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PÁ G I
NAS
2,90€ (CONT.)
#78 MARÇO/ABRIL 2019
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profissional
TUDO SOBRE AR CONDICIONADO
RESPIRAR FUNDO
MANUTENÇÃO DOS SISTEMAS E COABITAÇÃO DE DOIS GASES / A IMPORTÂNCIA DOS FILTROS DE HABITÁCULO / COMO SENSIBILIZAR OS CLIENTES PARA A SUA TROCA GARRET
O FUTURO RISONHO DO TURBOCOMPRESSOR
6.º EXPOMECÂNICA
TODAS AS NOVIDADES DO MAIOR SALÃO DE AFTERMARKET
MIGUEL MELO MCOUTINHO PEÇAS “VAMOS CONTINUAR A CRESCER”
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profissional
SUMÁRIO #78 / MARÇO/ABRIL 2019
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DESTAQUE
MCoutinho Peças, um colosso... em crescimento
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PROTAGONISTA
A Garrett e o futuro risonho dos turbocompressores
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ENTREVISTA
Todas as novidades do expoMecânica-2019
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ESPECIALISTA
Interescape com sistema único na Península Ibérica de limpeza de filtros de partículas
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DOSSIER
Tudo sobre sistemas de ar condicionado
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REPORTAGEM
O que vimos na Automechanika Motortec Madrid
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BOAS PRÁTICAS
Como a Nissan fideliza clientes às suas oficinas
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REPARAÇÃO
Formas de melhorar a ergonomia nas zonas de pintura para reduzir o aparecimento de lesões
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REPARAÇÃO
Calibrar um radar dianteiro, passo-a-passo
ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES: MONROE SELO DE CAPA PRO4MATIC RODAPÉ DE CAPA EUROREPAR VC JAPANPARTS 5 MANN-HUMMEL 11 SPARKES & SPARKES 12/13 TRW 1 CHAMPION 17 IBEROTURBO 23 METELLI 27 EXPOMECÂNICA 35 JAPANPARTS 37 ZF 41 EUROREPAR 45 AUTOZITÂNIA 53 ZARAGOZA 65 CESVIMAP 67 JABA 71 CARF VCC VALEO CC
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MARÇO/ABRIL 2019 TURBO OFICINA
EDITORIAL
A FORÇA DAS PME’S S
e os grandes “tubarões” do aftermarket nacional já têm os seus canais próprios para entrar no mercado espanhol, foi estimulante ver como tantas empresas de pequena e média dimensão atacaram a presença na Motortec. A capacidade de captarem a atenção de muitos visitantes profissionais de outros países, as muitas reuniões e contactos, o interesse que conseguiram despertar com os seus produtos e serviços e a forma dinâmica como estiveram “em campo” mostraram a garra que existe neste tecido empresarial que nem sempre faz as grandes notícias do setor. Podem estar na categoria das Pequenas e Médias Empresas – e nesta edição debruçamo-nos mais em detalhe sobre duas delas, a Interescape e a Sparkes & Sparkes – mas, na verdade, todas elas são suficientemente grandes para já não caberem nos 89.015 km2 de Portugal Continental… E têm o arrojo de esticar as suas fronteiras, pelo menos, a toda a Península Ibérica, várias delas até a muitos outros países por essa Europa ou até Mundo fora. E não o fazem por necessidade de arranjar alternativas a uma conjuntura difícil, pois o negócio “caseiro” até está a correr bem, com algumas empresas em fase de expansão. É mesmo pela vontade de crescer, de ganhar massa crítica e uma solidez que
profissional
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS
lhes dê garantias de um futuro mais resistente a eventuais crises. Se os grandes grupos têm mostrado trajetórias de crescimento, é bom ver que nas PME’s, que são os alicerces da nossa economia, há uma dinâmica assente em “know how” e elevada competência que está a fazer o seu caminho além-fronteiras! Outro tema central desta edição é o da manutenção de todo o sistema de ar condicionado dos veículos, numa época em que começarão a ser usados “em força” e quando já é um equipamento presente em mais de 90% do parque automóvel. É fundamental que as oficinas expliquem aos seus clientes a necessidade dessa manutenção que, sendo sempre vista como uma despesa, é acima de tudo um investimento da maior importância para o utilizador do automóvel: na sua saúde pela qualidade do ar que respira e até na própria segurança rodoviária (a sua e a dos outros), no caso de ser um dos milhões de portugueses que sofrem de alergias. Explicamos porquê no dossier que publicamos a meio desta revista, em que deixamos alguns argumentos para que as oficinas elucidem os seus clientes das benesses e do bem-estar que podem ganhar com um sistema de climatização “como novo”. Encha os pulmões e… boa leitura!
SEDE DEV REDAÇÃO E PUBLICIDADE AV. TOMAS RIBEIRO 129 SALA 12 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6 E-MAIL oficina@turbo.pt ADMINISTRAÇÃO AV. DAS OLAIAS, 19 A 2635-542 RINCHOA TELEFONES 211 919 875/6 E-MAIL oficina@turbo.pt DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt EDITOR CHEFE SÉRGIO VEIGA sergioveiga@turbo.pt REDAÇÃO CARLOS MOURA PEDRO carlosmoura@turbo.pt RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt COORDENADOR COMERCIAL ALEXANDRA LI CHING alexandraliching@turbo.pt COORDENADOR DE ARTE E INFOGRAFIA JORGE CORTES jorgecortes@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO secretariado@turbo.pt COLABORADORES DAVID ESPANCA PAULO MARMÉ PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP IMPRESSÃO LIDERGRAF, ARTES GRÁFICAS, SA. RUA DO GALHANO, N.o 15 4480-089 VILA DO CONDE, PORTUGAL lidergraf@lidergraf.pt DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 5000 EXEMPLARES Registo erc Nº 127205 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
Sérgio Veiga E D ITO R CHE FE
TURBO OFICINA MARÇO/ABRIL 2019
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DESTAQUE
MIGUEL MELO, ADMINISTRADOR DA MCOUTINHO PEÇAS
CONTINUAR A CRESCER A DOIS DÍGITOS Em duas décadas, a MCoutinho Peças montou uma estrutura com capacidade para fornecer componentes à totalidade do parque automóvel nacional! Venha conhecer esta referência do aftermarket nacional, guiado pelo seu administrador, Miguel Melo Texto Sérgio Veiga Fotos José Bispo
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ais que pelo enorme volume de negócios anual que já deixou a fasquia dos 40 milhões de euros lá bem para trás e por estar no pódio das empresas portuguesas do aftermarket automóvel, a MCoutinho Peças destaca-se por ser a única a conseguir uma cobertura quase total do parque circulante nacional! Tarefa hercúlea concretizada em duas décadas desde que, em 1999, o Grupo MCoutinho criou uma Plataforma de Peças para satisfazer as cinco marcas que então representava. Vinte anos depois, a MCoutinho Peças conta com um portefólio de 32 marcas originais fornecendo os componentes, a partir dos seus dois centros logísticos, situados no Porto e em Lisboa. A sua flexibilidade logística e rapidez de reação às necessidades dos clientes, em conjunto com preços altamente competitivos e “desenvolvimentos tecnológicos pioneiros, realizados internamente para responder a necessidades específicas do mercado”, têm sido os segredos para um crescimento constante, rumo ao topo do “ranking” das empresas nacionais de aftermarket. Além das peças originais, a MCoutinho estabeleceu uma parceria há dez anos (2009) com a AZ Auto que acabou com a aquisição total daquela empresa e a consequente integração. Este é, pois, um ano de comemorações!
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Mais recentemente, também a rede oficinal Rino tem vindo a ser integrada na estrutura deste importante projeto empresarial. Apontando para “a continuação do crescimento sustentado a dois dígitos”, Miguel Melo, administrador da MCoutinho Peças, revelou-nos os pontos fortes de um inegável caso de sucesso. Segundo os números conhecidos de 2017, a MCoutinho Peças tinha tido um volume de negócios de cerca de 40,7 milhões de euros no equipamento original, num crescimento de 11% face a 2016. Como foi o balanço de 2018? Continuámos nessa mesma dinâmica de crescimento, e reforçámos a aposta em novas marcas no aftermarket. 2018 foi o nosso melhor ano de sempre, quer para peças originais quer para aftermarket, com um crescimento de dois dígitos. Distinguem-se das outras empresas de aftermarket por só trabalharem com peças originais? Não, distinguimo-nos das outras empresas precisamente pelo contrário. Porque trabalhamos uma gama de peças originais de 32 marcas que cobre mais de 97% do parque automóvel e, em acréscimo, por termos uma gama completa de aftermarket de manutenção e reparação que temos vindo sistematicamente a reforçar. Somos, por 6
É a partir dos centros logísticos de Porto e Lisboa, que a MCoutinho Peças fornece componentes originais para automóveis de 32 marcas, embora Miguel Melo se mostre disponível para aumentar esse portefólio
isso, o único operador no mercado capaz de oferecer peças originais e aftermarket de uma forma integrada. Não têm também ofertas de aftermarket que sejam igualmente fornecedores OEM? Sim, para além do anteriormente referido, temos também gamas de aftermarket propostas pelos fabricantes automóveis. Quais as vantagens que propõem ao mercado com o vosso posicionamento? O preço mais alto não é problema? A MCoutinho Peças, quer nas peças originais, quer nas peças aftermarket, é conhecida por praticar preços extremamente competitivos. E esse preço está sempre associado a uma qualidade de serviço de referência. Como lidam com uma, chamemos-lhe “concorrência interna” da AZ Auto? Não entendemos que exista concorrência, pelo contrário, porque vemos o 7
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DESTAQUE
"Seremos a empresa que melhor desenvolveu o sistema de devoluções, permitindo ao cliente ver todo o percurso desde que submete a devolução até ao fecho do processo"
negócio de peças originais e aftermarket, não como concorrentes, mas como complementares. Daí termos entrado no segmento aftermarket. Têm neste momento um portefólio de 32 marcas. Poderá vir a ser aumentado? Sim, eventualmente, quando estiverem reunidas as condições para fornecer as marcas que ainda não temos no portefólio. Ou seja, fornecer estas marcas garantindo o nível de serviço que temos nas restantes. Ainda têm entre as vossas marcas algumas que já não existem no nosso mercado, como a Rover e a MG. Como conseguem garantir peças originais para estes modelos? A nossa experiência e a nossa rede de “networking”, aliados ao conhecimento que temos das peças e do mercado, permitem-nos encontrar soluções mesmo para modelos descontinuados. Neste caso, verificamos que estas são marcas clássicas, para as quais continuamos a ter uma procura relevante, a qual queremos satisfazer.
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PORTAL B2B RECEBE 70% DAS ENCOMENDAS O atendimento dos clientes é feito através de um completo call center com várias «portas» de entrada, inclusive Skype. Qual é a forma mais utilizada para encomendas? Ao nível do aftermarket, 70% das encomendas são já colocadas diretamente no nosso portal. Ao nível das peças originais, compreendemos a necessidade do mercado de uma identificação de peças exemplar e, por isso, temos um call center com 25 atendedores altamente especializados nas marcas com que trabalhamos. Algo claramente diferenciador no mercado. Apesar disso há hora e meia por dia (a hora do almoço) em que não aceitam encomendas... Não é limitativo para os clientes? Não é verdade, nós recebemos clientes 24 horas por dia, 365 dias por ano, através dos nossos portais. De qualquer forma este é o horário que melhor serve os clientes e, em todo o caso, poderão colocar as encomendas para além 8
do online, por Skype ou email, encomendas essas que serão respondidas de imediato a partir das 14.00 horas. A existência do portal B2B, desde 2016, facilitou as encomendas aos vossos clientes, mas não vos criou problemas com devoluções? Maior facilidade de encomendas leva, por vezes, a algum facilitismo… Pelo contrário, os clientes têm a possibilidade de trabalhar em “self service”, desde a identificação, à encomenda, passando pelo rastreio de todo o processo incluindo o processamento de devoluções. Seremos, com certeza, a empresa que melhor desenvolveu o sistema de devoluções, permitindo ao cliente ver todo o percurso desde que submete a devolução até ao fecho do processo, permitindo inclusive a impressão de nota de crédito a partir do portal. UM PASSO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO Qual o funcionamento em termos logísticos?
As expedições são realizadas a partir dos dois armazéns de que dispomos, no Porto e em Lisboa. Quantas entregas diárias e que cobertura nacional conseguem ter? Fazemos a cobertura nacional em Portugal Continental e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira, sendo que no Continente fazemos até quatro entregas por dia. Fazemos ainda entregas urgentes quando pedidas pelos clientes.
Com 25 profissionais especializados, o "call center" da MCoutinho Peças é elemento diferenciador no atendimento aos clientes do setor das peças originais
cio, não só porque, em conjunto, pertencemos à maior central internacional de compras de peças, como nos permite ter uma visão mais alargada do negócio de peças, nomeadamente a nível europeu. Permite-nos potenciar igualmente a venda de peças originais aos seus associados, com claras vantagens para a rede do Grupo CGA. É, portanto, o passo para a internacionalização da MCoutinho, com foco especial no mercado espanhol… Neste momento a única perspetiva de internacionalização que temos é a distribuição...
Pensa que o futuro do aftermarket e da distribuição de peças continuará com este modelo actual? Acreditamos que a tendência do mercado será de concentração e de ter operadores de maior dimensão e mais profissionais.
Quais as perspetivas para este ano e para um futuro a médio prazo? Continuarmos a crescer! A perspetiva é sermos cada vez melhores em cada uma das áreas da nossa organização, para melhor servirmos os nossos clientes. Como consequência, é para nós uma garantia a continuidade do crescimento sustentado a dois dígitos que temos vindo a ter.
