro de 2016 têm de vir equipados com discos de travão ou tambores certificados e homologados. A Delphi também garante a certificação R90 para discos montados em aplicações de veículos mais antigos. “Escusado será dizer que cada peça de travão deve funcionar exatamente como o OE. Afinal, é um componente crítico para a segurança“, explica Alex Ashmore, presidente da Delphi Product & Service Solutions. “E por isso que todas as peças da Delphi são projetadas e validadas para oferecer os mesmos níveis de desempenho e durabilidade das peças OE. Como principal fabricante de OE de nível 1, esta é uma abordagem que sempre seguimos”. Os discos Delphi foram submetidos a testes extensivos, incluindo desempenho, comparação de fricção dinâmica, integridade de carga elevada e análise de fadiga térmica e ainda a testes às dimensões, caraterísticas geométricas, composição química e propriedades mecânicas dos discos, tudo para comprovar se são substitutos de alta qualidade para OE e, portanto, compatíveis com a certificação R90. A conformidade da produção é auditada e a performance do disco é validada, como parte da homologação.
NOTÍCIAS
INTERNACIONAIS JAPANPARTS
AMPLIAÇÃO DA GAMA DE AMORTECEDORES
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Japanparts Group efetuou investimentos significativos no desenvolvimento da sua gama de amortecedores, assegurando atualmente uma cobertura de 94% do parque circulante europeu. Além disso, a empresa reforçou a sua capacidade de armazenamento ao disponibilizar mais uma instalação dedicada em exclusivo a este produto, com uma área de 13000 m2. O Grupo Japanparts adianta ter introduzido 300 novos códigos, aumentando o catálogo da marca para mais de 1600 referências codificadas, que estão imediatamente disponíveis no armazém central de Verona, possibilitando uma rápida distribuição em todos os países onde estão presentes as marcas do grupo. A gama inclui não só produtos utilizados em modelos asiáticos, em que o Japanparts Group é desde sempre especialista, mas também modelos europeus e americanos: do Grupo VAG, ao Grupo FCA, Grupo Renault (Renault – Nissan – Dacia), Grupo PSA, BMW, GM, Mercedes, Subaru, Toyota e Volvo. Entre as introduções mais recentes incluem-se referências para as marcas Cadillac, Hummer, Land Rover, Smart, Piaggio. Esta gama pode atualmente ser considerada como uma das mais completas, juntamente com marcas de referência no mercado com um número de referências que poucos outros podem propor. /
PRO4MATIC LANÇA NOVO FOLE PARA AUDI A6 E A7
NOVA LIDERANÇA ZF AFTERMARKET
Empresa especializada em suspensões pneumáticas, a Pro4matic introduziu no mercado um novo fole de suspensão pneumática para os modelos Audi A6 / S6 / RS6 / Allroad 4G (a partir de 2011) e Audi A7 4G Sportback (2011-2016). Segundo a empresa, as entregas são realizadas num prazo de 24 horas após a encomenda, contando
Na sequência da aquisição da TRW pela ZF em maio de 2015 e da integração das duas organizações dedicadas ao mercado de após-venda, a ZF criou uma organização específica, denominada ZF Aftermarket, que se materializou a 1 de janeiro de 2017. A multinacional alemã nomeou Helmut Ernst para liderar esta estrutura, em substituição de Neil Fryer, que decidiu deixar a empresa para aceitar um novo desafio profissional fora da ZF. O novo responsável da ZF Aftermarket destaca a contribuição de Neil Fryer no
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com suporte técnico especializado e condições especiais para profissionais. A Pro4matic apresenta desta forma um leque de produtos mais abrangente, criando várias alternativas para cada cliente.
processo de integração da ZF e da TRW: “Ele teve um papel decisivo na conceção da organização ZF Aftermarket, mantendo o foco nas necessidades e expectativas dos clientes. Agradecemos os bons resultados alcançados e o seu apoio no processo de integração.” A ZF Aftermarket oferece soluções de classe mundial aos seus clientes.
MEYLE
NOVAS EMBALAGENS
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Meyle AG está a relançar a sua marca e ao abrigo desse processo alterou o design das suas embalagens em junho. Além do aspeto renovado, as novas embalagens apresentam informações importantes sobre o produto, graças à inclusão de símbolos gráficos que ilustram as vantagens da peça. As novas etiquetas também mostram agora os detalhes do produto não só em alemão, inglês e russo como também em francês, polaco e espanhol. Todas as caixas são fechadas com um selo Meyle-Original, Meyle-PD ou Meyle-HD adequado e apresentam, além disso, uma textura melhorada. Os códigos QR nas etiquetas levam diretamente ao respetivo produto no catálogo online, onde estão disponíveis informações adicionais. Além do código QR e do número Meyle as etiquetas também terão sempre no futuro um novo número curto Meyle “descritivo”. No futuro, os clientes poderão usar na sua encomenda os números Meyle conhecidos ou os novos números curtos “descritivos”. ECom esta medida a Meyle otimiza ainda mais o seu conceito de logística.
BILSTEIN GROUP PREMIADO A Temot International reconheceu a Ferdinand Bilstein GmbH + Co. como o melhor fornecedor de logística. A Temot, uma das maiores cooperativas de comércio no mercado de reposição independente, realizou, como tem sido hábito, um inquérito de satisfação dos fornecedores. O Bilstein group ocupou o 1º lugar na categoria “Logística” e foi indicada nas categorias “Veículo Comercial” e “Fornecedor do Ano”, classificando-se entre os cinco primeiros fornecedores da Temot International.
