Ano III - Edição n° 150 – Data de 30 de julho de 2016
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AINDA SOBRE A HISTÓRIA DA POMERÂNIA José Carlos Heinemannn, Novo Hamburgo – RS
No século II a.C., a tribo germânica dos ruguérios (Rugier) vivia na costa do mar Báltico. Estes eram considerados um grupo numeroso, com um sistema patriarcal e estavam sediados na Ilha de Rügen, na região de Cammin (Kamien) e em Pyritz (Pyrzyce). Nesse tempo, junto ao mar Báltico, o frio era constante e suas primeiras moradias eram rentes ao chão, em uma espécie de caverna com coberturas de pedras. A tribo germânica dos ruguérios é citada por muitos historiadores alemães, como um grupo guerreiro, de estatura alta, olhos azuis e com fama de serem bons comerciantes com mercadores romanos. Entre Fig. 1: Fig 1: Fotografia de seus “produtos” comercializados, Ryszard Podporski em havia o âmbar (Bernstein), peles de https://www.facebook.com/rpo animais nas trocas por alimentos e dsporski?fref=photo também escravos. Já no primeiro século da era cristã, o interior da Pomerânia, a leste do rio Oder era habitado por um povo denominado dos Lemovérios, também de origem germânica. Estes eram em menor número e o seu território se estendia em direção ao sul da Pomerânia, até o povoado de Arnswalde (Choszczno). Pouca coisa se sabe desta cultura, porém, pelos achados arqueológicos se presume que deve ter sido um povo guerreiro e que em combate utilizavam escudos de proteção arredondados e espadas curtas. Certamente toda a área de costa Báltica deve ter sido povoada por uma diversidade de grupos populacionais
Bate-bola A DEFINIÇÃO DA ARQUITETURA
(clãs) menores, sem expressão e que certamente terminaram sendo absorvidos ou incorporados pelos grupos étnicos maiores. Desta forma esses clãs menores, como é o caso dos Nuitões, que no século I da era cristã viviam na região da Ilha de Rügen e Stralsund, logo perderam a sua identidade e desapareceram.
POMERANA
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Até os primeiros anos de pósguerra, a maioria das casas pomeranas, especialmente nas regiões do interior, ainda vinham sendo construídas no sistema pau-apique. Entretanto, com o passar dos anos, este processo já havia se tornado bem mais
Fig 2: Mapa com os povos antigos dos séculos I e II d.C. Na Pomerânia constavam os nutiões, ruguérios e ao sul os lemovérios. Mapa em http://de.wikipedia.org/wiki/Germanen.
O historiador Tácito, em seu livro "Germania", descreveu alguns povos da região Báltica. Segundo ele, grupo germânico dos Nuitões vivia protegido entre as matas e rios e adoravam a divindade de Nerthus, a Mãe Terra. Segundo esse autor, a divindade Nerthus ou Hertha geralmente era equiparado à terra e à deusa da fertilidade. Em sua descrição, se refere a Nerthus como sendo de gênero neutro "Terra Mater” (Mãe Terra). Provavelmente na primavera esse povo realizava a festa de Umfahrt na qual homenagevam esta divindade que na terra era responsável pela colheita.
elaborado do que o sistema utilizado pelo caboclo brasileiro. Na prática, depois de ter sido feita toda a estruturação da casa dentro de um modelo enxaimel, inclusive da sua cobertura, as paredes precisavam ser “fechadas”. Para isto utilizava-se uma típica trama
Fig 3: Estamos diante do mar Báltico e a cidade que aparece era antigamente uma aldeia de pescadores com o nome de Roggow (atualmente é a cidade polonesa de Rogowo). O lago que aparece tem o nome em polonês de Resko Mrzezyno Przymorskie. Tanto a cidade de Rogowo e o lago ficam no município de Belgard (hoje Bialogard).
Na tese de doutorado em Filosofia do pesquisador Paolo Andreocci, de Roma (Italia), há menção a uma pequena tribo germânica, a dos Nuitonen (tribo esta, em virtude de seu culto, também chamada de Nerthusvölker) e que no século I
de varetas verticais e horizontais, amarradas com finos cipós em que geralmente havia um elemento vertical interno e dois elementos horizontais externos. Essa trama era preenchida por barro pisoteado (amassado) atirado por duas pessoas simultaneamente , uma de cada lado. Uma vez
a.C. já vivia no norte da Pomerânia entre os povoados de Stralsund e Barth. Seus alimentos eram a caça de mamutes e raizes de árvores. Do mar Báltico retiravam o salmão, focas, peixes e crustáceos. Desse modo, tomando por base a historia e a própria arqueologia pode-se verificar que o povo pomerano, tem na sua raiz genética claríssimos vestígios de herança germânica. No século V, já dentro do grande movimento de migração dos povos, chegaram os eslavos (wenden). Estes pertenciam ao grupo Indo-Germânico e alcançaram a região dos polanos e com eles se misturaram. Mais tarde consolidaram o seu domínio na região da atual Polônia. Os eslavos (wenden), ao chegarem na costa Báltica se misturaram com os ruguérios e lemovérios. Eram loiros e de olhos azuis, porém de uma estatura menor. A cor dos cabelos e dos olhos se preservaram. Apresentavam ainda outras características físicas próprias, como olhos mais “puxados” e rosto longo e o queixo mais afilado. Consta que estes eslavos, eram um povo nômade e acostumados ao comércio.Também era povo muito hospitaleiro, de um temperamento colérico. Introduziram nas terras pomeranas, a criação de ovelhas da espécie merino.
adquirida resistência satisfatória deste barro, seguia-se com à colocação de um reboco preparado com terra amassada misturada com areia, seguido do “reguamento” para a uniformização da sua superfície e posterior caiação, ou seja, sua pintura com cal. Desta forma surgiu o que hoje chamaríamos de típicas construções pomeranas, em forma de casas de paredes
Fig 4: Os eslavos, grupo nômade na caminhada do século V em direção as terras da costa Báltica. Povo de grande conhecimento e aptidão para negócios, introduziram a criação de ovelhas na Pomerânia e trouxeram consigo a veneração de muitos deuses pagãos para as regiões Bálticas.
