Jornal de Paraopeba — Ano xxvii — Número 314 — Março 2018

Page 1

Facebook.com/jornaldeparaopeba

Correios - Endereço para devolução: Rua Isaías Corrêa, 277 - Centro

Circulação em Paraopeba e região do Alto Rio das Velhas, Região Metropolitana de Belo Horizonte, outros municípios mineiros e vários estados

Paraopeba “Gentil e Querida”

jornaldeparaopeba@bol.com.br

ARAÇAÍ - 55 ANOS

Ano XXVII - Nº 314 - Março 2018

Preço Exemplar: R$ 2,00

01.03.1936 - 01.03.2018

Homenagem de Paraopeba à sua antiga filha

Carvalho de Almeida

POBRE CÓRREGO DO BECO!

PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO

Hora da Saudade Córrego do Beco LEIA

NA PÁGINA

LEIA 5

NA PÁGINA

7

MENSAGEM DO MÊS

COM A CHUVA, RENASCE A ESPERANÇA! D

22 DE MARÇO: DIA MUNDIAL DA ÁGUA Como era a vida em Tabuleiro Grande sem canalização de água? LEIA 4

PÁGINA

epois de mais de três meses sem chuvas, elas chegaram. Por causa da estiagem, mais de 266 municípios mineiros estão em situação de emergência decretada pelo governo. Três em cada dez cidades estão sofrendo desabastecimento de água. A população deve usar água de forma consciente, mesmo em cidades que ainda têm o precioso líquido nas torneiras, como a nossa. Infelizmente, o que se vê são pessoas fazendo a água de vassoura nas calçadas, em vez de reaproveitar a água da lavagem de roupas. Utilizam água limpa que deveria ser reservada para outros serviços básicos, como molhar a horta e o jardim. As donas de casa deveriam orientar as faxineiras a evitar o desperdício, porque não adianta ter o dinheiro para pagar a conta se não tiver água para usar. Todos os anos, o alarma é disparado. Os noticiários de televisão informam sobre a escassez da água em todo o Brasil e a vida de moradores de cidades do nordeste que só contam com a água de caminhão-pipa, até mesmo de procedência duvidosa. Cidades populosas estão com seus reservatórios com o nível abaixo e começando a usar o volume morto. Algumas hidrelétricas fecham comportas e transporte fluvial fica comprometido.

Os rios mineiros que já deram a Minas Gerais o título de “caixa-d’água” do Brasil já estão semelhantes aos do Nordeste, que são temporários, só correndo em períodos chuvosos. Um dos maiores afluentes do São Francisco, o rio Paracatu se reduziu a um filete. A razão é a atividade econômica, pois o município é intensamente explorado pela mineração e pela agricultura irrigada. O maior afluente da margem direita do São Francisco, o rio Paraopeba, está com o nível mais baixo dos últimos 60 anos. Depois de investir quase R$ 130 milhões numa obra para captar água diretamente dele, em Brumadinho, a Copasa parou de retirar água do rio. A promessa da empresa era que o abastecimento da região metropolitana de Belo Horizonte estaria garantido por 20 anos. Os rios estão secando porque as nascentes estão sendo soterradas e as matas ciliares estão sendo derrubadas. O pior é que, enquanto existe água nos rios, ainda estão poluídas pelos esgotos. Estamos vivendo, em boa parte do Estado, a pior seca dos últimos cem anos. É a seca que nunca houve num lugar abençoado por Deus. As chuvas, que chegaram, trouxeram a esperança.


2

Março/2018

Facebook.com/jornaldeparaopeba

ORIGEM DAS EXPRESSÕES

Escreva para o jornal de Paraopeba Participe do Jornal de Paraopeba.

Escreva, dê o seu palpite, sugestão, denuncie, critique ou elogie. Mande a sua carta. Ela será publicada no jornal. Obs.: Toda carta para ser publica deve ser assinada pelo leitor. Nosso endereço é Rua Isaias Corrêa, 277. Paraopeba - MG - CEP 35774-000 - Tel: (31) 9236-0358 Em BH - R. José Rodrigues Pereira, 1218/703 - CEP: 30455-640 E-mail: jornaldeparaopeba@bol.com.br

UM SANTO DO MÊS

N

15 DE MARÇO: DIA DE SÃO LONGUINHO

o Brasil, a crença popular ensina que, para se encontrar objetos perdidos, repete-se: “São Longuinho, São Longuinho, se eu achar... (dizer o nome do objeto perdido)... dou três pulinhos. São Longuinho, cujo nome verdadeiro era Cássio era um centurião romano que fora designado para guardar, junto com outros legionários, Jesus em sua agonia no Gólgota. Ao vêLo expirar e sentir o tremor da terra que se seguiu, Cássio reconheceu que ali morria o “Verdadeiro Filho de Deus”. Jesus já havia morrido e, para provar, trespassou o corpo com uma lança. Dessa ferida jorraram sangue e água. Cássio, que era cego de um olho, voltou imediatamente a enxergar tão logo os respingos atingiramlhe a face. Enxergando como nunca, abandonou sua carreira militar e se tornou monge, percorrendo o mundo antigo até atingir a Capadócia (na atual Turquia), onde foi martirizado. Por não renunciar à sua fé em Jesus foi torturado e decapitado. Mas como Cássio se tornou Longuinho? Cássio era prenome comum no mundo romano. Já Longuinho não é um nome, mas uma espécie de apelido que remeteria à sua história. Longinus seria a forma latinizada de lonche, palavra grega com a qual o texto bíblico designa a arma que perfurou Jesus na cruz, ou seja, Longuinho,é uma corruptela do longino, lança. É no decorrer da história da Igreja, entre a derrocada do Império Romano e os mil anos da Idade Média, que alguma informação extra aparece. Um texto apócrifo do século 4, o Evangelho de Nicodemos, é o primeiro registro que nomeia o militar como Longino. Numa iluminura síria, feito no século 6, o soldado aparece furando o corpo de Jesus e uma legenda, em grego, confirma: Longino.

Instruído pelos próprios apóstolos, São Longuinho passou seus últimos 28 anos de vida em um mosteiro, na Cesareia da Capadócia, convertendo muita gente à sua fé com sua palavra e seus exemplos. Venerado em Portugal e na Itália, a Basílica de São Pedro, em Roma, exibe um belo nicho com sua estátua empunhando a lança, criada pelo escultor barroco Gian Lorenzo Bernini, no século 17. Fra Angelico (1395 – 1455) o imortalizou como legionário, perfurando Jesus com uma longa lança, parte do acervo do Museu Nacional de São Marcos, em Florença. No Brasil, São Longuinho aportou sorrateiramente. Não há registro de milagres que lhe possam ser atribuídos. Não há imagens em altares. Uma das únicas e a mais conhecida, fica em Guararema, na Grande São Paulo. A igreja de Nossa Senhora da Escada tem construções feitas pelos jesuítas, em 1652. As explicações para os pulinhos e objetos perdidos têm histórias pitorescas. Há quem afirme que São Longuinho era manco e que, por isso, gostava de ver as pessoas pularem. Há outras que afirmam que ele tinha baixa estatura e que, antes do episódio da cruz, ficava observando o que os convidados em longos banquetes deixavam cair debaixo das mesas. Tudo o que encontrava era prontamente devolvido. São Longuinho é um santo não canônico e teria sido canonizado durante o papado de Silvestre II, no ano de 999. O processo de canonização estaria já bastante encaminhado, mas os documentos não eram encontrados. O papa, então, pediu ao próprio São Longuinho para que o ajudasse a encontrá-los. Eles foram encontrados e São Longuinho foi santificado. Silvestre II deu os três pulinhos. Na Igreja Ortodoxa da Capadócia, São Longuinho é comemorado no dia 16 de outubro.

jornaldeparaopeba@bol.com.br

A

SAIR À FRANCESA

expressão significa sair sem ser notado. Os francos eram tribos germânicas que apareceram no século 3. No século V, invadiram a Gália (país que ficava no atual território da França). Na língua dos francos, o frâncico, a palavra Frank significa livre, liberal, isento. Os francos não pagavam impostos na Gália por serem seus conquistadores. Frank originou o francês franc e daí foi para o português franco, com sentidos próximos ao do vocábulo frâncico original: sincero, gratuito (entrada franca), livre de impostos (zona franca). Sair à francesa, então, seria originariamente sair franco, ou seja, sair livremente.

SENHOR DO SEU NARIZ

Os reis africanos e asiáticos cortavam o nariz dos prisioneiros, mantendo-os no cativeiro. Ainda no século 17 era penalidade regular para os assaltantes de caravanas comerciais ou aos viajantes isolados. Ao ladrão vulgar decepavam a orelha e não o nariz. Actisanés, faraó do Egito, fundou na fronteira da Síria,não longe do mar, uma colônia unicamente constituída pelos bandoleiros sem nariz. A expressão “senhor do seu nariz” significa livre, soberano, autônomo.

LAVAR A ÉGUA

Significa fartar-se, ter uma grande satisfação. A expressão apareceu no turfe significando “ganhar muito dinheiro”, porque os proprietários dos animais, quando faturavam alto num páreo, comemoravam a vitória dando um banho de champanhe na égua.

P

ORIGEM DAS PALAVRAS

iquenique: de origem controversa. Os franceses dizem que veio do inglês picnic, escrito também pic nic, e os ingleses dão como origem o francês pique-nique, formado de expressão onomatopaica pic, picar, golpear, e o latim nihil, nada. O alemão registra simplesmente Picknick. A raiz remota é provavelmente o latim piccare, picar, tendo também o sentido de dividir algo em mais unidades ou pedaços, e nihil, nada. Tomate: do Asteca tómatl, pelo Espanhol tomate, fruto do tomateiro. Foi chamado também maçã do lobo, pêssego do lobo, maçã do amor. As duas primeiras designações devem-se à crença de antigos americanos que consideravam o tomate venenoso. Outras confusões vieram de chamá-lo Moors apples, maçãs do mouro, confundidas com maçãs do amor, mas pronunciada pomo d’oro, pomo de ouro. Casaco: do Turco kazak, nômade, pelo Russo Kozak ou Kazak, designando populações nômades que mais tarde se fixariam no Cazaquistão, o nono maior país. Os étimos do nome do país são o Turco kazak, espírito livre, e o Persa stan, terra. Muitos países têm denominações terminadas em stan, sufixo adaptado para “ão” no Português: Cazaquistão, Afeganistão.

