Cooperativismo Solidário da Unicafes PR completa 10 anos - 5º Revista Cooper Mais

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Revista

Cooper

Ano 2 5º Edição Dezembro de 2015

A revista do Coopera vismo Solidário

CONSOLIDAÇÃO Cooperativismo Solidário representado pela Unicafes Paraná celebra 10 anos de história.

Novas experiências Intercâmbios nacionais e internacionais possibilitam a troca de conhecimento e experiências entre lideranças do Coopera vismo do Brasil e Bélgica.

Crédito Solidário em festa

Especialização Dirigentes e colaboradores de Coopera vas Solidárias par cipam de capacitação do Projeto de Formação e Suporte à Gestão.

Central CRESOL BASER comemora 20 anos de história. Pioneiros e fundadores são agraciados com homenagens.

www.unicafesparana.org.br

unicafesparana


NESTA EDIÇÃO 05.

POLÍTICAS PÚBLICAS Projetos de Lei do Coopera vismo Solidário em tramitação no Congresso Nacional.

06. REALIDADES DISTINTAS Grupo de curi banas do CEFURIA conhecem a ro na dos agricultores familiares no interior do Paraná.

07.INTERCÂMBIO DE MULHERES

Em Francisco Beltrão mais de 1.700 pessoas comemoram o Dia Internacional da Mulher Rural

22. CONCURSO DE RECEITAS Cul vando Sabores da Roça premia receitas que valorizam os sabores e temperos da Agricultura Familiar

24. COMERCIALIZAÇÃO

Belgas e brasileiras trocam experiência no trabalho de gênero.

Feira da Agricultura Familiar foi uma das atrações dos 10 anos da UNICAFES PR.

08. ASSESSORIA TÉCNICA Agricultores Familiares investem na diversificação de culturas.

26. ARTIGO FACT - Um instrumento para fortalecer a legi midade.

09. FORMAÇÃO Gestão das Coopera vas Solidárias é foco de curso de formação.

27. AVALIAÇÃO Programa de Gênero tem avaliação posi va nas regiões.

11. GÊNERO E GERAÇÃO Sinergia debate propostas para juventude urbana e rural.

12. 2º ENCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE Juventude discute novos rumos para Agricultura Familiar.

14. PRODUÇÃO ARTESANAL O grande desafio: superar o preconceito contra o queijo artesanal de leite cru.

16. COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO UNICAFES Paraná completa 10 anos de história.

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20. 6º ENCONTRO DA MULHER RURAL

28. CRÉDITO SOLIDÁRIO Seminário da CRESOL comemora 20 anos do Coopera vismo de Crédito Solidário.

30. RELAÇÕES INTERNACIONAIS Coopera vismo Solidário na COP 21 em Paris, na França.

31. FAÇA EM CASA Escondidinho de Mandioca & Amaciante para roupas.


EXPEDIENTE

A revista COOPER MAIS é uma publicação da FEDERAÇÃO UNICAFES PARANÁ composta por matérias per nentes às Coopera vas no Estado do Paraná, tendo como eixo central o Coopera vismo da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Trata-se de uma revista com conteúdos expressos em reportagens, entrevistas, colunas e promoções dos produtos das Coopera vas vinculadas ao Sistema UNICAFES. A COOPER MAIS quer agregar MAIS INFORMAÇÃO em ações de organização social, gestão de negócios, formação de lideranças e no fomento do Coopera vismo Solidário. ••••••••••••••••••••• CONSELHO EDITORIAL Redação: Assessoria de Comunicação da UNICAFES PR. Projeto Gráfico, diagramação e edição: Indianara Paes. Revisão: Base de Serviços da UNICAFES. Jornalista Responsável: Indianara Paes. Colaboradores desta edição: Álvaro Jun Guibu, Elenice Cou nho, Maíra Lima Figueira, Altair dos Passos, Ka ane Souza, Elisângela B. Loss, Lucas Fernandes Barbosa, Adriana de Oliveira Nava, Christophe de Lannoy, Alcidir M. Zanco, Luciana de Oliveira, Ká a Regina Celuppi, Daniela do Nascimento, Analice Lourenci e Nereu de Costa. Impressão: Grafisul Gráfica e Editora. Tiragem: 2 mil exemplares. ••••••••••••••••••••• CONSELHO ADMINISTRATIVO FEDERAÇÃO UNICAFES PARANÁ Presidente: Nilceu Evanir Kempf. Vice-presidente: Valmir Priamo. Secretário: Ivori Fernandes. Tesoureira: Maria Ma lde Machado. Diretores: Luiz Ademir Possamai, Luiz Levi Tomacheski, Angelo Cosse n, Valdomiro Kordiak, José Carlos Farias, Francisco Eudes da Silva, Gilson Dal Cor vo, José Brugnara, Ernani Tabaldi, João Carlos Roso Lauer, Sebas ão Julião Alves, Vilson Camargo, Sérgio Roberto Fiorese, Wilmar Salesio Vandresen, Janete Ro ava, André Mosselim, Antonio Zarantonello e Luiz Fernando Lopes da Costa. Conselho Fiscal: Antônio Maria Moyses(Efe vo), Gilson Rodrigues da Costa(Efe vo), Marcos Jamil Auache(Efe vo), José Elto Santos da Silva, Morgana Aparecida Araújo e Savete Vizen n. ••••••••••••••••••••• ASSESSORIA FEDERAÇÃO UNICAFES PARANÁ Alcidir Mazu Zanco, Adriana de Oliveira Nava, Elisângela Bellandi Loss, Felipe Bosio, Ka ane de Souza, Ká a Regina Celuppi, Indianara Paes, Leila Patrícia Bosa, Lindomar Paule , Nereu Antonio de Costa Junior, Ovídio José Constan no e Viviane Santos Rodrigues. •••••••••••••••••••••

FEDERAÇÃO DE COOPERATIVAS DA AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA DO ESTADO DO PARANÁ Avenida General Osório, nº 440, Bairro Cango, Francisco Beltrão - PR. Cep. 85.604-240 Fone: (46) 3523-6529 Acesse:: www.unicafesparana.org.br Curta a nossa página no facebook: unicafesparana Tem interesse de receber a revista? Faça o seu pedido pelo e-mail: jornalismo@unicafesparana.org.br

EDITORIAL

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esta edição, a UNICAFES faz um resgate das ações que marcaram a largada do II Ciclo do Coopera vismo Solidário. Em 27 de outubro de 2015 a ins tuição comemorou seus primeiros 10 anos de fundação, com a realização de eventos marcantes, retratados nesta revista, os quais nos convidam para a leitura e reflexão solidária. O Coopera vismo Solidário Paranaense vive 20 anos de história, tempo marcado por diversas conquistas organizacionais e representa vas. As conquistas deste processo são reconhecidas internacionalmente referendando este segmento, como modelo organizacional diante de diversas instâncias bancárias, comerciais e representa vas. Naturalmente, as conquistas são resultado de polí cas de enfrentamento a diversos desafios presentes na esfera produ va, social e econômica. Alguns desafios já foram vencidos, outros ainda necessitam ser enfrentados com maturidade e autonomia. A maturidade ins tucional é fruto de processos permanentes de qualificação da iden dade fundacional. As experiências acumuladas pelas prá cas co dianas geram condições de maior ou menor autonomia organizacional para enfrentamento das oscilações econômicas. A autonomia é um valor fundamental para a ins tucionalidade organizacional. Este valor é definido pela abertura a cri cidade interna e externa que é alimentada ou cerceada por ações estruturais presentes em notas publicadas na vida co diana. As escolhas co dianas realizadas pelas ins tuições provocam maior autonomia individual e ins tucional. Esse processo necessita passar por processos de vitalização que mantenham o vigor social, prevendo fortalecimento do controle e par cipação delibera va. Os 20 anos do Coopera vismo Solidário Paranaense, e os 10 anos de UNICAFES são marcados por uma crise lúcida das polí cas públicas vinculadas à Agricultura Familiar e Economia Solidária. Convivem também com a desaceleração da economia, provocando maior necessidade de ajuste e redefinição de mecanismos para sustentabilidade dos empreendimentos. Este fato pode ser enfrentado sobre a ó ca de crise, ou, como uma oportunidade de revitalização e inovação organiza va. A ó ca de ação é fundamental para nutrição das definições. Essa revista quer ajudar os leitores coopera vistas a alimentar a chama da cooperação, pois este coopera vismo é feito por muitas mãos. Direção UNICAFES PR Boa leitura!

