Ano IV - Edição n° 161 – Data de 22 de outubro de 2016
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SYDONIA, A BRUXA DA POMERÂNIA Jose Carlos Heinemann Novo Hamburgo - RS
Em 1295, na região de Regenwalde, além de uma extensa floresta havia também as propriedades das famílias nobres dos von Borcke e dos von Vidante que ali constuíram os seus castelos. Historicamente, no início de 1229 estas terras pertenciam aos Cavaleiros Hospitalários. Já a partir de 1365 os Vidante deixaram Regenwalde para assumirem uma outra área de terras a convite do Duque Barnim IV da Pomerânia-Wolgast. Um século mais tarde, a partir de 1447 todos habitantes de Regenwalde estavam de certa forma atrelados ao castelo dos von Borcke, onde muitas famíilias permaneceram como serviçais até 1808. Eram os únicos proprietários e governantes de Regenwalde e da sua extensa área de florestas. Fig. 1: Sydonia von Borcke. (1548-1620). O castelo Fonte:https://www.facebook.com/PomZachodnie=photo da família dos von Borcke localizava-se no povoado de Stargordt (Starogard), na antiga estrada que ligava a sede de Regenwalde (hoje
Bate-bola O rápido crescimento da população pomerana Ivan Seibel Reg. Prof.Mtb 14.557
Os primeiros assentados, tão logo se consolidou o processo de efetiva fixação dos imigrantes pomeranos nos seus respectivos lotes de terra passaram também a ter proles muito numerosas. Assim, para citar como exemplo, há cálculos que mostram que da população de 17.500 descendentes germânicos no estado de Espírito Santo em 1910 cerca de 2.500 haviam emigrado da Europa. Havia um registro de cerca de 19.000 nascimentos nos primeiros 60 anos e um cálculo aproximado de
chamada de Resko) a Labes (Lobez) e para Schivelbein (Swidwin no município de Belgard). Anos mais tarde esse castelo quase abandonado devido às sucessivas guerras e pela falta de conservação. Coube a Adrian Bernard von Borcke (1668-1743), herdeiro da propriedade, marechal de campo no exército prussiano de Frederico Guilherme I, a restauração e ampliação desse bem familiar. Foi desta forma que, juntamente com sua esposa Antoinette Hallart nascida Hedwig não só restaurou o castelo (1717-1721) de estilo arquitetônico holandês, como também ampliou o solário (pátio), o qual foi decorado com jardins vistosos e um telhado de mansarda decorativo. Inicialmente as terras compreendiam 17 mil hectares. Em 1829 a propriedade media 11 mil hectares, com 18 residências ao seu redor, casa de trabalhadores, 4 grandes celeiros de madeira e áreas paroquiais (residência, escola e escritório do guardião da área). Tudo isto isento de impostos. E é nesta família que aconteceu esta dramática e aterrorizante estória de Sydonia von Borcke, que viveu de 1548 até 1620. Antes de iniciar o relato sobre a vida de Sydonia von Borcke, é preciso lembrar que, ao revermos a história dos pomeranos, esta sempre traz à tona o seu forte vínculo com as superstições. Será preciso Fig. 2: Aqui o castelo da Família de Sydonia von Borcke, relembrar que na cidade de Stettin. no século I d.C. os deuses pagãos da floresta já vinham sendo reverenciados. Isto se acentuou no século V, quando os eslavos (Wenden) migraram para a costa báltica. Tanto aqui como na região de Stettin havia grandes centros de adoração a esses deuses pagãos e que passaram a ser combatidos em meados do século X por Mieszko, rei da Polônia. Na história dos Duques Pomeranos e da baixa nobreza pomerana dificilmente vamos encontrar citações sobre superstições, cultos adoração aos deuses pagãos ou sobre magia. Tem-se a impressão de que as próprias familias eram levadas a encobrir tais fatos e em casos
4000 óbitos. Com isto a população teve um crescimento real de cerca de 15.000 indivíduo. Desta forma, aqui, como em outros estado do Brasil, a presença de oito a dez filhos era relativamente comum nestas famílias, o que nestes primeiros anos passou a ser visto com muito simpática, pois também representava força de trabalho em tempos de muito carência, portanto, mão de obra. Entretanto, tão logo se constatou que famílias numerosas também necessitavam de maiores áreas de cultivo, este ritmo de crescimento passou a apresentar uma significativa diminuição ao mesmo tempo em que teve início um novo fenômeno que passou a ser conhecido como migração interna. Nisto se destacou, sobretudo a evasão da
