Folha Pomerana 216 — 2 Dezembro 2017

Page 1

N° 216, 2017 – Data de 02 de dezembro de 2017

De onde vem e para onde vai o povo alemão? Ivan Seibel Reg. Prof. MTb 14.557 ivan@seibel.com.br

Esta é uma pergunta que certamente muitos já se fizeram. De onde vieram os nossos antepassados? Quais são os mitos e as sagas que ainda podem ser contabilizados como patrimônio histórico do nosso povo? Muitos foram os grupos étnicos que deram origem a esses tantos reinos, ducados e nações germânicas que se formaram ao longo do milênio passado. Com isso, ao longo dos anos, tantos valores culturais, artísticos e pesquisas científicas puderam ser contabilizados!

Fig. 1: Diferentes áreas da Europa Central habitadas pelas tribos germânicas. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=O6X08val3G8


Hoje, seus valores frequentemente estão sendo postos à prova e, não poucas vezes, seus cidadãos, tachados de nazistas. Na realidade, deveríamos conhecer um pouco mais desses povos guerreiros, entre os quais também se deve incluir os pomeranos, e que terminaram formando a nação “teuta”. Até porque, para se poder planejar um futuro, quem sabe um pouco mais promissor, dever-se-ia conhecer melhor o passado.

Fig. 2: Vila de antigos povos germanicos. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=O6X08val3G8

Mesmo que este povo tenha se tornado tão rico em pensadores e poetas e se tenha transformado em uma potência industrial, cada dia mais necessita da mão de obra estrangeira (talvez a maioria dos 500 mil que no ano passado aí chegaram), mesmo que muitos destes se mostrem resistentes à aculturação alemã. É neste momento que constatamos o grande risco de extinção que corre este povo detentor de tantas conquistas. O observador atento facilmente pode observar os múltiplos indicativos que sinalizam com uma incerteza do seu futuro. O encolhimento demográfico representa uma grande incerteza. Pelos atuais índices de natalidade, os 82 milhões de habitantes da República Federal da Alemanha, isto é, aqueles que efetivamente assimilaram a cultura alemã, dentro de menos de 100 anos, poderão cair para menos de 25 milhões. Dentro desta perspectiva, os alemães, como os próprios pomeranos, potencialmente são uma população em extinção. Isto não pode ser atribuído somente à alta taxa de absorção de imigrantes (500.000 ao ano), mas sobretudo à baixa natalidade dos seus habitantes nativos. É esse o futuro que os espera? Que tipo de preocupação existe hoje da parte dos governantes em frear esta queda livre para o desaparecimento do seu povo? Certamente deve haver quem diga que no passado também aconteceram grandes trocas de populações, sobretudo nos tempos da migração dos povos


(Völkerwanderung). Certamente é de se perguntar se naqueles tempos não houve fenômenos semelhantes aos levantados aqui. No entanto, entre os seus habitantes nativos muito cedo se formou um bem definido espírito de preservação, que se manteve ao longo de praticamente um milênio. Sim, somos um povo originário de dúzias de diferentes culturas: suevos, saxões, turingios, hessenianos, bávaros, pomeranos, hunos, vândalos e tantos outros. Toda essa fusão de múltiplos hábitos e costumes deu origem ao que hoje reconhecemos como nossa bagagem cultural. Entretanto, quem hoje visita a Alemanha logo identifica uma estrondosa “aculturação globalizada” na qual a sua língua pátria assimila cada vez mais termos de outros idiomas e de outras culturas, e os postos de trabalho são cada vez mais ocupados por “estrangeiros” pelo simples fato de não haver mais trabalhadores alemães disponíveis. No fundo, é um privilégio ter tantas empresas a criarem tantas vagas de trabalho que os alemães nativos preferem não ocupar, “importando-se”, então, italianos, espanhóis, portugueses, depois turcos, já nos anos 1950.

Fig 3: http://infielatento.blogspot.com.br/2015/12/elin-krantz-vitima-do-multiculturalismo.html

Sempre nos vem a pergunta: onde está a consciência deste povo que durante os últimos séculos exportou seus valores culturais, seus produtos industriais e uma boa parte de sua população? Chama atenção, essa faceta do “estado moderno” e industrializado, que está tão receptivo à imigração de uma mão de obra nãoqualificada e que, coincidentemente, parece estar trazendo um aumento da criminalidade. Se poucos anos atrás ainda se podia caminhar despreocupadamente pelas ruas de cidades como Frankfurt a.M., Berlim e Munique, nos dias atuais, depois do anoitecer, já se tem receio de sair para a rua. Quem sabe não estejamos muito longe do momento em que a cultura teuta, a língua, os valores morais e a própria consciência germânica venham ser substituídos pela cultura, valores e, quem sabe, a própria língua importada dos muçulmanos.


