Folha Pomerana 208 — 7 Outubro 2017

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N° 208, 2017 – Data de 07 de outubro de 2017

CURIOSIDADES HISTÓRICAS POMERANAS Genemir Raduenz, Edson Klemann e Johan Strelow Pomerode - SC genemir@hsc.com.br

Muito já discorremos sobre a relevância das lavouras e a relação dos Pomeranos com a terra, suas amplas plantações nos vastos campos da antiga Pomerânia. A lida no dia a dia era pesada e constante, e dentre a rotina dos camponeses, o ato da colheita sempre era um momento importante pois significava a comprovação do resultado de muitos meses de trabalho. Nesse processo de colheita, vamos falar sobre um utensílio que tinha enorme relevância para o camponês, os cestos e balaios utilizados quando a colheita ainda era totalmente manual, sem auxílio de maquinários.

Fig. 1 - A pomerana Bertha Westphal do Kreis de Schlawe. Ela e a filha da vizinha estão na colheita da batata, em 1941. Note que os cestos ovais estão servindo de suporte para a coleta. Fonte: https://www.zeitgut.com/leseprobe/Stoppelfeld_Leseprobe.htm


Ao longo de décadas a colheita era realizada com balaios e cestos; estes eram feitos pela técnica de entrançamento de matéria vegetal preparada para esse fim. Na antiga Pomerânia, o cesto em formato oval fazia parte do cotidiano, ou seja, inserido completamente na rotina das famílias.

Fig. 2 – Cartão postal da vila de Jarchlin no Kreis de Naugard, localidade de onde muitas famílias imigraram para Pomerode, incluindo a família Gustmann. Fonte: http://zamkilubuskie.pl/jarchlino-jarchlin/

O pesquisador José Heinemann relata que o camponês ia para o campo muito cedo, e depois das primeiras horas de trabalho pela manhã, lançava mão do pão que trazia na cesta, com pedaços de toucinho, linguiça caseira e frutas do seu pomar; a cesta oval com as comidas era presença certa. Fazendo um paralelo com a região aqui do Vale Europeu, não podemos deixar de registrar que o camponês tinha um hábito muito similar, o pão com lingüiça ou ovo e a banana faziam parte do café da manhã na roça (Frühstück) do Pomerodense.

Fig. 3 – Família na antiga Pomerânia no intervalo da colheita. Parada para um Frühstück em 1933. Fonte: http://www.raske-home.de/vergangenheit/vergangenheit.html

Sr. Heinemann destaca que no início do século XIX a região de Naugard (hoje território polonês e denominada de Nowogard) se tornou muito


conhecida pela confecção dos cestos ovais, sendo comercializados em toda a Pomerânia. Naugard é uma comarca de onde muitos imigrantes vieram para Pomerode, como as famílias Gustmann, Grützmacher, Güths, Hein, Hoge, Hornburg, Klemann, Konell, Lümke, Maass, Radünz, Reinke, Siewert, entre outros. Muitos partiram principalmente das vilas de Jarchlin, Kniephof e Külz. Figura 3 - O casal Hilário e Rute Gustmann com cestos em 2017. Foto: João Altair Soares dos Santos

A cesta oval é uma verdadeira tradição dos tempos da Pomerânia e que os primeiros imi-grantes trouxeram ao Brasil. Surpreen-dentemente estes cestos ainda estão presentes na família Gustmann que reside em Pomerode; geração após geração se preservou a técnica de produção dos cestos ovais tal qual eram feitos na antiga Pomerânia há praticamente 150 anos. Fig. 4 - Cesto oval produzido pela família Gustmann de Pomerode (2017). Foto: João Altair Soares dos Santos

O imigrante Christian Friedrich Wilhelm Gustmann emigrou da vila de Jarchlin da comarca de Naugard para o Brasil em 1868, se instalando num lote de terras onde hoje é o bairro de Testo Alto. Certamente a família Gustmann fazia os cestos na antiga Pomerânia e trouxe a técnica para o Brasil. O professor e pesquisador João Altair Soares dos Santos conversou com Sr. Hilário Gustmann, que é morador no bairro Testo Alto e descendente do imigrante. Fig. 5 - Representação do cesto oval com batatas (2017). Foto: Edson Klemann

Nessa conversa se pôde observar que ainda é uma tradição na família a confecção de cestos e balaios com entrançamento vegetal. Sr. Hilário Gustmann é casado com a Sra. Ruth Wachholz Gustmann e filho de Hermann Gustmann e Elsa Koch Gustmann, com quem aprendeu a arte. Atualmente não faz mais os cestos ovais, mas mantém a tradição dos balaios maiores.