extremos as pessoas suspeitas desta irregularidade eram, por assim dizer, aprisionadas num mosteiro. Na prática, os inúmeros relatos de superstição, de magia e de adoração aos deuses pagãos ficou sem dúvida para os pobres, os sem-terra, aos que não tinham posses. Os mosteiros, naqueles tempos, tinham também uma certa função “social”: Assim, muitas viúvas de duques e de príncipes, para “zelar” pelo nome da família após a morte de seu cônjuge, passavam o resto de seus dias em algum mosteiro local. O mesmo tembém acontecia com prostitutas idosas ou outras mulheres que não mais conseguiam prover o seu próprio sustento. A trágica história da bela Sydonia von Borcke teve um personagem real. Na realidade tornou-se uma das figuras mais populares da vida principesca pomerana. É a história de uma mulher muito inteligente e sensível, mas que se sentiu traída. O mal afetou sua personalidade a tal ponto que passou a ser identificada como mulher má e com vinculação à bruxaria. Nasceu em 1545 no pálacio da família em Stargordt, nas proximidades de Labes (Lobez), no município de Regenwalde (Resko). Era descendente de uma família de cavaleiros e de origem eslava. Com a idade de 8 anos, ficou órfã de mãe. Abençoada com extraordinária beleza e habilidades, mimada pelo pai, como a caçula de três irmãos, viveu uma vida totalmente conturbada e andarilha. Citam os livros que se destacou pela formosura e por uma inteligência sem precedentes. Isto logo lhe trouxe muitos admiradores, mas também inimigos. Nas solenidades da Corte conheceu o jovem Duque Ernest Ludwig (1545-1592) e se apaixonou. Mas, como as regras eram ditadas pelos interesses do Estado, o casamento não aconteceu, pois o Duque Ernest Ludwig rompeu o compromisso de casamento em favor da sua união com a princesa Jadwiga Zofia de Brunswick. Conta a história que Sydonia, profundamente ferida em seus sentimentos, teria rogado uma maldição sobre a família do Duque Ernest e toda a Dinastia dos Greiffen (Griffin). Após a morte de seu pai, Sydonia passou a viver sob os cuidados de seu irmão Ulrich. Depois de um desentendimento com o irmão, por questões de herança, desistiu de seu quinhão na propriedade e, muito desgostosa com tudo e com todos, se refugiou no mosteiro Marienfliess, das monjas cistercienses, fundado pelo Duque Barnim I em 1248. Mais tarde viveu em vários lugares, inclusive em Stettin (Szczecin) e em Regenwalde (Resko), Stargard. Sua passagem pela corte de Stettin lhe trouxe mais dissabores e também a acusação de ter fomentado intrigas que causaram grandes prejuízos para as famílias nobres. Finalmente, em 1604, Sydonia, com 57 anos de idade, retornou ao convento de Marienfliess. Apesar de ser simpática, Sydonia tenta vencer todas as dificuldades do jogo político e do interesse da nobreza das terras pomeranas. Muitos fazem acusações e
população jovem ao mesmo tempo em que entre a população de mais idade, passou a ocorrer um gradativo aumento do número de falecimentos. Era um processo natural de acomodação da população sobre a efetiva disponibilização de terras.
se tornam seus inimigos. Para agravar ainda mais a sua situação, criou graves conflitos com a priora do mosteiro, com desacato às suas ordens de convívio na comunidade das irmãs religiosas. Desta forma, além de causar desentendimentos com todos e de leitura de livros impróprios para época, passa a ser acusada da prática de curandeirismo e de magia negra, o que lhe vale a acusação de bruxaria. Ao desacatar as autoridades eclesiásticas e causar intrigas entre as monjas, passa a atrair os inquisidores superiores de outras ordens religiosas, que vêm ao Mosteiro para avaliar o seu estado de saúde e psíquico. As primei-ras acusações de tais práticas começam a ser registradas a partir de 1612 e até 1619 apenas se avultam. Em outubro daquele ano, deixa o Mosteiro em Star-gard, sendo condu-zida até Stettin para um grande interro-gátorio. Em dezem-bro, em decorrência da investigação sobre sua conduta, uma corte de clérigos a declara feiticeira, levantando 74 acusações. A mais grave foi a maldição à família dos Duques da Pomerânia, da Dinastia dos Grifos (Greiffen). Como escreveu o historiador pomerano Martin Wehrman: "Durante o inquérito, admitiu espontaneamente que a arte da magia visava prejudicar seus inimigos pessoais." Finalmente, em 1º de setembro foi condenada à morte. Intrigante, mas sua maldição de fato parece ter-se concretizado. O Príncipe Franz morreu dois meses depois da execução de Sydonia. O irmão do duque, ainda menor de idade, veio a falecer em 1622, e em 1626 igualmente veio a falecer o Duque Phillip de WolgastPomerânia. Em 1637 morre Bogislau XIV, último duque pomerano, terminando asFig.3:Representação da caminhada para a prisão. sim a Dinastia dos Fonte:https://de.wikipedia.org/wiki/Borcke#/media/File:Sy donia_von_Borck.jpg Grifos (Greiffen), e a Pomerânia passa para o domínio dos suecos e dos brandenburgueses. Desta forma terminou o domínio da família Griffin na Pomerânia. O escritor alemão Wilhelm Meinhold publicou em 1847 o romance "Sydonia von Borcke, a Feiticeira do Mosteiro". Seu romance, sem sucesso, foi esquecido, mas na década de 1900, a tradução para o inglês da escritora inglesa Jane Frascesca Elgee, tornou-se um best-seller. Um outro autor, como Theodor Fontane, igualmente escreveu
