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Protagonista Pena Miranda fala da estratégia da Sonicel e da sua carreira de 47 anos nas peças Pintura Os cuidados a ter para evitar imperfeições no acabamento
N.º 20 | JANEIRO 2014 | 2,2€
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Anecra As principais conclusões da convenção mais PARTICIPADA dos últimos anos
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sumário N.º 20 | janeiro 2014
PROPRIEDADE E EDITORA TERRA DE LETRAS COMUNICAÇÃO UNIPESSOAL LDA NPC508735246 CAPITAL SOCIAL 5000 € CRC CASCAIS SEDE, REDAÇÃO, PUBLICIDADE E ADMINISTRAÇÃO AV. TOMÁS RIBEIRO 129, EDIFÍCIO QUINTA DO JAMOR, SALA 11, 2790-466 QUEIJAS TELEFONES 211 919 875/6/7/8 FAX 211 919 874 E-MAIL OFICINA@TURBO.PT DIRETOR JÚLIO SANTOS juliosantos@turbo.pt DIRETOR ADJUNTO ANTÓNIO AMORIM antonioamorim@turbo.pt
dossier Redes de Oficina P.40
EDITOR-CHEFE CLÁUDIO DELICADO claudiodelicado@turbo.pt
É uma tendência crescente para as oficinas, à semelhança do que tem ocorrido em toda a Europa. Analisamos o estado da implementação destas estruturas em Portugal e percebemos quais as principais dificuldades na expansão.
RESPONSÁVEL TÉCNICO MARCO ANTÓNIO marcoantonio@turbo.pt REDAÇÃO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES andrerodrigues@turbo.pt MIGUEL GOMES miguelgomes@turbo.pt PAULO HOMEM paulohomem@turbo.pt RICARDO MACHADO ricardomachado@turbo.pt DIRETORA COMERCIAL ANABELA MACHADO anabelamachado@turbo.pt EDITOR DE ARTE E INFOGRAFIA RICARDO SANTOS ricardosantos@turbo.pt
5 Radar
PROTAGONISTA
Congresso Anecra. P.52 Tecnologia dos carros autonómos. P.58 Garagem Aurora. P.60
Pena Miranda- Sonicel. P.6
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REVISÃO
Novidades do mercado. P.12
REPARAÇÃO
PAGINAÇÃO LÍGIA PINTO ligiapinto@turbo.pt FOTOGRAFIA JOSÉ BISPO josebispo@turbo.pt SECRETARIADO DE REDAÇÃO SUZY MARTINS suzymartins@turbo.pt COLABORADORES FERNANDO CARVALHO GUILLERMO DE LLERA JOÃO ALMEIDA JORGE LIZARDO NEVES MANUEL GAMEIRO MIGUEL ASCENSÃO PARCERIAS CENTRO ZARAGOZA CESVIMAP 4FLEET TTT - TECHNICAL TRAINING TEAM IMPRESSÃO JORGE FERNANDES, LDA RUA QUINTA CONDE DE MASCARENHAS, 9 2820-652 CHARNECA DA CAPARICA DISTRIBUIÇÃO VASP-MLP, MEDIA LOGISTICS PARK, QUINTA DO GRANJAL-VENDA SECA 2739-511 AGUALVA CACÉM TEL. 214 337 000 contactcenter@vasp.pt GESTÃO DE ASSINATURAS VASP PREMIUM, TEL. 214 337 036, FAX 214 326 009, assinaturas@vasp.pt TIRAGEM 10 000 EXEMPLARES REGISTO NA ERC COM O N.º 126 195 DEPÓSITO LEGAL N.º 342282/12 ISSN N.º 2182-5777 INTERDITA A REPRODUÇÃO, MESMO QUE PARCIAL, DE TEXTOS, FOTOGRAFIAS OU ILUSTRAÇÕES SOB QUAISQUER MEIOS E PARA QUAISQUER FINS, INCLUSIVE COMERCIAIS
Pintura: defeitos de acabamento. P.62 Técnico Responde: Pierburg. P.66 Instalaçãode luzes diurnas. P.68 Centralinas. P.70 Passo a passo: Airbags. P.74
ESPECIALISTA
Cartões e Soluções. P.22 Eurotax. P.26 Loja das Tintas. P.28 Inforap. P.30 Impoeste. P.32 ALD Automotive. P.34 Gondochaves. P.38
8 PNEUS
RS Contreras: Novo importador Vredestein. P.77 Aguesport. P.78 First Stop. P.79 Euromaster. P.80 Megamundi. P.81
4 RAIO X
Comercial do mês: FordTransit Connect. P.46 Bosch e Yuasa. P.48 Notícias Primeiro Equipamento. P.50 Fornecedores do Jaguar F-Type. P.51
O OPINIÃO
Consultório jurídico. P.82
ESTA EDIÇÃO É OFERECIDA PELOS NOSSOS ANUNCIANTES GATES RODAPÉ CAPA
TRW PÁGINA 21
SERVIDIESEL PÁGINA 55
CONTINENTAL PÁGINA 2
SWAG PÁGINA 25
CEPRA PÁGina 59
JAPANPARTS PÁGINA 5
RPL PÁGINA 29
CESVIMAP PÁGINA 67
BLUE PRINT PÁGINA 11
LIQUI MOLY PÁGINA 37
CARF PÁGINA 71
AUTO DELTA PÁGINA 15
AMBIMOTORS PÁG. 39
TURBO OFICINA PESADOS PÁG. 73
METELLI PÁGINA 17
FUCHS PÁGina 43
BERNER PÁGINA 83
MS MOTORPÁGINA 19
KM PÁGINA 49
MERCEDES PÁGINA 84
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EDITORIAL Resolução para 2014
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sta é uma altura do ano em que, tradicionalmente, se tentam implementar as resoluções do ano novo. As ideias são sempre muitas e a cada conversa parece que se multiplicam. Procuramos sempre inventar um produto ou serviço, com a ideia de sermos únicos o que, em principio, nos traz uma grande vantagem comercial, pois estaremos sozinhos no mercado. Mas nos tempos que correm sermos únicos é difícil e implica, muitas vezes, um grande investimento. Essa opção tem que ser muito ponderada e, apesar de não dever ser descartada, muitas vezes temos que nos questionar se realmente é necessário inventar algo ou apenas inovar. Há muitos serviços, modelos de negócio e formas de gerir que podem ser refeitas de forma a serem inovadoras. Em épocas de crise como a que vivemos, em que a capacidade de investimento é inferior para as pequenas e médias empresas é, talvez, a melhor altura para inovar em vez de inventar. E inovar pode passar pelo simples facto de uma maior foco no negócio ou em comunicar mais e melhor com os seus clientes. Este mês, numa entrevista muito rica com Pena Miranda, falámos da estratégia da Sonicel, mas do setor das peças no geral. E são vários os alertas que do alto da sua experiência de cerca de 47 anos a trabalhar nas peças deixa aos mais novos. Um dos conselhos que parece mais simples mas tantas vezes difícil de aplicar é que o contacto humano continua a ser fundamental. Não é uma mera frase-feita, é o segredo dos negócios. Enviamos e recebemos centenas de emails por dia, chamadas e SMS, fazemos encomendas online e temos acesso a toda a informação no telemóvel onde quer que estejamos. Vivemos soterrados por informações que entram e saem e, muitas vezes, uma simples visita a um cliente resolve mais do que 20 emails e dá-nos uma visão diferente das coisas, mais real, no terreno. Experimente dedicar mais tempo aos clientes (e isto serve para toda a cadeia, das marcas até às oficinas) e nunca pense que já dedica o tempo suficiente a este ponto. Toda a gente gosta de atenção e de sentir o apoio dos seu parceiro de negócio e isso passa por estar com a pessoa sempre que ela precisa e não apenas através de um call center. Mas há um risco que ninguém pode correr: confundir atenção com bajulação. É essa também a nossa resolução de ano novo: Estar cada vez mais perto do mercado!
Vivemos soterrados por informações, mensagens, telefonemas e reuniões e, muitas vezes, uma simples visita a um cliente resolve mais problemas do que 20 emails e dá-nos uma visão mais real das coisas
Cláudio Delicado Editor-CHEFE claudiodelicado@turbo.pt
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Pena Miranda. “Vai ser um ano de afirmação da Sonicel”
É um dos históricos do aftermarket português, onde fez toda a sua vida profissional. É um dos rostos da Sonicel, onde aos 63 anos continua a ser fundamental, hoje como consultor. Recebeu a TURBO OFICINA com a simpatia, humildade e espírito de partilha só ao alcance dos grandes homens. As páginas são poucas para tanta experiência no setor das peças. TEXTO Cláudio Delicado FOTOS José Bispo
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om quase 47 anos de mercado de peças em Portugal, é um dos profissionais mais experientes do setor e conhece o negócio como a palma da sua mão. De paquete a diretor-geral, subiu degrau a degrau, provando que, muitas vezes, o profissionalismo e o mérito são recompensados. Fala com emoção da Sonicel, do que já ali viveu, mas também do presente e do futuro. A mesma emoção que demonstra quando fala da família e do seu Alentejo. Fizeram recentemente a convenção Sonicel, depois de três anos de interregno. Porque interromperam essa tradição? Tivemos várias reestruturações internas na empresa. A partir de 2007, tornámo-nos um grupo muito grande porque, além da parte de ar condicionado e eletrodomésticos com a Panasonic e da parte das peças com a Sonicel, o acionista decidiu adquirir a AD Logistics e isso obrigou a vários ajustes na estrutura. Houve
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uma entrada de muitas marcas e produtos e isso colocou-nos nos maiores grupos de peças em Portugal. Por exemplo, a AD e a Sonicel tinham, cada uma, o seu armazém em Lisboa e na Maia. Reestruturámos tudo e ficou um armazém em cada cidade e as duas empresas usam esse stock. Melhorámos muito o nível de serviço e conseguimos também reduzir custos. Hoje a Sonicel tem uma estrutura de apenas 16/17 pessoas. Tudo isto levou algum tempo mas agora temos a casa muito bem arrumada. Há um antes e um depois da compra da AD? Sim, porque o antes era quando a Sonicel estava isolada, mas quando há a junção com a AD Logistics, passámos a ser muito fortes no mercado. Mas as duas empresas não são concorrentes? Trabalham no mesmo mercado, mas cada uma de forma diferente, com os seus clientes próprios. A AD é mais para o cliente final, a oficina, porque tem lojas próprias e associados. A Sonicel tem os seus distribuidores ao longo do país, não tem lojas. Uma das especificidades
da Sonicel é que trabalhamos com tudo o que são grupos de serviços rápidos e redes de oficinas. Também o leque da oferta não tem nada a ver, é hoje muito alargado. Ao todo temos mais de 50 marcas no grupo. A compra da AD foi um passo muito importante, porque a AD Internacional é número um em peças na Europa. Como tem sido integrada a AD no Grupo? É fácil distinguir ambas? Funciona cada uma de forma diferente. Há sempre pequenos toques, o que é normal em quem anda no mercado. Na Sonicel temos sete homens no mercado a visitar clientes, mas as equipas comerciais são distintas. Às vezes num ou noutro cliente pode haver um pequeno choque, mas ultrapassa-se facilmente. Temos é que ganhar o mercado que existe à concorrência e não entre nós. Se é fácil de entender internamente, para o mercado é fácil perceber? Para o mercado nem sempre é fácil de entender. Mas como atuamos principalmente com os revendedores com quem trabalhamos
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Se um cliente quiser muito uma marca que é da outra empresa do grupo, é feito esse contacto porque preferimos manter um cliente no grupo do que deixá-lo fugir para a concorrência há muitos anos, as pessoas entendem que a AD trabalha para as suas lojas e associados, que vendem às oficinas. A Sonicel não anda à procura de oficinas e por isso nunca vamos chocar. Pode haver um ligeiro choque apenas entre uma loja da AD e um distribuidor da Sonicel, mas é muito raro porque as coisas estão bem definidas. Há marcas comuns? Sim, a importação é feita para as duas empresas. O serviço de compras trabalha para as duas empresas, tal como a logística. Estamos bem organizados. Qual é a política em termos de escolha das marcas que vendem? Mais de 90% das marcas que temos são de equipamento original. Nós não importamos marcas “toca e foge”, de qualidade muito duvidosa e que mudam consoante os preços. Só compramos produtos asiáticos com total garantia de qualidade. Há marcas que são AD e outras Sonicel, mas se um cliente quiser muito uma marca que é da outra empresa do grupo é feito esse contacto, porque preferimos manter um cliente no grupo do que deixá-lo fugir para a concorrência. E se temos essa marca ou peça no grupo não há razão para não a vendermos. MERCADO MAIS PROFISSIONAL O mercado tem mudado muito e há novas empresas a aparecer. Há uma renovação? Os serviços rápidos tiraram muito serviço à oficina tradicional. Um dos problemas é que não se atualizam, também porque o equipamento não é barato e têm pouca formação. Ficam, por isso, para trás. Está a notar-se uma nova geração de empresários nesta área das peças. Há poucos anos a Sonicel tinha 1200 clientes e agora temos pouco mais de 600. Mas, curiosamente, temos 80 novos clientes, na maioria gente nova no mercado. Mas também vejo com tristeza muitas casas antigas a fechar por falta de sucessão. Essa redução de clientes foi
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essencialmente por falta de pagamentos? Vender é fácil, o problema é, muitas vezes, receber. Muitos dos clientes com quem fechamos conta é porque não cumpriam as suas obrigações. Hoje ainda existem alguns, mas a malha está muito mais apertada. Se não controlamos os pagamentos temos um problema para honrar os compromissos com os nossos funcionários e também com os nossos fornecedores. Os comerciais da Sonicel sabem que temos que receber, mesmo quando isso às vezes faz com que não possam vender mais. A crise tornou o mercado mais profissional? Sem dúvida, mas a tecnologia também obrigou o mercado a ser bem mais profissional. Eu fazia correntes de distribuição com as mãos, à medida. Hoje há kits para tudo. Quando se muda uma maxila de um travão de uma roda, tem que se mudar as duas também por uma maior consciência de segurança. Havendo cuidado na identificação das peças, onde também houve uma evolução enorme, em especial com a ferramenta excecional que é o TecDoc, as coisas estão facilitadas, com muita informação e instruções de montagem. Hoje está tudo disponível num computador ou num telemóvel. Eu usava o telex para comunicar quando comecei e o meu primeiro computador usei-o em 1981. Passar da mecanografia para a informática foi um grande desafio na época. Antes o mecânico encostava a chave de fendas para dar com o barulho ou o problema. Hoje liga-se à ficha e o sistema de diagnóstico diz onde é que está a avaria. É preciso é saber usar as ferramentas. Nunca pensaram numa rede de oficinas próprias? Na Sonicel pensou-se nisso há uns anos, apoiadas em lojas próprias. Mas tivemos problemas com as lojas próprias, que correram mal e não duraram mais de dois anos. É muito complicado conseguir pessoal capaz para tomar conta de uma loja. Correu mal e fechámos esse negócio. O que aprenderam com isso?
Aprendemos que, no geral, é muito difícil arranjar pessoal capaz. Isso levou-nos a redobrar esforços internos para trabalhar melhor no mercado que temos e com a equipa de vendas e distribuidores. Tivemos cuidado e não abrimos lojas onde havia um distribuidor forte, mas não resultou. Em Portugal há uma forma muito particular de comercializar peças. A questão das casas de peças não se vê muito na Europa. Os distribuidores têm lojas, como a AD em Espanha, por exemplo. Por cá, a casa de peças vai continuar a ter a sua importância localmente, porque proporciona às oficinas um bom serviço. EVOLUÇÃO DAS OFICINAS Centraram-se apenas nos distribuidores, mas há sempre novas oportunidades... Por exemplo, temos acordos com grandes
PERFIL Pena Miranda nasceu há 63 anos em Castelo de Vide, no Alentejo. Casado, veio cedo morar para Oeiras, onde foi pai de dois filhos (um casal) e é um orgulhoso avô de duas meninas gémeas. Filho de uma família humilde, baseou a sua carreira na honestidade e no trabalho. Aos 16 anos, a 16 de janeiro de 1967, depois de chumbar na escola, o pai mandou-o trabalhar e respondeu a vários anúncios. Foi contratado para paquete, mas quando entrou na C. Santos ficou impressionado com a empresa. Foi escolhido e recebeu 400 escudos no seu primeiro ordenado e um manual da empresa que ensinava o comportamento a ter. Ficou-lhe até hoje. Arrumou peças durante um ano e ainda hoje gosta de ir ao armazém. Passou depois para o Cardex e com 18 anos era gestor de produto de linhas mais fracas. Quando foi para a tropa, em 1972, já era gestor de produto da linha mais importante: o material de motor. A partir de meio de 1973 estava de manhã no quartel e à tarde na C. Santos. Concluiu entretanto o equivalente ao 12º ano atual e a facilidade em falar francês e inglês também o ajudou na carreira. Saiu da tropa com 24 anos e passou a chefe de departamento, sempre com uma carreira em ascensão, tendo chegado a diretor-geral da Sonicel em 2000/2001, onde se manteve até se reformar, em Julho de 2011, em consequência de doença do pai, entretanto resolvida. Em finais de 2011 é convidado pelo Engº Barros Ferreira para consultor do Grupo e, nessa função, deu apoio aos associados da AD Logistics e ajudou a criar a AD Moçambique e agora está dedicado à Sonicel. Estará na empresa, pelo menos, até final de 2014. Em quase 47 anos de carreira só esteve fora da empresa 10 meses, em 1999, quando ajudou a criar a Atlantic Parts. Viajou pelo mundo todo, mas onde voltava todos os fins-de-semana se pudesse era ao seu Alentejo, “onde se respira de outra forma”.
empresas de pneus, quase todos os que fazem serviços rápidos. Um trunfo para 2014 é incentivar as empresas que têm elevadores e mão de obra subaproveitada, através de formação, a fazer também serviços simples como mudança de pastilhas de travão, óleo, filtros, discos de travão, lâmpadas ou escovas.
É preciso ir à luta e, mesmo quando as coisas correm mal e cometemos erros, temos que dar a cara. Só enganamos os clientes uma vez. Tenho assistido a tanta coisa no mercado…
Esse pode ser um grande passo mas sem grande impacto nas próprias empresas que já fizeram o investimento em equipamento e no pessoal. A tendência é que as oficinas tenham um pacote de serviços mais alargado? Exatamente. O funcionário que faz a montagem do pneu tem que ser mais versátil, nunca esquecendo a qualidade do serviço. Especialmente as gerações mais novas, que gostam de aprender e temos que os aproveitar. Ter um carro em cima de um elevador é o melhor para uma oficina, porque podem ser identificados problemas que o cliente aprecia que lhe sejam comunicados. Pode até não substituir uma determinada peça, mas é muito provável que depois volte para o fazer. Internamente temos dado muita formação, quer com o apoio dos fornecedores quer com a nossa equipa.
Como analisa a relação das oficinas oficiais com as independentes? É curioso porque, na maioria das oficinas que fazem serviços rápidos, sempre que se trata de uma reparação mais complicada, recorrem a boas relações que criam com outras oficinas, mas quase sempre independentes. Recorrer à marca é muito raro. Mas também estas mudaram muito nos últimos anos. Tiveram que reagir. Mudaram mais as oficinas oficiais de marca ou as independentes? As independentes perceberam que tinham urgentemente que evoluir, em termos de equipamento, de informação e formação, e há uma evolução muito grande. A mentalidade do “eu já sei tudo” acabou, felizmente. Mas isso exige muito mais dos fabricantes e dos importadores? Temos todos muito interesse para, em conjunto, fazermos reuniões técnicas em todo o país. Nós precisamos muito mais dos clientes do que eles de nós e essa é uma forma de estar perto deles e de os ajudar. NOVAS TECNOLOGIAS Tem como objetivo ter mais armazéns no país? Vários concorrentes vossos têm feito isso. Podemos continuar a evoluir na parte logística, onde melhorámos muitos nos últimos anos. Temos muita tecnologia e informática que nos ajuda, mas ainda conseguimos melhorar. Por exemplo, já fazemos quatro entregas diárias na Grande Lisboa e estamos a caminhar para isso também na zona do Porto onde fazemos duas atualmente. No resto do país é sempre no dia seguinte. Uma das coisas que anunciaram na vossa convenção foi uma plataforma online. Há uma aposta forte nas tecnologias? São dois passos grandes. Um já demos, que é o portal de compras, que existe há cerca de sete meses e de dia para dia a faturação aumenta. É um portal de compra e de consulta de stocks, que mostra as peças que foram substituídas, com equivalências mesmo nas marcas com quem não trabalhamos porque o TecDoc está instalado no portal. O cliente tem acesso às suas contas, aos pagamentos, etc. Foi um passo de gigante que demos. Atrasámo-nos um pouco, mas mais vale começar tarde e bem. Depois, este investimento vai culminar com um novo site, com muita informação. 2014 vai ser um ano importantíssimo e o site estará pronto já em janeiro. O próprio cliente vai ter oportunidade de falar em tempo real com os nossos serviços, para tirar dúvidas e vamos ficar ainda mais perto dos clientes. Vai ser um ano de afirmação da Sonicel e vamos pôr a empresa no sítio onde merece. Quais os grandes objetivos para o próximo ano? Temos que crescer bem sustentados, com os pés muito assentes no chão. Temos que ser competitivos e com a ajuda dos nossos
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DE CORPO INTEIRO
É um apaixonado por automóveis? Sou (pausa), mas acho que gosto mais de peças do que de automóveis. É intuitivo ou estuda a fundo as questões? Depende dos dossiês, mas não me tenho dado mal a usar a minha intuição. Decide sozinho ou gosta de ouvir? Gosto muito de ouvir, até porque temos uma equipa ótima. Gosta de desafios? Sem dúvida. Todos os dias há desafios neste negócio das peças, seja pelas chatices ou pelas viagens de incentivo da Sonicel, as melhores que se fazem em Portugal. Gosta de “pôr as mãos na massa”? Gosto muito. Ainda hoje, por “defeito de fábrica”, cada catálogo novo que entra nesta casa vejo-o de uma ponta à outra. Consegue não levar trabalho para casa? Desde que me reformei e passei a ser consultor já consigo fazer tudo cá. Tenho um pouco mais de tempo livre. Mas levei sempre trabalho para casa. Como é um dia normal de trabalho para si? Das 8 as 18h30/19 horas. Ando sempre por aqui, no armazém mas muito trabalho à secretária. Segue a política ou divorciou-se dela? Sigo. Todos os dias compro um jornal desportivo e um generalista e gosto de ver o telejornal. Gosta de futebol? Gosto muito de desporto e de futebol. Aliás, joguei futebol federado muitos anos e fui campeão nacional de juniores na Associação Desportiva de Oeiras. O que gosta de fazer nos tempos livres? Há dois anos estou mais preguiçoso mas gosto muito de andar de bicicleta, além de estar com a família e do meu Alentejo. O que mais aprecia num colaborador? A lealdade. Tem um lema de vida? O lema foi ser sempre honesto e pôr em prática a educação que os meus pais me deram. É por isso que em cada cliente tenho um amigo.
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bons profissionais e de uma administração que nos apoia, chegamos lá. Sempre fazendo uso da correção e honestidade. O objetivo passa, claro, por crescer nos consumíveis, em especial ao nível da suspensão. É curioso que em 1998 a Sonicel vendeu 199 mil amortecedores num ano. Hoje a quebra é grande, pela boa qualidade das estradas e a melhoria das peças. Os ciclos vão mudando e hoje travagem, distribuição, suspensão e lubrificantes representam uma importante fatia do negócio. Vamos também olhar para regiões onde temos pouca cobertura e procurar parceiros. Há alguma família de produtos onde podem crescer ou vir a estar e não estão? Há produtos que trabalhamos mas ainda não como desejávamos. Há muitos produtos de fraca qualidade no mercado e que vendem só pelo preço. As sondas lambda, catalisadores, filtros de partículas e todos os produtos mais ligados ao ambiente vão ser uma aposta nossa com o reforço do que já fazemos, tanto nos aspetos comerciais como de formação. A sua perspetiva é que os próximos anos sejam de crescimento? Sim, mas sustentado. Há muito trabalho para fazer, mas a equipa está ciente disso. Quando as margens eram de 45/50% as pessoas podiam relaxar um pouco. Com as margens de hoje isso é impossível. É preciso ir à luta e mesmo quando as coisas correm mal e cometemos erros, temos que dar a cara. Só enganamos os clientes uma vez. Tenho assistido a tanta coisa no mercado… EVOLUÇÃO DO AFTERMARKET Como analisa o fator preço ao longo dos anos? O fator preço é importante, mas o fator “ter” é fundamental. A disponibilidade da peça é muito importante. O ideal é ser competitivo e ter. É isso que tentamos e esse tem que ser o caminho. Com a evolução que houve nas empresas e nas comunicações, mesmo por via terrestre, nas entregas, o mercado alterou-se. O cliente hoje não é obrigado a ter um grande stock. Eles apoiam-se em nós, no importador, que tem que assegurar a disponibilidade. Quando temos uma peça esgotada é uma facada que me dão. É o pior que me podem fazer. Em vez de ter 10 filtros para um Fiat Punto hoje basta ter 2 ou 3. A casa de peças
O fator preço é importante, mas o fator “ter” é fundamental. A disponibilidade da peça é muito importante. Quando temos uma peça esgotada é uma facada que me dão. É o pior que me podem fazer.
tem que trabalhar com empresas como nós, que asseguramos disponibilidade e entregas muito rápidas. Há uma transferência de stocks para o importador. A oficina exige à casa de peças, que nos exige a nós e nós exigimos às marcas. É uma cadeia que funciona cada vez melhor e mais rápido. Antes era fácil ter stocks para 7 ou 8 meses. Hoje se temos para mais de dois meses é problemático porque o dinheiro está nas prateleiras. Por que fases passou o aftermarket nestes anos todos que leva de profissão? Nos finais dos anos 60 e até 80 existiam muitas casas importantes de peças, mas eram duas empresas: A C. Santos Comércio e Indústria nas grandes cidades e no resto do país era a Auto Lusitânia. Em 1970/1971 a C. Santos comprou a Auto Lusitânia e ficou com o monopólio. Dá-se o 25 de abril e nos anos seguintes regressam as pessoas do Ultramar. Tenho orgulho em dizer que demos a mão a muita gente e muitos deles têm hoje empresas de grande nível no setor das peças. Vieram-nos ensinar também muita coisa, tinham uma forma de trabalhar diferente, mexeram muito com o mercado, com um ritmo e uma dinâmica de trabalho muito grandes. Em finais dos anos 80 há uma grande alteração na conceção dos motores. Eramos os que mais vendíamos material de motor, era impressionante, mas os novos motores passaram a durar mais e esse mercado tornou-se mais fraco. Deixámos de ter material de motor e fomos para o material de desgaste, onde estamos hoje. Já por volta do ano 2000 formam-se os grupos de compras, algo muito importante. Nós temos as condições de um grupo que é a AD Internacional, o maior grupo de peças da Europa. Mesmo os grupos de compras portugueses estão ligados a grandes grupos europeus. Há outras condições, melhores do que trabalhar isolado. O que mais o preocupa no setor em Portugal? A situação do país começa a melhorar muito lentamente, com alguns indicadores no último semestre deste ano que mostram sinais de recuperação. A maior preocupação é o comportamento de alguns importadores no mercado, que não agem bem. Para atingirem determinados valores contratados com fornecedores fazem alguns disparates em preços e isso continua a acontecer diariamente. Há condições impraticáveis e isso não é correto mas, cada um sabe de si. Pensam em internacionalizar o negócio? A Sonicel penso que não. Do lado da AD Logistics já foi dado esse passo. Em 2012 abrimos a AD Moçambique e a loja começou a funcionar em Maputo. Está a correr muito bem. Todos os meses vai um contentor de peças. A Sonicel é uma empresa focada no mercado nacional, mas teremos sempre presente a exportação sempre que existam pedidos, por exemplo, para Angola.