ENTREVISTA
NEUMÁTICOS SAN JOSÉ
LUÍS ANICETO, NEUMÁTICOS SAN JOSÉ
COLOCAR A BKT NO MERCADO IBÉRICO É O NOSSO OBJETIVO A entrada da BKT, marca indiana de pneus dedicados ao setor profissional, com particular incidência no setor agrícola, escolheu o distribuidor português "Neumaticos San José" para implementar a sua gama de produtos. Entre Portugal e Espanha, Luís Aniceto tem como objetivo impementar a marca, primeiro em Espanha e depois em Portugal. TEXTO E FOTOS TALLERES EN COMUNICATION
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mercado dos pneus agrícolas é um segmento complicado com múltiplas variáveis que o diferenciam de qualquer outro mercado. Situado entre a tradição e a modernidade, procura a rentabilidade através de maquinaria equipada com pneus cada vez mais complexos e tecnológicos. Neste contexto, a marca indiana de pneus BKT procura posicionar-se no mercado tentando distanciar-se de rótulos como o de pneu económico ou de baixa qualidade. Para o efeito, escolheu como representante o distribuidor português Neumáticos San José, que entre Portugal e Espanha, tenta pouco a pouco tornar a marca BKT numa referência peninsular no mercado agrícola. Qual a situação da Neumáticos San José no exercício passado? O exercício de 2016 acabou por se revelar um ano difícil no segmento da agricultura embora o resultado final tenha sido positivo. Neste novo exercício de 2017 esperamos consolidar a presença da BKT em Espanha. Como é a organização da Neumáticos San José e qual a estrutura? A Neumáticos San José comercializa os seus produtos em Espanha através de uma rede de
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distribuidores regionais. Em Espanha trabalhamos em exclusivo com pneus agroindustriais da marca BKT. Em Portugal, de igual modo, no segmento dos pneus agroindustriais trabalhamos em exclusivo com a marca BKT. Nos camiões, comercializamos as marcas Semperit e Goodride, ao passo que para o segmento de turismo dispomos das marcas Semperit e Goodride em exclusivo, complementando simultaneamente a nossa oferta com todas as marcas premium. Como é composta a gama dede pneus da BKT? No que respeita a todo-o-terreno a BKT fabrica todo o tipo de pneus, tanto agrícolas como industriais, depois tem a marca OTR, pneus para maquinaria de portos, gruas, empilhadoras, motos-quatro, jardim, etc. Dentro da gama agrícola dispõe também de todo o tipo de pneus, tanto de tração, direção, flutuação, etc. Qual é a posição da BKT no mercado? A BKT está posicionada no mercado como uma marca Quality por preço, mas com prestações Premium. Quais são algumas das novidades da marca BKT? Além dos novos pneus agrícolas da BKT também apresentamos novidades em MPT, radiais e diagonais milimétricos e engenharia civil.
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ENTREVISTA
NEUMÁTICOS SAN JOSÉ
LUIS ANICETO ACREDITA que, apesar da especificidade do mercado agricola, a BKT chegará longe com a sua qualidade e preços contidos mas sem entrar em guerras de preços!
O MERCADO AGRÍCOLA Quais são as principais diferenças entre o mercado agrícola espanhol e o português? A principal diferença é a maior dimensão dos pneus. No entanto, a nossa posição como importadores da BKT para os dois países permite-nos oferecer uma gama de pneus muito mais ampla tanto em Portugal como em Espanha. Quais as concequências da crise no mercado agrícola? Na nossa opinião, durante a crise o mercado agrícola, como em muitos outros setores económicos, globalizou-se com tudo o que isso representa. Será o preço o argumento principal no momento de comprar pneus agrícolas? Na Neumáticos San José, com a marca BKT, o nosso argumento de venda é a qualidade
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dos pneus, graças à qual podemos oferecer o melhor resultado no que respeita a custo por hora trabalhada, pelo que não entramos em guerras de preços. Como encara a pressão exercida pelas marcas orientais e, ditas, económicas? A chegada ao mercado peninsular de marcas orientais e económicas está a aumentar, embora no mercado agrícola só façam uma concorrência significativa no segmento de mercado de pneus de baixas prestações e baixo preço. Qual é a relação do agricultor com os pneus dos seus veíulos? Hoje o agricultor tem bastante mais informação e no momento de comprar pneus sabe escolher o pneu indicado para rentabilizar a
sua exploração, portanto, não compra sempre o mais barato.
seja necessário trocar de pneus nem alterar a pressão de trabalho.
EM MODO DE CURRÍCULO
PNEUS E TECNOLOGIA Qual será a evolução rumo a maquinaria com maior potência e melhores prestações? A evolução das explorações agrícolas exige que dia após dia o agricultor moderno tenha necessidade de aumentar a sua produtividade para manter a rentabilidade das suas explorações, o que implica a utilização de máquinas com maior potência.
Que imagem a Neumáticos San José e a BKT querem transmitir no que respeita ao seu posicionamento no mercado a partir de agora? A San José Neumáticos, como distribuidor, e a BKT como marca, querem posicionar-se no mercado de pneus de alta qualidade.
Luís Aniceto tem formação em Engenharia Mecânica. O seu percurso profissional estende-se ao longo de 38 anos de atividade no comércio e na indústria de pneus, fundamentalmente na empresa distribuidora Neumáticos San José. Também representa a empresa em diversos cargos de associações empresariais portuguesas.
Quais são as tendência tecnológica no segmento do mercado agrícola? A tendência é uma baixa compactação de solos e pneus que ao mesmo tempo possam trabalhar também noutras aplicações para que não
Que previsões e objetivos tem a Neumáticos San José e a BKT a médio e longo prazo? O objetivo é continuar a trabalhar, com a ajuda preciosa dos nossos distribuidores, e implementar a marca BKT em Espanha, posicionando-a ao mesmo nível que já ocupa nos principais mercados da Europa. /
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COMERCIAL DO MÊS
PACOTE (QUASE) COMPLETO Para operações que impliquem uma velocidade comercial mais elevada, a Citroën disponibiliza uma versão do Jumpy que combina um motor de 150 CV e um equipamento completo TEXTO CARLOS MOURA PEDRO FOTOS JOSÉ BISPO
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o âmbito da renovada gama de veículos comerciais médios da Citroën ocorrida no ano passado, uma das versões disponibilizadas pela marca é a de chassis médio e teto normal. Isto traduz-se num veículo com um comprimento exterior de 4,89 metros, uma largura de 1,92 metros e uma altura de 1,89 metros, o que lhe permite movimentar-se com facilidade em ambiente urbano e aceder à maioria dos parques de estacionamento subterrâneos. O compartimento de carga do Citroën Jumpy Furgão M oferece um volume útil de carga de 5,3 m3, graças à combinação de um comprimento interno de 2,51 metros, uma altura de 1,39 metros e
