Folha Pomerana 230 — 10 Março 2018

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N° 230, 2018 – 10 de março de 2018

A LÍNGUA POMERANA E A SUSTENTABILIDADE DA CULTURA LOCAL Jorge Kuster Jacob Sociólogo e pesquisador da história e da cultura pomerana no Brasil jacob.jorge@hotmail.com

O pomerano é uma língua germânica, antigamente falada nas margens do Mar Báltico, na província da Pomerânia. Era uma das 36 províncias da Confederação Germânica e cada uma tinha liberdade linguística e uma cultura própria em consequência da língua. A língua é o coração da cultura e é ela que arrasta todas as outras manifestações culturais que fazem parte da identidade de um povo.

Fig. 1 – Pontões Capixabas - Espírito Santo http://www.janeladohorizonte.com.br/2015/08/5-motivos-para-visitar-o-espirito-santo.html

Quer destruir um povo, destrua sua língua. Com a Unificação


Alemã em 1871 o idioma comum (ou a família teuta de idiomas) foi critério ou fator para a unificação. Essa província passou a pertencer à Alemanha e, com o fim da II Guerra Mundial 70% teve que ser entregue à Polônia. Hoje o termo Pomerânia chega a integrar o nome oficial de 3 regiões da Polônia Cf. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%B3nia.). A Alemanha ficou só com 30% do seu território. Com a aceleração da globalização, hoje cada vez menos falam o pomerano na Europa. No Espírito Santo ainda temos milhares de crianças com sete anos que só falam o pomerano. Então a “Nova Pomerânia”, é brasileira. Hoje a língua só é usada em comunidades do Espírito Santo, Rondônia, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Língua presente no Brasil desde 1859 – há 159 anos, portanto – tem hoje, no Espírito Santo, um universo de aproximadamente 120 mil falantes. “Cooficializar uma língua significa que o município passa a ser oficialmente bilíngue, e que seus cidadãos podem construir suas vidas em duas línguas – a língua oficial da União, o português, mas também a língua cooficial da comunidade, neste caso o pomerano – usando-as na educação, nos eventos culturais e na sua relação com o Estado.” (Cf. Defourny, V. e Muller de Oliveira, G. – “Qual é a língua?”. O Globo. Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2008).

Fig 2 - Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais https://www.google.com.br/search?q=Comiss%C3%A3o+Nacional+de+Desenvolvimento+Su stent%C3%A1vel+de+Povos+e+Comunidades+Tradicionais&source=lnms&tbm=isch&sa=X &ved=0ahUKEwjziMi3n6DZAhVBg5AKHcKdAG0Q_AUIDCgD&biw=1344&bih=711#imgrc=J 6ZzOfJ3QOjnAM:

Os pomeranos possuem representação na Comissão Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais (Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2007, do presidente Lula) através da Associação dos Moradores, Amigos e Proprietários dos Pontões de Pancas / APOP e da Associação Cultural Alemã do Espírito Santo / ACAES. O objetivo básico dessa Comissão Nacional, que tem 15 povos tradicionais


com representação titular e suplente, e 15 órgãos do governo federal, também com representação dupla, é construir políticas para os povos tradicionais do nosso país. Hoje podemos perceber como essa politica influenciou diversos editais dos governos federal, estadual e municipal do nosso país. Muitos projetos e iniciativas pomeranas já foram contempladas por esses editais no Espírito Santo, por exemplo.