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Launch Ibérica. Novo diagnóstico X-431 PRO A Launch Ibérica acaba de apresentar o novo equipamento de diagnóstico de X-431 PRO. Baseado no sistema operativo Android, o PRO pode aproveitar todo o potencial da internet para assim oferecer soluções de diagnóstico inovadoras.
TEXTO Paulo Homem
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ste equipamento foi desenvolvido para a oficina que necessita da melhor cobertura em termos de marcas e modelo, com a possibilidade de diagnosticar todos os sistemas eletrónicos do veículo e com um menu de trabalho similar ao do equipamento original do fabricante. A conetividade com o automóvel realizase via Bluetooth e a conexão à internet é feita via wi-fi ou 3G. Esta “tablet” pode ser
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usado como telemóvel, disponibilizando um monitor de 7 polegadas e uma proteção em borracha. O X-431 PRO permite à oficina conectarse com outros utentes que disponham do mesmo equipamento, para criar um círculo social de oficinas e assim discutir diferentes casos e avarias, utilizando essa informação para resolver futuras reparações de avarias. Outra função inovadora do X-431 PRO é a gestão de cliente. Com esta função a oficina pode vender ao seu cliente o terminal de diagnóstico “Golo”.
O “Golo” é um dispositivo de diagnóstico pessoal, com o qual o condutor do veículo pode realizar um diagnóstico básico da eletrónica do seu automóvel e enviar essa informação à sua oficina de forma remota a qualquer momento, o que vai ajudar também a oficina a um diagnóstico mais rápido. Este dispositivo instala-se no automóvel muito facilmente na tomada de diagnóstico OBD, enviando por Bluetooth a informação relevante ao smartphone do automobilista. A aplicação do “Golo” atualiza-se constantemente e é gratuita.
Lusilectra. Promove encontro de distribuidores Jonnesway
Krautli. Gama Valvoline NextGen amiga do ambiente
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ecorreu no passado dia 10 de dezembro no Palácio da Bolsa, no Porto, o 6º Encontro de Distribuidores de Ferramenta Jonnesway organizado pela Lusilectra SA. Este ano, a empresa contou com a presença de 38 distribuidores representando alguns dos mercados nos quais a Lusilectra está presente, tais como, Portugal, Espanha, Angola e Cabo Verde. Um dos momentos mais importantes neste evento foi a apresentação do catálogo de Ferramenta Profissional para 2014, que incluiu diversas novidades, que vem complementar e alargar a já vasta gama de produtos Jonnesway.
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Krautli Portugal, representante da marca Valvoline, já tem disponível na rede oficial da marca a nova gama de produtos NEXTGEN. Ao fim de vários anos de pesquisa e desenvolvimento a Valvoline obteve a certificação desta gama de produtos com as normas API e ACEA tal como as cartas de aprovação dos principais fabricantes auto, adequadas a cada produto e respetivas aplicações. Desta forma, a Valvoline é a primeira marca a lançar em Portugal uma gama de produtos de base reciclada devidamente aprovada e identificada com o objetivo de fazer face as necessidades dos clientes com maiores preocupações com o impacto ambiental ou para empresas que tenham por objetivo uma certificação ecológica. A gama encontra-se em fase de crescimento e tem por objetivo disponibilizar produtos de elevada tecnologia como são o caso dos
0W-20, 5W-20, 5W-30, 10W-40, não só na vertente de lubrificantes de motor para ligeiros de passageiros como também na de pesados de mercadorias e equipamentos industriais.
LAPS. Passa a representar CALIBER em Portugal
Euro Tyre. Distribui Marshal em Portugal e Espanha
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Euro Tyre acaba de anunciar, juntamente com a Kumho Tires, que passará a ser o distribuidor oficial da marca de pneus Marshal para Portugal e Espanha. Este acordo prevê apenas a distribuição de pneus para veículos ligeiros (turismo, comerciais e 4x4/ SUV) desta marca que pertence ao universo da Kumho Tires. O acordo foi assinado por In Soo Kim e Luis Hernández, diretor geral para Espanha e Portugal e diretor comercial da Kumho Tires, e por Manuel Félix, diretor geral da Euro Tyre. A marca Marshal, já comercializada em Portugal e Espanha há mais de 15 anos, será agora dinamizada pela Euro Tyre, com o objetivo de fazer crescer a sua penetração nesses mercados. A Marshal tem pneus nos segmentos de turismo, comerciais e 4x4 (e também camião).
EMM. Disponibiliza catálogo de 2014
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EMM, empresa que representa as marcas de Colad, Hamach Ronin Tools e Tander, acaba de dar a conhecer o seu novo católogo tendo em vista 2014. Especialista em todo o tipo de produtos para o setor da colisão e repintura, exceptuando a tinta, a EMM disponibiliza soluções para os seus clientes que visam o aumento da produtividade e a redução de custos de
operação. Neste catálogo de 2014 a EMM apresenta uma extensa lista de novidades quer em consumíveis quer em equipamentos, com a novidade de existirem QR Codes que permitem, através de um smartphone, aceder à informação sobre o produto e sua utilização. Mais informações sobre o novo catálogo em www.emm.com.
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Caliber Europa fundada no início dos anos 90 e uma das principais e mais respeitadas marcas de produtos car audio e entretenimento automóvel, passou no mês de dezembro a ser representada em Portugal pela Laps SA. Presente em mais de 30 países e com uma oferta de 1800 produtos, entre os quais, amplificadores, colunas, leitores de DVD portáteis, autorrádios e cablagens diversas, desenvolve em 2013, com as colunas portáteis, uma linha doméstica em resposta às novas necessidades do mercado. Segundo Alberto Cruz, SEO da LAPS SA, “a Caliber permite acompanhar as tendências e dar resposta a todos os segmentos de mercado completando todas as marcas que temos vindo a trabalhar ao longo destes 22 anos no mercado português”. janeiro 2014
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REVISÃO
John Bean. Novo topo de gama em alinhadoras
OPINIÃO
Jorge Neves da Silva Secretário-Geral da Anecra Quem hoje não investe, porque não tem condições para investir, também não assegura uma manutenção das viaturas. E esta situação dificulta de forma premente a atividade das oficinas, obrigadas a servir de garagem a automóveis que se encontram parados porque os seus proprietários não têm condições para os levantar. Este é um problema grave que temos de enfrentar, em conjunto com a revitalização do mercado de usados. Uma das alternativas que a ANECRA encontrou foi o GPL. Lutámos durante vários anos pela revisão da legislação e conseguimos. Hoje sentimo-nos bem por termos ultrapassado as vicissitudes do estacionamento e do dístico e penso que conseguiremos assegurar uma procura sustentada de veículos a GPL graças às características de economicidade, ambiente e de segurança deste produto. Por isso, e face ao novo Orçamento de Estado, espero que haja bom senso da parte dos governantes políticos, porque é preciso salientar as vantagens desta alternativa, além de que iremos colocar a trabalhar muitas empresas da área da reparação automóvel que neste momento estão com baixa atividade e que, perante esta oportunidade, podem realmente tornar viáveis as suas empresas por intermédio da transformação. Por que não conceder benefícios para transformar usados velhos e recuperá-los através do GPL, aproveitando a rede que as empresas petrolíferas estão a montar por todo o país? Necessitamos de evitar a quebra continuada do número de oficinas de reparação. Só em 2012 perdemos cerca de 1300 empresas, sobrelotadas de imposições fiscais, laborais e ambientais. Estamos a falar de micro e médias empresas, de gente muito capaz, com boas capacidades técnico-profissionais, que agora estão no desemprego. Por isso, com o aumento dos impostos e a redução do rendimento disponível das famílias, não podemos esperar outra coisa senão o crescimento cada vez mais acentuado da economia paralela, dos biscateiros da atividade, que geram uma situação de concorrência desleal e invasão fiscal tremenda. Daí a necessidade de maior fiscalização. Estamos a fazer um esforço junto das entidades competentes para que possamos fazer um levantamento das atividades ilegais. A ANECRA vai fazer tudo para que, no contexto do seu manifesto e em conformidade do que ficou acordado com os responsáveis do Governo na última convenção, possamos trabalhar com seriedade e encontrar soluções capazes de enfrentar o estado recessivo do setor.
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ara garantir a manutenção da sua liderança em alinhadoras com tecnologia de imagem, a John Bean, representada em Portugal pela Domingos & Morgado, lançou o topo de gama da nova geração de alinhadoras 3D, a V3400 ARAGO X-Cel. Com a nova alinhadora V3400 ARAGO X-Cel, a John Bean foi ainda mais longe, eliminando todas as ligações por cabo presentes entre a Consola de Comando e as Colunas das Câmaras. No novo sistema V3400, a transferência de dados é totalmente efetuada por Bluetooth. Como consequência disso, a máquina tornou-se transportável, podendo ser utilizada em vários postos de alinhamento, sem necessidade da qualquer tipo de calibração.
Europeças. Disponibiliza filtros e pastilhas Comline
Kenotek. Obteve a importante certificação da VDA
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Europeças passou a ter disponível na sua extensa gama de produtos, as pastilhas de travão e os filtros da empresa britânica Comline. Ao nível dos filtros a Europeças passa a disponibilizar um linha completa para veículos europeus, japoneses e coreanos para óleo (incluindo referências ECO), ar, combustível, habitáculo (incluindo oferta com carvão ativo). As pastilhas da Comline têm certificação ECE R90, uma norma que exige que o produto seja testado e que os resultados, face ao equipamento original apresentem um desvio inferior a 15% (esta norma exige que o produto seja distribuído em embalagens seladas). Também nas pastilhas, a Comlime, através da Europeças, disponibiliza uma gama muito completa. Ao todo, em filtros e pastilhas, passam a estar disponíveis mais de 2.000 referências, que estão também presentes no TecDoc (a Comline é fornecedora oficial de dados do TecDoc).
Cid Lines, através da sua representada Kenotek tornou-se recentemente o primeiro fabricante belga de produtos químicos para lavagem de veículos a obter o selo de qualidade alemão “classe A” pela organização VDA - Associação Automóvel Alemã (organismo equivalente ao nosso ACP – Automóvel Clube de Portugal). Com distribuição já em 42 países, incluindo Portugal, a classificação “classe A” confirma a qualidade e eficácia dos produtos Kenotek, certificando que é seguro para a instalação de lavagem de carros e para o veículo. É também seguro para usar até mesmo sobre a pintura mais sensível e sobre a “chapa” de veículos novos. Ao todo foram 22 os produtos da vasta gama disponibilizada pela Kenotek a obterem esta classificação “classe A”, que assim atendem às rigorosas exigências e padrões de qualidade estabelecidos pela organização alemã.
Motul. Lubrificantes para “japoneses” com filtros de partículas
Fuchs. aprovação para Mercedes no Titan GT1
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Fuchs, um dos principais fabricantes mundiais de lubrificantes para primeiros enchimentos, de modo a acompanhar as evoluções e necessidades dos novos motores, acaba de obter uma nova aprovação para o Titan GT1. Desse modo o conhecido produto Titan GT1 PRO C-4 SAE 5W-30, obteve a aprovação oficial da Mercedes Benz, MBAPPROVAL 226.51. Esta aprovação surge devido aos novos motores diesel OM 607 com tecnologia Renault. O Titan GT1 PRO C-4 SAE 5W-30 possui como especificações e aprovações o ACEA C4; MB- APPROVAL 226.51; RENAULT RN 0720.
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Motul acaba de lançar no mercado um novo produto, o Motul 8100 Eco-clean 0W30, que solidifica a sua posição como o fornecedor mais completo de lubrificantes da Europa cobrindo 100% das exigências dos fabricantes de motores a nível Mundial. O Motul 8100 Eco-clean 0W30 é um lubrificante desenvolvido especialmente para fazer face à recomendação dos fabricantes Honda, Toyota, Subaru e Suzuki, que impõem um lubrificante que combine a norma ACEA C2 (compatível com conversores catalíticos e filtros de partículas diesel – DPF) e uma viscosidade 0W30. Este grau de viscosidade origina uma alta poupança de combustível ”Fuel Economy” e garante assim a durabilidade dos motores a gasolina e diesel de ultima geração, produzidos a partir do ano 2006. Exemplos de aplicações OEM para o produto
Motul 8100 Eco-clean 0W-30 são os motores Honda 2.2L CDTI e i-DTEC; Toyota 2.0L e 2.2L D4D; Subaru 2.0L D e Suzuki SX-4 S-Cross 1.6L DDIS. Trata-se de motores EURO IV e EURO V equipados com sistemas de escape altamente sensíveis. Produto amigo do ambiente, este tipo de lubrificante permite a redução do consumo de combustível, minimizando a emissão de gases (CO2) e minimizando o efeito de estufa.
SWAG. Nova imagem publicitária
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finalmente desvendada a alma dos produtos SWAG na sua forma mais bela. A essência dos produtos é materializada na nova campanha publicitária, onde são utilizadas oito temáticas que representam, entre outras, as gamas de motor, direção e suspensão, travagem e lubrificantes. O foco e a imagem da marca
são reforçados pela nova campanha, onde o público alvo, obtém uma melhor perceção e são transportados para os valores da marca SWAG, através da combinação de imagem e texto. Desde 1954, a SWAG fornece peças automóveis ao pós-venda independente. Dispõe de uma abrangente gama de 14.000 referências para todos os veículos Europeus, onde se destacam as gamas de motor, direção e suspensão, travagem, sistema elétrico, lubrificantes e aditivos e SWAG Extra. Sempre com qualidade equivalente ao equipamento original. A SWAG pertence ao grupo bilstein.
Liberty Auto. Abre 17º centro, agora em Braga
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cidade de Braga passou a contar com um Centro Liberty Auto (CLA), sendo o décimo sétimo que a Liberty Seguros passou a integrar na sua rede de centros. Este novo centro, localizado nas instalações da Caetano Auto S.A., no Lugar de Vila Nova – Nogueira, em Braga, à semelhança dos anteriores, vai prestar serviços ao cliente e terceiros que estejam envolvidos em acidentes de viação, permitindo a regularização integral de um sinistro automóvel num único local, de forma rápida, cómoda e mais transparente. Este espaço CLA representa um passo muito importante na consolidação da presença da Liberty Seguros na zona norte do país. Esta parceria da seguradora com a Caetano Auto permite reforçar com mais uma unidade a sua rede de Centros Liberty Auto.
22 REVISÃO FOI NOTÍCIA QUE... … a rede Create Business inaugurou mais uma A Oficina, neste caso em Viana do Castelo com o nome de Parcelmotriz. O desenvolvimento desta nova A Oficina na rede esteve a cargo da Norparts. …Num processo de cariz anual, os clientes Ford voltaram a pronunciar-se sobre o trabalho desenvolvido pelos concessionários ao longo do ano de 2012. A Ford Lusitana acaba de distinguir a CAM Lisboa, FIAAL (Faro), Hermotor (Guimarães), Ilha Verde (Ponta Delgada), Louresfor (Loures) e MCoutinho Porto, Concessionários que viram o seu trabalho enaltecido pelos respectivos clientes em reconhecimento dos elevados padrões de serviço prestados e que vão desde a aquisição de um veículo novo, até à assistência em pós-venda. … a rede de oficinas Vulco, em parceria com o Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA), apostou na formação dos colaboradores do Centro Vulco Pneufurado ao promover um curso em e-learning sobre veículos elétricos. … a Europeças continua a sua política de crescimento e de abertura de unidades de retalho em diversos pontos do país, reforçando neste momento a sua presença na grande Lisboa. A nova unidade de negócio da Europeças situa-se na Estrada do Zambujal na Amadora (Alfragide) , podendo ser contatada através do 214 725 460.
Eternity. Al Dobowi escolhe “ibéria” para lançar nova marca na Europa
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Eternity é a nova marca do Grupo Al Dobowi para o mercado europeu de pneus, que optou pelos mercados de Espanha e Portugal para a sua primeira fase de comercialização no continente europeu. Esta é uma marca que se caracteriza pela excelente relação entre qualidade e preço, assim como a sua ampla cobertura de dimensões. A Eternity, que existe há vários anos noutros continentes, estreia-se em Portugal com quatro modelos: Ecopeak, Ecosade, Ecology e Ecovive, destinados ao segmento médio confort e altas prestações. Os novos modelos contam um desenho muito atual e com uma gama de dimensões em linha com as
necessidades do mercado. Progressivamente serão lançados no mercado novos pneus para ligeiros, 4×4 e comerciais, além de uma gama de pneus para camiões, que deverá estar disponível durante o próximo ano. No que diz respeito à estratégia para o mercado ibérico, Jorge Crespo, diretor-geral da Al Dobowi para a Europa, reconhece que “este é um processo muito pensado, porque queremos associar-nos a distribuidores que entendam muito bem a filosofia da Eternity e que sejam capazes de transmitir adequadamente aos seus clientes as razões que fazem do pneu Eternity um produto de grandes prestações”.
Liqui Moly. Quer levar jovem Rúben Silva ao topo
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… a ContiTech decidiu renovar o autocolante onde é documentada a substituição das correias dentadas. Além da quilometragem e da data de substituição da correia dentada original ContiTech, pode agora assinalar-se também que componentes foram substituídos na globalidade. Esta alteração permite às oficinas um seguimento mais preciso. No verso são apresentadas imagens que mostram como o autocolante de serviço deve ser manuseado. … a Bridgestone revelou a segunda geração do seu pneu “Air Free ” no 43º Tokyo Motor Show 2013. As mais recentes melhorias, concebidas para o “Air Free Concept”, representam um passo à frente para a Bridgestone no desenvolvimento de um pneu sem de ar comercialmente viável. … a Transporta – GO Express passou recentemente a disponibilizar ferramentas de pré-agendamento das entregas, bem como serviços de pós-venda às respectivas respetivas empresas clientes. São três serviços personalizados (GO SMS, Go Agenda e Pós-venda GO), disponíveis para ativação em envios B2C e B2B. … a Axalta Coating Systems realizou recentemente o seu Simpósio Anual Global. Mais de 100 investigadores da Axalta, provenientes de mais de dez países, participaram no simpósio a fim de apresentarem as suas descobertas, novas tecnologias e novos produtos.
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ligação da Liqui Moly ao desporto automóvel já é conhecida, onde se destaca a presença com o Team Englster no Campeonato do Mundo de Turismo (WTCC). Porém, a Liqui Moly tem uma presença igualmente importante ao nível do desporto automóvel nos países onde comercializa os seus produtos, como é o caso de Portugal. Em 2014, a Liqui Moly vai estar presente no karting, com um projeto que vai ao encontro aos valores da marca, apoiando o jovem de 10 anos Rúben Silva. Nos próximos dois anos, Rúben Silva vai estar a disputar os campeonatos de karting em Portugal e Espanha (em diversas competições e troféus), onde espera voltar a obter os resultados que já alcançou nas pistas portuguesas, onde foi vencedor, por exemplo, da Taça da Portugal em 2012 e 2013. “Somos uma marca dinâmica, lutadora e vencedora. É isso que esperamos do Rúben Silva que vai levar a imagem da Liqui Moly nos desafios que vai enfrentar em 2014. O objetivo é potenciar a imagem da Liqui Moly mas também a carreira de um jovem promissor”, referiu Sadhna Monteiro, da Liqui Moly Portugal.
ContiTech. bombas de água próprias no seu programa
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ContiTech alargou a sua competência para o campo das bombas de água. A empresa deixou de adquirir os componentes a um fornecedor e passou a mandar fabricar as bombas de acordo com as suas próprias especificações. Por isso, as bombas de água incluídas no kit das correias dentadas com bomba de água ostentam agora a rotulagem da ContiTech. A substituição simultânea de
componentes como, por exemplo, a bomba de água, garante segurança máxima para o motor. Nos próximos meses, será possível encontrar no mercado, tanto kits de correias dentadas com bomba de água com a rotulagem antiga, como com a rotulagem nova. Destaque ainda para o catálogo de produtos 2014/2015 da ContiTech Power Transmission Group, já disponível.
AZ Auto. Amortecedores de mala Junior
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AZ Auto acaba de incorporar no seu portfólio de marcas a Junior Gas Spring, fabricante e distribuidor de amortecedores de mala. Trata-se de uma marca que se dedica exclusivamente ao segmento dos amortecedores a gás, para uso tanto no setor automóvel como na indústria em geral. A sua linha de produtos garante a cobertura de 95% do parque automóvel e baseia-se num
sistema inovador, protegido por patente, que permite o desenvolvimento de amortecedores de mala por medida e carga (tolerância de cerca de 15%) exatas, bem como, por terminais do tipo OE. Situada no sul de Espanha (Sevilha), a fábrica da Junior Gas Spring, prima pela elevada fiabilidade de fabrico, onde se destaca a capacidade de produzir e entregar amortecedores feitos “à medida” no prazo de 72h.
Corteco. gama completa de retentores
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Grupo Freudenberg é um dos líderes mundiais na fabricação de retentores, disponibilizando uma gama muito completa de retentores da marca Corteco. A novidade é que neste momento a Corteco disponibiliza mais de 5.000 referências de retentores para aplicações tão distintas como cambotas, válvulas, diferenciais, rodas, entre outros.
O retentor é uma peça simples mas que cumpre uma função vital na mecânica de qualquer veículo, pelo que a qualidade do produto verifica-se nos materiais usados na sua construção e na consequente estanquicidade do mesmo. O representante em Portugal da Corteco é a José G. Neto, Lda.
RPL. novo website de notícias
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RPL Clima tem vindo a apresentar uma série de novidades que permitem que a empresa de Albufeira consolide a sua posição no mercado como especialista de peças ao nível da climatização automóvel. Uma das mais recentes novidades é o lançamento do website www.rplclimanews. com onde a empresa pretende colocar um conjunto de informação dispersa sobre a sua atividade e sobre as suas representações. Neste website terá acesso a notícias, às promoções que vai lançando como também às newsletters que vai apresentado para o mercado sobre climatização e produto de climatização auto.
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REVISÃO
3M. Sistema revolucionário Perfect-it Denibbing
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3M desenvolveu um sistema para o aumento da produtividade da pintura automóvel nas oficinas, o Perfect-it Denibbing. Ao contrário das técnicas e ferramentas tradicionais de acabamento de pintura, o sistema Denibbing minimiza o risco ao lixar a cobertura quando se removem os defeitos causados pela sujidade. Permite adequar-se ao acabamento e textura OEM para resultados verdadeiramente incríveis. A mini-lixadeira sem fios contém discos Trizact, que lixam de forma consistente e precisa as imperfeições e minimizam a dimensão das reparações.
Bosch. Celebra 25 anos das unidades de diagnóstico KTS
Roberlo. Filial portuguesa celebra 20º aniversário
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filial portuguesa da Roberlo celebrou o seu 20º aniversário. Constituída em 1993 foi a primeira filial da marca no estrangeiro. Esta efeméride foi celebrada no dia 23 de novembro com um ato oficial que teve lugar na sede da empresa, em Albergariaa-Velha, no distrito de Aveiro. Neste evento a direção-geral da Roberlo entregou uma placa comemorativa na qual se pode ler uma frase que representa na perfeição o caráter e filosofia da empresa. Numa analogia ao futebol a placa diz: “Os bons jogadores ganham jogos, mas só as boas equipas ganham os campeonatos”. A cerimónia mostrou também a importância que Portugal tem para a Roberlo, para a qual é tão importante abrir
novos mercados como reforçar a presença da marca naqueles onde já está presente há muito tempo. O objetivo é continuar a oferecer soluções e fidelizar os clientes habituais, sem os quais não era possível continuar a crescer. O objetivo é manter a confiança destes clientes por muitos anos, explica a marca em comunicado. As instalações da Roberlo Portugal situam-se muito perto do Porto e esta filial foi dirigida, desde o seu início, por Fernando Machado, contanto atualmente com uma equipa de 11 funcionários.
Elparts. Fusíveis mais pequenos com os novos “Micro”
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o celebrar 25 anos de KTS, um dos diagnóstico mais conhecidos do mercado, a Bosch reuniu um dossier completo com as estatísticas sobre este equipamento. Desde 1988 foram comercializadas 175,000 unidades deste dispositivo, sendo que aproximadamente 60.000 oficinas utilizamno em conjunto com o software ESI[tronic]. A primeira unidade chamava-se KTS300 e fez da Bosch um dos primeiros fabricantes a desenvolver e disponibilizar equipamentos de diagnóstico para oficinas independentes, tendo evoluído muito ao longo dos anos.
Cromax. Amplia gama de cor pronta para base Bicamada
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Cromax ampliou a sua gama de cor pronta para a Base Bicamada Cromax Pro, através da introdução do WB-9908 Super Jet Black. Esta cor sólida, escura, de preto profundo, foi especialmente formulada para a repintura de veículos como o Toyota/Lexus 202, cor Preto/ Preto Ônix. A cor preto profundo, escuro e sólido – assim como diversas tonalidades desta cor – tornaram-se cada vez mais populares. A nova cor pronta WB-9908 para a Base Bicamada Cromax Pro atende à procura por uma versão mais sólida, escura e profunda da cor.
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om o objetivo de continuar a liderar o mercado no que à tecnologia diz respeito, a Elparts acaba de lançar uma nova gama de fusíveis ainda mais pequenos – uma “necessidade do setor” de acordo com o próprio fabricante, considerando que os consumíveis elétricos são cada vez mais utilizados nos motores dos veículos modernos. Os fusíveis de menor dimensão permitem que os múltiplos circuitos que os compõem possam ser colocados nos espaços mais pequenos e suportar condições
rigorosas de temperatura e ambiente. Estes novos elementos estão já em uso em marcas tão distintas como a Chrysler, a Fiat e a Ford e outras devem seguir-lhes nos próximos tempos, afirma a divisão da Herth+Buss. Os novos Micro2 com pontos de contacto em prata resistem melhor ao calor e estão disponíveis nas versões 5A; 7,5A; 10A; 15A; 20A; 25A e 30A, enquanto os Micro3, com três pontos de contacto como o nome indica, se encontram à venda nas versões 5A; 7,5A, 10A e 15A.