Em 2018 a MCoutinho Peças integrou o Grupo CGA. Compreende-se o interesse do grupo espanhol, mas o que ganhou a MCoutinho? A parceria com o Grupo CGA era o passo natural de evolução no negó9
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DESTAQUE
AZ A U TO F O R N E C E AFT E RM ARKE T
QUALIDADE EM PRIMEIRO
É
sob o “chapéu” da AZ Auto que a MCoutinho disponibiliza milhares de referências de peças para o aftermarket, centradas nas áreas de motor, suspensões, direções, sistemas de travagem e elétrico, bem como toda a parte relacionada com a visibilidade do pára-brisas. Uma vertente de negócio que tem conhecido franco crescimento e começa a ganhar peso no volume total da MCoutinho Peças. Miguel Melo explicou-nos a estratégia para a AZ Auto: “A AZ Auto não inclui na sua oferta peças para a área da colisão. Quanto à mecânica, e fruto do que tem vindo a ser a nossa estratégia, temos vindo progressivamente a integrar novas marcas e novas famílias de produtoNeste momento, a cobertura de peças de manutenção é total”. Como selecionam as marcas com que pretendem trabalhar? Têm mais que uma gama para o mesmo produto em função do preço? Simples. Em primeiro lugar, o que procuramos, é qualidade. Não é opção integrar no nosso portefólio marcas que não representem qualidade e segurança. Posteriormente, seguimos uma estratégia interna na AZ Auto de termos, para a mesma família de produto, mais que uma opção. Regularmente temos um produto “premium”, como por exemplo a ATE na travagem e, como complemento para uma gama de preço mais competitiva, a Galfer – marca pertencente ao Grupo Continental, que garante uma qualidade inquestionável, a um preço mais acessível. Aproveitam o esquema logístico montado pela MCoutinho Peças para a distribuição? Todo o serviço logístico prestado pela MCoutinho Peças é o mesmo replicado
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para a AZ Auto. A única distinção está na tipologia de clientes com que trabalhamosAmbas as empresas utilizam a mesma plataforma logistica de excelência, completamente adaptada ao mercado, tanto para peças originais como aftermarket. Fornecem também diverso equipamento oficinal, como surgiu esta área de negócio? De uma forma natural e simultaneamente com a comercialização das peças, devido ao facto de representarmos marcas como a ATE e Bosch, marcas fortíssimas e inovadoras no desenvolvimento de soluções para oficinas. Como conseguem diferenciar a oferta AZ Auto da MCoutinho para não entrarem em concorrência direta? A AZ Auto não entra em concorrência com a MCoutinho Peças. Há uma clara distinção entre MCoutinho Peças (Peças OEM) e AZ Auto (IAM), seja pela sua estratégia comercial, seja pelos próprios canais de comercialização.Mais do que isso, acreditamos que os negócios, para além de não concorrerem, são de facto complementares. 10
Miguel Melo explica que o primeiro critério para a escolha das marcas com que a AZ Auto trabalha é o nível de qualidade e segurança que oferecem
NOTÍCIAS
N ACIONAIS
ZF Aftermarket Novo catálogo Lemförder A ZF Aftermarket lançou um novo catálogo Lemförder de componentes borracha-metal para veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros, que inclui mais de 340 referências novas para viaturas da última geração. O catálogo está disponível em formato PDF e é constituído por dois volumes, organizados de A-M e de N-Z. Os componentes borracha-metal são essenciais para a obtenção de uma condução mais segura, estável e confortável. zf.com/spainportugal/pt
BOS CH
Expansão do polo de Braga
A
Bosch investiu 38 milhões de euros na expansão das instalações de Braga, que inclui a construção de dois novos edifícios que vêm acrescentar 21 mil m2 aos 54 mil m2 já edificados no complexo. Um dos novos edifícios recebeu as instalações da cantina (3900 m2) e servirá os cerca de 3700 colaboradores. O segundo compreende uma área de 5200 m2 de escritórios e uma área de produção com 10.000 m2. Aqui serão produzidos sistemas inovadores de infotainment e painéis de instrumentação digitais para importantes fabricantes automóveis. A Bosch Car Multimédia, em Braga, tornou-se um dos quatro maiores expor-
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tadores de Portugal, tendo duplicado o volume de negócios nos últimos quatro anos, com mais de mil milhões de euros. A empresa prevê continuar a crescer, de acordo com Carlos Ribas, administrador técnico da Bosch em Braga: “A Bosch vê enorme potencial em Portugal e vai continuar a investir no país”. E acrescentou que a aposta vai passar pela “criação de conhecimento crítico e soluções inovadoras nas áreas de mobilidade autónoma e conectada”. As novas instalações foram inauguradas na presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da autarquia de Braga, Ricardo Rio, e parceiros institucionais. bosch.pt
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geral@sparkes.pt 229 685 416
MCnur agora com serviço de peças
T U R BO C L IN IC
Diagnóstico de fugas em turbos A Turboclinic vai lançar um equipamento autónomo de diagnóstico que possibilita a deteção de fugas de óleo de um turbocompressor sem necessidade de o retirar do veículo. Ao simplificar o diagnóstico, o sistema, denominado “Oil Leak Tester Stand-Alone”, permite poupar tempo e diminuir os custos atuais deste processo. O novo equipamento de diagnóstico da TurboClinic foi desenvolvido com base em tecnologia utilizada na aeronáutica para analisar fugas de óleo em turbocompressores, quer pelo lado do esca-
pe, quer pelo da admissão. O “Oil Leak Tester Stand-Alone” (mostrado na Motortec) promete ser uma ferramenta de diagnóstico para empresas especializadas na reparação de turbos e para empresas de mecânica geral. Segundo anuncia a Turboclinic, o novo equipamento de diagnóstico, preciso e rigoroso, possibilita a redução do tempo e dos custos do processo de deteção de fugas de óleo, estando previstas condições especiais para os clientes Turboclinic com versões anteriores deste equipamento. turboclinic.com
JAPANPARTS GROUP FILTROS GPL E GNC O Japanparts Group lançou uma gama de filtros GPL e GNC para as marcas Ashika, Japko e Japanparts. O portefólio é constituído por mais de 40 produtos, incluindo cartuchos filtrantes, filtros completos não inspecionáveis (instalação horizontal e vertical), filtros completos inspecionáveis, elementos filtrantes para automóveis do FCA Group com instalação a metano de origem, kit O-ring para os principais produtos, limpador do sistema de alimentação GPL). japanpartsgroup.com
Ao abrigo da sua estratégia empresarial para 2019, a MCnur e a MCnur Espanha lançaram novo serviço de peças que serve de complemento ao setor dos motores novos e reconstruídos, em que ambas as empresas operam. Denominado MCnur Peças, o novo serviço disponibiliza todo o tipo de produtos mecânicos e acessórios das mais diversas marcas. Numa primeira fase, a empresa disponibiliza óleos e baterias de marca própria para todos os segmentos automóvel, estando também prevista a introdução de anticongelantes. O portefólio é extenso da MCnur Peças e inclui a oferta das marcas Liqui Moly, Krafft, Spanjaard, Graf, AdBlue, Ferodo, Flenor, Necto, AMC, Tecneco, autotec, WD40, GE, Victor Reinz, entre outras. Todo o processo de venda, aconselhamento e acompanhamento ao cliente é assegurado pela MCnur. mcnur.com
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NOTÍCIAS
N ACIONAIS
A Z A U TO
Novidades Ashika e Metzger A AZ Auto passou a ser a representante para o nosso país da Ashika, empresa especialista em componentes para automóveis de marcas asiáticas, mas também com uma oferta alargada para viaturas de fabricantes europeus. Alem da representação da Ashika, a AZ Auto também reforçou o seu portefólio
da marca Metzger, passando a integrar mais de 20 produtos, destacando-se os sensores de temperatura de gases de escape, os conversores de pressão do turbo, motor pinça de travão elétrico, torneira de chaufagem, bobine de ignição, relé do sistema de pré-aquecimento, parafuso para suporte de injetor. A gama desta marca alemã inclui produtos para um elevado número de veículos. Para a AZ Auto, este reforço do seu portefólio vem permitir o alargamento da sua oferta para satisfazer as necessidades crescentes dos seus clientes e confirma o seu posicionamento como empresa “especialista de referência nas peças auto aftermarket para o mercado português, onde está presente com componentes de quase 20 marcas. azauto.pt
LEIRILIS WORKSHOP SOBRE GARANTIAS Com o objetivo de esclarecer as oficinas acerca dos procedimentos que devem adotar durante as operações de manutenção e reparação no período de garantia, a Leirilis organizou um workshop, que contou com a participação de vários clientes. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a plataforma VRC, que permite a consulta de toda a informação disponibilizada pelos fabricantes, incluindo manuais de reparação, dados técnicos e boletins de serviço (avarias frequentes). A Leirilis também aproveitou a ocasião para apresentar as suas mais recentes novidades em equipamentos oficinais, como o equipamento de calibração de sistemas ADAS Bosch, o equipamento de roda Sicam (com demonstrações de desmon-
tadoras e calibradoras de pneus) ou a nova máquina da marca Spin para mudança de óleo de caixas de velocidades automáticas. ldauto.net
LUBRIGRUPO ENTREGA VIATURA Na sequência de uma campanha promocional desenvolvida em parceria com a ExxonMobil, designada “Ganhe um Lexus Hybrid CT200h com o óleo de motor Mobil 1", que decorreu nos meses de setembro e outubro do ano passado, a Lubrigrupo procedeu à entrega formal da viatura em Braga. A cerimónia também contou com a participação de um representante da ExxonMobil. lubrigrupo.p
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LD Auto abre no Porto Com o objetivo de reforçar a proximidade com os clientes e responder mais rapidamente aos seus requisitos, a LD Auto abriu novas instalações na zona industrial do Grande Porto. Numa primeira fase está disponível a oferta multimarca, através da rede Bosch Car Service, estando previsto o alargamento do serviço para a reparação diesel e a limpeza de filtros. Para assegurar uma maior celeridade de resposta também estão disponíves em stock diversos produtos reconstruídos, como injeção, turbos e filtros de partículas. ldauto.net
NOTÍCIAS
N ACIONAIS
Escovas SWF na AleCarPeças
TRW Oficinas Originais Partilha de casos de sucesso A
ZF Aftermarket lançou um novo espaço da TRW no mundo digital para responder às crescentes expetativas dos clientes que procuram a obtenção de informação, de forma mais rápida e fácil. Denominada TRW Oficinas Originais, a plataforma disponibiliza diversos apoios aos clientes e nas mais diferentes matérias, incluindo workshops para a especialização dos funcionários e diversos conselhos para que os responsáveis e estrategas possam delinear os melhores planos para a empresa, mantendo os atuais clientes e captando novos. A plataforma TRW Oficinas Originais oferece conselhos úteis, dicas, vídeos e outros suportes. O objetivo desta iniciativa passa por ajudar a prestar melhores serviços, trabalhar
com eficiência, promover-se junto dos clientes e construir um negócio sólido e bem sucedido. O TRW Oficinas Originais também materializa a preocupação da marca em manterse atual e acompanhar a digitalização na área do aftermarket. A plataforma procura partilhar os exemplos de sucesso de oficinas inovadoras e uma das protagonistas da TRW Oficinas Originais é a A.H. Almeida de Bobadela. Segundo a ZF Aftermarket, a plataforma TRW Oficinas Originais constitui um novo passo na campanha “Verdadeiros Originais” da TRW e pretende salientar as caraterísticas de que a marca se orgulha: qualidade do equipamento original, engenharia e "know-how" da produção, paixão dos colaboradores e da marca pelos clientes. trwaftermarket.com/pt/
PNEUIMPEX REALIZA FORMAÇÕES NA MADEIRA A PneuImpex lançou um programa com sete ações de formação na Madeira para o ano de 2019, que permitirá às organizações garantir uma atualização técnica dos seus colaboradores, contribuindo para o seu desenvolvimento e crescimento. O calendário para este ano arranca em abril e compreende as seguintes valências: Híbridos e Eletricos Nível I; Híbridos e Elétricos Nível II; Passthru; Sistemas de Injeção Direta – Gasoli-
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na; Técnicas de Diagnóstico – Gestão de Motor; Como fazer um bom atendimento; Manutenção e Condução Preventiva. Para a realização das ações de formação, a PneuImpex conta com um espaço adequado, com sala para aulas teóricas e local para a realização das aulas práticas, disponibilizando aos formandos equipamentos de diagnóstico, elevador e ferramenta oficinal. pneuimpex.pt 16
A AleCarPeças passou a integrar no seu catálogo as novas escovas limpa para-brisas, desenvolvidas e patenteadas pela SWF. A tecnologia original e exclusiva OE AquaBlade SWF encontra-se disponível apenas para alguns modelos de veículos, como o Volvo XC60 e V60, o Tesla Model X, o Mercedes-Benz SL, Classe E, GLE, GLS e Classe S, o Ford GT e o Alpine.
Campanha de motores Mercedes na Merpeças A Merpeças lançou uma campanha para incentivar a aquisição de motores seminovos e com pouca quilometragem para veículos Mercedes-Benz e smart. A garantia oferecida é de um ou dois anos, consoante o uso particular ou profissional da viatura. As referências dos motores Mercedes são as seguintes: 271.860, 646.961, 651.111, 651.921, 651.924, 651.930, 654.920. No que se refere à smart são disponibilizadas duas referências: 132.910 e 132.920.
Foto José Bispo
PROTAGONISTA
NICOLAS VILNET, SALES LEADER AFTERMARKET DA GARRETT
ENQUANTO HOUVER VEÍCULOS HÍBRIDOS SERÁ PRECISO UM TURBO! A Garrett, famosa pelos seus turbocompressores, vê o futuro com enorme otimismo, antecipando grande procura dos seus produtos muito além do meio deste século. A que junta a forte aposta na conectividade dos veículos. Nicolas Vilnet, seu responsável de vendas no aftermarket, explicou-nos tudo Texto Sérgio Veiga
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amosa pela liderança no campo dos turbocompressores, a norte-americana Garrett tornou-se, em Outubro passado, uma companhia independente, saindo do “chapéu” do grupo Honeywell e adotando a designação Garrett – Advancing Motion. Em termos práticos, só tornou a grande marca de turbos ainda mais ágil para desenvolver novos produtos e novas tecnologias de sobrealimentação. Além de apostar numa nova área de negócio, a dos automóveis conectados, com inovadoras capacidades de diagnosticar e até prever avarias. Sendo conhecida pelas inúmeras parcerias com boa parte dos grandes construtores para equipamento de origem, a Garrett também tem uma divisão de aftermarket, com um volume de negócios que ficará próximo dos 400 milhões de dólares anuais. Nicolas Vilnet é o responsável de vendas do aftermarket para a Europa e deu-nos uma visão muito geral e abrangente do que é a Garrett atualmente, quer a nível das tecnologias que está a desenvolver, quer do que está a preparar e como se está a posicionar a nível do aftermarket. Qual é a presença da Garrett no aftermarket? Deixe-me voltar atrás alguns meses, para explicar que a Garrett se tornou uma sociedade independente a 1 de Outubro de 2018. Antes estávamos integrados no grupo Honeywell e, nessa altura, a Garrett tornou-se independente após um “spin-off”. Portanto há cinco meses que a Garrett – Advancing Motion é o nome de uma sociedade de 3,1 mil milhões de dólares de volume de negócios e com 7500 funcionários. Portanto, tornámo-nos numa empresa de dimensão mais reduzida, face à grandeza da Honeywell, o que nos dá uma maior flexibilidade para acelerar os nossos desenvolvimentos. No aftermarket, a Garrett é um grupo que faz parte da mesma entidade – eu funciono com colegas que trabalham com o primeiro equipamento, que colaboram com os engenheiros dos construtores – e é uma área que representa 11 a 12% do volume de negócios da Garrett. Qual o motivo para essa separação da Garrett da Honeywell? É uma boa questão, talvez fosse melhor colocá-la aos financeiros… As razões de um “spin-off” podem ser várias. Pode querer dar-se a independência a uma unidade de negócio para se lhe dar maior flexibilidade e autonomia, de forma a que acelere o seu desenvolvimento. Por outro lado, com o “spin-off” conseguimos aumentar também a flexibilidade da Honeywell que viu reduzida a sua dimensão.
Quais são as atividades da Garrett no aftermarket? Atualmente a Garrett centra-se, essencialmente, nos turbos para motores a combustão e começam a aparecer tecnologias para motores híbridos, ainda não no aftermarket, para já no mercado do equipamento original. A maturidade e avarias nas motorizações híbridas chegarão mais tarde para o aftermarket Garrett. A terceira atividade é o software dos automóveis conectados. Para já, ao nível do aftermarket, o que temos são maquetes, protótipos e estamos a trabalhar com todos os construtores para propor soluções tanto no equipamento original como para o aftermarket. Quando falo em protótipos é porque ainda não estabelecemos contrato com nenhum cliente em relação à parte do software. Para resumir, hoje o aftermarket na Garrett são os turbocompressores e, na categoria dos turbos, temos para a Europa 3500 referências de turbos, mais 120 referências de turbos recondicionados (chamamos-lhes Garrett Original Reman) que distribuímos para a Europa, Médio Oriente e África através de 70 distribuidores, como é o caso da Iberoturbo para Portugal.
Os turbos da Garrett são uma referência na indústria automóvel, estando também disponíveis no aftermarket, até como peças recondicionadas, com mais de 120 referências
TURBO ELÉTRICO DA FÓRMULA 1 PARA AS ESTRADAS, JÁ EM 2020 Trabalham já em soluções de aftermarket para os híbridos? Sim, de uma forma lógica vendemos ao aftermarket os turbos de origem e que estão como primei19
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PROTAGONISTA ro equipamento nas marcas com quem já temos contrato há vários anos. Da mesma forma, venderemos os turbos dos carros com motorização híbrida assim que haja necessidade de substituição no aftermarket. Já temos algumas aplicações no nosso portefólio para veículos híbridos e trabalhamos igualmente no desenvolvimento de tecnologia de turbo para viaturas híbridas e “plug-in”, com compressor elétrico (e-compressor), com turbo elétrico (e-turbo) e também para veículos com tecnologia de pilha de combustível (fuel cell). Já temos essas tecnologias no nosso catálogo e o primeiro e-turbo será lançado em produção por um construtor europeu, em 2020. O que nos deixa ainda alguns anos antes de vender esses produtos no aftermarket. Por agora, no aftermarket, encontramos essencialmente os turbos para motores a combustão. Falava de turbos para carros com célula de combustível? Para que servirão? É mais um compressor que um turbo e injeta ar comprimido no reservatório onde reage com o hidrogénio para produzir água e eletricidade. Mas, voltando ao turbo elétrico, o e-turbo, vai ser produzido em grande série a partir de 2020, mas essa tecnologia já está a ser usada na Fórmula 1 há três anos. Temos uma parceria com um construtor importante na F1 [Ferrari] e fornecemos-lhe essa tecnologia. Portanto, há certas tecnologias que são primeiro aplicadas no domínio da competição para, depois, chegarem à produção. Aparecerá, então, em modelos superdesportivos… É uma boa pergunta… Deverá começar por aparecer em motores de alta cilindrada, pois tem grandes vantagens em termos de binário a baixos regimes e é também uma tecnologia que será cara porque ainda não será feita em larga produção. Os primeiros verdadeiramente interessados são os construtores alemães… No futuro, estou convencido de que a principal utilização será em veículos híbridos, mais que em viaturas apenas com motor a combustão. Como continuaremos a precisar de um motor a combustão e de um motor elétrico, o e-turbo será a solução para gerarmos eletricidade pela sua rotação, para podermos montar outros equipamentos no automóvel, mas, por outro lado, podermos acionar o turbo de forma elétrica para evitarmos o chamado “turbo lag”, conseguindo uma resposta ainda mais rápida.
Na Garrett, os turbos recondicionados são vendidos sob a "etiqueta" Garrett Original Reman
A Garrett tem um significativo volume de negócios de aftermarket. Quer isso dizer que o turbo ainda é um componente que sofre muitas quebras?... Costumamos dizer que o turbo parte em consequência de uma falha na manutenção do motor. Se não se respeitam os intervalos da troca do óleo, se entra um corpo estranho na admissão… O turbo tem uma fiabilidade semelhante à da vida do motor, se o motor tiver a manutenção correta. Também é verdade que trabalhamos a fiabilidade dos produtos em paralelo com o desenvolvimento que os construtores fazem da fiabilidade dos seus motores, de
Esta tendência de downsizing dos motores foi uma boa notícia para a Garrett porque é quase indispensável recorrer aos turbos para o poder fazer… Sim, o downsizing também está ligado à regulamentação das emissões e à necessidade de reduzir os consumos. Quando a tecnologia do turbo apareceu, há uns 60 anos, ainda não era aplicada aos veículos ligeiros e, aos poucos, foi chegando aos automóveis de passageiros, pelos construto-
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res alemães e franceses. Depois, tudo se desenvolveu rapidamente a partir da Europa e, hoje em dia, já é um fenómeno global. E a necessidade de reduzir as emissões de CO2 e dos consumos é um fenómeno mundial, mesmo se os Estados Unidos e a China estão a demorar mais um pouco, acabarão por também alinhar no dowsinzing, é uma necessidade. Com o turbo conseguimos reduzir o tamanho do motor, mas sem comprometer a potência nem a agradabilidade da condução. É, pois, um produto com um grande potencial de crescimento e que irá continuar pelos próximos anos.
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forma a que os dois órgãos funcionem em harmonia o maior tempo possível. Portanto, temos mais fiabilidade, mas temos mais equipamento no parque rolante o que significa que há mais oportunidades para o aftermarket, embora menos para cada motor. O crescimento do aftermarket será gerado, essencialmente, pelo aumento do parque automóvel. Além da má manutenção há ainda casos de má utilização, rotações excessivas, quem desliga o motor repentinamente depois de muito tempo em carga máxima… … Bem, podia fazer-lhe uma lista exaustiva das avarias que sucedem, mas a velocidade excessiva é, de facto, um motivo de avaria dos turbos. Mas poderíamos ficar uma noite inteira a fazer uma lista de motivos para um turbo se avariar! TURBOS SERÃO PRECISOS MUITO PARA LÁ DE 2050! Há, então, um futuro risonho para o turbo... Há novas técnicas ou materiais a chegar? Trabalhámos muito, nestes últimos anos, na fiabilidade dos turbos para os motores a gasolina. As exigências são maiores por causa das temperatu-
ras, poderíamos ter quebras do colector de escape do turbo, por efeitos de calor excessivo. O crescimento dos motores a gasolina é uma realidade, o diesel já está a baixar, mesmo em Portugal se está a notar esse fenómeno. Precisávamos, pois, de aumentar ainda mais a resistência térmica na combustão dos motores a gasolina, em que aplicámos algumas tecnologias como a geometria variável, a atuação elétrica dos turbos e continuamos a evoluir a pesquisa da recirculação do ar nos materiais. Em especial na tecnologia de geometria variável houve muitas evoluções, no que respeita à própria geometria, na forma e na composição dos materiais. Num motor diesel, em que o turbo vai aquecer até aos 860 °C, e num motor a gasolina, em que atingirá os 1050 °C, não se pode ter os mesmos materiais. Houve pesquisas para percebermos quais eram os obstáculos e como poderíamos adaptar nos motores a gasolina uma tecnologia que já dominamos há uma vintena de anos nos motores diesel.
