Folha Pomerana 178 — 18 Fevereiro 2017

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N° 178, 2017 – Data de 18 de fevereiro de 2017

Reg. sob número 15.876, Fls. 193 frente, Livro B-137 Código ISSN 2526-1762 Folha Pomerana Express Comunicação Eletrônica

UMA POMERÂNIA DIVIDIDA José Carlos Heinemann Novo Hamburgo - RS

Rua General Osório 1877 Centro – Venâncio Aires – RS

Editor Ivan Seibel Reg. Prof.Mtb 14.557

Revisor Editorial Walter O. Schlupp schlupp@sinos. net

No início do século XII, os duques pomeranos de maior poder econômico, para poderem administrar melhor o seus domínios e também para um melhor aproveitamento dessas terras, sempre com o aval de um governo maior, seja dinamarquês, germânico ou polonês, passaram a dividir as suas terras em partes menores. Nessa mesma época, de 1108-1136, vários duques passaram a se suceder no comando do povoado de Stettin (Szczecin). É nesse época que Wartislaw I da Pomerânia (reinado de 1121-1147) é reconhecido como o governante de Stettin (Szczecin) que durante a sua dependência do poloneses aumentou significativamente o seu território na direção a oeste, chegando até o povoado de Demmin.

Correspondência s Rua General Osório, 1877Centro – Venâncio Aires – RS

Email ivan@seibel.com .br

Fig. 1: Mapa do norte da Europa no ano de 1100.Mapa em www.euratlas.net/history/europe/1100/de_index.html


Ratibor I (reinado de 1148-1156), ao assumir o governo da Pomerânia em 1148, levou os príncipes saxões IMPERIAL até as suas terras e se colocou à disposição para a implantação e a manutenção do cristianismo. Em 1153 ALEMÃ E OS construiu uma igreja em memória de seu irmão (Wartislaw I) POMERANOS que havia sido morto (por gentios) nas proximidades do rio Peene e fundou um mosteiro em Stolp (Slupsk). Depois do Ivan Seibel seu falecimento em 07 de maio 1156, Ratibor I foi sepultado Reg. Prof. Mtb no mosteiro na Ilha de Usedom. Com a sua morte seus 14.557 sobrinhos Bogislaw I e Kasimir I, filhos de seu irmão Wartislaw I, assumem ducados menores na Pomerânia Não resta Oriental, na região do povoado de Schlawe-Stolp. Em 1124, época da primeira viagem missionária do dúvidas de que, bispo Otto de Bamberg à Pomerânia, o povoado de Stettin para os (Szczecin) tinha entre 3.000 e 5.000 habitantes. Até meados imigrantes do século XIV, este número aumentou para 8.000 ou 9.000 pomeranos as habitantes. Já em 1721, ao passar para o domínio da Prússia, sua população chegou a 11.000 residentes. lembranças da Originalmente sua população era eslava, sobretudo aquela vida da velha que compunha sua camada mais pobre. No entanto, sua Pátria aos transformação étnica não ocorreu apenas como resultado da poucos foram se chegada de imigrantes germânicos, mas também devido ao processo de aculturação e à valorização social. As maiores transformando mudanças ocorreram naquela parcela da população que em recordações geraram um maior resultado econômicos e que tiveram um traduzidas na maior desenvolvimento social. A FAMÍLIA

forma de diferentes canções e que demonstravam um sentimento de saudade e ao mesmo tempo de conformação. Desta forma também a própria imagem da família imperial ou do próprio imperador da Alemanha na parede da “grout Stub”, isto é, na sala de estar

Fig. 2: Fotografia áerea da parte antiga de Stettin (Szczecin). Na parte da frente da fotografia, o rio Oder (Odra). No número 1, a antiga Igreja de São Jacó, iniciada a sua construção em 1180. No número 2, o Castelo dos Duques Pomeranos, obra iniciada em 1347 e terminada em 1577.


era vista com respeito, mas, como um fato passado. Apesar de já estarem vivendo no Brasil há duas ou três gerações, o sentimento de coesão étnica podia ser identificado facilmente, sobretudo nas regiões interioranas

Porém este Castelo foi totalmente destruído na Segunda Grande Mundial (1939-1945) e somente uma parte da torre de parede de tijolos vermelhos foi salva. O restante do prédio foi reconstruído obedecendo as características do seu conjunto arquitêtonico da época do século XVI. Fotografia de Aeropix.

