Folha Pomerana 221 — 6 Janeiro 2018

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N° 221, 2018 – Data de 06 de janeiro de 2018

EDUCAÇÃO DO CAMPO EM DECLÍNIO Siegmund Berger Afonso Cláudio - ES superintendencia@adl.org.br

De acordo com o Censo Escolar do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, existiam 107.432 escolas em 2002. Em 2009, o número de estabelecimentos de ensino reduziu para 83.036, significando o fechamento 24.396 estabelecimentos de ensino. Apenas em 2014, mais 4.084 escolas do campo fecharam suas portas. Se pegarmos os últimos 15 anos, essa quantidade salta para mais de 37 mil unidades educacionais a menos no meio rural.

Fig. 1: (Foto) Escola localizada no Distrito de Francisco Correia, denominado de “Mata Fria”, no Município de Afonso Cláudio, fechada para atendimento do Ensino Médio. Há relatos de que a maioria dos alunos desistiu de estudar e não aderiu ao transporte escolar.


Se dividirmos esses números ao longo do ano, temos oito escolas rurais fechadas por dia em todo país. Em contrapartida, nossos governos oferecem transporte escolar, mas a situação dos ônibus também é precária – superlotados, velhos e conduzidos por motoristas sem habilitação para transporte escolar – só piora o sofrimento dos estudantes. Se as escolas não forem reabertas, é provável que 100% desses alunos e alunas deixarão de estudar. No Espírito Santo, o ataque à Educação do Campo começou no final do ano passado, nos informa o G1 em matéria publicada no jornal A GAZETA, “quando a Sedu impediu a realização de eleições para renovar as diretorias dos conselhos e, em seguida, iniciou o processo de desativação dos conselhos, visando posterior extinção. A alegação é de que é preciso incorporar as pequenas escolas a escolas maiores, localizadas nos centros urbanos mais próximos, o que contraria absolutamente a lógica da Educação do Campo, que é manter os estudantes próximos de suas comunidades, de suas realidades, de suas culturas, de suas famílias. Foi irregular a extinção da maioria das 89 escolas do campo, estaduais e municipais, no Espírito Santo nos últimos dois anos. A principal norma legal desrespeitada foi o artigo 28 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Segundo a legislação, é preciso que a secretaria estadual ou municipal elabore um Fig. 2: Siegmund Berger diagnóstico, justificando por que pretende fazer Superintendente da ADL ES aquele fechamento, e esse diagnóstico deve ser levado para apreciação da comunidade escolar em questão. Só então o conselho estadual ou municipal pode decidir se aprova ou não o fechamento. Os fechamentos irregulares têm sido denunciados às comarcas municipais do Ministério Público Estadual (MPES), mas nem todos os promotores dão a atenção necessária ao assunto. “E muitos são convencidos, pela Sedu, de que não há o que fazer, e acabam arquivando os processos impetrados pelas comunidades”, relata Maria do Carmo, citando o exemplo de Mucurici, onde, após pressão da população, o promotor desarquivou a ação. ” ”A educação não pode ser gestada entre quatro paredes e não pode ser programa de um único governo. Exige planejamento, discussão com a comunidade, incentivo, não abandono. Em Afonso Cláudio, várias escolas distritais foram fechadas e seus alunos estão sendo transportados para a Escola Viva. Muitos pais reclamam por essa atitude do Governo do Estado. Os filhos e filhas trabalham durante o dia, a grande maioria deles, na roça. Os pais precisam dessa ajuda. Faz parte da complementação de renda. Não se trata de utilização de mão de obra infantil. Esses jovens não estão no mundo das drogas servindo de mulas, muito menos nos semáforos vendendo doces para alimentar vícios de seus pais. São jovens que estão aprendendo uma profissão com os pais. A escola viva é importante para determinados espaços, em especial nas cidades, onde os pais não têm como acompanhar os filhos em meio turno do dia enquanto trabalham fora. Esse modelo de educação deve ser entendido como uma espécie de creche para jovens. No campo, existem escolas que utilizam a Pedagogia da Alternância. Alunos ficam uma semana na escola e outra semana em casa. Quando estão em casa, levam o que aprenderam na escola. Quando estão