CULINÁRIA INGREDIENTES: • Filés de merluza, tilápia ou pescada • 1 cebola picada • 2 dentes de alho picados • 1 lata de tomate pelado • 1 vidro de leite de coco • Sal, pimenta-do-reino • Suco de 1 limão • Azeite • Palitos de cenoura e vagens pré-cozidas PREPARO: 1. Afinar os filés com um batedor de bifes 2. Temperá-los com sal e pimenta-do-reino 3. Recheá-los com palitos de

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

C ANTINHO

EXPEDIENTE E-mail: jornaldeparaopeba@bol.com.br

JORNAL DE PARAOPEBA

Integração Diretora: Carmem Lúcia Mascarenhas Rocha Redação Paraopeba - Rua Isaias Corrêa, 277 CEP 35.774-000 Redação Belo Horizonte: Rua José Rodrigues Pereira, 1218 / 703 - CEP 30.455-640 Fone: (31) 99236-0358 - Facebook.com/jornaldeparaopeba Associado a Abrajet e Abrarj Diagramação: (31) 3485-2434 / 99567-6755 jornaiss40@gmail.com

O Jornal não se responsabiliza pelos artigos assinados

DA

P OESIA

FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE Eram três anjos – e uma só mulher.

Quando a infância corria alegre, à toa, Como a primeira flor que, na lagoa, Sobre o cristal das águas se revê, Em minha infância refletiu-se a tua... Beijei-te as mãos suaves, pequeninas, Tinhas um palpitar de asas divinas... Eras – o Anjo da Fé!... Depois eu te revi... na fronte branca, Radiava entre pérolas mais franca A altiva c’roa que a beleza trança!... Sob os passos da diva triunfante, Ardente, humilde, arremessei minh’alma, Por ti sonhei – triunfador – a palma, Ó – Anjo da Esperança...

Hoje é o terceiro marco dessa história, Calcinado aos relâmpagos da glória, Descri do amor, zombei da eternidade!... Ai, não! – celeste e peregrina Déa, Por ti em rosas mudaram-se os martírios! Há no teu seio a maciez dos lírios... Anjo da Caridade!... Curralinho, 20 de junho de 1870 – Castro Alves

Aplica-se R E I K I PARAOPEBA

3714-1339

LOJA MACIEL

Confecções e Sapataria Cama, Mesa e Banho Artigos para

MARÇO

perder minhas coisas”. Em 1989, Mário Quintana foi despejado do antigo hotel, hoje, uma Casa de Cultura com seu nome. Passou a morar num quarto maior, no Hotel Royal, de propriedade do jogador Roberto Falcão: um anjo da guarda que lhe pagou as despesas e lhe deu guarida, até sua morte.

a essência de baunilha e as nozes à mistura reservada. 4. Despeje em uma forma de buraco no centro, untada e leve à geladeira até endurecer. 5. Desenforme, coloque a calda por cima e decore com as uvas passas e as frutas cristalizadas.

Venda dos jornais na Padaria do Álvaro, no Centro de Paraopeba

CALENDÁRIO AGRÍCOLA

Quintana e São Longuinho: “ Três pulinhos”

cenoura e vagens 4. Enrolá-los e reserva-los 5. Dourar o alho e a cebola no azeite. 6. Acrescentar o molho de tomate, o leite de coco, o suco de limão, sal, pimenta-do-reino e uma pitada de cominho 7. Deixar ferver até incorporar todos os ingredientes. 8. Colocar os rolinhos de peixe, tampar a panela e cozinhar por 3 minutos, sem mexer. Polvilhar salsinha picada e servir.

MANJAR DE NOZES

INGREDIENTES: • 2 xícaras (chá) de leite • 3 gemas • 1 lata de leite condensado • 2 colheres (sopa) de amido de milho • 2 colheres (sopa) de gelatina em pó sem sabor • ¼ de xícara de água • 1 caixinha de creme de leite • 1 colher de chá de essência de baunilha • Uvas passas e frutas cristalizadas para decorar • Uma calda de frutas de sua preferência PREPARO: 1. Levar ao fogo o leite, as gemas, o leite condensado e o amido de milho até engrossar. Reserve. 2. Hidrate a gelatina com a água e dissolva em banho-maria. 3. Acrescente o creme de leite,

Presentes

poeta gaúcho Mário Quintana, solteirão, morava no antigo Hotel Majestic, em Porto Alegre, num pequeno quarto. Vivia perdendo as coisas pelos cantos. A um amigo que achou minúsculo o seu quarto, disse: “Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares onde

Maria Rocha

ROLINHO DE PEIXE RECHEADO

Leia e assine o

O POETA MÁRIO QUINTANA E SÃO LONGUINHO

O

Jornal de Paraopeba

Planta-se: aspargo, abobrinha, acelga, almeirão, aveia, ervilha, espinafre, mandioca, melão, trigo Semeia-se: aipo, beterraba, cebola, nabo, repolhos roxo e branco, tomate Colhe-se: agrião, aipo, cará, jiló, melancia, taiá, vagem

Calendário da Pesca Dias Lua Avaliação 01 cheia ótimo 09 quarto minguante bom 17 nova neutro 24 quarto crescente regular 31 cheia ótimo

ABRIL

Planta-se: almeirão, beterraba, cebolinha, cenoura, feijão, mandioca, melancia, milho, nabo e salsa. Semeia-se: aspargo, cebola, couve flor, ervilha, nabo, rabanete, salsa e salsão. Colhe-se: batata doce, berinjela, cará, chuchu, mandioquinha e pimenta.

Calendário da Pesca Dias Lua Avaliação 08 quarto minguante 15 nova neutro 22 quarto crescente regular 29 cheia ótimo

Os melhores artigos p elos pelos Menores Preços AV. GETÚLIO VARGAS, 15 CENTRO - PARAOPEBA

(31)3714-1355


Jornal de Paraopeba

Março/2018

jornaldeparaopeba@bol.com.br

21 DE MARÇO: DIA DA BIBLIOTECÁRIA

MINAS TURISMO GERAIS

SANTO PROTETOR: Santa Catarina de Alexandria

C

se a execução de todos. Como estava apaixonado pela bela jovem, tentou fazer de Catarina a nova imperatriz, que ela recusou.

QUEM FOI

atarina era uma bela jovem de 18 anos, muito rica, pertencente à nobreza de Alexandria no Egito, nascida no ano 292. Muito inteligente, tinha muitos conhecimentos de filosofia e teologia. O imperador romano Maximiano chegou à cidade e exigiu sacrifícios a seus deuses pagãos. Catarina protestou e o imperador reconheceu que não tinha nível intelectual para discutir com ela, ordenando a cinquenta de seus mais eruditos filósofos para convencê-la a abandonar sua fé. Os filósofos indignaram-se por polemizar com uma jovem de 18 anos, mas os argumentos de Catarina os convenceram, fazendo com que eles também se convertessem ao cristianismo. Este fato irritou o imperador que mandou que eles fossem queimados vivos.

O CASTIGO

O imperador mandou prender Catarina na masmorra sem

O MARTÍRIO

água e nem comida, partindo, depois, em viagem. Durante sua ausência, a esposa Faustina e o criado Porfírio foram ver Catarina na prisão. A jovem conseguiu convencer os dois a se converterem ao cristianismo. Porfírio, depois, converteu duzentos soldados. Quando o imperador voltou, Faustina defendeu Catarina, fazendo com que ele ordenas-

O imperador mandou colocá-la numa roda com pontas de ferro, mas ao contato com o corpo da jovem, as pontas dobraram-se. Ele, então, mandou decapitá-la, mas do pescoço cortado, em vez de sangue, jorrou leite. Anjos levaram o seu corpo para o monte Sinai (onde Moisés recebeu as Tábuas da Lei). Anos depois, o imperador Justiniano mandou construir um mosteiro para abrigar suas relíquias. Catarina que morreu aos 18 anos no ano 310 é a protetora dos intelectuais, das bibliotecárias e das mães que, tendo pouco leite, devem amamentar seus bebês. Sua festa acontece no dia 25 de novembro, data de sua morte.

SANTOS PROTETORES

D

e acordo com sua história ou milagres realizados, cada santo acabou ganhando uma “especialidade”. Em geral, são fatos que ocorreram em sua trajetória de vida e que os levam a zelar por aqueles que padecem

de forma semelhante, muito embora todos eles estejam habilitados para ouvirem e atenderem as preces de todos os seus devotos. Alguns santos são considerados protetores apenas pe-

la tradição popular, mas a maioria é reconhecida pelas autoridades eclesiásticas. Há ainda, santos que foram retirados do antigo calendário romano e trazidos diretamente para prática católica brasileira.