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POLÍTICAS PÚBLICAS

Projetos de Lei defendidos pelo Cooperativismo Solidário tramitam no Congresso Nacional Maíra Lima Figueira Assessoria Ins tucional UNICAFES Nacional

Novos desafios Em 2014, com a criação da UNICOPAS (União Nacional das Organizações Coopera vistas Solidárias) o movimento coopera vista ganha novo fôlego. A UNICOPAS aposta num ambiente favorável para avançar no conjunto de demandas estratégicas do Coopera vismo Solidário. São várias as pautas atuais, entre as principais: Aprovação da nova Lei Geral das Coopera vas (PL

519/2015) é fundamental uma nova lei, democrá ca e incen vadora, e não controladora e imposi va, como a atual lei nº 5.764/71, que foi imposta pela Ditadura Militar. Aprovação de Leis de Regulação Tributária das Coopera vas: é necessária a aprovação do PLC que tramita na Câmara dos Deputados, buscando definir o que se entende por Ato Coopera vo. Aprovação do Projeto de Lei 4685/2012 conhecido como a Lei da Economia Solidária. Este PL deverá reconhecer e regular as inicia vas do campo da Economia Solidária, definir a polí ca no setor, com a ins tuição de mecanismos e estrutura pública de apoio e promoção e, principalmente, estabelecer um ambiente de incen vo aos grupos sociais e populares que atuam neste campo. Marco Regulatório da Relação Estado e Sociedade (Lei 13.019/2014). Atualmente apresenta falhas quanto ao reconhecimento do papel das Organizações da Sociedade Civil. É necessário um novo projeto reformando o atual, tornando o acesso a recursos públicos mais adequado à realidade das organizações, mantendo a transparência, a moralidade e a finalidade social na sua u lização e cumprimento das metas do Estado Democrá co. Regulamentação da Lei da Agricultura Familiar (Lei n° 11.326/2006) representa um importante marco de fortalecimento da Agricultura Familiar, mas carece de regulamentação, especialmente na linha do reconhecimento das suas organizações específicas, destacando-se, neste caso, as coopera vas. São muitos os avanços, contudo, são insuficientes para a transformação social e econômica necessária para chegar a uma sociedade mais justa, igualitária e equilibrada. Por isso, a UNICAFES seguirá firme para mais 10 anos de luta e fortalecimento do Coopera vismo Solidário da Agricultura Familiar. Foto: Assis do Couto

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ada dia cresce o número de pessoas que decidem se unir para pra car o Coopera vismo Solidário, em contraposição ao atual modelo econômico baseado na compe ção, na acumulação do capital, que gera injus ças e desigualdades. Estas pessoas encontram, entretanto, enormes dificuldades, pois há a necessidade de um marco jurídico regulatório e de polí cas públicas para o Coopera vismo Solidário. O movimento coopera vista começou a ser fortalecido com a criação da UNICAFES em 2005. Desde a sua cons tuição, a pauta do Estado Brasileiro foi estruturar condições legais para o desenvolvimento das a vidades organiza vas e econômicas das coopera vas. Ao completar 10 anos, podemos comemorar várias conquistas conjuntas: aprovação da Lei da Agricultura Familiar (Lei 11.326/2006); A obrigatoriedade de compra da Agricultura Familiar através do Programa Nacional de Alimentação Escolar; o Decreto nº 7.358/2010 que ins tui o Sistema Nacional do Comércio Justo e Solidário; aprovação da Lei de ATER; aprovação da Lei do PAA (Lei 12.512/2011); Decreto 7.794 que ins tui a Polí ca Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica; Regulamentação do Decreto que cria o SUASA e outros. Esses são exemplos de ações que a UNICAFES vem ajudando a construir e a garan r a sua implementação com efe vidade.

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REALIDADES DISTINTAS

Uma viagem até o campo

Grupo de curi banas deixaram a ro na agitada da capital para conhecer o dia a dia dos Agricultores Familiares em Santo Antônio do Sudoeste, no Sudoeste do Paraná.

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en ram medo e muita tranquilidade. Medo de dormir em casas em que as portas e janelas não nham fechadura, mas sim tramelas. É tudo muito diferente! Pra elas andar em um lugar sem muro é coisa de outro mundo. Estranheza em buscar no galinheiro ovos com casca marrom, o que na cidade é muito mais caro, mais caros que os ovos brancos, onde a gema é tão branca que nem da cor para massa do pão. As crianças são livres, que nem passarinhos, sem preocupação como na cidade onde há muito movimento com muitos carros, motos e violência. Voltaram para casa com uns quilinhos a mais. Gostaram de comer porco e galinha que vem da propriedade. Porque na cidade, nunca se sabe de onde chegam as coisas”. Estas foram algumas das impressões reveladas ao assessor da UNICAFES, Álvaro Jun Guibu, que recebeu um grupo de curi banas em sua casa. As mulheres deixaram a ro na agitada da capital para conhecer o dia a dia dos Agricultores Familiares, na região Sudoeste do Paraná. Esta troca de saberes aconteceu na área rural do município de Santo Antônio do Sudoeste, onde os 14 par cipantes do intercâmbio visitaram as comunidades das linhas São João, Verde, São Roque e Cerro Negro. Divididos em pequenos grupos, as mulheres que trabalham com panificados e fazem parte do CEFURIA (Centro de Formação Urbano Rural

Irmã Araújo) veram a oportunidade de conhecer toda a ro na da propriedade rural, como é feita a produção e até a transformação dos alimentos. Na propriedade do Álvaro por exemplo, as irmãs Sandra e Alessandra Madureira conheceram como é feito a ordenha até o preparo do queijo, e como é feito o transporte dos produtos na roça. “O que chamou atenção foi o carro de boi, usado para transporte de produtos e para lavrar a terra. Elas nunca nham visto como é rar leite e como era feito o queijo”, contou Álvaro. As agricultoras também aprenderam muito com as curibanas. As mulheres aproveitaram para fazer a troca de receitas e colocaram a mão na massa. "Fiquei contente em saber que a padaria da Sandra abriga as pessoas quando estão desempregadas. Ensinam a fazer e vender pão dando a oportunidade de ganhar um dinheiro para o seu sustento, sem ter que dar nada em troca. Não sabia que isso exis a. Hoje em dia a mídia não divulga essas coisas e a gente só fica sabendo através dessas a tudes de intercâmbio", disse Sônia Schlickmann, esposa de Álvaro. Além das visitas nas comunidades, o grupo também conheceu a COOPAFI (Coopera va da Agricultura Familiar Integrada) do município. O intercâmbio de realidades realizado em novembro foi promovido pela UNICAFES PR com apoio da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).

O carro de boi chamou atenção Sandra, Alessandra e Sônia no curral

Produção de queijo Troca de receitas entre elas

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INTERCÂMBIO DE MULHERES

Belgas e brasileiras trocam experiências Intercâmbio promovido pelo TRIAS Brasil com apoio da Unicafes PR destaca ro na e as experiências no trabalho de inclusão e empoderamento de mulheres agricultoras.

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s tantas experiências posi vas do Coopera vismo da Agricultura Familiar e Economia Solidária já vivenciadas por homens e mulheres do campo atravessaram as fronteiras do Brasil. A UNICAFES é reconhecida não só nacionalmente, mas a nível internacional por seus feitos. Há alguns anos, essas experiências têm sido compar lhadas com pessoas que independente da sua nacionalidade respiram os mesmos valores: construir uma sociedade mais justa e solidária. Nos úl mos meses, uma nova possibilidade de troca de conhecimento foi proporcionada pela Ong Belga TRIAS organização que é parceira da UNICAFES dos estados do Paraná e Minas Gerais. Desta vez, o encontro aconteceu entre grupos de mulheres agricultoras e urbanas belgas e brasileiras que viajaram até o estado de Minas Gerais para conhecer a ro na e as experiências do trabalho de inclusão e empoderamento de mulheres. De 23 de setembro a 1º de novembro, as par cipantes passaram pelo município de Arinos e o distrito de Saragana no noroeste de Minas. Esta região é seca e representa parte do sertão brasileiro, lá foi possível vivenciar como as famílias lutam diariamente com a escassez de água e também como trabalham com as frutas picas do cerrado, as quais as mulheres organizadas ram parte de seu sustento. Neste período várias a vidades foram realizadas, como visitas a assentamentos que tem par cipação em coopera vas, grupo de mulheres bordadeiras, fiandeiras, cozinheiras e outras artesãs. Agora na região do Sudoeste de Minas foram visitados os municípios de Espera Feliz, Carangola, Muriaé, região da Mata Atlân ca onde as dificuldades pautam na organização dos grupos, por isso tem sido feito intensos processos de formação. Por isso, um dia, foi dedicado a apresen-

tação do trabalho de formação e exposição das ações já desenvolvidas pelo Programa de Gênero e Geração do Paraná. Além disso, as mulheres aprenderam a preparar algumas receitas a par r de uma oficina de culinária. Os pratos ainda podem ser aproveitados para comercialização nos programas ins tucionais do governo, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para Elenice Cou nho, do TRIAS Brasil que acompanhou as delegações esta troca sociocultural foi muito gra ficante para o grupo. “Todos temos sonhos e juntas as mulheres puderam trocar experiências e ideias a fim de criar oportunidades de ação. Os momentos foram muito emocionantes e agora começamos uma nova fase de ar culação para outros trajetos Norte e Sul, principalmente no fortalecimento dos grupos de gêneros, pois ainda precisamos avançar nos trabalhos com as mulheres e jovens”, salienta. Tradição do intercâmbio: Brasil e Bélgica O histórico de intercâmbios entre os países começou ainda em 2012, quando a primeira delegação de mulheres belgas veio para o Brasil. Já em 2013, uma turma de brasileiras do campo e da cidade viajaram para o país europeu para conhecer as inúmeras experiências vinculadas ao coopera vismo e a agricultura. Ainda em 2014, em El Salvador foi realizado um workshop para debater questões sobre gênero. Agora em 2015, foi a vez das belgas retribuírem a visita que teve como obje vo proporcionar a troca de saberes e vivências entre mulheres do hemisfério Norte com o Sul. Ao total foram 11 dias de aprendizado entre integrantes da ins tuição Belga chamada KVLV, do TRIAS juntamente com membros da UNICAFES PR e alguns dos grupos de mulheres atendidos pela UNICAFES MG.

