Revista ES Brasil — 141

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100 dias O primeiro balanço dos prefeitos

Baleia Azul Um “jogo” muito sem graça

ES Brasil Debate Novos modelos de gestão para avanços em logística

D Nº 141 • R$ 10,50 • www.esbrasil.com.br

CONTEÚDO EXCLUSIVO

TERCEIRIZAÇÃO Nova lei transforma as relações de trabalho. Saiba o que deverá mudar no comportamento de empregadores e empregados


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CAPA

SUMÁRIO

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As consequências da aprovação da Lei da Terceirização são o tema principal desta edição. Especialistas analisam os pontos principais da Lei nº 4.302/1998, as mudanças em todas as áreas de uma empresa e o cenário mundial em relação às contratações.

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ES Debate

A 15ª edição do ES Brasil Debate, realizada no auditório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), trouxe à tona as diversas questões que envolvem a estrutura logística capixaba. Fatores que, cada vez mais, interferem na economia de países, estados e municípios. Acompanhe a matéria na íntegra.

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Política

Prefeitos do Espírito Santo fizeram uma avaliação de suas gestões, apresentando um balanço do trabalho na série “100 Dias de Governo”. A matéria é resultado de um conteúdo em destaque no site da ES Brasil, que detalhou, por meio de postagens diárias, os cenários das cidades com os maiores PIBs per capita.

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Agenda

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Periscópio

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Família SA

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O Endereço da História

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Estilo

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Ciência e Inovação

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Aonde Ir

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Tira-Gosto

Artigos 12

Sindemberg Rodrigues Apagão de liderança

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E nio Bergoli

Hortas urbanas, oportunidade também para o Brasil

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Para marcar o fato de o Espírito Santo ter atingido a marca de 4 milhões de habitantes, preparamos a série-documentário #Somos4milhões, em duas edições. A primeira delas com os perfis demográfico e cultural do ES, com sua peculiar diversidade e povo hospitaleiro. Agora trazemos um panorama do cenário econômico e dos desafios a serem vencidos para que esse pequeno gigante cresça ainda mais!

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Especial

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CONTEÚDO EXCLUSIVO

Economia

Uma portaria publicada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) que proíbe a pesca de 475 espécies de peixes e invertebrados passou a vigorar em março deste ano. Parlamentares do Estado buscam uma forma de derrubar a lei por meio de documentos apresentados pelas comunidades pesqueiras.


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editorial ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

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Diretor-Executivo Mário Fernando Souza Diretora de Operações Julicéia Dornelas

EDITORIAL

M

uitos são os argumentos de defesa e também contrários às novas regras de terceirização, mas fato é que a mudança transformará as relações de trabalho e o comportamento tanto de empregadores como de empregados. Por isso preparamos uma matéria mostrando o quanto mais flexíveis serão os acordos. O empresário terá mais agilidade na contratação e o bom profissional, por sua vez, mais chances de ser contratado para demandas sazonais. Trazemos ainda este mês um rico conteúdo com os principais pontos da série “100 Dias de Governo”, que reuniu oito matérias, veiculadas em nosso site, mostrando um balanço da gestão das prefeituras dos municípios capixabas com os maiores PIBs per capita. Confira o que as administrações têm feito para reduzir o custo da máquina pública e aumentar a receita. O alto índice de depressão entre adolescentes veio à tona com a descoberta de um “jogo” que não tem graça nenhuma. O “Baleia Azul” está preocupando especialistas e aterrorizando pais, com a possibilidade de seus filhos aceitarem o desafio de vencer 50 etapas até acabarem com a própria vida. Mas o que leva uma pessoa, justamente na fase que deveria ser tão cheia de sonhos, a desejar a morte? Veja nesta edição. E novamente reunimos um time de especialistas para o ES Brasil Debate, desta vez com o tema “Os novos caminhos para a logística no Espírito Santo”, sob uma nova dinâmica, com forte participação do público. Saiba quais foram as polêmicas levantadas durante o encontro e conheça os projetos que viabilizariam novos modelos de gestão. Confira ainda em nossas páginas um convite irrecusável para subir as montanhas e curtir o frio capixaba, em uma das mais bonitas regiões do Espírito Santo, com marcantes características das colonizações alemã e italiana e opções de paradas gastronômicas excelentes. E ainda: mais informação em nossos artigos e colunas com os recentes acontecimentos em diferentes segmentos, além das dicas culturais.

Editor-Executivo Mário Fernando Souza Gerente de Produto Claudia Luzes Apoio Produção Mara Cimero Textos Aline Pagotto, Gustavo Costa, Luciene Araújo, Thiago Lourenço, Weber Caldas e Yasmin Vilhena Edição de Arte Gisely Fernandes e Michel Sabarense Colaboraram nesta edição Enio Bergoli e Sidemberg Rodrigues Fotografia Jackson Gonçalves, Renato Cabrini, fotos cedidas e arquivos Next Editorial

PUBLICIDADE Gerente de Publicidade Scheila Ramos Gerente de Contas Felipe Coutinho Apoio Comercial Fabielle Kaiser (27) 2123-6506 - publicidade@nxte.com.br

MERCADO LEITOR Gerente Mercado Leitor Daniele Guidoni Assinatura e números anteriores: (27) 2123-6520 98147-3333 Serviço de Atendimento ao Assinante Segunda a sexta, das 9h às 18h

REDAÇÃO

Boa leitura! Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

Endereço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715 Telefax: (27) 2123-6500 (27) 2123-6513/2123-6514 98147-0008 E-mail: redacao@nxte.com.br

Opinião do Leitor

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“Aqui em casa gostamos de toda a revista. Mas, até pela proximidade com nossa atividade, temos atenção especial com a coluna ‘Agro’, porque ficamos por dentro do que de mais recente está acontecendo na agricultura capixaba. Também ficamos ligados no Facebook da revista para saber os principais fatos da economia no dia a dia.”

“Os acontecimentos que mais interferem na economia e na política capixaba sempre estão na ES Brasil. A revista reúne análises de especialistas em diferentes segmentos, além de dicas de bons passeios, artigos sobre atualidades e a coluna ‘Test Drive’, muito boa para quem gosta de estar antenado nas novidades sobre carros e motos.”

Selma Rosa, agricultora

Jander Antônio de Sousa Vieira, militar

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trabalho

Weber Caldas

Terceirização portas abertas para mudanças no mercado de trabalho

Lei 4.302/1998, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa, deve mudar o comportamento de patrões e trabalhadores e abrir caminho para a redução do desemprego no país. Mas ainda há pontos que merecem atenção

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aprovação da lei da terceirização não pôs fim às discussões sobre as consequências da permissão para que empresas terceirizem todas as suas atividades, inclusive as atividades-fim, aquelas que são tarefas centrais na produção de bens e serviços. Enquanto boa parte dos advogados, empresários e especialistas veem essa mudança como um avanço capaz de valorizar os funcionários mais eficientes, aumentar a competitividade da indústria brasileira e até gerar novos empregos, outros ainda apontam falhas na lei e temem por um prejuízo para os trabalhadores.

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O que parece certo é que a lei vai transformar as relações de trabalho e modificar o comportamento tanto de empregadores como de empregados. “A lei é importante para dar uma segurança jurídica às relações trabalhistas. Até então havia dificuldades de interpretação pelos diversos juízes do país, por não existir um padrão legal para ser julgado”, explica Lívio Giosa, presidente executivo da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB). De fato, o Brasil não tinha uma legislação para o tema. A única referência jurídica era do Tribunal Superior do Trabalho (TST),


“Uma preocupação que tenho é que algumas empresas e empresários estão entendendo que a através da súmula 331, de 1993, que permitia a terceirização da lei veio para autorizar a ‘pejotização’, que seria a atividade-meio e proibia a da atividade-fim. Para resolver essa situação, os deputados aprovaram, no fim contratação de todos os funcionários como pessoas de março, o Projeto de Lei 4.302/1998. Essa proposta, original- jurídicas, ou seja, PJs. Isso não me parece correto” mente, fora encaminhada ao Congresso em 1998, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, tendo sido aprovada no Senado. Enviado à Câmara, o texto aguardava desde 2002 pela análise final dos deputados. O ponto principal da lei é a permissão para as empresas terceirizarem quaisquer atividades, e não apenas aquelas consideradas acessórias. Assim, uma escola agora poderá contratar professores terceirizados. Antes isso só era possível para atividades-meio, ou seja, para serviços como limpeza, segurança e contabilidade. A prestadora de serviços terceirizados, entretanto, deverá continuar contratando os funcionários com base na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “As relações trabalhistas vão ficar mais flexíveis. O empresário poderá buscar no mercado empresas que tenham profissionais especializados e com boa formação. A mão de obra já virá treinada, o que garantirá mais agilidade na contratação”, analisa Ilson Bozi, primeiro secretário da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). Professora da Fucape, a economista Arilda Teixeira também destaca a flexibilidade da nova lei: “É uma legislação atualizada, dentro do contexto de um mundo mais dinâmico, onde tudo muda a toda hora e onde há informações acessíveis para todos”.

“As pessoas precisam querer ter um trabalho e não só um emprego. A terceirização pode ser um passo importante para mudar essa cultura” Arilda Teixeira, economista e professora da Fucape

Vitor Passos, advogado trabalhista Essa flexibilidade foi garantida, na lei, por meio da regulamentação do trabalho temporário, que teve ampliado de três para seis meses o tempo máximo de sua duração. Aos temporários, ficam assegurados o mesmo serviço de saúde e auxílio-alimentação dos funcionários regulares, além de igual jornada e salário. “Muitos serviços específicos e sazonais serão contratados de terceiros, o que não ocorre quando temos só a primarização da mão de obra. Pequenas demandas e sazonalidades precisam de alternativas como a da terceirização”, adianta Haroldo Massa, presidente do Conselho Estadual do Trabalho e do Conselho Temático de Relações do Trabalho (Consurt) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). “O empresário poderá contratar conforme a sua necessidade”, completa Arilda Teixeira, da Fucape. A professora alerta que essa situação exigirá uma mudança de comportamento não só por parte do empregador, mas também do empregado, o que mexerá com uma questão cultural do país. “O brasileiro é aficionado em estabilidade, mas esquece que isso é o resultado de um trabalho bem-feito. Então, haverá um choque inicial, principalmente diante da possibilidade de se trabalhar só temporariamente”, afirma Arilda. Por outro lado, analisa a professora, o fato de o empregador ter mais liberdade para mudar a equipe, apostando em trabalhos temporários, fará com que os funcionários se empenhem mais. “Isso dará aos empregados uma estabilidade não por força de lei, mas pela eficiência. Melhorando o desempenho, o funcionário que seria temporário pode ser efetivado”, acredita Arilda. “Assim, a produtividade da mão de obra vai crescer, o que ajudará no aumento da competitividade das empresas e na recuperação da economia brasileira.” Para ser competitiva, a empresa deve saber explorar os pilares básicos da terceirização, como Lívio Giosa aponta no seu livro “Terceirização: uma abordagem estratégica”. “Os quatro pilares da terceirização no mundo estão baseados na qualidade, no cumprimento de prazos, no uso de inovações e no custo do serviço. Qualidade porque se contrata uma empresa que tenha profissionais especializados e dedicados a determinada atividade. Quanto mais capacitados, mais passíveis são de cumprir os prazos exigidos. Busca-se também parcerias que apliquem radio.esbrasil.com.br •

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trabalho

Os principais pontos da Lei da Terceirização • Atividade-fim As empresas poderão contratar trabalhadores terceirizados para exercerem cargos na atividade-fim, que são as principais atividades da empresa. Isso significa que uma escola poderá terceirizar professores, e não apenas os funcionários da manutenção e limpeza. • Trabalho temporário O tempo máximo de contratação de um trabalhador temporário passou de três para seis meses. O trabalhador que tiver cumprido todo o período só poderá ser admitido novamente pela mesma empresa contratante após 90 dias do fim do contrato. • “Quarteirização” A empresa de terceirização terá autorização para subcontratar outras empresas para realizar serviços de contratação, remuneração e direção do trabalho, que é chamado de “quarteirização”. • Condições de trabalho É facultativo à empresa contratante oferecer ao terceirizado o mesmo atendimento médico e ambulatorial dado aos seus empregados, incluindo acesso ao refeitório. A empresa é obrigada a garantir segurança, higiene e salubridade a todos os terceirizados. • Causas trabalhistas Em casos de ações trabalhistas, caberá à empresa terceirizada (que contratou o trabalhador) pagar os direitos questionados na Justiça, se houver condenação. Se a terceirizada não tiver dinheiro ou bens para arcar com o pagamento, a empresa contratante (que contratou os serviços terceirizados) será acionada e poderá ter bens penhorados pela Justiça para o pagamento da causa trabalhista. • Previdência O projeto aprovado segue as regras previstas na Lei 8.212/91. Com isso, a empresa contratante deverá recolher 11% do salário dos terceirizados para a contribuição previdenciária patronal. E a contratante poderá descontar o percentual do valor pago à empresa terceirizada. Fonte: Agência Câmara

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tecnologia, inovação e suporte e ofereçam um custo menor do que na própria empresa”, detalha o presidente da ADVB. A expectativa é de que a terceirização ajude a reduzir os níveis recordes de desemprego no Brasil, que em abril atingiram a marca de 14,2 milhões de trabalhadores, segundo o IBGE. “Novas empresas poderão surgir porque novos serviços precisarão ser executados. Há esse viés de crescimento econômico, propício para o potencial aumento de novas relações de trabalho”, aposta Giosa. A lei, que já foi sancionada pelo presidente da República, Michel Temer, também cria a responsabilidade subsidiária. Dessa forma, no caso de não pagamento dos direitos trabalhistas, o empregado aciona na Justiça, num primeiro momento, a empresa prestadora de serviço. Se ela não comparecer, ele então pode acionar a companhia contratante. “Os trabalhadores vão ter muito mais segurança nas relações. A lei prevê que, em qualquer nível de insegurança trabalhista, a empresa contratante vai ter que pagar subsidiariamente. Há um resguardo do contrato de trabalho”, garante Lívio Giosa. Há quem discorde. Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maurício Godinho, a lei beneficia apenas empresas. “Ela não traz uma única garantia para os trabalhadores. A única garantia que ela traz é a que já existe: a responsabilidade subsidiária da empresa tomadora de serviço”, disse Godinho, em audiência pública na comissão da reforma trabalhista da Câmara dos Deputados. Para Godinho, o projeto permitirá a ampliação da terceirização para todas as situações. “Isso significa o seguinte: a médio e longo prazo, no Brasil, nós não teremos mais bancários; salvo alguns trabalhadores estratégicos, todos serão terceirizados. Nós não teremos mais médicos; nós teremos médicos terceirizados”, citou. Não é o que pensa o advogado trabalhista Leonardo Lage da Motta. Para ele, as empresas usarão a terceirização com alguns cuidados. “As empresas não vão sair terceirizando tudo e qualquer coisa porque precisam ter certas funções sob o seu controle”, acredita. Lívio Giosa lembra que a terceirização é uma ferramenta que está à disposição do administrador, mas ninguém é obrigado a usá-la. “A empresa é minha e faço o que quiser com ela. Cada empresa assume o próprio risco. Se vai ter sucesso ou não, o problema é do empresário”, decreta o presidente da ADVB. Na visão dele, a terceirização já pode ser adotada pelas empresas, pois a Lei 4.302/1998 garante segurança jurídica ao padronizar a regulamentação sobre o tema no país. “A lei é importante para dar segurança jurídica às relações capital x trabalho. Antes, havia dificuldade de interpretação pelos diversos juízes do


a lei não autoriza: demitir funcionários para contratar através de empresas está ilegal. E, caso queira terceirizar, busque um especialista para se aconselhar”, orienta Vitor Passos. Conselhos que também podem ser resumidos em uma única palavra: respeito. “A empresa deve respeitar fielmente o autorizado em lei. Respeitar o trabalhador e seus direitos. Respeitar as normas contratuais das empresas contratantes. Assim, teremos ganhos e respeito dos contratantes, dos trabalhadores, dos sindicatos e da fiscalização trabalhista”, assegura Haroldo Massa, da Findes.

“A lei é importante para dar uma segurança jurídica às relações trabalhistas. Até então havia dificuldades de interpretação pelos diversos juízes do país, por não existir um padrão legal para ser julgado” Lívio Giosa, presidente executivo da ADVB

país, por não haver um padrão legal na hora do julgamento. Assim, cada um pensava de um jeito. Agora, com a norma, situações desse tipo não se repetirão”, comenta Lívio Giosa. Porém, o advogado trabalhista Vitor Passos recomenda cautela, neste momento, aos empresários. Para ele, ainda há pontos na lei que merecem atenção e precisarão ser esclarecidos pelo TST. “Uma preocupação que tenho é que algumas empresas e empresários estão entendendo que a lei veio para autorizar a ‘pejotização’, que seria a contratação de todos os funcionários como pessoas jurídicas, ou seja, PJs. Isso não me parece correto”, afirma Vitor Passos. “A lei diz que, em alguma fase da cadeia de terceirização, uma empresa precisará ter o controle, ou seja, o vínculo empregatício com seus funcionários. Qual vai ser esse momento e em que parte da cadeia, não se sabe ainda. Isso está confuso e precisa de uma avaliação do TST.” Diante disso, o advogado opta por dar três conselhos aos empresários que já estão em busca de informações para adotar a terceirização. “Primeiro, tenha calma e não saia terceirizando irrestritamente todos os funcionários, porque ainda não está tão seguro. Depois, não faça ‘pejotização’, porque, com certeza,

“As relações trabalhistas vão ficar mais flexíveis. O empresário poderá buscar no mercado empresas que tenham profissionais especializados e com boa formação” Ilson Bozi, primeiro secretário da Fecomércio-ES

Contratação sem restrições em outros países Enquanto no Brasil a discussão sobre a lei da terceirização foi cercada de polêmicas, em várias partes do mundo não há qualquer distinção entre atividade-meio e atividade-fim nesse sistema de trabalho. A contratação de serviços ou do fornecimento de bens especializados de uma empresa por outra é prática corriqueira no mundo em mercados como Alemanha, Japão e China. Levantamento realizado pela Deloitte, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), constatou que em nenhum dos 17 países pesquisados – Alemanha, Austrália, Bélgica, Bulgária, China, Chipre, Colômbia, Costa Rica, Croácia, Holanda, Hungria, Japão, Lituânia, Noruega, Peru, República Tcheca e Suécia – há restrição sobre que etapas do processo produtivo podem ser delegadas a outras empresas. “A dicotomia entre fim e meio, sem uma definição certeira do que é uma coisa ou outra, motiva conflitos e aumenta a distância entre o Brasil e outros países. No mais, a escolha do que terceirizar deve ser da própria empresa”, afirma Sylvia Lorena, gerente-executiva de Relações do Trabalho da CNI. Em alguns países da Ásia, no entanto, são registrados casos de abuso, como fábricas terceirizadas operando em condições insalubres, fazendo uso de trabalho escravo e mão de obra infantil. Em razão disso, no documento “A Experiência Internacional e a Perspectiva das Normas Internacionais do Trabalho Sobre Terceirização”, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) defende a regulamentação por parte das empresas e do governo desse sistema de contratação. “É preciso que as formas atípicas de emprego sejam regulamentadas com o objetivo de equilibrar as necessidades dos trabalhadores, das empresas e dos governos”, diz o documento, assinado pelo diretor do escritório da OIT no Brasil, Peter Poschen. Para a entidade, as políticas públicas dão mais proteção ao trabalho, lembrando que, em caso de crise, os terceirizados são mais sujeitos à demissão. radio.esbrasil.com.br •

