N° 188, 2017 – Data de 06 de maio de 2017
Expediente: Folha Pomerana Express Comunicação Eletrônica Rua General Osório 1877 Centro Venâncio Aires – RS Reg. Cartório sob número 15.876, fls. 193 frente, Livro B137- Venâncio Aires - RS
STREUSELKUCHEN ou CUCA Ivan Seibel Reg. Prof. MTb 14.557
Frequentemente se ouve a pergunta: de onde vem esse bolo açucarado conhecido pelo nome de cuca? Na verdade esta guloseima é mais conhecida na região sul do Brasil onde predominava nas refeições dos bailes de kerb e hoje está integrada na alimentação do dia a dia da população. A associação “cuca com linguiça “, sobretudo, é muito apreciada nas regiões de colonização germânica. Mas, também entre os descendentes de pomeranos costuma ser muito consumida. Mas, afinal, de onde vem esta iguaria?
Código ISSN 2526-1762 Editor Ivan Seibel Reg. Prof. MTb 14.557 Revisor Editorial Walter O. Schlupp schlupp@sinos. net Correspondência para; Rua General Osório, 1877 Centro 95 800-000 Venâncio Aires – RS Fig 1: Localização da Silésia. Fonte: http://www.ir63.org/original.html Email ivan@seibel.com .br
Pelas informações que se tem, acredita-se que originalmente ela teria vindo da Silésia (Schlesien) e, com o passar dos anos, depois de se tornar muito popular em toda a Alemanha, teria ultrapassado muitas fronteiras.
UM SENTIMENTO DE COESÃO ÉTNICA DOS POMERANOS Ivan Seibel Reg. Prof. MTb 14.557
Fig. 2: Streuselkuchen
Fig 3: Schlesischer Streuselkuchen (Schläscher Sträselkucha)
Mesmo que sua invenção seja atribuida à culinária silesiana, não há nenhuma prova escrita de que realmente seja originária desta região.
Todos que estudarem as tradições do povo pomerano certamente se darão conta de uma característica muito peculiar: ao longo de toda a
Fig. 4 e 5: Schlesischer Apfel- und Mohn-Streuselkuchen
sua história os seus relatos sempre sinalizaram com uma permanente procura por uma vida melhor, por
Em fins do século XIX é citada como o mais conhecido bolo caseiro consumido tanto na Silésia como nas províncias prussianas próximas. Certamente, muitos emigrantes provenientes dessa região e espalhados pela Alemanha e, mais tarde, ao seguirem mundo afora, acabaram levando a receita do seu Streuselkuchen predileto para muitos lugares pelo mundo.
melhores terras e pelo apego à sua fé. Por outro lado, uma expressão chama atenção: “sou pomerano e não alemão”. Algo semelhante também encontramos entre os descendentes dos imigrantes da região do Vale do Reno. Também ali se pode ouvir a expressão, “sou Hunsrücker e não alemão”. Estas
Fig 6: Variedades de cuca. Fonte: http://gshow.globo.com/receitasgshow/receita/cuca-de-frutas-da-tia-rosinha-569849fe4d38853fa2000040.html
Originalmente, costumava ser preparado em uma fôrma, como uma massa de bolo ou de pão, porém de espessura bastante fina e, sobre esta, era aplicada uma cobertura preparada com açúcar, gordura e farinha de trigo, em uma proporção de 1:1:2.
manifestações também chamam atenção para um verdadeiro culto à sua origem a partir destes pequenos países ou principados, como foi o caso do Ducado da Pomerânia e mesmo do altiplano do Hunsrück, que no início do século 19 ainda pertencia à França e depois se tornou uma província do Reino da Prússia. Criou-se um
Fig 7: Variedades de cuca. Fonte: https://www.google.com.br/search?q=bolo+chamado+cuca
Mesmo que nos livros de receitas alemãs tradicionais também se citem outros ingredientes, como leite, nata, creme de baunilha, com o passar dos tempos seus apreciadores procuraram aprimorar o sabor do produto. Adicionaram ovos, açúcar ou mel e até mesmo compotas, cereais, frutas cristalizadas, ou mesmo frutas, como maçã, uvas ou cereais. Com estes recursos ampliou-se a sua gama de sabores, desde os mais tradicionais até os mais elaborados ou exóticos.
sentimento de “coesão étnica” que se desenvolveu sobretudo no colono pomerano, ou seja, um espírito de união e de consolidação de tradições muito próprias, o que, com o passar dos anos, passou a ser expresso em sua música, seus cantos e suas danças.