Foram longos anos de pesquisa e desenvolvimento para a Garrett adaptar o conceito do turbo de geometria variável já há muito usado nos motores diesel para poder ser utilizado nos propulsores a gasolina
Com a chegada dos veículos elétricos será o fim dos turbocompressores? Temos de colocar as coisas num contexto. Hoje em dia toda a gente fala de veículos elétricos, não 21
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PROTAGONISTA
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Através do seu distribuidor em Portugal, a Iberoturbo, a Garrett sempre apoiou os "Turbos do Ano", iniciativa da revista "Turbo", oferecendo os originais troféus. Este ano foi a vez de ser a própria Garrett a premiada como "Parceiro do Ano", com Nicolas Vilnet a receber... um turbo, claro, das mãos do diretor Júlio Santos e do diretor-adjunto António Amorim
há ninguém que não tenha uma opinião. Mas o que analisamos são números e, a nível europeu, a um horizonte de 2025, a previsão é de 8 a 10% de automóveis puramente elétricos. Os veículos com motores de combustão interna representarão, em 2025, ainda 50% e a diferença serão veículos híbridos. E enquanto houver desenvolvimento de veículos híbridos (que serão essencialmente a gasolina), haverá sempre a necessidade de um turbo. Se me perguntar quando é que o automóvel elétrico terá substituído totalmente os veículos com motor a combustão, mesmo nos estudos mais avançados, os elétricos puros na Europa não passarão os 30% em 2050, o que já é bastante. Enquanto houver automóveis com motor de combustão interna ou híbridos, haveremos de precisar de turbos, turbos elétricos, compressores elétricos e a que poderemos juntar os veículos a célula de combustível para os quais também já temos tecnologia preparada, com os compressores de que falei anteriormente. A Garrett está ainda a trabalhar na conectividade dos automóveis… Esse é o terceiro eixo da estratégia da Garrett, o dos veículos conectados. E qualquer que seja o seu modo de propulsão, será conectado. O que poderá colocar alguns problemas, é verdade. Trabalhamos muito a nível da cibersegurança, mas também problemas de manutenção, controlo, vigilância. Temos nessa divisão de veículos conectados uma atividade de diagnóstico e prognóstico (avaliação e previsão) de avarias, não só ligadas ao motor ou ao turbo – porque temos o conhecimento do “powertrain” pelo trabalho que
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Nos últimos três-quatro anos construímos uma atividade relativa aos veículos conectados que será uma área de importante crescimento no futuro
desenvolvemos com os construtores –, mas vamos mais longe, desenvolvemos um sistema que permite diagnosticar e até prever uma falha dos sistemas de climatização ou de travagem. Nos últimos três-quatro anos construímos uma atividade relativa aos veículos conectados que será uma área de importante crescimento no futuro. Também haverá equipamentos de conectividade no aftermarket? A maior parte das pessoas que está a desenvolver esta área, em Atlanta, ainda está muito focada no primeiro equipamento, mas já temos um pequeno grupo a antecipar o que poderá haver no aftermarket. Ainda não temos um produto “chave na mão”, mas a ideia será fazer um sistema “retrofit”. Imagine que o seu veículo não está equipado com um sistema de software que permite esse diagnóstico/previsão de avarias. Poderemos ter no aftermarket um sistema de “retrofit” que poderá ser colocado no seu carro, ou para uma sociedade de gestão de frotas, para equipar os automóveis com esse software que lhe permita beneficiar dessa funcionalidade. 22
ENTREVISTA
ANTEVISÃO EXPOMECÂNICA-2019
A EDIÇÃO DE TODOS OS RECORDES! Em área e número de expositores, nunca houve tão grande feira de aftermarket em Portugal! De 3 a 5 de Maio, a 6.ª edição do expoMecânica promete estabelecer nova referência e as novidades foram-nos antecipadas por José Manuel Costa Texto Sérgio Veiga
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É
indiscutivelmente o grande certame do aftermarket em Portugal e terá a sua sexta edição já nos primeiros dias de maio, entre 3 e 5, na Exponor (Matosinhos). O expoMecânica terá a sua maior edição de sempre, numa feira que continua a crescer e que guarda inúmeras novidades para os mais de 17 mil visitantes profissionais que são esperados. E que, na sua grande maioria, marcam encontro “na” expoMecânica, estranhando a forma masculina como os organizadores apresentam o evento… “Tem a ver com o designativo: trata-se do Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto”, explica-nos José Manuel Costa, da Kikai Eventos, a empresa que coloca de pé, ano após ano, o grande encontro do aftermarket nacional. E que reconhece: “Até nós próprios, às vezes…”. A edição deste ano promete superar todos os recordes, quantitativos e qualitativos, além de ter um muito recheado a atrativo programa de ações paralelas para todos os gostos. A dificuldade vai ser conseguir… “ir a todas”. Pela apresentação que José Manuel Costa nos fez do que o expoMecânica nos reserva, todos à Exponor! Após a edição de 2018 disse que tinha sido “a feira mais memorável do aftermarket português”. O que será, então, a edição deste ano? Certo é que, este ano, teremos de encontrar um adjetivo mais… memorável que esse, pois a 6.ª edição voltará a passar das marcas! A resposta do tecido empresarial ao Salão está ser a melhor de sempre, extraordinária mesmo. O evento ocupará três pavilhões da EXPONOR – Feira Internacional do Porto (depois dos dois, no ano passado), num total de 16.000 m2. Um incremento de 14% na área de exposição (depois dos 44% de 2018). Aliás, a feira tem crescido, em todas as edições, mais de dois dígitos, em vários indicadores – como expositores, ou visitantes – e sempre sustentadamente. Seguramente que a exposição deste ano terá mais 25 expositores que a de 2018 (que já crescera 36%) e esperamos chegar aos 250, dos quais 45 serão empresas expositoras estrangeiras. Esperamos receber cerca de 17 mil visitantes profissionais, o mesmo registo de 2018 que tinha significado uma subida de 48%. Mas não nos admiraremos se o ultrapassarmos também! Daí estarmos a sublinhar a extrema necessidade de os visitantes fazerem o credenciamento prévio “online”, que só traz vantagens: evita-se filas de espera, otimiza-se o tempo da visita (naquilo que interessa), garante-se antecipadamente o acesso mais facilitado a informação (dado que a feira voltará a ter o sistema de “smart badge” em funcionamento). No final o visitante recebe informação
dos “stands” visitados e os expositores recebem informação dos visitantes que passaram pelo seus espaços. Uma nota final, para aquilo que sentimos, além dos aspectos quantitativos: a melhoria qualitativa na forma como a malha de agentes do sector procura estar no expoMECÂNICA, com “stands” cada vez mais apelativos, presenças mais qualificadas (com reforço de meios humanos) e dinamização dessa participação. Há novidades a nível da infraestrutura da Exponor para acolher ainda melhor o certame? A infraestrutura do recinto de feiras é essencialmente a mesma, a que será agregado mais um pavilhão. O que existirá são novos “layouts” de alguns espaços, ou seja, no desenho e critérios estéticos de áreas como as do expoTALKS e do Demotec, entre outros. A título de exemplo, a Praça de Alimentação terá mais oferta e mais diversificada. Além disso, estará decorada de forma bem-disposta, tendo por mote “Como é difícil ser mecânico!”… A mostra voltará a contar com uma área “lounge”, onde os expositores poderão descontrair, com os seus clientes. Ou seja, as novidades, mais que infraestruturais serão operacionais. E grande parte delas dever-se-ão aos operadores do pós-venda automóvel, que procurarão voltar a surpreender na forma como se apresentarão ao mercado, em plena feira. Por outro lado, pelo seu carácter inovador e dimensão, destacamos a Oficina 4.0, com uma dimensão generosa e uma arquitetura que foge ao padrão habitual.
" Estamos a sublinhar a extrema necessidade de os visitantes fazerem o credenciamento prévio “online”, que só traz vantagens"
A que atribui esta vitalidade do expoMECÂNICA? Crescimento do aftermarket nacional? Trabalho promocional e organizacional da Kikai? Inquestionavelmente aos operadores do setor, primeira e última razão de ser deste evento. É claro que alguma coisa devemos estar a fazer bem pois, desde que surgiu, em 2014, ainda em contexto de crise económica, que as empresas que atuam nos cinco pilares da feira – Peças & Sistemas; Tecnologias de Informação & Gestão; Estações de Serviço & Lavagem; Reparação & Manutenção; Acessórios & Customização – têm reforçado a aposta na feira. Na realidade, reveem-se na forma como a estratégia é pensada, executada e, depois, no rácio de resultados que o certame permite ou potencia, em termos de oportunidades de negócio. Se assim não fosse, a curva evolutiva do expoMECÂNICA seria algo diferente… 25
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ENTREVISTA
O crescimento do expoMECÂNICA poderá criar dificuldades aos pequenos expositores, pela menor visibilidade que acabam por ter? É caro estar no expoMECÂNICA? Bem pelo contrário! A feira cresceu com os pequenos expositores. E continua a estar do lado deles. E eles do lado do Salão. O expoMECÂNICA tem um índice de fidelização muito alto, mas renova-se ano após ano. Em 2018, por exemplo, 37% dos expositores participavam pela primeira vez. A Organização dá igualdade de oportunidade a todos, independentemente da sua dimensão empresarial. Os critérios de participação são exatamente iguais para todos. E o custo também, é do conhecimento geral: de 60 a 54 €/m2 para clientes novos e de 56 a 48,5 €/m2 para clientes de outras edições. Outro exemplo, é a oferta de diárias de hotel para os melhores clientes dos nossos expositores, do sul de Portugal, Ilhas e Espanha. Sem prejuízo da área ocupada, seja ela de 9 m2 ou 160 m2, todos os expositores recebem a mesma quantidade de diárias. Mesmo ao nível comunicacional, veja que, desde 2014, próximo de cada edição, desenvolvemos uma iniciativa que, junto de todos os expositores inscritos à data, faculta a oportunidade de promoverem as suas novidades nos suportes informativos do evento. E, se calhar, esta é uma das fórmulas que explica o sucesso do evento: rigor, transparência, cumprimento de expectativas. E trabalho. Muito.
De facto, anualmente, o acréscimo de qualidade tem sido um denominador comum, porque a generalidade das empresas tem percebido que não basta estar por estar. Há que participar com uma proposta de valor, diferenciada, trabalhada nos bastidores, para fazer a diferença durante aqueles três dias. Para 2019, esperamos o reforço e a continuação desse esforço por parte dos expositores que será também acompanhado pela Kikai Eventos. José Manuel Costa é a face mais visível de uma vasta equipa que na Kikai Eventos irá colocar de pé a sexta edição do expoMECÂNICA, entre 3 e 5 de maio, na Exponor
O mercado espanhol é o “alvo” mais natural. De que outros mercados sente interesse na presença no expoMECÂNICA, tanto como expositores como enquanto visitantes? Para já, a nossa aposta no mercado ibérico tem sido acompanhada com o interesse de várias em-
Foi unânime, a edição de 2018 representou uma “subida de divisão”, tanto por parte da organização, como dos expositores. O que espera para este ano?
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"PASSA-PALAVRA" MUITO ABONATÓRIO Começa a haver maior projecção do expoMECÂNICA fora de Portugal, têm trabalhado isso? Temos dedicado, de facto, uma parte dos nossos esforços para a internacionalização do certame. Sobretudo a pensar no mercado ibérico. São várias as empresas estrangeiras que repetem a experiência. Outro facto curioso: o “passa-palavra” é muito abonatório para o expoMECÂNICA, pois vêm ter connosco empresas internacionais de que não estávamos à espera. Na edição de 2018, quase 10% de profissionais que visitaram a mostra eram espanhóis. Queremos manter a curva favorável, também neste patamar, e, se possível, reforçá-la. Temos desenvolvido um trabalho de proximidade com algumas associações sectoriais espanholas, sobretudo da Galiza, que se traduzirão seguramente num incremento de visitantes.
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ENTREVISTA
A diversidade de atividades paralelas é uma das razões do sucesso do expoMECÂNICA
presas italianas (oito), através da respetiva Câmara de Comércio. Teremos também representados a Polónia, a Alemanha e a Holanda, com uma empresa cada, para já. Portanto, o mercado europeu tem tido mais expressividade e esse será o caminho. Está já na forja, o lançamento de um Programa Comprador, baseado no modelo tradicional de Encontro de Negócios, com pré-agendamento de reuniões através do site. Contamos ter este projecto de pé na edição de 2020. O expoMECÂNICA nunca se limitou a ser apenas uma exposição, com eventos e iniciativas paralelas e esta será uma edição muito preenchida. Porquê estas atividades paralelas e não poderão desfocar os visitantes e desviá-los dos “stands” dos expositores? Bem pelo contrário! Essa diversidade de atividades paralelas é uma das razões do sucesso do expoMECÂNICA, uma mais-valia! As conferências – incluídas ou não no espaço expoTALKS – fornecem “know-how” setorial e promovem o debate entre os pares. Depois, uma das facetas de que muito nos orgulhamos (e os nossos parceiros), enquanto Organização, é a formação gratuita que o Salão desenvolve, grande parte dela centrada no Espaço de Demonstração DEMOTEC, quer para profissionais, quer para futuros profissionais.
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Estas iniciativas emprestam mais dinamismo à feira e o “feedback” (e resultados) são muito positivos. Daí renovarmos a aposta e apostarmos em novos formatos, outros conteúdos, de edição para edição… O FUTURO NA EXPONOR COM A "OFICINA 4.0" Em parceria com a DPAI terão lugar os “Jogos Mecânicos”. Pode explicar-nos em que consistem e a quem se destinam? Será um espaço lúdico-recreativo dinamizado dentro da própria feira pelos fabricantes de peças automóveis portugueses que compõem a Comissão Especializada da ACAP/DPAI, no expoMECÂNICA 2019. Destina-se a todos os visitantes profissionais, com o intuito de proporcionar momentos agradáveis. As dinâmicas dos jogos estão ainda em fase de acabamento. Afinal de contas, uma feira não é só negócios e tem de ter espaço para diversão, envolvendo que vende e quem compra! O tema “Oficina 4.0” está na ordem do dia, tendo a Kikai e a Create Business concebido um projecto para o expoMECÂNICA. Em que consiste? O projeto “Oficina 4.0”, concebido pela KiKai Eventos, em parceria com a Create Business, pretende precisamente antecipar o futuro da assistência do pós-venda automóvel em toda a linha (oficinas, 28
Com mais 14% de área expositiva, o certame nortenho de aftermarket deverá atingir os 250 expositores, na que será a sua maior edição de sempre!
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AS MELHORES SOLUÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO PROFISSIONAL JÁ NAS BANCAS
ENTREVISTA
O espaço DEMOTEC, dinamizado de novo pelo CEPRA, será uma área virada para a formação e tem sido bastante concorrida nas anteriores edições
fábricas de pneus, construtores de carroçarias e mecatrónica), dando a conhecer hoje aquela que será a oficina do amanhã. Esta iniciativa consistirá numa jornada virtual dentro da Oficina 4.0, na qual o visitante terá a oportunidade de ver o futuro do mundo da reparação, quais as tecnologias e como o papel dos profissionais irá mudar. Tudo isso através de uma “prova de conceito”, que é uma representação dos novos caminhos para detectar a falha, as intervenções de diagnóstico e as operações de reparação subsequentes. Acreditamos no carácter inovador do projeto e na capacidade do expoMECÂNICA para agregar à sua programação um evento de grande impacto. Haverá ainda as “expoTALKS”, algo que já não é novo no expoMECÂNICA… O ciclo de conferências centrado no Espaço expoTALKS, que acompanha o expoMECÂNICA há três anos, surgirá com um novo “layout” fruto da evolução do próprio evento. Desta feita, contará com a chancela da multinacional Schaeffler, que providencia uma garantia acrescida de qualidade. A Schaeffler tem marcado presença no evento nos últimos anos e de forma sempre muito dinâmica. Normalmente, as suas iniciativas têm sempre muita assistência, fruto do “know how” que a empresa acumula e transmite. E há ainda uma série de “workshops” do CEPRA e da ARAN, além de outras atividades. Sentem uma adesão grande a estes programas paralelos à exposição? A que atribui essa adesão, uma
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As manifestações paralelas conferem ao certame uma energia especial e não o conseguimos conceber sem esse brilho maior procura de formação por quem está no terreno, maior consciencialização da importância da aprendizagem contínua? Assim é, de facto. O CEPRA – Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel dinamizará o DEMOTEC – Espaço de Demonstração que, pelo segundo ano consecutivo, terá a sua chancela. Trata-se da área de formação do Salão e é uma das atividades que costuma ter grande assistência. E as associações que colaboram com o expoMECÂNICA, nomeadamente, a ANECRA, com o XV Encontro Nacional da Reparação Automóvel, ou a ARAN que tem previsto um “workshop”, voltarão a empreender as suas iniciativas, como já é habitual, atraindo igualmente muitos interessados pelas temáticas que compõem a actualidade do setor. No seu todo, o programa de manifestações paralelas confere ao certame uma energia especial. E não conseguimos concebê-lo sem esse brilho!
ESPECIALISTA
INTERESCAPE
LIMPEZA CERTIFICADA DE FILTROS DE PARTÍCULAS As oficinas poderão servir melhor os seus clientes, em caso de problemas com o filtro de partículas, propondo-lhes a solução de limpeza, tão eficaz e muitíssimo mais barata que a compra de um filtro novo. A Interescape tem um processo certificado pela TÜV… e não tem mãos a medir! Texto Sérgio Veiga
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endo começado como uma empresa que construía sistemas de escape completos para substituir os que se tinham degradado, a Interescape evoluiu para uma empresa líder na complexa tarefa de limpeza de filtros de partículas e reparação de catalisadores. Não que tenha abandonado as suas raízes, continuando a construir de raiz escapes completos, nomeadamente para veículos mais antigos ou até clássicos que já não encontram peças de substituição no aftermaket. Mas a própria evolução dos escapes e de toda a tecnologia adjacente levou a empresa de Vila do Conde a dar, também ela, um salto tecnológico. “Os escapes evoluíram muito, nomeadamente os materiais utilizados”, explica-nos o engenheiro Joaquim Cruz, gestor de produção da Interescape. “Antes os escapes apodreciam rapidamente, hoje isso já não sucede, a durabilidade dos escapes é semelhante à da vida do carro. Daí termos apostado noutras áreas porque a rotativida-
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de da colocação de escapes já não é a que era há vinte ou há trinta anos”. Entretanto apareceram os catalisadores, depois os filtros de partículas, componentes a exigirem atenções especiais e em que a Interescape agarrou uma oportunidade de negócio, desenvolvendo um “know-how” que a está a levar inclusive além-fronteiras, já com muitos clientes em Espanha, mercado que começa a ter peso relevante no volume de negócios da empresa. Em especial na parte da limpeza dos filtros de partículas, em que é a única da Península Ibérica a utilizar um processo certificado pela empresa alemã TÜV Rheinland que garante, na maior parte dos casos, uma limpeza do filtro a 98%. Quando isso é possível… “Se concluirmos que não é possível, propomos a compra de um filtro de partículas novo, ou uma opção mais económica que é a reparação do mesmo. Substituímos o interior, mantendo o aspeto da peça original, ficando apenas com um miolo novo, de fornecedores certificados, marcas que também produzem para a 32
EXCLUSIVO A Interescape, é a única empresa na Península Ibérica a proceder à limpeza de filtros de partículas com um processo certificado pela TÜV Rheinland, para garantia de ótimos resultados
origem. Às vezes é a solução para carros recentes em que ainda não existe nada no aftermarket e que são peças bastante caras, com esse serviço conseguimos um preço bastante competitivo, menos de metade da peça nova”. Estando sediada em Vila do Conde, a Interescape está prestes a conseguir uma cobertura do Continente, pois dispõe já de sucursais em Porto, Aveiro e Lisboa (Sacavém), anunciando para a breve a abertura de uma quarta em São Domingos de Rana. “Trabalhamos essencialmente com as oficinas, são os nossos principais parceiros, bem como as casas de peças. As oficinas solicitam o nosso serviço de limpeza certificado, desmontam as peças, nós efetuamos uma recolha da peça (a preocupação com a transportadora é nossa), procedemos à limpeza nos casos em que seja possível e enviamos de novo para a oficina para ser instalada na viatura”, explica Joaquim Cruz. “Com os tempos de transporte poderá demorar entre 24 e 48 horas, dependendo da distância da oficina ou no 33
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Foto José Bispo
ESPECIALISTA
COMPETIÇÃO AJUDA EXPANSÃO EM ESPANHA A pensar na competição, a Interescape possui o seu próprio banco de potência, “única forma de nos dar credibilidade”, justifica Joaquim Cruz. “A um cliente que pague para ter o maior rendimento, não nos basta dizer que com um sistema de escape vai ganhar 10 cv, temos de o provar! Fazemos testes quando o carro cá chega, ao longo do desenvolvimento e, depois, apresentamos um teste final que comprova o ganho de potência e binário para que o nosso trabalho seja credibilizado”. O principal trabalho é em motores atmosféricos, pois nos motores com turbocompressor é neste componente que é mais fácil ir buscar os cavalos extra. “O aumento de potência é sempre relativo, depende da potência base, do tipo de motor e da alteração que se está a fazer no escape. Num sistema de escape de um motor atmosférico, onde se consegue ir buscar mais potência e rendimento é nos coletores e, aí, podemos estar a falar de ganhos de potência de 5 a 10%. No restante escape o acréscimo é menor, 2 a 4 cv a mais”. Foi todo este “know-how” que valeu à empresa de Vila do Conde ter sido a escolhida para produzir uma linha de escape especial para os 25 Suzuki Swift Sport que competem, em Espanha, no Troféu Suzuki Swift 2019. Reconhecimento importante para a sua pretendida expansão no mercado vizinho, a Interescape desenvolveu um sistema de escape que permitiu um ganho de 12 cv e 10 Nm, a juntar aos 140 cv e 230 Nm do modelo original.