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Sidemberg Rodrigues

gestão

é professor do MBA de Desenvolvimento Sustentável da Fucape Business School

Apagão de Liderança Foto: Roberto Rocha

Em tempo de necessidade extrema de direção, as gestões carecem de bons líderes

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mundo experimenta a ressaca deflagrada pela transição de paradigmas entre os dois últimos séculos. Se as crises de mercado, valores, política, ambiental, social, financeira e, até espiritual, pareciam o pior, a moderna gestão vem provando o gosto amargo da falta de direção, com a escassez de bons líderes. O desconforto causado pelo sumiço do agente inspirador, que aponta caminhos em tempos sombrios, amplificando o potencial humano, tem feito organizações pagarem preço de ouro por um exemplar da espécie. A pergunta que não quer calar é: “que fenômeno inibiu a boa liderança?”. Assim como os economistas já não explicam a economia, as áreas de RH não têm respostas para o evento que reduziu “líderes” a “chefes”. Os escritórios estão cheios de repetidores de sinais e raros propositores de novas apostas. O medo parece cultura predominante, e reproduzir modelos é a tônica dos que preferem imitar a assumir riscos. Se a criatividade passou a ser sinônimo de custo fixo, independente de seu potencial de inovação e revolução, talvez aí esteja uma boa pista:

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recursos humanos tornaram-se recursos numéricos. Se a área que identifica, desenvolve e ajuda a manter talentos abusou de sua proximidade com a contabilidade, quem sabe um resgate de sua essência não seja

Insistir em modelos de gestão que não priorizam a satisfação individual, a autonomia, a felicidade e a transgressão que ultrapassa obstáculos paradigmáticos compreende erro fatal” capaz de exumar velhas fórmulas que tem a boa liderança como o expoente das equações de sucesso? Não se fala aqui de um erro proposital, mas de um desvio a ser corrigido. Só olhar para os resultados das empresas. Insistir em modelos de gestão que não priorizam a satisfação individual,

a autonomia, a felicidade e a transgressão que ultrapassa obstáculos paradigmáticos compreende erro fatal. Se a falha vem do topo da organização, troque o comando! Inadmissível manter a antropofagia no nível C, se o que se deseja é a produtividade coletiva e a sustentabilidade do negócio. Explorar para prosperar é algo paleolítico! O ritmo tecnológico acelerado e o foco no capital levaram muitos ao erro. Alguns, à falta de ética e à teia da corrupção. Mas não estamos focando legalidade aqui. E sim direção e moralidade! Há um dever de casa: priorizar qualquer coisa preterindo a esfera humana é um atestado de imaturidade do senso moral. Com isso, péssimos resultados. Talvez, a expulsão do mercado por atraso ou falência. Se ainda não ficou claro, o ser humano é o novo paradigma, porque a inovação é a salvação – e máquinas não inovam sem cérebros. E mentes precisam de paz e inspiração! Enquanto a gestão se restringir a “budget”, as “bridges” continuarão desaguando em decepcionantes “ebitdas”. O mundo passa por um apagão de liderança. Em âmbito privado, isso pode ser um péssimo “business”.


economia

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fatos

Baleia Azul: Proteja seus filhos Crianças e adolescentes têm se tornado cada vez mais alvo de um desafio em que o final é sempre tirar a vida

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erigoso, o “jogo Baleia Azul” (“Blue Whale”) tem chamado a atenção de pais e profissionais da área de saúde, entre outros atores. O desafio vem causando a morte de jovens, e os índices apontam que os óbitos autoprovocados têm crescido em todo o mundo. Mas o tema ainda é pouco discutido, pois sempre foi visto como tabu. Em meio a tantos boatos, no entanto, profissionais destacaram a importância de abordar o suicídio infantil, um fenômeno que cresce no planeta inteiro, de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, onde o desafio irrompeu no último mês, a taxa de jovens que se matam aumentou 26%, em relação a 1980. O misterioso “jogo” entrou em evidência quando houve o primeiro caso de uma adolescente de 16 anos encontrada morta em uma represa no município de Vila Rica, no Mato Grosso. A garota deixou cartas explicando as regras do jogo e como as tarefas deveriam ser executadas. A origem ainda é desconhecida, mas os primeiros relatos são de que o desafio teria surgido na Rússia, após vários adolescentes se suicidarem depois de concluírem as 50 tarefas enviadas. Alguns chegaram a compartilhar a imagem de uma baleia-azul em seu perfil em mídias sociais. Mas por que isso ocorre? Será realmente culpa dos pais ou dos adolescentes, que são considerados rebeldes? De acordo com a psicóloga e especialista em Gestão de Pessoas Rafaela Pereira Rocha, as vítimas “são pessoas que já se encontram com algum tipo de sofrimento com o qual não conseguem lidar. E acreditam que tal comportamento aliviará a dor. O sofrimento e a não visualização de sua resolução, podem levar a pessoas ao desejo de morrer”. A psicóloga destaca que as mídias sociais podem contribuir para o crescimento de movimentos, capaz de assustar ou ameaçar pessoas e mesmo levar adolescentes à morte. “Atualmente, as mídias sociais são utilizadas como válvula de escape para muitas 14

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“É necessário identificar comportamentos diferentes dos ‘normais’ do adolescente. Em casos de dúvida, é importante procurar um profissional“ Rafaela Pereira Rocha, psicóloga e especialista em Gestão de Pessoas pessoas. Por exemplo, pessoas com dificuldade em socialização na vida real entram em um bate-papo e conseguem ter vários amigos, acabando assim por passar mais tempo em frente ao computador do que na vida real”, completou. Uma das formas de evitar que as crianças e adolescentes busquem esse caminho, é estar atento ao conteúdo acessado por eles nas mídias sociais. “Primeiramente, os responsáveis precisam estar atentos, conversar com os adolescentes. Segundo, preferir sempre um bate-papo sobre assuntos e lugares que eles gostam. E colocar limite de tempo, de hora, para estarem no computador”, finalizou. O que é o Baleia Azul? “Baleia Azul” existe apenas nas mídias sociais, e o jogador é convidado a participar. O “curador” envia desafios diários, que consistem em 50 passos até a morte. As fases incluem desde a tarefa de desenhar uma baleia em um papel, às mais mórbidas, como cortes pelo corpo, assistir a filmes na madrugada, até o estágio final: a morte. Caso o adolescente manifeste o desejo de parar, sofrerá ameaças. Também não há explicação sobre a origem do nome, que poderia estar associada ao hábito das baleias de encalharem nas praias em grupo. A chegada dos cetáceos à areia ocorre geralmente por desorientação ou por seguirem um líder doente, mas costuma ser interpretada erroneamente como um suicídio coletivo dos animais.


agenda 20 DE MAIO

03 A 10 DE JUNHO

“Moana – Uma Aventura no Mar” no Teatro Municipal de Vila Velha Das telonas para o teatro. A montagem “Moana – Uma Aventura no Mar” será apresentada no sábado (20), às 18h, no Teatro Municipal de Vila Velha. Assim como na produção cinematográfica da Disney, a peça contará a história de Moana Waialiki, uma adolescente de 16 anos que parte pelo oceano para desvendar o mistério que envolve seus ancestrais. Durante a saga, ela encontra o semideus Maui e, ao lado dele, embarca em uma viagem cheia de ação, enfrentando criaturas inusitadas, algumas até ferozes, para colocar de volta o coração da ilha de Te Fiti e salvar todo o seu povo. Informações por meio do telefone (27) 3198-9000 ou do e-mail atendimento@ticketmais.com.br. 30 DE MAIO

Idealizador do aplicativo Uber virá ao Brasil

24º Festival do Vinho em Domingos Martins A 24ª edição do Festival do Vinho será realizada entre 3 e 10 de junho no Rancho Lua Grande, em Domingos Martins. A estrutura contará com dois palcos e tenda eletrônica, que receberão mais de 20 atrações. E a bebida que é a estrela do evento será de excelente cepa e de procedência especial, garantem os organizadores. Entre as atrações principais, estão o Grupo de Dança Alemã Trio Potiguá, Romulo Arantes, Pele Morena, Forró Raiz e DJs Babaloo e Quadrini. Mais informações podem ser obtidas por meio dos telefones (27) 3268-1679 e (27) 99904-7966, do site www.rancholuagrande.com. br e da página www.facebook.com/ festivaldovinho.

06 A 09 DE JUNHO

O criador do aplicativo Uber, Dustin Whittle, virá ao Brasil para contar como suas APIs (acrônimo de Application Programming Interface ou, em português, Interface de Programação de Aplicativos) foram desenvolvidas, durante a API Experience 2017 (APIX), segundo maior evento com foco em APIs do mundo, que será realizado em 30 de maio, em São Paulo. Durante o encanto, cujo tema será “Estratégias de APIs para transformação digital”, Dustin falará sobre a forma como esses recursos foram implementados e adaptados para garantir o sucesso do desenvolvimento da sua comunidade de usuários, além de mencionar as conquistas, desafios, obstáculos e aprendizados desse processo. Mais detalhes sobre a programação, inclusive as informações sobre as inscrições, podem ser acessados no site www.apix.com.br. 02 A 04 DE JUNHO

Santa Jazz 2017 – 6º Festival internacional de Jazz e Bossa Nova de Santa Teresa

43ª Feira Internacional do Mármore e Granito – Vitória Stone Fair A maior feira de rochas ornamentais da América Latina, a Vitória Stone Fair, será realizada entre os dias 6 e 9 de junho, no Carapina Centro de Eventos, na Serra. São aguardados cerca de 380 expositores de vários países, como Índia, China e Israel, entre outros, além dos participantes nacionais. Mais informações: telefones (27) 3434-0600 e 3434-0618 ou e-mail info@vitoriastonefair. com.br.

21 e 22 DE JUNHO

28º Congresso Estadual de Gestão de Pessoas

O cenário do Santa Jazz 2017 será diferente neste ano. Durante três dias, o município de Santa Teresa receberá artistas nacionais e internacionais do jazz e da bossa nova, além de alinhar o evento à gastronomia regional e à exposição de artesanato e produtos da agricultura local. O espaço contará com 11 restaurantes, uma wine store, uma choperia, área de show com cobertura, palco, espaço multicultural, e muito mais. Entre as atrações, Toninho – guitarrista, cantor e integrante de um dos mais importantes movimentos musicais da MPB – e os argentinos da Danny Vincent Blues Band. No sábado (03), será a vez de Bruno Santos, Guinga e Jessé Sadoc, na parte da manhã, quando a entrada é gratuita. À noite, os portões se abrem às 20h para as apresentações de Chico Chagas, do americano JJ Jackson, de Saulo Simonassi, de Ed Motta, de Kátia Rocha e de Joyce Moreno.

Para debater a atuação da sociedade em rede a fim de gerar mais conhecimento, o 28º Congresso Estadual de Gestão de Pessoas traz como tema central “Mundo em rede, soluções em rede”. O evento será realizado no Grand Hall Vitória, na capital capixaba. O assunto será destaque em palestras, painéis, workshops e rodas de conversas com a participação de profissionais de reconhecimento nacional. A programação completa e a ficha de inscrição estão disponíveis no site www.abrhes.com.br. Para mais informações, basta entrar em contato por meio do telefone (27) 3225-0886.

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Foto: Divulgação

As reformas são necessárias. A Espanha também teve que enfrentar situações de crise sem precedentes, e, graças à agenda de reformas que iniciamos em 2012, conseguimos dar um giro” Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha, defendendo as reformas do governo brasileiro

Foto: Leonardo Duarte/Secom-ES

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MARÇO

Brasil perdeu mais de 63 mil vagas de emprego O país perdeu 63.624 vagas formais de trabalho em março, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados no dia 20 de abril pelo Ministério do Trabalho (MTE). O comércio foi o setor que registrou maior retração (-33.909), seguido por serviços (-17.086 postos), construção civil (-9.059), indústria de transformação (-3.499) e agricultura (-3.471). Segundo o MTE, os resultados do terceiro mês do ano costumam sofrer forte influência de fatores sazonais negativos, a exemplo do comércio varejista, que não apresenta um bom desempenho mesmo em períodos de forte crescimento econômico.

ALIMENTOS

Feira Agroecológica chega a Guarapari Os moradores da Cidade Saúde já podem contar com mais uma opção de compra de alimentos sem agrotóxico, diretamente com o produtor, com a inauguração da Feira Agroecológica de Guarapari, realizada no dia 25 de abril. O funcionamento ocorrerá todas as terçasfeiras, das 8 às 12 horas, no Shopping ExtraCenter, em Muquiçaba. À disposição dos fregueses, frutas, legumes, verduras, pães, bolos e biscoitos. A Grande Vitória já possui outras nove feiras que, assim como a de Guarapari, fazem parte do Programa de Fortalecimento da Agricultura Orgânica da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) em parceria com diversas instituições. 16

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saúde

Atendimento médico regionalizado em debate

O governador Paulo Hartung se reuniu com prefeitos, representantes municipais e diretoria da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes), no dia 20 de abril, para discutir detalhes do projeto Rede Cuidar, que prevê a interiorização e a redução do tempo de espera para realização de consulta e exames médicos. A iniciativa vai garantir a interação entre os especialistas da Unidade de Cuidado Integral à Saúde e os profissionais das unidades básicas de saúde, que poderão discutir os casos. “Com esse novo modelo, a melhora é substancial, pois estamos levando o serviço para próximo das residências das pessoas, descentralizando o atendimento. Milhares de pessoas vêm à região metropolitana para acessar serviços de saúde e, com o funcionamento dessas unidades, esses serviços serão oferecidos no interior, proporcionando mais qualidade de vida”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, durante o encontro. TRABALHO

Parceria busca fortalecer empreendedorismo feminino O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes) assinaram, no dia 8 de abril, um protocolo de intenções para a realização conjunta do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, que se encontra em seu 13º ano. A premiação reconhece empresárias, agricultoras e microempreendedoras individuais que se destacaram em sua trajetória profissional. A Sedes atuará nessa frente por meio do Programa de Competitividade Sistêmica do Estado do Espírito Santo (Compete-ES), que em seu eixo focado na melhoria da gestão conta com a parceria do Espírito Santo em Ação.

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ESTUDO

Vitória é a 3ª melhor capital para se viver

RANKING DAS CAPITAIS DO PAÍS Posição

Cidade

Pontos

Um estudo realizado pela Macroplan revelou que Vitória 1º Curitiba (PR) 0,696 é a terceira melhor capital do país para se viver, ficando 2º Florianópolis (SC) 0,686 atrás somente de Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). 3º Vitória (ES) 0,681 O levantamento “Desafios da Gestão Municipal” avaliou as 100 maiores cidades do Brasil, que representam metade do 4º Belo Horizonte (MG) 0,677 Produto Interno Bruto (PIB) nacional, em 16 indicadores 5º São Paulo (SP) 0,673 divididos em quatro áreas: “educação e cultura”, “saúde,” 6º Palmas (TO) 0,657 “segurança” e “saneamento e sustentabilidade”. A capital 7º Campo Grande (MS) 0,645 capixaba alcançou a nota 0,681, em um índice que vai de 0 a 1 (quanto mais próximo de zero, pior é a condição de vida no local). “Os rankings e comparações seguem índices e medidas que servem de referência importante, pois todas cidades têm seus desafios a serem superados. A importância desse destaque é enorme porque superamos lindas capitais pela qualidade de vida que alcançamos. Uma ‘Vitória’ que é de todos os capixabas. Mas é claro que precisamos e vamos avançar muito mais. Mas, neste momento, a notícia nos enche de orgulho e alegria e nos anima a trabalhar ainda mais”, comemorou o prefeito Luciano Rezende.

Foto: Rafael Neddermeyer

A Petrobras anunciou, no dia 20 de abril, um reajuste no preço dos combustíveis nas refinarias, elevando o valor do diesel em 4,3% e da gasolina, em 2,2%, em média. De acordo com a estatal, se a alta for integralmente repassada e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, em média o diesel pode subir nas bombas 2,9%, ou cerca de R$ 0,09 por litro, e a gasolina, 1,2%, ou R$ 0,04 por litro. O aumento, segundo a companhia, pode ser justificado pelo salto dos preços dos derivados nos mercados internacionais e por ajustes na competitividade da estatal no mercado interno. “É preciso destacar ainda que o comportamento dos preços de derivados foi marcado por volatilidade nos mercados internacionais em resposta a evento geopolítico, como o ocorrido na Síria”, destacou a empresa em nota.

Mais de 12 mil eleitores do município de Presidente Kennedy, no sul do Estado, deram início ao recadastramento biométrico, para que no pleito de 2018 já possam ser identificados pela impressão digital na hora de votar. Para fazer o registro, disponível até o dia 28 de setembro, é preciso levar até o cartório eleitoral da cidade o título de eleitor, um comprovante de residência e um documento oficial com foto. O cadastramento biométrico acontece também em Anchieta, Ibatiba, São José do Calçado e Vila Velha.

MERCADO

500 milhões de usuários registrados no LinkedIn A rede social profissional LinkedIn atingiu a marca de 500 milhões de usuários registrados em 200 países. A divulgação foi feita no final do mês de abril, pela própria companhia, que faz parte da gigante Microsoft. Por territórios, as nações mais conectadas são Emirados Árabes Unidos, Holanda, Singapura, Reino Unido e Dinamarca. E as cidades mais ativas são Londres, Amsterdã, São Francisco, Jacarta e Milão. De acordo com o LinkedIn, os setores com maior atividade são os de contratação e recrutamento, capital de risco e de investimento, recursos humanos, consultoria e mídia on-line.

INCENTIVO

Sedu lança projeto “Quem poupa realiza mais sonhos” Para fortalecer e estimular a produção artística dos alunos de rede estadual, a Secretaria da Educação (Sedu) e o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) lançaram o concurso “Quem poupa realiza mais sonhos”. A iniciativa, que abrange as categorias “Ilustração”, “Jingle” e “História” em “Quadrinhos”, busca provocar a reflexão dos estudantes a partir de sua própria condição de adolescente, além de despertar os jovens para novas práticas e valores de vida em relação ao consumo, sensibilizando-os para mudança de hábitos e para a formação de cidadãos socialmente responsáveis. Para mais informações, acesse www.sedu.es.gov.br.

Foto: Divulgação

Petrobras reajusta preços do diesel e da gasolina

Eleitores dão início ao recadastramento biométrico

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REFINARIAS

PRESIDENTE KENNEDY

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Conteúdo Especial - Parceria do Editor

Família S/a CONSELHEIROS

O sócio da Vix Partners Governança Corporativa, Adriano Salvi, participou do 5º Encontro de Conselheiros, promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) na capital paulista no último dia em 8 de maio, no Hilton São Paulo. Na pauta, competências e comportamentos dos conselheiros, processos e composição de conselhos de administração e contribuição desses fatores para eficácia desses órgãos. Salvi é conselheiro certificado pelo IBGC e ocupa assentos nos conselhos de administração da OGPar e da capixaba Apex Partners.

INOVAÇÃO

Empresas familiares são mais inovadoras Um estudo realizado em 42 países e publicado pela Harvard Business Review mostrou que as empresas familiares registram um grau de inovação maior em relação às outras, apesar de investirem menos nesse quesito. Para cada dólar empregado em P&D (pesquisa e desenvolvimento), elas alcançam mais resultados na produção, medidos pelo número de patentes, novos produtos ou receitas por estes geradas. Isso ocorre, conclui o levantamento, porque os empreendimentos familiares fazem o aporte de capital de forma mais prudente e eficaz. A assertividade é também mais elevada por causa do profundo conhecimento de seus públicos e da empresa e da longa relação com o negócio.

DIÁLOGO

A base para resolução de conflitos As empresas familiares têm muitos conflitos, principalmente quando se trata de sucessão. Por isso, o diálogo deve ser o ponto de partida para novos caminhos e soluções que possam trazer benefícios para todos. Essa conversa contínua entre os membros da família e da empresa precisa ser alicerçada na ética, no respeito e no amor, que necessitam permear as organizações familiares para que os negócios sejam perenizados através das gerações. A dica está no livro “Famílias Empresárias... Vamos Dialogar?”, lançado pela psicanalista e consultora Danielle Quintanilha Merhi e editado pela Qualitymark.

