Facebook.com/jornaldeparaopeba
Correios - Endereço para devolução: Rua Isaías Corrêa, 277 - Centro
Circulação em Paraopeba e região do Alto Rio das Velhas, Região Metropolitana de Belo Horizonte, outros municípios mineiros e vários estados
Paraopeba “Gentil e Querida”
jornaldeparaopeba@bol.com.br
O CARRO DE BOI LEIA
NA PÁGINA
4
No interior mineiro, a presença do carro de boi
Ontem: rodas de madeira
Ano XXVII - Nº 313 - Fevereiro 2018
Preço Exemplar: R$ 2,00
A importância do carro de boi no século 18
O carro de boi na construção da Fábrica do Cedro
Hoje: pneus no lugar das rodas
Como objeto de decoração
O antigo carro de boi ainda é um meio de transporte em alguns lugarejos.
CENAS DE PARAOPEBA
2
Facebook.com/jornaldeparaopeba
Fevereiro/2018
Escreva para o jornal de Paraopeba
ORIGEM DAS EXPRESSÕES
Participe do Jornal de Paraopeba.
NO TEMPO DO ONÇA
Escreva, dê o seu palpite, sugestão, denuncie, critique ou elogie. Mande a sua carta. Ela será publicada no jornal. Obs.: Toda carta para ser publica deve ser assinada pelo leitor. Nosso endereço é Rua Isaias Corrêa, 277. Paraopeba - MG - CEP 35774-000 - Tel: (31) 9236-0358 Em BH - R. José Rodrigues Pereira, 1218/703 - CEP: 30455-640 E-mail: jornaldeparaopeba@bol.com.br
UM SANTO DO MÊS
3 DE FEVEREIRO:
É
DIA DE SÃO BRÁS
meio incerta a existência histórica de Brás, bispo de Sebaste, na Armênia. Não obstante isso, é muito popular pela bênção da garganta. Lemos na sua Paixão que enquanto estava indo ao martírio, uma senhora, cujo filho engasgado com um espinho de peixe estava morrendo, prostrou-se a seus pés e o santo concentrou-se em oração passando a mão na cabeça do menino. O menino sarou imediatamente. Desde então ele é o protetor da garganta contra qualquer mal. Por isso o calendário litúrgico conservou a memória do santo neste dia, embora haja muita lenda a seu respeito. Ele foi bispo de Sebaste no início do século IV e sofreu a perseguição de Licínio, o colega do imperador Constantino. Pode, portanto, ser considerado um dos últimos mártires cristãos. Era o ano de 316. S. Brás, perseguido, retirou-se para uma gruta. A lenda, como sempre, enfeita com muitas particularidades a vida do santo velhinho, cercado de animais da floresta, que eram amigos especiais trazendo-lhe até comida. Os caçadores o encontraram e apontaram-no como um malfeitor levando-o à prisão na cidade. Não obstante os milagres realizados o santo foi condenado por não querer renegar Cristo e sacrificar aos ídolos. Teve suas carnes rasgadas com pentes de ferro. Suportou tantos suplícios até que lhe cortaram a cabeça.
LOJA MACIEL
Confecções e Sapataria Cama, Mesa e Banho Artigos para Presentes
Os melhores artigos p elos pelos Menores Preços AV. GETÚLIO VARGAS, 15 CENTRO - PARAOPEBA
(31)3714-1355
“Cuidado com o onça”. Esta era a frase muito ouvida no Rio de Janeiro na época do governador Luiz Vahid Monteiro, o Onça, nomeado em 24 de novembro de 1724. O apelido foi motivado pela braveza que ele exibia durante seu governo e em referência ao animal mais temido no interior do Brasil. Sendo a onça o mais feroz predador da nossa fauna, era também o governador a mais temida autoridade da capitania. Monteiro ficou famoso por sua perseguição aos ladrões de todos os tipos e níveis sociais. Pela rudeza no trato com os outros, incluem-se entre os seus irreconciliáveis desafetos a Câmara, os jesuítas e a maior parte do clero regular e secular. Em uma de suas cartas, em tom de desespero desabafou ao rei: “Senhor, nesta terra todos roubam, só eu não roubo”. Depois de enlouquecer e ser afastado, o famigerado governador virou sinônimo de perverso perseguidor, principalmente dos seus contemporâneos que se lembravam dos feitos da época do “Onça”. Com o tempo, seu apelido ganhou o sentido de algo antigo, remoto, que acontecera muito tempo antes, inspirando uma frase popular. “ISSO É DO TEMPO DO ONÇA”.
SAÚDE
A palavra veio do latim salute. É falada quando alguém espirra. No século II, a população da Itália foi acometida de uma epidemia que começava com espirros e coriza e, muitas vezes, matava em poucos dias. Não havendo vacina e nem remédio, o papa recomendava aos fiéis que pedissem a proteção divina para quem espirrasse, dizendo-lhe: Dominus tecum!, o Senhor esteja contigo. Quem não era cristão e queria o bem da pessoa dizia simplesmente: Saúde!
PÃO-DURO
A expressão surgiu com o escritor espanhol Miguel de Cervantes, onde apresentou um personagem chamado Sr. Panduro, avarento e unha de fome. A expressão se vulgarizou quando morreu no Rio de Janeiro, um mendigo que pedia sempre nem que fosse um pão duro, tornando-se conhecido por Pão duro. Quando morreu, deixou grandes depósitos nos bancos e várias casas no subúrbio. Pouco depois, Procópio Ferreira representava a comédia “Pão-duro”, que satirizava o episódio. • Publicado na “Gazeta de Paraopeba” – 08.08.1937
M
MENDIGO RICO
ais um mendigo rico acaba de cerrar os olhos à vida, em S. Paulo. Chamava-se Johan Cekada, e durante mais de 35 anos percorrera, esmolando, as ruas da capital bandeirante. Vitimou-o uma lesão cardíaca. Ante os rumores de que Johan era rico, a autoridade policial mandou que se desse uma busca no miserável quarto, atulhado de latas, caixões, cadeiras quebradas e baús velhos, em que o mendigo vivia. Logo de início, sob a cama nauseabunda que era ocupada por Johan, dissimulados entre papéis, roupas sujas e trapos, foram encontrados três pequenos sacos, fortemente amarrados com barbantes. Ao ser retirado o primeiro, um oh! de espanto partiu de todos os lábios. Seu peso e o tilintar de seu conteúdo denotavam haver nele dinheiro em moedas Aberto, maior foi a surpresa: eram só pratas antigas de 2$ e 1$000. Contas, acusaram 3:682$000. O segundo saco também guardava somente pratas de 2$000, das em uso, no total de 1:000$000. O terceiro saco finalmente continha 6:000$000, uma caderneta do Banco Alemão Transatlântico com o depósito de 8:000$000, diversas letras e documentos de empréstimos feitos por Johan a terceiros e quatro escrituras dos prédios de sua propriedade, todos situados no bairro da Lapa. E, apesar de deixar tanto dinheiro, o velhinho austríaco foi enterrado miseravelmente como indigente, como vivia, como morreu...
ORIGEM DAS PALAVRAS
F
ilho: do Latim filius, descendente do sexo masculino, Mas nem sempre a aplicação é denotativa. Ao contrário, na maioria das vezes é conotativa, como em “Tarzan, filho das selvas”, “filho adotivo”, “Filho, a 2ª pessoa da Trindade”, “Filho do Homem”, “filhinho do papai”, “filho pródigo”, “filho único de mamãe viúva”. Aparece também como último sobrenome, para diferenciar do pai, que tem o mesmo nome. Nesse caso, pode ser júnior, em vez de filho. Primogênito: do Latim primogenitus, gerado e nascido e antes dos irmãos, o mais velho.Do Latim prim(us), primeiro, e do étimo indo-europeu gen, que deu ginomai em Grego e gnascor no Latim antigo e depois nascor, com o significado de nascer, no Grego como no Latim. Caçula: do Quimbundo kasule, último filho, tendo o sinônimo de benjamim, do Hebraico Benjamin, nome próprio que passou a substantivo comum por ser este o nome do segundo filho de Jacó e Raquel, que morreu logo depois do parto. Tendo sofrido muito ela o chamou “filho da minha dor”, mas o pai mudou para “filho da minha felicidade”.
CALENDÁRIO AGRÍCOLA
FEVEREIRO Planta-se: abobrinha, acelga, amendoim, batatinha, banana, cebola, cenoura, espinafre, feijão Semeia-se: alface romana, alho poró, berinjela, beterraba, couves, pimentão, tomate Colhe-se: abóbora, alface, batata doce, berinjela, beterraba, cará, feijão verde, nabo japonês, pepino.
Calendário da Pesca Dias Lua Avaliação 07 quarto crescente regular 15 cheia ótimo 23 quarto minguante bom
MARÇO EXPEDIENTE E-mail: jornaldeparaopeba@bol.com.br
JORNAL DE PARAOPEBA
Integração Diretora: Carmem Lúcia Mascarenhas Rocha Redação Paraopeba - Rua Isaias Corrêa, 277 CEP 35.774-000 Redação Belo Horizonte: Rua José Rodrigues Pereira, 1218 / 703 - CEP 30.455-640 Fone: (31) 99236-0358 - Facebook.com/jornaldeparaopeba Associado a Abrajet e Abrarj Diagramação: (31) 3485-2434 / 99567-6755 jornaiss40@gmail.com
O Jornal não se responsabiliza pelos artigos assinados
Jornal de Paraopeba
jornaldeparaopeba@bol.com.br
Planta-se: aspargo, abobrinha, acelga, almeirão, aveia, ervilha, espinafre, mandioca, melão, trigo Semeia-se: aipo, beterraba, cebola, nabo, repolhos roxo e branco, tomate Colhe-se: agrião, aipo, cará, jiló, melancia, taiá, vagem
Calendário da Pesca Dias Lua Avaliação 01 cheia ótimo 09 quarto minguante bom 17 nova neutro 24 quarto crescente regular 31 cheia ótimo
CULINÁRIA
Maria Rocha
MOQUECA CARIOCA
1 limão • 1 cebola roxa • Salsa e cebolinha • 1 kg de carne de de frango em cubos
INGREDIENTES: • ½ xícara de azeite • 2 cebolas picadas • 1 pimentão vermelho e 1 amarelo picados • 4 tomates em cubos • 1 folha de louro • 1 colher (sopa) de açafrão • 200ml de leite de coco • 4 dentes de alho amassados • Sal e suco de
PREPARO: 1. Temperar o frango com sal, alho e suco de limão. Deixar descansar por 1h. 2. Aquecer bem o azeite e dourar o frango até secar a água. 3. Colocar os outros ingredientes, deixando a cebola roxa e o cheiro verde por último. 4. Se quiser, pode acrescentar ¼ de xícara de azeite de dendê e pimenta.
PUDIM DE PAÇOQUINHA
INGREDIENTES: • 4 ovos • 1 lata de leite condensado • 1 lata de leite ou 1 de creme de leite • 150g de paçoquinha (7 unidades) • 3 colheres (sopa) de açúcar • 1 pitada de sal PREPARO: 1. Bater no liquidificador os ovos, o leite condensado e o leite ou creme de leite. 2. Acrescentar as paçoquinhas esfareladas, o açúcar e o sal. 3. Assar em forma de pudim caramelizada em banho-maria até cozinhar. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
C ANTINHO
DA
P OESIA
Normalista
Quando partias para os teus estudos, A boina sobre as tranças esvoaçantes, A blusa branca de fustão colante Sobre os nascentes seios pontiagudos.