na escola, levam o que aprenderam em casa. Essa interação é saudável, pois nesse processo político pedagógico, a família e toda a comunidade estão envolvidos na formação. Não apenas o aluno ou a aluna cresce. Toda a comunidade se desenvolve. As matérias lecionadas vão ao encontro do empoderamento pessoal e familiar. A História, por exemplo, começa a ser contada a partir da vida da família, passando por seus antepassados e segue adiante. O objetivo é fazer com que os/as jovens percebam sua contribuição familiar na história do mundo. Precisam sentir-se protagonistas dela. Assim as outras matérias também são direcionadas para o dia a dia de vida da juventude atendida. Essa história de fechar escolas do campo por causa da falta de qualidade, por ser mais econômico, é justamente admitir que o Estado é incompetente em levar qualidade para a zona rural. Pior ainda é perceber que existe falta de interesse por parte de seus governantes. Não se considera toda a produção de alimentos, em especial da agricultura familiar que não se encaixa no agronegócio. A visão de governo é a visão do imposto a ser pago, não da alimentação saudável da população. A continuidade do fechamento das escolas do campo será um desastre para a sociedade brasileira. O êxodo rural, assim como a pobreza vão crescer ainda mais. “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, já dizia Paulo Freire em uma de suas mais famosas citações.

POMMERLAND IM BILD Der Kreis Schlochau - Die letzten Tage Erinnerungen an das Kriegsende in der Heimat Heinrich Lemke - redaktionell bearbeitet: Helmut Kirsch, Deutschland ehe.kirsch@gmail.com

Schlochau im Herbst 1944. Der Krieg rückt näher an die deutschen Grenzen. Wir merken die zunehmenden Flüchtligstrecks auf unseren Straßen. Zuerst aus Litauen, Bild 3 - Die Stadt Schlochau stieß mit seinem dann aus Ostpreussen. Landkreis bis 1945 an Polen Wir werden zum https://www.schlochau.de/ Einsatz befohlen an den Panzergräben im Kreis Neustettin. Warum nicht im Raum Schlochau? Will man unsere Heimat preisgeben? Gerüchte tauchen auf. Feindliche Fallschirmjäger sollten in der Nähe gelandet sein. Wir erfahren, daß die


Räumung Ostpommerns in Erwägung gezogen wird und wir erhalten Vorschriften, was im Falle der Räumung, besonders auch im Falle der Evakuierung und Abtrieb der Viehherden zu tun ist. Ein schönes Weihnachten vereint halb Schlochau auf Schlittschuhen und mit Rodelschlitten auf dem Amtssee. Fast wie im Frieden. Doch die bange Frage läßt keinen mehr los: Was werden die nächsten Wochen uns bringen? Der Feind durchbrach die deutsche Mittelfront. Die Trecks auf Bild 4 Prechlau war eines der ältesten Kirchspiele im unserer Reichsstraße Schlochauer Land. Schon der Deutsche Ritterorden hatte das 1 werden zahlreicher. Patronat über diese Kirche.

Bild 5 Flüchtligstrecks auf verschneiten Straßen. (Wikipedia) https://www.welt.de/img/geschichte/mobile136029788/0000718139-w960h640/Fluechtlingstreck-in-Ostpreussen.jp

Am 26. Januar wird das Stichwort "Schnee" für die Räumung aller Orte südlich der Linie Eisenhammer-Neuguth ausgelöst. Der Befehl lautet dem Sinne nach, daß die Trecker abzufahren haben. Sie sollten geführt werden vom Ortsgruppenleiter, Bürgermeister und Ortsbauernführer. Wir geben zu bedenken, daß die Bäuerinnen unmöglich gleichzeitig die Leine in die Hand nehmen und auf ihre Kinder aufpassen können. Bei den hohen Schneeverwehungen werden sie allein zum großen Teil überhaupt nicht von


ihren Gehöften herunterkommen. Gegen Morgen kommt ein neuer Befehl, der manchen widerruft: Bäcker und Fleischer haben hierzubleiben. Ausserdem soll auf jedem Hof eine Person bleiben, die melkt und füttert. Draussen mahlen die Räder der Treckwagen schon pausenlos durch den Schnee. Der neue Befehl kann wohl nur noch von einigen wenigen befolgt werden.