COMEMORAÇÕES DE MARÇO E SANTOS PROTETORES

DIA DIA DIA DIA DIA DIA DIA DIA

02 10 12 14 19 19 19 27

-

DIA DO TURISMO DIA DA TELEFONISTA DIA DO BIBLIOTECÁRIO DIA DO POETA DIA DO ARTESÃO DIA DO CARPINTEIRO DIA DA ESCOLA DIA DO TEATRO: ATORES ATRIZES

- SÃO FRANCISCO XAVIER - SÃO GABRIEL - SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA - SÃO COLUMBANO - SÃO LUCAS - SÃO JOSÉ - SÃO TOMÁS DE AQUINO - SÃO VITO - SANTA PELÁGIA

22 de março: DIA MUNDIAL DA ÁGUA

3

Facebook.com/jornaldeparaopeba

VESPERATA EM DIAMANTINA - Confira as datas da Temporada 2018 da Vesperata Diamantina: 08 e 29 de abril,06 e 27 de maio,10 e 24 de junho,01, 15 e 29 de julho,05, 19 e 26 de agosto,02 e 23 de setembro e 13 e 20 de outubro. O nome Vesperata é oriundo das práticas musicais da Diamantina do século XIX, quando, no período das vésperas – parte da Liturgia das Horas, celebrada entre 15h e 18h – músicos tocavam seus instrumentos das sacadas dos casarões antigos para impressionar os transeuntes que iam e vinham lá embaixo.

A Vesperata atrai pessoas de Minas Gerais e outros estados nas ruas de Diamantina

Sérgio Moreira sergio51moreira@bol.com.br

Airport. @ Aeroporto De CONFINS. O representante da FBHA- Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Marcos Valério Rocha apresentou aos membros do Conselho Estadual de Turismo de Minas Gerais o projeto do evento do Encontro da Hotelaria e Gastronomia Mineira, durante a reunião mensal do conselho no começo deste mês. FÓRUM GRAMADO DE ESTUDOS TURÍSTICOS - O Fórum Gramado de Estudos Turísticos, que acontece entre os dias 12 e 14 de abril de 2018, já está com as inscrições abertas através do site www.forumgramado.com.br. A proposta do evento é trabalhar o turismo como ciência sustentável em diversos destinos. O Fórum vai oferecer conhecimento, com bases acadêmicas e práticas, aos que se voltam à prática do turismo. Desta forma vai oferecer palestras e debates de turismólogos, economistas, empresários, filósofos, estudiosos e grandes pensadores que abordarão o turismo como tema central. O Fórum Gramado de Estudos Turísticos é uma realização do SindTur Serra Gaúcha e conta com o apoio da Prefeitura de Gramado e da Câmara de Vereadores de Gramado. O evento é direcionado aos players do turismo nacional, aos dirigentes de destinos turísticos, aos legisladores,

A histórica Rua da Quitanda é o palco das Vesperatas de Diamantina, a partir das 20h. Por duas horas e meia, músicos de diferentes idades – muitos deles formados em projetos sociais – empunham instrumentos musicais das sacadas de construções seculares, que guardam parte da história do antigo Arraial do Tijuco – hoje Diamantina. Do meio da rua, sobre as pedras centenárias, os maestros regem a sinfonia. O som ecoa pelas esquinas que testemunharam, também, o amor do contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira pela A Matriz de São Pedro e o centro de Gramado atrai os turistas mulata e escrava Chica da Silva, a pelas construções e belos restaurantes e lojas de chocolates quem ele libertou e tomou como sua rainha. Consulte as agências de viagens para os ou seja, aos que possuem ferramentas para a pacotes a Diamantina. implantação de diretrizes em suas comunidades. Cabe ressaltar que os estudantes de turismo também são foco do evento, que se propõe a debater temas acadêmicos e suas execuções práticas. www.forumgramado.com.br . Entre os palestrantes, já estão confirmadas as presenças de Daren Liboneti, vice-presidente do MGM Resort Las Vegas, de Nuno Sousa Pinto, vice-presidente de operações do Rock In Rio USA e do publicitário Luiz Grottera, especializado em elaborar o branding de destinos turísticos. Além de contar com a coordenação de importantes lideranças empresariais e políticas de Gramado, o Fórum Gramado de Estudos Turísticos contará com organização de Rossi & Zorzanello Feiras e Empreendimentos, responsável pelo FesO passadiço atrai as pessoas pela curiosidade da bora tival de Turismo de Gramado, que acontece com que liga um prédio ao outro, no alto de Diamantina sucesso há quase três décadas. O 17° ENCONTRO DA HOTELARIA E MAQUINÉ PARK HOTEL - Localizado a GASTRONOMIA MINEIRA - EDIÇÃO SERRA apenas 90 Km de BH, o Maquiné Park Hotel ofeDO CIPÓ - O melhor aeroporto do Brasil, recebe o principal evento da hotelaria mineira. O 17° Encontro da Hotelaria e Gastronomia Mineira Edição Serra do Cipó, será no dia 25 de Maio no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte Confins – MG, Uma parceria da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação - FBHA, Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e BH

Piscina de cascata no Maquiné Park Hotel

Leia e assine o Venda dos jornais na Padaria do Álvaro, no Centro de Paraopeba

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

rece aos hóspedes muita área verde, piscina de toboágua, cascata e quente, cardápio variado coma deliciosa culinária mineira, recreadores e muitas diversões. Informações maquineparkhotel. com.br, tel (31) 3714 6288.

Em Paraopeba, o representante da CONFIAX SEGUROS, Hugo Cabanellas está com o escritório da Corretora de Seguros, TOPOGRAFIA E ENGENHARIA na Praça Coronel Bernardino, 254 Centro (Em frente a COAPA) (31) 99888-2719

ASSINATURA Leia e assine

"JORNAL DE NOME: PARAOPEBA" -------------------------------------------------------------------------------------

ENDEREÇO: ------------------------------------------------------------------------------------CEP: CIDADE: ESTADO: -------------------------------------------------------------------------------------

Participe da Integração

jornaldeparaopeba@bol.com.br

Mande o cupom acompanhado de cheque ou dinheiro no valor de R$ 12,00, semestral (valor para Paraopeba) e R$ 50,00, anual (outras cidades) assinatura para a administração do Jornal Rua Isaías Corrêa, 277 - Paraopeba - MG - CEP 35774-000 Fone: (31) 3714-1146


4

Março/2018

Facebook.com/jornaldeparaopeba

jornaldeparaopeba@bol.com.br

Jornal de Paraopeba

RELEMBRANDO O PASSADO

T

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

abuleiro Grande era um povoado constituído apenas do Largo da Matriz e poucas ruas adjacentes. Elevado à vila e com o aumento da população, novas ruas surgiram como a Rua do Correio, a Rua do Hospital, a Rua Direita (a principal) e outras. Mesmo com uma população pequena, era necessário o fornecimento de água e este problema foi resolvido, em 1911, com um moinho de água instalado na Praça da Matriz, em frente da atual casa paroquial. A água vinha da fonte do beco, onde havia um minadouro. Jorrava muita água, boa, potável, para beber, cozinhar, tomar banho, lavar roupa... Numa época em que não havia filtro, era colocada diretamente em potes de barro para beber. O córrego do beco ficava num terreno dos fundos do quintal do Sr. João Pio Moreira. No local havia um lajeado usado pelas lavadeiras para colocar a roupa para quarar. Também ali iam pessoas para buscar água em latas, potes, cântaros,

Tabuleiro Grande. Entretanto, agora apesar de ter sofrido uma pequena emenda na primeira discussão, a Câmara de Sete Lagoas, aprovou, convertendo em lei, o importante projeto apresentado pelo vereador Sr. Joaquim Edmundo Silva: “Autorizando o executivo municipal a proceder as obras de abastecimento de água potável na sede do distrito de Tabuleiro Grande, ficou destinado, para as mesmas obras, o produto líquido da renda municipal arrecadada, no mesmo distrito, durante dois anos. Ficou legalmente autorizado pelo mesmo executivo, que fosse contraído para esse fim, um empréstimo de 1:5000$000, ao juro de 6% ao ano, pago semestralmente com amortização anual de 10% dando em garantia a renda líquida privativa do distrito em cada ano, bem como o produto líquido arrecadado por pena d’água”. O referido empréstimo, graças ao patriotismo dos tabuleirenses, foi imediatamente coberto e com excesso. Da maneira que esse melhoramento de incontestável grandeza, terá em breve o seu início. Este problema, por conseguinte, há tanto tempo abandonado como irresolúvel, teve afinal a sua solução, devido aos hercúleos esforços do ilustre e distinto cidadão, Sr. Joaquim Edmundo da Silva, que, eleito vereador em 1º de novembro de 1906 (sem que pedisse um voto, sem que fizesse uma cédula) logo que tomou posse da cadeira de representante de Tabuleiro Grande, na Câmara Municipal de Sete Lagoas, o primeiro serviço prestado por S.S., serviço conquistado por influência do seu talento e do seu prestígio, foi conseguir que a sede deste distrito fosse contemplada pelos poderes municipais na distribuição dos benefícios.

NOTÍCIAS DO “O OPERÁRIO”

(publicado no Cedro por Manuel Antônio da Silva 29.10.1911

N

a Praça da Matriz de Tabuleiro Grande foi instalado no dia 21 de outubro, com ótimos resultados, um moinho de vento e, brevemente, será montado o chafariz no mesmo local para abastecimento de água à população.

24.08.1913

A Câmara Municipal da Vila Paraopeba mandou colocar no moinho de vento, que está assentado no Largo da Matriz, uma caixa para água para abastecer parte da população. Esse serviço foi feito pelo estimado construtor Maximino Matelo e executado sob a direção do fiscal municipal Sr. Maurício Simões.

NOTÍCIAS DA “GAZETA DE PARAOPEBA” bilhas. Algumas mulheres equilibravam latas grandes na cabeça, apoiadas em rodilhas. Com o passar dos anos e o aumento da população, foram feitos loteamentos e com o corte da vegetação, a mina d’água secou, deixando o córrego do beco quase seco. Na década de 40, a administração pensou na sua canalização, algo inviável para a época devido à falta de verbas, projeto que se tornou

15.11.1936

C

ABASTECIMENTO D’ÁGUA

onforme a lei nº 6, publicada recentemente por este jornal está o senhor prefeito municipal Olímpio Moreira autorizado a mandar fazer os necessários estudos na fonte do chamado Beco, para, conhecendo as possibilidades desse manancial, promover o abastecimento de água à nossa vila. Essa medida, que será uma das mais importantes para a nossa população, foi recebida, com grande entusiasmo, por todos que conhecem a excelência da água que nós utilizamos.