RELAÇÕES DE CONFIANÇA NA EMPRESA FAMILIAR Na empresa familiar, as relações pessoais e profissionais estão intimamente ligadas. A forma com que os membros da família se relacionam será possivelmente reproduzida no ambiente organizacional. Por mais que exista um discurso de profissionalismo, de separação entre a família e o negócio, se a relação não tiver como base a confiança, provavelmente haverá uma confusão de sentimentos, e a empresa poderá ser impactada. Se as relações familiares são de confiança e respeito, priorizam o diálogo, aceitam as diferenças e acolhem opiniões divergentes, possivelmente isso também ocorrerá nos assuntos relacionados ao negócio. Caso, entretanto, tais relações sejam muito conflituosas, desrespeitosas e repletas de desconfiança, é bem provável que as relações nos negócios também sejam. Em uma empresa familiar, cujos objetivos são a continuidade e o crescimento do negócio através das gerações, há que se investir na construção de relações de confiança, e para isso o diálogo é um bom aliado para prevenir e tratar questões incômodas, que podem gerar desconfiança e mal-estar. Há que se ter muita transparência quanto às intenções, às expectativas e às ações implementadas no negócio. A falta de esclarecimento sobre as intenções de uma ação, ou até mesmo de um comentário, pode ser desastrosa, gerando mal-entendidos e, em situações extremas, até mesmo rompimentos. Ter um espaço para a fala, em que cada um possa expor com clareza o seu posicionamento, cria um clima de transparência nas relações e propicia que a confiança se estabeleça entre as partes. Os membros familiares necessitam manter uma relação de união em torno dos propósitos, valores e objetivos do negócio. Relações de confiança frágeis ou parciais tornam a convivência sujeita ao rompimento a qualquer momento e comprometem o futuro do empreendimento. Se os membros da família mantiverem um forte sentimento de confiança mútua, estarão mais dispostos a superar os desafios e a se comprometer efetivamente com o resultado do empreendimento, e esse é, indubitavelmente, o primeiro determinante para a longevidade e o sucesso da empresa familiar ao longo de gerações.

Ilustração: Livro “Famílias Empresárias... Vamos Dialogar?” – Autora: Danielle Quintanilha

IBGC realiza o 5º Encontro de Conselheiros

Adriano Salvi Conselheiro de administração certificado pelo IBGC, professor convidado da Fundação Dom Cabral e sócio da Vix Partners Governança Corporativa

Danielle Quintanilha Merhi Psicanalista, especialista em empresas familiares, professora convidada da Fundação Dom Cabral e sócia da Vix Partners Governança Corporativa


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INFORME PUBLICITÁRIO

Próximo de tudo, no melhor de Itapoã Localização é o ponto forte do Nagib Carone, que está com as últimas unidades à venda

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er uma praia a poucos passos de casa e estar próximo a facilidades como supermercados, escolas, padarias e restaurantes é o sonho de muita gente na hora de adquirir um apartamento. @esbrasil •

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Essa será a realidade dos futuros moradores do Nagib Carone, empreendimento que está sendo construído pela Galwan na orla de Itapoã, na região conhecida como Beverly Hills.


NAGIB CARONE

“A localização do Nagib Carone é excepcional, um ponto muito cobiçado no município de Vila Velha. Afinal, estamos falando de uma praia que é sinônimo de diversão e qualidade de vida, com espaço para prática de exercícios e para passar o tempo em família”, destaca o supervisor comercial da Galwan, Junior Pereira. Construído em uma área de 1.000 m², o empreendimento contará com apartamentos espaçosos, de 96 a 146 m², com três e quatro quartos, suíte e até três vagas de garagem. As unidades serão entregues com porcelanato no piso da sala e na varanda e laminado de madeira nos quartos. Além disso, todos os cômodos são rebaixados em gesso, para maior conforto acústico e estético. Seguindo a tendência de sustentabilidade e economia para os futuros moradores, o empreendimento será equipado com sensores de presença na garagem, conjunto de portas em madeira de reflorestamento e bacias sanitárias de duplo fluxo. Os itens de segurança incluem guarita com antecâmara, gerador de energia para elevador, iluminação de emergência e infraestrutura para instalação de circuito interno de TV nas áreas comuns.

crônica

FESTA DA PENHA

Localização: Av. Antônio Gil Veloso, Itapoã, Vila Velha. Apartamentos:de três e quatro quartos, com suíte e até duas vagas de garagem. As metragens variam de 96 m² a 146 m². Disponíveis para venda apenas apartamentos de três quartos, com 96 m². Lazer:completo com churrasqueira, churrasqueira gourmet, fitness, piscinas adulto e infantil, salão multiúso, sauna e brinquedoteca. Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A Informações evendas: 3200-4004

Outro ponto forte do Nagib Carone é a área de lazer do condomínio, pensada para atender toda a família com itens como churrasqueira, gourmet, espaço fitness, piscinas adulto e infantil, salão multiúso, sauna e brinquedoteca. Junior Pereira lembra que o empreendimento conta com as últimas unidades de três quartos à venda. “É uma excelente oportunidade para quem está à procura de um apartamento. O Nagib Carone reúne localização privilegiada e qualidade de vida por um preço muito competitivo”, finaliza.

Zéa Galvêas Terra - Cronista zeagalveasterra@gmail.com

O relógio despertou às 4h 10. Pulamos da cama e às pressas nos arrumamos para assistir a missa no Convento às 5 horas.

algum dia, alguém será capaz de criar um nascer e um pôr do sol?

Subimos a íngreme ladeira ainda às escuras e ainda às escuras chegamos ao alto da colina. Entramos na Capela, que já estava repleta de fiéis, e por isso só nos restava ficar perto da porta de entrada. O lugar não poderia ser melhor. Foi providencial.

Nosso querido Convento é um porto seguro para todos os fiéis. Ali, quantos pais oram por seus filhos e quantos filhos oram por seus pais?!

E então o dia foi clareando... Enquanto a Santa Missa ia acontecendo no altar da Capela, podíamos ir apreciando também aquele alvorecer magnífico. As brumas foram se dissipando, e as nuvens foram se colorindo de rosa e dourado. Já com a natureza toda enfeitada, em seu traje de gala, surge por trás do Morro do Moreno um luminoso sol, completando, assim, o cenário daquele esplêndido espetáculo. Pode parecer, mas eu não estava alheia ao Santo Ofício. Muito pelo contrário! Observando aquela beleza toda, naquele ambiente sagrado, eu me sentia ainda mais piedosa, mais contrita, pois tinha consciência de que Deus se fazia presente no altar e no Universo. E então eu me fiz a seguinte pergunta: quem pode duvidar de que há, realmente, um Ser Supremo, criador de tanta beleza? Por mais que a ciência se adiante, por mais que os pesquisadores busquem, será que

Ah! Convento da Penha, quantas bênçãos e quantos corações apaziguados! Em momentos difíceis, quando preciso de um conforto espiritual, gosto de imaginar Nossa Senhora estendendo seu manto azul sobre mim ou sobre aqueles para quem peço, aqueles que no momento precisam de seu carinho de mãe, de sua luz. Visualizo a cena e deixo que ela tome conta. Isto sempre me traz uma grande serenidade. A missa terminou com a bênção do padre, e os devotos saíram da capela, felizes, abençoados e dispostos a enfrentar o novo dia que amanhecera vestido com seus mais belos trajes. Com certeza, prestavam uma homenagem à Santa, pela passagem de seu aniversário. Que a Virgem da Penha, espargindo suas bênçãos do alto do penhasco, proteja todo o nosso Estado e todos os seus filhos. Amém.

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debate

Luciene Araújo

ESB Debate: os novos caminhos para a logística no Espírito Santo Durante o evento, especialistas foram unânimes em apontar e reiterar urgência na necessidade de se estruturar novos modelos de gestão, mais eficazes e eficientes

A

15ª edição do ES Brasil Debate, realizada na noite de 3 de maio, no auditório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), trouxe à tona as diversas questões acerca da estrutura logística do Espírito Santo. Fatores que, cada vez mais, interferem na economia de países, estados e municípios. Para falar sobre os principais gargalos e apontar medidas que propiciem melhores níveis de competitividade nos cenários nacional e internacional, contamos com um renomado time de especialistas: o secretário estadual de Desenvolvimento, José Eduardo Azevedo; o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas & Logística no Estado do Espírito Santo (Transcares) e diretor administrativo da Federação das Empresas de Transporte – ES (Fetransportes), Liemar José Pretti; o superintendente da Infraero – Aeroporto de Vitória, Afrânio Souza Mar; e a economista, consultora de negócios e professora de MBA Martha E. Ferreira. O evento contou com a mediação do presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Waldemar Rocha Júnior. Na abertura, o diretor executivo da Next Editorial e editor executivo da revista ES Brasil, Mário Fernando Souza, destacou que esta é a terceira vez que o tema “logística” é abordado, sempre com “casa cheia” e público qualificado. “E é esta nossa missão: distribuir conteúdo nas mais diversas plataformas para que elas sejam agentes transformadores, por meio da informação e do conhecimento.” O prefeito de Viana, Gilson Daniel (PV), também participou do ES Brasil Debate e comentou sobre os recursos e as expectativas de melhorias. “A 22

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cidade tem vocação natural para que empresas queiram investir, e fizemos um esforço muito grande para transformar Viana na capital da logística”, assinalou. O gestor municipal apontou que a cidade tem “o entroncamento das BRs 101 e 262, gasoduto, rios e termoelétrica produtora de energia que abastece Vila Velha”. Portanto, defendeu, Viana “tem tudo o que precisa para sempre estar em funcionamento em termos de logística”. Ainda que tenham discordado sobre a forma e o peso da atuação dos governos na estruturação de grandes obras e integração dos modais, os debatedores foram unânimes em defender a necessidade de gestões mais eficientes e eficazes, que possibilitem o emprego correto de recursos e do tempo para que as melhorias sejam concretizadas. Em resposta à pergunta inicial, acerca das melhorias logísticas nos últimos 30 anos, Martha Ferreira afirmou que temos um conjunto de grandes empresas totalmente consolidadas em termos de estrutura e logística próprias, que podem ser comparadas aos grandes grupos empresariais de qualquer lugar do mundo. Mas, na avaliação dela, em relação ao setor público não há o que se comemorar. “Há 30 anos temos demandas sérias para porto, aeroporto, duplicação das BRs 101 e 262, além de incremento nas operações de ferrovia. Nenhuma delas surtiu efeito até hoje.


Sob nova dinâmica, em sua 15ª edição, o ES Brasil debate foi marcado pela interação entre público, debatedores e mediador do evento

Em relação aos países desenvolvidos, estamos atrasados 200 anos, e em relação a estados mais desenvolvidos, como São Paulo, uns 60 anos.” O secretário José Eduardo Azevedo reiterou que a questão é histórica, havendo necessidade de políticas públicas que possam captar mais recursos e garantir melhor fiscalização das verbas. “O Brasil tem enorme atraso em logística, isso não é privilégio do Espírito Santo. Mas, aos poucos, temos conseguindo dar importantes passos, ainda que aquém do que precisamos e merecemos. Mas a concessão da BR 101 é um exemplo importante, embora as obras pudessem estar mais avançadas, uma vez que esse é o recurso que os países modernos do mundo utilizaram para melhorar suas estruturas. O aeroporto ficará pronto este ano; e temos alguns projetos de Terminal de Uso Privado (TUP), como o da Imetame, em Aracruz.” A integração dos modais, por inúmeras vezes, foi classificada por todos os palestrantes como prioritária. Burocracia O excesso de papéis e processos para liberação de cargas também foi citado como entrave. Waldemar Rocha relatou que um contêiner no Brasil leva entre 12 e 15 dias para ser liberado, enquanto na China bastam dois dias. Já Afrânio Mar falou que o programa de eficiência realizado pela Infraero possibilitou reduzir esse prazo para uma média de cinco dias. “Toda a parte operacional da Infraero, conseguimos concluir em 13 horas, depois tem os procedimentos da agência aérea, que demanda mais seis horas, e a ação da Receita Federal, finalizada em uma hora. O gargalo fica mesmo nos processos que precisam ser cumpridos pelo importador, que registram uma média de 112 horas.” Waldemar Rocha comentou sobre a palestra ministrada pelo administrador central de Modernização Aduaneira do México, Luís Cesar Prieto Valdez, durante a reunião anual da Câmara Interamericana das Associações Nacionais de Agências Marítimas, realizada entre os dias

27 e 28 de abril, na cidade de Veracruz. “Valdez contou que nos anos 80, a aduana mexicana era restritiva; nos anos 90 ela foi mais permissiva; a partir dos anos 2000 passou a ser facilitadora; e após 2010 se tornou fomentadora de negócios. Que possamos utilizar isso como exemplo a todo nosso processo de cargas tanto para importação quanto para exportação”, alertou o presidente da Fenamar. Rodovias As más condições de boa parte das rodovias que cortam o Espírito Santo e as possibilidades de redução dos custos operacionais em até 25%, caso as pistas estivessem em ótimo estado de conservação, foram debatidas pelo presidente da Transcares, Leimar Pretti. O empresário também fez um “mea-culpa” do setor privado. “Em muitos casos temos sido incompetentes em nossa forma de nos organizar e alavancar melhorias.” Pretti também destacou a necessidade de melhores políticas públicas e a urgente demanda por integração dos modais. Pretti enfatizou que o Espírito Santo está em um eixo de transição de todo o Brasil: cargas do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste normalmente passam por aqui. Ele citou que houve uma fase, durante os anos do Fundap, “ que não soubemos aproveitar”, e hoje enfrentamos o alto custo do frete e principalmente a demora na distribuição. “Nós não conseguimos finalizar uma duplicação da BR-101 e no nosso entendimento já deveria haver uma triplicação da rodovia. Às vezes eu brinco que temos ainda estradas praticamente medievais, para caminhões de 14 metros, com tecnologia embarcada de carro de Fórmula 1”, completou. A pergunta sobre o que falta para que os governos consigam firmar parcerias público-privadas, as PPPs, necessárias para efetivar melhorias e evitar situações como a da Eco101, que em nada beneficiou a via até agora, incendiou o debate. Martha defendeu um novo modelo de investimento, com o Estado participando somente como fiscalizador. radio.esbrasil.com.br •

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“Às vezes eu brinco que temos ainda estradas praticamente medievais, para caminhões de 14 metros, com tecnologia embarcada de carro de Fórmula 1” - Liemar José Pretti, presidente do Transcares e diretor administrativo da Fetransporte

“O Estado não tem dinheiro para grandes investimentos, e no Brasil interior é a mesma situação. Os recursos públicos nunca são suficientes para a infraestrutura ou para consolidar uma logística que nos permita competitividade maior dentro e fora do país. Governo não tem dinheiro, começa todos os anos com o orçamento totalmente comprometido, deficitário. É preciso esquecer os recursos públicos. Evoluir para um modelo em que as coisas funcionem”. Ela citou como exemplo o caso dos Estados Unidos para apontar que as grandes obras coordenadas por investidores, bancos e seguradoras, não permitem a corrupção que tem destruído o Brasil. “Nos Estados Unidos, a figura do governo é substituída por um banco ou por uma seguradora. E acabou com a corrupção, com a má qualidade ou com a não execução de obra pública. Porque colocou dois interessados somente em receber o dinheiro. Uma duplicação de uma rodovia, com até oito faixas em cada sentido, demora seis meses.”

Sorteio O debate, que teve como patrocinadores Trancares, ArcelorMittal, Fetransportes, Prefeitura de Viana, Sistema Findes e Desta Q, foi encerrado às 22 horas e o sortudo da noite foi o supervisor operacional da Granero Transportes, Vicker Oliveira Surita (à esquerda), que ganhou uma cafeteira Qool, da Delta Q!, entregue pelo prefeito Gilson Daniel.

“Não é somente o setor público que está no problema, e a Lava Jato está aí mostrando isso todos os dias. De um lado temos quem recebe a propina, do outro o corruptor, porque existe uma deficiência no nosso modelo de fiscalização” José Eduardo Azevedo, secretário de Desenvolvimento

O secretário de Desenvolvimento concordou que é preciso reestruturar a gestão pública no país e a forma de relação entre o estatal e o privado, mas salientou que a questão da corrupção vai além. “Não é somente o setor público que está no problema, e a Lava Jato está aí mostrando isso todos os dias. De um lado temos quem recebe a propina, mas de outro temos o corruptor, porque existe uma deficiência no nosso modelo de fiscalização. Temos exemplos no Brasil de concessões e PPPs muito bem-sucedidas. Os aeroportos concessionados são exemplos de agilidade”, contra-argumentou Azevedo. Aeroportos Em relação às obras de ampliação do aeroporto de Vitória serem suficientes para torná-lo competitivo no cenário nacional e internacional, o superintendente da Infraero, Afrânio Souza Mar, respondeu que as melhorias de resultados com a nova estrutura serão reais e que, mesmo atualmente, com as instalações totalmente defasadas, o terminal ainda é competitivo. “Ocupa a 10ª posição no Brasil em número de voos comerciais e o 6º lugar no ranking do transporte de passageiros, além de ser o principal aeroporto no segmento de importação.” Segundo ele, a nova infraestrutura, prevista para ser entregue em setembro deste ano, vai trazer comodidade ao capixaba e movimentará a economia. Permitirá avanços em termos de turismo, além de oferecer a possibilidade de voos internacionais. “Estamos buscando demandas tanto para os voos domésticos como para os comerciais. O aeroporto que será entregue vai triplicar a demanda existente, reduzindo o gargalo atual e aumentando a quantidade de cargas transportadas com uma estrutura eficiente.” Por fim, o superintendente destacou que o aeroporto de Vitória recebe um voo semanal de cargas de importação, mas possui estrutura de espaço e pessoal para até cinco nesse mesmo prazo, “sem o menor problema”. Ferrovias A utilização de linhas férreas para escoamento da produção do interior para os portos reduz os custos logísticos em até 50%. A Estrada de Ferro Vitória a Minas responde por 40% da carga ferroviária do país, transporta mais de 110 milhões de toneladas por ano, mas representa menos de 5% da malha nacional.