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uma largura de 1,63 metros, sendo de 1,25 metros entre as cavas das rodas. De referir, que o espaço de carga desta versão permite receber três europaletes. O acesso é assegurado por portas traseiras de batente e por uma porta lateral deslizante. MODUWORK A unidade ensaiada contava com a opção Moduwork, disponível por 350 euros, que permite ampliar o volume útil de carga para 5,8 m3. O banco lateral do passageiro pode ser levantado e em conjunto com um sistema de abertura na divisória entre a cabina e o compartimento de carga, permite o prolongamento deste último em 1,16 metros, permitindo transportar objetos mais longos. O Moduwork possibilita ainda a transformação do habitáculo num verdadeiro escritório móvel, uma vez que o assento central pode
baixar, transformando-se numa mesa giratória com uma banda aderente para suportar objetos. O habitáculo também mereceu uma atenção especial por parte dos responsáveis da Citroën. A posição de condução é elevada, assegurando uma bom domínio da estrada. O banco do condutor dispõe de apoio de braços, sendo regulável em altura e longitudinalmente. O painel de instrumentos, ligeiramente sobreelevado, oferece uma boa leitura, transmitindo informações relativas ao regime de rotação do motor, velocidade instantânea, indicadores do nível de temperatura do óleo e do combustível, entre outros. A consola central pode integrar um ecrã tátil de sete polegadas, que permite gerir o rádio, o telefone e a navegação. No que se refere ao equipamento de conforto, o novo Jumpy veio demonstrar que um veículo
OS COMERCIAIS JÁ NÃO SÃO RUDES e este Citroen Jumpy mostra isso mesmo num interior razoavelmente requintado onde o maior pecado é mesmo a longa lista de opcionais
CITROËN JUMPY FURGÃO M CONFORT 2.0 BLUEHDI 150
PREÇO 30510€ (36950€ unidade ensaiada) // MOTOR 4 CIL; 1997 CC; 150 CV; 4000 RPM BINÁRIO 370 NM // TRANSMISSÃO DIANTEIRA; 6 VEL Man // PESO 1808 KM // COM./LARG./ALT. 4,89/1,1,92/1,89 m // CONSUMO 5,3 (8,0*) // EMISSÕES 139 G/KM / IUC 52,00€ *As nossas medições
MOTOR / EQUIPAMENTO
comercial não tem de ser espartano e desconfortável como era típico deste tipo de viaturas no passado. Um exemplo disso é a unidade ensaiada, que oferece um pacote de equipamento completo, cuja maior parte dele é opcional. A dotação de série inclui auto-start stop, fecho central de portas, retrovisores elétricos, sensores de estacionamento traseiros e pack visibilidade, com limpa pára-brisas automático, acendimento automático dos faróis, faróis de nevoeiro e pára-brisas acústico. Entre os equipamentos propostos em opção destaque para a porta lateral deslizante elétrica (300€), o ar condicionado automático bizona (300€), o sistema de ajuda ao estacionamento dianteiro e traseiro, com verificação do ângulo morto, ecrã tátil de sete polegadas na consola central, MirrorLink, retrovisores exteriores rebatíveis eletricamente (1000€), câ-
mara de visão traseira (250€), acesso e arranque mãos livres (1450€), sistema de navegação (650€), deteção de baixa pressão dos pneus (150€). O sistema de alerta de transposição involuntária da faixa de rodagem, que inclui leitura dos painéis de velocidades e alerta de atenção do condutor, é proposto por 975€, enquanto o regulador de velocidade adaptativo, com Active Safety Brake, custa 1375€. MECÂNICA ROBUSTA A nível mecânico, uma das motorizações disponibilizadas pela Citroën é a 2.0 BlueHDi de 150 CV, que se revelou bastante interessante de utilizar, não só em termos de acelerações como de recuperações, que são fatores determinantes para quem necessita de uma velocidade comercial mais elevada com o veículo
CONSUMOS / OPCIONAIS
carregado. A caixa manual de seis velocidades, precisa e bem escalonada, também permite tirar o melhor partido da capacidade do motor. O consumo de combustível durante o ensaio rondou os 8,0 l/100 km, um valor um pouco acima dos 5,3 l/100 km anunciados pela marca. Todavia, o veículo também pesa mais de 1,8 toneladas em vazio. Para garantir um máximo de conforto em carga ou em vazio, o Jumpy possui um sistema passivo que permite fazer variar a suspensão em função da velocidade do veículo, sendo constituído por molas de rigidez variável e amortecedores com regulação variável de acordo com a carga. Quanto a preços, a versão Confort do Citroën Jumpy 2.0 BlueHDi 150 é proposta a partir dos 30150 euros, podendo atingir ou ultrapassar os 36950 euros da unidade ensaiada. /
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BARÓMETRO
DINÂMICA DO SETOR Todos os meses, em parceria com a Informa D&B, a Turbo Oficina regista as mudanças no tecido empresarial do setor do após-venda. Conheça as aqui as principais alterações e ocorrências registadas PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS NO SETOR DOS CONCESSIONÁRIOS AUTO, OFICINAS, GROSSISTAS E RETALHISTAS AUTO, POR REGIÃO DINÂMICA NASCIMENTOS (CONSTITUIÇÕES) ENCERRAMENTOS (EXTINÇÕES) INSOLVÊNCIAS REGIONAL DO SETOR ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO ACUMULADO VARIAÇÃO MAIO 2017 HOMÓLOGA MAIO 2017 HOMÓLOGA MAIO 2017 HOMÓLOGA ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) ACUMULADA(%) NORTE 258 14,2%
43 -30,6%
18
-18,2%
CENTRO 127
8,5%
32
6,7%
6
-57,1%
ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA
-9,3%
74
89,7%
13
30,0%
ALENTEJO 31
166
19,2%
7
-30,0%
2
0,0%
ALGARVE 24
84,6%
7
40,0%
0
-100,0%
R. A. AÇORES
3
-50,0%
1
-66,7%
1
-
R. A. MADEIRA
15
66,7%
5
25,0%
1
-
TOTAL 624 7,6%
169 10,5%
TECIDO EMPRESARIAL DO SETOR MAIO 2017
41 -18,0%
PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS NO SETOR DOS CONCESSIONÁRIOS AUTO, OFICINAS, GROSSISTAS E RETALHISTAS DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTO VARIAÇÃO HOMÓLOGA DINÂMICA SETOR ACUMULADA (%)
EM NÚMERO
MAIO 2017 ACUMULADO MAIO 2016 ACUMULADO SETOR TECIDO MAIO 2017 MAIO 2016 EMPRESARIAL NASCIMENTOS
102
624
107
580
7,6% 5,6%
ENCERRAMENTOS 30
169
31
153
10,5% -1,5%
INSOLVÊNCIAS 9
41
8
50
-18,0% -24,4%
(CONSTITUIÇÕES)
NORTE 5152
(EXTINÇÕES)
FONTES: ANÁLISE INFORMA D&B; DADOS: PUBLICAÇÕES DE ATOS SOCIETÁRIOS E PORTAL CITIUS /MINISTÉRIO DA JUSTIÇA *Toda a informação introduzida na base de dados Informa D&B é dinâmica, encontrando-se sujeita à publicação tardia de alguns atos e às alterações diárias de diversas fontes.