Renê Guimarães
Como um botão de rosa mal nascido, Tremia o beijo no teu lábio fino Que só por timidez não foi colhido...
Eu fiquei para sempre a tua espera, De mim te despediste soluçante, Cheios de mágoa os olhos pestanudos... Ave de arribação do meu destino, Quanta emoção nesses instantes mudos Andorinha da minha primavera! Do adeus saudoso da gaivota errante!
Aplica-se R E I K I PARAOPEBA
3714-1339
ASSINATURA Leia e assine
"JORNAL DE NOME: PARAOPEBA" -------------------------------------------------------------------------------------
ENDEREÇO: ------------------------------------------------------------------------------------CEP: CIDADE: ESTADO: -------------------------------------------------------------------------------------
Participe da Integração
jornaldeparaopeba@bol.com.br
Mande o cupom acompanhado de cheque ou dinheiro no valor de R$ 12,00, semestral (valor para Paraopeba) e R$ 50,00, anual (outras cidades) assinatura para a administração do Jornal Rua Isaías Corrêa, 277 - Paraopeba - MG - CEP 35774-000 Fone: (31) 3714-1146
a Jornal de Paraopeba
HISTÓRIAS...
OS MISTÉRIOS DA VIDA E DA MORTE
A estrela da manhã deste novo dia olha para um mundo diferente, onde Deus é bem-vindo e Seu Filho com Ele. Nós que O completamos oferecemos a nossa gratidão a Ele assim como Ele nos dá graças. O Filho está quieto e, na quietude que Deus lhe deu, entra em sua casa e está enfim em paz.
UCEM (Um Curso em Milagres)
O
Fevereiro/2018
jornaldeparaopeba@bol.com.br
s anos sessenta foram muito importantes para todo o planeta. Foi quando começaram a soprar os ventos das mudanças. Algo de novo pairava no ar. Uma energia revitalizadora nos impulsionava para novos caminhos que se abriam em meio a um mundo caótico e sem perspectivas. Nós que vivemos naquela época abençoada sentíamos que havia algo de muito profundo acontecendo, e nos envolvíamos com tudo o que se nos deparasse para nosso progresso e contentamento. Estávamos presenciando a tomada de um novo rumo da humanidade. Não vou enumerar as coisas que surgiram naquele tempo mágico, porque seria repetitivo e muito longo para tão pouco espaço. O bom era que a nossa juventude celebrava tudo de novo que nos enchia de energia para novas dimensões. O Oriente começou a invadir o Ocidente e coisas novas surgiram... Nesse mesmo tempo tínhamos um amigo que foi importante para nosso despertar e crescimento. Ele era cego de nascença, mas por um golpe do destino, foi internado muito novo no Instituto São Rafael, em Belo Horizonte, e lá, se desenvolveu intelectual e artisticamente. E, para nossa alegria, se transformou num grande músico, que tocava todo tipo de teclado. Ele tinha ouvido absoluto, que podia ouvir e reconhecer as notas de uma melodia seja isoladamente ou numa orquestra, e isto o fazia apto a acompanhar qualquer tipo de música que se cantasse, e mesmo improvisar sobre qualquer tema. Ele foi nosso companheiro por longo tempo. O conduzíamos por aquelas noites festivas, em que ele enchia os salões com suas melodias inesquecíveis. E ele era também nosso parceiro nas noitadas nos bares e botecos. Era um amigo para toda obra. Enfim, era um músico completo e um grande companheiro. Mas, como o tempo não para, ele se casou, foi-se embora para a capital, adquiriu família, e só esporadicamente aparecia para rever os amigos. Tocava num determinado restaurante em BH. Nos anos finais de sua vida foi acometido por uma doença insidiosa e ficou muito restrito em suas funções. Eu sempre o visitava quando ele vinha para a casa de sua irmã, e levava o meu conforto e carinho para amenizar as agruras por que estava passando. Mas ele nunca se queixava de nada. Vivia na mais completa humildade aceitando o seu destino sem revolta, como sempre o fez com sua cegueira, que nunca tirou
sua alegria de viver. E eu sentava na beira de sua cama e conversávamos sobre tudo, principalmente sobre música, porque procurei ajudá-lo, no que podia, com relação aos estudos que ele fazia sobre música. Ele era versado na música barroca e estudava as obras de Johann Sebastian Bach, e sempre me pedia para baixar as cantatas que ele estava analisando em seus estudos. Eu tenho um site na internet, classical-music-online.net que me permitia baixar músicas de qualquer compositor de qualquer época. Bach compôs mais de duzentas cantatas, que é um tipo de música religiosa, sobre um tema da bíblia, em geral dos evangelhos, cantado por um coral e solistas acompanhados por orquestra. Consegui baixar pra ele as duzentas cantatas disponíveis no site. E ele ia estudando cada uma separadamente, enchendo seu tempo com aquilo que ele sempre gostou de fazer: música. E como nós dois estávamos cientes do destino que o esperava, sempre conversávamos sobre temas espiritualistas, que nos levavam a considerar o motivo de nossa vinda a este planeta e o que seria esperado de nós para o todo da evolução do universo, sem contudo introduzir temas de ordem religiosa. Estávamos simplesmente questionando o “por quê” da existência e como superar o tamanho da confusão que os homens fazem no mundo, a balbúrdia de tanta controvérsia e crenças sem sentido. E sempre chegávamos à conclusão de que o pensamento não pode compreender a Verdade, que está sempre em um plano diferente, porque o pensamento é limitado pelos nossos condicionamentos e a Verdade é atemporal, não depende de qualquer aprendizado, ela É, não precisa de nossas considerações. E isso o ajudava muito a se manter tranquilo, longe do medo e da ameaça que, em geral, as religiões criam, como punições, castigos e todo tipo de coisas imagináveis que atribuem a um Deus, que, para elas, nem sempre é Bondade e Amor. E eu fazia o que podia para dar aos seus últimos dias um sentido de grande certeza numa vida eterna, sem sofrimento, sem perdas e sem dor. A eterna bemaventurança, onde reina o amor incondicional e que pensamos, será o fim para todos nós, que somos filhos de um mesmo Pai, bondoso e justo. Mas, sempre concluíamos que o sentido da criação não pode ser abarcado pelo pensamento, porque este é limitado e a criação é ilimitada e
JGERocha
eterna e pertence a outro plano. Uma tarde em que cheguei ao quarto dele, percebi uma certa agitação de sua parte, e procurei prestar atenção ao que estava acontecendo. E ele virou-se para mim e disse; “tenho que ouvir a Sinfonia Pastoral de Beethoven. Não é um desejo meu, é uma imposição de algo dentro de mim! Entendeu? Tenho que ouvir esta sinfonia.” Fiquei pensando, por que a Pastoral? Que sentido há nisto? Mas sem pestanejar, afirmei para ele que era a coisa mais simples baixar a sinfonia e trazer pra ele. Ele gostou e disse que era urgente. No outro dia baixei a melhor versão da Sinfonia Pastoral e lhe entreguei. E conversamos sobre seus estudos sobre o barroco e o sentido da Pastoral nisto tudo. Não chegamos a nenhuma conclusão. A Pastoral é a sinfonia n. 6, Op. 68, em Fá maior, de Ludwig van Beethoven. Ela é composta de 5 movimentos, ao passo que normalmente as sinfonias são divididas em 4 movimentos. Os movimentos se sucedem da seguinte maneira: 1) Allegro ma non troppo – “Despertar de sentimentos alegres diante da chegada ao campo” 2) Andante molto mosso – “Cena à beira de um regato” 3) Allegro – “Dança campestre” 4) Allegro – “A tempestade” 5) Allegretto – “Hino de ação de graças dos pastores após a tempestade” O próprio Beethoven escreveu que esta sinfonia deveria ser interpretada não como se fosse a descrição de um quadro de uma pintura, mas sim como a expressão dos sentimentos diante dos fatos que presenciou na ocasião. Curioso é que um músico das dimensões de Beethoven, que levou ao nível máximo a música do período clássico e deu margem à transição para o romantismo, tenho ficado surdo em sua idade adulta. E, mais ainda, as suas principais obras, entre elas a insuperável Nona Sinfonia, foram escritas quando já estava completamente mergulhado no silêncio da surdez. Pensei na possibilidade de algum paralelo, mas nenhuma certeza... Tudo bem! Meu amigo ouviu a sinfonia no silêncio de suas noites, em que esperava pelo desfecho de sua vida. E logo depois notei uma certa paz, um sentido de plenitude que passou a envolver os seu últimos atos. A paz desceu sobre ele! Mas eu nunca cheguei a uma explicação que justificasse o sentido premente que o fez, de uma forma ou de outra, ouvir a Pastoral. É algo que nunca pude compreender, por mais que procurasse a justificativa. Será que a vida dele foi como a chegada daqueles pastores no campo, suas comemorações, a tempestade que muitas vezes cai sobre a vida e finalmente o hino de ação de graças após a tempestade? Ainda não sei e nunca vou saber o que o Poder sussurrou nos ouvidos dele com os acordes da Sinfonia Pastoral. Só sei que ele entrou nas regiões onde habita uma paz que nos escapa ao entendimento. Uma paz que não é deste mundo. Uma paz que só vamos encontrar quando voltarmos aos braços amorosos de nosso Pai. Fiquei feliz em participar desta experiência que me deixou bem convicto de que há alguma coisa imensa que espera por nós no desconhecido. Não para nos julgar e condenar, mas para nos receber como filhos amados que somos, frutos do Amor eterno de nosso Criador! O filho pródigo, depois de sua peregrinação por este mundo de sofrimentos, sempre volta à casa paterna... Não existe Justiça sem Amor!
A
Facebook.com/jornaldeparaopeba
FESTA DE SÃO SEBASTIÃO
devoção dos paraopebenses a São Sebastião vem desde a época do padre Augusto Horta, cujo vicariato, o segundo mais longo, durou 36 anos (1905 – 1941), período no qual havia novena, barraquinha com leilão de animais e procissão no encerramento da festa. Assumindo a paróquia em 1943, padre Herculano manteve a tradição, com as mesmas festividades e, hoje, trinta anos após a sua morte, os padres que assumiram a paróquia, continuam realizando as festas dos santos padroeiros. No dia 21 de janeiro, no encerramento da festa, Pe. Gilson do Carmo Mendes celebrou Missa Sertaneja, às 10 horas, na Matriz Nossa Senhora do Carmo, culminando com a procissão.