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“O aeroporto de Vitória ocupa a 10ª posição no Brasil em número de voos comerciais e o 6º lugar no ranking do transporte de passageiros, além de ser o principal aeroporto no segmento de importação” Afrânio Souza Mar, superintendente da Infraero

O secretário José Eduardo falou sobre a complexidade de se modernizar a malha ferroviária em todo o Brasil, considerando o alto custo das obras. Ele citou o trabalho de captação de recursos que vem sendo feito com o Governo Federal para a construção da EF-118 (Vila Velha ao Rio de Janeiro) e da EF-354 (Campos a Goiás). “Precisamos romper com essa lógica ruim de ficar no embate de que não tem carga porque não tem ferrovia, e não tem ferrovia porque não tem a carga. Não é uma equação simples, não se resolvem esses avanços com projetos puramente privados e também não podem ser bancados 100% pelo poder público. Cargas já existem e, havendo estrutura ideal, mais cargas surgirão”, enfatizou Azevedo. Ele apontou ainda que, em todo o mundo, o rodoviário é o modal da última milha, enquanto no Brasil, “a gente usa rodoviárias para transportar cargas do Rio Grande do Sul ao Ceará”. Segundo Azevedo, os governos do Espírito Santo e do Rio de Janeiro se uniram às administrações dos portos de Açu, em São João da Barra (RJ), e Central, em Presidente Kennedy (ES), para estruturar o projeto da Ferrovia 354. “Já foi aprovada na Câmara Federal a Medida Provisória 752, que permite a renovação das concessões das ferrovias, e estamos trabalhando com a Vale e o Governo Federal para que seja considerada como contrapartida a extensão da ferrovia até Presidente Kennedy, já criando condição para que se interligue depois com a malha Sudeste”, detalhou. “Gostaríamos que o modal ferroviário estivesse em uma plataforma única, o que reduziria muito o custo. É caro para ser implantado, mas reduz gastos de transporte de forma significativa e favorece muito mais por retirar muitos veículos da malha rodoviária”, acrescentou Liemar Pretti. Segundo ele, um dos maiores problemas que temos são as duas bitolas existentes nas ferrovias no Brasil e que não se unem na malha ferroviária. “Isso começou errado há anos, vai demorar para ser consertado. Temos que desbravar muito para conseguirmos essa estrutura de forma correta”, pontuou o presidente da Transcares. Portos As possibilidades que virão com a dragagem da baía de Vitória, ainda que a obra não resolva o problema da falta de bacia de

“Nos EUA, a figura do governo foi substituída por um banco ou por uma seguradora. E acabou com a corrupção, com a má qualidade ou com a não execução de obra pública... Uma duplicação de uma rodovia, com até oito faixas em cada sentido, demora seis meses” Martha E. Ferreira, economista e consultora

evolução que permita a entrada dos grandes navios do cenário mundial, também foram tema do debate. Atuando em agência marítima há 40 anos, Waldemar Rocha, que mediou o evento, argumentou que há muitas novas formas de se utilizar o Porto de Vitória e que o excesso de burocracia no Brasil está entre os gargalos a serem resolvidos. Ainda falando de portos, o significado da construção do Porto Central, em Presidente Kennedy, para a economia capixaba trouxe como destaque o questionamento sobre a demanda de cargas e o que será feito para que a estrutura seja aproveitada da forma correta. Martha Ferreira enfatizou que certamente o envolvimento de um grupo como o de Roterdã no projeto representa que ele será bem gerido, mas alertou sobre a demanda de cargas. “Temos cargas? Temos clientes para ocupar uma estrutura como a que se pretende viabilizar em Presidente Kennedy?” Ela falou ainda que as cinco maiores empresas do Estado, que garantem cerca de 100 mil empregos, executam quase 90% das exportações capixabas por terminais privados e não dependem do governo para nenhuma de suas atividades. “É preciso focar o trabalho nos mé d i os e p e qu e nos e mpre s ár i os , qu e garante m 2 milhões de empregos. É para eles que os governos precisam viabilizar melhorias logísticas.” José Eduardo Azevedo defendeu que o Porto Central é um projeto de maturação em longo prazo. A necessidade de qualificação profissional também foi ressaltada nesse momento. Além dos tópicos levantados pela produção do evento, o debate incluiu diversos questionamentos do público, formado por empresários de diferentes setores, estudantes de Logística e representantes de governos municipais, estadual e federal. A próxima edição do ES Brasil Debate está prevista para julho, em Pedra Azul, e terá como tema “Desenvolvimento do turismo da região de montanhas”. O compacto em vídeo do debate estará disponível no site da revista ES Brasil.

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política

Luciene Araújo

os 100 dias Prefeitos capixabas fazem um balanço dos três primeiros meses de gestão

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s administrações municipais das 5.570 cidades brasileiras completaram 100 dias de governo, no último 19 de abril. E tradicionalmente, chegou o momento de os prefeitos apresentarem o primeiro balanço, mostrando o que de mais importante foi feito até agora. Por isso, a ES Brasil lançou a série “100 Dias de Governo”, postando em nosso site, a cada dia, uma matéria com os prefeitos dos municípios com os maiores PIBs per capita do Espírito Santo. Fundão foi incluído porque, além de estar na Grande Vitória, vive uma condição peculiar de ter à frente do Executivo o presidente da Câmara dos Vereadores como prefeito interino, desde o início do ano. Esta reportagem traz um resumo do que os prefeitos relataram. 26

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A série destaca os municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Fundão, Presidente Kennedy, Aracruz e Cachoeiro de Itapemirim. Apesar de terem sido procuradas por duas semanas consecutivas, e nos dado a garantia de que participariam da série, as assessorias das prefeituras de Colatina e Linhares não enviaram as respostas. Entre as principais conquistas desses 100 primeiros dias, todos os prefeitos entrevistados apontaram a melhoria no caixa como a número um do ranking de resultados positivos. Especialmente diante de um cenário de graves perdas de receita, diminuir os gastos e aumentar a arrecadação são os primeiros passos a ser adotados na visão de todos os “comandantes” dos Executivos municipais.


Vitória, por exemplo, precisou enfrentar o fim da verba do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias, o Fundap, o que representou R$1 bilhão de perdas nos últimos quatro anos. O município, que aparece em primeiro lugar no ranking das capitais brasileiras com as maiores perdas de receita em 2016, também lidera a lista da maior queda de custeio, segundo o Anuário de Finanças dos Municípios. “Da mesma forma que tivemos uma queda de receita de 17%, reduzimos o montante do custeio em 17%. E esse resultado para mim foi motivo de muito orgulho, pois mostra nosso grau de responsabilidade com o dinheiro público”, destacou o prefeito Luciano Rezende (PPS), reeleito em outubro de 2016, com 95.458 votos, o que equivale a 51,19% do total dos válidos. Os prefeitos reeleitos apontam esse resultado como continuidade das ações já implantadas no primeiro mandato, como redução do número de cargos comissionados e também corte no custeio, medidas que também aparecem na lista de prioridades dos chefes do Executivo. No desafio de diminuir o custo administrativo, Viana tem como programa de destaque da gestão a parceria com a Secretaria de Justiça que possibilita o uso da mão de obra dos detentos na varrição das ruas em troca de redução de tempo de pena. “Assim, economizamos, em dois anos, mais de R$ 7 milhões. Inicialmente algumas pessoas acharam que não daria certo, mas

“Foi votada na Câmara uma nova lei municipal de ISS, agora adequada à lei federal, que amplia a base de tributação para novos serviços. Com isso vamos alavancar a entrada de recursos” Max Filho, prefeito Vila Velha

deu muito certo e impactou muito a nossa questão financeira. Além disso, fizemos ajuste na folha de pagamento de pessoal e redução de horas extras e de todas as gratificações”, explica o prefeito Gilson Daniel (PV), reeleito com 25.197, os que representa 71,54% da preferência. Além de reduzir gastos com a máquina pública, os gestores precisam ainda garantir a entrada de dinheiro nos cofres. E para atingir esse objetivo, possibilidades de redução no valor do IPTU e aprovação de refinanciamento de dívidas têm sido algumas das medidas adotadas. Somente na capital capixaba, esse refinanciamento deve gerar mais de R$ 30 milhões aos cofres da prefeitura. Em Vila Velha, a expectativa também é bastante positiva, com a aprovação na Câmara da Lei do Refis, refinanciamento de quem deve impostos à prefeitura, reduzindo multas e juros, medida que facilita a vida de quem pretende colocar o pagamento com o erário municipal em dia. “Além disso, foi votada na Câmara uma nova lei municipal de ISS, agora adequada à lei federal, que amplia a base de tributação para novos serviços. Com isso vamos alavancar a entrada de recursos”, destaca o prefeito Max Filho (PSDB), que ocupava o cargo de deputado federal e foi eleito no segundo turno, com 119.872 votos, o que equivale a 58,91% do total dos válidos. Em Cariacica, a principal estratégia para aumentar a entrada de dinheiro nas contas da municipalidade foi conquistar novos investidores. “Estamos com uma nova política de atração de empresas. Nesses meses já se instalaram na cidade Alladin, Cobra Rolamentos e Itaipava. Criamos interlocução com as empresas e, além disso, Cariacica conta com sua natural potencialidade logística, já que é perpassada pelas rodovias federais BR-262 e BR-101 e pela estadual José Sette. Temos também alguns programas de recuperação fiscal para serem executados durante o ano”, enfatizou o prefeito Geraldo Luzia Júnior (Juninho), que havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, mas venceu as eleições com 91.631 votos, 52,51% do total dos válidos. Em Cachoeiro, a aposta está na modernização e eficiência de projetos e processos. “Não é mistério para ninguém que as contas

“Da mesma forma que tivemos uma queda de receita de 17%, reduzimos o montante do custeio em 17%. E esse resultado para mim foi motivo de muito orgulho, pois mostra nosso grau de responsabilidade com o dinheiro público” Luciano Rezende, prefeito de Vitória

“Economizamos, em dois anos, mais de R$ 7 milhões, com um programa em parceria com a Secretaria de Justiça que possibilita o uso da mão de obra dos detentos na varrição das ruas em troca de redução de tempo de pena” Gilson Daniel, prefeito de Viana

públicas dos municípios em geral não estão tão confortáveis e, em Cachoeiro, essa já é uma realidade antiga. Nossa primeira ação para a melhoria da vida financeira da cidade foi estruturar um novo modelo na captação de recursos. Implantamos o escritório de elaboração de projetos para captar recursos em escalas estadual e federal. Estamos estruturando um escritório específico para gestão de custos, já em início de trabalho. Ele irá identificar pontos de grandes despesas e readequá-las, a fim de desafogar as contas e gerar mais possibilidades de investimentos na área pública. A eficiência na gestão de contratos vai garantir a anulação de desperdícios na máquina pública”, defende o prefeito Victor radio.esbrasil.com.br •

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Coelho (PSB), eleito com 59.377 votos, o que equivale a 58,93% do total dos válidos.

“Infelizmente, décadas de abandono, de ausência das necessidades mais básicas, como saneamento, não são apagadas nem mudadas da noite para o dia. Estamos focados na resolução desses problemas, com projetos e obras, investimentos sociais, mas é preciso ‘trocar as rodas com o carro andando’” Amanda Quinta prefeita de Presidente Kennedy

“Temos trabalhado com as empresas do município para que a mão de obra local seja absorvida. Por meio de cursos de capacitação oferecidos pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Social, temos qualificado nossa população” Jonas Cavaglieri, prefeito de Aracruz

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Fundão O vencedor na disputa para o cargo de prefeito de Fundão não teve, até hoje, a candidatura liberada pela Justiça Eleitoral e os votos que recebeu continuam computados como nulos. Enquanto isso, interinamente, o presidente da Câmara Municipal, o vereador Eleazar Ferreira Lopes (PC do B), está no comando do Executivo. Após garantir nas urnas uma cadeira no Legislativo municipal e se deparar com a responsabilidade de liderar o Executivo, Lopes encontrou um cofre no vermelho. “Muitas dívidas! Entre restos a pagar contabilizados e não contabilizados, algo da ordem de R$ 5 milhões, incluindo despesas com o Ipresf (Instituto de Previdência dos Servidores Municipal), folha de pagamento de pessoal como salários, rescisões e tíquete-alimentação em atraso, débitos com fornecedores, aluguéis.” Segundo o prefeito, hoje a folha de pagamento, rescisões e tíquetes-alimentação está totalmente em dia. “Estamos pagando todos os fornecedores de acordo com o cronograma firmado em nosso GTF (Grupo de Trabalho Financeiro). Nesse curto período de tempo, conseguimos firmar com a classe do magistério uma readequação salarial de 10,65% aos nossos professores do ensino público municipal”, comemora o prefeito interino. Políticas Públicas Tradicionalmente, as melhorias em saúde, educação e segurança estão entre as

“Implantamos o escritório de elaboração de projetos para captar recursos em escalas estadual e federal. Estamos estruturando um escritório específico para gestão de custos. A eficiência na gestão de contratos vai garantir a anulação de desperdícios na máquina pública” Victor Coelho, prefeito de Cachoeiro

principais necessidades dos moradores que dependem do serviço público. As mesmas melhorias que fazem parte de 100% das promessas de campanha. No município de Cariacica, o prefeito Juninho prometeu a informatização das unidades de saúde, criação de vários programas e ampliação do Programa de Saúde da Família (PSF). “Estamos finalizando o processo de cabeamento ótico que possibilitará colocar em rede todas as unidades de saúde, informatizando o sistema de saúde municipal. Teremos num futuro próximo prontuários eletrônicos, controle de medicamentos e insumos em tempo real, dando mais agilidade e melhor atendimento aos pacientes. Temos ainda obras que ampliarão os serviços com a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Flexal II e a Unidade de Saúde de Nova Rosa da Penha II, que estão em estágio avançado de execução”, garantiu Juninho. Em Viana, uma iniciativa inédita na educação. “Implantamos o ponto facial, em que a presença do aluno é confirmada por meio de leitura do rostinho.


segmentos de prestação de serviço”, destacou o prefeito Audifax Barcellos (Rede) reeleito com 112.344 votos, o que equivale a 51,21% do total dos válidos. “Estamos com uma nova política de atração de empresas. Nesses meses já se instalaram na cidade Alladin, Cobra Rolamentos e Itaipava” Geraldo Luzia Júnior, prefeito de Cariacica

Uma iniciativa que libera o professor de fazer a chamada na sala de aula, auxilia a merendeira a calcular a quantidade correta de lanche, sem desperdício ou falta de merenda, e facilita a confecção do boletim escolar. Além disso, os pais da criança que não comparece à aula recebem uma mensagem no celular”, conta o prefeito Gilson. Serra é um município de grandezas: maior população do Estado, com 494.109 habitantes, conforme estimativa IBGE (2016) e segunda maior economia capixaba, com PIB de R$ 14,8 bilhões. Além disso, abriga 46 das 200 maiores indústrias do Espírito Santo. O município, que sempre figurou no ranking dos mais violentos do país, registrou os casos mais assustadores durante a paralisação da Polícia Militar em fevereiro deste ano. “Segurança pública é de responsabilidade única e exclusiva do Governo do Estado. Mas, além da Guarda Municipal, a prefeitura lançou um projeto para parceria público-privada (PPP) que vai englobar várias áreas, inclusive a da segurança. Por intermédio de uma PPP, o poder público pode firmar, por tempo determinado, convênios com empresas privadas, que possuem know-how e são especializadas em diversos

Investimentos Mas ter muito dinheiro entrando nos cofres públicos não representa necessariamente garantir excelente qualidade de vida aos seus moradores. Presidente Kennedy, uma das cidades menos populosas do Espírito Santo, com densidade demográfica de 19,51hab/km², segundo estimativas do IBGE (2016), detém o maior PIB per capita do país, em grande parte devido às atividades de exploração da Petrobras e de outras empresas na camada pré-sal. Se a receita do município fosse distribuída igualmente por seus 11.396 moradores, cada um teria rendimento anual de R$ 815.093,79, No entanto, ainda há muita pobreza e desigualdades, que precisam ser vencidas pela prefeita Amanda Quinta (PSDB), reeleita aos 27 anos, com 5.643 votos. “Os desafios que ainda persistem em Presidente Kennedy são complexos. Infelizmente, décadas de abandono, de ausência das necessidades mais básicas, como saneamento, não são apagadas nem mudadas da noite para o dia. Estamos focados na resolução desses problemas, com projetos, obras e investimentos sociais, mas é preciso ‘trocar as rodas com o carro andando’. E é o que estamos fazendo. Assumi uma cidade desacreditada, saindo de uma intervenção estadual, com dezenas de contratos quebrados. Não havia condições básicas para o tão sonhado progresso, apesar do volume

“Assumimos a prefeitura com muitas dívidas. Hoje a folha de pagamento, rescisões e tíquetesalimentação está totalmente em dia. Estamos pagando todos os fornecedores de acordo com o cronograma firmado em nosso Grupo de Trabalho” Eleazar Ferreira Lopes, prefeito interino de Fundão

“Por intermédio de uma PPP, o poder público pode firmar, por tempo determinado, convênios com empresas privadas, que possuem know-how e são especializadas em diversos segmentos de prestação de serviço” Audifax Barcellos, prefeito da Serra

de recursos recebidos nos últimos anos. As obras básicas, de calçamento, saneamento e planejamento, foram iniciadas nesta gestão, que vem cuidando também para que não haja desperdício e mau uso do dinheiro público”, garante a prefeita. radio.esbrasil.com.br •

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política Maiores PIB per capita do Estado (valores em R$)

Oportunidades Mas se Presidente Kennedy tem muitos problemas, também sobram oportunidades. E a construção do Porto Central, o quarto de águas profundas do Brasil, é a principal aposta local. A implantação do Porto Central trará para o município, bem como para a região sul do Espírito Santo e o norte fluminense, investimentos diretos e indiretos com geração de trabalho e renda, que modificarão a estrutura geoeconômica da região. Haverá criação de aproximadamente 5 mil postos de trabalho de forma direta. Provavelmente, em face à amplitude do investimento, a geração de tributos diretos e indiretos referentes à instalação do porto vai suplantar a maior receita própria que temos hoje, a da agropecuária, que hoje representa 78% da arrecadação própria, tornando-se a principal atividade geradora de emprego, renda e tributos para o município”, explica Amanda.

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Municípios Presidente Kenedy Vitória Serra Vila Velha Linhares Aracruz Cariacica Cachoeiro de Itapemirim Colatina Anchieta Fundão

PIB per capita em 2014 815.093,79 66.375,05 36.918,28 22.486,97 32.932,96 53.794,78 22.478,14 23.816,26 24.668,56 171.445,14 23.218,10

Fonte: IJSN

O município de Aracruz registra um PIB per capita de R$ 53.794,78, o terceiro maior do Espírito Santo, atrás somente de Presidente Kennedy e da capital Vitória. A cidade do norte capixaba recebeu nos últimos anos grandes investimentos em

petróleo, gás e derivados. E ainda novos empreendimentos relacionados à logística e às operações portuárias e instalação de novos fornecedores de produtos e serviços para esses grandes projetos. Além disso, Aracruz convive com a previsão de investimentos públicos em transportes com a construção de rodovias, ferrovias e vias marítimas. “Temos trabalhado com as empresas do município para que a mão de obra local seja absorvida, por meio de cursos de capacitação oferecidos pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Social. E estamos buscando o Senac. Temos qualificado nossa população. Com uma logística privilegiada, trabalhamos fortemente na atração de grandes empreendimentos e de empresas que contribuam para o fortalecimento de nossa cadeia produtiva”, aponta o prefeito Jonas Cavaglieri, escolhido nas urnas por 29.323 eleitores, o que representou 58,60% dos votos válidos.


economia

Pescadores estão sofrendo com os efeitos da portaria, pois alegam não ter outro ofício

Proibida a pesca de 475 espécies ameaçadas de extinção A portaria nº 445/2014 do Ministério do Meio Ambiente proíbe a comercialização de peixes, mas governo federal estuda uma forma de suspender a decisão no es

U

ma portaria publicada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) que proíbe a pesca de 475 espécies de peixes e invertebrados passou a vigorar em março deste ano. A Portaria nº 445/2014 impede a pesca amadora, além do transporte e comercialização de animais que correm o risco de extinção pela falta de controle, causando a diminuição das espécies. Espécies de água salgada e doce como a garoupa, o cherne, o badejo-amarelo, o matrinxã, a piracanjuba, o lambari, o budião e o cação, entre outras, entraram na lista de peixes que não podem mais ser capturados e comercializados. De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a portaria, apesar de ser de 2014, estava suspensa por liminares judiciais que foram revertidas. São 12.800 pescadores regulares e ativos no Espírito Santo. A produção dos peixes das espécies que estão proibidas de serem pescadas representa 70% da pesca no Estado. Além disso, o último censo (IBGE, 2011) revela que o volume capturado de pescado no mar capixaba foi de 12.349 toneladas, e na água doce, de cerca de 880 toneladas. A atividade é responsável por 7% do PIB agropecuário do Estado, movimentando diretamente R$180 milhões ao ano e gerando em torno de 70.000 empregos, entre diretos e indiretos. O diretor da Cooperativa Mista de Pesca de Vila Velha (Coopeves), Romildo Silva, destacou que a comunidade pesqueira está sofrendo com os resultados da portaria. “O impacto está sendo grande. A comunidade é carente, e muitos dos pescadores não possuem outra atividade. Estamos tendo problemas, pois não podemos pescar nem oferecer o alimento às nossas famílias. Precisamos voltar aos nossos ofícios, mas não podemos”, contou. “O Ministério do Meio Ambiente tomou a revelia dessa decisão sem dialogar com os estados e prejudicou a pesca, que gera muitos empregos no Espírito Santo. Protestaremos contra essa medida arbitrária do Governo Federal. Estamos ao lado dos pescadores artesanais do Espírito Santo”,

afirmou o secretário de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto. Suspensão A bancada de parlamentares do Espírito Santo agendou uma reunião com o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, a fim de defender os interesses dos pescadores capixabas. Ao final, o ministro anunciou que suspenderia a proibição de pesca no Espírito Santo, com a edição de nova portaria. Além disso, Sarney Filho afirmou que seria criada uma comissão com técnicos do Ministério e do Ibama, membros da Câmara Federal e representantes dos pescadores para reavaliar a medida e evitar que muitos pescadores tivessem mais prejuízos. Participaram do encontro os deputados Marcus Vicente (coordenador da comissão), Lelo Coimbra, Carlos Manato, Dr. Jorge Silva e Norma Ayub, a senadora Rose de Freitas e o deputado estadual Gilsinho Lopes. “O Espírito Santo já foi extremamente prejudicado pelo desastre de Mariana, e a vigência desta medida seria um golpe duro demais para os nossos pescadores”, afirmou Marcus Vicente. Liberação Lelo Coimbra (PMDB) entregou ao ministro uma lista com 15 espécies de peixes que não deveriam ter a pesca e a comercialização proibidas. As espécies de que devem ser liberadas para a pesca e comercialização, segundo estimativa de pescadores, são: curumatã, vermelho, garoupa-verdadeira, garoupa, cherne negro, cherne verdadeiro, sirigado, badejo amarelo, batata, caranha, budião fogueira, budião de trintade, atum-azul, agulhão-branco e miragaia. radio.esbrasil.com.br •

