R E V I STA ///////
////////////////////////////////////////////////////////////////// Ano 01 - Nº02 - agosto 2017 - distribuição dirigida
Cooperados decidem o futuro da Unimed Uberlândia até 2030 Debate sobre rumos da Cooperativa reuniu cooperados, diretores e gestores
Gestão do Cuidado Duas abordagens sobre o mesmo tema pg. 18 e 26
pg. 10
Entrevista
pg. 07
DR. JOSÉ RIBEIRO: CONHEÇA NOSSO PRIMEIRO PRESIDENTE
unimeduberlandia.coop.br
Quando você precisar: me chama no whats, me manda um inbox, ou me fala no chat. A PARTIR DE SETEMBRO, A SUA CENTRAL DE ATENDIMENTO UNIMED ESTARÁ MAIS MODERNA.
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46 ANOS
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Índice
Expediente
× Palavra do Presidente Plano Diretor 2017/2030 pg. 05
CONSELHO ADMINISTRATIVO UNIMED UBERLÂNDIA G E S TÃO 2 0 16 / 2 0 1 9
Dr. Dr. Dr. Dr. Dr.
Sávio de Moraes - Diretor Presidente Luiz de Freitas Costa Neto - Diretor Vice-Presidente Narciso Volpe Júnior - Diretor Administrativo Paulo Gustavo Pimenta - Diretor Financeiro Edelweiss Teixeira Júnior - Diretor Comercial
CONSELHO CONSULTIVO Dr. Adael Sansoni Soares Dr. Alberto Batista de Faria Dr. João Lucas O’Connel Dr. Marcelo Sinicio Peixoto Dr. Melicégenes Ribeiro Ambrósio Dra. Suzete Rodrigues Gomes Dr. Vivaldo Sebastião Amorim Barbosa
pg.
07
ENTREVISTA
Dr. José Ribeiro, primeiro presidente da Unimed Uberlândia
pg.
10
CAPA
Plano Diretor define os rumos da Unimed Uberlândia
CONSELHO FISCAL Conselheiros Efetivos: Dr. Flávio Malagoli Buiati Dr. Luiz Antônio de Oliveira Dr. William Hiro Ota Hernadez Conselheiros Suplentes: Dr. Emerson Nunes Costa Dr. Lawrence Aquiles Paixão Garcia Dr. Marco Túlio Alvarenga Silvestre
pg.
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GESTÃO DO CUIDADO
Novo modelo pode garantir a sustentabilidade da Cooperativa
pg.
22
pg.
34
CENTRAL DE VENDAS
Unidade própria visa oferecer agilidade e mais comodidade
FALA DO CLIENTE
Ouvimos nossos clientes para saber expectativas quanto ao atendimento médico .................................................................................
pg.
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DOR PERSISTENTE
Unimed Uberlândia é pioneira no País a implantar o programa educacional .................................................................................
pg.
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ARTIGO
Visão clínica da gestão do cuidado .................................................................................
pg.
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SEGURANÇA DO PACIENTE
Workshop abordou a importância de relatar os eventos adversos
CONSELHO EDITORIAL Dr. Sávio de Moraes Dr. Edelweiss Teixeira Júnior Dr. Luciano Silva Dr. Eduardo Braga Kellem Ramos Alan Barbosa Ana Claudia Frontarolli Mariana Santos Matheus Danilo Rodrigues Gustavo Lazzarini Rogério Fonseca Gustavo Patrício Fonseca JORNALISTA RESPONSÁVEL Gustavo Lazzarini – M T B M G 0 5 4 0 7 J P REPORTAGEM Walace Torres - M G 0 6 3 4 3 J P EDIÇÃO Evaldo Pighini - M G 0 6 3 2 0 J P COLABORAÇÃO Celso Machado Adriana Sousa REVISÃO Janice Marques FOTOS Mauro Marques Celso Ribeiro Thiago Mesquita DIAGRAMAÇÃO Yellow Monkey IMPRESSÃO Gráfica Côrtes
FALE CONOSCO
Relacionamento com o cooperado: (34) 3239 6916 3239 6966
(34) 3210 9474
OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES. ESTA É UMA PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA UNIMED UBERLÂNDIA COM DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E DIRIGIDA.
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Plano Diretor da
Unimed Uberlândia
2017/2030
Dr. Sávio de Moraes PRESIDENTE UNIMED
UBERLÃNDIA
“As questões ali colocadas foram discutidas de modo aberto e transparente. De certo modo, estávamos ali pra ‘lavar a roupa suja’, ‘tocar em feridas’ ”
COLEGAS COOPERADAS E COOPERADOS,
No dia 20 de maio de 2017, um sábado, nossa cooperativa promoveu um encontro para o qual foram convidados todos os cooperados. São merecedores de nosso reconhecimento e gratidão todos os que aceitaram nosso convite para abrir mão de um dia de seu descanso e vida familiar, ou com amigos, para oferecê-lo à sua cooperativa. Atitude nobre e responsável, pois essa cooperativa tem importância inquestionável em nossa vida pessoal e profissional. Agradecimento e reconhecimento que não se limitam aos cooperados, mas também ao nosso time de gestores, colaboradores da Unimed Uberlândia que não só se fizeram presentes, mas organizaram e prepararam com muito cuidado e dedicação esse encontro, um dia de trabalho e discussões muito enriquecedoras. Em consonância com o evento anterior, “Um olhar para o futuro”, estivemos ali para dar continuidade a esse “bate-papo”, não mais com o olhar somente para o que nos espera, mas com um olhar para nosso presente, para nossas atitudes, para nossas decisões de agora que terão efeito direto sobre esse futuro. Muito embora tivéssemos, a diretoria executiva e o corpo gestor da Unimed Uberlândia, uma clara visão de que os caminhos hoje tomados são os melhores dentro da sua visão e perspectiva atuais, precisávamos dialogar com todos os cooperados para conhecer sua visão, objetivos e anseios em relação ao nosso negócio. Mas queríamos um diálogo não embasado em impressões, interesses individuais, informações distorcidas, superficiais ou incompletas, mas sustentado por dados, fatos, projeções e defesa do interesse coletivo do universo de todos os cooperados. Por isso, o encontro foi
preparado com o máximo de dados concretos da nossa cooperativa e o mercado em que ela está inserida. Falamos sobre questões muito primárias, básicas de nossa cooperativa, mas não menos essenciais. Para muitos, num olhar mais desatento, poderia parecer que tais discussões ou temas soassem até como desnecessários e de respostas óbvias. Mas durante as discussões, vimos que muitos desses temas básicos, mas fundamentais, são o alicerce do nosso presente e, portanto, determinantes do nosso futuro. Vimos também que muitos desses temas não eram claros para muitos cooperados, que, em suas palavras ou atitudes cotidianas, colocam em dúvida, para a diretoria, parceiros, e até clientes, os fundamentos do nosso negócio. Era preciso que a diretoria, conselho consultivo e fiscal, que mais diretamente fazem a gestão do nosso negócio, tivessem a certeza de que os conceitos e expectativas que têm da cooperativa sejam, de fato, reflexo e consonância do que pensam e veem os cooperados. As questões ali colocadas foram discutidas de modo aberto e transparente. De certo modo, estávamos ali “pra lavar a roupa suja”, “tocar em feridas”. Lembramos, no entanto, antes do início dos trabalhos, que isso não significava discutir questões individuais, próprias dessa ou daquela especialidade, desse ou daquele prestador, questões como estas poderiam ser tratadas na medida em que atingissem ou influenciassem o todo da cooperativa ou a colocassem em risco no tocante à sua imagem, sua reputação, sua sustentabilidade, sua longevidade, seu crescimento, sua perpetuação etc. Não podíamos nos perder em discussões infrutíferas ou que não visassem um propósito
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claro, que levassem a um benefício da cooperativa e, consequentemente, coletivo. Nosso tempo é sempre precioso e, por isso, deve ser bem utilizado.
Iniciamos pela discussão da vocação da cooperativa. Pode parecer absurda
para alguns essa discussão, pois muitos entendem de forma clara que a vocação, a identidade e atividade da cooperativa como operadora de planos de saúde. No entanto, com frequência, somos confrontados com essa dúvida. Quando colocamos em discussão a sobrevivência e sustentabilidade da nossa cooperativa, por atitudes contrárias ao negócio por parte de cooperados ou prestadores, nos deparamos com o argumento, mesmo de cooperados, que entendem que permanecer como operadora não é necessário e que findar as operações, deixando para outras empresas a operação com planos de saúde, pode ser uma solução. Dizem: “Como médico, quero me preocupar só com a medicina. A gestão do plano é problema seu”. Ademais, muitos, mas muitos cooperados não usam desse argumento explicitamente, mas agem no seu dia a dia sem se preocupar com a operadora, como se essa responsabilidade fosse apenas dos diretores. Ora, se esse é o desejo do cooperado (trabalhar só como médico), existe um caminho, é preciso decidir e aceitar seu ônus e bônus; tal decisão pode ser pessoal ou coletiva. Essa decisão, a coletiva, é a primeira que foi colocada em pauta para o conjunto dos participantes – cooperados e colaboradores. No entanto, isso foi discutido embasado em dados, fatos e perspectivas, como já dissemos. Após essa discussão, a qual concluiu por nos mantermos como operadora de planos de saúde, seguimos as discussões sobre outros temas, agora em grupos menores, como segue:
Nossa participação no sistema Unimed União com outras cooperativas da região por meio de fusão ou incorporação O modelo assistencial (Perspectivas e Sustentabilidade) A verticalização das operações Remuneração diferenciada de cooperados e prestadores (Pagamento por performance)
Saibamos que tais temas não esgotam os problemas e dúvidas que permeiam
as decisões cotidianas da cooperativa, mas certamente nos dão diretrizes importantes que confirmam ou mudam os rumos por nós hoje trilhados.
O caminho futuro, após as discussões, deve ser assumido pelo conjunto de
cooperados e colaboradores, com seus benefícios e consequências. Não será uma imposição, mas uma escolha. Para aqueles que, a despeito da decisão maior aqui tomada pelo coletivo e para o coletivo, ainda entenderem que essa decisão não contempla seus anseios, expectativas ou vocação pessoal, existe um caminho individual a ser seguido, mas a decisão nesse caso passa a ser pessoal.
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Mais uma vez, agradecemos a todos que participaram desse dia de trabalho.
Saudações cooperativistas.