sobre o tema com o título "A Bruxa do Mosteiro de Marienflies e a derrocada da família ducal Pomerana". Há também a obra literária "Sydonia von Borcke", de Louis Hamann. Nas artes visuais, há uma série de obras dedicadas à pessoa de Sydonia von Borcke. Entre os mais famosos são a pintura do quadro de Jones Edward Burne. Suas duas pinturas "Sydonia von Borcke " e "Clara von Borcke" podem ser apreciadas na Galeria Tate de Londres, na Inglaterra. Os registros dessa história familiar quase milenar em parte estão nos arquivos da biblioteca da Universidade de Greifswald e nos Arquivos Pomeranos de Stettin
POMMERLAND IN BILD Helmut Kirsch, Liliencronstraße 13, 23774 Heiligenhafen - Deutschland
Ein Dorf im wunderschönen „Blauen Ländchen“ Abseits vom hektischen Geschehen liegt, eingebettet in Wälder und Hügel, ein kleines pommersches Dorf. Sein Name ist Schimmerwitz, auf polnisch Siemirowice. Nie wären wir dort hingekommen, hätten nicht unsere Freunde Eleonore und Jürgen, die noch bis vor zwei Jahren in der Nähe von Hamburg lebten, in Schimmerwitz ein Erbe angetreten. Der 200 Jahre alte Bauernhof befindet sich, trotz aller geschichtlichen Umwälzungen des vergangenen Jahrhunderts, im Besitz von Eleonores Familie.
Fig. 4.:Waldspaziergang in Pommern, das ist Erholung pur. Hin und wieder kommt man an einen einsamen See und legt eine Rast ein. Manchmal wird die Stille nur durch den Flügelschlag einer Ente unterbrochen, die sich aus dem Wasser erhebt.In der Abenddämmerung kann man vielleicht einen kapitalen Hirsch beobachten, wie er auf eine Lichtung tritt. Seit einigen Jahren soll es auch wieder vereinzelte Wölfe in Pommern geben.
Seit den Oderbrücken bei Stettin stehen wir im Stau oder kommen nur langsam voran. Es ist Ferienzeit und
außerdem Wochenende. Die E28 in Richtung Danzig wurde nach Polens EU-Beitritt gut ausgebaut und vier größere Orte haben Umgehungsstraßen bekommen. Meine Geburtsstadt Köslin sowie Schlawe und Stolp liegen hinter uns. Nun erst können wir die weite hinterpommersche Landschaft mit ihren Wäldern, Hügeln und den weitverstreuten Dörfern genießen. Endlich, nach fast elf Stunden stehen wir in Schimmerwitz vor der neuen Kirche, deren Turm statt einer Spitze drei aufeinandergesetzte Bauklötze zu haben scheint. Hier sind wir mit Jürgen verabredet. Der Ort wirkt verschlafen. Zwei junge Leute fegen den Zugang zur Kirche. Sie grüßen uns freundlich. Wir brauchen nicht lange zu warten. Der letzte Kilometer in Schimmerwitz`Wald führt über einen von Roggenfeldern gesäumten Sandweg. Hinter einer Biegung kommt uns ein Pferdefuhrwerk entgegen.
Fig.: 5. . Hinter einer Biegung kommt uns ein Pferdefuhrwerk entgegen.
Ein Panjewagen mit Gummireifen, wie er bei der polnischen Landbevölkerung selten geworden ist. Es sind Nachbarn von Eleonore und Jürgen. Wir biegen rechts ab und fahren durch ein schmiedeeisernes Tor. Fasziniert blicken wir auf ein kleines vertäumtes Paradies, das so unvergleichbar scheint und uns für die nächsten Tage aufnehmen wird. Vor uns liegt ein Hof, wie er typisch für diese Gegend ist. Die Gebäude wurden im Stil der preußischen Bauernhäuser errichtet. Vor dem kleinen Wohnhaus breitet sich ein üppiger Blumengarten aus: Dahlien, Rosen Lupinen, Flox, Tagetes, Kapuzinerkresse und Langer Heinrich. „Mein Gott, wie schön und ruhig das hier alles ist.“ In der Mitte, wo einst der Misthaufen dampfte, hat Eleonore liebevoll einen Gemüsegarten angelegt. Krümel, die Mischlingshündin, kläfft ununterbrochen. Sie ist keine Fremden gewohnt. Überall sieht es nach Arbeit aus. DerTag beginnt hier um sechs. Die Stallungen haben erst kürzlich neue Türen bekommen. In dem Anbau der Scheune steht ein alter Traktor.
Fig 6.: An anderer Stelle hat Jürgen, der als gelernter Buchhändler, eine Versandbuchhandlung besaß, Restbestände wertvoller Bücher, Landkarten und Meßtischblätter der alten deutschen Ostprovinzen untergebracht.
Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein
Professor! Professora! Você tem em suas mãos o poder para transformar o mundo!
Perfeita a vida não é, mas existem pessoas que fazem a vida perfeita.
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