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Joaquim Cruz mostrou algumas das ponteiras de escape que a Interescape comercializa
próprio dia em Lisboa e Porto. A limpeza é um processo rápido, em 99% dos casos conseguimos tê-la pronta no próprio dia. E, para que as pessoas tenham confiança no nosso trabalho, emitimos um relatório com os valores de fluxo e contrapressão quando o filtro chega e, depois de limpo, medimos novamente e esse relatório acompanha a peça e vai para o cliente”. LUTA CONTRA A ILEGALIDADE DE RETIRAR OS FILTROS… Apesar de a concorrência ter aumentado, a Interescape tem vindo a crescer e, com o seu serviço de limpeza de filtros de partículas ou de reparação de catalisadores, tem conquistado novos clientes: “Já temos situações de oficinas e até de concessionários que optaram pelo sistema de limpeza, depois de começarem a perder clientes por só proporem a substituição dos filtros por peça nova. O cliente achava caro e ia à oficina ao lado que tinha o serviço de limpeza com garantia. E as pessoas percebiam a diferença... Alguns concessionários tiveram, e bem, de aderir ao serviço de limpeza para terem uma opção mais económica. Porque há filtros que podem custar 1500, 2000, 2500 €, quando a sua limpeza pode ficar por 200 a 300 € numa oficina, já com serviço de desmontagem”. Segundo Joaquim Cruz, o volume de trabalho da Interescape “já é significativo e continuamos a apostar nesse serviço e na sua divulgação porque
ESPECIALISTA
continua a existir muita publicidade má que recomenda remover o filtro ‘para não dar mais problemas’… Somos frontalmente contra quem retira e faz publicidade a remover os filtros!”. E, aqui, entra-se num campo em que as empresas do setor estão a travar uma luta pela legalidade e, no fundo, pela defesa do ambiente, contra práticas lesivas. “Os Diesel não vão deixar de circular, daqui a vinte anos continuaremos a ter carros a gasóleo nas nossas estradas e estarão todos equipados com filtros de partículas, além de estarem sujeitos a legislação mais restritiva e a inspeções mais apertadas nos centros de controlo. Porque hoje isso, infelizmente, ainda não acontece…”. E essa é uma das lacunas que permite as tais práticas facilitistas contra as quais a Interescape e outras empresas do ramo se batem: “Já houve da nossa parte, distribuidores de escapes e filtros de partículas, algum ‘forcing’ junto das entidades competentes, de forma a alterarem a legislação em vigor, em relação aos parâmetros a controlar nos centros de inspeções, porque é aí que está o grande problema. São normas de 1996, totalmente desatualizadas face ao contexto atual. O valor de opacidade estipulado é de um carro da norma Euro 2, quando já só se vendem carros da norma Euro 6… Por exemplo, um carro de 2012 sem filtro de partículas passa facilmente na inspeção! Tem de se apertar o cerco, de forma a que as pessoas cumpram e que se acabe com isto de se retirar os filtros de partículas que é ilegal”. A Interescape não perdeu, contudo, a ligação às suas origens… “Temos a nossa unidade de produção, com a capaci-
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O programa iepower da Interescape serve para aumentar a potência a veículos de estrada ou para otimizar o rendimento de carros de competição, com recurso a um banco de ensaios próprio
dade de construir sistemas de escape completos. Por exemplo, para carros antigos em que já não se arranja nada no aftermarket, temos a capacidade de reproduzir o escape tal como era para que o carro continue a circular”. E no caso de um modelo clássico? “Quando existe o escape original em que conseguimos ver como estava feito, reproduzimos exatamente igual”, conta Joaquim Cruz. “Mas há casos em que já não existe nada, o escape apodreceu, desapareceu, o carro já está a ser reconstruído. Aí, há um trabalho extra porque tem de ser desenvolvido todo o escape a partir do zero, de forma a que o ruído fique dentro dos valores aceitáveis, tem de ser construído com o carro cá”. REPRODUÇÕES PARA CLÁSSICOS E A BUSCA DA “PERFORMANCE” Importante para a empresa de Vila do Conde é ainda a sua área de “performance”, a que chama iepower, e que tanto inclui o aumento de potência em carros de série, como elementos embelezadores para “tuning” ou importantes e exigentes trabalhos para a competição. “O iepower é a nossa marca para escapes desportivos e ponteiras. Os clientes são pessoas que que36
rem mais alguns cavalos ou que apenas querem alterar o lado estético dos seus carros, com umas ponteiras diferentes ou um escape em aço inoxidável. Tanto se aplica a consumidores finais como à competição, embora neste caso os requisitos sejam outros, pois já implica desenvolvimento e testes em banco de potência de forma a otimizar o rendimento que é a única coisa que interessa”. Estes serviços são exclusivos da sede, em Vila do Conde, enquanto as filiais se dedicam à limpeza dos filtros de partículas e vendas de escapes e diversos componentes, numa equipa que já vai a caminho das três dezenas de pessoas. “Vamos continuar a apostar no serviço de limpeza porque as pessoas ainda não estão todas elucidadas do que é o filtro de partículas e de que há um serviço de limpeza. Porque, infelizmente, quando acende a luz no tablier, por vezes, já pode ser tarde”. Tendo sido considerada PME Líder pelo sexto ano consecutivo e PME Excelência em 2017 e prosseguindo numa trajetória de crescimento, a Interescape tem objetivos bem claros: “Estamos aqui para continuar na luta e continuar a apostar no que consideramos mais correto. A manutenção do filtro de partículas é cara e algumas marcas ainda não são a favor da limpeza dos filtros de partículas. Quando há problemas a opção que dão ao cliente é de um filtro novo e original que é uma pequena fortuna… Confrontados com orçamentos dessa grandeza, os clientes procuram soluções, mas as soluções que por vezes lhes dão é a remoção do filtro, dizendo-lhes que se tirarem o filtro nunca mais têm problemas, quando no fundo não é verdade…”.
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JAPANPARTS GROUP
SIM, ELES TÊM! O Japanparts Group comercializa peças inovadoras para veículos asiáticos na bacia do Mediterrâneo, Médio Oriente e América Latina e concentra o seu core business no setor automóvel, apostando agora na introdução de novas tecnologias e na ampliação da gama europeia, com a expansão da logística para breve
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apanparts Group, nascido como empresa familiar em 1988, é especializado em peças para veículos asiáticos, europeus e americanos com as marcas Japanparts, Ashika e Japko. Atualmente, são cerca de 32.000 as referências codificadas para cada uma das três marcas. A gama dos produtos distribuída pela Japanparts inclui 172 famílias diferentes de artigos que abrangem todos os tipos de peças, do motor aos travões, das embraiagens às peças elétricas e às suspensões, excluindo apenas peças da carroçaria. O constante crescimento do mercado automóvel produzido nos mercados do Extremo Oriente levou em pouco tempo a empresa a posicionar-se nos primeiros lugares do setor automóvel de peças. A Japanparts é uma empresa jovem, com uma força de trabalho com idade média pouco superior a 30 anos, constituída por um organigrama empresarial dinâmico, com 32 pessoas dedicadas à parte administrativa e comercial e 80 à logística, que é totalmente terceirizada. Obteve rendimentos de mais de 85 milhões de euros em 2017 e exporta para mais de 70 países, para um total de 5 continentes. Entre 2015 e 2017, a Japanparts obteve um crescimento de dois dígitos, quer na faturação em Itália quer na exportação, com um número de encomendas que alcançou os 75% de crescimento nos últimos cinco anos. Recentemente, o Japanparts Group concluiu uma importante otimização da projeção da empresa: investiu na ampliação do armazém da sede para atingir um total de 60.000 m2 de superfície de armazenamento, que per-
mitirá consolidar a própria presença e ampliar a gama europeia, assegurando a velocidade e a garantia das entregas e aumentando a cobertura do stock que, neste momento, já cobre cerca de 6 meses de vendas. A inauguração está prevista para Outubro de 2019. Um plano estratégico ambicioso que pretende reforçar a especialização em peças para veículos asiáticos e americanos, implementando também as aplicações para veículos europeus, de forma a tornar-se ponto de referência global. A importante introdução no catálogo dos amortecedores, que em muito 37
pouco tempo se tornaram no produto de ponta que cobre o parque circulante asiático e europeu, produziu resultados bem acima das expectativas. Para as bombas de água, a empresa já ampliou este ano o catálogo da gama europeia. Em 2019 está prevista a ampliação da gama europeia para as pastilhas, discos, tambores e pinças. E não só, o Grupo aumenta as suas competências alargando o campo de atividade sob a nova estratégia “Yes we Have” inserindo uma gama de novas tecnologias como os sensores ABS e as válvulas EGR para um fornecimento completo a 360°.
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AR CONDICIONADO Chegámos à época em que mais condutores passam por fases de enorme sofrimento, devido às alergias aos pólenes e poeiras que andam no ar. Altura ideal para os chamar à oficina e fazer uma revisão profunda do sistema de ar condicionado, da aparelhagem propriamente dita aos filtros de habitáculo. Neste abrangente “dossier” mostramos-lhe como está o mercado e quais os melhores argumentos para convencer os seus clientes a tratarem do ar que respiram!
S IST E M AS DE C LIM ATIZA Ç ÃO
PORTA ABERTA À MANUTENÇÃO Com o mercado a crescer a bom ritmo, o foco volta-se para a obrigatoriedade de utilizar o novo regrigerante R-1234YF nos sistemas de climatização, bem como para a sua manutenção Texto David Espanca
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setor do ar condicionado automóvel continua em crescimento e é já uma realidade em cerca de 90 por cento dos veículos do parque circulante, o que se traduz em mais negócio para todos os operadores presentes no aftermarket. Se há trinta anos ter ar condicionado no automóvel era quase um luxo, hoje passou de opcional a componente de série em qualquer viatura. Mesmo os da gama mais baixa já possuem ar condicionado e “isso faz com que o mercado seja mais favorável mas, ao mesmo tempo, mais exigente”, explica Bruno Jerónimo, gestor de produto da Bosch Automotive Aftermarket. Daí que seja consensual para os "players" do mercado a evolução positiva que se está a registar, apenas com a exceção de Rui Lopes, diretor-geral da RPL Clima, que defende estar a atravessar-se uma fase de estabilidade. Embora se saiba que é no verão que há um pico de consumo na manutenção dos sistemas de ar condicionado automóvel, José Peralta, gestor de mer-
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Há que alertar os clientes que só um sistema de ar condicionado com manutenção corretamente feita, seja de todo o equipamento, seja pela troca dos filtros de habitáculo, poderá garantir a boa qualidade do ar que se respira no habitáculo
cados e produtos da Krautli Portugal, afirma que essa procura “é cada vez menos sazonal, na medida em que existe trabalho durante todo ano, quer para manutenção/reparação, quer no que diz respeito à substituição por colisão”. Na ordem do dia, continua o processo gradual de substituição do gás de refrigeração R-134a pelo R-1234YF, face à nova legislação ambiental europeia que obriga, desde janeiro de 2017, a utilização desta última substância nos sistemas de climatização de todos os veículos ligeiros de passageiros vendidos na Europa. R-1234YF OU R-134A? Face às novas imposições legais, tem-se verificado um crescimento da presença de veículos equipados com o refrigerante R-1234YF nas oficinas de reparação multimarca, o que levou a um incremento “acentuado da compra de novos equipamentos” para a sua assistência, refere Julia Andrade, “marketing developer” da Tecniverca. Mas Nuno Caetano, diretor do departamento autodiagnóstico da Helder Má39
quinas, alerta: “Não está a acontecer uma substituição nos veículos equipados com o refrigerante R-134a por R-1234YF, porque esta é ilegal e não traz qualquer vantagem para o reparador ou proprietário do veículo”. Futuramente existirá sim, prossegue, “a substituição do refrigerante R-134a nas viaturas que o utilizam por outro (provavelmente o R-513a), mas nunca pelo R-1234YF”. Para fazer cumprir esta legislação recente, têm sido realizadas ações de fiscalização, por parte das entidades competentes. António Gonçalves, diretor-geral da Gonçalteam, explica que “são as oficinas que estão a cumprir ou as que têm a 'porta aberta' que são inspecionadas, quando deveriam ser as que, obviamente e aos olhos de qualquer profissional, não cumprem nem com as regras ambientais”. Há também rumores de que “algumas oficinas recarregam veículos com o R-134a, de forma ilegal, já que deveriam estar equipados com o refrigerante R-1234YF, visto que as propriedades a nível de pressões e desempenho
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A formação e certificação em sistemas de climatização é fundamental para poder proceder à sua manutenção
Cada vez mais as oficinas procuram estar atualizadas em relação às novas tecnologias e atentas às exigências do mercado e da própria legislação
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térmico são muito idênticas”, exclama o responsável da Helder Máquinas. O motivo, explica, é o facto de o “R-134a ser bastante mais barato e também para evitarem a compra de mais um equipamento”. Esta situação coloca em risco todos os reparadores que se encontram devidamente equipados pois, no futuro, se for necessário intervir no circuito de ar condicionado de uma dessas viaturas, existe o risco de contaminar todo o refrigerante contido nos seus equipamentos, caso não procedam a uma análise prévia da qualidade do refrigerante ali presente. Logo, Nuno Caetano é da opinião de que “uma maior fiscalização seria necessária, para evitar o risco de ocorrência deste tipo de situações”. Não há grande consenso quanto ao estado atual da utilização destes dois tipos de gás no pós-venda… Segundo a Bosch, andará nos 40 por cento em equipamentos R1234YF versus 60 por cento em equipamentos R134a, enquanto a Tecniverca estima valores na ordem dos 30 e 70 por cento, respetivamente. Por seu turno, a Gonçalteam pensa estar na ordem dos 85 por cento para o R134a e apenas 15 por cento para o R1234YF, já a Helder Máquinas e a RPL Clima apontam para percentagens de 95 e 5, respetivamente.
Esta situação é justificada pelo facto de o nosso parque automóvel se encontrar bastante envelhecido, mas também porque grande parte das viaturas matriculadas após janeiro de 2017, ainda estar abrangida pela garantia do fabricante, pelo que a maioria dos proprietários usualmente durante esse período recorre à rede de oficinas oficiais. Com o fim desse período, começa a assistir-se a um rápido crescimento destas viaturas nas oficinas de reparação independentes. MAIS E MELHOR FORMAÇÃO Com a evolução que o mercado automóvel tem registado, nota-se um aumento significativo na formação e certificação dos técnicos no manuseamento dos gases. Cada vez mais as oficinas procuram estar atualizadas em relação às novas tecnologias e atentas às exigências do mercado e da própria legislação. O aumento e sucesso destas ações é partilhado pelos responsáveis da RPL Clima e Tecniverca. PUBLICIDADE
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O gestor de produto da Bosch Automotive Aftermarket relembra que quando começaram a fazer as primeiras certificações de ar condicionado, vai para sete anos, “houve uma forte adesão das oficinas”. Agora começa um novo ciclo de renovação das certificações, de acordo com o que está legislado, “em que os participantes devem atualizar os seus conhecimentos na área da intervenção em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor”, remata Bruno Jerónimo. A formação nesta área, segundo José Peralta, “traz uma visão mais clara para os profissionais, também no que diz respeito aos padrões de qualidade exigidos para assegurar um melhor serviço e uma relação de maior confiança com os clientes”. Devem, por isso, “procurar cada vez mais parcerias com distribuidores que possam dar formação e apoio técnico pós-venda”. Com o aftermarket do ar condicionado automóvel em crescimento, até porque terá sempre o seu espaço de evolução e consolidação nesta área, e apesar de os profissionais estarem cada vez mais informados, José Peralta, gestor de mercados e produtos da Krautli Portugal, chama a atenção de que “continua a ser muito importante combater a discussão diária do fator preço”. “Penso que existe muito a fazer nessa área, bem sabemos da importância de sermos competitivos no contexto económico em que vivemos, no entanto é necessário desconstruir a ideia de que o aftermarket independente se rege por preço e não por qualidade”. Já o envelhecimento do parque automóvel faz com haja necessidade de uma maior manutenção e reparação destes sistemas, “representando uma oportunidade tanto para o setor de peças de substituição, como o de equipamentos que executem as manutenções necessárias, aumentando também a necessidade de as oficinas estarem devidamente equipadas”, esclarece Nuno Caetano, diretor do departamento autodiagnóstico da Helder Máquinas. Com a climatização automóvel a assegurar o seu papel no mercado, cabe às oficinas o importante contributo de manutenção destes sistemas, devendo apostar para isso em ações de formação, com vista a oferecer o melhor serviço ao cliente.
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NOVOS PRODUTOS AGITAM MERCADO
Bosch Automotive Aftermarket Em 2018, a Bosch completou a sua gama de estações de ar condicionado com os novos modelos ACS 753 (gás refrigerante R-134a), ACS 763 e ACS 863 (gás refrigerante R-1234YF), que vêm tornar as operações de manutenção dos sistemas de ar condicionado mais fáceis e eficientes.
Gonçalteam Os novos lançamentos vieram da marca HPA FAIP e da Launch (ao lado), que funcionam em campos e clientes diferentes. Em breve irão apresentar as novidades para este ano.
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Helder Máquinas Durante a próxima expoMecânica será apresentada a nova linha de estações de recarga de ar condicionado, AIR-NEX, que vem renovar a gama da Brain Bee, bem como lançar todo um conjunto de funcionalidades que tornam o serviço ainda mais prático e eficiente.
RPL Clima Representam em Portugal as marcas de primeiro equipamento para climatização automóvel Sanden, Denso, Delphi e fabricam, a preço mais competitivo, o RPL Quality.
Tecniverca A empresa representa a marca Hyprel, apoiada pelas parcerias feitas com o fabricante inglês de consumíveis, óleos, aditivos e lubrificantes da Primalec, com destaque para o corante universal, compatível com o gás R-134a, R-1234YF, híbridos/elétricos e a fábrica WTengineering nos equipamentos, com destaque para o modelo Kosava 1234 e Blizzard 1234YF.
Krautli Portugal O produto “estrela” é o compressor de ar condicionado, aquele que gera maior volume de negócio. No entanto, recentemente, a empresa lançou as estações de carga para sistemas R-1234YF, um equipamento que superou as expectativas em termos de vendas.