TRADIÇÃO PORTUGUESA Os portugueses eram muito devotos de São Sebastião. Quando nasceu o aguardado herdeiro da dinastia de Avis, a 20 de janeiro de 1554, deram-lhe o nome do glorioso santo do dia. A devoção ao santo atravessou o oceano, desembarcou na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e espalhou-se pelo interior do Brasil. O SANTO GUERREIRO Sebastião era um soldado nascido na região da atual França, por volta do ano 256. Em posto de destaque militar, ele viu surgir a última grande perseguição aos cristãos durante o Baixo Império Romano. Os imperadores Diocleciano e Maximiano perseguiram os cristãos em finais do século 3. Cristão convicto e ativo, tudo fazia para ajudar os irmãos na fé: soldados e prisioneiros. Denunciado como cristão, foi levado perante o Imperador Diocleciano. Como confessou publi-
Padre Gilson
camente sua fé, foi amarrado a um tronco de árvore e crivado de flechas por arqueiros profissionais. São Sebastião conseguiu sobreviver e se apresentou ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos. Diocleciano não se comoveu com seus apelos e mandou açoitá-lo até a morte, atirando seu corpo no esgoto de Roma. O santo apareceu a uma cristã, dizendolhe onde estava seu corpo. Reencontrados, seus restos mortais foram depositados em uma catacumba cristã que seria, depois, conhecida com Catacumba de São Sebastião. Sobre ela, foi erguida uma igreja, a Basílica de São Sebastião. O PROTETOR CONTRA EPIDEMIAS Na Alta Idade Média, São Sebastião começou a ser associado à proteção contra epidemias. Durante o período Lombardo na Itália, uma epidemia violenta foi contida quando se construiu um altar em sua honra. Sendo a peste um dos grandes medos do homem medieval, São Sebastião foi consolidando a fama contra as epidemias de doenças nas cidades. São Sebastião também é o protetor dos presos.
108 ANOS DAS DAMAS DE CARIDADE
N
As Damas de Cao dia 16 de janeiro de ridade, hoje, estão res1910, Padre Augusto tritas somente a nove Horta criou em Tabuleiro senhoras e com este reGrande mais uma instituiduzido número, tornação de caridade destinase difícil continuar com da a amparar a pobreza. o ideal do padre AuPor isto, convocou segusto: o do amparo à nhoras de famílias abaspobreza. Nascido num tadas para fundar aqui uma lar pobre, não se dediAssociação das Damas de cava apenas ao vicariaCaridade, instituição esta to, pois para manter que já existia em outras seus pais se transforfreguesias, produzindo mava num humilde tragrande fruto de santificabalhador braçal. Munição para as Damas e muido de enxada, capinatos benefícios à pobreza va e plantava feijão, midesvalida. lho, mandioca. Presidindo a sessão, Atualmente, exisPadre Augusto discorreu tem no Brasil apenas sobre a prática da caridaquatro associações das de, uma das três virtudes propagadas pelo catoli- Francisca Moreira da Silva (D. Chiquinha) Damas de Caridade sendo que duas em Minas. cismo, juntamente com a e seu marido José Cândido Mascarenhas Para que a nossa sofé e a esperança e o impor(Zezé da Fazenda do Rasgão) breviva, é necessário tante papel que represenApós a leitura dos esta- que senhoras e senhoritas inta para a humanidade. Atenderam ao convite tutos, foi eleita a primeira dire- tegrem este grupo. A presidente da nossa as senhoras: Francisca Mas- toria, sendo eleita a Sra. Francarenhas da Silva, Corina Di- cisca Moreira da Silva (D. Chi- associação é a Sra. Eni Moreira niz Mascarenhas, Silvina Gui- quinha) esposa de José Cândido Silva (esposa de Olímpio da marães Mascarenhas, Fran- Mascarenhas (O Zezé, proprie- Silva Filho, Pico) e a secretária é a Sra. Stela Marinho que cisca Moreira da Silva, Regi- tário da Fazenda do Rasgão). D. Chiquinha presidiu as zela por um patrimônio: o annalda Moreira, Custódia Moreira Diniz, Selvina Simões, Damas de Caridade por 32 anos, tigo livro de atas com capa de Maria França Canabrava e Ce- de 1910 até a sua morte, em couro, doado por D. Chiqui1942. nha do Rasgão. cília Horta. • Publicado na “Gazeta de Paraopeba” em 12.07.1942
N
FRANCISCA MOREIRA DA SILVA
a tarde do dia 6 de julho morreu na Fazenda do Rasgão, onde residia, D. Francisca Moreira da Silva. D. Chiquinha, como era conhecida, achava-se enferma há tempos, sendo baldados todos os cuidados da família e do Dr. Teófilo Ferreira do Nascimento (casado com sua sobrinha Alice dos Santos Nascimento) para salvá-la. A extinta era natural de
Traíras, (hoje Santana de Pirapama) e viúva do nosso conterrâneo José Cândido Mascarenhas (o Zezé do Rasgão) falecido em 1917 e filho do Barão Antônio Cândido. Muito estimada nesta cidade pelo seu espírito generoso, a notícia do seu falecimento causou grande pesar, embora já esperado, devido à sua idade avançada. Assistiu-a nos últimos
coro.paraopeba@gamail.com
Leia e assine o Participe da Integração
3
Em Paraopeba, o representante da CONFIAX SEGUROS, Hugo Cabanellas está com o escritório da Corretora de Seguros, TOPOGRAFIA E ENGENHARIA na Praça Coronel Bernardino, 254 Centro (Em frente a COAPA) (31) 99888-2719
momentos, ministrando-lhe o sacramento da extrema unção, D. Cirilo de Paula Freiras. Seu enterro efetuou-se às 11 horas do dia seguinte, com grande acompanhamento, no cemitério local. D. Chiquinha era irmã de José Gonçalves Ferreira, Luiz Gonçalves Ferreira e Maria Madalena Ferreira (já falecidos). D. Chiquinha e Zezé não tiveram filhos.
4
Facebook.com/jornaldeparaopeba
Fevereiro/2018
jornaldeparaopeba@bol.com.br
Jornal de Paraopeba
RELEMBRANDO O PASSADO
BOIADAS
A IMPORTÂNCIA DO CARRO DE BOIS
A
té a década de 50, os moradores do centro da nossa cidade podiam ver as boiadas que passavam pelas ruas, sendo conduzidas para as fazendas das proximidades. Quanto isto acontecia, era uma festa para a meninada, que não tinha quase nenhuma distração. Quase escondidos pela nuvem de poeira da rua, os meninos corriam e gritavam atrás da boiada. Medrosas, as mães acompanhavam a cena través das janelas.
S
Uma boiada passando pelo antigo teatro. No local foi construído o prédio do cinema
BOIADA
Cora Coralina
Sol do meio dia Eu vi no alto distante no cerrado, na baixada, no aramado, na estrada boiadeira, nuvem grossa , vermelha, dourada de poeira “- Evém boiada!...” Meninos de sítio gritam da porteira. Eu vi mulheres de sítio, correndo, recolhendo peças de roupas preciosas, Brancos lençóis, grosseiros de enormes camas matrimoniais. Camisas, saiotes, Panos encardidos.
em o carro de boi, a ocupação de certos lugares do sertão mineiro seria impossível. Não há como imaginar o surgimento de povoados e grandes fazendas de café, algodão e de gado naqueles tempos em que não havia caminhões e tratores e nenhum outro meio de transporte. Se as tropas de burro e mulas eram para cargas leves, os carros de boi eram para o serviço pesado, grandes quantidades de sacarias e móveis, além de pedras, areia, madeira e adobe para a construção dos casarões. Era bonito vê-los gemendo morosamente no fim do estradão. Nas quebradas de Minas, muitos carpinteiros talharam o jacarandá para dar conta das encomendas de fazendeiros que principiavam a ocupação de terras. Pela sua importância e tradição, o carro de boi é reverenciado em festas e desfiles. Nas festas de Nossa Senhora do Carmo, na década de 90, a mais antiga imagem de Nossa Senhora do Carmo era conduzida num carro de boi, trazida de Carvalho de Almeida. Por isto, seguindo esta tradição, o fato era repetido. No entanto, isto não é mais possível de acontecer, devido à inexistência de carro de boi na zona rural. Ele foi substituído por carroças puxadas por cavalos. Ser dono de um carro de boi, de rodas cantadeiras, é como ter na garagem um Ford picape fabricado em 1929. E não tem preço.
A ARTE DE CONSTRUIR UM CARRO DE BOI
Não é ofício simples. Um carro de boi exige a meticulosi-
dade de um projeto de automóvel. Um errinho de nada no desenho do mião (roda) ou na romã do eixo, o carro fica comprometido, principalmente por um detalhe. Carro de boi que não canta, vira carroça. Para não cometer erros, é preciso destreza no manejo da serra, do serrote, da lima, da grosa, só para falar de algumas ferramentas. Por isso é importante ser, no mínimo ferreiro e carpinteiro. Para cantar, o eixo é untado com azeite de mamona. Eram muito requisitados os construtores de carros de boi, aqueles de madeira, pesados, de rodas de madeira, que cantavam, puxados por juntas de bois, os chamados bois de carro, fortes calmos e obedientes. O trator com carretinha substituiu o carro de boi nas fazendas.
HERANÇA DOS PORTUGUESES
No Brasil, os carros de boi foram trazidos pelos portugueses no século 16, nos primeiros tempos de colonização; eram fundamentais para o desenvolvimento, principalmente a lavoura açucareira. Eram utilizados também para o transporte de materiais em geral e de pessoas. Mais tarde, com as tropas de burros, mais rápidas e melhores para terrenos acidentados, e com o uso de carroças, o carro de boi foi sendo utilizado para transporte em distâncias menores.
O CARRO DE BOIS NA CONSTRUÇÃO DA FÁBRICA DO CEDRO
“- Evém boiada!...” Errante na distância, nas quebradas, nos pastos, nas estradas, - o sonido bárbaro do berrante. “- Evém boiada!...” Boiadão.
• Do texto de Aguinaldo Edmundo “Tabuleiro Grande” – 1947
C
arros de bois cruzando, pachorrentamente, o Largo da Matriz, vindos do Mocambo, conduzindo lenha para a Fábrica do Cedro, cantando nos eixos apertados uma cantiga monótona, quase de fazer dormir aos próprios bois... Naquele tempo, lenha de seis mil réis o carro... Quando chegavam no rumo da venda do Sô Dino, paravam. Tanto na ida como na volta. Paravam na certa. Os bois de coice escoravam. Sem os carreiros mandarem... Porque, já sabiam. Os carreiros não passavam sem ir à venda de Sô Dino dar dois dedos de prosa e beber um trago de pinga. E pinga da melhor, saída de torneiras das pipas. E baratinha...
CARROS DE BOIS
Meireles Vicente de Avelar
C
onstituía para nós, crianças, espetáculo de rara beleza o desfilar dos carros de bois no Largo da Matriz. Ia um atrás do outro, tendo cada qual, quatro ou cinco parelhas de bovinos de grandes chifres. Era tão lindo a orquestra formada pelo gemido dos carros que, quase sempre, atraídos pela doce melodia, eu os acompanhava, extasiado até o alto do morro do cruzeiro, de onde o comboio descia rumo ao Cedro.
O CARRO DE BOI
* Amélia Pinto Coelho Gomes
Lá vai ele estrada afora, Lá vai ele a rodar. Geme, range, canta, chora, E não para de rodar.
Canta as mágoas do carreiro E as alegrias sem par, Da vida tranquila da roça Numa noite de luar.
Em seu constante rodar Nas estradas poeirentas, O velho carro de boi Vai cantando sem parar.
Só quem conhece o seu canto Pode sua mágoa entender E amando o seu encanto Sentir o seu eterno gemer.