FICHA TÉCNICA
CENTRO 3427
ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA 3412
ALENTEJO 870
ALGARVE 478
EM PERCENTAGEM 37,3
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ALENTEJO
A. M. LISBOA
CENTRO
NORTE
6,3
R. A. MADEIRA 282
3,5
1,4
2,0 MADEIRA
24,7
AÇORES
24,8
ALGARVE
R. A. AÇORES 196
Universo de organizações - Tecido Empresarial O Tecido Empresarial considerado engloba a informação relativa às organizações ativas com sede em Portugal, sob as formas jurídicas de sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades (os empresários em nome individual não fazem parte deste universo de estudo). Consideram-se as empresas classificadas em todas as secções da CAE V3 .0. Universo de setor dos concessionários auto, oficinas, grossistas e retalhistas de peças e acessórios auto Organizações ativas do tecido empresarial classificadas nas seguintes secções da CAE V3.0.: Grossistas auto: CAE 45310- Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis Retalhistas auto: CAE 45320 - Comércio a retalho de peças e acessórios para veículos automóveis Concessionários auto: CAE 45110 - Comércio de veículos automóveis ligeiros Oficinas: CAE 45200 - Manutenção e reparação de veículos automóveis Nascimentos Entidades constituídas no período considerado, com publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça.
Encerramentos Entidades extintas no período considerado, com publicação de extinção no portal de atos societários do Ministério da Justiça (não são consideradas as extinções com origem em procedimentos administrativos de dissolução). Entidades com insolvências Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. Regiões As entidades foram classificadas através da localização da sua sede, representando as 7 unidades da NUTS II de Portugal (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS)). A Informa D&B é especialista no conhecimento do tecido empresarial e através de análises inovadoras, disponibiliza o acesso a informação atualizada e relevante sobre a atividade de empresas e gestores, fundamental para a condução dos negócios dos seus clientes. A Informa D&B está integrada na maior rede mundial de informação empresarial, a D&B Worldwide Network, com acesso aos dados de mais de 245 milhões de agentes económicos em 221 países. www.informadb.pt (+351) 213 500 300 informadb@informadb.pt
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OPEL INSIGNIA GRAND SPORT
QUEM FAZ O QUÊ?
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ara a nova geração do Insignia, a Opel mudou praticamente tudo e até o nome recebeu um acrescento, passando a denominar-se Insignia Grand Sport. Na verdade o objetivo da casa alemã é o mesmo, desafiar os rivais Premium do segmento com um produto incrementado em termos de qualidade e de tecnologia. Para isso a Opel rodeou-se de uma série de fornecedores, igualmente de qualidade. Prestes a ser comercializado entre nós, a TURBO OFICINA antecipa-lhe quais algumas das empresas que contribuíram para a realização do modelo. Olhando para a tabela ao lado, é fácil perceber marcas como a Denso, a Delphi ou a Continental, que fornecem peças como sensores de temperatura, alternador (elemento fundamental para os motores devido ao sistema stop/start) e apoios de motor. Mas também notamos a presença da Federal-Mogul, da Brose e do grupo ZF TRW, bem como a Mahle ou a Schaeffler e ainda a Mann+Hummel, que fornecem para o Insignia, juntas de calor, ajustes dos bancos, sistema de amortecimento contínuo, rolamentos, volante bimassa do motor e o coletor de admissão. Igualmente a Magnetti Mareli está presente fornecendo as luzes traseiras LED, juntamente com a Automotive Lightning. Enfim, um mapa não exaustivo de fornecedores para o Insignia Grand Sport que lhe permite desde já perceber quais os fornecedores que terá de lidar num futuro próximo para manter os modelos vendidos em Portugal. /
FORNECEDOR COMPONENTE AGM AUTOMOTIVE Lâmpada do compartimento da consola central CONTINENTAL apoios do motor DELPHI Sensor da temperatura do ar DENSO Alternador EATON Válvulas do motor FEDERAL-MOGUL Juntas de calor IAC Isolamento interior do painel de instrumentos LYDALL Escudo de calor para o depósito de combustível MANN+HUMMEL Coletor de admissão MEANS INDUSTRIES Embraiagem de uma via selecionável ODENWALD-CHEMIE GMBH Peças internas de isolamento OMRON Comando da caixa automática - Fornecedor Tier 2 -China PREH-WERKE Unidade de controlo eletrónico da climatização RHEINMETALL AUTOMOTIVE Motor elétrico do corpo do acelerador SHILOH (ShilohCore) Painel de instrumentos VOESTALPINE Cobertura á medida da parte inferior do sub-chassis ZKW GROUP Luzes LED AUTOMOTIVE LIGHTING Luzes LED da traseira BROSE Ajustes em altura manual e elétrico DOW AUTOMOTIVE cola estrutural DR. SCHEIDER Molduras de janelas GESTAMP Reforços da carroçaria antes de pintura HELLERMANNTYTON Guias de cabos e elementos de fixação na carroçaria LEGGETT & PLATT Regulação elétrica do apoio lombar MACLEAN-FOGG COMP. SOL. Apoio do pneu suplente MAGNETI MARELLI Luzes traseiras LED MAHLE Rolamentos MULTIMATIC Vidros laterais das portas de alta resistência, 8 mm OKE AUTOMOTIVE Seat Profiles PLASTIC OMNIUM Sistema SCR (diesel) RÖCHLING AUTOMOTIVE Escudo de proteção pintura traseira SCHAEFFLER Volante bimassa do motor THYSSENKRUPP Veios de excêntricos ZF Sistema de amortecimento adaptativo continuo (CDC)
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REPARAÇÃO
DESAFIOS DA CONECTIVIDADE
AUTOMÓVEL LIGADO, CARRO "PIRATEADO"? Em 2020, 75% dos automóveis vendidos vão estar ligados à internet. E não apenas o automóvel exclusivamente, pois vão existir mais de 50 mil milhões de dispositivos ligados à rede – atualmente o valor é de aproximadamente 16 mil milhões. Como é bem sabido, na informática tudo o que se liga à internet é suscetível de ser "pirateado", incluindo os automóveis… TEXTO JOSÉ ANTONIO SOROA GONZÁLEZ-CAVADA
A
