Jornal da Unifra n. 46

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JORNAL

Laura Fabrício

UNIFRA ano 10 | nº 46 | Santa Maria/RS | dezembro 2010 | Distribuição gratuita

atendimento Relação com a comunidade

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fotografia: Agusto Sebastião | modelo: Fernanda Rorato | ilustrações: Tiago Cristo

Fernanda Ramos

maquete | arquitetura e urbanismo

Augusto Sebastião

da

tabagismo A liberdade e o vício

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O que eu busco com a

graduação? A chamada Geração Y está proporcionando uma revolução silenciosa no ensino superior e na sociedade. Éticos, apressados e inovadores, os jovens nascidos entre os anos 80 e 90 descobriram que as regras verticais do passado não existem mais, e o que está em jogo hoje é a capacidade produtiva, o comprometimento e a realização pessoal.

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A luz do encontro

com Deus gera como presente valioso o dom da paz e o compromisso com o valor sagrado da existência humana.

Em nossa forma usual de contar o tempo, o mês de dezembro tem o signo de coroamento do ano. Muitos estudantes concluem seu curso, outros acabam mais uma etapa. As pessoas refletem sobre seus fazeres e as convivências do ano que se encerra. É um tempo que propicia e convida o retorno a casa, encontros de família, comemorações com amigos, celebrações religiosas. Uma razão especial motiva esse ambiente festivo: a celebração do Natal. A fé cristã, neste período, convida a deter-se e perceber o sentido da vida humana, a contemplar as sementes de vida lançadas ao mundo pelo Criador, transformadas em seres que perpetuam e sustentam a vida. Dispõe a

Ana Rauber

Reconhecimento

No Sepe 2010 a homenageada foi a enfermeira e professora Noemi Lunardi. A Reitora Iraní Rupolo entregou uma placa em agradecimento aos serviços prestados. Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira, instituição criada em 1955 que deu origem a Unifra, a educadora ingressou na Facem em 1966 permanecendo na direção da instituição por 27 anos, de 1966 a 1993.

sentir o ato criador e a buscar compreender como Deus, em Jesus Cristo, tomou a condição humana para estar mais próximo das pessoas. Ela sensibiliza para que se considere o amor comunicante, incondicionado e gratuito de Deus, pois é Ele a origem da capacidade humana de amar. A manifestação de Deus, que tomou a natureza humana, chama a refletir sobre a grandeza desse divino ato amoroso que, em Jesus Cristo, revela por ensinamentos, sinais e, com a própria vida, seu amor misericordioso. A compreensão do mistério da encarnação de Deus em Jesus Cristo e do seu nascimento, celebrado no Natal, não é uma evidência que se impõe, antes constitui dom de Deus e descoberta do ser humano

na experiência da fé que se aperfeiçoa na busca pessoal e na vivência em comunidade. A luz do encontro com Deus gera como presente valioso o dom da paz e o compromisso com o valor sagrado da existência humana. Essa experiência se expressa no encantamento pela vida; faz perceber a realidade com os olhos da alma e compreender que toda a criação fala de Deus e do Seu amor. A celebração do Natal é tempo propício para conceder-se o perdão e perdoar, solidarizar-se com o outro em situação de bem ou de dificuldades, buscar motivos de esperança, renovar sonhos e desejos do coração, celebrar o encontro com as pessoas de nosso convívio e deixar fluir entre nós o amor de Deus. Feliz Natal!

Os valores mudaram

acreditam no valor do trabalho, priorizando a conduta ética em suas relações pessoais e profissionais, o Jornal da Unifra propõe uma reflexão sobre as novas prioridades dessa garotada que nasceu entre os anos 80 e meados dos anos 90, a qual possui consciência de que ser um sucesso na vida é fazer todos os dias atividades que proporcionam satisfação pessoal. É preciso também agradecer a aceitação da comunidade universitária, que entendeu a nova proposta editorial e gráfica do Jornal, onde diante da convergência de um sistema social cada vez mais tecnológico observou no presente Jornal (ou seria uma revista?) impresso um meio agradável e moderno de aprendizado. A todos um bom final de ano.

editorial

Laura Fabrício

Para refletir

A proximidade do final de ano propicia um sentimento de dever cumprido, onde ponderamos as etapas vencidas levando em conta os novos objetivos para o próximo ano. Aos profissionais formados ficam os votos de que possam buscar junto ao mercado de trabalho a autorrealização. Para os estudantes que ingressam no ensino superior, se sobressai a atenção de valorizar cada vez mais a capacidade produtiva dessa Geração Y, na absoluta certeza que encontrarão na Unifra um ambiente fértil para o conhecimento e o aprendizado. Nesta edição, no que diz respeito a essa versão de jovens que

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Erramos

Jornal da Unifra | nº 46 | Ano 10

Expediente Erramos

A aquisição de livros para biblioteca da Unifra é realizada pela colaboradora Rosane Dias Alves e não pelas bibliotecárias Eunice de Oliveira e Zeneida Brito, como mencionado na edição anterior do Jornal.