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Enio Bergoli

gestão

é diretor­–geral do DER/ES e coordenador de Política Agrícola da Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros Agrônomos (SEEA)

Hortas urbanas, oportunidade também para o Brasil O movimento de agricultura urbana tem se mostrado receptivo a diferentes faixas etárias, classes sociais e países

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produção de alimentos e condimentos nas cidades foi prática frequente na Antiguidade, do Egito a Machu Picchu. Nos últimos tempos, as hortas urbanas se tornaram realidade em praticamente todas as grandes cidades do mundo. O movimento de agricultura urbana tem se mostrado receptivo a diferentes faixas etárias, classes sociais e países. Os habitantes das metrópoles estão se reinventando para serem mais sustentáveis diante da necessidade de um mundo mais saudável. Nesse contexto, surgem como opção as hortas urbanas, que modificam esses espaços e crescem por todo o mundo. Os cultivos urbanos se espalham em várias versões e ambientes, como nos terrenos baldios, jardins, praças, aeroportos, tetos de prédios, vasos nas residências e até mesmo estações de trem. Iniciativas que dão vida às cidades, promovem a interação entre as pessoas, revitalizam espaços urbanos degradados e facilitam o acesso a alimentos frescos e saudáveis. Há muitos destaques no mundo. Na fazenda urbana de 43 mil metros quadrados no Brooklin, em Nova York, são produzidas 20 toneladas de alimentos por ano. Na China, em Hong Kong, foi implantada uma horta urbana comunitária dentro de uma antiga fábrica de

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vidro, iniciativa que aproxima os moradores da cidade com o meio ambiente e a experiência do cultivo. Na Inglaterra, o projeto The Incredible Edible Todmorden já conta com 40 hortas coletivas em espaços públicos da cidade, desde jardins até no cemitério. Em Berlim, o antigo aeroporto de Tempelhof virou horta comunitária, onde moradores cultivam tomates e

Os cultivos urbanos se espalham em várias versões e ambientes, como nos terrenos baldios, jardins, praças, aeroportos, tetos de prédios, vasos nas residências e até mesmo em estações de trem.” batatas e produzem mel. Em Tóquio, na cobertura de edifícios dentro das estações de trem, foram construídos pomares. Em nosso país, a chamada agricultura urbana e periurbana (AUP) começou a ser debatida mais recentemente, configurando-se como instrumento de integração nos processos

de desenvolvimento sustentável das pessoas e do ambiente. O plantio de hortaliças, condimentos e ervas medicinais, aos poucos, ganha espaços urbanos das cidades brasileiras. Deve-se ressalvar que a Embrapa, antecipando a tendência, realiza desde 2004 um programa para cultivo de hortas em pequenos espaços voltado para o público urbano. A iniciativa tem como objetivo a transferência de tecnologia de produção de hortaliças em pequenas áreas, além de propiciar maior contato com a natureza, criando a possibilidade de uma maior interação com as plantas. Segundo a Embrapa, essa atividade pode funcionar, também, como coadjuvante na prevenção do estresse cotidiano. Muitos serão os benefícios com a aceleração dessa tendência. Já há estudos comprovando que as hortas urbanas, além de ofertar alimentos saudáveis, também contribuem para melhorar a qualidade do ar, diminuir o nível de ruído, reduzir o risco de inundações, absorver resíduos orgânicos, integrar pessoas e natureza, dentre tantos outros benefícios. Cerca de 85% dos brasileiros já residem no urbano. Se refletirem, já passou da hora de arregaçarem as mangas da camisa e colocarem as mãos na terra para produzir uma parte do que consomem, em harmonia com a natureza. Mãos à horta!


economia

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Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.

Antônio Dias de Souza, de tropeiro a nome de rua em vitória

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José Eugênio Vieira é pesquisador com diversos livros publicados sobre a História do Espírito Santo e atualmente ocupa a Superintendência do Sebrae

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o período de 2001 a 2007, o Espírito Santo foi o Estado brasileiro que obteve maiores e mais saudáveis índices de redução da pobreza, em todo o país. Nos seis anos pesquisados pelo Instituto Santos Neves, 405 mil capixabas foram beneficiados pela política de recuperação econômica e social do governo, uma parcela que corresponde a 13% da população do Estado. Educador como sempre me conceituei, regozijo-me com a afirmação da economista Ângela Morandi, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), de que a queda da pobreza está diretamente ligada ao maior tempo das pessoas na escola. Nosso biografado desta edição, Antônio Dias de Souza, confirma essa constatação. Nascido no cenário agreste e insosso do distrito de Princesa, quase limite entre os municípios de Iconha e Rio Novo do Sul, Antônio Dias, como foi batizado por seus pais, Pedro Dias de Souza e Etelvina Dias de Souza, teria seu horizonte de vida circunscrito à fazendola de café desde que veio ao mundo, em 13 de esbrasil •

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dezembro de 1919, até sua vida adulta. A escola primária unidocente por ele frequentada desde os 5 anos de idade mudou o futuro do menino apontado como inteligente e interessado nos estudos. Nem a dura realidade econômica de sua família, que fez dele aos 10 anos um condutor de tropa de burros transportando café para venda na região, seria suficiente para modificar o destino reservado a Antônio Dias de Souza. Contribuiu para isso o esforço de seus pais, que o trouxeram em 1932 para estudar em Vitória, matriculando-o, em regime de internato, no Colégio Americano. Pensava inicialmente em cursar Medicina, mas parece que sua vocação real era o Direito. Foi, entre 105 candidatos, o primeiro colocado no concurso para ingresso nesta faculdade. Dificuldades financeiras não se tornaram impedimento para que pudesse chegar à universidade. Estudou em livros usados, comprados de colegas, e dava aulas no Colégio Americano. Formou-se em 1941, distinguido por seus colegas como orador da turma dos novos bacharéis. Advogado atuante no Foro de Vitória, ganhou notoriedade, sempre obtendo primeiras colocações em


R. Pr of .B alt az ar

A tranquila rua leva o nome de um dos maiores representantes capixabas

GPS -20.2602415 -40.3034752 PRAÇA CACILDA CAULIT SHWAB

Rio Santa Maria

Av. Jerônimo Vervloet

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Av. Prof. Fernando Duarte Ribeiro

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R. César Calmon R. Bertino Borges

R. Prof. Antônio Dias de Souza R. Maj. Lourival Gonçalves Silva R. Profa. Clara Lima

PRAÇA PROFESSOR COLARES JUNIOR

R. Prof Bráulio Franco R. Sertório Franco

Av .F ern an do Fe rra ri

R. Walvir Tápias Oliveira

Foto: Divulgação

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concursos, desde para atuar no magistério do ensino médio, como criador da cadeira de Geografia do Brasil na Escola Normal Pedro II, na habilitação para inspetor federal de ensino secundário, até para agente de Estatística e Assistência Jurídica. Foi ainda o fundador da cadeira de Geografia da Ufes, conselheiro da Ordem dos Advogados seccional Espírito Santo Antônio Dias de Souza (OAB-ES) e conselheiro do Conselho Estadual de Educação (CEE). Antônio Dias de Souza exerceu a presidência do Instituto de Previdência e Assistência Jerônimo Monteiro (IPAJM) e foi membro do Conselho Nacional de Geografia e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Não tinha, por outro lado, vocação para atuar na área da política, como ficou evidenciado nas três tentativas frustradas para se eleger deputado estadual. No Poder Executivo estadual, porém, destacou-se como Secretário dos Assuntos de Governo e como Secretário do Interior e Justiça. O jovem que fora tropeiro aos 10 anos teve seu currículo de vida enriquecido como juiz do Tribunal Regional Eleitoral e do Tribunal de Justiça Desportiva e como professor do Colégio Estadual de Vitória.

Participe da coluna enviando sugestões para enderecodahistoria@revistaesbrasil.com.br

Antônio Dias de Souza, que foi casado com a senhora Joanna Provedel, em solenidade realizada no dia 17 de setembro de 1947, e com quem teve quatro filhos – Antônio Filho, Ruy, Sérgio (já falecido) e Paulo –, era irmão da conhecida jornalista e cronista Carmelia de Souza, nome igualmente laureado nos meios da inteligência capixaba. Faleceu em Vitória, no dia 4 de março de 1980, marcando nos anais das personalidades que deram importante contribuição para o desenvolvimento do Estado o lema herdado de seu pai e encontrado nos arquivos de seu filho Ruy Dias de Souza: “A perfeição do mundo só é possível pela perfeição do homem e, para atingi-la, cada indivíduo deve aprender a viver de modo a dar à sociedade mais do que pode dela tirar, a produzir mais do que consumir, e que a despeito de todo o progresso, a felicidade do homem e a harmonia da sociedade dependem da beleza do caráter do indivíduo”. O povo de Vitória, por seus representantes no Legislativo e pelo prefeito, perpetuaram a memória da singular figura de Antônio Dias de Souza, dando seu nome a uma rua do bairro Antônio Honório. (copidesque: Rubens Pontes). Acesse, pelo seu smartphone através de um aplicativo leitor QR Code, este e os demais conteúdos da Coluna “O Endereço da História”

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panorâmicas

Parceria do Editor

website

plataforma digital

Reflexos da crise O Brasil ainda sente os reflexos da crise e do alto desemprego. As vendas reais dos supermercados do país caíram 0,24% de fevereiro comparadas ao mesmo período do ano passado. Em compensação, subiram 1,93% se confrontadas com o mês de janeiro, segundo a Abras. Na avaliação do conselheiro do Corecon-ES Sebastião Demuner, a expectativa de novos investimentos na economia, através de concessões, privatizações e outras parcerias privadas, deverá gerar empregos e, consequentemente, a alta nas vendas em 2017.

O presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), Victor Nunes Toscano, participou da reunião do comitê gestor do projeto Excelência Municipal. Trata-se de um website público que relata os principais dados de desempenho para todos os municípios e visa a avaliar o esforço da cidade em melhorar os resultados, medidos por indicadores estratégicos em diversas áreas, além de mensurar a eficiência da gestão pública. Na ocasião, os participantes conheceram a primeira versão da plataforma digital. O encontro aconteceu no dia 12 de abril, na sede do Espírito Santo em Ação.

Desafio Uma gincana on-line com objetivo de apresentar e debater conceitos econômicos básicos para estudantes de ensino médio e estimular o envolvimento dos jovens com assuntos ligados à área. Chamado de “Desafio Quero Ser Economista”, o projeto foi criado pelo Cofecon e premiará os três primeiros colocados com notebook, smartphone e tablet, respectivamente. As inscrições começam no dia 5 de junho. Para mais informações, acesse www.facebook. com/querosereconomista.

recorde de público

Corecon nas escolas A primeira apresentação de 2017 do projeto “Corecon-ES nas Escolas” registrou um recorde de público, no município de Governador Lindenberg. Mais de 260 alunos da Escola Estadual Professor Santos Pinto assistiram à palestra “Desvendando a profissão de economista”, ministrada pelo conselheiro Ricardo Paixão, no dia 3 de abril. Com o objetivo de falar sobre a importância do curso de Ciências Econômicas para estudantes do ensino médio, o projeto leva palestras a unidades de ensino públicas e privadas do Estado.

Palestra para calouros Mercado de trabalho foi o tema da palestra ministrada pelo vice-presidente do Corecon-ES, Eduardo Araújo, para calouros do curso de Ciências Econômicas da Ufes. “Notamos que os universitários, já no primeiro dia de aula, estavam muito interessados em saber os aspectos práticos da profissão, onde estão os melhores salários e as possibilidades mais vantajosas no setor privado”, afirmou o economista. A palestra aconteceu no dia 27 de março.

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economia

IGP-M fica abaixo da inflação em 12 meseS

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Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), principal regulador dos contratos de reajuste de aluguel e energia elétrica, registrou queda de 1,10% em abril, menor taxa da série histórica iniciada em junho de 1989, segundo informação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Uma deflação que sucede ligeira alta de 0,01% em março. O Índice de Preços por Produto Amplo - Atacado - (IPA-M), um dos três indicadores que compõem o IGP-M, intensificou a deflação, ao passar de -0,17% em março para -1,77% em abril. E o índice de Preço ao Consumidor (IPC-M) chegou a 0,33%, após ter batido 0,38% em março. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) teve queda de 0,08%, vindo de alta de 0,36% no mês anterior. A variação acumulada do IGP-M em 12 meses até março caiu para 3,37%, ficando pela primeira vez abaixo de 4,00% desde abril de 2015. Já no ano, o indicador tem deflação de 0,36%. O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Victor Nunes Tavares, destaca que os reajustes de contratos, que têm esse índice como

Variação IGP-M DE ABRIL DE 2016 A abril de 2017 Em março de 1994, em meio ao período de hiperinflação, o IGP-M atingiu o pico de reajuste de 45,71%, na série histórica iniciada quatro anos antes. Mas, naquele mesmo ano, no mês de julho, o percentual de reajuste caiu para 4,33% e, desde então, nunca mais atingiu dois dígitos, chegando ao máximo de 5,19%, em novembro de 2002. 2

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ABR/16 MAI/16 JUN/16 JUL/16 AGO/16 SET/16 OUT/16 NOV/16 DEZ/16 JAN/17 FEV/17 MAR/17 ABR/17

referência, ficarão menores. “Nesse cenário ainda de recessão, essa é a consequência mais clara para o consumidor. Soma-se a isso o fato de que, na prática, muitas pessoas já vinham renegociando menores percentuais de aumento, e alguns locadores, até mesmo baixando o valor de aluguel.” Além disso, a negociação direta com as construtoras será benéfica ao comprador. Entre os três componentes do IGP-M, o que mais influenciou a queda foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que passou de variação negativa de 0,17% para uma retração de 1,77%. E, no conjunto desse segmento, o destaque foi o grupo “matérias-primas brutas”, que apresentou uma diminuição de 5,22% diante de uma baixa de 0,05%. As principais oscilações foram: minério de ferro (de 5,95% para -5,24%), soja em grão (de -4,99% para -9,38%) e milho em grão (de -5,06% para -14,52%). Já os principais itens que subiram foram: cacau (de -7,89% para 4,05%), café em grão (de -3,39% para -3,18%) e trigo em grão (de -1,69% para 0,45%). Os preços dos produtos agropecuários no atacado, medidos pelo IPA Agropecuário, caíram fortemente em abril, para 4,30%, depois de queda de 0,99% em março. Os preços de produtos industriais calculados pelo IPA Industrial também tiveram deflação, de 0,85%, contra avanço de 0,13% no terceiro mês do ano. Os preços dos bens intermediários tiveram retração de 0,77% em abril em relação à taxa também negativa de 0,39% apurada em março. Os das matérias-primas brutas também caíram de forma acentuada na apuração de abril deste ano (5,22%), em relação à queda de 0,05% em março. Já a variação dos bens finais subiu 0,36%, depois de ceder 0,08% no terceiro mês do ano. Toscano destaca ainda que, para se falar em melhoria concreta da economia, ainda é preciso esperar alguns outros indicadores que serão anunciados nos próximos meses. “Não necessariamente a retração do IGPM representa retomada da economia. É preciso verificar com cautela os motivos que levaram a essa retração. Porque ela pode representar fragilidade do mercado.” radio.esbrasil.com.br •

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política

Supremo cria grupo de trabalho para garantir prazos de inquéritos

O Supremo Tribunal Federal (STF) precisou criar um grupo de trabalho para acelerar a tramitação das investigações da Operação Lava Jato. A medida foi decidida em um encontro do ministro Edson Fachin, relator dos processos envolvendo a operação, com a presidente da Corte, Cármen Lúcia. Ainda não foram divulgadas informações sobre quais medidas serão tomadas e como será a atuação para acelerar a tramitação das ações, que dependem da investigação feita pela ProcuradoriaGeral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF) para serem julgadas no Supremo. Segundo estudo da FGV Direito Rio, os processos criminais envolvendo autoridades com foro privilegiado levam pelo menos cinco anos e meio para serem concluídos. PERDOADOS

Deputados aprovam projeto que concede anistia aos militares do ES O projeto de lei que concede anistia aos militares do Espírito Santo por atuação em movimentos reivindicatórios foi aprovado, no dia 3 de maio, pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. O texto apresentado ao plenário pelo deputado Alberto Fraga (DEM/DF) trouxe como justificativa o fato de os “militares estarem há quatro anos tentando negociar melhorias salariais e estarem sujeitos a condições precárias de trabalho”. O objetivo é conceder anistia aos PMs processados ou punidos por participar de movimentos ocorridos entre os dias 1º e 13 de fevereiro deste ano. INFORMAÇÃO

Vereadores e servidores têm dados acessíveis no Portal da Transparência Tornar os dados ainda mais transparentes à população. Esse é o objetivo da inclusão dos dados de vereadores e servidores da Câmara Municipal de Vitória no Portal Transparência. Além da informação detalhada sobre rendimentos, a plataforma inclui também conteúdos sobre a ficha funcional e as diárias usadas pelo servidor. A consulta agora pode ser feita por nome ou por cargo e também é possível ter acesso à ficha funcional do servidor, sendo permitido imprimi-la ou baixá-la. 38

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PIB Verde

IBGE passará a calcular e divulgar o patrimônio ecológico nacional O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pelo cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), deverá divulgar anualmente também o PIB-Verde, cuja apuração deverá considerar o patrimônio ecológico nacional. A medida foi aprovada Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O cálculo do PIB-Verde, conforme o projeto do deputado Otavio Leite (PSDB/RJ), deverá levar em conta iniciativas nacionais e internacionais semelhantes, em especial o Índice de Riqueza Inclusiva (IRI), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo é assegurar futura convergência com índices adotados em outros países e permitir comparação, como ocorre com o PIB. A proposta prevê ainda ampla discussão da metodologia de cálculo do PIB-Verde com a sociedade e com instituições públicas, incluindo o Congresso Nacional. Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

LAVA JATO

FNP

Comissão aprova redução de prazo para entrega dos recursos aos municípios Uma proposta em andamento no Congresso pode diminuir o tempo de espera das prefeituras no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou o Projeto de Lei Complementar 178/2015, que altera o artigo 4º da Lei Complementar 62/89. A proposta, de relatoria do deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), prevê que a entrega dos recursos arrecadados teria o prazo máximo de cinco dias. O texto estabelece ainda que nos casos de atraso no repasse a variação da Taxa de Referência (TR) será utilizada na correção monetária, pois o índice atualmente adotado é o Bônus do Tesouro Nacional (BTN).


gestão EMPREENDEDORISMO

FACILIDADE

Pequenos apostam na web Pesquisa realizada em 2016 pela Conversion, agência digital brasileira especializada em performance estratégica, constatou que o Estado é o nono entre os que mais movimentaram compras em lojas virtuais no Brasil. Para aumentar a competitividade da economia capixaba, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Espírito Santo (Sebrae-ES) criou o Comércio Eletrônico ES. O projeto é desenvolvido em duas linhas. A primeira é voltada para iniciantes nas ferramentas digitais, trabalhando a inserção e a orientação das empresas no comércio eletrônico; e a segunda contempla os negócios que já operam na área, mas precisam promover seu crescimento, elevando a taxa de conversão das vendas on-line. Mais informações na Central de Relacionamento Sebrae, cujo telefone é 0800 570 0800. GERAÇÃO ATIVA

Ação do Governo do ES inicia ciclo 2017 Estão a todo vapor as ações do ciclo 2017 do Programa de Preparação para a Aposentadoria – Geração Ativa, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), em parceria com a Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) e o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado (IPAJM). Este ano, foram promovidas as palestras “Dinheiro: sabendo usar, não vai faltar” e “Família e apoio social: não estarei só”, nos meses de março e abril, respectivamente. A próxima palestra, com o tema “Saúde e autonomia: a vida no segundo tempo”, a ser ministrada pelo médico e especialista em qualidade de vida Jorge Miranda, acontecerá no dia 17 de maio, a partir das 13h30. As inscrições ocorrerão de 2 a 15 do mesmo mês e estão abertas a todos os servidores. ADMINISTRAÇÃO

Inscrições abertas para premiação do CFA Estudantes de Administração e administradores têm até o dia 31 de agosto para inscrever seus trabalhos no Prêmio Belmiro Siqueira de Administração 2017. A iniciativa, do Conselho Federal de Administração (CFA), oferece quase R$ 35 mil em dinheiro em três modalidades: “Artigo Acadêmico”, “Livro” e “Empresa Cidadã”. O objetivo é divulgar e promover a valorização dos estudos realizados por profissionais e universitários que contribuam para o desenvolvimento da área. Na edição 2016, o Estado venceu na categoria “Artigo Acadêmico”, com o trabalho “A gestão ambiental como área de atuação do administrador: estudo de caso da crise hídrica no Espírito Santo”, de Ubirajara Corrêa Nascimento. O edital com todos os detalhes de cada categoria e os requisitos para apresentação dos trabalhos podem ser encontrados em www.cfa.org.br.

