Folha Pomerana 193 — 10 Junho 2017

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N° 193, 2017 – Data de 10 de junho de 2017

UM TRAJE TÍPICO POMERANO Edson Klemann, Genemir Raduenz e Johann Ditmar Strelow Pomerode - Santa Catarina

Se considerarmos que a Pomerânia tinha 500 km de costa banhada pelo mar Báltico e seu nome significa terra junto ao mar (po more https://de.wikipedia.org/wiki/Pommern – Das Land am Meer), podemos afirmar que as comunidades mantinham uma relação muito próxima com o litoral. O peixe certamente era fonte de renda e muito presente na alimentação. Nosso Heringsbrot (pão com ovo e sardinha/arenque) é um prato que até hoje ainda consumimos aqui no Vale Europeu [Santa Catarina], uma clara influência dos nossos ascendentes pomeranos. A Pomerânia apresentava belas praias, muito convidativas para banhos de mar, margeadas de altos pinheiros e florestas próximas - inevitável não pensarmos em ilhas, navios, barcos e redes cheias de peixes.

Fig. 1: Casa típica da ilha de Rügen com a família trajando o Mönchguter Fischertracht. Fonte: Livro Reise in die Alte Heimat Pommern


Nesse cenário, o pescador pode ser considerado o personagem principal; além da prática da pesca, acabava também conciliando sua atividade no campo, ou seja, eram pescadores e agricultores. Na ilha de Rügen por exemplo, uma das mais conhecidas da antiga Pomerânia, de

Fig. 2: Muitos pescadores mantinham paralelamente a atividade no campo, pois não conseguiam se manter somente com a pesca (ilha de Rügen em 1930). Fonte: Livro Das Alte Pommern

uma densidade demográfica baixa e atualmente classificada como a maior da Alemanha, essa “dupla jornada” de pescador e agricultor era muito comum. Neste pedaço de terra, cercada de mar, praias e rica em florestas, predominavam as cores azul, branco e o verde.

Fig. 3: Pomerana da ilha de Rügen no processo de fiação (usando o Mönchguter Fischertracht). Fonte: Pinterest

Fig. 4: Pomerano pescador com o traje típico e seu remo. Fonte: Pinterest

Se o azul e branco são as cores oficiais da Pomerânia, quando falamos de trajes típicos, a paleta de cores é bem mais ampla. Esta terra, com as suas muitas lagoas também é conhecida como a “terra dos mil


lagos”. Predominantemente os trajes pomeranos apresentam certo colorido e, conforme destaca Philipp von Bismarck, é a expressão da alma deste povo. Para Haenel, Saenger e Hackbarth no livro Pommersche Volkstrachten, o traje típico que melhor representa as vestimentas características das comunidades litorâneas é o Mönchguter Fischertracht da ilha de Rügen. Esse traje ainda era utilizado na Pomerânia no século XX; há registros de que em 1908 ainda havia 80 homens e 156 mulheres que utillizavam o traje no cotidiano.

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Fig. 5: Representação atual do traje típico Mönchguter Fischertracht Fonte: Livro Pommersche Volkstrachten

Fig.6: Família de Rügen com o Fischertracht em:1910. O traje ainda era utilizado no cotidiano no início do século XX. Fonte: “Das Alte Pommern”

Importante destacar que um traje típico é resultado de um processo de expressão da união de um grupo étnico ao longo dos séculos, desta forma, trajes típicos são classificados como verdadeiras expressões culturais.

Fig. 7: Pescador da ilha de Rügen com . o traje típico Fischertracht e seu indispensável cachimbo. Acervo: Margaret Ott

Fig. 8: Grupo folclórico Pomerano (Pommersche Volkstranzgruppe) da cidade de Pomerode – SC em traje Mönchguter Fischertracht (2017. Foto: L. Porath).


No caso do traje Fischertracht, é curioso observar que no masculino: as calças largas eram de tecido impermeável; desta forma, a água durante a pesca “respingava” nas mesmas, mas não molhava a vestimenta debaixo, o que era importante, se considerarmos as baixas temperaturas da região. A calça, geralmente branca, quando fosse necessário entrar no mar em outra oportunidade, também poderia ser de linho; assim, sendo bem larga, secaria mais facilmente. Além disso, de acordo com José Heinemann, a camisa utilizada debaixo do colete do Fischertracht proveniente de cidades vizinhas da ilha de Rügen possuíam diferentes cores e listras (verticais ou horizontais). Cabe ressaltar que os registros demonstram que não há dúvida quanto ao uso do Fischertracht no cotidiano dos pomeranos. Em Pomerode, o grupo folclórico Pommersche Volkstanzgruppe (Grupo Folclórico Pomerano) faz uma homenagem ao pescador pomerano e tem como um dos trajes oficiais o Mönchguter Fischertracht; além disso, apresenta danças da região litorânea, como a Matrosentanz (Dança dos Marinheiros). A preservação do uso deste traje tipicamente pomerano é mantida pelo grupo folclórico em suas apresentações, trajes estes que se mantêm fiéis aos que eram utilizados até meados do início do século passado na antiga Pomerânia. Para quem tiver interesse em participar do Grupo Folclórico Pomerano e preservar as tradições de seus ascendentes, contacte Denis no fone (047 99135 3306), Luciano (047 98484 5916) ou Sandra (047 99962 8273), ou ainda, acesso no Facebook: @pommersche.volkstanzgruppe

POMMERLAND IM BILD Helmut Kirsch, Deutschland hehe.kirsch@gmail.com

Bild 9: Historische Pommernkarte im Kösliner Einkaufszentrum.