A junção desses três grupos na região báltica (ruguérios, lemovérios e eslavos), mais tarde deu origem ao nome que passou a designar essas terras de POMORJE (palavra eslava) em uma referência aos habitantes que viviam junto à costa do mar.
A LUTERANIZAÇÃO DOS POMERANOS Em 1525 o povoado de Stralsund foi o primeiro a introduzir a doutrina luterana e esse fato se deve a Johannes
brancas com suas portas e janelas azuis.
Bugenhagen (Doctor Pomeranus) atravéz de seu trabalho junto às aldeias e povoados e também aos trabalhadores do campo da Pomerânia. Bugenhagen (1485-1558) nascido em Wollin era monge e, a partir de 1534 passou a trabalhar intensamente para a aceitação das teses promulgadas pela Reforma Protestante de 1517. Em 13 dezembro de 1534 no Parlamento em Treptow no Rega, o Bispo de Pomerânia, juntamente com duques, a nobreza e representantes cristãos de muitos povoados pomeranos puderam debater os assuntos eclesiásticos pertinentes à Reforma Protestante. Os enviados dos diferentes povoados, como os representantes Ketelhot (Stralsund), Paul Rode (Stettin), Hermann Riecke (Stargard), Jacob Hogensee (Stolp) enfatizavam a sua simpatia pelas questões propagadas de Lutero e por Johannes Bugenhagen. Entretanto, não foi possível chegar a um acordo. Em vista disto Bugenhagen foi convidada a apresentar uma “Constituição da Igreja”, que pudesse ser validada para toda Pomerânia. Como era um defensor fervoroso da Reforma Protestante continuou com as suas visitas as igrejas do ducado. Porém, foi somento depois da morte de Erasmus von Manteuffel-Arnhausen (1521-1544), bispo de Cammin (Kamien), que ficou mais fácil a entrada definiva da Reforma Protestante em terras pomeranas. Foi desta forma e com a decisão do duque Barnim IX (duque da Pomerânia-Stettin de 1531-1569), que o luteranismo foi adotada como a religião oficial do Estado.
Fig 5: Aqui se pode identificar uma representação da tribo germânica dos lemovérios no povoado da costa Báltica de Wollin.
A GUERRA NAPOLEÔNICA NA POMERÂNIA As guerras napoleônicas, que assombraram a Europa e durante 11 anos (1804 a 1815) mais uma vez representaram um grande pesadelo para a Pomerânia e levaram a penúria e a fome ao seu povo. Em março de 1807 o exército francês estava acantonado nos povoados pomeranos
de Kolberg, Stralsund e na Ilha de Rügen. Em 31 de maio de 1809 retornaram a Stralsund e em 5 de abril de 1813 permaneceram com 2.000 mil soldados na cidade portuária de Stettin, somando a estes mais 85.000 mil franceses que passando por terras pomeranas se deslocaram para os campos de batalha na frente russa. Já em 18 de maio de 1813 as tropas suecas comandadas pelo Príncipe real Bernadotte se instalaram na Pomerânia para combater os franceses e meses depois em 21 de novembro alcançaram a cidade de Stettin e onde ficaram acantonados. As tropas de ambos os lados, nas suas passagens pelos vilarejos e campos antes cultivados, destruíram lavouras, pilharam o que encontraram pela frente, trazendo morte, miséria e fome. Depois da derrota de Napoleão na batalha de Waterloo (18 de junho de 1815) e da assinatura da Paz no Congresso de Viena em 1815, os exércitos dos estados europeus em conflitos foram dissolvidos e muitos dos combatentes franceses, sem recursos e não conseguindo voltar para a sua pátria, perambulavam mendigando nas terras pomeranas, na procura por trabalho nos campos, já repletos de mão de obra barata. Alguns exsoldados franceses remanescentes na Pomerânia terminaram casando com mulheres da terra e mais tarde embarcaram para o Brasil com suas famílias. A maior prova disto são os sobrenomes de emigrantres pomeranos que aqui chegaram e identificados pelos sobrenomes como sendo de origem francesa: Berlert, Berlitz, Bervian, Braatz, Dahmer, Dapper, e Prass.
POMMERLAND IN BILD Helmut Kirsch, Liliencronstraße 13, 23774 Heiligenhafen - Deutschland
Fig. 6: Von weit im Nordosten Europas erstreckt sich am Südrand der Ostsee derwährend der letzten Eiszeit entstandene Baltische Höhenrücken. Dunkle Wälder und unzählige Seen schufen, wie hier bei Bublitz, ein beliebtes Feriengebiet.
Fig. 7: Immer seltener erkennt der Reisende verwitterte deutsche Namen, wie hier über einem Geschäft in Bad Polzin. In den ersten Jahrzehnten wurde alles ausgetilgt, was an die einstigen deutschen Bewohner Pommerns und der anderen Ostprovinzen erinnert.
Fif. 8: Seit der Reformation war Pommern evangelisch. Mit der Vertreibung seiner Einwohner begann eine Gegenreformation durch die katholische Kirche. Heute gibt es nur wenige Protestanten in dem nun katholischen Land und nur wenige Gotteshäuser, in denen sie sich zu ihrer Konfession bekennen können.
Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein
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