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PÁ G
2,50€ (CONT.)
IN AS
#83 FEVEREIRO 2020
EDUARDO SANTOS ROADY
PLANO DE EXPANSÃO IRÁ ATÉ 2023
profissional
OFICINA SEGURA
QUAIS AS COBERTURAS A CONTRATAR?
GARAGISTA // ACIDENTES DE TRABALHO // AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL // CIBERATAQUE // E OUTRAS...
MELHORAR A ORGANIZAÇÃO
“DESEMBRULHAR” A COMPLEXIDADE DA GESTÃO LOGÍSTICA
REPARAÇÃO
DRIVE REPAIR
AUTOZITÂNIA LANÇA-SE NAS REDES OFICINAIS
TÉCNICAS PARA REMOVER MOSSAS DAS CARROÇARIAS
profissional
SUMÁRIO #83 / FEVEREIRO 2020
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DESTAQUE
É hora de expansão na rede dos centros-auto Roady
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REPORTAGEM
Autozitânia lança rede oficinal Drive Repair
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REPARAÇÃO
A logística e gestão no bom funcionamento da oficina
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DOSSIÊ
Quais os seguros obrigatórios e quais as outras coberturas aconselháveis para ter a oficina segura
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REPORTAGEM
LuzDeAirbag, jovem empresa que se impõe no "aftermarket" nacional
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DOSSIÊ
O estado do "aftermarket" e pós-venda dos pesados
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BOAS PRÁTICAS
Quatro marcas sob o "chapéu" do Groupe PSA
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TENDÊNCIAS
Os ruídos que os automóveis elétricos vão ter de passar a fazer... por segurança
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REPARAÇÃO
Como reparar as mossas na carroçaria
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FEVEREIRO 2020 TURBO OFICINA
EDITORIAL
GESTÃO E SEGUROS A
vida parece acelerar todos os dias, tudo se passa cada vez mais depressa e as exigências não param de aumentar a pressão de quem está à frente de um negócio. Nas oficinas isso é particularmente sensível, com clientes cada vez mais exigentes, mesmo se nem sempre mais conhecedores, mas precisando sempre do seu carro “para ontem”. Não há que dramatizar, esta passou a ser a normalidade e há apenas que adaptar o negócio a esta nova realidade. É verdade que a evolução tecnológica proporcionou novas ferramentas que ajudam a que muitas das operações numa oficina se façam de forma muito mais rápida e até com maior rigor. Mas isso, só por si, não chega para ter um serviço de excelência, ter as melhores máquinas de nada serve se, chegado ao momento da reparação, não estiverem disponíveis as peças ou componentes indispensáveis para a realizar. Daí que a componente logística e de gestão de uma oficina seja crucial para o seu correto funcionamento, para ter todo o material disponível na altura indicada e disposto da forma mais eficaz para facilitar o trabalho de todos os técnicos envolvidos na reparação. Esse é um dos assuntos
profissional
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 10 000 € CRC CASCAIS
que tratamos nesta edição para auxiliar numa melhor organização do funcionamento das oficinas. Porque um bom planeamento e uma correta preparação são os primeiros passos para que o trabalho possa decorrer de forma célere. Há, contudo, um outro plano que não pode ser descurado pelas oficinas, em especial quando se procura acompanhar as exigências de rapidez dos clientes: a segurança. E porque acidentes hão-de sempre acontecer, é fundamental que a oficina tenha o máximo de riscos cobertos por seguros. Que são muitos e nem sempre baratos, é verdade, sendo mais um encargo que dificulta a rentabilidade final do negócio. Os seguros são aquele tipo de investimento que esperamos sempre ser uma espécie de… “dinheiro deitado à rua”. Mas mais vale gastá-lo e, em relação às oficinas, há uma miríade de coberturas – umas obrigatórias, outras facultativas – que convém analisar com atenção e têlas do nosso lado. Porque o acidente espreita quando menos se espera e o ambiente oficinal é propício a que aconteçam “coisas”, a questão dos seguros não deve ser descurada. Daí termos dado uma particular atenção a esse tema nesta edição.
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Sérgio Veiga E D ITO R CHE FE
TURBO OFICINA FEVEREIRO 2020
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DESTAQUE
EDUARDO SANTOS, ADMINISTRADOR CENTROS-AUTO ROADY
CONFIANÇA E PROXIMIDADE É O SEGREDO DO SUCESSO Este será um ano de expansão para a rede de centros-auto Roady, num plano que se prolonga até 2023. Os valores do seu sucesso, contudo, manter-se-ão inalterados: bom serviço a preços competitivos e, pelas localizações junto aos supermercados do Grupo Mosqueteiros, relações de confiança e proximidade com os clientes Texto Sérgio Veiga
C
om 33 pontos espalhados por Portugal Continental, a rede de centros-auto Roady tem uma boa cobertura nacional, apresentando-se aos seus clientes com um conceito deveras apelativo. Não só alia serviços rápidos a preços muito competitivos, como as localizações das oficinas, lado-a-lado com superfícies comerciais do Grupo Mosqueteiros, acabam por ser um chamariz para quem necessite de intervenções menores nos seus automóveis ou tão-só de fazer a marcação de uma reparação mais complexa. Por outro lado, o conceito Roady de juntar no mesmo espaço uma oficina e uma loja para os mais diversos componentes e acessórios torna também cada centro-auto muito mais que um local de reparação automóvel. Este é, pois, um conceito já com provas dadas não só no nosso país como além-fronteiras e que, em Portugal, se encontra agora numa importante fase de expansão, com um plano de abertura de novos centros-auto até 2023. E que passa, inclusive, por centros que podem es-
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tar isolados, ou seja, mesmo em locais onde não existam os supermercados a que costumam estar associados. Eduardo Santos, administrador dos centros-auto Roady em Portugal, falou-nos dos objetivos, das condições em que será feito o alargamento da rede e o que é preciso para se abrir um desses centros. Que, entre várias outras vantagens, conta logo com a forte comunicação e “marketing” do Grupo Mosqueteiros. Mas, nesta como em tantas outras coisas, convém começarmos… pelo princípio. Os centros-auto Roady apresentam-se como alternativas às oficinas independentes e aos concessionários oficiais. Pode explicar-nos em que se diferencia o vosso conceito para justificar assumir-se como alternativa? São muitos os pontos que diferenciam os centros-auto Roady. Em primeiro lugar, o facto de a marca estar integrada no Grupo Os Mosqueteiros, um dos maiores grupos de distribuição mundiais multi-insígnia, com uma sólida estrutura de gestão que passa pelas compras, logística e “marketing” e co6
"O aderente é independente e autónomo na gestão do seu centro-auto e, por residir no raio de localização em que a loja está implantada, tem maior sensibilidade para as necessidades dos clientes", explica o administrador dos centros-auto Roady, Eduardo Santos
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municação. Em segundo lugar, a oferta dos nossos centros que disponibilizam um conjunto de serviços de grande utilidade para o dia-a-dia de todos os condutores, como o alinhamento, testes de diagnóstico, revisões, substituição de amortecedores, som, multimédia em geral, mudança da correia de distribuição, entre outros. Além disso, a possibilidade de encontrar serviços rápidos sem marcação e uma gama completa de produtos para o automóvel em horário alargado, sem comprometer o profissionalismo e segurança, são também diferenciadores dentro do setor. Por fim, o derradeiro fator de diferenciação está relacionado com a gestão autónoma de cada ponto de venda. Ou seja, o aderente é independente e autónomo na gestão do seu centro-auto e, por residir no raio de localização em que a loja está implantada, tem maior sensibilidade para as necessidades dos clientes. Por esse motivo consegue desenvolver uma relação de confiança e proximidade. Sabemos que, com este modelo de gestão, é possível encontrar soluções personalizadas para
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DESTAQUE
Os lubrificantes são uma das áreas em que a Roady aposta com marca própria para oferecer uma boa relação qualidade/preço
cada cliente que procura um centro-auto Roady. Na sequência da anterior questão, quais diria que são os pontos fortes em que o conceito Roady mais se destaca? Os pontos fortes dos centros-auto Roady são a oferta completa (360º) que junta, no mesmo espaço, loja e oficina e o modelo de gestão dos nossos centros que gera proximidade com o cliente. O facto de Roady ser uma insígnia que pertence ao Grupo Os Mosqueteiros confere uma vantagem competitiva aos administradores deste negócio, uma vez que usufrui de uma estrutura e de serviços a montante, como o “marketing” e a comunicação, as compras ou a logística. É de salientar ainda o conjunto alargado de serviços que os centros-auto Roady oferecem aos seus clientes o que, juntamente com a excelente relação preço/qualidade, a possibilidade de encontrar serviços rápidos sem marcação e em horário alargado e a garantia de profissionalismo e segurança, têm garantido um crescimento da insígnia em território nacional. O “binómio” preços baixos/rapidez é o principal fator de atração de clientes?
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Em especial em tempos mais delicados do ponto de vista económico? Sim, se a relação preço/qualidade sempre foi um dos fatores atrativos dos centros-auto Roady, a rapidez veio tornar ainda mais vantajoso o nosso trabalho. Os clientes privilegiam maioritariamente serviços rápidos, eficazes e personalizados, com a garantia de total profissionalismo e qualidade. Qual o cliente-tipo de um centro Roady? Não será alguém que tem uma avaria grave no seu automóvel… O que procuram os clientes dos vossos centros? Os nossos clientes procuram todo o tipo de serviços, desde reparações mais rápidas e simples às mais complexas. Procuram, acima de tudo, um serviço profissional e flexível e uma boa relação qualidade/preço. VANTAGEM COMPETITIVA DO GRUPO OS MOSQUETEIROS O “fazer bem à primeira” é um importante item de avaliação da qualidade de serviço. Em que ponto estão, a nível médio dos vossos 33 centros, nesse ponto? A nossa posição nesse aspeto é significativamente positiva. Fomos, aliás, distinguidos com o Prémio Marca Cin8
"Os clientes querem serviços rápidos, eficazes e com qualidade" co Estrelas 2020 na categoria “Centros de Manutenção Automóvel”, resultado do teste e avaliação dos consumidores, o que nos indica que os nossos clientes estão satisfeitos com os nossos serviços. Como selecionam as marcas de produtos com que trabalham? A seleção das marcas é feita com base na sua qualidade. A decisão de trabalharmos com uma marca ‘x’ é previamente analisada e estudada, para averiguar a qualidade efetiva do produto. O propósito final é sempre o de respondermos às necessidades dos nossos clientes. E de que produtos têm marca própria? O objetivo é proporcionarem preços ainda mais baixos aos vossos clientes, certamente. Mas não comprome-
cado Mosqueteiros”, o alargamento da rede poderá passar por ter centros isolados. Exemplo disso foi já a nossa última abertura em Mem Martins.
Os pneus fazem parte da oferta que se encontra nas lojas dos centro-auto da Roady, sendo parte importante do negócio
todas os centros da rede? Graças às sinergias com a distribuição do Intermarché? O facto de estarmos integrados numa cadeia de distribuição como Os Mosqueteiros, permite que nos centros-auto Roady existam “stocks” controlados em ponto de venda, graças a toda a gestão feita ao minuto.
te o negócio das lojas com os produtos “de marca”? Trabalhamos marca própria em famílias de produtos estratégicos, como é o caso da eletricidade, manutenção e lubrificantes. O facto de o fazermos permite-nos comercializar produtos de elevada qualidade a um preço mais acessível. Consideramos que assim teremos uma oferta ainda mais alargada e atrativa para o cliente. O estar integrado no Grupo Os Mosqueteiros dá-vos, certamente, uma força negocial muito maior na compra dos produtos. É esse um dos segredos do Roady para poderem praticar baixos preços? O facto de a marca estar integrada no Grupo Os Mosqueteiros, uma cadeia internacional de distribuição, confere uma vantagem competitiva aos empresários aderentes. Neste caso, as vantagens estão relacionadas com o poder da central de compras dos Mosqueteiros, uma logística própria e uma política de comunicação nacional e local poderosa. Já que toca no aspeto logístico: conseguem ter quatro entregas diárias em
Atualmente existem 33 centros Roady em Portugal. Que tipo de cobertura territorial conseguem? Incluem as ilhas? Que zonas do País estão menos cobertas? Os 33 centros-auto Roady estão distribuídos por todos o território nacional. Temos pontos de venda em 15 distritos, sendo que estamos mais representados no Norte e no Centro do País do que no Sul. Nas ilhas não temos ainda pontos de venda. 75 MIL EUROS PARA ABRIR UM CENTRO-AUTO ROADY O ano de 2020 será, segundo sabemos, de foco no recrutamento de novos aderentes. Tem um objetivo em termos de número a atingir? Qual a dimensão que a rede Roady em Portugal deveria ter para atingir a cobertura territorial considerada ideal? Para este ano 2020, uma das metas do Grupo Os Mosqueteiros é o aumento contínuo do parque de lojas. Essa estratégia, integrada num plano de expansão que pretendemos cumprir até 2023, prevê a abertura de dois novos centros-auto Roady por ano. Os Centros-Auto Roady estão localizados juntos dos supermercados Intermarché. Essa será também uma condição para os novos aderentes ou o desejo do alargamento da rede poderá passar por centros isolados? Apesar de o conceito base ser “Mer9
Que zonas do País serão privilegiadas com esta expansão da rede e que outras verão reforçadas a presença do Roady? Neste momento, em Portugal Continental não existem zonas que estejam por cobrir. Temos uma mancha bem preenchida com opções de norte a sul do País. A expansão da rede e a decisão de localização dos próximos centros-auto será baseada nas necessidades dos clientes, tendo sempre em conta as boas oportunidades que surjam, claro. Que condições tem um empresário de preencher para integrar a rede de centros-auto Roady e, no caso de a sua candidatura ser aprovada, o que tem depois de fazer e que apoios recebe? Os requisitos necessários que um empresário tem de ter para integrar a rede de centros-auto Roady são iguais a qualquer insígnia do Grupo. As condições de adesão passam por ter disponibilidade de capital, estar motivado a criar o seu próprio negócio, ser uma pessoa dinâmica, ter boa capacidade de gestão e liderança, não exercer outra atividade profissional, ter disponibilidade geográfica e disponibilidade para uma formação a tempo inteiro com a duração de seis meses, em que são lecionadas componentes práticas e teóricas. Em termos de capital necessário, são necessários 75 mil euros para integrar a rede de centros-auto Roady. Ter uma oficina implica ter também a loja, uma não vive sem a outra? Todos os centros-auto Roady têm loja e oficina, essa é uma das especificidades dos nossos pontos de venda. Os nossos centros-auto possuem, em média, 380 m2 de área total, com uma área reservada à venda de produtos e outra área específica para oficina. POSICIONAMENTO DE PREÇO JUSTO Pela crescente complexidade dos automóveis, o equipamento oficinal tem vindo a ficar cada vez mais oneroso, nomeadamente na parte do diagnóstico. Que tipo de ajudas tem o empresário
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O processo entre a candidatura e a operacionalização da oficina tem a duração mínima de seis meses da “casa-mãe” na montagem inicial da sua oficina? O investimento depende muito do projeto, da localização e da concorrência. Todos estes fatores são analisados e terão um peso em todos os apoios/ajudas a facultar aos novos empresários. Quanto tempo poderá demorar o processo entre a candidatura e a operacionalização da oficina e por que fases terá de passar? O processo entre a candidatura e a operacionalização da oficina tem a duração mínima de seis meses, incluindo toda a formação e preparação fornecida ao empresário. No entanto, o processo está dependente do projeto e de todas as suas vicissitudes. Tanto nas oficinas como nas lojas, cada centro apenas poderá utilizar os produtos da marca Roady e das marcas parceiras do Roady ou há casos pontuais em que poderá recorrer/vender produtos de outras marcas? Os centros-auto Roady apresentam-se no mercado com um posicionamento de preço justo, apresentando desde as gamas de 1.º preço, aos produtos nossas marcas (PNM), mas também aos produtos “premium”, com um preço que traduz uma qualidade também ela superior. ASSISTÊNCIA A ELÉTRICOS A nível de formação dos técnicos que trabalham nos centros-auto Roady têm programas centralizados para os manter atualizados? Quantas horas de formação realizam por ano e em que moldes, centralizada na vossa sede ou sessões mais pequenas por regiões ou oficinas? Fruto das constantes mudanças e atualizações no parque automóvel, sentimos que a formação é necessária. Por esse motivo, saliento o trabalho que tem vindo a ser feito nos centros-auto
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Cada centro-auto é composto por uma oficina e uma loja, onde os clientes encontram inúmeros componentes ou acessórios para reparação ou melhoramento dos seus automóveis
Roady onde, de forma transversal, se tem consolidado o pilar da formação, que considero estrutural para a nossa forma de trabalhar. A formação é, aliás, adaptada às necessidades de cada colaborador e às alterações do mercado. Só assim conseguimos garantir técnicos qualificados que respondem de forma eficaz a cada situação. Os moldes das formações variam consoante cada situação. Temos casos em que conseguimos reunir todos os formandos num único local, mas outros em que as formações são feitas em cada loja individualmente ou também por cada região. Neste aspeto, os centros Roady já estão aptos para a assistência a veículos elétricos ou híbridos “plug-in”, ou seja, com sistemas elétricos de alta tensão? Sim, as formações constantes permitem-nos dar assistência aos novos veículos que têm surgido no mercado. Esse tem sido o grande desafio dos úl10
timos anos: a adaptação a esta nova realidade e aos avanços tecnológicos do parque automóvel. Atendendo a que os centros-auto Roady estão junto a supermercados Intermarché, poderão criar uma rede de postos de carregamento? Essa solução está prevista para o parque do mercado associado aos postos de combustível. Está previsto o aumento do número de serviços disponíveis nos centros-auto Roady? Que novos serviços poderiam ser esses? O lançamento de novos serviços é uma das metas dos centros-auto Roady para 2020. O tipo de comunicação ao cliente final será mais clara e direta, com a criação de serviços preço único. E, no final de Janeiro, lançámos a nova linha de comunicação com “packs” direcionados ao serviço de travagem e distribuição.
NOTÍCIAS
N ACIONAIS
Dia solidário bilstein group O bilstein group realizou, recentemente, uma sessão de divulgação das suas ações de cariz social a levar a cabo ao longo deste ano. O evento teve lugar nas instalações da empresa, na Venda do Pinheiro, e contou com perto de meia de centena de convidados. Joaquim Candeias, “managing director” da filial portuguesa, abordou os 150 anos do grupo, assim como os 15 anos em que está presente em Portugal, tendo sempre presente o lema “Fortes individualmente, imbatíveis em equipa”. Relativamente à responsabilidade social da empresa foi referido o apoio a oito causas e/ou projetos, nomeadamente: Alcainça Atlético Clube, Lobos da Malveira, Mafra Motor Show, Os Papa-Léguas, Casa Mãe do Gradil, Bombeiros Voluntários da Malveira, Sol Fraterno e Fexpomalveira. bilsteingroup.com/pt
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E XPOME CÂNICA 2020
Na senda da internacionalização
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altam cerca de dois meses para a sétima edição do expoMECÂNICA - Salão de Equipamentos, Serviços e Peças Auto, que voltará a ter lugar na Exponor, no Porto. A organização do evento está confiante em atingir novos recordes ao nível de expositores, área ocupada, países representados e empresas internacionais. É esse o pensamento de Sónia Rodrigues, diretora comercial da Kikai 12
Eventos: “Estamos muito bem posicionados para ter o melhor ano de sempre. A sensivelmente dois meses para a abertura das portas, 85% do espaço da feira está já preenchido em planta. Se acrescentarmos as reservas, a efetivar nos próximos dias, restarão muito poucos ‘stands’ para alocar nas próximas semanas”. Relembre-se que o evento irá acontecer de 17 a 19 de abril próximo, ocupando quatro pavilhões da Exponor, e que
Ferreira & Filhos passa a Wayfer
Ocupando quatro pavilhões da Exponor, a próxima edição do expoMecânica promete bater todos os recordes!
a partir deste ano passará a ter uma periodicidade bienal. Uma das metas definidas já foi ultrapassada, nomeadamente a participação estrangeira, pois o número de países representados mais que duplicou (para nove), comparativamente com a edição passada. Neste momento, já estão garantidos 242 expositores do “aftermarket” e um crescimento de 20% de área ocupada, relativamente à edição do ano passado. A organização estima ainda chegar aos 300 expositores. Relativamente à presença internacional, os principais países presentes serão a Espanha (36) e a Itália (10), de um total de 52 expositores já confirmados. Este último indicador, segundo José Manuel Costa, diretor-geral da Kikai, “revela que a decisão de alterar a pe-
riodicidade da feira, em alternância com a Motortec Automechanika Madrid, foi muito bem recebida pelos operadores nacionais e internacionais, o que veio validar e reforçar a estratégia”. Parte integrante do salão são as atividades paralelas sempre do agrado dos visitantes e as associações do setor vão estar em força. A ANECRA realizará o XVI Encontro Nacional da Reparação Automóvel; a ARAN, que celebra os seus 80 anos, apresentará uma Exposição Sobre Rodas, com a presença de alguns dos principais carros do século XX; e a DPAI da ACAP levará a cabo os Jogos Mecânicos, numa vertente lúdica da área de formação. Para ver o programa completo, poderá aceder ao sítio do evento. expomecanica.pt 13
A Ferreira & Filhos acabou de lançar uma nova identidade, a Wayfer, que surge para fortalecer o relacionamento com os seus clientes, no sentido de estarem presentes diariamente na procura constante da melhor solução, 24 horas por dia e 360 dias por ano. Daí que o lema da nova marca seja “Wayfer, Moving As One”. A empresa, que completa 28 anos de existência, reforça assim o seu posicionamento no setor de veículos comerciais, com uma proposta de valor centrada na mobilidade para profissionais, mantendo a sua parceria com a Iveco Portugal. Para Nuno Ferreira, CEO da Wayfer, esta mudança foi fundamental e necessária enquanto materialização da promessa já há muito assumida: “Este ‘rebranding’ representa o início de uma nova atitude e posicionamento. Num mundo bastante complexo, o da mobilidade, assegurar assistência com qualidade aos nossos parceiros para que o negócio destes nunca pare é a nossa meta”. wayfer.pt
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NOTÍCIAS
N ACIONAIS
D I ESE L T E C HN I C
Alternadores armazenam energia A Diesel Technics chama a atenção para a importância dos alternadores, dado que são eles que dão a potência necessária ao sistema elétrico do veículo, assegurando também que a bateria esteja sempre carregada, funcionando como um sistema de armazenamento de energia. A limitação de carga do alternador deve ser ajustada às condições de operação prática
do veículo, para que a energia mínima gerada seja pelo menos igual àquela que todos os elementos podem usar ao mesmo tempo. Inicialmente, o alternador gera uma corrente alternada, que pode ser convertida em corrente direta de forma a ser armazenada como energia elétrica. Os induzidos são feitos de aço magnetizável de alta qualidade com espaços estreitos entre o rotor e o estator, assegurando o máximo de desempenho. O rotor é balanceado para alcançar um funcionamento silencioso e baixo desgaste dos rolamentos de esfera. O estator é feito de aço magnetizável especial e bobinas calculadas com precisão que são cobertas por isolante resistente a temperatura, não condutor de eletricidade. A retificação da corrente alternada por meio de diodos retificadores à prova de picos garante uma operação a longo prazo. dieseltechnic.com/pt-br
Filtros de óleo K&N chegam a Portugal A K&N atualizou a sua gama de filtros de óleo, desenvolvida para reter as partículas estranhas na sua circulação, desempenhando um papel crítico na proteção do motor. Desenvolvida numa combinação de componentes sintéticos plissados que, tal como os filtros de ar, garante um fluxo superior e consistente, não descura as suas elevadas capacidades de retenção de impurezas, permitindo ainda maior intervalo entre serviços. A Q&F Lda é a representante em exclusivo para o mercado nacional desta marca. qf-lda.pt
VENEPORTE FAZ BALANÇO POSITIVO DE 2019 A Veneporte registou em 2019 um crescimento de cerca de sete por cento nas suas vendas em relação ao ano anterior, para o qual terá contribuído o reforço da sua posição em mercados do centro/norte da Europa, tais como a Alemanha, Bélgica, Holanda e Dinamarca. O primeiro trimestre do ano passado ficou marcado pelo lançamento dos filtros de partículas Euro 5, com particular destaque para a gama alemã. Um outro momento importante foi a inauguração das suas novas instalações, em setembro, onde todas as áreas técnicas, administrativas, comerciais e sociais foram renovadas e ampliadas, num investimento que rondou os 1,3 milhões de euros. Participou na feira EquipAuto 2019, em Paris, onde apresentou em primeira mão a sua linha de SCR (Selective Catalytic Reduction), tendo sido pioneira a nível europeu no lançamento de uma gama relevante para o “aftermarket”.