Beru. Novo catálogo de Bobinas de ignição
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Federal Mogul acaba de disponibilizar o catálogo completo (CATBU1304) que inclui todas as bobinas de ignição e módulos Beru com qualidade de equipamento original. Este catálogo apresenta uma gama abrangente com mais de 400 tipos de bobinas de ignição, que podem ser instaladas em mais de 6800 modelos diferentes de veículos. Na Europa, as bobinas de ignição Beru podem ser instaladas em mais 130 milhões de veículos a gasolina registados. A novidade neste catálogo são
também os 116 tipos de bobinas de ignição disponíveis e as novas 15 bobinas de ignição para a gama do mercado de reposição. Neste catálogo estão disponíveis as equivalências OE com o mercado de reposição e com a concorrência. Outras funcionalidades deste catálogo são os códigos curtos para pesquisa fácil, embora continue a ser possível encomendar com a antiga referência de encomenda Beru – 5 000 004 016. Mais informações em beru.federalmogul.com.
Mann-Filter. Apresenta novo filtro diesel
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Mann-Filter acaba de lançar para o mercado de reposição uma nova geração de filtros diesel que ajuda no arranque dos veículos diesel mesmo quando as temperaturas exteriores são muito baixas. Trata-se de um filtro diesel inovador que possui um elemento de aquecimento integrado da Mann-Hummel que sobe o limite de temperatura de filtrabilidade em 8 graus, garantindo dessa forma o arranque a frio. O fabricante do filtro já produz este componente em série para automóveis de passageiros Mercedes-Benz e vans comerciais, estando disponível no mercado de reposição desde este mês de dezembro.
Clarion. Sincronização total com smartphones
Facom. Nova chave de filtros de óleo
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marca japonesa de produtos car-audio Clarion distribuída em Portugal pela LAPS SA, integra nos seus autorrádios um conjunto de aplicações que veem revolucionar a condução. Estar sempre presente nas redes sociais e partilhar conteúdos sem tirar as mãos do volante e os olhos da estrada, são algumas das possibilidades do novo serviço Smart Access. A plataforma desenvolvida num sistema “nuvem”, único em Portugal, permite que as informações sejam constantemente atualizadas e que o condutor tenha acesso às informações mais recentes. As aplicações desenvolvidas pela Clarion, disponíveis para iPhone e Android, como o FB4car, News4car e Drivesuite4car permitem o acesso a redes sociais, notícias e informações meteorológicas sem comprometer a condução visto serem otimizadas para o funcionamento no automóvel e condução segura. Já estão disponíveis novas aplicações desenvolvidas por programadores que estão a aderir ao Smart Access revolucionando a condução. O Smart Access está a ser considerado como “um pequeno passo para o futuro” e está já disponível em Portugal nos modelos FX503 e NX503.
Facom lançou o novo conjunto de duas chaves para o filtro do óleo que se ajustam automaticamente para se adaptarem a todas as marcas e modelos de filtros de óleo mais populares. É a primeira chave deste género no mercado automóvel. Esta chave para o filtro do óleo possui um sistema inovador de auto ajuste que reduz o erro no processo de remoção e ainda o tempo e esforço dispendido nesta tarefa. Equipada com fortes dentes que se auto ajustam para uma melhor adaptação, a chave é colocada sobre o filtro do óleo com uma mão enquanto o roquete é posicionado e orientado com a outra. A ação de retoma do filtro com o roquete, provoca que os dentes da chave se contraiam até que se obtenha um ajuste perfeito, momento a partir do qual basta a ação do efeito do roquete para a remoção do filtro. As duas chaves para a remoção do filtro do óleo que compõem o “set” abrangem filtros com dimensões entre os 60 mm e os 100 mm, e mais importante, após a remoção, é o facto dos filtros ficarem retidos, permitindo a sua eliminação fácil e promovendo a limpeza.
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REVISÃO
Top Truck. Monta sistema Retrofit para controlo de emissões em pesados
Rede Rino. formação em limpeza de Filtros de Partículas
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través de uma parceria com a Liqui Moly, a Rino, desenvolveu duas ações de formação, uma em Lisboa e outra no Porto, proporcionando aos profissionais desta rede conhecimentos na área da limpeza do Filtro de Partículas, um problema cada vez mais comum nos automóveis modernos. Estas sessões decorreram no passado dia 5 de Dezembro em Lisboa, e a 10 de Dezembro na cidade do Porto, e contou com o apoio da Liqui-Moly. Com uma grande adesão entre os responsáveis e os mecânicos da rede, a formação serviu para aprofundar conhecimentos sobre os procedimentos corretos a cumprir neste serviço de reparação específico, bem como, para explorar os principais motivos que estão na origem deste tipo de avaria.
Metelli. contrato com ATR
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Rede Top Truck foi escolhida devido à sua competência técnica, como parceira na montagem e teste de um sistema Retrofit para controlo de emissões poluentes para veículos pesados. O equipamento comercializado em Portugal pela Civiparts, foi instalado na Top Truck Maia e possui tecnologia de ponta que permite que viaturas EURO 2, passem a ter um nível de emissões poluentes de acordo com a norma EURO 5. O conjunto inclui uma panela de escape específica com filtro de partículas, um depósito para o aditivo e uma centralina de controlo que permite, para além da gestão
de todo o sistema, interagir com o condutor indicando a necessidade de efetuar uma regeneração do filtro. Assim e através de um baixo investimento, as empresas têm a possibilidade de converter viaturas da sua frota, seja camião ou autocarro, em viaturas com um nível de emissões EURO 5 e, consequentemente, permitir o acesso a zonas limitadas dentro das cidades ou países europeus. Existe ainda a possibilidade de – em condições especiais – aceder a reduções fiscais uma vez que as emissões poluentes de uma determinada frota são drasticamente reduzidas.
Leonet Servis. lâmpada de iluminação Elwis
DT Spare Parts. Novo catálogo de peças volvo
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Elwis, reconhecida empresa dinamarquesa especialista em iluminação, apresenta no mercado português um novo produto, a lâmpadas para oficinas Light Power. Esta nova ferramenta mais não é do que uma lâmpada profissional para todo o tipo de trabalhos numa oficina de automóveis. Como características principais do Light Power destaque para o seu desenho ergonómico, iluminação LED muito potente (6000K), cabo com 5 metros, íman muito potente na traseira, robustez de construção (coberta de borracha ABS e lente protegida com policarbonato) e gancho giratório de 360º.
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marca DT Spare Parts acaba de apresentar o novo catálogo de peças de reposição adequadas para os pesados Volvo FH/FM/ FMX/NH. Com mais de 470 novas peças de reposição a oferta adequada para veículos das séries Volvo FH/FM/FMX/NH 9/10/11/12/13/16 foi ampliada de forma abrangente. O catálogo contém em 884 páginas mais de 3.400 diferentes peças de reposição da marca DT Spare Parts que substituem 6.400 números de referência. Para todos os artigos o catálogo de peças de reposição-DT contém informações detalhadas do produto em sete línguas. O produto apropriado pode ser encontrado sem problemas através da tabela de referências cruzadas.
Metelli assina um novo contrato para o ano 2014 com a ATR, importante rede distribuidora alemã do mercado do pósvenda, tornando-se oficialmente fornecedora IPAS – International Preferred ATR Supplier – de toda a sua linha de transmissão. Esta é uma conquista de extrema importância, que confirma a qualidade e fiabilidade da marca Metelli, que fornece bombas de água à ATR há já vários anos e, graças ao fortalecimento desta relação, a empresa de Bréscia foi agora nomeada também fornecedora IPAS de peças de transmissão. A Metelli Spa conta com mais de 2.100 códigos de referência, que incluem juntas, eixos cardans e foles de proteção, cobrindo mais de 1.150 modelos de veículos diferentes.
Roady. António Jacinto lidera a nível internacional
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ntónio Jacinto acaba de ser nomeado Presidente do Conselho de Administração do Roady cabendo-lhe a gestão internacional da insígnia do grupo Os Mosqueteiros especializada em serviços e soluções para o setor automóvel. A nomeação, que marca a primeira vez que um português assume o cargo, assinala uma aposta estratégica do grupo na insígnia Roady. O grupo Os Mosqueteiros detém atualmente 32 centros Roady em Portugal e 125 em França.
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ESPECIALISTA
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Cartões & Soluções. Fidelizar realmente os clientes
O tema da fidelização de clientes nunca esteve tão atual como agora no aftermarket. Muitos falam dela mas poucos realmente a trabalham. A empresa Cartões & Soluções pode dar uma ajuda efetiva na forma como pode fidelizar o cliente. Já ouviu falar do Autocard? TEXTO Paulo Homem
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CaraCterísticas do Autocard São diversas as características que o Autocard possui, destacando-se as seguintes: Implementação de uma política de benefício cartão / cliente muito versátil (pode ser pontos em cartão, desconto em cartão ou cartão précarregado); Parametrização e customização do perfil do cliente (por grupo / perfil / viaturas); Compatibilidade e integração com os softwares de gestão existentes (em ambiente Windows); Sistemas de alertas automáticos (via sms) de aniversário / inspeção automóvel / revisões / mudanças de pneus / alinhamentos, etc.... Indexação de campanhas exclusivas e automáticas por grupos de cliente e aniversários; Gestão otimizada da base de dados com especificação fina do perfil da procura Relatórios / gráficos e mapas (da atividade / vendedores / clientes )
Contactos Responsável Armando Duarte Telefone 917 608 921 Email armando.duarte@cartoesesolucoes.com Website www.cartoesesolucoes.com
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uando dá desconto ao seu cliente, porque razão não torna isso num benefício ainda mais efetivo para si? Se o cliente acumular esses descontos num cartão, ele voltará novamente à oficina para consumir e levar outros descontos no cartão. A lógica é a mesma dos hipermercados, mas a Cartões & Soluções está agora a aplicá-la nas oficinas através da solução Autocard. A Cartões & Soluções é uma empresa com mais de 15 anos de experiência no setor da fidelização de clientes. A sua extensa carteira de clientes, alguns deles de referência a nível nacional, são hoje empresas que apostam muito na fidelização, operando em setores muito distintos entre si (alimentar, restauração, farmácias, etc). Depois de, pelo menos, dois anos de estudo das necessidades do setor oficinal em termos de fidelização, a Cartões & Soluções tem agora uma resposta segmentada para esta área,
através precisamente do Autocard. O Autocard é, por definição, um software de fidelização específico para o aftermarket, que beneficiou da experiência da empresa no desenvolvimento de soluções na área da fidelização para os diversos setores de atividade. Fidelização e CRM A solução de fidelização Autocard assentou o seu desenvolvimento em dois pilares fundamentais. Por um lado, a possibilidade
A LÓGICA É A MESMA DOS HIPERMERCADOS, MAS A CARTÕES SOLUÇÕES ESTÁ AGORA A APLICÁ-LA NAS OFICINAS ATRAVÉS DA SOLUÇÃO AUTOCARD
de implementar uma política de benefício por meio de um cartão cliente (onde podem ser convertidos descontos/pontos ou valor), numa lógica de benefício para uma compra futura (semelhante ao que existe nos hipermercados) e, por outro lado, na potencialização das bases de dados, através de mecanismos automáticos, intuitivos e de extraordinária versatilidade, que permitem a potencialização de mais oportunidades de negócio e, sobretudo, permitem à oficina (ou mesmo a uma casa de peças) ter uma capacidade única de se antecipar à sua concorrência através de um conhecimento próximo e atualizado daquelas que são as necessidades do cliente. O Autocard pode ser instalado em qualquer computador e é fornecido com um conjunto de cartões (1000), sendo adaptável à realidade de cada oficina. Segundo a Cartões & Soluções o Autocard faz a integração da informação janeiro 2014
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com qualquer sistema de faturação, isto é, o Autocard consegue retirar toda a informação necessária de qualquer software, utilizando essa informação de uma forma completamente direcionada à vertente de marketing. É uma solução que gera também relatórios de marketing, podendo, de uma
Hugo Maciel Dep. Comercial e Marketing da Cartões & Soluções
Porquê fidelizar?
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forma muito simples, saber quais são os clientes mais lucrativos. Com esta solução pode, permanentemente, utilizar o SMS como ferramenta de marketing e segundo os critérios que defina. Esta ferramenta não tem custos adicionais (qualquer plafond de dados tem atualmente
SMS gratuitos) pelo que pode promover produtos ou serviços e até incentivar as compras. Em suma, o Autocard é uma poderosa ferramenta de comunicação com o cliente que permite vender o produto certo, ao cliente certo e no momento certo.
No aftermarket português, um pouco à semelhança do que já acontece por essa Europa fora, nunca a temática da fidelização de clientes ganhou tanta relevância como nos dias de hoje. Na verdade, a conjuntura económica deste setor, em profunda reestruturação e em queda desde 2009, num quadro de uma concorrência cada vez mais competitiva e que responde ao mercado em tempo cada vez mais curto, tem ditado a necessidade das empresas deste sector adotarem uma relação com os seus clientes cada vez mais próxima, envolvente e presente, por forma a conquistarem a sua fidelização, por um lado, e a aumentarem as oportunidades de venda, por outro. No plano da gestão as empresas só têm três formas de aumentar (senão mesmo manter) a sua faturação: aumentar o número de clientes; aumentar a margem de lucro; aumentar o valor gasto por cada cliente. Se, relativamente às primeiras duas formas, a resposta surge como óbvia, a grande questão que se coloca é: como podem as empresas aumentar o valor gasto por cada cliente? A resposta a esta questão leva-nos, num primeiro momento, à questão da importância da fidelização e, num segundo passo, em saber como implementar um sistema eficaz de fidelização. O facto de na década transata no aftermarket nacional se ter assistido a um crescimento à média de 5% ao ano, levou a que a grande maioria dos operadores e agentes deste setor de atividade dessem por garantida a questão da fidelização, porquanto o cliente ia aparecendo. Porém, desde 2009 que o quadro se alterou significativamente. Na verdade, não obstante o nosso parque automóvel continuar estável, na ordem dos 5 milhões de automóveis; de sermos, em termos médios, um dos países com maior quilometragem média anual por automóvel, cerca de 13000 km/ano; de a quebra de vendas
de viaturas novas ter sido compensada pelo aumento da vida útil do automóvel (em média com 10,1 anos); de a taxa de encerramento ter aumentado (mesmo aparecendo as oficinas ilegais), o certo é que a atual crise tem levado a um decréscimo acentuado da procura por força, naturalmente, de um adiamento cada vez mais frequente dessas idas à oficina, levando o desgaste do veículo ao limite, além de se ter assistido à diminuição do valor gasto, em termos médios, pelo consumidor na manutenção da viatura. De resto, nem mesmo a emancipação do direito à reparação parece ter sido uma virtualidade para as oficinas multimarcas. Pelo contrário, o facto de as marcas de automóveis se encontrarem numa crise sem paralelo levou a que o setor da manutenção fosse encarado por estas como a única forma de garantir a subsistência, entrando as suas oficinas num mercado onde tradicionalmente não operavam (na manutenção das viaturas fora da garantia) com preços muito competitivos, o que amplificou também a oferta neste segmento (com uma oferta extraordinariamente qualificada). Este quadro competitivo e a atual conjuntura económica trouxeram ao de cima a importância fundamental que a fidelização de clientes passou a ter neste setor e o investimento marginal nas empresas deste setor é hoje sentida como prioridade estratégica. Na verdade, a questão nos dias de hoje colocase não tanto em saber se vamos conquistar mais clientes mas, sobretudo, o que devemos fazer para não perder os que temos. É certo e sabido que o custo de fidelizar é bem menor do que angariar novos clientes ou, dito de outra forma, é sempre bem mais fácil vender um terceiro produto a quem já comprou dois do que vender um a quem ainda não comprou nenhum.
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EurotaxGlass’s. Detalhar a informação As novidades nas plataformas de orçamentação e dados não param de acontecer. A EurotaxGlass´s lançou muito recentemente o RepairEstimate G2G, uma nova evolução desta solução que detalha muito mais a informação. TEXTO Paulo Homem
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m Setembro de 2011 a EurotaxGlass’s lançou um novo Centro de Desenvolvimento de Dados em Madrid. Este investimento teve como principal objetivo a melhoria significativa da qualidade dos dados da sua aplicação de orçamentação, o EurotaxRepairEstimate. Hoje em dia trabalham neste centro mais de 120 técnicos, especializados no tratamento de dados. Passados dois anos de desenvolvimento e como resultado do investimento feito no novo centro, a EurotaxGlass’s lança agora a nova geração da sua aplicação de orçamentação automóvel, “EurotaxRepairEstimate G2G”. A sigla G2G, que significa “Gráficos de Segunda Geração”, realça a grande transformação gráfica que esta aplicação sofreu. Passou-se de um sistema baseado nas imagens diretas dos catálogos eletrónicos dos fabricantes, normalmente designadas por microfichas, para um sistema onde as peças são mostradas à escala (em três dimensões), conforme são montadas no veículo. “O EurotaxRepairEstimate G2G é uma grande evolução face ao que já existia”, refere Pedro Ferreira, responsável da EurotaxGlass’s, acrescentando que “tem muito mais informação e mais modelos de automóveis na base de dados. Por outro lado a apresentação gráfica permite ir muito mais ao detalhe na informação por cada modelo”. Avanço significativo Este avanço representa uma melhoria significativa para o utilizador da aplicação. Nesta nova tecnologia as peças são cuidadosamente desenhadas e colocadas à escala na aplicação, na sua localização exata do veículo. “Para o utilizador esta alteração vem transformar e melhorar a forma como identifica as peças, tornando o processo do cálculo do orçamento muito mais rápido e eficiente”, refere o mesmo responsável. Nem só em melhorias gráficas se baseia a nova geração do sistema de orçamentação da EurotaxGlass’s. Com o objetivo de tornar o
cálculo mais preciso e rápido foi criado um novo ambiente de trabalho com novas funções. Destas destaca-se a zona de orçamentação rápida onde, pela primeira vez, se cria uma zona de peças na qual a frente e a traseira do veículo são mostradas na mesma janela. Nesta zona estão as peças necessárias para concluir 70% dos orçamentos realizados no dia-a-dia. Para além da zona de orçamentação rápida foram criados botões de seleção rápida, podendo o utilizador optar pelas operações de substituição da peça, desmontagem e montagem ou reparação, com apenas um clique. Foi também criada uma seleção dinâmica dos critérios de zona, com a qual o utilizador vê o desenho das peças alterar-se conforme os critérios selecionados. A título de exemplo, se o utilizador selecionar o critério de teto de abrir, o desenho do tejadilho altera-se dinamicamente, mostrando o respetivo teto de abrir. Com a alteração dos critérios de peça este novo ambiente de trabalho mostra a informação do preço, referência da peça e tempo de substituição conforme a alteração do critério, em tempo real. Com esta abordagem o utilizador tem a perceção exata do preço da peça conforme o critério selecionando, antes mesmo de a escolher para o orçamento. Para além destas melhorias foi também introduzida uma função que permite a seleção múltipla de peças, podendo o utilizador selecionar para o orçamento um conjunto de peças, num só clique. Esta nova geração da aplicação de orçamentação “EurotaxRepairEstimate G2G” reforça a posição da EurotaxGlass’s neste mercado. Para que a transição para esta nova geração da aplicação de orçamentação seja feita de forma eficiente, a EurotaxGlass’s está a realizar ações de formação gratuitas para os seus clientes. Foi também criado um guia de primeiros passos, como um tutorial com sete vídeos, que mostram as alterações e melhorias apresentadas.
Market Radar a lançar já em 2014 A Glass’s (EurotaxGlass’s Group) foi reconhecida recentemente no Reino Unido como o principal fornecedor de dados e a melhor referência no mercado de usados. A Glass’s recolheu o mais prestigiado prémio, “a principal referência do mercado de usados”, no encontro anual de Dealers realizado em Portsmouth. Este é o segundo ano consecutivo em que a Glass’s foi reconhecida pelo seu esforço e compromisso em fornecer a melhor e mais abrangente gama de produtos de avaliação para a industria automóvel, nomeadamente o mais recente produto de avaliação “Market Radar”. A votação abrangeu várias áreas de atuação, como por exemplo Desenvolvimento de Produto, Prestação de Serviços e Cotações. A Glass´s conseguiu mais de 2500 votos, batendo os seus principais concorrentes, CAP e HPI. Em Portugal este mesmo “Market Radar” está previsto já para o primeiro trimestre de 2014. Uma interessante parceria com os maiores portais e leiloeiras nacionais, permitirá à Eurotax fornecer a quase totalidade da informação disponível em ofertas de venda no mercado. Com o “Eurotax Market Radar” pode fazer: Avaliação rápida Eurotax Comparação em tempo real com o mercado Decisão fundamentada do preço de compra Marcação precisa do valor de venda Publicação rápida por toda a rede de portais
Contactos Responsável Pedro Ferreira Telefone 213 240 610 Website www.eurotaxglass.pt
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Desta vez a reunião de clientes da Loja das Tintas ocorreu em Évora. “Crise ou mudança” foi um dos temas principais
Loja das Tintas. Antecipar o dia de amanhã na era digital Prosseguindo o habitual agendamento de workshops, a Loja das Tintas juntou alguns dos seus clientes da região sul para lhes falar sobre o futuro no negócio da repintura automóvel. Boas novidades saíram deste evento. TEXTO Paulo Homem
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Loja das Tintas tem o bom hábito de reunir clientes e de lhes mostrar novos rumos. Muitas vezes, apesar da especialização da empresa em tintas para automóvel, não se fala disso, mas sim de liderança, tendências de mercado, novas oportunidades, inovação e novos modelos de negócio, entre outros assuntos. Mais uma vez isso aconteceu, agora em Évora, um novo mercado que a Loja das Tintas abraçou ainda nem há um ano, onde possui novas instalações e onde capitaliza uma nova carteira de clientes (essencialmente pintores e responsáveis de oficinas de colisão) que agora reuniu em workshops, juntamente com
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o seu parceiro Spies Hecker. Um dos principais temas abordados neste evento foi o da “crise ou mudança”, tendo como orador Dário Afonso, Managing Partner da AutoCoach Managment, que deixou alguns interessantes pontos de vista sobre a evolução do negócio das peças e das tintas. Uma das claras tendências que se nota no setor automóvel são as constantes campanhas e promoções das redes oficiais de marca, aproximando-se muito das oficinas independentes na questão do preço. Do lado do consumidor existe, portanto, uma grande sensibilidade ao desconto, mas este procura também comprar sempre mais
barato. Outra tendência do consumidor é a utilização das novas tecnologias (internet, smartphone, etc). No entender de Dário Afonso “o smartphone será o futuro, se não for para utilização pessoal será para utilização profissional. Quem está ligado a este setor oficinal não tem escolha”. Esta ideia é sustentada pela cada vez maior utilização, por parte dos fornecedores de peças e tintas, dos QR Code nas embalagens dos respetivos produtos. Com este código “passamos a ter o livro de instruções, também com vídeos, no telemóvel ou no tablet no momento em que precisamos dessa informação e sem perder tempo a pesquisar. O
futuro passa claramente por aqui”. Também na apresentação desde especialista foi abordada a importância das redes sociais do ponto de vista profissional, atendendo à forma como elas nos permitem um relacionamento direto com o cliente, fugindo dos sites tradicionais que normalmente estão desatualizados. O pós-venda, diz Dário Afonso “vai na direção do online”. Foram apresentados dados que compravam que existem cada vez mais vendas de peças via online. No setor dos pneus as vendas online cresceram 6% nos últimos cinco anos, sendo cada mais conhecidos os portais de serviços. Em 2011 o portal francês de peças “Oscaro” faturou cerca de 180 milhões de euros. Bipolarização nas peças Segundo um estudou da Wolk Consulting, empresa que a AutoCoach Managemente representa para Portugal e Espanha, existe uma clara tendência de biporalização nas peças a nível europeu, isto é, os produtos de qualidade original representam 40%, os de média qualidade entre 10 e 20% (quando já representaram 50% na década de 70 e 35% à entrada da década de 90) e os de “discount quality” representam entre 40 a 50%. Aliás, esta é uma tendência que já se verifica mesmo em Portugal, nos pneus, onde os segmentos Premium e Budget estão a crescer em detrimento do segmento Quality. Outra clara tendência, segundo Dário Afonso, encontra-se nas peças e componentes reconstruídos. Existe um grande interesse dos fabricantes de peças neste negócio, assim como dos embaladores. O consumidor passará a ter a opção reconstruído OEM, reconstruído “Especialista” e Usado com garantia. A pressão das seguradoras também leva a que exista uma clara tendência pelos reconstruídos. O que fazer? Como os clientes estão a alterar a sua forma de comprar (utilizando por exemplo a internet), será que as empresas já adaptaram a forma de vender a esta nova realidade? Para Dário Afonso as empresas terão que fazer um enorme esforço para se tornarem mais eficientes, mas será necessário também que reajustem as suas abordagens (tornando-as mais racionais),
Novidade na Spies Hecker chama-se “e-learning” Ao longo da apresentação de Manuel Monteiro, da Spies Hecker, que abordou diversos temas da gestão oficinal, a novidade foi a aposta no e-learning, um novo conceito na certificação de pintores (que é também uma exigência cada vez maior das seguradoras). O objetivo é desenvolver um programa de fidelização dinâmico e trazer valor acrescentado aos clientes da Spies Hecker, melhorando a eficiência das ações de formação e custos para todos, preparando-os para qualquer prestação de serviço de repintura automóvel. O e-learning está assente num “sistema de gestão de aprendizagem”, com uma grande capacidade de produção de dados. A proposta centra-se num conjunto de módulos de formação disponibilizados na internet, cobrindo todas as áreas do processo de reparação automóvel. A formação de pintores terá duas partes, a primeira que é o e-learning, um programa de oito horas de estudo online (e-certificação) e uma segunda parte de avaliação de conhecimentos no centro de treino da Spies Hecker, em Mem Martins.
é preciso que sejam mais proactivas, que trabalhem melhor a sua carteira de clientes e que direcionem esforços para os clientes com maior probabilidade de sucesso. “Poucas são as empresas que trabalham a fidelização dos clientes. Muitas falam nisso mas
muito pouco se faz nesse sentido” refere Dário Afonso, acrescentando que “não é encantando os clientes que se consegue fidelizá-los. Só reduzindo o esforço do cliente no sentido de resolver o seu problema é que se promove a fidelização do mesmo”.