Fig. 3 – Cidade de Pancas - https://www.google.com.br/search?q=cidade+de+pancas

Consoante informação fornecida pelos pomeranos que participaram do I Encontro dos Povos e Comunidades Tradicionais do Espírito Santo, realizado entre os dias 23 e 25 de março de 2012 em Praia Formosa, Aracruz (ES), “atualmente a língua pomerana já tem uma escrita e nos municípios mais pomeranos do estado do Espírito Santo já tem aulas de Língua Pomerana através do programa Educação Escolar PomeranaPROEPO.” (Cf. doc. distribuído no evento, intitulado “Pomerânia”.) As estimativas produzidas pelo autor, apresentadas no I Encontro, acerca daqueles que se auto-intitulam “pomeranos” no Espírito Santo, correspondem a mais de 156.000 pessoas, distribuídas pelos seguintes municípios: Santa Maria de Jetibá, Laranja da Terra, Vila Pavão, Domingos Martins, Pancas (Lajinha), Afonso Cláudio, Baixo Guandu, Itaguaçu, Itarana, Vila Valério, São Gabriel da Palha, Colatina, Marechal Floriano, São Roque do Canaã, Governador Lindenberg e região metropolitana de Vitória. Nesta “Estimativa de Mapeamento dos Pomeranos”, o autor assinala também municípios de Minas Gerais, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul com o respectivo percentual dos que se autodesignam pomeranos face aos totais obtidos pelo recenseamento do IBGE de 2010. Mas é no Espírito Santo que estão as comunidades pomeranas mais tradicionais, e foi nesse estado que começou esse trabalho de resgatar e valorizar essa rica identidade histórica e cultural do tradicional povo pomerano em meados da década de 1980, com os pomeranos e pesquisadores Helmar Rölke, Jorge Kuster Jacob, Martim Boldt, Ismael Tressmann, Rodolfo Gaede, Erineu Foerte, José Carlos Heinemann, Ivan Seibel e Jorcy Foerste Jacob. Essas pesquisas publicadas viraram livros, filmes, eventos e projetos, especialmente em Santa Maria de Jetibá, Vila Pavão, Laranja da Terra, Pancas, Domingos Martins, Vila Valério, Afonso


Cláudio, entre outros. A emancipação política de Santa Maria (de Santa Leopoldina) e de Vila Pavão (de Nova Venécia) foi fundamental e trouxe uma emancipação cultural paralela de grande impacto local. A sensibilidade política dos dois primeiros prefeitos destes municípios foi determinante na história pomerana capixaba. O prefeito Helmar Potratz de Santa Maria de Jetibá, por exemplo, narrava os desfiles da Festa Pomerana na língua pomerana, e vários grupos folclóricos pomeranos surgiram no interior. A primeira enciclopédia pomerana no mundo surge em Santa Maria. Em Vila Pavão, por exemplo, formou-se uma banda musical que cantava e gravava na língua pomerana; até um programa na língua pomerana surgiu na rádio local; e um jornal pomerano. Depois tivemos a cooficialização e a introdução do ensino da língua em 5 municípios do Espírito Santo. Pena que muitas administrações não dão a devida continuidade.

Fig. 4 - Língua cooficial - https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_cooficial

Investir na cultura local é ter projetos para as diversas manifestações tradicionais locais que o nosso povo tem e assim construir um projeto com recheio para o verdadeiro desenvolvimento econômico, local e sustentável. Investir na tradicional cultura local é levantar a autoestima do nosso povo usando suas diversas manifestações populares (língua, culinária, dança, música, arquitetura, artesanato, moda, agricultura familiar, entre outras) para construir nosso turismo, nossa economia, nossa cultura, nossa comunidade, num amplo projeto de sustentabilidade.


POMMERLAND IM BILD Mein Besuch im Niederdeutschen Bibelzentrum St. Jürgen Nicole Chibici-Revneanu, Leitung und Pädagogik info@bibelzentrum-barth.de Redaktionell bearbeitet: Ivan Seibel

Bild 5 -

Bild 6 – Die Barther Bibel


Bild 7 – Austellung im Niederdeutschen Bibelzentrum St. Jßrgen


Bild 8 und 9 – Druckpresse und Neues Testament in Niederdeutscher Sprache

Bild 10 Niederdeutsches Bibelzentrum St. Jürgen, Garten/Klostergarten (https://de.wikipedia.org/wiki/Niederdeutsches_Bibelzentrum_St._J%C3%BCrgen#/media/Fil e:Niederdeutsches_Bibelzentrum_St._J%C3%BCrgen_06_2014_02.JPG)

Diese „Barther Bibel“ (1584-88) ist eine niederdeutsche Übertragung des Luthertextes. Unter zahlreichen Kunstschätzen aus der Stadtkirche St. Marien und ihrer kostbaren Kirchenbibliothek (vor 1390), die hier gezeigt werden, ist sie das Herzstück der Ausstellung rund um die Bibel.