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E N T R E V I S T A
José Ribeiro
O PRIMEIRO PRESIDE NTE
O médico Dr. José Ribeiro foi um dos fundadores e o primeiro
presidente da Unimed Uberlândia, cargo ocupado de 1971 a 1974 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
SE RENY CURI, COOPERADO NÚMERO 1, FOI O PRIMEIRO MÉDICO
DE UBERLÂNDIA A ACREDITAR NA UNIMED ENQUANTO COOPERATIVA MÉDICA, COUBE A OUTRO MÉDICO, O Doutor José Ribeiro, A TAREFA DE COLOCAR O “TREM NOS TRILHOS”. JOSÉ RIBEIRO FOI O PRIMEIRO PRESIDENTE DA UNIMED UBERLÂNDIA, CARGO QUE ASSUMIU EM 1971 – FOI FUNDADA EM 15 DE MAIO - E PERMANECEU ATÉ 1974. É ELE QUEM ESTEVE NO COMANDO COM A RESPONSABILIDADE DE CONVOCAR OS PRIMEIROS “PASSAGEIROS” E NORTEAR O RUMO INICIAL DA COOPERATIVA ATÉ ELA SE TORNAR O QUE É HOJE, UMA DAS MAIS SÓLIDAS COOPERATIVAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA DO PAÍS. 07
Natural de Patrocínio, José Alves Ribeiro Júnior se mudou
cia médica melhor, sem onerar o trabalhador, com a coope-
para Uberlândia no fim dos anos 50, antes mesmo de termi-
ração das empresas para custear as despesas. As empresas
nar a faculdade. Foi, portanto, na que é hoje a mais importante
faziam o seguro dos associados para dar assistência médica
cidade do interior de Minas Gerais que ele fez carreira médica.
melhor que a prestada pelo INPS (antigo INSS), que era uma
Quando ajudou fundar a Unimed na cidade e se eleger como
assistência falha. Assim, para ficar a coisa mais na mão dos
primeiro mandatário, José Ribeiro ocupava a presidência da
médicos, evitar que grupos de pré-pagamentos entrassem
Sociedade Médica local.
na frente, como de fato muitos entraram, fizemos a coope-
Nesta edição, dando seguimento à série de entrevistas com
rativa. E aí, é médico administrando o serviço médico. Era
personalidades notórias da Unimed Uberlândia, feitas pelo
uma garantia de sucesso. E, de fato foi, deu muito certo.
jornalista Celso Machado para o programa “Uberlândia
de Ontem e Sempre”, e editadas pela Revista UNIMED, José
O SENHOR LEMBRA QUAIS OS MÉDICOS FORAM OS
Ribeiro conta como foi partir do zero com uma cooperativa
MAIS ENTUSIASMADOS COM A INICIATIVA? Pode dizer
que, há 46 anos, ainda era um ponto de interrogação para a
que era unânime. Todo mundo queria a cooperativa, nin-
maioria dos profissionais da Medicina em Uberlândia.
guém foi contra. Teve o doutor Abdala, o doutor Branly, o
No bate-papo a seguir, José Ribeiro não fala de dificuldades,
doutor Antenor, a turma principal, teve o Hermilon... Quer
mas sim da satisfação em ter sido o primeiro presidente, dos
dizer, o pessoal de Uberlândia foi a favor, não houve uma
primeiros convênios e da sua crença na solidez e confiança no
voz discordante, nenhuma oposição. Foi até muito fácil fa-
futuro da cooperativa.
zer a Unimed.
“O primeiro convênio que nós fizemos foi com o 36º Batalhão de Infantaria Motorizado” E QUANTO ÀS EMPRESAS, QUAIS FORAM AS PRIMEIRAS A APOIAREM A IDEIA? O primeiro convênio que nós
O médico d r . j o s é r i b e i r o foi um dos
fizemos foi com o 36º Batalhão de Infantaria Motorizado.
fundadores e o primeiro presidente da Unimed Uberlândia,
Depois, veio o convênio da União dos Viajantes, que hoje
cargo ocupado de 1971 a 1974
nem sei se ainda existe. E outros mais que apareceram logo depois. Mas não era uma assistência grande, porque as em-
Com a palavra, José Ribeiro
presas também não gostavam de financiar serviço médico,
DOUTOR JOSÉ RIBEIRO, O SENHOR PODERIA CONTAR
va ser feito. Mas, no fim, acabou todo mundo aderindo, a
COMO FOI O INÍCIO DA UNIMED? COMO FOI CONVEN-
maior parte aderiu. Então, aí funcionou e está funcionando
CER OS MÉDICOS A FORMAREM UMA COOPERATIVA?
até hoje.
achavam que o INPS ia fazer o serviço todo que precisa-
Foi quase uma coisa natural. Já era anseio de todos melho-
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rarem a condição de trabalho, a própria condição de vida. E
E OS HOSPITAIS ADERIRAM? Todos concordaram, mas
com uma cooperativa, facilitava o serviço. Por isso, a adesão
com abatimento do preço para chamar o pessoal para pres-
foi maciça. Todo mundo achou que a cooperativa era uma
tar assistência médica aos associados dos IAPs, IAPI, IAP-
boa coisa. Daí, surgiu a Unimed, que seria a entidade capaz
TEC, IAPB, dos bancários. Os hospitais fizeram tabela pró-
de congregar o pessoal, juntando todos na mesma intenção.
pria, tabela mais barata para ficar em conta. Isso foi feito e
A intenção de melhorar o serviço, de prestar uma assistên-
deu certo.
E COMO ACONTECEU DE O Sr. SER O PRIMEIRO PRE-
O QUE SIGNIFICA A UNIMED NA SUA VIDA? Eu
SIDENTE? Eu era muito amigo do pessoal da Associa-
acho que foi uma grande conquista que tive em mi-
ção Médica Brasileira, da Associação Médica de Minas
nha vida, a fundação dessa Unimed. Foi uma coisa
Gerais e eles confiaram a mim a tarefa de estruturar a Unimed em Uberlândia. E a turma daqui que me apoiava sempre. O doutor Macedo, o doutor Abdala, o doutor Hermilon, essa turma toda que hoje está toda afastada, a maior parte já faleceu. Mas todos eles ajudaram muito a criar a Unimed.
“A colaboração era de todo mundo, quer dizer, todo mundo queria a Unimed”
que correspondeu à expectativa. Eu sempre pensei em fazer alguma coisa socialmente. E conseguimos fazer. Acho que foi uma coisa bem-feita. DR. JOSÉ RIBEIRO, HOJE SE TIVESSE DE FAZER UMA RECOMENDAÇÃO A UM PRESIDENTE DA UNIMED, PARA QUE TENHA UMA BOA ATUAÇÃO, O QUE O SENHOR DIRIA? Eu acho que os presidentes que passaram por lá, todos tiveram boa intenção de melhorar o serviço, de prestar uma assistência médica séria. Então, não tenho nada específico para falar. Acho que todos fizeram o que devia ter sido feito. E continuam fazendo.
QUAIS FORAM OS DESAFIOS? NO QUE O SENHOR
E SOBRE O FUTURO, O QUE O SENHOR DESEJA
TEVE MAIS TRABALHO QUANDO COMEÇOU? Pratica-
PARA A UNIMED? Que continue prestando o servi-
mente eu não tive trabalho, porque a colaboração era de
ço à população do jeito que está programado. Que
todo mundo, quer dizer, todo mundo queria a Unimed.
não seja como a Unimed de São Paulo, que faliu, e outras por aí que estão também na iminência de falir.
E HOJE, O QUE O SENHOR SENTE QUANDO VÊ A UNIMED COMO ELA ESTÁ? Bom, ela cresceu, desenvolveu e cumpriu a finalidade dela. E continua cumprindo, conti-
A de Uberlândia (Unimed) é muito sólida, a diretoria sempre funciona muito bem, então, eu tenho a impressão que aqui (em Uberlândia) não vamos ter dificuldade com relação à Unimed. Eles têm tido a sorte
nua trabalhando do mesmo modo, e a adesão do pessoal
de sempre ‘botar’ pessoal competente, responsável
é constante e sempre boa, não tem nenhum problema
na diretoria, por isso, ela está se sobressaindo e con-
sério não.
tinua funcionando bem.
“A de Uberlândia (Unimed) é muito sólida, a diretoria sempre funciona muito bem”
Arquivo Pessoal 09
capa: p l a n o d i r e t o r / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Cooperados debatem rumos da Unimed Uberlândia Com o Plano Diretor em pauta, evento realizado em maio, contribuiu para o entendimento das propostas e tomada de decisões sobre o destino da operadora
Plano Diretor 2017/2030
O evento que debateu os rumos da Unimed Uberlândia
foi um “cara a cara” entre diretoria, administrativo e cooperados
10
Num futuro não muito distante, a grande maioria das operadoras de planos de saúde deixará de existir, e quem até então administrava toda uma carteira de clientes e tomava as decisões sobre os rumos do negócio, vai se tornar um mero prestador de serviços. É um caminho sem volta, fruto da ação regulatória da Agência Nacional de Saúde (ANS) em um mercado extremamente complexo e competitivo. É dentro desse contexto que a Unimed Uberlândia promoveu em maio um evento entre seus cooperados para aprofundar a discussão sobre seu Plano Diretor 2017/2030 e saber deles quais os rumos que esperam que a cooperativa tome nos próximos anos, se segue como operadora de saúde ou vira uma prestadora de serviços. A primeira opção foi considerada a mais viável pelos cooperados presentes. Segundo dados do Ministério da Saúde, em quase duas décadas, o número de operadoras em atividade no país caiu pela metade. Se no ano 2000 havia cerca de duas mil operadoras, em 2016, esse número foi reduzido a pouco mais de 950. Para os próximos três anos, a perspectiva é que sobrem em todo o país cerca de 300 operadoras de planos de saúde. Tal cenário fez com que o sistema Unimed sofresse uma reconfiguração, criando o conceito de Unimed Prestadora de Serviço. Nesta reconfiguração, a nova Unimed não comercializa nem administra planos de saúde e ainda aliena a sua carteira de clientes à outra operadora, tendo, portanto, expressiva redução de suas despesas administrativas. Por outro lado, deixa de ter o registro na ANS, perde o controle sobre as decisões e se torna mera fornecedora de serviços de saúde aos beneficiários que agora são de outra operadora. O evento organizado pela Unimed Uberlândia, que reuniu, além de cooperados, também membros da diretoria e do setor administrativo, colocou em discussão o Plano Diretor da cooperativa e foi uma continuidade do seminário “Um olhar para o futuro”, realizado em março e que trouxe uma reflexão da saúde sob o ponto de vista de novas tendências, como sustentabilidade, inovação, transparência e atenção ao indivíduo. Desta vez, a abordagem foi um pouco diferente, focada nas ações de curto e médio prazo que irão refletir no futuro da empresa. Temas como incorporação de outras operadoras, sustentação do modelo assistencial, intercâmbios, verticalização das operações e remuneração diferenciada foram debatidos pelos cooperados, técnicos, diretores e gestores, divididos em grupos de forma a se chegar a um consenso sobre a necessidade de novos posicionamentos. Ao final dos debates, cada grupo elaborou um resumo com as principais deliberações e apresentou aos demais participantes.
“Temas como incorporação de outras operadoras, sustentação do modelo assistencial, intercâmbios, verticalização das operações e remuneração diferenciada foram debatidos”
Cooperados foram convidados para discutir os rumos da Unimed Uberlândia nos próximos anos
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Manutenção da operadora
A primeira abordagem foi decisiva para a sequência do evento, uma vez que o assunto a ser tratado implicava no futuro da cooperativa enquanto operadora de plano de saúde. Como foi citado anteriormente, se a Unimed Uberlândia optasse por se transformar numa prestadora de serviços, sua carteira de clientes seria aliada a outra operadora, que assumiria os riscos do negócio, mas também passaria a ter controle sobre todas as decisões. Enquanto donos do próprio negócio, os médicos cooperados presentes no evento entenderam que o melhor caminho para a Unimed Uberlândia é manter-se como operadora de plano de saúde. Uma situação que proporcionará à empresa o seu fortalecimento a partir de incorporações que, consequentemente, irão acontecer em pouco tempo. “Precisávamos desse evento para ouvir o cooperado, mas embasados em fatos, análises e perspectivas para avaliarmos se o que estamos fazendo e como estamos está correto. É esse o modelo que queremos assumir? As conclusões não vão trazer nenhuma deliberação que demande uma assembleia, mas certamente faremos uma assembleia para levar um projeto em que se pretende concentrar num único espaço todos os serviços próprios, ou seja, construir uma sede operacional e assistencial que dará sustentação ao negócio”, disse o presidente da Unimed Uberlândia, Dr. Sávio de Moraes. Os médicos e prestadores de serviço que participaram dos debates e contribuíram com suas observações e posicionamentos, aprovaram a iniciativa. “Foi um momento importante de aproximação do cooperado com a Unimed e discutir o negócio de maneira mais ampla. Isso ajuda a própria diretoria a tomar decisões, embora populares ou não, mas que visam a melhoria da cooperativa”, avaliou o oftalmologista Dr. Mário Carvalho, diretor do ISO Olhos. “Tivemos a oportunidade de construir opiniões, compartilhar responsabilidades e entender melhor as ações que serão trabalhadas e implementadas na cooperativa, e que certamente visam melhorar o atendimento aos clientes e dar mais segurança aos médicos”, observou o médico ortopedista e diretor clínico do Hospital Santa Genoveva, Dr. Geraldo Carneiro Júnior. “Foi uma discussão madura e que buscou a participação dos cooperados. Isso vai propiciar à diretoria definir estratégias e tomar decisões necessárias para o fortalecimento da Unimed”, disse o presidente da Sociedade Médica, Dr. Eduardo Braga.
