Jornal de Paraopeba — Ano XXVII — Número 319 — Agosto 2018

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Paraopeba “Gentil e Querida”

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Ano XXVIII - Nº 319 - Agosto 2018

Preço Exemplar: R$ 2,00

RELEMBRANDO AS FESTAS DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

1988

1989

1990

1987

1992

2003

PARAOPEBA CELEBRA A FESTA DE SUA PADROEIRA

MENSAGEM DO MÊS

Dia dos pais ou responsáveis Quem disse que por detrás daquela barba que nos arranha o rosto não tem um coração moleque querendo brincar? Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo querendo falar? Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho chorar? Quem foi que pensou que aqueles pés enormes não deslizam suaves na calada da noite para o sono do filho velar? Quem é que achou que, no fundo do peito largo e viril, não tem um coração de pudim quando o filho amado, com um sorriso largo, se põe a chorar?

“Filhos são as nossas almas; Desabrochadas em flores; Filhos, estrelas caídas No mundo das nossas dores!

Filhos, aves que chilreiam No ninho do nosso amor, Mensageiros da felicidade Mandados pelo Senhor!”

Quem foi que determinou que aquele coroa, de cabelos brancos, não sabe da vida para querer me ensinar? Pai, você me escolheu filho, eu te fiz exemplo! Feliz Dia dos Pais, meu Pai.

Filhos são as nossas almas Desabrocham em flores; Filhos, estrelas caídas No mundo das nossas dores! Filhos, aves que chilreiam No ninho de nosso amor, Mensageiros da felicidade Mandados pelo Senhor.


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Agosto/2018

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Jornal de Paraopeba

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ORIGEM DAS EXPRESSÕES

CULINÁRIA

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POMO DA DISCÓRDIA

PEIXE DELÍCIA

Escreva, dê o seu palpite, sugestão, denuncie, critique ou elogie. Mande a sua carta. Ela será publicada no jornal. Obs.: Toda carta para ser publica deve ser assinada pelo leitor. Nosso endereço é Rua Isaias Corrêa, 277. Paraopeba - MG - CEP 35774-000 - Tel: (31) 9236-0358 Em BH - R. José Rodrigues Pereira, 1218/703 - CEP: 30455-640 E-mail: jornaldeparaopeba@bol.com.br

UM SANTO DO MÊS

3 DE AGOSTO: DIA DE SANTA LÍDIA PROTETORA DOS TINTUREIROS

L

ídia viveu no século I, anos 52 e 53 em Filipos, na Macedônia. Era uma negociante de bens de luxo e fornecia sua mercadoria em uma cidade famosa por suas tinturarias. Foi a primeira pessoa convertida ao cristianismo na Europa. Era conhecida como “Lídia purpureira” ou “vendedora de púrpura”. Conheceu o apóstolo Paulo, em Filipos. Ele já havia percorrido muitas partes da Ásia Menor, mas o Espírito Santo impedia-o de pregar naquelas regiões. Uma noite, Paulo teve a visão de um macedônio que lhe suplicou: “Venha à Macedônia e nos ajude”. Certo de que Deus o chamava para lá, procurou imediatamente uma passagem para a província romana da Macedônia. Ao chegar, ele e seus companheiros seguiram para Filipos, a cidade mais importante da província. No sábado, saíram em busca de um lugar para rezar. Encontraram um grupo de mulheres, entre as quais estava a negociante de tecidos púrpura. O apóstolo Paulo começou a pregar para aquelas mulheres. Lídia ouviu e o Senhor abriu seu coração para as palavras de

Paulo. Logo ela e todos os de sua casa foram batizados na fé cristã. Supõe-se que Lídia era rica e tivesse muita autoridade na família, uma vez que o tecido que vendia era precioso e muito caro. Seu testemunho foi suficiente par que seus familiares também se tornassem cristãos e pedissem para serem batizados. Lídia fez um convite a Paulo e seus companheiros: “Se me considerais uma crente em Deus, vinde e ficai em minha casa”. Eles aceitaram a oferta e permaneceram com Lídia durante toda a sua estada em Filipos. A casa de Lídia tornou-se o primeiro centro comunitário, a primeira igreja na Europa. Para a Igreja de Filipos, talvez, também por mérito de Lídia, São Paulo teve palavras de comovente ternura, chamando estes irmãos em Cristo de “Caríssimos e desejadíssimos”. A rica comerciante trocou os interesses econômicos pelos interesses espirituais e abandonou o comércio para recolherse com outras mulheres na proseuca (lugar de oração) junto ás margens do Rio Ganges.

11 DE AGOSTO: DIA DO HOTELEIRO E DO GARÇOM

PROTETORA: Santa Marta de Betânia QUEM FOI arta era irmã de Maria e de Lázaro e moravam em Betânia, um povoado a cerca de três quilômetros de Jerusalém. Em sua casa hospitaleira, Jesus gostava de descansar durante sua pregação na Judeia.

M

SUA VIDA O Evangelho apresenta Marta como a dona de casa, solícita e atarefada em acolher dignamente o agradável hóspede. Enquanto trabalhava, Maria preferia sentarse perto de Jesus, quieta, escutando as suas palavras. Marta queixou-se a Jesus: “- Senhor, a ti não importa que minha irmã me deixe assim sozinha a fazer o serviço: Diz-lhe, pois, que me ajude”. Jesus respondeulhe: - “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto uma coisa só é necessária. Maria, com efeito, escolheu a melhor parte, que

não lhe será tirada.” A lição do Mestre não se referia à sua louvável operosidade, mas ao exagero de preocupações com as coisas materiais detrimento da vida espiritual. Somente Marta aparece no calendário litúrgico universal, como para recompensar suas solicitudes e atenções para com a pessoa de Jesus e como a propô-la para as mulheres cristãs, como modelo de operosidade. A humildade e incompreendida profissão de dona de casa estão notabilizadas por esta santa trabalhadeira de nome Marta que significa simplesmente senhora. Os franciscanos foram os primeiros a dedicaram à santa Marta uma celebração litúrgica no dia 29 de julho de 1262. Santa Marta é a protetora das donas de casa, dos garçons e da hotelaria.

COMEMORAÇÕES DE AGOSTO E SANTOS PROTETORES Dia 3 - Dia do tintureiro ---------- Santa Lídia Dia 4 - Dia do padre --------------- São João Maria Vianey Dia dos pais ---------------- São José Dia 11 - Dia do estudante --------- Santa Catarina Dia 11 - Dia do advogado --------- Santo Ivo Dia 11 - Dia do jurista -------------- Santo Ivo Dia 11 - Dia do hoteleiro ----------- Santa Marta de Betânia Dia 11 - Dia do garçom ------------- Santa Marta de Betânia Dia 23 - Dia do artista -------------- Santa Catarina de Bolonha Dia 25 - Dia do soldado ------------ Santa Joana D’Arc Dia 27 - Dia do psicólogo --------- N. S. do Bom Conselho Dia 28 - Dia do bancário ----------- São Mateus

EXPEDIENTE E-mail: jornaldeparaopeba@bol.com.br

JORNAL DE PARAOPEBA

Integração Diretora: Carmem Lúcia Mascarenhas Rocha Redação Paraopeba - Rua Isaias Corrêa, 277 CEP 35.774-000 Redação Belo Horizonte: Rua José Rodrigues Pereira, 1218 / 703 - CEP 30.455-640 Fone: (31) 99236-0358 - Facebook.com/jornaldeparaopeba Associado a Abrajet e Abrarj Diagramação: (31) 3485-2434 / 99567-6755 jornaiss40@gmail.com

O Jornal não se responsabiliza pelos artigos assinados

• Pomo: Fruto carnoso como a maçã, pêra e marmelo. expressão significa a causa de uma disputa, o motivo de uma briga e tem origem mitológica. Conta uma lenda grega que no casamento de Tétis com Peleo, a deusa da discórdia, Éris, que não tinha sido convidada, ali apareceu com o propósito deliberado de vingar-se. A fim de perturbar a festa, colocou sobre a mesa uma mação de ouro, exclamando: “Para a mais bela”. Juno, Minerva e Vênus reclamaram o fruto. Diante da dúvida, a decisão foi entregue a Páris, que no seu julgamento deu ganho de causa a Vênus, entregando-lhe o pomo (a maçã). Sua atitude despertou a ira e a vingança de Juno e de Minerva que provocaram a queda da cidade de Troia.