H

OLÍMPIO MOREIRA

omem extraordinário! Incomparável chefe político! Exemplo de humanidade, fraternidade e de caridade! Foram essas as expressões de tristeza dos paraopebenses ao saberem da morte de Olímpio Moreira ocorrida no dia 24 de julho de 1957, aos 87 anos. Político durante 40 anos, sempre preocupado com sua terra e seu povo, resolveu um dos problemas mais sérios: a canalização da água, no período em que foi prefeito municipal de 1935 a 1938. A deficiência das rendas municipais não tinham permitido que esse melhoramento acontecesse há mais tempo. Dotado de forte pendor para o Direito, exercia a função de Consultor Jurídico, sempre ajudando o povo nos graves empecilhos que surgiam na disputa entre os moradores daqui. Também auxiliava os municípios vizinhos. Conhecia leis, com capacidade comparável aos profissionais, sabendo aconselhar. Dedicou-se à sua fazenda “Boa Vista” e à criação de gado e lavoura de milho, feijão, arroz e café. Ninguém passava sem o leite na sua fazenda, que era distribuído entre todos os moradores. Vivendo antes do automóvel, o cavalo “Baio” era o seu único meio de transporte, vestindo brim caqui, botinas lustrosas, chicote de castão de prata, piteira com coco e ouro, tudo elegante nos preceitos da época. Não se casou, mas elegeu sobrinhos e afilhados, dedicandolhes desvelado carinho. Vigilante para com os familiares era uma espécie de patriarca. Mesmo na velhice, quando seus olhos azuis, embaçados por uma possível cegueira ameaçava cerrar-lhe para sempre, ainda aconselhava e abençoava. Era cheio de ternura e afetividade. Despojado de qualquer sentimento de vaidade, sendo modesto e simples. Sereno e prestativo colaborava com todos. Aconselhava. Possuía excelente biblioteca e sabia informar sobre qualquer assunto. Descendente de uma das mais tradicionais famílias de Paraopeba era o oitavo de uma família de dez irmãos: Pedro, Reginalda, Francisco, Custódia, Quintino, Antônio, Joaquina, Olímpio, Joana e Domingos. Era com a irmã D. Joaquina Cândida Moreira que viveu os últimos anos de sua vida, em companhia das suas sobrinhas D. América e D. Custódia, no velho casarão já demolido da Rua Américo Barbosa (seu cunhado), de onde saiu o cortejo fúnebre às 16 horas, com grande acompanhamento para o cemitério local. O prefeito municipal e também seu amigo, Francisco Guimarães Simões, decretou luto oficial por três dias. Num preito de gratidão, Olímpio Moreira nascido em Tabuleiro Grande e filho de Joaquim Moreira da Silva e Custódia Cândida de Menezes, tem seu nome perpetuado em Paraopeba na rua que começa na Praça Expedicionário Fernandes e termina dois quarteirões depois, na av. Presidente Juscelino.

27.06.1937

A deficiência das rendas municipais não permitiram há mais tempo aos chefes de nossa administração cuidar de um problema de alta relevância, qual seja o de dotar nossa terra com o abastecimento de água potável. Todos conhecem a excelência da água que nos serve e é fornecida pela fonte denominada “Beco”, pois é essa mesma que está sendo agora estudada para ser levada a um ponto elevado da vila e, dali distribuída em chafarizes à população. É esta a ótima notícia que temos para transmitir aos leitores, pois o Sr. Olímpio Moreira, prefeito municipal interessado em prestar esse benefício à nossa vila, já iniciou as medidas preliminares para realizar essa velha aspiração de todos nós que nos batemos pelo evoluir desta terra.

realidade trinta anos depois. No local foi construída a Av. Brasil, hoje Av. Prefeito Luciano França da Silveira. Com o crescente aumento da população, nas décadas seguintes, houve problemas de falta d’água e as pessoas com recursos financeiros pagavam para furar cisternas. Após anos de espera, finalmente em 1937, a população de Paraopeba usufruiu da canalização da água, graças ao prefeito Olímpio Moreira. Para obter água, era necessário apenas abrir as torneiras. A melhoria do abastecimento de água em nossa cidade foi acontecendo lentamente com a perfuração de poços artesianos pela prefeitura municipal, encarregada do serviço. Em 01.08.1978, na administração do prefeito Nelson Leonardo Lima, o serviço de abastecimento de água passou a ser feito pela COPASA, que há quase 40 anos continua atendendo a população, ampliando o seu serviço com a atual captação de água do Rio Paraopeba. • Publicado na “Gazeta de Paraopeba”

em 08.02.1942

VELHO CHAFARIZ

No bairro pobre No bairro de gente feliz Existe há muito tempo Um velho chafariz.

Nas manhãs claras de sol Passam jovens alegres a cantar Levando latas de óleo à cabeça E vão ao chafariz água buscar. Assim foi por longos anos Noite e dia, ia aquela romaria Ao chafariz visitar Levando como sempre latas à cabeça E sua água tirar. • Publicado no jornal “O OPERÁRIO”

em 04.08.1907

E

ÁGUA EM TABULEIRO GRANDE

m 1891, o abastecimento de água potável era o problema mais difícil de ser resolvido, em prol do futuroso distrito de

Villa Paraopeba, 8 de agosto de 1937 Lei nº 17

A Câmara Municipal de Villa Paraopeba, Estado de Minas Gerais, por seus vereadores, decretou e eu em seu nome, sanciono a seguinte lei:

Lei N. 17

Art. 1º - Fica o Sr. Prefeito Municipal autorizado a fazer o abastecimento d’água potável nesta Vila Paraopeba aproveitando a aguada do lugar denominado Fonte do Beco. Art. 2º - Fica também o Sr. Prefeito Municipal autorizado a abrir um crédito especial de 40.000$000 (QUARENTA CONTOS DE RÉIS) para esse serviço de abastecimento d’água na Vila. Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Prefeitura de Paraopeba, 20 de julho de 1937 Mando, portanto, a todos a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e faça executar tão inteiramente como nela se contém. a) Olympio Moreira, prefeito municipal. b) Francisca Marinho, secretária da prefeitura. Publicada e registrada nesta secretaria da Prefeitura de Paraopeba, aos vinte dias do mês de julho de mil novecentos e trinta e sete (1937). a) Francisca Marinho, secretária da prefeitura.

Lei nº 18

A Câmara Municipal de Villa Paraopeba, Estado de Minas Gerais, por seus vereadores, decretou e eu em seu nome, sanciono a seguinte lei: Lei N. 18 Art. 1º - Fica proibido na Villa, a abertura de fossas, até a distância de 300 metros de raios, do lado das águas que vertem para o lugar denominado Biquinha, de onde será captada água para o abastecimento da Villa. Parágrafo 1º - O habitante que desobedecer o artigo antecedente, pagará a multa de 50$000 e será obrigado a fechar a fossa imediatamente. Art.2º - Fica o Sr. Prefeito Municipal autorizado a desapropriar, até um raio de 50 metros, se for preciso, os terrenos circunvizinhos à Fonte do Beco. Parágrafo 1º - Para essa desapropriação poderá o senhor Prefeito dispender a importância que for necessária. Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Prefeitura de Paraopeba, 20 de julho de 1937. Mando, portanto, a todos a quem o conhecimento e execução desta lei pertencer, que a cumpram e faça executar tão inteiramente como nela se contém. a) Olympio Moreira, prefeito municipal b) Francisca Marinho, secretária da prefeitura.

Homenagem de Paraopeba a seu benfeitor

OLÍMPIO MOREIRA

T

Mercês Maria Moreira

io Olímpio foi o pai que ajudou-me, inclusive admirando os meus engatinhados poéticos – versos de pé quebrado. Falando nele eu me lembro de Elvira, sua empregada, mãe do Rosalino e da Piriá. Quando eu aparecia na fazenda Boa Vista, Elvira se preocupava e se d esdobrava, sobretudo em carinhos. Numa linguagem especial, que lhe ficava bem pela ingeuidade e candura, coçava minha cabeça e falava: - “Tadim, minininha compadre Moriço. Veio in casa sô Limpo. Vô fazê requejão prela. Zé Madalena, manda Altivo casa Maria CAbode buscá colhé de pau”. Elvira já morreu. Tio Olímpio também. A ambos o meu reconhecimento. Tio Olímpio foi um dos homens que passaram pelo mundo. Praticava a caridade às escondidas, emprestava dinheiro sem juros, dava aval a estranhos, socorria os infelizes sem exigir pagamento nem mesmo da gratidão. Era dessas criaturas evangélicas, anônimas e queridas. O danado dizia que era ateu. Porém, seu amor aos semelhantes, seu desprendimento, sua profunda compreensão dos erros alheios e sua enorme virtude de perdoador fizeram deste um homem bíblico. Seu exemplo de cristão praticante. Dom Cirilo, que era irmão da minha avó Lucinda, revelou-me, um dia, que a grande mágoa que levaria ao túmulo era a de não ter sido capaz de converter tio Olímpio. Pediu-me que fosse à fazenda convidá-lo para a confissão. Guardei segredo da incumbência importante.O bispo escolhera a mim apenas uma mocinha sem eira nem beira, para a bondosa e delicada missão. Não tive elementos e nem argumentos para convencer tio Olímpio.


Jornal de Paraopeba

Março/2018

jornaldeparaopeba@bol.com.br

RELEMBRANDO O PASSADO DÉCADA DE 30 HORA DA SAUDADE – A FONTE DO BECO

Chuva! Chuva! Eu te louvo e te bendigo! Eu te exalto e glorifico! Eu quero a chuva. Eu amo a chuva. Eu adoro a chuva.