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Inforap. Nova solução para redes de oficinas Atenta às necessidades dos seus clientes em termos de soluções de gestão, a Inforap desenvolveu um produto específico para redes de oficinas, com um conjunto de vantagens para quem gere a rede e também para quem nela participa. TEXTO Paulo Homem
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razão principal que levou a Inforap a desenvolver uma plataforma específica para redes de oficinas resulta da identificação das necessidades que qualquer oficina tem relativamente a uma solução de gestão. Segundo a Inforap, esta solução deve ser o mais completa possível do ponto de vista funcional, deve ser integrada com todas as áreas de gestão (desejavelmente com integração de ferramentas de apoio, nomeadamente catálogos de peças e de orçamentação), e ter em conta as limitações orçamentais com que normalmente se deparam as oficinas. Para além disso, a oficina necessita também de uma infraestrutura fiável, robusta e escalável, particularmente no que diz respeito ao servidor. Associado a estas, a oficina
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deverá ter condições para assegurar o bom funcionamento do sistema, garantindo as atualizações do software e as cópias de segurança, sendo estes requisitos difíceis de obter para organizações pequenas, normalmente deficitárias em recursos humanos para este tipo de tarefas. Face a este quadro, “percebemos que a gestora de uma rede de oficinas pode e deve oferecer uma plataforma tecnológica, diretamente ou através da Inforap, que assegure os serviços, o software de gestão oficinal, as ferramentas de orçamentação e catálogo de peças, podendo no futuro serem incorporadas outras soluções ou componentes tecnológicas, importantes para o negócio”, afirma Dario Alves da Inforap, acrescentando que “a nossa plataforma tecnológica disponibiliza o serviço de hardware (servidor de aplicações e base
de dados) na “cloud”, estando desta forma assegurados os serviços de atualizações e cópias de segurança , bem como a evolução de versões do sistema operativo, base de dados e antivírus. Nesta solução será de destacar a escalabilidade, isto é, se a oficina crescer, apenas terá de ser feito o upgrade da memória do sistema, da capacidade de armazenamento e, eventualmente, da capacidade de processamento”. Plataforma Esta plataforma baseia-se num princípio de partilha de custos e benefícios entre os associados de uma rede de oficinas, permitindo o acesso a um software de gestão de oficinas, a que anteriormente só empresas com razoável capacidade de investimento
Dario Alves Inforap “Esta proposta visa retirar a necessidade de investimento e a preocupação diária sobre o sistema de informação. Evita a necessidade de renovação de servidor e consequentes investimentos. A Informação fica acessível em qualquer ponto do globo, em casa, em viagem, a qualquer dia ou hora, com uma simples ligação à internet, tudo isto com uma redução e controlo de custos fixos muito expressiva. É uma proposta de valor em que todos os intervenientes saem a ganhar. A Inforap estabeleceu recentemente um contrato de distribuição com a GTMOTIVE que permitirá às oficinas que usam o software Visual SGIX usufruir do serviço de orçamentação a preços bastante competitivos.
tinham acesso e a disponibilidade do serviço de alojamento em condições muito vantajosas. Dessa forma, com a utilização desta plataforma, cada oficina, mesmo mais pequena, passa a ter acesso a uma gestão oficinal orientada para a reparação automóvel e para a reparação de componentes, com integração de ferramentas de orçamentação, informação técnica e catálogo de peças. Para além disso, a Inforap disponibiliza ainda uma ferramenta que gera e envia automaticamente documentos entre as empresas da rede (EDI inforap), simplificando os processos administrativos e aumentando os níveis de fiabilidade e controlo. Implementação A implementação desta plataforma passa por diversas fases. Primeiro é feito o levantamento das necessidades de cada
oficina e da gestora da rede e são estudados os níveis de consulta e interação entre todas as empresas. Numa segunda fase é construído o protótipo que, após validado, servirá de base para a implementação de cada oficina, onde se poderão incluir outras áreas de negócio ou aspetos funcionais específicos. Na terceira fase é elaborado o plano de formação, de configuração das aplicações (definição de utilizadores e perfis de acesso, comprovantes, conversão de dados, etc) e de migração para a nova solução. A quarta fase é o arranque propriamente dito e o acompanhamento após o arranque. O valor da subscrição mensal inclui os serviços de helpdesk (sem limite de ocorrências), atualização de novas versões, suporte remoto e ainda o suporte e administração da(s) base(s) de dados.
Contactos Responsável DARIO ALVES Telefone 253 691 577 Website www.inforap.pt
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Impoeste. Tudo muda menos a tinta O ano de 2014 será para a Impoeste um dos mais desafiantes de sempre. A marca de tintas que comercializa passa a ter uma nova designação (Cromax) e uma nova identidade visual, sem que nada se altere na qualidade do produto. Por outro lado, novos projetos vão ser lançados, nomeadamente ao nível da formação. TEXTO Paulo Homem
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Impoeste não quer ficar a dormir sobre os louros conquistados em 2013. Os seus resultados comerciais ultrapassaram mesmo o que estava previsto em termos de crescimento, um sucesso que os responsáveis da Impoeste consideram ter sido fruto do muito trabalho e da muita dedicação da equipa aos clientes. Agora, os desafios para 2014 são outros, mas não menos importantes, pois a empresa quer continuar a crescer no mercado, mas simultaneamente tem que comunicar uma nova marca, uma nova imagem e diversos novos projetos que estão a ser desenvolvidos para os clientes.
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Em menos de dois anos o nome Dupont Refinish vai ter que desaparecer por imposição contratual (a nível mundial). Cromax Nem a Imposte nem os responsáveis da Axalta em Portugal querem esperar tanto tempo e, por isso, apontam para um período de transição (cerca de nove meses) até que as tintas Dupont passem a ser tintas Cromax, o que começará já a acontecer no final de janeiro de 2014. Convém esclarecer que o produto que estará dentro das latas de tintas será exatamente o mesmo, o que se irá alterar é a marca, o logótipo e o rótulo dos produtos, o que terá ainda
reflexos ao nível da identidade visual de tudo o que envolva a Cromax (folhetos, publicidade, informação técnica, catálogos, etc). Também a própria Impoeste, no seu centro de formação, já adotou as novas diretrizes de imagem, que seguem o que foi definido a nível mundial pela Axalta para quem trabalha com a Cromax. Envolvente, dinâmica, inteligente e fresca, são os quatro vetores da personalidade da nova marca Cromax, que irão orientar toda a estratégia que neste caso a Impoeste vai implementar no terreno em Portugal. Toda a equipa da Impoeste esteve reunida durante alguns dias, de modo a perceber tudo o que envolve a mudança de marca e respetiva
Contactos Responsável Luís Santos Telefone 261 337 250 E.mail geral@impoeste.pt Website www.impoeste.pt
Falar mais de processo e menos de tinta
identidade visual e valores, para agora estarem aptos a fazerem passar essa mensagem para o mercado. Essa mensagem não só irá passar no contacto direto da força de vendas com os clientes, mas também através de um Roadshow específico que a Impoeste dinamizará no terreno em 10 eventos (com um mix de clientes finais e revenda) durante este ano. “É quase como o nascimento de um novo bebé. Vamos comunicar esta nova marca com paixão, conscientes de que é uma oportunidade muito importante que temos que saber aproveitar”, refere Luís Santos, administrador da Impoeste. Rótulos A rotulagem dos produtos Cromax será totalmente nova. Cada uma das quatro famílias de produto terá um rótulo com uma forma de desenho diferente (baseado no logótipo da Cromax). Por sua vez, em cada família, que é divida em 8 tipos de produto diferente, tem uma cor própria no rótulo. Desta forma, para além da referência, existirá uma identificação visual para cada produto. A partir do final de janeiro as novas latas começam a ser comercializadas, pelo que irá haver um período (os tais nove meses) em que coexistirão a lata Dupont com a lata
Cromax, exatamente para o mesmo produto. Mas as novidades não se ficarão pela nova imagem. Serão comercializadas pela Cromax bases para tintas especiais em Cromax+Pro, será também lançado um novo verniz (para já no “segredo dos deuses”) e as atualizações de informação de cor passarão a ser feitas em DVD (e não em CD) devido ao enorme volume de informação. Porém, outra ferramenta vai merecer destaque em 2014, que apesar de já estar em testes ainda não tem data oficial de lançamento. Estamos a falar do Chromaweb, que é uma plataforma online que permite a criação de redes de trabalho nas oficinas, permitindo que as mesmas tenham acesso a informações sobre cor que atualmente estão disponíveis mas dispersas em diferentes fontes de informação. Trata-se de um software de gestão de cor, que simplificará o acesso à informação, pois bastará à oficina ter acesso à internet. Depositando muita confiança na sua equipa, Luís Santos assegura que 2014 “será um ano muito desafiante para a Impoeste. Temos todas as condições para reforçar a nossa presença no mercado. Com tudo o que estamos a preparar, vamos estar ainda mais próximos do nosso cliente”.
Depois de um ano muito positivo, como foi o 2013, este novo ano será muito importante para a Impoeste face a uma série de novos projetos que está a desenvolver, nomeadamente ao nível da área técnica. “Uma das novidades da Impoeste para 2014 diz respeito à formação”, começa por referir João Calha, responsável técnico e do centro de formação da Impoeste, dizendo que “a ideia é abordar o mercado das tintas com uma formação completamente diferente daquela que se vinha fazendo. Vamo-nos focar muito mais no processo do que propriamente na tinta”. A Impoeste pretende formar muito mais o pintor (e respetivos chefes de secção) em tudo o que tenha a ver com o processo de pintura, isto é, o objetivo é que as oficinas de pintura sejam cada fez mais rentáveis. Para levar por diante este tipo de formação, a Impoeste vai dinamizar uma série de parcerias com outras empresas (mesmo estrangeiras) nas áreas de formação, desenvolvimento e investigação, de modo a dar uma resposta aos clientes que “têm bons equipamentos, bons técnicos e boas tintas, mas que têm produtividades muito baixas”. A Impoeste quer também trabalhar no âmbito da certificação do pintor, mas também dar uma maior credibilidade à formação que fornece, pelo que vai certificar o seu centro de formação pela DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho). Outra das novidades é que a formação será paga. “É um desafio. Nós estamos a aumentar a competência das pessoas com a formação e isso tem que ser valorizado também por elas”, refere João Calha. O novo processo de negócio que a Impoeste está a desenvolver para os seus clientes oficinais, designado por “Rentabilidade Garantida”, será também bastante dinamizado em 2014. Neste, o cliente tem apenas que fornecer as instalações e a mão-de-obra e a Impoeste faz a gestão do negócio, isto é, toma conta da gestão propriamente dita, dos stocks, do processo e de tudo resto.
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ALD Automotive. Mais parceiros, maior especialização Uma gestora de frota como a ALD Automotive é responsável por 27.800 intervenções em oficina. Conheça como esta empresa, que gere mais de 14.000 carros, trabalha com os fornecedores auto e saiba se existem oportunidades para si.
TEXTO Paulo Homem
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s dados de um ano de operações da ALD Automotive, como mostramos na tabela anexa, deixam qualquer oficina ou qualquer fornecedor de pneus e mesmo de lubrificantes, em alerta. João Gomes é o responsável por todas as operações na ALD Automotive, isto é, tem a seu cargo a manutenção, os pneus, o remarketing,
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fim de contratos, carros novos, rent-a-car, assistência em viagem, os seguros, a gestão de contratos e a logística (documentação, multas, portagens, etc). Quais são as parcerias da ALD Automotive na área do pós-venda? Temos situações distintas na manutenção programada e na não programada. Muitos reparadores autorizados de marca, apesar de todas as alterações que houve no mercado,
ainda não estão focados no cliente final, neste caso na gestora de frotas. Não perceberam que quando um veículo tem um motor gripado, por exemplo, este não pode levar um motor novo que, normalmente, tem um preço muito alto. Terá que ter uma forte comparticipação, ou ser substituído por um motor recondicionado ou então o mesmo deve ser reparado, isto é, tem que se arranjar uma relação custo / benefício atraente. Quando um carro avaria, a solução que a marca normalmente nos dá é a mera substituição de peças. Isto levou-nos a optar, neste tipo de reparações, por outras oficinas, onde encontramos soluções que nos garantem uma melhor relação custo / benefício. Os custos de manutenção são, por isso, um fator decisivo para olharem para outras opções que não a marca? Sim. Gostava de deixar aqui mais um exemplo. O lubrificante é, neste momento, o maior custo nas revisões e estamos a considerar soluções fora das redes oficiais das marcas, uma vez que há óleos com PVP de 35 euros nessas oficinas e cujo preço de custo não chega aos 10 euros. Mas pior ainda, é que existem concessionários, nomeadamente ligados a grupos de retalho, que vendem óleos ao abrigo de acordos que têm directamente com marcas de lubrificantes por um valor superior ao do óleo que está disponível no catálogo de peças da marca e que é por esta recomendado. Nós, na ALD Automotive, estamos muito atentos a este tipo de situações, pois isso encarece muito o valor da manutenção. Já utilizam as redes independentes para fazerem a Revisão Oficial em garantia? Já começámos também a pensar em fazer revisões, mesmo durante o período de garantia, em oficinas fora das redes de marca. Ainda não o fazemos, mas já temos alguns testes efetuados e estamos a analisar o custo / benefício desta opção, pois não se perde a garantia mas perdem-se outras coisas como, por exemplo, as comparticipações fora do
período da garantia contratual. No entanto, o custo da manutenção programada, incluindo os travões, representa dois terços do orçamento de manutenção, enquanto as avarias representam menos de 20%. Quer isto dizer que o que se poderá perder com as avarias fora da garantia é compensado largamente com o que se ganha optando por fazer as revisões fora dos concessionários de marca? Sim. O que se pode ganhar é uma poupança significativa, ao longo de todo o contrato de um automóvel gerido por nós, sobre as revisões e substituições de pastilhas e discos de travões. Com que rede independente de oficinas estão a fazer essas análises? Com várias. É um plano que ainda está no início, que estamos a avaliar, mas que está em aberto, pois poderemos até nem vir a trabalhar com nenhuma rede independente. Se optarmos por este caminho é um projeto para implementar em 2014. Foi unicamente o factor custo a encaminharvos para avaliarem a possibilidade de trabalharem com oficinais independentes? Os custos são a razão principal mas o serviço também está a ser avaliado. Existem algumas marcas com redes muito pobres em termos de recursos e de serviços. No verão passado notámos, por exemplo, uma quebra enorme na qualidade do serviço prestado. Em algumas oficinas não existiam técnicos suficientes, noutras não tinham peças nem crédito disponível para as encomendar e isso refletese na qualidade do serviço. Penso que isso não serve os interesses dessas marcas e muito menos os nossos interesses e dos nossos clientes. Que outras vantagens vê em trabalhar com as redes independentes? Estão presentes nos locais onde interessam e têm uma rapidez muito grande na execução do serviço. Só nestes dois aspetos existe também uma grande poupança de tempo e de custos. Considero que esta concorrência é muito boa para as marcas reverem toda a sua política comercial e de serviços, de modo também a acompanharem estas tendências de mercado. Mas existe também um ponto fraco nessas redes, que é a capacidade técnica para a resolução de avarias mais graves. Isto leva-nos a procurar oficinas mais especializadas, nomeadamente em Lisboa e Porto onde circula 70% da nossa frota, que tenham uma boa capacidade de diagnóstico e de reparação. Na área dos pneus seguem a mesma ideia? Não. Na área dos pneus trabalhamos com duas redes de distribuição e concentramonos em dois construtores de pneus, cada um com duas marcas. Fleet Point e Pneuvita são os nossos parceiros, enquanto nos pneus trabalhamos com a Bridgestone / Firestone e
com a Goodyear / Dunlop. Cerca de 60% das compras de pneus que fazemos são em marcas Premium. A percentagem de compra noutras marcas é ínfima. Qual a razão desta concentração de parceiros e marcas nos pneus? Mais uma vez os custos. Estudámos já vários cenários e a forma como estamos agora a trabalhar os pneus é aquela que nos garante custos mais baixos. Obviamente que existem acordos de volume com as marcas de pneus, a nível internacional e nacional, com indicação das marcas a comprar e respetivas quotas. Não poderiam aproveitar algumas redes independentes de oficinas para fazerem também o serviço de pneus? Existe um mito que deve ser desfeito.
O caso da Renault Apesar de a ALD Automotive ainda trabalhar com muitas marcas de automóveis ao nível do serviço de mecânica, João Gomes destaca um exemplo. “A Renault foi o único construtor até hoje que nos abordou com uma proposta interessante no sentido de angariar todo o serviço pós-venda na sua rede em termos de mecânica e colisão”, refere o responsável da ALD Automotive. Mesmo já tendo outras propostas de outras marcas, João Gomes considera que “a proposta da Renault acrescenta valor ao nosso serviço e por isso é que este acordo tem funcionado bem”. Refira-se também que a Renault representa cerca de 30% da frota da ALD Automotive.
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14.200 1.800 3.398.400 27.800 18.000 3.200 13.600 1.000.000 44.800 50.000 Veículos sob gestão
Clientes
Litros de Combustível
Intervenções em Oficina
Dias de Viatura de Substituição
Sinistros Geridos
Pneus a nível nacional
Pneus a nível internacional
Chamadas Linha de Apoio ao Condutor
Litros de lubrificante
ALD em números (ano 2012, média anual)
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Raramente coincide um carro que vai à manutenção ter ao mesmo tempo os pneus gastos. Admito que o contrário pode acontecer pontualmente, e que se identifique mais algum serviço quando se vai trocar de pneus, embora raramente se trate de uma operação de manutenção programada. Contudo, estas situações colocam-nos um risco enorme em termos de custos. A oportunidade de vender mais serviço pode aumentar os nossos custos. Por isso, tenho sérias dúvidas de que essa situação seja boa para a ALD Automotive. Um dos bons exemplos são os vidros. Preferimos trabalhar apenas com quem monte vidro e não tenha outros serviços, pois isso diminui consideravelmente o risco de fraude. A crise e o excesso de zelo de algumas oficinas leva-as a querer vender outros serviços. Por isso é que optamos por trabalhar com o pneu, com o vidro, com a manutenção e com a colisão com operadores específicos dessas áreas. A área da colisão também é trabalhada de forma independente? Temos vários parceiros nesta área em Lisboa e Porto, alguns deles de longa data que são rápidos na reparação e muito bons na qualidade de serviço e por isso são premiados com a nossa fidelidade. Também nesta área a maioria das marcas não consegue garantir um bom nível de serviço em todas as unidades de colisão e algumas delas são muito burocráticas e com hierarquias demasiado pesadas, o que dificulta as decisões e provoca atrasos nas reparações. Fora de Lisboa e Porto apostamos em trabalhar com duas redes independentes. São contratos recentes, mas a primeira avaliação é muito positiva do ponto de vista dos custos, pois permitiu um decréscimo no custo médio de reparação de 10%. O número de parceiros no pós-venda da ALD Automotive tem vindo a subir, depois de um
acentuado decréscimo no passado? Temos hoje 14.000 carros em frota, operando em zonas geográficas onde antes não tínhamos carros a circular. Essa situação levou-nos a ter que aumentar o leque de parceiros sobretudo fora de Lisboa e Porto. Qual é a tipologia da frota da ALD Automotive? Cerca de 82% são veículos de passageiros e os restantes são veículos comerciais ligeiros. Como é que a ALD Automotive gere o envio dos carros para reparação / manutenção? Tudo passa pela ALD Automotive através de diversos processos, de modo a garantir que os nossos clientes vão às oficinas com as quais temos acordos. Porém, uma das novidades ao nível das marcações de serviços é uma aplicação para Smartphones, que através da geolocalização permite ao cliente saber rapidamente qual a oficina mais próxima. O prolongamento da duração dos contratos, tem alguns efeitos em termos de manutenção? Sim, os custos de manutenção aumentam bastante a partir do terceiro ano de contrato, pelo maior desgaste a que os carros estão sujeitos. Por isso, nem sempre os prolongamentos são interessantes para o nosso cliente em termos de renda a pagar. Todos os contratos são avaliados e até pode haver casos em que esse prolongamento é benéfico, pois aí nós também não teremos custos de manutenção acrescidos por esse facto.
Contactos Responsável João Gomes Telefone 210 920 314 Website www.aldautomotive.pt
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ESPECIALISTA
Gondochaves. As chaves do negócio A Gondochaves realizou em Vila Nova de Gaia um evento sobre programação automóvel associada à sua especialidade de negócio que são as chaves. Novos equipamentos e novos desenvolvimentos estão na calha. TEXTO Paulo HOMEM
O
negócio das chaves de automóveis tem dois tipos de intervenientes. Por um lado as marcas de automóveis, por outro empresas especializadas em chaves. Foi com estas ( juntando mais de 30 técnicos de chaves) que a Gondochaves organizou um evento de apresentação e demonstração dos seus produtos e das marcas de equipamentos que representa em Portugal para a área automóvel, em parceria com representantes da Elme Tools e da JMA. Os técnicos de chaves não trabalham apenas com chaves para automóvel, pois desenvolvem essa atividade noutras áreas (como assistência ao lar, por exemplo), mas neste evento estavam os profissionais que desenvolvem parte da sua atividade no serviço ao cliente que perde as chaves do seu automóvel ou que tem uma avaria em que as chaves deixam de funcionar. “As chaves hoje em dia danificam-se mais do que acontecia antigamente pelo fato de serem mais tecnológicas. Existia uma tentativa de domínio das marcas de automóveis sobre
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o negócio das chaves, mas hoje com os equipamentos que temos e com as soluções altamente tecnológicas que disponibilizamos aos técnicos de chaves, conseguimos dar uma resposta pronta ao cliente final em qualquer tipo de chave e com custos muito mais baixos”, refere Pedro Corte Real, gerente da Gondochaves, empresa com mais de 15 anos neste área de negócio. Atualmente as chaves de um automóvel podem nem sair do bolso do condutor quando este quer entrar e andar com o automóvel. “As chaves evoluíram muito, mas a tecnologia que temos disponível acompanha estas tendências e permite-nos programar ou clonar as chaves de um automóvel com muita rapidez”, assegura o mesmo responsável. Equipamentos Através das máquinas de programação de chaves automóvel que comercializa, MegaCopy (clonagem de transporders), T-Code Pro (programação de chaves, comandos e leitura de códigos PIN), T-Code Pro Truck (programção de chaves para veículos pesados),
Premium Code Pro (programação de chaves, comandos e leitura de códigos PIN, com todo o software disponível) e Eeprom Reading (leituras de eeprom´s, extraindo informação do imobilizador), é possível efetuar qualquer tipo de chave para automóvel e veículo pesado. Para além dos equipamentos a Gondochaves comercializa também os consumíveis, nomeadamente chaves e comandos automóveis, bem como fechos, ignições e transporders (chips), para além de poder reparar e substituir peças danificados. “Temos todas as soluções para o cliente. Vendemos peça a peça ou o kit completo em chaves, comandos, fechos e ignições” afirma Pedro Corte Real. Outra ferramenta, neste caso online, é o Advanced Diagnostics, que tem uma plataforma, denominada Info Quest, que mais não é que uma base de dados que está na internet sobre programação de chaves automóvel. Nesta plataforma a informação sobre chaves e a sua programação é vastíssima, sendo muito importante para todos os profissionais deste setor.
Novidades Uma das novidades apresentadas neste evento foi a nova máquina de duplicação de transponders da Elme Tools, a Mega Copy Plus. Trata-se de uma evolução da atual Mega Copy, que dispõe de ecrã táctil, funciona sem necessitar de um computador, acede à informação por wireless, possui um suporte para a leitura de comandos, foi desenhada especialmente para a leitura de comandos e é muito fácil e intuitiva de operar. O Mega Copy Plus passará a estará disponível no mercado a partir de janeiro. Outra novidade, também apresentada neste evento, foi a parceria da Gondochaves com a empresa espanhola JMA. Trata-se de uma empresa que fabrica chaves e equipamentos de corte de chaves, líder mundial neste área de negócio, passando agora a existir uma representação em Portugal. Desta forma a Gondochaves e a JMA passam a operar no negócio das chaves em parceria, o que permitirá chegar a mais clientes e dinamizar ainda mais o negócio das chaves.