credita-se que 14% dos automóveis vendidos atualmente no mundo têm algum tipo de conetividade com o exterior, e este valor chegará aos 75% em apenas quatro anos. Isto supõe que se as normas o permitirem os condutores vão poder controlar remotamente os seus veículos, verificando se estão fechados, o nível de combustível e inúmeras novas funcionalidades que podem ser controladas a partir da "poltrona da sala" através de dispositivos móveis como computadores, smartphones ou tablets. O QUE É O AUTOMÓVEL LIGADO? Muito se diz sobre o automóvel ligado, mas de que se trata realmente? A conetividade no veículo está relacionada principalmente com estes fatores: a segurança integral e os sistemas de ajuda ao condutor; o denominado "infotainment" (infoentretenimento) associado à utilização da Internet e de aplicações de bordo. Por último, o automóvel autónomo supõe uma fase mais avançada mas ainda há muitos obstáculos por ultrapassar. Os ADAS, ou sistemas de assistência à condução, destacam-se pela sua integração no automóvel ligado: inovadores sistemas anti-colisão, assistentes de estacionamento, reconhecimento de sinais de trânsito, etc. Agora viajar de automóvel é mais confortável e seguro, graças a estes sistemas, pois
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permitem uma condução mais automática e reduzem o erro humano, presente em mais de 92% dos acidentes. Em qualquer caso, a conetividade persegue um objetivo claro: reduzir o número de acidentes graças a automóveis mais seguros, confortáveis e eficientes. INFORMADOS E ENTRETIDOS "A BORDO" Daqui a dez anos o automóvel ligado irá disponibilizar a mesma experiência de ligação a serviços de Internet que os dispositivos móveis. No automóvel, quem não gostaria poder desfrutar de serviços de navegação on line, informação de trânsito em tempo real, reprodução de música em streaming, ler mensagens, enviar ou receber chamadas ou interagir nas redes sociais, e o que é mais importante, sem desviar a atenção da estrada? ALGUNS SISTEMAS DE CONETIVIDADE DE FABRICANTES DE VEÍCULOS Audi
Audi Connect
BMW ConnectedDrive Chevrolet Mylink Citroën
Connect Box
Ford SYNC Mercedes
ME Connect
Opel OnStar Renault RLink2 Skoda SmartLink Volkswagen Connect
O OBJETIVO DA CONETIVIDADE É REDUZIR O NÚMERO DE ACIDENTES COM AUTOMÓVEIS MAIS SEGUROS, CONFORTÁVEIS E EFICIENTES.
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DESAFIOS DA CONECTIVIDADE Alguns fabricantes de automóveis encaram a conetividade como uma grande oportunidade para oferecerem serviços de valor acrescentado e soluções próprias que exigem a aceitação do seu catálogo de aplicações. Mas há cada vez mais sistemas que facilitam a integração de aplicações do smartphone do utilizador ou dos atuais relógios inteligentes através do sistema de infotainment ou infoentretenimento do automóvel. Podem ser controlados por voz, com o volante multifunções ou os comandos do automóvel para reduzir as distrações do condutor. E neste âmbito entram em jogo sistemas de empresas tecnológicas como MirrorLink, Android Auto da Google ou CarPlay da Apple AUTOMÓVEL AUTÓNOMO Para que o automóvel autónomo seja uma realidade previamente terá que ser desenvolvida a conetividade entre automóveis e entre veículo e infraestrutura. Esta última vertente é a que apresenta menos desenvolvimentos devido às lacunas existentes no meio envolvente. Em 2016, a Bosch começou a produzir em série novos sistemas de assistência que abrangem o estacionamento remoto, os engarrafamentos de trânsito, manobras de desvio e mudanças de direção com trânsito em sentido contrário e preveem ter pronto um piloto automático para circular de forma automatizada em autoestrada em 2020. Como exemplos do que já está a acontecer, um camião fabricado pela Daimler tornou-se no primeiro veículo autónomo com licença para circular sem condutor nas estradas dos Estados Unidos e a Volvo anunciou que em 2017 vai entregar uma frota de 100 veículos autónomos aos seus clientes para deslocação em trajetos quotidianos em algumas estradas da Suécia. A Google também tem o seu automóvel autónomo. Deste modo a conetividade online permitirá que os condutores tenham acesso à informação sobre engarrafamentos, gelo no piso ou acidentes, bem como informação para encontrar lugares de estacionamento livres e locais de carregamento – que poderão ser reservados e pagos imediatamente – para veículos elétricos. AUTOMÓVEL "PIRATEADO"? Quanto mais tecnologia de conetividade tiver um automóvel, mais fácil será encontrar pontos vulneráveis para de alguma forma assumir o controlo do mesmo. Por exemplo, quando não havia fecho centralizado nos automóveis, a única forma de aceder aos mesmos era forçar a fechadura. Agora, com os acessos sem chave ou keyless, é mais fácil roubar o código de acesso para furtar o automóvel. Mas trata-se de artimanhas de ladrões profissionais. A revista "Wired Magazine" contou com a ajuda
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Após vários meses de investigação apoiados por uma bolsa do governo americano, Miller e Valasek elaboraram um relatório no qual explicaram, entre outras coisas, que foram capazes de travar à distância um Toyota Prius que circulava a 128 quilómetros por hora, e que também manipularam o volante e travaram o motor. No caso do Ford Escape, conseguiram desativar os travões quando este circulava muito lentamente. Descobriram outra falha de segurança que afetava milhares de automóveis correspondentes a modelos do mesmo fabricante, Fiat Chrysler Automobiles, chegados ao mercado entre finais de 2013 e 2015. A falha localiza-se no chip que estes automóveis incorporam para permitir a ligação sem fios e móvel à Internet. E foi precisamente através da Internet que estes dois especialistas em ciberataques foram capazes de rastrear estes veículos e intervir em algumas das suas funções de forma remota e não autorizada. Encontramo-nos definitivamente perante um novo mundo de possibilidades, e é necessário estudar criteriosamente a segurança do mesmo.
QUANTO MAIS TECNOLOGIA DE CONETIVIDADE TIVER UM AUTOMÓVEL, MAIS FÁCIL SERÁ ENCONTRAR OS SEUS PONTOS VULNERÁVEIS de dois hackers que há já algum tempo investigam sobre as possibilidades proporcionadas pelo automóvel em controlo remoto: Charlie Miller (engenheiro de segurança na Twitter) e Chris Valasek (diretor de investigação de segurança no automóvel da Ioactive). O automóvel escolhido foi um Jeep Cherokee de última geração e o que fizeram foi publicado recentemente. Enquanto um piloto de testes conduzia o veículo, os hackers conseguiam ligar o ar condicionado, depois enviaram uma foto e apresentaram a mesma no ecrã do automóvel; em seguida ativaram o sistema de áudio no máximo, ligaram os limpa-para-brisas, etc. O pior de tudo é que depois desligaram o motor e inclusivamente fizeram uma demostração do que podiam fazer com os travões num estacionamento, naturalmente. Encontraram também falhas de segurança significativas no Toyota Prius e no Ford Escape.