A

BOTAR A MÃO NO FOGO POR ALGUÉM

N

a Idade Média, cabia a Deus determinar se um acusado era inocente ou culpado. Para isso, havia diversos tipos de testes. Um deles era a prova que envolvia o fogo. A mão do acusado era posta no fogo. SE sua pele permanecesse intacta, como acontece normalmente a pessoas puras e inocentes, o acusado estava livre. A expressão significa confiar inteiramente numa pessoa.

É

ANDAR NA GANDAIA

o mesmo que viver na ociosidade, na vagabundagem. Tem a ver com o longínquo Reino de Gandaia, que poderia ser uma aproximação da Catai, nome pelo qual a China era conhecida nos tempos medievais.

ORIGEM DAS PALAVRAS

P

AI: do Latim, mas pela variação do Latim vulgar pater, decorrente da declinação de pater no Latim clássico, formou-se padre, depois pade e, por fim, pai. No Português medieval, a grafia de pai variou: padre, pae, paay e pay demoraram a ceder à forma consolidada, pai. Madre evoluiu para mãe; madrasta, não: esta palavra manteve o étimo de madre. Com pai e padrasto deu-se algo semelhante.

R

OSÁRIO: do latim rosarium, coleção de rosas, mais conhecido por se ter consolidado como enfiada de 165 contas, indicadoras de paisnossos e ave-marias repetidos, trazida do hinduísmo para o cristianismo por volta do século IX, com o fim de que os leigos, quase todos analfabetos, pudessem acompanhar, com pai-nossos e ave-marias, e contar os salmos entoados pelos monges, invocações que eles desconheciam. O “pequeno rosário” contém 33 contas, número que lembra a idade de Jesus Cristo, e cinco contas grandes, referindo suas cinco chagas. O “rosário médio” tem 63 contas, porque se acredita que Nossa Senhora tenha sido levada ao céu quando tinha essa idade, e sete contas grandes, indicadoras de suas sete dores ou sete alegrias. O culto do rosário foi trazido para o Ocidente por São Domingos de Gusmão (1170 – 1221), fundador dos dominicanos. A prática dos católicos é rezar, não o rosário inteiro, mas o terço, que, como o nome indica, é a terça parte.

CALENDÁRIO AGRÍCOLA AGOSTO

SETEMBRO

Planta-se: alface, alho, cenoura, ervilha, espinafre, milho, morango, pimentão, rabanete, tomate Semeia-se: pimenta, aspargo, melão, acelga, jiló, funcho, salsa. Colhe-se: alface repolhuda, batata doce, beterraba, cebolinha, mostarda, repolho branco e roxo.

Planta-se: agrião, aipo, algodão, batata doce, cará, couve, ervilha, fava, feijão, mamona, mandioca, raiz forte, taiá. Semeia-se: agrião, aspargo, cará, cebola, mandioquinha, melão, nabo, pimenta. Colhe-se: alface repolhuda, almeirão, cana de açúcar, cará, chuchu, couve flor, pepino, tomate..

Calendário da Pesca

Calendário da Pesca

Dias Lua Avaliação 04 quarto minguante bom 11 nova neutro 18 quarto crescente regular 26 cheia ótimo

Dias Lua Avaliação 02 quarto minguante bom 09 nova neutro 16 quarto crescente regular 24 cheia ótimo

INGREDIENTES: • Filés de peixe o necessário • Sal, alho e pimenta-do-reino • Bananas da terra o suficiente • 1/2 cebola picada • 1 lata de creme de leite • 1 colher (sopa) de queijo gorgonzola ou meio copo de requeijão cremoso • Muçarela em fatias • Queijo parmesão ralado PREPARO: 1. Temperar os filés com sal, alho e pimenta. 2. Passar na farinha de trigo e grelhar 3. Cortar as bananas em fatias no sentido do comprimento e dourá-las na mantei-

Maria Rocha

ga ou no azeite 4. Bater no liquidificador, o creme de leite, o queijo ou requeijão e a cebola 5. Levar ao fogo para engrossar um pouco. MONTAGEM: 1. Forrar um refratário com um pouco do creme 2. Colocar alguns filés, fatias de muçarela, fatias de banana e o creme. 3. Alternar as camadas até terminar os ingredientes. 4. A última camada deve ser de creme 5. Polvilhe parmesão ralado e leve ao forno para gratinar.

SORVETE DE LEITE EM PÓ INGREDIENTES: • 500 ml de creme de leite fresco batido na batedeira de leve , até ficar firme. • Acrescentar 1 lata de leite condensado, 90 g de leite em pó Ninho, frutas frescas picadas e baunilha, misturando sem bater. • Adicionar açúcar, se necessário. • Levar ao freezer até solidificar. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

C ANTINHO

DA

P OESIA

Barreiras Rompidas A luz de teu doce olhar, sempre sorri com alegria, faz brotar um mundo novo, de puro encanto e magia.

amor não olha cara ou idade, ninguém consegue decifrar, não tem jeito esse mistério, quando chega é para ficar.

Esse teu corpo moreno, que cheira a cor do pecado, faz o amor chegar valente, assim meio descontrolado.

Coração bate forte, destoado, ritmo frenético, desregrado, grita forte, já não se importa, nem se está amordaçado.

Rompe barreira do tempo, sem nem ter como explicar, vem chegando, toma conta, não tem jeito de disfarçar.

Esse tal amor é atrevido, vem sem pedir permissão nasce sem querer nascer, chega e invade o coração, Roberto Totó

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Ano

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Agosto/2018

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UM GRANDE AMIGO QUE DEUS ME DEU POR PAI

D

No hospital, detestava injeção, insultava a medicina, desprezava os remédios. Apelidava a todos que dele se acercavam. Seu enfermeiro, Josimar, grandão, quase dois metros, era o Sansão. Daisy, faladeira de bobagens, boca suja, como ele; sua namorada e paixão, era a Neguinha. Seu médico, Haroldo Dornas, por quem ele nutria um amor de irmão, era o único que conseguia convencê-lo a tomar remédios, a aguentar horas e horas no soro. Mas tudo isso acabou. Acabou-se o sofrimento de meu pai. Mas acabou a alegria de tê-lo comigo, ali, ao meu lado, para escutar minhas semvergonhices, meus casos, as campanhas de propaganda, minhas conquistas, minhas episódicas derrotas. Se você, que hoje me lê, é pai, siga o exemplo do meu. Faça tudo para deixar para seu filho uma realidade enorme de amor. Um amor alegre, sadio. Um amor de amigo, tão grande como o amor de pai. Todo o resto, educação, retidão de caráter, formação moral, virá como consequência. Deixe para seu filho apenas esta herança. Tal como o meu pai deixou para mim. Amanhã, se seu filho, tal como eu, acordar assim de repente sem pai, que esta seja a única vez que ele o desobedeça como eu agora o estou desobedecendo. Meu pai sempre quis, sempre me obrigou a ser alegre. E hoje, cada lágrima que me brota, me sai com um sentimento de culpa, tão dolorosa como sua ausência. Mas pode ficar tranquilo, papai, que vou continuar menino. Vou fazer minha coleção de selos para ganhar muitas medalhas, muitos prêmios. Só para você contar vantagens pros velhos lá do céu, a quem você exibirá com orgulho os meus troféus. O que me dói, papai, é a saudade. Muita. Eterna, imensa. De não ter mais ao meu lado, como o maior troféu que Deus me tirou.