Contactos Responsável Pedro Corte Real Telefone 224 673 340 E-mail gondochaves@sapo.pt Website www.gondochaves.com Os profissionais das chaves reuniram-se em Vila Nova de Gaia para conhecer as novidades do setor
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A Autocrew é uma das mais recentes do mercado e, com a ajuda da insígnia Bosch, teve um crescimento muito rápido em 2013
Redes de oficinas. Sempre a subir A quota de mercado nas redes de reparação e manutenção ainda é baixa em Portugal e, apesar de haver muito potencial de crescimento, o caminho faz-se lentamente. Lançámos um inquérito às principais redes do mercado e 25 respoderam para nos ajudar a perceber as causas. Pelo meio, fazemos o balanço de 2013. TEXTO Cláudio Delicado
A
s redes de oficinas são cada vez em maior número em Portugal e só nos últimos dois anos, abriram, pelo menos, oito novas redes. Além disso, as estruturas já existentes, entre as mais antigas e as mais recentes, todas cresceram no último ano. É uma tendência do mercado da reparação, mas que caminha de forma mais lenta em Portugal do que noutros países europeus. Como correu 2013? Raquel Marinho, da Bosch Car Service, explica que o ano de 2013 “foi marcado pela identificação de diversos locais com bastante potencial para integrar este conceito, apesar
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de, neste momento, sermos a rede que melhor cobertura tem em Portugal. Para estes locais procurámos e continuamos a procurar parceiros que assegurem o nível de compromisso e de retorno pretendidos e que são valores base da marca Bosch e que são o passo mais importante para o sucesso dos nossos parceiros”, explica a gestora da rede. O objetivo, prossegue, não “visa a massificação no mercado, já que a Bosch Car Service se encontra numa fase de consolidação da expansão do seu conceito premium”. A Autocrew, uma das redes mais recentes do mercado e que pertence também à Bosch,
não tem termos de comparação com o passado, mas foram cumpridas as expetativas. “Temos consciência que neste ambiente de crise todas as oficinas analisam ainda mais o investimento a realizar e os custos inerentes, mas o conceito AutoCrew, inserindo-se na estratégia de expansão de uma marca como a Bosch, apresenta-se com um conceito novo, dinâmico e bastante completo que se adequa como uma alternativa também a este contexto de crise e que tem vindo a crescer no mercado português dentro dos objetivos estabelecidos. Quando estabelecemos estes objetivos já o fizemos conscientes desta realidade”, explica
A Oficina
Mónica Alves, gestora da rede. Também Rui Damas, responsável pelas redes A Oficina e ACC Auto-Check Center, da Create Business, tem boas recordações deste ano. “Recebemos mais pedidos de candidatura para adesão à rede, devido às mais-valias reais que um aderente tem acesso, não só pelo programa de formação com apoio técnico constante disponibilizado, mas acima de tudo programa de apoio a gestão oficinal, que permite maximizar os processos de gestão para garantir a máxima eficiência e rentabilidade do negócio. Estes são fatores procurados pelas oficinas que querem garantir o futuro do seu negócio”, explica. Por isso, não só foi um ano bom na expansão do número de oficinas como também no volume de negócios, acrescenta. A TOPCAR cresceu, mas teve uma atitude cautelosa em 2013. “Tomámos a opção estratégica de abrandar o ritmo de crescimento da rede, tendo em conta o momento ímpar da economia nacional, procurando o máximo rigor na seleção de parceiros. Ainda assim, foram cumpridas todas as expectativas do início de 2013, pois conseguimos concretizar com sucesso todas as metas definidas: promover o crescimento sustentado da rede e reforçar a sua consistência. Ministrámos cerca de 3.000 horas de formação certificada, o centro de assistência técnica solucionou mais de 400 pedidos de apoio técnico das oficinas, concretizámos um robusto plano de comunicação e de campanhas promocionais para clientes, desenvolvemos mais de uma dezena de parcerias comerciais com diversas organizações nacionais, para aumento do
negócio das oficinas e redução de custos, e lançamos a ferramenta ARMIN na rede TOPCAR”, explica o gestor Marco Silva. Para a Rino, do Grupo MCoutinho, 2013 correu dentro da expetativa inicial no que diz respeito a novas aberturas. “O volume de negócio foi abaixo do esperado, dado as dificuldades de tesouraria originadas pelo atual momento socioeconómico que vivemos”, explica Alexandre Barbosa, responsável da rede. É nesta altura que têm que se fazer alguns investimentos, explica o responsável, que dá um exemplo: “Vamos lançar o portal de identificação e encomendas que albergará numa única plataforma todos os nossos fornecedores”. A Precision, depois de um período de reestruturação, teve em 2013 um ano de crescimento, tanto em número de clientes como em faturação. “O facto de existirem restrições económicas ao consumo faz com que a maioria das pessoas faça escolhas mais racionais. O envelhecimento do parque automóvel também é um motivo para o crescimento da reparação automóvel, sendo que muitos destes clientes já perderam a ligação “à marca” e acabam por recorrer aos nossos serviços”, explica Guilherme Allen, da Precision. Este responsável explica que só não acabaram o ano com mais oficinas porque “não conseguimos avaliar todas as candidaturas”. Pedro Rosado, da EBI Automotive, que tem responsabilidade sobre cinco redes (EcoOficina, Car Paint, Pneu Rapid, Electric Auto e Xenum Auto Center), sublinha que o ano de 2013 trouxe “maior procura, o que se traduziu em maior possibilidade de
Data de criação da rede 2006 Nº total de oficinas da rede em 2013 43 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 11 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 20 Valor inicial de investimento 5 000€ (média) Contacto Rui Damas rui.damas@createbusiness.pt Tel. 214821550 www.aoficina.net
ACC Auto-Check Center
Data de criação da rede 2013 Nº total de oficinas da rede em 2013 11 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 11 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 25 Valor inicial de investimento entre 1000€ e 5000€ Contacto Rui Damas rui.damas@createbusiness.pt Tel. 214 821 550 www.createbusiness.pt
Autocrew
Data de criação da rede 2012 Nº total de oficinas da rede em 2013 16 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 16 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 60 Valor inicial de investimento Variável Contacto Mónica Alves monica.alves@pt.bosch.com Tel. 218 500 073 www.autocrew.pt
Bosch Car Service
Data de criação da rede 2000 Nº total de oficinas da rede em 2013 143 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 5 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 5 a 10 Valor inicial de investimento: ND Contacto Paulo Gomes(Norte) 93 508 89 55; Justino Barreiros(Sul/ilhas) 93 913 40 00 www.boschcarservice.pt
Car Paint
Data de criação da rede 2011 Nº total de oficinas da rede em 2013 13 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 10 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 10 Valor inicial de investimento 4.000€ Contacto Pedro Rosado pedrorosado@grupoebi.pt Tel. 219 258 197 www.carpaint.pt
Center´s Auto
Data de criação da rede 2013 Nº total de oficinas da rede em 2013 25 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 25 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 15 Valor inicial de investimento 0 Contacto Aldo Machado amachado@tiresur.com Tel. 219 938 120 www.tiresur.com
Confortauto
Data de criação da rede 2007 Nº total de oficinas da rede em 2013 67 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 10 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 45 Valor inicial de investimento Quota mensal 50€+IVA Contacto Paulo Santos info@confortauto.pt Tel. 229 699 488 www.confortauto.pt
Eco-Oficina
A Glassdrive é a maior rede de reparação e substituição de vidro do país
Data de criação da rede 1996 Nº total de oficinas da rede em 2013 240 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 35 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 30 Valor inicial de investimento 4.000€ Contacto Pedro Pinto pedropinto@ebi.pt Tel. 962 125 753 www.eco-oficina.pt
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Data de criação da rede 2012 Nº total de oficinas da rede em 2013 3 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 2 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 4 Valor inicial de investimento 2.000€ Contacto Miguel Ponces miguelponces@ebi.pt Tel. 925 783 966 www.electricauto.pt
Euromaster
Data de criação da rede 2012 Nº total de oficinas da rede em 2013 65 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 10 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 10 Valor inicial de investimento Variável Contacto Miguel Santos miguel.santos@euromaster.com Tel. 210 492 291 www.euromaster.pt
Expressglass Em número de centros a Eco-Oficina é que apresenta uma maior capilaridade
escolher as oficinas com maior potencial e que melhor se adequam ao espírito de rede e que revelam uma forte consciência social e ambiental”. Por isso, “ultrapassámos as expectativas em termos de qualidade de novos agentes, em expansão geográfica também e apenas as aprovações é que reduziram muito relativamente ao projetado. Terá um pouco a ver com o facto de muitas oficinas se atrasarem nesta tomada de decisão inevitável de aderir a uma rede corporativa e quando querem entrar, já estão financeiramente muito fragilizados ou têm equipamentos e instalações muito degradadas obrigando a um grande esforço de recuperação que nem sempre é possível”, explica. Para Ricardo Kendall, da Midas, “houve mais oportunidades em termos de espaços e isso ajudou a que cumpríssemos os objetivos inicialmente propostos”. Também para a Norauto, “foi um ano positivo, com crescimento no VN em likefor-like e com indicadores muito positivos nas famílias e serviços estratégicos. Tivemos as aberturas previstas e continuamos a promover a criação de emprego, tendo ultrapassado a fasquia dos 400 colaboradores em 2013”, explica Miguel Costa. Na FeuVert, “apesar da conjuntura económica não ser a mais favorável, apresentámos um crescimento de dois dígitos face a 2012 em superfície comparável, que só nos pode deixar satisfeitos com os resultados alcançados. A abertura da nossa nova loja em Alfragide foi e está a ser um sucesso. Podemos por isso concluir que a nossa expansão não sofreu qualquer impacto pela crise que se vive”, explica Nuno Figueiredo. Miguel Sousa, da Gocarmat, não tem dúvidas em dizer que “foi cumprido o mínimo esperado para este ano. Claro que dentro das limitações financeiras que temos no nosso país acabámos por ser afetados”, acrescenta. Opinião partilhada por Aldo Machado, da Center´s Auto: “Apesar das expectativas iniciais terem sido ultrapassadas, pensamos
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que a crise poderá ter condicionado a adesão de alguns interessados mais ‘prudentes’”. Na Valvoline Service Center, “com os resultados obtidos em 2013 não podemos dizer que a crise nos afetou negativamente. As espectativas estabelecidas no inicio do ano foram superadas e o projeto continua a exceder as espectativas iniciais”, explica Paulo Santos. LIGAÇÃO AOS PNEUS Para a Confortauto, os objetivos para 2013 foram cumpridos, com uma “aposta na diferenciação”, explica Augusto Taveira, coordenador da rede, que acrescenta: “A crise afetou positivamente o crescimento da rede, dado que cada vez existem mais oficinas que necessitam de assessoria comercial para crescer. A Confortauto distingue-se por ser uma associação sem fins lucrativos, onde o objetivo principal é promover os seus associados, mantendo-os sempre com a independência do seu negócio. Os aderentes a esta rede poderão usufruir dos planos de formação, das campanhas de marketing, da equipa de assessores comerciais e, além disso, do apoio da grande marca mundialmente conhecida que é Hankook.” No que diz respeito à Euromaster, Miguel Santos não se queixa do ano de 2013, que foi forte em trabalho e na implementação do conceito, com serviços como Master Assistência, Ok24horas, Revisão Oficial Euromaster, Euromaster Financia, etc. “De uma maneira geral assistimos a um crescimento dos centros da rede que ao verem-se afetados pelo contexto económico, como a maior parte dos setores de atividade, acabaram por encontrar na oferta diferenciada da Euromaster, por via das suas ferramentas exclusivas, o caminho do sucesso.” Miguel Santos explica que “a experiência que a Euromaster já tinha noutros países permitiunos alcançar, num período de tempo bastante curto, um nível de profissionalismo que, devo confessar, não esperávamos. Obviamente que
Data de criação da rede 2002 Nº total de oficinas da rede em 2013 94 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 5 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 3 Valor inicial de investimento Variável Contacto Manuel Silva mansilva@expressglass.pt Tel. 229 478 272 www.expressglass.pt
FeuVert
Data de criação da rede 2005 Nº total de oficinas da rede em 2013 10 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 1 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 5 Valor inicial de investimento ND Contacto Jorge Faria jorge.faria@feuvert.es www.feuvert.pt
First Stop
Data de criação da rede 1997 Nº total de oficinas da rede em 2013 79 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 3 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 4 Valor inicial de investimento ND Contacto Mário Mendes mário.mendes@bridgestone.eu Tel. 910 050 200 www.firststop.pt
Glassdrive
Data de criação da rede 2002 Nº total de oficinas da rede em 2013 130 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 0 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 0 Valor inicial de investimento ND Contacto Vasco Azevedo vasco.azevedo@saint-gobain.com Tel. 227 536 150 www.glassdrive.pt
Gocarmat
Data de criação da rede 2010 Nº total de oficinas da rede em 2013 14 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 5 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 5 Valor inicial de investimento Tudo rede própria Contacto Miguel Sousa miguel.sousa@mvsousa.pt Tel. 210 988 826 www.gocarmat.pt
Midas
Data de criação da rede 2001 Nº total de oficinas da rede em 2013 54 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 6 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 5 Valor inicial de investimento Não faz franchise em Portugal Contacto Ricardo Kendall Tel.210 115 017 www.midas.pt
ainda temos diferentes níveis de dinamismo dentro da rede e estes resultados são alcançados pelos mais dinâmicos.” Mário Mendes, da First Stop, explica que “o plano para 2013 estava baseado na reestruturação interna de rede, pelo que a conjetura económica do país não influenciou negativamente neste objetivo específico. A expansão definida para 2013 foi cumprida”. Na Pneuport, a crise que o país atravessa é vista como uma oportunidade para Pedro Grego: “É uma oportunidade para a expansão”. REDES DE VIDRO Nas redes que trabalham o vidro, a Expressglass passou 2013 com segurança. “Com 94 lojas dedicadas, em exclusivo, à substituição e reparação de vidros automóveis, temos já uma rede nacional com uma elevada capilaridade que lhe permite cobrir devidamente todo o país, incluindo Açores e Madeira. Dessa forma, independentemente da situação económica nacional, durante o
ano de 2013 efetuámos algumas mudanças de localização e aberturas de lojas, aberturas que já estavam previstas no nosso plano e que tinham sido identificadas como pontos críticos para os nossos clientes”, analisa Célia Mendes, do marketing da empresa. Para a Newcar, especialista em vidros, o ano de 2013 foi muito positivo, “graças a melhorias internas e necessidades de aproveitamento de recursos, com uma constante preocupação na criação de alternativas que contribuíssem de forma positiva para o serviço que a Newcar presta permitindo responder de forma consistente ao pretendido pelo nossos clientes”, explica António Nunes. Na Glassdrive, o ano de 2013 “correu bem, dentro do expectável e suplantámos as expetativas que tínhamos no início do ano”, explica o administrador-geral Licínio Nunes. PORQUE DEMORAM A CRESCER? Se a penetração é maior nas redes de pneus, no que diz respeito ao vidro as redes fazem
praticamente o pleno. Porém, na manutenção e reparação automóvel, estima-se que a quota que as oficinas em rede representam em Portugal não ultrapassa os 7%. Tentamos perceber porquê. Para Ricardo Kendall, da Midas, é tudo uma questão de “falta de associativismo dos portugueses e também por uma exagerada concorrência desleal”. Paulo Santos, da Valvoline Service Center, concorda: “O cooperativismo não é fácil de implementar e os líderes dos projetos acabam por ter uma importância vital no sucesso dos mesmo. Custa-me acreditar que este seja um problema cultural e quero crer que tudo está relacionado com os projetos e a forma como os mesmos são apresentados. Mas há outra questão: a dimensão das oficinas. São cada vez menores em número de funcionários, o que dificulta a capacidade de se adaptarem às necessidades deste tipo de projetos.” Para Aldo Machado, da Center´s Auto, as causas passam também pelas “más
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d dossier Newcar
Data de criação da rede 2011 Nº total de oficinas da rede em 2013 35 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 8 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 10 Valor inicial de investimento Variável Contacto Luís Oliveira luis.oliveira@newcar.pt Tel. 253300343 www.newcar.pt
Norauto
Data de criação da rede 1996 Nº total de oficinas da rede em 2013 18 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 2 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 1 a 2 Valor inicial de investimento Fundos próprios, sem franchising Contacto Miguel Costa Tel.214 250 880 www.norauto.pt
Pneu Rapid
A Bosch Car Service é uma das redes com maior presença em todo o país, além de ser uma das mais reconhecidas
experiências de alguns e as reduzidas mais-valias apresentadas por outros. Note-se também que há diversas redes bastante recentes, que terão o seu devido tempo de divulgação e consolidação no mercado, até serem vistas como uma opção a ter em conta. Consideramos que existem obstáculos generalizados como o impacto da crise económica e a inerente dificuldade em aceitar compromissos vinculativos cuja concretização possa ser ‘arrojada’”. Marco Silva, da TOPCAR, volta ao problema cultural: “Deve-se ao facto de não existir uma cultura de associativismo forte no tecido empresarial português e serem lançados vários conceitos de redes que acabam por não singrar, no longo prazo. O perfil financeiro das empresas, na atual conjuntura económica, o desencontro das expectativas criadas pelas partes envolvidas, a capacidade das empresas associadas adotarem a atitude mais adequada na promoção da insígnia que passam a representar são as principais dificuldades”. ADERIR É O CAMINHO? Para Rui Damas, responsável pel´A Oficina e ACC Auto-Check Center, as razões vêm de trás. “Historicamente o mercado da reparação automóvel multimarca nunca foi exigente ao nível da prestação de serviço, o cliente final na sua maioria sempre procurou um reparador para manter ou reparar ocasionalmente a viatura e quase sempre em detrimento de uma garantia de serviço e qualidade do mesmo, motivos suficientes para que uma oficina multimarca se mantivesse na sua zona de conforto e consequentemente sem necessidade de procurar e explorar o seu negócio através de conceito organizado e uniformizado. Felizmente a evolução tecnológica dos veículos e a maior exigência do cliente final obriga a que as oficinas tenham necessidades cada vez maiores, não
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só ao nível das competências técnicas, mas também ao nível dos métodos comerciais e de gestão aplicados e para que obtenham estes conhecimentos e competências, a integração numa rede é sem duvida a única forma de o conseguirem, as oficinas que o fizerem seguramente que vão assegurar o futuro”. Em relação às dificuldades, Rui Damas contraria uma ideia pré-feita do mercado: “Existe uma grande preocupação por parte da oficina multimarca de que ao integrar uma rede possa perder toda a sua autonomia e identidade, este é o fator que dificulta a expansão das redes.” Raquel Marinho, da Bosch Car Service, aponta no mesmo sentido: “Isto acontece porque talvez os empresários deste ramo ainda estejam a privilegiar a sua individualidade e liberdade. Aqui, ainda há a necessidade de um trabalho de sensibilização focado neste mercado em especifico que permita que estes empresários entendam cada vez melhor as mais-valias de pertencer a uma rede e a forma como este tipo de parcerias poderá levar ao sucesso e evolução do negócio e, muitas vezes, até à continuidade do mesmo, sem prejudicar a sua autonomia. Além disso, a dificuldade no acesso ao crédito também pode limitar os investimentos destas empresas”. Para Miguel Sousa, da Gocarmat, a baixa quota das redes explica-se pela “falta de informação dos consumidores, que desconhecem a qualidade existente nas redes, que é igual ou superior às de marca e ainda a preços mais acessíveis. A grande dificuldade na expansão advém da falta de conhecimento da banca em relação a este negócio, não disponibilizando financiamento”. A Confortauto olha para a baixa quota de mercado das redes com otimismo: “Atualmente a quota de mercado pode ser baixa mas tende a aumentar nos próximos anos e muitas são redes que já se estão a implementar em Portugal. As grandes
Data de criação da rede 2013 Nº total de oficinas da rede em 2013 6 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 6 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 12 Valor inicial de investimento 2 000€ Contacto Pedro Rosado pedrorosado@grupoebi.pt Tel. 219 258 197 www.pneurapid.pt
Pneuport
Data de criação da rede 2009 Nº total de oficinas da rede em 2013 61 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 1 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 12 Valor inicial de investimento 7 500€ Contacto Fernando Alves fernando.alves@retrocal.pt Tel. 21 793 76 81/2 www.pneuport.pt
Precision
Data de criação da rede 2001 Nº total de oficinas da rede em 2013 24 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 1 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 7 Valor inicial de investimento Variável Contacto Guilherme Allen guilherme.allen@precision.pt Tel. 213 000 700 www.precision.pt
dificuldades passam pela desconfiança e falta de conhecimento de algumas oficinas, porque pensam que perdem a identidade e autonomia nos negócios. A maioria dos negócios são familiares e na hora da decisão influência negativamente no momento de apostar pela adesão às redes.” Para Pedro Rosado, responsável, entre outras pela Eco-Oficina, “estamos no início de um novo ciclo para o setor das oficinas automóvel que fará com que dentro de uns anos os independentes se irão extinguir e apenas as redes de concessionários e redes corporativas irão existir”. Quanto às dificuldades das redes, “a frágil situação económica e pouca capacidade de investimento no próprio negócio que as oficinas têm aliado à falta de empreendedorismo e visão empresarial de alguns atores do mercado”. Miguel Santos analisa a posição específica da Euromaster: “Se nos reportarmos ao setor dos pneus, a Euromaster já tem uma presença importante no nosso mercado. No entanto, no
Rino Master
Data de criação da rede 2007 Nº total de oficinas da rede em 2013 57 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 13 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 15 Valor inicial de investimento a partir de 3 500€ Contacto Alexandre Barbosa Tel. 229 772 049 alexandre.barbosa@rino.pt - www.rino.pt
TOPCAR
Data de criação da rede 2011 Nº total de oficinas da rede em 2013 45 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 15 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 60 Valor inicial de investimento 1 975€ a 2 500€ Contacto Marco Silva, marcsilva@topcar.com.pt Tel. 918 100 177 www.topcar.com.pt
Valvoline Service Center
Data de criação da rede 2012 Nº total de oficinas da rede em 2013 48 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 15 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 5 Valor inicial de investimento 1 000€ a 5 000€ Contacto Paulo Santos p.santos@krautli.pt Tel. 21 953 56 56 www.valvolineservicecenter.com
Xenum Auto Center
Data de criação da rede 2012 Nº total de oficinas da rede em 2013 3 Nº de oficinas/centros abertos em 2013 2 Previsão do nº de oficinas/centros a abrir em 2014 4 Valor inicial de investimento 4 000€ Contacto Miguel Ponces miguelponces@ebi.pt Tel. 925 783 966 www.xenum-autocenter.com
Nº de centros/oficinas no final de 2013 (dados das empresas que responderam ao inquérito)
que se refere à manutenção automóvel aí sim temos ainda bastante espaço para crescer e é precisamente por isso que estamos a apostar neste segmento. Este responsável acrescenta ainda: “Não encontro propriamente uma dificuldade no que se refere à expansão da nossa rede uma vez que nos próximos meses assistiremos à abertura de vários novos centros por parte de empresários que já compõem a rede atualmente.” Mário Mendes, da First Stop, explica que “se
atualmente as redes ainda se encontram num estado de desenvolvimento relativamente baixo face a um mercado tradicional, acredito que serão as redes que melhor estarão preparadas para os desafios futuros, pelo que penso que a cota de mercado num futuro muito próximo será conquistada pelas mesmas. É necessária uma mudança de mentalidade. Um negócio que anteriormente se fazia localmente tem hoje muito a ganhar se for trabalhado num conceito mais global e mais próximo do consumidor final.” Para Alexandre Barbosa, da Rino, a grande dificuldade é a questão de tesouraria que as empresas do setor estão a passar. Temos neste momento cerca de 80 empresas que demonstraram interesse em aderir ao projeto, mas uma grande fatia com grandes debilidades financeiras. Além disso, a cultura de muitos empresários portugueses ainda é de alguma falta de associativismo, privilegiando o individualismo à adesão às redes. Isto resulta numa enorme falta de dimensão por parte das nossas empresas”. Guilherme Allen, da Precision, tem uma explicação para a pouca implantação das redes: “Passa muito por grande parte da reparação automóvel ser feita de uma forma “paralela”, existem inúmeras oficinas a trabalhar sem quaisquer cuidados ambientais e sem pagarem impostos. E depois, para as redes, existe alguma dificuldade em arranjar locais com as condições necessárias e há muita burocracia”. Na FeuVert, Nuno Figueiredo explica que “como em tantas outras situações, estamos na ‘cauda da Europa’. O conceito das redes de oficinas em Portugal é mais recente que noutros países e por isso pensamos que existe uma enorme margem de progressão. Acreditamos também que o encerramento das chamadas ‘oficinas de esquina’ e ‘negócios familiares’ vão perder espaço, pela constante necessidade de evolução técnica. Fruto do monopólio existente durante muitos anos as oficinas oficiais ainda têm algum peso, contudo esta tradição vem-se desvanecendo pela aproximação técnica que as redes de oficinas têm vindo a apresentar. As principais dificuldades são as de nível burocrático que são impostas pelos poderes locais e dificultam a rápida criação de uma unidade de negócio”. Pedro Grego, da Pneuport, vai direto ao assunto: “A quota de mercado das redes ainda é baixa devido à própria complexidade do mercado português e à grande diversidade de realidades de mercado por zonas geográficas”. Já Miguel Costa, da Norauto, acredita que “o modelo de crescimento mais rápido é
através do franchising ou um sistema similar que potencie a imagem de marca de uma insígnia. Tem havido um maior dinamismo nos últimos anos no lançamento destas redes através de empresas com uma boa estrutura internacional e/ou nacional, o que potencia o crescimento e conversão de oficinas já existentes. As oficinas ligadas a redes são as que apresentam a melhor tendência de resultados, como tal, será natural que venha a assumir a mesma importância que em outros mercados próximos do nosso”. Quanto a dificuldades, “não existe nenhuma dificuldade estrutural que impeça a expansão e o sucesso das redes em Portugal. São decisões estratégicas das empresas que decidem lançar uma rede e entre diversos fatores conjunturais, pode fazer com que seja seja um processo mais ou menos lento”. SUCESSO NO VIDRO António Nunes, da NewCar, explica as especificidades diferentes das redes de vidro: “Nesta área específica da substituição e reparação de vidros automóveis não podemos referir este aspeto como negativo, já que a quota dos especialistas deste setor deverá rondar os 75 % a 80 %”. Por isso, a principal dificuldade passa pela “falta de visão e conhecimentos de gestão de muitos dos nossos pequenos empresários.” Célia Mendes, da Expressglass, alinha pelo mesmo discurso em relação ao sucessodas redes de vidro: “A realidade nacional, e também internacional, é a de grande reconhecimento por parte dos clientes, dos especialistas deste setor. Quando um condutor tem um vidro partido ou picado, já sabe que existe uma oficina/loja “glass” para solucionar o seu problema. Como tal a quota de mercado dos especialistas é muito elevada”. E isso consegue-se, explica, “com a formação das equipas e a garantia de um serviço de qualidade, de Norte a Sul do país”. Para Licínio Nunes, da Glassdrive, “o primeiro problema das redes é a dimensão reduzida do país e a concentração populacional no litoral. Depois há o problema da concorrência desleal e da corrupção. Há ainda a questão da economia paralela, que com as crises económicas tende a crescer. Em Portugal, ainda é possível fazer serviço em oficinas não certificadas, com pessoal não qualificado e fugindo aos impostos e obrigações sociais. Assim, a concorrência é desleal e o consumidor final, ao invés de comprar mais barato, acaba por pagar mais caro, porque fica sem garantia e além disso, não ajuda ao crescimento económico do país”.
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Ford Transit Connect Van. Ligação imediata Acaba de chegar a Portugal, pronta para assumir a dianteira do mercado. Com linhas modernas e múltiplos acessos, a Transit Connect Van tem tudo para consegui-lo. TEXTO André Bettencourt Rodrigues
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FOTOS JOSÉ BISPO
primeiro olhar engana, a começar pela pintura, na cor Tectonic Silver. Afinal, com a frente extraída do Fiesta e um porte bem atlético, esta Transit não se assemelha a nenhuma Van convencional. O interior segue o mesmo diapasão e, embora os materiais sejam comuns à grande maioria dos veículos deste mercado, percebe-se que houve um cuidado no desenho da consola e na apresentação dos instrumentos. Estes, mais uma vez, são extraídos do utilitário da Ford, uma boa base se considerarmos o sucesso que a última geração tem tido um pouco por todo o mundo.
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Voltando aos pormenores, saiba que a tonalidade azul e branca do velocímetro e computador de bordo ajudam na leitura das informações mais relevantes à condução, enquanto o rádio com entrada USB dá-lhe o toque de modernidade exigido para a época em que vivemos. Dá também para carregar um telemóvel caso tenhamos uma tomada compatível e provam a evolução registada no segmento. Espelhos laterais duplos para que se saiba sempre onde o nosso carro (e o dos outros) se encontra na estrada foi mais uma das soluções de que gostámos, tal como os simpáticos tampões, a disfarçarem as jantes
de ferro. Tudo isto não podia, ob viamente, vir sem um custo, que, no fundo, diz respeito à versão de equipamento “Trend” com que a nossa Connect vinha equipada. Com este motor TDCI de 1.6 litros e 115 CV, o preço é de 21.800 euros. Junte-se-lhe os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros (250€), a porta lateral deslizante do lado do condutor (350€), fechaduras duplas (100€), o pacote de fumador (10€) e a pintura metalizada (240€), e este belíssimo exemplar fica-lhe por 23.011 euros. Se o valor for demasiado elevado para a sua carteira, saiba que a gama Transit Connect começa nos 17.900 euros para a versão curta/
Feitos para durar, os plásticos são duros, mas a montagem é irrepreensível. Bem acomodados no portão traseiro estão as ferramentas e uma sempre útil tomada de 12 volts
L1, equipada com o motor 1.6 TDCI de 75 CV, enquanto a versão longa/L2 mais acessível começa nos 20.150 euros. PRÁTICA E ESPAÇOSA A condução é prática e estranhamente ágil para um furgão com 4,81 m de comprimento, com os 115 CV e os 270 Nm de binário máximo do motor turbodiesel da Ford a mostrarem solícitos logo após as 1750 rpm. Este é, aliás, um dos grandes trunfos desta Transit, tendo em conta que a grande maioria dos concorrentes se fica por motores abaixo dos 100 CV. A versão mais potente da Renault Kangoo Maxi Business, por exemplo, tem 90 CV extraídos do seu motor 1.5 dCi. A caixa de seis velocidades ajuda no conforto da condução, bem como a direção assistida eletricamente e gostámos também das opções disponíveis no painel de instrumentos que permitem adotar uma condução mais poupada e ecológica. A bordo cabem três ocupantes e objetos até 2,15 metros de comprimento. O consumo anunciado para esta versão é de 4,8 litros, mas não conseguimos fazer menos de 6,8 litros. Com 2135 kg de peso bruto e 716 kg de capacidade de carga, a Ford sabe da importância de transportar tudo com muita segurança.