EMPRESAS MAIS EXPOSTAS AOS CIBERATAQUES A nova realidade digital e de transformação tecnológica está a afetar especialmente a esfera empresarial. A maior dependência dos sistemas informáticos nas empresas com vista à otimização do funcionamento e da conetividade provoca o surgimento de ciberriscos, ciberataques e cibercriminalidade. Para combater estas eventualidades as empresas precisam de se proteger, não só com prevenção, mas também com soluções seguras. A seguradora Mapfre desenvolveu um novo produto muito completo que, entre outras garantias, contempla a cobertura de danos provocados a terceiros ou a funcionários, como consequência da publicação, violação, roubo ou deterioração de dados contidos nos sistemas informáticos da empresa segurada. Inclui igualmente coberturas por danos próprios que o segurado possa sofrer provocados por um ciberataque e que possam paralisar a sua atividade, indemnizando a dita perda e recuperando o software danificado e os sistemas de controlo de acesso. Para saber se está vaçido em Portugal, pode consultado todas as condições em www.mapfre.pt. /
PARA SABER MAIS Área de Informática www.youtube.com/watch?v=MK0SrxBC1xs www.revistacesvimap.com @revistacesvimap
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PASSO A PASSO
COMO DESMONTAR E MONTAR PNEUS Na desmontagem e montagem de pneus ou na sua substituição, especialmente com os novos pneus de baixo perfil ou com sistema “Run Flat”, é necessário adaptar os sistemas atuais a esta realidade. Uma série de ajudas para a desmontagem que facilitam a vida ao operador, vão conduzir a um serviço imaculado em qualquer tipo de jante e pneu, sem que existam danos quer nas jantes quer nos pneus. Algo que é cada vez mais importante em viaturas equipadas com jantes de dimensões generosas e desenhos rebuscados. O profissionalismo e atenção dos operadores é decisiva para um bom trabalho. Agora, para a desmontagem e montagem de pneus de perfil baixo, está disponível no mercado uma ferramenta útil como é o kit VM Utilnova de atualização para sistemas de desmontagem de pneus convencionais que permite realizar tal operação, como mostramos neste tutorial “Passo a Passo” realizado pelo Centro Zaragoza, Instituto de Investigação sobre Automóvel, parceiro da TURBO OFICINA há já bastante tempo.
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Esvaziar a roda e retirar os contra pesos, deixando assim a jante limpa e sem obstáculos para a máquina. A válvula também deve ser retirada pois deverá ser substituída por uma nova.
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Com a ferramenta de descolar os ombros do pneu, separa-se a jante do pneu do lado interior e exterior. Um trabalho que deve ser feito com muito cuidado para evitar danificar os bordos da jante.
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Colocar a roda no desmonta e o adaptador VM na garra. Como podem verificar na foto, o sistema adapta-se de forma perfeita a qualquer garra e, como veremos, ajuda sobremaneira o operador
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Posicionar e ajustar o braço do desmonta no bordo da jante. Esta operação destina-se a inserir a ferramenta VM de forma a que possa rolar entre o ombro da jante e a gola do pneu. Feita em material que cuida da jantes, não há aqui cuidados especiais
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Fazer girar a roda até que o pneu se solte da jantes na parte superior, utilizando um desmonta VM. Uma vez mais se exige algum cuidado nesta operação para evitar danificar a jante ou o pneu caso este não vá ser substituído.
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Repetir a mesma operação no outro lado da roda, utiizando os mesmos procedimentos e sempre com o cuidado necessário para evitar danificar a jante e o pneu caso este não seja para substituíção.
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PASSO A PASSO
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Substituir a válvula de ar, pois a cada mudança de pneu ou até desmontagem do mesmo por alguma razão, a válvula deverá ser sempre substituída, evItando assim percalços posteriores e pneus a perder ar sem se saber bem porquê.
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Colocar o braço de montagem com o adaptador VM e começar a montar o pneu até este encaixar na jante. O processo é muito semelhante ao de desmontagem e por isso deve ser feito com igual cuidado e rigor.
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Após retirar o pneu velho da jante, esta deve ser lavada e, ficando pronta para receber um novo pneu, é colocada na máquina. O novo pneu deve ser lubrificado bem como a jante, ambos com massa de montagem.
10 VM, resta ao operador encher o pneu com a pressão
Colocado o pneu na jantes com a ajuda da ferramenta recomendada e assim terminar a operação de desmontagem/montagem do pneu.
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MANUTENÇÃO
Renault Talisman 1.6 dCi 130 Energy Zen 4p
RENAULT TALISMAN 1.6 DCI 130 ENERGY ZEN Apesar de fracassos anteriores, a Renault regressa ao mercado dos topos de gama. Com um custo de 4,26€ por cada 100 quilómetros, eis um modelo que deseja ser verdadeiro Talisman para a casa francesa.
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endo por base a plataforma CMF-CD, desenvolvida pela Renault e pela Nissan, o Talisman declina-se nas versões carro e carrinha e com motores gasolina e diesel. A sua missão é ocupar o lugar deixado livre pelo fim do Laguna e oferecer algo mais por valores aproximados aos do modelo que substitui. Assinala outro marco na história da Renault pois desde o Renault 18 dos anos 80, nunca um modelo da casa francesa prescindiu da carroçaria de cinco portas. A componente tecnológica está presente através de equipamentos como a direção às quatro rodas (4Control), o MultiSense (que permite trocar os ajustes do carro com apenas um toque num botão escolhendo entre os modos Comfort, Eco, Neutral e Sport), o R-Link2 com ecrã de 8,7 polegadas e ampla conectividade, reconhecimento de sinais de trânsito com avisador de excesso de velocidade, cruise control adaptativo e alerta de tráfego no ângulo morto traseiro. Escolhemos para esta análise pormenorizada a versão equipada com o motor 1.6 dCi 130 CV. VALORES CONTIDOS Tomando como base 48 meses e 120 mil quilómetros, o Renault Talisman 1.6 DCI 130 Energy Zen tem um custo por cada centena de quilómetros de 4,26 euros, o que perfaz um total de 5.111 euros nos quatro anos de utilização.