Unifra – Centro Universitário Franciscano Rua dos Andradas, 1614 CEP 97010-032 - Santa Maria-RS Reitora: Iraní Rupolo Pró-reitora de Administração: Inacir Pederiva Pró-reitora de Graduação: Vanilde Bisognin Pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão: Solange Binotto Fagan Chefe de Gabinete: Orlando Agostta

Assessoria de Comunicação Unifra Coordenação: Glaíse Bohrer Palma Reportagens: Caroline Cechin (estagiária), Carlos Spall Projeto Editorial e Gráfico: Carlos Spall e Maurício Lavarda Diagramação: Maurício Lavarda Ilustrações: Tiago Cristo Apoio Fotográfico: Laboratório de Fotografia e Memória Unifra Jornalistas Responsáveis: Carlos Spall – RS 0334 e Glaíse Bohrer Palma RS 8531 divulgar@unifra.br | unifraonline

Profª. Iraní Rupolo - Reitora


interação

Novo espaço virtual de aprendizado Aliar tecnologia e ensino é uma das novas propostas da Unifra. No dia 30 de novembro foi lançado um ambiente inovador na instituição. É o Mais Unifra, um espaço virtual de aprendizagem. O novo site traz conteúdos digitais, palestras e variados objetos de aprendizagem em três áreas de conhecimento: Letras, Física Médica e Matemática. Neste espaço, acadêmicos e professores têm acesso a variadas

ferramentas de interação sobre as disciplinas de interesse. “Estamos projetando um espaço com dinâmica de interação característico das redes sociais, assim, os conteúdos serão acessados conforme a vontade do usuário”, relata a coordenadora Valéria Bortoluzzi. O suporte busca criar materiais didáticos digitais diferenciados e de qualidade, com fins pedagógicos. Através desta

nova tecnologia é possível aliar alunos e professores organizando os conteúdos, a fim de respeitar o ritmo da aprendizagem de cada estudante. Após a consolidação do projeto serão agregadas novas áreas de conhecimento. Acesse: www.maisunifra.com.br

Já pensou em fazer Biomedicina? A evolução tecnológica e a demanda do mercado propiciaram a ampliação do campo de atuação profissional, integrando novas alternativas nas áreas de saúde e biotecnologia. o O Curso de Biomedicina da acadêmico estuda disciplinas Unifra, que foi criado em básicas da saúde e conteúdos 2007, se encaixa neste perfil. aprofundados da biomedicina. Esta ciência foca seus estudos entre o campo da Medicina e o da Biologia. O profissional formado na Unifra é habilitado em análises clínicas.

Durante a graduação

O Curso de Biomedicina tem duração de quatro anos e integra as ciências da saúde. Para o segundo semestre de 2011 o curso traz uma novidade. Após o término das reformas de alguns laboratórios e aprovação da Vigilância Sanitária, o curso atenderá a comunidade interna e externa da Unifra, seguindo o perfil da instituição que realiza diversos atendimentos à comunidade (mais na página 05). As disciplinas são divididas entre teóricas e práticas já nos primeiros

semestres. Segundo o coordenador do Curso de Biomedicina, Roberto Christ, o curso da Unifra se destaca pelos laboratórios de ponta, como o de biologia molecular. “Equipamentos como o PCR em tempo real, que fornece dados bem importantes sobre análise molecular existem em poucas universidades”, enfatiza o coordenador. O curso possui um quadro docente com 60% de professores doutores e para o ano que vem esse número aumentará para 80%.

O setor de Certificados e Estágios da Unifra é o local designado para retirar certificados/atestados dos eventos da instituição e dos estágios não obrigatórios. No departamento estão disponíveis também os atestados Probic, Probex para alunos e professores, sendo de Pesquisa e Extensão somente para professores, assim como os atestados da Pastoral da Unifra. A sala 001 fica ao lado da biblioteca, no prédio II do Conjunto I, Rua dos Andradas, 1614. O horário de funcionamento é das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 22h30min.

Os certificados são importantes para o registro das ACC (Atividades Curriculares Complementares). A funcionária do setor Suzane Giovelli Martins, lembra que antes de professores ou alunos saírem da instituição é aconselhável que passem no local e verifiquem se não possuem nenhum certificado para ser retirado. É possível entrar em contato com o setor através do telefone 3220 1200 – ramal 1231, ou pelos emails certificados@unifra.br e estágios@unifra.br. A cada edição você conhece um ou mais setores da instituição.