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FILT ROS DE HA B ITÁC ULO
PURIFICAR O AR Os filtros de habitáculo têm vindo a denotar um crescimento importante, num setor considerado bastante competitivo, face à vasta oferta de marcas e intervenientes Texto David Espanca
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endo uma parte integrante e fundamental dos sistemas de ar condicionado, os filtros de habitáculo são cruciais na melhoria da qualidade do ar no interior do automóvel, impedindo a entrada de bactérias, pólenes, pós, gases ou cheiros desagradáveis. O seu bom estado de conservação é, pois, de extrema importância, em
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especial para quem sofre de alergias. Os filtros deveriam ser trocados uma vez por ano ou a cada 15.000 km para garantir que o sistema de climatização funciona de modo adequado, pois um filtro obstruído pode prejudicá-lo. Quanto mais tempo esse filtro permanecer na viatura, maior será a acumulação de bactérias, reduzindo o fluxo de ar puro para o habitáculo. Mas sabe-se 44
como nem sempre é fácil convencer os clientes a avançar para este investimento extra que… não se vê. Estes filtros foram exclusivos dos carros topo de gama, até à massificação verificada na década de 90, pelo incremento do parque automóvel com ar condicionado. O aumento da procura e o crescimento do mercado destes componentes é partilhado por todos os "pla-
A troca dos filtros de habitáculo é a única forma de garantir a purificação do ar que entra no interior do automóvel, retendo não só poeiras e pólenes como até batérias, elementos nocivos e que, para condutores com rinites alérgicas, pode colocar até em risco a sua própria segurança!
yers" que participaram neste dossier. E mais, adianta Bruno Jerónimo, gestor de produto da Bosch Automotive Aftermarket: “É substancialmente mais elevado que os dos outros tipos de filtros”. AFTERMARKET MUITO COMPETITIVO Contudo, apesar de todos estes índices positivos, estamos em presença de "um setor complicado, porque, além de existirem muitas marcas e concorrência, obriga a um processo logístico muito grande", explica Miléna Santos, gestora de marketing da AS Parts. Aliás, Flávio Menino, "marketeer" da Autozitânia, considera-o mesmo como "um dos mais competitivos e agressivos do aftermarket"! Mas há outro fator a ter em conta, relembra Joana Santo, "marketing coordinator" do bilstein group: “Os filtros são um produto com muita rotatividade, na medida em que existe muita procura pelo facto de terem um tempo de vida curto”. Desta forma, também os preços no aftermarket "tendem a
AR POLUÍDO
ser muito competitivos, apresentando uma boa relação qualidade/preço, face à oferta apresentada na origem", afirma Carlos Gomes, gestor de produto da TRW Automotive Portugal, opinião partilhada pelos responsáveis da AS Parts, Autozitânia e bilstein group. No entanto, Carlos Gomes ressalva "que nem toda a oferta no aftermarket é igual, o que se reflete muitas vezes nos preços praticados e, por vezes, é difícil detetar as diferenças, uma vez que estamos a falar de características de filtração ao nível de mícron, que não são visíveis a olho nu". Então quais devem ser os critérios de uma oficina independente para a escolha de um filtro de habitáculo? Neste ponto, os "players" são unânimes em considerar a qualidade como principal atributo, que filtre bem o ar, de forma a garantir a saúde dos passageiros das viaturas. Ricard Albi, diretor de vendas da Sogefi para o aftermarket para o sul da Europa, explica que “a qualidade gera benefícios futuros e é isso que 45
AR LIMPO
o consumidor final deve avaliar quando escolhe um filtro para o seu carro". A argumentação poderá passar "pela sensibilização dos clientes, acerca da importância da qualidade do filtro, pois este é o primeiro responsável pela qualidade do ar que os passageiros respiram a bordo da viatura", adianta Flávio Menino (Autozitânia). Convém não esquecer que está ainda a "proteger-se contra a poluição externa, podendo beneficiar de uma boa experiência de condução", acrescenta Ricard Albi. É importante que a oficina explique ao condutor que o filtro de habitáculo deve ser substituído uma vez por ano, e que se o veículo circular muito em cidade e em tráfego muito forte, o tempo de substituição deve ser mais curto para que o efeito do filtro seja o desejado. “Assim como existem demasiadas partículas no ar que podem danificar o motor, e daí a utilização dos filtros de ar, esse mesmo ar pode chegar ao habitáculo com igual nível de poluição”, refere Joana Santo (bilstein group).
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A OFERTA DOS "PLAYERS" AS Parts A AS Parts disponibiliza as marcas MANN, Filtron e Purflux.
Autozitânia As marcas de filtros de habitáculo que representa são a Sofima, MANN, Purflux, Blue Print e febi.
bilstein group O bilstein group tem as suas próprias marcas, a febi, SWAG e Blue Print, que têm elevado número de referências de filtros de habitáculo, com grande abrangência do parque automóvel, sendo a Blue Print a marca de excelência para a gama de filtros.
Bosch Automotive Aftermarket O novo FILTER+ é anti-pólen, possuindo várias capas de material filtrante preparadas para uma maior retenção das microbactérias e uma separação de forma duradoura dos alergénios.
Sogefi A Sogefi oferece uma gama completa de filtros de ar para cabine: filtro de cabine de pólen, filtro de cabine de carvão ativado e Cabin3Tech+. Este último é lançado no aftermarket em abril, sob as marcas Purflux e FRAM®, através de 56 referências.
TRW Automotive Portugal Nos filtros de habitáculo, a TWR Automotive trabalha apenas com a reconhecida marca Lucas.
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PRODUTOS MAIS TECNOLÓGICOS Tal como em outros tipos de equipamentos, também os filtros de habitáculo têm vindo a beneficiar das mais recentes evoluções tecnológicas, "essencialmente na sua composição, desenvolvendo-se formas de os tornarem mais resistentes e eficazes", refere Flávio Menino. Sendo que "começam a aparecer filtros no mercado com uma tecnologia recente associada, que introduz uma nova camada que filtra também as bactérias, tendo por isso uma função antibacteriana", remata o gestor de produto da TRW Automotive Portugal, Carlos Gomes. Os filtros de habitáculo do bilstein group “possuem carbono ativo na sua definição final, com minúsculas partículas de casca de coco carbonizadas, capazes de prender o dióxido de azoto (NOx), gás altamente nocivo. São ainda revestidos de polifenóis, elementos naturais encontrados na pele das uvas, romãs e chás, cuja missão é a de eliminar o crescimento de bactérias e fungos no próprio filtro, além de filtrar alergénicos como pólen, esporos fúngicos e formaldeído”, destaca Joana Santo. Por seu turno, Bruno Jerónimo destaca o novo FILTER+ da Bosch, anti-pólen, “que possui várias capas de material filtrante, preparadas para uma maior retenção das microbactérias e uma separação de forma duradoura dos alergénios, tornando-os inofensivos”. Já Ricardo Albi (Sogefi) refere que a empresa desenvolveu a nova tecnologia Cabin3Tech+, com três camadas de filtragem, que proporcionam grandes vantagens aos ocupantes dos automóveis em termos de saúde, conforto e segurança na condução. "É um inovador filtro de ar que oferece um novo nível de proteção contra poluentes e partículas nocivas, capaz de reter 98,8% das partículas nocivas com mais de 2,5 mícron presentes no interior do seu veículo". Os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos nesta gama de filtros da Sogefi estão focados na saúde e conforto, para uma melhor interação com os passageiros e uma consciência sobre a qualidade do ar na cabine. Feitas as contas, esta é uma área importante para a atividade dos "players", que continuará a desenvolver-se no futuro, de forma a garantir a qualidade do ar no habitáculo do automóvel, com produtos que primem pela qualidade.
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ALERGIAS OBRIGAM À TROCA DOS FILTROS Sabemos que nem sempre é fácil às oficinas convencerem os seus clientes da necessidade de trocar os filtros de habitáculo, operação que, muitas vezes, é encarada
como uma despesa extra e desnecessária quando… ainda se respira tão bem ou se pode abrir a janela para renovar o ar. Deixamos aqui um forte argumento para que, de forma rigorosa
POLÉN
ABRIL
e quase científica, possa explicar aos seus clientes a urgência da renovação dos filtros de habitáculo, em especial para os que têm problemas com alergias. O tempo seco e quente coloca maior quantidade de pólenes no ar, algo de fatal para largos milhares de pessoas que sofrem de rinites alérgicas, passando um mau bocado nestes meses. Podem mesmo ver-se perante situações de risco quando ao volante dos seus carros, dado que um filtro que não cumpra a função de impedir que esses pólenes e poeiras cheguem ao habitáculo, poderá provocar reações alérgicas que, normalmente se traduzem por ataques
MAIO
JUNHO
de espirros. Ora todos sabemos que é impossível espirrar sem fechar os olhos, o que corresponderá a percorrer 13 metros (50 km/h), 21 metros (80 km/h) ou até 31 metros (120 km/h) totalmente “às cegas” e sem controlo do veículo! Estamos na altura mais indicada para a renovação dos filtros de habitáculo, pois começou a fase de maior polinização, com os picos dos fenos (gramíneas, as mais frequentes). Para o auxiliar a explicar aos seus clientes a necessidade da troca do filtro de habitáculo, publicamos um quadro com a maior incidência de cada espécie de pólenes na atmosfera, ao longo dos próximos meses.
JULHO
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Ansarina (Quenopódio) Artemísia Azeda Azinheira Bétula Castanheiro Erva de orelha (Tanchagem) Erva parietária (ou dos muros) Eucalipto Gramíneas (Fenos) Oliveira Palmeira Pinheiro Sobreiro Umbeliferas Urtigas Elevada
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Média/Baixa
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ESPECIALISTA
DIAMANTINO COSTA, DIRETOR COMERCIAL DA SPARKES & SPARKES
SOMOS A OPÇÃO AO MATERIAL DE ORIGEM Uma das empresas que mais tem feito pelo reforço da imagem das peças reconstruídas, a Sparkes & Sparkes quer agora conquistar o mercado espanhol com as suas caixas de velocidades manuais refeitas com selo de qualidade Texto Sérgio Veiga Fotos José Bispo
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ostumando apresentar-seem todas as feiras do aftermarket, a Sparkes & Sparkes apostou forte na Automechanika Motortec de Madrid, perseguindo o seu grande objetivo de expansão para o mercado espanhol. “Queríamos que, até ao final deste ano, 12% do nosso volume de negócios já fosse no mercado espanhol para, no final de 2020, tentar chegar aos 20%. E como já lá temos alguns clientes, agora é mais fácil alavancar o negócio”. A Sparkes & Sparkes é, há quase três décadas, uma empresa que se dedica à reconstrução de caixas de velocidades manuais. Diamantino Costa, diretor geral da Sparkes & Sparkes, explica-nos o grande motivo para olhar tão atentamente para o mercado vizinho: “Somos líderes em Portugal e temos a
consciência de que, cá dentro, não temos muita margem para crescer, cada vez será mais difícil. O nosso objetivo continua a ser, obviamente, crescer em Portugal e nem nos podemos queixar porque as coisas não estão a correr mal, mas temos o grande objetivo de nos expandirmos para Espanha. Em Portugal entregamos uma caixa em qualquer local do País em 24 horas, da mesma forma que entregamos em qualquer ponto de Espanha, já temos essa logística bem montada e é nisso que estamos a apostar. Queremos muito crescer em Espanha, pois aqui vai começar a ser complicado”. A empresa é originária do Reino Unido, onde foi fundada por Peter Sparkes que há alguns anos a trouxe para Portugal, onde existe agora em exclusivo, sediada em Santo Tirso. E trabalho não lhe
falta! “Estamos a fazer 1300 a 1500 caixas por ano”, revela Diamantino Costa, explicando as origens das caixas de velocidades que reconstroem: “Recebemos algumas de sucateiros, outras vêm de Inglaterra, mas a maior parte são retomas, pois vendemos sempre a caixa reconstruída com a recolha da velha. Mas cada vez mais as caixas velhas vêm em muito más condições, as pessoas usam-nas até não poderem andar mais… Tem a ver com o envelhecimento do parque automóvel, mas também com o facto de cobrarmos o mesmo, independentemente do estado da caixa”. Além do espaço de receção e separação das caixas a reconstruir, da zona de trabalho oficinal, de toda a zona de armazém de componentes e de um “stock” de caixas já refeitas que che-
Peter Sparkes fundou a empresa de reconstrução de caixas manuais e Diamantino Costa está agora a levá-la a um patamar mais elevado, com a liderança em Portugal e a expansão para o mercado espanhol
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ESPECIALISTA
A Sparkes & Sparkes está a reconstruir entre 1300 e 1500 caixas de velocidades manuais por ano e procura novos clientes que poderão levar a um aumento de exigência de produção
gam a atingir o milhar para quase todas as marcas, a Sparkes & Sparkes tem também uma oficina em que pode montar/desmontar caixas de velocidades. Embora não seja esse o seu objetivo primordial: “A maior parte dos nossos clientes são oficinas, mais de 90%, embora tenhamos alguns particulares. Também não queremos entrar em concorrência direta com as ofici-
nas. Mesmo que o cliente final saiba que a caixa vai ser nossa, preferimos que vá às oficinas, são eles os nossos parceiros e quem faz a montagem da caixa no carro”. FROTAS E CONCESSIONÁRIOS SÃO CLIENTES DAS “RECONSTRUÍDAS” Diamantino Costa garante a qualidade da reconstrução de uma caixa de ve-
AS CAIXA MANUAIS NUNCA VÃO ACABAR! Uma das razões para a Sparkes & Sparkes se dedicar apenas a caixa manuais foi a quantidade de empresas especializadas na reconstrução de caixa automáticas. Mas há que distinguir bem do que estamos a falar, pois entre os produtos que a empresa de Santo Tirso reconstrói estão, por exemplo, as conhecidas caixas DSG do Grupo VW, comercializadas como transmissões automáticas… “Fazemos só caixas manuais e, agora, também estas de dupla embraiagem. Porque, ao fim e ao cabo, trata-se de uma caixa manual que, depois, tem um sistema eletrónico que consegue engrenar as velocidades sozinho. Mas, de base, é uma caixa manual”, explica Diamantino Costa. O aumento do parque de automóveis com caixa automática (com a consequente redução de veículos com caixas manuais) não constitui preocupação nem a longo prazo… “Por um lado, muitas dessas caixas consideradas automáticas são as de dupla embraiagem que nós fazemos. E, depois, haverá sempre muito outro mercado de carros de trabalho, de furgões, isso é um mercado grande. Nunca vão acabar as caixas manuais!”, garante o diretor geral da Sparkes & Sparkes.
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locidades manual na Sparkes & Sparkes. “Em termos práticos a diferença não será nenhuma… a não ser o preço. Porque as nossas caixas são sempre vendidas com as mesmas características da caixa original. O carro fica exatamente como era antes, com uma caixa com garantia de um ano e sem limite de quilómetros. E dizemos sempre aos nossos clientes que, se uma caixa nossa tiver um problema, mesmo depois da garantia, nos façam chegar a caixa para vermos o que se passou, até para nós melhorarmos. Muitas vezes fazemos essa reparação ‘pro bono’, outras com um preço muito especial, dependendo do que aconteceu”. Quanto à tal diferença do preço, face a uma caixa nova… “Em termos percentuais, varia consoante o carro, mas uma caixa nossa andará sempre à volta de metade do preço de uma caixa nova. Depende também da marca e do próprio valor do carro. Por vezes devíamos vender um pouco mais caro, mas se o valor do carro já é baixo, não o podemos fazer…”. O facto de ser um material que se destaca pelo preço não significa que seja uma solução… de segunda. “Cada vez mais as nossas caixas são compradas como opção ao material de origem. Temos gestoras de frotas que nos compram, temos até concessionários oficiais que nos compram”, refere Diamantino Costa que explica que, apesar do preço mais baixo, acaba por não sentir flutuações do negócio em função do ciclo económico: “Às vezes
diz-se que, quando há uma crise, se compram mais caixas reconstruídas do que de origem por poupança. Mas, por outro lado, há as pessoas que nos comprariam a nós e que optam por ir à sucata… Portanto ficamos ali num meio termo, em que ganhamos por um lado e perdemos por outro”. Do que não tem dúvida – e a presença da Sparkes & Sparkes nas principais feiras de aftermarket também tem contribuído para isso – é quanto à evolução positiva da imagem das peças reconstruídas e não só no que às caixas de velocidades manuais diz respeito. “Há mais empresas a trabalhar com mais cuidado. As próprias marcas, algumas já não vendem caixas novas, já só vendem reconstruídas. Por exemplo, a BMW (e outras marcas) já só vende caixas reconstruídas, já não vende caixas novas. E não deixam de ter qualidade por causa disso. Essa é uma das grandes vantagens e que tem levado a que as peças reconstruídas tenham ganho valor. Isso ajuda a que as pessoas fiquem com a ideia de que PUBLICIDADE
as caixas reconstruídas são material de qualidade”. Mas não vivemos num mundo ideal e Diamantino Costa também conhece a outra face da “moeda”… “Há quem, aproveitando essa ‘onda’, apareça a dizer que reconstrói a um preço ainda mais baixo e, depois, não reconstroem como deve ser, não substituindo todas as peças que deviam substituir. Só tiram o que está mesmo danificado e à vista. E isso não chega. Nós temos um princípio: quan-
do se parte um dente de um carreto temos sempre de substituir o outro que trabalha com aquele. Porque se aquele partiu, o outro há-de lá ter algum dano. E há quem só substitua o carreto que está visivelmente danificado o que, passado algum tempo, dará problemas. E além do carreto substituímos os vedantes e os rolamentos todos. Às vezes, para se poupar uns euros, passado um mês tem de se parar o carro e desmontar de novo a caixa e lá se vai a ‘poupança’…”.