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As revisões absorvem 856 euros, nos elementos habituais como óleos e filtros, além da mão de obra. Depois vão mais 1.419 euros para material de desgaste como escovas limpa para brisas, pastilhas de travão, discos e carga do ar condicionado, entre outras pequenas coisas. Os discos devem ser mudados a cada 90 mil quilómetros (os de trás duram 120 mil km), as pastilhas da frente a cada 30 mil quilómetros e as traseiras a cada 60 mil km e o alinhamento de direção deve ser feito a cada 40 mil quilómetros. O filtro de óleo (13 euros) deve ser mudado a cada 30 mil km, sendo que o óleo tem a mesma duração (cada litro custa 14,58€ o litro). O valor da mão de obra é, em média, de 36,76€. Fique a saber que uma recarga do ar condicionado custa 100 euros (feita a cada 100 mil kms), um jogo de discos dianteiros fica por 204€ (os de trás ficam por 212€) e um jogo de pastilhas tem um custo de 72 euros. Junte mais 2152 euros para os pneus e mais ou menos 120 euros para calibragens, válvulas e alinhamento de direção. Finalmente, conte com uma IPO (Inspeção Periódica Obrigatória) cujo custo é de 27 euros e, já agora, junte 531 euros de inflação aos custos totais. Não se esqueça, também, dos 141,47 euros do IUC. Recordamos que a todos estes preços e aos da tabela ao lado, acresce o IVA à taxa legal de 23%. Para mais informações, contacte Luís Ribeirinho, diretor comercial da 4Fleet, através do telefone 910401216 ou do email ribeirinho@4fleet.pt. /
Caraterísticas do Veículo Potência (cv) 130 Cilindrada (cc) 1598 EuroNCap 86/84/68 CO2 102 Tração / Transmissão Dianteira / Manual Caixa de Velocidades 6 velocidades Carroçaria Sedan Valor N.º Revisões 835,06 € Mão-de-Obra 242,62 € [6,6] Óleo 262,44 € [4] Capacidade do carter (litros) 4,50 [lts] Tipo de óleo Semi-Sintético Filtro de Óleo 52,00 € [4] Filtro de Ar 44,00 € [2] Filtro de Pólen 106,00 € [4] Filtro de Combustível 128,00 € [2] Velas - € [0] Desgaste 1.419,38 € Escovas Limpa Para Brisas Frente 201,41 € [4] Escovas Limpa Para Brisas Tras 35,35 € [2] Pastilhas Frente 390,93 € [4] Pastilhas Tras 194,82 € [2] Discos Frente 244,44 € [1] Discos Tras 252,44 € [1] Liquido de Travão - € [1] Correia Distribuição - € [0] Embraiagem - € [0] Carga Ar Condicionado 100,00 € [1] Escape - € [0] Bateria - € [0] Amortecedor Frente - € [0] Amortecedor Tras - € [0] Bomba Agua - € [0] Filtro Particulas - € [0] Tarefas Extra - € Avarias - € Eléctricas - € Total - € Pneus 2.299,44 € Pneus Frente 225/55R17V Pneus Trás 225/55R17V Pneus 2.152,84 € [10] Alinhamento de Direcção 45,00 € [3] Equilibragem 76,60 € [10] Válvula 25,00 € [10] Outros 558,38 € IPO 27,00 € Inflação 531,38 € Ajustes - € Custos de Manutenção Total 5.112,26 € /100 kms 4,26 € Consumo misto 3,90 lts / 100 kms IUC 141,47 € * Indica percentagem proteção adultos/proteção crianças/ proteção peões/sistemas de segurança ativa ** Número de vezes peça é substituida Valores sem IVA
NOTÍCIAS
PNEUS
MICHELIN VISION
REVELADO CONCEITO BASTANTE INOVADOR
O
simpósio Movin’On 2017, dedicado à sustentabilidade, foi a oportunidade para a Michelin apresentar o estudo de um pneu revolucionário, que recebeu a designação Vision. Este conceito de pneumático reúne um conjunto de tecnologias – sem ar, conectado, recarregável e orgânico – sendo simultaneamente uma jante e um pneu. Segundo a marca francesa, o “Vision é um sonho tornado realidade porque esta solução revolucionária resulta da convergência de inovações que já estão a ser exploradas pelas equipas de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo.” Os materiais utilizados neste pneumático são de origem natural e biodegradáveis para minimizar a pegada ambiental. Além disso, com o recurso a impressoras 3D é possível utilizar apenas a quantidade exata de borracha e assim alargar a sua vida em função das necessidades. O desenho dos sulcos é otimizado e a sua profundidade reduzida, diminuindo a sua espessura e tornando o pneu mais eficiente em termos de materiais. O desenho do sulco é adaptável com base em critérios como o conforto, a segurança e a sustentabilidade. O Vision não tem ar, mas possui uma arquitetura interior capaz de suportar o veículo, assegurando a solidez da roda, o conforto e a segurança. A Michelin garante que o Vision não pode explodir ou rebentar. Este pneu também está equipado com sensores que fornecem informação em tempo real acerca do seu estado. Além disso, a marca francesa disponibiliza uma aplicação móvel que permite fazer a marcação da alteração do destino do pneu em função das necessidades do utilizador. /
NEX TYRES DISTRIBUI ÖZKA EM PORTUGAL A Nex Tyres é o distribuidor nacional exclusivo da gama de pneus agrícolas e industriais da marca turca Özka. A Özka e a Nex Tyres dão um passo na consolidação da sua estratégia de crescimento no mercado ibérico, permitindo que o investimento de ambas as empresas potencie a penetração da marca em
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toda a Península Ibérica, cuja cobertura geográfica integral da Nex transmite uma capacidade logística excecional à distribuição da completa gama de pneus agrícolas radiais e diagonais, bem como de pneus para aplicações industriais. A gama ÖZKA possui mais de 200 referências, que abrangem mais de 40 soluções/pisos distintos, compreendidas entre jantes 9” e 48”. A Nex Tyre Portugal tem uma expetativa otimista uma vez que esta registou uma boa aceitação nos países de leste, onde conquistou uma quota de mercado bastante interessante.
TIRESUR E COOPER NO BRASIL A Cooper estabeleceu um acordo com a Tiresur para a distribuição exclusiva na região do Nordeste do Brasil. Esta parceria permite a comercialização dos pneumáticos daquela marca numa área amplamente conhecida pelo distribuidor. A Tiresur está a alcançar um crescimento assinalável na América do Sul e o Brasil constitui um centro nevrálgico para a distribuição, a partir dos três armazéns da empresa, localizados em Salvador da Baía, Fortaleza e Recife. A
ampla rede de distribuição em associação com a delegação do Panamá permite abranger o centro e o sul do continente americano. O acordo de distribuição exclusiva dos pneus da marca Cooper abrange os seguintes estados brasileiros: Baía, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão.