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Certificados e Estágios

Fernanda Ramos

conheça o setor

A partir desta edição você vai conhecer um ou mais cursos da instituição.

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“Gabriel, quatro anos, recebe

Fernanda Ramos

atendimento há mais de um ano. Ele evoluiu seu quadro clínico em todos os sentidos, coordenação motora, psicológica e disposição”. Ana Luiza de Quadros, avó de Gabriel.

Compromisso As consultas são feitas através de agendamentos na secretaria do laboratório de práticas que fica no Prédio 17 da Unifra, com entrada pela Rua dos Andradas. Para solicitar informações ligue para 3025.9070.

@carolcechin

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Psicologia

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Através dos atendimentos a Unifra busca cumprir com os princípios de responsabilidade visando uma sociedade mais justa e igualitária

D

iante de uma sociedade que ainda convive com desigualdades sociais, a Unifra, ciente das atribuições de difundir conhecimento e promover o bem-estar sem distinção, observa a área da saúde como um elo de ligação entre instituição de ensino e sociedade. Através de projetos de extensão ou atendimentos nos laboratórios, os alunos têm a oportunidade de melhorar a vida

Os serviços psicológicos são oferecidos à comunidade santa-mariense e da região. Os interessados passam por um processo de triagem que consiste em pelo menos duas entrevistas individuais. Em seguida, o paciente passa por grupos de avaliação, onde é encaminhado para o atendimento que melhor lhe couber. Todas as idades são atendidas. “Os benefícios para os nossos alunos são muitos, afinal é o momento onde eles consolidam seus estudos teóricos, e desenvolvem habilidades necessárias ao profissional no mercado de trabalho atual, como possibilidade de trabalho em equipe, troca de conhecimento e desenvolvimento da comunicação interinstitucional”, destaca a professora Graziela Miolo.

da comunidade santa-mariense, no exercício das atividades junto ao Laboratório de Ensino Prático em Saúde. Para o diretor de área das Ciências da Saúde, Helmoz Appelt, além de auxiliar na experiência profissional, os laboratórios proporcionam uma intensa produção acadêmica. “É um espaço onde se pode realizar estudos de caso, estudar novas metodologias,

acompanhando as tendências práticas”, destaca Appelt. Na avaliação da acadêmica do 8° semestre de Fisioterapia, Bruna Agostini, o trabalho prático durante o curso é importante pela troca de experiências junto aos colegas, professores e pacientes. “A gente aprende sorrindo, se divertindo, mas trabalha com muita seriedade. O tratamento deve ser eficaz, não necessariamente estressante”.

Serviço Social

Os acadêmicos dentro da área do Serviço Social têm a possibilidade de atuar em diferentes atividades. Na Unifra são oferecidos atendimentos socioeconômicos, acolhimento familiar, garantia de direito, cidadania, além de visitas domiciliares. Hoje os encaminhamentos geralmente são feitos pelos outros laboratórios que identificam alguma dificuldade no paciente. Segundo a professora Nice de Neves Miranda, que coordena os atendimentos, a população não tem conhecimento dos serviços prestados pelo curso. “As pessoas podem procurar a secretaria e verificar a possibilidade de atendimento, nós também encaminhamos para outros espaços da sociedade que atuam na área do serviço social”, enfatiza Nice.


Fernanda Ramos

Práticas clínicas de Fisioterapia

Terapia Ocupacional

O Curso de Terapia Ocupacional tem um diferencial em seu atendimento. Para a coordenadora do curso Daniella Tônus este profissional percebe seu cliente como um ser holístico, criativo, e prioriza durante seus atendimentos os desejos e expectativas pessoais, sempre estimulando que ele faça parte do seu tratamento e que participe de forma ativa da sua recuperação. Estes atendimentos são realizados a toda comunidade e geralmente são encaminhados por profissionais de outras áreas. A maioria dos atendimentos são para crianças e também para adultos encaminhados pelo INSS para reabilitação. Porém, o curso atende todas as faixas etárias e patologias diversificadas.

Práticas de Enfermagem

O laboratório realiza consultas em enfermagem, onde são feitos curativos, verificação da pressão arterial (PA) e glicose, orientações sobre educação e promoção em saúde. Segundo a coordenadora do laboratório, professora Hilda Maria de Freitas, durante o atendimento os acadêmicos conversam com o paciente, orientam e educam para a promoção em saúde, conhecendo a realidade conforme sua história de vida e a singularidade de cada caso. “São feitas orientações para que possam realizar a sua própria escolha em saúde. É uma contribuição da enfermagem no atendimento às necessidades especiais em saúde, articulando integralidade e subjetividade”, destaca Hilda.