O presidente da Sociedade Médica e Coordenador Médico da Atenção Focal do CIAS, Dr. Eduardo Braga, avaliou o evento como uma discussão madura e que vai propiciar à diretoria definir estratégias para o fortalecimento da Unimed
Incorporação de outras operadoras
Está em curso hoje, no sistema de saúde suplementar, uma convergência para concentrar a operação de planos de saúde em grandes operadoras que tenham condições de dar sustentabilidade a esse mercado. Com isso, a tendência é que as pequenas operadoras se transformem em prestadoras de serviços, alienando sua carteira de clientes para a operadora que a incorporou. Atualmente, o sistema Unimed conta com 361 empresas ativas em todo o país, das quais a grande maioria ainda é composta por operadoras de planos de saúde (293). Esse cenário, no entanto, já tem sofrido mudanças com a reconfiguração de algumas empresas. O caso mais recente e próximo é o de Monte Carmelo, onde a operadora Unimed local foi incorporada pela Singular de Uberaba. Além de ser um exemplo típico do que está acontecendo no mercado de saúde suplementar, é também motivo de preocupação para os cooperados em Uberlândia. Se a cooperativa não direcionar seus esforços para fazer a convergência de pequenas operadoras na região, certamente outra operadora com potencial semelhante o fará.
“Precisávamos desse evento para ouvir o cooperado, mas embasados em fatos, análises e perspectivas” Sávio de Moraes
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“A ação regulatória tem trabalhado para reduzir a quantidade
de operadoras no mercado nacional. Se a Unimed Uberlândia não sair na frente, pode perder o momento e correr o risco de outras operadoras iniciarem o processo de forma a comprometer a continuidade da Unimed Uberlândia como operadora”, diz Ronaldo Fernandes, gestor administrativo-financeiro da Unimed Uberlândia.
Segundo ele, a discussão sobre incorporação não se limita ao
sistema Unimed, apesar de que, nesse momento, a intenção é trabalhar na convergência de Singulares da região.
A operadora de Uberlândia é a maior das 13 Unimeds da Intrafede-
rativa do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tanto em número de funcioná-
outras regiões do Estado iniciem o mesmo processo e levem consigo a base
“Se a Unimed Uberlândia não sair na frente, pode acontecer o que aconteceu com outras operadoras no mercado, que passaram a ser prestadoras, deixando de ser operadoras”
das operações.
Ronaldo Fernandes
rios como de cooperados e de beneficiários. A tendência é que, num breve espaço de tempo, a região seja atendida por apenas uma Unimed. A partir dessa constatação, a cooperativa de Uberlândia já vislumbra a perspectiva de uma aproximação com Uberaba, a segunda maior da região, no sentido de promover uma fusão das empresas. Dessa união, sairia a Unimed Regional do Triângulo Mineiro. “É uma realidade que não pode ser deixada de lado, porque são as duas únicas que têm condições de dar sustentabilidade regional à operação plano de saúde”, avalia Ronaldo Fernandes.
Essa projeção de uma Unimed regional ainda daria sustentação
para se manter o controle do negócio por perto, evitando que operadoras de
Remuneração diferenciada
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem prio-
rizado cada vez mais que as operadoras de plano de saúde melhorem os seus indicadores de saúde (assistenciais). Para isso, tem promovido debates para que todos os Stakeholders estejam atentos para a necessidade de mudanças, principalmente no que diz respeito ao modelo de remuneração e de atenção à saúde.
O mundo hoje vive uma transição demográfica acelerada, uma
tripla carga de doenças (infecções, saúde reprodutiva, doenças crônicas, violência/causas externas) e predominância das condições crônicas, que exigem um novo modelo de configuração dos sistemas de saúde. Por isso mesmo, a ANS prioriza como os principais desafios para a Saúde Suplementar: a transição demográfica de rápida evolução, transição epidemiológica e transição tecnológica.
“Nosso principal objetivo é focar no melhor resultado para o nosso cliente e melhorar as condições de remuneração para os nossos cooperados” Cristiane Moreira
Desatento a isso, os sistemas de saúde ainda permanecem or-
ganizados para as condições agudas, o que, entre outras coisas, aumenta os desperdícios. Podemos citar como exemplo o fato de aproximadamente 90% dos resultados de exames solicitados por algumas especialidades serem normais e, em outros 30%, os beneficiários nem sequer vão buscar os resultados.
E o que é mais grave, todo esse recurso desperdiçado pode-
ria ser destinado para melhorar a remuneração dos nossos cooperados, tornando os nossos indicadores de saúde melhores, o sistema mais eficiente e com melhor qualidade.
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A partir dessa discussão, a Unimed Uberlândia
o usuário como centro das ações de saúde (patient centered),
propôs a construção de um modelo de remuneração elabo-
em vez de focar no pagamento por volume de procedimentos
rado em conjunto com o cooperado, no qual pudesse ser
ou serviços (fee for service).
contemplada a meritocracia. A tendência é trabalhar com
indicadores de qualidade, indicadores assistenciais, o paga-
no tempo certo e pelo profissional mais bem preparado e
mento por performance (P4P) para os cooperados e o Grupo
remunerado, com a qualidade que os nossos clientes pre-
de Diagnósticos Relacionados (DRG) para os hospitais.
cisam”, aponta Cristiane Moreira da Silva, Gestora de Provi-
mento em Saúde da Unimed Uberlândia.
O direcionamento da ANS é para o desencadea-
mento de uma nova etapa, em que a atividade de regula-
“Nossa intenção é tratar o paciente no lugar certo,
Sustentação do modelo assistencial
de produção de saúde e uma indução a uma transformação
As faculdades de Medicina têm promovido mu-
profunda de todos os atores envolvidos: as operadoras de
danças em suas grades curriculares, buscando a formação de
planos em gestoras de saúde; os prestadores de serviços
um novo perfil de profissional médico, que não esteja focado
em produtores de cuidado de saúde; os beneficiários em
somente na doença, mas principalmente na pessoa com to-
usuários com consciência sanitária e o próprio órgão re-
das as suas necessidades, realizando prevenção, tratamento
gulador qualificando-se para corresponder à tarefa de
e reabilitação. Essa transformação visa atender a uma neces-
regular um setor com objetivo de produzir saúde.
sidade do mercado diante da carência do médico generalis-
ção do setor privado de planos de saúde passe para o reconhecimento do setor da saúde suplementar como local
Felizmente, parece haver um consenso entre os
ta e da preocupação em mudar o modelo assistencial, que é
diferentes players da saúde suplementar de que é urgente a
do século passado. Além de não atender às necessidades do
adoção de um novo modelo de remuneração, mais racional,
paciente, o chamado modelo biomédico gera um alto custo
que premie a eficiência no cuidado à saúde. Isso permitirá às
para as empresas de planos de saúde, pois se concentra no
operadoras planejarem melhor suas finanças e investirem
diagnóstico e tratamento da doença.
mais no controle de qualidade dos serviços, com reflexos
positivos para a saúde dos pacientes.
na ordem de R$ 106 bilhões, e o prognóstico para o ano de
O modelo que temos hoje estimula a produtivida-
2030 é que essa conta alcance R$ 283 bilhões, com aumento
de, o consumo de recursos, em detrimento da qualidade as-
de 6% do custo com internações e aumento de 12% das des-
sistencial, que deveria ser o foco. No Brasil, ainda predomina
pesas com terapia. Ainda segundo dados da ANS, 10% da po-
o fee for service, ou pagamento por serviço, um sistema
pulação com maior carga de doença pode consumir próximo
ultrapassado e já superado em grande parte do mundo de-
de 60% ou mais dos recursos assistenciais. É uma conta que
senvolvido. São medidas imprescindíveis e urgentes a reor-
não para de crescer e que, se não mudar, inviabiliza a susten-
ganização da prestação dos serviços de saúde e a adoção de
tabilidade das operadoras.
novos modelos de pagamento dos prestadores, que tenham
“É importante deixar claro que os especialistas não perdem o seu papel. Pelo contrário, eles têm um papel fundamental no novo modelo” Dra. Érica Maria Ferreira de Oliveira
14
Em 2014, os gastos assistenciais no país chegaram
Os cooperados que participaram desse debate chegaram a um consenso de que o modelo atual
atende a uma expectativa, quando se trata de uma especialidade, porém não alcança o paciente na sua integralidade, gerando a fragmentação do cuidado. Hoje, trata-se uma questão pontual do paciente enquanto que o que se busca é o seu acompanhamento ao longo da vida, com profissionais que coordenem esse cuidado.
O foco a partir de agora é investir cada vez mais na atenção integral à saúde, o que vai demandar
uma mudança de cultura e de hábitos, tanto do médico quanto do paciente. O profissional médico passa a ter o suporte de uma equipe multiprofissional para complementar o cuidado e, com isso, obter um melhor resultado no retorno daquele paciente ao seu consultório. Por outro lado, o cliente percebe uma inversão dos papéis, à medida que essa equipe se torna proativa e vai em busca dele antes mesmo de ser acionada. A relação médico-paciente, portanto, deixa de ser unilateral e assume o comprometimento mútuo. “É importante deixar claro que os especialistas não perdem o seu papel. Pelo contrário, eles têm um papel fundamental no novo modelo”, observa a médica de família e Coordenadora Médica da Atenção Integral à Saúde do CIAS Dra. Érica Maria Ferreira de Oliveira. A diferença, explica, é que o médico de referência passa a contar com um histórico mais detalhado do paciente, ao acompanhá-lo ao longo da vida, porém, em vários momentos, estas pessoas irão necessitar de especialistas que farão o atendimento dentro de sua competência. Para garantir um cuidado integral, é necessário um coordenador do cuidado. “Com isso, reduz exames, reduz custos e aumenta a satisfação do cliente”, diz.
Participação da cooperativa no sistema
O sistema Unimed é, sem dúvida, a operadora com maior abrangência no mercado brasileiro de
saúde suplementar. Com 361 Singulares espalhadas pelo país, a Unimed está presente em 83% dos municípios. A própria cooperativa de Uberlândia não teria a mesma dimensão e a solidez existentes hoje, se não tivesse atrelada à marca Unimed.
“O intercâmbio também é um grande diferencial competitivo para a Unimed Uberlândia, no momento de comercializar seus produtos” Alan Barbosa
Um dos principais fatores que contribuem para esse fortalecimento é o intercâmbio, que repre-
senta hoje 40% da movimentação da cooperativa. Esses atendimentos têm o mesmo peso para os cooperados, uma vez que eles também representam 40% do montante pago em consultas e honorários. “O intercâmbio também é um grande diferencial competitivo para a Unimed Uberlândia, no momento de comercializar seus produtos, uma vez que o beneficiário tem o suporte de uma rede de abrangência nacional”, aponta o gestor de mercado da Unimed Uberlândia, Alan Guimarães Barbosa.