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Nova filial Interescape em Corroios
Foi ainda nomeada, entre 153 candidatos, para finalista do Grande Prémio Internacional de Inovação Automóvel (Grands Prix). veneporte.pt 14
A Interescape inaugurou recentemente a sua nova filial em Corroios, passando a disponibilizar uma rede de armazéns de escapes e centros de limpeza de filtros de partículas. Esta abertura vem reforçar o objetivo da empresa de estar mais perto dos seus clientes, encurtando os tempos de serviço. O sistema de limpeza de filtros de partículas diesel segue as indicações recomendadas pelos fabricantes, utilizando vários equipamentos especialmente testados e desenvolvidos para o efeito, e repõe a eficiência do filtro a 98%. interescape.pt
NOTÍCIAS
N ACIONAIS
Novos filtros de óleo da Sogefi
Z F A F T E RM ARKE T
Dicas para substituir embraiagem
A
ZF Aftermarket deixou úteis recomendações para a substituição de uma embraiagem da marca Sachs num veículo com ASG, o sistema de transmissão manual automatizada, neste caso de um Smart, de modelos construídos entre 1998 e 2015. A correta instalação da peça de substituição é decisiva para o conforto de condução e a vida útil, porque a atuação eletrónica funciona de acordo com parâmetros fixos. Se os valores de saída, de acordo com os quais a unidade de controlo funciona, não estiverem corretos, isso pode, por exemplo, provocar comportamentos de arranque irregulares. Antes de instalar a peça no veículo, é necessária uma inspeção cuidadosa de todo o componente, com especial atenção ao empeno lateral. Se o va-
lor limite de 0,5 milímetros for ultrapassado, o profissional da oficina deve eliminar o empeno lateral do disco de embraiagem com a ajuda de um garfo de alisamento. Além da própria embraiagem, podem também ocorrer danos no atuador. Estes componentes só podem ser substituídos na sua totalidade, mas isto requer pouco esforço. Há apenas uma ligação elétrica com o veículo. Em alguns modelos, a oficina tem de ajustar a pré-carga do atuador com uma balança de mola. Para outros veículos, a oficina deve primeiro aprender a utilizar o dispositivo de diagnóstico, através do qual a unidade de controlo de transmissão determina o ponto de separação da embraiagem. aftermarket.zf.com
RPL CLIMA CATÁLOGO DE PEÇAS DISPONÍVEL ON-LINE A RPL Clima acaba de lançar um novo catálogo de peças, com mais de 600 páginas, para o sistema de ar condicionado automóvel, industrial e agrícola, estando dividido por secções e contém produtos da própria marca, universais e originais. O cliente pode encontrar uma vasta gama de pe-
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ças para climatização, tais como compressores, condensadores, filtros, válvulas expansivas, embraiagens, eletroventiladores, resistências, pressostatos, entre outros. Os profissionais de oficinas e casas de peças podem consultar o catálogo no sítio da empresa. rplclima.com
A Sogefi acaba de lançar filtros de óleo de primeiro equipamento para a nova família de motores de gasolina FireFly do Grupo FCA (Fiat 500X e Jeep Renegade). Estes filtros desempenham papel fundamental no bom funcionamento do motor, retendo as partículas abrasivas geradas pelo desgaste habitual e purificando continuamente o óleo. Além disso, a tecnologia de dobragem Chevron da Sogefi oferece ao filtro uma grande capacidade para reter poeira num espaço compacto. sogefigroup.com
Race Chip GTS Black chega ao mercado A Race Chip (representada pela Q&F Lda.) apresentou o chip GTS Black para o BMW M135i. Tendo uma potência de origem de 306 cv e 450 Nm de binário, o Race Chip GTS Black melhora a sua performance, aumentando a potência para 38 cv e o binário para 492 Nm. Este modelo permite ainda poupanças de combustível em cerca de 15 %. qf-lda.pt
NOTÍCIAS
N ACIONAIS
E U R O R E PAR CAR SE R VICE
Melhor Rede Oficinal em Portugal
A
Eurorepar Car Service foi distinguida pela Revista Automotive com o galardão Prémio Fleet Service 2019, como a Melhor Rede Oficinal a operar em Portugal. Esta rede foi lançada em 2016 no nosso País e integra um dos alicerces do plano “Push to Pass”, que prevê a ofensiva do Groupe PSA e a exploração de novas oportunidades de crescimento. Para a obtenção do prémio, foi tida em conta a importância do serviço de manutenção e reparação, assim como dos serviços prestados nesta área. Também foi destacada a boa distribuição de peças através das plataformas Distrigo, a qualidade do serviço prestado, o ambiente e diversida-
de dos serviços, a gama de produtos, cobertura geográfica, imagem e atendimento dos funcionários, o tempo de imobilização das viaturas, bem como o aconselhamento especializado. Atualmente, a rede congrega cerca de 170 oficinas em Portugal Continental, Açores e Madeira. A nível mundial, a Eurorepar Car Service tem já mais de cinco mil espaços, num total de 26 países. Os mercados mais recentes são a Áustria, Eslováquia, Croácia, os territórios ultramarinos franceses de Guadalupe, Martinica e Ilha da Reunião e ainda o Panamá. O objetivo do Groupe PSA passa por alcançar um total de dez mil operadores em 2023. eurorepar.pt
F UC H S L UB R I F I CAN T E S
PARCERIA APOIA FORMAÇÃO DE JOVENS
A Fuchs Lubrificantes acabou de assinar uma parceria com a DUAL, o serviço de qualificação da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, com o objetivo de contribuir para a formação de jovens técnicos em Portugal. “Os nossos espe-
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cialistas dos diferentes produtos Fuchs vão realizar ações de qualificação com os formadores e também com os formandos diretamente”, explica o diretor-geral Paul Cezanne. Para este responsável, “é fundamental sensibilizá-los para o papel crucial dos lubrificantes na indústria e ensinar como funcionam e como se aplicam, já que um lubrificante de qualidade é decisivo para o excelente funcionamento de máquinas, motores e ferramentas”. A DUAL forma anualmente 1100 jovens, distribuídos pelos diferentes anos de formação, nos centros de Lisboa, Porto e Portimão. Destes formandos, 400 frequentam cursos da área automóvel: mecatrónica automóvel ou mecatrónica automóvel aplicada. São estas duas qualificações que a Fuchs apoia, bem como a de técnico de manutenção industrial. fuchs.com/pt 18
Motul e Suzuki Ibérica assinam acordo A Motul e a Suzuki Ibérica assinaram um acordo de colaboração para o fornecimento de toda a gama de lubrificantes, químicos e produtos Motul para a rede de concessionários da Suzuki em Espanha e Portugal, que entrou em vigor no início deste ano. Para além disso, os produtos Motul serão recomendados pela Suzuki nos espaços e plataformas da empresa para todos os modelos de automóveis da marca comercializados em Espanha e Portugal. motul.com
bilstein group oferece três anos de garantia O bilstein group passou a oferecer, pela primeira vez e a nível mundial, uma garantia de três anos nas suas gamas de peças sobressalentes para veículos ligeiros e pesados, cobrindo as marcas febi, SWAG e Blue Print. “A garantia do fabricante é a promessa de qualidade para os nossos clientes. Este é o verdadeiro valor acrescentado para todos os que confiam nos produtos do bilstein group,” refere Ricardo Candeias, diretor de vendas & marketing. bilsteingroup.com/pt
NOTÍCIAS
N ACIONAIS
BBS celebra 50 anos A história das jantes BBS remonta a 1970, quando Heinrich Baumgartner e Klaus Brand fundaram a empresa em Schiltach. Rapidamente se tornaram uma lenda no mundo da competição e marca popular. Para esta data, a BBS, representada em Portugal pela Q&F, selecionou quatro modelos e acrescentou uma cor exclusiva: o bronze acetinado. bbs.com
BO S C H
Bombas de água essenciais para o motor C omponentes fundamentais no sistema que regula a temperatura a que o motor deverá trabalhar, as bombas de água da Bosch podem ser mecânicas ou elétricas. As primeiras são acionadas diretamente pelo motor, ou seja, com o motor em marcha fornecem continuamente líquido refrigerante, até quando não existir necessidade de refrigeração. Por sua vez, a bomba elétrica é um sistema auxiliar de refrigeração utilizado, principalmente, para motores de combustão com sistemas “start&stop”, com forma de garantir o arrefecimento do motor elétrico e do inversor em veí-
culos elétricos e híbridos, assim como para baterias de alta voltagem. Por seu turno, as bombas de água auxiliares da Bosch, consideradas de qualidade equivalente ao equipamento original, são silenciosas, de alta durabilidade e sem fugas ao longo de toda a sua vida útil. O perigo das fugas é a correia de distribuição ficar exposta ao líquido refrigerante e os produtos químicos poderem danificá-la. E se tal vier a acontecer, as consequências traduzem-se em falhas no mecanismo de sincronização entre o eixo da distribuição e a cambota do motor, resultando numa avaria generalizada no motor. bosch.pt
Novo catálogo Sicam para oficinas
A Sicam, representada pela Leirilis, lançou um novo catálogo de equipamentos para rodas, onde poderá encontrar uma vasta gama de apetrechos dedicados a veículos ligeiros, industriais, camiões ou autocarros, como desmontadoras e calibradoras de pneus. dpautomotive.pt
EUROMASTER REÚNE FRANCHISADOS Teve lugar a reunião nacional da Euromaster Portugal, cujo evento decorreu numa unidade hoteleira em Torres Vedras. À espera dos franchisados estava uma atividade em que os participantes tinham de confecionar um “buffet gourmet” completo, constituído por entrada, prato quente e sobremesa. Para além confeção dos pratos, também a fase de preparação da refeição, a chama-
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da “mise en place”, foi avaliada pela equipa de cozinha do hotel. Seguiu-se então o jantar, um momento de maior descontração e de convívio. No dia seguinte, a Euromaster apresentou os dados mais importantes sobre 2019, bem como as expetativas para este ano. Também presente no evento esteve a ARVAL, que comentou os desafios e necessidades desta área de negócio. euromaster.pt
EFEMÉRIDE
FILTROS DE COMBUSTÍVEL BOSCH
A LIMPAR HÁ 90 ANOS Foi em 1930 que a Bosch pôs fim ao pesadelo de muitos condutores, sempre a parar com a alimentação dos motores entupida… Noventa anos depois, os filtros servem para tudo
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oi há noventa anos que a Bosch resolveu um problema que causava grandes dores de cabeça aos condutores, cujos veículos paravam com frequência devido ao entupimento dos sistemas de alimentação de combustível dos motores. Na altura, a refinação dos combustíveis, o seu transporte e armazenamento eram ainda muito rudimentares, comparando com os padrões atuais, fazendo com que tivesse muitas impurezas. A Bosch resolveu o problema em 1930 com a introdução dos primeiros filtros de combustível, primeiro nos motores diesel, pouco depois nos motores a gasolina, protegendo-os dos danos causados pelas impurezas e entupimentos das tubagens. Seis anos depois, em 1936, a marca alemã deu mais um importante passo, ao introduzir um papel especial como meio de filtragem,
evitando assim o trabalho constante de limpeza do filtro. No fundo, com as devidas distâncias da imensa evolução entretanto verificada, um sistema que ainda hoje continua a ser usado, demonstrando a sua grande eficácia. Apesar de o princípio de funcionamento ser, basicamente, o mesmo, a tecnologia dos filtros de combustível foi evoluindo a par da evolução das próprias mecânicas e dos sistemas de injeção. E há marcas cronológicas importantes na história dos filtros da Bosch que, em 1998, introduziu no mercado um filtro com separador de água para os (então) novos motores diesel com injeção por “common-rail”. Separando impurezas e gotículas de água do combustível, garante-se, assim, uma combustão muito mais eficaz. Em 2001 foi a vez de um filtro especial para motores a gasolina e para ser usado dentro dos depósitos de combus21
tível. Sinal dos tempos, já em 2009 a Bosch fez novo “upgrade” nos filtros de combustível para motores diesel “common rail”, adaptando-os ao biodiesel. A marca alemã garante que coloca no “aftermarket” filtros de combustível feitos com os mesmos materiais e controlos de qualidade dos utilizados como primeiro equipamento. A Bosch consegue, atualmente, uma cobertura de cerca de 95% do parque automóvel europeu em termos de filtros para o “aftermarket”. E nestes conjunto incluem-se não só os filtros de combustível mas toda uma “família” que inclui filtros de habitáculo, de água ou de óleo e que garantem o futuro deste negócio à marca, até mesmo num dia em que só haja carros elétricos: há-de haver sempre necessidades de filtrar o líquido de refrigeração das baterias e de manter limpo o ar da climatização que refresca ou aquece o habitáculo.
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DRIVE REPAIR
AUTOZITÂNIA LANÇA NOVA REDE OFICINAL O início de 2020 trouxe mais uma novidade ao setor oficinal, com o lançamento da Drive Repair, nova rede que pretende atingir as vinte oficinas aderentes até ao fecho deste ano Texto David Espanca Foto José Bispo
A
conceção da rede Drive Repair esteve a ser conduzida no seio da Autozitânia, uma das grandes empresas nacionais do “aftermarket”, para o seu lançamento oficial em janeiro, com a apresentação da primeira oficina associada. Flávio Menino, gestor da rede oficinal Drive Repair, explicou que esta surgiu “no seguimento de uma necessidade detetada entre os nossos principais clientes, nomeadamente, na dificuldade em fidelizar as suas oficinas”. O pro-
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jeto foi, assim, criado para dar resposta e apoiar os principais parceiros de negócio da Autozitânia, para que estes aumentassem o seu negócio junto das oficinas. “A angariação de novas oficinas à rede vai partir sempre dos nossos parceiros”, adiantou. Depois, a Drive Repair verifica se elas asseguram as condições pretendidas e os requisitos mínimos definidos. Segue-se, então, a fase de negociação e de perceber se se enquadram dentro do seu conceito, pois “queremos criar uma rede sustentável e forte”, rematou Flávio Menino.
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A ideia é tornar este conceito abrangente a nível nacional, mas restrito ao mesmo tempo, com determinadas condições de adesão. Os requisitos para fazer parte deste projeto passam, por exemplo, pela obrigatoriedade de ter um espaço com uma dimensão mínima de 200 metros quadrados, pelo menos quatro colaboradores, cumprir todos os requisitos legais para ter a atividade aberta, não haver quaisquer incumprimentos perante a Segurança Social e o Estado, ter uma imagem cuidada e seguir os parâmetros definidos ao nível de imagem corporativa. A rede criou um plano específico de formação, no qual garante aos seus associados 21 horas de ações gratuitas e obrigatórias, disponibilizando ainda uma série de formações específicas em determinadas áreas. EXPANSÃO A NÍVEL NACIONAL A marca aposta no desenvolvimento da rede a nível nacional. Para já, afirmou Flávio Menino, “estamos a trabalhar em Lisboa, seguindo-se o Porto e Coimbra e só depois se dará a expansão ao restante território, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores”. Para uma oficina aderir ao projeto,
As oficinas da rede Drive Repair terão de estar bem apetrechadas para "proporcionar a melhor experiência possível a cada cliente", refere Flávio Menino
“além de todos os critérios exigidos, há ainda um custo mensal associado, mas que lhe permite ter uma série de benefícios, desde a utilização da imagem e comunicação, passando pela formação e acesso a ferramentas informáticas, até à possibilidade de adquirir equipamentos oficinais e ferramentas com desconto em protocolo”. O gestor da Drive Repair avança que “um dos grandes objetivos passa pela angariação de novos clientes, como também alcançar diferentes tipologias de clientes, por exemplo, os segmentos digital ou frotas. Queremos também que as oficinas tenham acesso a mais informação, pois ela é cada vez mais 23
restrita por parte dos fabricantes, pelo que disponibilizamos as informações técnicas baseadas na origem”. Além disso, pretendem aumentar a produtividade dentro das oficinas, pelo que criaram uma linha de apoio técnico, para responder a qualquer tipo de questões ao nível de diagnóstico ou avarias. Flávio Menino esclarece que o grande objetivo para este ano é alcançar as vinte oficinas associadas à rede. A primeira a juntar-se foi o Atelier Auto Manos Barros (em Caneças), situando-se a segunda no Cacém, a Automecânica. “Queremos fornecer os meios e as ferramentas para que as oficinas possam competir e elevar o seu negócio no mercado atual e futuro”. A Drive Repair vai apostar forte na sua imagem e na área digital, através do seu sítio institucional e presença nas redes sociais. Os seus valores assentam “na excelência da reparação automóvel, segurança da viatura e confiança na oficina”, lembra Flávio Menino. Esclarece depois que a sua missão é a de “proporcionar a melhor experiência possível a cada cliente que visite uma oficina, criando confiança através da prestação de um serviço de excelência, assente na qualidade”.
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O BREXIT E O SETOR AUTOMÓVEL
MILHARES DE NEGÓCIOS EM SUSPENSO DE UM ACORDO Indústria automóvel, de componentes e do “aftermarket” estão ainda em suspenso em relação ao acordo comercial entre o Reino Unido e a União Europeia, após a concretização do Brexit. Empresas portuguesas com interesses ou negócios naquele país deverão estar muito atentas! Texto Sérgio Veiga
C
onfirmada a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), com a efetivação do Brexit, no passado dia 31 de janeiro, entrámos agora no chamado período de transição que se prolongará até ao último dia deste ano. Onze meses cruciais para quem tem ou faz negócios com o Reino Unido, pois será agora que se vão definir os critérios por que se irão reger as relações comerciais entre a Velha Albion e o continente europeu, ou seja, se voltará a haver alfândegas rígidas (praticamente certo) e que taxas passarão a pagar os produtos que circulem entre os dois lados. Serão meses de um longo braço-de-ferro, porque é tido como garantido que os negociadores da UE não estarão numa posição de facilitar a vida de quem quis abandonar o forte bloco económico europeu. Mas, do outro lado, o governo conservador britânico também já mostrou uma posição de alguma intransigência, tendo anunciado recentemente que todas as importações do continente europeu – na linguagem britânica “da Europa”… – ficarão sujeitas a taxas no final deste ano, além de declarações várias e certificados de segurança.
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Obviamente que estas exibições de força são apenas pontos de partida para negociações que se adivinham longas e difíceis, apesar de haver interesses mútuos num bom acordo comercial para ambas as partes, com o setor automóvel e do aftermarket particularmente atento. Os alemães querem continuar a vender os seus carros no Reino Unido e a Mini (que pertence à BMW) deverá continuar a produzir os seus carros no país que foi o seu berço embora, para já, o lançamento da nova geração tenha sido adiada, à espera do resultado das negociações. Porque, caso sejam estabelecidas taxas aduaneiras entre o Reino Unido e a EU, torna-se demasiado caro produzir o Mini no Reino Unido, por ter de exportar para lá os componentes, antes de importar os carros… Este é apenas um exemplo das consequências que pode ter um mau acordo comercial entre os dois lados do canal da Mancha, entendendo-se por “mau” o estabelecimento de taxas aduaneiras que irão onerar definitivamente o que, até este ano, sempre foi a livre circulação de bens. Também a Nissan e a Toyota avisaram diversas vezes o governo britânico para os perigos do Brexit, alertando 24
A Schaeffler encerrou a sua fábrica no País de Gales e a própria Mini (que pertence à BMW) está a avaliar a manutenção da produção em Oxford, em função das futuras tarifas alfandegárias
que poderiam ter de rever os planos de produção das suas fábricas naquele país caso os carros aí feitos passem a ser taxados à entrada na União Europeia. Se estes exemplos dizem respeito à indústria automóvel, o “aftermarket” não fica, obviamente, imune a estas questões. Tratando-se de empresas que produzem peças no Reino Unido ou de outras, entre as quais algumas portuguesas, que exportam para o Reino Unido, todas sofrerão se, até ao final do ano, os negociadores de ambas as partes não chegarem a um acordo satisfatório e se acabe numa situação com barreiras alfandegárias que irão onerar os produtos. Neste caso, obviamente, que nos preocupará mais as empresas portuguesas que têm negócios no Reino Unido e que poderão ver a sua competitividade ser reduzida no caso de terem de suportar alcavalas fiscais adicionais para colocarem os seus produtos naquele país. Um exemplo claro do que poderá ainda vir a suceder aconteceu há cerca de ano e meio: ainda não era sequer claro se o Brexit iria ou não avançar e já a Schaeffler anunciava o encerramento de duas das suas fábricas no Reino 25
Unido. Embora na altura não referisse o Brexit como razão, a empresa alemã falava apenas num plano de reestruturação para justificar o fecho das unidades de Plymouth, no sul de Inglaterra, e de Llanelli, no País de Gales, deslocalizando a produção para unidades suas na Alemanha, Coreia do Sul, China e Estados Unidos. A Schaeffler manteve a sua maior fábrica, em Sheffield, e dois grandes centros logísticos, mas reduziu a sua exposição a eventuais tarifas alfandegárias, já que exportava 85% do que produzia no Reino Unido. Este é apenas um exemplo, mas também a Michelin já tinha encerrado uma fábrica na Escócia (Dundee) e haverá, certamente, vários ajustamentos em função dos acordos que forem celebrados. É do interesse de ambos os lados que as taxas, a haver (e parece ser quase inevitável), sejam mínimas. Mas quando se metem interesses políticos pelo meio, nunca se sabe o que pode acontecer e é bom que as empresas portuguesas com interesses ou negócios com o Reino Unido sigam a situação com o máximo de atenção nos próximos dez meses.