Nutrição

Para quem precisa de atendimento nutricional a Unifra oferece os serviços do Laboratório de Nutrição. No local são atendidos pacientes de Santa Maria e região que precisam de algum tipo de tratamento. Segundo o professor Thiago Mussoi o atendimento é feito por estagiários do 8º semestre, com supervisão direta de um professor nutricionista. “Para os pacientes o simples fato da possibilidade de ter um acompanhamento nutricional sem custo é um benefício, a clínica prioriza atender pessoas com baixo poder aquisitivo”, destaca Mussoi.

Odontologia

O Curso de Odontologia realiza diversos atendimentos para o aprimoramento acadêmico. Conforme a demanda de trabalho as pessoas são chamadas para uma triagem onde são avaliados caso a caso. Segundo a coordenadora Ana Chagas, são atendidas crianças e adultos, excluindo-se apenas casos de ortodontia corretiva e implantes que são procedimentos efetuados em pós-graduação. Os alunos do curso têm a oportunidade de realizar seus estágios e vivenciar experiências do mercado de trabalho. Laura Fabrício

O serviço de fisioterapia atende os pacientes que frequentam outros laboratórios da saúde e também os encaminhados por médicos da cidade. Esse benefício tem em foco principalmente a área de traumatologia, neurologia, reumatologia, ginecologia, cardiorrespiratória e ortopédica. A coordenadora do laboratório, Luciana Cezimbra Weis, destaca que para os alunos é a oportunidade de uma vasta experiência e vivência com os mais variados tipos de casos a serem avaliados e tratados, dando-lhes fortes subsídios para enfrentarem o mercado de trabalho ao se formarem.

Os atendimentos prestados pelo Curso de Farmácia proporcionam ao usuário dos laboratórios um acompanhamento da terapia medicamentosa. É realizado um trabalho de prevenir e detectar problemas relacionados ao consumo de medicamentos. Estes pacientes fazem uso de vários remédios que, muitas vezes, apresentam falhas na terapia ou efeitos adversos. Além destes serviços, o auxílio quanto à utilização dos fármacos é muito importante para evitar erros cometidos pelos pacientes. Para a coordenadora do laboratório Jane Beatriz Limberger, um dos benefícios desses atendimentos é a resolução de problemas relacionados aos aspectos de segurança, eficácia e necessidade dos remédios prescritos e/ou utilizados.

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Farmácia

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O que eu busco com a

graduação? @carlosspall

A “Um homem

é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite e, nesse meio tempo, só faz o que gosta.” Bod Dylan

os 20 anos Priscila é convicta em dizer que ser um sucesso na vida é fazer todos os dias o que se gosta. Representante da chamada Geração Y, nascidos entre os anos 80 e 90, a estudante quer ingressar no Curso de Nutrição para cuidar da qualidade de vida das pessoas, e deixa claro: “busco a graduação para uma satisfação pessoal, não somente pelo dinheiro”. Essa nova versão de jovens que ingressa no ensino superior, dotados de um senso pautado na liberdade, onde os valores das relações interpessoais são observados como prioridades,

Ilustrações: Tiago Cristo

pessoal, não somente pelo dinheiro. Quero promover a saúde, fazer com que os hábitos alimentares se tornem sinônimos de qualidade de vida”. Priscila Isabela Lassen, 20 anos, vestibulanda de Nutrição.

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meio ambiente e as causas sociais os novos estudantes buscam o conhecimento para autorrealização, estão dispostos a inovar e possuem a pressa como tônica de vida.

possuem fortes valores morais e se dizem dispostos a mudar o mundo. “Eles têm consciência de que as normas do passado não existem mais. Observam claramente que a força da mudança está no compartilhamento de experiências”, pondera o professor de Psicologia da Unifra Felipe Schroder de Oliveira. Sem o fardo das questões sócio-políticas de desigualdade e guerra característica dos anos 60 e 70, o estardalhaço dessa nova versão de líderes flama a bandeira da felicidade. No entanto, diante de um território fértil de oportunidades, a pressa e a ansiedade desses jovens em atingir esse sentimento através da escolha profissional pode gerar frustrações. “É característico da geração a ideia da necessidade imediata da definição de vida. No entanto, nada é definitivo, e os novos desafios é que movimentam a capacidade produtiva dessa turma”, afirma o professor.

“Busco a graduação para uma satisfação

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Preocupados com o

enquete

O que você busca com o Ensino Superior?