A partir de 1181, Stettin (Szczecin) passou a ser governada por príncipes com simpatias com os germânicos. Com isto tem inicio, de maneira branda, uma sucessão de campanhas contra a hegemonia dinamarquesa na região do mar Báltico. O antigo porto do povoado de Stettin (Szczecin) cada vez mais passa a ser referência para o escoamento de produtos e de matérias primas das regiões pomeranas, tanto a oeste e a leste. Pouco antes disto, em 1180, época de relativo desenvolvimento e de crescente atividade dos missionários dinamarqueses, teve início a construção da igreja de São Jacó (em polonês: Swiety Jakub), que a partir de 1189 foi aberta para os fieis da comunidade cristã. No século XIII, Papa Gregório IX, (pontificado de 1227-1241) autorizou a fundação de um convento em Stettin (Szczecin) com 12 religiosos, que passaram a prestar assistência caridosa aos moradores da cidade.

mais isoladas dos assentamentos pomeranos. Na realidade não tinham mais qualquer vínculo com o seu “país” de origem, que no seu entendimento continuava sendo a Pomerânia nem externavam quaisquer manifestações de vontade de para lá retornarem. Aliás, este último fator, e a total falta de informações

Fig. 3: Interior da Basílica Menor de São João Batispta em Stettin (Szczecin). Pintura do século XVI de Cristo com seus discípulos no altar-Mór da Igreja católica. Foto de Toni Jochem de agosto de 2011.

Em 1187 Otto de Bamberg, conhecido como "Apóstolo da Pomerânia", juntamente com os seus seguidores mandou construir a igreja de São Pedro e João Batista, toda em madeira, na cidade de Stettin (Szczecin). Consagrada pelo bispo Siegfried, de Kamien, foi o terceiro templo cristão desta cidade. Em meados do século XIII, ao passar por uma reforma realizou-se uma adaptação ao estilo gótico e as partes de madeira foram substituídas por tijolos vermelhos. Em 1534, por uma decisão do parlamento de


certamente foi responsável pela não adoção de medidas legais como a conservação de eventuais matriculas consulares para a comprovação de um vínculo oficial com o país de origem, no caso concreto, a Alemanha, ou mesmo de tentativas de obtenção de um visto para a Europa. Fato este, nos dias atuais, é lamentado por

Treptow (Trzebiatowski), a igreja se tornou templo protestante, assim continuando até os dias atuais. Hoje é conhecida como Basílica Menor de São João Batista. Naqueles tempos, o trabalhador do campo, o povo simples, tinha uma vida árdua. Antes da chegada dos novos colonos germânicos no reinado do Duque Barmin I (12201278), boa parte da alimentação da população das terras pomeranas do interior era proveniente da caça. Já aqueles da costa do Báltico tinham sua fonte de proteinas na pesca de peixes e crustáceos do mar. Suas lavouras eram constituídas de corredores de terras com 25 metros de largura e 100 a 150 metros de comprimento. Os seus instrumentos de aradura eram feitos de madeira com uma dentição curta com que rasgavam os sulcos na terra. Na verdade, seu cultivo era sobretudo de subsistência. A criação de bovinos começou a se desenvolver na área costeira em regiões de pouca vegetação e matas rasteiras. Nos invernos rigorosos a caça a lebres, faisões, veados e outras aves passou a ser uma constante, garantindo a manutenção da saúde dos habitantes de muitas pequenas aldeias. A preservação de matas garantia a presença de pequenos animais de caça para o caso de escassez de alimentos da terra pelas intempéries. No reinado de Barnim I os mosteiros se expandiram e atingiram regiões longínquas a leste do rio Oder. Uma vez instalado um mosteiro em uma região desabitada, ao seu redor logo se formavam pequenas aldeias que se transformavam em grandes povoados com seus novos moradores e peregrinos que vinham visitar e rezar nessas Instituições.

tantos pomeranos que deixaram de ter acesso à uma dupla cidadania brasileira/alemã.

