N° 247, 2018 – 21 de julho de 2018
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HOCHTIJDSBIRER: O Convidador de Casamentos Genemir Raduenz, Edson Klemann e Johan Strelow
genemir@hsc.com.br Pomerode – SC
Parte I Cada grupo cultural tem características e personagens especiais que muitas vezes apresentam traços bem peculiares, e na tradição Pomerana não é diferente.
Foto 1 - Hochtijdsbirer na Pomerânia no kreis de Köslin (Jamund, 1890). Note ao centro o convidador chegando numa comunidade. Foto: Livro Pommersches Hochzeitsbrauchtum
Um bom exemplo é o Convidador de casamento chamado de Hochtijdsbirer (em alemão Hochzeitsbitter), personagem singular que distingue ainda mais os pomeranos dos demais imigrantes que se estabeleceram no Brasil, se diferenciando principalmente dos denominados “brasilioner” (população de fala portuguesa). Normalmente o irmão caçula da noiva era selecionado para ser o Convidador. Os jovens pomeranos eram frequentemente mais desinibidos e de mais fácil adaptação.
Foto 2 - Imagem de Hochtijdsbirer (Hoschzeitsbitter) no Kreis de Köslin na Pomerânia (1932). Nesta foto o livro cita que no Brasil essa tradição ainda é praticada – Fonte: Livro Das Alte Pommern
Klaus Granzow relata um de seus encontros com um Hochtijdsbirer no Espírito Santo ao pedir informações da localidade: “Avistamos um jovem senhor que fazia uma pausa e dava comida ao seu cavalo enfeitado. O nosso motorista perguntou em português informações sobre o caminho que deveríamos seguir, mas ele não entendeu nada e subiu na sela do seu cavalo já indo embora. Quando nos aproximamos dele, percebi que se tratava de um tímido filho de camponês e perguntei em pomerano/Platt: Wat mökst duu hijr? (o que você está fazendo aqui?) Wou gäitst duu hen? (Para onde vai?) Neste momento o rosto dele se transformou, parou o cavalo e respondeu cordialmente: sou um Hochtijdsbirer.... O traje festivo do convidador era composto por um chapéu de feltro decorado com fitas, e em algumas regiões do Brasil foi substituído pelo chapéu de palha. No paletó havia fitas pregadas nas costas e no peito. Enquanto cavalgava as fitas balançavam. O cavalo também era enfeitado, tinha flores, ramos de folhagens verdes e também fitas penduradas. O Hochtijdsbirer levava consigo uma garrafa de cachaça adornada com fitas coloridas, que também serviam para fixar o galho de murta na garrafa. De acordo com a tradição o convidador usa terno preto. Nem sempre essa tradição foi seguida à risca, sendo substituída por roupas leves em dias quentes.
Foto 3 - O convidador segue à frente dos noivos no dia do casamento em direção à casa em Rio Perdido (Baixo Guandu, Espírito Santo). Fonte: Pommeranos in Brasilien de Klaus Granzow, Alemanha, 1972.
O convidador servia-se de meio de locomoção próprio. Partia a cavalo, de preferência manso, do contrário não era possível convidar as pessoas. Não raro parava para alimentar o cavalo entre um convite e outro.
Foto 4 - Nilza e Bruno Griep, da cidade de São Lourenço do Sul (RS), região de muitos pomeranos. Senhor Griep foi convidador (Hochtijdsbiter) em sua comunidade em 1949. Foto: www.facebook.com/oconvidador/
O pesquisador Jorge Kuster Jacob afirma que posteriormente o cavalo foi substituído pela bicicleta e a partir dos anos 1980 a motocicleta facilitou muito as longas distâncias em comunidades pomeranas, como por exemplo, Espigão do Oeste (RO), que é conhecida como “A capital pomerana da Amazônia”. Segundo Jorge, normalmente no Espírito Santo o convidador consegue chamar todos os convidados em 15 dias. Em Rondônia leva mais
tempo. Tanto a bicicleta quanto a motocicleta eram enfeitadas. (Continua na próxima edição.)