2 3

1 6 5

4

1- Realizar-se na vida

48%

2 - Ter uma profissão

47%

3 - Ganhar dinheiro

28%

4 - Ser útil à sociedade

26%

5 - Não ficar parado

7%

6 - Outro motivo

3%

Realizada via GoogleDocs 155 participantes Obs: As pessoas podiam marcar mais de uma caixa de seleção, por isso a soma das percentagens ultrapassou 100%.


geração y

Geração “Y” nascidos entre 1980/90

Com o mundo relativamente estável, eles cresceram em uma década de valorização intensa da infância, com internet, computador e educação mais sofisticada que as gerações anteriores. Ganharam autoestima e não se sujeitam às atividades que não fazem sentido em longo prazo. Sabem trabalhar em rede e lidam com autoridades como se eles fossem colegas de turma, fato que favorece as descobertas pessoais e a busca por inovações.

“Cheguei a cursar

quatro semestres de Sistema de Informação, mas não me senti um estudante realizado. Fui criado para fora, na fazenda com minha família, agora para atender minha satisfação pessoal quero estar mais próximo da natureza”. Eduardo Irion Demarchi, 21 anos.

Fonte: Geração Y: perspectivas sobre o ambiente multigeracional - LAB SSJ

-

- Nasceu com televisão, computador, internet dentro de casa: mais informação, mais descobertas - Vasta oferta de cursos de graduação e possibilidades de emprego - Aptidão para desenvolver a autorrealização - Empenho, curiosidade, motivação - Sucesso é trabalhar duro

Pontos negativos - Cobrança pessoal muito forte - Nem tudo se resolve para ontem - Contemplar a necessidade imediata de definir suas escolhas - Imaginar que todas as escolhas são definitivas

Por Felipe Schroder - Observar ao máximo o conteúdo que vai ser estudado em sala de aula conforme seus interesses pessoais. - Compartilhar experiências, sensações, ideias, no compreendimento que o senso comum de evolução deve prevalecer. - Estar disposto a se sentir bem diante da diversidade de pensamento que rola no meio acadêmico. Se no primeiro semestre o mundo parecer estranho, é só aparência, quem está mudando é você. - A responsabilidade exigida no mercado de trabalho deve ser encarada da mesma forma durante o curso.

“Quero construir uma

carreira onde além de estabilidade financeira possa agregar novas metodologias em favor da medicina através da busca por novos fármacos”. Valesca Trindade, 18 anos, vestibulanda de Farmácia.

O que o estudante pode esperar dos cursos de graduação da Unifra? Vanilde Bisognin – Pró-reitora de Graduação Os cursos de graduação da Unifra têm como foco preparar o acadêmico com competências e habilidades para competir e obter sucesso pessoal e profissional. Os estudantes podem esperar que a instituição compreenda que o diploma representa um reconhecimento social, sendo também uma condição mínima para inserção e competição no mercado de trabalho. Através de uma formação que leva em consideração as dimensões sociais, respeitando as individualidades sociais, culturais e étnicas, esperamos que os novos acadêmicos sejam pessoas pensantes e atuantes, críticos e reflexivos e que se integrem na comunidade franciscana aprofundando seus estudos, participando ativamente de eventos, dos diretórios cadêmicos, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.

“Quero fazer

Direito por acreditar que o curso pode abrir a cabeça para o conhecimento. Hoje em dia tudo possui uma base legal e, se puder interpretar e aplicar essas leis na busca de um mundo melhor, assim o farei”. Roger Paixão dos Santos, 19 anos.

Sugira pautas para as próximas edições - divulgar@unifra.br

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+

Pontos positivos

Como aproveitar ao máximo o conhecimento oferecido no ensino superior

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Não

cigarro

queime seu filme

Estudantes priorizam liberdade em fumar em locais abertos, mas se dizem preocupados com o destino dos resíduos do cigarro deles experiências com o cigarro já aos 13,5 anos, conforme o Ministério da Saúde. “Mesmo depois que as gripes se tornam terríveis, os dentes ficam amarelados, a coisa fica feia mesmo, é difícil parar de fumar. É tudo uma questão de prioridade e consciência”, comenta a professora do Curso Técnico de Enfermagem, Fabiana Porto da Silva.

Liberdade na ponta dos dedos

Enquanto os fumantes se dizem convictos em relação ao controle do vício, o cigarro ainda é consumido pela sensação agradável que fumar no meu ele proporciona segundo canto, quietinha, até porque os fumantes, geralmente tenho direito ao meu momento associado ao hábito de pessoal”, Gabriela Perufo, 20 bem-estar, seja na leitura anos, acadêmica de jornalismo. de um livro, numa festa, acompanhando uma boa refeição ou conversa com amigos. “Procuro fumar no meu canto, quietinha, até porque o cigarro é parceiro de minhas reflexões”, considera a estudante de jornalismo, Gabriela Perufo. No entanto, é consenso entre os estudantes, que essa sensação

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“Procuro

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de liberdade manipulada na ponta dos dedos acaba diante da invasão de privacidade e de responsabilidades das pessoas. “Tenho o direito de fumar ao ar livre, mas quando jogo a bituca no chão me sinto constrangida. Quero ter o direito também de colocar a bituca no meu lixo no lugar chão me sinto constrangida. Quero apropriado”, ter o direito de jogar meu lixo no enfatiza a acadêmica lugar apropriado”. de arquitetura Ana Lise Belaus, 20 anos, estudante Ana Belaus, de arquitetura sugerindo que sejam instalados nos pátios da instituição recipientes apropriados para os resíduos do cigarro.