• Publicado na “Gazeta de Paraopeba”

em 17.10.1954

PRIMEIRA FESTA NA NOVA CAPELA DO ROSÁRIO

N

em 27.08.1950

N

Os festeiros: Antônio Marques e Dr. Regina

cortejo empunhando lanternas coloridas até a Capela do Rosário onde foi hasteada. Este ato se deu sob o espoucar de centenas de foguetes e ao som da harmoniosa “Lira Espírito Santo”. No dia 10 houve missa às 7 horas e 8 e meia na Matriz e às 10 horas na Capela do Rosário, com a presença dos reis congos e os reis da festa, acompanhados de dois príncipes e cinco princesas, estando também presentes o Congado do Bairro Dom Bosco, comandados por José Conrado Vieira. À tarde, uma procissão saiu da Capela do Rosário que depois de percorrer grande giro, terminou na Matriz N. S. do Carmo, onde o Padre Herculano deu a bênção do Santíssimo Sacramento. No dia 11, houve o cumprimento de promessas na Capela do Rosário. Foram festeiros o Sr. Antônio Marques de Oliveira e D. Regina Rodrigues de Almeida, que estão de parabéns pelo brilhante desempenho dado ao encargo que lhes coube. Também os mordomos Srs. Leonel Alves da Mota, Joaquim José de Almeida, Cassimiro Neto e José Campos, deram grande realce à sua parte. Durante os dias da festa houve grande comparecimento de pessoas, notando-se na cidade muitos forasteiros de cidades vizinhas que assistiram às tradicionais solenidades.

FESTEJOS DO ROSÁRIO

o dia 15 de agosto realizaram-se os tradicionais festejos em honra de Nossa Senhora do Rosário. Todas as solenidades tiveram grande brilhantismo, porquanto os festeiros não mediram esforços para esse fim e tiveram para o completo êxito, a colaboração da população. A novena iniciada a 9, na Matriz, teve sempre grande comparecimento de fieis. Na noite de 14, depois dos atos religiosos, foi hasteada a bandeira, do qual foram mordomos os senhores Francisco Ferreira da Silva, Sr. Luiz Rocha e D. Madalena Homero Moreira Diniz, Antônio Cândido da Rocha Mascarenhas e Maurílio Silva.

CONGADO DO BAIRRO D. BOSCO

Os Reis Congos: Querubina e Sérgio Coco

Da residência do Sr. Francisco Ferreira da Silva, onde se achava depositada, veio a bandeira em concorrida procissão para o local onde fora erguida, ao som da “Lira Espírito Santo” e ao espoucar de centenas de foguetes queimando-se também lindos fogos de artifício. Pela madrugada de 15 houve alvorada pela corporação musical.

O

O Congado em 1994

congado do bairro Dom Bosco foi fundado em 1935 por José Conrado Vieira e durante os festejos do Rosário participou com animação e muita fé, presentes nos seus membros até hoje, que inclui familiares dos antigos dançantes, como um neto do Zé Conrado. Durante dezenove anos, o congado fez parte dos festejos religiosos de nossa cidade, tendo o incentivo dos nossos padres como, o Pe. Augusto que participava da dança das manguaras, e, depois o Pe. Herculano. Em 1954, durante um jantar na casa do Rei Congo, Sr. Zulmiro, desentendimentos entre dois integrantes da guarda resultaram na morte de duas pessoas. Toda a cidade, outrora pacata, ficou abalada com o crime cometido por Sérgio Coco. O Congado emudeceu durante muitos anos, traumatizado com a perda dos seus integrantes. As festas religiosas prosseguiram sem a presença do congado, o que era muito sentido pelo povo que queria a sua volta. Mas, justamente dezenove anos depois, em 1973, graças à iniciativa de algumas pessoas o Congado se reergueu. Trabalharam para isto: Maria Stella Moreira Rates, os senhores Milton Marques da Silva, João Quilu, Melquíades, Zezinho Melodigo, João do Oséias, sua esposa Ana e os integrantes das várias conferências. Neste mesmo ano de 1973, os festeiros foram João do Oséas e sua esposa Ana. Foi coroado Rei Congo o Sr. Geraldo Souza Lima, 1º Capitão Regente o Sr. Antônio Vaz da Silva (Antônio Pequeno), 2º Capitão Regente, Sr. Américo Vaz da Silva (Amercão). O Congado voltou a existir, mas faltava registrá-lo, isto aconteceu em 1991, sendo eleita sua diretoria: Presidente – Vicente Carlos Vieira (conhecido como Vicente Conrado), filho do fundador, Zé Conrado; 2º Presidente - Raimundo de Paula Lopes; Tesoureiro – Francisco Vaz da Silva (Chico Pequeno); 1º Capitão Regente – Mestre – Américo Vaz da Silva e 2º Capitão Regente – Mestre – Geraldo Alves da Silva.

A capela em 1954

os dias 10 e 11 de outubro foram realizados os festejos em honra de Nossa Senhora do Rosário, que tiveram início na Matriz Nossa Senhora do Carmo com a reza do terço na noite de 9. Após a reza a bandeira foi conduzida em procissão por numeroso

Padre Herculano e as princesas

Às 7 horas foi celebrada missa pelo Padre Herculano Pimenta e receberam a comunhão numerosos fieis. Na segunda missa, às 9 e meia, estiveram presentes os Reis da festa, Sr. Luiz Moreira da Rocha e D. Maria Madalena Corrêa Mascarenhas que se achavam acompanhados de sua corte formada pelas senhoritas Ângela Mascarenhas Cançado, Terezinha Rocha, Maria Madalena Simões e Terezinha Wanda Horta. Os festeiros ao se locomoverem de suas residências para a igreja eram acompanhados pela sua corte e pelos dançantes do Congado, pela “Lira Espírito Santo” e pelo povo.

À frente: Wanda Horta e Madalena Simões Atrás: Ângela Mascarenhas e Terezinha Rocha

À tarde, saiu a procissão que fez longo percurso, com grande acompanhamento. No dia seguinte, houve cumprimento de promessa. No dia 17 deu-se a posse dos novos festeiros Sr. Joaquim Moreira Rocha e D. Dometilde Moreira Rocha. Foram sorteados os mordomos: Dr. Guilherme Mascarenhas Dalle, Dr. José Diniz Campolina, Dr. Teófilo Ferreira do Nascimento e Sr. Olavo Teodoro Barbosa. Na casa do Sr. Olavo foi recolhida a bandeira na noite de 21, tendo sido depois oferecido ao povo farta mesa de sequilhos se café. Durante os dias 15, 16 e 17 houve banquetes nas residências dos festeiros, neles tomando parte os dançantes, a corporação musical e inúmeras pessoas. Funcionou durante os dias da festa, no alto da Avenida Getúlio Vargas um circo de touradas.

O Congado em 2014

O Congado em 1954

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• Publicado na “Gazeta de Paraopeba”

Mário D’Alcântara

izem que foi Deus. Não acredito que Ele, Pai amantíssimo, me tenha feito uma tamanha sujeira. O que importa é que acordei sem meu pai. Se fosse um pai desses comuns, iguais a tantos outros eu nem ligava. Mas o pior de tudo, é que este pai era um ser humano raríssimo, um grande companheiro, meu melhor amigo. Alegre, bonachão, contador de anedotas, crítico mordaz, um coração do tamanho do mundo. Nasceu rico, ficou pobre, pouco ligava: se preciso fosse, tirava a própria roupa do corpo para dar a quem necessitasse. Nada exigiu da vida. Não era intelectual, mas comprava livros aos pacotes que me dava sorrateiramente sem dedicatória. Achava isso uma frescura. Machão, namorador feito ele só, passou a vida namorando minha mãe. Sua maior paixão eram os filhos. Eu, filho único até os 17 anos, era seu dodói. Alexandre, temporão, viveu até os 11 anos: morreu e levou com ele um pedaço de nossa vida. Não havia dia em que meu pai não parasse sob o seu retrato de meu irmão-menino e não se deixasse ficar ali, quietinho, contemplando o retrato, as grossas lágrimas correndo entre os fios de seu bigode grisalho. Tinha um enorme orgulho de qualquer proeza minha: menino ainda ganhei um campeonato mineiro de natação. Chamava os amigos, abria cerveja, punhame na roda, exibindo o filho magrelo, realizando em mim todos os seus sonhos. Quando resolvi entrar para o Itamaraty, passou a chamarme de embaixador. Juntava todo o dinheiro que ganhava, mandava para o Rio, pro filho não passar aperto nem vergonha junto dos colegas. Foi um grande pai, o melhor, o mais terno, o mais meigo. Irradiava alegria, a todos encantava. Jamais confessou uma fraqueza, uma dor, uma doença.