Fig.: 4: Imigrantes árabes em demonstração de fé ou uma atitude de força?

Nos dias atuais, a população da República Federal da Alemanha ainda sente os efeitos da “descontrução” do pós-guerra. Ou será que existe até uma tentativa de terminar com os valores culturais e religiosos deste povo, o que já vem acontecendo pelo processo que chamam de “Entkirchlichung” ou seja, toda essa transformação pela qual passam as igrejas na Alemanha. Esperemos que o amor à pátria em meio aos governos, de certa forma ainda tutelados pelas potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial possa sobreviver. Pois, como já escreveu Friedrich von Schiller (1759 – 1805), “a grandeza de um povo sobrevive na sua cultura e no caráter de uma nação, independentemente do seu destino político. ” Leitura complementar recomendada: https://www.randomhouse.de/leseprobe/Deutschland-schafft-sich-ab-Wie-wir-unser-Landaufs-Spiel-setzen/leseprobe_9783421044303.pdf

POMMERLAND IM BILD Zukunft braucht Vergangenheit Tagung des Pommerschen Kreis- und Städtetages in Pommern von Margrit Schlegel, PKST-Präsidentin Deutschland

Die verständigungspolitische Tagung des Pommerschen Kreisund Städtetages fand auch in diesem Jahr wieder in der Außenstelle der Universität Stettin, in Külz und in Misdroy statt, und zwar vom 8. bis 12. Oktober. Unter dem Motto „Zukunft braucht Vergangenheit“ kamen am Seminartag fast 60 Teilnehmer aus Deutschland und Polen zusammen. Auch die nunmehr 16. Tagung in Pommern wurde simultan übersetzt und vom Bundesministerium für Inneres gefördert.


Bild 5: Tagungsteilnehmer vor dem Schloß in Külz: Aussenstelle der Universitüt Stettin

Die PKST-Präsidentin begrüßte die Teilnehmer und Referenten und gab eine kurze Einführung in die Tagung, in der sie u.a. sagte, daß Deutsche und Polen offen über die Geschichte und historische Wahrheit sprechen. Bei allem Trennenden in der Vergangenheit, steht heute das Gemeinsame, das Verbindende im Vordergrund. Wir können über Grenzen hinweg nach vorne blicken. In diesem Sinne wünschte sie allen eine erfolgreiche und interessante Tagung.

Bild 6: Teilnehmer im Tagungssaal in Külz war, bei der wir allerdings die polnischen Stadtvertreter in diesem Jahr vermißten.

Anschließend hieß der Vertreter der Universität Stettin, Dr. Slawomir Szafranski, die Teilnehmer herzlich willkommen. Er begrüßte es, daß wir in Külz tagen. Wir hörten dann von Jozef Kazaniecki einen Vortrag mit Lichtbil-


dern über die ersten 10 Jahre der heute polnischen Stadt Gollnow im ehemaligen Kreis Naugard. Die Stadt war stark zerstört, leider auch die meisten Bauwerke aus der Hansezeit. Nur das Wolliner Tor blieb erhalten. Der Wohnraum war knapp Die Neusiedler kamen überwiegend aus der Ukraine. Sie trafen hier auf eine große Zahl ehemaliger deutscher Einwohner. Der Referent schilderte das Zusammenleben mit vielen Problemen. Er sprach aber auch über den langsamen Wiederaufbau der Stadt. Im Jahre 1960 waren 50% der Stadt wiederaufgebaut Dr. Pawel Migdalski von der Universität Stettin referierte über Mythologie wiedergewonnener Gebiete in Volkspolen. Die Polen seien nicht mit Freude hierher gekommen. Sie hatten Angst vor einer neuen Vertreibung, lebten sich schwer ein. Überall sahen Bild 7: Prof. Dr. Jens Olesen (Links) und Prof. sie deutsche Beschriftungen, die Hans Heinrich Hansen im Gespräch. ihnen fremd waren. An den öffentlichen Gebäuden wurden Tafeln in polnischer Sprache angebracht, die aussagten, „wir waren hier, wir sind hier und wir bleiben hier“. Das machte ihnen Mut zum Bleiben. Einige Teilnehmer stellten darauf die berechtigte Frage, ob diese Tafeln heute noch zeitgemäß wären, denn sie befinden sich noch immer an einigen Rathäusern, u.a. in Naugard.