“Quando jogo

“Quem fuma dá mais bola para imagem do que para saúde” De fato, a opinião da acadêmica Carolina Minuzzi, 19 anos, que estagia na Agência Experimental de Propaganda da Unifra, Gema, foi levada em conta e inspirou a nova campanha da instituição de combate ao cigarro na Unifra.

“Hoje se observa que grupos de conversa são ligados pelas tragadas. Assim, o objetivo dessa nova publicidade é passar a ideia de que as pessoas que estão ao seu redor não precisam fumar junto com você”. A nova campanha da Gema contra o tabagismo começa a ser divulgada no primeiro semestre de 2011.

Augusto Sebastião

Câncer, impotência, infarto, dependência. A cartilha dos malefícios do tabaco não é atual, sendo conhecida pela população de uma forma familiar, por vezes bem particular. No entanto, um expressivo número de acadêmicos engrossam estatísticas de consumo, aonde aproximadamente 20% dos brasileiros fumam, tendo muitos


mininovela Professora de Inglês/Português Assessora para relações acadêmicas interinstitucionais

Do you speak English? A importância das línguas estrangeiras no século XXI Certamente, você já ouviu perguntas do tipo: “Do you speak English?” ou “Have you ever been abroad?”. Isso se deve, em grande parte, ao avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), que possibilitam o diálogo e a troca de conhecimento entre pessoas de diferentes contextos sociais e culturais e, de certo modo, nos obrigam a aprender um idioma que seja comum à grande maioria de seus usuários. No entanto, é bem verdade que, ao pensarmos em estudar uma língua estrangeira, temos a liberdade de escolher o idioma que mais nos “agrada” ou que melhor atende às nossas necessidades. Contudo, essa “escolha” parece cada vez menos democrática, se considerarmos o status que a língua inglesa tem assumido nas últimas décadas. Devido a questões de ordem política, econômica e tecnológica, a língua inglesa é considerada a língua franca por excelência. Isso significa que, por meio dela, podemos ter livre acesso às demais nações e culturas e, consequentemente, ampliar nossas possibilidades de interação e promoção do conhecimento. Na busca pela aprendizagem do idioma inúmeras possibilidades são testadas a todo instante. Nesse sentido, programas de intercâmbio - linguístico, cultural ou acadêmico, em países falantes nativos da língua alvo, têm demonstrado uma contribuição bastante significativa nos últimos anos. Contudo, devo dizer que a experiência adquirida durante a realização de um intercâmbio ultrapassa questões de ordem puramente linguística, resultando, muitas vezes, em mudanças no modo de pensar e agir que contribuem significativamente para a qualificação plena dos sujeitos envolvidos. Sob essa perspectiva, é oportuno destacar a importância da ARAI - Assessoria de Relações Acadêmicas Interinstitucionais - para a comunidade acadêmica da Unifra, na medida em que possibilita a troca de conhecimento por meio de acordos interinstitucionais de cooperação acadêmica, que promovem, em última instância, a internacionalização do ensino. Nesse sentido, o conhecimento linguístico, tão importante à inserção do indivíduo na sociedade pós-moderna - digital e plurilíngue - resulta de uma experiência significativamente mais ampla definida como intercâmbio.

Está no ar

Cinco Centavos

A

proposta da mininovela “5 Centavos” produzida pelo Laboratório de Produção Audiovisual do Curso de Publicidade e Propaganda da Unifra, era testar a ousadia e a criatividade dos alunos em plataformas audiovisuais diferenciadas, roteiros e caracterizados como curtas, programas de TV os personagens na ou ficção seriada. disciplina de Redação De uma forma Publicitária 3 e a bem humorada, as produção dos capítulos foi feitas pelo laboratório histórias de vida de cinco jovens de produção audiovisual. se entrelaçam em encontros no ambiente universitário, onde os perfis dos estudantes são explorados de uma forma um tanto exagerada através da explosão de emoções e atitudes dos universitários em seu dia a dia de faculdade. “Na mininovela são apresentadas diferentes visões de mundo, estilos de vestir, agir e sentir a vida em momentos de lazer dentro do ambiente de ensino”, explica a diretora geral Caroline Brum sobre os diferentes estereótipos dos personagens. A equipe de produção conta com 21 pessoas divididas em funcionários, da professora mininovela foi composta e alunos de por bandas e artistas publicidade e de Santa Maria e de artes cênicas Porto Alegre, com da UFSM. coordenação do músico A mininovela e publicitário Binho possui dez Manenti que é egresso e capítulos. funcionário da Unifra. O último capítulo foi construído pelo público. “Temos fotos e cenas gravadas que foram disponibilizadas no site para o pessoal montar o capítulo 10. A ideia é termos vários finais”, conta Caroline.