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Por não ter sede própria, os membros do Congado se reúnem nas dependências da Capela de São Benedito, no bairro Dom Bosco. O Congado faz parte da nossa cultura, merecendo o nosso incentivo e o nosso apoio para garantir a sua continuação. Existindo há 83 anos, participando de nossas festas religiosas, é sempre agradável ouvir o som dos seus violões, cavaquinhos, tamborins, tambores, ver a dança das manguaras e a voz do cantores. Que Nossa Senhora do Rosário continue abençoando o Congado do Bairro Dom Bosco.

Da esquerda para a direita: Nilza Simões, Geralda Teixeira, Terezinha Rocha, Dizinha e Marta do Olavo - A menina: Ivone Rocha


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Agosto/2018

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Ano

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Jornal de Paraopeba

RELEMBRANDO O PASSADO OS FAZENDEIROS DE NOSSA TERRA

• Publicado na “Gazeta de Paraopeba” em 15.06.1958

HISTÓRIA DE PARAOPEBA

Q

Zezé do Rasgão

Jair Silva

uando Zezé do Rasgão faleceu em 1917, o sino da Matriz bateu um dia inteiro. Subi à torre para ver quem estava de plantão nos dobres a finados. Lá encontrei o Antônio Miguel, vulgo Borá. Ele e eu éramos colegas na escola do Sabino de Paula Freitas. O Antônio Miguel estava sentado em um tamborete, tendo nas mãos a Aritmética Progressiva. Parava de estudar, tocava o sino, fazia um traço de lápis na parede da torre. Abria de novo a Aritmética, pois a regrade-três nos interessava. Não tenho dúvida quanto à honestida-

Josias Diniz Mascarenhas

A besta do Josias, ou a besta do major, chegava da Fazenda do Saco do Barreiro, transportando no seu pelo lustroso a pose do Josias Mascarenhas. Nas noites de maior júbilo, Américo Moreira, milionário e boêmio, dava um banho de cerveja no seu cavalo baio. De certo isto correspondia a uma lavagem no seu cadilac. Depois, de madrugada, o belo cavalo, assim refrescado, pisava com elegância na estrada de Pindaíbas.

• Publicado na “GAZETA DE PARAOPEBA” em 06.09.1959

SR. JOSIAS E D. MADALENA

H

Fazenda Saco do Barreiro

O Dr. Guilherme Mascarenhas Dalle podia ter uma viatura de luxo. Mas preferiu, inteligentemente, a sua caminhonete, que resolve todos os seus problemas: de consultório, de hospital, de fazenda, e de “café-society”. O Guilherme precisa de velocidade até para entregar ao José Gumercindo, chefe das oficinas da “Gazeta de Paraopeba” o original de uma descompostura no governo. • Publicado na “GAZETA DE PARAOPEBA” em 15.03. 1959

Fazenda do Rasgão

de do Antônio Miguel. A cada lamento do sino correspondia, rigorosamente um pauzinho traçado com lápis na parede da torre. E não é que já estamos falando nos fazendeiros? Em seus bons tempos de vivo, o Zezé vinha do Rasgão a cavalo com seu escudeiro – o menino Alcides Pereira da Cunha. Estávamos bem longe da era do asfalto e dos belos automóveis. Avaliava-se a importância de alguém pelo seu animal de sela. Em um pátio, junto da casa do coletor estadual José Cândido de Diniz, mais tarde simplesmente, a casa da D. Custódia, ficavam, aos domingos os animais do pessoal da Fazenda das Pindaíbas. Era, neste local, a garagem da época, com os animais comparados a carros de vários tipos, destacando-se o cavalo baio do Américo Moreira, pai do jornalista Wander Moreira. O cavalo baio Américo Moreira da Fazenda das Pindaíbas tinha um efeito Cadilac.

vas acumuladas de virtudes em favor da felicidade da família. Deram aos filhos: Vicente, Carlos, Maria Stela, Raquel e Wander uma esmerada educação e uma consciência religiosa, que os fizeram destacar-se na nossa pequenina Vila Paraopeba. Américo Moreira se foi bem moço, deixando um enorme vazio no coração dos seus entes queridos e no de seus amigos. Anésia continuou a serviço do Ensino e em função dos filhos e netos, com aquela mesma ternura e com aquele mesmo espírito de luta de mãe e de mestra. A bondade de Américo, a sua mansidão ficaram na minha lembrança e o seu chamado para o outro reino, no dia 24 de fevereiro de 1931, aos 44 anos de idade, não conseguiu arrefecer o meu enternecimento pela sua figura admirável e querida. Ele deve estar sorrindo lá na eternidade, ao saber que a sua companheira dileta e os filhos exemplares estão abençoando a sua memória.

SR. AMÉRICO E D. ANÉSIA

Antônio Ribeiro de Avelar

A

mérico Moreira, filho de seu Neca da Pindaíba e da minha querida tia Reginalda, tinha um lugar de honra no meu afeto e viveu comigo os dias mais felizes da minha vida. Era mais velho do que nós, mas em nossa roda, parecia mais jovem, pelo seu espírito arejado e pela sua admirável compreensão da vida e das coisas. Nós, os da sua intimidade e, mesmo toda a cidade, acreditávamos que ele não deixaria a vida de solteiro. Anésia França Ribeiro, todavia, dona de uma simpatia enAnésia França Ribeiro cantadora e de prendas morais de raras proporções, venceu a resistência do moço fazendeiro e ele se rendeu aos encantos e cultura da jovem professora. Casados, ergueram um lar, onde ambos distribuíram as reser-

á poucos quilômetros de nos sa Paraopeba, descortina-se o casarão do Sr. Josias Mascarenhas. A entrada é simples. Ao transpor o portão, um jardim que se prolonga para o lado da casa, a enfeita com arte antiga, demonstrando naquela variedade de plantas, o bom gosto de sua esposa. A fazenda Saco Barreiro é a sala de visitas de Paraopeba. Sempre gentil e atraente nas suas maneiras sinceras, o casal conquista, logo de chegada a simpatia dos visitantes, oferecendo-lhes em troca uma liberdade que faz de sua casa, nossa casa também. Madalena Corrêa Mascarenhas Dentro daquele casarão antigo vivem dois corações imensos que palpitam juntos há mais de meio século, num ritmo de amor, companheirismo e exemplo. Apenas quatro filhos tiveram: Bernardo, Jaime, Aloísio e Carmita, mas muito lhes têm dado. Terão eles a responsabilidade de saber continuar a obra de seus pais. D. Madalena, desdobrando-se em afeto e carinho pelos filhos, teve sempre na grandeza de seu coração, um cantinho para as crianças desamparadas. Além dos filhos que Deus lhe dera, aceitava os que o mundo lhe oferecia. Aqueles seres pequeninos que o destino por felicidade os empurrava para os braços daquele casal generoso recebiam todo conforto, agasalho para o corpo e para o espírito, recebiam mais ainda, o direito sublime, divino quase, de os chamarem de papai e mamãe. Hoje, Sr. Josias e D. Madalena desfrutam dos juros que o capital do BEM lhes oferece. Os filhos já casados enche-os de orgulho sadio pela projeção que têm na sociedade. Dão-lhe em troca do que receberam lindos netos que lhes vêm renovar a vida. A gente que é estranha, quando os visita sente-se contagiada pela bondade daquele ambiente e não vê as horas passarem. O Sr. Josias, com sua calma habitual, fala-nos do valor do seu gado de raça e outras criações; discorre sobre a política local e na sua longa experiência da vida. D. Madalena nos cerca de atenção desde a sua caixinha de trabalhos com crochês maravilhosos que ela tão bem sabe fazer, até o campo de suas atividades extras: o pomar, o jardim e a horta. E as atenções se prolongam e os momentos são agradáveis. Parece que naquele recanto a gente só sente o lado bom da vida. Saco Barreiro parece um castelo de fadas que exerce magia sobre os visitantes. A gente chega, não quer sair e se sai quer voltar.