Alvará de cinco anos beneficia 40 mil empresas Os Alvarás de Publicidade e de Localização e de Funcionamento, que autorizam empresas a exercer atividades econômicas na capital, vão valer por cinco anos. A novidade foi publicada no Diário Oficial no dia 25 de abril, data em que entrou em vigor. A ampliação da vigência de licença, anteriormente de três anos, beneficia todo o setor produtivo de Vitória, que conta com mais de 40 mil empresas. “Com isso, a Prefeitura de Vitória facilita a vida de quem gera riqueza, emprego e desenvolvimento na cidade. É um desejo antigo, e outras medidas virão”, destacou o prefeito Luciano Rezende.

VISITAS TÉCNICAS

Conselho estreita laços com universitários O Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA-ES) anuncia que está de portas abertas para receber universitários e professores que buscam conhecer de perto as ações da entidade. A autarquia vem oferecendo visitas técnicas guiadas, em que são apresentados o espaço físico e a infraestrutura do conselho. A última que foi realizada contou com a participação de alunos da Multivix, situada na Serra. Na ocasião, eles ainda fizeram uma homenagem musical à profissão. As visitas são gratuitas e podem ser agendadas pelo telefone (27) 21210500 ou pelo e-mail registro@craes.org.br.

RH

Benefícios podem atrair e reter executivos Um estudo realizado pela Michael Page, líder mundial em recrutamento executivo de média e alta gerência, constatou que oferecer um pacote de benefícios pode ser a melhor maneira de atrair e reter talentos. Notou-se que 30% dos executivos aceitariam receber um salário menor em troca de um pacote de benefícios que inclua pagamento de aluguel/casa, plano de saúde, seguro de vida, seguro odontológico e subsídios para bem-estar. Em relação aos benefícios mais atraentes, foram citados o carro, que ficou na liderança (23,89%), seguido de 14º salário (22,57%), bolsa de estudos/cursos subsidiados (21,24%), ações da companhia (14,6%) e pagamento de escola para os filhos (10,18%). radio.esbrasil.com.br •

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estilo ARTE E INDÚSTRIA

Sesi Arte Galeria é inaugurado em Vitória A Reta da Penha, avenida mais movimentada de Vitória, sedia o mais novo centro cultural do Estado: o Sesi Arte Galeria, no edifício do Sistema Findes. A inauguração aconteceu no dia 18 de abril, reunindo autoridades como o governador Paulo Hartung e o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra. A sala, de aproximadamente 800 metros quadrados, possui iluminação e acessibilidade adequadas. Até 11 de junho, é possível visitar a exposição inaugural “File – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica”, que reúne obras de artistas de 14 países e é composta por oito instalações interativas, quatro games e 20 animações.

Maes recebe obras de Dionísio Del Santo Duas obras do artista capixaba Dionísio Del Santo (1925-1999) foram doadas ao Museu de Arte do Espírito Santo (Maes) pelo Ministério Público do Trabalho no Estado (MPT-ES). Além de nomear o Maes, o gravador, desenhista e pintor, nascido em Colatina, possui peças no acervo de importantes museus, como Mac Niterói, MAM-SP, MAM-RJ, Paço Imperial, Museu Nacional de Belas Artes e MAM-BA, e em diversas coleções particulares. Dionísio foi o primeiro artista a expor no espaço capixaba, em 1998, onde atualmente se encontra a maior parte de seus trabalhos.

HÁBITOS CULTURAIS

Brasileiro frequenta mais cinema e teatro Em nove anos, o número de brasileiros que frequentam cinema e teatro praticamente dobrou. Foi o que constatou a pesquisa nacional “Hábitos Culturais”, divulgada em abril pela Fecomércio-RJ/Ipsos. De 2007 a 2016, a quantidade de espectadores que foram às salas de projeção de filmes pelo menos uma vez no ano saltou de 17% para 34%. Proporção semelhante foi verificada no item “peças de teatro”, passando de 6% para 11%. O total de brasileiros que afirmou ter realizado alguma atividade cultural em 2016 foi de 56%, expansão de três pontos percentuais em relação a 2015. A principal opção mencionada foi a leitura de livros (37%), seguida de cinema, show de música (29%), espetáculo teatral, espetáculo de dança (11%), exposição de arte (11%) e museu (10%). EXPOSIÇÃO

Fotografia modernista no Palácio Anchieta O Espaço Cultural Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, recebe até o dia 25 de junho a exposição “Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira”. De caráter itinerante, a mostra já percorreu 14 cidades, incluindo algumas brasileiras e as capitais de Paraguai, México e Peru. São 118 imagens de artistas renomados da fotografia, como German Lorca, Marcel Giró e Thomaz Farkas, com foco na importância do movimento modernista para a cultura e identidade nacionais. Entre as diversas obras apresentadas, algumas são inéditas ao grande público, uma vez que ficavam restritas ao circuito fotoclubista. A curadoria é do fotógrafo e pesquisador Iatã Cannabrava. Entrada franca. DEBATE

Cultura como oportunidade de negócio Referência no Brasil nas discussões da cultura como oportunidade de negócio, o diretor do Instituto Itaú Cultural, Eduardo Saron, participou de debate promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) em abril. Na ocasião, um público formado por produtores culturais discutiu questões como gestão de projetos, Lei Rouanet, recursos financeiros e programas de formação. O evento teve o objetivo de conectar os profissionais capixabas com as oportunidades que o Itaú Cultural pode oferecer. 40

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NOSTALGIA

Cinemark exibe clássicos do cinema Do videocassete ao streaming, já faz tempo que assistir a filmes clássicos do cinema se tornou mais acessível. Porém, quem busca a experiência de conferir essas produções no “escurinho do cinema” pode anotar na agenda: na última terça-feira de cada mês, até o fim do ano, no Cinemark dos shoppings Vitória e Vila Velha, serão exibidos clássicos que marcaram a história da sétima arte. A temporada 2017 começou em abril, com a exibição de “E o Vento Levou” (1939), drama épico de Margaret Mitchell. As outras duas tramas já confirmadas são “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968), de Stanley Kubrick, em 30 de maio, e “O Mágico de Oz” (1939), de Victor Fleming, em 27 de junho.


ciência e Inovação Foto: Denise Casatti

PUBLICIDADE

Samsung lança óculos de realidade virtual A Samsung lançou os óculos de realidade virtual. Para divulgar o produto, a companhia veiculou uma campanha instucional em que um avestruz aprende a voar. No comercial, o animal vai até uma mesa e ao tentar pegar os petiscos no prato, atrapalha-se, colocando os óculos. Após muito tentar, a ave consegue fazer algo impressionante, e tudo porque teve acesso à tecnologia que lhe permitiu experimentar uma sensação inédita: a de conhecer o céu. O comercial é embalado pela música “Rocket Man”, de Elton John, e foi criado pela agência Leo Burnett. Ao final, a mensagem “Nós fazemos o que não poderia ser feito, para que você faça o que não poderia fazer”, transmite a informação totalmente incentivadora.

Olímpiada Brasileira de Robótica Estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico podem garantir presença na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que está com inscrições abertas até 20 de maio. Até essa data também podem ser realizadas as inscrições para a modalidade teórica da competição. As equipes que obtiverem a melhor classificação nas etapas regionais seguem para disputar a fase estadual da OBR. E quem atinge bons resultados na estadual vai brigar na final nacional, que ocorrerá de 7 a 10 de novembro em Curitiba (PR). A participação dos alunos na OBR é voluntária e gratuita, e não há obrigatoriedade de número mínimo ou máximo de integrantes por escola. Para se inscrever, o professor ou técnico das equipes deve cadastrar os participantes no sistema Olimpo pelo site www.obr.org.br,onde também está disponível o manual de inscrições.

Foto: Divulgação/ Samsung

Atos lança nova linha de smartphones ultrasseguros para empresas

SAÚDE

Biosensor ajuda a detectar tumor com antecedência

Foto: Divulgação

Uma equipe de pesquisadores desenvolveu um biosensor capaz de detectar tumores antes mesmo que eles se formem. O método, elaborada por cientistas da Universidad Complutense de Madrid (UCM) e do Instituto de Pesquisas Biomédicas Alberto Sols, em parceria com diversos hospitais, foi comprovado em amostras sorológicas de quatro pacientes com câncer de cólon e dois de ovário, além de ser usado para analisar 24 pessoas com elevada probabilidade de desenvolver tumores malignos no cólon por antecedentes genéticos. “Com a ajuda do biosensor, os cientistas determinaram os anticorpos gerados pelos pacientes para a proteína p53, conhecida como a guarda do genoma, já que repara mutações do DNA, evitando alterações no ciclo celular e a aparição dos tumores”, afirmou José Manuel Pingarrón, professor da UCM e coautor do estudo.

Pensando em garantir a proteção dos dados de funcionários, a marca Atos lançou o Hoox for Business, um smartphone corporativo ultrasseguro para que os profissionais tenham segurança de suas informações mesmo fora do escritório. Os aparelhos contam com sistema operacional Android e oferecem uma defesa abrangente contra interceptações e intrusões, mesmo em caso de perda ou roubo do aparelho. A segurança é de ponta a ponta, incluindo terminal, portas USB, Wi-Fi, Bluetooth, comunicações, dados e aplicativos. Conferência de voz com múltiplos usuários, mensagens instantâneas para grupos e correio de voz são exemplos de funções protegidas com criptografia. Além disso, a solução inclui recursos específicos de gerenciamento e autenticação de aplicativos. O Hoox permite a comunicação em ambiente controlado, seguindo as regulamentações de cada país.

Empresa desenvolve tecnologia que identifica a procedência da carne A Operação Carne Fraca gerou um grande problema a ser combatido, e também oportunidade de mercado e de colocar a tecnologia a favor da saúde e do combate a práticas ilícitas. A empresa Safe Trade, de Itajubá, em Minas Gerais, desenvolveu uma tecnologia que identifica o histórico da carne bovina, do pasto ao prato, combinando identificação por radiofrequência (RFID), códigos de barras e Qr-Codes. Na embalagem da carne bovina vendida em grandes redes supermercadistas de Belo Horizonte, há um selo de identificação, com código Qr e numérico, em que o consumidor consegue ter acesso a quase tudo acerca de sua origem: o nome do frigorífico e seu número no Serviço de Inspeção Federal (SIF), a data de abate do animal, a validade do produto, o nome do produtor, a fazenda, as certificações que a propriedade possui, a data de vacinação contra febre aftosa e brucelose do rebanho, a localização do frigorífico e da fazenda e até se o boi foi criado em área desmatada. Dessa forma, o cliente tem a possibilidade de avaliar o alimento que está comprando por meio de um sistema de notas, no próprio site, que qualifica a carne nos seguintes itens: cor, sabor, maciez, embalagem e qualidade geral do produto.

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test drive

Renault Captur Design elegante que impressiona

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novo Renault Captur vem dando o que falar desde seu lançamento. Fabricado no Complexo Ayrton Senna, no Paraná, o veículo oferece o conforto e o espaço interno do universo SUV, com alta oferta de conectividade, tecnologia e segurança, além de traçados extremamente atrativos. “O design do Captur mistura elegância e linhas bem marcadas. Reflete a nova identidade da marca”, afirma Vincent Pedretti, chefe de Design do RDAL (Renault Design América Latina). A pintura confere efeito harmônico, originalidade e personalização, com 13 combinações de cores, incluindo nove em biton. O teto pode ser preto ou marfim; já a carroceria vem em oito opções: preta, branca, marrom, laranja, marfim, vermelha, prata e cinza. Toda a imponência do veículo é vista na parte externa, que apresenta detalhes modernos como o desenho as luzes diurnas em LED, o fluído dos faróis de neblina, o grafismo e o escapamento cromado. Na parte interna, os destaques ficam por conta de seu novo quadro de instrumentos, associado a um velocímetro digital e aos displays em formato de meia-lua de cada lado. O interior ainda pode receber o acabamento em dois tons, dependendo da versão escolhida. Esbanjando tecnologia e conectividade, o Captur disponibiliza o Media Nav, que com no máximo quatro cliques acessa e configura qualquer funcionalidade da central multimídia, através da tela touchscreen de 7”, cuja estrutura apresenta GPS integrado, Bluetooth, câmera de ré, eco-scoring e eco-coaching. Além de todas essas funções, o sistema é integrado

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Renault Captur Motor: bicombustível, quatro cilindros em linha, 16 válvulas Direção: Eletro-hidráulica Câmbio: Manual 5 velocidades / Automático 4 velocidades Pneus/rodas: 215/60 R17 Porta-malas: 437 litros Tanque: 50 litros Comprimento: 4.329 mm Altura: 1.619 mm Largura: 1.813 mm (sem retrovisores) Entre-eixos: 2.673 mm

ao comando satélite, que possibilita ao motorista acessar tudo sem tirar as mãos do volante. Outro ponto alto é o sensor crepuscular, uma ferramenta inteligente que capta a luminosidade do ambiente e acende as luzes automaticamente conforme a necessidade. A segurança também não deixa a desejar, com quatro air bags (dianteiros e laterais), Isofix, controle eletrônico de estabilidade (ESP) – sistema que garante maior segurança nas curvas ao corrigir movimentos que podem fazer o veículo sair da trajetória normal – e controle eletrônico de tração (ASR), que proporciona maior aderência em diferentes tipos de superfícies. Todas as versões vêm com freios ABS, auxílio de frenagem de emergência (AFU) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD). O modelo será oferecido em duas versões, com o Captur Zen 1.6 SCe manual e o Captur Intense 2.0 automático, que apresentam diversos atrativos, como direção eletro-hidráulica, volante com regulagem da altura, ar-condicionado, rodas aro 17 polegadas de liga leve, vidros elétricos, alarme perimétrico, chave-cartão hands free, comando de áudio e celular na coluna de direção (comando satélite), assento do condutor com regulagem de altura, sistema CAR (travamento automático das portas a 6 km/h), retrovisores rebatíveis, piloto automático com indicador e limitador de velocidade, entre outros itens. Vale a pena dar uma conferida.


Foto: Divulgação

Vitória Motor Fest movimenta mais de R$ 6 milhões As principais marcas apresentaram as novidades do setor automotivo no Vitória Motor Fest, que aconteceu nos dias 25 e 26 de março na Arena do Shopping Vitória. Considerado o maior do segmento no Espírito Santo, o evento movimentou negócios da ordem de R$ 6 milhões. Entre as empresas que prestigiaram estiveram a Atlântica (Renault), Audi Center Vitória, Contauto (Ford), CVC (GM), Prime (Hyundai), Kurumá (Toyota/Lexus), Plena (Kia), Podium (Fiat), Shori (Honda), Vitória Harley Davidson, Vitória Motors (Jeep e Mercedes-Benz) e Vitoriawagen (Volkswagen). O público teve acesso a um atendimento diferenciado, test drive em inúmeros modelos, condições especiais de pagamento e promoções, com direito até a taxa zero. O Vitória Motor Fest nasceu de uma parceria da Rede Gazeta com o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives).

Peças da Volvo podem ser compradas on-line

Foto: Divulgação

A Volvo lançou neste mês de maio o seu canal de e-commerce com 250 itens. De acordo com a montadora, estão na lista os itens mais procurados pelos clientes, que passam a receber as peças com conforto em todo o país. Para a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a expectativa é de que em 2017 o e-commerce cresça 12% com relação a 2016: o ano deve registrar mais de 200 milhões de pedidos nas mais de 70 mil lojas virtuais existentes. As compras podem ser feitas no endereço www.volvopecas.com.br.

Abril tem a maior média diária de emplacamentos do ano Além da venda de 152.380 unidades, o mês de abril registrou a média diária de emplacamentos mais alta do ano e a terceira melhor dos últimos 16 meses, com 8.465 licenciamentos/dia, volume 5,9% superior ao de março. A notícia anima o setor, mesmo com a queda nas vendas de veículos leves, que encolheram 17,1% na comparação com março e 3,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. A queda, dizem os especialistas, se deu em razão do mês mais curto – apenas 18 dias úteis – por causa dos feriados. A boa média pode sinalizar uma recuperação do setor, tão atingido durante a crise econômica desde 2015.

Toyota faz recall de mais de 538 mil carros Antecipando-se a problemas e zelando pelos seus consumidores, a Toyota anunciou em abril um grande recall para 538.730 carros, fabricados entre outubro de 2011 e dezembro de 2014. A iniciativa abrange os modelos Corolla (223.518 unidades), Etios (138.346), picape Hilux e utilitário esportivo SW4 (176.866, para ambos). A campanha se deu em virtude da possibilidade de degradação do deflagrador dos air bags depois de grandes períodos de exposição ao calor excessivo, além de variações bruscas de temperatura e umidade. Os proprietários poderão entrar em contato com a rede de concessionárias Toyota para agendamento prévio. As revendas autorizadas estão listadas no site www.toyota.com.br.