Foram produzidos

A trilha sonora

Acesse e assista a novela: www.cincocentavos.com

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Gabriela Quatrin Marzari

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artigoar

artigo

O prazer de advogar: reflexões sobre a prática jurídica

O

ideal do profissional jurídico é um dos maiores valores almejados pela humanidade: a realização da Justiça. No exercício da advocacia tratamos dos problemas que afetam a vida pessoal ou patrimonial das pessoas. Problemas que interferem acentuadamente na sua rotina, prejudicam suas atividades e, muitas vezes, podem prejudicar sua saúde mental e até mesmo física. É preciso que o prazer de advogar seja descoberto, divulgado e valorizado. A prática da análise do caso concreto, clareando seus pontos relevantes e decisivos, conseguir adequar essa realidade ao Direito, encontrando nas normas e nos princípios jurídicos a resolução do problema e, ao fazer essa relação, expressá-la corretamente, através da argumentação jurídica. É prazerosa a descoberta do

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Ilustração: Tiago Cristo

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Envie artigos para as próximas edições - divulgar@unifra.br

ensinamento jurídico doutrinário adequado ao nosso interesse casuístico; encontrar a decisão jurisprudencial favorável em um caso análogo ao que estamos trabalhando; arquitetar um texto, mesmo que simples, mas claro, objetivo e convincente, capaz de fundamentar adequadamente nossa tese e depois, quem sabe, ser até mesmo referido na decisão judicial como uma das motivações da sentença. Mais ainda: ter a possibilidade de descobrir rumos inéditos na construção do Direito, através da inovação jurisprudencial, o que pode ser considerado como nossa “obra prima”. Essas atividades, rotineiras na profissão do advogado, são comparáveis ao momento em que um médico consegue o diagnóstico correto, através da análise de um exame laboratorial, ou mesmo da eficiente tradução dos sintomas apresentados pelo paciente, abrindo os primeiros caminhos para a cura; ou quando

o professor consegue detectar, através da avaliação do processo educacional, o fator impeditivo da aprendizagem de seu aluno, decidindo pela instrumentalização pedagógica adequada para a superação do problema. Na Psicologia, esse momento é comparável ao momento em que o psicólogo consegue desvendar o fator desencadeador dos traumas de seu paciente e traça os caminhos adequados para o tratamento. São momentos rotineiros, mas norteadores e indispensáveis para o êxito profissional. Costumo dizer para meus alunos, especialmente para os estagiários, que aquele caso jurídico no qual estamos trabalhando, para nós pode ser apenas um a mais. Para nosso cliente, porém, é a coisa mais importante de sua vida. Ele acorda pensando no seu processo, passa o dia inteiro sem desligar desse problema e, quando consegue dormir, sonha com ele. O trabalho do advogado é uma missão de relações humanas delicadas. Estamos participando de um momento da vida do nosso cliente em que ele está fragilizado e nos vê como uma verdadeira “tábua de salvação”, por isso um espírito ético e humanitário deve integrar nossa postura profissional. Temos que ter consciência da responsabilidade de nossa tarefa. Apesar de ela ser árdua e trabalhosa, tem nuances prazerosos e, se não conseguirmos visualizá-los, estamos na profissão errada. Bernadete Schleder dos Santos. Advogada e Professora da UNIFRA de Direito de Família; Direito das Sucessões e Estágio Supervisionado. bernadete@unifra.br; dirfam.blogspot.com


Através de oficinas interativas

Unifra é destaque na Feisma 2010 comunidade, avaliou atratividade, inovação, criatividade, originalidade e funcionalidade. Durante os nove dias do evento mais de 100 professores, funcionários e acadêmicos colaboraram com a variada programação, oferecendo oficinas, exposições e consultorias. Todas estas pessoas colaboraram ativamente para o sucesso do estande.

Os cursos da saúde fizeram um trabalho direcionado ao atendimento como verificação de pressão arterial, teste glicêmico, avaliação antropométrica, tipagem sanguínea e RH, entre outros. Além desses atendimentos foram oferecidas oficinas de brincadeiras, de tapetes e de sachês e sabonetes. A Unifra também prestou à comunidade serviços como os do Núcleo de Práticas Jurídicas.