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ASSESSORIA TÉCNICA

Agricultores Familiares investem na diversicação de culturas CRESOL e COPERAGRO desenvolvem projeto de assessoria técnica gratuita para implantação do cul vo de maracujá e morango. A proposta de diversificação de produtos é mais uma alterna va para aumentar a renda das famílias. pelos agricultores. O uso de novas tecnologias de produção, como por exemplo, o morango será cul vado no sistema semi-hidropônico em sacolas plás cas (SLABS), protegido em estufas e elevados do solo, apresentando vantagens em comparação com o cul vo convencional no solo. “A adoção deste sistema suspenso diminui a penosidade do trabalho, permi ndo a realização dos tratos culturais e a colheita em pé. Outra vantagem é a diminuição de incidência de doenças e

pragas, que garante a redução do uso de agrotóxicos, prorrogando o período produ vo da fruta e aumentando a produção, sem o custo de renovação da cultura”, afirmou. O obje vo da CRESOL de Grandes Rios é gerar experiências produ vas que possam ser reproduzidas pelos demais cooperados, incen vando a diversificação de produtos nas propriedades, aumentando a renda e promovendo o desenvolvimento local dos agricultores familiares. Foto:Cameron Highlands | My lee

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s agricultores familiares do município de Grandes Rios, na região Centro Norte do Paraná estão com boas expecta vas para implantação de novas culturas produ vas. A cidade que é conhecida pelo cul vo de tomate, café e produção leiteira, a par r de agora passará a inves r na cultura do morango e maracujá. A inicia va surgiu com incen vo da CRESOL que começou a disponibilizar Assessoria Técnica em parceria com a COPERAGRO(Cooperava de Prestação de Serviços Agropecuários) de Guarapuava. O acompanhamento técnico aos agricultores é feito semanalmente, de maneira gratuita. Cerca de 10 produtores já iniciaram o cul vo do maracujá. Em janeiro, a previsão é que 15 propriedades implantem a cultura do morango. Conforme a Engenheira Agrônoma, Anieli Maria dos Santos, a introdução de novas culturas é uma alterna va de renda e diversificação que possibilita agregação de valor, juntamente com as demais a vidades desenvolvidas

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FORMAÇÃO

Gestão das Cooperativas Solidárias é foco de curso de formação Elisângela Bellandi Loss & Ka ane de Souza Assessoras de Comercialização e Gestão

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alterna vas e incen vos para permanência do homem no campo produzindo alimentos saudáveis e com qualidade. “A Agricultura Familiar no Brasil é um indicador fundamental para os controles dos indicadores econômicos internos, para a segurança alimentar e também o controle da inflação. Atualmente, a Agricultura Familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam na mesa do brasileiro, enquanto que o agronegócio representa 30% e o que é produzido é voltado para exportação”, argumentou Jeferson de Oliveira Souza, da ADS, especialista em desenvolvimento de metodologias sobre pesquisa de Economia Solidária. Conforme os organizadores, o encontro teve como proposta o fortalecimento dos empreendimentos para melhorar a gestão do controle interno da produção, com atuação em redes produ vas, integração ao desenvolvimento local e construir estratégia de polí cas públicas de integração comercial. Também capacitar, qualificar e integrar as coopera vas para o mercado com foco na padronização de planilhas de Controle, definição da capacidade produ va e integração na gestão em Redes de Cooperação Solidária, como estratégia de fortalecimento da conexão entre produção e comercialização. A parceria com a ADS, também comtemplou visitas nas coopera vas e centrais nos municípios de Francisco Beltrão, Itapejara D' Oeste e Cascavel, nos dias 29 e 30 de outubro. O intuito neste primeiro momento foi conhecer a dinâmica de atuação de cada ramo, para Entre os empreendimentos solidários visitados pela equipe da ADS esteve a Agroindústria do SISCOOPLAF aprofundamento nas próximas etapas, em Cascavel. A unidade iniciou os trabalhos em fase experimental com produção de iogurte. que deverão acontecer em 2016. aprimoramento da gestão das coopera vas da Agricultura Familiar e Economia Solidária é ponto fundamental para a consolidação dos processos organizacionais e comerciais, estratégia que intensifica o fortalecimento das inúmeras ações u lizadas para proporcionar o desenvolvimento das coopera vas. Um dos recursos existentes para potencializar o crescimento desses empreendimentos é a formação. Foi por esta razão que a UNICAFES PR em parceria com a Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS) e com apoio da Petrobrás promoveu um curso de capacitação através do Projeto de Formação e Suporte à Gestão dos Empreendimentos Sociais. Cerca de 70 pessoas, entre diretores, colaboradores e assessores par ciparam da a vidade que aconteceu de 27 a 28 de outubro em Francisco Beltrão, na sede da ASSESOAR. Na ocasião foram abordadas as questões polí cas e históricas dos desafios da Agricultura Familiar a pressão dos mercados, e os reflexos da monocultura, buscando as

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GÊNERO E GERAÇÃO

Sinergia debate propostas para juventude Os par cipantes es veram engajados na construção de propostas que reivindicam polí cas públicas que atendam a juventude rural e urbana. O documento foi entregue as autoridades no 2º Encontro da Juventude. Lucas Barbosa Fernandes - TRIAS Brasil & Indianara Paes - UNICAFES

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s principais demandas da juventude no que se refere a educação, esporte, lazer, cultura, formação, geração de renda e polí cas públicas es veram em destaque. A 2º Sinergia entre as Ongs Belgas com atuação no Brasil colocou em discussão as problemá cas e possíveis soluções para estes temas, que estão muito presentes no co diano dos jovens do meio rural e urbano, levando em consideração suas realidades e experiências locais. O encontro que teve sua primeira edição em 2014 tem a proposta trabalhar o tema da juventude das organizações parceiras e apoiadas pelo DGD (Cooperação e desenvolvimento do governo da Bélgica) promovendo uma sinergia completa sobre as organizações envolvidas – para criação de propostas que venham atender as necessidades dos envolvidos. Neste ano, os debates aconteceram no município de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, em outubro, devida as comemorações dos 10 anos da UNICAFES. Ao contrário da primeira edição, o encontro foi ampliado em representação, pois contou com a presença de jovens de cinco regiões brasileiras: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país. Houve também par cipantes das Ongs Belgas: TRIAS, Disop, Entraid e Kiyo e das organizações brasileiras UNICAFES Nacio-

nal e dos Estados do Paraná e Minas Gerais e ainda da coopera va de crédito solidário CRESOL, Ins tuto INFOCOS, Reparte, Unefab, MST e Arcafar. “A Sinergia oportunizou aos jovens dos diversos estados conhecer a proposta da UNICAFES PR para com a juventude. Eles também puderam conhecer as unidades familiares produ vas e coopera vas de produção e comercialização onde há jovens atuantes”, contou Assessora de Gênero e Geração da UNICAFES PR, Adriana de Oliveira Nava. Para o Assessor de Juventude da UNICAFES MG, Igor Borges Peron, a Sinergia além de valorizar as novas gerações do campo e da cidade, oportunizou a construção de diversos projetos. “Junto com representantes de diferentes estados do país, podemos levantar as dificuldades de cada estado e trabalhar na construção de uma demanda sócio-polí ca, par ndo dos anseios dos jovens. Desta forma, agregamos forças e propostas de acordo com cada especificidade de território, trabalhando nas con nuidades de perspec vas de diálogos com a juventude e suas en dades representadoras”. Todas as propostas levantadas na Sinergia integraram um documento formal que foi entregue a Chefe de Gabinete do Ministério do Desenvolvimento Agrário(MDA), Raquel Porto Santori, no 2º Encontro Estadual da Juventude Rural da UNICAFES PR, realizado em Francisco Beltrão. “Essas demandas deverão ajudar a construir nosso Plano Nacional de Polí cas Públicas para a Juventude e estamos muito empolgados com a possibilidade de par cipar da 3º Sinergia ”, afirmou Raquel. Para 2016, a expecta va é que a 3º Sinergia reúna mais de 100 jovens de cinco países la noOs jovens também veram a oportunidade de conhecer a realidade das propriedades rurais. Nesta por exemplo, o grupo conheceu como é feita a produção de uva e vinho. americanos, no Rio de Janeiro.

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2º ENCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE

Juventude discute novos rumos para Agricultura Familiar A a vidade com a juventude deu início a programação alusiva dos 10 anos da UNICAFES PR.

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futuro da Agricultura Familiar esteve em pauta. Mais de 450 jovens de diferentes regiões do país par ciparam do 2º Encontro Estadual da Juventude, a vidade que integrou as ações comemora vas dos 10 anos da UNICAFES PR, realizadas em Francisco Beltrão, no Paraná, nos dias 15 e 16 de outubro. O evento contou com a presença de lideranças coopera vistas, autoridades polí cas e representantes do governo federal e estadual. Durante o dia todo, os jovens par ciparam de dinâmicas, oficinas e trabalhos em grupos. O encontro mobilizou os filhos de agricultores para uma ampla discussão a respeito dos principais anseios da juventude rural, sugerindo propostas que garantam novos horizontes para quem vive no meio rural e principalmente incen vem a permanência do jovem nas propriedades. De acordo com o Secretário da Juventude da UNICAFES, Luiz Fernando da Costa, os jovens encontram resistência da família na hora de implementar seus projetos. “Muitas vezes o jovem tem um projeto, que viabilizaria a propriedade, mas ele não tem espaço para implantar devido à resistência da família. O conflito leva muito a evasão do jovem para a cidade”, explicou. Na ocasião, os jovens puderam conhecer também algumas polí cas públicas dedicadas ao meio rural. Há

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alguns anos o governo federal tem inves do em programas educacionais afim de combater o chamado êxodo rural – quando jovens saem do meio rural e buscam nas cidades oportunidades de crescimento. Um deles é o Procoop Jovem (Projeto de Es mulo e Promoção do Coopera vismo para a Juventude). De acordo com coordenador do programa do DENACOOP/MAPA (Departamento Nacional de Coopera vismo e Associa vismo Rural) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e Coopera vismo (SDC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Carlos Juruna, cerca de 15 mil jovens já foram atendidos pela inicia va que visa es mular e ampliar o conhecimento, a par cipação e o protagonismo juvenil no coopera vismo e no associa vismo rural. “O programa não busca somente es mular o coopera vismo entre os jovens, mas também a sucessão rural, e também das coopera vas, porque as coopera vas também estão envelhecendo. Além disso, acho que é importante o jovem saber, que no campo não existe um negócio melhor que o Coopera vismo. Por isso, temos a pretensão de ampliar o programa. Porque 15 mil jovens é um número pequeno em comparação ao número de jovens no país, na área rural são 2 milhões de jovens e que estão saindo. A gente não pode deixar o jovem sair do campo mais, porque