É curioso observar como a arte de confecção de cestos/balaios passou de geração em geração durante 150 anos, notadamente a similaridade se compararmos as fotos antigas da Pomerânia com as fotos atuais dos cestos da família Gustmann. Certamente muitas outras famílias de Pomerode cultivaram a tradição dos cestos ovais, como, em outras regiões de colonização Pomerana, como é o caso das famílias na cidade de São Lourenço do Sul (RS) onde ainda é possível encontrar o cesto oval para aquisição em armazéns ao longo do roteiro turístico “Caminho Pomerano”. Fig. 6 - Cesto adquirido em São Lourenço do Sul (RS) num armazém na rota turística “Caminho Pomerano” (2017). Foto: João Altair Soares dos Santos

POMMERLAND IM BILD Helmut Kirsch, Deutschland hehe.kirsch@gmail.com

Zum Dorf Sydow Das Dörfchen Sydow gehörte zum hinterpommerschen Kreis Schlawe. Es ist die Heimat der Vorfahren von Henry Fred Ullrich, dem langjährigen Sendeleiter mehrerer Rundfunkstationen in Santa Catarina und Organisator von Gruppenreisen nach Pommern.

Bild 8: Luftbild des Dorfes Zydowo - https://www.google.com.br/maps/place/Żydowo,+Polônia/

Helena Sieniawska von der kath. Kirchengemeinde Sydow/Zydowo schrieb am 7.09.2017 Guten Morgen Herr Kirsch, ich wurde gebeten vom Pfarrer der Gemeinde Zydowo-Tomasz Rembelski, den Sie im August getroffen haben, an


Sie zu schreiben. Ich bedanke mich in seinem Namen vom ganzen Herzen für diese sehr bewegende Begegnung sowie nettes Gespräch.

Bild 9: Die einst evangelische und heute katholische Kirche von Sydow/Zydowo wurde vor einigen renoviert

Soviel er verstanden hat, hätten Sie eventuell vor, nochmal die Gegend von Polanow und Zydowo zu besuchen. Er würde sich sehr freuen, wenn Sie ihm diesbezüglich Ihre Pläne verraten könnten. Vielleicht könnten Sie beide, dh. Sie und der Pfarrer etwas zusammen unternehmen. Wenn Sie auch irgendwelche Erwartungen, Vorschläge oder auch Fragen haben, dann steht er gerne zu Ihrer Verfügung Herzliche Grüße Helena Sieniawska Tel. 606 231 262 Antwort vom 7.09.2017 Guten Tag sehr geehrte Frau Sieniawska Herzlichen Dank für Ihre freundlichen Zeilen. Bei meinem Kontakt zu Herrn Pfarrer Rembelski ging es mir um das Zustandekommen einer Verbindung zwischen ehemaligen Einwohnern von Sydow, die um 1850 nach Südbrasilien ausgewandert sind und den heutigen Menschen in Zydowo. Die Brasilianer pommerscher Abstammung (sie nennen sich selber Pomeranos,) leben noch heute in ihrer pommerschen Kultur und sprechen die pommersche Mundart, die auch an Schulen, zum Beispiel in Pomerode, gelehrt wird. In den vergangenen Jahren organisierte mein Freund Henry Fred Ullrich, Rundfunksendeleiter in Blumenau im brasilianischen Bundesstaat Santa Catarina, reisen junge Pomeranos nach Pommern.