Vom Papyrus bis zur „kleinsten Bibel der Welt“, von der „Gutenberg-Presse“ bis zur Multimedia-Ausstellung „plusminus10“ zu den biblischen Geboten – viel lässt sich in den historischen Wohnräumen entdecken. Auch das Areal mit Bibelgarten, Bildungshaus und CampMöglichkeit für Jugendgruppen lädt zum Besuch ein. (Geöffnet: Di – Sa: 10 18 Uhr, So: 12-18 Uhr zu Feiertagen gesonderte Öffnungszeiten). Quelle: http://www.kirche-mv.de/Bibelzentrum-Barth.4359.0

Bild 11 – Die Barther Bibel https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/27/Niederdeutsches_Bibelzentrum_St._J %C3%BCrgen_06_2014_18.JPG

Betr. Nr. 225/226 Zu „Deutschland ein Einwanderungsland“? Ivan Seibel Journalist ivan@seibel.com.br

Die außerordentliche Situation, die in Deutschland durch die ungesteuerte Einwanderung hunderttausender Flüchtlinge entstanden ist, scheint komplexer zu sein, als sie vermutlich in dem Bericht (FP Nr. 225/226) befriedigend behandelt werden konnte. Mehrere E-mails mit unterschiedlichen Sichtweisen zu diesem Thema habe ich bekommen. So zeigte ein Leser Unverständnis dafür, daß einerseits deutsche Soldaten zum Kampf gegen den Terrorismus in Afghanistan eingesetzt werden, während junge afghanische Männer in Deutschland Schutz suchen. Eine Leserin, die als Deutschlehrerin in einer Begegnungsstätte der Diakonie für Geflüchtete tätig ist und den Bericht zu einseitig fand, schrieb mir:


„Die Kirchen unseres Landes , auch in Vorpommern und in der ‚Nordkirche‘, haben dazu eine ganz andere Meinung. Gemeinden haben Erfahrung im Kirchenasyl und mit sehr guten, bereichernden Begegnungen und interkulturellen Festen.“ In Brasilien ist die Situation eine andere. Das Land, dessen Bevölkerung von Einwanderergruppen aus allen Kontinenten gegründet wurde, die sich in verschiedenen Regionen niederließen, hat sich durch unterschiedliche Niveaus der Einwanderer sozial und kulturell auch unterschiedlich entwickelt. Im Gegensatz dazu ist Deutschland das Ergebnis eines langen Prozesses. Die politische, kulturelle und sozialökonomische Entwicklung machte das Land zur „Lokomotive Mitteleuropas“. Hier liegt der Hauptgrund für die Attraktivität, die Deutschland bei den Flüchtlingen genießt. Die berühmten Worte von Bundeskanzlerin Merkel, “Wir schaffen das“, wurden zum Slogan für die offenen Grenzen. Die Instabilität in vielen Ländern und die extreme Armut in Afrika und im Nahen Osten veranlassen die Menschen zur Flucht. Ein großer Teil von ihnen zieht nach Mitteleuropa, vor allem nach Deutschland, wo Reichtum und ein negatives Bevölkerungswachstum zu finden ist. Man hört auch, daß viele afrikanische Länder ihren Bevölkerungsüberschuss loswerden wollen, so wie Deutschland in der Mitte des 19. Jahrhunderts, als Millionen Menschen die alte Heimat verließen, um in der Fremde ihr Glück zu finden. Das alles ist aus der Not geboren und auch legitim, wenn man dabei die vorgegebenen Regeln einhält. Die deutsche Regierung bemüht sich, trotz aller Probleme mit den Flüchtlingen, ein stabiler Faktor in Europa zu bleiben. Sie muß sich aber scheinbar damit abfinden, dass die Politik der offenen Grenzen, wie fast überall in Europa, ein Erstarken rechter Parteien begünstigt. Die Angst der einfachen Menschen, künftig in einem Wettbewerb um Wohnung und Arbeitsplätze zu den Neuankommenden zu stehen, muss in der Politik genau so berücksichtigt werden, wie die Angst vor kultureller Überfremdung. Nicht wenige meiner Kollegen und Freunde in Europa halten eine in den nächsten Jahrzehnten stattfindende Kulturrevolution für möglich. Vor Jahren sagte Muammar Gaddafi, der über einen langen Zeitraum die Durchreise schwarzafrikanischer Flüchtlinge nach Europa durch Lybien unterband: “Wir werden nicht mit Waffen, sondern mit der Geburtenrate der arabischen Bevölkerung Europa erobern“. Dies scheint noch immer sehr aktuell zu sein. Kann ich als Ausländer die Flüchtlings-Problematik in Deutschland beurteilen? Sollte Muammar Gaddafi Recht behalten?


Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein


Publicações interessantes Inverno na Alemanha em 2018– Winter in Deutschland 2018

Bild Kirsch

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Winterliche Grüße aus Anklam, Vorpommern Manthei

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Noch liegt überall viel Schnee und doch gibt es Anzeichen, dass wir endlich (!) die sibirische Kälte mit minus 13°C und viel Neuschnee überwunden haben. Das 3mal tägliche Schneeschieben hat ein Ende. Man kann dem tiefen Winter natürlich auch eine positive Seite abgewinnen: Das beginnende Tauwetter machte erst den Bau von Schneemännern möglich. Und hier sehen wir das „Werk" meiner Enkel, das sie mit Begeisterung schufen. Meine Frau hat sogardie letzten Mohrrüben für die Nase opfern müssen. Was sein muss, muss nun mal sein.



Previsão do Tempo No Rio Grande do Sul e na Pomerânia

Links interesantes http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.preussische-allgemeine.de/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.montanhascapixabas.com.br/ http://www.ape.es.gov.br/index2.htm http://www.staatsarchiv-darmstadt.hessen.de http://www.rootsweb.com/~brawgw/alemanha http://www.ape.es.gov.br/cidadanias.htm http://www.citybrazil.com.br/es http://pommerland.com.br/site/ http://www.ctrpnt.com/ahnen/fmb.html http://www.seibel.com.br http://www.povopomerano.com.br http://www.pommersches-landesmuseum.de/aktuelles/veranstaltungen.html http://www.pommern-z.de/Pommersche_Zeitung/index.html http://www.pommerscher-greif.de/ http://www.pommernkonvent.de http://www. pommersche-kirchengeschichte-ag.de http://www.leben-auf-dem-land.de/seite-4.htm http://www.raqueldiegoli.blogspot.com.br/ (previdenciário) http://pomerischradio.com.br/ https://www.facebook.com/Pomerisch-R%C3%A1dio-un-TV-892344537473691/ https://www.youtube.com/user/PomerischRadio http://acdiegoli.blogspot.com.br/ http://www.twitter.com/tempo_sls

Todo trabalho bem feito deve ser compartilhado para que possa ser reconhecido. Guardá-lo na gaveta de nada adianta, pois rapidamente será esquecido. Divulgue o que está sendo realizado na sua cidade. Conteúdos envolvendo assuntos da comunidade pomerana, eventos culturais, danças ou apresentações musicais são considerados de interesse coletivo e merecem ser publicados. Encaminhe aos seus amigos ou mande-nos os endereços eletrônicos de seus conhecidos para que possamos enviar-lhes gratuitamente os novos exemplares. As matérias a serem encaminhadas para publicação podem ser preparadas na forma de textos com até duas páginas A4, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12 ou na forma de pequenos textos de no máximo 5 ou 10 linhas, digitadas em espaço 1,5 fonte Arial número 12. Imagens ou fotografias sempre irão enriquecer a matéria. Sugere-se cinco ou seis imagens por texto.


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