OFICINAS & TRABALHOS DE GRUPO

logo iremos ficar sem alimento.” O jovem agricultor Igor Peron de Minas Gerais, conhece bem esta realidade. Igor é um exemplo que o Coopera vismo Solidário pode proporcionar melhores condições para o pequeno produtor. O jovem trabalha com produtos agroecológicos e tudo que produz é comercializado por uma coopera va. “A gente tem mais acesso a mercados, o jovem tem mais incen vos e também é uma fonte de renda para ele permanecer no campo”, afirmou o jovem produtor. Propostas da juventude No final do encontro, a UNICAFES Paraná entregou para as autoridades governamentais, entre elas, Vera Lúcia Daller e Carlos Juruna, do DENACOOP/MAPA, um documento baseado no resultado das oficinas que demandam as principais necessidades da juventude na melhoria do acesso a polí cas públicas, geração de renda, trabalho, incen vo à sucessão familiar e a permanência no campo, acesso à tecnologia e educação de qualidade no campo. O documento desenvolvido no encontro também servirá para basear os trabalhos da Secretaria da Juventude da UNICAFES Paraná que está desenvolvendo o Plano da Juventude Rural.

Cenários foram montados para retratar a vida na cidade e no campo. Um momento para os jovens refle rem.

Autoridades que receberam o documento da juventude. Na ocasião, Juruna fala sobre os programas do MDA.

Cada grupo apresentou a sua principal preocupação.

Sucessão familiar: Exemplo da família Schmoller. São três gerações vivendo na mesma propriedade que fica comunidade de Santo Izidoro, em Francisco Beltrão.

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ARTIGO: QUEIJARIAS ARTESANAIS

O grande desao: superar o preconceito contra o queijo artesanal de leite cru Christophe de Lannoy Associado a COOPERIGUAÇU

2º Encontro de Valorização do Queijo Artesanal que aconteceu junto as comemorações dos 10 anos da UNICAFES PR foi marcado pela necessidade de valorizar os queijos de leite cru. Dois anos antes, em 12 de junho de 2013, no município de Coronel Vivida foi realizado a 1º edição do encontro, com a presença do mestre queijeiro italiano Ba sta A orni de Belluno, assessor do Projeto do Queijo Típico Regional Santo Giorno, que destacou que: “o leite cru bem produzido e cuidado dá um queijo sempre melhor do que quando se pasteuriza. O queijo de leite cru alcança um gosto mais harmonioso, mais completo, de maior riqueza”. Contrapondo-se a posição dos serviços de inspeção que exigem a pasteurização do leite mesmo do produtor artesanal. Os melhores queijos do mundo são elaborados com leite cru, como por exemplo: o Parmesão e o Grana Padana. Que no Brasil, próximo a região Sudoeste do Paraná é produzido pela Gran Mestri, um Grana Padana de alta qualidade, em um volume de leite que deve superar os 50.000 litros/dia de leite cru. No entanto, a produção de queijos com leite cru é mais segura, quando realizada no nível artesanal. Ocorre que o leite cru exige muita atenção e, portanto, é melhor quando se produz com leite de ape-

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nas um rebanho e não se transporta o leite. Outra vantagem é que o risco da produção é pulverizado, se ocorrerem problemas eles serão localizados. Diferentemente da grande indústria, que se obriga a reunir o leite de muitos produtores e a percorrer distâncias por vezes longas, que implica em armazenamento do leite, o que aumenta o risco de deterioração do mesmo, além de a ngirem maiores números de consumidores. Por isso, cabe se perguntar por que no Brasil os produtores artesanais de queijo de leite cru dificilmente conseguem legalizar sua produção, enquanto que grandes indústrias produzem queijos de leite cru.

Experiências pelo Brasil No Estado de Minas Gerais existe a lei do Queijo Minas Artesanal, que cer fica a produção legalizada para comercialização em todo o estado. Na região de Lages, em Santa Catarina, as en dades se uniram em defesa do queijo serrano e em cinco anos a realidade mudou. Onde se produz o tradicional queijo serrano de leite cru, em pequenas queijarias, com apenas 23m² de área, que são chamadas de “Casas do Queijo”, com subsídio de 50% do seu custo assumido pelo governo do Estado, e estão em processo de legalização junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Neste contexto existem hoje produtores que recebem até R$ 40,00 por quilo de queijo, também com o es mulo ao turismo. Isso demonstra que antes de legalizar o queijo deve ser valorizado, até porque os produtores somente se sentem mo vados a inves r quando o produto que produzem ganha valor. Caso contrário, o que se houve por Algumas das autoridades que pres giaram o 2º Encontro de Valorização do Queijo Artesanal: Christophe de Lannoy (Engenheiro Agrônomo); Reni Denardi (MDA); Nilceu Kempf (UNICAFES); aí é que “se ver que legalizar eu paro Célio Bone (Agência de Desenvolvimento do Sudoeste do Paraná); José Carlos Farias (COOPAFI); de fazer queijo” ou ainda, “se vere Valmir Priamo (SISCLAF);

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todo o país. No entanto a briga está posta, pois tudo indica que o MAPA tende a “nivelar por cima” ou seja, a aumentar muito as exigências dos Serviços de Inspeção dos Municípios e Estados. A boa no cia para os produtores é que em dezembro deste ano serão iniciadas as discussões para a construção da Lei do Queijo Paraná Artesanal de Leite Cru. Os debates acontecem em Curi ba em uma audiência Pública na Assembleia Legisla va do Estado do Paraná.

Foto:Google

mos que trabalhar dentro da lei, então ninguém trabalha”. Assim enquanto, governos gastam milhões na implantação de grandes indústrias, os produtores de queijos artesanais se obrigam a trabalhar à margem da lei. A preferência das nossas en dades deve estar voltada a inves mentos em pequenas estruturas, que se tornam mais viáveis, e desafiar a base a assumir, legalizar e fazer crescer, a produção artesanal. As Coopera va de produção vinculadas a Agricultura Familiar e Economia Solidária deveriam se preocupar em comercializar os produtos elaborados artesanalmente pelos seus cooperados. Agora que muitos municípios estão aderindo ao CONSAD (Consórcio Intermunicipal para a Segurança Alimentar e o Desenvolvimento Local) com vistas a viabilizar o SUASA (Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária) ou seja, a fazer unificação do Serviço de Inspeção Municipal com reconhecido pelo governo federal, possibilitando as agroindústrias comercializar em


COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO

UNICAFES PARANÁ celebra 10 anos de história Os pioneiros e lideranças do Cooperativismo Solidário são agraciados em reconhecimento a dedicação a instituição. Indianara Paes Assessora de Comunicação

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m momento para voltar ao passado e recordar com sa sfação tantos desafios superados, experiências e também celebrar com alegria e orgulho os frutos das conquistas. Um dia para agraciar e renovar o compromisso junto as pessoas que ajudaram a construir o Coopera vismo Solidário para que con nuem firmes nesta jornada. Se é que é possível resumir, o início das comemorações dos 10 anos da UNICAFES (Federação de Coopera vas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do estado do Paraná) foi assim: recheado de emoção, elogios e agradecimentos. Cerca de 400 pessoas, entre lideranças coopera vistas, autoridades, en dades parcerias e colaboradores do sistema par ciparam da fes vidade, realizada no dia 15 de outubro, em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. Na ocasião, várias pessoas foram agraciadas com homenagens pela dedicação e trabalho junto à toda a história da UNICAFES. Um troféu com a marca da ins tuição – sol e pinheiros sobrepostos ao mapa do Brasil –, foi entregue as lideranças nacionais, estaduais e as atuais direções das Centrais de Coopera vas. São pessoas que ao longo desta década assumiram e defenderam o ato de fundação e consolidação deste modelo organizacional.

Lideranças Nacionais As primeiras homenagens foram dedicadas aos

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idealizadores e importantes lideranças a nível nacional que veram grande par cipação no processo de fundação da UNICAFES, no ano de 2005. São eles José Paulo Crisostomo, primeiro presidente nacional da ins tuição; Luiz Ademir Possamai, atual presidente da UNICAFES NACIONAL e também da UNICOPAS (União Nacional das Organizações Coopera vistas Solidárias); Lenir Dallazen, em reconhecimento a memória do marido Ademir Luiz Dallazen, primeiro presidente da UNICAFES no Paraná; Assis Miguel do Couto, deputado federal e pioneiro do Coopera vismo de Crédito Solidário, que não esteve no ato, mas par cipou da programação no dia seguinte; Manoel Vital de Carvalho Filho, ex-secretário do Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); Dirceu Basso, ex-assessor ins tucional da UNICAFES Nacional; e Jaap Van Dors, ex-diretor da Ong Belga TRIAS Brasil. Lideranças Estaduais As Coopera vas Solidárias pioneiras no estado do Paraná foram essenciais no processo de cons tuição da UNICAFES. Desta maneira, a ins tuição fez um reconhecimento des nado as pessoas que naquela época estavam à frente da direção, como: Olívio Dambros, da COOPERIGUAÇU (Coopera va de Trabalho Iguaçu de Prestação de Serviços); Vanderley Zigger, da Central CRESOL BASER; Christophe De Lannoy, ex-assessor da