100% dos veículos serão incluídos na etiquetagem Mudança na 9ª etapa do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBVE), que identifica anualmente a partir de um relatório divulgado pelo Inmetro o nível de consumo e de emissões dos veículos vendidos no Brasil. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) anunciou que, a partir deste ano, todos os modelos passarão a apresentar a etiqueta. Ainda no primeiro semestre, 87 modelos serão incluídos no programa, que classifica de acordo com faixas coloridas em escala de A (mais eficiente) até E (menos eficiente). radio.esbrasil.com.br •

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Por Letícia Vieira

Gastronomia

Um convite às montanhas capixabas

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eja no inverno, seja em qualquer outra estação, subir as montanhas capixabas é sempre uma ótima opção. Uma das mais belas regiões do Espírito Santo possui todas as características de colonização alemã e italiana e um clima ameno e agradável durante todo o ano. Domingos Martins é minha sugestão de destino desta edição. Campinhos, a sede do município, a 542 metros de altitude, está apenas a 43 km de Vitória. O acesso se dá pela BR-262. Em uma caminhada pelas ruas e pela praça da cidade, muita história, cultura e gastronomia. Mas a região ainda guarda outros encantos. Seguindo por mais 50 km, ainda na BR-262, você chega a Vila de Pedra Azul, um distrito que surpreende pelas belezas naturais e que, rodeado pela Mata Atlântica, já foi até cenário de novela. Antes de continuar com o nosso roteiro, quero lhe contar uma curiosidade. Você sabe por que a região é chamada de Pedra Azul? Ela ganhou esse nome devido à coloração de um maciço que pode ser visto de qualquer ponto da localidade. Nele há um líquen que, dependendo da posição do sol, dá a impressão de deixar a pedra com coloração azulada. O maciço, além do nome, rendeu também um apelido: Pedra do Lagarto. Observando com atenção, principalmente 44

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em dias ensolarados, a pedra menor que está na lateral da maior se confunde com um enorme lagarto escalando a Pedra Azul. Lendas também estão presentes. Tem, por exemplo, a da pata da onça. Mas não quero me adiantar e estragar as surpresas que você irá descobrir por lá. Só se lembre de manter olhos e ouvidos bem atentos. Além da visão e da audição, outro sentido que será bastante exigido nessa viagem é o paladar. Prepare-se para vivenciar sabores intensos. Há restaurantes, cafés e bistrôs! Todos preparados para surpreender com muito sabor, além da excelente estrutura. Tudo isso e muito mais você encontra na Rota do Lagarto e em seu entorno. Uma rota turística que começa no km 90 da BR-262, na Casa do Turista, e segue por 8 km até a rodovia ES-164. A região conta com diversas opções de hospedagem. Casas, chalés, hotéis e pousadas com estrutura para receber família e amigos. Quando o assunto é entretenimento, além do próprio Parque Estadual da Pedra Azul, há outras opções bem variadas: esportes radicais como rapel e escaladas, stand up no Lago Negro, trilhas pela mata, passeios a cavalo, aluguel de bicicleta ou mesmo de quadriciclo para conhecer toda a rota. Tem para todos os públicos. Viu só? Essa é uma região turística completa e pronta para recebê-lo.

Que tal saborear um delicioso risoto de tomate seco? Confira a receita do Bistrô Vista Pedra Azul. Ingredientes: 200g de arroz arbóreo 100g de tomate seco picado 500 ml de caldo de legumes 1 colher de manteiga 150g de queijo ralado Alho a gosto Salsa a gosto Cebola a gosto Sal a gosto Modo de preparo: Pré-cozinhe o arroz por 10 minutos no caldo de legumes. Em outra panela, coloque o arroz précozido e acrescente 4 conchas e meia de caldo de legumes aos poucos, mexendo sempre. Cozinhe em fogo baixo até que o arroz fique al dente. Acrescente o tomate seco, a salsa, o alho, a cebola, o queijo e a manteiga, sempre mexendo no intervalo de um ingrediente para o outro. Deixe o queijo e a manteiga por último.

Bistrô Vista Pedra Azul Endereço: Sítio Vitório Colodette, Rod. Geraldo Sartório - São Paulo do Aracê, Domingos Martins - ES. Telefone: (27) 99920-7123 Horário de funcionamento: sexta e sábado: das 11h às 22h00 | domingo: das 11h às 17h00.

Veja mais fotos na galeria do site: www.esbrasil.com.br



MAIS E MELHOR FILME

TÔ RYCA! Pedro Antonio, Paris Filmes

A comédia nacional que atraiu mais de 1 milhão de espectadores aos cinemas no ano passado chegou em abril ao mercado de home video. Protagonizado por Samantha Schmütz, o filme acompanha a história de Selminha, que trabalha como frentista e vive cheia de dificuldades, mas vê tudo mudar quando recebe uma herança inesperada. Entretanto, para ter direito à fortuna, ela precisa cumprir o desafio de gastar R$ 30 milhões em 30 dias, sem acumular nada. Nessa maratona, Selminha se envolve com a política e acaba descobrindo que existem coisas que o dinheiro não compra. O elenco conta ainda com Katiuscia Canoro, Marcelo Adnet, Fabiana Karla e Marcus Majella.

A SENHA Irving Wallace “Livro antigo que até hoje intriga leitores com suas passagens históricas sobre um papiro do século I d.C, que resulta ser o maior descobrimento arqueológico de todos os tempos. Na trama, esse evangelho desconhecido contradiz o relato de outros e muda a forma de ver a história de Jesus.” Elmane Lucas, gestor comercial da Senior

NINFOMANÍACA: VOL. 1 Lars vonTrier

ÁLBUM

“De início, o filme pode te levar a pensar que tem apenas atrativos sexuais. A produção vai muito além disso, abordando o fetiche, mas mostrando que isso possui um lado social e humano muito forte. A fotografia é um show à parte, com um tratamento no estilo de películas italianas. É um filme que te prende pela história, bem bacana.” Leia Rodrigues, atriz

Humanz Gorillaz, Warner Music

A banda virtual se tornou um fenômeno mundial após atingir o sucesso de maneira totalmente inovadora. O novo álbum conta com participações especiais de Mavis Staples, Danny Brown, Vince Staples, De La Soul e muitos outros nomes. LIVRO

Democracia Tropical Fernando Gabeira, Estação Brasil

Este livro surgiu das anotações de Fernando Gabeira sobre o caminho percorrido pela democracia brasileira, desde o movimento Diretas Já até os dias de hoje. Gabeira é apresentado como personagem da história, contando e refletindo sobre sua vivência. como jornalista, ativista e político. MAIS VENDIDOS

NEGÓCIOS 1º

Gente que Convence Eduardo Ferraz | Planeta do Brasil

Os Segredos da Mente Milionária | T. Harv Eker, Sextante

Go Pro – 7 passos para se tornar um profissional do marketing de rede | Eric Worre, Rumo ao Topo

Incansáveis | Maurício Benvenutti, Sextante

Pai Rico, Pai Pobre | Robert T. Kiyosaki / Sharon L. Lechter, Elsevier

Fonte: PublishNews

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NOTHING HAS CHANGE David Bowie “O cantor britânico David Bowie partiu em janeiro de 2016, mas sua obra é imortal. A coletânea ‘Nothing Has Changed’ prova a genialidade do artista. O trabalho, lançado para celebrar seus 50 anos de carreira, reúne sucessos como ‘Modern Love’, ‘Shadow Man’, ‘Let’s Dance’ e ‘Heroes’. E viva Bowie! Cesar Lisboa, professor de letras

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ivo nogueira dias

Reflexões Neste momento em que a cada minuto somos impactados por notícias que nos deixam perplexos, procurei, nas palavras, refletir e buscar dentro de nossa mente algo que nos motive a sermos melhores, para nós e para com o próximo.

Vamos ser respeitosos, gentis, gratos, e perdoar uns aos outros. Se o magoei, peço-lhe perdão... Mas lembre-se: a viagem aqui é tão curta...

Primeira: A viagem é tão curta

Segunda: O que me preocupa não é o alarido que fazem os maus, mas o silêncio dos bons

Uma jovem estava sentada num ônibus. Uma senhora mal-humorada sentou-se ao seu lado, batendo-lhe com suas sacolas. Uma pessoa que tudo observava perguntou à moça por que ela não reclamou, não falou algo. A moça respondeu com um sorriso: Não é necessário ser grosseiro ou discutir sobre algo tão insignificante, a jornada juntos é tão curta... Desço na próxima parada”. Essa resposta merece ser escrita em letras maiúsculas e ser lembrada diariamente: *Não é necessário discutir sobre algo insignificante, nossa jornada juntos é tão curta.* Se cada um de nós pudesse perceber que a nossa passagem tem uma duração tão curta, para que comprometê-la com brigas, ingratidão e atitudes ruins? Isso tudo é um desperdício de tempo e energia. Alguém machucou seu coração? Fique calmo, a viagem é tão curta. Alguém traiu, intimidou, enganou ou humilhou você? Fique calmo, perdoe, a viagem é tão curta. Para qualquer sofrimento que alguém nos provoque, vamos sempre lembrar que a nossa jornada juntos é tão curta. Perdoe, mas tenha sempre a opção da não convivência. Evite o que ou quem lhe faz mal. Nossa jornada aqui é muito curta e não pode ser revertida... Ninguém sabe a duração de sua jornada. Ninguém sabe se terá que descer na próxima parada... Vamos, portanto, acalentar e manter os verdadeiros amigos, aqueles que nos acrescentam pessoal e espiritualmente, e principalmente a sua família.

Nunca a corrupção incomodou tanto como agora. Nós não estamos no começo da sujeira, e sim começando a limpar. De repente a gente acendeu a luz e viu que tinha um monte de ratos pra lá e pra cá, que a gente não tinha notado ou tinha fingido que não estavam. Alguns fomos nós que pusemos lá. Partes daqueles ratos nos beneficiaram em algumas coisas, mas de repente começou a dar nojo. De repente nós, que estávamos olhando lá pra cima, começamos a olhar pra dentro e descobrir o rato que vive em mim e em você, que quer levar vantagens, que aceita fazer o que não deve. Eu vivo hoje uma alegria cívica. Isto é, um país que ferve, que dói que é turbulento, mas que está começando a limpar. Como diz o juiz da Suprema Corte Americana Louis Brandeiz: “A luz do sol é o melhor detergente, e quando você coloca as coisas a limpo, a claro, aí tudo fica melhor”. Por isso, se a população descrê em parte do que é a política, ela precisa lembrar-se de uma coisa. Há uma antiga frase que diz: “Os ausentes nunca têm razão.” E às vezes omitir-se é mais que não participar. Muitas vezes a omissão é cumplicidade. Porque às vezes isso vai acontecer, como destaca a clássica frase de Martin Luther King: “O que me preocupa não é o alarido que fazem os maus, mas o silêncio dos bons”. Por isso a população está se incomodando e muitos, agindo, apoiando e vivendo este novo momento. Que possamos todos acreditar que, depois de todo este momento que estamos vivendo, sairemos fortalecidos e que, mais do que nunca, nossas próximas atitudes é que poderão fazer toda a diferença.

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luiz fernando leitão tiragosto@revistaesbrasil.com.br

pratos do dia

Bandeirantes e Pioneiros Viana Moog

Inteligência Virtual A. Herman

Avós mestres-cucas

moquequinhas • O Rock’n’ Blues Festival de Manguinhos foi show. • Vitória Stone Fair confirmada, parabéns! • Fabio Carvalho lançando CD. • Parabéns, Alex Lima!!! • Dia 8 foi Dia de Rock. • Deveria ter um feriado só pra descansar dos feriados!!!

Quando pensamos em comida gostosa, logo nos vêm à cabeça as delícias feitas por nossas avós. Foi pensando nisso que, em Nova York, acabou sendo criado um restaurante sem chefs de cozinha. O lugar é comandado por vovós de diversos lugares do mundo! O Enoteca Maria conta com a ajuda de mulheres da Síria, República Tcheca, França, Equador e Jerusalém, que dirigem o restaurante como ninguém. O dono, Jody Scaravella, se inspirou em sua nonna para montar o estabelecimento: “Eu acho que eu estava inconscientemente tentando reparar os buracos na minha vida, e ver uma avó italiana na cozinha era uma forma de consolo”, disse.

Antissocial

cardápio de assuntos • As reformas

Quer se livrar de pessoas desagradáveis? O aplicativo Split, lançado recentemente, pode ajudá-lo a evitar aqueles encontros fortuitos com os “chatos de plantão”. Como? É simples, ele funciona como uma rede social ao contrário. Basta selecionar nas redes sociais tradicionais aqueles que você não quer encontrar, e o aplicativo, através de geoprocessamento, avisa quando algum “amigo” está próximo. O mais cruel é que, para isso, ele utiliza as bases do Facebook, do Twitter, do Instagram e do Foursquare.

• As delações • Fla x Flu • O depoimento do Molusco • A mordida do Leão • Trump X Menino Maluquinho

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Adhemar Hamilton Lovato

dica do chef “Pedalar pela Ilha.” – Cristiane Mesquita Dalvi, empresária revistaesbrasil

a saideira!

É muito inocente junto, né não?


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especial

Luciene Araújo

Espírito Santo:

este pequeno é um gigante... Mas ainda são muitas as oportunidades não aproveitadas

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esta segunda matéria de nossa série “Somos 4 Milhões” reunimos as riquezas econômicas do Espírito Santo e também avaliações políticas e empresariais do que é preciso fazer para alavancar novos negócios e torná-los ainda mais competitivos. O Espírito Santo é um dos estados que mais se desenvolvem no Brasil, com o maior volume de investimentos per capita do país e uma carteira de projetos com cifra superior a R$ 100 bilhões em investimentos, segundo dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento. Em 2016, nosso PIB nominal foi de R$ 133,67 bilhões. Dessa forma, representa 2,2% do PIB brasileiro (IBGE), ocupando a 11ª posição no ranking dos estados no crescimento nacional, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). A última estatística disponibilizada pelo IBGE (2014) aponta que o PIB per capita capixaba, de R$ 33.148,6, supera o registrado pela economia brasileira, no valor de R$28.500,21. Tanto na agricultura quanto na indústria, o Espírito Santo detém recordes mundiais que mostram que, em muitos aspectos, o quarto menor estado do Brasil é na verdade um gigante. Em terras capixabas, estão o maior polo exportador de pelotas de minério de ferro do mundo, a produtora líder mundial em placas de aço e a empresa número um do planeta em produção de celulose branqueada de eucalipto. E não por acaso, temos ainda o maior terminal 52

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privativo de exportação de celulose e também a maior produtora de clorato de sódio, no âmbito internacional. Também somos o segundo maior produtor brasileiro de petróleo e gás natural e fomos o primeiro Estado a operar na camada do pré-sal. O Espírito Santo concentra um dos maiores complexos portuários da América Latina e deverá ganhar destaque nacional e internacional quando estiver pronto o Porto Central, em Presidente Kennedy, o 4º do Brasil em águas profundas. O Estado responde ainda por 80% das exportações brasileiras de mármore e granito e é o maior exportador mundial de mamão papaia. Desempenho dos setores Ainda segundo o IJSN, o setor primário, com destaque para as atividades de pecuária e agricultura, ganhou participação na geração de riqueza do Estado, passando de 3,3% para 3,4%. O setor terciário, que respondia por 56,5% do PIB capixaba, aumentou sua presença em 1,4% no ano seguinte, saltando assim para 57,7% em 2014. Já as atividades secundárias tiveram queda na participação na produção econômica do Estado, passando de 40,5% para 38,9%, comparando 2013 a 2014. O declínio do setor pode ser atribuído em grande medida à redução nos preços de commodities (pelotas de minério, petróleo e gás e celulose) produzidas no Estado e ao recuo no volume de produção


O agronegócio tem participado cada vez mais da geração de riqueza do Estado, apesar de responder hoje por menos de 4% do PIB capixaba

dos segmentos indústria de transformação (-3,3%) e construção (-3,8%). Nem mesmo o crescimento expressivo do volume de produção da indústria extrativa (+16,1%) foi suficiente para compensar esses dois fatores. Essa queda deverá ser significativamente maior quando forem computados os resultados de 2016, considerando os impactos da seca, da paralisação da Samarco e de algumas enchentes enfrentadas pelo empresário capixaba. Agronegócio Carro-chefe do agronegócio espírito-santense, a cafeicultura está presente em quase todos os 78 municípios capixabas e gera 400 mil empregos diretos e indiretos. O Estado detém a marca de segundo maior produtor e exportador de café do Brasil, sendo destaque internacional na produção de cafés especiais, presentes nas principais torrefadoras ao redor do mundo. “Produzimos 70% do café tipo conilon do país, atividade que envolve mais de 250 mil pessoas. Em termos de volume, ocupávamos o 2º lugar no ranking mundial, ficando atrás somente do Vietnã, até 2014. Mas, após a longa escassez hídrica, a produção local foi ultrapassada pela da Indonésia. Temos tido um árduo trabalho para conquistar novos mercados e melhorias para o cafeicultor capixaba”, destaca o presidente do Centro de Comércio de Café, Jorge Luiz Nicchio. Dos 10 maiores municípios produtores de conilon do Brasil, oito estão no Espírito Santo. O líder é o município de Jaguaré, seguido de Vila Valério e Sooretama.

O Estado tem tido destaque internacional na produção de grãos especiais. “As exportações de grãos especiais cresceram de 15% a 20% nos últimos dois anos. E a expectativa é que esse percentual se mantenha. O café saiu da tradição e passou a ser uma bebida social, que faz parte da rotina do cidadão em todo o mundo. Tenho muito orgulho de produzirmos um café que é referência mundial. Hoje, nossos grãos especiais respondem com 8% a 10% de toda a produção deste segmento no Brasil”, salienta Egídio Malanquini, proprietário do Café Vista Linda e atuante nos últimos 19 anos na diretoria do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé). Mamão O Espírito Santo é o maior produtor mundial de mamão papaia, com uma média de 400 mil toneladas por ano concentrada no norte do Estado, onde estão localizadas as 12 empresas que exportam a fruta. Todos os anos, enviamos 12 mil toneladas da fruta ao exterior. Desse montante, 25% são exportados para os Estados Unidos, e o restante, distribuído entre quase todos os países europeus e também para o Oriente Médio. Um acordo entre autoridades brasileiras e norte-americanas, assinado em novembro do ano passado, já está facilitando as negociações, segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), entidade sediada em Linhares.

“Vínhamos perdendo mercado nos Estados Unidos havia 10 anos, mas fomos surpreendidos com esse percentual de crescimento que, apesar de baixo, já representa importante recuperação do setor. O Brasil responde hoje por 7% do comércio mundial do agronegócio, e o Governo Federal quer elevar essa participação para 10% nos próximos três anos. Esperamos atingir esse mesmo percentual de crescimento nas exportações de mamão capixaba”, enfatiza o diretor executivo da Brapex, José Roberto Macedo Fontes. “Produzimos o ano todo, e os clientes internacionais preferem trabalhar com produtos que possam ser comercializados sem interrupções; temos a variedade Golden, com boa resistência para permanecer na prateleira, mas nosso maior atrativo é mesmo o sabor do mamão capixaba, apreciado em mesas de consumidores na Europa, América do Norte e Oriente Médio”, destaca Adriana Piazarollo Lima, diretora financeira da UGBP USA/ Crown Global Corp, braço direito da UGBP (Union of Growers of Brazilian Papaya) Brasil desde 2005. Novos mercados na África, na Rússia e no Japão fazem parte dos trabalhos da Brapex. Mas o mercado interno se tornou muito atrativo nos últimos anos, com aquisições de grandes redes de supermercados. Pimenta-do-Reino A produção de pimenta-do-reino teve início na década de 1960, sempre com característica de agricultura familiar, com propriedades entre três e cinco hectares. A cultura ganhou importância maior nos últimos anos, devido ao preço, e o número de produtores cresceu, radio.esbrasil.com.br •

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especial

Você sabia? Os resíduos do abacaxi Vitória podem ser utilizados na produção de bromelina, usada na indústria farmacêutica e de alimentos

De janeiro a setembro de 2016, foi exportado 1,47 milhão de toneladas de rochas, o que gerou uma movimentação de US$ 725,49 milhões

explica o presidente da Associação Capixaba dos Exportadores de Pimentas e Especiarias (Acepe), Rolando Martin. “O mercado chegou a pagar R$ 30,00 o quilo da pimenta-do-reino, o que levou a uma corrida para se plantar o produto. Sabe-se que nesses últimos três anos, foram cultivadas em torno de 5 milhões de novas plantas em todo o Estado”, aponta Martin.

produção agrícola em 2016 PRODUTO

EM TONELADAS

Uva (para vinho)

571

Uva (para mesa)

1.898

Morango

10.181

Limão

12.258

Maracujá

25.531

Abacaxi

46.326

Café arábica

211.359

Mamão

251.365

Banana

262.566

Café conilon

304.008

Cana-de-açúcar

2.845.580

Fonte: Seag

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O aumento da área cultivada e a nova técnica utilizada são fatores que podem fazer a produção 2016/2017, estimada entre 10 mil e 12 mil toneladas, chegar a 30 mil toneladas anuais. Hoje o produto é a quarta pauta de exportação do Estado. As vendas da pimenta subiram 47%, alcançando US$ 41 milhões somente nos três primeiros meses de 2016. “Porém, as pesquisas nesse campo ainda são pífias, considerando a importância do produto para as famílias e a renda que traz aos cofres públicos”, alerta Martin. Abacaxi O Estado produz também o abacaxi da espécie Vitória, que além de mais resistente a pragas como a fusariose (principal doença do abacaxi) e ter “ótima” aceitação comercial para o consumo in natura e para a agroindústria, pode ser até 274% mais lucrativo que o do tipo Pérola e 251% superior ao tipo Smoooth Cayenne, segundo pesquisas realizadas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão Rural (Incaper). Dados do IBGE apontam que existem 3 mil hectares da fruta, e a dificuldade de expansão está na falta de aquisição de mudas, que custam entre R$ 0,80 e R$ 1,20 (são necessárias 22 mil plantas para preencher um hectare). Mas o Incaper já está viabilizando expansão do abacaxi Vitória para 32 municípios do Estado, distribuindo 1,7 milhão de mudas.