Dotou, por isso, o portão traseiro com seis anilhas para prender objetos, enquanto as duas portas que o compõem possuem um sistema duplo de abertura que facilita o carregamento de grandes volumes. Se pensa conduzir em sítios apertados, tome nota também desta informação: o diâmetro de viragem entre passeios é de 12,2 m e 12,5 m entre paredes. O pisar é um pouco duro mas percebe-se que a intenção é fazer com que resista em qualquer lado. A suspensão McPherson à frente, com molas helicoidais, amortecedores a gás e braços inferiores apoiados em casquilhos de borracha foram otimizados na extremidade anterior e conta com uma barra estabilizadora, enquanto a traseira recebeu uma barra de torsão com molas helicoidais e amortecedores monotubo. A pensar na sua segurança, a Ford oferece de série o airbag do condutor e do passageiro e, como opção, airbags laterais e de cortina. Face à baixa cilindrada e emissões de qualquer uma destas versões, o IUC é de apenas 32 euros. Os intervalos de manutenção de 30 em 30 mil km custam entre 183 e 219 euros, já com IVA incluído (para mais informações, consulte o quadro em anexo). Por tudo isto não é de estranhar que tenha sido eleita Comercial do Ano 2014.
custos de manutenção 1.6 TDCI Operação
PVP C/ IVA
Rev interc-1°ano/30.000Km
183,17 €
Grande Insp-2°ano/60.000Km
229,62 €
Revisão intercalar-3°ano/90.000Km
212,81 €
Grande Insp-4°ano/120.000Km
229,62 €
Rev interc-5°ano/150.000Km
183,17 €
Grande Insp-6°ano/180.000Km
259,26 €
Rev interc-7°ano/210.000Km
183,17 €
Grande Insp-8°ano/240.000Km
229,62 €
Revisão intercalar-9°ano/270.000Km
212,81 €
Grande Inspecção-10°ano/300.000Km
229,62 €
Ficha técnica Ford Transit Connect Van 2135 KG peso bruto 716 kg capacidade carga 4,81 comprimento 2,13 largura 1,86 altura Dois níveis de equipamento: Ambient e Trend Volume de carga: 3,6 m3 Desde: 17.900€
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Bosch. Parceria com Yuasa e Mitsubishi para baterias mais baratas e com mais capacidade TEXTOS CLÁUDIO DELICADO
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Bosch e a Yuasa preveem começar a vender uma nova bateria de iões de lítio em 2020. Ambas as marcas prometem uma redução nos custos de produção para metade e o dobro da entrega de densidade de energia face às baterias atuais. Isso mesmo avançou WolfHenning Scheider, o responsável pela divisão automóvel da direção da Bosch. O objetivo, explica, é começar a colocar baterias no mercado para dar resposta às previsões de eletrificação da indústria automóvel. Durante o recente Salão Automóvel de Tóquio este responsável apontou para valores na ordem dos 12 milhões de carros
eletrificados (entre puros e híbridos), em 2020, face aos 2 milhões de puros elétricos previstos para este ano. Atualmente, o custo e a performance limitada das atuais baterias de iões de lítio são consideradas obstáculos para a generalização dos carros elétricos e híbridos. As baterias de iões de lítio são consideradas melhores do que as de níquel-metal, por serem mais leves e disponibilizarem maior potência. No entanto, são também mais caras e usadas para uma utilização iminentemente citadina uma vez que não conseguem armazenar energia suficiente para viagens mais longas. De acordo com
Scheier, os objetivos de vendas ainda têm que ser definidos pela joint-venture entre Bosch e Yuasa mas são apontadas 12 milhões de unidades. O responsável da Bosch sublinhou que o objetivo é desenvolver novas baterias de iões de lítio. Através da parceria celebrada em Junho de 2013, a Bosch está a colaborar com a GS Yuasa e a Mitsubishi Corp. para criar uma joint-venture com sede em Estugarda para desenvolver baterias de iões de lítio de alta densidade, a um preço baixo para carros elétricos e híbridos. A Bosch vai ter 50% da parceria, com os outros dois parceiros a ficarem, cada um com 25%.
Magneti Marelli. Planeia joint-venture de iluminação na China
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fornecedor italiano Magneti Marelli formou uma join-venture com uma subsidiária da China South Industries Group Corp. para produzir faróis dianteiros e traseiros na nova fábrica em Xiaogan na província de Hubei, na China. A jointventure, que se vai chamar Hubei Huazhong Magneti Marelli Automotive Lighting Co., vai investir 40 milhões de euros na fábrica, que vai empregar 800 trabalhadores, sendo
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que o início de produção está marcado para o primeiro trimestre de 2015. O objetivo é produzir cerca de 5 milhões de componentes por ano, incluindo faróis de xénon e LED e farolins traseiros com lâmpadas convencionais e LED, além de faróis de nevoeiro. O principal mercado de destino é o mercado interno, com um contrato já estabelecido com a China Changan Automotive Group.
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Johnson Controls. Várias soluções para o luxuoso Mercedes Classe S TEXTOS CLÁUDIO DELICADO
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Johnson Controls, fornecedor mundial da indústria automóvel, é responsável pelo fornecimento de componenteschave para os bancos dianteiros e para os opcionais bancos traseiros executivos do novo Mercedes Classe S. É ainda responsável pelo sistema de entretenimento dos bancos traseiros. A Johnson Controls tem trabalhado com a Mercedes para desenvolver bancos topo de gama e fornece diretamente a fábrica onde é produzido o Classe S. A estrutura do banco da Johnson Controls é baseada numa solução modular que pode ser adaptada a outros segmentos. Com 20 quilos, a estrutura do banco dianteiro do novo topo de gama pesa cerca de 20% menos do que os bancos tradicionais neste segmento. Esta redução de peso foi obtida com o auxílio de flancos mais finos, aços de alta resistência e a patenteada
construção em sanduíche das secções laterais. Tanto o condutor como o passageiro da frente têm 10 opções de configuração dos bancos, de acordo com a estatura ou com o gosto pessoal de cada um. Estes bancos têm também memórias para que cada um possa guardar as suas configurações. Os mecanismos de ajuste do assento e respetivos motores têm um design compacto e leve. Também a estrutura dos bancos traseiros é inovadora, tudo para um conforto acima da média. A Johnson Controls desenvolveu estruturas de assento extremamente flexíveis, incluindo mecanismos de ajustamento especiais e pequenos motores. Um encosto mais direito, na posição de 19 graus pode ser configurado para fins de trabalho. As costas do banco Executivo também podem ser ajustadas para trás, dando-lhe a maior inclinação do semento, com um ângulo até 43,5 graus. A Johnson Controls também trabalhou no sistema de entretenimento opcional para
a traseira do novo Classe S. Os dois TFT de 10,2 polegadas são montados nos encostos dos bancos dianteiros. Ao contrário dos sistemas que estão integrados no encosto, os passageiros do banco traseiro podem ajustar individualmente a posição dos monitores. Os passageiros do banco traseiro podem controlar o sistema de entretenimento e fazer pleno uso do rádio, TV , internet, navegação e DVD.
Honeywell. Projeta forte crescimento dos turbos até 2018
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uma receita cada vez mais usada: o downsizing de motores com a introdução de turbos para compensar essa perda de cilindrada. A Honeywell prevê que, nos próximos cinco anos, com um forte crescimento esperado na China, a instalação de turbos tenha um forte aumento. Esta tendência é a resposta às pressões ambientais cada vez maiores. Graças ao turbo é possível garantir uma queima de combustível mais eficiente (tanto em motores diesel como gasolina), mantendo as boas prestações. A Honeywell, maior fabricante de turbos do mundo, prevê que, em 2018, 40% dos veículos vendidos no mundo tenham turbo, o que representa mais de 32 milhões de veículos, contra os 24 milhões deste ano. Quase um terço desses veículos, cerca de 10 milhões, serão
vendidos, em 2018, na China, face aos 4 milhões deste ano. É fácil ver o potencial de crescimento desta tecnologia. Na América do Norte os turbos devem crescer de 3,9 para 6,5 milhões de veículos nesse mesmo ano. Para uma resposta plena, a Honeywell tem mais de 500 novas aplicações nesta área para produzir nos próximos 24 meses.
BorgWarner. Compra especialista em gases de escapE
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BorgWarner anunciou a aquisição a empresa alemã Gustav Wahler GmbH, uma empresa especializada em produtos de recirculação dos gases de escape. A Wahler prevê uma receita de 350 milhões de dólares em 2013 e emprega 1.250 pessoas na Alemanha , Brasil, EUA, China e Eslováquia. A empresa fornece clientes como a Daimler, Volkswagen, BMW e General Motors. O acordo deverá estar finalizado
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no final do primeiro trimestre de 2014. A BorgWarner dá assim um passo importante para reforçar a sua posição na produção de EGR, tecnologia que ajuda a reduzir as emissões de escape e melhorar a economia de combustível tanto em motores diesel como gasolina. Os analistas que a Wahler possa crescer quase 10% até 2018. Estima-se que o negócio seja concluído por uma verba de 350 milhões de dólares.
TRW. Fornecedora da direção do Ferrari LaFerrari
A
TRW Automotive anunciou que é fornecedora da direção hidráulica de acionamento elétrico (EPHS) do novo Ferrari LaFerrari, o primeiro modelo da marca italiana com propulsão híbrida. Este sistema oferece uma economia de combustível de até 0.3l/100km e uma redução das emissões de dióxido de carbono de aproximadamente 7 g/km quando comparado com os sistemas de direção hidráulica tradicionais. A tecnologia também proporciona economia de combustível e benefícios de redução de CO2 comparáveis às soluções completas de direção elétrica. A juntar à eficiência do combustível e características de conforto oferecidos pela EPHS, o sistema também oferece tecnologia de ajuste progressivo da direção, consoante as condições de condução, com a direção a ficar mais leve durante um estacionamento e mais pesada a altas velocidades.
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TEXTEIS INTERIORES GUILFORD-LEAR
SEGMENTOS DOS ÊMBOLOS MAHLE
Todos os motores do novo Jaguar F-Type contam com a caixa automática Quickshift de oito velocidades da ZF. O F-Type usa mais materiais compósitos do que qualquer outro modelo anterior da marca. A própria tampa da mala é construída a partir de plásticos de alta
resistência. A capota de lona é fornecida pela Webasto e os elegantes e confortáveis bancos são fornecidos na linha de montagem no Reino Unido pela Lear Corporation. A Jaguar tem ganho pontos com a elegância e o estilo do F-Type, que vai agora ter também a versão coupé.
SupplierBusiness
ANTENNA SIGMA DE ALTA FREQUÊNCIA (CABRIOLET) LAIRD
SERVIÇOS DE MONTAGEM DAS JANTES E PNEUS VOITH INDUSTRIAL SERVICES
Nota: Se é um fornecedor e tem alguma questão ou quer a sua informação incluída nestas radiografias, contacte James Clark através do e-mail james.clark@ihs.com ou visite www.supplierbusiness.com
PUXADOR DO PORTÃO TRASEIRO SOLE SPA
TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA (8 VELOCIDADES) ZF FRIEDRICHSHAFEN
TETO PANORÂMICO FIXO INALFA ROOF SYSTEMS
RODAS CROMODORA WHEELS
SEDES E GUIAS DAS VÁLVULAS FEDERAL-MOGUL
BANCOS DIANTEIROS COMPLETOS LEAR
MONTAGEM DAS PORTAS STADCO
JUNTAS DO MOTOR E ESCAPE ELRINGKLINGER
DOBRADIÇAS DO CAPÔ MULTIMATIC
PÁRA-CHOQUES GESTAMP
SENSOR DO PEDAL HELLA
SISTEMA DE CÂMARA MAGNA
FORROS DO PISO AUTONEUM
CABLAGENS SCAPA
CONSOLA CENTRAL DRÄXLMAIER
JANTES DE LIGA LEVE RONAL
CIRCUITO DO SERVOFREIO [3L] KONGSBERG
CABEÇA DO MOTOR NEMAK
DOBRADIÇAS DAS PORTAS BENECKE-KALIKO
ENCHIMENTOS DE ESPONJA CARBODY
UNIDADE DE AUTORIZAÇÃO DO IMOBILIZADOR DELPHI
APOIOS DO MOTOR TRELLEBORGVIBRACOUSTIC
BORRACHAS DA CARROÇARIA E TEJADILHO ALP NISHIKAWA
MÓDULOS COMPLETOS DOS AMORTECEDORES, ATIVOS E PASSIVOS BWI
CORRENTE DE DISTRIBUIÇÃO [AJ126 (3,0L) V6] INA
REGULAÇÃO DOS BANCOS (SEMI POWER 4 REGULAÇÕES; SENSORIC 6 REGULAÇÕES) BROSE
JAGUAR F-TYPE. Quem faz o quê ?
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radar
RADAR
Anecra. Menos teoria e mais prática A Anecra percebeu que os tempos são outros e preparou uma convenção diferente, mais realista e terrena, com casos práticos e com surpresas, como foi o caso da apresentação do Portal do Automóvel. TEXTO Paulo Homem
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erca de 630 pessoas foram credenciadas para a 23ª Convenção da Anecra. Uma vista de olhos mais atenta pela lista de participantes deixa-nos com a certeza da representatividade da associação no setor oficinal. O tema escolhido para este evento também não poderia ter sido melhor: “Como Liderar a Mudança”. No fundo está tudo em profunda mudança neste setor e a Anecra esteve atenta a isso proporcionou-lhes nesta Convenção um conjunto de temas muito interessantes, analisados na maioria dos casos do ponto de vista prático, racional e com a perspetiva de poupança de custos. Uma primeira boa notícia que saiu da
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Convenção foi que em 2014 as pesadas coimas ambientais, que “são no mínimo incomportáveis”, segundo Nuno Lacasta da Agência Portuguesa do Ambiente, poderão vir a baixar. A Anecra pretende, de modo a conseguir-se controlar um pouco a economia paralela, a exigência da fatura de reparação quando um veículo faz uma inspeção Tipo B. O vogal do Conselho Diretivo do IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes) afirmou sobre este assunto que “está errada a ideia de colocar no Estado a responsabilidade de fiscalizar a exigência de fatura. A Anecra e as associações do setor das IPO poderão dar passos nesse sentido, mas é também uma
medida que pode ser estudada pelo Grupo de Trabalho do Setor Automóvel do Ministério de Economia”. Uma questão que está longe de ser consensual e que não estará tão depressa resolvida é a venda de lubrificantes nas grandes superfícies. Também aqui a questão da fiscalização é importante, mas é uma matéria em que o Estado está muito longe de querer legislar. Seguros As seguradoras e as oficinas é sempre um tema quente. Ficou-se a saber que a legislação nacional sobre a regularização de acidentes de automóvel é a mais exigente da
Europa (10 dias para ser resolvido e 30 dias no caso de haver danos corporais). Os quase 3.000 registos que existem por dia, dado avançado por Pedro Seixas Vale, Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Seguros, dizem bem da complexidade deste assunto, mas também que a taxa de cumprimento da legislação é de 99,7%. O sucesso do protocolo Anecra/APS foi enaltecido, através de Alexandre Ferreira, da Anecra, sendo através dele reconhecido o direito de escolha do cliente da oficina onde pretende fazer a reparação. Contudo, do lado do representante da APS fica o alerta que “as oficinas têm que ser transparentes na divulgação do seu preço/ hora de mão-de-obra”. Temas como as boas práticas e transparência são fundamentais para o desenvolvimento do setor oficinal, segundo os representantes de diversas associações setoriais, mas foi avançada a necessidade, por Beja Amaro, Presidente da Direção da Associação de Leasing e Factoring, de protocolar “entre as renting´s algo que tenha a ver com a agilização de processos de autorização de manutenção bem como de conferência de faturas”. Roberto Gaspar, administrador da 4Fleet, falou da relação difícil que existe entre as gestoras de frotas e as oficinas, mas informou que “algumas gestoras de frotas estão a implementar novas plataformas informáticas
Uma questão que está longe de ser consensual e que não estará tão depressa resolvida é a venda de lubrificantes nas grandes superfícies. Também aqui a questão da fiscalização é importante, mas é uma matéria em que o Estado está muito longe de querer legislar
Mais de 600 pessoas participaram na Convenção da Anecra deste ano, onde a TURBO OFICINA foi media partner
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para solucionar esses problemas. Dentro de 1 a 3 anos as gestoras de frotas estarão a funcionar em moldes bem diferentes”. Reduzir custos No decorrer da Convenção da Anecra foram efetuadas diversas apresentações onde a lógica de redução de custos esteve presente. Apesar de já ter mais de dois anos, o protocolo entre a Anecra e a Safetykleen conheceu um novo impulso. As condições exclusivas que a Safetykleen tem para os associados da Anecra permitem uma efetiva redução de custos para todos aqueles que pretendam encaminhar os seus resíduos, evitando as pesadas coimas ambientais. Um certificado passa a ser entregue pela Safetykleen a todas as oficinas que adiram a este protocolo. Uma das boas novidades desta Convenção foi a apresentação da Solarwaters. A empresa apresentou um queimador de biomassa que substitui o queimador a gasóleo ou gás que existe tradicionalmente nas estufas de pintura. Com esta solução uma oficina pode poupar entre 40 e 60% nos custos que teria com a utilização do gasóleo ou do gás. Este equipamento pode ser adquirido em sistema de renting, o que reduz substancialmente o impacto inicial com a aquisição. A mesma empresa possui também outras soluções ao nível da redução do custo energético. A instalação de equipamentos estabilizadores de energia e de baterias de condensadores que permitem corrigir a energia reativa, permitem uma redução substancial na fatura a pagar no final do mês no plano energético. Igualmente na lógica de redução de custos “imprevistos” Nuno Garoupa, da Motorcheckup Portugal, apresentou um produto/serviço que visa analisar o estado de um motor de qualquer automóvel. Através de uma simples gota de óleo retirado do motor, é possível saber o estado do motor e
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do próprio óleo, prevenindo-se dessa forma futuras avarias ou problemas. Futuro do GPL Ficou claro que o GPL é uma oportunidade de futuro para todos os intervenientes do setor automóvel e para o… Governo. Em 2014, este tipo de combustível vai ver o seu preço agravado em 9%, mas o GPL vai continuar a ter fortes vantagens fiscais face aos outros lubrificantes. Prevê-se que as vendas de veículos a GPL cresçam 10 a 15% a curto prazo, afirmou Ricardo Lopes, da Dacia, enquanto do lado da Galp Energia, segundo João Filipe Torneiro, a aposta passará pelo incremento do número de postos a GPL (atualmente são 75 da marca a nível nacional), mas também existirá mais informação para o público sobre o GPL. Do ponto de vista dos aplicadores avizinhamse problemas com a acreditação dos técnicos de Autogás, o que trará muitos problemas aos operadores deste setor, segundo explicou Manuel Marrinhas, gerente da Autolab. Internet “Os clientes estão na internet”. Foi desta forma que Tej Soni, Presidente da Izmocars, empresa líder mundial na produção de websites para o retalho automóvel iniciou a sua apresentação. Ao longo da sua apresentação, este responsável disse que é neste momento o “consumidor que está a conduzir a mudança, obtendo informação cada vez mais na internet, bastando ver a forma como revolucionou o sector das viagens e da hotelaria”. Foi reportada a importância de qualquer empresa ter uma presença na internet, mas com critérios muito bem definidos, “onde toda a informação contida na página tem de ser verdadeira. Tem que haver transparência e honestidade com aquilo que se transmite através de um website, pois só assim se
Todos os temas da Convenção da Anecra foram pensados para o momento da apresentação do grande projeto da Anecra que é o “Portal do Automóvel”. Este projeto, que foi apresentado por Filipe Teixeira, da Anecra, é considerado inovador pela associação e visa gerar negócio nas empresas (associadas ou não), aproximando o cliente às empresas do setor automóvel. O “Portal do Automóvel” é um projeto conjunto da 4Fleet, Izmocars e da Anecra que tem duas vertentes, por um lado o próprio portal por outro os websites individuais de cada oficina ou stand de automóveis. Através do portal tem-se acesso aos serviços prestados pelas oficinas, podendo-se fazer, por exemplo, orçamentos, mas a funcionalidade mais importante será a classificação/opinião que cada cliente dará à oficina. Este portal tem muitas semelhanças com os diversos portais de hotéis que já existem na internet, onde é o cliente que decide tudo sobre o hotel que quer escolher e que serviços pretende, e que poderá ainda classificar a experiência que teve com o mesmo. Através deste portal do automóvel o cliente poderá fazer orçamentação dos serviços e escolher entre diversos prestadores de serviços, em função da sua localização, preço, etc. Para além de estar aberto ao cliente, este portal é também uma ferramenta para as próprias oficinas, no sentido em que permite uma atualização constante da informação, bem como enviar comunicações segmentadas aos clientes. O objetivo deste portal é gerar negócio, mas cada oficina terá também o seu próprio website onde a informação sobre a mesma é detalhada, mas também sirva de ferramenta para desenvolver, por exemplo, ações comerciais. No dia 1 de Março de 2014 o Portal do Automóvel estará online, pretendendo a Anecra tornar esta plataforma como a referência na área dos produtos e serviços para automóveis.
consegue criar confiança no cliente” explica o mesmo responsável. Uma das regras de ouro para quem tem o e-mail na sua página de internet, é que a resposta a qualquer e-mail deve ser feita num período máximo de 15 minutos. “A resposta rápida tem um efeito muito positivo no cliente, nomeadamente quando se é objetivo na resposta. Se fizerem alguma promessa ao cliente devem cumpri-la, pois isso gera confiança do cliente para com a empresa”, assegura Tej Soni. Como se percebe por este resumo, o dia e meio de Convenção da Anecra, acabou por ser muito positivo e proveitoso, tendo sido um evento onde foi possível recolher muita informação, perspetivar o futuro e, simultaneamente, foram lançados novos desafios para o futuro.
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Como vem sendo hábito, foram várias as empresas que se associaram à Convenção da Anecra, associação com a qual têm vários tipos de parceria. Este certame é aproveitado para que estas empresas estejam mais perto dos seus clientes ou de pontenciais clientes, que assim têm oportunidade de ficar a conhecer os produtos ou serviços ao dispor do setor da manutenção e reparação automóvel. A TURBO OFICINA deixa aqui as fotos que mostram o investimento de marketing que estas empresas fizeram e que despertou o interesse dos participantes da Convenção deste ano. Entre as empresas estão: Tranquilidade, Spies Hecker, Audatex, Safetykleen, MDS Auto, Alidata, Rino, Bolas, Dekra, Autodata, Zon/Optimus, NSA, ProRácio, Solar Waters, Valvoline, Motorcheckup, Cepra e Dinamizar
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Carros autónomos. Futuro à porta Fornecedores e fabricantes de automóveis têm trabalhado lado-a-lado na execução de um futuro autónomo, sem intervenção do condutor. Conheça o que vem aí.
TEXTO André Bettencourt Rodrigues
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pesar da evolução tecnológica, um carro sem intervenção do condutor como aquele testado atualmente pelo Google está ainda longe de vir a ser produzido de forma massiva. Mas isso não significa que o setor não esteja determinado em reinventar a roda, isto é, em dar ao mercado alternativas cada vez mais intuitivas e autónomas que facilitem a vida de quem se encontra ao volante. Empenhados em reduzir a intervenção do condutor em situações como o trânsito lento, estacionamento ou na difícil tarefa de encontrar um lugar para parar o carro, fornecedores e fabricantes estão mais próximos do que nunca no desenvolvimento deste tipo de soluções.
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A Bosch e a Continental, em conjunto com a Mercedes, BMW, Nissan e Volvo são apenas alguns exemplos de empresas que se uniram nesta cruzada tecnológica, que tem, na comunicação entre veículos, um dos seus máximos expoentes. Com o Stop&Go Pilot estreado no novo Classe S, a Mercedes encontrou uma forma de fazer com que o carro replique a mesma velocidade daquele que se encontra imediatamente à sua frente, atuando ainda na travagem, para que ele pare automaticamente, ou no volante, para que se mantenha na faixa de rodagem. O segredo? Doze sensores ultrassónicos, cinco câmaras e seis radares – equipamentos hoje convencionais num automóvel topo de gama moderno, mas com um custo superior a 2500
euros. Não é ainda o que a Google preconiza – ler e-mails ou ver um filme enquanto o carro nos leva ao nosso destino –, mas prova que os primeiros passos estão dados. “A condução autónoma é imperativa para a sobrevivência da mobilidade individual”, afirma Peter Fuss, um parceiro da consultora Ernst & Young. “É a única maneira de prevenir engarrafamentos e garantir a segurança rodoviária”, acrescenta. ERROS PAGAM-SE CARO Embora seja difícil de engolir para alguns puristas do automóvel, a máquina poderá mesmo ser melhor do que o condutor. De acordo com o Instituto de Investigação de Tráfego alemão (BAST), mais de 90 por cento dos acidentes rodoviários resultam
de um erro humano, com o grupo a estimar que estes tiveram um impacto de 30 milhões de euros na economia do país em 2010. Não é, por isso, de estranhar, que também a BMW tenha desenvolvido um sistema de auxílio ao estacionamento para o seu Série 5 que permite que o condutor tire as mãos do volante enquanto o carro estaciona sozinho, evitando assim toques e colisões que podem sair muito caras. A Bosch, o maior fornecedor de peças automóveis, apresentou um sistema semelhante em Abril, quando fez com que um automóvel sem condutor engatasse automaticamente a marcha atrás e estacionasse sozinho por controlo-remoto. A Audi, por outro lado, pretende ir mais longe e encontra-se a desenvolver uma solução que permite que o condutor saia do carro na entrada do parque de estacionamento, deixando que o veículo encontre um lugar por si mesmo. Além de sistemas de auxílio ao estacionamento, as empresas do ramo automóvel querem aproveitar a tecnologia de radar para melhorar a segurança de peões e ocupantes. A Volvo, por exemplo, prepara-se para introduzir uma tecnologia de travagem automática no XC90 que consegue detetar obstáculos como animais, árvores ou peões no escuro. O SUV da marca será ainda capaz de manter o carro na estrada por intermédio de um sistema que deteta o fim
EMBORA SEJA DIFÍCIL DE ENGOLIR PARA ALGUNS PURISTAS DO AUTOMÓVEL, A MÁQUINA PODERÁ MESMO SER MELHOR DO QUE O CONDUTOR do pavimento. A BMW e a Continental, por sua vez, estão a colaborar na identificação de portagens, passagens fronteiriças e sinalética presente em estradas e auto-estradas. “Fazer algo que reduza a sinistralidade só pode ser positivo”, refere Ralf Lenninger, chefe de desenvolvimento interior da Continental. “O nosso objetivo é a condução totalmente autónoma que permite aos passageiros dos bancos da frente verem um programa de televisão enquanto são levados ao seu destino.” Jochen Hermann, responsável pelos sistemas de condução da Mercedes, diz que a condução autónoma não virá de um dia para o outro, já que “o condutor necessita primeira de se adaptar à utilização desta tecnologia”. Mas o presidente da Nissan Andy Palmer já deu conta do objetivo da marca em vender veículos autónomos em 2020. O futuro está aqui tão perto. E quanto mais depressa se interessar por esta realidade, melhor preparado estará para o que vem aí.