Wenn man das Innere des neuen Einkaufszentrums ADRIA in Köslin (Koszalin) betritt, fällt der Blick auf ein überdimensionales Wandbild. Es zeigt eine historische Landkarte Pommerns vom Darß in Vorpommern bis


in die Nähe Westpreußens. Die Karte ist der des berühmen Theologen und Kartographen Eilhart Lubin sehr ähnlich, die 1638 in Amsterdam gedruckt wurde. Die Inschriften sind in Deutsch und Latein. In der Mitte der Ostsee wächst ein Baum aus einer schwimmenden runden Schale, an dessen Astund Zweigenden erkennbar Profile und Wappen pommerscher Adelsgeschlechter abgebildet sind.

Bild 10: Die Nachkriegsbebauung des zerstörten Kolberg diente an erster Stelle der Wohnraumbeschaffung der polnischen Neubürger.

Bei der Belagerung Kolbergs durch die Rote Armee 1945 wurde die Stadt zu 80% zerstört. Die vernichteten Wohngebäude rund um das Rathaus, das 1829 - 1832 von dem evangelischen Dombaumeister Ernst Friedrich Zwirner, einem Zeitgenossen Schinkels, erbaut wurde, hatte man durch Wohnblocks in Plattenbauweise ersetzt. Um die Innenstadt wieder etwas ansehnlicher zu gestalten, baute man vor den tristen Fassaden der Plattenbauten schmucke Häuserzeilen, die sich an die Vorkriegsarchitektur Kolbergs anlehnen sollten.

Bild 11: In den Sommermonaten spielt sich das Leben am Hafen ab.


Zwischen dem Kolberger Hafen und einem der schönsten Sandstrände Hinterpommerns liegt Fort Münde, die spätere Lotsenstation. Die Festung Kolberg verteidigte sich im siebenjährigen Krieg mehrfach gegen die Russen, und 1807 unter Nettelbeck und Gneisenau lange, gegen Napoleon. Seit 1820 ist Kolberg Seebad und hatte 1938 bereits 500 000 Besucher und lag damit noch vor Swinemünde. Inzwischen kommen wieder deutsche Kur- und Badegäste, unter ihnen viele Senioren nach Kolberg.

Bild 12: Mit Doppelzimmer im Ritterschloß für 59,00 €

In einer sanften, bewaldeten Hügellandschaft unweit der Ostsee liegt das „Hotel Podewils“. Von der Terrasse des aus dem 15. Jahrhundert stammenden ehemaligen Ritterschlosses Krangen (Stammsitz der hinterpommerschen Adelsfamilie Podewils) hat man einen spektakulären Rundblick über den zum Schloss gehörenden See. Das Hotel wird nur in den Sommermonaten bewirtschaftet und bietet die Übernachtung im Doppelzimmer für 59,00 € an.

Bild 13: Ferien im Pommerland heißt noch heute: Erholung pur.


Die pommersche Seenlandschaft ist neben der mehr als 500 Kilometer langen Ostseeküste ein riesiges Erholungsgebiet. Camper, Wassersportler und Angler kommen hier auf ihre Kosten. Die klaren Seen liegen zwischen Hügeln und sind von dunklen Wäldern umrahmt. Auch heute noch ist diese dünn besiedelte Region in der Mitte Pommerns ein Geheimtip.

Bild 14: Der größte Teil der Bevölkerung in Pommern lebt auf dem Land.

Ein Bild mit Seltenheitswert. In der „Kaschubei“ und dem östlichen Teil Hinterpommerns arbeiten noch einige Bauern mit dem Pferdefuhrwerk. Sonst haben auch in dem Agrarland Pommern moderne landwirtschaftliche Maschinen Einzug gehalten, um die Felder auf den riesigen Flächen zu bewirtschften. Vor dem Krieg konnte Pommern bei einer Bevölkerung von 2,3 Millionen Menschen außer sich selbst noch 12,4 Millionen Menschen mit Kartoffeln versorgen.

Bild 15: Spaziergang auf der Seepromenade von Osterode.


Wenn man von Pommern aus über Danzig weiter in Richtung Osten fährt, erreicht man den westlichen Teil Ostpreußens, das Ermland. Hier in Osterode (Ostroda) lebt eine deutsche Minderheit. Es sind Menschen, denen 1945 die Flucht in den Westen aus den unterschiedlichsten Gründen nicht gelang. Oftmals wurden sie als Facharbeiter von der neuen Besatzungsmacht zu deren Einarbeitung zurückgehalten, und später wurde ihnen die Ausreise verweigert. Ihr Vorsitzender Henryk Hoch ist ein angesehenes Mitglied des Rates der Stadt Osterode. Durch ihn hält auch die Minderheit die Verbindung zu ihrer deutschen Patenstadt Osterode im Harz aufrecht.

