N° 175, 2017 – Data de 28 de janeiro de 2017
Reg. sob número 15.876, Fls. 193 frente, Livro B-137 Código ISSN 2526-1762 Folha Pomerana Express Comunicação Eletrônica
Rua General Osório 1877 Centro – Venâncio Aires – RS
OS POMERANOS NO BRASIL NA VISÃO DE EUROPEUS Sob Brasilien” (O Pommersche uma ampla Pomerana:
o título, “Die Pommerschen Menschen in Povo Pomerano no Brasil), o jornal Die Zeitung de Greifswald, Alemanha, publicou reportagem, aqui reproduzido pela Folha
Editor Ivan Seibel Reg. Prof.Mtb 14.557
Texto original de Helmut Kirsch Tradução de Ivan Seibel Revisor Editorial Walter O. Schlupp schlupp@sinos. net
Correspondência s Rua General Osório, 1877Centro – Venâncio Aires – RS
Email ivan@seibel.com .br
Já em 1975, Klaus Granzow, em seu relato de viagem intitulado “Pomeranos sob o Cruzeiro do Sul” chamou a nossa atenção sobre o sul do Brasil. Pois foi para lá que emigrou um grande número de Pomeranos. Desta forma nos foi relatado como estas pessoas tiveram um destino diferente do que estava reservado a nós mesmos. Já 100 anos antes de praticamente toda a nossa população ter sido expulsa da Pomerânia Oriental e de Stettin, milhares de emigrantes, constituídos na sua maior parte de trabalhadores do campo empobrecidos, haviam se aventurado nessa viagem para a América do Sul. As dificuldades da época realmente devem ter sido muitos grandes para essas pessoas terem sido obrigadas a emigrar para terras desconhecidas. Certamente não foi uma simples procura por aventura que deslocou essa população do campo. Os muitos confrontos fatais com indígenas hostis, as picadas cobras venenosas e as epidemias de malária nas selvas brasileiras os colocaram em circunstâncias inimagináveis nas selvas brasileiras. Foram essas as aventuras vivenciadas pela primeira geração de
OS RITOS DE PASSAGEM Ivan Seibel Reg. Prof. Mtb 14.557
Muitos hábitos e costumes que durante séculos eram praticados na antiga Pomerânia, talvez uma herança do tempo de paganismo, continuaram vivos durante os primeiros cem anos entre os pomeranos que se fixaram aqui no Brasil. Os chamados ritos de passagem se constituem em uma espécie de elos a formarem um círculo que inicia pelo nascimento, passando pelo batismo, pela confirmação, pelo
imigrantes; mesmo algumas décadas mais tarde, durante os anos das grandes guerras, seus descendentes ainda vivenciaram a proibição da sua língua. Hoje, finalmente os pomeranos podem usufruir os seus sucessos. As regiões de Pomerode, de Santa Maria de Jetibá e São Lourenço do Sul parecem imagens de um sonho, onde nos dias atuais podemos observar casas em estilo enxaimel emolduradas por jardins cultivados com zelo. Pequenas cidades, de longa data, gozam de grande desenvolvimento. Em muitas delas, além dos empreendimentos da população local, investidores da Alemanha também aproveitam todo este Fig. 1: Capa do livro O Povo Pomerano no Brasil empenho dos habitantes locais para implantarem projetos industriais. Nos últimos anos também houve muitas modificações na área da cultura. As festas pomeranas anuais cada vez mais passam a prestigiar as atividades desenvolvidas por grupos como os das sociedades de tiro e canto. Enfatizam sobretudo os trabalhos dos grupos de danças, que já atravessaram fronteiras e se tornaram conhecidas até na Europa. A cidade de Greifswald se tornou coirmã de Pomerode, dando origem a uma série de movimentos de intercâmbio com o Pommersches Landesmuseum daquela cidade. Em diversas ocasiões o jornal Pommersche Zeitung fez reportagens sobre apresentações do Regenwalde Tanzgruppe [de Jaraguá, SC] na Pomerânia.