Só em 2013, a Continental investiu mais de 100 milhões de euros no desenvolvimento de tecnologias de assistência à condução, num trabalho coadjuvado por 1300 engenheiros
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Eduardo Santos, pai, queria ser piloto, mas nunca chegou a correr: “O meu lugar era na box”, disse a sorrir
Garagem Aurora. Tradição familiar Uma vida a preparar automóveis, muitos deles Porsche, quase todos 911. É este o propósito da família Santos, à frente da Garagem Aurora há mais de 50 anos. TEXTO ANDRÉ BETTENCOURT RODRIGUES FOTOS VASCO ESTRELADO
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á conheceu três casas diferentes, uma delas vitimada por um incêndio que esteve prestes a arruinar o negócio. Hoje está situada na Zona Industrial do Porto, junto às instalações da Ambar, num armazém com 800 m2 que servem perfeitamente as necessidades da empresa e dos clientes. Lá dentro não faltam automóveis de todos os feitios, embora 90% do negócio da Garagem Aurora esteja centrado em belos Porsche 911, clássicos e modernos, mas sobretudo de competição. Eduardo Santos, pai, comanda há quase 50 anos os destinos desta histórica oficina do Porto. É o rosto da empresa, embora ela seja hoje gerida pelo filho, engenheiro mecânico, também ele chamado Eduardo Santos, também ele apaixonado pela casa de Estugarda. A devoção é partilhada por todos: mecânicos e clientes, entusiastas por automóveis, fanáticos das corridas. E são eles e elas quem dão pinceladas de cor a um edifício que de outra forma seria taciturno, sombrio — igual a tantos outros. Aqui, pelo contrário, respira-se amor. Paixão. Carinho. Um sem fim de coisas boas que deixam em evidência o respeito pelo 911 e pelo legado entretanto adquirido pela família Santos. HISTÓRIA BONITA A ligação de Eduardo Santos à Garagem Aurora nasce em 1951, quando começa a trabalhar como aprendiz para Manuel António Alves, patrão e fundador da oficina, que assim lhe tinha assim chamado em homenagem à sua mulher e filha, ambas Aurora. Conheceramse “na igreja, durante a missa” e de forma propositada, já que o então jovem Eduardo sabia que o senhor, religioso, ali se deslocava todos os Domingos. Deixou-se ver em várias dessas sessões e um dia ganhou coragem para lhe pedir trabalho, um repto que acabaria
por ser aceite com alguma resistência, já que naquela altura não se podiam contratar pessoas com menos de 14 anos. “Comecei então à experiência e só quando fiz 14 anos é que assinei o meu primeiro contrato”, recorda o Mestre. O gosto e conhecimento pela mecânica provocaram a subida a pulso e aos 21 anos Eduardo era já “encarregado da casa”, com muitas pessoas que tinham sido seus “oficiais” agora à sua responsabilidade. “Depois o meu patrão começou a ter problemas de saúde com a idade e pediu-me para ficar com a garagem. Há aqui uma história bonita e ele acreditava que eu seria o único capaz de conservar o nome”. A história bonita que o Mestre Eduardo fala é também ela trágica. E Eduardo estava longe de saber do que se tratava quando começou a mexer em bielas e carburadores. “Fiquei a saber que as duas tinham falecido num acidente de carro. Primeiro a mulher. Depois a filha, que tinha acabado de se formar como doutora. Quando chegou a altura de abandonar a profissão, o senhor Manuel pediu-me para ficar à frente da casa. E disse que eu seria a única pessoa de 18 empregados capaz de levar por diante o nome da mulher da filha. Acedi. Trabalhava com ele desde os 13 anos”. SEGUNDA GERAÇÃO Com 26 anos, Eduardo tornou-se no responsável máximo pela oficina na qual tinha iniciado a carreira. E foi assim até 2007, altura em que cedeu o comando ao filho, apesar de podermos continuar a vê-lo de volta dos motores e a aconselhar os mecânicos que trabalham consigo. Os tempos são outros e as dificuldades também. Talvez por isso a opção desde sempre tomada pela garagem em manter-se
a Garagem Aurora é especialista em desporto automóvel já que presta assistência a inúmeros pilotos e “gentlemen drivers” multimarca faça hoje tanto sentido. Afinal, como diz o atual gerente, de 39 anos, “não convém pôr os ovos todos no mesmo saco”. Problemas com fornecedores, dificuldade em arranjar peças e a crise que afeta todos são alguns dos problemas apontados pelo mais novo Eduardo Santos, representante da segunda geração da família. São problemas que, afirma, espelham bem o estado do negócio em Portugal, “com a oficina a ter de pressionar os comerciantes de peças se quiser cumprir os prazos estabelecidos com o cliente.” Uma situação que muitas vezes leva a que este só receba o carro dois a três meses depois de o ter deixado para reparação. Apaixonado por desporto automóvel, área em que a Garagem Aurora é especialista já que presta assistência a inúmeros pilotos e “gentlemen drivers”, o descendente do Mestre reconhece que os clientes têm agora mais dificuldade em saldar os montantes acordados e que o tempo de espera entre o pagamento das peças que os carros necessitam e a sua entrega torna tudo mais difícil. Por isso, são muitas vezes os Megane, Focus e Golf que ali aparecem, propriedade de alguns dos clientes mais antigos da casa e dos seus respetivos filhos (outras vantagens de um negócio de família) a manter a casa equilibrada e a permitir que um automóvel tão grandioso como o 911 continue a ter um local de repouso tão digno da sua história como a Garagem Aurora. janeiro 2013
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REPARAÇÃO
Prevenir antes de reparar. Defeitos na pintura TEXTO André Jiménez Garcia
PARCERIA
Mesmo quando o processo de trabalho é o adequado, podem surgir pequenas imperfeições nas pinturas de fundo e, sobretudo, nas de acabamento, que acabam por penalizar o trabalho final. Para evitar esses defeitos é muito importante a seleção dos procedimentos de trabalho, assim como a utilização dos equipamentos, instalações e ferramentas e ainda o cuidado com a limpeza da área de trabalho, o desengorduramento da superfície e ainda as máscaras e isolamentos.
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Manutenção da cabina
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qualidade final do acabamento não só reflete o profissionalismo e a categoria do pintor como também as condições e instalações nas quais se realizou o trabalho. É importante saber como reagir ao aparecimento de defeitos antes destes surgirem. Desta forma, evitam-se perdas de tempo a retificá-los. Uma instalação como uma cabina de pintura deve encontrar-se em perfeito estado de limpeza e manutenção, para que não surjam defeitos no acabamento final. As paredes e o chão têm de estar limpos, sem excesso de pulverizações de pintura; os filtros de teto e chão devem ser mudados depois de atingidas as devidas horas de uso, etc. Desta forma, evita-se a acumulação de pó, sujidades, contaminações de óleos e humidades. Outro equipamento que afeta diretamente o aparecimento de defeitos na pintura são as pistolas aerográficas. É necessário realizar uma boa limpeza depois de cada aplicação; há também trabalhos de manutenção periódica para as manter em boas condições para que não produzam defeitos na hora de aplicar a pintura. Os defeitos que um equipamento aerográfico mal mantido pode provocar são: sombras ou rajadas provocadas por um spray
A mesma causa pode dar lugar a diversos defeitos, assim como um mesmo defeito pode aparecer por diferentes causas
Limpeza da pistola
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Secagem com infravermelhos
Órbita idónea de lixagem
Marcas de lixa
de pintura disforme devido à falta de limpeza; projeções de tinta seca devido a pinturas anteriores sobre tinta acabada de aplicar; velados e escorridos devido a excesso de carga; alterações na tonalidade da cor, etc. Os equipamentos de secagem também influenciam o aparecimento destes defeitos de pintura; por exemplo, uma má definição da temperatura de secagem pode ocasionar bolhas e velados. Assim, há que manter um controlo perfeito sobre a distância e a potência da aplicação, consoante o produto que se vai secar ou a sua cor. Outro aspeto que afeta os defeitos de pintura é o método de trabalho. Os fabricantes de pintura propõem processos idóneos
para pintar peças de chapa e plástico e proporcionar assim à reparação uma qualidade final adequada.
mistura dos produtos da pintura ou de escolha do catalisador e do diluente também podem ocasionar falta de cobertura, fervuras, descolorações, etc. Uma má aplicação dos produtos, incrementando a espessura da camada, não respeitando os tempos de evaporação entre demãos ou manter uma distância de pintura incorreta, etc, poderão dar lugar a defeitos como as sombras, alterações de cor, velados e fervuras, borbulhas de dissolvente de pinturas anteriores, etc. Outra parte importante do processo de pintura que tem influência direta sobre o aparecimento de defeitos é a lixagem das superfícies anterior à aplicação da cor de acabamento. Uma escolha e utilização incorretas das lixadoras, das suas órbitas de trabalho, da dureza dos seus pratos e do disco abrasivo, manifestar-se-á na forma dos famosos caracóis e riscos concêntricos, ou marcas de lixa. E este defeito tem uma única e pouco rentável solução: repetir o trabalho. Os trabalhos de isolamento ou máscara são outro foco de aparecimento de defeitos de pintura na forma de restos ou marcas de pintura em borrachas ou molduras, pulverizações de aparelho de tinta ou verniz em peças que não deveriam receber pintura, pó ou sujidade, etc. Evitar estes defeitos dependerá diretamente da perícia do pintor na hora de realizar os trabalhos de máscara e da correta utilização dos materiais e utensílios. Materiais como as cintas específicas de pintura de água, a cinta de levantar borrachas, papéis e plásticos, etc, serão de grande ajuda na hora de realizar ótimos trabalhos de pintura. Se o processo de pintura de peças plásticas for deficiente, também podem
Aplicação de verniz elastificado
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Processos de trabalho Será necessário respeitar a informação fornecida pelas fichas técnicas e seguir as recomendações dos fabricantes de pintura no que diz respeito à preparação e à aplicação das diferentes misturas de pintura, aos tempos de secagem ou evaporação, às espessuras recomendadas, etc, já que desta forma evitaremos defeitos de todo o tipo. Por exemplo, diferenças de cor, fervuras, sombras, retenção de humidades, secagens deficientes, etc. Maus procedimentos de
Borrachas pintadas devido a um isolamento defeituoso
Uso correto de materiais de máscara ou isolamento
Falta de aderência
Cinta de borracha
aparecer, com o passar do tempo, vários defeitos. Para os resolver será necessário aplicar promotores de aderência sobre os plásticos termoplásticos e elastificar os aparelhos e alguns vernizes de dupla camada. Para a eliminação destes defeitos, para além de empregar um tempo extra que se adiciona à reparação, reduzindo a eficácia e a produtividade, empregam-se um conjunto de espátulas, dissolventes, etc, que podem danificar alguns dos acessórios que se estão a limpar, com o consequente incremento de custos de reparação. Condições de aplicação Os defeitos também têm origem nas más condições atmosféricas de aplicação. Temperatura e humidade excessivas farão com que os produtos bicamada sejam mais sensíveis a fervuras e á perda de brilho, enquanto com temperaturas muito baixas corre-se o risco de haver descolamentos e lentidão na secagem. Podem empregar-se equipamentos auxiliares de aquecimento do ar e/ou humidificadores, com o objetivo de trabalhar
com temperaturas e humidades indicadas, próximas das temperaturas recomendadas na informação técnica. Desta forma evitam-se possíveis defeitos. Para poder evitar ou minimizar o risco de aparecimento de defeitos, o pintor deverá ter especial cuidado com a limpeza da carroçaria e utilizar elementos de trabalho também limpos. Os processos de trabalho e os equipamentos e instalações influenciam de forma direta a prossecução de um bom trabalho de pintura. Da mesma forma, são a razão da maioria dos defeitos de pintura que podem apresentar-se a seguir a uma reparação. Há que levar em conta que uma mesma causa pode estar na origem da formação de diversos defeitos e, por sua vez, um mesmo defeito aparece por diversas causas. Portanto, o pintor deve realizar um trabalho minucioso e de máxima precisão. Se o defeito aparece, existe no mercado uma infinidade de produtos e equipamentos específicos para a sua eliminação e correção, como os compostos de polimento e abrilhantadores, entre outros.
Equipamento auxiliar de temperatura e filtragem do ar
A qualidade final do acabamento define a categoria do pintor e também as condições em que este realizou o seu trabalho
Produtos e equipamentos para a eliminação de defeitos
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Não facilite com as bombas de vácuo
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m muitos casos, as bombas de vácuo estão localizadas diretamente na cabeça do cilindro e são acionadas pela árvore de cames. Devido a estes “interfaces”, o técnico que vai reparar o motor deve ter um conhecimento sólido sobre bombas de vácuo. As bombas de vácuo são usadas em veículos em que o vácuo necessário não pode ser gerado no coletor de admissão. Falamos de motores de injeção direta, motores turbo e motores com abertura de válvulas variável, por exemplo. O aumento no número crescente de atuadores pneumáticos também pode tornar necessária a utilização de uma bomba de vácuo. Com os dispositivos pneumáticos, elevadas forças de acionamento podem ser atingidas num espaço de instalação pequeno. Servofreios, válvulas de ar secundárias, válvulas EGR, coletores de admissão variáveis, controlo do turbocompressor e dispositivos de conforto são apenas alguns exemplos.
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Como as falhas nos servofreios podem levar a situações perigosas, a bomba de vácuo é considerada um componente de segurança. Método de operação/tipos As bombas de vácuo utilizadas nos veículos a motor geram um vácuo de aproximadamente 0,7 a 0,9 bar. Aspiram o ar para fora do sistema de vácuo e, geralmente, transmitemno para a cabeça do motor ou para o cárter. Em muitos casos, as bombas de vácuo estão localizadas diretamente na cabeça do motor, e são fornecidas com óleo lubrificante e impulsionadas pela árvore de cames. O método de funcionamento de uma bomba de vácuo depende da sua conceção e não é visível a partir do exterior. Anteriormente, bombas de vácuo de pistão ou de diafragma eram muito usadas. Estas eram acionadas por excêntrico, touche, corrente ou correia. Nos dias de hoje são usadas bombas de palhetas que, na sua maioria, são montadas no final do veio de excêntricos. Novos desenvolvimentos tendem a combinar
bombas com diferentes órgãos (bombas em tandem): as bombas combinadas de combustível e vácuo estão situadas sobre um eixo partilhado com a árvore de cames; Bombas de vácuo/óleo são instaladas no cárter de óleo. USO CONTINUADO DE UMA BOMBA DE VÁCUO USADA NUM MOTOR RECONDICIONADO As bombas de vácuo são ligadas ao motor e, dependendo da sua conceção, são incorporadas no circuito de óleo do motor. Após danos no motor: Impurezas podem entrar na bomba de vácuo juntamente com o óleo do motor. A bomba de vácuo pode ter sido danificada por sobreaquecimento. A bomba de vácuo pode ter sido danificada. Por esta razão, para prevenir danos consequentes da reparação de um motor, recomendamos que seja também substituída a bomba de vácuo sempre que existam danos no motor.
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Iluminação. Instalação de luzes diurnas Deixar-se ver e ser visto não é a mesma coisa. Quando falamos de segurança viária, é mais importante a segunda. E neste caso, as luzes diurnas contribuem de forma notável para melhorar a visibilidade dos veículos na estrada.
PARCERIA
TEXTO Miguel A. Castillo
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esde fevereiro de 2011 que é obrigatória para homologação a presença de luzes diurnas nos veículos de categoria M1 e N1, e desde agosto de 2012 para as restantes categorias. Nos veículos homologados anteriormente a estas datas, a instalação destas luzes é opcional, ficando ao critério do proprietário do veículo. O objetivo das luzes diurnas é permitir que um veículo seja visto pelos condutores que circulam em sentido contrário (ou no mesmo sentido, através dos espelhos retrovisores), com maior antecipação durante as horas do dia em que não se utilizam os faróis normais. Há
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diversas circunstâncias nas quais a visibilidade de um veículo se reduz. Podem citar-se como exemplos as primeiras ou últimas horas do dia em que se conduz em contraluz, dias de muito sol em que o calor que emana do asfalto desfigura o perfil da estrada ou mesmo os dias de céu cinzento em que a cor do veículo se confunde com o asfalto. Os grandes avanços verificados na tecnologia LED (Light Emiting Diode) permitiram criar dispositivos de sinalização de uma grande intensidade luminosa e reduzido consumo. O consumo das lâmpadas clássicas de incandescência era precisamente um dos
inconvenientes para as novas disposições, uma vez que a obrigatoriedade do seu uso poderia supor um incremento importante das emissões de todo o parque automóvel europeu. Tal como acontece com todos os sistemas de segurança ativa, a instalação destas luzes contribui para a melhoria da segurança rodoviária, embora a sua instalação deva ajustar-se aos critérios estabelecidos pela legislação vigente. Segundo as funções, podemos atualmente encontrar dois tipos de dispositivos: os que apenas podem desempenhar a função de luz diurna e os que, para além desta,
podem desempenhar a função de luzes de posição. Ambos os dispositivos devem estar homologados com os correspondentes regulamentos. No caso das luzes exclusivamente diurnas o regulamento aplicável é o R87 CEPE/ONU. Para a função de luz de posição o regulamento aplicável é o R7 CEPE/ONU. Estes podem confirmarse na marcação que deve estar gravada numa zona visível do dispositivo depois de instalado (vidro ou refletor, por exemplo). Na figura 1 e 2 podem ver-se os dois tipos de marcação.
Exemplo de marcação de luz diurna e de luz de presença (OORL02A)
A instalação e funcionamento das luzes diurnas estão regulamentados pela norma R48 CEPE/ ONU. No referido regulamento descrevem-se as condições gerais e particulares que devem seguir-se para uma instalação correta. Das duas revisões do R48 aplicáveis atualmente, revisões 3 e 4, a revisão 4 é mais explícita quanto aos requisitos de funcionamento e ajuda mais a instalação. O número de luzes diurnas autorizadas é de duas, uma de cada lado do veículo, distribuídas de forma simétrica em relação ao plano longitudinal médio do veículo. Em certos casos o dispositivo pode ser constituído por mais de uma luz independente (figura 5). Neste caso devem respeitar-se as condições de distância entre cada uma das luzes (15 mm). Em primeiro lugar deve respeitar-se a orientação dos dispositivos. As luzes diurnas devem estar instaladas de forma a que o eixo principal do dispositivo (indicado nas instruções de montagem) fique paralelo ao eixo longitudinal do veículo. Com isto asseguramos que a direção da luminosidade máxima das luzes corresponde à direção de circulação do veículo. Em certos casos, para poder adaptar o dispositivo às formas curvas da frente do
Exemplo de marcação de luz diurna (RL00)
Da mesma forma, o regulamento R48 CEPE/ ONU indica uma distância máxima ao extremo do veículo. A distância desde a lateral do veículo ao extremo exterior da superfície iluminante não deve ser superior a 400 mm. Nas figuras 3 e 4 mostramos graficamente as distâncias que devem ser respeitadas. A MIN. 250 MM MÁX. 1500 MM distância das luzes diurnas aos indicadores MÁX. 400 MM de direção deve ser superior a 40 mm (revisão MIN. 600 MM ao regulamento R48 CEPE/ONU). Se esta distância não for mantida pode interferir com Distâncias que devem respeitar-se na instalação de luzes diurnas o funcionamento do dispositivo. Quando se aciona o indicador de direção de um lado, a luz diurna desse mesmo lado deve atenuar-se. Caso contrário, a proximidade da luz diurna próxima do pisca ocultaria a luz deste último. No regulamento R48 CEPE/ONU também são dadas indicações relativas ao funcionamento destas luzes. As luzes diurnas devem acenderMÁX. 1500 MM MIN. 350 MMse quando se liga o carro, para que se garantir que estas estão sempre acesas quando o veículo MÁX. 400 MM está em condições de circular. Na revisão 4 MIN. 600 MM do referido regulamento, também são dadas indicações relativas a veículos automáticos, Distâncias que devem respeitar-se na instalação de luzes diurnas com função de luzes de presença elétricos e híbridos, orientadas na sua maioria para assegurar o uso correto destas luzes e a veículo o fabricante pode dar certas indicações otimizar o consumo elétrico. As luzes diurnas devem apagar-se ao acender sobre desvios admitidos na orientação. Se as luzes de nevoeiro dianteiras ou as luzes de o fabricante não proporcionar nenhuma estrada, excepto quando estas últimas são indicação a este respeito, devem orientar-se utilizadas para emitir advertências luminosos para a frente. (sinais de luzes). As luzes de posição e de O segundo aspeto que devemos respeitar iluminação da matrícula não se acendem quanto à instalação é a altura do dispositivo em simultâneo com as luzes diurnas, salvo em relação ao solo. No caso das luzes exceções. Este funcionamento obtém-se exclusivamente diurnas, a altura ao solo, facilmente realizando a ligação de modo a que medida desde a parte inferior da superfície as luzes diurnas se apaguem ao acender as luzes iluminante, não deve ser inferior a 250 mm. de posição. A parte superior da superfície iluminante Se o dispositivo incorpora a função de luz de não deve ficar a mais de 1500 mm do solo. Se posição, a função de luz diurna também deve o dispositivo incorpora a função de luz de ativar-se ao rodar a chave de ignição para posição, a altura ao solo mínima, medida nas colocar o motor em marcha. Ao acender as mesmas condições, deve ser de 35 mm. luzes de presença o dispositivo atenua ou reduz As luzes diurnas devem respeitar a sua luminosidade aos valores exigidos pelo uma separação mínima entre si. regulamento R7. A atenuação da luz pode ser Independentemente de realizarem ou não obtida porque o dispositivo dispõe de duas a função de luzes diurnas ou de posição, a separação, medida entre os extremos interiores entradas de sinal, uma para cada função, ou porque incorpora uma centralina eletrónica da superfície iluminante, deve ser de 600 adicional. Em qualquer dos casos, a luz de mm (400 mm se a largura total do veículo for presença original do veículo deve anular-se inferior a 1300 mm). Esta distância permite pois o veículo não pode circular com quatro assegurar que, ao longe, as luzes sejam vistas luzes de presença dianteiras. Em determinados como dois pontos de luz, evitando a confusão veículos isto pode requerer a utilização de com outro tipo de veículos. resistências para evitar que o sistema elétrico do veículo dê o aviso de lâmpada fundida. Também é necessário seguir as recomendações dadas para manipular convenientemente a instalação elétrica. Não devemos esquecer a instalação de dispositivos de proteção contra toques diretos e proteger as ligações para garantir a sua durabilidade. Qualquer dúvida com a instalação ou funcionamento deve confirmar-se com os regulamentos indicados para assegurar que a instalação de luzes diurnas num veículo que Luzes diurnas com leds separados não as possua é a correta.
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Centralinas. O cérebro dos automóveis Um veículo comum do nosso mercado poderá de forma fácil conter dezenas deste tipo de unidades de comando, que registam e armazenam a informação. PARCERIA
TEXTO Miguel Antunes Formador TTT –Tecnhical Training Team
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s Unidades de Comando Eletrónico, centralina de comando eletrónico e calculador de comando são algumas das siglas e nomes dados a um ou mais microprocessadores utilizados para gestão de sistemas elétricos ou mecânicos num automóvel. As suas arquiteturas de gestão são idênticas às utilizadas nos computadores comuns. Através de sensores, a UCE recebe constantemente dados relativos ao processo que se pretende controlar. Estes dados são
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enviados para uma memória de trabalho (RAM - Random Access Memory/Memória de Acesso Aleatório). É uma memória volátil onde, numa primeira fase, todas as informações dos sensores e códigos de falhas são armazenados. Numa segunda fase, os dados chegam então à EPROM – Erasable Programmable Ready Only Memory / Memória Apagável e Programável Só para Leitura: É uma memória não-volátil; nela constam os mapas de cartografia da função controlada, os parâmetros pré-
estabelecidos, curvas de referência bem como os algoritmos de comando de ação. É aqui que ficam os códigos de defeito registados. Esses parâmetros, mapas e curvas podem ser modificados para alterar o desempenho da função ou mesmo o comportamento do veículo. Depois de efetuar milhares
de operações lógicas e aritméticas (por segundo), a EPROM envia para as saídas os sinais de comando. Estes sinais vão controlar os mais diversos atuadores. Deste modo, podemos dizer que a UCE transforma sinais de entrada em comandos de saída. Quando falamos em calculador, unidade de comando ou centralina, inadvertidamente, associamos ao componente que gere a injeção e ignição do motor. Contudo, quase todos os sistemas de um veículo utilizam uma unidade de comando. Seria bem mais útil e simples se utilizássemos uma UCE para
todos os sistemas. Todavia, em contrapartida, perderíamos fiabilidade pois sempre que esta avariasse, haveria a falência de todos os sistemas e por conseguinte total do veículo. Ao mesmo tempo, é-nos mais simples o diagnóstico isolado de um sistema com apenas uma unidade de comando dedicada. Na realidade, todos os sistemas partilham informações comuns e é por essa razão que os calculadores estão interligados e comunicam entre si através de mensagens digitais. O mundo automóvel tende constantemente a acompanhar o desenvolvimento tecnológico,
obrigando assim a um incremento cada vez maior de número de unidades de comando num veículo. Suspensão automática, sistemas de navegação, controlo de estabilidade do veículo, arranque de mãos livres com “chaves inteligentes” ou estacionamento automático são algumas das inúmeras funções geridas por unidades de comando recheadas de microprocessadores. Um veículo comum do nosso mercado poderá de forma fácil conter dezenas de unidades de comando. É por essa razão que a maioria das marcas automóveis repensou as suas
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reparação EXISTEM INÚMEROS TIPOS DE FERRAMENTAS PARA DIAGNÓSTICO DE UNIDADES DE COMANDO, PRÓPRIAS DA MARCA AUTOMÓVEL OU MULTIMARCA enquanto o elemento a controlar funciona e realizar testes de atuadores. Para realizar tudo isto, utilizamos um conector de diagnóstico, que se tornou padrão para todos os veículos: OBD2 (On Board Diagnostics). Atualmente as OBD2 são utilizadas nos Estados Unidos, as EOBD2 na Europa e as JOBD2 no Japão. Nos sistemas mais antigos, a possibilidade de efetuar leitura de códigos de defeitos realizava-se de uma forma diferente. Estes sistemas funcionavam por códigos latejantes: A interpretação do código dava-se pela quantidade de intermitências de uma lâmpada de diagnóstico e pelo intervalo entre as sequências. Veja o exemplo abaixo:
arquiteturas elétricas e eletrónicas com o objetivo de reduzir significativamente os custos de produção e por conseguinte ganhar um mais aprazível preço de mercado nos seus produtos. Ao mesmo tempo que o número de calculadores aplicados nos veículos tem vindo a aumentar, o seu tamanho tem também vindo a diminuir. A integração de semicondutores* em larga escala permite a que as UCE sejam elementos de dimensão reduzida, apesar das suas elevadas capacidades (semicondutores, são elementos normalmente fabricados em gálio, germânio, silício ou outros e têm como função deixar passar corrente elétrica perante uma determinada condição). Com o acréscimo significativo de funções geridas pelas unidades de comando, chegaram também os problemas de gravação interna de dados. As UCE dos dias de hoje estão constantemente a gravar e apagar dados em memória. Quando não existe espaço para um registo completo, o microprocessador vê-se obrigado a dividir o ficheiro. É por esta razão que algumas UCE atingem o limite da sua memória, obrigando assim à desfragmentação da mesma. Este processo é idêntico ao que já sucede nos nossos computadores domésticos. É dentro da memória EEPROM ou FLASH que reside o programa de gestão da função que a unidade controla. Estes programas nem sempre estão completamente afinados e por essa razão têm de ser atualizados com versões melhoradas. Os fabricantes de unidades de comando, estão permanentemente a analisar as queixas de cliente e os relatórios técnicos enviados pelos reparadores de automóveis. Após análise dos relatórios de incidente, vão sendo desenvolvidas atualizações com o objetivo de resolução do (s) BUG existente(s).