A

PARABÉNS, ARAÇAÍ!

ossa vizinha Araçaí e exfilha de Paraopeba completa 55 anos de emancipação política, embora tenha quase 200 anos de história. Distrito criado em 30.08.

1911, subordinado ao Município de Paraopeba, só foi elevado à categoria de município em 30.12.1962 e instalado solenemente no dia 1º de março de 1963.

UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

• Publicado na “Gazeta de Paraopeba”

em 07.03.1963

EMANCIPAÇÃO DE ARAÇAÍ

C

Em nome do sabiá que canta no mamoeiro... do povo do Ceará, que tem sede o ano inteiro! Chuva! Mais chuva! Boa chuva! Muita chuva!

AS CHUVAS EM PARAOPEBA:

2008 A 2015

Meses com maior número de dias chuvosos: Outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril

• Publicado na “Gazeta de Paraopeba”

em 25.01.1953

PARAOPEBA E SUA ÁGUA

H

N

palavra Araçaí tem sua etimologia em araca – g – i, que em língua indígena significa “o rio das graças” ou, simplesmente, “araçá”, nome de um fruto silvestre semelhante a goiaba, de tamanho menor.

Eu te peço em nome meu e dos colegas do ar e de todo o povo Teu que habita longe do mar...

e gostosa ficou só para as lavadeiras. Ficou na saudade a lembrança dos chafarizes na Praça da Matriz e na Rua Direita! A fonte do beco é uma preciosidade que deve ser bem conservada pelos prefeitos, pois é uma referência histórica, pois em torno dela foram construídas as primeiras casinhas pelos primitivos habitantes de Tabuleiro Grande. Além de tudo, a água é um bem precioso, pois sem ela não há vida!

5

01.03.1963 - 01.03.2018 55 ANOS

A

Pai do Céu! Manda mais chuva, boa chuva muita chuva!

ntigamente, quando a nos sa cidade ainda era Tabuleiro Grande, da fonte do beco é que saía a água potável para toda a população do arraial. E que água gostosa! Alí também as lavadeiras se reuniam para lavar as suas roupas, enquanto os filhos menores brincavam por perto. O arraial cresceu. Passou a Vila Paraopeba. Hoje, crescida a cidade tem água canalizada feita pelo prefeito Olímpio Moreira. A fonte do beco com sua água pura

Facebook.com/jornaldeparaopeba

om pomposa solenidade, aconteceram em Araçaí, as festividades de sua instalação como município. Pela manhã, às nove horas, houve missa congratulatória ao espocar de fogos com a participação de banda de música local. Às 14 horas, no clube Policena Mascarenhas, houve a sessão solene da instalação do novo município, presidida pelo Juiz de Direito da Comarca de Paraopeba, notando-se ainda a presença do Promotor de Justiça, o presidente da Câmara Municipal, Sr. Alcides Pereira da Cunha, do prefeito municipal Sr. Bernardo David Teixeira e viceprefeito Sr. Wander Marota. Também estiveram presentes representantes dos municípios vizinhos de Cordisburgo, Curve-lo, Buenópolis, Sete Lagoas e outras localidades. Usou da palavra, fazendo a saudação oficial, o vereador Dr. Pedro Moreira Barbosa. Falaram também o presidente da Câmara Municipal de Paraopeba, Sr. Alcides Pereira da Cunha; o vigário de Araçaí, o representante de Buenópolis e ou-

tras autoridades que se congratularam com o povo de Araçaí pela concretização daquela velha aspiração. À tardinha, houve um banquete em que tomaram parte todas as autoridades presentes, convidados e representantes de outros municípios, com a brilhante participação da banda de música de Araçaí. Deu completa cobertura a todas as solenidades o bem organizado serviço da Rádio Cultura de Sete Lagoas, transmitindo para todo o Estado as festividades. Foi uma festa muito bem organizada, promovida pelo Sr. José de Paula Filho que há dezesseis anos consecutivos vem representando Araçaí na Câmara Municipal de Paraopeba. O atuante vereador tem demonstrado esforço e operosidade política, desde longa data, em prol do progresso sempre crescente de sua querida terra. A “Gazeta de Paraopeba” congratula-se com o povo de Araçaí pela sua emancipação política desejando um crescente progresso para a cidade.

Bernardo David Teixeira

Wander Marota

Alcides Pereira da Cunha

Dr. Pedro Moreira Barbosa

Caixa d’água construída em 1947, na av. Getúlio Vargas pelo prefeito José Dalle

á muitos anos, nossa cidade vem se abastecendo de água potável da fonte do beco, cujo aproveitamento foi feito com técnica e higiene. Esta água provém de um lençol, que presumimos ser bastante extenso e suas qualidades têm merecido os maiores elogios de todos os que visitam a cidade e têm o prazer de saboreá-la, alguns com conhecimentos técnicos e científicos que nos autorizam a chamá-los de entendidos. Para satisfação dos parao-

pebenses, vão surgindo novas construções na cidade e muitas delas próximas da fonte do beco. Tudo indica que, nesta área, dia a dia, surgirão mais construções, não só pelas influências topográficas como pela influência da construção de uma fábrica de tecidos, já em funcionamento. O que tememos é que, no futuro, possa este lençol d’água vir a ser comprometido em suas qualidades pelas escavações preparatórias para as construções e fossas de despejo.

Novembro Dezembro Janeiro Março

Número de dias chuvosos:

- 130 - 130 - 99 - 87

Outubro - 66 Fevereiro - 58 Abril - 49

Meses com menos dias chuvosos:

Maio, junho, julho, agosto Número de dias chuvosos: Agosto – 23; maio – 19; junho – 7; julho – 4 2009 - Ano com maior quantidade de dias de chuva: 112 dias 2014 - Ano com menor quantidade de dias de chuva: 65 dias 2014 - Único ano em que choveu em julho: 4 dias

Quantidade de dias chuvosos por ano:

2009 - 112 2013 - 110 2010 - 99 2008 - 97

2011 - 95 2015 - 77 2014 - 65

RELEMBRANDO O PASSADO • Publicado na ”Gazeta de Paraopeba”

em 05.10.

Mulheres buscando água do poço artesiano do Horto Florestal, em 1952

• Publicado no “O Operário” em 23.08.1909

RIGORES DA ESTIAGEM

C

om a prolongada estiagem que infelizmente vamos atravessando, Tabuleiro Grande está arriscado a ficar sem água potável. Os pequenos mananciais que abastecem o arraial estão quase secos e em um mês mais de sol bastará para que desapareçam completamente. • Gazeta de Paraopeba – janeiro de 1938

T

CHUVAS

em sido abundantíssimas, nesta zona. E ao que estamos informados, o Rio Paraopeba está transbordando, há dias, achando-se, por isso, perdidas todas as plantações existentes à sua margem. E são incalculáveis os prejuízos verificados pelas enchentes.

Consta-nos também que o Rio das Velhas inundou Jequitibá, causando danos à localidade. O que nos afirmaram, entretanto, com absoluta certeza, é que os pobres lavradores da margem do Paraopeba perderam, totalmente, as suas roças.

A CHUVA

A chuva! Bendita a chuva que está caindo! Bendito Aquele que a faz e que a manda! Bendito e louvado seja!

OROPA, FRANÇA E BAHIA

N

estes dias de chuva, vi duas coisas bonitas em Paraopeba: as roseiras da nossa casa de lá e a Rainha do Clube Primeiro de Maio, descalça, pisando com prazer na lama de nossa terra. Ana Ferreira de Figueiredo, filha de Joaquim Catarino, me comoveu com a sua naturalidade, a sua modéstia e, por isso mesmo, a independência do seu espírito. O asfalto do Juscelino chegou a Paraopeba, mas a água do céu ainda se mistura com a terra. E os meninos passam brincando na lama (brincando de sujar a roupa), exatamente como nós, nos dias de nossa infância. A lama de Paraopeba sujava a nossa roupa. A lavadeira lavava a nossa roupa. Mas eu vejo, tantos anos depois, que a lama de Paraopeba ficou para sempre na história de nossa vida. Bem sei que o meu amigo Ildefonso Mascarenhas da Silva, se não fosse hoje tão ilustre, e não usasse um chapéu “gelot”, ainda gostaria de andar

Jair Silva

descalço na lama de Paraopeba. Alguém já observou que “lama” e “alma” se escrevem com as mesmas letras, o mesmo acontecendo com “porco” e “corpo”. Minha mãe gritava: - “Menino porco, saia da chuva”! Mas todos nós continuávamos brincando na enxurrada. O “corpo porco” se impregnava de lama e a lama de Paraopeba atingiu a nossa alma. A chuva caiu o dia inteiro. Na noite do mesmo dia, houve a grande festa do Clube Primeiro de Maio. E a moça, que é mesmo elegante, calçou os seus sapatos. O Sr. Joaquim Catarino é um homem feliz, por ter uma filha tão inteligente, tão natural e de tanta personalidade. Não me esquecerei da moça bonita que vi no dia de chuva, em frente da farmácia do Otávio. Estava descalça sobre a lama. Sua beleza parecia sair da terra, como as rosas molhadas de chuva. Mulher bonita é assim, como a rainha descalça do clube de minha terra.