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No ano passado, a cooperativa faturou R$ 178 mi-
lhões em atendimentos de intercâmbio, enquanto os serviços prestados por outras Unimeds aos beneficiários de Uberlândia geraram uma despesa de R$ 30 milhões. “Embora a tabela do Intercâmbio Nacional Unimed tenha alguns procedimentos com valores inferiores ao da Unimed Uberlândia, ainda é uma tabela bastante competitiva, se comparada às tabelas de outras operadoras”, diz Alan.
Verticalização das operações
“A complexidade da saúde hoje faz com que tenhamos a necessidade de debater o momento atual (...). Temos que mudar esse processo e prevenir para conseguir manter a sustentabilidade”
A necessidade de ampliar a oferta de serviços e
produtos é uma realidade inerente a qualquer segmento. As empresas na área da saúde suplementar também precisam diversificar sua atuação para sobreviver no mercado. Com o propósito de reduzir custos e assegurar atendimento de qualidade, as Operadoras de Planos de Saúde passaram a investir em redes próprias. E mais do que isso: estudos demonstram que as operadoras que se verticalizarem vão sobreviver com mais facilidade, porque há outra fonte de renda com seu parque diversificado. Hoje, a lucratividade das operadoras de plano de saúde não chega a 3% em nível
Ana Cláudia
nacional, portanto, se não houver mudança, haverá bastante dificuldade.
Para que a Operadora identifique a necessidade de
investir em recursos próprios, é preciso saber se o local está bem servido, se tem o serviço na região e se atende à demanda. Além disso, quando se tem os serviços no mercado, mas são dispendiosos, montar seu serviço próprio pode custar menos.
Alguns pontos abordados demonstram a impor-
tância de acompanhamento dos rumos da Operadora e da necessidade de estudos para manter a sustentabilidade do serviço no mercado de saúde. Em análise das informações locais, foi demonstrado que a relação leito/clientes de plano de saúde suplementar é um ponto de observação e que precisa ser acompanhado pela Operadora para que os clientes não sejam penalizados com falta de atendimento quando necessitarem de cuidados. Segundo um estudo comparativo dos anos 2015 e 2016, os exames de tomografia e os de ressonância realizados pelos beneficiários da Unimed Uberlândia aumentaram 13%. “Isso demonstra que um exame não tem excluído a solicitação do outro”, observa a coordenadora do Núcleo de Recursos Próprios da Unimed Uberlândia, Ana Cláudia Frontarolli.
Se não houver mudança, haverá bastante dificuldade 16
O custo médio por atendimento – consultas e
exames – foi na mesma direção e apresentou um crescimento de 12,5% em 2016, em relação ao ano anterior. Em contrapartida, o número de beneficiários ativos da operadora caiu 6,28% no mesmo período, provocado, principalmente, pela crise econômica e o desemprego.
Já os serviços de radiologia, diagnóstico por
imagem, cancerologia, laboratórios e home care representaram um total de 16% de todo o custo assistencial da operadora.
Diante desse cenário, os cooperados enten-
deram que o processo de verticalização é inevitável para garantia da sustentabilidade da operadora, uma vez que o mercado atual atende parcialmente aos interesses e necessidades da cooperativa. Dentro desse panorama, a aquisição de um terreno pela Unimed para concentrar todos os recursos próprios num único espaço dará viabilidade na implantação de novos serviços. “A complexidade da saúde hoje faz com que tenhamos a necessidade de debater o momento atual, não dá mais para ficar aguardando e ser um espectador. Temos que mudar esse processo e prevenir para conseguir manter a sustentabilidade”, diz Ana Cláudia.
Operadora × Prestadora de serviços Operadora
Prestadora
V A N TA G E N S
V A N TA G E N S
× Detém a carteira de clientes
× Sem vínculo com a ANS
× Cooperado determina os rumos do negócio
× Sem exigência de garantias financeiras
× Participa diretamente dos resultados
× Transfere maior parte do risco para operadora
× Gerencia a assistência
× Menor despesa administrativa
× Responsável pela rede prestadora
× O médico exerce medicina
D E S V A N TA G E N S
D E S V A N TA G E N S
× Sujeita-se à regulação da ANS
× Não detém a carteira de clientes
× Deve constituir as garantias financeiras
× A operadora sem vínculo com o cooperado
× Aumentos das despesas administrativas
× Sujeita-se às negociações da Operadora
× Detém a maior parte do maior risco do negócio
× A operadora não tem vínculo com a rede prestadora hoje existente
× O médico deve se preocupar com o negócio plano de saúde (Médico e Empreendedor)
E M T E R M O S D E AT I V O S
56ª entre todas as Unimeds do País 114ª entre todas as operadoras do País 9ª entre todas as operadoras do Estado 5ª entre todas as Unimeds do Estado E M R E L A Ç Ã O A R E C E I TA S
38ª entre todas as Unimeds do País 78ª entre todas as Operadoras do País 5ª ente todas as operadoras do Estado 3ª entre todas as Unimeds do Estado EM NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS
4ª entre as Unimeds do Estado 34ª entre as Unimeds do País
Comparativos :
Situação da Unimed Uberlândia
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s u s t e n t a b i l i d a d e : Gestão do Cuidado / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Sustentabilidade depende de novo modelo assistencial
A Atenção Integral à Saúde é o caminho para as operadoras garantirem o atendimento diante do aumento de custos e do envelhecimento da população
O envelhecimento da carteira, a in-
corporação de novas tecnologias, a judicialização da saúde, além dos desperdícios e fraudes, são os principais motivos do crescimento desenfreado dos custos assistenciais. Nos últimos anos, o VCMH (Índice de Variação dos Custos Médico-Hospitalares), apurado pelo IESS (Instituto de Estudos da Saúde Suplementar), a chamada “inflação médica”, tem se distanciado cada vez mais dos índices de inflação geral e também dos índices de reajuste autorizados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). A desaceleração da economia pela qual temos passado ocasionou a evasão de beneficiários dos planos. Consequentemente, as margens operacionais das operadoras vêm diminuindo. A conta não fecha e precisamos tomar medidas para conter os aumentos.
O superintendente da Unimed Uber-
lândia, Ubiratan de Oliveira, entende que a melhor maneira de combater os aumentos é atacar os fatores controláveis que influenciam o crescimento dos gastos. Uma vez que o envelhecimento da população é inevitável, o melhor investimento é a gestão preventiva, controlando os fatores de risco para que a população envelheça com mais saúde e menos despesas. Envelhecer tem que ser visto como um privilé-
O SUPERINTENDENTE DA UNIMED UBERLÂNDIA, UBIRATAN DE OLIVEIRA, ALERTA PARA ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO QUE IMPACTARÁ DIRETAMENTE OS CUSTOS ASSISTENCIAIS DAS OPERADORAS
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gio, e não como um fardo. A Unimed Uberlândia vem, nos últimos anos, se modernizando para se adequar a essas necessidades e melhorar a qualidade dos serviços prestados sem colocar em risco a sustentabilidade da cooperativa.
“Custo assistencial dos beneficiários acima de 59 anos deve subir até 2030
273% ”
A tendência é que até 2030 o custo assistencial cresça as-
sustadoramente, 273%, isso ocorrerá por uma razão simples: no ano de 2030, a previsão é que 20% da população esteja acima dos 60 anos de idade. “Isso trará uma pressão muito grande para os custos assistenciais, pois não há recursos novos, pelo contrário, estão cada vez menores e temos que gerir isso”, diz Ubiratan.
Segundo o superintendente, a cooperativa poderá reduzir
seus custos de maneira significativa com o atendimento acontecendo em rede, o que dará ao médico a opção de ter o histórico do usuário para destiná-lo ao tratamento que julgar adequado. Isso exige uma mudança de comportamento e de foco, de forma que a operadora passe a fazer a gestão do cuidado do paciente. Isso já está acontecendo no mercado de Saúde Suplementar.
Pelo novo modelo de assistência baseado na Atenção Inte-
gral à Saúde, o beneficiário tem à sua disposição uma equipe composta por diferentes profissionais que consegue lhe atender na sua plenitude. Ao fazer a gestão do cuidado e monitorá-lo permanentemente, a operadora consegue reduzir custos decorrentes do desperdício, dar um atendimento de qualidade e remunerar melhor o seu cooperado.
Unimed Mais
A partir desse novo modelo assistencial, com foco na Atenção Integral,
a cooperativa criou o Unimed Mais. Os benefícios são os mesmos ofertados aos demais usuários, o que difere é a maneira de tratar. Os beneficiários do plano Unimed Mais são atendidos em rede referenciada, onde o paciente tem à sua disposição médico de família, psicólogo, nutricionista, assistente social, entre outros profissionais que conseguem acompanhar toda a sua trajetória. É um modelo que, por dar atenção integral ao beneficiário, evita que ele procure o médico apenas quando sentir necessidade ou que faça o uso indiscriminado e sem controle de seu plano. “Tem gente que faz até oito ressonâncias por ano e não sabe o malefício que esta radiação pode trazer à sua saúde”, observa Ubiratan de Oliveira.
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Em 40 anos, a população idosa triplicará
O envelhecimento demográfico é uma realidade que
está se desenhando em todo o mundo, por isso, é importante que o sistema de Saúde Suplementar esteja atento a essa tendência. Quando a idade vem aliada a doenças crônicas e suas complicações, há certamente um grande impacto de custos assistenciais,
“a população idosa no Brasil triplicará num período de 40 anos”
o que pode desequilibrar toda a cadeia.
Uma projeção publicada em 2016, pelo IBGE, apontou
que a população idosa no Brasil triplicará num período de 40 anos, passando de 19,6 milhões (10% da população brasileira), em 2010, para 66,5 milhões, em 2050 (29,3%). Na Saúde Suplementar, este cenário não é diferente. Segundo dados da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), mesmo com a crise econômica que tirou 1,4 milhão de pessoas das carteiras dos planos de saúde no ano passado, a última faixa etária, de 59 anos ou mais, teve a entrada de 101 mil beneficiários. “Tal cenário naturalmente interfere no chamado ‘pacto intergeracional’, em que a massa de jovens contribui para o custeio das despesas assistenciais dos mais velhos. Com este desequilíbrio na diluição do risco, os reajustes nas mensalidades serão mais agudos e, em última análise, prejudiciais aos beneficiários e à sustentabilidade de todo o sistema de saúde”, avalia Pedro Ramos, diretor da Abramge.
(Dados do IBGE entre 2010 e 2050)
PEDRO RAMOS, DIRETOR DA ABRAMGE, CHAMA A ATENÇÃO PARA AS DESPESAS ASSISTENCIAIS DA SAÚDE SUPLEMENTAR QUE, NESTE ANO, SÓ ATÉ MAIO, JÁ ATINGIRAM OS R$ 50 BILHÕES
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Ele lembra que as despesas assistenciais da Saúde
“Para reverter o quadro atual é importante a
Suplementar no Brasil atingiram, nos primeiros dias de maio,
Saúde Suplementar, como um todo, focar na sustenta-
de 2017, a marca de R$ 50 bilhões, segundo aponta o Custô-
bilidade do setor e no serviço prestado ao consumidor.
metro dos Planos de Saúde da Abramge, que mensura o total
Dentre as ações necessárias, destacamos a implemen-
de recursos despendidos pelas operadoras de planos de saúde
tação de novos modelos de gestão, o aumento da efici-
médico-hospitalares no cuidado à saúde de seus beneficiários.
