DOENÇAS RENAIS
Previna-se!
Apresentação O Programa Conhecer para Transformar da Unimed Uberlândia tem como objetivo informar, orientar, auxiliar e provocar a transformação nas pessoas através do conhecimento. As orientações contidas aqui são muito importantes para você, são dicas simples que podem fazer a diferença e trazer mais qualidade para a sua vida e das pessoas a sua volta.
O Rim O Rim é o filtro do organismo. Sua função é filtrar o sangue eliminando as toxinas resultantes do metabolismo dos alimentos que ingerimos, como a amônia, a ureia e o ácido úrico, além de eliminar o excesso de água e sal. Tem também um papel importante na formação dos glóbulos vermelhos, na regulação da pressão arterial e ainda na produção de vitamina D, fundamental para o fortalecimento dos ossos.
Os dois rins filtram em média 180 litros de sangue por dia, mais ou menos 120ml por minuto. Esse valor é chamado de clareamento renal (clearance renal) ou taxa de filtração glomerular (glomérulo é a unidade básica do rim, assim como o neurônio é a do cérebro).
Uma função renal normal é aquela que se situa entre 70 e 140 ml/min de sangue filtrado por dia. Esse valor varia com idade, tamanho e sexo. Quando o clearance é menor que 70ml/ min temos insuficiência renal e quando é maior que 140 ml/min chamamos de hiperfiltração, que também é um sinal de doença renal (muito comum em diabéticos).
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Insuficiência renal A insuficiência renal é caracterizada pela perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou crônica.
Durante este processo o organismo procura se adaptar de múltiplas formas para sobreviver. A insuficiência renal pode manter-se assintomática, permitindo ao paciente uma vida normal durante muito tempo.
Todos os anos, cerca de 21 mil brasileiros precisam começar o tratamento por hemodiálise ou diálise peritoneal e, em raros casos, os pacientes conseguem ter ao menos uma parte do funcionamento dos rins recuperada (o suficiente para não precisarem mais do tratamento). Já o número de transplantes não acompanha a necessidade dos pacientes. No país são realizados apenas 4.221 transplantes renais por ano*. *de acordo com os últimos dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos disponíveis até a data de publicação deste material. (jan/2015)
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Insuficiência Renal Aguda Em pessoas portadoras de doenças graves, os rins podem parar de funcionar de maneira rápida (a função renal é perdida em algumas horas). Nestas situações, porém, os rins geralmente voltam a funcionar alguns dias ou semanas depois. Nestes períodos, o paciente costuma ser mantido em tratamento por diálise, até que seus rins voltem a funcionar normalmente. Uma insuficiência renal aguda pode se transforma em crônica se a lesão for muito grave e não houver recuperação completa. Do mesmo modo, uma pessoa com insuficiência renal crônica e função baixa, mas estável, pode sofrer alguma agressão em seus rins, agudizando sua insuficiência renal e levando a uma abrupta queda na sua função.
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INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Na insuficiência renal crônica ocorre a perda lenta, progressiva e irreversível da função dos rins. Por ser lenta e progressiva, esta perda resulta em processos adaptativos que, até um determinado momento, não apresenta sintomas. Costuma ser assintomática até que 50% da função renal seja, de fato, perdida.
As causas podem ser por diversas doenças, entre elas: •
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Hipertensão arterial: uma vez que os rins são os responsáveis pelo controle da pressão, quando eles não funcionam adequadamente, a pressão arterial sobe e leva à piora da disfunção renal. Por isso, o controle da pressão arterial é tão importante na prevenção da insuficiência renal e para evitar uma futura diálise. Diabetes: é uma das mais importantes causas de falência dos rins. Em média, após 15 anos
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de diabetes diagnosticado, alguns pacientes começam a apresentar problemas renais. Glomerulonefrite: também chamada de “nefrite crônica”, ela é resultado de uma inflamação crônica dos rins. Se a inflamação não é curada ou controlada após um determinado período, pode haver perda total das funções renais. Outras causas de insuficiência renal são rins policísticos (grandes e numerosos cistos que crescem nos rins), pielonefrite (infecções urinárias repetidas devido à presença de alterações no trato urinário, pedras, obstruções) e doenças congênitas.
Os primeiros sintomas podem aparecer e não ser tão severos, como: Pressão alta, anemia leve, edema (inchaço) nos olhos e pés, mudança nos hábitos de urinar (levantar muitas vezes à noite para urinar) e do aspecto da urina (muito clara ou com sangue). Até que os rins atinjam somente de 10% a 12% da sua função normal, existe a possibilidade de o tratamento ser feito com medicamentos e dieta. Quando a insuficiência renal diminui ainda mais, é preciso o uso de outros procedimentos de tratamento, no caso, a diálise ou o transplante.
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Desconfie se... você apresentar sintomas como edema (inchaço) nos pés e pernas, aumento da pressão arterial (pressão alta), palidez (anemia) e sangue na urina, os seus rins podem estar com problemas. Procure orientação médica, nunca se automedique.
A Doença Renal Crônica é silenciosa e afeta consideravelmente a qualidade de vida.
Você está em risco?
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Você tem pressão alta?