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O CORONAVÍRUS E O “AFTERMARKET”
UMA QUESTÃO DE BOM SENSO PREVENIR ROTURAS NOS STOCKS Apesar de não haver ainda motivos para alarmismos, o facto é que o Coronavírus já está a provocar alguns estragos na economia europeia. E um dos primeiros setores a sentir as consequências é o do automóvel, primeiro do lado dos fabricantes e depois do “aftermarket”, com este a poder registar uma rotura nos seus “stocks”
A
s previsões económicas para este ano na Europa foram atualizadas no decorrer do mês de fevereiro e já contemplam a mais recente epidemia, o surto do Coronavírus, que arrisca a tornar-se global. Para já, “as perspetivas para a economia europeia apontam para um crescimento estável, embora ténue, nos próximos dois anos”, adianta Paolo Gentiloni, comissário europeu para a Economia, esclarecendo que “quanto ao Coronavírus, é demasiado cedo para avaliar em que medida terá um impacto económico negativo”. Num comunicado divulgado recentemente, a Comissão Europeia pressupõe que “o pico do surto se verifique no primeiro trimestre, com repercussões globais relativamente limitadas”. Como é óbvio, continua, “quanto mais tempo durar, mais elevada é a probabilidade de repercussões no clima económico e nas condições de financiamento mundiais”. Tendo em conta que a China representa cerca de 18 por cento da economia global, o mais certo é que “se tivermos um problema naquele país, acabe por afetar as cadeias de abastecimento na indústria manufatureira, no setor dos transportes, no turismo e noutras áreas", avisa Paolo Gentiloni, que atira para maio uma resposta mais concreta sobre o real impacto da situação. No que diz respeito ao fabrico de componentes automóveis, neste momen-
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to são vários os fornecedores chineses que já não conseguem satisfazer as necessidades, porque as fábricas naquele país estão temporariamente encerradas, por decisão das autoridades chinesas. Ou seja, não produzem, logo não exportam e a cadeia global 26
de abastecimento já está a ficar comprometida. CONSTRANGIMENTOS NO “AFTERMARKET” Esta situação tem levado a que grande parte dos fabricantes automóveis
PRODUÇÃO AUTOMÓVEL (QUASE) EM SUSPENSO
tenha interrompido a produções de novas viaturas, mas também trouxe alguns constrangimentos no fornecimento de peças para o “aftermarket” europeu. Alguns dos principais “players” deste setor também têm fábricas na China,
À altura do fecho desta edição, havia já um grande número de fabricantes mundiais de automóveis que tinham suspendido as operações em algumas das suas fábricas na China, de acordo com as instruções do Governo de Pequim. Eram os casos de Tesla, Ford, PSA Peugeot Citroen, Nissan, Toyota, Volkswagen e Honda Motor. Mais recentemente, a Hyundai Motor, suspendeu a sua produção na Coreia do Sul, enquanto a Kia Motors anunciou a interrupção de algumas linhas de montagem, devido à ausência de peças de reposição. As duas empresas estão preocupadas com a grave escassez de componentes provenientes de fornecedores coreanos na China. Entretanto, na Europa, a Fiat Chrysler Automobiles vai interromper as operações na sua fábrica de montagem na Sérvia, onde é produzido o Fiat 500 L, também devido à falta de peças provenientes da China, em cerca de duas a quatro semanas. Esta é a primeira paralisação que ocorre no continente europeu e fica a dever-se, sobretudo, à falta de peças de um fornecedor “crítico” e já se fala mesmo de acontecer o mesmo com outros três fornecedores chineses.
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Na Europa há já empresas do “aftermarket” em vias de rotura de “stocks”, em especial as que importam componentes da China
como é o caso da Bosch, que antevê já o despedimento de centenas de funcionários com a produção parada. Mas também outros fornecedores como a Continental, a Schaeffler, a ZF, a Faurecia ou a Valeo têm uma quota-parte bastante importante das suas operações naquele país, havendo por isso o risco de quebras na produção. Neste momento, há já empresas do “aftermarket” em vias de rotura de “stocks”, devido à ausência de componentes, em especial as que importam peças da China, mas também de outros mercados do Extremo Oriente, como o Japão ou a Coreia do Sul. Em Portugal ainda não se sentem quaisquer efeitos, mas convém que, sem alarmismos, as empresas comecem a preparar-se para o que aí vêm, porque, segundo as mais recentes previsões, o pico da epidemia pode ser atingido em março ou mesmo apenas em abril. Depois há ainda outra questão a ponderar, que são as medidas de contingência verificadas em portos e aeroportos, em especial as do primeiro caso, já que tem a ver com o desembarque de mercadorias oriundas da China. No fundo, toda uma série de problemas que poderão levar a roturas no fornecimento de peças também no setor do “aftermarket”, tal como já está a suceder na indústria automóvel.
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REPARAÇÃO
UMA QUESTÃO DECISIVA NO NEGÓCIO
GESTÃO LOGÍSTICA EM OFICINAS Para que a oficina, seja de que dimensão for, possa funcionar “sobre rodas” é fundamental que a logística esteja muito bem oleada para que nada falte no momento certo. Um complexo quebra-cabeças aqui sistematizado para facilitar a melhoria dos processos de trabalho, logo, aumentar a rentabilidade Texto Filipe Didelet*
A
logística é um dos grandes desafios com que se depara a gestão de uma oficina de reparação automóvel. A amplitude deste desafio depende de vários fatores, desde a dimensão da oficina ao tipo de enquadramento no âmbito do qual desenvolve a respetiva atividade. O desenvolvimento de atividade pode ocorrer enquanto serviço pós-venda num concessionário de marca ou enquanto prestador de serviço em regime público sem marca – com a dimensão a ter, em ambas as situações, um papel primordial, embora maior no segundo caso –, ou enquanto serviço de apoio de manutenção a uma frota específica de veículos. As questões logísticas estão relacionadas com os aspetos humanos (por exemplo, dimensão de equipas e especialização do pessoal), com a gestão das ordens de trabalho e com o aprovisionamento e abastecimento de componentes, consumíveis e outros materiais. Neste artigo pretendemos abordar os aspetos relacionados com a logística, na perspetiva humana e na de abastecimento, relacionando-os com as res-
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trições impostas pelo tipo e pela dimensão, abordando também o circuito de informação e o seu respetivo suporte, informático ou não. Aproveitar-se-á o ensejo para abordar o aspeto 4.0, tão atual nos tempos que correm. Assim, começaremos por introduzir os conceitos relacionados com o circuito de informação, passando-se para a gestão das equipas, para o abastecimento e, finalmente, voltaremos ao circuito de informação para tratar a questão na perspetiva da Indústria ou Manutenção 4.0. O CIRCUITO DE INFORMAÇÃO A manutenção em geral, e a manutenção e reparação automóvel em particular, tem de se basear num forte e eficiente sistema de informação, atualmente e de preferência em suporte informático. Esse sistema tem de incluir, em termos estáticos, os dados documentais (manuais, etc.) sobre os ativos e o histórico de intervenções. Ambos têm de se manter atualizados, mas o histórico é de atualização permanente. Em termos dinâmicos, este sistema tem de suportar o circuito de informação, ou 28
Qualquer que seja a dimensão da oficina, o desafio da organização logística é decisivo para o sucesso do negócio
circuito de Ordens de Trabalho (circuito de OT). Este permite suportar o planeamento, com as respetivas prioridades de intervenção, e permite que a informação circule desde o utilizador até ao arquivo, passando sucessivamente pela preparação (e compras, se necessário) e pela execução. Em manutenção, o circuito de ordens de trabalho representa o fluxo de informação e, antes de partir para a gestão informatizada da manutenção, é necessário definir o circuito de OT. Esses circuitos poderão, para melhor visualização e compreensão do processo e respetivo circuito de informação, tendo em vista a sua transposição para o su-
porte informatizado, ser representados previamente sob a forma de fluxograma. Nesses fluxogramas, ao definir cada ação, deverá definir-se também quem é o responsável pela sua execução. Para cada ação, deverá definir-se que meios e que informações deverão estar disponíveis para a sua realização e junto de quem devem ser obtidos. Deverá definir-se também a quem terá o responsável pela ação de passar a informação que acrescentou ou os resultados tangíveis e intangíveis obtidos através dessa mesma ação. O interveniente será, no caso de algumas ações, exterior à organização, por exemplo, cliente ou fornecedor.
O estabelecimento destes circuitos de informação ajuda a perceber os diferentes tipos de ação, consoante estejamos perante a satisfação de OT preventivas (revisões ou outras) ou corretivas (avarias ou acidentes). Atualmente existe uma vasta oferta de software de gestão oficinal, podendo selecionar-se o que melhor se adapta a cada situação, em função da dimensão e do tipo da unidade oficinal. DIMENSÃO DE EQUIPAS Na indústria automobilística, a manutenção preventiva envolve inspeção física, trocas de óleo, medição de óleo, limpeza do conjunto de contactos, 29
aperto de parafusos e porcas soltas, alinhamento e equilibragem das rodas, verificação do sistema de iluminação, baterias e buzinas. O exame e a monitorização prévios dessas peças podem conduzir ao diagnóstico de falhas do veículo e têm uma grande influência na eficiência das operações diárias. O objetivo do planeamento é minimizar o tempo de conclusão dos trabalhos, o tempo médio do fluxo, o atraso dos trabalhos e o custo de processamento. Note-se que o processo de agendamento pode ser replicado a partir de processos semelhantes utilizados noutras atividades. O desempenho do despacho dos dife-
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Uma boa programação é crucial para se conseguir garantir um correto abastecimento e rentabilizar ao máximo a mão-de-obra
rentes tipos de OT depende de parâmetros como variação do tempo de fluxo, tempo mínimo e máximo do fluxo, atraso médio, atraso máximo e atraso da variação, para mencionar alguns. A sistematização dos tipos de desempenho pode fazer-se de acordo com cinco categorias, conforme envolvam tempo de processo, datas de vencimento, nenhuma das duas anteriores, condições da própria oficina e duas ou mais das quatro anteriores. A programação preditiva permite uma melhor coordenação, planeando adequadamente o tempo das atividades da oficina para aumentar a mão-de-obra e minimizar o tempo de conclusão. Na maioria das vezes, há problemas no agendamento devido a algum tempo real desfasado do tempo previsto para certos eventos, à dimensão do problema (determinado pelo número de trabalhos e o número de máquinas disponíveis). O planeamento também pode ser afetado por incertezas devido à escala exata do trabalho, frequentemente desconhecido antes que um técnico chegue ao seu local de trabalho, por pedidos de última hora que podem ter graus de prioridade mais alta, devido a cancelamentos ou reagendamentos dos clientes e devido a alterações da programação do trabalho por parte da gestão para se adequar a algum outro objetivo de negócio. O objetivo principal é que os veículos sejam processa-
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dos no prazo pelo homem certo e com o custo otimizado. Quando uma instalação trabalha acima da capacidade, isto é, em sobrecarga, reunindo mais trabalho do que a capacidade de execução da mesma, isso dever-se-á a erros de análise da plataforma de marcações (se existirem premissas definidas que não podem ser ajustadas pelos responsáveis de oficina, entre as quais, o número de executantes e os horários de trabalho). Assim, apenas é possível ter um prognóstico fiável com base na experiência, o que pode originar situações de sobrecarga. Se uma grande parte das marcações forem feitas por contacto telefónico com o(s) rececionista(s) da oficina, apesar de os responsáveis ou os executantes andarem com equipamentos telefónicos portáteis, isso obriga a que estes tenham de se deslocar à receção ou a um equipamento informático, perdendo bastante tempo só em deslocações oficina/receção para a realização da marcação. Mas, como em qualquer empresa, o objetivo primordial é alcançar o máximo rendimento com os recursos que existem, se possível diminuindo-os. Outra das razões para esta sobrecarga são os denominados serviços rápidos, isto é, por exemplo, substituição de pneus, respetiva equilibragem e alinhamento, pastilhas de travão ou substituições de acessórios. Este tipo de serviços, 30
apesar de rápidos, quando comparados com outros, geralmente ocorrem sem marcação, sendo necessário executá-los o mais depressa possível para que o impacto no agendamento diário seja o menor possível. Mas a sua execução obriga a que um ou mais executantes tenham de interromper as OT que estejam a executar para passarem para estes serviços. Outra situação são avarias desconhecidas ou pesquisas de avarias que envolvam tempo de investigação e levem a que o que estava planeado para ser executado seja ajustado para menos pessoas, levando a sobrecargas. O ABASTECIMENTO Uma cadeia de abastecimentos (SC) é uma rede complexa de entidades que executam várias tarefas inter-relacionadas e dependentes para produzir e entregar produtos ou serviços ao mercado. Isso envolve atividades de fornecimento, compra, armazenamento, produção, transporte, entrega, manutenção e reparação. Um processo de coordenação eficiente ao longo das tarefas executadas por cada interveniente é um elemento chave para alcançar a eficiência e a eficácia de uma cadeia de abastecimentos e, assim, desenvolver o desempenho operacional do negócio. O mais alto nível de coordenação é obtido através da existência de uma integração contínua da cadeia de abastecimentos, um conceito que reconhece controlo
e gestão eficientes de fluxos críticos de material e informações, desde os principais fornecedores até ao cliente. Que exige o estabelecimento de colaboração e cooperação para desenvolver um processo ativo de comunicação, no qual informações e dados críticos sejam compartilhados, e também uma coordenação eficaz de atividades operacionais relacionadas com a prestação de serviços. Definindo gestão da cadeia de abastecimento (SCM) como a integração dos principais processos de negócios do utilizador final através de fornecedores originais de produtos, serviços e informações que agregam valor ao cliente e a outras partes interessadas, o sucesso de uma organização depende da integração e da gestão eficaz dos processos críticos de negócios, dentro dos limites da empresa e ao longo de parceiros estratégicos da SC. A integração dos processos de negócios numa SC pode ser caracterizada em quatro estágios diferentes de desenvolvimento: operações fragmentadas dentro de uma organização, integração limitada entre as áreas funcionais, integração interna completa de todo o processo de planeamento e a integração completa do processo de planeamento com fornecedores e clientes. Portanto, a SCM depende da existência e da combinação de três elementos principais, a estrutura da rede da SC, o processo de negócio e a gestão da SC. Finalmente há que definir quais os fornecedores chave, quais as informações a partilhar e qual o processo (software, por exemplo) que suporta a integração. Por exemplo, a integração pode evitar uma situação que ocorre com alguma frequência, a falta de peças, o que acaba por provocar sobrecarga porque há que se reorganizar o trabalho para poder terminar o que fica em atraso. Para tornar o circuito de OT mais expedito, nada obsta a que, quando salvaguardado o circuito de informação, possam existir pontos de abastecimento de consumíveis (a situação mais óbvia) para acesso direto e oficina. O DESAFIO 4.0 Na perspetiva de Internet das Coisas e dos sistemas ciberfísicos, de modo a criar uma rede distribuída de sistemas que comuniquem entre si de forma dinâmica e específica (4.0), os pequenos e médios fornecedores de serviços de
A utilização das novas tecnologias será fundamental e passará pela partilha de dados e de informações entre pequenos e médios fornecedores de serviços
manutenção têm de conseguir utilizar as novas tecnologias para partilharem informações e bases de dados entre si, sabendo distinguir entre concorrência comercial e cooperação técnica. Têm também de se organizar em redes capazes de gerir bases de dados relativas a indicadores específicos, relativamente aos quais considerem ter know-how para intervir. E têm de utilizar, na sua perspetiva (manutenção como atividade produtiva ou manutenção de frota própria), sistemas informatizados de gestão da manutenção e de se manter atualizados documental e tecnologicamente. Há que partilhar informação entre diferentes fontes/bases de dados de modo seguro e utilizar as redes de Smart Objects Technologies. Se os pequenos fornecedores de serviços deverão ser capazes de cooperar recorrendo às novas tecnologias, também as grandes organizações deverão conseguir partilhar dados entre si e com os potenciais fornecedores de serviços,
Há que partilhar informação entre diferentes fontes/ bases de dados de modo seguro e utilizar as redes de Smart Objects Technologies 31
sendo capazes de distinguir áreas (e momentos) para cooperação. Só assim, por exemplo, se poderá conseguir otimizar, em termos de tempo, a obtenção de dados com a qualidade e a segurança necessárias, em detrimento da obtenção e validação de dados de ocorrências a partir de um número muito restrito de equipamentos semelhantes. A área de reparação de veículos é caracterizada por organizações de pequena dimensão a nível dos prestadores de serviços independentes e por organizações de média ou grande dimensão, no caso de concessionários ou prestadores integrados em cadeias e nos casos das que procedem a ações de manutenção das próprias frotas. Há, assim, que aceder à informação dos fabricantes e fornecedores, ao histórico dos equipamentos, que ter capacidade para organização de documentação e, finalmente, garantir a segurança nos processos de partilha de bases de dados. A nível oficinal, enquanto prestadores de serviços, a posição corrente é a oferta caracterizada e promovida com base na tecnologia, os serviços pós-venda facilitarem o dia-a-dia dos clientes ou utilizadores e oferecerem segurança e o fácil acesso à oferta e a serviços prestados no cliente. Mas o desenvolvimento impõe acesso integrado a operações e dados de manutenção, colaboração próxima com o fabricante para possibilitar acrescentar valor e inovação e desenvolvimento adquiridos com a experiência e vontade de colaboração com os clientes. * Professor Coordenador da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal
FEVEREIRO 2020 TURBO OFICINA
ESPECIALISTA
DEKRA
SAFETY CENTER CHEGA A PORTUGAL A cidade de Maia acaba de receber o primeiro Safety Center da Dekra, um conceito inovador no nosso país, que propõe mais segurança e transparência no setor automóvel Texto David Espanca
O
Safety Center da Dekra, localizado na zona do Grande Porto, apresenta uma área de 600 m2 e disponibiliza uma série de serviços, entre os quais se encontram a verificação de qualidade Dekra para veículos usados, peritagens, vistorias, bem como outros produtos técnicos independentes destinados a viaturas.
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O objetivo do Safety Center visa permitir que os clientes da Dekra, sejam eles empresariais ou particulares, beneficiem de uma estrutura que lhes confira maior segurança e transparência ao setor automóvel. Ali, o cliente pode submeter o seu veículo a uma verificação de qualidade completamente independente, de acordo com os padrões da empre32
sa, composta por 250 pontos que incluem um conjunto de diagnósticos eletrónicos e mecânicos, como por exemplo a leitura de avarias através da ficha ‘OBD’ e a medição da pintura, resultando na emissão de um relatório descritivo do estado geral do veículo, com o respetivo selo de verificação de qualidade Dekra. No Safety Center, o cliente pode ainda
solicitar uma avaliação de danos em automóveis, no âmbito da regularização de sinistros para seguradoras e gestoras de frotas, quer na modalidade “drive-in”, em que o cliente poderá submeter o seu veículo para uma peritagem independente, sem prescindir da sua mobilidade, quer por tele-peritagem, através de fotografias ou vídeo em articulação com as oficinas reparadoras, utilizando uma plataforma eletrónica para o efeito.
No Safety Center da Dekra poderá encontrar um conjunto de serviços que tornarão mais transparente a relação entre vendedor e comprador de um automóvel PUBLICIDADE
EXPANSÃO NO HORIZONTE Para além disso, permite ainda a realização de outros tipos de peritagem, nomeadamente a verificação de danos em veículos no final de contrato de locação para gestoras de frotas, vistorias para seguradoras e controlos técnicos, com a total isenção e independência que caracteriza o grupo Dekra. Para breve, estará disponível um serviço de lavagem e um estúdio fotográfico de veículos. Este conceito será alargado a outras regiões do País, estando
Este conceito aberto no Grande Porto irá estender-se ao resto do País, estando previstos mais sete espaços semelhantes previsto a médio prazo a abertura de mais sete espaços. O preço promocional do serviço é de 95 euros (com IVA incluído), que já inclui a inspeção facultativa do veículo. O serviço encontra-se em pleno funcionamento noutros países, em especial na Alemanha, constituindo um instrumento de trabalho fundamental, no sentido de tornar o setor automóvel mais transparente e pleno de confiança, sobretudo na relação entre vendedores e compradores.