Bild 6 Verstopfte Straßen waren "lohnende" Ziele russischer Tiefflieger. (Wikipedia )

Von der Kreisbauernschaft erhielt ich den Auftrag, den Abtrieb der Viehbestände im Süden des Kreises zu organisieren. Ich habe im Verlauf der nächsten 14 Tage etwa 5000 Tiere über die Sammelstelle Schildberg nach Damerau treiben lassen, von wo sie nach dem Westen verladen werden sollten. Ob und wieviele dort angekommen sind, weiß ich nicht. Am 24. Februar schickte ich mein letztes Gespann mit Brennmaterial und Pferdefutter nach Gr. Schwarzsee. Leider konnten meine Eltern sich nicht entschließen, mitzufahren. Ich sollte meinen Vater nicht mehr wiedersehen, da er abends in Hansfelde Quatier gemacht hatte und ich nachts nichtsahnend mit dem Rad dort vorbeifuhr. Schon um 6 Uhr hatte an diesem 24. Februar an der Front ein furchtbares Trommelfeuer eingesetzt. Kurz danach rief mich der Landrat an. Ich sollte dafür sorgen, dass bis Montag (26. Februar) früh das Dorf endgültig geräumt würde. Ich fuhr ins Dorf und teilte die letzten mir zur Verfügung stehendn Helfer für die Benachrichtigung an die zurückgebliebenen oder zurückgekehrten Barkenfelder ein. „Was machen Sie da?“ fragte mich Hauptmann W. Ich wiederholte den Auftrag des Landrats. „Zeit bis Montag?“ Er lacht und sagt dann sehr ernst:“ „Der Russe ist bei Mossin durchgebrochen und ist sicher mittags hier! Rette sich, wer kann! Zu Fuß, mit Wagen oder was Ihr sonst habt! So schnell wie möglich!“


Bild 7 Flüchtlingsströme aus den Deutschen Ostgebieten, sowie aus Ost- und Mitteleuropa. (Wikipedia)

Bild 8 Treck-Kolonne (Fundus: H. Brünnert)

Ich fuhr mit dem Rad los, um die evtl. zurückgebliebenen Schildberger zu warnen. Als ich hinter meinem Park die Hakenfließbrücke überquert hatte, sehe ich sie kommen. Über meine Felder und weiter bis an die Streziner Höhe, von Schildberg bis Buchhof, Tausende von russischen


Infanteristen in tiefen Schützenketten, die ersten nur wenige hundert Meter von mir entfernt! Auf meinem Hof schlagen die ersten Granaten ein. Johann J. war dabei, Gegenstände in den Keller zu bringen. „Bringen Sie sich und Ihre Kinder in Sicherheit, der Iwan ist da!“ „Wohin wollen wir gehen, wir kommen doch auf der Landstrasse um“, rief er zurück. Er blieb und wurde später wie die meisten seiner männlichen Verwandten von Russen erschossen.

Bild 9 https://www.welt.de/img/geschichte/mobile136029788/0000718139-w960h640/Fluechtlingstreck-in-Ostpreussen.jpg

Ich lief dann in jedes Haus und drängte alle zur Flucht. In Gehöft J. traf ich ein älteres Ehepaar aus dem Wartheland, dem ich noch half, die Pferde aufzuschirren. Da ruft ein Unteroffizier;" Mann, siehst Du denn nicht, da sind doch schon die Russen!" Da beginnt auch schon eine wüste Schießerei. Die Alten laufen ins Haus. Ich warf mein Rad über den Gartenzaun und lief mit dem Unteroffizier hinter den Häusern durch die Gärten zurück. Die wenigen deutschen Soldaten mußten sich vor der von drei Seiten anrückenden Übermacht zurückziehen. Hinter den letzten Zivilisten fuhr ich aus Barkenfelde in Richtung Bärenwalde. Da kommen plötzlich zwei Tiefflieger auf uns zu. Der Siedler F. erhielt einen Schuß durch die Schulter. Ich blieb bei ihm und seinem Gespann bis zum Bild 10 Treck Kriegsschicksal Hauptverbandsplatz Bärenwalde. (Fundus: H. Brünnert) Bild 11 Die beiden Waisenkinder wurden von einer mitleidigen Frau auf einen Handwagen gelegt, um sie irgendwohin in ein Kinderheim zu bringen. (Zeugnisse der Vertreibung/ Alfred de Zayas)