POMMERLAND IM BILD Helmut Kirsch, Deutschland hehe.kirsch@gmail.com

DIE TOTEN KINDER VOM KAMPER SEE An der pomerschen Ostseeküste gab es wegen der gesunden Seeluft viele Kinder-Erholungsheime. In ihnen wurden gegen Ende des Krieges auch Kinder mit ihren Müttern untergebracht, die in den vom Luftkrieg gefährdeten Gebieten lebten. Als sich im März 1945 die Rote Armee Kolberg näherte, ergoss sich ein Strom von Flüchtlingen entlang des Ostseestrandes. Zu ihnen gehörten auch die Bewohner der Heime, die versuchten, zu Fuß den Luftwaffenstützpunkt Kamp-Wustrow am Kamper See zu erreichen. Die dort


stationierten Dornier-24-Flugboote hoben im 15-Minutentakt ab, um so viele Menschen wie möglich zu retten. 12 Flieger waren im Einsatz, die – völlig überladen – bis zu 90 Menschen mitnahmen, obwohl sie nur ein Fassungsvermögen von 14 bis 16 Personen hatten. Ihr Ziel war die Insel Rügen.

Fig. 4: https://www.google.com.br/search?q=kamper+see+märz+1945

Am 5. März standen drei sowjetische Panzer etwa 2 Kilometer vom See entfernt und nahmen die Flugzeuge unter Beschuß, als sich plötzlich beim Start eine Do-24 nach vorn neigte und aus 80 Meter Höhe in den See stürzte. 70 bis 80 Menschen, meist Kinder, starben in dem eiskalten Wasser. Wegen der großen Entfernung der Panzer ist es fraglich, ob es sich um einen Treffer handelte, oder um einen tragischen Unfall.

Fig. 5: Bild von : http://lotniczapolska.pl/Rogowo-(1):-Budowa-lotnisk-nadKamper-See,32939

In den letzten Wirren des Krieges wurde es still um die Tragödie. Die deutsche Bevölkerung war vertrieben oder geflüchtet, und über das Flugzeug, das im Schlick des Sees steckte, legte sich Schweigen. Erst im Jahre 2009 organisierten der Historiker Aleksander Ostasz und zwei Museen aus der Gegend einen Tauchgang im Kamper See.


Fig. 6: Die Besucher aus Deutschland vor der Halle des Fliegerhorstes, die um 1936 gebaut wurde. Bild von Helmut Kirsch.

Es gelang ihnen, das Flugzeugwrack zu orten und es zu identifizieren. Der dicke Schlick, der die Maschine gefangen hielt, erschwerte die Suche erheblich. Inzwischen hat sich eine deutsch-polnische Initiative gebildet, um das Flugzeug und die Leichen zu bergen und ihnen ein würdiges Begräbnis zu gewähren. Für die schwierige Bergung rechnet man mit Kosten von 140.000 €. Hierbei hofft man auf Sponsoren. Zur Bewältigung der Aufgaben und Ausgaben hat sich eine deutsch-polnische Initiative gebildet. Hierzu gehört die Deutsche Kriegsgräberfürsorge, die Dornier-Stiftung, zwei Lokalzeitungen aus Vorpommern und Stettin, sowie der Verein Pomeraniak, der von Polen, die westlich der Grenze wohnen, mitgegründet wurde. Die Stadt Treptow an der Rega mit ihrem Bürgermeister Z. Matusewicz engagieren sich ebenso, wie der Heimatkreis Kolberg, als Vertretung der deutschen Kolberger.

Fig. 7: Die Gruppe befindet sich in der großen Fluzeughalle, in der die Maschinen gewartet wurden. Bild von Helmut Kirsch.

Dafür gibt es einen ähnlich gelagerten Fall: Vor


einigen Jahren fand man bei Bauarbeiten in Marienburg/Westpreußen die Überreste von mehr als 2000 deutschen Zivilisten, die durch die Rote Armee auf unterschiedliche Weise ums Leben kamen und dort in einem Massengrab verscharrt wurden. Sie fanden ihre letzte Ruhe auf dem Soldatenfriedhof Neumark(Zarnowo) bei Stettin. Die Gebeine der Toten mußte man hunderte von Kilometer transportieren, um sie zu begraben.

Fig. 8: Etwa 30 Personen der Kolberger Gruppe sind von Deutschland aus zum Kamper See gefahren, um an der Einweihung der Gedenkstätte teilzunehmen. Bild von Helmut Kirsch.

Am 5. März 2016 wurde in Anwesenheit der deutschen Generalkonsulin Pieper aus Danzig eine Gedenkstätte am Kamper See eingeweiht. Sie besteht aus einem Holzkreuz und zwei Granitblöcken mit gleichlautenden Inschriften in polnischer und deutscher Sprache.

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