POMMERLAND IM BILD Pommern - Land am Meer Helmut Kirsch hehe.kirsch@gmail. com
Bild 5 - Wiesen bei Greifswald. C. D. Friedrich, Ölgemalde um 1821. https://www.kunstkopie.de/a/caspar_david_friedrich/wiesen-bei-greifswald.html
Pommern wendet sein Gesicht dem Meer zu. So bedeutet denn auch sein Name: Am Meer gelegen. Der in Greifswald geborene Maler der Romantik, Caspar David Friedrich, hat die pommersche Küstenlandschaft, wie das um 1821 entstandene Ölgemälde "Wiesen bei Greifswald", oft zu seiner Vorlage genommen, und Max Pechstein fand an der Mündung des Leba-Flusses seine schönsten Motive. Die besondere Stimmung über das pommersche Land, die Mischung zwischen Weite und Schwermut übte auf alle Menschen einen eigenartigen Zauber aus. Gerhard Hauptmann lernte Rügen während seiner Hochzeitsreise 1885 kennen und lieben. Über die Schönheit der Insel schwärmte er, der in das Fremdenbuch von Kap Arkona schrieb: Meerumschlungen und weidegrün, Märchendurchdrungen und heldenkühn, Herden im Haage, reifendes Feld, Flüsternde Sage, Lug in die Welt!
Bild 6 - Fischer am Strand von Misdroy - Pommern Lexikon
Vielfältig sind die Zeugnisse über den Charakter der pommerschen Menschen, die vom groben bis zum treuen und tapferen Pommern reichen, wobei immer ihr schlichter Sinn hervorgehoben wird. Friedrich der Große schrieb einmal über die Pommern: "Ich liebe die Pommern wie meine Brüder... , denn sie sind brave Leute, die mir jederzeit in der Verteidigung des Vaterlandes sowohl zu Felde wie auch zu Hause mit Gut und Blut beigestanden haben.“ Für die Pommern galt und gilt: "Ein Mann, ein Wort!" Heute sind die Pommern in alle Welt verstreut, sind sich aber ihrer Herkunft bewußt, und fühlen sich als Pommern. .
Bild 7 - Stolpmünde, Fischereihafen - Alte Postkarte
Die mehr als 500 Km lange pommersche Küste, die teilweise zu den ärmeren Regionen gehörte, hat die Menschen in diesem Landstrich geformt. Anders als die Binnenbewohner waren sie verschlossen und wortkarg. Sie waren daran gewöhnt, mit den Gefahren auf und am Meer zu leben. Wer nicht Fischer war, wurde Seemann, Schiffsbauer, oder hatte sonstwie mit dem Meer zu tun. Vor dem Krieg galt Pommern als das wichtigste Fischereifanggebiet des Deutschen Reiches, denn die
Bedingungen für die Fischerei waren gut. Sie wurde vom Ufer und in Küstennähe mit Stellnetzen und Reusen betrieben, um mit ihnen Zander, Aal, Hecht und Braschen zu fangen. Von April bis Juni war mit reichem Heringsfang vor der Küste zu rechnen.
Bild 8 - Bei Ahrenshoop beginnt die pommersche Küste (Pommern Land am Meer - Flechsig)
Bereits um 1550 fuhren die Rostocker mit größeren Schiffen bis an die norwegische Küste. Andere mußten in kleinen Ruderbooten mit zwei Mann Besatzung und Hilfssegel zu ihren Stellnetzen, Angeln und Reusen gelangen. Ab Windstärke 5 war die Arbeit jedoch zu gefährlich. Bei den bescheidenen Fangmethoden war es oft nicht möglich, allein vom Fischfang zu leben. Mit Landwirtschaft und Viehzucht schuf man sich ein zweites Standbein.