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HISTÓRIAS...

OS MISTÉRIOS DA VIDA

JGERocha

poucos foram adaptadas para salas de aula e aos diversos apelos de um educandário em fase de implantação, como uma novidade promissora para uma ciFagundes Varela dade pequena e que, uando a primeira turma do Gi- realmente apresentava tantas dificuldades. Mas, com a dedicação e o násio Padre Augusto Horta se formou, em 1955, aqueles que se propósito inflexível de homens propuseram a continuar os estu- dedicados ao progresso e ao bem da dos, procuraram cidades em que comunidade, a escola criou raízes e pudessem encontrar educandários prosseguiu apesar das dificuldapara prosseguirem com seus obje- des. Nós amávamos aquela convitivos. Muitos partiram para Sete vência saudável e calorosa que a Lagoas, as moças para o Curso Nor- sala de aula proporciona. Vieram mal e os homens para o Científico pessoas novas para a comunidade, ou para a Escola Profissional. Mas, trazendo o seu conhecimento e idecomo tudo era muito precário na- alismo na construção do saber. E o quela época, quem quisesse estu- ginásio, a princípio claudicante, foi dar teria que viver na cidade onde se firmando até que em 1964, confaria o curso. As comunicações eram seguiu-se o reconhecimento do Curdifíceis e os ônibus percorriam es- so de Magistério e o provimento e tradas sem asfalto, com pouca con- manutenção da escola passou ao servação e cheias de mata-burros Estado. Então tudo mudou e uma e buracos, que às vezes, se inter- nova fase se iniciou para o progresrompiam na época das chuvas. so da educação e também para uma Era difícil viajar! Para se embar- mudança na estrutura social e intecar para Belo Horizonte, os ho- lectual da cidade. Tínhamos uma turminha que mens usavam guarda-pós para se protegeram da poeira que normal- sempre viveu junta, compartilhanmente era fator comum dentro da- do tudo que se nos apresentava, quelas antigas conduções. tanto nos estudos como nas diAssim, depois dos anos de versões comuns aos jovens daviva confraternização, de alegria queles tempos. e celebração, chegara a hora de E, realmente havia muitas nos separarmos. Como era bom o maneiras de nos divertirmos e nos tempo da gaiatice dos primeiros associarmos nas diversas oportuanos da mocidade. Soubemos apro- nidades que surgiam, conforme veitá-los com toda nossa alegria era o costume vigente. Cada épocomum naqueles tempos. Se é que ca tem seus costumes e o seu cose pode dizer, éramos felizes nos lorido, de tal maneira que tudo o nossos relacionamentos com os que acontece naquele tempo, se colegas e os amigos. reflete nas expressões sociais, tais Então, cada um tomou o seu como nos tipos de danças, nas rumo. Nossos estudos foram muito músicas, nos esportes, nas fesprecários devido às dificuldades tas. A música, em particular, recom que se iniciou o ginásio em flete de uma maneira intensa, o nosso meio. Professores que se dis- retrato de uma época, de tal maneipuseram a dar aulas sem remunera- ra que, quando se houve tal múção. Instalações provisórias que aos sica, somos imediatamente trans-

Quando, à tardinha, dos floridos vales Eu via o fumo se elevar tardio Por entre o colmo de tranquilo albergue, Murmurava a chorar: - Feliz aquele Que à luz amiga do fogão domestico, Rodeado dos seus, à noite senta-se, O exilado está só por toda parte!

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Américo Moreira, o 2º sentado

portados ao tempo em que ela nos recorda. Porque na maior parte do tempo vivemos de memórias, e boas ou ruins elas nos prendem ao sentimento a que estão ligadas. Assim, todas as pessoas são marcadas pelas memórias de suas épocas favoritas, com alegria e saudade, ou talvez, com tristeza e pesar. Mas tudo faz parte da vida. E vamos levando essa carga pelos anos afora. Nesta turminha eu tinha um amigo que era para mim como um irmão. Tínhamos a mesma idade e gostávamos das mesmas coisas. E éramos companheiros para todas as empreitadas que nos propúnhamos em nossas fantasias de jovens em fase de crescimento. E esse companheiro de todas as horas, partiu para Belo Horizonte, onde tinha parentes com que poderia viver para completar os seus estudos. Sempre são dolorosas as mudanças das diversas fazes da vida, as separações, as imposições que a vida leva a cada um ir em direção a um rumo que nem sempre é o que nos tornaria contentes, pelo menos no momento. Mas continuamos correspondendo. Gostávamos de poesia e boa literatura. Curtíamos Castro Alves, Álvares de Azevedo e vários outros poetas brasileiros e portugueses. E como todo jovem na nossa idade, fazíamos versos. Esse amigo conseguiu emprego e se firmou bem na firma, sendo como sempre foi, uma pessoa de confiança e bons propósitos. Acontece que nos fins dos anos cinquenta, entre 58 e 60, ele apareceu por aqui, de licença porque tinha sofrido um acidente e quebrado os dois braços, coisa difícil de explicar. Mas aquele acidente contribuiu para termos mais um tempo para a nossa boa convivência. Em todo lugar em que ele

chegava com os braços cruzados no peito, era alvo dos curiosos, que sempre perguntavam e exclamavam rindo: “os dois?” E ele ficava injuriado com aquilo. Toda hora que encontrava com alguém já ficava em guarda para o caso daquela pergunta que se repetia infalivelmente numa chatice que não suportava. Mas a vida dele se complicou mesmo, porque ficar sem os dois braços em atividade é de muita dificuldade para as necessidades no decorrer do dia a dia. Nós fazíamos tudo para tornar a sua vida mais tranquila, e o conduzíamos para onde quer que fossemos. E íamos para os bares, para as festas e todo tipo de divertimento. Uma vez fomos para um bar no antigo Posto Shell. Lá tinha um violonista que tocava e cantava com muita sensibilidade e nós gostávamos daquilo. Sentamos em uma mesa e íamos bebendo e colocando o copo na sua boca para que nos acompanhasse e também picávamos os salgados para que fosse comendo normalmente. E a noite ia rolando com satisfação e alegria. O fato constrangedor era na hora que ele sentia necessidade de ir ao banheiro, Alguém tinha que o ajudar em todo o processo para o propósito que ele necessitasse. Mas nossa alegria sempre cobria todos os nossos atos. Logicamente nós perguntávamos a ele a origem de tão inusitado acontecimento e ele respondia secamente que tinha caído de uma escada. Até hoje esse mistério não foi resolvido! Ninguém acreditou na referida queda. Todos achavam que havia alguma coisa oculta em tudo aquilo. Pois é! Mas depois de tanto tempo o mistério permanece: Qual a origem do acontecimento? Só Deus sabe! coro.paraopeba@gmail.com


a Jornal de Paraopeba

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Agosto/2018

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PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAOPEBA DEMONSTRATIVO DA RECEITA E DESPESA

POSIÇÃO ATÉ 31/07/2018

José Antônio “Ratinho”