* Membro da Academia de Letrasde Ponte Nova – MG Faleceu em 2008
E
m setembro de 1871, a maquinaria foi despachada pela Estrada de Ferro D. Pedro II com destino a Entre Rios. Daí até Juiz de Fora o transporte foi confiado à “União e Indústria”, empresa de Mariano Procópio, que mantinha a estrada, o tráfego de passageiros em diligências e o de carga em carroções, entre aquela cidade e Petrópolis, passando por Entre Rios. De Juiz de Fora em diante a carga de 250 toneladas passou a ser transportada em carros de boi, pela Serra da Mantiqueira, rumo a Barbacena e, a partir dessa cidade, o comboio foi dividido em dois, seguindo um pelo vale do Rio das Velhas, passando por Morro Velho e o outro pelo vale do Rio Paraopeba, passando por Bonfim, Capela Nova (hoje Betim) e Santa Quitéria (hoje Esmeraldas). Era o caminho mais comumente usado rumo ao sertão. Um carro de boi, normalmente, carregava de 80 a 100 arrobas, isto é, de 1.200 a 1.500Kg. Seriam, portanto, necessários cerca de 200 carros comuns para levar os 250.000 Kg ao Cedro, número esse que pode dar uma ideia do vulto da tarefa, da quantidade de bois e de carreiros necessários.
Caminhos tortuosos e apropriados somente ao uso de tropas ofereciam obstáculos a todo instante. A morosidade da marcha era de desesperar, obrigados a parar para acampar à noite e a suspender a marcha durante o dia para descanso dos homens e dos animais. Os problemas eram constantes: um eixo partido, uma roda quebrada por causa do peso excessivo da carga ou de choque com algum buraco do caminho, atrasava tudo. Aqui, era um animal que caía e a substituição demandava tempo; ali era a falta de ponte ou a estreiteza do atalho que exigiam o trabalho de sapatadores. Uma testemunha da passagem dessa caravana registrou sua impressão: “Já vão algumas dezenas de anos, quando ainda criança, me acordava o chiar de imenso comboio de carros de bois, atravessando, pela manhã, o pitoresco arraial de Santa Quitéria, conduzindo maquinismo para a fábrica de tecidos do Cedro a estabelecerse em Tabuleiro Grande, hoje próspera Vila Paraopeba. FONTE: Livro “Centenário da Fábrica do Cedro” Geraldo Magalhães Mascarenhas - 1972
DESFILE DE CARROS DE BOIS EM FELIXLÂNDIA TEM MAIS DE 50 ANOS
T
• Publicado na revista FAEMG/SENAR em setembro de 2016
odo mês de agosto, Felixlândia tem suas ruas tomadas pelos carros de boi para celebrar o Jubileu de Nossa Senhora da Piedade. O desfile marca o início das comemorações das festas de agosto. Mais de 30 carreiros – como são chamados os condutores – participam do desfile. Alguns viajam mais de 20 horas para participar da festa, que resgata a memória de um dos marcantes símbolos da cultura rural. Crianças, adultos e idosos enchem as ruas da cidade para acompanhar e apreciar a passagem dos carros de bois. Para o desfile, os carros são decorados com objetos da roça, panelas, tecidos e flores. Os carreiros se preparam durante todo o ano para o evento, preparando os carros e montando as decorações, que são motivo de competição entre eles, já que todos querem desfilar com o carro de boi mais bonito e bem decorado. A tradição do desfile ocorre há mais de 50 anos e relembra o auxílio dos carros na construção da igreja de Nossa Senhora da
Piedade em 1858. Na época, os carros de boi eram o principal veículo de locomoção e foram fundamentais no transporte dos materiais que edificaram a paróquia.
a Jornal de Paraopeba
jornaldeparaopeba@bol.com.br
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Associados, Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Contábeis do exercício social findo em 31/12/2017 da COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE PARAOPEBA LTDA – SICOOB CREDIPARAOPEBA, na forma da Legislação em vigor. 1. Política Operacional Em 2017 o SICOOB CREDIPARAOPEBA completou 30 anos mantendo sua vocação de instituição voltada para fomentar o crédito para seu público alvo, os cooperados. A atuação junto aos seus cooperados se dá principalmente através da concessão de empréstimos e captação de depósitos. O SICOOB CREDIPARAOPEBA vem assumindo responsabilidades sociais nas cidades da sua área de atuação (Araçaí, Caetanópolis, Cordisburgo e Paraopeba), através de parcerias com a sociedade. Destacamos a participação, pelo sétimo ano consecutivo – desde 2010, do Programa denominado Dia de Cooperar – DIA C, evento promovido pela Sistema Ocemg, com participação de voluntários, com benefícios para a população em geral, entidades filantrópicas, tais como: Lar dos Idosos Padre Augusto Horta; Grupo Anjos do Amanhã; Hospital São Vicente de Paulo (Paraopeba); Hospital Dr. Pacífico Mascarenhas Dalle (Caetanópolis) e APAE de Cordisburgo e Caetanópolis. Destacamos, ainda, convênios firmados com três (3) Entidades de Ensino de Paraopeba e Caetanópolis – Colégio Nossa Senhora do Carmo, Centro Educacional Castelinho Encantado e CNEC, para concessão de “Auxilio Bolsa Estudo” para filhos de associados, matriculados desde a Educação Infantil até o Ensino Médio; em 2017 foram beneficiados 173 filhos de associados. 2. Avaliação de Resultados No exercício de 2017, o SICOOB CREDIPARAOPEBA obteve um resultado R$3.746.097,98 representando um retorno anual sobre o Patrimônio Líquido de 17,88%, isso antes das destinações obrigatórias (Fundo de Reserva e FATES) e da despesa com o pagamento de juros ao capital. O resultado, após estas deduções, à disposição da Assembleia foi de R$1.435.827,93.
3. Ativos Os recursos depositados na Centralização Financeira somaram R$63.325.510,59. Por sua vez a carteira de créditos representava R$24.654.588,28. A carteira de crédito encontrava-se assim distribuída:
Fevereiro/2018
Facebook.com/jornaldeparaopeba
5
10. Sistema de Ouvidoria A Ouvidoria, constituída em 2007, representou um importante avanço a serviço dos cooperados, dispõe de diretor responsável pela área e de um Ouvidor. Atende às manifestações recebidas por meio do Sistema de Ouvidoria do SICOOB, composto por sistema tecnológico específico, atendimento via DDG 0800 e sítio na internet integrado com o sistema informatizado de ouvidoria tendo a atribuição de assegurar o cumprimento das normas relacionadas aos direitos dos usuários de nossos produtos, além de atuar como canal de comunicação com os nossos associados e integrantes das comunidades onde estamos presentes. Durante o ano de 2017, a Ouvidoria do SICOOB CREDIPARAOPEBA registrou sete (7) manifestações de cooperados sobre a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela Cooperativa. Dentre elas, havia reclamações, pedidos de esclarecimento de dúvidas e solicitações de providências relacionadas principalmente a atendimento, cartão de crédito e operações de crédito e aplicações. Das sete (7) reclamações, cinco (5) foram consideradas procedentes esclarecidas e resolvidas dentro os prazos legais, de maneira satisfatória para a parte envolvida, em perfeito acordo com o previsto na legislação vigente. E quanto às outras duas (2) restantes, foram consideradas como improcedentes. 11. Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito – FGCOOP De acordo com seu estatuto, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito- FGCOOP tem por objeto prestar garantia de créditos nos casos de decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição associada, até o limite de R$ 250 mil por associado, bem como contratar operações de assistência, de suporte financeiro e de liquidez com essas instituições. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que estabelece a forma de contribuição das instituições associadas ao Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCOOP), ratifica também seu estatuto e regulamento. Conforme previsto na Resolução nº 4.150, de 30.10.2012, esse fundo possui como instituições associadas todas as cooperativas singulares de crédito do Brasil e os bancos cooperativos integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Conforme previsto no artigo 2º da Resolução/CMN nº 4.284, de 05/11/2013, a contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo é de 0,0125%, dos saldos das obrigações garantidas, que abrangem as mesmas modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos dos bancos, o FGC, ou seja, os depósitos à vista e a prazo, as letras de crédito do agronegócio, entre outros. As contribuições ao FGCOOP pelas instituições a ele associadas tiveram início a partir do mês de março de 2014 e recolhidas no prazo estabelecido no § 4º do art. 3º da Circular 3.700, de 06/03/2014. Ainda nos termos de seu estatuto, a governança do Fundo será exercida pela Assembleia Geral, pelo Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva, e está estruturada de modo a permitir a efetiva representatividade das associadas, sejam elas cooperativas independentes ou filiadas a sistemas cooperativistas de crédito, sendo o direito de voto proporcional às respectivas contribuições ordinárias. Agradecimentos Agradecemos aos nossos associados pela preferência e confiança e aos funcionários e colaboradores pela dedicação. Paraopeba (MG), 05 de fevereiro de 2018. COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE PARAOPEBA LTDA SICOOB CREDIPARAOPEBA
Os Vinte Maiores Devedores representavam, na data-base de 31/12/2017, o percentual de 28,43% da carteira, no montante de R$7.016.373,11. 4. Captação As captações, no total de R$60.689.281,08, apresentaram uma evolução em relação ao mesmo período do exercício anterior de 4,11%. As captações encontravam-se assim distribuídas:
Os Vinte Maiores Depositantes do SICOOB CREDIPARAOPEBA representavam, na data-base de 31/12/2017, o percentual de 30,21% da captação, no montante de R$18.320.476,07. 5. Patrimônio de Referência O Patrimônio de Referência do SICOO CREDIPARAOPEBA, era de R$20.956.064,30.
O quadro de associados era composto de 5.644 cooperados, havendo uma redução de menos 5,93% em relação ao mesmo período do exercício anterior.