casamento, fazendo o fechamento com a morte, na esperança por uma nova vida. O pomerano cultiva os rituais que representam uma passagem para
Fig. 2: Praça central de Greifswald – Imagem do arquivo do editor
uma nova fase da sua vida, a começar com o nascimento, envolvido em segredos e cuidados, seguido pelo batismo, em que a criança começa a ser protegida por uma aura do “ser cristão”. Já em um momento posterior, a confirmação dálhe o status de adulto. Com ele passa a poder fumar, beber e
Em 2013, por ocasião de uma viagem para a Pomerânia, na qual participaram personalidades da política, da cultura e também pesquisadores, surgiu a ideia de se preparar mais um livro, dentro de uma visão atual, sobre o dia-a-dia da vida do povo pomerano no Brasil. Um grupo de trabalho, organizado pelo Prof. Dr. Ivan Seibel, do Rio Grande do Sul, reuniu uma série de materiais, e o industrial Wander Weege, que já subvencionou muitos projetos culturais pomeranos, novamente de dispôs a apoiar este empreendimento que resultou na edição em língua portuguesa de um livro de bolso com o título “O povo pomerano no Brasil”, com uma tiragem de 8.000 exemplares. No seu prefácio, o cônsul honorário da Alemanha para o Espírito Santo escreveu que “um trabalho como este certamente é de grande significado para a preservação da história, da cultura e das tradições da população pomerana no Brasil. Hoje os descendentes dos pomeranos, segundo o Prof Seibel, em primeiro lugar se consideram brasileiros, entretanto eles preservam a sua cultura e querem conservar os seus valores, mas também anseiam por novos caminhos que levem ao desenvolvimento.
dançar. Por último, já como adulto, ao ingressar no casamento, passa
POMMERLAND IN BILD Helmut Kirsch, Deutschland hehe.kirsch@gmail.com
a viver sua fase de plenos direitos. Agora, casado, usufrui a sua vida
DICKER SCHNEE BEDECKT POMMERLAND
plena, cuidando da prole, cumprindo com o seu destino de dar continuidade à espécie. A morte, com todo o seu cerimonial, em que as janelas da sua casa são abertas para que o espírito possa sair livremente, e a ceia com Wittbrot (pão branco), preparada pelas vizinhas e servida
Zuerst kam der Nieselregen, dann fiel das Thermometer auf 2° minus und schon glichen die Straßen eisigen Rutschbahnen. Bereits in den ersten Januartagen kam es zu zahlreichen Unfällen. Immer wieder landeten Autos im Straßengraben. Auf der Autobahn A1 kam es zu Massenkarambolagen, als 31 Autos ineinanderfuhren. Hubschrauber des Deutschen Roten Kreuzes mußten Schwerverletzte in die umliegenden Krankenhäuser bringen, andere wurden notversorgt, weil sie wegen der gesperrten Fahrbahn die Nacht im Auto verbringen mußten. Die Bahn meldete Verspätungen und selbst der Flugverkehr wurde eingeschränkt, weil die Flieger vor dem Start enteist werden mußten. So oder ähnlich wie in diesem Januar hält Jahr für Jahr der Winter Einzug in Norddeutschland. In den etwas höheren Lagen kommt noch der Schnee hinzu. Der Harz, unser norddeutsches Mittelgebirge, liegt unter einer Schneedecke. Seit der Wiedervereinigung sind seine Wintersportgebiete von allen Seiten zu erreichen. Zuerst allerdings müssen die
depois do sepultamento para saciar a
Zugangsstraßen vom Schnee geräumt werden. Im ThürigerWald ist an einigen Stellen wegen zu großer Schneeverwehungen an Wintersport nicht zu denken. Viele
fome dos viajantes que aqui chegaram para uma última visita, irão fechar todo este círculo da sua vida.
Fig. 3: Der viele Schnee verzaubert das Dorf Molzen in der Lüneburger Heide. Zur Freude der Kinder und zum Kummer der Autofahrer. Imagem encaminhada por Helmut Kirsch.
Schulen bleiben geschlossen, weil selbst Busse nicht fahren. Allerdings ist in normalen Zeiten mit moderner Technik auch das größte Schneechaos irgendwie zu bewältigen.
Fig. 4: Winter um 1900 im Stettiner Hafen. Dieses Schiff mit dem vereisten Rigg hat Zwangspause. Imagem encaminhada por Helmut Kirsch.