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Campeonato Regional de Futebol Amador

37º Campeonato Regional de Amador promovido pela Liga Eclética Desportiva Setelagoana – LEDS teve início no dia 04 de agosto e com término previsto para o dia 03 de outubro/2018. São 13 equipes participando da competição, que tem um modelo diferente dos anos anteriores. Uma chave com as equipes da Liga de Sete Lagoas e duas chaves com as equipes da Região de Pompéu. As equipes da Liga de Sete Lagoas formam a Chave A composta por Ideal, Lagoinha (Funilândia), Paraopeba, América Prudentino (Prudente de Morais) e Paraíso (Araçaí). As da região de Pompéu foram divididas em duas chaves: Chave B: Cap, Cristalino, Kosmo (Ibitira) e Vargem Grande (Papagaios). Chave C: Abadia (Martinho Campos), Avaí, Bom Jesus (Cur-

velo) e Ipiranga (Moema). A fórmula de disputa é a seguinte: A 1ª fase será em turno único quando todos jogarão entre si no Grupo de Sete Lagoas, classificando os 4 primeiros colocados. Já no Grupo de Pompéu as equipes se enfrentam uma chave contra a outra, também classificando as 4 melhores colocadas indiferente de chave. Nesta primeira fase caso duas ou mais equipes terminem empatadas em número de pontos, serão obedecidos os seguintes critérios para o desempate: a) Maior nº de vitórias; b) Maior saldo de gols; c) Maior nº de gols marcados; d) Confronto direto (empate duas equipes); e) Menor nº de cartões vermelhos recebidos; f) Menor nº de cartões amarelos recebidos; g) Sorteio.

As equipes classificadas farão as Quartas de final em duas partidas, sendo que a segunda será no campo do clube de melhor campanha. 1º colocado Grupo Sete Lagoas enfrenta o 4º do Grupo de Pompéu; 2º Grupo de Sete Lagoas contra o 3º do Grupo de Pompéu; 1º do Grupo de Pompeu joga contra o 4º do Grupo Sete Lagoas e o 2º Grupo de Pompéu enfrenta o 3º do Grupo Sete Lagoas. As equipes classificadas nas quartas estarão classificadas para a semifinal e as vencedoras da semifinal decidirão o título. À equipe campeã será atribuído 01 Troféu, além de 2 mil reais como premiação e a vice campeã, também um troféu e Hum mil reais. Serão também premiados com troféu e cem reais, o artilheiro e o goleiro menos vazado da competição.

Paraopeba buscou reabilitação fora de casa

DESABAFO: POLÍTICO E PEIXE MORRE PELA BOCA

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O Paraopeba venceu o America Prudentino, 2 x 1 recuperando da derroda na estreia em casa

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pesar de ter jogado bem, o Paraopeba Esporte Clube não foi bem na estréia; jogando em casa no Estádio Murilo Silva foi derrotado pelo Lagoinha (Funilandia) por 1 x 0. Mas no 2º jogo a equipe se reabilitou foi a Prudente de Morais enfrentou a forte equipe do América e acabou vencendo de virada por 2 x 1. Os gols foram de Vaguinho e Matheusão. Nesta partida a equipe jogou com muita responsabilidade e os destaques individuais de alguns atletas fizaram a diferença. Principalmente Mailson, Leonan, Eus-

Atletas Veteranos; se preparam que vem ai Torneio/2018

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Diretoria da AVEP Associação dos Veteranos de Paraopeba já está movimentando para realização do Torneio que será realizado o mês de outubro. Já tem novidade para esse ano; a começar pela troca dos nomes das equipes. A Diretoria achou melhor homenagear as antigas e tradicionais equipes do passado para formar os times que irão fazer parte do torneio: Minas, Bangu, CCE, Santo Antônio, COAPA, Industrial e Nacional. Estas serão as equipes que vão participar do torneio em 2018. Na próxima edição, haverá outras novidades e provavelmente as equipes já formadas e tabelas de jogos.

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táquio e também Fernandinho que foram os melhores em campo. A diretoria do Paraopeba montou a equipe aproveitando vários atletas da cidade e mesclou com outros atletas de Sete Lagoas que reforçaram bem a equipe dando maior experiência ao grupo. A competição não é fácil, mas, com dedicação aos treinamentos e seriedade dá para sonhar com algo melhor. O técnico da equipe é Valcir Caldeira o auxiliar técnico é Tuta. Os treinamentos são as terças e quinta à noite e conta

com os seguintes atletas: Broa. Milson, Vaguinho, Eustáquio, Samuel, Boqueirão, Leonan, Girlei, Fernandinho, João Batista, Du, Matheusão, Arone, Cebola Jonathan, Caio, Arthur, Sapinho, Juninho Correria, Jefinho, Sandrinho, João Paulo, Thiago, Willian e Gabriel. O Paraopeba tem a seguinte diretoria: Presidente: Taninho; Diretores: Aroldinho, Bre-no, Boi, Buiú e Coméia. Quando o Paraopeba for o mandante, as partidas serão realizadas no Estádio Murilo Silva (ex-Magnólias) aos sábados.

tratado e outros, como no Pde. Auoutras doenças virais, mas parece ico impressiogusto Horta, até correndo a céu que tem politico que gosta de ver nado com a falaberto. as pessoas adoecerem, pois um ta de Espírito púSe se a solução fosse fácil, doente que você ajuda com reméblico e consciêncertamente políticos que já estão dio, sempre vai lembrar de você. cia de pessoas que há anos no poder executivo ou na Mas quando você evita que essa se dizem “Homens Câmara, já teriam resolvido, e não pessoa adoeça, muito provável ela Públicos”, mas só seria apenas discurso de vésperas não vai lembrar do político. agem na contrade eleição. Mas isto não me interessa, mão dos interesses dos cidadãos, Não tenho medo desafios, e se fosse para preocuparmos só ainda mais, se o tal interesse públipois tenho a certeza de que estou em tratar a doença, a secretaria não co render um bom discurso pobuscando o melhor para nosso povo. deveria ser chamada de Secretaria lítico, pretensamente, em prol dos O que quero agora, o que peço ao de Saúde, mas sim SECRETARIA mais humildes. povo e a estes que já criticam, sem DA DOENÇA. Saneamento BásiAgora, a bola da Vez, é o Saneamento Básico, pois já tem político querendo se utilizar da classe mais pobre como desculpa para criticar e tumultuar nosso trabalho. Qualquer pessoa de bom senso sabe que Saneamento Básico é importante para todos, principalmente, para a classe menos favorecida, pois são eles que moram e vivem em bairros periféricos, sem a necessária Reunião com diretoria da COPASA, prefeito e vereadores estuda planejamento de estrutura e sofrem com ampliação do esgoto sanitário e tratamento de afluentes em Paraopeba grande incidência de apontar solução, antes até de saber co é o melhor programa de saúde doenças causadas pela falta de Sao que será proposto. que podemos ter, PARA PREneamento Básico, ruas esburacaEstou pedindo à Câmara de VENÇÃO DE DOENÇAS e para das e sujas. Vereadores apenas que me deem a QUALIDADE DE VIDA!! Hoje poderia simplesmente oportunidade de poder negociar É também um programa de nem tocar nesse assunto, ficar vancom a COPASA e buscar solução distribuição de renda e ambiengloriando da grande aprovação que para a falta de esgoto e tratamento tal, pois teremos nossas nascennossa administração conseguiu ao em nossa cidade e a maioria ententes e córregos, principalmente o longo desse um ano e meio de lutas, deu isso. Córrego do Beco, Córrego Madedicação e muito trabalho, pois Aos do contra, Só estou petias, do Cedro, do engenho e ouapesar da crise do País, em Paraodindo que não alarmem nosso potros recuperados, limpos e bem peba todos são unânimes em afirvo, com inverdades, boatos e prepreservados. mar que a cidade está melhorando. sunções, pois no momento certo, Teremos uma cidade com Poderia eu nem tocar neste vamos ouvir nosso povo, bairro a melhor qualidade de vida e as pesassunto, pois como se diz, politico bairro, em audiências públicas. soas que realmente tem conscinão gosta de falar em Saneamento Me deixem TRABALHAR ência da importância disso enBásico, obra cara, que fica debaixo POR NOSSO POVO!!! tendem e podem contar comigo da terra e ninguém vê. Mas vim Vamos apresentar para a ponesta luta, pois não podemos deipara fazer diferente e vou lutar por pulação uma proposta séria, viáxar passar mais 100 Anos, para esta causa, pois sei da sua extrema vel, que será debatida com todos, todos termos o direito a um Meio importância. para resolver de vez este crítico Ambiente saudável, com Esgoto Hoje Paraopeba com 106 problema e melhorar nossa cidade em todos os bairros, coletado e anos, tem 0% de esgoto tratado. e nossa saúde. tratado. Isto mesmo, 106 Anos e 0% (zero Precisamos fazer a boa políTemos hoje 06 grandes bairpor cento) de esgoto tratado. tica, críticas construtivas, apontar ros sem esgoto ou só com coleta Até hoje temos mortes de soluções, mas não politicagem. parcial, e toda cidade sem esgoto crianças e idosos por diarreia e