ENTREVISTA
EDUARDO BELTRÁN, DIRETOR COMERCIAL DA HELLA ESPANHA/PORTUGAL
QUEREMOS SER UM PARCEIRO TECNOLÓGICO RELEVANTE Nunca é de mais insistir na tecla dos tempos de mudança que se vivem no setor automóvel e, em particular, no do pós-venda. Eduardo Beltrán, diretor comercial da Hella para a Península Ibérica, explicou como a sua empresa está preparada para essa mudança e auxilia os vários atores do “aftermarket” Texto Juanjo Cortezón e Miguel Ángel Jimeno*
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Quando falamos com diferentes responsáveis da Hella, dizem-nos sempre que a empresa está a passar por um processo de adaptação aos novos tempos que estão a chegar à indústria automóvel ... Sim, a Hella está imersa em mudanças, devido às necessidades do mercado. Mudanças na tendência do mercado em geral, tanto na indústria automóvel quanto no pós-venda, às quais temos de nos adaptar. Talvez as três tendências mais importantes da indústria sejam: conectividade e digitalização, condução autónoma e eletrificação de veículos. Se nos focarmos no pós-venda, além das tendências anteriores, devemos levar em consideração outros elementos, como a consolidação a nível europeu e ibérico, mudanças de modelo na propriedade de veículos e o surgimento de novos atores ... Para cada uma dessas tendências, estamos a desenvolver novas soluções com um único objetivo: que a Hella seja um parceiro tecnológico relevante para o distribuidor. Alguns exemplos recentes desse compromisso com a tecnologia e a inovação são, por exemplo, os novos sistemas de iluminação digital SSL-HD, evolução dos atuais Matrix LED, e permitem programar várias funções de iluminação graças aos mais de 15.000 pixéis de LED contidos numa fonte do tamanho de uma impressão digital. Outro exemplo é o sensor SHAKE, capaz de detetar com precisão as condições da estrada, como vibrações ou presença de humidade, o que permite não só alertar o condutor para o risco de derrapagem, mas também partilhar as informações com outros veículos, evoluindo as possibilidades de condução autónoma ... Em relação à eletrificação, a Hella acaba de apresentar um sistema inovador que combina as funções de uma bateria de 48 e 12 volts no espaço de uma bateria convencional, permitindo reduzir as emissões de CO2, e pelo qual fomos premiados no Prémio de Inovações Automóveis de 2019.
“Para cada uma das tendências futuras, estamos a desenvolver novas soluções com um único objetivo: que a Hella seja um parceiro tecnológico relevante para o distribuidor”
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ostuma dizer-se que, antes de entrevistar alguém que chega a um novo cargo, deve esperar-se cem dias para que a pessoa conheça as suas novas funções, o mercado e a sua envolvência. Embora com Eduardo Beltrán isso não fosse necessário – conhece bem o setor, o mercado e a empresa –, esperámos um pouco mais de três meses, desde que foi anunciada a sua nomeação como diretor comercial da Hella para Espanha e Portugal, para o questionar sobre as mudanças no setor automóvel, no “aftermarkert” e, claro, na Hella. Beltrán é um madrileno que desenvolveu a maior parte da sua vida profissional em Barcelona. Em 2000, ingressou na Frape Behr e, com uma forte equipa, criou e desenvolveu o Behr Service. Pouco depois foi criada a “joint venture” Behr Hella Service e Eduardo Beltrán passou a ser o responsável da empresa para o sul da Europa. Depois de assumir diversas responsabilidades, no passado verão abraçou um novo desafio: liderar a gestão comercial ibérica da Hella num período de mudanças, quer no setor quer na própria empresa.
Mais especificamente, no pós-venda, a Hella começou a mudar a sua política e a iniciar abordagens a grupos de distribuição em Espanha e Portugal. Na Hella queremos concentrar os nossos esforços em levar toda a tecnologia e conhecimento que 35
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ENTREVISTA
temos do equipamento original até ao pós-venda. Queremos focar-nos nos produtos que fabricamos e nas nossas alianças estratégicas de mecânica (travões e filtros) Hella-Pagid e Hella-Hengst. Nesse sentido, há anos que temos acordos com grupos de distribuição a nível internacional. É verdade que em Espanha iniciámos abordagens com alguns grupos, com o objetivo de alcançar acordos alinhados com as necessidades de ambos. Em Portugal, já colaboramos com a Trust Auto e, em Espanha, estamos a chegar a acordos satisfatórios que deverão ser desenvolvidos com a AD Parts, o Grupo Auto Iberian Union e a CGA... E não estamos fechados a trabalhar com outros grupos, até porque já temos acordos com muitos dos grupos internacionais que integram. TEMPO DE MUDANÇAS Os grupos que desejem trabalhar com a Hella devem assumir todo o portefólio de produtos da empresa? O negócio tem de ser mútuo. É verdade que os nossos desenvolvimentos em eletrónica são muito atraentes. Muitos dos nossos produtos são tecnologicamente avançados e inovadores, nalguns casos até exclusivos. Tudo isso, sem dúvida, levará valor ao distribuidor que trabalhar connosco. Também em mecânica, com a Hella-Pagid e a Hella-Hengst, o distribuidor beneficiará de peças de reposição de máxima qualidade, de primeiro equipamento e com argumentos diferenciadores para poderem ser trabalhados e desenvolvidos em cada região. Estamos cientes de que nem todos os grupos poderão desenvolver todas as linhas de produtos, mas devemos valorizar as vantagens do desenvolvimento de faixas como travões e filtros, o que implica um benefício adicional no desenvolvimento dos negócios. O nosso único produto que tem uma distribuição seletiva é a Hella Gutmann, em função do número de oficinas em cada região.
O sistema que combina uma bateria de 48 V e uma de 12 V num único espaço, bem como o a nova tecnologia de iluminação digital SSL-HD são duas das mais recentes novidades da Hella
“Na Hella queremos concentrar os nossos esforços em levar toda a tecnologia e conhecimento que temos do equipamento original até ao pós-venda”
Acha que o distribuidor e a oficina compreendem todas essas mudanças no setor e estão preparados para as assumir? Estamos todos no mesmo barco. Eu acho que os revendedores se estão a preparar para as mudanças. Do lado dos fabricantes, devemos poder fornecer-lhes todas as informações de que precisam e que poderão transmitir às oficinas. Os distribuidores estão a desenvolver novas maneiras de trabalhar, novas estratégias de negócios e de gestão da informação. Nesse sentido, na Hella digitalizámos a maioria das nossas ferramentas para facilitar o acesso a toda essa informação. Em relação às oficinas, já estão muito conscientes das mudanças que estão para chegar e conheço muitas que estão realmente a preparar-se muito bem para o futuro. Em 2020, por que será notícia a Hella? Eu gostaria que 2020 fosse um ano em que o mercado visse e conhecesse todas as mudanças que estamos a introduzir, mas que também percebesse a nossa nova maneira de trabalhar como algo de positivo. Que, no futuro, o distribuidor pense na Hella como o seu parceiro de desenvolvimento tecnológico preferido. * Talleres en Comunicación
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AS COBERTURAS MAIS ADAPTADAS AO NEGÓCIO
DE QUE SEGUROS PRECISA PARA A OFICINA Ter um espaço de reparação automóvel devidamente seguro pode ser uma dor de cabeça, face à grande oferta que existe no mercado nacional. Neste artigo pretendemos simplificar esse processo e dar-lhe a conhecer algumas das propostas mais vantajosas para a sua oficina Texto David Espanca
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ara exercer a atividade de reparação automóvel, uma empresa tem obrigatoriamente de possuir determinados tipos de seguros, de forma a estar dotada de mecanismos legais a diversos níveis, dando uma resposta completa e eficaz às necessidades mais comuns das oficinas, protegendo colaboradores, património e os automóveis. No que concerne aos seguros de subscrição obrigatória, não existe uma listagem única e igual para todas as organizações empresariais, pois não depende apenas do exercício de determinada atividade, mas também das circunstâncias do seu exercício. No entanto, tal como nos explica Bárbara Coutinho, do departamento jurídico da ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel, “há seguros cuja obrigatoriedade é transversal, como por exemplo, o seguro de acidentes de trabalho”. Este seguro, prossegue, “garante os cuidados médicos hospitalares e indemnizações necessárias à compensação dos danos sofridos por um trabalhador, em caso de acidente de trabalho, durante o horário de trabalho ou no percurso de e para o local de trabalho”. Também os profissionais que exerçam a atividade por conta própria têm de subscrever um seguro de acidentes de trabalho. Nestes dois casos, praticamente todas as seguradoras disponibilizam este tipo de oferta, sendo que a oficina poderá beneficiar de maiores descontos caso opte, por exemplo, pela escolha de uma só seguradora para facultar todos os seguros necessários para o exercício da sua atividade. 39
ASSOCIAÇÕES AJUDAM NA DECISÃO No entanto, isto pode ser uma situação enganosa pois, muitas vezes, não é só o seguro que está em questão, mas sim o tipo de coberturas e condições que oferece e escolher as que melhor se adaptam ao seu estabelecimento oficinal. Pelo que o melhor mesmo é consultar a oferta existente no mercado nacional e, simultaneamente, contactar as associações do setor, dado que também elas podem disponibilizar esse tipo de informação aos seus associados. No âmbito oficinal, é obrigatório o seguro de garagista, que cobre os danos causados a terceiros pela condução de veículos de clientes, quando os profissionais utilizem as viaturas em virtude das suas funções e no âmbito da sua atividade profissional. Com este seguro, além de lhe facilitar o exercício da atividade, vai poupar algum dinheiro, na medida em que não precisa de subscrever um seguro para cada carro que recebe para reparar. Em caso de sinistro, Bárbara Coutinho adianta que “o seguro de garagista constitui uma fonte primária da responsabilidade pela indemnização dos danos causados a terceiros com o veículo acidentado, com consequente afastamento da responsabilidade da seguradora do proprietário do veículo”. Estão excluídos do seguro de garagista os veículos próprios do segurado, bem como a responsabilidade por acidentes ocorridos fora da atividade profissional de garagista. João Fernandes, sócio-gerente da Auto Luso Alemã, uma oficina independente localizada na Buraca, freguesia do concelho da Amadora, explica que
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este seguro se aplica quando “um mecânico que precise de conduzir o carro de um cliente, para testar a reparação feita, e tem um acidente, ou quando está a fazer um trabalho qualquer e, por qualquer motivo, um martelo sai disparado e parte um para-brisas de um outro carro, por exemplo”. Em caso de acidente, será o seguro de garagista a assumir a indemnização pelos danos causados a terceiros, ilibando-se dessa responsabilidade o veículo sinistrado, bem como a seguradora deste. Apesar de não estarem assegurados os danos causados no próprio veículo neste tipo de seguro, o facto é que, hoje em dia, as seguradoras oferecem coberturas “extra” de danos próprios, praticamente adaptadas a todos os perfis de clientes e potenciais clientes. Não há propriamente um seguro de carta melhor que outro, o que pode variar são as diferentes coberturas. Por sua vez, em matéria ambiental, a jurista da ARAN esclarece que “o regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais estabelece a obrigatoriedade de os operadores constituírem uma ou mais garantias financeiras próprias e autónomas, alternativas ou complementares entre si, que lhes permitam assumir a responsabilidade ambiental inerente à atividade desenvolvida”. Assim, diversos operadores económicos, entre os quais as oficinas de manutenção e reparação de automóveis, “estão obrigados, por força des-
O seguro de acidentes de trabalho é obrigatório para todos os funcionários da oficina, dando-lhes o suporte necessário em caso de algo correr muito mal no local de trabalho ou na deslocação de e para casa
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te diploma, a constituírem garantias financeiras através da subscrição de apólices de seguros, da obtenção de garantias bancárias, da participação em fundos ambientais ou da constituição de fundos próprios reservados para o efeito”. Não obstante as oficinas terem a faculdade de optar por qualquer uma das soluções elencadas na lei, Bárbara Coutinho lembra que “a ARAN tem protocolado um seguro de responsabilidade ambiental por se apresentar como uma solução prática e viável para as oficinas suas associadas”. REFORÇAR OS DEVERES AMBIENTAIS Os passivos ambientais representam um risco crescente para as empresas. A cada vez maior consciencialização pública e o desenvolvimento da regulamentação ambiental têm contribuído para reforçar o sentido de responsabilidade dos operadores pelos danos ambientais. Este seguro proporciona uma proteção contra um vasto leque de passivos e exposições ambientais, sendo as apólices concebidas para responder a todos os tipos de poluição – súbita, acidental e gradual – e às cada vez mais complexas obrigações regulamentares. Protege ainda as oficinas pelos danos ambientais causados, por exemplo, por contaminação, ou pela sua ameaça iminente nas espécies e habitats naturais protegidos, águas e solos.
PRINCIPAIS SEGUROS DISPONÍVEIS PARA OFICINAS
Seguro Multirriscos - indicado para empresas que têm até 20 trabalhadores e uma faturação anual até dois milhões de euros; Seguro de Responsabilidade Civil - protege a oficina caso tenha de pagar pelos danos decorrentes de acidentes provocados involuntariamente a terceiros no seu estabelecimento e durante o exercício da sua atividade; Seguro de Responsabilidade Ambiental - protege a responsabilidade das oficinas pelos danos ambientais causados por contaminação, ou pela sua ameaça iminente nas espécies e habitats naturais protegidos, águas e solos; Seguro Automóvel – proteção do veículo com coberturas básicas e outras opcionais; Seguro de Garagista - seguro obrigatório de responsabilidade civil; Seguros de Chapas de Trânsito - protege os automóveis ligeiros de passageiros e carga até 3500 kg, que circulem em Portugal até obterem a matrícula portuguesa; Seguro de Acidentes de Trabalho - segura os colaboradores da oficina, oferecendo-lhes a máxima proteção perante acidentes que possam ocorrer ao seu serviço; Seguros de Vida - oferecem a maior proteção aos colaboradores da oficina, promovendo o seu bem-estar e qualidade de vida, e favorecendo um bom ambiente de trabalho.
Por exemplo, a ANECRA - Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel tem um protocolo com a Companhia de Seguros Tranquilidade, operacionalizado através da MDS Auto, que fornece aos associados as mais diversas soluções e vantagens ajustadas à sua realidade, em particular ao nível de acidentes de trabalho, transportes, responsabilidade civil, multirriscos ou crédito. O seguro de responsabilidade ambiental é subscrito na AIG Europe (ver caixa), enquanto o de carta/garagista na Liberty Seguros (ver caixa). O seguro multirriscos também pode ser uma boa opção para os estabelecimentos oficinais que tenham até vinte trabalhadores e uma faturação anual até dois milhões de euros, já que nele podem ser englobadas diversas coberturas, tais como incêndios ou inundações, segurando máquinas ou equipamentos que fiquem danificados, ou até mesmo se as instalações forem alvo de um as-
Muitos imprevistos podem ocorrer numa oficina, pelo que o melhor é ter o máximo de situações cobertas por seguros
"É essencial que as empresas saibam que coberturas estão a contratar", alerta Bárbara Coutinho, responsável jurídica da ARAN
salto, e for necessário repor determinados bens. No que diz respeito ao seguro de responsabilidade civil, protege a oficina caso tenha de pagar pelos danos decorrentes de acidentes provocados involuntariamente a terceiros no seu estabelecimento e durante o exercício da sua atividade ou, por exemplo, os danos causados nos automóveis quando estiverem nas instalações ao ar livre, sob a responsabilidade da oficina, quando provocados pela queda de granizo, roubo (do veículo completo) ou tempestades. Pela sua abrangência, permite complementar a proteção com outros seguros, tais como multirriscos, garagista, responsabilidade ambiental, entre outros. Já o seguro de chapas de trânsito protege os automóveis ligeiros de passageiros e carga até 3500 kg, que circulem em Portugal até obterem a matrícula portuguesa. Seguram, assim, os veículos sem matrícula anterior, provenientes de qualquer um dos estados-membro da União Europeia, im41
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AIG SEGURA RESPONSABILIDADE AMBIENTAL A ANECRA disponibiliza aos seus associados uma solução com condições competitivas que assegura a responsabilidade ambiental da oficina. O seguro da AIG dá cumprimento ao Decreto-Lei n.º 147/2008, garantindo a cobertura dos danos ambientais causados nas instalações da empresa e resultantes da sua atividade. A apólice de responsabilidade ambiental disponibiliza, assim, os custos de defesa jurídica e de atenuação decorrentes de condições poluentes, nomeadamente danos materiais e corporais a terceiros; custos de reposição; e custos resultantes da atividade de transporte. No que diz respeito à atividade do segurado ou de transporte no âmbito da mesma, assegura os custos de reparação (primária, complementar e compensatória), assim como os custos de prevenção. Apresenta como coberturas opcionais, as condições pre-existentes desconhecidas, os tanques de armazenamento subterrâneo e as perdas de exploração do segurado. Não estão incluídas as multas ou sanções por danos ambientais, o seguro de danos próprios, além dos custos de limpeza e contratação adicional de perdas de exploração, a responsabilidade contratual e as propriedades abandonadas.
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Os seguros multirriscos englobam diversas coberturas, tais como incêndios ou inundações, segurando máquinas ou equipamentos que fiquem danificados ou até instalações que sejam alvo de um assalto portados após desalfandegamento ou montados ou fabricados em Portugal em instalações industriais licenciadas. A Auto Luso Alemã, a funcionar nas mãos de João Fernandes há 40 anos, está ligada à Tranquilidade e o seu responsável assegura: “Estamos satisfeitos com esta seguradora, pois trabalhamos com eles desde o início da nossa atividade”. Questionado sobre se sentia necessidade de ter a sua oficina segurada a outro nível, o sócio-gerente entende que “temos a oficina totalmente protegida, embora haja outros seguros importantes que não temos, nomeadamente no que diz respeito à proteção dos nossos funcionários, ou seja, um seguro privado de saúde”. PROTEÇÃO CONTRA CIBERATAQUES De realçar ainda um seguro disponibilizado pela Fidelidade, no âmbito de um plano específico para oficinas: o “cyber safety” destina-se a proteger a empresa de ciberataques, sendo um seguro especial que está atento a problemas que possam acontecer no âmbito digital, desde a intrusão de 42
LIBERTY OFICINA INCLUI SEGURO DE GARAGISTA
terceiros em sistemas informáticos até à violação do direito de intimidade pessoal. Esta apólice prevê a oferta de um diagnóstico RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados), a análise detalhada do sítio da oficina e das vulnerabilidades da rede, assistência tecnológica, serviços de prevenção e “backups” informáticos. Tendo em conta a vasta oferta de seguros que prolifera no mercado nacional, há algumas questões que se levantam e que “estão sobretudo relacionadas com a falta de informação das empresas, quer quanto aos seguros que são obrigatórios para a sua atividade, quer quanto aos produtos subscritos”, refere Bárbara Coutinho. Quanto a este último ponto, a responsável jurídica da ARAN explica: “Acontece as empresas estarem convencidas de que o seguro tem determinadas coberturas e após a ativação da apólice tomam conhecimento da sua exclusão. De facto, é essencial que as empresas saibam o que contratar”. Nesse sentido, prossegue, “a Associação realiza diversos eventos onde avalia as circunstâncias concretas da organização e informa dos seguros obrigatórios, de modo a que as empresas subscrevam os seguros mais adequados às necessidades das suas organizações e que nem sempre são os de prémios mais baixos”. No desenvolvimento das suas atribuições, seja a ARAN ou a ANECRA, as associações ou entidades do setor procuram protocolar produtos que se afigurem com a melhor relação qualidade/preço, apresentando seguros com condições exclusivas para as empresas suas associadas. E esta é talvez uma das melhores vias para uma oficina de sentir segura, dado que com tanta oferta disponível, por vezes o seguro escolhido por sua iniciativa pode não ser aquele que dê maiores garantias à sua empresa e à respetiva atividade.
Há quatro décadas a funcionar como oficina independente, a Auto Luso Alemã sempre apostou numa proteção total a nível de seguros
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A ANECRA tem também à disposição dos seus associados o seguro de carta/garagista da Liberty Seguros, o Liberty Oficina, um seguro multirriscos destinado a pequenas e médias empresas do setor automóvel, reunindo um conjunto de garantias muito diverso que, para além da proteção do património, acautela, entre outras eventualidades, a responsabilidade civil e as perdas de exploração. Nele está incluída a cobertura do património, resultados e responsabilidades da empresa numa só apólice; às garantias de base de incêndio, raio, explosão e fumo podem juntar-se as garantias complementares mais adequadas a cada tipo de negócio; a garantia de responsabilidade civil de âmbito bastante alargado cobrindo os veículos confiados, as experimentações e as reparações efetuadas; e está ajustado às necessidades de cada empresa, permitindo a contratação das coberturas valorizadas pelo cliente. Pode segurar-se o património afeto à atividade empresarial existente no local de risco, formado pelo edifício e/ou o respetivo conteúdo. Poderão ainda ser seguras, entre outras eventualidades, a responsabilidade civil nas diversas vertentes de exploração do estabelecimento e as perdas de exploração em consequência de sinistro. A única garantia que tem de ser obrigatoriamente subscrita é a de incêndio, ação mecânica da queda de raio, explosão e fumo, já que é a base do contrato. A contratação das restantes garantias é de livre escolha do tomador do seguro, tornando-se num produto feito à medida de cada negócio e de cada cliente em concreto.
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REPORTAGEM
LUZDEAIRBAG
CONTINUAR A INOVAR NO SETOR OFICINAL Especialista em eletrónica automóvel, a LuzDeAirbag é uma empresa recente que já conquistou o mercado nacional, fruto do seu trabalho e profissionalismo no relacionamento com os seus principais clientes, as oficinas. E para 2020 promete trazer novidades...
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undada em setembro de 2013, a LuzDeAirbag surgiu com a intenção de dar resposta a diversas necessidades na área da eletrónica automóvel, nomeadamente emuladores para “airbag” ou reparação de centralinas. Com o passar do tempo, a empresa deu
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Texto David Espanca
início à comercialização e utilização de equipamentos de diagnóstico para oficinas, tendo sempre como foco “a satisfação dos seus clientes, bem como a inovação contínua e a melhoria dos métodos implementados”, explica João Silva, diretor de operações. Neste momento, a LuzDeAirbag representa já uma das principais marcas a 44
nível de equipamentos de diagnóstico, a Autel, disponibilizando desde logo todo o portefólio da marca. O nosso interlocutor refere ainda que o serviço vem “sempre acompanhado com assistência técnica e formação de excelência, tudo isto para que os clientes possam tirar o máximo partido do produto que adquirem”.