Mármore e Granito O Espírito Santo reúne 1.650 empresas no setor de rochas ornamentais, que atuam na comercialização, na mineração, na indústria de transformação e no beneficiamento. Na ponta dessa importante cadeia estão as marmorarias, responsáveis pela produção de recortados e pela instalação final dos materiais produzidos. Dados do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas) indicam que o segmento gera aproximadamente 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, participando com 10% do PIB capixaba.

Capixaba de coração

“ Natural de Carangola/MG, morei 20 anos em Belo Horizonte e estou há 2 anos no Espírito Santo. Viver no Espírito Santo é conciliar as grandes oportunidades de negócios à qualidade de vida da minha família, tendo o convívio com a praia e as montanhas” Gustavo Soares Knupp - Superintendente Comercial e Marketing da Unimed


Em 2015, o setor produziu 3,6 milhões de toneladas, sendo 1,68 milhão destinado à exportação, o que gerou US$ 980,15 milhões. De janeiro a setembro de 2016, o montante exportado foi de 1,47 milhão de toneladas, uma movimentação de US$ 725,49 milhões. A raridade e beleza das rochas capixabas atraem compradores de todo o mundo. As feiras do Mármore e Granito de Vitória e Cachoeiro, a cada ano, recebem um número maior de importadores. Em fevereiro deste ano, que já é um mês mais curto no calendário, o setor sofreu as consequências do aquartelamento da Polícia Militar, com o adiamento da Vitória Stone Fair. “Durante o mês da feira, muitos compradores vêm ao Estado antes mesmo da data do evento para fecharem negócios, o que não aconteceu este ano por causa da greve e do consequente cancelamento do evento”, explica a superintendente do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), Olivia Tirello. Diante disso, foram US$ 56,8 milhões exportados em fevereiro de 2017 contra US$ 63,4 milhões no mesmo período do ano passado. Em volume, os valores foram de 97,8 mil toneladas exportadas este ano contra as 118 mil toneladas negociadas em fevereiro de 2016. Mineração e Siderurgia Entre os anos de 2010 e 2015, a produção física do Espírito Santo no setor de extração mineral, um dos pilares da economia brasileira, foi responsável por manter os percentuais de crescimento da indústria local sempre muito acima da média nacional nesse período. Mas em 2016 a queda de preços das commodities minerais no mercado internacional e a paralisação da Samarco prejudicaram os resultados das empresas e do Estado. A lama impactou o lucro da Vale, uma das acionistas da Samarco ao lado da BHP Billiton, que já sentia a baixa internacional dos preços do minério de ferro no primeiro semestre deste ano. Mas ainda assim o Estado continua sendo o maior exportador mundial de minério de ferro. E a maior fornecedora global do Principais produtos agrícolas exportados em 2016

Fonte: Seag

PRODUTO

PESO (KG)

VALOR (US$)

Carne bovina

5.191.254

25.425.836

Café solúvel

7.267.544

43.478.604

Pimenta-do-reino

7.983.002

64.544.575

Mamão papaia

13.081.987

16.759.788

Café em grão

110.621.635

247.555.126

Celulose

2.171.546.720

922.255.484

ArcelorMittal se destaca quando o assunto são resultados positivos, produzindo cerca de 7 milhões de toneladas de aço

produto lucrou R$ 1,842 bilhão no 3º trimestre de 2016, enquanto no mesmo período de 2015 houve prejuízo de R$ 6,663 bilhões. Um resultado impulsionado pelo aumento no volume de vendas e pelos preços mais altos. Entre os meses de julho e setembro, a Vale comercializou 74,231 milhões de toneladas de minério de ferro (finos), quase 4 milhões de toneladas a mais que em igual período de 2015, quando o volume foi de 70,53 milhões de toneladas. Além disso, enquanto o mercado pagou US$ 46,48 por tonelada em 2015, este ano o preço subiu para US$ 50,95 por tonelada. Mesmo diante dos graves problemas ambientais trazidos com o rompimento da barragem com resíduos da mineração, a Samarco faz muita falta para as economias brasileira e capixaba. Isso sem contar com o fato de que a paralisação das atividades impactou diretamente a arrecadação dos municípios capixabas e mineiros onde estão instaladas suas unidades, gerando muitos desempregos. Engrenagem fundamental da indústria capixaba, a gigante ArcelorMittal se destaca quando o assunto são resultados positivos em um cenário de crise. No Espírito Santo, a planta de Tubarão operou durante todo o ano à plena capacidade, produzindo cerca de 7 milhões de toneladas de aço. Desse montante, 65% foram exportados, e o restante, vendido no mercado interno. Segundo o diretor-presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, os resultados foram possíveis por causa da alta competitividade estrutural da unidade de Tubarão. “Os vários processos adotados de melhorias internas e de aumento de taxa de utilização dos nossos equipamentos nos permitiram manter nossos custos sob controle e nossa competitividade internacional. Fatores essenciais para garantir a produção plena e a geração de emprego e renda.” Comércio Exterior Minério de ferro, celulose e café são as locomotivas dos negócios capixabas. O comércio exterior local está intimamente relacionado às commodities, como minério de ferro, celulose e café. Os produtos são dependentes de cotações de preços no mercado externo e da demanda internacional, que sofre influências da desaceleração da economia de outros países como China e Estados Unidos, principais parceiros comerciais do Estado. radio.esbrasil.com.br •

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Capixaba da gema

“Não há como descrever a emoção em ser capixaba e poder representar o ES próximo dos melhores arqueiros do mundo. Orgulho-me de falar do nosso Estado, comida, lugares, clima, ‘dialeto’ e, principalmente, do povo capixaba! Afinal, sempre buscamos ‘pocar’ e debater que moqueca de verdade é a capixaba, pois o resto é peixada!” - Maximiliano Favoreto, arqueiro capixaba convocado para representar o Brasil em competições internacionais

Apesar de o minério de ferro se manter na liderança da pauta de exportação capixaba em 2016, houve queda no montante comercializado com o exterior em consequência de alguns fatores, entre eles a paralisação da Samarco. As importações capixabas de fevereiro de 2017 atingiram US$ 304,63 milhões, recuo de -12,01% diante do mês anterior, e manutenção do ritmo de queda mensal iniciada no período anterior. Já as exportações somaram US$ 593,52 milhões, retração de 2,01% contra o mês anterior. Na comparação com mesmo mês de 2016, houve incremento de +11,67%, e no acumulado de janeiro e fevereiro de 2017, em relação ao mesmo período de 2016, o crescimento foi de +6,87%. Em um cenário no qual precisamos enfrentar a complexidade da alta taxa tributária, que gera insegurança jurídica e prejudica a competitividade do país, é essencial criar um ambiente de negócio favorável, que passa necessariamente pela desburocratização na operação das empresas. “A desburocratização é essencial tanto para reduzir os gastos das empresas locais quanto para captar empresas estrangeiras que podem investir em infraestrutura no país”, ressalta o secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Azevedo.

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As exportações tanto do Brasil quanto do Espírito Santo são muito dependentes da performance das commodities na economia internacional. Quando há aumento de demanda e alta nos preços, o cenário é bastante positivo, mas quando cresce a concorrência e há queda no valor, o impacto é muito negativo. Nos últimos anos o Brasil implementou uma política comercial orientada muito mais por afinidade partidária do que por pragmatismo comercial, e essa escolha resultou no distanciamento dos países desenvolvidos. Ao mesmo tempo, celebramos um número muito limitado de acordos birregionais de livre-comércio. Esses dois fatores provocaram lentidão na melhoria em processos de inovação, destaca o presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex), Marcílio Machado. Empresários e políticos concordam que o desafio está na diversificação de produtos e formas de negócios. “Tenho repetido isso ao longo dos dois últimos anos: só iremos avançar de forma significativa quando passarmos a liderar sem medo, com coragem para abrir mercados e facilitar investimentos que diminuam nossa dependência das exportações de commodities e produtos básicos. Se não tivermos essa ‘ousadia’ comercial, continuaremos a ser um país de

periferia no mercado internacional”, enfatiza Machado. “As commodities representam arranjos comerciais muito importantes que devem permanecer, mas a excessiva dependência desses segmentos nos deixa muito fragilizados. Precisamos inserir o ES em um cenário de inovação. Para isso, precisamos de um pacto entre Estado e sociedade, e esse movimento precisa partir do governo. Nunca seremos os maiores, mas podemos ser os melhores”, defende o senador Ricardo Ferraço (PSDB). O presidente da Fenamar destaca que a posição geográfica privilegiada, perto dos grandes polos produtivos e consumidores do país, permite ao Estado ser um importante centro logístico, por meio de um grande complexo portuário, com potencial de atrair mais investidores e empreendedores. “Para isso, precisamos enfrentar os entraves burocráticos, que não dependem apenas do governo estadual, e tratar temas com competência técnica. Melhorar muito a qualidade da prestação de serviços, em todos os níveis, e deixar de lado a timidez, evitando comparações com nossos ‘primos mais ricos’ da região Sudeste”, enfatiza Waldemar Rocha. Interior O Espírito Santo é um Estado pequeno, mas com grandes desafios. Temos cidades

As exportações somaram US$ 593,52 milhões, retração de 2,01% contra o mês anterior


Foto: Sagrilo

Guarapari, principal cidade turística do Estado conta com mais de 30 praias que recebe entre dezembro e fevereiro cerca de 1,2 milhão de visitantes, em média entre

desenvolvidas, uma capital que está entre as melhores do país, mas ainda há trabalho para realizar, especialmente no interior, onde ainda encontramos algumas cidades com IDH baixo, observa o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, Marcos Guerra. “Alcançar a marca dos 4 milhões de habitantes reforça o potencial que nosso Estado tem. Vale lembrar que, embora sejamos pequenos em tamanho e população, nossas riquezas contribuem de forma significativa para o país. Estados como Goiás e Bahia, ainda que maiores, possuem receitas similares ao Espírito Santo.” O empresário destaca que o capixaba é hospitaleiro, sabe criar um ambiente favorável ao turismo, aos negócios e ao desenvolvimento. “Acredito que, graças ao trabalho de reconstrução que foi realizado nos últimos 15 anos, hoje somos mais competitivos na atração de novos investimentos.” Guerra defende que, com jovens cada vez mais preparados para encarar os desafios que virão e um Estado ajustado, “vamos aumentar ainda mais o número de moradores, principalmente porque atrairemos investidores, profissionais e empresas. Com mais oportunidades, teremos um Espírito Santo cada vez mais igual, com renda e qualidade de vida para todos”. Turismo A cada ano, o Estado recebe um número maior de visitantes. Seja pelo aeroporto Eurico de Aguiar, seja pela Estação Ferroviária Pedro Nolasco, seja pelo Porto de Vitória, seja pelas BRs 262 e 101, chegar ao Espírito Santo é sempre a garantia de bons momentos. E entre os muitos turistas, o destaque fica por conta dos mineiros, que vêm para cá durante as férias escolares e os feriados. No verão de 2017, eles representaram 25,58% dos visitantes de outros estados brasileiros, segundo levantamento da Secretaria de Estado do Turismo. Mas também temos recebido muitos cariocas (9,74%), paulistas (3,97) e brasilienses (1,03%) – carinhosamente chamados de candangos, muito embora boa parte deles não goste. Embora 48% de nossos visitantes sejam mesmo de capixabas (52%) e de outros estados brasileiros, a cada ano cresce o número de turistas de outros países que chegam ao Espírito Santo.

Guarapari, principal cidade turística do Estado, além das belezas naturais, atrai turistas do mundo inteiro em busca de suas areias monazíticas (radioativas), para tratamento de artrite ou reumatismo, embora não haja comprovação científica desse procedimento. Com mais de 30 praias, muitas delas de rara beleza, a cidade recebe mais de 1,2 milhão de visitantes, em média, entre os meses de dezembro e fevereiro. Também não são poucos os turistas que voltam todos os anos para desfrutar de outros balneários, de nossas montanhas, ou ainda aqueles que passam a ser moradores, e aí ingressam na lista dos capixabas de coração. Avanços X Desafios A participação percentual do PIB capixaba no PIB brasileiro mantém-se em torno de 2% desde o início dos anos 2010. E, apesar de o Espírito Santo estar no grupo de estados que tiveram taxas de crescimento superiores à média do país, a posição relativa do seu PIB não se alterou no Sudeste (4º) e teve pequena alteração no Brasil (entre 11º e 12º). Na avaliação da doutora em Economia Arilda Teixeira, da Fucape, é preciso remover gargalos que bloqueiam nosso ritmo de crescimento. E o primeiro deles está na infraestrutura: deficiência de integração dos modais e vias de transportes, de tecnologias para processar serviços, de capital humano, de estruturas portuárias e aeroportuárias. “Corrigir esse gargalo melhorará a eficiência, ampliará a produção e posição na cadeia produtiva mundial - haja vista que cerca de 50% de seu PIB é gerado pelo comércio exterior.” Ainda segundo ela, é preciso também resolver as seguintes questões: concentração regional da atividade econômica – mais de 50% do PIB é gerado por 6,4% dos municípios; baixa atratividade dos mercados capixabas – o Sudeste absorve 55,6% das empresas brasileiras, mas o ES tem apenas 2,1% delas; e subaproveitamento da cadeia produtiva do petróleo – cinco municípios capixabas estão entre os 100 do Brasil com maior PIB – Vitória (31º), Serra (42º), Vila Velha (76º), Presidente Kenedy (93º) e Cariacica (99º) – e quatro cidades estão entre os 100 maiores PIBs per capita – Presidente Kenedy (1º), Itapemirim (8º), Anchieta (14º) e Marataízes (29º), “mas essas receitas dos royalties do petróleo, não se traduzem em indicadores do desenvolvimento.” Para falar das melhorias, o governador Paulo Hartung (PMDB) utilizou o slogan “Cria, Trabalha e Confia”, em referência ao lema da bandeira do Espírito Santo. Ele enfatiza que, da mesma forma que os demais brasileiros, os capixabas vivenciam um período de muitos desafios, oportunidades e conquistas. “Estamos novamente plantando em solo espírito-santense ações responsáveis e estratégicas para colher, num futuro próximo, os frutos da retomada de um desenvolvimento sólido, ampliado, competitivo e sustentável, com ganhos em produtividade, inclusão social, qualidade de vida e oportunidade para todos.” Hartung aponta que o Espírito Santo está preparado para as oportunidades do pós-crise e que a ação conjunta de membros do Legislativo estadual e de deputados federais e senadores tem sido um diferencial aos avanços. “Mesmo enfrentando esse período desafiador, aos poucos e com apoio de nossas bancadas estadual e federal, estamos avançando em questões importantes para dar competitividade radio.esbrasil.com.br •

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sistêmica ao Estado. Um dos exemplos é na área de infraestrutura, com obras em andamento para modernização do Complexo Portuário e do Aeroporto de Vitória, para implantação da Rodovia Leste-Oeste, para duplicação das BRs 101 e 262, além do Contorno do Mestre Álvaro, na Serra, da rodovia estadual ES 388, em Vila Velha, e do reforço no abastecimento de energia elétrica com os novos linhões.” “Também estamos com uma política intensa para atração de investimentos externos. Tenho certeza que, com as contas organizadas e um ambiente de negócio estável, sairemos na frente com o término desta crise que atinge o país”, disse. A expectativa para os próximos cinco anos são positivas. “Devemos continuar trilhando esse bom caminho, com iniciativas inovadoras e fazendo uso da criatividade para avançarmos mesmo na crise. Fazendo pelos capixabas, poderemos ajudar o Brasil a encontrar, aos poucos, progresso, prosperidade, distribuição de renda e uma vida com melhores condições de igualdade e oportunidade para todos”, finalizou o governador.

Foto: Leonardo Duarte/Secom-ES

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Aeroporto Eurico de Aguiar passa por um processa de ampliação e modernização

Políticas Públicas Professor e coordenador do mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local da Emescam, César Albenes de Mendonça Cruz é enfático em afirmar que, com o acirramento da crise econômica e política no país, os municípios contam com poucos recursos para atender à população local e demandam cada vez mais políticas públicas assertivas para conter o impacto dessa turbulência. “Gerir a máquina pública requer habilidade e uma visão de gestão inovadora e empreendedora. Ainda se impõem no Espírito Santo o analfabetismo, a grande concentração de renda e a consequente desigualdade social, problemas de habitação, saneamento, infraestrutura e mobilidade urbana; além do desemprego crescente nas camadas mais jovens da população, que sem opção de sobrevivência partem para a violência e o tráfico de drogas”, enumera. Foto: Leonardo Duarte/Secom-ES

Governador visitando obras da rodovia ES 388

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Por outro lado, avalia Albenes, temos muitas potencialidades na produção agrícola e agroindustrial, nos grandes projetos de siderurgia, minério e petróleo. “Os gestores públicos precisam se capacitar e contar com equipes cada vez mais preparadas política e tecnicamente, para promoverem as mudanças necessárias e que a população capixaba espera.” Nesse sentido o senador Ricardo Ferraço aponta o que considera prioritário. “Nessa virada que pretendemos, duas questões são essenciais: a primeira é dar ênfase à pré-escola. Precisamos avançar absurdamente na educação de crianças de 0 a 6 anos, pois sabemos claramente que a construção de uma sociedade produtiva e próspera está diretamente relacionada com o investimento realizado nos primeiros anos de vida; e o segundo ponto é que não existem políticas públicas de saúde. Na prática, cuidamos da doença e não da saúde; precisamos priorizar a prevenção.” O consultor financeiro Abel Fiorot avalia que o desenvolvimento do país influencia de forma significativa os estados, por isso são prejudiciais tantas notícias negativas, de corrupção em todas as esferas de governo e da iniciativa privada. “Com a imagem do país desgastada, todos os estados acabam sendo impactados. No caso específico do ES, ele vinha sendo reconhecido como a ‘luz para o Brasil’. Lembro-me de uma reportagem da Bloomberg enaltecendo todo o esforço do governo estadual em promover ajustes e equilíbrio fiscal. Tudo vinha muito bem! Mas, indiscutivelmente, a crise da segurança, com uma semana de trabalho parada, impactou negativamente a imagem do nosso Estado. Não sou especialista em segurança e ainda tento entender o que ocorreu. Pareceu-me um movimento político oportunista”, define o consultor. Para Fiorot, não há outro caminho. “O que temos que fazer agora é continuar no ritmo de controle e equilíbrio fiscal, criando bases sustentáveis para que os empreendimentos sejam profícuos no ES. É preciso investir em qualificação de nossa mão de obra porque o Espírito Santo tem potencialidades logísticas, tem vocação para o desenvolvimento”, garante.




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