6. Política de Crédito A concessão de crédito está pautada em prévia análise do propenso tomador, havendo limites de alçadas pré-estabelecidos a serem observados e cumpridos, cercando ainda o Sicoob Crediparaopeba, de todas as consultas cadastrais e com análise do Associado através do “Rating” (avaliação por pontos), buscando assim garantir ao máximo a liquidez das operações. O SICOOB CREDIPARAOPEBA adota a política de classificação de crédito de sua carteira de acordo com as diretrizes estabelecidas na Resolução CMN nº 2.682/99, havendo uma concentração de 89,11% nos níveis de “A” a “C”. 7. Governança Corporativa Governança corporativa é o conjunto de mecanismos e controles, internos e externos, que permitem aos associados definir e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa, garantindo a sua continuidade, os princípios cooperativistas ou, simplesmente, a adoção de boas práticas de gestão. Nesse sentido, a Administração da Cooperativa tem na Assembleia Geral, que é a reunião de todos os associados, o poder maior de decisão. A gestão da Cooperativa está alicerçada em papéis definidos, com clara separação de funções. Cabem ao Conselho de Administração as decisões estratégicas e à Diretoria Executiva, a gestão dos negócios da Cooperativa no seu dia a dia. A Cooperativa possui ainda um Agente de Controles Internos e Riscos, supervisionado diretamente pelo Sicoob Central Crediminas, que, por sua vez, faz as auditorias internas. Os balanços da Cooperativa são auditados por auditor externo, que emite relatórios, levados ao conhecimento dos Conselhos e da Diretoria. Todos esses processos são acompanhados e fiscalizados pelo Banco Central do Brasil, órgão ao qual cabe a competência de fiscalizar a Cooperativa. Tendo em vista o risco que envolve a intermediação financeira, a Cooperativa adota ferramentas de gestão. Para exemplificar, na concessão de crédito, a Cooperativa adota o Manual de Crédito, aprovado, como muitos outros manuais, pelo Sicoob Confederação e homologado pela Central. Além do Estatuto Social, são adotados regimentos e regulamentos, entre os quais destacamos o Regimento Interno, o Regimento do Conselho de Administração, o Regimento da Diretoria Executiva, o Regimento do Conselho Fiscal e o Regulamento Eleitoral. A Cooperativa adota procedimentos para cumprir todas as normas contábeis e fiscais, além de ter uma política de remuneração de seus empregados e estagiários dentro de um plano de cargos e salários que contempla a remuneração adequada, a separação de funções e o gerenciamento do desempenho de todo o seu quadro funcional. Todos esses mecanismos de controle, além de necessários, são fundamentais para levar aos associados e à sociedade em geral a transparência da gestão e de todas as atividades desenvolvidas pela instituição. 8. Conselho Fiscal Eleito na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de 2017, com mandato até a posse dos eleitos na AGO que se realizará em 2019. O Conselho Fiscal tem função complementar à do Conselho de Administração. Sua responsabilidade é verificar de forma sistemática os atos da administração da Cooperativa, bem como validar seus balancetes mensais e seu balanço patrimonial anual. Em 2017, todos os membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal participaram de um curso de formação ministrado pelo Sicoob Central Crediminas, com o objetivo de detalhar as responsabilidades dos conselheiros fiscais e as formas de exercê-las.
9. Código de Ética Todos os integrantes da equipe do SICOOB CREDIPARAOPEBA aderiram, por meio de compromisso firmado, ao Código de Ética e de Conduta Profissional proposto pela Confederação Nacional das Cooperativas do SICOOB – SICOOB COFEDERAÇÃO, em 22/11/2010. A partir de então, todos os novos funcionários, ao ingressar na Cooperativa, assumem o mesmo compromisso.
COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE PARAOPEBA LTDA SICOOB CREDIPARAOPEBA CNPJ - 22.749.014/0001-45 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016 (Valores expressos em reais, exceto quando especificado)
1. Contexto operacional A Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Paraopeba Ltda - SICOOB CREDIPARAOPEBA é uma Cooperativa de crédito singular, instituição financeira não bancária, fundada em 15/10/1986, filiada à Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais Ltda. – SICOOB CENTRAL CREDIMINAS e componente da Confederação Nacional das Cooperativas do SICOOB – SICOOB CONFEDERAÇÃO, em conjunto com outras Cooperativas singulares e centrais. Tem sua constituição e funcionamento regulamentados pela Lei nº 4.595/64, que dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, pela Lei nº 5.764/71, que define a Política Nacional do Cooperativismo, pela Lei Complementar nº 130/09, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo e pela Resolução CMN nº 4.434/15, do Conselho Monetário Nacional, que dispõe sobre a constituição e funcionamento de Cooperativas de crédito. O SICOOB CREDIPARAOPEBA possui 03 Postos de Atendimento (PA’s) nas seguintes localidades: Cordisburgo, Araçaí e Caetanópolis. O SICOOB CREDIPARAOPEBA tem como atividade preponderante a operação na área creditícia, tendo como finalidade: (I) Proporcionar, através da mutualidade, assistência financeira aos associados; (II) A formação educacional de seus associados, no sentido de fomentar o cooperativismo, através da ajuda mútua da economia sistemática e do uso adequado do crédito; e (III) Praticar, nos termos dos normativos vigentes, as seguintes operações dentre outras: captação de recursos, concessão de créditos, prestação de garantias, prestação de serviços, formalização de convênios com outras instituições financeiras e aplicação de recursos no mercado financeiro, inclusive depósitos a prazo com ou sem emissão de certificado, visando preservar o poder de compra da moeda e remunerar os recursos. 2. Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil – BACEN, considerando as Normas Brasileiras de Contabilidade, especificamente àquelas aplicáveis às entidades Cooperativas, a Lei do Cooperativismo nº 5.764/71 e normas e instruções do BACEN, apresentadas conforme Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF, e sua emissão foi autorizada pela Diretoria Executiva em 05/02/2018. Na elaboração das demonstrações contábeis faz-se necessário utilizar estimativas para contabilizar determinados ativos e passivos entre outras transações. As demonstrações contábeis da Cooperativa incluem, portanto, estimativas referentes à provisão para créditos de liquidação duvidosa, à seleção das vidas úteis dos bens do ativo imobilizado, às provisões necessárias para causas judiciais, entre outras. Os resultados reais podem apresentar variação em relação às estimativas utilizadas. Em aderência ao processo de convergência às normas internacionais de Contabilidade, algumas Normas e suas Interpretações foram emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as quais serão aplicadas às instituições financeiras quando aprovadas pelo Banco Central do Brasil. Nesse sentido, os Pronunciamentos contábeis já aprovados pelo Banco Central do Brasil são: CPC Conceitual Básico (R1) – Resolução CMN nº 4.144/2012; CPC 01(R1) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos – Resolução CMN nº 3.566/2008; CPC 03 (R2) – Demonstrações do Fluxo de Caixa – Resolução CMN nº 3.604/2008; CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas – Resolução CMN nº 3.750/2009; CPC 10 (R1) – Pagamento Baseado em Ações – Resolução CMN nº 3.989/2011; CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. – Resolução CMN nº 4.007/2011; CPC 24 – Evento Subsequente – Resolução CMN nº 3.973/2011; CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes – Resolução CMN nº 3.823/2009; CPC 33 – Benefícios a Empregados – Resolução CMN nº 4.424/2015. 3. Resumo das principais práticas contábeis a) Apuração do resultado Os ingressos/receitas e os dispêndios/despesas são registradas de acordo com o regime de competência. As receitas com prestação de serviços, típicas ao sistema financeiro, são reconhecidas quando da prestação de serviços ao associado ou a terceiros. Os dispêndios e as despesas e os ingressos e receitas operacionais, são proporcionalizados de acordo com os montantes do ingresso bruto de ato cooperativo e da receita bruta de ato não cooperativo, quando não identificados com cada atividade. b) Estimativas contábeis Na elaboração das demonstrações contábeis faz-se necessário utilizar estimativas para
6
Facebook.com/jornaldeparaopeba
determinar o valor de certos ativos, passivos e outras transações considerando a melhor informação disponível. Incluem, portanto, estimativas referentes à provisão para créditos de liquidação duvidosa, à vida útil dos bens do ativo imobilizado, provisões para causas judiciais, dentre outros. Os resultados reais podem apresentar variação em relação às estimativas utilizadas. c) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa, conforme Resolução CMN nº 3.604/2008, incluem as rubricas caixa, depósitos bancários e as relações interfinanceiras de curto prazo e de alta liquidez, com risco insignificante de mudança de valores e limites, com prazo de vencimento igual ou inferior a 90 dias.
Fevereiro/2018
jornaldeparaopeba@bol.com.br
Despesas das relações interfinanceiras / obrigações por empréstimos e repasses
d) Composição da carteira de crédito por tipo de produto e atividade econômica: 13. Relações interdependências Os recursos de terceiros que estão com a Cooperativa são registrados nessa conta para posterior repasse aos associados, por sua ordem
d) Operações de crédito As operações de crédito com encargos financeiros pré-fixados são registradas a valor futuro, retificadas por conta de rendas a apropriar e as operações de crédito pós-fixadas são registradas a valor presente, calculadas por critério "pro rata temporis", com base na variação dos respectivos indexadores pactuados. e) Provisão para operações de crédito Constituída em montante julgado suficiente pela Administração para cobrir eventuais perdas na realização dos valores a receber, levando-se em consideração a análise das operações em aberto, as garantias existentes, a experiência passada, a capacidade de pagamento e liquidez do tomador do crédito e os riscos específicos apresentados em cada operação, além da conjuntura econômica. As Resoluções CMN nº 2697/2000 e 2.682/1999 estabeleceram os critérios para classificação das operações de crédito definindo regras para constituição da provisão para operações de crédito, as quais estabelecem nove níveis de risco, de AA (risco mínimo) a H (risco máximo). f) Depósitos em garantia Existem situações em que a Cooperativa questiona a legitimidade de determinados passivos ou ações em que figura como polo passivo. Por conta desses questionamentos, por ordem judicial ou por estratégia da própria administração, os valores em questão podem ser depositados em juízo, sem que haja a caracterização da liquidação do passivo.
e) Movimentação da provisão para créditos de liquidação duvidosa de operações de crédito:
i) Intangível Correspondem aos direitos adquiridos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da Cooperativa ou exercidos com essa finalidade. Os ativos intangíveis com vida útil definida são geralmente amortizados de forma linear no decorrer de um período estimado de benefício econômico. j) Ativos contingentes Não são reconhecidos contabilmente, exceto quando a Administração possui total controle da situação ou quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis sobre as quais não cabem mais recursos contrários, caracterizando o ganho como praticamente certo. Os ativos contingentes com probabilidade de êxito provável, quando aplicável, são apenas divulgados em notas explicativas às demonstrações contábeis. k) Obrigações por empréstimos e repasses As obrigações por empréstimos e repasses são reconhecidas inicialmente no recebimento dos recursos, líquidos dos custos da transação. Em seguida, os saldos dos empréstimos tomados são acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (“pro rata temporis”), assim como das despesas a apropriar referente aos encargos contratados até o final do contrato, quando calculáveis. l) Demais ativos e passivos São registrados pelo regime de competência, apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas, até a data do balanço. Os demais passivos são demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas. m) Provisões São reconhecidas quando a Cooperativa tem uma obrigação presente legal ou implícito como resultado de eventos passados, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para saldar uma obrigação legal. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. n) Passivos contingentes São reconhecidos contabilmente quando, com base na opinião de assessores jurídicos, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, gerando uma provável saída no futuro de recursos para liquidação das ações, e quando os montantes envolvidos forem mensurados com suficiente segurança. As ações com chance de perda possível são apenas divulgadas em nota explicativa às demonstrações contábeis e as ações com chance remota de perda não são divulgadas. o) Obrigações legais São aquelas que decorrem de um contrato por meio de termos explícitos ou implícitos, de uma lei ou outro instrumento fundamentado em lei, a qual a Cooperativa tem por diretriz. p) Imposto de renda e contribuição social O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro são calculados sobre o resultado apurado em operações consideradas como atos não cooperativos de acordo com o Decreto 3.000/1999, art. 183. O resultado apurado em operações realizadas com cooperados não tem incidência de tributação conforme art. 182 do mesmo Decreto. q) Segregação em circulante e não circulante Os valores realizáveis e exigíveis com prazos inferiores há 360 dias estão classificados no circulante, e os prazos superiores, no longo prazo (não circulante). r) Valor recuperável de ativos – impairment A redução do valor recuperável dos ativos não financeiros (impairment) é reconhecida como perda, quando o valor de contabilização de um ativo, exceto outros valores e bens, for maior do que o seu valor recuperável ou de realização. As perdas por “impairment”, quando aplicável, são registradas no resultado do período em que foram identificadas. Em 31 de dezembro de 2017 não existem indícios da necessidade de redução do valor recuperável dos ativos não financeiros. s) Eventos subsequentes Correspondem aos eventos ocorridos entre a data-base das demonstrações contábeis e a data de autorização para a sua emissão. São compostos por: • Eventos que originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que já existiam na data-base das demonstrações contábeis; e • Eventos que não originam ajustes: são aqueles que evidenciam condições que não existiam na data-base das demonstrações contábeis. Não houve qualquer evento subsequente para as demonstrações contábeis encerradas em 31 de dezembro de 2017.