A jovem empresa de Leiria tem-se dado a conhecer nos vários certames do "aftermarket", estando já a colher frutos de um trabalho reconhecido pelos seus parceiros internacionais
Ainda a propósito desta marca, João Silva adianta que o grande destaque vai para a linha MaxiIM, “sendo sem dúvida um equipamento extremamente inovador e rentável para as oficinas”. Além disso, salienta também a marca AutoTuner, de entre uma panóplia que ronda os cem artigos em “stock”. Com pouco mais de meia dúzia de anos de presença no mercado nacional, e como qualquer outro projeto em crescimento, há sempre aqueles momentos que marcam a atividade de uma empresa. No caso da LuzDeAirbag, o diretor de operações gosta de se lembrar quando assinaram, em 2018, um contrato de exclusividade com a Autel para a linha MaxiIM, “tornando-nos o representante oficial para o mercado português, sendo que temos conseguido a sua renovação ano após ano”. O responsável sublinha uma outra altura importante, nomeadamente, quando foi “o aumento da nossa estrutura a nível de capital humano, assim como a mudança de instalações em que melhorámos significativamente as con-
dições de trabalho e a capacidade de bem recebermos os nossos clientes, para além de aumentarmos a nossa capacidade de serviços ‘in-house’”. FORMAÇÃO EM DESTAQUE Além da comercialização de produtos e equipamentos, a LuzDeAirbag efetua, neste momento, todo o tipo de reparações no que diz respeito à área da eletrónica automóvel. Nomeadamente reparação, programação e reprogramação de centralinas, reparação de quadrantes, programação de chaves e diagnósticos. Para além disso, e de forma a encerrar o ciclo, realiza ainda formações nessas áreas. A atividade de reparação funciona, essencialmente, através de marcação, seja para cliente final, como também, e em grande parte, para os seus clientes das oficinas que lhe adquirem os equipamentos. Como se trata de uma ferramenta de trabalho poderosa, na LuzDeAirbag optam por dois tipos de formação: “Uma que é uma constante com os nossos colaboradores, para que assim este45
jam aptos a prestar o melhor serviço e apoio aos nossos clientes; e outra que consiste em ações de formação nas nossas instalações para os nossos clientes”, revela João Silva. Já no final do ano passado, iniciaram a comercialização de uma gama CRC de produtos para oficina, limpeza e lubrificantes, que consiste em produtos específicos para a área oficinal, vocacionados para a eletrónica automóvel. Neste momento, “com o arranque do novo ano estamos a preparar a implementação dos mesmos na nossa oferta”, anuncia o diretor de operações. Os principais clientes da LuzDeAirbag são as oficinas ou profissionais de mecânica, assim como casas de chaves. Mas é a área oficinal aquela que está maioritariamente representada, com cerca de 75 por cento do total dos seus clientes. PARCERIA COM OFICINA TIAGOROCHAUTO Recentemente, a empresa estabeleceu uma parceria com a Oficina TiagoRochauto, que tem um canal no youtube
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REPORTAGEM
A programação de chaves é uma das áreas de trabalho preferenciais da LuzDeAirbag
sobre o seu dia-a-dia, inovador e único em Portugal, que está sempre atento às novidades do mercado para oferecer mais e melhor informação aos mais de trinta mil seguidores e o melhor serviço aos seus clientes. A LuzDeAirbag forneceu à oficina o mais recente equipamento de diagnóstico, programação e codificação de chaves do mercado, o Autel MaxiIM IM608. Para João Silva, a parceria “é bastante importante, pois gostamos de estar ao lado de projetos que marquem pela diferença e de pessoas que lutam por inovar”. Desta forma, continua, “pretendemos sempre ajudar quem nos ajuda e ter uma relação de proximidade; a ideia é
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começarmos também a disponibilizar ações de formação na zona Norte do País e, assim, conseguirmos estar mais perto dos nossos parceiros”. E refere: “Temos feito ainda outras parcerias com redes oficinais que atuam a nível nacional e entendemos que cada oficina é para nós um parceiro”. Por isso, prossegue, “fazemos questão que todos os nossos parceiros contem com a nossa equipa de suporte técnico na utilização dos equipamentos fornecidos pela LuzDeAirbag, estando verdadeiramente ao lado deles quando mais precisam, acedendo ao equipamento remotamente, ou até o cliente enviando material para reparação, ou mesmo partilhando informação em exclusivo com os nossos
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parceiros através dos nossos próprios meios de comunicação”. O ano passado foi de grande crescimento e consolidação da LuzDeAirbag, já que “conseguimos ultrapassar os objetivos impostos na nossa organização, mas o mais importante foi termos ultrapassado os objetivos colocados pelos nossos fornecedores internacionais, três meses antes do prazo, que sem dúvida é um motivo de orgulho para a nossa equipa”, declara com satisfação o diretor de operações. No que respeita a 2020, os objetivos estão traçados, avança João Silva, muito alinhados com o realizado em 2019: “Duplicar a faturação, mas crescer de forma consolidada, garantir que somos lideres no nosso mercado, aumentar a nossa estrutura para melhorarmos os nossos serviços e a proximidade com os nossos parceiros”. Este ano, a LuzDeAirbag irá estar presente na Expomecânica, no Porto, e estão previstas novidades em relação a mais produtos, já que estão em fase final de negociações com novos fornecedores, divulgando-os assim que for oportuno. A finalizar João Silva é peremptório quanto ao futuro: “Continuarmos a ser a referência no mercado, sermos sempre seguidos e não seguidores – tem sido essa a nossa forma de ver o setor –, sermos consistentes naquilo que fazemos e, acima de tudo, pensarmos nos nossos parceiros tratando-os com respeito”.
ESPECIALISTA
ZF AFTERMARKET RECOMENDA MUDANÇA ANUAL
ÓLEO DE TRAVÕES É CRUCIAL NA SEGURANÇA DO VEÍCULO O bom estado do óleo de travões é essencial para garantir que estes funcionem corretamente, pelo que as oficinas devem recomendar aos seus clientes a sua mudança todos os anos
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ndependentemente do número de quilómetros que uma viatura percorra, recomenda-se que a troca do óleo dos travões seja feita todos os anos, garantindo assim o bom funcionamento do sistema de travagem e, por consequência, a segurança dos ocupantes do veículo. É aqui que as oficinas têm um papel importante no sentido de avisarem os seus clientes da importância que o óleo tem no bom desempenho dos travões. Ao estarem preparadas para oferecer aos seus clientes uma grande variedade de serviços, contribuem ao mesmo tempo para um aumento expressivo da segurança. Sucede que, com o passar do tempo, a consistência do óleo de travões muda e, caso não seja trocado regularmente, pode deteriorar a força da travagem, levando a que os travões possam falhar. Daí que os especialistas da ZF Aftermarket disponibilizem dicas úteis sobre como verificar, de forma rápida e fiável, o estado atual do óleo de travões. O sobreaquecimento dos travões por um período prolongado pode fazer com que o ponto de ebulição do óleo seja excedido, levando à formação de bolhas. Quando o pedal do travão é pressionado mais uma vez, as bolhas de ar são comprimidas, dificultando ou impedindo a transmissão da força, provocando uma falha na travagem. ÁGUA INIMIGA DA PERFEIÇÃO E isto pode dever-se, por exemplo, à entrada de água no circuito dos travões, normalmente através do respiro localizado na tampa do reservatório, que fornece a ventilação atmosféri-
Texto David Espanca
É fundamental escolher o óleo mais indicado para cada modelo e ter uma máquina sangradora para proceder à mudança
ca necessária, no caso de ocorrerem níveis de óleo de travões flutuantes. Além disso, a água pode entrar no reservatório através da ventilação quando o motor ou o veículo são lavados. Os tubos do sistema de travagem e os elementos vedantes também podem ser responsáveis pelo aumento do teor 47
de água no óleo de travões, pois a água pode difundir-se através deles. Em média, os óleos de travões têm um nível de teor de água de cerca de 0,05%, mas o valor pode aumentar com o passar dos anos. Recomenda-se que, caso o teor de água exceda os 3,5%, o óleo seja trocado com urgência, pois o ponto de ebulição húmido foi atingido. Quando o valor de 3% é excedido, o ponto de ebulição do óleo cai e situa-se entre os 140°C e os 180°C. Para o óleo ser então trocado, basta que a oficina tenha um equipamento apropriado e a ZF Aftermarket disponibiliza para o efeito duas versões de sangradores que podem ser usadas para mudar o óleo em cerca de 90% de todos os veículos. Além disso, os especialistas da marca aconselham ainda a gama de óleos de travões TRW, que abrange a maioria dos tipos de viaturas.
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“AFTERMARKET” E PÓS-VENDA DE PESADOS
MERCADO DINÂMICO E MUITO COMPETITIVO Forte pressão sobre o preço das peças e também no tempo e qualidade dos serviços de assistência, para tempos cada vez mais reduzidos de imobilização dos veículos pesados. Tem sido esta a evolução do “aftermarket” e do pós-venda dedicado aos pesados, num mercado que vai beneficiando da avançada idade do parque circulante Texto Sérgio Veiga
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a esmagadora maioria das vezes que aqui falamos de “aftermarket” ou de oficinas de manutenção e reparação são os veículos ligeiros que ficam no centro das questões. Desta vez, contudo, quisemos ver o que se passa entre os pesados, realidade bem distinta (embora com alguns pontos de contato), pela especificidade dos veículos em questão, claro, mas também pelo tipo de utilização mais intensa que têm. E até, mesmo entre eles, pela distinção entre pesados de mercadorias ou de passageiros. Líder do mercado nacional na distribuição de peças para veículos pesados, a Civiparts (que integra o Grupo Nors) está bem colocada para fazer um diagnóstico do que tem sido a evolução do “aftermarket” nacional relativo a camiões e autocarros. “Muita competitividade e pressão sobre a rentabilidade tem sido a tendência dos últimos anos”, caracteriza João Jervell, diretor executivo da Civiparts. “O PPU (preço por unidade) a cliente tem vindo a descer constantemente nos últimos cinco anos. O sector tem vindo a sofrer uma transformação a vários níveis: modelo de distribuição, acesso a informação, consolidação de clientes e entrada de grupos de compra”. Por termos um parque circulante envelhecido, há uma oportunidade grande de negócio para o “aftermarket” independente que tem conhecido algum crescimento, bem como o negócio das oficinas. “A idade média das viaturas
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pesadas de mercadorias, em Portugal, supera os 12 anos, pelo que as exigências de manutenção são elevadas e os desafios que se colocam às oficinas reparadoras também”, refere Rui Alexandre, responsável pós-venda da ACRV, concessionário da DAF. “Disponibilizar serviços mais económicos ajustados à idade das viaturas, mas dentro daquilo que são os critérios de manutenção e 48
reparação da marca, são uma proposta real disponibilizada pelas oficinas da ACRV, ao oferecer uma linha de peças originais recondicionadas”. Claro que o cenário mais comum é o de oficinas independentes, em que muitas delas nem são exclusivas para veículos pesados, mas também a existência já de redes oficinais viradas exclusivamente para camiões e/ou autocarros.
“Em termos de volume de negócios de venda de peças para pesados, estimamos que se situe nos 100 milhões de euros”, revela João Jervell. “Em termos de oficinas, ainda há muitas não exclusivas para pesados, o que torna os números pouco fidedignos. No entanto, acreditamos que o volume de negócios rondará duas a duas vezes e meia esse valor”.
As oficinas de pesados têm de estar preparadas para respostas rápidas, de forma a que o tempo de imobilização dos camiões seja o menor possível
URGÊNCIA NAS REPARAÇÕES PARA REDUZIR A IMOBILIZAÇÃO A Top Truck é uma das principais redes oficinais dedicada aos veículos pesados, presente em 14 países europeus e com 19 oficinas em Portugal Continental. Preparadas para assistir camiões e semi-reboques das mais diversas marcas, com “uma resposta ‘one stop shop’, respondendo na mesma unidade oficinal a todas as necessidades nas áreas dos chassis, superestruturas e equipamentos”, segundo Vanessa Barros, gestora daquela rede no nosso país. Neste capítulo da assistência, ainda mais que no caso dos ligeiros de passageiros, a rapidez do serviço é essencial porque um veículo pesado parado significa, na maior parte das vezes, uma empresa a perder dinheiro… “Conforme a necessidade e tipologia de serviço a rede dispõe do serviço de assistência na estrada que permite reparações no local, reduzindo o tempo de imobilização. Conscientes dos prejuízos causados pela imobilização de um pesado de mercadorias, é constante da rede promover ações de manutenção 49
de natureza preventiva junto dos seus clientes, as quais reduzem as probabilidades de necessidade de assistência em viagem”, explica a responsável da rede Top Truck. A urgência constante no serviço prestado na assistência aos pesados é salientada também por Rui Alexandre, da ACRV: “A coordenação dos serviços de oficina é essencial para reduzir o tempo de imobilização dos veículos em reparação. Além de orientarmos as nossas oficinas para o chamado ‘Serviço Rápido’, em que pequenas reparações/diagnósticos têm um serviço dedicado, toda a organização oficinal está orientada para a execução do serviço no mais curto espaço de tempo, desde a coordenação e agendamento dos serviços por parte dos nossos rececionistas, à gestão da encomenda das peças”. No caso da rede Top Truck há ainda o desafio de se tratar de oficinas multimarca, aptas a receberem e a assistir quaisquer veículos pesados. “Dispomos de diagnóstico eletrónico multimarca de última geração e técnicos altamente qualificados, com o objetivo de garantir o melhor serviço aos clientes e frotas, suportado por um plano de formação anual certificado e acreditado, com um centro de apoio técnico dedicado, assegurando que as viaturas estejam o menor tempo possível imobilizadas”, refere Vanessa Barros que aponta a principal exigência atual a uma oficina de excelência para pesados: “Passa pela disponibilização de meios de
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DOSSIÊ
diagnóstico atuais e pelo acesso a um plano de formação e apoio técnico permanente, necessários para aceder a dados e procedimentos técnicos indispensáveis à resolução de todo o tipo de avarias num regime multimarca”. Eis um dos pontos em que o pós-venda independente dos pesados se “toca” com o dos ligeiros, nas dificuldades por vezes encontradas no acesso aos diagnósticos que algumas marcas procuram fechar para beneficiar as assistências oficiais. “Infelizmente ainda há esse problema e já tivemos inúmeras discussões sobre essa matéria com algumas marcas”, revela João Jervell, da Civiparts.” Será injusto pôr todas ‘no mesmo saco’, pois algumas têm uma política mais isenta no que toca ao acesso à informação mas, apesar de alguns avanços, as barreiras ainda se mantêm. E a única forma de ultrapassar esta situação é através do reforço da nossa própria área técnica e da sua capacitação como meio alternativo credível às marcas. E temo-lo conseguido!”. O PROBLEMA DA FALTA DE TÉCNICOS ESPECIALIZADOS Outro problema com que as oficinas se vão debatendo – e também aqui há um ponto em comum entre os espaços de assistência de pesados e ligeiros – é o de recrutamento de técnicos, com falta de mão-de-obra especializada. “No geral das áreas afetas ao mercado oficinal de pesados, há dificuldade em contratar técnicos especializados para estas oficinas. O número de candidatos é cada vez inferior, sendo necessário mais atração de jovens para estas áreas e permitir a correta renovação dos recursos humanos existentes com estas competências”, diz Vanessa Barros, da Top Truck. Do lado da ACRV, com três oficinas em Castanheira do Ribatejo (região de Lisboa), Perafita (zona do Porto) e Pera (Algarve), Rui Alexandre afina pelo mesmo diapasão: “A identificação de técnicos é um desafio que se coloca às oficinas que dependem de um elevado nível de especialização dos seus recursos. A orientação da ACRV, nesta área, assenta essencialmente na formação dos seus técnicos, apostando em pessoas jovens com formação profissional de base nas áreas automóvel e de meca-
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A Civiparts é líder na distribuição nacional de peças para o "aftermarket" nacional de pesados, com uma gama completa tanto para veículos de mercadorias como para autocarros
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trónica. A eletrónica é a área mais difícil de suprir”. E, no entanto, é nesta área que tem havido maiores evoluções, nomeadamente a nível dos equipamentos de diagnóstico. “É onde temos notado maior dinâmica, além das necessárias renovações de equipamentos oficinais”, revela João Jervell, da Civiparts, que ressalva os pontos em comum entre o “aftermarket” dos pesados e o dos ligeiros: “Os principais fatores de decisão são comuns: disponibilidade, rapidez de resposta e competitividade”. Curiosamente, a maior diferença que destaca é entre o “aftermarket” para
GRANDES FROTAS COM SOLUÇÕES PRÓPRIAS Quando falamos de veículos pesados e da respetiva assistência, há uma realidade distinta do que se passa no mundo dos ligeiros e que convém realçar. São várias as empresas que, pela dimensão das suas frotas (falamos de várias centenas de veículos) e a absoluta necessidade de os ter em permanente utilização montam, elas próprias, serviços de manutenção e reparação “in house”. As principais empresas de transportes públicos das maiores cidades portuguesas são exemplos disso, mas também ao nível das grandes transportadoras de mercadorias há diversos sistemas de funcionamento. Só para exemplificar as várias possibilidades, contactámos duas das maiores transportadoras nacionais para saber como “tratavam da saúde” dos seus camiões. O Grupo Luís Simões não dispõe de qualquer estrutura para manutenção e reparação, contratando toda a sua frota com manutenção preventiva incluída e efetuada por empresas externas. O Grupo conta, no entanto, com a empresa Reta, especializada na manutenção, reparação e venda de peças para camiões, autocarros, tratores e semirreboques. Já a LASO Transportes, com mais de seis centenas de camiões na sua frota, conta com serviços oficinais próprios mas faz a gestão da manutenção em função da tipologia da viatura e da zona geográfica onde opere, com três opções:
pesados de mercadorias e o destinado aos veículos de passageiros, essencialmente pelo tipo de clientes da Civiparts: “São mercados distintos. Nos autocarros, aproximadamente vinte operadores/grupos controlam 80% do mercado o que, só por si, obriga a um acompanhamento e necessária especialização. No transporte de mercadorias, para esse valor estamos a falar de várias centenas de operadores e enorme heterogeneidade. Mas há pontos de aproximação, nomeadamente na capacitação que o transporte de mercadorias tem obtido, nos seus processos de compras e ‘sourcing’ de materiais”. 51
manutenção própria, contrato de manutenção e/ ou contrato de manutenção e reparação. Além disso, tem acordos estabelecidos com parceiros específicos para fornecimento de pneus e peças genéricas, para pesados, além de lubrificantes para a frota LASO (ligeiros, pesados, equipamentos especiais, gruas, autopropulsados). Conta ainda com parceiros de componentes e reparações elétricas, bem como ao nível de aferições de tacógrafo/ limitadores.
Além disto, a LASO dispõe ainda de uma larga equipa de assistência nos mercados em que opera (Portugal, Europa e África), contando com uma dúzia de viaturas oficina. Além de equipas de mecânica, eletricidade, serralharia e equipamentos especiais prontas a intervir em qualquer daquelas regiões.
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REPORTAGEM
GRUPO ACXXI
OFICINA PARA PESADOS ABRE NO CARREGADO O Grupo ACXXI inaugurou recentemente uma nova oficina multimarcas no segmento de pesados e semirreboques no Carregado, na Zona Industrial Saramago, num investimento que rondou os 120 mil euros Texto David Espanca
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escolha do Carregado para a nova oficina fica a dever-se ao facto de o Grupo ACXXI sentir necessidade de estar mais perto dos seus clientes que se situam a sul do País e por ser uma zona de grande concentração de plataformas de logística e,
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por consequência, de muitos veículos pesados. O Grupo explica que “a aposta passa por disponibilizar um conjunto alargado de serviços de qualidade de pós-venda multimarca para camiões e semirreboques, estando a oficina equipada com as mais modernas ferramentas de diagnóstico”. 52
Já com três oficinas em funcionamento em Leiria (Turquel), Aveiro (Oiã) e Porto (Perafita), esta unidade será também um apoio importante para as vendas e aluguer de viaturas para a zona Sul, assim como para a venda das marcas de semirreboques de que o Grupo ACXXI é distribuidor oficial para Portugal, nomeadamente a Fliegl, Fm5 e Sor Ibérica. Tal como nas restantes oficinas do Grupo, esta unidade disponibiliza também um serviço oficial pós-venda da marca de frio Hwasung Thermo. Além disso, oferece ainda serviços de venda e pós-venda das soluções avançadas de telemática da Wabco, nomeadamente, o Traxee e o Transics. Segundo a administradora do Grupo ACXXI, Elsa Coelho, o espaço “será uma oficina multimarcas, especializada em serviços de reparação e manutenção de todo o tipo de semirreboques e veículos pesados, nos sistemas de travagem, componentes elétrico-pneumáticos, eletrónicos, suspensão pneumática e hidráulica, chassis, carroçaria e equipamentos especiais”. MAIS PRÓXIMO DO CLIENTE A somar àqueles serviços, disponibilizará outras valências, como o recondicionamento de veículos pesados, incluindo um departamento de pintura. De referir ainda que, para além do Wabco, tem como suporte vários sistemas de diagnósticos, nomeadamente, Jaltest, Knorr e Haldex. No seguimento das restantes oficinas “iremos ter parceiros fortes e de qualidade, tais como a Provia, Cepsa, Continental, entre outros, a fim de garantir aos nossos clientes a melhor
Com um inestimento a rondar os 120 mil euros, a nova oficina do Grupo ACXXI irá criar dez novos postos de trabalho e servir muitas das plataformas logísticas que se encontram na região do Carregado
relação qualidade/preço do mercado” explica a interlocutora, adiantando mesmo que já têm acordos com várias empresas multinacionais, como a Air Liquid ou a Ewals. Com um investimento próximo dos 120 mil euros, a oficina do Carregado pretende criar dez postos de trabalho numa fase inicial. Entretanto, Elsa Coelho revela as intenções do Grupo nesta área: “A estratégia está sempre direcionada para o cliente, no sentido de estar mais próximo deste e conseguir satisfazê-lo ainda mais com a prestação de um serviço de qualidade”. Como forma de promover esta nova oficina, decorrerá uma campanha especial de abertura, com oferta de filtro de óleo e par de escovas na revisão do veículo pesado e para os semirreboques um preço especial na substituição das pastilhas. 53
GRUPO ACXXI
UM CONJUNTO DE SOLUÇÕES O Grupo ACXXI teve as suas origens em António da Silva Coelho, que iniciou a sua atividade, em 1966, no negócio dos veículos ligeiros e pesados. Passados quinze anos de trabalho em nome individual, o responsável criou, juntamente com a sua mulher e filhos, a empresa A. Coelho. Até 2003 o negócio foi evoluindo, altura em nasceu a empresa ACMANutenção, enquanto distribuidor oficial dos veículos MAN. Com o intuito de procurar novos desafios, em 2006, e verificando que o mercado de pesados estava pouco explorado no setor do “renting” e serviços interligados, foi fundada a empresa de aluguer de viaturas pesadas ACtoRent. No ano seguinte, com o objetivo de desenvolver e promover a venda de equipamentos para veículos pesados e camiões multimarca, constituíram a empresa TraidAC, ano em que o Grupo ACXXI comprou parte da sociedade Assivepe, especialista na reparação e manutenção de semirreboques e cisternas. Finalmente, em 2010, surgiu a aposta nas oficinas de reparação multimarcas, pesados e ligeiros, através da empresa Experteficaz. Do Grupo fazem ainda parte as empresas Meridi e a TQ Mediação de Seguros. Hoje, o Grupo apresenta um conjunto de soluções que vão ao encontro das necessidades dos seus clientes.
