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Notas Internacionais
Autores dão sugestões para novas regras de copyright na Europa
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No final do ano passado, a Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia que representa os interesses de todos os países do bloco) lançou uma consulta pública para a revisão das regras de copyright no continente. Artistas, associações, representações de classe e quaisquer outras partes envolvidas foram convidadas a responder a um questionário explicitando suas demandas e seus desejos para a nova regulamentação. Foi, então, lançado um movimento chamado Creators For Europe (Criadores Pela Europa), que pede, entre outras coisas, mais proteção aos direitos autorais nos estados-membros; regras continentais de licença (contra o atual mosaico de legislações nacionais), facilitando a distribuição de conteúdos digitais entre os países; proteção legal e multiterritorial ao conceito de gestão coletiva de direitos autorais; e até melhoras na remuneração aos criadores, entre outras questões. Dezenas de milhares de pessoas em toda a Europa assinaram uma petição on-line apoiando tais pleitos. O documento foi enviado à Comissão e deve dar origem ao chamado "Livro Branco", que consolidará as posições da classe artística e poderá nortear as regras em debate no continente.
Coalizão de artistas pede remuneração maior com streamings
Paralelamente, também na Europa, a coalizão internacional de criadores AMP passou a pressionar as gravadoras a ampliar a remuneração aos artistas por músicas reproduzidas em serviços de streaming na internet. Atualmente, os contratos são estabelecidos segundo cada caso, cabendo aos criadores, muitas vezes, a menor parte do bolo. De acordo com a proposta da AMP, as companhias discográficas deveriam repassar aos compositores pelo menos 50% do valor obtido com os serviços de execução digital, além de estabelecer contratos mais transparentes com os artistas. As informações são do diário britânico “The Guardian”.
PRS e Ascap: 100 anos de luta pelos direitos autorais
Duas das maiores associações de autores e editores do mundo estão completando 100 anos: a britânica PRS e a americana Ascap. Fundada em 1914 por um grupo de editores musicais, incluindo William Boosey e Oliver Hawkes, para proteger os direitos autorais e garantir pagamentos mais justos a compositores e editores, a PRS programou uma série de shows e outras atividades em todo o Reino Unido para celebrar seu centenário e se engajou, juntamente com outras associações, nas discussões sobre a revisão das regras paneuropeias de copyright. Já a americana Ascap, considerada a maior entidade de gestão coletiva do planeta, com mais de 500 mil compositores de músicas, letristas e editores associados, realizou, mês passado, em Los Angeles (EUA), uma superconvenção em que relembrou sua história e os desafios da luta pela gestão coletiva. A UBC deseja parabéns e vida longa às duas.
Kim Dotcom: “Se sou mau, o Google é o ápice da maldade”
O site de informações sobre o mercado da música Music Ally publicou uma entrevista com o polêmico diretor da plataforma de troca de arquivos piratas Mega (ex-MegaUpload). Ele falou sobre seu modelo de negócios e seu novo serviço, Baboom, que basicamente interfere em sites com avisos publicitários, substituindo-os por seus próprios reclames. “Estou mirando principalmente os sites do Google, porque o Google provavelmente é o maior beneficiário da pirataria. Quando você busca qualquer álbum ou artista, na primeira página vai ver pelo menos um link de material pirateado”, ele disse. “Ou seja, o Google mostra seus anúncios junto com tudo isso e não paga nada aos artistas. Se seu sou malvado, eles são o ápice da maldade. Se posso pegar de 5% a 10% dos lucros publicitários deles e pagar aos artistas, então moralmente creio que é uma grande coisa”, afirmou o polêmico empresário, que já chegou a ser preso por pirataria quando administrava o MegaUpload. As informações são do site Music Ally.
Vendas digitais superam as físicas na maior gravadora do mundo
A maior gravadora do planeta, a Universal Music, com mais de 25% de participação no mercado discográfico global, anunciou que em 2013, pela primeira vez em sua história, os lucros com vendas digitais superaram os de vendas físicas. De acordo com o relatório do grupo francês Vivendi, controlador da Universal Music, 51% de todo dinheiro obtido pela companhia vieram de vendas de música pela internet e de serviços de streaming. O crescimento do segmento na gravadora atingiu espantosos 75% ano passado, alcançando € 450 milhões. De acordo com a revista “Billboard”, particularmente um único serviço de execução digital, o Spotify, foi o grande motor do crescimento.