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PROJETO PARA OBRA DO CÓRREGO DO BECO AVANÇA

licença ambiental para aprovação do projeto obras de drenagem e abertura de avenida sanitária no Córrego do Beco sempre enfim foi liberada pela SUPRAM, graças ao eficiente trabalho em conjunto do Engenheiro Francisco Barbosa, da equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Engenheira Ambiental e diretora Luana Roberta de Freitas, Secretário de Governo Roberto Totó, que buscou apoio político para agilizar o processo ambiental, que normalmente, leva bem mais de ano para ser aprovado. O processo agora já está na Caixa Federal para liberação dos recursos, após o que será dada ordem para Licitação e início das obras. O prefeito Juca Bahia está otimista e na expectativa de que ainda esse ano as

Trabalho conjunto ajuda viabilizar obra do córrego do Beco

obras poderão ter início. O projeto compreende canalização do esgoto, abertura e asfaltamento de trecho da avenida prefeito Luciano França, e ainda construção de ponte armada sobre o Córrego do Beco, em concreto,

para substituir a existente que liga o centro ao Bairro Colina. O Recurso, um milhão de Reais, veio de verba do dep. Federal Marcelo Aro-PHS, e terá contrapartida da prefeitura para execução das obras.


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Agosto/2018

jornaldeparaopeba@bol.com.br

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Jornal de Paraopeba

FOTOS, NOTÍCIAS ENVIE PARA jornaldeparaopeba@bol.com.br “Viajar não é sinônimo de férias somente. Viajar é transportar-se sem muita bagagem para melhor receber o que as andanças têm a oferecer. Viajar é despir-se de si mesmo, dos hábitos cotidianos, das reações previsíveis, da rotina imutável e renascer virgem e curioso, aberto ao que lhe vai ser ensinado. Viajar é tornar-se um desconhecido e aproveitar as vantagens do anonimato. VIAJANDO É QUE DESCOBRIMOS NOSSA CORAGEM E ATREVIMENTO, NOSSO INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA E CONHECIMENTO.” Martha Medeiros – escritora, poeta, cronista.

ANIVERSÁRI0S

90 ANOS DE IRENE ALCÂNTARA

Irmãos, sobrinhos e amigos de Irene Alcântara reuniram-se no dia 1° de junho para um almoço comemorativo pelos seus 90 anos. Às 10 horas, padre Wantuir, amigo da aniversariante, celebrou uma missa de Ação de Graças, na fazenda Boa Vista onde nasceu e sempre viveu, ao lado dos país sr. Pedro de Alcântara e D. Azeneth de Paula Rocha. Irene é a mais velha dos doze irmãos (três já falecidos) de quem foi uma segunda mãe, sendo chamada pelos sobrinhos de mãe Neca, pois sempre foi muito amorosa e preocupada com todos. Muito católica, tem como hábito rezar o terço todos os dias e acompanhar as programações da TV Aparecida. A Irene, o nosso abraço carinhoso! JOSÉ JOAQUIM DA SILVA

funcionou na rua Isaías Corrêa. Quando o tio abriu outro açougue na rua Olímpio Moreira, Roberto foi administrá-lo Como o tio desistiu deste açougue, ele e o irmão Toninho resolveram comprá-lo. Com a prosperidade deste comércio, foi então ampliado e, posteriormente foi adquirido outro na av. Dr. Júlio César, administrado pelo filho Leonardo. Oferecendo a sua enorme freguesia daqui e de paraopebenses residentes em BH, carne bovina, suína, aves e outros produtos como pimenta, cachaça, rapadura, o açougue funcioCarlos Roberto da Silveira na de segunda a sábado de 7 às 19 horas e aos domingos, feriados e dias santos de 7 às 12 horas. Roberto conta com a valiosa ajuda de 12 funcionários, do irmão Rogério, no atendimento e com a irmã Bila, no caixa. O segredo do sucesso do seu açougue está na qualidade das carnes fornecidas e na rapidez do atendimento, inclusive pronto-entrega.

MAIS UM PARAOPEBENSE MÉDICO

Pedro Hernesto Magalhães Canabrava, filho de Eugênio Pacelli Canabrava e Letícia Magalhães Canabrava, Ex. aluno do Colégio N. S. do Carmo, atualmente reside em Montes Claros onde se graduou em Medicina pela FIP MOC no dia 06 de julho de 2018. Parabéns Dr. Pedro Hernesto, que Deus ilumine sua caminhada e que você seu um instrumento de bondade e cura.

Foto: SANDRO FOTOGRAFIAS

A VERDADE DO MÊS

FALECIMENTOS

Sr. José Joaquim e sua esposa D. Terezinha com as conterrâneas Terezinha e Carmen

José Joaquim da Silva (o Zé da Diógna) saiu de Paraopeba na década de 50 e em 1964 foi para Brasília, onde na gráfica do Senado usou os seus conhecimentos aprendidos na gráfica da “Gazeta de Paraopeba”. Hoje como assinante do “Jornal de Paraopeba” conhece a importância de um jornal do interior na vida dos seus moradores e dos seus filhos distantes de sua terra natal. Morando em Brasília onde constituiu família com D. Terezinha, gosta de receber notícias de sua terra, que visitou pela última vez em 2003. Neste 18 de agosto, quando completa 87 anos de uma vida feliz ao lado da esposa, filhos e netos, nós do “JORNAL DE PARAOPEBA”, que ele tanto prestigia, enviamos-lhe o nosso abraço, desejando-lhe saúde por muitos anos. Paraopeba o aguarda!

FESTA DE NOSSA SENHORA DO CARMO

Precedida por uma novena iniciada no dia 7 de julho, a festa terminou no dia consagrado \à nossa padroeira 16 de julho, feriado municipal uma tradição de longos anos em nossa terra, com grande participação de fiéis e devotos de Nossa Senhora do Carmo. Com a coordenação de Márcia Oliveira Barbosa Silva, neta mais velha de D. Maricota, com a colaboração dos tios e tias maternas e paternos, irmãos, primos, mordomos e amigos ela cumpriu o desejo da avó, que a escolheu para esta tarefa. A Matriz de Nossa Senhora do Carmo esteve lotada nas noites da novena que teve a coordenação do seminarista Rafael Lucas e as celebrações feitas pelo padre Gilson Mendes e padre Rafael Neves. A tradicional missa sertaneja foi realizada pelo padre Gilson, acompanhado pelos seus violeiros. No dia do encerramento realizou-se a procissão, com a participação dos congados do Dom Bosco e Retiro, terminando com a tradicional queima de fogos de artifício, após a realização da santa missa com a presença de convidados como o ex pároco, padre Antônio, que foi muito abraçado pelos mais saudosos Houve funcionamento da barraquinha com a animação de conjuntos musicais. Mais uma vez a população católica soube unir devoção e diversão! Parabenizamos os organizadores!