f) Concentração dos Principais Devedores: 14.1 Sociais e Estatuárias g) Movimentação de Créditos Baixados Como Prejuízo:
h) Receitas de Operações de Crédito:
7. Outros créditos Valores referentes às importâncias devidas a Cooperativa por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no país, conforme demonstrado:
(1) Em Rendas a Receber estão registrados: receita sobre saldo mantido na Centralização Financeira do SICOOB CENTRAL CREDIMINAS (R$349.718,43) e rendas de tributos federais, estaduais e municipais (R$4.943,51); (2) Em Devedores por Depósito em Garantia estão registrados depósitos judiciais para: PIS sobre Atos Cooperativos (R$119.251,38), COFINS sobre Atos Cooperativos (R$599.744,02) PIS sobre Folha de Pagamento (R$183.569,73) e Recursos Trabalhistas (R$56.065,08); (3) Em Títulos e Créditos a Receber estão registrados os valores a receber de tarifas (R$34.841,05); (4) Em Devedores Diversos estão registrados os adiantamentos de férias aos colaboradores (R$8.535,84), pendências a regularizar (R$2.907,09) e outros (R$1.263,82). (5) A provisão para outros créditos de liquidação duvidosa foi apurada com base na classificação por nível de risco, de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/1999, conforme demonstrado a seguir:
8. Outros valores e bens
(a) Referem-se à centralização financeira das disponibilidades líquidas da Cooperativa, depositadas junto ao SICOOB CENTRAL CREDIMINAS conforme determinado no art. 24, da Resolução CMN nº 4.434/15. 6. Operações de crédito a) Composição da carteira de crédito por modalidade:
b) Composição por tipo de operação, e classificação por nível de risco de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/1999:
(a) O FATES é destinado a atividades educacionais, à prestação de assistência aos cooperados, seus familiares e empregados da Cooperativa, sendo constituído pelo resultado dos atos não cooperativos e 10% das sobras líquidas, conforme determinação estatutária. A classificação desses valores em contas passivas segue determinação do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF. Atendendo à instrução do BACEN, por meio da Carta Circular nº 3.224/2006, o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social – Fates é registrado como exigibilidade, e utilizado em despesas para o qual se destina, conforme a Lei nº 5.764/1971. (b) Refere-se ao valor de cota capital a ser devolvida para os associados que solicitaram o desligamento do quadro social. (c) Consubstanciada pela Lei 10.101/00, e convenção coletiva, a Cooperativa constituiu provisão a título de participação dos funcionários nos resultados, com o pagamento previsto para ser efetivado em 2018, caso seja atingindo a Meta de Resultado proposta no Acordo Coletivo – PR 2017. 14.2 Fiscais e previdenciárias As obrigações fiscais e previdenciárias, classificadas no passivo na conta de Outras Obrigações estão assim compostas:
(a) Refere-se a provisões IRPJ, CSLL, do 4º trimestre de 2017; (b) Refere-se a tributos sobre folha de pagamento (FGTS, IRRF, INSS), retidos de terceiros (IRRF, INSS e ISSQN) e Provisão PIS Folha de pagamento. 14.3 Diversas
(a) Refere-se a cheques emitidos pela Cooperativa contra o próprio caixa da instituição, porém não compensados até a data-base de 31/12/2017; (b) Refere-se à provisão para pagamento de despesas com água/energia e gás (R$9.061,15), comunicações (R$4.786,43), processamento de dados (R$655,24), transporte (R$15.197,53), seguro prestamista (R$11.875,56) e outras (R$9.080,15); (c) Refere-se a cheques depositados, relativo a descontos enviados a compensação, porém não baixados até a data-base de 31/12/2017; (d) Referem-se a Contas Salário de empresas conveniadas a pagar (R$566.611,01) e outros (R$50.445,15); (e) Refere-se à contabilização, a partir de janeiro de 2017, da provisão para garantias financeiras prestadas, apurada sobre o total das coobrigações concedidas pela singular, conforme Resolução CMN nº 4.512/2016. Em 31 de dezembro de 2017, a Cooperativa é responsável por coobrigações e riscos em garantias prestadas, em 31/12/2017), referentes a aval prestado em diversas operações de crédito de seus associados com instituições financeiras oficiais. A provisão para garantias financeiras prestadas é apurada com base na avaliação de risco dos cooperados beneficiários, de acordo com a Resolução CMN nº 2.682/1999, conforme demonstrado a seguir:
(a) Recebimento 03 Chácaras em dação de pagamento de dívidas, em 23/04/ 2013, porem em dezembro de 2016 constituída uma provisão no mesmo valor conforme determinação do BACEN; (b) Em despesas antecipadas é referente a prêmios de seguros (9.387,22), processamento de dados (19.087,51), vale refeição e alimentação (24.921,44), fundo de ressarcimento de valores FVR (6.016,44). 9. Investimentos O saldo é, substancialmente, representado por quotas do SICOOB e ações do BANCOOB.
10. Imobilizado de uso Demonstrado pelo custo de aquisição, menos depreciação acumulada. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas determinadas pelo prazo de vida útil estimado conforme abaixo:
(f) Considerando a avaliação dos consultores jurídicos quanto às chances de êxito em determinados questionamentos fiscais e trabalhistas em que a Cooperativa é parte envolvida. 15. Instrumentos financeiros O SICOOB CREDIPARAOPEBA opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para disponibilidades, aplicações interfinanceiras de liquidez, relações interfinanceiras, operações de crédito, depósitos a vista e a prazo, empréstimos e repasses. Os instrumentos financeiros ativos e passivos estão registrados no balanço patrimonial a valores contábeis, os quais se aproximam dos valores justos. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016 a Cooperativa não realizou operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 16. Patrimônio líquido a) Capital Social O capital social é representado por cotas-partes no valor nominal de R$ 1,00 cada e integralizado por seus cooperados. De acordo com o Estatuto Social cada cooperado tem direito em um voto, independente do número de suas cotas-partes.
4. Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalente de caixa compreendem:
5. Relações interfinanceiras Em 31 de dezembro de 2017 e 2016, as aplicações em Relações Interfinanceiras estavam assim compostas:
(a) Referem-se a ordens de pagamento emitidas aos associados, por solicitação destes, com respectivo débito em conta corrente. 14. Outras Obrigações
g) Investimentos Representados substancialmente por quotas do SICOOB e ações do Bancoob, avaliadas pelo método de custo de aquisição. h) Imobilizado Equipamentos de processamento de dados, móveis, utensílios e outros equipamentos, instalações, edificações, veículos, benfeitorias em imóveis de terceiros e softwares, são demonstrados pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada. A depreciação é calculada pelo método linear para reduzir o custo de cada ativo a seus valores residuais de acordo com as taxas aplicáveis e levam em consideração a vida útil econômica dos bens.
Jornal de Paraopeba
c) Composição da carteira de crédito por faixa de vencimento (em dias):
11. Depósitos É composto de valores cuja disponibilidade é imediata aos associados denominados de depósitos a vista, portanto sem prazo determinado para movimentá-lo, ficando a critério do portador dos recursos fazê-lo conforme sua necessidade. É composto também por valores pactuados para disponibilidade em prazos préestabelecidos, denominados depósitos a prazo, os quais recebem atualizações por encargos financeiros remuneratórios conforme a sua contratação em pós ou pré-fixada. Suas remunerações pós-fixadas são calculadas com base no critério de pro rata temporis, já a remunerações pré-fixadas são calculadas o prazo final das operações, tendo o valor futuro, a data do demonstrativo contábil, apresentado em conta redutora.
Os depósitos, até o limite de R$ 250 mil por CPF/CNPJ, estão garantidos pelo Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), constituído conforme Resoluções CMN n° 4.150/12 e 4.284/13. Este fundo tem como instituições associadas as Cooperativas singulares de crédito e os bancos cooperativos integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC). Este fundo tem por objeto prestar garantia de créditos nos casos de decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição associada. A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo é de 0,0125% dos saldos das obrigações garantidas, que abrangem as mesmas modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito dos bancos, o FGC, que considera os depósitos à vista e a prazo, as letras de crédito do agronegócio, de acordo com a Resolução CMN nº 4.150/12. Além das garantias prestadas pelo FGCOOP, o SICOOB SISTEMA CREDIMINAS possui seu próprio Fundo Garantidor de Depósitos – FGD, que tem por finalidade efetuar o saneamento econômico financeiro e/ou fortalecimento patrimonial, bem como prestar garantias de crédito nos termos e limites do Estatuto Social e Regulamento próprio. Despesas com Operações de Captação de Mercado:
12. Obrigações por empréstimos e repasses São demonstradas pelo valor principal acrescido de encargos financeiros e registram os recursos captados junto a outras instituições financeiras para repasse aos associados em diversas modalidades e Capital de Giro. As garantias oferecidas são a caução dos títulos de créditos dos associados beneficiados.