Sepe tem mais de 1400 inscritos institucional com uma sociedade mais justa tanto na distribuição dos recursos ambientais atuais, como o que deixaremos para as gerações futuras. “O Sepe vem se destacando ano a ano no RS como um fórum de discussões em ensino, pesquisa e extensão com trabalhos distribuídos em todos os níveis do ensino superior”. As áreas de conhecimentos foram ciências sociais, humanas, saúde e tecnológicas. Acadêmicos de outras instituições tiveram a oportunidade de apresentar trabalhos em âmbito regional e nacional, permitindo assim maior abertura

à comunidade e também um benéfico contato entre os pesquisadores. “É muito boa essa troca de conhecimento entre as instituições. Tive a oportunidade de mostrar o meu trabalho e conhecer outros que estão sendo realizados na Unifra e em outras universidades”, destaca a acadêmica de Educação Especial da UFSM, Ana Caroline Pinto da Rosa.

Augusto Sebastião

A décima quarta edição do Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão, Sepe 2010, trouxe como tema a responsabilidade socioambiental. O evento que ocorreu entre os dias 10 e 12 de novembro foi palco de diferenciadas discussões sobre o assunto. Foram mais de 1400 inscritos com aproximadamente 1100 trabalhos apresentados nos três dias de evento. Conforme a Pró-reitora de Pósgraduação e Pesquisa, Solange Fagan, os diálogos sobre a proposta do simpósio foram bem destacados nas conferências, demonstrando a preocupação

Jornal da Unifra | nº 46 | Ano 10

A

qualidade de ensino da Unifra aliado ao perfil inovador da instituição ganhou destaque durante a 25ª edição da Feisma – Multifeira de Santa Maria, que aconteceu entre os dias 30 de Outubro e 07 de Novembro. O estande foi premiado com o Troféu A Razão Destaque Feisma 2010, ficando com o segundo lugar no Pavilhão Inovação. O júri, composto por cinco profissionais da

aconteceu

Rômulo D´Ávila

o público pôde conhecer um pouco mais do perfil educacional da instituição.

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espaço eco

Sustentabilidade da informação Estudantes de Sistemas de Informação montam projeto para reduzir o uso de papel e energia através da autenticação digital de documentos

A Internet

Jornal da Unifra | nº 46 | Ano 10

proporcionou um ambiente de comunicação capaz de disseminar a informação em velocidade rápida. O grande volume de troca de conhecimento online se deve a jovens pró-ativos que geram conteúdo sem parar. Escrevem, fotografam, filmam e publicam o que lhes parece indispensável. Reivindicam o que não lhes agrada e argumentam mobilizando um grupo cada vez maior de usuários na web. Para essa geração de jovens, deu-se o nome de “Geração Y”.

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Tendo em vista a procura por ideias sustentáveis de jovens universitários da Geração Y, o Grupo Santander lançou o Desafio Santander de Sustentabilidade, um concurso cultural que desafia jovens universitários a proporem alternativas sustentáveis para a sua universidade. A partir da iniciativa do Santander, os acadêmicos Catherine Barchet, Daniele Tranquilo e Thiago Alves, do Curso de Sistemas de Informação da Unifra, formaram uma equipe para participar do desafio de sustentabilidade. Com a orientação do professor Tiago Rios Rocha, os estudantes elaboraram um projeto sustentável pensando em Tecnologia Verde da Informação, ou seja, maneiras de utilizar a tecnologia disponível sem agredir o meio ambiente. O grupo foi nomeado Greenstation e quem quiser saber mais, pode acessar o blog da equipe no endereço: http://greenstationsustentabilidadeemti.blogspot. com/

A ideia é simples, econômica e sustentável Com o uso de tecnologia da informação, o grupo pretende reduzir o uso de papel e energia através da autenticação digital de documentos. A equipe encontrou na Biblioteca da Unifra uma oportunidade de aprimorar os processos de movimentação, de retirada, renovação e devolução de livros. A ação realizada pelo aluno pode ser autenticada e enviada por e-mail. Também pode ser feito o mesmo com os certificados dos eventos realizados pela instituição. O projeto pode ser aplicado em qualquer outra universidade ou em empresas com grande tramitação de documentos. “Parecem pequenas ações, mas são essas, que, executadas em massa, podem gerar resultados impactantes e positivos. É uma oportunidade de incluir a sustentabilidade no meio acadêmico e na sociedade em torno dele”, prioriza Tiago Rios Rocha, sugerindo que a proposta seja gradualmente implantada na Unifra.


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