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BOAS PRÁTICAS
PAULO BEIROLAS, DIRETOR DE PEÇAS E SERVIÇO DO GROUPE PSA PORTUGAL
PROPORCIONAR AO CLIENTE UMA BOA EXPERIÊNCIA Controlar o pós-venda de quatro marcas com “almas” bem distintas mas agrupadas sob o “chapéu” do Groupe PSA – Peugeot, Citroën, DS e Opel – não será tarefa fácil mas tem um segredo simples: respeitando as características de cada uma, colocar a boa experiência do cliente acima de tudo Texto Sérgio Veiga
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grupar quatro marcas com perfis bem distintos sob um único “chapéu” de pós-venda não será tarefa fácil. Para mais quando três delas juntam importantes gamas de veículos comerciais às já extensas famílias de ligeiros de passageiros. Após a integração da Opel, o Groupe PSA ficou com um vasto portefólio, a que o seu serviço de peças e pós-venda tem de dar uma eficaz resposta. O director deste departamento no Groupe PSA Portugal, Paulo Beirolas, deu-nos a sua visão sobre o funcionamento de uma “máquina” necessariamente complexa e os novos desafios que se avizinham:
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O que significa supervisionar o serviço pós-venda do Groupe PSA, com quatro marcas como a Peugeot, Citroën, DS e Opel? É um desafio interessante, mas a grande aposta do grupo centra-se na qualidade do produto e, essencialmente, na prestação de serviços que disponibilizamos aos nossos clientes. Nesta matéria, para nós não existem dúvidas de que pretendemos estar no pódio com todas as nossas marcas, algo que requer o investimento em três pilares fundamentais: Pessoas, Ferramentas e Processos. No que respeita às Pessoas empreendemos um investimento forte na formação e cultura de marca; no tocante a Ferramentas estamos numa fase 54
de integração, ou seja, dispomos de ferramentas comuns às várias marcas, mas adaptadas às suas especificidades. O Service Box é um exemplo de excelência desta otimização, pela sua modularidade e funcionalidade. Os Processos são a linha condutora que assegura a qualidade de serviço e satisfação dos nossos clientes. Por esse motivo estamos a investir na sua otimização e simplificação, de forma a que sejam mais facilmente operacionalizados para proporcionar uma melhor experiência ao cliente. Como foi feita a integração da Opel na pós-venda já existente do Groupe PSA? Implicou grandes alterações no pós-venda da Opel? A integração da Opel no Groupe PSA foi efetuada de forma bastante rápida e está ainda em curso. Para maximizar as sinergias que poderão ser obtidas num processo desta natureza foi dada a prioridade à harmonização de sistemas, de forma a otimizar os processos existentes. Ainda assim, foi preservado o ADN de cada marca que acabou por ser enriquecido pela partilha de boas práticas das várias marcas integrantes do Grupo. Um exemplo de sinergias em curso é a convergência do esquema de distribuição de peças Opel, que já estava implementado nas restantes marcas. Conseguimos, assim, obter uma maior eficiência logística e maior disponibilidade de peças para todos os intervenientes. É um processo “win-win” em que todas as marcas do Groupe PSA são beneficiárias. Em concessionários com mais de uma marca do grupo, cada uma tem de ter o seu espaço próprio de assistência? A realidade de concessões multimarca é mais vincada em mercados mais pequenos, como é o caso de Portugal. Para que se possa obter sinergias e melhorar a rentabilidade das nossas concessões, é necessária a partilha de alguns recursos. No nosso caso, a área oficinal pode ser partilhada, assim como alguns recursos humanos. Por outro lado, há que realçar que o nosso compromisso é atender e servir os clientes de cada marca de forma personalizada e específica, de acordo com a cultura e soluções ou serviços disponíveis para cada uma delas. Pela sua especificidade e impacto na experiência de cliente, há funções desempenhadas exclusivamente por colaboradores a cada uma das marcas, com formação específica. “LAYOUT” OFICINAL CRUCIAL Pelo seu posicionamento «premium», os veículos DS exigem alguma atenção particular no pós-venda? Sim, sem dúvida. Pelo seu posicionamento e produto, a marca DS tem uma tipologia de clientes distinta das restantes marcas do Groupe PSA. Por esse motivo todos os elementos que contribuem para a experiência de cliente, desde a venda
EUROREPAR COMPLEMENTA O Grupo PSA entrou no mercado da reparação independente com a rede Eurorepar Car Service, o que pode parecer um contrasenso por, potencialmente, poder ser uma concorrência direta aos seus serviços de pós-venda. Paulo Beirolas considera que “esse tema relaciona-se com a questão da retenção de clientes”. E explica: “Estatísticamente sabemos que existe uma correlação entre a utilização da reparação oficial e a idade da viatura. Ou seja, à medida que a viatura envelhece o seu proprietário tende a substituir o reparador oficial por um reparador multimarca. Foi neste contexto que o projeto Eurorepar Car Service surgiu. Com o programa Push to Pass, lançado em 2016, o Groupe PSA lançou uma ofensiva para responder às necessidades de todos os clientes, independentemente da marca ou da idade da viatura. Portanto, a nossa rede de 168 oficinas Eurorepar Car Service e a nossa gama de peças Eurorepar não são concorrenciais, mas sim complementares”.
dos automóveis aos serviços pós-venda, foram adaptados e personalizados para proporcionar um atendimento “premium” aos clientes DS. Um exemplo da exclusividade DS é o leque de serviços Only You que inclui, entre outros, o DS Valet, em que disponibilizamos um motorista pessoal para facilitar as deslocações dos clientes DS nos momentos de contacto com a marca, ou para a recolha e entrega do seu DS no local que lhe seja mais conveniente. Qual a importância de um “layout” oficinal eficaz e funcional para um serviço de qualidade? Obriga a alguma compartimentação dos espaços em função das marcas? O “layout” oficinal é de extrema importância, essencialmente para garantir um fluxo racional que garanta a eficácia e qualidade de serviço que se pretende. Dispomos de “standards” que comunicamos à rede de reparação, e cuja aplicação é adaptada a cada instalação. Dispomos também de uma equipa dedicada que, em conjunto com cada 55
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BOAS PRÁTICAS concessionário, procura as melhores soluções, tendo como objetivo final a qualidade do serviço, a eficiência e a rentabilidade da concessão. Quais as taxas de retenção de clientes que conseguem em cada marca? As taxas de retenção são semelhantes entre marcas, sendo também comum a tendência de redução à medida que a idade da viatura aumenta. Nesta matéria, a qualidade de serviço contribui de forma decisiva para o aumento da taxa de retenção, pelo que encaramos os inquéritos de qualidade que fazemos periodicamente aos clientes de todas as marcas como fonte de informação muito rica e que nos permite melhorar continuamente a qualidade dos serviços prestados. Não temos qualquer dúvida da existência de uma correlação forte entre o nível de satisfação e a taxa de retenção dos nossos clientes às nossas redes de reparação autorizada.
No que respeita a executar bem à primeira, insere-se no nosso conceito de qualidade total, sendo que o investimento na formação dos nossos técnicos é elevado e focado no nosso produto, os nossos sistemas de engenharia para suporte às intervenções em pós-venda estão bastante ajustados e desenvolvidos. Dispomos ainda de diferentes níveis de plataformas técnicas de apoio que suportam as nossas oficinas. O controlo da qualidade é algo que está implementado em toda a nossa rede, sendo registado nos nossos sistemas, permitindo-nos tirar partido das suas estatísticas, melhorando os processos e a qualidade das nossas intervenções. Todos estes parâmetros, assim como uma elevada disponibilidade de peças, contribuem positivamente para que seja mais fácil cumprir os prazos de entrega inicialmente comunicados ao cliente.
Que tipo de campanhas/serviços têm lançado com o objetivo de aumentar essa taxa de retenção? Começamos a trabalhar a taxa de retenção no dia em que o cliente decide adquirir a sua viatura, com a proposta de contratos de serviço. Coordenamo-nos com as equipas de vendas para que haja uma oferta comercial desta natureza permanentemente disponível para todas as marcas. Além disso, colocamos à disposição dos nossos clientes serviços gratuitos como as marcações online ou a assistência em viagem. Para as viaturas com mais anos, dispomos de uma gama de peças Eurorepar muito competitiva que permite aos nossos clientes continuar a realizar a manutenção nos nossos reparadores autorizados com um valor mais acessível. Por outro lado, manter o contacto com o cliente é fundamental, pelo que estamos a implementar programas de CRM que irão contribuir para incrementar adicionalmente a proximidade com os nossos clientes. MÃO-DE-OBRA PARA COLISÃO É A MAIOR DIFICULDADE Como se situam em três parâmetros importantes para a satisfação dos Clientes como a qualidade da receção, o fazer bem à primeira e o cumprimento de prazos? Esses três parâmetros são de extrema importância para nós. É algo que medimos numa base diária e em que investimos bastante. Para o Groupe PSA, a qualidade está no topo das prioridades. Para se obter o resultado pretendido, a receção é fundamental, os nossos Consultores Comerciais de Serviço são os embaixadores da marca e por essa razão investimos bastante na sua formação comportamental, para que estes saibam adequar, em função de cada cliente, a oferta de serviços a propor de acordo com as suas expectativas e prioridades.
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A nível de recursos humanos, têm sentido dificuldades no recrutamento de técnicos? Em que áreas mais especificamente? Existem algumas funções em que é mais desafiante a contratação de mão de obra, designadamente na atividade de colisão, algo que é de certa forma reflexo de falta de investimento em escolas profissionais para o efeito. Na atividade de mecânica, a oferta de formação é diferente e, adicionando o complemento de formação proporcionada pela nossa rede de concessionários e pela marca, são argumentos fortes para o recrutamento e retenção de recursos.
Paulo Beirolas supervisiona os serviços de pós-venda da Peugeot, Citroën, DS e Opel 56
Quantas horas de formação técnica proporcionam anualmente e a quem se destinam, maioritariamente? A nossa formação é transversal a todas as funções do pós-venda e o número de horas varia em função do lançamento de novos modelos ou de novas versões. Na área técnica varia entre 6 a 10 mil horas anuais. Em termos tecnológicos, o pós-venda em Portugal já está a utilizar a solução de VideoCheck?
Em que ponto está o conceito de “Self Reception” que estava a ser testado em França? A nossa intenção é proporcionar uma experiência digital aos nossos clientes. Já usamos há alguns anos nas nossas receções o Tablet Service Pad para garantir o controlo visual da viatura e os pontos de verificação obrigatórios, incluindo os de segurança do veículo. Este equipamento permite-nos ajustar a nossa proposta de serviços em função do estado de cada viatura. No que respeita à implementação do VideoCheck, estamos atualmente em fase de pilotagem e iremos iniciar a sua implementação na marca DS. No decorrer deste ano alargaremos esse projeto a todas as marcas. O Self Reception é um conceito novo, destinado a um determinado perfil de clientes. Proporcionando-lhes uma experiência completamente digital com uma flexibilidade total de horários de entrega adequada às suas expectativas. Inclui ainda a oferta de mobilidade, neste caso o rent de cada marca do Groupe PSA, que é mais uma atividade inovadora que iniciámos há quatro anos em Portugal. PRONTOS PARA OS ELÉTRICOS O Grupo PSA acelerou o processo de eletrificação, nomeadamente com as versões elétricas do Opel Corsa e Peugeot 208 (em breve do 2008) e os híbridos plug-in. Que implicações tem esta mudança no pós-venda, quando começou a adaptação e como tem sido feita? A eletrificação e a transição energética são uma aposta fundamental para
o Groupe PSA e para a nossa rede de reparadores autorizados. Compreensivelmente, trata-se de um processo que leva o seu tempo e que obriga a alterações significativas ao nível da formação dos técnicos e no “layout” das instalações, processos que já realizámos. O facto de termos comercializado, no passado, alguns modelos com estas características permitiu-nos iniciar este trabalho há alguns anos, o que nos confere uma vantagem competitiva. Nesta fase estamos a reforçar os recursos humanos e os meios técnicos necessários, de forma a darmos resposta ao incremento da actividade resultante da introdução da nova oferta de viaturas. As expetativas de vendas das versões elétricas dos Corsa, 208 e 2008 são acima da média do mercado de veículos
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elétricos. A rede do Grupo PSA está preparada para assistir um número elevado de VE’s ou híbridos plug-in? Sem qualquer tipo de dúvida, o planeamento realizado e a implementação realizada pelas diferentes áreas da empresa permite-nos assegurar a capilaridade necessária e a capacidade de oferta de serviço para LEV. Temos a cobertura adequada para assegurar resposta aos clientes em todo o País porque todos os concessionários a nível nacional terão capacidade para dar assistência a viaturas eléctricas ou plug-in. Com estes lançamentos, pode dizer-se que também o pós-venda do Grupo PSA está a passar por uma fase de transição/transformação? O Groupe PSA está a atravessar uma fase de transformação global, para se adaptar e antecipar a nova realidade do setor no futuro. Dispomos de uma oferta ampla e abrangente que se reflete na quota de mercado das nossas marcas em Portugal, pelo que estamos habituados a ter como objetivo ajustar a capacidade e qualidade de prestação de serviços, para dar uma resposta adequada ao parque circulante e aos requisitos dos nossos clientes. A minha equipa é polivalente e multidisciplinar, com competências na melhoria de processos e no ajustamento a novas realidades. Resumindo, reunimos todas as condições, conjuntamente com a nossa rede de reparadores autorizados, para enfrentar os novos desafios e encaramos o futuro a médio e longo prazo com um grande otimismo.
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TENDÊNCIAS
DUAS CÂMARAS INOVADORAS
MAIS “OLHOS” PARA OS ADAS Uma câmara de infravermelhos e uma outra laser tridimensional são as mais recentes invenções para enriquecer os sistemas ADAS, a caminho dos automóveis autónomos Texto Sérgio Veiga
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uas novas câmaras prometem levar os auxílios à condução e a inerente segurança a um patamar ainda mais elevado, num importantíssimo reforço dos sistemas ADAS (de Advanced Driver Assistance Systems). A primeira foi desenvolvida pela empresa TriEye e é uma câmara de infravermelhos de onda curta que tem a vantagem de conseguir “ver” através dos nevoeiro, poeiras e fumo, contornando uma limitação das câmaras usadas nos sistemas ADAS atuais. A TriEye anuncia já ter conseguido um preço bastante acessível para a sua nova câmara, de forma a poder ser montada no maior número de veículos, com a vantagem adicional de melhorar a captação de imagens em situações de pouca luz, além de distinguir melhor as pessoas, animais e os traços de marcação da via de rodagem. Já a Outsight desenvolveu o que apelida de câmara laser 3D “semântica” que poderá significar um avanço tremendo a nível de segurança, já que tem a capacidade de detetar placas de “gelo negro” a centenas de metros. “Esta tecnologia poderia salvar, hoje em dia, cinco mil vidas por ano, evitando 200 mil acidentes”, refere um dos fundadores da empresa, Raúl Bravo. A câmara laser 3D “semântica” consegue detetar, a considerável distância, a composição dos objetos e do piso. Significa isso uma deteção fiável de seres humanos ou animais, de outros veículos, mas também do que está sobre a faixa da rodagem, seja gelo, neve, água ou até óleo, podendo depois o sistema emitir um alerta ao condutor. Estas duas inovações poderão, muito em breve, reforçar o autêntico “arsenal” de ADAS que já equipa os modelos lançados nesta última década.
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Até porque conseguem ultrapassar as limitações tecnológica ou da própria natureza das câmaras, radares, sensores de ultrassons ou os lasers LIDAR. São mais “olhos” para “verem” com a maior precisão tudo o que se passa à frente dos automóveis para, depois, um cérebro eletrónico tomar as melhores decisões quanto à intervenção dos sistemas de segurança. Ou seja, mais ferramentas a caminho dos automóveis autónomos. As câmaras têm um alcance que pode ir dos 50 aos 500 metros e com um ângulo até aos 180º, conseguindo distinguir cores e formas, poden-
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As novas câmaras têm a vantagem de conseguir bons desempenhos em situações de baixa visibilidade e conseguir "ler" o estado do piso
do ler sinais de trânsito. Estão montadas no para-brisas e têm como principais limitações as condições meteorológicas e a sujidade no vidro. As câmaras mais evoluídas já têm capacidade tridimensional, o que lhes permite reconhecer os objetos a nível espacial, podendo assim reconhecer pessoas e animais. AS AJUDAS AOS SISTEMAS ADAS Os sistemas ADAS recorrem ainda a três tipos de sensores, radares, ultrassons e laser (LIDAR). Os sensores de radar estão colocados por trás da grelha, têm um alcance de 250 metros e detetam a toda a volta do automóvel (360º). Não é influenciado pelas condições meteorológicas na sua localização de objetos parados ou em movimento mas, em contrapartida, não consegue reconhecer nem cores nem formas. Já os sensores de ultrassons costumam estar colocados nos para-choques – os mais óbvios são os sensores de estacionamento –, sendo usados para a deteção de obstáculos próximos e em manobras a baixa velocidade. O seu princípio de funcionamento é o do sonar, medindo a distância pelo tempo que demora a receber o reflexo das ondas emitidas. Por fim, os sensores de laser (denominados LIDAR), estão em fase de expansão devido ao preço ainda algo elevado. Atingem cerca de 200 m de alcance e fazem medições tridimensionais precisas, mas têm a desvantagem de ter a sua eficácia diminuída pelo nevoeiro, chuva ou sujidade, além de não “lerem” cores. Entre vantagens e desvantagens, é o conjunto de todos estes dispositivos que complementa um sistema único e eficaz de ADAS. Que, para funcionar na perfeição e garantir que os sistemas
As novas câmaras vêm aumentar ainda mais a capacidade de "visão" dos sistemas de auxílio à condução, tornando mais rigorosos os dispositivos de condução autónoma
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de segurança ativa do automóvel operam com eficácia, têm de estar corretamente calibrados, tendo o próprio condutor de ter o cuidado de manter a pressão dos pneus nos valores aconselhados pelo fabricante. Agora, com mais estas duas inovações, todo o “pacote” necessário para que os automóveis autónomos circulem em segurança começa a ficar completo!
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TENDÊNCIAS
CES-2020 EM LAS VEGAS
LUGAR À INOVAÇÃO E À… IMAGINAÇÃO! Todo os anos começam com uma “chuva” de novidades tecnológicas na maior feira do Mundo, em Las Vegas e o automóvel está presente cada vez em maior força. Dispositivos, materiais e tecnologias são reveladas, mas também há lugar para sonhos e conceitos de cidades de futuro! Texto Sérgio Veiga
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pesar de ser um certame já com mais de meio século, foi relativamente há pouco tempo que a indústria automóvel se apercebeu do potencial da Feira de Eletrónica de Consumo (CES – Consumer Electronic Show), em Las Vegas, como palco privilegiado para apresentação das mais avançadas tecnologias e até
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dos seus olhares sobre o que o futuro nos pode reservar. O maior certame do Mundo em termos de novidades tecnológicas passou a ser, para muitos construtores e fornecedores, tão importante como os salões automóveis, sendo de presença obrigatória logo nos primeiros dias de cada ano. Sem as “amarras” de um salão convencional em que é necessário vender os
O fascinante mundo tecnologico de Las Vegas, do novo material ou do sistema e-4ORCE da Nissan, à condução autónoma da Aptiv, passando pela inovadora pala para o sol da Bosch, o habitáculo futurístico da Faurecia, os avanços mostrados pela ZF e até a surpresa de um automóvel elétrico apresentado... pela Sony!
produtos, o CES permite dar largas à imaginação quando se trata de sonhar com a mobilidade futura ou com técnicas que ainda não existem. Mas também entrar na vertiginosa competição de ver quem mostra a tecnologia mais inovadora e revelar tudo o que está a ser feito para chegar em breve ao mercado. Por exemplo, a Nissan aproveitou o certame tecnológico por excelência para exibir um novo material de isolamento sonoro, designado por meta-material acústico. As suas vantagens passam por um melhor isolamento sonoro do habitáculo dos automóveis, em simultâneo com maior eficiência energética, por pesar um quarto dos materiais isolantes tradicionalmente usados para um resultado equivalente. Ou seja, pode ser aplicado em maiores quantidades para melhor isolamento e, mesmo assim, pesar menos. Ou ser usado em modelos mais pequenos que recebiam pior isolamento para não serem penalizados no peso… e no preço, aspeto em que este meta-material acústico também pode vir a ganhar aos isolantes agora usados. O segredo está na combinação de uma estrutura reticular e película plástica que controla as vibrações do ar, conseguindo limitar a transmissão do ruído de banda larga (frequências entre os 500 e os 1200 Hz),
TOYOTA MOSTRA CIDADE-LABORATÓRIO
A Toyota tinha vários “concepts” de diferentes tipos de mobilidade urbana para mostrar, mas já conhecidos do salão de Tóquio. A sua presença no CES de Las Vegas serviu, acima de tudo, para apresentar o seu ambicioso projeto de criar… uma cidade-piloto livre de emissões, com eletricidade produzida a partir de hidrogénio e painéis solares. A “Woven City” será construída a partir de 2021, no local de uma fábrica que a Toyota ia encerrar, próximo do Monte Fuji, devendo estar pronta para, em 2025, ser habitada por duas mil pessoas, sejam funcionários da empresa, cientistas, os necessários comerciantes ou até casais de reformados. As casas, construídas em madeira de origem sustentável, contarão com “robots” humanoides para auxílio nas tarefas domésticas. As ruas terão três vias distintas, uma exclusiva para peões, outra mista para peões e meios móveis de velocidade reduzida (bicicletas ou trotinetas elétricas) e uma para veículos mais rápidos, mas apenas autónomos e elétricos. Veículos com emissões não entram em “Woven City” que será uma espécie de laboratório para o que serão as cidades da quarta década deste século. 61
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TENDÊNCIAS
A VISÃO IDEALISTA DA HYUNDAI
Sonhar não custa e a verdade é que, com a vertiginosa evolução tecnológica, sonho e realidade estão cada vez mais próximos. Por isso não se pode apelidar de utópica a visão que a Hyundai apresentou no CES 2020 da mobilidade nas cidades do futuro e que assenta em três pontos principais: o UAM (Mobilidade Aérea Urbana), o PBV (Veículo Autónomo Multifunções) e um “hub”, o interface em que os dois meios de transporte se encontram. Desta forma, reivindica a marca coreana, conseguiria libertar-se muito espaço nas cidades que perderiam também muitas barreiras que limitam a liberdade de movimentos.