b) Reserva Legal Representada pelas destinações estatutárias das sobras, no percentual de 40%, utilizada para reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas Atividades. c) Sobras Acumuladas As sobras são distribuídas e apropriadas conforme Estatuto Social, normas do Banco Central do Brasil e posterior deliberação da Assembleia Geral Ordinária (AGO). Atendendo à instrução do BACEN, por meio da Carta Circular nº 3.224/06, o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social – FATES é registrado como exigibilidade, e utilizado em despesas para o qual se destina, conforme a Lei nº 5.764/71. Em Assembleia Geral Ordinária, realizada em 25 de março de 2017, os cooperados deliberaram pelo aumento do capital social com sobra do exercício findo em 31 de dezembro de 2016, no valor de R$ 1.216.288,56. d) Destinações estatutárias e legais De acordo com o estatuto social da Cooperativa e a Lei nº 5.764/71, a sobra líquida do exercício terá a seguinte destinação:
A Reserva legal destina-se a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas Atividades; O Fundo de assistência técnica, educacional e social (FATES) é destinado a atividades educacionais, à prestação de assistência aos cooperados, seus familiares e empregados da Cooperativa; e Os resultados decorrentes de atos não cooperativos, quando positivos, são destinados ao FATES. 17. Resultado de atos não cooperativos O resultado de atos não cooperativos tem a seguinte composição:
a Jornal de Paraopeba
jornaldeparaopeba@bol.com.br
18. Pagamento de Juros ao Capital A Cooperativa remunerou juros ao capital próprio dos associados nos exercícios de 2017 e 2016, em 2017 o valor de R$827.046,41 e em 2016 o valor de R$1.054.620,81. Os critérios para o pagamento obedeceram a Lei Complementar 130, artigo 7º, de 17 de abril de 2009. A remuneração foi limitada ao valor da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC. A referida provisão foi demonstrada na Demonstração de Sobras ou Perdas – DSP e na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, conforme Circular BACEN nº 2.739/1997. 19. Outros ingressos/rendas operacionais
20. Outros dispêndios/despesas operacionais
21. Resultado não operacional
22. Partes Relacionadas As partes relacionadas existentes são as pessoas físicas que têm autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da Cooperativa e membros próximos da família de tais pessoas. As operações são realizadas no contexto das atividades operacionais da Cooperativa e de suas atribuições estabelecidas em regulamentação específica. As operações com tais partes relacionadas não são relevantes no contexto global das operações da Cooperativa, e caracterizam-se basicamente por transações financeiras em regime normal de operações, com observância irrestrita das limitações impostas pelas normas do Banco Central, tais como movimentação de contas correntes, aplicações e resgates de RDC e operações de crédito. As garantias oferecidas em razão das operações de crédito são: avais, garantias hipotecárias, caução e alienação fiduciária. Montante das operações ativas e passivas no exercício de 2017:
Operações ativas e passivas – saldo em 31/12/2017:
Fevereiro/2018
Abordagem do Indicador Básico (BIA). e) Em cumprimento à Resolução CMN 3.380/2006, encontra-se disponível no sítio do Sicoob (www.sicoob.com.br) relatório descritivo da estrutura de gerenciamento do risco operacional. 24.4 Risco de Mercado e de Liquidez O gerenciamento dos riscos de mercado e de liquidez do SICOOB objetiva garantir a aderência às normas vigentes e minimizar os riscos de mercado e de liquidez, por meio das boas práticas de gestão de riscos, na forma instruída nas Resoluções CMN 3.464/2007 e 4.090/2012. Conforme preceitua o artigo 11 da Resolução CMN 3.721/2009, o SICOOB aderiu à estrutura única de gestão dos riscos de mercado e de liquidez do Sicoob, centralizada no BANCOOB, que pode ser evidenciada em relatório disponível no sítio eletrônico www.sicoob.com.br. No gerenciamento do risco de mercado são adotados procedimentos padronizados de identificação de fatores de risco, de classificação da carteira de negociação (trading) e não negociação (banking), de mensuração do risco de mercado, de estabelecimento de limites de risco, de testes de stress e de aderência do modelo de mensuração de risco (backtesting). No gerenciamento do risco de liquidez são adotados procedimentos para identificar, avaliar, monitorar e controlar a exposição ao risco de liquidez, limite mínimo de liquidez, fluxo de caixa projetado, testes de stress e planos de contingência. Não obstante a centralização do gerenciamento do risco de mercado e de liquidez, o SICOOB possui estrutura compatível com a natureza das operações e com a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, sendo proporcional à dimensão da exposição ao risco de mercado da entidade. 24.5 Risco de Crédito O gerenciamento de risco de crédito do SICOOB objetiva garantir a aderência às normas vigentes, maximizar o uso do capital e minimizar os riscos envolvidos nos negócios de crédito por meio das boas práticas de gestão de riscos. Conforme preceitua o artigo 10 da Resolução CMN 3.721/2009, o SICOOB aderiu à estrutura única de gestão do risco de crédito do SICOOB, centralizada no BANCOOB, a qual encontra-se evidenciada em relatório disponível no sitio eletrônico www.sicoob.com.br. Compete ao gestor a padronização de processos, de metodologias de análises de risco de clientes e de operações, de criação e de manutenção de política única de risco de crédito para o SICOOB, além do monitoramento das carteiras de crédito das Cooperativas. Não obstante a centralização do gerenciamento de risco de crédito, o SICOOB possui estrutura compatível com a natureza das operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, sendo proporcional à dimensão da exposição ao risco de crédito da entidade. 24.6 Gerenciamento de Capital A estrutura de gerenciamento de capital do SICOOB objetiva garantir a aderência às normas vigentes e minimizar o risco de insuficiência de capital para fazer face aos riscos em que a entidade está exposta, por meio das boas práticas de gestão de capital, na forma instruída na Resolução CMN 3.988/2011. Conforme preceitua o artigo 9 da Resolução CMN 3.988/2011, SICOOB aderiu à estrutura única de gerenciamento de capital do SICOOB, centralizada no SICOOB CONFEDERAÇÃO, a qual encontra-se evidenciada em relatório disponível no sitio eletrônico www.sicoob.com.br. O gerenciamento de capital centralizado consiste em um processo continuo de monitoramento do capital, e é realizado pelas entidades do SICOOB com objetivo de: (a) Avaliar a necessidade de capital para fazer face aos riscos a que as entidades do SICOOB estão sujeitas; (b) Planejar metas e necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos das entidades do SICOOB; e (c) Adotar postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado. Adicionalmente são realizadas também simulações de eventos severos em condições extremas de mercado, com a consequente avaliação de seus impactos no capital das entidades do SICOOB. 25. Coobrigações e riscos em garantias prestadas Em 31 de dezembro de 2017, a Cooperativa é responsável por coobrigações e riscos em garantias prestadas, no montante de R$4.934.785,94 e em (31/12/2016 - R$ 4.190.398,77), referentes a aval prestado em diversas operações de crédito de seus associados com outras instituições financeiras.
Foram realizadas transações com partes relacionadas, na forma de: depósito a prazo, cheques descontados e crédito rural, à taxa/remuneração aplicada para os associados foram as mesmas praticadas para as partes relacionadas. As taxas/remunerações praticadas estão à disposição dos associados nas dependências do SICOOB CREDIPARAOPEBA.
As garantias oferecidas pelas partes relacionadas em razão das operações de crédito são: avais, garantias hipotecárias, caução e alienação fiduciária.
26. Seguros contratado – Não auditado A Cooperativa adota política de contratar seguros de diversas modalidades, cuja cobertura é considerada suficiente pela Administração e agentes seguradores para fazer face à ocorrência de sinistros. As premissas de riscos adotados, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de auditoria das demonstrações contábeis, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. 27. Índice de Basiléia O Patrimônio de Referência (PR) da Cooperativa encontra-se compatível com o grau de risco da estrutura dos ativos, apresentando margem para o limite de compatibilização de R$20.956.064,30, em 31 de dezembro de 2017. 28. Provisão para demandas judiciais É estabelecida considerando a avaliação dos consultores jurídicos quanto às chances de êxito em determinados questionamentos fiscais e trabalhistas em que a Cooperativa é parte envolvida. Dessa forma, são constituídas as seguintes provisões:
PIS e COFINS - quando do advento da Lei nº 9.718/1998, a Cooperativa entrou com ação judicial questionando a legalidade da inclusão de seus ingressos decorrentes de atos cooperados na base de cálculo do PIS e COFINS. Consequentemente, registrou as correspondentes obrigações referentes ao período de 02/1999 a 12/2004, sendo que os valores equivalentes foram depositados em juízo e estão contabilizados na rubrica Depósitos em Garantia. Segundo a assessoria jurídica do SICOOB CREDIPARAOPEBA, existe 01 processo judicial no qual a Cooperativa figura como polo passivo, o qual foi classificado com risco de perda possível, totalizando um valor de R$ 50.000,00. Essa ação abrange, basicamente, ação trabalhista. 29. Outros assuntos Foi publicada, em 23 de fevereiro de 2017, a Resolução CMN nº. 4.557 que dispõe sobre as estruturas de gerenciamento de riscos e de capital, com a consequente revogação, a partir de 24 de fevereiro de 2018, das Resoluções CMN n.º 3.380/2006, 3.464/2007, 3.721/2009, 3.988/2011 e 4.090/2012. Em razão disso, foi criada no Sicoob Confederação, a Superintendência de Gestão de Risco e Capitais, que vem promovendo a reestruturação administrativa e operacional para cumprimento das exigências previstas na Resolução CMN nº. 4.557/2017, de modo a atende-la plenamente a partir de fevereiro de 2018. Paraopeba (MG), 05 de fevereiro de 2018.
COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DE PARAOPEBA LTDA SICOOB CREDIPARAOPEBA
Ao Conselho de Administração, à Administração e aos Cooperados da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Paraopeba Ltda SICOOB CREDIPARAOPEBA Paraopeba - MG Opinião Examinamos as demonstrações contábeis da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Paraopeba Ltda. - SICOOB CREDIPARAOPEBA, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações de sobras ou perdas, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o semestre e o exercício findo naquela data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Paraopeba Ltda. - SICOOB CREDIPARAOPEBA em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à cooperativa, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor A administração da cooperativa é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com o nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a cooperativa continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a cooperativa ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da cooperativa são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis.
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos o risco de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, e conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos o entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da cooperativa. • Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.
Saldos das transações da Cooperativa com o SICOOB CENTRAL CREDIMINAS:
As demonstrações contábeis do SICOOB CENTRAL CREDIMINAS, em 30 de junho de 2017, foram auditadas por outros auditores independentes que emitiram relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis, datado de 22 de agosto de 2017, com opinião sem. 24. Gerenciamento de Risco 24.3 Risco Operacional As diretrizes e responsabilidades aplicáveis ao gerenciamento do risco operacional das entidades do Sicoob encontram-se registradas na Política Institucional de Risco Operacional, aprovada no âmbito dos respectivos órgãos de administração (Conselho de Administração ou, na inexistência desse, Diretoria) das entidades do Sicoob, é revisada, no mínimo, anualmente por proposta da área responsável pelo gerenciamento do risco operacional do Sicoob Confederação, em decorrência de fatos relevantes e por sugestões encaminhadas pelas Cooperativas do Sicoob. O gerenciamento de risco operacional do Sicoob é realizado de forma centralizada pela Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob Ltda. (Sicoob Confederação), o qual consiste em: a) A avaliação qualitativa dos riscos por meio das etapas de identificação, avaliação, tratamento, testes de avaliação dos sistemas de controle, comunicação e informação. b) As perdas operacionais são comunicadas à Área de Controles Internos que interage com os gestores das áreas e identifica formalmente as causas, a adequação dos controles implementados e a necessidade de aprimoramento dos processos, inclusive com a inserção de novos controles. c) Os resultados são apresentados à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração. d) A metodologia de alocação de capital, para fins do Novo Acordo da Basileia, utilizada para determinação da parcela de risco operacional (RWAopad) é a
7
RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis
No exercício corrente os benefícios monetários destinados às partes relacionadas, que tem autoridade e responsabilidade de planejar dirigir e controlar as atividades da Cooperativa (conselheiros de administração) foi representado por honorários, cédulas de presenças em reuniões, e encargos respectivos, apresentando-se da seguinte forma:
23. Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais Ltda. SICOOB CENTRAL CREDIMINAS O SICOOB CREDIPARAOPEBA em conjunto com outras Cooperativas singulares é filiada à Cooperativa Central de Crédito de Minas Gerais Ltda. SICOOB CENTRAL CREDIMINAS, que representa o grupo formado por suas afiliadas perante as autoridades monetárias, organismos governamentais e entidades privadas. O SICOOB CENTRAL CREDIMINAS é uma sociedade cooperativista que tem por objetivo a organização em comum em maior escala dos serviços econômicofinanceiros e assistenciais de suas filiadas (Cooperativas singulares), integrando e orientando suas atividades, de forma autônoma e independente, através dos instrumentos previstos na legislação pertinente e normas exaradas pelo Banco Central do Brasil, bem como facilitando a utilização recíproca dos serviços, para consecução de seus objetivos. Para assegurar a consecução de seus objetivos, cabe ao SICOOB CENTRAL CREDIMINAS a coordenação das atividades de suas filiadas, a difusão e fomento do cooperativismo de crédito, a orientação e aplicação dos recursos captados, a implantação e implementação de controles internos voltados para os sistemas que acompanhem informações econômico-financeiras, operacionais e gerenciais, entre outras. O SICOOB CREDIPARAOPEBA responde solidariamente pelas obrigações contraídas pelo SICOOB CENTRAL CREDIMINAS perante terceiros, até o limite do valor das cotas-partes do capital que subscrever proporcionalmente à sua participação nessas operações.