REPORTAGEM
MOTORTEC AUTOMECHANIKA MADRID 2019
GRANDE FEIRA DE NEGÓCIOS As feiras de aftermarket automóvel permitem ficar a par das mais recentes novidades do setor, mas a Motortec Automechanika Madrid é um pouco diferente. Muitas coisas novas, claro, mas o certame madrileno é, acima de tudo, um gigantesco centro de negócios! Texto Sérgio Veiga, em Madrid
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ão há como colocar em causa a sua dimensão, é a maior feira na Península Ibérica do aftermarket e de tudo o que tenha a ver com manutenção automóvel, reparação e ainda acessórios, pneus e até estações de serviço. Na sua 15.ª edição, a Motortec Automechanika Madrid encheu sete dos pavilhões do recinto de feiras da capital espanhola, sob organização do IFEMA, marcando um crescimento em todas as áreas, no que constituiu um estrondoso sucesso. Já tinha sido importante o aumento da área de exposição, a passar pela primeira vez os quarenta mil metros quadrados, a que correspondeu um incremento do número de expositores que ultrapassou as 700 empresas e as 1300 marcas. Como uma coisa chama a outra, o resultado da participação de profissionais tinha de ser elevado, com mais de 60 mil visitantes, mais de metade dos quais profissionais de ofi-
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cinas. E, diga-se de passagem, forte presença de visitantes portugueses, notando-se um grande interesse por parte dos nossos profissionais em ficar a par das mais recentes (e até futuras) novidades do aftermarket, das ferramentas e funcionalidades que estão prestes a ser postas à sua disposição. A Motortec Automechanika Madrid tem um cariz, contudo, bem diferente do outro certame com a chancela “Automechanika”, conhecido como a maior feira de aftermarket do Mundo e que se realizou em setembro passado, em Frankfurt. Na feira alemã gira tudo à volta das novidades, das últimas tendências, das revelações das novas tecnologias, é um certame tecnológico. Madrid é diferente, é, acima de tudo, uma feira de negócios, as novidades mostradas não são, na sua maioria, mais que novidades ibéricas, a maior parte delas (pelo menos as das grandes multinacionais) já apresentadas em Frankfurt. 54
Mais de 60 mil visitantes foi o número recorde na Motortec, incluindo um grande contingente de portugueses que se deslocou à feira madrilena para antecipar as novidades que vão chegar ao aftermarket
A própria abordagem que os profissionais fazem à Motortec é muito diferente da Automechanika de Frankfurt, notava-se em todos os espaços permanentes reuniões de negócios. A maior parte dos visitantes profissionais chegavam de oficinas multimarca, oficinas de mecânica ou de eletromecânica e pareciam saber exatamente ao que iam e o que pretendiam, chegando já bem preparados para as reuniões. Ou seja, o ir à feira “para ver as coisas” era uma atividade
para o tempo que sobrasse, que fechar negócios era a prioridade. Algo que poderá também ter sido útil para os muitos visitantes portugueses, numa perspetiva de como aproveitar melhor a visita, por exemplo, à próxima edição do expoMecânica. BREVE OLHAR PELAS NOVIDADES Os grandes gigantes mundiais do aftermarket apostavam em formações na chamada “Oficina 4.0”, ou seja, tudo o que tenha a ver com ferramentas 55
de conectividade ou de realidade aumentada. A Bosch realça claramente o lado da conectividade, seguindo um estudo que aponta para a existência, em 2025, de 470 milhões veículos conectados nas estradas. Tem mais soluções e mais integradas, como o Bosch Connected Repair que coloca todos os dispositivos da oficina a partilhar os dados do mesmo veículo, poupando bastante tempo nos processos de diagnóstico, ou a nova versão do software ESI [tronic] 2.0 com constantes
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A realidade aumentada e os novos sistemas de diagnóstico para oficinas conectadas foram as grandes atrações da 15.ª edição da Motortec, na Feira de Madrid
atualizações e que funciona até em locais onde a Internet não seja “famosa”, o pequeno e portátil equipamento de diagnóstico KTS 250 ou a redução nos tempos de calibração dos sistemas de ajuda à condução (ADAS). Tanto a Schaeffler como a Hella Gutmann exibiam ferramentas digitais bastante interessantes e que começarão a ser banais nas oficinas: um “tablet” que se liga via Bluetooth ao equipamento de diagnóstico, mostrando os componentes, por exemplo, do motor em 3D, podendo dar dicas sobre a sua desmontagem ou reparação; e uns óculos de realidade aumentada que vão dando indicações ao utilizador de como deve proceder para fazer mais corretamente a reparação. “Os óculos de realidade virtual ligam-se à nossa assistência técnica que, através de uma videochamada, vê o mesmo que o mecânico está a ver e vai dando indicações para o ajudar na reparação”, explicou-nos Mário Nogueira, técnico da Hella Gutmann, marca que apresentava também o seu próprio calibrador de ADAS. A Delphi estreou na Península Ibérica a sua nova imagem, trocando o logo vermelho por um azul, tendo como grande novidade a Excalibur GDi Master, uma máquina compacta que permite testar sistemas de injeção direta a gasolina. Um sistema de escovas limpa-vidros em que a água sai ao longo de toda a
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As ajudas dadas pela conectividade e pelos sistemas de realidade virtual foram o destaque da antevisão da "Oficina 4.0" 56
borracha, em vez dos tradicionais jatos, era a grande inovação apresentada pela Valeo, enquanto a Brembo voltava a destacar a pinça Flexira (já mostrada em Frankfurt) que anuncia estar preparada para aguentar as mais elevadas exigências, apesar do seu tamanho reduzido, já que é proposta para modelos mais compactos. Destaque também para a norte-americana Arnott (em Portugal representada pela Pro4matic) que lançou várias novas referências de suspensões
A Delphi mostrava, em estreia na Península Ibérica, a sua nova identificação visual, com o logótipo em azul. Já a DT Spare Parts promovia de forma bem descontraída o seu programa de fidelização
pneumáticas para o aftermarket, com destaque para a primeira geração do Porsche Macan que ainda não estava contemplado no seu catálogo. A nível de iluminação, a Osram mostrou uma nova geração de faróis de halogénio Night Breaker laser que conseguem emitir mais 150% de luz que os requisitos legais, mantendo os preços acessíveis. Já no campo do xénon, a Osram lançou um programa de confiança destinado a combater a falsificação e que torna facilmente identifi-
cável se se trata de uma réplica falsa. No setor do equipamento oficinal, a novidade é a entrada do Grupo Aguado Automoción, já a operar no nosso país (e já com clientes), por agora ainda só com um comercial, apoiado pela delegação da Galiza, mas com intenções de crescer. Com um agradável espaço ao ar livre destacava-se a DT Spare Parts, cujos produtos se comercializam através da rede de distribuidores da Diesel Technic. Num ambiente descontraído, 57
a DT Spare Parts promovia o seu programa de fidelização Premium Shop que premeia diretamente as oficinas que usem os seus produtos. A simpática mascote era uma atração até para os mais pequenos que encontravam ali um “companheiro solidário” com a longa caminhada a acompanhar os mais velhos que mal paravam, tal a quantidade e variedade de novidades para ver e tantas as oportunidades de negócios para agarrar nesta Motortec!
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FORTE PRESENÇA
A LUSITÂNIA NA MOTORTEC A Automechanika Motortec Madrid é também uma grande oportunidade para as empresas portuguesas que querem expandir os seus negócios além-fronteiras e foram 17 as que aproveitaram a oportunidade. Auscultámos as expetativas da esmagadora maioria Texto Sérgio Veiga, em Madrid
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Empresas como a algarvia RPL Clima aproveitaram a Motortec para expandir o leque de clientes fora das fronteiras nacionais, havendo a registar a concretização de novos e interessantes negócios!
oram várias as empresas portuguesas que não perderam a oportunidade de, na Motortec, alargarem ou reforçarem os negócios em Espanha, explorando um mercado com um enorme potencial, embora sempre com algumas dificuldades de entrada para quem vai deste lado da fronteira... Impressionante (e promissor!) era o ritmo a que se sucediam as reuniões de trabalho no espaço da RPL Clima! Num “stand” com uma localização de luxo, de grande visibilidade, a empresa algarvia especializada na climatização automóvel, teve uma segunda presença na Motortec muito bem-sucedida. “A organização tinha-nos colocado no pavilhão 7 mas, depois da nossa insistência, arranjou-nos este local ‘top’!”, explicou-nos o diretor-geral Rui Lopes, num “stand” que ficava mesmo num local de passagem obrigatória de todos os visitantes do certame. “A RPL Automotive Parts exportou 600 mil euros em 2018 e queremos crescer. Para isso temos de ir a feiras que é onde estão as oportunidades de negócio. Estar em Espanha não é fácil, mas é importante para o negócio crescer e temos tido uma boa aceitação, é uma espécie de jogo de paciência”, contou Rui Lopes que aposta na marca própria criada em 2015. “Com a RPL Quality queremos combater os preços dos compressores originais para clientes que pretendem a mesma qualidade”. A RPL Clima só vende a profissionais e distribuidores, trabalhando em Espanha essencialmente com distribuidores. CATALGAIA – PROFIX Tendo-se tornado agora Profix Ibérica, a Catalgaia tinha razões ainda mais fortes para a sua segunda presença na feira de Madrid. Exibia os vários produtos da marca polaca para repintura automóvel
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que representa para a Península Ibérica, com toda a gama, desde os primários a tintas e vernizes. A Profix é uma marca com 22 anos e a Catalgaia, fundada em 2002, já é a sua representante desde 2009. A partir dos seus armazéns, em Avintes, consegue fazer a distribuição pelo mercado espanhol, se bem que o português ainda represente a maior fatia do volume de negócios da Profix Ibérica. DISTRIACUSTICA
A empresa de Leiria que se dedica à melhoria dos sistemas acústicos, mas sem perder as capacidades originais de cada automóvel, esteve na Motortec pela importância que o mercado espanhol já representa. Há quase três anos que a Distriacustica opera em Espanha onde, tal como em Portugal, é representante exclusiva das marcas Focal e AudioTec Fischer. A sua missão é fornecer e orientar empresas e profissionais dedicados à área de som para automóveis em geral, trabalhando apenas com distribuidores e oficinas, não tendo por isso o cliente final como objetivo. DUNIMEX Empresa de maquinaria e equipamentos industriais com uma linha virada para a indústria automóvel, a Dunimex esteve presente na Motortec com um objetivo muito específico. Tendo 60% do seu volume de negócios em Portugal, a empresa de Oliveira do Hospital já tem muitos clientes em Espanha, mas também na América do Sul, bem como em África e até alguns na Ásia. A presença em Madrid procurava encontrar, não só os seus clientes espanhóis, mas também potenciais novos compradores sul-americanos que
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costumam deslocar-se a este certame. Com equipamentos destinados ao desengorduramento de peças metálicas e à manutenção e reparação de motores, a grande novidade que a Dunimex mostrava na Motortec era uma nova máquina para limpeza de filtros de partículas (Duni UM-240) que inclui a capacidade de medição do resultado final. FEDIMA
Em Setembro comemora o seu 50.o aniversário e há 22 anos que marca presença no certame madrileno! A Fedima é tida como a empresa de reconstrução de pneus com produção mais variada do Mundo, contando atualmente com mais de trezentos moldes diferentes, para uma produção diárias de cerca de 800 pneus. A presença da empresa de Alcobaça na Motortec deu nas vistas com um “stand” em que todos os pneus estavam… pintados de verde. “Foi uma ideia que tivemos para alertar para a necessidade de haver maior sensibilização para a proteção do ambiente”, explicou-nos o CEO da Fedima, Carlos Marques. A Fedima envia dois camiões por semana para Espanha que é o principal mercado fora de Portugal – as exportações para mais de vinte países valem 50% do volume de negócios – “seguindo-
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-se França e a Alemanha, com os nossos pneus de competição, para pistas, ralis, 4x4 e corridas de camiões”. Mas Carlos Marques mostra-se preocupado com a evolução do negócio da Fedima, muito afetado pelos produtos vindos da China. E não esconde o problema: “Em cinco anos o nosso volume de negócios baixou de dez para seis milhões de euros por causa do ‘dumping’ e das subvenções estatais que os produtos chineses recebem”. O que não faz esmorecer o esforço constante de produzir mais e melhores pneus reconstruídos que, de outra forma, seriam mais resíduos poluentes… INTERESCAPE O trabalho da Interescape é já reconhecido no mercado espanhol, ao ponto de a empresa de Vila do Conde ter sido a escolhida para fazer a linha de escape que equipa os 25 Suzuki Swift Sport que este ano dão corpo, no país vizinho, ao Troféu Suzuki Swift. Aliás, essa linha de escape apresentava-se como uma “escultura”, na vertical, chamando a atenção para o espaço da Interescape, promovendo assim o seu serviço mais virado para o aumento de potência e “performance”. "Desde 2010 que vimos a esta feira, é um mercado natural para nós e já temos alguns distribuidores", explicou-nos Jorge Carvalho, diretor geral da Interescape. "Temos transportes que nos garantem entregas no dia seguinte", explicou, referindo-se ao trabalho que a empresa faz a nível da limpeza dos filtros de partículas (única com certificação da TÜV na Península Ibérica) e de reparação de catalisadores, como mostrámos na reportagem da página 32. O mercado espanhol já tem um peso interessante para a Interescape. 60
NIPOCAR Tendo fechado o ano de 2018 com números muitos animadores – crescimento de 13% e aumento de exportações de quase 15% –, a Nipocar decidiu quebrar um hiato de oito anos e marcar a sua quinta presença na Motortec. Até porque o mercado espanhol, juntamente com alguns países africanos, constitui uma parte crucial das suas exportações. “É uma feira muito importante para os nossos clientes atuais e para atrair novos”, justifica Miguel Silva, diretor comercial da Nipocar. “Pode não ser no imediato, mas é uma presença que acaba sempre por gerar negócio”. Esta presença da Nipocar na Motortec serviu ainda para apresentar a marca própria criada pela empresa distribuidora de Gondomar, a NipoKM, registada há cerca de cinco anos e que tem produtos de transmissão, travagem, refrigeração, suspensão, direção e motor. “É uma marca branca virada para mercados mais competitivos em que o fator preço é decisivo”, explicou-nos Miguel Silva.
NORTENHA A Recauchutagem Nortenha voltou a marcar presença na Motortec, apresentando a sua panóplia de produtos, no campo dos pneus recauchutados. Fundada em 1976, a empresa de Penafiel tem uma longa história de sucesso nesta área e expandiu já o seu negócio não
só a todo o território nacional, mas também a Espanha e até a França. No certame de Madrid voltou a apresentar alguns dos seus produtos para ligeiros e pesados, da vasta gama que produz e em que se incluem também pneus para veículos industriais, agrícolas ou maquinaria de construção civil.
dutos a nível do aftermarket”, contou-nos João Sousa. Há mais de três décadas que tem a sua própria unidade fabril em Vila Nova de Gaia a produzir radiadores completos, tendo, entretanto, expandido a sua produção do sector automóvel para o industrial. “Além de Portugal e Espanha também vendemos para outros mercados”, concluiu João Sousa.
SAMIPARTS
Empresa distribuidora de diversas marcas para o aftermarket, a Samiparts esteve na Motortec para dar destaque à sua representação para Portugal e Espanha da marca Restagraf. “Fazia todo o sentido vir a este certame, pois já temos clientes no mercado espanhol e podemos fazer novos contactos”, disse-nos Samuel Nunes, gerente da Samiparts. A Restagraf é um fabricante francês de primeiro equipamento, com clientes de enorme dimensão como os Grupos PSA e VW ou a Ford, entre outros, com material de fixação de carroçaria. “Temos distribuidores em Portugal que acompanham os seus clientes, nós fazemo-lo diretamente às oficinas na nossa área geográfica (Leiria, Pombal, Ansião, Sôr)”. Desde 2014 que a Samiparts trabalha a Restagraf e Samuel Nunes não tem dúvidas quanto à aposta: “É um produto de grande qualidade e há poucas marcas com este tipo de produtos, daí o potencial de negócio”. SOUSA DOS RADIADORES Em ano de comemoração do 55.o aniversário, a portuense Sousa dos Radiadores não podia faltar à Motortec. “Já estamos bem implantados no mercado espanhol, com um armazém em Madrid que faz a distribuição dos nossos pro-
SPARKES & SPARKES Como explicámos na reportagem feita na Sparkes & Sparkes (ver pág. 50), a expensão do leque de clientes em Espanha é um dos objetivos da empresa de Santo Tirso especializada na reconstrução de caixas de velocidades manuais. “Como já temos alguns clientes em Espanha, agora é mais fácil expandir a nossa presença”, adiantou-nos o diretor geral, Diamantino Costa que saiu de mais uma presença na Motortec com uma boa panóplia de contactos para prosseguir a política de expansão da Sparkes & Sparkes. A qualidade do trabalho da empresa na reconstrução de caixas de velocidades manuais já vai ganhando nome fora de portas e a facilidade logística com que coloca o material à disposição das oficinas num curto espaço de tempo é uma mais-valia para os seus clientes.
os nossos cinco mercados mais importantes) não fazia sentido a Turboclinic ter o seu próprio espaço, mas sim vir aqui dar-lhes todo o apoio”, explicou-nos Nuno Lopes, “assistant manager” da empresa de Coimbra que continua a fazer furor por esse Mundo fora com as suas bancadas completas de reparação e afinação de turbos de geometria variável para ligeiros e pesados. Na Motortec, a Turboclinic mostrava as suas mais recentes novidades que nos foram explicadas por Nuno Lopes: “Um modelo ‘tudo em um’ para afinação de geometrias dos turbos em pesados e ligeiros; e um detetor de fugas de óleo que permite fazer os testes sem retirar o turbo do carro”. VEICOMER Com sede na quinta de Figo Maduro, paredes meias com o aeroporto de Lisboa, a Veicomer dedica-se à reparação e preparação de motores, nomeadamente para a competição, chegando a fazer o recondicionamento total de propulsores. “A maior parte do nosso trabalho é para fora, o mercado nacional está um pouco abaixo do exterior”, elucidou-nos Ricardo Varanda, justificando automaticamente a presença da Veicomer na Motortec. “Temos muitos clientes em Espanha que está ‘taco-a-taco’ com Portugal”. “Fazemos motores completos usando materiais específicos e com camisas próprias para os reforçar”, explicou Ricardo Varanda que nos deu os números da Veicomer a mostrar que, naqueles 1000 m2, não há mãos a medir: 28 pessoas trabalham para fazer, diariamente, 50 a 60 cabeças de motor e dez blocos!