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típico do ruído da estrada ou do motor. Já que falamos da Nissan, refira-se que a marca nipónica apresentou também o seu sistema de tração integral elétrico, que denominou e-4ORCE, com um motor elétrico por eixo. Depois, a eletrónica faz o resto, conseguindo passar não só a cada eixo, mas até a cada roda a quantidade precisa de binário. O sistema e-4ORCE estava instalado no “concept” Ariya, um “crossover” elétrico que deverá vir a ser produzido, com autonomia prometida de 500 km. Estes são apenas dois exemplos de tecnologias concretas e muito… “terra-a-terra” porque o que fez mesmo mexer Las Vegas foi, obviamente, tudo o que tinha a ver com conectividade e, em especial, com a tecnologia 5G, considerada indispensável para a existência de automóveis autónomos. Que tiveram diversas demonstrações, a mais interessante das quais terá sido proporcionada pela Aptiv que já tinha uma frota de BMW Série 5 capazes de fazer a ligação entre o Las Vegas Convention Center e o aeroporto! Embora ainda com um seu engenheiro sentado ao volante para o caso de algum sensor, radar, câmara, lidar ou o sistema central
E para mostrar como está avançada na concretização da sua visão, apresentou uma maquete, em tamanho natural, do seu automóvel voador, aproveitando para anunciar uma parceria com a Uber. Este é apenas um dos VTOL – os veículos voadores capazes de descolar e aterrar na vertical e que serão usados em pequenos percursos – que estão a ser desenvolvidos, estando a Hyundai razoavelmente adiantada. Também a Porsche tem uma parceria com a Boeing para estes “táxis aéreos”, mas há outros projetos em marcha, prevendo-se que lá para 2025 comecemos a ver novidades… nos céus das nossas cidades! 62
MERCEDES FUNDE HOMEM E MÁQUINA
A Mercedes tinha prometido um “concept” espetacular para o CES e cumpriu com o Vision AVTR, inspirado no filme “Avatar” e nas paisagens e habitantes do planeta Pandora. Estabelecer uma nova relação entre máquina e humanos é o principal objetivo deste projeto, com formas orgânicas, interior em materiais recicláveis, sem volante ou pedais (totalmente autónomo), em que os ocupantes se sentem como numa sala de estar. As rodas especiais permitem que o Vision AVTR se mova na diagonal, ganhando mais um grau de liberdade. Os seus comandos são táteis, procurando uma fusão homem-máquina, e a motorização elétrica com 700 km de autonomia. A Mercedes não costuma fazer estes “concepts” só para dar nas vistas, é quase certo que, mais cedo ou mais tarde, encontraremos alguma referência a este AVTR num modelo de estrada!
ter algum “bug”, a frota Aptiv fez dezenas de viagens autónomas, mostrando o estado avançado da tecnologia em percursos previamente determinados. DA PALA DO SOL DA BOSCH AO AUTOMÓVEL DA SONY Com a banalização das redes 5G chegarão também em força aos nossos automóveis a Inteligência Artificial e maiores capacidades da Realidade Aumentada e da Realidade Virtual. E isso significa novos equipamentos apenas limitados pela imaginação humana… Veja-se o caso da novidade que a Bosch mostrou no CES, algo tão simples como uma pala para proteger os olhos do sol, para uma condução mais segura. Mas não uma pala banal, o Virtual Visor procura resolver de vez um problema que causa milhares de acidentes por ano, o encadeamento dos condutores pelo sol. Esta pala não é mais que um painel LCD transparente, conjugado com uma câmara virada para a cara do condutor e um software que faz análise facial. Depois, consegue escurecer o tal painel LCD transparente precisamente nos pontos necessários para criar uma zona de sombra nos olhos do condutor,
mantendo a transparência e a visibilidade à volta. Para maior segurança na condução, mesmo em situações extremas, como quando se guia de frente para um sol em posição baixa. A Amazon está também a acelerar na introdução do seu sistema Alexa – o assistente pessoal por controlo de voz – nos automóveis, tendo recebido um bom empurrão quando a General Motors anunciou a sua aplicação em modelos produzidos depois de 2018, ou seja, com capacidade de montagem em pós-venda. E até a Lamborghini esteve presente para exibir um Huracan Evo equipado com o sistema Alexa que poderá ser usado na Europa, mesmo em marcas que não tenham acordo com a Amazon, graças ao lançamento até março do dispositivo Echo Auto. A Faurecia mostrou um conceito de habitáculo em que, além dos retrovisores por câmaras, se centrava em proporcionar aos ocupantes aquilo que eles mais desejam: ocupar os tempos “livres” quando estão nos engarrafamentos para fazer algo de útil, seja trabalho, sejam jogos ou filmes… A ZF “disparou” em várias frentes, exibindo os seus muitos recursos tecno63
lógicos! Na condução autónoma fez demonstrações de sistemas de Nível 2+ (já terá uma larga encomenda de um construtor japonês) e de Nível 4, o primeiro em que o condutor já é “dispensável”. Também mostrou o novo sistema de direção automatizada coASSIST para o Nível 2+, além de inovadoras soluções de software para controlo dos chassis. Entre muitas outras tecnologias presentes, a Sony conseguiu surpreender ao apresentar… um automóvel! Não que pretenda tornar-se fabricante de automóveis, mas a famosa marca japonesa de eletrónica fez uma parceria com quem sabe destas “coisas sobre rodas” (Bosch, Continental e Benteler) para conceber uma grande berlina elétrica, o Vision S, onde montou muitos equipamentos por si concebidos: sensores de todo o tipo, tecnologia de condução autónoma e, claro, os mais avançados sistemas de entretenimento a bordo. É este o encanto do Consumer Electronics Show, não há fronteiras rígidas entre ramos e setores, todos se metem em tudo! E é de “braço dado” que as várias tecnologias irão avançar cada vez mais depressa.
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NOTÍCIAS
INT E RN ACIONAIS
O P R I ME IRO GR ANDE NE GÓCIO DE 2020
BorgWarner adquire Delphi por 3 mil milhões de euros
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da BorgWarner. “A Delphi "O portefólio da trará tecnologias, talento e Delphi Technologies escala em sistemas eletróé complementar ao nicos, que complementam da BorgWarner e, as nossas ofertas para veículos híbridos e elétricos”, juntas, criaremos adianta o interlocutor. uma empresa pioneira A BorgWarner fabrica peem tecnologias de ças automóveis, o que inclui propulsão" transmissões automáticas, turbocompressores, sistemas de emissões e termostatos. A Delphi, por sua vez, produz módulos de controlo eletrónico para a gestão de vários componentes automóveis. “O portefólio da Delphi Technologies é altamente complementar ao da BorgWarner e, juntas, planeamos criar uma empresa pioneira em tecnologias de propulsão, preparada para atender às OEMs e clientes de pós-venda em todo o mundo”, completa Richard F. Dach, CEO da Delphi Technologies. borgwarner.com
BorgWarner, fabricante de autopeças em sistemas de propulsão, anunciou recentemente o acordo definitivo para a aquisição da Delphi Technologies no montante de 3,3 mil milhões de dólares, qualquer coisa como de 3 mil milhões de euros. A transação permitirá à empresa reforçar a sua capacidade produtiva de sistemas eletrónicos, nomeadamente no que diz respeito ao esperado crescimento do mercado de veículos híbridos e elétricos. O negócio deverá estar concluído no segundo semestre deste ano, esperando-se que os acionistas da BorgWarner fiquem com 84 por cento da empresa, enquanto os da Delphi detenham uma posição equivalente a 16 por cento. “A transação representa o próximo passo na estratégia de fornecimento em sistemas de propulsão da BorgWarner, fortalecendo a nossa posição ao nível de soluções de propulsão elétrica, como também em motores a combustão e no pós-venda”, destaca Frédéric Lissalde, presidente e CEO
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D I E SE L T E CHNICS
2019: balanço positivo
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Diesel Technic Group efetuou um balanço positivo da sua atividade em 2019. Foram vários os prémios alcançados ao longo do ano, nomeadamente em França, Reino Unido & Irlanda e Península Ibérica. A Diesel Technic Iberia foi premiada pela qualidade de dois grupos de produtos - sistema de exaustão e câmaras de freio - da marca DT Spare Parts. Foram publicados regularmente catálogos novos e atualizados da marca
DT Spare Parts, com o alargamento da gama de peças e acessórios, lançando pela primeira vez um adequado para o Volvo FL 6/FL/FE. Destaque também para o crescimento estável da SIEGEL Automotive, tendo esta marca expandido a sua gama de produtos; o Premium Shop, que ofereceu muitas promoções e inovações; os Parts Specialists continuaram a entusiasmar com os seus vídeos no canal de YouTube, oferecendo conselhos e suporte para os profissionais das oficinas; e a popular série de jogos de previsão “DT Spare Parts Champion 2019”. dieseltechnic.com
Cromax tem novo responsável de formação Thomas Cool é o novo “leader” de formação e serviços técnicos da Cromax na região Europa, Médio Oriente e África (EMEA). Sediado no Centro de Formação Cromax (CTC) em Mechelen, Bélgica, terá a seu cargo a agenda de formação do Centro, assim como a formação interna e desenvolvimento dos formadores Cromax daquelas regiões. Segundo o novo responsável, “enfrentar os desafios da indústria é fundamental para o seu futuro e as inovações estão a definir a tecnologia em evolução na Cromax”. Por isso, prossegue “nunca foi tão importante para os pintores manterem e melhorarem as respetivas competências”. cromax.com/eu
K Ä R C HE R
PREMIADO EQUIPAMENTO DE LAVAGEM AUTO
A Kärcher, especialista em equipamentos de limpeza de gama doméstica e profissional, conquistou 16 distinções internacionais em 2019. Nuno Pereira Coutinho, diretor-geral da Neoparts, representante oficial da Kärcher há 40 anos em Portugal, considera que “este é um reconhecimento muito importante para a Kärcher, uma vez que atesta a qualidade superior dos produtos e destaca a capacidade de criação de solu-
ções adaptadas às várias necessidades de limpeza sejam elas domésticas ou industriais”. Entre os diversos equipamentos reconhecidos, destaca-se o centro de lavagem auto CWB 3 Klean!Star iQ, que arrecadou um Green Good Design Award. O equipamento limpa veículos de maneira eficaz e sustentável através do seu sistema de lavagem de reduzido consumo de água que protege o meio ambiente. A lavagem com escova é realizada no 2.º ciclo com água de recuperação e apenas o ciclo de enxaguamento é feito com água corrente. Graças ao “design” exclusivo da escova lateral, um novo sistema de lavagem de rodas e o sistema de secagem são alcançados resultados excelentes com uma só passagem, mesmo nas zonas com contornos mais difíceis do veículo. karcher.pt 65
Fuchs expande-se para a África Subsariana O Grupo Fuchs adquiriu 50% das ações de três distribuidores do Zimbabué, Zâmbia e Moçambique, com os quais já trabalha há mais de 15 anos, numa aposta no reforço da sua presença na África Subsariana, após o estabelecimento de uma entidade da Fuchs na Tanzânia. As “jointventures” empregam 90 pessoas e geraram vendas na ordem dos 21 milhões de euros em 2018. fuchs.com
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NOTÍCIAS
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REPIN T U R A A U TO MÓVE L
PPG adquire ICR Kavo Parts amplia gama de amortecedores
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PPG anunciou a compra da ICR – Industria Chimica Reggiana –, fabricante de tintas e revestimentos e repintura automóvel. O negócio deverá ficar concluído ainda no decorrer deste primeiro trimestre. A ICR emprega aproximadamente 180 pessoas e comercializa os seus produtos em mais de 70 países da Europa, África, Médio Oriente, Estados Unidos e América Latina. "A aquisição da ICR pela PPG irá complementar a nossa oferta atual de produtos para o segmento da repintura automóvel, adicionando produtos especializados e de valor agregado que atendem às necessidades dos distribuidores e oficinas de chapas e tintas", explica Gary Danowski, vice-presidente do PPG. O responsável esclarece que a PPG pretende continuar a oferecer produtos e serviços de qualidade nos quais os clientes da ICR confiaram, para além de estarem “muito felizes em re-
ceber os funcionários da ICR na PPG". Fundada em 1961, a ICR está sediada em Itália e fabrica produtos para repintura automóvel, incluindo betumes, primários, revestimentos básicos e vernizes sob a marca Sprint. A empresa também é responsável por uma gama completa de revestimentos, esmaltes e primários para veículos comerciais ligeiros. ppgrefinish.com
AXALTA APOIA CAUSAS DE GESTÃO AMBIENTAL A Axalta acaba de doar 50 mil euros para apoiar causas de gestão ambiental ou STEM (Ciência, Tecnologia e Matemática) na Europa, Médio Oriente e África (EMEA), graças a uma iniciativa dos seus colaboradores designada Axalta em movimento, realizada em setembro de 2019, na qual os colaboradores daquela região teriam de dar o máximo de passos possível num período de 24 horas. Após a conclusão do primeiro desafio anual, cinco países foram selecionados aleatoriamente para cada um doar dez mil euros e voluntariar tempo a uma organização nomeada pelos colaboradores: Natuurpunt (Bélgica), Nabu NRW (Alemanha), WWF (Itália), Pro Natura Basel (Suíça) e Queen Mary's Grammar School (Reino Unido).
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A Kavo Parts ampliou a sua gama de produtos com novos amortecedores para veículos europeus e americanos e Peter Bloemberg, diretor de vendas e marketing da Kavo, explica o motivo: “Começámos com amortecedores para veículos asiáticos em 2019 e foi um enorme sucesso, pois havia uma elevada procura por amortecedores de alta qualidade a preços mais competitivos”. E acrescntou: “Os nossos clientes perceberam que podem melhorar a sua margem com os nossos amortecedores e começaram a solicitá-los com o mesmo nível de qualidade-preço para veículos europeus e americanos”. Para o efeito, abriram um segundo armazém e, neste momento, a Kavo Parts tem disponíveis mais de 600 referências, todas com a garantia padrão de três anos da empresa e a certificação EAC para o mercado da Eurásia. kavoparts.com
Magneti Marelli publica novo catálogo
“A Axalta apoia programas de gestão ambiental em todo o mundo, oferecendo ainda o seu apoio a uma entidade de educação cujo principal foco são as disciplinas de STEM, uma vez que é a ciência e a tecnologia que impulsionam as nossas inovações e plataformas de produção”, refere Yves Kerstens, vice-presidente da Axalta e presidente da região EMEA. axalta.com 66
A Magneti Marelli Aftermarket publicou o seu novo catálogo de sistemas eletrónicos e de ignição, que contém mais de 350 referências originais divididas em duas seções diferentes. A primeira inclui variadas unidades de controlo de injeção, enquanto a segunda abarca os grupos completos de transmissão automática Selespeed. O catálogo contempla várias novidades lançadas em 2019 e outras que serão lançadas este ano. marelli.com
NOTÍCIAS
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Shell lidera mercado mundial de lubrificantes
EURO R E PA R CA R SE R VICE
Dez mil oficinas até 2023 A rede oficinal Eurorepar Car Service, pertença do Grupo PSA, foi recentemente premiada como a melhor rede independente em França, pela segunda vez consecutiva, e foi nomeada para as "melhores redes de retalhistas 2020" na sua categoria, derivado à qualidade do seu serviço. A empresa inaugurou recentemente novas oficinas na Áustria, Eslováquia, Croácia, nos territórios ultramarinos franceses de Guadalupe, Martinica e Ilha da Reunião e ainda no Panamá. Atualmente, a rede conta com mais
de cinco mil garagens em 26 países, dos quais 11 fora da Europa. Christophe Musy, vice-presidente sénior da PSA Aftermarket, divulgou a intenção da rede: “Atingir mais de dez mil oficinas até 2023". Já o novo vice-presidente sénior da unidade de negócios independentes de “aftermarket”, Jean-Christophe Bertrand, lembrou que "ingressar na Eurorepar Car Service é uma excelente oportunidade para as oficinas beneficiarem de todos os serviços de uma rede internacional, sem abrir mão da sua independência".
Segundo o estudo “Global Lubricants Industry: Market Analysis and Assessment”, da consultora norte-americana Kline, relativo a 2019, a Shell continua a liderar o mercado global de lubrificantes. A empresa cresceu relativamente ao ano anterior, vendendo cerca de 4500 quilotoneladas em todo o Mundo, com a seguinte divisão por segmentos: industrial (36%), “commercial automotive” (34%) e “consumer automotive” (30%). Entretanto, a Shell continua apostada em inovar e a criar produtos e soluções diferenciadoras, como o Shell E-Fluids, desenvolvido especificamente para veículos elétricos, mas também o programa MachineMax direcionado para clientes industriais. shell.com
N GK SPA R K P L UG
Venture Labs potenciam novos negócios
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NGK Spark Plug está apostada em explorar novos negócios com o foco no meio ambiente e os Venture Labs servem para atingir esses objetivos. Localizados em Tóquio (Japão), Silicon Valley (EUA) e Paris (França), os espaços recebem regularmente especialistas em peças automóveis e cerâmica técnica para discutir os últimos avanços tecnológicos numa série de indústrias. Segundo Damien Germès, presidente e diretor executivo da NGK Spark Plug, “estamos a abrir novos horizontes em mercados diferentes, onde podemos dar uma valiosa contribuição". E explica ainda que “a indústria automóvel está a passar por uma mudança disruptiva, impulsionada pela globalização, eletrificação,
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digitalização, concorrência e regulamentos ambientais". "Queremos contribuir para uma sociedade sustentável, através da criação de novas empresas em setores com potencial de crescimento futuro, como os veículos da próxima geração". Entre os projetos, encontram-se as pilhas de combustível de óxido sólido (SOFC), sistema promissor e sustentável de nova geração de energia alternativa. 68
Pareceria entre Marelli e XenomatiX A Marelli, empresa de tecnologia automóvel, e a XenomatiX, fornecedora dos sistemas LiDAR, acabam de anunciar uma parceria para o desenvolvimento técnico e comercial no campo da condução autónoma. Assim, a XenomatiX ficará responsável pelo fabrico de módulos “solid state LiDAR” para aplicações em sistemas avançados de assistência à condução (ADAS) e condução autónoma, que a Marelli já disponibiliza. marelli.com
TENDÊNCIAS
SISTEMAS AVAS PARA SEGURANÇA DOS PEÕES
AUTOMÓVEIS ELÉTRICOS TÊM DE SER BARULHENTOS Era uma das qualidades mais elogiadas nos veículos elétricos, mas comportava também um perigo para outros utilizadores da via pública: o silêncio de funcionamento é fantástico para os seus utilizadores, mas perigoso para peões e ciclistas que não se apercebem da aproximação dos carros. Mas, por lei, os elétricos têm de passar a fazer barulho quando andam devagarinho! Texto Sérgio Veiga
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C Sendo automóveis urbanos por excelência (para já...), os elétricos têm de estar preparados para conviver com peões e ciclistas, tendo de se "anunciar"
ostuma dizer-se que não há bela sem senão e o silêncio dos automóveis elétricos pode trazer associados graves problemas de segurança. O risco de atropelamentos é bastante maior face aos automóveis convencionais, por a ausência de ruído não alertar os peões da presença de um automóvel até… ser tarde demais. Estudos da NHTSA (a autoridade norte-americana para a segurança rodoviária) concluíram que os veículos elétricos ou os híbridos em utilização elétrica têm 19% mais possibilidades de causar um acidente a baixas velocidades que um automóvel com motor a combustão. O sonho de termos, num futuro mais ou menos longínquo, cidades silenciosas, em que os carros passavam sem qualquer ruído, não será mais que uma utopia, por questões de segurança, de forma a garantir um convívio “pacífico” entre esses veículos e os mais vulneráveis utilizadores das vias públicas, como peões ou ciclistas. Daí que a União Europeia tenha tornado obrigatória a adoção de um sistema de alerta sonoro – AVAS, do inglês “Acoustic Vehicle Alerting System” – em todos os carros elétricos ou híbridos de nova homologação, desde 1 de Julho do ano passado, sejam ligeiros de passageiros ou comerciais. Quanto aos veículos novos de modelos já em comercialização, receberam uma tolerância de dois anos para montarem o AVAS, tendo de contar com o dispositivo a partir de 1 de Julho de 2021.
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O AVAS é um sistema (ou vários, pois não haverá um único sistema-padrão) que emitirá um som semelhante ao de um automóvel com motor a combustão, desde o arranque até aos 20 km/h (nos Estados Unidos a velocidade vai até aos 30 km/h) e quando o veículo faça marcha atrás. O som deverá ter um nível entre os 56 e os 75 dB, com uma frequência até aos 1600 Hz para que seja audível também por pessoas mais idosas. O sistema AVAS também poderá emitir um som mesmo quando o veículo estiver parado. Os legisladores europeus consideraram que os 20 km/h eram uma velocidade suficiente – corresponde a 11 metros percorridos em dois segundos, um tempo razoável para reagir e parar o carro – pois, acima desse valor, o ruído dos pneus no asfalto já é suficientemente audível para alertar os peões/ ciclistas da presença de um automóvel. Ou seja, acima dos 20 km/h esse som artificial será desligado e o automóvel elétrico voltará a ser quase silencioso. SISTEMAS JÁ EXISTENTES Não há grande novidade na adoção de sistemas que emitam ruído nos automóveis elétricos para alertar os peões da sua presença, quando em zonas urbanas onde circulam a baixa velocidade. A única coisa nova é mesmo a obrigatoriedade de todos passarem – veículos de passageiros e comerciais – a contar com um sistema AVAS para poderem ser homologados e de perderem a capacidade de o condutor poder desligar aquele sistema.
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TENDÊNCIAS
Os testes têm de garantir que o sistema emite um som entre os 56 e os 75 dB, a partir de um dispositivo relativamente simples
Esta legislação vem responder a pedidos feitos por associações várias preocupadas com a segurança dos peões e, acima de tudo, das associações de pessoas com deficiência, em particular dos cegos, para quem os automóveis elétricos ou híbridos em modo elétrico se tornaram num dos maiores riscos nas nossas atuais cidades. Nissan e Renault equiparam, desde muito cedo, alguns dos seus modelos (como o Leaf ou o Zoe) com sistemas que emitem sons muito próprios até aos 30 km/h, embora tenham de ser ativados pelos condutores. O Nissan Leaf de 2011 já tinha um som criado por Toshiyuki Tabata, em colaboração com alguns compositores. A BMW Iconic Sounds Electric é o departamento que trata dos sons para a sua família de modelos elétricos “i”, recorrendo a compositores para criar os ruídos que transmitam o prazer de condução que os seus clientes esperam dos seus modelos. Mas também que alertem os outros ocupantes da via da presença de um veículo elétrico. A Jaguar é outra das marcas a trabalhar nesse sentido e a Mercedes passou muito tempo na câmara acústica, a desenvolver o som ideal do seu primeiro modelo totalmente elétrico, o SUV EQC.