UNICAFES PR; Maria Ma lde Meurer que representou Márcia Guimara Machado Meurer, da ex nta COOPERCACHAÇA; Francisco Pereira, do SISCLAF (Sistema de Coopera vas de Leite da Agricultura Familiar com Interação Solidária); e José Carlos Farias, da COOPAFI Central (Coopera va da Agricultura Familiar Integrada). Centrais filiadas Ao longo dos anos, a UNICAFES organizou suas filiadas por Centrais dividas pelos ramos leite, comercialização, crédito e Ater. Uma estratégia que proporcionou o fortalecimento das coopera vas. Os atuais presidentes das Centrais de Coopera vas também foram homenageados. Entre eles Valmir Priamo, do SISCLAF; José Carlos Farias, da COOPAFI Central; José Brugnara, da COORLAF (Coopera va de Leite da Agricultura Familiar) Central; Alzimiro Tomé, da Central CRESOL BASER; e André Mocelim, da CENATER (Central de Coopera vas de Acompanhamento Técnico e Extensão Rural do Estado do Paraná). Reconhecimento O Coopera vismo Solidário nasceu, cresceu e se desenvolveu com a trabalho de várias pessoas. Aos dez anos, a UNICAFES vive a sua melhor fase. Tem grande visibilidade nacional e internacionalmente por suas experiências posi vas. Muitas dessas experiências de

sucesso foram conquistadas a par r de importantes parcerias com ins tuições públicas e privadas. Na ocasião, a ins tuição fez um reconhecimento as universidades pela solida aliança, o que contribuiu para o fortalecimento das Coopera vas Solidárias. Uma delas foi a UTFPR (Universidade Tecnologia Federal do Paraná). Nesta parceria, a UNICAFES organizou diversos projetos vinculados ao Programa Universidade Sem Fronteiras e ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien fico e Tecnológico). Para o professor Miguel Ângelo Perondi, esta união representa uma efe va ação comunitária, uma verdadeira possibilidade de extensão universitária com ganhos em ambos os lados. “O movimento coopera vista permite e promove o crescimento econômico com inclusão social, um espaço nobre para a iniciação no mercado de trabalho de profissionais que formamos e de uma oportunidade da universidade exercer uma atuação em prol da comunidade do seu entorno.” A Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) também é uma das grandes parceiras da UNICAFES. O professor Adilson Alves confessou que espera avançar muito mais na promoção de uma sociedade mais justa e de uma economia mais par cipa va. “Do ponto de vista social penso que o que a Unicafes faz é muito significa vo. Se pudesse dar um conselho aos agricultores é que acreditem em sua capacidade de construir alterna vas de desenvolvimento, que par ci-

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pem de forma integral da organização coopera vismo solidário, que valorizem sua capacidade de serem agentes a vos da construção do território”, destacou o Adilson. Ao longo dos 10 anos da UNICAFES, os veículos de comunicação de Francisco Beltrão sempre abriram espaços em seus jornais e programas de rádio e televisão para informar a população sobre as lutas e conquistas da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Desta forma, a UNICAFES estendeu sua eterna gra dão para os jornalistas e comunicadores através da ABI (Associação Beltronense de Imprensa) Sudoeste. Além disso, várias organizações foram destacadas pela sua importância no desenvolvimento do Coopera vismo Solidário, como a FETRAF (Federação dos Trabralhadores na Agricultura Familiar), FETAEP (Federação dos Trabalhadores Rurais), RURECO (Fundação para Desenvolvimento Econômico Rural), AOPA (Associação de Agricultura Orgânica), ASSESOAR (Associação de Estudos, Orientação e

Lideranças nacionais: José Paulo, Vital, Basso, Nilceu, Lenir e Jaap.

Lideranças estaduais: Christophe, Olívo, Vanderley, Ma lde, Francisco e Carlos.

Atual direção das Centrais filiadas: André, Tomé, Brugnara, Priamo e Carlos.

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Assistência Rural), MST (Movimento Sem Terra), MAB (Movimento dos A ngidos por Barragens), CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor), INFOCOS (Ins tuto de Formação do Coopera vismo Solidário), e outras. A UNICAFES também foi reconhecida por seus parceiros. O diretor presidente da ins tuição no Paraná, Nilceu Kempf recebeu uma placa da Assembleia Legisla va do Paraná através do Deputado Lemos, e um troféu da Ong Belga TRIAS Brasil. Para a diretora geral, Gisele Obara do TRIAS, está parceria permi u um grande aprendizado. “Através dessa construção conjunta, as vitórias e lições nesses anos jus ficam por si só e reforçam a razão pela qual a ins tuição acredita e realiza o trabalho com o protagonismo das Organizações de Base, – muito mais do que estruturas sicas, organizacionais e formais, a capacidade e força construída através desse tecido social são reconhecido e valorizados pelo TRIAS.”

Lideranças nacionais: Genes (UNICAFES RS), Possamai, Gérvasio(UNICAFES SC) e Nilceu.

Universidades: Adilson (Unioeste), Nilceu e Miguel (UTFPR).

Possamai e Nilceu da UNICAFES recebem homenagem do Deputado Lemos da Alep.

Nilceu da UNICAFES e Gisele do TRIAS Parte da equipe de colaboradores da UNICAFES.

Vanderley Ziger – Presidente do Ins tuto INFOCOS “É uma honra e uma responsabilidade muito grande ser reconhecido entre as pessoas que ajudaram a construir uma ins tuição de representação do Coopera vismo Solidário. Aos poucos, a UNICAFES foi conquistando grande notoriedade, inclusive com a nova Lei do Coopera vismo, a qual estabelece um diálogo direto com as Coopera vas de Economia Solidária e também com a polí ca pública. Hoje podemos celebrar e compar lho esta homenagem com todas as pessoas, que de alguma forma ajudaram a construir a nossa história.” José Graziano da Silva - Diretor Geral FAO “Nos seus 10 anos, a UNICAFES mostrou que é possível promover o desenvolvimento de forma inclusiva. A experiência de sucesso do Brasil da UNICAFES pode servir de exemplo internacional. Quero reafirmar aqui o compromisso da FAO com as coopera vas agrícolas e organizações de produtores, trabalhamos juntos para promover, o papel fundamental das coopera vas na melhoria da segurança alimentar, na geração de renda, e criação de oportunidades de trabalho e emprego, na organização social dos agricultores familiares. A FAO celebrou 70 anos, desejo que vocês possam chegar a nossa idade sem perder o vigor e a dedicação a causa que nos reúne.” Luiz Possamai – Presidente da UNICAFES Nacional e da UNICOPAS “Diante de todas as barreiras que nós vemos no início: poucas lideranças preparadas, dificuldades financeiras e falta de reconhecimento da nova categoria de coopera vas no Brasil, totalmente diferente do modelo tradicional, agora ver a UNICAFES no porte que está é mais do que a realização de um sonho. Acredito que nós estamos no

caminho certo. Agora é momento de consolidar, não só nas polí cas públicas, mas também a importância do Coopera vismo Solidário para o desenvolvimento das famílias agricultoras e de toda sociedade.” Deputado Federal Assis do Couto "Claro que o reconhecimento é bom, mas mais do que uma menção honrosa, esta homenagem significa o compromisso em con nuar trabalhando pelo Coopera vismo Solidário no Paraná e no Brasil. Nós percebemos, há muito tempo, que um agricultor sozinho tem pouco sucesso. Unidos, eles podem enfrentar a dura realidade do mercado brasileiro. Assim também são as coopera vas. Percebemos que uma coopera va isolada também não tem muita força. Por isso, nós criamos a UNICAFES. O coopera vismo é de interesse público. Por isso, o Estado Brasileiro tem o dever de dar força ao coopera vismo. Isso é princípio cons tucional. Está lá na Cons tuinte de 1988, que dá voz ao povo. O governo precisa apoiar o coopera vismo. Porque um governo que abandona o coopera vismo está abandonando uma chance de organizar uma sociedade mais justa." Nilceu Kempf – Presidente da UNICAFES PR “O nascimento da UNICAFES em 2005, é o retrato do início da criação das Coopera vas Solidárias. Nós sempre argumentávamos que os agricultores familiares só iriam conseguir se desenvolver economicamente e com qualidade de vida se es vessem unidos e organizados. O tempo provou. A UNICAFES chegou para fortalecer e trazer mais desenvolvimento para as coopera vas. Diante disso, eu só tenho a agradecer as pessoas que contribuíram na construção dessa importante en dade, de representação das suas filiadas pelo brilhante trabalho realizado durante esses 10 anos, executados pelos presidentes e conselheiros que nos antecederam. Vida longa ao Coopera vismo Solidário.”

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6º ENCONTRO DA MULHER RURAL

Mais de 1.700 pessoas comemoram o Dia Internacional da Mulher Rural

A premiação do 2º Concurso de Receitas e a Feira dos Produtos da Agricultura Familiar es veram entre as principais atrações do dia.

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uitas trabalhadoras do campo madrugaram. Enfrentaram horas e centenas de quilômetros. Em suas bagagens muitas trouxeram vários quitutes e guloseimas que eram de dar água na boca. Mas a razão que as fez deixar seus lares por um dia foi devida a sua importância para a Agricultura Familiar. Por isso, a UNICAFES PR preparou um dia especialmente para as mulheres agricultoras, em que elas puderam rever amigas, colocar a prosa em dia, dar risada e trocar muitas experiências. O Dia Internacional da Mulher Rural e da Alimentação foram comemorados por mais de 1.700 pessoas em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. A programação integrou as comemorações dos 10 anos da UNICAFES. Vieram caravanas de grupos de mulheres de Coopera vas Solidárias e que par cipam do Programa de Gênero e Geração de diferentes partes do Estado. Neste ano, a cada região veio iden ficada por uma cor. A região Centro Sul de lilás, o Centro de rosa, a Metropolitana de azul, o Sudoeste de amarelo, a Fronteira de Vermelho, o Oeste de Verde, e o Noroeste de laranja. Muito vaidosas, as mulheres inves ram em acessórios ou roupas coloridas para fazer bonito em mais uma edição do evento. O que coloriu o Centro de Eventos da Marabá, local que aconteceu a festa, deixando a plateia mais viva e alegre.