ência e a redução do desperdício/fraudes, programas de
Trata-se da maior cifra já gasta em tão curto espaço de tempo.
prevenção de doenças e promoção de saúde”, cita Pedro.
Outro ponto que o dirigente reforça é a necessidade de o setor de Saú-
de Suplementar discutir a adoção de um novo modelo de remuneração, como por exemplo, como o DRG – Diagnosis Related Group (Grupo de Diagnósticos Relacionados), com foco na qualidade do atendimento.
A Unimed do Brasil tem estimulado que as Singulares apostem na
Atenção Integral à Saúde como caminho para melhorar a qualidade de vida da população e desafogar o sistema de saúde. “Entendemos que o modelo de assistência à saúde atual precisa ser reformulado a partir do investimento na medicina preventiva e em ações que incentivem a adoção de hábitos saudáveis e a consequente prevenção de doenças para que as pessoas vivam mais, mas com qualidade”, diz Orlando Fittipaldi Junior, diretor de Gestão de Saúde da Unimed do Brasil.
O excesso de custos assistenciais é prejudicial para a sustentabilidade
do negócio e também para os beneficiários que têm de lidar com reajustes. Em 2011, a cooperativa instituiu o Comitê de Atenção Integral à Saúde (CAS) com o objetivo de incentivar e auxiliar as operadoras de saúde Unimed na implantação de um modelo que tem como base a Atenção Primária, integrando prevenção, vigilância, prestação de assistência e reabilitação. Com esta iniciativa, já foi possível identificar melhora no acompanhamento da rotina de saúde de mais de 200 mil pacientes participantes de programas de Atenção Primária à Saúde, adotados em mais de 45 Unimeds nos últimos anos.
“o modelo de assistência à saúde atual precisa ser reformulado a partir do investimento na medicina preventiva e em ações que incentivem a adoção de hábitos saudáveis” O DIRETOR DE GESTÃO DE SAÚDE DA UNIMED BRASIL, ORLANDO FITTIPALDI JÚNIOR, DIZ QUE A UNIMED UBERLÂNDIA ESTÁ NO CAMINHO CERTO COM O CIAS
Segundo Orlando Fittipaldi Júnior, a Unimed Uberlândia está no ca-
minho certo ao implementar o novo modelo por meio do CIAS. “Esperamos que iniciativas como essa se multipliquem por todo o Brasil para juntos conquistarmos a sustentabilidade e equilíbrio do Sistema Unimed e da Saúde Suplementar como um todo”, disse.
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o p i n i ã o : Voz do Cliente / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
A VOZ E A VEZ
do cliente
Seja uma pessoa física ou uma empresa, o que se espera ao adquirir um plano de saúde é um atendimento eficiente e de qualidade
E, para alcançar esses resultados, a empresa preci-
sa ter comprometimento, ética e saber valorizar seus cooperados, prestadores de serviço e, especialmente, os clientes, que dão sustentação ao negócio.
Nesse contexto, para a Unimed Uberlândia, opini-
ões são bem-vindas, por isso, nesta edição, a cooperativa abre espaço para ouvir dos beneficiários o que eles esperam de uma operadora, e sugestões para melhorar ainda mais o atendimento. Confira a seguir a voz do cliente Unimed:
QUANDO ADQUIRIMOS UM PLANO DE SAÚDE, BUSCAMOS POR AQUELE QUE OFEREÇA AS CONDIÇÕES QUE ATENDAM ÀS NOSSAS EXPECTATIVAS. NO CASO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE UBERLÂNDIA (ACIUB), FOMOS EM BUSCA DO BOM ATENDIMENTO AOS COLABORADORES DAS EMPRESAS ASSOCIADAS, ASSIM COMO ADEQUADO A ESTRUTURA DESTAS EMPRESAS. FOI PESQUISANDO ASSIM QUE, EM 1994, INICIAMOS UMA PARCERIA COM A UNIMED PARA ATENDER AOS NOSSOS ASSOCIADOS. DESDE ENTÃO, ESTAMOS JUNTOS E CONFIAMOS QUE ESSA PARCERIA IRÁ SEGUIR CADA DIA COM MAIS FORÇA, PARA QUE JUNTOS POSSAMOS CONTINUAR OFERECENDO BENEFÍCIOS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS MÉDICOS, HOSPITALARES E DE DIAGNÓSTICOS PARA TODAS AS EMPRESAS ASSOCIADAS À ENTIDADE. ESPERAMOS QUE A UNIMED UBERLÂNDIA CONTINUE OFERECENDO SERVIÇOS COM EXCELÊNCIA PARA NOSSOS ASSOCIADOS.
Fábio Pergher, presidente da Ass. Comercial e Industrial de Uberlândia - Aciub
“CONTRATAR UM PLANO DE SAÚDE É UMA DECISÃO QUE VAI ALÉM DA PESQUISA DE PREÇOS. ANTES DE SE DECIDIR POR DETERMINADO PLANO, É IMPORTANTE TAMBÉM ATENTAR ÀS CONDIÇÕES DE PORTABILIDADE DE CARÊNCIAS, BEM COMO À ÁREA DE COBERTURA. ACIMA DE TUDO, É BUSCAR UM ATENDIMENTO HUMANITÁRIO PARA OS CLIENTES, ATRAVÉS DA AGILIDADE NA LIBERAÇÃO DE GUIAS E REALIZAÇÃO DE PLANTÕES NOS FINAIS DE SEMANA. O QUE ESPERAMOS E QUEREMOS DA UNIMED UBERLÂNDIA É QUE SIGA AS NORMAS ESTABELECIDAS NA LEGISLAÇÃO, BEM COMO QUE SE CUMPRA O OFERECIDO AO CONSUMIDOR, QUANDO DA AQUISIÇÃO DO PLANO CONTRATADO. AGINDO DESTA FORMA, COM CERTEZA, TEREMOS UMA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ALTA QUALIDADE, COMO A QUE VEM SENDO PRESTADA PELA UNIMED UBERLÂNDIA À CÂMARA MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA.”
Marcelo Mendes Cunha, diretor administrativo da Câm. Municipal de Uberlândia
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“O COMPROMETIMENTO EM ATENDER O PACIENTE NO HORÁRIO MARCADO PRECISA MELHORAR. COM A FALTA DE PONTUALIDADE, A GENTE
“PODERIA MELHORAR A QUESTÃO DA RAPIDEZ NA LIBERAÇÃO DOS EXAMES E ATENDIMENTOS DE
ACABA SE PROGRAMANDO E ATRASA O NOSSO COTIDIANO COM ISSO.”
INTERCÂMBIO. MINHA UNIMED É DO RIO GRANDE DO SUL E MORO EM UBERLÂNDIA E TEM MUITA
Elisa Marquês, estudante
BUROCRACIA.”
Juliana dos Santos R. Silva, operadora de televendas “TODAS AS VEZES QUE PRECISEI, FUI BEM ORIENTADA PELOS PROFISSIONAIS. O QUE PODERIA MELHORAR É APENAS A QUESTÃO DO ATENDIMENTO TELEFÔNICO NA CENTRAL, POIS NEM SEMPRE TEMOS CONDIÇÕES DE VIR NO HORÁRIO DE TRABALHO.”
Maria Alcídia Vieira Borges, assistente administrativo-financeira
“SEMPRE TEM ACONTECIDO DE ATENDER COM QUALIDADE. TIVEMOS CASO GRAVE NA FAMÍLIA, TRATAMENTO DE VALOR ALTO E
“PELA EXPERIÊNCIA QUE TENHO TIDO, POR ENQUANTO, CONSIDERO SATISFATÓRIO O ATENDIMENTO. ESTÁ DE BOM TAMANHO, NÃO TIVE PROBLEMAS AINDA COM NENHUM ATENDIMENTO.”
Lúcio Eustáquio Alves, professor
SEMPRE FOMOS BEM ATENDIDOS. NÃO TENHO NADA A RECLAMAR. MEU PLANO É DE MONTE CARMELO E, TODA VEZ QUE PRECISAMOS FAZER OS PEDIDOS, TEMOS SIDO BEM ATENDIDOS.”
Hélio Maia dos Santos, operador de turismo
FALE CONOSCO: (34) (34)
3239 6916 3239 6966
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p r o j e t o p i l o t o : Dor Crônica / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Unimed ajuda pacientes no controle da dor
Programa educacional implantado em Uberlândia trabalha a parte biopsicossocial no tratamento de clientes que sofrem com dores persistentes
PACIENTES DURANTE SESSÃO DO NOVO PROGRAMA DA UNIMED UBERLÂNDIA QUE ORIENTA O AUTOCONTROLE DA DOR PERSISTENTE
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Aos 78 anos de idade, a aposentada Sirlene Souza
tentaram quase de tudo e receberam acompanhamento médico
Carvalho passou a ficar mais reclusa, se afastando de compro-
sem um resultado terapêutico satisfatório.
missos sociais e das pessoas. Dormir à noite era um tormento. O
motivo dessa mudança de comportamento são as dores persis-
to a parte biológica do paciente quanto o psicológico e o social.
tentes que lhe acompanham há alguns anos e que provocaram
Os três fatores têm o mesmo peso no tratamento. “A dor pode
duas cirurgias em sua coluna cervical. Uma hérnia de disco lhe
ser inicialmente provocada por um processo físico e agravar por
tirava a alegria e o sono. Tirava! Hoje, está voltando a ser a Sirle-
problemas sociais e psicológicos”, diz o médico reumatologista
ne de antes. “Com as terapias estou me sentindo mais solta, com
e consultor da implantação do programa Dr. Carlos Eugênio Ri-
mais vontade de sair de casa. O astral mudou completamente”,
beiro Parolini. O grupo de dores persistentes foi implantado pela
conta dona Sirlene. Não que as dores sumiram, ela diz que está
parceria entre o CIAS, Espaço Viver Bem e Reabilitação; unidades
aprendendo a dominar a dor. “É uma coisa que a gente consegue
próprias da Unimed Uberlândia. Inicialmente, o trabalho surgiu
mesmo”, afirma. Sirlene é uma entre 25 pessoas que estão sen-
com o nome de Grupo de Dor Crônica. Posteriormente, entretan-
do acompanhadas por meio de um projeto piloto, implantado na
to, por consenso, passou-se a usar o termo “persistente” no lugar
Unimed Uberlândia este ano, e que já mostra os resultados que
de “crônica”, ficando então Grupo de Dor Persistente.
dezenas de sessões de fisioterapia, consultas e exames isolados
não conseguiram.
de outros procedimentos é o envolvimento de vários ramos de
O projeto Grupo de Dores Persistentes, no qual Sirle-
conhecimento, ou seja, é interdisciplinar. Além do médico, o pa-
ne Souza está inserida, é um programa de educação em saúde
ciente é acompanhado por fisioterapeuta, educador físico, psi-
da Unimed Uberlândia voltado para pacientes que sofrem com
cólogo, nutricionista, enfermeiro e assistente social. “Com isso,
o incômodo e que vem sendo implementado há mais de três
a gente consegue abordar todos os aspectos envolvidos na dor
meses. E não são apenas os casos que envolvem dores na colu-
do paciente. Hoje não se pode mais tratar a dor exclusivamente
na que recebem atenção. O tratamento é indicado para pessoas
pensando no aspecto de dor e com um médico só”, diz Carlos
com osteoartrose, lombalgias crônicas, fibromialgia, cefaleias
Eugênio, que é membro da Comissão de Dor da Sociedade Brasi-
crônicas ou dores neuropáticas. Ou seja, atende pacientes que já
leira de Reumatologia.
