Ano IV - Edição n° 157 – Data de 17 de setembro de 2016
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POMERANOS REGISTRAM PRESENÇA EM COLÓQUIO INTERNACIONAL Moyses Berndt Brasilia - DF
Em 30 de agosto, na terra natal de Darcy Ribeiro, desembarcaram do avião alguns descendentes de pomeranos para participar do IV Colóquio Internacional Povos e Comunidades Tradicionais, que ocorreu até 1º de setembro, no campus da Unimontes – Universidade Estadual de Montes Claros (MG).
Editor Ivan Seibel Reg. Prof.Mtb 14.557 Revisor Editorial Walter O. Schlupp schlupp@sinos. net Fotografias
Assessoria Lingüística
Correspondência s Rua General Osório, 1877Centro – Venâncio Aires RS Email ivan@seibel.com .br
Fig 1: Cartaz do evento. Imagem encaminhada pelo autor
O colóquio registrou presença de indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, seringueiros e muitos outros povos e comunidades. O eixo comum do colóquio foi a ameaça à essas culturas hoje, pelos grandes projetos de desenvolvimento. A expansão do agronegócio, da mineração e da geração de energia hidroelétrica encabeçaram o topo da lista dos vilões que disputam os territórios tradicionais. Na conferência de abertura, proferida por Ailton Krenak, criticou-se o sistema consumista em que vivemos. O líder indígena explicou como a água foi coisificada, deixando de ser um bem
comum de uma comunidade para se tornar mais uma mercadoria comercializada dentro de uma garrafa plástica. Para ele, Bate-bola “desconectamos a água da sua nascente”. Isso é perigoso, pois nos deixa distante das lutas pela proteção dos veios d’água. Para o povo pomerano, água, terra e comunidade são uma só coisa chamada land, intrinsecamente ligadas à sua Hábitos e existência no mundo. A proteção das nascentes e dos veios de água costumes dos no subsolo é um elemento fundamental para a manutenção dos territórios dos povos e comunidades tradicionais. Vimos o pomerânios depoimento de uma comunidade que perdeu todas as suas fontes de água por causa de uma grande plantação de eucaliptos vinculada Ivan Seibel ao agronegócio. “É preciso criar leis municipais que proíbam a Reg. Prof.Mtb plantação da monocultura do eucalipto”, propôs Orlando dos Santos, 14.557 do Movimento Geraizeiro. Marcaram presença no IV Colóquio os brasileiropomerano Erineu Foerste, Lilia Jonat Stein, Vanilda Haese Ao longo da Dettmann e Moyses Berndt; e as pesquisadoras Sandra Márcia de história o dia a dia Melo e Arlete M. do pomerano Pinheiro Schubert. sempre parece ter O simpático Prof. Dr. Erineu sido regrado por Foerste discorreu, em hábitos e conjunto com Vanilda costumes. Seriam Haese Dettmann, regras milenares? sobre o “Povo Dificilmente se Tradicional Pomerano: lutas coletivas por pode saber. direitos sociais” onde Entretanto, regras traçou um panorama sempre são conciso e elucidativo regras e dentro dos desejos e barreiras enfrentados deste princípio a pelos pomeranos no forma de viver e Brasil. Durante a de conviver na apresentação do tema sociedade “Quem se lembra dos tupinikim?” realizada pomerana se pela pesquisadora manteve intacta, Arlete M. Pinheiro Fig. 2: O Prof. Brandão em sua palestra, vestindo quem sabe, uma camiseta pomerana. Schubert, em conjunto definida ao longo Imgem encaminhado pelo autor. com o Prof. Erineu, foi de quase um mencionado o apoio material que os colonos pomeranos deram aos primeiros habitantes das terras capixabas, reforçando o elemento milênio. Assim, a solidário presente na cultura pomerana criança, até Nossa atenciosa professora de pomerano, Lilia Jonat mesmo antes de Stein, apresentou duas comunicações. Em “Uma análise das nascer já estava múltiplas dimensões do processo educativo que envolve a escolarização das crianças pomeranas”, demonstrou com muita sujeita a todo um regramento. Aliás, propriedade, problemas vivenciados no Espirito Santo para a alfabetização bilíngue, alguns presenciados e vivenciados por ela a regra era o mesma, evidenciando a necessidade de reformulação das políticas segredo. Não se públicas para a educação bilíngue. Em “Identidade do povo podia falar sobre tradicional pomerano – uma temática étnico racial em discussão”, expôs de forma sistematizada as discussões existentes hoje nas a “origem” da comunidades pomeranas para uma plateia lotada de pesquisadores, criança. Elas que se interessou em saber mais sobre o povo tradicional pomerano simplesmente que reside no Brasil. eram “trazidas”. A Prof. Sandra Márcia de Mello, organizadora do livro
Alguns falavam em cegonhas. Sim, cegonhas, isto é, grandes garças. Havia muitas na Alemanha e na Pomerânea. O “Klapperstorch”, na verdade era aquela garça de grande porte e que fazia um ruído intenso com o seu longo bico.