Anders war es im Winter 1944/45, als 12 Millionen Deutsche vor der anrückenden Roten Armee aus Ost- und Westpreußen, Pommern und Schlesien fliehen mußten. Es war ein besonders kalter Winter und Temperaturen unter 20° waren keine Seltenheit. Die Straßen, auf denen endlose Elendskolonnen zu Fuß, mit Handwagen oder im Pferdefuhrwerk gen Westen zogen, waren verschneit und vereist. Alte Männer, Frauen und Kinder saßen ungeschützt vor dem eisigen Wind auf den offenen Wagen. Tiefflieger feuerten auf die Trecks, deren Tote rechts und links der Straße im Schnee zurückgelassen werden mußten. Man konnte nicht halten und man konnte sie nicht begraben, weil die Erde gefroren war. Fast eine halbe Million Menschen
starben auf der Flucht alleine durch Erfrieren.
Fig. 5: So wie hier, fliehen Millionen Menschen aus Ostpreußen und Pommern bei klirrender Kälte vor den russischen Panzern nach Westen. Imagem encaminhada por Helmut Kirsch.
Ein Augenzeuge schilderte seine Flucht über das zugefrorene Haff, über das 450.000 Flüchtlinge aus Ostpreußen flohen: „Diese Fahrt, 18 Kilometer Luftlinie, dauerte eineinhalb Tage, und war so grauenvoll, wie ich es als Soldat in Frankreich, Rußland und Polen nie erlebt hatte. Wagen mit Pferden waren im Eis eingebrochen, erschossene Menschen und Tiere lagen auf dem Eis oder schwammen in den Bombenlöchern. Von Sanitätsautos sahen wir oft nur noch das rote Kreuz auf dem Dach durch das Wasser schimmern. Russische Kampfflieger warfen Bomben und stürzten sich mit Bordkanonen und MG-Feuer auf die wehrlosen Flüchtlinge. Viele ertranken oder starben in Eis und Schnee.“
Fig. 6: Der Dampfeisbrecher "Berlin" führt die Eisbrecherflotte auf dem Stettiner Haff an. Das Schwesterschiff "Stettin" floh 1945 in den Westen und wurde 1982 als technisches Kulturdenkmal anerkannt. Imagem encaminhada por Helmut Kirsch.
Wer kann heute noch diese schwere Zeit nachempfinden, den plötzlichen Abschied von der Heimat bei Schnee und Kälte? Jene, die dieses Inferno überlebt und sich in Mittel- oder Westdeutschland ein neues Zuhause
geschaffen haben, denken nach mehr als 70 Jahren mit Wehmut an ihre friedvollen Kindertage in Pommerland zurück. Ihnen bleibt nur die Erinnerung, aus der sie nicht vertrieben werden können. Es ist die Erinnerung an die Einsamkeit der tiefverschneiten, lautlosen Wälder, an die zugefrorenen Seen oder an die Fahrt Sonntags mit dem Pferdeschlitten zur Kirche. In Pommern herrschte ein kontinentales Klima und auf einen warmen Sommer folgte ein eiskalter Winter mit viel Schnee und klirrendem Frost. Dieses Klima und die weite Landschaft dort droben im Nordosten des deutschen Vaterlandes haben die pommerschen Menschen seit Jahrhunderten geprägt. Liebe zur Heimat und Bodenständigkeit gehören zu ihren vornehmsten Eigenschaften.
Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein
Hoje eu levo o que me faz bem. Somente aquelas coisa que me fazem sorrir. Que fique comigo apenas o que é leve.O que é bom para a alma e que alegra o meu coração.
Para refletir: Uma ponte ou um murro?
Se você tem fé em Deus, as coisas boas te virão do céu!
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Todo trabalho bem feito deve ser compartilhado para que possa ser reconhecido. Guardá-lo na gaveta de nada adianta, pois rapidamente será esquecido. Divulgue o que está sendo realizado na sua cidade. Conteúdos envolvendo assuntos da comunidade pomerana, eventos culturais, danças ou apresentações musicais são considerados de interesse coletivo e merecem ser publicados. As matérias a serem encaminhadas para publicação podem ser preparadas na forma de textos com até 24 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12 ou na forma de pequenos textos de no máximo 5 ou 6 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12. Imagens ou fotografias irão enriquecer a matéria. Sugere-se duas ou três fotos por texto.
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