Bild 16: aus „Herz in Pommern“ (U. Sander)

Bin weit im Leben herumgekommen und war auf langem Wandern, aber mein Herz war in einem schönren Land mit Feld und Wald und See und Strand : mein Herz war in Pommern

Publicações interessantes Recomendação do Editor

So schrieb ich an einen Freund in Deutschland: Sehr geehrter Herr ….. Während meines letzten Besuches in die BD konnte ich auch so allerhand Meinungen hören, an die ich persönlich nie geglaubt hätte. Bei einem Gespräch mit einem Hotelangestellten (ehemaligem DDR Regierungsangestellten), Einiges, das ich persönlich in einer Bilderausstellung in … hörte und jetzt die Antwort des Herrn Doktor … : “DDR-Verhältnisse, hinsichtlich Medien sowie Meinungs- und Pressefreiheit.


Jede Abweichung, Kritik etc. erhält ein Negativstigma, zeigt natürlich, dass die sogenannte Pressefreiheit auch in Deutschland immer noch ein Traum ist”. Natürlich: bei meiner kommenden Reise nach Deutschland muss ich noch mehr aufpassen, damit ich die Leute nicht beleidige mit irgend einem Kommentar. Das alles muss man halt lernen. Aber, bleiben wir dann bei unserem Thema: POMMERN. POMMERSCHE GESCHICHTE UND POMMERSCHES LEBEN. Herzliche Grüße, Seibel

Dazu dann die Antwort: Guten Morgen Herr Doktor Seibel, bei einer kürzlichen Diskussion auf You Tube über die geplante Beschränkung der Meinungsfreiheit fiel ein Zitat von Erasmus von Rotterdam: "In einem freien Staat soll auch die Zunge frei sein". Ich meine, das, was vor 500 Jahren galt, muss heute erst recht gelten. Heute geht in Berlin der Ev. Kirchentag zuende. Seien wir froh, dass Martin Luther diese Tragödie nicht miterleben mußte. Bitte bleiben Sie klar in Ihren Aussagen, wenn Sie in Deutschland sind. Erstens ist man Ihnen als Brasilianer gegenüber nachsichtiger und zweitens hört man in der Regel einem "Ausländer" eher zu, als einem Deutschen. Insbesondere wenn er einen Doktortitel bzw. eine Professur hat. – Meine Erfahrung. Sie haben Recht. Unsere pommerschen Themen sind ja vorgegeben, und die werden wir auch weiterhin vertreten. Also dann: Leinen los!

Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein

Aproveite seu tempo...meça suas palavras...fale somente o que de fato interessa e que faz os outros felizes. AS PALAVRAS DITAS HOJE, E O MOMENTO QUE VOCÊ ESTÁ VIVENDO AGORA, NÃO VOLTAM MAIS!


Previsão do Tempo No Rio Grande do Sul e na Pomerânia


Links interesantes http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.preussische-allgemeine.de/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.montanhascapixabas.com.br/ http://www.ape.es.gov.br/index2.htm http://www.staatsarchiv-darmstadt.hessen.de http://www.rootsweb.com/~brawgw/alemanha http://www.ape.es.gov.br/cidadanias.htm http://www.citybrazil.com.br/es http://pommerland.com.br/site/ http://www.ctrpnt.com/ahnen/fmb.html http://www.seibel.com.br http://familientreffen.org/ http://www.povopomerano.com.br http://www.pommersches-landesmuseum.de/aktuelles/veranstaltungen.html http://www.pommern-z.de/Pommersche_Zeitung/index.html http://www.pommerscher-greif.de/ http://www.leben-auf-dem-land.de/seite-4.htm http://www.acdiegoli.blogspot.com.br/ (economia) http://www.raqueldiegoli.blogspot.com.br/ (previdenciário) http://www.emfocoregional.blogspot.com.br/ http://www.twitter.com/tempo_sls

Todo trabalho bem feito deve ser compartilhado para que possa ser reconhecido. Guardá-lo na gaveta de nada adianta, pois rapidamente será esquecido. Divulgue o que está sendo realizado na sua cidade. Conteúdos envolvendo assuntos da comunidade pomerana, eventos culturais, danças ou apresentações musicais são considerados de interesse coletivo e merecem ser publicados. Encaminhe aos seus amigos ou mande-nos os endereços eletrônicos de seus conhecidos para que possamos enviar-lhes gratuitamente os novos exemplares. As matérias a serem encaminhadas para publicação podem ser preparadas na forma de textos com até duas páginas A4, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12 ou na forma de pequenos textos de no máximo 5 ou 10 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12. Imagens ou fotografias sempre irão enriquecer a matéria. Sugere-se cinco ou seis imagens por texto.


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