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Durante o dia todo, várias a vidades foram desenvolvidas, como resgate histórico das principais a vidades do Programa de Gênero e Geração, apresentação dos casos de sucesso dos grupos de mulheres, dinâmicas, sorteio de brindes, e ainda palestras com o bispo emérito de Duque de Caxias, dom Mauro Moreli e a psicóloga e especialista em comportamento feminino Lígia Guerra. O dia foi preparado exclusivamente para elas. Muito animadas as mulheres interagiram, dançaram e até cantaram em momentos de descontração. O público também pude visitar a tradicional Feira de Produtos da Agricultura

Familiar, e conhecer as vencedoras do 2º Concurso Cul vando Sabores da Roça. O grande número de grupos expositores e a presença massiva de público novamente corresponderam às expecta vas dos organizadores. A agricultora Odete Serena dos Santos contou que saiu do evento ainda mais mo vada. “Nós par cipamos das palestras que foi muito importante, também da feira que foi um sucesso. Fiquei muito feliz e animada em con nuar este trabalho. Espero que este encontro siga incen vando as mulheres e jovens a não desanimar”. Em Santa Izabel d’ Oeste onde ela vive, o grupo de mulheres está em processo de formação. Para Elenice Genoveva Bianchini de Ampére o evento sempre deixa uma marca na vida de cada mulher. “Esse evento vem sempre trazer novas ideias, projetos para que busquemos novos horizontes trazendo mais mo vação para que con nuemos nossa luta e alcancemos nossos obje vos.” O Encontro da Mulher Rural ainda contou com a presença de autoridades polí cas que desenvolvem trabalhos de empoderamento das mulheres. Para a coordenadora do Departamento de Coopera vismo e Associa vismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (DENACOOP/MAPA), Vera Lucia Daller, o evento é muito importante para fortalecer a autoes ma das mulheres. “Nós estamos aqui para mostrar para as mulheres que as oportunidades existem, mostrar os

espaços que elas devem ocupar na sociedade. E ainda o que o governo disponibiliza para preparara-las para que possam assumir esses espaços”, afirmou. O Deputado Federal Assis do Couto, também pres giou o evento. Na ocasião, ele foi agraciado por sua contribuição no processo de fundação da UNICAFES. Muito grato pelo reconhecimento, ele estendeu a homenagem a sua mãe e a todas as mulheres agricultoras. Dia Internacional da Mulher Rural e da Alimentação O papel da mulher na produção de alimentos é essencial, entretanto este assunto ainda carece de maior visibilidade e reconhecimento, tanto da sociedade quanto de suas próprias famílias. Foi por isso, que a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 15 de outubro, para celebrar o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora Rural. A escolha desta data não foi à toa, mas sim representa va. Um dia antes, 14, é celebrado o Dia Mundial da Alimentação, uma forma de dar maior destaque para o papel que o público feminino desempenha na garan a da segurança alimentar e na erradicação da pobreza no meio rural. A grande contribuição da mulher no trabalho rural acontece principalmente em relação à Agricultura Familiar. No Brasil, os pequenos agricultores são responsáveis por produzir 70% dos alimentos consumidos.

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CONCURSO DE RECEITAS

CLASSIFICAÇÃO DAS VENCEDORAS

Cultivando Sabores da Roça premia receitas que valorizam os sabores e temperos da Agricultura Familiar

CATEGORIA DOCE

CATEGORIA SALGADO

A divulgação das vencedoras aconteceu durante o 6º Encontro Interestadual da Mulher Rural

1º Monica J. Siepko

Ana Maria Deon Bertolini

Prato: Pão de Mel Município: Candói - região Centro

2º Neiva Luiza Salvalaggio Prato: Bolo de Amendoim Município: São Miguel do Iguaçu região Oeste

Escondidinho de mandioca e pão de mel foram os grandes destaques desta edição.

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ais de 100 mulheres agricultoras mostraram seus dotes culinários no Concurso Cul vando Sabores da Roça promovido pela UNICAFES PR. A inicia va revelou e premiou as receitas que priorizaram os produtos e temperos da Agricultura Familiar valorizando as tradições culturais. Nesta segunda edição, o número de inscrições efe vas superou as expecta vas dos organizadores. Quem par cipou, pode escolher em preparar um prato salgado ou doce. O concurso foi coordenado pelo Programa de Gênero e Geração. Nos meses de agosto e setembro foram realizadas fases eliminatórias em várias regiões do Estado. Nesta etapa, dez pratos por região foram selecionados, sendo cinco salgados e cinco doces, o que totalizou 50

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receitas classificadas para a grande final. Para esta fase, os pratos passaram por um novo julgamento. A banca técnica composta por docentes de universidades da área de alimentos teve a responsabilidade de avaliar as receitas pelos quesitos: origem dos produtos, modo de preparo e iden dade cultural. A jurada Débora Giareta, que é mestre em química de alimentos elogiou a inicia va. “O concurso possui uma proposta muito interessante, isto porque es mula todo processo de transformação dos produtos da Agricultura Familiar em pratos atra vos e saborosos”. Todo este processo aconteceu simultaneamente ao 6º Encontro Interestadual da Mulher Rural, em Francisco Beltrão. O resultado da 2º edição do Concurso aconteceu no encerramento do evento.

Prato: Escondinho de Mandioca Município: Cruz Machado região Centro

3º Mulheres Batalhadoras Prato: Trança de Batata Município: Ampére - região Sudoeste

2º Terezinha de Jesus Pilar Prato: Pão de Mandioca Município: Francisco Beltrão região Sudoeste

3º Marli Maria Reck Prato: Panqueca de Beterraba Município: Matelândia - região Oeste

Resultado As três primeiras colocadas de cada categoria receberam troféu e uma lembrança, e ainda irão par cipar da gravação de um vídeo sobre as a vidades do Programa de Gênero e Geração. Nos pratos salgados, em primeiro lugar ficou a agricultora de Cruz Machado Monica J. Siepko. Ela concorreu com o escondidinho de mandioca. Por telefone ela contou que ficou surpresa com a no cia. Jamais esperava que a sua receita poderia ser a grande ganhadora. “Fiquei muito surpresa. Naquele dia eu não pude ir, porque estava fazendo um bolo de noiva. Então fiz a receita e mandei pela minha cunhada, a Lurdes, que foi me representar. No outro dia, ela chegou aqui em casa com uma sacola. Aí eu pensei, alguma coisa tem. Porque ela veio muito animada. Eu fiquei muito feliz”, contou. Todos os produtos usados na receita da Monica são cul vados por ela, e o melhor, sem agrotóxicos. A receita é

um sucesso na família e também entre as amigas. “Não tem segredo, é bem fácil e rápido de fazer”, salientou. A Ana Maria Deon Bertolini de Candói venceu na categoria doce com o pão de mel. A agricultora que reside no Assentamento Matas do Cavernoso, também não imaginava conquistar o primeiro lugar no concurso. “Todas as mulheres cozinharam super bem, não imaginava que iria conseguir”. O gosto pela culinária vem de família. Dona Ana revelou que tem irmãos que gostam de cozinhar e tem mais, todo esse talento também já está sendo herdado pelas novas gerações. A agricultora revelou que a receita do pão de mel foi criada por ela junto com as filhas e faz maior sucesso. As demais par cipantes receberam um cer ficado e uma lembrança, como uma forma de valorização pela dedicação ao Concurso. Para 2016, uma nova edição será organizada.

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COMERCIALIZAÇÃO

Feira da Agricultura Familia Uma grande variedade de produtos coloniais e artesanais vindos de várias regiões do Paraná foram expostos e comercializados em Francisco Beltrão. A feira foi uma das atrações do evento dos 10 anos da UNICAFES PR.

Elisângela Bellandi Loss - Assessora de Comercialização & Indianara Paes - Assessora de Comunicação

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mpossível não perder alguns minutos e literalmente se perder pelos corredores, diante de uma infinidade de produtos que encantavam os olhos e também o paladar. Um espaço muito movimentado para quem par cipou das comemorações dos 10 anos da UNICAFES foi a Feira da Agricultura Familiar, uma das grandes atrações dos Encontros da Juventude e da Mulher Rural, realizados nos dias 15 e 16 de outubro em Francisco Beltrão. A 5º edição da feira recebeu a par cipação de 60

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trabalhadores do campo, em 30 estantes, de vários municípios paranaenses. Já virou tradição, a cada ano elas capricham ainda mais. Desta vez, fizeram exposição e a venda de uma ampla diversidade de seus produtos coloniais, como panificados, embu dos, conservas, doces e salgados, além de uma infinidade de produtos artesanais, classificados em ar gos domés cos e de decoração. A feira esteve aberta a comunidade em geral e teve bons resultados. Segundo os organizadores, movimentou nove mil reais em vendas durante os dois dias. Para a Assessora de Comercialização da UNICAFES, Elisangela Loss, muitos dos produtos expostos traduzem na sua essência grandes virtudes das famílias e especialmente das mulheres, mas além disso retrata “a expressão de costumes, sabores e saberes regionais e demostram a diversidade cultural das várias etnias que cons tuem o quadro social das coopera vas”, salientou. A agricultora Serema Machado da