S

ORIGEM DA CIDADE

ua origem está ligada ao estabelecimento de um casal na região: Francisco José Pereira da Rocha e Cândida Maria de Jesus, acompanhados do filho de 3 anos, Francisco José Pereira da Rocha, originários de Jequitibá. Na segunda metade do século 18, no ano de 1872, o Sr. Francisco adquiriu uma sesmaria, quando ainda era imperador D. Pedro II e com sua família deu início a um povoado, fundando a Fazenda Paraíso. A princípio, a propriedade cultivava apenas alguns cereais e criava bois, porém ao longo do tempo, despontou uma nova vocação da terra. Dado o movimento de tropeiros de gado na região, que levavam rebanho para diversas localidades do interior do estado, a Fazenda Paraíso se transformou em ponto de pouso para estes viajantes. Em 1902, chegou a Estrada de Ferro Central do Brasil, vinda de Belo Horizonte, que tinha como meta atingir o interior de Minas Gerais. A região foi escolhida para a construção de um terminal que serviria tanto para o embarque de passageiros quanto de carga. Em 1903, foi inaugurada.

Conta-se que os construtores da estrada, quando foram iniciados os trabalhos, não sabiam qual nome dar à es tacão. Após uma troca de ideias, decidiram chamá-la de Estação – Araçá. A escolha se deve a uma pequena árvore frutífera, abundante na região, que produz um fruto semelhante a goiaba, o araçá. O arraial passou a ser conhecido também como Araçá. Em 1911 por sugestão do Cel. Caetano Mascarenhas, presidente da Câmara Municipal de Paraopeba, do Dr. Teófilo Ferreira do Nascimento e João de Paula Moura, alterou-se o nome para ARAÇAÍ. A razão da mudança se deve ao fato de que muitas correspondências endereçadas ao lugar eram extraviadas para Araxá. Pelo decreto-lei estadual nº 1058, de 31.12.1943, o distrito de Araçá passou a denominar-se Araçaí. O município, constituído do distrito sede, possui uma população de 2.243 habitantes (de acordo com o censo de 2007), distribuídos entre a cidade e a zona rural de Carvalho de Almeida. ARAÇAIENSE é o nome dado a quem nasce no município.


6

Março/2018

Facebook.com/jornaldeparaopeba

• Publicado na “Gazeta de Paraopeba”

em 05.08.1945

MINHA ARAÇAÍ ALEGRE

A

raçaí é uma localidade que tem fisionomia particular; possui uma parte de areia branca e outra de terra vermelha. É servida pela Estrada de Ferro Central do Brasil e talvez seja uma das poucas vilas do Brasil que possui duas bandas de música. A mais antiga chamase Furiosa como as demais do interior. A nova, toda niquelada, chama-se Lustrosa e é dirigida pelo Sr. Raimundo Rodrigues Costa. Nas horas vagas é padeiro. Tanto a Furiosa como a Lustrosa têm partidários e adversários. Por isso ambas são muito elogiadas e criticadas na contenda preferencial. Na Fazenda do Nhô Chico, há uma ponte por cima da linha férrea e, quando um trem se aproxima, o Zé Rocha, também conhecido por Zé Besouro, monta um burro e vai para a ponte. Às 5 horas da manhã e em outros horários certos, a sirene da Fábrica Policena Mascarenhas silva nervosa e as vacas do Nhô Chico param um pouco, levantam a cabeça, escutam o lamento da cigarra industrial e o matraquear contínuo dos teares da fábrica, matraquear este que enche de barulho os ouvidos do Wilson, de alegria o seu coração e de dinheiro o seu bolso. Araçaí, nosso distrito, leva uma vantagem sobre o município: possui um moderno cinema com cadeiras anatômicas. Na bilheteria com ares de comerciante traquejado, o Olímpio Machado sempre informa aos fregueses que não em troco e desta forma escritura toda a semana nos livros do Cine-Violeta, uma boa parcela de rendas eventuais. O Zé Preto é comerciante antigo, fazendeiro novo e sub-

Joaquim de Freitas

delegado de polícia. À noite joga sinuca no Bar do Ernesto, perde a partida, paga o tempo e diz aos assistentes: “Perco porque gosto de aventurar muito”. Araçaí possui também a maior casa de comércio, cujo nome é aliás alentador: Nossa Casa. Tem uma ótima impressão de seu estoque, organiza-

Joaquim de Freitas

ção e montagem e, influenciado pelo nome, qualquer um chega a pensar que tudo aquilo pertence deveras à gente também. Mas é puro engano, pois se assim fora, o Lafaiete e o Chico do Félix já teriam ido lá conferir a conta de lucros de suas partes. Araçaí tem uma boa sorveteria de propriedade do Pacífico Goulart, onde os empregados trabalham sempre com a cabeça fresca, mas está fadada a fechar, porque não se pode mais gastar luz, conforme proibição do Departamento de Eletricidade da Cia. Fabril e Tecelagem da Cedro e Cachoeira. Nada mais posso adiantar, porém. • Joaquim de Freitas era Agente Fiscal do Estado e morava em Paraopeba.

ARAÇAÍ

Lá vem o trem Na última curva da estrada Lá vêm os Mascarenhas Montar a fábrica Lá vem o padre Erigir a igreja Lá vem o Estado Construir a Escola. Lá vem o povo Fazer a meninada Os operários Os funcionários Os burocratas Os estudantes Os religiosos Do Araçaí Lá vem o doutor Vem o professor Vem o “Guarani” Dizer que “araçá” Da margem do rio Da beira do lago Da orla do açude É araçay

Vasco Damião Ferreira 1988

Agora, doutor Vê bem, professor Vê bem, “Guarani” Na margem do rio Na beira do lago Na orla do açude Não há araçá Há ARAÇAÍ

CENAS DE PARAOPEBA “NÃO” AO DESPERDÍCIO! Para que não haja desperdício, precisamos de uma ética de responsabilidade. O que se joga fora, fará falta a outros.

HISTÓRIAS...

jornaldeparaopeba@bol.com.br

O BECO E OUTRAS HISTÓRIAS...

Era o tempo em que as ágeis andorinhas Consultam-se na beira dos telhados E inquietas conversam, perscrutando Os pardos horizontes carregados...

E

m geral, os arraiais surgem às margens de rios ou de lagoas, onde a água existe em abundância, o que não ocorreu com a nossa cidade e acho que foi um benefício que ajudou muito no crescimento da comunidade, porque as cidades que margeiam rios, sempre, na época das chuvas são prejudicadas pelas cheias e tudo é um caos, com casas invadidas e móveis e todo tipo de domésticos perdidos. Penso que, segundo reza a lenda do Cel. Marques, devido ao ataque da suposta onça que aterrorizou ao donatário da sesmaria, o nosso arraial surgiu onde estamos hoje, devido ao local em que foi construída a prometida capela. Habitamos entre dois pequenos cursos d’água, o Córrego do Cedro, bem mais afastado e o Córrego que passa pela Ponte do Matias. Mas os primitivos habitantes elegeram uma nascente dentro dos limites internos, como a fonte onde se retiraria a água para os benefícios caseiros, beber e cozinhar. E também essa nascente serviu de fonte para outras utilidades como lavar roupa. Essa fonte era o Beco, como o pessoal chamava o local. E, em tempos difíceis, com construções precárias, usavase a água do Beco para todo tipo de necessidades. Nas cozinhas tinham-se latas e potes que eram cheios com a água, buscada na cabeça, e eram usados também, banhos de bacia, e tudo mais na mais completa dificuldade daqueles tempos. Mas o Beco era famoso e muitas histórias aconteceram ali, no buscar da água e na lavagem da roupa, amizades, contendas, brigas e tudo mais que é comum ao ser humano em evolução. E, com o crescimento lento do arraial, onde tudo era muito restrito, e não havia variedade de emprego para a juventude, pois a única indústria que existia era a Fábrica do Cedro, que alavancou muito o progresso de toda a região, mas que não era um objetivo final para a carreira de quem almejasse um pouco mais da vida. O arraial e posteriormente vila, sem um palmo de rua calçada serviu de palco para o nascimento de uma comunidade, que a duras penas permaneceu e cresceu com as dificuldades que se apresentavam em tais circunstâncias. Como o abastecimento de água, a energia também era precária, fornecida pela Cedro e Cachoeira, vinda da Serra do Cipó, e aos domingos não tínhamos luz elétrica, pois era o dia aproveitado para a manutenção da usina. A energia só chegava à noite. E além de tudo, eram poucas as pessoas que possuíam um rádio e se davam ao luxo de ouvir algum programa nas pou-

Jornal de Paraopeba

Em que as rolas e os verdes periquitos, Do fundo do sertão descem cantando... Em que a tribo das aves peregrinas, Os Zíngaros do céu formam-se em bando! Aves de Arribação (Castro Alves)

cas emissoras que existiam, mas as pessoas se comunicavam mais, faziam visitas recíprocas e verdadeiramente importavam com os seus conterrâneos. Comunicações precaríssimas, o correio e telégrafo eram as mais comuns. Só mais tarde veio o telefone, que tinha um posto onde as pessoas eram chamadas para atender em hora marcada a um chamado, que, na maioria dos casos eram para comunicar fatos desagradáveis. A pessoa recebia o estafeta que entregava o chamado com a hora do atendimento e ela ficava esperando para se dirigir ao posto e falar com quem estivesse na linha. Mas, em geral, na época das chuvas o natural era que caíamos na escuridão, por algum poste que caiu ou algum transformador que se queimou. E para enrolar um transformador, pelo menos aqui, gastava-se meses. E muitas vezes a escuridão cobriu a cidade por períodos longos e nós tínhamos como única alternativa as lanternas a pilha para circular pelas ruas. E conhecíamos as pessoas pelo calibre da sua lanterna. Davam-se piscadas com sinais que eram entendidos e respondidos. E a vida ia adiante... Mas uma característica muito interessante daquele tempo era que, tinha um matadouro nas margens do Córrego do Matias, um pouco abaixo do antigo hospital do Pe. Augusto. Ali se executavam as reses que vinham das fazendas da região para alimentar a população e a carne era distribuída pelos açougues através de uma carroça puxada por uma mula. E um homem ia montado no varal da carroça percorrendo os açougues. Em geral ele ia tão bêbado que custava se equilibrar no varal da carroça, pondo em perigo a própria vida. Mas era assim, a vida corria sem se preocupar com as sandices dos seres humanos. Mas o fato engraçado era que as reses vinham para o matadouro tocadas pelos vaqueiros, que as conduziam e entravam pelas ruas com tapa nos olhos, que ameaçavam quem estivesse nas ruas e mesmo nas casas, porque não avisavam que tinha gado bravo na rua, o que faziam em casos extremos era o vaqueiro gritar “Vaca brava!”. E aconteceu diversas vezes uma vaca entrar na porta da sala de uma casa aberta e sair na porta da cozinha, apavorando todo mundo e quebrando louças e tudo que fosse encontrado em seu caminho, porque naquele tempo as casas ficavam abertas sem nenhuma preocupação. Uma vez, três moças tinham ido buscar água no Beco e vinham com as latas na cabeça protegida por uma rodilha de pano e passavam exatamente numa rua estreita, que era usu-