Bild 8: Referent Prof. Hans Heinrich Hansen (links) und das PKST-Präsidium.

Mit dem Vortrag von Professor Hans Heinrich Hansen über „Minderheitenpolitik in Europa – Vergangenheit und Zukunft“ ging es weiter. Professor Hansen stellte fest, daß Minderheiten wichtig sind. Jeder siebte Europäer bekennt sich zu seiner Heimat und hat ein tiefes Heimatgefühl. Man sollte nicht von Minderheiten sprechen, das Wort hat den Beigeschmack „minderwertig“, besser nennt man sie Volksgruppen. „Drei Kronen und ein Greif – Pommern als südschwedische Provinz“, so hieß der nächste Vortrag von Dr, Matthias Bath. Hier behandelte er die Zeit bis zum Dreißigjährigen Krieg und danach. In einer der nächsten PZ-Ausgaben


erfolgt die Veröffentlichung des Vortrages. Es folgten Vorträge von Professor Jens Olesen von der Uni. Greifswald über Johannes Bugenhagen und die lutherische Reformation im Ostseeraum, sowie von Dr. Slawomir Szafranski über bedeutende pommerschen Museen.

Bild 9:

Das Schloss in Kallies. Kreis Dramburg

Am folgenden Tag besuchten wir den Kriegsgräberfriedhof in Glien und machten auf der Fahrt nach Stargard einen Abstecher zum Kloster Kolbatz. Zum Abschluß der Reise bereiteten uns der stellvertretende Bürgermeister sowie der Bürgervorsteher von Kallies im Schloß einen herzlichen Empfang, an dem auch der Ehrenvorsitzende des Heimatkreises Dramburg, Günter Korn teilnahm, der extra aus Deutschland angereist war. Die Schlußbesprechung ergab, daß es für alle Teilnehmer eine erfolgreiche und interessante Tagung war, bei der wir allerdings die polnischen Stadtvertreter in diesem Jahr vermißten.

Bild 10: Klosterkirche Kolbatz

Bild 11: Günter Korn (Mitte) mit Teilnehmern am Gedenkstein in Labenz Kreis Damburg.,


Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein

Nรฃo abandone seu sonho, se o mundo te impede, Deus te dรก forรงas para prosseguir.


Publicações interessantes


Previsão do Tempo No Rio Grande do Sul e na Pomerânia


Links interesantes http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.preussische-allgemeine.de/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.montanhascapixabas.com.br/ http://www.ape.es.gov.br/index2.htm http://www.staatsarchiv-darmstadt.hessen.de http://www.rootsweb.com/~brawgw/alemanha http://www.ape.es.gov.br/cidadanias.htm http://www.citybrazil.com.br/es http://pommerland.com.br/site/ http://www.ctrpnt.com/ahnen/fmb.html http://www.seibel.com.br http://www.povopomerano.com.br http://www.pommersches-landesmuseum.de/aktuelles/veranstaltungen.html http://www.pommern-z.de/Pommersche_Zeitung/index.html http://www.pommerscher-greif.de/ http://www.leben-auf-dem-land.de/seite-4.htm http://www.raqueldiegoli.blogspot.com.br/ (previdenciário) http://pomerischradio.com.br/ https://www.facebook.com/Pomerisch-R%C3%A1dio-un-TV-892344537473691/ https://www.youtube.com/user/PomerischRadio http://www.emfocoregional.blogspot.com.br/ http://www.twitter.com/tempo_sls

Todo trabalho bem feito deve ser compartilhado para que possa ser reconhecido. Guardá-lo na gaveta de nada adianta, pois rapidamente será esquecido. Divulgue o que está sendo realizado na sua cidade. Conteúdos envolvendo assuntos da comunidade pomerana, eventos culturais, danças ou apresentações musicais são considerados de interesse coletivo e merecem ser publicados. Encaminhe aos seus amigos ou mande-nos os endereços eletrônicos de seus conhecidos para que possamos enviar-lhes gratuitamente os novos exemplares. As matérias a serem encaminhadas para publicação podem ser preparadas na forma de textos com até duas páginas A4, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12 ou na forma de pequenos textos de no máximo 5 ou 10 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12. Imagens ou fotografias sempre irão enriquecer a matéria. Sugere-se cinco ou seis imagens por texto.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.