Silveira trouxe de Coronel Vivida alguns produtos para serem comercializados na feira, como derivados de leite e trigo, doces, conservas e artesanatos. Neste encontro, o espaço organizado especialmente para elas foi uma grande oportunidade para mostrar os potenciais de cada município. “Além de venderem seus produtos, as mulheres fizeram uma grande troca de experiências, uma conheceu o produto da outra, trocaram receitas. Foi muito bom”, avaliou a produtora. Empoderamento socioeconômico das famílias A Feira da Agricultura Familiar é um importante espaço de interação entre os grupos de mulheres que par cipam do Programa de Gênero e Geração e também das coopera vas. Esta inicia va tem proporcionado vários ganhos, como a troca de experiências, a valorização e a divulgação dos trabalhos, e principalmente o fortalecimento do empoderamento socioeconômico das famílias. São nas feiras municipais que as mulheres têm oportunidade de garan r uma renda extra para a família. No caso de Serema, a feira representa 40% do ganho a mais no fim do mês. “Já aconteceu comigo, mas há várias colegas que com este dinheiro conseguiram comprar móveis, geladeira nova e até reformar a casa. Isso é um incen vo muito bom para as mulheres”, relata. Hoje as trabalhadoras que an gamente permaneciam apenas no cuidado do lar e ajudando na produção junto com o marido conquistaram o seu próprio espa-

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ço, possuem mais autonomia e está entre os fatores que tem contribuído para a redução da evasão do campo. “As feiras municipais são uma boa alterna va na complementação da renda das mulheres. Por isso, é que nós incen vamos que elas, cada vez mais, par cipem desses espaços e aperfeiçoem os seus produtos, mostrando a qualidade e o diferencial dos produtos da Agricultura Familiar”, disse a diretora da Secretaria de Mulheres da UNICAFES Janete Madei Rotava. Para isso, o Programa de Gênero e Geração viabiliza através de parceiros a realização de cursos de melhoramento de produção para qualificar os produtos que são comercializados pelas trabalhadoras. Conheça um pouco da história A Feira da Agricultura Familiar surgiu em 2010 de forma mida. O obje vo inicial era proporcionar a amostra de produtos, troca de experiência, e a comercialização nos Encontros Estaduais da Mulher Rural organizado pela UNICAFES PR. Com o passar dos anos, a feira foi crescendo juntamente com a ampliação do Programa de Gênero e Geração e o envolvimento dos ramos coopera vos. Atualmente, este trabalho já tem a sua marca registrada e consolidada junto aos eventos de Gênero e Geração, se tornando um espaço de caráter comercial, es mulando a cada ano a maior par cipação de grupos e coopera vas da Agricultura familiar e Economia Solidária.

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ARTIGO

II CICLO DO COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO FACT – Um instrumento para fortalecer a legi midade representa va

Alcidir Mazzu Zanco Assessor Ins tucional

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representação é um processo que busca fortalecer a visibilidade e reconhecimento dos diversos setores e segmentos socioeconômicos, garan ndo a par cipação social nos espaços de construção e deliberação. Todas as organizações sociais, econômicas, culturais e polí cas desenvolvem ação representa va, no campo produ vo, cultural, financeiro e governamental. A sociedade se organiza em vários formatos representavos, fundamentados em formas organiza vas presentes nas Igrejas, nas Universidades, nas estruturas de Governo, nas comunidades locais e até mesmo nas famílias. A manutenção e fortalecimento destes espaços necessita ser amparada em formas legí mas de par cipa va social. No século XXI vários espaços representa vos perderam sua legi midade social. A Igreja perdeu seu poder de influência sobre o Estado. O Estado fundamentado na polí ca, perdeu sua força democrá ca. O mundo empresarial convive com a pressão capitalista. Neste cenário as organizações do terceiro setor e as coopera vistas, verificam a necessidade de qualificação dos seus processos representa vos, garan ndo par cipação, descentralização e qualidade em suas pautas organizacionais. O FACT – é uma metodologia desenvolvida pela AGRICOORD com a missão de qualificar os processos de representação das organizações do terceiro setor. Essa metodologia tem como obje vo ajudar as organizações na realização de consultas, inves gação, formulação e defesa de propostas SMART – Sustentáveis, Medíveis, Alcançáveis, Renováveis, no Tempo solicitado. A metodologia está sendo analisada pela UNICAFES, podendo ser u lizada para qualificar seu formato

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representa vo, com implantação de pilares para validar processos de consulta social, de inves gação qualificada, de formulação de propostas viáveis, e de negociação sólida com maior possibilidade de sucesso representa vo. A consulta é realizada para coletar dados e apontamentos dos sócios sobre determinado tema, prevendo a elaboração de propostas legí mas. Essa consulta pode ser realizada através de reuniões presenciais ou pesquisa a distância, gerando sistema zação dos posicionamentos cole vos sobre temas considerados estratégicos. A inves gação é realizada na fase posterior a consulta prévia. Neste processo é realizado o CROC, consulta, registro, ordenamento e retroalimentação. Este processo tem como obje vo a geração de dados sustentáveis para a construção das propostas. As propostas SMART são geradas deste processo, ampliando o poder de influência social e econômica. Propostas formuladas com par cipação social, com fundamento sólido em dados de pesquisa socioeconômica, possui maior poder de persuasão dos organismos receptores. As negociações são resultado de propostas bem formuladas, sendo organizadas de maneira planejada através do mapeamento e execução de negociações estratégicas, com atores empoderados e lideres conscientes de seu papel representa vo. Recentemente a UNICAFES Paraná, através do apoio e parceria do TRIAS, par cipou de dois cursos sobre o FACT, ambos realizados na América Central no País de El Salvador, prevendo possível u lização desta ferramenta a par r de 2016, qualificando ainda mais seus 10 ANOS, buscando fortalecer a afirmação de que “muitas mãos constroem este coopera vismo”.


GÊNERO E GERAÇÃO

Programa de Gênero fortalece participação de mulheres no Cooperativismo Solidário Adriana de Oliveira Nava Assessora de Gênero e Geração

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á seis anos a UNICAFES PR vem incen vando a par cipação das mulheres e jovens no processo de desenvolvimento do Coopera vismo Solidário, visando a adoção de polí cas igualitárias. Este trabalho é realizado em todo estado do Paraná por meio do Programa de Gênero e Geração. A inicia va tem a proposta de fortalecer as relações familiares, o trabalho e a iden dade da mulher e do jovem, promovendo sua par cipação na unidade familiar, na coopera va e nos grupos produ vos da Agricultura Familiar e Economia Solidária, bem como o resgate de conhecimento e estratégicas tradicionais da agricultura a par r das experiências das gerações. No ano de 2015, as ações do programa foram intensificadas a par r da contratação de assessorias regionais, nas regiões Sudoeste, Centro, Centro –Sul, Oeste, Fronteira e Vale do Ribeira, as quais dedicaram o seu trabalho no fortalecimento das a vidades. Para isso, os grupos divididos nas regiões seguiram um cronograma durante o ano todo. Dezenas de a vidades foram realizadas. Houve oficinas de auto-organização de mulheres e formalização jurídica de coopera vas, oficinas sobre trabalho produ vo com foco na agroecologia, cursos de melhoramento da produção e visitas de acompanhamento para realização do planejamento. Teve também elaboração e acompanhamento á acesso as polí cas públicas, iden ficação dos grupos através de um “marco zero”, monitoramento e avaliação do Plano de Ações dos Grupos de Mulheres, reuniões da Planejamento e cadastro dos grupos no SICAF (Sistema de Comercialização de Produtos da Agricultura Familiar). Para fechar o ano, mais de 1.700 mulheres par ciparam 6º Encontro Interestadual da Mulher Rural, que contou com a Feira da Agricultura Familiar e o 2º Concurso de Receitas “Cul vando Sabores da Roça”. Para a diretora da Secretaria

de Mulheres da UNICAFES, Janete Madey Ro ava, a grande par cipação de mulheres no Encontro da Mulher Rural é reflexo do sucesso do trabalho nos municípios. Segundo ela, o ano de 2015 foi muito posi vo, a intenção é ampliar as a vidades em 2016. Um dos pontos que devem ser melhorados é na formação de novas lideranças femininas. Janete disse que este é um dos grandes desafios a ser superado. “Temos que conscien zar nossas mulheres sobre a importância de ocuparem esses espaços, que eles existem mas, ainda as mulheres não estão se desafiando para assumirem um cargo dire vo em uma coopera va, associação, sindicatos. Mas vamos fazer um trabalho de formação com as mulheres para que elas se sintam capazes e quando assumirem os espaços nas en dades que elas se sintam parte da en dade que sejam pessoas atuante e que façam a diferença na sua en dade”, afirmou. A importância das parcerias para a realização do Programa de Gênero e Geração em todas as regiões foi de fundamental importância para todo êxito do trabalho realizado. “Desta forma a equipe de assessorias e Direção agradecem a todas às en dades parceiras do Programa Gênero e Geração, as mul plicadoras municipais, que tem um papel muito importante, pois são elas que ar culam os grupos para as a vidades. Se vemos êxito foi mérito de todos que trabalharam em prol do programa”, comentou Janete. Os trabalhos do programa são desenvolvidos pela UNICAFES PR com apoio de organizações parceiras como, MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), CRESOL (Coopera va de Crédito Rural com Intenção Solidária), Sindicatos, COOPAF´S (Coopera vas da Agricultura Familiar Integrada), CLAF´S (Coopera vas de Leite da Agricultura Familiar com Interação Solidária), EMATER, Prefeituras entre outros.