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Os sistemas do futuro poderão emitir sons diferenciados em função de cada situação e do potencial perigo que os sensores detetem NEGÓCIO DE MILHARES DE MILHÕES! Haverá, contudo, espaço para empresas de “aftermarket” entrarem neste mercado do AVAS e são várias as que já estão a desenvolver os seus próprios produtos. A Hella, por exemplo, apresentou em outubro passado o seu próprio sistema de som artificial para alerta de peões e ciclistas e outras marcas estão a trabalhar nos seus próprios projetos. Os sistemas do futuro poderão emitir sons diferenciados em função de cada situação e do potencial perigo que os sensores do veículo detetem. A ideia-base é sempre alertar os peões e ciclistas, sem contudo os assustar, pois isso poderia causar situações ainda mais complexas de resolver. Como reações intempestivas que poderiam levar a desenlaces ainda mais perigosos. Estes sistemas AVAS são para serem usados a velocidades bastante 72
baixas, como referimos, a legislação europeia aponta para o seu funcionamento até aos 20 km/h). A sua principal utilidade será, pois, em espaços em que peões e veículos “coabitem” momentaneamente, como parques de estacionamento ou as ruas mais estreitas dos centros históricos de algumas cidades. O interesse dos grandes fabricantes de componentes no desenvolvimento destes sistemas está, obviamente, ligado à gigantesca oportunidade de negócio que se abre. Em especial pelo esperado aumento exponencial das vendas de veículos elétricos e híbridos “plug-in”, com autonomias elétricas acrescidas. O mercado dos sistemas de AVAS (na soma do OEM e “aftermarket”) valeu, no ano passado, cerca de 385 milhões de euros, mas espera-se que cresça para… cinco mil milhões de euros em 2027!
REPARAÇÃO
“CAPOT” DO MOTOR
AS VÁRIAS CONCEÇÕES Nos últimos anos houve novidades na conceção dos “capot” dos automóveis. Além da análise pormenorizada dos tempos e métodos de trabalho, trazemos-lhe conclusões relevantes quanto aos processos e possibilidades de reparação Texto Francisco Livianos González
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carroçaria é constituída por peças unidas entre si através de pontos de soldadura por resistência elétrica, adesivos e rebites. Elementos como os “capot” são unidos através de uniões móveis. Por serem peças mais expostas, este tipo de união facilita a sua substituição. O “capot” pode ser desmontado e montado quando seja necessário e tem uma capacidade de absorção de impactos muito limitada. Não exerce uma tarefa rigorosa de resistência. Não obstante, a sua estrutura está pensada para controlar a deformação e evitar a sua intrusão no habitáculo em caso de impacto frontal. No entanto, o “capot” dianteiro de um veículo automóvel é um dos elementos da carroçaria que mais contribui para a segurança dos peões. Sabe-se que o “capot” é a zona de impacto da cabeça de um peão que seja atropelado pela frente de um veículo. Neste caso, ao embater contra o “capot”, a cabeça do peão pode sofrer uma desaceleração muito brusca, suscetível de gerar lesões graves. A missão das medidas de segurança passiva de proteção dos peões é procurar minimizar essas lesões. Por isso, os fabricantes devem ter em conta, na conceção daquele componente, por um lado, a desaceleração sofrida pela cabeça e, por outro, a rigidez do elemento contra o qual o atropelado colide. Quanto maiores forem ambas,
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Estrutura de um capot
aceleração e rigidez, mais graves serão as consequências. Assim, entre as soluções adotadas na conceção e fabrico dos “capot”, encontram-se os “capot” com absorção de energia, concebidos para amortecer os impactos gerados pelo atropelamento, e os “capot” ativos, dotados de um sistema que o eleva ligeiramente para atenuar a pancada. Embora seja ainda raro, alguns fabricantes já integram também um “airbag” sob o “capot”. Os sensores colocados na frente do veículo transmitem sinais à unidade de controlo para que, quando um objeto embata na zona dos sensores e a unidade de controlo interprete que é uma pessoa, o “airbag” seja ativado, sendo libertados os engates do “capot”, elevando-o ligeiramente e deixando sair a almofada de ar. O “capot” eleva-se cerca de 10 cm para proporcionar uma zona livre entre este e os elementos do motor, criando uma zona de amortecimento. Assim, reduz-se a força com que o peão ou o ciclista em74
batem contra os elementos do “capot”, do para-brisas ou dos pilares, que provocam a maior parte das mortes. Este sistema é ativado no caso de velocidades entre 20 e 50 km/h, visto que a maioria dos atropelamentos ocorrem em cidade. O “capot” é constituído por duas ou três peças de chapa unidas, que são o painel exterior e o(s) reforço(s) interior(es). Para representar o seu desmantelamento, separaram-se ambas as peças, deslocando-as na direção do eixo Z e mantendo-as paralelas entre si. Embora a maioria dos fabricantes apenas acrescentem reforços interiores nas zonas de união às dobradiças e na zona de união do fecho, em função do tamanho do “capot””, entre estes dois elementos integram outros reforços que dão rigidez às zonas dianteiras. Para que o “capot”” constitua um absorvedor de energia, ao mesmo tempo que se garante a sua rigidez em termos de tensão com um painel exterior visível, dota-se de um forro interior com
“Capot” ativo através da elevação do “capot” e airbag sob o “capot” Fonte: DPC Cars
Para melhorar a proteção para os peões eliminam-se reforços do forro e otimizam-se as respetivas partes ocas
reforços, moldado de forma a que o “capot”” inclua corpos ocos no forro, visíveis desde o interior. Para melhorar e poder garantir a proteção dos peões, é frequente que o fabricante molde o forro para que se eliminem os reforços e se otimizem as suas partes ocas. No caso dos “capot” multicone", mostram um painel contínuo, o qual, mediante estampagem, é dotado de uma configuração única, com múltiplas crateras em forma de tronco de cone. Outra solução exequível para aumentar 75
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2 1. Painel exterior do “capot”. 2. Reforço interior do “capot”.
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REPARAÇÃO
Painel exterior
Dobradiças Reforço interior do fecho
Reforço interior das dobradiças
Reforço interior dianteiro
to, da sua espessura. Por esta razão, nem todas as peças que constituem uma carroçaria têm a mesma espessura: no caso dos “capot”s, são habituais espessuras na ordem dos 0,7 e 0,8 mm, chegando até 1 mm de espessura se forem de alumínio. O alumínio é um metal macio que apresenta níveis de resistência inferiores a muitos dos aços e que, além disso, é mais caro e difícil de reparar e soldar. Apesar disso, reduz o peso em relação ao aço em 35%, aproximadamente, e a oxidação que apresenta não é visível nem degrada o material.
Painel de refor;o
Elementos que constituem um “capot” dianteiro
“Capot” com estrutura multicone do Mercedes A200 ZONAS DE ACESSO
SEM ACESSO
Acessibilidade do “capot”
a margem de deformação do “capot”, sem aumentar o abatimento em caso de choque com a cabeça, consiste em aumentar a grossura do painel exterior e/ou do forro. No entanto, isto implica o consequente aumento da massa total do “capot”. OUTRAS CARACTERÍSTICAS Geralmente, as carroçarias são fabricadas em chapa de aço, mas no fabrico do “capot” de determinados modelos, os
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Com uma conceção adequada do “capot” pode reduzir-se em 8% o número de acidentes mortais por atropelamento
fabricantes incluem alumínio ou fibra de carbono que proporcionam, entre outras propriedades, leveza e capacidade de deformação. Com o alumínio, por exemplo, podem conceber-se elementos muito seguros com um peso relativamente baixo. A carga suportada por uma peça e a energia que terá de ser aplicada na mesma para lhe provocar uma determinada deformação dependerá, diretamente, da sua secção útil e, portan76
PROCESSOS DE REPARAÇÃO A reparação de danos em painéis de chapa é uma operação que envolve uma componente artesanal importante e que requer, para além de uma utilização adequada de ferramentas e equipamentos, uma grande destreza, experiência e prática. No caso dos “capot”, esta operação é decisiva, visto que, na maioria das ocasiões, os danos e deformações que apresentam localizam-se nas zonas dianteiras e, devido à sua configuração, o acesso é nulo, pelo que a reparação é mais difícil. Após as experiências realizadas na oficina e a análise pormenorizada dos tempos e dos resultados, pudemos retirar uma série de conclusões relevantes quanto à própria natureza do elemento objeto de análise e às diferentes possibilidades de reparação.
.Quanto às soluções adotadas pelos
fabricantes na conceção dos “capot”, podemos referir que são dotados de formas, zonas e elementos de deformação programados, encarregados de dissipar a energia do impacto ou
Reparação por tração
tante de “capot” de aço com danos significativos, em zonas de difícil acesso interior, foi preciso abrir ou descolar algum reforço para atuar através de alavancas. Uma vez facultado o acesso, foi possível trabalhar no painel a reparar com a utilização de ferramentas tradicionais, como as referidas alavancas e equipamentos de tração.
.Como particularidade e elemento
Utilização de alavancas
atropelamento. Os próprios fabricantes concordam que, com uma conceção adequada do “capot”, se pode reduzir até 8% o número de acidentes mortais por atropelamento.
. Os principais materiais utilizados
no fabrico dos “capot”são o aço e o alumínio, em função do peso do veículo. Os de maior peso costumam ser equipados com “capot” de alumínio.
.A utilização destes novos mate-
riais diminui o peso do veículo e, por conseguinte, a energia de deformação gerada no impacto ou atropelamento. A utilização de materiais leves também permite a criação de zonas de deformação programada e implica importantes variações nos métodos utilizados na reparação de peças danificadas.
Os tempos e os custos de reparação entre “capot”s de aço e de alumínio são semelhantes dianteira. Devido à própria configuração deste elemento, o acesso nestas zonas é nulo e, portanto, a reparação difícil.
.94% dos danos e deformações que
Os “capot”que apresentavam danos leves e médios em termos de intensidade, e que não dispunham de acesso interior, permitiram a sua reparação, exclusivamente a partir do exterior, sendo utilizadas ferramentas tradicionais e equipamentos de tração.
apresentavam os “capot” que foram utilizados nos trabalhos de reparação estavam localizados na zona
Para se conseguir uma reparação de qualidade noutro número impor-
.
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diferenciador em relação à reparação de elementos de aço, nos processos de trabalho sobre alumínio, também com zonas de difícil acesso, foi preciso realizar um aquecimento da chapa antes do endireitamento, aquecendo a zona de modo uniforme. Esta operação tem uma dupla função: aumentar a ductilidade do material para facilitar a sua reparação e evitar o aparecimento de gretas. Quando não se dispõe de acesso, torna-se necessário recorrer à soldadura de anilhas no painel para o reparar por tração, a partir do exterior.
.Conclui-se que, tanto os tempos
como os custos de reparação, em relação aos ensaios com “capot”de aço, são semelhantes. Não dependem do material utilizado ou do processo seguido em cada caso, mas sim da intensidade dos danos.
PARA SABER MAIS Área de Carroçaria. carrocería@ cesvimap.com www.revistacesvimap.com @revistacesvimap
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REPARAÇÃO
PAINÉIS DE CARROÇARIAS
REMOÇÃO DE MOSSAS Reparar danos nos painéis exteriores do veículo é das operações mais frequentes do bate-chapa. Fatores como tamanho, tipo e forma dos danos ou a localização dos mesmos podem dificultar a sua reparação. A habilidade e a experiência do profissional assumem papel crucial para um bom acabamento e um bom tempo de reparação Texto: Maria Concepción Pérez García
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O
design dos veículos surpreende-nos continuamente, a combinação de linhas curvas e arestas pronunciadas em cada modelo faz-se com esmero para não deixar indiferentes os utilizadores e os amantes dos motores. Estes designs, para além de procurarem um objetivo estético, têm por objetivo melhorar a rigidez de cada uma das peças que constituem o exterior do veículo, contribuindo para um bom coeficiente aerodinâmico, quando em movimento. Perante pancadas pequenas e médias, os painéis exteriores acabam por so-
frer deformações permanentes ou mossas não pretendidas pelos clientes e que exigem a destreza do técnico de chapa para a sua eliminação. Em função do tipo de danos provocados, o tamanho e as linhas da peça, será possível a sua reparação ou talvez seja conveniente optar pela substituição da peça. Na atualidade, e dada a situação ambiental, a recuperação de peças através da reparação é uma opção a ter sempre em conta, porque contribui para uma maior sustentabilidade ambiental. Pequenas ações como esta vão contribuindo para a concretização de objetivos maiores. No momento de analisar a peça sinistrada e decidir se a mesma deve ser substituída ou reparada, o técnico terá em conta diferentes aspetos como: • A dimensão, a forma dos danos e a possibilidade de se recuperar a linha original da peça.
• A funcionalidade e a importância da peça na carroçaria. • O acesso à zona de trabalho segundo as ferramentas de reparação disponíveis. • O aspeto económico entre as duas opções: substituição ou reparação. • Contributo para a sustentabilidade. Não obstante, a solução adotada deverá ajustar-se sempre ao duplo requisito
A recuperação de peças através da reparação contribui para uma maior sustentabilidade ambiental 79
de manter a estética original do veículo e a segurança do mesmo. Batimento ou martelagem de painéis Costuma ser a técnica mais rápida para remover uma mossa e restabelecer a forma original da superfície da peça. É necessário dispor de acesso aos danos por ambos os lados da superfície e permite remover múltiplos tipos e tamanhos de danos. Consiste em bater na deformação com ferramentas manuais como martelos ou alavancas. A operação consiste em bater na zona convexa com um martelo e na zona côncava coloca-se o tais ou encontrador como apoio, marcando a linha de base. A habilidade e experiência do bate-chapa são primordiais para se recuperar a forma da chapa de modo eficiente e se conseguir um bom acabamento, no qual a aplicação de massa seja mínima. Deformações complexas podem requerer o trabalho de bate-chapas com uma grande experiência ou destreza.
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REPARAÇÃO
Como ferramentas de impacto são utilizados diferentes tipos de martelos, colheres ou alavancas, e como ferramentas de apoio, os tais ou encontradores. Todas elas com diferentes formas para uma melhor adaptação ao tipo de impacto e à forma da superfície trabalhada. Dispor de um jogo diversificado de ferramentas facilita e reduz o tempo de trabalho do bate-chapa. É importante a escolha adequada dos martelos e dos tais de acordo com a curvatura da chapa que deve ser trabalhada. Um trabalho excessivo na zona danificada pode complicar a reparação e criar irregularidades e novas imperfeições na superfície. O PROCESSO DE TRABALHO CONSTA DE TRÊS FASES: 1.ª Restabelecimento "grosseiro" da superfície por martelagem até se recuperar a forma aproximada e a curvatura original da chapa. 2.ª Verificação do estado da superfície através de marcação (lixamento em cruz) de traços de controlo com lima de bate-chapa. Caso sejam detetadas pequenas imperfeições deverão ser revistas de novo através de martelagem para as corrigir. Será
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novamente realizada uma verificação de marcação para confirmar um bom acabamento na zona trabalhada. 3.ª Lixamento em torno da zona trabalhada para se obter uma transição perfeita para as superfícies adjacentes, de tal forma que o pintor possa conseguir posteriormente um bom acabamento. 80
FERRAMENTAS DE TRAÇÃO Quando o acesso pela zona interior das peças não existe, é limitado ou implica a desmontagem de peças, guarnições ou acessórios que aumentam os tempos de trabalho, pode utilizar-se a técnica de remoção de mossas através de ferramentas de tração exterior. Este sistema de trabalho consiste em ancorar uma ferramenta (soldadura, adesivo) nas zonas profundas do lado exterior do dano e aplicar, através dela, esforços de tração à superfície até eliminar a depressão provocada pela mossa. Os equipamentos de soldadura por resistência elétrica para a remoção de mossas são uma das ferramentas fundamentais na oficina. A potência destes equipamentos ronda os 3000 Amperes, suficiente para soldar as pequenas ferramentas metálicas (anilhas, parafusos, estrelas, pontas, rebites, etc.) à superfície da chapa. A ferramenta de tração (martelo de inércia ou variantes deste) é ligada a estas pequenas ferramentas e, através do conjunto, aplica-se o esforço de tração para o exterior a fim de remover a mossa. A soldadura implica o lixamento da pintura, visto que é necessário soldar a ferramenta à chapa, mas
permite eliminar danos de diferente tamanho e complexidade. As ferramentas soldadas são retiradas facilmente, realizando uma rotação sobre si mesmas. Estes equipamentos incorporam vários tipos de elétrodos, os específicos para soldar as ferramentas de estiramento e outros de ponta arredondada de cobre e grafite para realizar os trabalhos de recolha da chapa quando há estiramento do material. A oficina, dependendo do respetivo volume de trabalho, pode optar por dispor de um único equipamento de soldadura multifunções com potência para a remoção de mossas da chapa e também para a união de peças de chapa à carroçaria em torno dos 6500 Amperes; para além de contar com um ou vários equipamentos mais pequenos e específicos para as tarefas de remoção de mossas e em torno dos 3000 Amperes. Também existem no mercado máquinas de soldar destinadas a danos pequenos, tipo granizo ou semelhantes, nos quais se solda a ponta de um elétrodo que posteriormente é deslocado para trás, extraindo a depressão do dano. Outras ferramentas servem-se de materiais que se colam através de adesivo e que não deterioram a pintura do veículo, e se utilizam para a extração no caso de pequenos danos, visto que apenas permitem realizar pequenas ações de tração. O material colado retira-se aplicando produtos adequados para eliminar o adesivo sem danificar a pintura. VARETAS METÁLICAS O sistema de pontas, alavancas ou varetas metálicas é utilizado para reparar pequenos danos produzidos prin-
A perícia e precisão do trabalhador, em conjunto com as ferramentas adequadas permitem obter reparações de qualidade
cipalmente por impactos de granizo, sem danificar a pintura original do veículo. Os danos reparáveis não devem apresentar um estiramento da chapa excessivo. Este processo de reparação exige habilidade e experiência no próprio processo de trabalho, sendo os trabalhos executados por técnicos especialistas. O método é fundamentado na aplicação de ligeiras pressões ou impulsos em redor do dano (face interna do dano) através das pontas das varetas até que seja conseguida a recuperação da forma. Este sistema exige o acesso pelo lado interno da chapa deformada, pelo que neste caso é necessário realizar a desmontagem de guarnições e pe81
ças que impeçam o acesso. O equipamento é constituído por um jogo de varetas produzidas com aços especiais, com diferentes comprimentos e pontas (redondas, finas pontiagudas, etc.). Também é necessária uma fonte luminosa fluorescente que permita a visualização do estado e o acompanhamento do dano. CONCLUSÃO Para a obtenção de qualidade nos processos de reparação de peças verifica-se a influência, fundamentalmente, de alguns aspetos: a complexidade dos danos, o conjunto de ferramentas disponível na oficina e a experiência e habilidade do técnico bate-chapa.
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NOTÍCIAS
PNE U S
Triangle eleita marca budget do ano
FA LKE N
Qualidade premium a baixo custo A Falken acabou de lançar o Sincera SN110, um pneu que oferece a mesma durabilidade e aderência normalmente encontradas em pneumáticos topo de gama, mas a um custo menor. Segundo o fabricante japonês, a vida útil do novo produto excede mesmo a das marcas “premium” de referência e atinge a classificação A de desempenho em condições de chuva no rótulo da UE. “A criação do Sincera SN110 é um marco importante para a Falken, pois traz algumas das mais avançadas tecnologias de
pneus para automóveis de gamas mais baixas. Com uma oferta tão atraente, esperamos que seja a escolha indicada para revendedores e utilizadores finais”, adianta Markus Bögner, COO e presidente da Falken Tire Europe. Disponível no Reino Unido a partir de março, o Sincera SN110 estará disponível em 49 tamanhos de 14 a 16 polegadas, sendo indicado para carros de médio porte, como o Ford Fiesta, Hyundai i10 ou i20, VW Golf, Fiat 500, BMW Série 1 ou o Mini. falkentire.com
A Triangle alcançou o galardão de Melhor Marca de Pneus Budget do Ano, atribuído na Gala dos Prémios Hevea, em Espanha, baseado na aceitação do produto por parte dos utilizadores finais, assim como das oficinas de pneus, que entenderam e caracterizaram a marca como um “valor seguro”. A Triangle e a Tiresur (distribuidor exclusivo para o mercado ibérico), sentem-se “profundamente orgulhosos de terem posicionado a marca ao mais alto nível, num curto espaço de tempo”. Os Triangle começaram a ser distribuídos em Espanha em julho de 2018 e mais tarde em Portugal. triangletyre.net
MICHELIN PROCESSA TRI-ACE WHEEL & TIRE A Michelin norte-americana colocou uma ação em tribunal contra a Tri-Ace Wheel & Tire Corporation e sua filial Black Bear USA, por importar e vender um pneu chinês falsificado que viola as proteções de patente do BFGoodrich All-Terrain T/A KO2. A Michelin alega que o pneu Black Bear All-Terrain II, da Tri-Ace, apresenta um design de piso praticamente idêntico ao seu e com as mesmas características. As marcações DOT no pneu Black Bear All-Terrain II indicam que o produto é fabricado na China. “Hoje em dia, o KO2 é inigualável no que diz respeito à escolha dos consumidores, com uma relevância cultural para além das “estradas” e recomendado por vários especialistas. O produto e
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Goodyear apresenta Omnitrac Heavy Duty
o seu legado representam a conquista de muitos anos de desenvolvimento técnico da Michelin”, disse Harold Phillips, diretor-geral global da BFGoodrich. “Muitos concorrentes tentaram alcançar as suas aptidões, mas falharam. A Michelin vai defender veemente o KO2 contra as falsificações chinesas e qualquer uso ilegal de nossa propriedade intelectual”. michelin.com 82
A Goodyear apresenta os pneus Omnitrac Heavy Duty, para camiões de serviço misto que operam em condições difíceis, com maior durabilidade, eficiência, quilometragem e tração em todas as condições climatéricas. A nova gama foi desenvolvida para camiões basculantes e outros pesados que operam em distâncias curtas e em exigentes ambientes de trabalho. goodyear.eu