O segredo desse novo programa é que ele trabalha tan-
Outro fator que distingue o programa educacional
Execução
Os pacientes são atendidos em grupo e passam pelo
Dr. Carlos Eugênio Parolini
acompanhamento de toda a equipe durante as aulas. São três
Consultor de Implantação
sessões por semana, com duas horas de duração cada, ao longo de 12 semanas. O paciente é encaminhado para o tratamento
O médico reumatologista Carlos Eugênio Parolini é consultor da implantação do programa Grupo de Dores Persistentes
pelo seu médico de origem. As aulas são práticas e também teóricas. Entre os meios utilizados para o tratamento estão liberação miofascial, agulhamento, alongamento, atividades de fortalecimento muscular, exercício de equilíbrio, meditação, propriocepção, condicionamento físico e aeróbico e avaliação nutricional. As aulas teóricas ajudam o paciente a entender como funciona o seu corpo, o que motiva a dor e o que fazer para controlá-la em determinados momentos do dia. Foi o caso da dona Sirlene Souza, que restringiu o uso de medicamentos para a dor somente ao período da noite. “A gente tem medo de não dormir com a dor. Mas os exercícios estão sendo uma maravilha”, diz.
Um dos obstáculos que o tratamento tem superado
é justamente a cinesiofobia, ou seja, o medo de realizar movimentos diante do receio de que a dor piore. O educador físico e o fisioterapeuta ensinam como lidar com o movimento do corpo sem causar dano. Já o nutricionista irá indicar uma alimentação que o ajude a melhorar o sono, enquanto o psicólogo investiga o histórico do paciente avaliando seus conflitos pessoais e interpessoais. A assistente social também exerce um papel importante no tratamento ao fazer visitas domiciliares e até no local de trabalho, avaliando as relações familiares e profissionais e as condições de estrutura física existentes no ambiente. Cabe ao enfermeiro orientar sobre o uso de medicamentos, efeitos colaterais, acompanhar a adesão ao tratamento e fazer o controle da pressão, glicemia, entre outros comportamentos.
Cooperativa uberlandense é pioneira no País a implantar o programa
A Unimed Uberlândia é a primeira do Sistema no país a
implantar o programa educacional em pacientes com dor persistente. A iniciativa partiu da decisão da diretoria da Cooperativa que ofereceu as condições necessárias para criação do curso. De acordo com o diretor administrativo, Dr. Narciso Volpe Júnior, a intenção é criar vários grupos simultâneos. “Com isso, pretendemos aumentar o número de pessoas beneficiadas”, afirmou.
O paciente é indicado à equipe interdisciplinar pelo seu
médico de origem. O programa atende pessoas de todas as idades, a restrição fica por conta de pacientes com distúrbios psiquiátricos graves.
Em sua primeira turma, o programa tem demonstrado
vantagens para todas as partes, especialmente ao paciente, que passa a ter mais conhecimento e controle sobre o próprio corpo. “O paciente pode não ficar curado em três meses, mas vai entender o processo de dor, quais os fatores agravantes. A maioria dos pacientes que sofre de dor persistente tem distúrbio do sono. Se não melhorar o sono, não tem como melhorar a dor”, ressalta Carlos Eugênio, apontando a meditação como uma das atividades que ajudam nesse processo.
O médico de origem também é beneficiado pelo progra-
ma, uma vez que o paciente retorna ao seu consultório ao final do tratamento com uma outra visão do que provoca as dores. O médico também recebe um relatório detalhado sobre as atividades executadas e um histórico sobre o comportamento biopsicossocial do paciente. Uma vez por semana, a equipe interdisciplinar se reúne para fazer uma avaliação do quadro dos pacientes, apontando evoluções A APOSENTADA Sirlene Souza
e a necessidade de novas adaptações na rotina das aulas.
Carvalho É DAS 25 PESSOAS QUE
ESTÃO APRENDENDO A LIDAR
custos à medida que um paciente mais consciente sobre seus pro-
COM A DOR PERSISTENTE, POR
blemas começa a mudar seu comportamento, substituindo o exces-
MEIO DO NOVO PROGRAMA DA
so de exames, consultas e sessões por um tratamento que abrange
UNIMED UBERLÂNDIA
desde a sua postura física e disciplinar até a autoestima.
A operadora do plano de saúde também consegue reduzir
Para encaminhamento das pessoas com dores persisten-
tes, o médico cooperado poderá encaminhá-lo para a Reabilitação da Unimed Uberlândia – Av. Cipriano Del Fávero, 397 – Centro, com relatório contendo nome do beneficiário, diagnóstico e solicitação para inclusão no Programa Grupo de Dores Persistentes. 25
artigo:
Heitor Tognoli
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Um caminho possível para a revolução da assistência à saúde
“A essência da Clínica se explica no cuidado ou na resposta ao sofrimento e às incertezas advindas de processos que limitam a capacidade de se caminhar nos projetos de vida” CESAR AUGUSTO ORAZEM FAVORETO
Quais são as tarefas básicas de qualquer médico?
baseia exclusivamente na competência do profissional que realiza
Independentemente da especialidade médica, a resposta para
os atendimentos. Sim, é um dos pilares, porém não é o único. A or-
essa pergunta está diretamente ligada ao nosso modelo de
ganização dos serviços de saúde é outro pilar fundamental.
formação, o qual nos leva a responder que são elucidação diag-
nóstica e proposta terapêutica.
realizar a gestão do cuidado? O desenho é simples de ser imple-
E como organizamos os serviços para que se consiga
Todavia será que estas duas respostas são suficien-
mentado, entretanto muito longe de ser simplista. Precisamos ba-
tes para dar conta das necessidades de saúde das pessoas?
sicamente organizar equipes de saúde que sejam “donas” de um
Parece que não, uma vez que o percebido no cenário atual dos
determinado grupo de pessoas, independentemente de suas ida-
sistemas de saúde é a tripla insatisfação (usuários, profissio-
des, sexo, condições sociais ou patologias de base.
nais de saúde e gestores).
Nesse contexto de insatisfação, o cuidado mostra-se
corresponsabilizar por todos os indicadores de saúde de um deter-
como um caminho viável e possível para a reversão da situação.
minado grupo de pessoas. E a postura dos profissionais cuidadores
Mas o que é cuidado na saúde? Bom, primeiro vamos falar de
deixa de ser expectante e passiva. Isto é, aguardando as pessoas
cuidado. Para cuidarmos de alguém ou algo, partimos de dois
decidirem quando elas acham que devam procurar os serviços de
pressupostos essenciais: o interesse genuíno e a continuidade.
saúde ou entendendo que o papel termina ao se estabelecer um
Por exemplo, se você tem um animal de estimação
diagnóstico e um tratamento. E passa a ser proativa e estratégica,
em casa, e não gosta dele ou de animais, é impossível você cui-
extrapolando o papel assistencial apenas e assumindo um papel de
dar dele. Você pode dar comida, água, dar banho etc. Porém, se
gestor, o gestor do cuidado.
você não tiver um interesse genuíno por ele, não será possível
estabelecer uma relação de cuidado. No cuidado, nos importa-
jetos desenvolvidos pelo Núcleo de Gestão do Cuidado em Saú-
mos não apenas com as necessidades explícitas e básicas do
de em parceria com a Reabilitação, Espaço Viver Bem e Centro de
outro, mas com as necessidades ocultas e emocionais.
Atenção Integral à Saúde (CIAS), tem assumido de forma crescente
Portanto, ao falarmos de gestão do cuidado dentro
esse papel de gestora do cuidado. Dentre esses projetos, é possível
de um plano de saúde, incorporamos essas duas premissas.
destacar o projeto de Atenção Integral à Saúde, na qual um enfer-
Primeiro, o interesse genuíno pelo ser humano, ou seja,
meiro e um médico assumem a responsabilidade por uma determi-
nos corresponsabilizarmos pelo outro, ultrapassando, assim, as
nada carteira de clientes e começam a oferecer saúde de uma forma
tarefas essenciais básicas de apenas diagnosticar e tratar.
longitudinal, integral, acessível e cuidadora.
Ao designarmos uma equipe cuidadora, essa passa a se
A Unimed Uberlândia, por meio de várias iniciativas e pro-
Essa correponsabilização implica em nos preocupar-
mos antes do diagnóstico, ou seja, focar nas pessoas e não apenas quando estão doentes. Durante diagnóstico, fazendo-o de forma personalizada, pensando em todas as questões socais,
Dr. Heitor Tognoli
emocionais de cada indivíduo e suas famílias. E depois do diag-
é médico de Família e Comunidade e
nóstico, não apenas ofertando um tratamento, mas adequando cada tratamento de forma personalizada e decidida, de forma conjunta com o paciente, preocupando-se, inclusive, em como garantir que o tratamento tenha êxito.
Tudo isso parece utopia e muitas vezes pensamos
que essa forma de atuar, ao se oferecer serviços de saúde, se
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mestre em Saúde e Gestão do Trabalho. É também autor do blog heitortognoli.com.br, especializado em orientação de carreira médica.
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É preciso falar sobre segurança do paciente
Workshop realizado pela Unimed Uberlândia, envolvendo parceiros na prestação de serviços, abordou a importância de relatar os eventos adversos UNIMED TROUXE A UBERLÂNDIA A ESPECIALISTA EM CLÍNICA MÉDICA E INFECÇÃO HOSPITALAR, Tânia Moreira Grillo Pedrosa, PARA FALAR SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE
Quem nunca cometeu algum erro na vida ou teve
sultam em danos à saúde. Essa resistência é mais evidente
uma falha no exercício de uma atividade, seja ela profissio-
quando se trata de notificar os eventos adversos ocorridos
nal ou de caráter pessoal, que resultou ou poderia resultar
no âmbito da assistência. “Nas últimas décadas, houve um
numa situação mais grave? Errar faz parte da natureza do
crescimento vertiginoso de conhecimento e aprendizagem,
ser humano. Mas dar as costas ao erro e não refletir sobre o
mas ainda estamos muito distantes do potencial de melho-
que levou à falha e o que pode ser feito para que a situação
ria”, aponta Dra. Tânia Moreira Grillo Pedrosa, especialista
não volte a acontecer pode ser considerado uma omissão. E
em clínica médica e infecção hospitalar pela Universidade
quando se trata de ambientes e procedimentos que lidam
Federal de Minas Gerais (UFMG).
diretamente com o cuidado à saúde das pessoas, essa dis-
cussão ganha dimensões que extrapolam o próprio local de
gestão de qualidade e segurança do paciente, a médica Tâ-
atuação e envolve todos os personagens ligados à cadeia
nia Moreira abriu o workshop da Unimed, fazendo o alerta
de assistência. Foi com base nesse entendimento que a
da falta de dados oficiais em nível nacional que mensurem
Unimed Uberlândia promoveu em maio o 1º Workshop em
o percentual de pacientes que complicam em hospitais e
Segurança do Paciente, que reuniu representantes de hos-
quais as principais complicações. Segundo esclarece, a falta
pitais, clínicas, laboratórios e integrantes de Comissões de
de conhecimento sobre o tamanho do problema dificulta na
Controle de Infecção Hospitalar e NSP – Núcleo de Segu-
identificação de diagnósticos e na elaboração de metas para
rança do Paciente de instituições parceiras na prestação de
aprimorar os serviços de saúde.
serviços na área da saúde.
O evento realizado no anfiteatro da cooperati-
uma quebra de paradigma, pois o medo é a principal barrei-
va, em Uberlândia, foi considerado um marco fundamental
ra da escuridão. Se eu não conheço o problema, se não exis-
por ter proporcionado um debate sobre a integralidade do
te a transparência, a comunicação, como saberemos que,
paciente e a corresponsabilidade de cada ator no contexto
de fato, existe um problema? A partir do não conhecimento,
geral da assistência à saúde do cidadão.
obviamente não haverá nenhuma ação de correção”, diz.