“Pomeranos no Brasil – olhares, vozes e história de um povo”, discorreu sobre sua pesquisa “Língua e Identidade entre os pomeranos de Santa Maria de Jetibá” demonstrando a importância do idioma enquanto elemento para a formação da identidade do povo tradicional pomerano. Todas estas comunicações feitas pelos nossos colegas foram muito bem acolhidas, comentadas e aplaudidas por estudantes e pesquisadores presentes. Cabe registrar que Prof. Dieter Gawora, da Universidade de Kassel, em sua palestra sobre a conceituação de comunidades tradicionais, citou a retomada da preservação dos costumes locais nas cidades da Alemanha. A pesquisadora Stefanie Koch exemplificou esta retomada com sua pesquisa sobre o desenvolvimento participativo da infra-estrutura como instrumento de fortalecimento das comunidades rurais e comunidades de aldeia para os municípios de Lichtenfels e Kirchheim, ambos na Alemanha. Essa perspectiva europeia pode aumentar a força dos povos que imigraram para o Brasil e estão se reconectando com suas raízes.
Havia também os que afirmavam que “dai oppa brinha klaina Kinna” (os macacos trazem as criancinhas). Por que o macaco? O que o macaco tem a ver com as crianças recém-nascidas? Quem sabe, foi uma aculturação, em que a ausência da grande cegonha foi substituída pelo símio, tão comum na selva brasileira.
Fig. 3: O simpático Prof. Erineu , a Prof. Lilia e a Sra.Haes com novos amigos, povos tradidionais indígenas.; Imagem encaminhada pelo autor Outro tema muito comentado durante o IV Colóquio foi o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais – CNPCT, criado pelo Decreto nº 8.750, de 08.05.2016, ameaçado de extinção pelo atual governo. Foi opinião unânime, em todas as intervenções e sob calorosos aplausos, que esta conquista não pode ser retirada dos povos e comunidades tradicionais. “É um marco no Direito destes povos e comunidades”, comentou o Procurador Regional dos Direitos Humanos e do Cidadão que estava presente nos debates. Nos agradou muito o fato do carismático Carlos Rodrigues Brandão, Prof. Emérito da Unicamp, realizar sua palestra em um auditório lotado, vestindo uma camiseta pomerana, onde afirmou que “uma cultura para existir precisa estar viva”! Na conferência de encerramento, o Prof. Alfredo Wagner Berno de Almeida, da UFAM, provocou os presentes a refletir sobre o caráter autoritário da oligarquia agrário-industrial brasileira, desde tempos idos. Comentou, entre outros assuntos, sobre o projeto “Centro de Ciências e Saberes”, que está sendo implantado nas comunidades do norte-nordeste do país, visando a preservar a
Comunico que, por motivo de viagem deste editor ao Congresso de Historia da Pomerâne
memória das comunidades, suas tecnologias sociais e instrumentos de trabalho. Por meio de fotos, mostrou um destes centros (que custou apenas R$ 13 mil) e que está sendo fundamental para a preservação da história e da identidade coletiva do povo Tremembé. Ou seja, com poucos recursos podemos iniciar um projeto de preservação da memória. Quem não lembra, em Pomerode, do saudoso Egon Tiedt, que começou a coleção de objetos que resultou no Museu Pomerano daquela cidade? Foram duas conferências, mais de 20 palestras, mais de 150 trabalhos científicos, 10 oficinas e muitas, muitas mesmo, conversas paralelas nos corredores e no restaurante universitário. Foram relatados desde casos locais até discussões em andamento na ONU e na OIT. Poderíamos resumir que a luta pela Fig. 4: Participantes do envento: Sra. Arlete, Prof. manutenção dos povos Erineu, Prof. Lilia, e Sr. Moyses. Imagem encaminada pelo autor. e comunidades tradicionais – o povo pomerano incluído – passa por articulações locais, estaduais, nacionais e internacionais. Mas não apenas isso. Estas articulações devem ser intracomunidades, intercomunidades e extracomunidades. Complexo, mas possível!
ao número 158 da Folha
POMMERLAND IN BILD Helmut Kirsch, Liliencronstraße 13, 23774 Heiligenhafen - Deutschland
Pomerana deverá ser publicada depois do dia 26 09 2016.
Auf dem ehemaligen deutschen Friedhof in Köslin, dessen Grabsteine zum großen Teil in den Nachkriegsjahren zum Straßen- und Häuserbau verwendet wurden, enstand nun auf Initiative des Heimatkreises Köslin, einer Vereinigung vertriebener Kösliner, eine Gedenkallee.
Alter Teich im Kurpark von Bad Polzin
Pastor William Bretzke gehörte zu den Mitreisenden und Mitwirkenden unserer Pommernfahrt 2013. Es war eine schöne und erlebnisvolle Fahrt, die außer nach Stettin, Regenwalde und Kolberg auch Cammin und ins Seebad Hoff führte. Wir stehen unterhalb des Stettiner Schlosses.
Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein
Dor no pescoรงo - Dor nas costas - Dor de ouvido Dor abdominal - Dor de cabeรงa - Dor de dente.
A vida e o tempo sรฃo os dois melhores professores... A vida nos ensina a aproveitar bem o tempo; O tempo nos ensina a valorizar a vida.
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MUCURY https://www.dropbox.com/s/mcvj6md315u0vsx/MUCURY%2C%20 AV%C3%89-LALLEMANT%2C%201859.pdf?dl=0
O RELATO DE ROBERT AVÉLALLEMANT 1859 Walter O. Schlupp (ed.)
PREFÁCIO DO EDITOR Esta publicação reúne aqueles trechos de “Viagem pelo Norte do Brasil”, de Robert Avé-Lallemant, que relatam a passagem desse autor pelo Mucuri no início de 1859. Trata-se, portanto, dos capítulos III, IV e V da mencionada obra. Para esta compilação tomou-se como base o original alemão e a versão portuguesa de Eduardo de Lima Castro, publicada em 1961 pelo Instituto Nacional do Livro. Lapsos de tradução ali contidos, o estilo por vezes pesado em função do original de pesada sintaxe, além de numerosas alusões incompreensíveis para o público brasileiro, motivaram que reformulássemos muitas passagens da versão portugue sa de 1961 bem como suplementássemos o texto, no rodapé, com notas explicativas e um que outro comentário. Complementos esclarecedores no próprio texto estão entre colchetes. Ao se iniciar este trabalho, a versão portuguesa impressa da obra completa, de 1961 estava esgotada, também não disponível na internet. Agora se pode acessá-la em:
http://www.portalbarcosdobrasil.com.br/handle/01/274 O original alemão está disponível (em letra gótica) em: https://archive.org/details/reisedurchnordbr01av Transliteração do original alemão para letra latina, um tanto defi ciente, encontra-se em: http://www.dlib.si/preview/URN:NBN:SI:DOC-Z2GIGWKQ/63 fd3a12-34c8-4420-981c-05eadc18b015 O autor Avé-Lallemant tem sido criticado pelo modo passional com que reagiu àquilo que presenciou no Mucuri. Ora, o viajante suíço J.J. von Tschudi ali já constatara, em 1858, grande número de doentes entre os imigrantes. 1 Segundo Avé-Lallemant, a situação depois piorou consideravelmente: “depois de as misérias do Mucuri já terem começado nos últimos meses do ano de 1858, e em janeiro de 1859 atingirem seu auge...” 2, quando ele lá esteve, vindo a solicitar, com sucesso, medidas concretas do governo imperial visando facilitar a transferência respectivamente o retorno para o Rio de imigrantes em situação de miséria e enfermidade. Essa fase é descrita em seu relato aqui apresentado. Vale ressaltar que o autor, antes de empreender a viagem, havia trabalhado por 19 anos como médico no Rio de Janeiro, de 1836 a 1855, tendo integrado o Conselho de Saúde do Império. Destaques no texto são do próprio autor. Walter O. Schlupp Tradutor juramentado schlupp@sinos.net Setembro de 2016
Previsão do Tempo No Rio Grande do Sul e na Pomerânia
Links interesantes http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/ http://www.preussische-allgemeine.de/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.montanhascapixabas.com.br/ http://www.ape.es.gov.br/index2.htm http://www.staatsarchiv-darmstadt.hessen.de http://www.rootsweb.com/~brawgw/alemanha http://www.ape.es.gov.br/cidadanias.htm http://www.citybrazil.com.br/es http://pommerland.com.br/site/ http://www.ctrpnt.com/ahnen/fmb.html http://www.seibel.com.br http://familientreffen.org/ http://www.povopomerano.com.br http://www.pommersches-landesmuseum.de/aktuelles/veranstaltungen.html http://www.pommern-z.de/Pommersche_Zeitung/index.html http://www.pommerscher-greif.de/ http://www.leben-auf-dem-land.de/seite-4.htm http://www.acdiegoli.blogspot.com.br/ (economia) http://www.raqueldiegoli.blogspot.com.br/ (previdenciário) http://www.emfocoregional.blogspot.com.br/ http://www.twitter.com/tempo_sls
Todo trabalho bem feito deve ser compartilhado para que possa ser reconhecido. Guardá-lo na gaveta de nada adianta, pois rapidamente será esquecido. Divulgue o que está sendo realizado na sua cidade. Conteúdos envolvendo assuntos da comunidade pomerana, eventos culturais, danças ou apresentações musicais são considerados de interesse coletivo e merecem ser publicados. As matérias a serem encaminhadas para publicação podem ser preparadas na forma de textos com até 24 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte arial número 12 ou na forma de pequenos textos de no máximo 5 ou 6 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte arial número 12. Imagens ou fotografias irão enriquecer a matéria. Sugere-se duas ou tres fotos por texto.
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