Diese Gruppen sind in mehreren Städten vor großem Publikum mit Gesang und Volkstanz aufgetreten. Finanziert wurden die Reisen bisher durch einen brasilianischen Industriellen, dessen Familie 1868 aus Regenwalde (Resko) ausgewandert ist. Für den Monat September 2018 wird wieder eine Reise nach Pommern geplant. Fest steht, daß die Gruppe unter anderem in Regenwalde/Resko auftreten soll, da nach Resko bereits seit Jahren eine besonders gute Verbindung zum Rat der Stadt besteht. Ob und wie eine künftige freundschaftliche Verbindung auch nach Zydowo möglich sein könnte, liegt an einem Kennenlernen meiner Freunde in Brasilien und Bild 10: In der Kirche: Henry Fred Ullrich vor der Gedenktafel ehemaliger deutscher Sydower. vielleicht interessierter Einwohner von Zydowo. Ich würde gerne dabei helfen, diese Kontakte herzustellen. Vielleicht kann sich Herr Pfarrer Rembelski eine solche Verbindung vorstellen und vielleicht könnte ein öffentlicher Auftritt in Polanow stattfinden, da der Ort Sydowo ja recht klein ist. Als Anhang füge ich die neueste Ausgabe der brasilianischen Email Zeitung Folha Pomerana bei. Die Zeitung hat einen pommerschen Hintergrund und wird wöchentlich u. a. über einen deutsch-brasilianischen Blog an 160 000 Empfänger weltweit versandt. Die Sprache der Zeitung ist portugiesisch, pommersches Platt und deutsch. Bitte grüßen Sie Herrn Pfarrer Tomasz Rembelski recht herzlich von mir. Ich werde eine Kopie an meinen Freund Henry Fred Ullrich, dessen Vorfahren aus Sydow stammen, sowie an den Herausgeber der Folha Pomerana, Dr. Ivan Seibel, nach Brasilien senden. Alle guten Wünsche auch für Sie, verehrte Frau Sieniawska. Bild 11: Vor der Kirche: heimatvertriebene Sydower gedenken ihrer in der Heimat verstorbenen und im Krieg gefallenen Angehörigen.


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Plante em seu caminho sementes de bondade e amor, e nĂŁo se preocupe com o resultado!


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Links interesantes http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.preussische-allgemeine.de/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.montanhascapixabas.com.br/ http://www.ape.es.gov.br/index2.htm http://www.staatsarchiv-darmstadt.hessen.de http://www.rootsweb.com/~brawgw/alemanha http://www.ape.es.gov.br/cidadanias.htm http://www.citybrazil.com.br/es http://pommerland.com.br/site/ http://www.ctrpnt.com/ahnen/fmb.html http://www.seibel.com.br http://www.povopomerano.com.br http://www.pommersches-landesmuseum.de/aktuelles/veranstaltungen.html http://www.pommern-z.de/Pommersche_Zeitung/index.html http://www.pommerscher-greif.de/ http://www.leben-auf-dem-land.de/seite-4.htm http://www.raqueldiegoli.blogspot.com.br/ (previdenciário) http://pomerischradio.com.br/ https://www.facebook.com/Pomerisch-R%C3%A1dio-un-TV-892344537473691/ https://www.youtube.com/user/PomerischRadio http://www.emfocoregional.blogspot.com.br/ http://www.twitter.com/tempo_sls

Todo trabalho bem feito deve ser compartilhado para que possa ser reconhecido. Guardá-lo na gaveta de nada adianta, pois rapidamente será esquecido. Divulgue o que está sendo realizado na sua cidade. Conteúdos envolvendo assuntos da comunidade pomerana, eventos culturais, danças ou apresentações musicais são considerados de interesse coletivo e merecem ser publicados. Encaminhe aos seus amigos ou mande-nos os endereços eletrônicos de seus conhecidos para que possamos enviar-lhes gratuitamente os novos exemplares. As matérias a serem encaminhadas para publicação podem ser preparadas na forma de textos com até duas páginas A4, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12 ou na forma de pequenos textos de no máximo 5 ou 10 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12. Imagens ou fotografias sempre irão enriquecer a matéria. Sugere-se cinco ou seis imagens por texto.


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