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CRÉDITO SOLIDÁRIO

Seminário da CRESOL comemora 20 anos do Cooperativismo de Crédito Solidário Analice Lourenci Assessora de Imprensa/CRESOL BASER

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oi no berço do Coopera vismo Solidário, e também onde está instalada a sua sede que a Central CRESOL BASER promoveu um Seminário que marcou os 20 anos da ins tuição. As a vidades aconteceram nos dias 19 e 20 de novembro, no Centro de Eventos Marabá de Francisco Beltrão. O evento contou com a par cipação de mais de 600 pessoas entre elas diretores e coordenadores dos oito estados de abrangência da CRESOL, reunindo também parceiros e representantes nacionais e internacionais do coopera vismo de crédito para painéis e oficinas com diversos temas do cenário financeiro. O seminário iniciou com o painel “Microfinanças em um mundo de oportunidades”, que teve como mediação do Presidente da Central CRESOL BASER, Alzimiro Thomé, como painelistas Wilson Carrasco, representante da Rabobank Founda on na América La na, Claudio Weber, Diretor de monitoramento e supervisão do FGCOOP (Fundo Garan dor do Coopera vismo de Crédito) e o professor e coordenador do Programa de Pós Graduação em Engenharia da Produção na Universidade Federal São Carlos, Mario Batalha. Para ampliar ainda mais os debates estratégicos ao crescimento do Sistema CRESOL, o Seminário de 20 Anos, abordou em quatro oficinas temas de grande relevância e essenciais para os próximos passos do o Sistema, como tecnologia para as coopera vas de crédito, formação, assistência técnica e desenvolvimento local, e tendências de negócios coopera vos. O evento teve como marco o lançamento do Planeja-

mento Estratégico Par cipa vo – PEP CRESOL 2016/2020, com os obje vos para os próximos cinco anos do Sistema. Segundo o Presidente da CENTRAL CRESOL Baser, Alzimiro Thomé, o PEP foi um momento ímpar no Sistema de construção e pensamento cole vo. “Os próximos anos da CRESOL certamente serão de muitos desafios e trabalho, tudo que foi apresentado e demandado nos encontros das coopera vas e nas regionais, servirão de caminho para os próximos passos no crescimento e desenvolvimento de um Sistema ainda mais forte”. Para finalizar as a vidades do Seminário, foi formada uma mesa de honra com as autoridades e parceiros presentes no evento, com representação das cinco Centrais de Crédito que compõem a CONFESOL (Confederação das Coopera vas Centrais de Crédito Rural com Interação Solidária), demais ramos coopera vistas, parceiros de Universidades, polí cos e demais representantes de organizações, onde as falas e homenagens a CRESOL marcaram esses 20 anos de caminhada coopera vista. Finalizando o evento o Presidente da Central CRESOL BASER, Alzimiro Thomé, agradeceu a presença de todos, lembrando da alegria em comemorar os 20 anos da CRESOL, junto a pessoas tão importantes e essências para essa caminhada e consolidação de um Sistema forte que hoje representa mais de 140 mil famílias em oito estados. “Hoje queremos agradecer a cada um que nessa caminhada fizeram a diferença em seu dia a dia, vivendo e acreditando nesse coopera vismo, abraçando essa luta diária em uma caminhada cada dia mais presente de fortalecer e viver a nossa missão” finalizou.

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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Cooperativismo Solidário na COP 21 em Paris Conferência abordará os efeitos das mudanças climá cas e pretende fazer um novo acordo entre os países para diminuir o aquecimento global e limitar o aumento da temperatura global. O evento acontece no fim do ano em Paris, na França.

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riada durante a Rio-92 no Rio de Janeiro, em 1992, a Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (do original em inglês United Na ons Framework Conven on on Climate Change UNFCCC) reconhece que o sistema climá co é um recurso compar lhado, planetário, cuja estabilidade pode ser afetada por a vidades humanas, industriais, agrícolas e pelo desmatamento, devido a liberação de dióxido de carbono e outros gases que aquecem o planeta Terra. A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo desta Convenção e suas decisões são soberanas. O obje vo da 21ª Conferência do Clima (COP 21), em Paris, dezembro de 2015, é o de firmar um novo acordo entre os países para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, com o intuito de limitar o aumento da temperatura global em 2ºC até 2100. Já que um estudo realizado pelo governo britânico (Relatório Stern), publicado em agosto de 2005 afirmou que se não fossem tomadas medidas para a redução das emissões, a concentração dos gases geradores de efeito estufa na atmosfera poderia, em 2035, a ngir uma média global de mais de 2ºC.

Mas o que a sociedade civil tem haver com tudo isso? O Banco Mundial a par r de seu relatório in tulado ShockWaves alerta que 100 milhões de pessoas em 2030 poderão a ngir a pobreza extrema devido a mudança do clima. Os principais efeitos serão: safras arruinadas, desastres naturais, alta de preços dos alimentos e doenças transmi das pela água, tais efeitos são obstáculos para a redução da pobreza. Contudo, ações de curto prazo que incorporem uma visão de desenvolvimento sustentável e que levem em consideração a questão climá ca poderá prevenir muitas destas consequências. Neste sen do, é de fundamental importância a presença da UNICAFES quanto representante de agricultores familiares e suas coopera vas em eventos que discutam medidas mi gadoras aos efeitos das mudanças climá cas. Afinal, os agricultores familiares são os produtores agrícolas mais intensamente afetados pelas mudanças do clima, devido a alteração do ciclo das chuvas e aumento das temperaturas causado pelo efeito estufa. No Brasil a presidente Dilma Rousseff destaca que considerando as bases dos 17 ODS (Obje vos de Desenvolvimento Sustentável) que foram traçadas durante a Rio+20 em 2012, exis rão metas no governo que aumentem a resiliência do meio ambiente e que reduzam os riscos associados aos efeitos nega vos

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Foto: The Farm For Life Project

Daniela M. do Nascimento Assessora de Relações Internacionais

do clima. Tais metas tem enfoque principal sobre as populações mais pobres e vulneráveis, com atenção para as questões de gênero, direito dos trabalhadores, das comunidades indígenas, quilombolas e tradicionais. Desde 2012, a UNICAFES tem contribuído nas discussões internacionais sobre este tema e incluiu ações voltadas ao Coopera vismo da Agricultura Familiar e Economia Solidária no conjunto de pautas dos 17 Obje vos do Desenvolvimento Sustentável, os quais guiam as estratégias desenvolvidas pelos governos federais no mundo. As ações do governo sustentadas pela presidente Dilma direcionarão, segundo ela “ações de mi gação e adaptação, assim como as necessidades de financiamento, de transferência de tecnologia e de formação de capacidade”. Apontando metas de redução a emissão de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030 principalmente com redução a 0%do desmatamento ilegal. Medidas como estas convergem com as ideias de José Graziano da Silva, diretor geral da FAO, o qual, cita que “...até 2050, teremos que produzir comida para mais 2 bilhões de pessoas, o que supõe mais pressão sobre a terra e sobre a água. E que precisamos de sistemas alimentares que produzam mais com menos e que sejam resistentes às mudanças climá cas”. As principais formas de redução do impacto climá co da indústria alimentar, é sem dúvida a adoção de sistemas agrícolas que promovam o desenvolvimento no nível local e consumo de maneira consciente, conduzidos tanto por agricultores empresariais quanto por familiares. Para tanto, é necessária a par cipação de atores estratégicos para conscien zar a sociedade em geral para a adoção desses sistemas. Dentre esses atores estão coopera vas, produtores de sementes, Assistência Técnica e de Extensão Rural, Universidades, ONGs e en dades governamentais. A fim de discu r com o governo sobre medidas que ampliem financiamentos e negócios em prol a inovação de sistemas agrícolas sustentáveis, torna-se cada vez mais importante a par cipação da UNICAFES em eventos como a COP 21. A ins tuição ainda demonstra mais uma vez a sua importância e capacidade quanto representante da sociedade civil da agricultura familiar brasileira não apenas no âmbito local, mas também antenada nos grandes dilemas mundiais que devem afetar diretamente os produtores e a população brasileira. Tendo desenvolvido nos úl mos anos cada vez mais habilidades e conhecimento de causa para aprimorar o seu papel de representação dos interesses dos grandes provedores de alimentos do país.


FAÇA EM CASA

ESCONDIDINHO DE MANDIOCA FOTO: KAROLINE RIBEIRO

Receita de Monica J. Siepko Município de Cruz Machado, Centro Sul do Paraná. 1º lugar no 2º Concurso Cultivando Sabores da Roça - categoria salgado.

Ingredientes - 4 xícaras de mandioca cozida - 1 colher de sal - 1 xícara de cebola - ½ xícara de salsinha - ½ xícara de cebolinha - 1 colher de banha Recheio - ½ kg de carne moída - 2 tomates - 1 xícara de milho verde - 1 cebola - 2 dentes de alho - 1 colher de banha

Rendimento: 06 porções Tempo de preparo: 1 hora Custo médio: R$ 12,00

Modo de Preparo Amasse a mandioca em forma de purê e reserve. Prepare o recheio: cozinhe a carne moída e depois misture refogando os demais ingredientes do recheio. Coloque um pouco de massa no fundo de uma forma, na sequência coloque uma camada de carne moída e cubra com o restante da massa da mandioca. Coloque no forno por 30 minutos. Pronto, agora e só saborear. Bom apetite.

AMACIANTE PARA ROUPAS

Ajude a minimizar o impacto no planeta, faça seus próprios produtos de limpeza.

Ingredientes - 01 kg de base; - 01 vidro de corante em gotas; - 01 vidro de essência; - 20 litros de água; Como fazer Dissolva a base em 20 litros de água e reserve de um dia para o outro. No dia seguinte acrescente mais 20 litros de água e misture bem até dissolver os grumos. Neste momento, coloque a essência e o corante a gosto e está pronto. Rendimento: 40 litros de amaciante

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Muitas mãos constroem este Cooperativismo

FEDERAÇÃO UNICAFES PR Federação de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado do Paraná


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