VALORIZE O NOSSO COMERCIO CASA DE CARNE SÃO GERALDO

Carlos Roberto da Silveira, o Roberto do açougue é comerciante há 38 anos, sendo proprietário da Casa de Carne São Geraldo, seu santo protetor e padroeiro do povoado da Picada, onde nasceu. De família numerosa, sendo o terceiro de dezenove filhos de D. Elza e sr. Geraldo, para ajudar a família, aos 16 anos começou a trabalhar no açougue do seu tio José Manuel Moreira (o Zé do Tonho) em 1970, que

EURO NASCIMENTO VEIGA Após várias internações em hospitais, o organismo debilitado de Euro Nascimento Veiga não mais resistiu e, no dia 6 de julho, aos 83 anos partiu para a eternidade. Durante seus últimos anos de vida recebeu o carinho da irmã Alva, com quem residia e dos sobrinhos Sãozinha e Rodrigo. Gostava de sentar-se em frente à residência: mantendo uma prosa agradável com os vizinhos que ali passavam, contando histórias antigas de nossa terra, que relembrava ao ler o “Jornal de Paraopeba”. Nós, que o víamos todas as manhãs, ao lado do seu cachorrinho de estimação, sentimos a sua falta, principalmente do “OI MENINAS”, que ele exclamava, quando passávamos displicentes e ele estava do outro lado da rua e não em frente de onde costumava ficar. Sabemos que ele está bem, em companhia dos pais sr Alfredo e D. Augusta, do irmão Eros, da sobrinha Rejane, zelando pelos seus entes queridos que, aqui, deixou. SR. JOSÉ LUIZ DOS REIS Há algumas perdas que são inevitáveis como aquelas que acontecem devido ao avanço do tempo, mas que gostaríamos que tardassem. Assim aconteceu com o falecimento, em São Paulo, do sr. João Luiz dos Reis, no dia 12 de julho. Pai de Luiz Antônio dos Reis e sogro de Dalva Mascarenhas, tinha 97 anos e, ainda muito lúcido gostava de ler o “Jornal de Paraopeba”, que recebia todo mês. Era casado com D. Alice, ambos mineiros de Campanha. Deixa três filhos, cinco netos e quatro bisnetos. Para nossa tristeza e nossa saudade, ele agora fez sua morada na eternidade.

SR JOSÉ MARIA RAMOS Natural de Diamantina, o sr. José Maria Ramos, aqui chegou em 1961 para integrar o destacamento policial que, naquele tempo estava subordinado ao de Diamantina. Conhecido como “Zé Maria soldado”, conquistou logo a simpatia dos paraopebenses pelo seu temperamento tranquilo, fazendo-se estimado por todos, juntamente com sua esposa Maria Raimunda.. Seus filhos: Robinho, Glaúcio, Cássio, Edinho, Tom e Márcia herdaram a cordialidade e simpatia dos pais, sendo muito queridos pelos amigos que foram solidários ao seu sepultamento realizado no dia 15 de julho. A Polícia Militar prestou sua última homenagem, acionando sua sirene na chegada ao cemitério ”Colina da Paz ”e conduzindo a urna até a sua última morada. Contando 86 anos, Zé Maria era muito católico e participava do terço dos homens. Avô amoroso de Ana Carolina, Ana Paula, Vinícius e Júlia, foi muito presente em suas vidas e sua ausência será sempre muito sentida. Era pai do nosso colaborador Edinho, que cuida da distribuição e renovação deste jornal, em Paraopeba. IVANIR VICENTE TEIXEIRA SIMÕES Vítima de embolia pulmonar, faleceu aos 74 anos, em Belo Horizonte, onde residia, Ivanir Vicente Teixeira Simões (Nem). Era filho de Gestal Rodrigues Simões e Ana Augusta Teixeira Simões. Partiu de repente sem nada que preparasse o coração de sua família; sua esposa Marli, seus filhos Sérgio e Alexandre, seus sete netos: seus dois bisnetos e também seus irmãos Maria Eugênia e José. De temperamento brincalhão, Nem foi ao encontro dos pais e dos irmão: Tânia, Dizinho e Ivan que o antecederam nesta viagem para a morada eterna. Foi sepultado em Paraopeba, onde nasceu e cultivou amigos, deixando para todos a maneira como cumpriu seu tempo aqui, priorizando o amor à família e ao próximo. Aos familiares do sr. João Luiz, Zé Maria, Euro e Nem os nossos sentimentos de pesar, lembrando-lhes que: “NINGUÉM MORRE ENQUANTO PERMANECER VIVO EM NOSSOS CORAÇÕES. MORRER NÃO É PARTIR, POIS QUEM ESTÁ PERTO DE DEUS NÃO ESTÁ LONGE DE NÓS.”

NEMÉSIO DE PAULA ROCHA 14.08.1993 14.08.2018 25 ANOS DE SAUDADE:

Há vinte e cinco anos o senhor se foi! Cada ano que passou nos deu a certeza do quanto o senhor foi extraordinário, colocando sua família sempre em primeiro lugar. A sua lembrança continua viva, presente em nossas vidas pelos exemplos de honradez, honestidade, capacidade de ajudar o próximo e de amar a Deus... O senhor foi o melhor exemplo como filho, irmão, marido, pai, avô... Amigo de seus amigos, aparando de graça a crina dos cavalos, tocando no “Conjunto da Saudade” nas festas da cidade e de família... Suas fotos espalhadas pelos móveis da casa, tocando sua clarineta e seu violino, montado num belo cavalo, despertam em nós um imenso orgulho do pai que tivemos. Em nosso coração, o senhor sempre viverá através das lembranças que nos deixou.

Seus filhos e netos.

100 ANOS DE ALICE FRANCISCA CÂNDIDA

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ompletar 100 anos de vida não é para qualquer um, mas Alice Francisca Cândida é uma privilegiada a conseguir esse êxito. Nascida em 24 de julho 1918, Lages, Paraopeba. Filha de Joaquim Cândido Lourenço e Maria Eduarda de Souza. Alice Francisca foi batizada por Padre Augusto Horta. Padre João da Silva Chaves celebrou seu casamento em 23 de setembro de1942 com José Malaquias com quem viveu 72 anos. Gosta de contar que se lembra de coisas antigas como quando a praça não tinha calçamento, que onde hoje é Escola Padre Augusto Horta era hospital e da inauguração do hospital de Caetanópolis. Do circo de tourada onde hoje é “ fonte luminosa”. Já socou arroz e café no pilão, fez farinha e para despesas da casa. Só comprava sal, fósforo e querosene. Se lembra também da escassez destes produtos na época da guerra de 1945. Alegra-se com as novidades como máquina de lavar roupas, não precisam mais lavar no córrego; televisão, as notícias chegavam de “boca em boca” sempre atrasadas; medicina, as pessoas recorriam a chás e benzição, enfim são experiências, informações, sabedoria que só se consegue com a idade. Gosta de levantar cedo, aprecia comida com gordura de porco, ovo caipira, ora-pro-nobis, conversar com vizinhos, amigos, rezar terço, fazer novenas e ir a missa todo final de semana. Para comemorar seus 100 anos, familiares e amigos participaram da missa de Ação de Graças celebrada pelo padre Rafael, na Igreja São Judas Tadeu.

No ARPA Clube familiares de seus nove irmãos (já falecidos), vizinhos e amigos vindos de Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Sete Lagoas, Vàrzea da Palma, Montes Claros, Pará de Minas e Caetanópolis participaras desta comemoração especial. Nós, do "JORNAL DE PARAOPEBA", enviamos-lhe nosso abraço. Que Deus continue abençoando-a!


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