TURBOCLINIC Sempre presente nas mais importantes feiras de aftermarket um pouco por todo o Mundo, a Turboclinic não podia faltar à Motortec, embora através do seu distribuidor para o mercado espanhol, a Turbo Service. “Tendo nós um distribuidor em Espanha (que está entre 61
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INT E RN ACIONAIS
M A I S U M A GR AN DE AQU IS IÇÃO
ZF confirmou compra da Wabco
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Aquisição integrada ções como sistemas de travagem e controlo de estabilidana estratégia “ZF Next de, suspensões pneumáticas, Generation Mobility”, controlos para transmissões, com a expansão entre outros. do know-how nas Esta aquisição surge integrada na estratégia “ZF Next soluções de travagem Generation Mobility”, com a para veículos expansão do know-how nas comerciais soluções de travagem para veículos comerciais, essencial para soluções mais avançadas de segurança nos veículos profissionais. Já a Wabco garante o acesso a áreas do futuro do automóvel, como a eletrificação e a condução autónoma. A ZF destaca ainda outra vantagem da integração da Wabco sob a sua égide, pois ao aumentar a sua especialização nos veículos comerciais acaba por ficar menos dependente do que designa como o impacto dos ciclos económicos nos ligeiros de passageiros. www.zf.comspiesh
ZF confirmou a aquisição da Wabco, um gigante da indústria automóvel com especialização em áreas como os sistemas de travagem para veículos comerciais. Com o acordo agora confirmado pela empresa germânico, o negócio deverá ficar totalmente concluído no início do próximo ano, com a ZF a pagar 7 mil milhões de dólares, depois de ter estabelecido o pagamento de 136,50 dólares por cada ação. Com o acordo já ratificado pelos conselhos de administração das duas empresas, a ZF afirma que a junção das duas companhias vai dar origem a um “fornecedor líder global de sistemas integrados de mobilidade para veículos comerciais”. E, claramente, um gigante (ainda maior) da indústria automóvel com vendas combinadas de aproximadamente 40 mil milhões de euros. A Wabco é especialista em áreas como sistemas de controlo de travagem, tecnologias e serviços nas áreas de segurança, eficiência e conetividade para veículos comerciais. Do seu portefólio constam solu-
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Glasurit Reforço da parceria com a FIVA
N G K SPA RK PLUG
Novo responsável para a Europa
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amien Germes, vice-presidente sénior da EMEA (Europa, Médio Oriente e África) da NGK Spark Plug, foi nomeado para os cargos de presidente regional EMEA, diretor executivo da NGK Spark Plug Europe e diretor corporativo na sede mundial no Japão. Esta é a primeira vez que um europeu ocupa estas três funções no fabricante japonês. Baseado na Alemanha, Damien Germes substitui o anterior presidente regional da EMEA, diretor-geral da filial alemã, Masaki Sumiya, que regressou à sede mun-
dial da empresa em Nagoya, no Japão, para assumir novas responsabilidades. As nomeações acontecem sete anos depois de Damien Germes ingressar na empresa como diretor executivo de após-venda Europe e menos de dois anos depois de ter sido designado para a função anterior. A sua elevada experiência na indústria contribuiu para a obtenção do sucesso da NGT Spark Plug na região EMEA, incluindo uma expansão no portefólio de produtos e na melhoria das operações globais da empresa. ngkntk.com
Após três anos de sucesso, a Glasurit e a Federação Internacional de Veículos Antigos (FIVA) decidiram renovar e alargar a sua cooperação. O ‘know-how’ da marca de repintura premium da BASF contribuiu para dar resposta à complexidade do processo de pintura no restauro e manutenção de veículos clássicos. Por outro lado, esta cooperação também permitiu aumentar os conhecimentos e especialização técnica na área dos veículos clássicos, além de responder às necessidades dos proprietários, que procuram sempre as cores que mais se aproximam do original. glasurit.com
NOVAS CORREIAS BELT-IN-OIL DA GATES A Gates vai lançar novas correias Belt-in-Oil (Bio) para transmissões de bombas de óleo e de correias de transmissão para o aftermarket. As cinco primeiras referências serão disponibilizadas antes do final do primeiro trimestre, estando previsto o reforço da oferta ao longo do ano. As peças Belt-in-Oil integradas, como a correia de distribuição, correia da bomba de óleo, o tensor e o sistema de rodas dentadas Eco, foram selecionadas como equipamento original numa série de exigentes aplicações de motor utilizadas em todo o mundo, incluindo motores turbo VTEC de 1.0 litro da Honda. A nova gama BiO de aftermarket será incluída numa extensão da gama de correias de distribuição Gates PowerGrip e vão abranger um número cada vez maior de aplicações da Ford e da Volkswagen, equipadas com correias de transmissão de bomba de óleo. gates.com 63
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NOTÍCIAS
INT E RN ACIONAIS
Imprefil reforça-se com escapes e filtros de partículas T EN N E C O
Suspensão para Jaguar I-Pace
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novo crossover elétrico de luxo da Jaguar, I-Pace, está equipado com componentes de suspensão desenvolvidos e fornecidos pela Tenneco, designadamente amortecedores passivos frontais e traseiros e com módulos de suspensão pneumática e helicoidal, criados para melhorar o desempenho, assim como a estabilidade da condução. Os módulos de suspensão integram desenhos e materiais que apresentam importantes vantagens para os veículos elétricos, com a adoção de materiais mais leves, além de uma redução do espaço necessário na parte inferior da
carroçaria e a integração simplificada do veículo. Um dos requisitos da Jaguar consistiu na diminuição do peso geral do veículo para permitir o funcionamento eficiente dos motores elétricos que podem ser mais pesados do que os motores de combustão interna. Os módulos de suspensão da Tenneco incluem bases de mola em plástico, uma parte de montagem superior em alumínio e outros componentes leves que contribuem para compensar o peso dos motores elétricos e das baterias, proporcionando um desempenho melhorado ao veículo. tenneco.com
Escapes, filtros de partículas e catalisadores são os principais elementos da nova linha de produtos que a Imprefil incorporou no seu catálogo. A gama inclui os produtos e serviços necessários para mudanças eficientes de sistemas de escapes em veículos de passageiros e industriais. A Imprefil dispõe, assim, de escapes específicos para quase todos os modelos de ligeiros, escapes especiais, filtros de partículas homologados como equipamento de origem e catalisadores. Uma gama que reforça o compromisso ambiental da empresa espanhola. imprefil.com
CHROMACONNECT SISTEMA DIGITAL DE GESTÃO DE CORES A Cromax introduziu o novo sistema digital de gestão de cortes, ChromaConnect, que oferece a máxima liberdade às oficinas e flexibilidade nos processos em todas as áreas, desde a identificação até à mistura de cores. Baseada na nuvem, esta abordagem proporciona aos pintores o controlo total em todos os aspetos da gestão de cores através da ligação de dispositivos com Wi-Fi, incluindo balanças e impressoras sem fios, além do espetrofotómetro mais avançado da Chromax – ChromaVision Pró Mini – e o software de busca de cor abrangente, ChromaWeb. Além disso, o ChromaConnect também pode ser ligado aos sistemas de gestão nas oficinas, fornecendo informações úteis aos proprietários sobre as métricas dos respetivos negócios. Outra vantagem é a maior facilidade da gestão de stocks e pedidos eletrónicos. Para os requisitos específicos das oficinas, o ChromaConnect é proposto em três pacotes diferentes. A versão completa de gestão de cores digital é o ChromaConnect Pro, que utiliza o ChromaVision Pro Mini e não exige um computador pessoal. A segunda opção é o ChromaConnect Plus, que recorre à combinação de uma ligação Wi-Fi e por cabo com um tablet ou computador pessoal. Por último, o ChromaConnect Basic utiliza um espetrofotómetro e uma base de dados de fórmulas baseadas na nuvem. cromax.com
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NOTÍCIAS
INT E RN ACIONAIS
Osram adquiriu Ring Automotive
B REMB O
Novas pinças inspiradas na moda
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esde o lançamento há 25 anos da sua primeira pinça de travão de cor vermelha que a Brembo tem vindo a apostar na cor dos seus produtos para distinguir e sublinhar as caraterísticas diferenciadoras de cada carro que equipa. Recentemente, o fabricante italiano voltou a surpreender com a apresentação de uma nova gama de pinças de travão inspiradas no mundo da moda, do design, da arte e do estilo, oferecendo uma “roupagem“ pouco usual a este componente do automóvel, numa jornada de provocações, sugestões cromáticas e texturas gráficas. Estas originais propostas apresentadas pela marca italiana incluem pinças de travão pintadas com um padrão de camuflagem – um clássico sempre re-
visitado nesta altura do ano... – ou, para os amantes do luxo, as pinças brilhantes. Para o mais moderno e irreverente, uma pinça com a referência inconfundível ao famoso tecido inglês com padrão “argyle”. A jornada prossegue com um olhar para o passado, com a pinça ‘vintage’, simples e minimalista, que faz recordar as geometrias da década de ’70, ou uma outra com cores florescentes, contrastantes e às vezes excessivas dos anos ’90, novamente com uma pinça de calibre criativo inspirado por escritores e pela arte da rua. Estas são algumas sugestões que não serão produzidas, servindo apenas para sublinhar o ‘mix’ entre estética e funcionalidade. brembo.com
A Osram anunciou a aquisição da empresa britânica Ring Automotive, especializada na área da iluminação automóvel, eletrónica e acessórios, com o objetivo de alargar o seu portefólio de peças de substituição. A gama da Ring Automotive complementa a oferta da Osram, nomeadamente na área de acessórios eletrónicos para automóveis, sendo representada por mais de 3000 revendedores especializados em mais de 60 países com cerca de 6000 produtos. Por outro lado, a Osram permitirá o acesso dos produtos da Ring Automotive ao mercado dos Estados Unidos através dos canais estabelecidos da Osram Sylvania e abrirá um novo potencial de vendas na Europa e no resto do Mundo, com uma estratégia de marca diferenciada. osram.com
DIVISÃO DA TENNECO NASCE A DRIV PARA O AFTERMARKET Após a aquisição da Federal-Mogul, em outubro de 2018, foi decidida a separação da Tenneco em duas empresas independentes e de capital aberto. Para o mercado do após-venda foi criada a DRiV, com o objetivo de se tornar num dos maiores fornecedores globais do mercado multimarca na área de equipamento original, desempenho na condução e travagem para veículos ligeiros e comerciais. O negócio de após-venda da DRiV, que será conhecido como “Peças Automóveis”, irá desenvolver, produzir e distribuir um amplo portefólio de produtos no mercado de após-venda a nível global. A aquisição da Federal-Mogul possibilitou a reunião de um portefólio de marcas líderes na indústria, permitindo transformar-se num dos maiores fornecedores globais de peças de substituição, que inclui algumas das mais respeitadas marcas do mercado, casos, por exemplo, da Monroe, Champion, Öhlins, MOOG, Walker, Fel-Pro, Wagner, Ferodo Rancho, Thrush, Sealed Power, Axios, entre outras. tenneco.com
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PUB L I R R E P O R TAG E M
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BOAS PRÁTICAS
RUI COSTA, DIRETOR DE APÓS-VENDA, NISSAN PORTUGAL
O CLIENTE NO CENTRO DE TUDO O QUE FAZEMOS A Nissan conseguiu uma boa taxa de retenção de clientes de veículos mais antigos no seu após-venda graças a um programa específico que lhes dá diversas vantagens. Saiba como a marca nipónica está a fazer para manter os seus clientes fidelizados às suas oficinas
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rimeiro com o Qashqai revolucionou a “paisagem” automóvel, com uma profícua “plantação” de SUV e crossovers. Depois, com o Leaf, colocou-se na liderança da aposta na mobilidade elétrica. A Nissan protagonizou duas das mais recentes e marcantes transformações do mercado automóvel, levando também muitas novidades para o seu próprio serviço de após-venda. Que, por outro lado, continua a tentar fidelizar os clientes dos veículos mais antigos que se mantêm em circulação, pela notória fiabilidade dos produtos da marca nipónica. Rui Costa explicou-nos os segredos do Após-Venda da Nissan Portugal que dirige.
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A estrutura da gama Nissan sofreu, nos últimos anos, uma transformação radical: hoje são os SUV “quem mais ordena” e, em breve, talvez sejam os elétricos. Quais os desafios que se colocam ao após-venda, face a tão rápidas transformações? Os desafios que se colocam, não só ao após-venda mas a todo o negócio automóvel, face a um mercado em transformação são os da rápida adaptação às novas tendências de mercado. Isto reflete-se em novos produtos para venda e em novos produtos e serviços de após-venda. Claramente a “eletrização” das viaturas vem trazer novos desafios, mas também novas oportunidades de negócio que iremos, com toda a certeza, explorar. 68
Que importância tem o após-venda para a Nissan, enquanto marca? O após-venda é um alicerce do negócio da Nissan, não só atualmente como o será de forma mais vincada no futuro. Temos tido um crescimento sustentado nesta área, fruto da dedicação e desenvolvimento desta área de negócio, com especial foco na qualidade que oferecemos ao cliente. Na Nissan o cliente está no centro de tudo o que fazemos, e é no após-venda que acaba por ter contacto mais regular com os nossos serviços, com impacto decisivo na retenção do cliente. Ainda sentem que as pessoas veem o produto japonês como um garante de qualidade e fiabilidade? Isso é uma vantagem para a Nissan? Sim, o cliente Nissan vê na marca um garante de produtos com qualidade e durabilidade. Basta ver os Nissan antigos que ainda encontramos no parque automóvel português. Da mesma forma, também a nossa gama de veículos comerciais são percecionados como robustos, duráveis e fiáveis. Isto é uma vantagem competitiva para a Nissan porque sabemos que retemos o cliente na altura de trocar de automóvel. A Nissan, tem aliás, vindo a aumentar a opinião geral da marca e, cada vez mais, os seus produtos estão nas principais considerações de compra, dentro dos respetivos segmentos. A imagem de fiabilidade também se traduz na preferência dos clientes pela assistência oficial ou é uma batalha que têm de travar com os reparadores independentes? A Nissan tem um serviço de após-venda muito forte e um programa, a que chamamos Promessa Cliente Nissan, que inclui viatura de cortesia gratuita em qualquer intervenção, assistência Nissan para toda a vida, seja qual for a antiguidade do veículo, “check-up” gratuito ao veículo e equiparação dos preços dos serviços, o que garante ao cliente a melhor relação preço-qualidade. Esta nossa posição faz com que os nossos clientes não vejam razões para procurar serviços generalistas.
FORMAÇÃO INTENSIVA DE TÉCNICOS
A EXPANSÃO PARA OS ELÉTRICOS
A Nissan é das marcas mais avançadas no “abraçar” da mobilidade elétrica e isso tem, obviamente, implicações no após-venda. Que, segundo Rui Costa, se vão fazendo sentir ainda a uma velocidade lenta. ”É verdade que os veículos elétricos têm uma manutenção significativamente inferior a um veículo a combustão interna. Para já, não notamos um impacto significativo devido ao atual parque circulante, mas estamos a preparar os nossos técnicos com uma formação intensiva para fazer face aos desafios desta eletrização”. Havendo ainda relativamente poucos elétricos a circular, a capacidade de assistência está instalada para essa dimensão do parque, mas o caminho é o da expansão: “Todos os concessionários Nissan oferecem o serviço de manutenção de veículos elétricos. No entanto, atualmente apenas contamos com um centro homologado para realizar operações no que concerne a reparações da bateria propulsora do veículo. Face ao evoluir do parque circulante elétrico, já temos prevista a abertura de novos centros de reparação de baterias. Em termos processuais, o cliente não tem de se preocupar, entrega a viatura no concessionário da sua preferência e a Nissan transporta a mesma para o centro homologado”.
Pode dar-nos uma ideia (em números) da capacidade de retenção de clientes cujas viaturas já ultrapassaram o período de garantia? Como atraem esses clientes? A nossa retenção de clientes está em linha com os valores médios do mercado pelo que temos algumas ferramentas que nos potenciam a manutenção dos mesmos no seio da marca, nomeadamente o Programa Promessa Cliente Nissan, único no setor automóvel. Regularmente, temos campanhas que visam a manutenção de veículos com mais de cinco anos, o que nos permite ir mantendo contacto regular com os nossos clientes. Como referido acima, o “check-up” gratuito ao veículo e a assistência Nissan, seja qual for a antiguidade do veículo, são apostas que criam 69
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BOAS PRÁTICAS uma mais-valia ao cliente através do serviço de Promessa Cliente Nissan. O elemento peça original é decisivo? Só utilizam peças originais ou, quando o custo o justifica, utilizam a chamada peça equivalente? A marca utiliza sempre peças de primeira linha, contudo, temos disponível uma segunda linha designada “Value Advantage” (VA), cujo objetivo é ter uma solução alternativa com custo reduzido para as viaturas mais antigas. Qualquer destas linhas de peças garante a qualidade e fiabilidade definidas pela marca e está abrangida pela garantia contratual do construtor. A formação é, com certeza, elemento essencial na satisfação dos “standards” da marca. É fácil recrutar profissionais com formação base adequada para o após-venda Nissan? Não, há uma carência significativa de mão-de-obra com formação base adequada. No entanto, a rede Nissan beneficia de programas de formação e desenvolvimento de jovens talentos que saem dos cursos de mecânica para consolidar a formação e aprenderem as especificidades da marca. Ministramos uma média anual de 180 horas de formação por pessoa.
Rui Costa, diretor do Após-Venda da Nissan Portugal, explicou o que a marca tem feito para manter os clientes fidelizados às oficinas oficiais
“Fazer bem à primeira” é critério importante para a satisfação do cliente e para medir a qualidade do após-venda. Como está e como tem evoluído o após-venda Nissan nesse aspeto? A Nissan dá uma grande relevância à qualidade-cliente. Somos uma empresa japonesa e está enraizada na nossa cultura a filosofia da melhoria contínua “ Kaizen”. Também monitorizamos um índice de qualidade que recolhe todos os dados do serviço de oficina diariamente e a progressão da satisfação do cliente nesta área, bem como ações de cliente-mistério.
Para a melhoria da eficácia e da operação muitas marcas atribuem ao “layout” oficinal um papel chave. É também assim com a Nissan? A nossa marca tem feito um investimento significativo na remodelação dos nossos concessionários – não só em imagem, mas também em termos funcionais. Com o nosso “New Retail Concept” deixa de existir áreas distintas de vendas e após-venda, promovendo o usufruto das áreas “lounge” e tornando toda a experiência-cliente mais aprazível.
A monitorização dos índices de qualidade inclui a recolha diária dos dados de serviço das oficinas
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Fazer bem à primeira, qualidade da receção, cumprimento de prazos. Como são valorizados pela Nissan estes três parâmetros? A Nissan monitoriza todos os aspetos da qualidade oferecida ao cliente. Nesse sentido, essas três práticas são particularmente relevantes para o sucesso do após-venda, havendo um acompanhamento diário dos indicadores que os respeitam.
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Como vê o futuro da reparação oficial? Acredita, como muitos, que é algo que as marcas tenderão a subcontratar? Num contexto da denominada nova mobilidade o após-venda oficial continuará a fazer sentido? O futuro apresenta-se como uma boa oportunidade para o após-venda de marca. Com a evolução para novas soluções de mobilidade, como a mobilidade partilhada, os veículos apresentarão um desgaste mais acentuado e necessitarão de uma manutenção mais rigorosa porque, em vez de estarem parados 90% do tempo, que é o que acontece com a maioria do parque circulante, passarão a ter uma utilização mais intensa, e isso gera oportunidades de após-venda. Por outro lado, face ao evoluir tecnológico das viaturas, as marcas continuarão a deter o “know-how” específico para poder assegurar a correta e rápida manutenção ou reparação das mesmas. Será cada vez mais difícil para os independentes assegurar esta capacidade aos clientes.
REPORTAGEM
RECICLAGEM DE PNEUS
MERCADO COM VALOR ACRESCENTADO A Valorpneu vai levar a cabo um estudo junto das oficinas, de forma a perceber quais as melhores práticas que devem ser implementadas para a reciclagem de pneus Texto David Espanca Fotos José Bispo
A
Valorpneu é a entidade gestora do sistema integrado de gestão de pneus usados (SGPU) e tem por missão a recolha, o transporte para encaminhamento final e a valorização energética dos pneus para sua reciclagem. Acompanhando de perto o mercado dos pneus novos, a sua dire-
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tora-geral, Climénia Silva, adianta que recolhem 100 por cento dos pneus que são gerados em Portugal. Explica, então, que “quando um pneu é gerado, normalmente é substituído por um novo, o que significa que a evolução dos pneus usados na Valorpneu segue o ritmo dos pneus novos”. No ano passado, a atividade da Valorpneu cresceu 72
entre três a quatro por cento, “refletindo o mercado de pneus de substituição e dos próprios veículos que são equipados de origem”. Criado em 2003, um ano após a fundação da Valorpneu, o SGPU é um sistema articulado de processos e responsabilidades que visa o correto encaminhamento dos pneus em fim de vida,
Climénia Silva, diretora-geral da Valorpneu, assegura que há uma recolha total dos pneus gerados no mercado nacional, para uma eficaz reciclagem
eliminando a deposição em aterro e promovendo a recolha, separação, retoma e valorização. Este sistema é financiado pela cobrança de um ecovalor na venda de cada pneu introduzido no mercado nacional, novo ou usado. Climénia Silva adianta que “o pneu usado ainda é um resíduo que não tem valor e trabalhamos todos os dias para tentar que o seu ecovalor possa baixar”. Os resultados da sua atividade são evidentes: uma grande percentagem de pneus tem como destino a reciclagem, enquanto o excedente é tratado para valorização energética. Mas, então, qual o papel das oficinas neste processo? Aquela responsável assume que “são um 'player' muito importante dentro do sistema, porque é aí que os pneus usados se iniciam como resíduo e onde tudo começa para a Valorpneu”. Portanto, prossegue, “é muito importante que desde o início o pneu seja bem tratado, que esteja em condições, descontaminado e com as
condições mínimas para ser tratado, porque depois de reciclado pode resultar num bom produto”. As oficinas, tal como os frotistas, estações de serviço ou outras entidades que retomem pneus dos seus clientes, são fundamentais para o correto desenvolvimento do SGPU. Aliás, Climénia Silva, refere que “todos têm a mesma função no início do sistema e, por legislação, são obrigados a ficar com os pneus usados, quando alguém vai comprar novos, da mesma tipologia e na mesma quantidade”. ESTUDO DE MERCADO VAI MOSTRAR AS PRÁTICAS SEGUIDAS POR REGIÃO Como a Valorpneu não tem uma relação direta com as oficinas – essa cabe à rede de centros de receção –, entendeu-se que “era o momento de ir mais longe e perceber um pouco melhor estas práticas, embora já tenhamos alguma informação sobre as entidades depositadoras de pneus”, revela 73
a diretora-geral. E, assim, nasceu este ano o projeto Circuito Portugal Valorpneu, cujo objetivo passa por atingir uma maior aproximação a estes espaços e demais entidades, o que lhes vai permitir efetuar e recolher uma avaliação de satisfação destas entidades. Os resultados vão dar lugar a um estudo de mercado, que deverá estar finalizado em setembro, de forma a “perceber quais são as práticas utilizadas por região, por tipologia de 'player' e constatar as que são seguidas”, afirma a interlocutora. Até porque, hoje em dia, ainda não existe um guia de boas-práticas implementado, mas sim um conjunto de recomendações. “O nosso intuito é conhecer o setor para, depois, o conseguirmos melhorar. Mas nunca com a intenção de penalizar seja quem for”, remata. A Valorpneu tem uma área no seu site onde qualquer pessoa pode denunciar uma situação que considere irregular, ou transmiti-la por e-mail, sendo o seu
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REPORTAGEM
Ao longo do ano passado foram 85 mil as toneladas de pneus que chegaram à Valorpneu, das quais 50 mil toneladas foram recicladas
OFICINAS TÊM UM CONTRIBUTO DECISIVO Ao longo do processo de reciclagem de pneus, as oficinas assumem-se como um instrumento importante para a sua valorização. Para ajudar estes estabelecimentos, a Valorpneu estabeleceu um conjunto de boas-práticas, algumas delas resultantes da própria legislação, a saber: 1 Debitar o valor correspondente ao ecovalor na fatura de forma visível, para que o consumidor final perceba quanto está a pagar pela valorização do pneu; 2 Retomar os pneus usados sem custos para o seu cliente; 3 Armazenar os pneus em superfícies impermeabilizadas, separados dos outros resíduos, para não os contaminar; 4 Transportar os pneus para centros de receção com uma e-GAR, guia de transporte de resíduos; 5 Preencher uma ficha de identificação, à entrada dos centros de receção (que são obrigados a receber os produtos sem custos), e entregar os pneus separados por tipologia; 6 Guardar o certificado de receção durante cinco anos.