Você tem Diabetes Mellitus?
Há pessoas com Doença Renal Crônica na sua família?
Você está acima do peso ideal?
Dicas de ouro! Para reduzir o risco de insuficiência renal crônica, siga algumas medidas, como essas:
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Tenha hábitos alimentares saudáveis Não fume Controle seu peso Controle sua pressão arterial Beba bastante água Pratique atividade física regularmente Se for diabético controle a glicemia Evite o excesso de sal, carne vermelha e gorduras Evite remédios que agridam os rins Não tome medicamentos sem orientação médica
Na dieta para insuficiência renal, é necessário controlar a ingestão de nutrientes como sal, fósforo, potássio e proteína, e nos casos mais graves também é preciso controlar o consumo de líquidos em geral, como água, sucos e sopas.
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Portanto, evite alimentos ricos em potássio: O rim de pacientes com insuficiência renal tem dificuldade para eliminar o excesso de potássio do sangue. Frutas: abacate, banana, coco, figo, goiaba, kiwi, laranja, mamão, maracujá, mexerica ou tangerina, uva, uva passa, ameixa, ameixa seca, laranja lima, melão, damasco, amora, tâmara; Vegetais: batata, batata doce, mandioca, mandioquinha, cenoura, acelga, beterraba, aipo, couve manteiga, couve-flor, couve de Bruxelas, rabanete, tomate, palmito em conserva, espinafre, chicória, nabo;
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Leguminosas: feijão, lentilha, milho, ervilha, grão de bico, soja, favas; Cereais integrais: trigo, arroz, aveia; Alimentos integrais: biscoitos, macarrão integral, cereais matinais; Oleaginosas: amendoim, castanhas, amêndoa, avelã; Produtos industrializados: chocolate, molho de tomate, tabletes de caldo de carne e de galinha; Bebidas: água de coco, bebidas desportivas, chá preto, chá verde, chá mate; Sementes: gergelim, linhaça; Rapadura e caldo de cana; Sal diabético e sal light.
Uma dica para reduzir o teor de potássio das frutas e dos legumes, é descascar os vegetais e trocar a água de cozedura na hora da preparação.
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Ricos em fósforo Os alimentos ricos em fósforo também devem ser evitados pelas pessoas com insuficiência renal crônica para controlar a função do rim. São os peixes enlatados, carnes salgadas, defumadas e embutidas, como salsicha, linguiça, bacon, toucinho, gema de ovo, soja e derivados, feijão, lentilha, ervilha, milho, cerveja, refrigerantes de cola e chocolate quente.
Ricos em proteínas Todas as pessoas devem evitar o consumo excessivo de carnes, peixes, ovos e leite e derivados, pois são alimentos ricos em proteínas. Consulte o médico para saber a quantidade indicada para o seu caso.
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Ricos em sal e líquidos em geral As pessoas com insuficiência renal também precisam controlar o consumo de sal, pois o excesso aumenta a pressão arterial e força o rim a trabalhar mais, prejudicando-o ainda mais. Evite sal, temperos como tabletes de caldo de carne, molho de soja e molho inglês. Alimentos enlatados e comida pronta congelada. Salgadinhos de pacote, batata frita e fast food. Para evitar o excesso de sal, uma boa opção é utilizar ervas aromáticas para temperar os alimentos, como salsa, coentro, alho e manjericão. Já o excesso de líquidos deve ser evitado, devido à pouca produção de urina. O liquido caba se acumulando no corpo e causando problemas como inchaço e tonturas. O médico ou o nutricionista indicará a quantidade adequada de sal e de água permitidas para cada paciente.
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Inclua na sua dieta alimentos com antioxidantes para manter o rim saudável Pimentão Vermelho Pimentões vermelhos são pobres em potássio e ricos em sabor, são fonte de vitamina C, vitamina A, bem como a vitamina B6, o ácido fólico e fibras. Para incluir pimentões vermelhos na dieta renal, pode comê-los crus num lanche ou aperitivo, ou misturá-los em atum ou salada de frango e servir com biscoitos ou pão. Também pode assar pimentos e usá-los como uma cobertura em sanduíches ou saladas de alface, pique-os para uma omelete.
Repolho Possui fitoquímicos, compostos químicos, que quebram os radicais livres antes que possam causar danos. É rico em vitamina K, vitamina C 14
e fibras, o repolho é também uma boa fonte de vitamina B6 e ácido fólico. Baixo teor de potássio e de baixo custo, é uma adição acessível para a dieta renal. Repolho cru é ótimo complemento para a dieta de diálise como salada de repolho ou cobertura para peixe.
Alho Ajuda a prevenir a formação de placa bacteriana sobre os dentes, reduz o colesterol e reduz a inflamação. Adicione à carne, legumes ou massas. O alho é um ótimo substituto para o sal.
Cebolas É rica em flavonoides, principalmente quercetina, um antioxidante poderoso que trabalha para reduzir as doenças cardíacas e protege contra muitos tipos de cancro. As cebolas são pobres em potássio e uma boa fonte de cromo, um mineral que ajuda com carboidratos, gorduras e proteínas metabolismo.