Facebook.com/jornaldeparaopeba
PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal do SICOOB CREDIPARAOPEBA – Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Paraopeba Ltda, reunido em 29/01/2018, em cumprimento do art. 86, inciso VIII, do Estatuto Social, declara para os devidos fins legais e estatutários, que procedeu a minucioso exame em todos os documentos e peças contábeis, que compreendem o Balanço Geral, relativo ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017, tendo encontrado tudo na mais perfeita ordem. Em nossa opinião, as Demonstrações Contábeis representam adequadamente em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do SICOOB CREDIPARAOPEBA, Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Paraopeba Ltda, em 31 de dezembro de 2017. Assim, somos unânimes e favoráveis à aprovação, das demonstrações contábeis relativas ao período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017. Paraopeba(MG), 29 de janeiro de 2018
• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza significativa em relação a eventos ou circunstâncias que possam levantar dúvida significativa em relação a capacidade de continuidade operacional da cooperativa. Se concluirmos que existe incerteza significativa devemos chamar a atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a cooperativa a não mais se manter em continuidade operacional. • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgadas e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Belo Horizonte, 09 de fevereiro de 2018 Elisângela de Cássia Lara Contador CRC MG 086.574/O CNAI 3.750
8
Facebook.com/jornaldeparaopeba
Fevereiro/2018
jornaldeparaopeba@bol.com.br
Jornal de Paraopeba
FOTOS, NOTÍCIAS ENVIE PARA jornaldeparaopeba@bol.com.br A VERDADE DO MÊS
94 ANOS – JULIETA MENDES BRANDÃO
APÓS 40 ANOS ROMINHO FECHA SUA BANCA DE REVISTAS
Uma decoração em azul e branco e um bolo com o escudo do CRUZEIRO, time do coração da aniversariante D. Julieta Mendes Brandão, marcaram os seus saudáveis 94 anos, comemorados em Sete Lagoas, no dia 2 de fevereiro. Mãe do nosso amigo e paraopebense de coração, Luiz Brandão e também de Fátima e Geraldo (já falecido), D Julieta é viúva do sr. Antônio Brandão. Tem 12 netos e 14 bisnetos que têm o privilégio de desfrutar do seu convívio. Gosta de várias coisas: de assistir aos programas da TV Aparecida, pois é devota da Santa, de bordar e assistir aos jogos do Cruzeiro. D. Julieta, que a senhora tenha muitos anos de vida para aproveitar tudo isto. Parabéns!
Uma grande perda para Paraopeba foi o fechamento da banca de revistas do Rominho, após 40 anos. Única da cidade e situada no centro, na Praça Manuel Antonio da Silva, a banca surgiu com o seu pai, José Dimas Filho, que era também comunicativo e atencioso como Rominho. Aos 12 anos, Rômulo Apolinário Martins começou ajudando seu pai, que era também funcionário dos Correios. Depois de algum tempo, assumiu a direção da banca, como distribuidor de jornais, revistas, livros, DVDs e CDs. Às 6 horas da manhã, de domingo a sábado, Rominho já estava na banca, organizando a distribuição dos jornais e revistas, contando com a ajuda da esposa Divina Ferreira Martins. Os fregueses lamentam o fechamento da banca, mas entendem que após 40 anos de trabalho e muita dedicação, Rominho merece um descanso e mais tempo para aproveitar a tranquilidade do seu sítio. O “Jornal de Paraopeba” que desde a sua fundação, em 1991, teve ali o seu único ponto de vendas agradece a atenção do Rominho e Divina que durante 28 anos permitiram que este jornal chegasse até os seus leitores.
“Paulo Mendes Campos diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente. Eu tenho há anos, isso como lema. É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso; O QUE VALEU A PENA HOJE? Não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguentar com entusiasmo o dia de amanhã.” Martha Medeiros ´Escritora, poeta, cronista.
CASAMENTO COMUNITÁRI0
Um homem e uma mulher se unem pelo matrimônio para serem um sinal de amor de Deus no meio da sociedade. Assim pensando, quarenta e um casais se uniram numa cerimônia religiosa, no dia 27 de janeiro, na Matriz Nossa Senhora do Carmo, numa iniciativa paroquial, dentro do projeto ”Encontro de casais com Cristo.” Os participantes do casamento comunitário, o primeiro realizado na paróquia, tiveram uma preparação de cinco noites num curso ministrado por doze casais. A cerimônia religiosa foi realizada com a devida pompa que este momento pede: decoração, música e fotografia, sem ônus para os casais, numa doação dos profissionais requisitados.
MISSA SERTANEJA
PRESTIGIEM O NOSSO COMÉRCIO
Padre Gilson do Carmo Mendes
Para que o amor permaneça, é necessário que haja companheirismo, compreensão e paciência de ambas as partes .Acontecendo isto, surgirá uma família harmoniosa e feliz. Que os 41 casais que receberam a bênção nupcial continuem recebendo as bênçãos de Deus!
ANIVERSÁRIOS ZÉ MÁRIO
Comemorar aniversário é celebrar a vida. Os familiares de José Mário Mascarenhas Rocha festejaram os seus 83 anos, completados no dia 9 de fevereiro. A vida é pra ser festejada, principalmente a de Zé Mário, muito querido por todos os familiares e os muitos amigos que gostam de sua prosa agradável, relembrando fatos do passado de sua terra, principalmente de futebol, pois foi um dos craques do Minas, o primeiro time de futebol fundado em 1920, em Paraopeba. Foi também o idealizador do futebol dos veteranos, que todos os domingos anima as José Mário, a esposa Cleusa manhãs do Estádio Murilo e as filhas Patrícia e Valéria Silva. Zé Mário, a vida se torna mais bela quando temos pessoas como você, para conviver e compartilhar. Que o seu aniversário seja tão especial para você, como sua vida é para nós!
No encerramento da Festa de São Sebastião, Padre Gilson do Carmo Mendes, celebrou na Matriz Nossa Senhora do Carmo uma Missa Sertaneja, que já conquistou os paroquianos, sendo que alguns fazem uso do chapéu, assim também como o celebrante. Dono de bonita voz, Padre Gilson escolhe um repertório adequado para o dia. Admirador de música sertaneja, nosso quePaulo Roberto Mota da Silveira, entre seus pais rido padre é fã de Zezé e Paulo, foi prestigiar a Missa Sertaneja Tonico e Tinoco, e do seu amigo Padre Gilson, na festa de Milionário e Zé RiSão Sebastião co, representantes da autêntica música caipira. Continue brindando-nos com este talento que Deus lhe deu, Padre Gilson!
Quem tem oportunidade de passar pelos bairros de Paraopeba observa o grande número de construções. Este fato favoreceu a ampliação da Construcenter, loja de material de construção de Fernando e Alex que vem prestando ótimo serviço a seus clientes. Uma das mais antigas lojas do ramo, o Depósito Santo Antônio, atualmente sob a direção de D. Raquel França Corrêa (viúva do Sr. Carlito Corrêa) veio suprir uma lacuna no nosso comércio, pois há 40 anos os interessados tinham que ir até Sete Lagoas para adquirir o necessário. Atualmente, a nossa cidade conta com várias lojas de material de construção que oferecem variedade e qualidade em seus produtos, tornando-se desnecessária a sua aquisição em outros centros. Precisamos prestigiar o nosso comércio que é bastante diversificado e atende muito bem as necessidades de todos os consumidores.
FALECIMENTOS
PEDRO PAULO DA SILVEIRA
Padro Paulo com sua mãe D. Alcedina e suas irmãs Luiza Helana e Maria Madalena Violeiro na Missa Sertaneja
DESPEDIDA DOS AMIGOS
Os familiares
ENI RIBEIRO No dia 04 de fevereiro os familiares e amigos de D. Eni Ribeiro comemoraram seu aniversário com uma confraternização em sua residência. Parabéns e muitas felicidades!
Há 23 anos aqui chegamos! Rubem, Thales e eu. Fomos acolhidos em Paraopeba de forma generosa, amigável e amorosa. Somos imensamente gratos pelas amizades conquistadas. Aqui nos realizamos profissionalmente, meu esposo, Rubem, no Banco do Brasil e, eu, Maria, como professora de geografia na Escola Estadual Padre Augusto Horta. Fizemos desta cidade um novo lar onde fomos muito felizes. Mas nesta nova fase de nossas vidas, força maior nos chama de volta ao primeiro lar onde nascemos e crescemos ao lado dos entes queridos, nossas famílias... Levaremos nas lembranças e no coração sentimentos de gratidão pelo carinho, amizade, parceria, coleguismo que vocês sempre nos agraciaram. Por esse motivo, eu e minha família agradecemos a Deus por tantas bênçãos recebidas e as compartilhamos com vocês. Não diremos adeus, apenas até logo! Com carinho, forte abraço de Maria, Rubem, Thales e Camilly.
Estamos todos muito tristes! Dói-nos a falta do amigo Pedro Paulo da Silveira, assinante do nosso jornal, que tanto elogiava pelo trabalho em resgatar o passado de nossa terra. Já aposentado, depois de muitos anos de eficiente trabalho como químico têxtil, quis morar perto de sua mãe, D Alcedina Apolinário da Silveira (viúva de Cassimiro Silveira Neto) que aos 95 anos continua presente na vida dos filhos: Maria Madalena, Luiza Helena, Cássio José e Marco Antônio. O terceiro dos cinco filhos, Pedro faleceu aos 68 anos, vítima de um AVC, no dia 1º de fevereiro, para grande tristeza de seus familiares e amigos. De temperamento expansivo, era muito querido pelos amigos, alguns deles cultivados ainda na infância, como Jorge, residente em Guarapari que lhe enviou uma coroa com dizeres carinhosos. Familiares e amigos continuam aqui, sabendo que “Os que amamos não morrem. Apenas seguem na nossa frente”. EZALTINA SILVA RIBEIRO Foram sete meses de separação e, como esposa dedicada, D. Ezaltina Silva Ribeiro, partiu ao encontro do marido sr. Vicente Alves Ribeiro, no dia 5 de fevereiro, aos 86 anos de idade. A tristeza agora é dupla para os familiares e amigos, mas não irá superar a gratidão por ela ter convivido tanto tempo com todos, para quem deixou uma bela herança: um coração bondoso e uma alma dedicada à Nossa Senhora do Rosário. Boa viagem, D. Tina e leve com a senhora as nossas orações!