almente chamada, o beco da casa do Otávio Clarindo. E vinham tranquilamente, conversando e rindo despreocupadamente quando ouviram o grito “Corre que vem vaca brava”, e elas rapidamente jogaram as latas fora e saíram em desabalada carreira pelo beco até sair na Rua Quintino Moreira, a tempo de se esconderem, deixando a passagem livre para a comitiva da vaca. Um dia, numa venda, que ficava na antiga casa do Sr. Paiva, além da ponte de madeira, próxima à Venda do João Pio, entrou uma vaca desnorteada, mas o efeito foi muito diferente, porque o dono da venda era um homem violento e pegou um trinta e oito debaixo do balcão e deu um tiro bem no meio da testa da vaca, e ela caiu ali mesmo, dentro de seu estabelecimento comercial. E foi uma confusão tremenda! Teve até polícia! Hoje não existe mais o Beco, que está coberto pela Avenida Brasil, onde o pessoal gosta de fazer suas caminhadas. Na mesma época, meu irmão, não sei como, ganhou quatro filhotes de jacaré que não sei quem deu nem de onde vieram, e ele resolveu criar os tais filhotes. Todo mundo olhava aquilo e chamava a atenção dele para o resultado que poderia advir daquela atitude inconsequente, como os jacarés se tornarem adultos e serem uma real ameaça para todo mundo, não havendo jeito de se controlar tal situação. Mas ele tinha uma característica muito marcante, era teimoso como uma mula e não deu ouvidos para nenhum conselho, viesse de onde fosse. E fez um buraco de um metro de comprimento, um de largura e um de profundidade e colocou os jacarés, que já tinham uns quarenta centímetros de comprimento, para a apreciação de toda a vizinhança. E a atenção de todos se voltou para os bichos. E como comiam... Tinha que se comprar a barrigada do boi para alimentar os bichos que eram extremamente vorazes. E bofe de vaca, tripa, e todo tipo de miúdos. E colocava-se água o suficiente para cobrir os animais, que não faziam mais do que se refrescarem e comerem o que desse e viesse. Mas enquanto as pessoas têm uma visão das coisas a natureza tem outra, e, muitas vezes o resultado é muito diferente do que se espera. Por isto, é sempre bom, em vez de julgar, esperar pacientemente o resultado do processo natural. E os jacarés iam crescendo vagarosamente, chafurdando naquela lama que se formava no fundo do poço e se alimentavam para em seguida se espicharem e dormir a maior parte do tempo. É bom lembrar que naqueles tempos ditosos, a gen-

8 DE MARÇO:

coro.paraopeba@gmail.com

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“ SER MULHER É...

V

iver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa”. Homenagem do “JORNAL DE PARAOPEBA” às nossas assinantes e leitoras.

JGERocha

te achava que chovia mais que nos dias de hoje, porque água minava nos barrancos de muitas casas no centro da própria cidade. E a lama tomava conta das ruas e praças. Não acontecia de chover e o terreno secar logo. A lama dava a impressão que o período de chuvas era constante e muito longo, porque ela permanecia por muito tempo e fazia estragos, principalmente à noite em ruas escuras, onde muitas pessoas caíam e se machucavam. E em muitas noites era escuridão e chuva e mais chuva. Tempo em que se ficava bem em casa, no aconchego do lar, onde surgiam as brincadeiras e jogos próprios desse período. Só sei que quando a chuvarada chegou, o buraco dos jacarés começou a encher de água. E vagarosamente o nível da água ia subindo. E não era difícil prever uma catástrofe iminente, para quem quer que olhasse para aquela armadilha preparada com tanto carinho. Uma tarde, os lados lá do Pasto do Doutor, de onde em geral vinha a chuva certa para a cidade, se cobriu de nuvens escuras e os relâmpagos começaram a iluminar a negrura do céu nublado. E lá pelas tantas, a chuva caiu copiosamente. Todo mundo abrigado dentro de suas casas e lá fora a chuva cumprindo o seu justo papel, que sempre cumpre todos os anos. E choveu a noite inteira e nós preocupados com a piscina dos jacarés. E logo que amanheceu o dia fomos correndo ver o que tinha acontecido. O buraco estava transbordando e os jacarés saindo e se deixando levar pela enxurrada que estava forte, e como as cercas das casas, na maior parte eram feitas de achas de aroeira, os jacarés se esgueiravam pelos intervalos das achas e seguiam enxurrada abaixo. E nós corríamos atrás, na esperança de pegar alguns ainda dentro dos limites da cidade. Mas, em vão! Eles se misturaram na lama da enxurrada e sumiram pelos bueiros para desaparecerem de nossas vistas para sempre. E assim terminou a criação de jacarés, de uma maneira bem prática, sem a necessidade de uma solução radical. Não tivemos notícia do aparecimento de nenhum deles em qualquer lugar. O caso foi resolvido favoravelmente e com grande sucesso. E a vida continuou e novos progressos vieram, como uma caixa d’água na Av. Getúlio Vargas e chafarizes espalhados pela cidade. Melhorando pouco a pouco o abastecimento de água, até o momento atual, quando a COPASA assume completamente o controle da situação. Foram tempos difíceis, mas agradáveis, que merecem fazer parte de nossa lembrança. A vida é isto, os relacionamentos com nossos semelhantes, rumo a uma integração equilibrada e feliz.


Jornal de Paraopeba

Março/2018

jornaldeparaopeba@bol.com.br

UM PACTO POR PARAOPEBA

Mesa de debates que aconteceu no plenarinho da Câmara Municipal, na tarde do dia 13 de março, com as presenças do prefeito Juca Bahia, Roberto Simões (FAEMG), Emílio Parollini (Federaminas), professor Ney Ribas, presidente do Observatório Social diz Brasil, Raimundo Soares do Instituto ORIOR, vereadores convidados

A

conteceu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Paraopeba, no dia 13 de março, o evento “Um Pacto por Paraopeba” promovido pela Prefeitura Municipal de Paraopeba em parceria com a FEDERAMINAS, CODEMIG e FAEMG, programa que faz parte do movimento Pró-Município. O PRÓMUNICÍPIO é um Professor Raimundo Soares Professor Ney Ribas programa para geração de emprego e renda que tem como ponto principal a MESA REDONDA DE DEBATES integração da comunidade, e despertar o emOs trabalhos tiveram início noplenarinho preendedorismo, explorando as potenciali- da Câmara Municipal, por volta das 16 horas, dades do Município e região, e já é executado quando aconteceu roda de debates sobre em várias cidades do mundo, com enorme su- Paraopeba e suas oportunidades, com presencesso. ça do Prefeito Municipal Juca Bahia, presidente da FAEMG, Roberto Simões, da FEDEOS OBJETIVOS do EVENTO RAMINAS, Emílio Parollini, Nilson Borges, O evento “UM PACTO POR PARAOPE- vereadores, lideranças empresariais, profesBA” teve como objetivo debater pontos im- sores Ney Ribas e Raimundo Soares, secretáportantes para o aceleramento do programa de rio de Governo Roberto Totó, Presidente Singeração de emprego e renda da cidade, e trazer a dicato Rural, Inácio Lins, Carlos Mauricio comunidade para participar desse projeto, com Mota, do CDL e presidente SICOOB Credimotivação e informações sobre as oportunida- paraopeba, Alysson Almeida, do SEBRAE e des e forma da assumir seu papel neste cenário. convidados. PALESTRAS FORAM SUCESSO E ATINGIRAM O OBJETIVO À noite, foi o ponto alto do evento, quando o Salão da Câmara foi completamente lotado por entusiasta plateia, formada por pessoas da comunidade, empresários, estudantes, professores, para assistir os debates.