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Normalmente estas operações de atualização cartográficas dependem da utilização de uma ferramenta de diagnóstico com ligação à internet e com o intuito de obter a última versão de software. Contudo, existem casos em que as unidades de comando são atualizadas através de outros interfaces como CD/DVD/USB, etc. No sistema de injeção eletrónica, a UCE é o componente mais importante. Por muitos chamada de cérebro, pois recebe as informações proveniente dos sensores; analisa, compara essas informações com os parâmetros pré-estabelecidos em cartografia e finalmente, comanda os atuadores para manter o motor em funcionamento sob qualquer condição e acima de tudo, com a melhor eficiência possível. Sempre que existe um disfuncionamento de um atuador, a unidade de comando tem o dever de registá-lo. Depois de gravado na memória EPROM, esse código de avaria só poderá ser apagado através da ferramenta de diagnóstico. DIAGNÓSTICO Existem inúmeros tipos de ferramentas para diagnóstico de unidades de comando. Estas máquinas, podem ser fisicamente específicas e próprias da marca automóvel ou então ser apenas um software, instalado num computador comum. Existem ainda máquinas de diagnóstico genéricas e multimarca. Contudo estas últimas têm algumas limitações perante algumas unidades de comando e sistemas. Esta ferramenta é um aparelho que torna visíveis as funções da UCE. Nela, podemos visualizar a descrição da falha, modificar parâmetros, definir as funções guiadas do veículo, verificar as informações dos sensores
5 Intermitências PAUSA CURTA 3 Intermitências PAUSA longA A primeira sequência de intermitências representa a casa das dezenas, e a segunda sequência de intermitências representa a casa das unidades, logo a primeira sequência representa o número 5, e a segunda sequência o número 3. Então obtemos o código de avaria 53 que deverá ser posteriormente verificado numa tabela de códigos. Existem cuidados importantes a ter perante diversas UCE pois em caso de má manipulação podem sofrer danos irreversíveis. Os mais comuns giram em torno das intervenções na bateria de carga embora existam diversos outros casos. Desligar a bateria sem esperar o tempo devido, dar “encosto” por cabos com diferenças elevadas de níveis de tensão, podendo gerar picos de tensão à alimentação das unidades de comando, efetuar reparações de carroçaria sem colocar a UCE de Airbag em vigília são algumas das possibilidades de danificar unidades de comando eletrónico ou então induzi-las a tomar ações indevidas. Será sempre discutível o paradoxo de quem afirma que a eletrónica chegou aos automóveis para solucionar os problemas que só passaram a existir com a sua chegada.
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reparação
Passo a passo. Desmontagem de um airbag lateral
PARCERIA
A desmontagem do airbag lateral do banco dianteiro efetua-se, com maior frequência para a sua substituição, quando é ativado o airbag, sendo que também pode dar-se o caso de que se desmonte sem ter sido ativado. Na maioria dos casos é necessário retirar o forro do banco para aceder aos parafusos da ancoragem do airbag. Sempre que estamos perante uma intervenção nos sistemas de segurança, é necessário desligar a bateria e descarregar a eletricidade estática para evitar a ativação acidental do airbag. Nestas páginas descrevemos, em 10 passos, o processo de desmontagem do airbag lateral. TEXTO Luis Casajús
1 - Preparação da ferramenta e desconexão da bateria
3 - Se o airbag não foi ativado, acopla-se o adaptador ao conetor elétrico do airbag lateral, para evitar a sua possível ativação involuntária
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2 - Desacoplamento dos conetores
4 - Desmontagem do banco
5 - Colocação do banco no suporte de retenção
7 - Colocação do assento no suporte
9 - Separação do maço de cabos
6 - Desmontagem do assento
8 - Retirar o forro do banco
10 - Desmontagem do airbag lateral. Depois da montagem do airbag é necessária uma verificação do estado do sistema com o equipamento de diagnóstico apagando, se necessário, os erros ou o aviso de airbag, se tiver sido ativado
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reparação
Manutenção. Toyota Prius HSD Os híbridos entram cada vez mais nas contas dos automobilistas portugueses. Por isso mesmo decidimos pegar na máquina calculadora e ver quanto custa a sua manutenção.
PLANO DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA Marca, Modelo e Versão Prazo/ Quilometragem Características Veículo
TOYPRI0017A: Toyota Prius 1.8 HSD 136 Plug-in 5p 48/120000
Potência (cv)
136
Cilindrada (cc)
1798
EuroNCap 50/20/40 CO2 49 Transmissão CVT Caixa de Velocidades
-
Carroçaria Berlina
Valor N.º Substituições
Revisões
1.071,90 €
Mão-de-Obra
269,31 €
[7,9]
Óleo
410,59 €
[8]
Capacidade do carter (litros)
4,2
Tipo de óleo Semi-Sintético
PARCERIA
H
íbridos e elétricos são cada vez mais uma realidade e ganham pontos no que diz respeito a consumos e às emissões poluentes, bastante abaixo de um modelo a gasolina convencional. Mas para acabar com a curiosidade, quanto custará a manutenção do Toyota Prius, provavelmente o mais conhecido dos híbridos? O Prius é um carro familiar, muito espaçoso e tecnologicamente avançado. Conta com um motor 1.8 a gasolina e outro elétrico que conseguem, no total, uma potência combinada de 136 CV, fazendo uso de uma caixa CVT. Vamos então a contas. A maior fatia vai para as peças de desgaste, num total de 1300 euros. As pastilhas da frente são responsáveis por um gasto de 354,68 euros, logo seguidas das escovas limpa para-brisas dianteiras (256,80 euros). Os discos da frente somam 200,55 euros, enquanto os discos traseiros são responsáveis por 175,17 euros, a que é preciso juntar mais 150,04 euros para as pastilhas traseiras. Destaque ainda para os 100 euros do carregamento do ar condicionado, para os 39,74 euros das
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duas escovas limpa para-brisas traseiras e para os 23,02 euros do líquido de travão. As revisões representam a segunda fatia mais revelante dos custos de manutenção, com um valor de 1071,90 euros. As oito trocas de óleo semi-sintético, com um gasto de 4,2 litros em cada operação, representam um custo de 410,59 euros. Em revisões são gastas 7,9 horas de mão-de-obra, o que somam 269,31 euros à fatura. Quanto a filtros, são repartidos entre quatro de pólen (176,92 euros), oito de óleo (86 euros) e dois de ar (57,04 euros), uma vez que não há lugar a qualquer substituição do filtro de combustível. Já os pneus (na medida 195/65R15H) representam um gasto de 1045,36 euros, que incluem os 10 pneus, mas também as 10 equilibragens (76,60 euros), as respetivas válvulas (25 euros) e os três alinhamentos de direção (45 euros). Contas feitas à manutenção necessária para o plano de 48 meses ou 120 mil quilómetros, a soma dá um total de 3843,79 euros, o que representa um custo de manutenção de 3,20 euros por cada 100 km percorridos, um valor muito semelhante a um Mercedes Classe A ou a um Alfa Romeo Giulietta.
Filtro de Óleo
86,00 €
Filtro de Ar
57,04 €
[8] [2]
Filtro de Pólen
176,92 €
[4]
Filtro de Combustível
- €
[0]
Velas
72,04 €
[1]
Desgaste
1.300,00 €
Escovas Limpa Para Brisas Frente
256,80 €
Escovas Limpa Para Brisas Tras
39,74 €
[2]
Pastilhas Frente
354,68 €
[4]
Pastilhas Tras
150,04 €
[2]
Discos Frente
200,55 €
[1]
Discos Tras
175,17 €
[1]
Liquido de Travão
23,02 €
[2]
Correia Distribuição
- €
[0]
Embraiagem
- €
[0]
Carga Ar Condicionado
100,00 €
[1]
Escape
- €
[0]
Bateria
- €
[0]
Amortecedor Frente
- €
[0]
Amortecedor Tras
- €
[0]
Bomba Agua
- €
[0]
Filtro Particulas
- €
[0]
Tarefas Extra
- €
[0]
Avarias
- €
[0]
Eléctricas
- €
[0]
Total
- €
[0]
Pneus
1.045,36 €
Pneus Frente
195/65R15H
Pneus Trás
195/65R15H
Pneus
898,76 €
Alinhamento de Direcção
45,00 €
[3]
Equilibragem
76,60 €
[10]
Válvula
25,00 €
[10]
Outros
426,53 €
IPO
27,00 €
Inflação
399,53 €
Ajustes
- €
[4]
[10]
Custos de Manutenção Total
3.843,79 €
/100 kms
3,20 €
Combustível
- €
* Valores sem iva
8 pneus
RS Contreras. Novo importador Vredestein
Um dos mais antigos distribuidores de pneus em Portugal, a RS Contreras, passou a representar a marca de pneus Vredestein em Portugal, fruto de uma longa parceria estratégica com o Grupo Apollo.
TEXTO PAULO HOMEM
E
m 2013 a RS Contreras passou a disponibilizar no seu leque de marcas de pneus a Apollo. Essa representação foi mais um passo para que no final de 2013, com efeitos já em 2014, a empresa de Queluz incluisse mais um nome de referência no seu portfólio, como é o caso da Vredestein. “A nossa parceria estratégica com o grupo Apollo vem de há muitos anos. A satisfação do grupo com o nosso trabalho, assim como a visão e filosofia partilhadas sobre o negócio foram elementos decisivos para a concretização desta parceria”, começou por comentar José Enrique Carreiro, Sales Manager da RS Contreras, acrescentando que “o grupo Apollo considera que o trabalho dinâmico que temos vindo a fazer no mercado português é uma aposta sólida e de futuro para que a Vredestein possa ocupar o lugar que merece”. A marca Vredestein vai reforçar a oferta da RS Contreras no segmento Premium, atendendo a que se trata de uma marca de alta qualidade, sendo “uma excelente oportunidade para nos diferenciarmos no mercado. Com esta marca podemos oferecer aos nossos clientes uma
gama alargada de pneus e um preço muito competitivo, ajustado às necessidades atuais do mercado”, diz o mesmo responsável. A Vredestein é uma marca com uma forte componente de design e I+D associados, que aposta muito na segurança. “Estes atributos fazem parte do DNA da marca e são valores que não se podem negar, pois o mercado reconhece-os na Vredestein como uma marca de qualidade”, afirma José Henrique Carreiro. Sobre a estratégia de relançamento da marca em Portugal, e tendo em conta que o conceito de negócio da RS Contreras vai ao encontro das expetativas da Vredestein e do mercado, o Sales Manager da empresa afirma que “o nosso objectivo inicial é reativar a notoriedade da marca, reforçando o interesse dos clientes que já trabalhavam a Vredestein. O nosso interesse é reforçar e criar novas parcerias que permitam a evolução sustentada da marca”. Afirmando que as expectativas com a Vredestein são muito elevadas, José Enrique Carreiro garante que a procura do produto tem sido muito forte porque o cliente final reconhece a qualidade indiscutível da marca. “Isto confirma que a marca pode passar a ser um ativo importante no nosso portfólio. Está claro que somos muito optimistas face ao que
esperamos da Vredestein”, esclarece o mesmo responsável. Passando a dispor da marca Apollo e agora da Vredstein, ambas no mesmo grupo, José Enrique Carreiro diz que “atualmente a marca Apollo tem vindo a ganhar um espaço importante no mercado português. A segmentação das duas marcas está claramente diferenciada pelo seu posicionamento, o que facilita o trabalho conjunto das mesmas. Penso que quer a Vredestein, quer a Apollo, são uma mais-valia para os nossos clientes e para nós”. Refira-se que nesta primeira fase de relançamento da Vredestein a RS Contreras vai focar-se nos segmentos de ligeiros, 4x4 e comercial. “Posteriormente a ideia da empresa é apostar em outros segmentos que possam ser um contributo importante para os nossos clientes”, conclui José Enrique Carreiro.
Contactos
Responsável Jose Enrique Carreiro Telefone 214 358 558 E.mail geral@rscontreras-pneus.com Website www.rscontreras-pneus.com
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pneus
Aguesport. “Kumho é a âncora do negócio” Desde que se dedicou ao negócio dos pneus, a Aguesport foi progressivamente melhorando a qualidade da sua gama de produtos. Desde o início do ano que a Kumho passou a ser a marca âncora do seu negócio. TEXTO PAULO HOMEM
E
m finais de 2013 a Aguesport recebeu uma “prenda” muito especial. Foi eleita oficialmente pela Kumho Tires como representante dos pneus para ligeiros, 4x4 e comerciais da marca coreana em Portugal, num acordo firmado nas instalações da empresa de Águeda entre os responsáveis das duas companhias. “A Kumho representa o culminar de uma busca incessante por uma marca que nos pudesse dar mais credibilidade e servir de âncora”, começa por afirmar Pedro Conceição, gerente da Aguesport, acrescentando que “não deixando de ser distribuidores multimarca, temos a possibilidade de ter uma marca pela qual podemos dar a cara, com total confiança”. Atendendo à evolução que a marca Kumho tem tido, não só em Portugal mas a nível mundial (este ano a BMW terá equipamento original Kumho), Pedro Conceição adianta que “o posicionamento da Kumho será, entre as marcas por nós representadas, o mais alto sem dúvida. Uma marca que equipa de origem veículos das marcas mais conceituadas, como por exemplo a Smart, KIA, Hyundai, Mercedes Benz, entre outros, e que já tem pneus aprovados para a F1, só poderá ser considerada uma marca premium”. A empresa de Águeda sabe que existe muito trabalho para fazer, pois “durante muitos anos a marca não foi trabalhada da melhor forma e acabou por perder esse posicionamento. A própria política comercial da sede não seria a mais indicada”, diz Pedro Conceição, que adianta: “Acredito que com o nosso trabalho vamos conseguir elevar a notoriedade junto dos clientes e do público de forma a retomar esse lugar que lhe é devido.” Aumentar a notoriedade e retomar um posicionamento Premium são apenas duas diretrizes que a Aguesport pretende seguir, mas “a criação de uma rede de fidelização e o reforço do reconhecimento do produto são apostas fundamentais para a Kumho. Os novos produtos a lançar na primeira metade de 2014, que são realmente fantásticos, irão fazer a marca crescer certamente”, argumenta o mesmo responsável. A importância da Kumho para a Aguesport é
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fundamental ao ponto de Pedro Conceição dizer que esta representação “poderá significar o salto definitivo a caminho do top de distribuidores em Portugal. Ser representante de uma marca com um nome tão forte a nível mundial só nos poderá catapultar para outro patamar”. Forte presença no retalho A Aguesport vai criar uma rede de agentes a nível nacional para que existaum agente da marca em todos os concelhos. “A presença do nome Kumho nas lojas terá que ser muito forte, com bastante apoio ao agente quer em
termos de marketing local como nacional”, afirma Pedro Conceição, que acrescenta: “A partir de Janeiro pretendemos trabalhar na seleção desses agentes para, a partir de Junho, lançarmos a nossa tabela de preços. Espero que os nossos clientes acreditem neste projeto”.
Contactos
Responsável pedro conceição Telefone 234 690 310 E.mail info@aguesport.com Website www.aguesport.com
TEXTO PAULO HOMEM
C
First Stop. Desenvolver parcerias A First Stop vai entrar em 2014 num novo estágio da sua evolução como rede. Os últimos meses têm sido de intenso trabalho interno, mas em breve os frutos serão conhecidos.
om mais de 70 postos em Portugal, a rede First Stop é, por mérito próprio, uma referência na área dos pneus em Portugal. Porém, apesar da sua estabilidade o mercado é muito dinâmico, o que levou esta rede a crescer a diferentes ritmos, mantendo-se alguns aderentes como especialistas dos pneus, embora outros há muito que já evoluíram para os serviços, onde a mecânica se associa ao serviço de pneus. Em muitos mercados da Europa, a First Stop é já um conceito estabelecido como rede de serviços na área automóvel ao nível de muitos outros conceitos também dinamizados por relevantes marcas de pneus. Absorvidos esses conceitos e transportados para a nossa realidade, a First Stop tem vindo a trabalhar muito afincada e silenciosamente no seu projeto para 2014, que deverá ser divulgado publicamente no final do mês de janeiro, apesar nesta fase toda a rede já estar informada e dinamizada, sobre a nova estratégia. “Toda a nossa rede está informada sobre o futuro do projeto First Stop. Essa foi mesmo a nossa prioridade. A nova estratégia tem agradado bastante aos nossos aderentes, sendo um processo que poderá levar a alguns ajustamentos da rede”, refere Mário Mendes, responsável da rede First Stop em Portugal. Ao longo de todo o desenvolvimento deste projeto existem diversos processos que não estão concluídos. Mesmo estando já a trabalhar com diversos parceiros na área das peças, mercado que também ele é muito dinâmico, neste momento “estamos em negociações, ainda não fechadas, com diversos parceiros no setor das peças. A dispersão geográfica desses grossistas/ retalhistas de peças e a proximidade com as oficinas da First Stop é uma das nossas prioridades. Esperamos ainda contactar no futuro com mais parceiros no sentido de estabelecer fortes relações comerciais”, explica Mário Mendes. Compreendendo que cada vez mais o negócio dos pneus é também um negócio de serviços na área da mecânica (onde os pneus estão incluídos), a rede First Stop, mesmo sem ter revelado ainda sua estratégia, vai ter um novo rumo em 2014, onde as componentes de comunicação e marketing vão ganhar outra visibilidade, querendo estar mais próximo do cliente final, podendo dessa forma potenciar também o seu core business que são os pneus.
Contactos Responsável Mário Mendes Telefone 212 307 350 Website www.bridgestone.pt
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Euromaster. Evoluir para a Revisão Oficial Tal como outras redes oficinais, também a Euromaster passou a anunciar o serviço Revisão Oficial. Para além de fazer o serviço de manutenção programada, esta rede quer ir ainda mais longe, efetuando um maior controlo ao veículo em cada manutenção… e sem custos adicionais. TEXTO PAULO HOMEM
A
Euromaster está presente no mercado português há já mais de um ano, mesmo que grande parte da rede derive a extinta Vialíder. A imagem de todos os postos está concluída, pelo que a aposta tem sido na dinamização da marca Euromaster através de diversas campanhas junto do cliente final, mas também por via de um acrescento da gama de serviços disponíveis para este mesmo cliente. Um dos mais recentes é o serviço de manutenção programada, para já em apenas 13 dos seus mais de 60 centros, dando assim a possibilidade a que qualquer cliente que tenha um carro em garantia possa optar pela Euromaster em vez de ir diretamente a uma oficina do concessionário da marca. Os centros Euromaster que agora estão habilitados a fazer revisões de veículos no âmbito da manutenção programada pelos fabricantes, passaram por uma fase de preparação que envolveu auditoria, equipamentos e peças, software, procedimentos e métodos, formação técnica e comercial.
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Ir mais além… A Revisão Oficial que a Euromaster propõe aos seus clientes pretende ir um pouco mais além, através de uma verificação ainda mais cuidada a mais pontos de segurança do automóvel. Assim, além das indicações exigidas pelo construtor, os 13 centros Euromaster verificam, sem aumento de custos para o cliente final, mais pontos de segurança que não são indicados no plano de manutenção, tendo por única finalidade aumentar a segurança ao volante e devolver o seu veículo nas melhores condições. Para efetuar a Revisão Oficial a Euromaster conta com uma ampla base de dados,
desenvolvida ao longo de muitos anos, fruto da experiência que a Euromaster já tem de outros mercados. Assegura mesmo a Euromaster que é a base de dados técnica mais atualizada do mercado. Para cumprir com a Revisão Oficial, outra das apostas é nas peças de qualidade. Garante a rede que nos seus centros são utilizadas exclusivamente peças de primeira qualidade, pois só dessa forma se consegue garantir um desempenho ótimo do veículo, de acordo com a conceção original do mesmo. Apesar de terem iniciado este serviço da Revisão Oficial apenas 13 centros Euromaster estão já neste momento em fase de preparação outros centros que em breve estarão habilitados a realizar revisões oficiais, cumprindo rigorosamente a manutenção prevista pelos construtores automóveis.
Contactos Responsável Miguel Santos Telefone 217 543 590 Website www.euromaster.pt
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pneus
PointS/Mega Mundi. A união faz a força A Mega Mundi a PointS, que até agora vinham mantendo atividades paralelas no retalho de pneus, passam a operar juntas em Portugal, fruto de um acordo recentemente celebrado entre as duas empresas. TEXTO PAULO HOMEM
O
primeiro propósito do acordo assinado entre a Mega Mundi e a PointS devese ao facto de ambas as estruturas partilharem os mesmos valores e a mesma filosofia de negócio como redes independentes de retalho no setor dos pneus. Este acordo, que foi assinado entre Fabien Bouquet, da PointS Development, e a direção da Mega Mundi, representada por Álvaro Cerqueira, Rui Fragoso, Manuel Sousa e Manuel Ventura, permite que a empresa portuguesa tenha a representação exclusiva da marca PointS no nosso país. Como forma de reforçar este acordo, a PointS passou a ter uma pequena participação no capital Mega Mundi. Os 74 centros agora existentes (sendo que 50 já pertencem à Mega Mundi e os restantes têm imagem PointS) irão gradualmente assumir, ao longo de 2014, a identidade PointS. Dessa forma, a designação PointS by Mega Mundi será a forma como esta rede irá ser desenvolvida no terreno. “Todos os produtos e marcas que a PointS já desenvolveu para a sua rede passaram também a ser comercializadas por todos os retalhistas. Ter uma melhor competitividade de preços no mercado é também um dos objetivos que temos com este acordo”, refere Álvaro Cerqueira, Presidente da Mega Mundi.
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No entender de Fabien Bouquet “a dimensão que a PointS tem a nível mundial, permitenos ter excelentes condições comerciais, que estarão agora disponíveis para as mais de 70 casas com que passamos a trabalhar em Portugal”. Projetos 2014 Um dos projetos a desenvolver em 2014 é a solução EIOS. Trata-se de uma plataforma online, utilizada por mais de 1.200 aderentes à PointS, nos sete países onde está representada, onde os preços (de todos os fornecedores com quem a PointS mantém acordos) são atualizados a cada 15 minutos. Não se trata propriamente de ter acesso a novas marcas de pneus, mas sim a ter melhor condições comerciais por via dos acordos feitos internacionalmente pela PointS que
representam volumes significativos (bastante superiores ao que a Mega Mundi e PointS faziam até ao momento em Portugal). Fruto da maior atratividade do negócio que se espera, os responsáveis por este acordo acreditam que a rede poderá passar a ter mais aderentes, embora a forma de acesso não se altere. Espera também a nova PointS by Mega Mundi que este acordo possa trazer grandes benefícios ao nível das gestoras de frotas. Mais uma vez os acordos que a PointS mantém a nível internacional com este tipo de cliente e o facto de passarem a dispor de um rede com 74 postos de retalho em Portugal, permite dar às gestoras uma oferta que antes não era possível. Destaque ainda para a abrangente marca de pneus para ligeiros PointS (de construção Continental), que será também dinamizada em Portugal. “Queremos melhorar a competitividade da nossa rede e, para isso, nada melhor do que estar com um dos maiores operadores do mundo na área dos pneus”, conclui Álvaro Cerqueira, Presidente da Mega Mundi.
Contactos Telefone 219 898 110 Website www.megamundi.pt
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O opinião
Obrigações da oficina na guarda de carros miguel ramos ascenção
Aceitar um carro numa oficina envolve sempre riscos e para quem trabalha no setor da manutenção e reparação automóvel é fundamental ter essa noção para que possa tomar todas as precauções e precaver-se contra futuros dissabores.
advogado
Q
Todos os meses abordaremos neste espaço assuntos de natureza jurídica que julgamos relevantes para a atividade da reparação e manutenção. Se tiver dúvidas ou situações específicas, por favor envie-nos um email para: oficina@turbo.pt indicando que se trata de um pedido de esclarecimento de natureza jurídica.
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ual a origem e o limite da obrigação que assume a garagem quando lhe é confiado um automóvel para reparar? Para quem trabalha no setor da manutenção e reparação automóvel é imprescindível ter a noção da responsabilidade que assume de cada vez que lhe é confiado um veículo para a realização de uma intervenção seja de manutenção ou reparação. Sempre que um veículo é confiado a uma oficina e se ajusta um serviço a prestar por esta, é celebrado um contrato misto de empreitada e depósito, ambos com regime legal previsto pelo Código Civil. O elemento essencial do contrato celebrado consiste na empreitada, tal como o prevê o artigo 1027º do Código Civil, e que prende-se com o serviço de manutenção ou reparação que será prestado em troca de um determinado preço. No âmbito da empreitada, e contra o pagamento do preço, o garagista obrigase a um determinado resultado, tendo a sua autonomia para o atingir, ou seja, é ao garagista que cabe fazer a gestão de meios e recursos necessários para que, a final, o veículo fique reparado.
Por outro lado, ao aceitar o veículo, celebra-se um contrato de depósito que embora seja acessório do contrato principal, não deixa de ser uma fonte de obrigações para o garagista já que, ao receber o veículo, fica responsável pelo mesmo e por quaisquer danos que o mesmo possa sofrer. Assim, se no momento em que o carro está depositado na oficina, seja por um embate de outro carro, seja por efeito de um incêndio, inundação ou outro evento qualquer, o garagista, no âmbito deste contrato de depósito, é responsável perante a pessoa que lhe confiou o veículo, ficando com a obrigação de indemnizar na eventualidade de se verificarem danos. Assim para o garagista, e além de contratar o seguro obrigatório de responsabilidade civil específico para garagistas que lhe é imposto pelo do Decreto-lei 291/2007, de 21 de Agosto, é conveniente que antes de aceitar qualquer veículo, faça uma inspeção rápida ao veículo que aceita, assinalando num documento todas as “mazelas” visíveis e fazendo o dono do automóvel assinar esse mesmo documento.