Morgens um 6 Uhr traf ich todmüde in Gr. Schwarzsee ein, wo ich meine Familie einschließlich unseres Jüngsten, der am 8. Februar geboren war und den ich noch gar nicht gesehen hatte, gesund vorfand. Drei Tage warten wir auf meine Eltern, dann kam auch für Groß Schwarzsee der Räumungsbefehl. Ich hatte sieben Familien mit dreißig Menschen bei mir. Wir wollten versuchen, über Usedom-Wollin rauszukommen, da Stargard bereits von den Russen besetzt war. Wir durchfuhren bei Nacht Tempelburg, Falkenburg, Dramburg, machten einige Stunden Pause in Bild 12 5 jähriger Junge Henkenhagen bei Wangerin und fuhren weiter bis aus Danzig. (Zeugnisse Jutemin bei Naugard. Dort hörte ich das erste Mal der Vertreibung/Alfred de Zayas) während der Flucht den Wehrmachtsbericht - um Mitternacht. Ich erfuhr, daß der Russe bereits vor Kolberg stand. Dies ließ mich auf den geplanten Ruhetag verzichten und sofort weiterfahren - zu unserem Glück! Denn bereits vier Stunden nach unserer Abfahrt war der Russe bereits in Justemin. Bild 13 Am 15. Januar 1954 zeigt die 1. Seite des Neuen Schlocha uer Kreisblat tes, Heimatz eitung der vertriebe nen Schlocha uer, eine Winterla ndschaft am Gr. Amtssee mit dem Burgturm und der Kirche.


Mittags an der Auffahrt zur Autobahn bei Lenz riefen uns deutsche Soldaten zu:“ Hier kommt Ihr nicht mehr durch, wenige hundert Meter drüben liegt der Iwan!“ Ich ließ mich nicht beirren. So schnell die Pferde und der eisenbereifte Trecker es schafften, eilten wir durch das Niemannsland auf der völlig leeren Autobahn, bis wir spät abends dann die lange Schlange der Flüchtlingstrecks eingeholt hatten. Für die Fahrt in dem fürchterlichen Gedränge über die verschiedenen Oderbrücken brauchten wir allein neun Stunden und passierten die letzte am Sonntag früh. Ein Dankgebet stieg zum Himmel. Wir atmeten auf. Vor achtundzwanzig Stunden waren wir abgefahren. Bis zu unserer nächsten Unterkunft in Eickstedt mußten Bild 14 Mahnmal in Heiligenhafen, S.H. Unter den Wappen der wir weitere zwölf Ost- und Mitteldeutschen Provinzen steht in großen Buchstaben UNVERGESSEN Stunden fahren. In nur drei Tagen hatten wir bei oft verstopften Straßen 220 km zurückgelegt. Am 10 März fuhren wir über die Elbe und nach weiteren dramatischen Zwischenfällen endete unserer Treck am 16. März in Niedersachsen. Durch Zufall erfuhr ich von dem Schicksal meines Stiefvaters, den die Russen ermordet hatten. Wie viele andere hatte er im Osten bleiben wollen im Glauben, daß ihm als alten Mann nichts geschehen würde. Mein Vater mußte beim Brückenbau helfen. Als er zusammenbrach, wurde er erschlagen.


Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein

Que não faltem a paz, o amor e as oportunidades para todos aqueles que fazem a travessia para o Ano Novo com fé e esperança em dias melhores.

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