BRIDGESTONE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
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uma iniciativa já tradicional, a Bridgestone lançou o seu relatório anual de sustentabilidade 2016. Entre muitos dados e temas interessantes, a marca japonesa revelou que os seus pneus exibem 13 por cento menos de resistência ao rolamento face às borrachas de 2005. A empresa conseguiu, também, uma redução das emissões de CO2 de 29% nos seus produtos durante 2016. Paralelamente foi alcançada uma redução de 28,5% do uso de água por pneu fabricado e 31% de melhoria da produtividade dos recursos. Além disso, este relatório oferece notícias sobre o programa de responsabilidade social da Bridgestone, o “Our Way to Serve” que toca três grandes áreas: mobilidade, pessoas e ambiente. A marca japonesa de pneus clarifica as suas ações neste âmbito e, também, as várias iniciativas que desenvolve para encontrar formas de auxiliar os menos protegidos. Segundo Masaaki Tsuya, CEO da Bridgestone, “a Bridgestone sempre usou a inovação para desenvolver uma ampla gama de produtos e serviços e agora queremos desenvolver e oferecer soluções de negócio que possam, também, lidar com questões sociais ao mesmo tempo que satisfazemos os desejos dos nossos consumidores.”
MICHELIN
FORTE INVESTIMENTO EM FÁBRICA ROMENA SAVA LANÇA ESKIMO SUV 2 O nome deixa claro que este é um pneu para o inverno e dedicado aos SUV. Lançado pela Sava, este pneu está pensado para oferecer o melhor controlo possível em pisos de neve e gelo. O Sava Eskimo SUV2 foi desenhado para otimizar a sua performance em pisos gelados ou com neve, destacando a travagem como eixo principal no desenvolvimento do pneu. Este estará disponível em cinco dimensões, sendo proposto a um preço que, como a Sava refere, “é amigo dos bolsos do cliente.”
A
casa francesa prepara-se para aumentar a produção de pneus para a sua fábrica do leste europeu, situada em Zalau, Roménia. Segundo comunicou a própria Michelin, o investimento sobre aos 33 milhões de euros e irá criar mais 100 postos de trabalho, segundo noticia a imprensa romena. Desta forma, Zalau transforma-se na única fábrica europeia da Michelin a produzir pneus para a zona inferior do portfólio de pneus das marcas “low cost” do grupo francês. Sean Parry, diretor da unidade de produção da Michelin em Zalau, referiu que “esse novo projeto estratégico da Michelin Zalaui Anvelope, marca de forma perfeita os 40 anos de contínuo desenvolvimento e de produção. Estou muito orgulhoso que a nossa equipa continue a contribuir para o desenvolvimento do grupo. A fábrica está pronta para lidar com os novos desafios devido aos novos equipamentos e está preparada para efetuar lançamentos de novas marcas e para a implementação de um modelo de negócio que ligue, diretamente, a fábrica ao cliente.”
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OPINIÃO
JURÍDICO
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE
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erificando-se um acidente de viação, manda a cautela que sejam tomadas uma série de providências para que, dentro do infortúnio, se possa chegar ao mal menor. Questão de proporcionar todas as condiçõs que evitem problemas imediatos e futuros.
A primeira acção instintiva é tentar manter a calma e fazer a avaliação das consequências do acidente. Perceber se há feridos e o estado em que se encontram, caso existam, o grau de dano que se verifica nos veículos envolvidos e se os mesmos estão ou não em condições de circular. Havendo feridos, é sempre aconselhável ligar preferencialmente para o 112, ou para os bombeiros, a PSP ou a GNR. Na conversa telefónica deve manter a calma, ser sucinto e objectivo, dar as coordenadas do local onde se encontra e relatar sumariamente se existem ou não feridos e o seu estado de gravidade. Deve ainda indicar se as viaturas estão imobilizadas em local que impeça ou cause embaraço para o transito. Para sua segurança e dos demais, não se esqueça de colocar o triangulo de aviso de perigo e os coletes refletores. Em seguida, e havendo essa possibilidade, deve recolher toda a informação possível sobre os veículos e condutores intervenientes no acidente assumindo especial relevância informação sobre matrículas, apólices de seguro, marca e modelo dos veículos, nome do condutor, morada, dados do cartão de cidadão e da carta de condução. Havendo testemunhas, deve tentar obter também informação sobre as mesmas, nomeadamente nome, morada de residência e contacto. Sempre que seja possível, é aconselhável também que fotografe os veículos envolvidos, preferencialmente enquanto os mesmos ainda estão no exacto local em que ficaram imobilizados após o acidente já que esse registo fotográfico - quer das viaturas quer do local e posição em que se encontram - pode assumir uma importância na atribuição das responsabilidades pela produção do acidente.
MIGUEL RAMOS ASCENÇÃO ADVOGADO
Deve o interveniente num acidente tentar que seja preenchida o mais completa possível e assinada por todos os intervenientes uma declaração Amigável de Acidente Automóvel, sendo particularmente importante a recolha de informação referente à identificação dos condutores intervenientes, seguradoras e número da apólice de seguro dos veículos envolvidos, relato das condições em que se produziu o acidente e, se possível, a indicação de testemunhas. Ainda que não existam feridos e mesmo que o acidente não tenha grandes consequências materiais, há circunstâncias que aconselham sempre que se ligue para o 112 (que depois tratará de coordenar os meios mais adequados para o acidente em concreto): (i) quando um dos intervenientes não tem documentos; (ii) quando um dos intervenientes não tenha ou não faça prova de ter seguro válido; (iii) quando um dos intervenientes não possa ou não queira colaborar no preenchimento e assinatura da Declaração Amigável; (iv) quando um dos intervenientes seja um veículo de matrícula estrangeira. Embora seja sempre uma situação de desgaste emocional e, muitas vezes, material, depois de chamadas as autoridades, não poderá abandonar o local, sob pena de poder vir a incorrer na prática de um crime de omissão de auxílio ou de ser autuado por deixar o local de acidente antes da recolha de dados pelas autoridades. Sendo elaborada e preenchida a declaração amigável, deve ficar uma das vias para cada um dos intervenientes no acidente, devendo ambos remetê-la à sua companhia de seguros o mais rapidamente possível e, em qualquer caso, dentro dos oito dias subsequentes à data do acidente.
Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica. O autor desta crónica escreve de acordo com a antiga grafia.
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