Com atuação nas três últimas décadas na área de
“Nós que trabalhamos nessa área temos que fazer
Apesar de a Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa) ter editado uma resolução em 2013, que institui ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde, ainda há muita resistência em falar claramente sobre os incidentes que re-
“Não se erra porque quer, se erra porque não houve um ambiente favorável para um processo adequado” 27
Resolução da Anvisa vale para serviços públicos e privados
A Resolução de número 36/2013 (RDC 36/2013), da
processos”, diz.
Anvisa, se aplica tanto aos serviços de saúde públicos quanto
privados e filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que
te, decorrentes de processos assistenciais que não tiveram
exercem ações de ensino e pesquisa. Cabe à direção de cada
o planejamento adequado envolvendo todos os setores. “Se
serviço de saúde criar seu Núcleo de Segurança do Paciente
continuarmos com essa cultura de punição, o medo impede,
(NSP), que tem entre suas atribuições promover e apoiar a im-
congela e bloqueia a evolução para a melhoria. E cada erro
plementação de ações voltadas à redução, a um mínimo aceitá-
gera um custo econômico extraordinário. Sem falar o cus-
vel, do risco de dano desnecessário associado à atenção à saúde.
to intangível, que é o sofrimento das pessoas envolvidas, do
Também é competência do NSP executar as ações do Plano de
paciente, da família, do médico, da equipe assistencial, todos
Segurança do Paciente e notificar os eventos adversos por meio
sofrem muito”, diz a especialista. “Não se erra porque quer,
das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela Anvisa.
se erra porque não houve um ambiente favorável para um
processo adequado”, ressalta Tânia Moreira.
Entretanto, quatro anos depois da Resolução da An-
Ela ressalta que os erros são coletivos e, geralmen-
visa, ainda há um receio muito grande em notificar eventos
adversos ocorridos dentro dos serviços de saúde. Boa parte
atuação tanto na área pública quanto privada e diz que os
do conhecimento dos problemas existentes hoje nas unidades
avanços são perceptíveis nas duas esferas, mas ainda há mui-
hospitalares é fruto de trabalhos individuais e de pesquisas realizadas por instituições de ensino. Segundo a médica Tânia Moreira, é fundamental que as direções de saúde façam um trabalho de sensibilização para quebrar o mito da punição. “Ainda há um temor das instituições em nosso país de que, se houver notificação, alguém virá fiscalizar, punir, entrar com processo, e não é assim que as coisas funcionam. As notificações devem ser investigadas para o conhecimento e aprendizado. Obvia-
A médica intensivista Dra. Cidamaiá Arantes tem
ta falta de ferramentas que deem suporte nas decisões para colocar o paciente em segurança. “Isso hoje é um grande desafio. Por isso, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar foi uma das primeiras a trilhar esse caminho”, aponta Cidamaiá. “Os hospitais com gestão SUS em sua maioria já conseguem trazer esse modelo de segurança para o paciente, e isso demonstra a necessidade de melhorar ainda mais a área privada”, completa. “O paciente hoje procura onde vai ser bem atendido, e não porque o hospital é grande e bonito. E o
mente que não estamos falando de situações de responsabili-
primeiro passo para ter segurança é ter o Núcleo de Seguran-
dade, negligência, imperícia, omissão. Isso é a exceção. O que
ça do Paciente”, diz o diretor comercial da Unimed Uberlândia,
ocorre são ambientes inseguros por falhas na estruturação de
Dr. Edelweiss Teixeira Júnior.
Núcleo ajuda reduzir número de complicações
A partir da criação da Comissão de
Segurança do Paciente, a Unimed passou a compreender melhor o que acontece dentro das instituições parceiras e a propor mudanças no sentido de reduzir o número de complicações. “Percebemos que muitas dessas situações ocorrem por eventos adversos dentro dos hospitais, e a gente percebe que os hospitais nem sempre dão a atenção devida para essa situação”, diz o médico pneumologista, Dr. Ricardo Luiz Dinis dos Santos, que faz parte da Comissão de Segurança do Paciente da Unimed Uberlândia. “Por isso, as movimentações de compartilhamento de conhecimento, como a Unimed está fazendo junto à sua rede prestadora, são essenciais para que, com conhecimento, as pessoas e as instituições onde essas pessoas estão possam paulatinamente migrar de um medo irracional para um processo proativo de notificação e análise, proporcionando intervenções de melhoria”, conclui.
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“Movimentações de compartilhamento de conhecimento, como a Unimed está fazendo junto à sua rede prestadora, são essenciais” Dr. Ricardo Luiz Dinis dos Santos
Dirigentes da Unimed Uberlândia e representantes de instituições parceiras na prestação de serviços de saúde participaram do workshop
Hoje, o que se percebe é que a maioria das direções de saúde possui seus Nú-
cleos de Segurança do Paciente, mas não atua como deveria, principalmente no que diz respeito às notificações dos eventos adversos. Essa situação fez com que a ANS lançasse um projeto piloto com a participação de operadoras e prestadoras de serviço na área de assistência à saúde. O projeto faz parte do Laboratório de Inovação da agência e visa melhorar a qualidade da assistência no cuidado aos pacientes, tendo como referência as boas práticas implantadas no país. A própria realização do Workshop com sua rede parceira é reflexo dessa nova realidade.
“Hoje trabalhamos com o incentivo a uma cultura justa dentro das institui-
ções para que os eventos adversos sejam notificados e adequadamente trabalhados, com plano de ação, com controle da situação em que levou a um determinado erro. Muitas vezes, a falha existe por necessidade de uma capacitação adequada. E quando essa falha é notificada adequadamente, é possível que nossos prestadores possam melhorar a qualidade do atendimento e, consequentemente, teremos a melhoria dos processos de assistência à saúde dos nossos usuários Unimed e dos nossos cooperados”, diz a coordenadora do Núcleo de Recursos Próprios da Unimed, Ana Cláudia Frontarolli.
“O paciente procura onde vai ser bem atendido, e não porque o hospital é grande e bonito” Dr. Edelweiss Teixeira Júnior 29
v o c ê s a b i a : Viver Bem / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
VOCÊ sabia Espaço Viver Bem Unimed agrega valor ao atendimento Programas oferecidos, como o ‘Quero mais Saúde’, promovem acompanhamento profissional e atividades saudáveis que auxiliam no tratamento médico
Novo programa oferecido sem custo adicional pelo Espaço Viver Bem Unimed com foco nas empresas clientes visa ampliar o trabalho de prevenção e promoção à saúde dos trabalhadores
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As mudanças demográficas, epidemiológicas, so-
A Unimed Uberlândia tem buscado a construção
ciais e culturais das últimas décadas têm levado diversos pa-
de um novo formato de trabalho em saúde e em todos os
íses a repensar o seu modelo de atenção e as modalidades
níveis de atenção, de forma integral, tendo o conceito do
de cuidados oferecidas. Isso ocorre pela busca de viabilidade
cuidado como eixo de reorientação do modelo. Para a rea-
e sustentabilidade econômica dos sistemas de saúde, assim
lização dessa proposta, existe um processo integrado com
como pela busca de soluções que promovam mais bem-es-
os serviços realizados no CIAS, Reabilitação e Espaço Viver
tar aos indivíduos e às suas famílias, visando reduzir as ini-
Bem, que são Recursos Próprios da Operadora. Nesta revista,
quidades em saúde.
vamos contar um pouco do que é realizado dentro do Espaço
Viver Bem.
De acordo com a remodelagem do Modelo de
Atenção à Saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar
- ANS sugere a integralidade do cuidado articulado e contí-
gramas e ações que visam a prevenção de agravos e pro-
Você sabia que o Espaço Viver Bem oferece pro-
nuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais
moção à saúde dos clientes Unimed Uberlândia por meio
e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de
de equipe multidisciplinar? Os programas desenvolvidos no
complexidade do sistema. Para compor esse novo modelo, a
Espaço Viver Bem são pautados nas diretrizes do Ministério
ANS propõe a responsabilização das Operadoras pela saúde
da Saúde e ANS, bem como no estudo do perfil de saúde dos
do beneficiário e não somente pela atenção à doença.
clientes da Unimed Uberlândia.
Programa Quero Mais Saúde
Imagine um grupo de hipertensos sendo acompanhado com orientações e ati-
vidades adequadas dentro do próprio ambiente de trabalho. Essa ação faz parte do mais novo programa oferecido pelo Espaço Viver Bem Unimed com foco nas empresas clientes, chamado “Quero Mais Saúde”. Este programa não tem nenhum custo adicional para a empresa cliente, visando ampliar o trabalho de prevenção e promoção à saúde dos beneficiários/colaboradores. A partir de um diagnóstico da saúde dos colaboradores alinhado com as informações gerenciais, como sinistralidade da Pessoa Jurídica, é traçado um plano de ações específicas. “Se 50% dos colaboradores da empresa são hipertensos, por exemplo, então o Espaço Viver Bem desenvolverá grupos específicos e atendimentos individuais dentro da empresa para minimizar o agravo voltado ao controle da hipertensão e estímulo de hábitos saudáveis”, explica a coordenadora administrativa do Espaço Viver Bem, Patrícia de Cássia Silva. Em pouco tempo de programa, pelo menos cinco empresas já estão sendo acompanhadas in loco por nutricionista, educador físico, enfermeiro, entre outros profissionais que integram o quadro de atendimento.
Programa de Gerenciamento de Casos Especiais
Além dos clientes corporativos, o Espaço Viver Bem é um grande aliado dos médi-
cos ao oferecer atendimentos assistenciais e multiprofissionais de acordo com o perfil dos beneficiários e suas necessidades.
O Programa de Gerenciamento de Casos Especiais é pautado na assistência do-
miciliar, um ramo da atenção à saúde que envolve ações de promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças no âmbito domiciliar aos beneficiários que apresentam limitação funcional. O objetivo do programa é facilitar o atendimento aos beneficiários que apresentem dificuldades de acesso à rede da operadora, viabilizando o suporte técnico, via assistência domiciliar, pautando a atenção também ao cuidador. A inscrição do cliente no programa se dará mediante avaliação do Serviço Social e de Enfermagem do Espaço Viver Bem em que será verificado e confirmado sua impossibilidade de utilizar a rede de serviços ambulatoriais da operadora.
Os atendimentos ofertados pelo Programa acontecem por meio de visita domi-
ciliar e capacitação do cuidador pela equipe multidisciplinar, associado ao monitoramento telefônico realizado pela equipe de enfermagem. As visitas domiciliares são organizadas de modo a garantir que ao longo do mês o cliente receba a assistência de todos os profissionais da equipe. Atualmente, a equipe multiprofissional é composta por médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudióloga, enfermeiros, psicóloga e assistente social.
O Programa de Gerenciamento de Casos Especiais está estruturado em modalida-
des de atendimento direcionadas ao gerenciamento de crônicos e cuidado paliativo, norteando a assistência domiciliar a ser prestada.
A modalidade de Gerenciamento de Casos Crônicos destina-se ao acompanha-
mento e monitoramento contínuo de clientes que apresentam uma condição de saúde controlada e/ou compensada e necessitam de auxílio para realizar as atividades de vida diárias, devido à limitação funcional, não podendo se deslocar para utilizar os serviços ambulatoriais.