Adicione aos alimentos e tenha mais sabor. Você pode comer cebola crua em sanduíches e saladas.
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Maçã Reduz o colesterol, evita a obstipação, a proteção contra a doença cardíaca e reduz o risco de cancro. Rica em fibras e antiinflamatório. Você pode fazer maçãs assadas, usar numa sobremesa, como torta de maçã ou um bolo de maçã. Maçãs assadas com açúcar e canela
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06 maçãs médias 03 paus de canela 200g açúcar 150ml água
Lave bem as maçãs e pré-aqueça o forno. Com uma faca estreita, retire o interior da maçã apenas a parte do caroço, deixando uma cavidade no meio. Coloque as maçãs num pirex de ir ao forno e no lugar do caroço coloque um pedaço do pau de canela. Polvilhe o açúcar por cima e coloque a água no fundo do pirex para ajudar a cozinhar as maçãs. Leve ao forno a 180ºC por cerca de 30 minutos, retire quando estiverem douradas.
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Mirtilos Reduz o colesterol, evita a obstipação, a proteção contra a doença cardíaca e reduz o risco de cancro. Rica em fibras e antiinflamatório. Você pode fazer maçãs assadas, usar numa sobremesa, como torta de maçã ou um bolo de maçã. Compre mirtilos frescos, congelados ou secos, e misture a cereais, smoothie de frutas, bolos tortas.
Smoothie de banana e mirtilos • • • • • •
01 banana nanica (de média para grande) 250ml de iogurte de morango 250ml de leite bem gelado 01 colher (sopa) de mel 01 colher (sopa) de aveia em flocos finos 50g de mirtilos (blueberry) - usei frescos, mas pode ser congelado
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Preparo Leve a banana (com casca) ao freezer para congelar. Retire, descasque-a e bata junto com os outros ingredientes em um liquidificador ou mixer. Beba em seguida! Viu sรณ? Muito simples e muito muito gostoso!
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Morango Rico em dois tipos de antocianinas e fenóis que dão a cor vermelha e são poderosos antioxidantes que ajudam a proteger as estruturas celulares do corpo e previne o envelhecimento precoce. É fonte de vitamina C, manganês e fibra. Coma morangos com cereais, batidos com leite, suco, salada ou sobremesas.
Cerejas As cerejas ajudam a reduzir a inflamação, quando ingeridos diariamente. Também são antioxidantes e fitoquímicos e protegem o coração. As cerejas frescas são deliciosas, mas você pode muitas receitas e até água saborizada.
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Quer uma boa fonte de ômega-3? Consuma sardinha, atum, arenque, cavala, bacalhau e salmão. Azeite de Oliva É uma grande fonte de ácido oleico, um ácido graxo anti-inflamatório. Compre azeite virgem ou extra virgem, porque eles são mais elevados em antioxidantes. Também é benéfico para ossos, ajuda a manter o peso e previne o diabetes. O azeite pode ser consumido in natura finalizando as preparações como saladas, pratos como peixe, massas, carnes, entre outras. Ao consumir um pão procure comê-lo com azeite trata-se de uma alternativa mais saudável do que consumi-lo com manteiga ou margarina. Esses alimentos são saudáveis para todos. Converse com seu nutricionista sobre a incorporação deles na sua dieta renal, no seu plano de alimentação saudável. 20
Clara de ovo É proteína pura e proporciona todos os aminoácidos essenciais. Para a dieta renal, a clara de ovo fornece menor quantidade de fósforo do que outras fontes de proteína, como gema de ovo ou carnes. Comprar em pó, fresco ou pasteurizado ovos brancos. Faça uma omelete, sanduíche de ovo branco, e ovos cozidos em uma salada de atum, por exemplo. Peixe Possui proteína de alta qualidade e contém gorduras anti-inflamatórios chamados ômega-3. As gorduras saudáveis no peixe ajudam a combater diversas doenças. O ômega-3 ajuda a diminuir a lipoproteína de baixa densidade ou LDL, que é o mau colesterol, e aumentar a lipoproteína de alta densidade ou colesterol HDL, o qual é o colesterol bom. É recomendado o consumo de peixe duas ou três vezes por semana. Quer uma boa fonte de ômega-3? Consuma sardinha, atum, arenque, cavala, bacalhau e salmão. 21
Água com cereja, morango e hortelã: • 1 litro de água filtrada ou mineral • 10 cerejas frescas • 5 morangos frescos, limpos e cortados em lâminas • Galhos de hortelã a gosto
Modo de preparo: Misture todos os ingredientes numa jarra grande e leve à geladeira por, no mínimo, três horas antes de servir.
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Movimente-se! O treinamento aeróbico pode melhorar o controle da pressão arterial, perfil lipídico e a saúde mental dos indivíduos, além de aumentar a flexibilidade, força e função muscular que são prejudicadas devido a inatividade. Pacientes em hemodiálise que praticam atividade física apresentam redução das dores, melhora do humor e da disposição e maior força física. As atividades como caminhada, bicicleta, levantamento de peso da categoria leve, contribuem e muito com a melhora do quadro clínico. Lembre-se de conversar com o médico antes de iniciar um treino.
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