Fig 8: Variedades de cuca. Fonte: https://www.google.com.br/search?q=bolo+chamado+cuca
Aqui no Brasil, dentro do processo de aculturação, novas variedades foram surgindo. Desta forma, o café da manhã ou o lanche da tarde passa a ter todo um gostinho especial quando se tem à mesa um saboroso bolo cuca. É uma das delícias que muitos chegaram a conhecer na infância e que, nos dias de hoje, continuam cativando seus apreciadores. Leitura sugerida em: https://de.wikipedia.org/wiki/Streuselkuchen http://gshow.globo.com/receitas-gshow/receita/cuca-de-frutas-da-tia-rosinha569849fe4d38853fa2000040.html https://www.google.com.br/search?q=bolo+chamado+cuca
POMMERLAND IM BILD Helmut Kirsch, Deutschland hehe.kirsch@gmail.com
Pommernreise 2017 Teil I Von Anklam in Vorpommern fuhren wir auf der nördlichen Route über Swinemünde nach Köslin. Es dauerte recht lange, bis wir am Fährableger merkten, daß sich hier nur PKWs mit polnischen Kennzeichen für die Überfahrt über die Swine eingereiht hatten. Fahrzeuge, die im Ausland registriert sind, mußten 8 Kilometer weiter südlich der Stadt übersetzen. Während der kurzen Überfahrt blieben meine Kösliner Freundin Maritta und ich im Wagen sitzen.
Fig. 9: Mit der Autofähre über den mittleren Arm der Oder, die Swine. Swinemünde ist der Vorhafen von Stettin. 1945 zerstörte ein Luftangriff die mit 25 000 deutschen Flüchtlingen überfüllte Stadt. Die Toten wurden in Massengräbern beerdigt. Heute ist Swinemünde der größte polnische Fischereihafen.
Henry Fred Ullrich und sein Sohn Freddy machten auf der kurzen Überfahrt ein paar Fotos. Durch waldreiches Gebiet, vorbei an Wollin und Gülzow, erreichten wir Plate (Ploty). Hier waren wir wieder auf der uns bekannten E28, die über Körlin (Korlino) in meine Geburtsstadt Köslin (Koszalin) führte. Wegen der vielen Baustellen lotste uns Maritta durch das Gewirr der Umleitungen zu ihrem Haus in der Ul. Warynskiego, die einmal Lindenstrasse hieß. Köslin, die einstige „Beamtenstadt“ mit ihren schönen Bürgerhäusern, hatte bei Kriegsende 40% ihrer Bausubstanz verloren. Die Einwohnerzahl ist bis heute auf das Vierfache angestiegen.
Fig.10: Die Lindenallee, die mein Großvater um 1912 pflanzte, hat sich gut entwickelt und ist schon von weitem zu sehen.
Am nächsten Morgen fuhren wir zu meinem Elternhaus. Die innere Anspannung, die ich bei meinen ersten Besuchen empfand, ist verflogen. Die lange Lindenallee, die direkt zum Eingang führt, und die mein Großvater um 1912 gepflanzt hatte, grüßte uns schon von weitem. Für Besuche meiner polnischen Freunde, die in der dritten Generation in „unserem Haus“ wohnen, war heute wenig Zeit.
Fig. 11: Die einst evangelische Kirche von Sydow (Sydowo) dient heute der katholischen Gemeinde. Gedenktafeln weisen auf die deutsche Vergangenheit hin. .
Wir wollten weiter nach Sydow, dem kleinen Dorf im Kreis Köslin, aus dem 1862 Henrys Vorfahren mütterlicherseits mit Namen Jenrich und Hintz nach Brasilien
ausgewandert sind. Henry, mit dem ich vor Jahren schon einmal in Sydow war, und der damals noch das Haus seiner Ahnen vorfand, wollte seinem Sohn Freddy zeigen, wo auch er seine pommerschen Wurzeln hat. An diesem Sonntagvormittag wirkte das Dorf verlassen. Nur ein Storchenpaar hatte es sich in seinem Nest bequem gemacht. Wir hatten Glück, daß die kleine, wunderschön renovierte Fachwerkkirche geöffnet war. An ihrer Außenwand wurde im Jahr 2000 eine Gedenktafel für die verstorbenen deutschen Sydower angebracht. Die Gedenktafel ist zweisprachig und wurde vom damaligen Pfarrer eingeweiht. Im Inneren der Kirche befinden sich weitere Hinweisschilder, welche an die ehemaligen deutschen Einwohner Sydows erinnern.