Cuidado Paliativo atende a clientes oncológicos e não oncológicos, sem possibi-
lidades terapêuticas. Essa modalidade tem como finalidade dar suporte técnico e cuidados que visam à qualidade de vida do cliente e de seus familiares, por meio de medidas de conforto, aliviando e prevenindo o sofrimento no processo de terminalidade.
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Nessa modalidade, o cliente e a família recebem
a atenção do médico, enfermeiro, nutricionista, assistente social e psicólogo que fazem um trabalho com a família de preparação para o óbito. Quando a pessoa entra na fase terminal, a equipe consegue ofertar toda a estrutura neces-
promoção à saúde, prevenção de doenças e complicações,
“Esse cuidado (gerenciamento da atenção domiciliar) é feito compartilhado entre o médico que está atendendo no programa e o médico de referência do cliente”
abrangendo a assistência e reabilitação do indivíduo no âm-
Dra. Yara Maciel
sária, incluindo a medicação, de forma que ele não precise ser internado, ou seja, que a despedida aconteça no aconchego familiar. A intenção é que esse momento de dor para os parentes aconteça de maneira mais serena, tendo o acolhimento de uma equipe devidamente preparada. “Tivemos um retorno muito bom destas famílias. Há situações em que a família entende que a despedida não deve acontecer em casa, neste caso, acompanhamos até o momento que o cliente vai para o hospital”, diz Patrícia.
Nesse cenário, o Espaço Viver Bem, além de ofe-
recer a assistência domiciliar por meio Programa de Gerenciamento de Casos Especiais, também oferece ações de
bito domiciliar. Tais ações se sistematizam no Programa de Gerenciamento da Atenção Domiciliar que se caracteriza pela oferta de assistência em saúde para clientes com impossibilidade/limitação funcional, por um tempo determinado, para conclusão terapêutica e/ou adaptação do cliente e
Unibaby acompanha gestantes
Um dos programas que também têm obtido bons
de sua família a novas situações de cuidado.
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Os modelos de atenção domiciliar oferecidos atu-
almente viabilizam a desospitalização de clientes que se
resultados aos beneficiários é o Unibaby, que é o acompa-
encontram internados em leitos hospitalares, diminuindo
nhamento de gestantes. O Programa de Gestante tem como
as internações prolongadas; proporcionam uma assistência
objetivo auxiliar e oferecer às mães e seus companheiros
e tratamento humanizados, contribuindo para a diminuição
informações, treinamento e suporte para que tenham uma
de internações de clientes que se encontram em gerencia-
gravidez tranquila e bem orientada, orientações necessárias
mento domiciliar; reduz o risco de reinternações, devido à
para os cuidados no puerpério e com o recém-nascido por
proximidade e ao conhecimento da equipe multidisciplinar
meio de atendimento individual e em grupo. O atendimento
sobre o estado clínico do cliente; acompanham clientes que
acontece em dois momentos. O primeiro é a avaliação indi-
possuem lesões cutâneas agudas ou crônicas que necessi-
vidual para identificar o acompanhamento médico, pré-na-
tem cuidado especializado; apoiam o cliente e sua família
tal, identificação de algum risco da gestante para que seja
por meio de atividades de orientação, em especial aos cuida-
então encaminhada para o atendimento com nutricionista
dores, para a continuidade do cuidado no domicílio e propor-
e psicóloga. Após receber as orientações adequadas, a ges-
cionam o processo de reabilitação fisioterapêutica e fonoau-
tante recebe um cronograma para participar do atendimento
diológica para que o indivíduo tenha autonomia e consiga se
em grupo durante uma semana. Cada um dos profissionais
reabilitar, de modo que, ao concluir o programa, encontre-se
da equipe – assistente social, psicólogo, obstetra, pediatra,
apto para deslocar-se, ou seja, terá condições de ter acesso à
enfermeiro, nutricionista – repassa instruções sobre os cui-
rede da operadora.
dados necessários em cada etapa da gestação. O ciclo se
O médico assistente do cliente poderá fazer o en-
encerra com atividades práticas do educador físico sobre
caminhamento para o Programa de Gerenciamento da Aten-
técnicas de relaxamento e da enfermeira sobre os primeiros
ção Domiciliar, seja para Antibioticoterapia, Fonoaudiologia
cuidados com o bebê, aprendendo a lidar com situações que
e/ou Fisioterapia em domicílio, quando o cliente não tiver
irão conviver após a chegada do bebê.
condições de deslocamento para os serviços ambulatoriais
credenciados. “Esse cuidado é feito compartilhado entre
te pode participar em qualquer idade gestacional. Após a
o médico que está atendendo no programa e o médico de
atividade em grupo, a equipe faz o monitoramento telefôni-
referência do cliente”, diz a coordenadora médica do pro-
co das clientes para identificar se há alguma dificuldade no
grama, Dra. Yara Alves Maciel. Segundo relata, há casos de
aleitamento materno; nos cuidados de higiene, com o banho
clientes crônicos que há dois anos não são submetidos a in-
e cuidados com o coto umbilical, além de verificar a condi-
ternação em função do resultado obtido no programa.
ção de saúde da parturiente.
O programa acontece a cada dois meses e a clien-
Gestantes são acompanhadas individualmente e em grupo, além de serem monitoradas via telefone após o parto para se saber se há alguma dificuldade com o recém-nascido
Programa Preparatório para Cirurgia Bariátrica
co e quatro com a Psicóloga. “O programa se norteia no es-
Os clientes com indicação para cirurgia bariátrica
tes”, diz Patrícia de Cássia.
tímulo à mudança dos hábitos de vida, consequentemente influenciando a qualidade de vida e saúde dos participan-
também podem ser acompanhados pela equipe do Espaço Viver Bem a partir da indicação de seu médico.
“É importante destacar que, para qualquer pro-
O Programa preparatório para Cirurgia Bariátrica
grama oferecido pelo Espaço Viver Bem, o médico assisten-
tem como objetivo auxiliar os clientes sobre os cuidados no
te é fundamental. A equipe multidisciplinar poderá comple-
pré-operatório e sobre as mudanças que ocorrem de forma
mentar, junto ao médico assistente, o cuidado oferecido ao
global e impactante na sua vida no pós-operatório. Orientar
cliente, de forma integrada e complementar, oferecendo um
sobre a importância da atividade física e da boa mastiga-
acompanhamento bem próximo, com objetivo de promoção
ção, auxiliar quanto aos aspectos psicológicos, diminuindo,
e prevenção à saúde”, reforça a coordenadora administrativa.
assim, as intercorrências e preparando o cliente para uma mudança nos hábitos de vida, visando incluir novos compor-
tamentos para um incremento da qualidade de vida. O pro-
ções ou deseja encaminhar seus pacientes para participarem
Caso o médico cooperado queira outras informa-
grama é composto por atendimentos individuais e módulos
dos programas, pode entrar em contato:
em grupo com a equipe multidisciplinar, nomeada pelo Espaço Viver Bem. Os atendimentos individuais serão: um com
>> (34) 3239-6937
Enfermeira, dois com Psicóloga, um com Nutricionista, um
>> saudeintegral@unimeduberlandia.coop.br
com o Psiquiatra, e, para os casos que houver necessidade, haverá uma consulta individual com médico Clínico. Os módulos serão realizados com todos os participantes durante nove encontros, sendo: dois com a Nutricionista, um com a Fonoaudióloga, um com o Educador Físico, um com o Médi-
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c o m e r c i a l : Central de Vendas / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /
Central de vendas A recém-inaugurada Central de Vendas da Unimed Uberlândia fica na Av. João Pinheiro, 907, no Centro da cidade Visando proporcionar mais comodidade e mais agi-
nos de saúde, que representam mais ou menos 150 mil vidas
lidade no atendimento aos seus clientes, a Unimed Uberlândia
em nossa cidade. É preciso ir atrás dessas empresas, mostrar
decidiu implantar uma unidade própria para venda de planos de
que temos os melhores planos e as melhores coberturas, ofe-
saúde, serviço que estava terceirizado pela Cooperativa. A nova
recendo não um produto mais barato, mas de qualidade no
Central de Vendas foi inaugurada em maio, na Avenida João Pi-
atendimento sempre que for necessário”, observa.
nheiro, 907, no Centro de Uberlândia, em imóvel de fácil loca-
lização, dotado de estacionamento próprio e salas amplas e
servida por três corretoras credenciadas que comercializavam
confortáveis, onde trabalham 10 atendentes sob a supervisão do
os seus planos de saúde, mas agora a cooperativa decidiu re-
coordenador comercial Tiago Alves Rodrigues.
assumir a gestão dos seus produtos. “Chegou a hora de fazer
Além da comercialização de planos de saúde e pros-
diferente, é preciso agir diferente, melhorar nossa carteira e,
pecção de novos clientes, a Central de Vendas foi inaugurada,
com isso, obtermos subsídios para remunerar melhor os nos-
segundo Tiago Rodrigues, para também melhorar o atendimen-
sos cooperados”, afirma. O diretor adianta que, nesse proces-
to aos atuais clientes. “O nosso objetivo aqui nessa Central de
so, está previsto mais um posto de vendas, com inauguração
Vendas vai além da comercialização de novos planos de saúde.
prevista para 2019, no corredor da Avenida Segismundo Perei-
Queremos também facilitar a relação com os clientes já contra-
ra, visando atender moradores das regiões dos bairros Santa
tados, tanto Pessoas Físicas como Pessoas Jurídicas, proporcio-
Mônica, Santa Luzia e adjacentes.
nando a todos um canal mais rápido e ativo para solução de
problemas e esclarecimento de dúvidas”, observa Tiago.
mais cinco cidades da região do Triângulo Mineiro: Centrali-
De acordo com o diretor comercial da Unimed Uber-
na, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Prata e Tupaciguara,
lândia, o médico Dr. Edelweiss Teixeira Júnior, existe em Uber-
além de Uberlândia. A cooperativa conta com uma ampla rede
lândia um nicho enorme de mercado a ser explorado no que diz
credenciada com mais de 900 médicos cooperados, 16 hos-
respeito à prospecção e captação de novos potenciais clientes
pitais, 12 laboratórios, 120 clínicas e serviços credenciados.
para a cooperativa. “Temos 64% do comércio em geral, de em-
São quase 30 diferentes tipos de planos oferecidos, divididos
presas com cerca de 3 a 30 funcionários, sem cobertura de pla-
entre Pessoas Físicas e Jurídicas.
Central de Vendas Unimed Uberlândia 34
Edelweiss acrescenta que a Unimed Uberlândia era
A área de atuação da Unimed Uberlândia abrange
Av. João Pinheiro, 907, Centro.
segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h (34) 3293 3355 centraldevendas@unimeduberlandia.coop.br
OLHANDO PARA O FUTURO. Agora você pode ter acesso fácil e rápido às últimas novidades que a nossa cooperativa tem realizado com um olhar para o nosso futuro. São conteúdos exclusivos, acesso à Revista Unimed de onde estiver, entrevistas e mais transparência com você, cooperado.
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Uberlândia
46 ANOS
CIAS: ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA SUA COOPERATIVA. O MODELO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE, QUE É REFERÊNCIA NO MUNDO, TAMBÉM EM UBERLÂNDIA.
O CIAS, além de uma inovação no formato de atendimento aos clientes do Plano UNIMED Mais, também é uma revolução no modelo de gestão da UNIMED. Por dar atenção integral ao beneficiário, ele tem uma maior aproximação com o médico, promovendo uma melhor qualidade de vida ao paciente. Além disso, o CIAS é uma porta de entrada para o atendimento em saúde para grandes empresas, fornecendo, sempre que necessário, acesso à rede referenciada.
Uberlândia
46 ANOS
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