Bild 9 - Moderner Trawler in Heiligenhafen – Foto Kirsch
Die Ostsee ist ein ökologisch hochsensibles Brackmeer, in dem die Schiffahrt strengen Restriktionen unterliegt. Auch die Überfischung ist in der heutigen Zeit ein Problem. Lange waren die Bestände des Dorsches
rückläufig. Jetzt scheinen sie sich wieder zu erholen, und man erwartet sogar eine Erhöhung der Fangquoten. Um die Erträge dauerhaft zu sichern, darf das Nachwachsen der Bestände nicht gefährdet werden.
Bild 10 - Fischereihafen von Leba - (Pommern,Land am Meer - Flechsig)
Die im Einsatz befindlichen Ostseekutter sind mit 12 Metern Länge meist kleiner als die Kutter in der Nordsee. Fast 90% der in der Ostsee fahrenden deutschen Kutter arbeiten mit verankerten Stellnetzen und 9% mit Schleppnetzen. Die kleineren Kutter haben weniger Mann Besatzungen, ihre Fahrten sind kürzer und sie fangen näher der Küste. Gefangen werden Hering, Makrele und Dorsch, aber auch Seelachs. Man sagt, daß Fisch früher ein "Armeleuteessen" war, weil er in großen Mengen vorkam. Im Vergleich dazu ist Fisch heute teuer und gilt als Delikatesse.
Bild 11 Blick auf Stralsund - 19. Jhrhundert (Pommern,Gräfe u. Unzer)
Bild 12 Fischer Stüben
Die Figur des Fischers Stüben in Heilgenhafen verkörpert den klassischen Ostseefischer. Vor 154 Jahren half er bei Nacht 160 preußischen Soldaten auf die Insel Fehmarn überzusetzen, um die dänischen Besatzer im Bett zu überraschen.
Bild 13 Blick auf Stralsund – Heute https://www.seereisenmagazin.de/reportagen-174/dasschoenste-binnenrevier-liegt-an-der-kueste-ruegen-und-hiddensee.html
Leserbrief Von: Rudolf Lauff Am: Freitag den 13. July, 2018 An: Ivan Seibel Edição Nr. 245 - Folha Pomerana de 07 07 18 Guten Tag Herr Seibel, von Honduras aus verfolge ich alle Artikel Ihrer Internet-Zeitung mit großem Interesse. Viele fast versunkene Dinge werden dort ins heutige Gedächtnis gerufen und halten das wach, wofür es sich lohnt zu leben: unsere Traditionen und unsere Kultur als Deutsche. Machen Sie weiter so und herzlichen Dank! Ihr Dr. Rudolf Lauff
Up Pomerisch Srijwe un Leese leire Os pequenos quadros da Lilia Jonat Stein
Previsão do Tempo No Rio Grande do Sul e na Pomerânia
Links interesantes http://www.brasilalemanha.com.br/novo_site/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.preussische-allgemeine.de/ http://www.estacaocapixaba.com.br/ http://www.montanhascapixabas.com.br/ http://www.ape.es.gov.br/index2.htm http://www.staatsarchiv-darmstadt.hessen.de http://www.rootsweb.com/~brawgw/alemanha http://www.ape.es.gov.br/cidadanias.htm http://www.citybrazil.com.br/es http://pommerland.com.br/site/ http://www.ctrpnt.com/ahnen/fmb.html http://www.seibel.com.br http://www.kolberg-koerlin.de http://www.povopomerano.com.br http://www.pommersches-landesmuseum.de/aktuelles/veranstaltungen.html http://www.pommern-z.de/Pommersche_Zeitung/index.html http://www.pommerscher-greif.de/ http://www.pommernkonvent.de http://www. pommersche-kirchengeschichte-ag.de http://www.leben-auf-dem-land.de/seite-4.htm http://www.raqueldiegoli.blogspot.com.br/ (previdenciário) http://pomerischradio.com.br/ https://www.facebook.com/Pomerisch-R%C3%A1dio-un-TV-892344537473691/ https://www.youtube.com/user/PomerischRadio http://acdiegoli.blogspot.com.br/ http://www.twitter.com/tempo_sls
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