Reunião do COMDESP, Conselho de Dsenvolvimento Sustentável de Paraopeba definiu três Cãmaras Temáticas para trabalhar e alavancar o desenvolvimento da cidade: Turismo, Agronegócio e Empreendedorismo

JOÃO EDUARDO MOREIRA MASCARENHAS

H

á um ano, no dia 13 de março de 2017, você se foi de repente, sem tempo para um adeus. Um ano de muita saudade para seus familiares: seus irmãos Fernando e Adriana, seus cunhados: Neide e Rogério, seus sobrinhos: Gustavo, Fernandinho, Carolina, Larissa e Gustavo, seus primos e amigos. É triste perceber que você não está mais entre nós. A cada dia que passa, temos a certeza de que você foi uma pessoa especial como filho, irmão, tio, cu-

1 ANO DE SAUDADE

nhado e amigo. A sua lembrança de ser humano carinhoso, atencioso, prestativo e correto continua viva em nossas vidas e em todos os lugares que marcou com sua presença; Deus o tem com Ele há um ano, mas teremos você eternamente em nossos corações. O tempo passa, mas a saudade aumenta e parece não ter fim. Ficarão na nossa memória os momentos especiais. Até um dia, João! Familiares e amigos

O

Facebook.com/jornaldeparaopeba

7

Deputada Ione Pinheiro

jornalista Sérgio Moreira, ex-vice-prefeito e e exvereador em Paraopeba continua ajudando sua cidade com apoios em várias setores sociais e econômios. Sérgio esteve na Assembleia Legislativa, no gabinete da deputada Ione Pinheiro. Segundo o jornalista, analisamos a situação que os municípios estão passando por dificuldades da falta de recursos dos governos federal e estadual, principalmente nas áreas da saúde, educação e segurança. Durante os últimos anos conseguimos diversos benefícios para Paraopeba em todas as áreas sócio educativas. Conversamos sobre vári-

os assuntos, entre eles, solicitamos recursos do governo estadual para as Escolas Públicas Estaduais para melhor trabalho das professoras, fun-

cionários e diretores, apoio do governo estadual na Segurança Pública, às Polícias Civil e Militar e ambulância para melhor atendimento a população

EDITAL

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL PESSOA FÍSICA EXERCÍCIO DE 2018 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a arrecadação da Contribuição Sindical Rural – CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas, que possuem imóvel rural, com ou sem empregados e/ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c” do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural, referente ao exercício de 2018, em conformidade com o disposto no Decreto-lei 1.166/71 e nos artigos 578 e seguintes da CLT O recolhimento da CSR ocorre até o dia 22 de maio de 2018, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil - SRFB, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, e o 8º Termo Aditivo do Convênio celebrado entre a CNA e a SRFB. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte poderá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde tem domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.cnabrasil.org.br. Qualquer questionamento relacionado à Contribuição Sindical Rural - CSR poderá ser encaminhado, por escrito, à sede da CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-021 ou da Federação da Agricultura do seu Estado, podendo ainda, ser enviado via internet no site da CNA: cna@cna.org.br. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais. Brasília, 15 de março de 2018.

João Martins da Silva Júnior Presidente da Confederação


8

Facebook.com/jornaldeparaopeba

Março/2018

jornaldeparaopeba@bol.com.br

Jornal de Paraopeba

FOTOS, NOTÍCIAS ENVIE PARA jornaldeparaopeba@bol.com.br A VERDADE DO MÊS - “Qual é o elogio que toda mulher adora receber? Bom, se você está com tempo pode-se listar aqui uns 700: MULHER ADORA QUE VERBALIZEM SEUS TRIBUTOS, SEJAM ELES FÍSICOS OU MORAIS. Agora, quer ver o mundo cair? Diga que ela é muito boazinha. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje .Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos. As INHAS não moram mais aqui. Foram para o espaço, sozinhas.” Martha Medeiros – Escritora, poeta, cronista. ANIVERSÁRIO 15 ANOS DE THALITA Foto: Jerusa Nascimento

Um adeus à infância. Um sorriso à adolescência. São os 15 anos que chegam para Thalita Lacerda Corrêa Eugênio que comemorou esta data no dia 7 de fevereiro, com uma celebração religiosa na Capela de São Benedito e uma comemoração para os colegas do Colégio Nossa Senhora do Carmo, no restaurante e pizzaria Casa Nova. Foto: Jerusa Nascimento

Felizes estão, os orgulhosos pais; Éder William Franco Eugênio e Flávia Mara Corrêa Eugênio. São avós de Thalita; João Eugênio Filho e Renê Franco Eugênio (in memorian) paternos e Flávio Antônio Corrêa e Alide Lacerda Corrêa, maternos. Nosso abraço Thalita! Parabéns! FORMATURAS MARCUS VINICIUS PIRES DA COSTA (MEDICINA) Homenageamos Marcus Vinicius, filho de Claudete e Gilmar Teixeira da Costa pela graduação em medicina, pela Faculdade de Medicina de Itajubá-MG. Jovem que soube lutar com galhardia para alcançar o seu objetivo. Inteligente, bondoso, coração de ouro, médico que já se encontra em plena atividade com muito amor ao trabalho da cura! Parabenizamos o Doutor Marcus Vinicius, pais, irmãos e família! As mãos que curam têm sempre a proteção do Mestre Jesus! ELISA VIANA (MEDICINA) Aplausos à Elisa, filha de Lucrécia e Elias Viana, pela graduação em medicina, já em pleno trabalho tem se revelado médica dedicada, com atuações em diversos hospitais da região. E agora atuando como residente no Hospital Santa Casa de BH. Parabenizamos à doutora Elisa, seus pais e que Deus abençoe seu trabalho!

CASAMENTO VIVIANE E FILIPPE A sociedade de Paraopeba e Caetanópolis mais uma vez, estreitou seus laços com a união de Viviane Mascarenhas Nascimento Teixeira e Filippe Renato Ferreira e Franco, que receberam as bênçãos matrimoniais no dia 3 de março. A cerimônia religiosa foi realizada pelo padre Gilson do Carmo Mendes (de Paraopeba) na Matriz de Santo Antônio, de Caetanópolis, decorada em branco e verde, onde maravilhosos arranjos de hortênsias, astromélias, gipsuns e rosas brancas foram colocadas no altar e na passarela. As daminhas, em vestidos brancos com cenas de historinhas infantis bordadas à mão, conduziam balões. Dois pagens em terno escuro entraram sérios e compe- Noivos: Viviane Mascarenhas Nascimento netrados pela tarefa de conduzir Teixeira e Filippe Renato Ferreira e Franco as alianças. Lentes e flash de Leo Drumond registraram a cerimônia religiosa e a deslumbrante decoração do Maquiné Park Hotel, local da recepção, cuja decoração foi completada pelas velas acesas nas mesas. Parabéns aos noivos e seus pais: Roberto NonatoTeixeiraeMaria Beatriz Mascarenhas Nascimento Teixeira (da noiva) e Sílvio Viviane e suas irmãs Vanessa e Virgínia Renato Teodoro Franco e Nilza de Lourdes Alves Ferreira (do noivo). Viviane e Filippe, que o amor que os une e que determinou esta união seja renovado a cada dia com muita dose de amor e companheirismo!

Pais da Noiva: Roberto Nonato Teixeira e Maria Beatriz Mascarenhas Nascimento Teixeira

PRESTIGIEM O NOSSO COMÉRCIO! DEPÓSITO SANTO ANTÔNIO Fundado no dia 2 de janeiro de 1977 pelo sr Carlito Corrêa (já falecido) na rua Olímpio Moreira, continua funcionando no mesmo lugar há quarenta e um anos. A pequena loja de material de construção, a primeira do lugar, foi-se expandindo com o crescimento da cidade e hoje é quatro veD. Raquel e sua filha Margarete zes maior que a antiga. Com o comando da sempre simpática e atenciosa D. Raquel França Corrêa (viúva do sr Carlito) tem como ajudante na administração sua filha Margarete. Como bons comerciantes, sabem atender e cativar o consumidor, oferecendo bons preços. O ‘JORNAL DE PARAOPEBA “, que tem como meta valorizar a gente de nossa terra, nesta série “PRESTIGIEM O NOSSO COMÉRCIO”, presta seu tributo à memória do sr. Carlito e sua homenagem à D Raquel e Margarete, que mostram a força da mulher em nossa cidade, neste mês de março, cujo dia 8, é a elas dedicado.

Casamento Viviane e Filippe com a Daminhas e Pagens

Pais do Noivo: Silvio Renato Teodoro Franco e Nilza de Lourdes Alves Ferreira

PAULO HENRIQUE E KÉZIA Foto: Sandro Fotografias

PEDRO HENRIQUE DE CASTRO OLIVEIRA (DIREITO)

Filho de Ana Aparecida de Castro Oliveira e Márcio José de Oliveira, Pedro Henrique brilhou na conclusão do curso de Direito pela UFMG, já aprovado na OAB. Admiramos a boa vontade de se aperfeiçoar na profissão escolhida, sempre buscando mais conhecimentos e já em pleno exercício do trabalho! Como integrante de comissão de formatura, também revelou grande promotor de eventos! Que festa boa! Deus abençoe sua carreira e de todos os colegas! Parabéns, Pedro!

Fotos: Leonardo Drumond

Os noivos com seus respectivos pais

Paulo Henrique, filho de Letícia Magalhães Canabrava e Eugênio Pacelli Canabrava e Kézia Lima, filha de Mônica Pinho do Nascimento e Eucledison de Oliveira Lima (in memorian), casaram-se no dia 03 de fevereiro de 2018 em uma bela cerimônia no Espaço Villas Fest, na cidade de Lauro de Freiras-BA. Paulo Henrique nascido em Paraopeba estudou no Colégio N.S. do Carmo, mudou-se para Montes Claros onde se formou em Farmácia. Hoje trabalha como Gerente de uma grande rede de drogarias sendo responsável pelas filiais de Salvador e Lauro de Freitas na Bahia.

Foto: Sandro Fotografias

O noivo com a avó Violeta Canabrava

HOMENAGEM DA PREFEITURA MUNICIPAL PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Totó entre sua mãe e esposa

A esquerda, Totó e sua mãe Aroldinho e sua mãe Ivone

Mais uma vez, a administração municipal na pessoa do prefeito Juca Bahia, do vice Aroldinho e do Secretário Municipal de Governo Totó prestaram sua homenagem a mulher paraopebense. O encontro aconteceu no Buffet “Casa Nova”, às 14 horas, no dia 8, animado pela música de Washington Corrêa, onde senhoras e senhoritas, mais uma vez comprovaram a atenção da administração municipal para com seus munícipes e, principalmente reconhecer o valor da mulher na sociedade. “O Jornal de Paraopeba”, que se fez presente, enaltece esta delicada iniciativa.

Terezinha, Luci Rocha e Maria de Lourdes Tolentino

Carminha, Beth, Maria Augusta e Márcia

Ivone e D. Gelcira


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.