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tratamento totalmente anónimo. Se tiver dados suficientes que lhe permitam conhecer o estabelecimento visado, enviam uma carta explicando o que é a Valorpneu, o seu sistema e que vale a pena aderir, porque tem impactos positivos. Por vezes, explica Climénia Silva, “respondem e aderem”. “Se o não fizerem voltamos a insistir e, após a terceira comunicação, caso não exista uma resposta ou se continuarmos a ter dúvidas, colocamos a entidade numa lista e enviamos para os organismos de inspeção”. Depois, convém não esquecer o caso do mercado paralelo de pneus, que “não se consegue medir, embora tenhamos a perceção de que já foi mais representativo”, revela a entrevistada. Atualmente, prossegue, “entram muitos camiões de pneus usados em Portugal, vindos sobretudo da Suíça ou da Alemanha, países onde o pneu não pode circular com uma profundidade de piso tão baixa como no nosso país (1,6 mm). Por exemplo, na Alemanha o valor mínimo é de 3,0 mm, pelo que é fácil importar pneus e vendê-los aqui, mas isso não significa que não estejam registados e que não estejam a pagar o ecovalor”.
85 MIL TONELADAS DE PNEUS Em 2018, a Valorpneu estima ter recebido cerca de 85 mil toneladas de pneus e que alguns deles ainda não se tinham transformado em resíduo, ou seja, que tinham tido uma segunda vida, já que foram recauchutados (cerca de 12 mil toneladas). A diretora-geral revela que “isso acontece muito nas frotas, por questões de rentabilidade”. Do remanescente, 50 mil toneladas foram recicladas e transformadas em granulado de borracha, enquanto 22 mil toneladas foram encaminhadas para valorização energética. Neste último caso, o destino final são, normalmente, as cimenteiras, que os utilizam, depois de tratados, como combustível alternativo, já que têm o mesmo poder calorífico. Desta forma, as cimenteiras diminuem o consumo de matérias-primas, reduzindo ainda a utilização de outros minerais. Relativamente à reciclagem em granulado de borracha, enquanto produto final, foi utilizado no enchimento de relvados sintéticos, em pavimentos desportivos e recreativos ou parques infantis. No entanto, adianta Climénia Silva, “há já uma parcela importante que se destina à indústria de isolamentos e também para a da borracha”. Por outro lado, uma percentagem mais baixa teve como destino as misturas betuminosas, que são aplicadas nas vias rodoviárias. “Este é um produto no qual apostamos bastante, porque entendemos ser aquele que tem mais potencial para a incorporação do pó e do granulado de borracha”, explica a interlocutora. As vantagens, continua, “são enormes, mas ainda não estão a ser devidamente aproveitadas”. Por isso, a Valorpneu está empenhada em mostrar os benefícios da utilização destas misturas em obras públicas, nomeadamente nas vias rodoviárias, cujas vantagens passam pela redução do ruído e uma maior durabilidade face à tradicional cobertura, contribuindo também para a chamada economia circular, que requer produtos que se conservem o mais tempo possível no ambiente e que minimizem a utilização de recur-
Dos pneus recolhidos pela Valorpneu, uma parte consegue ter uma segunda vida pela recauchutagem, 60% é reciclada em granulado de borracha e cerca de um quarto é usada para valorização energética, por exemplo, em cimenteiras
sos. Além disso, pode ser utilizado na proteção dos carris da ferrovia, já que reduz o ruído. Por último, desde o início deste ano, que os pneus recauchutados estão isentos do pagamento do ecovalor, porque “estão a ter uma segunda vida, 75
evitando assim o custo do seu tratamento, da reciclagem ou valorização energética. Entendemos que se trata de uma diferenciação pela positiva, ou seja, quando estes produtos voltam ao mercado não pagam ecovalor pela segunda vez”, esclarece Climénia Silva.
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REPARAÇÃO
MELHORAR CONDIÇÕES DE TRABALHO
ERGONOMIA NA ÁREA DE PINTURA A palavra ergonomia provém da união de dois vocábulos gregos: "érgon", que significa trabalho, e "nómos", que significa regra. Por conseguinte, uma primeira aproximação a este conceito poderia ser o conjunto de regras a cumprir no momento de executar um determinado trabalho para prevenir o desenvolvimento de lesões no trabalhador Texto Juan Carlos Hernández Primitivo
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A rede do chão na zona de pintura é terrível para os joelhos do pintor que tem de trabalhar na zona inferior do automóvel
A utilização de elevadores pneumáticos pode colocar o carro a pintar numa posição mais cómoda
S
egundo a Associação Espanhola de Ergonomia, "é o conjunto de conhecimentos de caráter multidisciplinar aplicados na adequação de produtos, sistemas e ambientes artificiais às necessidades, limitações e características dos seus utilizadores, otimizando a eficácia, a segurança e o bem-estar." Portanto, esta definição envolve a relação entre o trabalhador e o seu ambiente laboral. O objetivo principal da ergonomia é adaptar o trabalho às capacidades e possibilidades do ser humano. Trata-se de estabelecer um conjunto de condições de trabalho que zelem pela saúde do trabalhador, evitando ou reduzindo lesões e doenças relacionadas com o desempenho das suas tarefas. Convém assinalar que as lesões causadas por fato-
O objetivo principal da ergonomia é adaptar o trabalho às capacidades e possibilidades do ser humano 77
res ergonómicos não costumam surgir imediatamente, uma vez que resultam da exposição prolongada ao risco: operações repetitivas, esforços inadequados, posturas forçadas e mantidas, etc. Portanto, a ergonomia tenderá a minimizar todos estes elementos, reduzindo lesões e doenças relacionadas com o desempenho do trabalho. É uma disciplina muito ampla que abrange elementos como a análise e a redução de riscos laborais, o design da zona de trabalho e as respetivas condições ambientais, o estudo de cargas e trabalhos físicos realizados pelo trabalhador e, inclusivamente, os aspetos mentais e psicossociais do mesmo. Se observarmos uma oficina de reparação de automóveis, vemos que é um local onde são realizados inúmeros processos de trabalho, na sua maioria, mui-
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REPARAÇÃO Estas almofadas ajudam a proteger os joelhos sobre as redes da área de pintura
to físicos. Uma abordagem correta da ergonomia tem uma aplicação direta neste ambiente. A área de pintura é uma zona na qual existem muitos produtos tóxicos (dissolventes, aparelhos, tinta, vernizes, etc.) que exigem, obviamente, o cumprimento das normas regulamentares de segurança e higiene. Portanto, o pintor deverá contar em todos os momentos com os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) adequados para cada situação. Além do mais, estes produtos constam da correspondente Ficha de Segurança emitida pelo fabricante, a qual é fundamental que seja seguida rigorosamente. Neste artigo vamos centrar-nos no aspeto puramente ergonómico, abordando alguns conceitos simples e propondo algumas soluções que resultarão numa melhoria da ergonomia no trabalho do pintor, a partir do ponto de vista do trabalho físico realizado. Para começar vamos abordar o design da zona de pintura. O ideal será contar com a zona de preparação de superfícies em primeiro lugar dentro do fluxo de trabalho e próxima da estufa de pintura, assegurando assim deslocações curtas de peças e veículos. A zona de misturas, onde são preparados os diferentes produtos a aplicar no momento de pintar, também deverá estar próxima. No que respeita às condições ambientais, a zona de trabalho tem de cumprir as disposições regulamentares relativamente a questões como luminosidade, sonoridade, ruído e temperatura. É habitual encontrar pavimento formado por grelha metálica na área de pintura. A partir da perspetiva da ergonomia, esta solução apresenta o inconveniente
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de que, ao pintar uma zona inferior do veiculo, o funcionário terá de apoiar os joelhos no solo, o que se tornará desconfortável e, inclusivamente, doloroso. Para evitar esta situação o funcionário pode utilizar indumentária com reforços ou almofadas nos joelhos. Também existem cadeiras com apoio para os joelhos que permitem o movimento de forma mais confortável para acesso a essas zonas inferiores. O trabalho do pintor requer que este, em várias ocasiões, tenha que intervir nas zonas inferiores dos veículos, implicando que tenha de se agachar e levantar-se continuamente, com o esforço e desgaste que isto representa para as articulações e para as costas. Para atenuar esta situação, como recurso ideal podemos referir os elevadores pneumáticos, que permitem posicionar o veículo à altura pretendida, evitando
que o funcionário tenha de se inclinar ou agachar-se excessivamente. A altura ideal é entre a altura dos cotovelos e dos ombros, reduzindo assim a flexão dos braços e mantendo o pescoço e as costas direitos. No que respeita ao movimento de veículos nesta zona, o ideal é que possam deslocar-se pelos seus próprios meios (com o motor ligado). Quando isto não é possível, existem equipamentos que movem mecanicamente os veículos, evitando o desenvolvimento de esforços por parte do funcionário para empurrá-los. Um exemplo será um porta-paletes elétrico especialmente desenhado para o movimento de veículos. Permite a adaptação a diferentes larguras de vias e tem capacidade para deslocar o veículo elevando um pouco qualquer dos eixos. Para levar a cabo uma deslocação sem complicações é importante dispor Porta-paletes na CESVIMAP
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Armários e organizadores
Mascaramento com película plástica com dispensador específico
de rampas móveis que permitam introduzir facilmente o veículo na estufa.
As lesões causadas por fatores ergonómicos não surgem imediatamente uma vez que resultam da exposição prolongada ao risco
FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS Há muito que existem lixadoras pneumáticas ou elétricas que permitem que o pintor desenvolva menos esforço do que executando a operação manualmente. Por outro lado, as pistolas aerográficas têm vindo a evoluir, tornando-se mais leves e ergonómicas. Adaptam-se melhor às mãos e, uma vez que são mais leves, contribuem para a redução de lesões nos pulsos e nos braços. Existem armários móveis que incorporam uma grande quantidade das ferramentas que o pintor utiliza: lixas, massas, sprays, etc., pelo que estas estão ao alcance do funcionário sempre que necessário. Alguns destes armários também incorporam sistemas de aspiração móveis. Os novos métodos de mascaramento, como as películas plásticas com dis79
pensadores específicos, facilitam consideravelmente este trabalho, exigindo menos intervenções do pintor. No momento de secar os diferentes produtos aplicados podemos contar com equipamentos de secagem por infravermelhos ou ultravioleta. Sejam montados em calhas no teto ou móveis sobre rodas, contam com braços articulados que permitem a adaptação de forma prática e sem esforço à zona a secar. Outras ferramentas que podemos encontrar na área de pintura são mesas, cavaletes, suportes magnéticos ou diferentes ganchos que facilitam a colocação de peças soltas, como portas, capots, portas de bagageira, etc. Permitem a colocação das peças a uma altura e disposição ideais para facilitar os movimentos do pintor ao aplicar os diferentes produtos. Como elemento particular podemos referir a ferramenta para a pintura de jantes de alumínio que permite posicionar as mesmas, de forma a facilitar significativamente o trabalho do pintor. Também existem bancos ou tamboretes para subir e pintar zonas altas como os tejadilhos. Inclusivamente existem plataformas elevatórias pneumáticas para a pintura de veículos industriais. Dispõem de um cesto elevatório que serve para transportar o pintor. No referido cesto existem vários controladores manuais e um pedal que dão grande autonomia ao pintor, permitindo-lhe mover-se em todas as direções e aceder a todas as peças sem qualquer esforço. Deste modo, um único pintor pode enfrentar a tarefa de pintar painéis tão grandes como os que estes veículos apresentam, sem que seja necessário montar andaimes ou outro tipo de estruturas. Como vemos, é possível contar com inúmeros elementos que facilitam o trabalho diário do pintor de automóveis. Ao melhorar a ergonomia na área de pintura, além de contribuirmos para preservar a saúde dos pintores, vamos conseguir otimizar também o trabalho que desempenham o que, em última análise, resulta em maior qualidade e em lucros finais mais elevados nesta área.
PARA SABER MAIS PINTURA DE AUTOMÓVEIS. CESVIMAP, 2009 WWW.CESVIMAP.COM WWW.REVISTACESVIMAP.COM ÁREA DE PINTURA DA CESVIMAP PINTURA@ CESVIMAP.COM
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TÉCNICA
PASSO A PASSO
SUBSTITUIÇÃO DE DISPOSITIVO DE RADAR DIANTEIRO DE UM SISTEMA DE AJUDA À CONDUÇÃO Os sistemas avançados de ajuda à condução foram plenamente integrados nos modelos de veículos comercializados pelos fabricantes. O controlo adaptativo da velocidade de cruzeiro, o aviso de colisão e a travagem de emergência autónoma são muito úteis em caso de distração, excesso de velocidade ou cansaço. Estes sistemas incorporam diferentes sensores eletrónicos para a recolha de dados do espaço envolvente e, entre eles, encontram-se os radares dianteiros e traseiros utilizados para detetar a distância entre o veículo que emite o sinal e um objeto. O funcionamento correto destes sensores depende de uma calibragem adequada. Em seguida são descritos os passos a seguir na substituição de um radar dianteiro num Nissan Qashqai
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3 Montagem do para-choques
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4 Girar o volante até a direção estar centrada
Previamente desmontam-se as peças necessárias para aceder ao radar. Desmontagem do antigo radar e montagem do novo no respetivo suporte
Pré-configuração do radar a 90°, seguindo sempre as instruções do fabricante
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Ajustar a pressão dos pneus de acordo com os valores indicados pelo fabricante
Colocar OBD para ligar o veículo ao equipamento de diagnóstico
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9 Abrir o programa de calibragem e identificar o veículo
Posicionar as ferramentas do equipamento de calibragem para a centragem deste relativamente ao veículo: garras autocentrantes e unidade laser
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Centragem do equipamento de calibragem relativamente ao eixo central do veículo, procurando o eixo central e posicionando o equipamento perpendicular ao veículo
Proceder à calibragem do radar realizando os ajustes indicados pelo programa até obter total conformidade na calibragem 81
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NOTÍCIAS
PNE U S
GT Radial All Season na Tiresur
GOODYE A R A E R O
Pneu para carros... voadores! A Goodyear aproveitou o último salão de Genebra para desvender a sua interpretação do que serão os pneusdo futuro, já projetados a pensar nos automóveis... voadores autónomos! Denominado Goodyear Aero terá uma dupla função: poderá ser utilizado como um pneu convencional para condução na estrada ou como uma “hélice” para andar pelos céus. Segundo a Goodyear, o protótipo Aero apresenta diversas caraterísticas inovadoras. Uma delas é um conceito mul-
timodal de rotor de inclinação que serve como trem motriz para transferir e absorver as forças para e a partir da estrada, numa orientação tradicional, e como um sistema de propulsão de avião, para proporcionar uma elevação noutra orientação. Além disso conta com uma estrutura não metálica, servindo os braços do protótipo para suportar o peso do veículo ou atuando como lâminas de ventilador, para proporcionar elevação quando o pneu estiver inclinado. goodyear.pt
A Tiresur já disponibiliza os novos pneus GT Radial All Seasons, desenvolvidos para se adaptarem às diferentes condições de condução ao longo do ano. Estes pneumáticos estão a ser comercializados em diferentes dimensões, para jantes de 15” e 17”, estando previsto o alargamento da gama. Estes pneus apresentam dois sulcos extra-largos na banda de rodagem que garantem uma evacuação rápida da água, resistência ao aquaplaning e distâncias curtas de travagem. Por outro lado, o novo composto de sílica assegura uma excelente aderência e elevadas quilometragens. tiresur.com/pt
MICHELIN FABRICANTE DE PNEUS DO ANO Um júri internacional constituído por 31 especialistas da indústria elegeu a Michelin como “Fabricante de Pneus do Ano” pelas suas iniciativas ambientais, pela capacidade de inovação nos seus produtos e pelo trabalho relacionado com a performance dos pneus à medida. O galardão foi entregue na cerimónia dos Tire Technology International Awards for Innovation and Excellence, que decorreu em Hannover. Iniciativas como a utilização de pó de borracha micronizada e o desenho inteligente da banda de rolamento, que mantém a performance mesmo quando o pneu se desgasta, são algumas das inovações da Michelin que foram determinantes na decisão dos membros do júri.
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Nex distribui Avon em Portugal
“A inovação tem estado presente no êxito da Michelin ao longo de mais de 125 anos e este prémio é um reconhecimento do trabalho pioneiro das mais de 6000 pessoas que, atualmente, trabalham em pesquisa e desenvolvimento na Michelin”, afirma Pierre Robert, diretor de investigação e desenvolvimento do grupo Michelin. michelin.pt 82
A Nex passou a ser a distribuidora exclusiva para Portugal dos pneus Avon para ligeiros de passageiros e veículos de duas rodas. A oferta é bastante alargada, contemplando os ligeiros ZT7 (Comfort), ZV7 (Altas Prestações) e ZX7 (SUV Médias e Altas Prestações). Ainda este ano, o portefólio será alargado com a gama AV12, para comerciais ligeiros. nextyres.pt