Fig. 12: Der deutsche und der polnische Text auf der Gedenktafel beginnt: „Vor Gott sind alle Menschen gleich.“
Auf der Rückfahrt nach Köslin regnete es unaufhörlich.. Nach längerem Suchen fanden wir in der Nähe von Pollnow ein geöffnetes Restaurant. An einer langen Tafel saß eine festlich gekleidete Geburtstagsgesellschaft. Wir nahmen im Nebenraum Platz und jeder wählte auf der Karte, auf der alle Speisen auch auf deutsch angeboten wurden, für sich aus. Das Essen war reichlich, lecker und dennoch noch preiswert. Gerade als wir gehen wollten, erhob sich die Gesellschaft und stimmte das traditionelle „Sto lat sto lat, Niech zyje nam“ an, was„ Hundert Jahre, hundert Jahre möge sie (er) mit uns leben“ bedeutet. In diesem Moment tat es mir wieder einmal leid, daß ich das Lied nicht mitsingen konnte. Zum Hotel Podewils im Kreis Belgard, einst der Stammsitz des hinterpommerschen Adelsgeschlechts Podewils, waren es nur ein paar Kilometer. Wir fuhren durch eine bewaldete Hügellandschaft und hielten vor der Toreinfahrt zu einem großen Park.
Fig. 13: Das „Hotel Podewils“ (Schloß Krangen) war der Stammsitz des hinterpommerschen Adelsgeschlechts Podewils. Auf seiner Rückseite grenzte es an einen von Wald umsäumten See. Der Blick von der Terrasse auf das Wasser war märchenhaft. Nichts deutete darauf hin, daß das Hotel zu dieser Jahreszeit in Betrieb war.
Fig. 14: Der ehemalige Bauernhof (Marittas Elternhaus) in dem romantischen Dorf Zitzmien gehört heute Marittas Bruder Janek (rechts). Janek bestreitet seinen Lebensunterhalt als Taxiunternehmer.
Zwar wußte ich nicht, ob Maritta uns bei ihrer Schwägerin angemeldet hatte, aber wir wurden alle in die „gute Stube“ mit dem Kachelofen geführt und nahmen in der Sofaecke platz. Mit Marittas Schwester, die ebenfalls in Zitzmien wohnt, waren wir sieben Personen, die mit Kaffee und selbstgebackener Torte verwöhnt wurden. Marittas Bruder Janek erzählte uns von einem brasilianischen Pfarrer,
der ihn vor einigen Jahren besuchte und der damals versprochen hatte, ihm ein Buch über die Pomeranos, also die Brasilianer pommerscher Abstammung, zu schicken. Allerdings hat er das Buch bis heute noch nicht erhalten. Da meine Freunde ebenfalls Pomeranos sind, und sie den Pfarrer aus dem Städtchen Pomerode kennen, werden sie sich der Sache annehmen.
Fig. 15: Mein Elternhaus 2016. Das ehemalige Ausflugslokal „Kirsch´s Bürgergarten“ in Köslin
Die Abende bei Maritta, die eine vorzügliche Köchin ist und ihre deutschen Gäste bei Vollpension verwöhnt, enden meist mit einigen Gläschen Wodka. Maritta ist es gewohnt, all die Stimmungen aufzufangen, die ihre Gäste aus Deutschland mitbringen, wenn sie in ihrer Begleitung die Stätten ihrer Kindheit aufsuchen. Ohne Marittas diplomatisches Auftreten und das Übersetzen in die jeweilige Sprache, hätte auch ich hier nicht so viele Freundschaften schließen können.
Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein
Todas as pessoas que semeiam amor... Um dia, com toda certeza deixarão saudades.
TODA RIQUEZA DO MUNDO, NÃO TEM O VALOR DE UM VERDADEIRO AMIGO!
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