Circulando Edição 400

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CIRCULANDO ANO 14 NÚMERO 400

JORNAL-LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVALE - MAIO/JUNHO DE 2012

Comércio irregular de produtos veterinários Venda de medicamentos fracionados, vencidos, sem registro no MAPA e ausência de médico veterinário como responsável técnico estão entre as principais infrações Fernanda Melo

Pet shops e supermercados (foto) estão entre os estabelecimentos que infringem a legislação

Curso de Jornalismo disputa Expocom Três produções de egressos do curso de Jornalismo da Univale disputam o prêmio de melhor trabalho acadêmico na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação/Etapa Sudeste. O curso inscreveu trabalhos de ex-alunos nas modalidades: jornal impresso (foto), revista impressa e documentário em vídeo. A Expocom acontece durante o XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste entre os dias 28 e 30 de junho de 2012, na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Alunos-líderes dos trabalhos e professores marcarão presença no evento, considerado o maior na área de comunicação do Brasil. Confira mais detalhes desta e de outras ações do curso na Página 8.

A utilização incorreta de produtos de uso veterinário pode gerar danos ao meio ambiente e também à saúde humana e animal. A Resolução 592/1992 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a Portaria 84/1993 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e o Decreto Federal 5.053/2004 regulamentam o registro e a fiscalização desses produtos. Os mesmos devem ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e para serem comercializados, os estabelecimentos devem ser registrados no IMA e possuir médico veterinário como responsável técnico, que esteja devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Consumidores podem contribuir por meio de denúncias junto aos órgãos competentes. Página 5

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Aniversário de

400 edições

O jornal-laboratório Circulando, fundado em abril de 1999, chega à marca de 400 edições. Para rememorar parte dessa caminhada ininterrupta que completa 13 anos, convidamos egressos de diferentes turmas do curso Jornalismo - profissionais atuantes no mercado de trabalho local - e também excoordenadores para registrarem suas vivências e aprendizados na redação do Circulando. Conheça ainda um pouco mais sobre a história do Circulando que, em 2003, ganhou o prêmio de melhor jornallaboratório do Brasil conferido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Página 3

Consumo excessivo em sites de compras coletiva Página 5

Biblioteca especializada em GV Bernardo Baião

Estudo revela: não existem “pessoas burras” Em 1975, um psicólogo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, chamado Howard Gardner, desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas. Suas pesquisas concluíram que a inteligência não se resume a um bloco indivisível, mas pode ser considerada por meio de competências distintas. Ao todo, segundo Gardner, o ser humano pode desenvolver sete tipos de habilidades que estão relacionadas à herança genética e cultural. Página 6

Profissionais da área cultural e estudantes formam o grande público da Biblioteca Cidade Futuro

Com um acervo distribuído entre as áreas de economia da cultura, gestão do patrimônio cultural, história regional, políticas públicas, terceiro setor, comunicação e clássicos da literatura brasileira e estrangeira, a Biblioteca Cidade Futuro funciona há três anos no Centro de Governador Valadares. O projeto é de iniciativa da Ong Núcleo Cidade Futuro e se revela como uma oportunidade diferenciada para os leitores. A Biblioteca Cidade Futuro é aberta a toda a comunidade e os empréstimos são gratuitos. Confira reportagem completa na Página 7 .


CIRCULANDO

Maio/Junho de 2012

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OPINIÃO

EDITORIAL

Cidadão engajado, sociedade fortalecida O exercício da cidadania vai muito além do simples fato da população se dirigir à urna de dois em dois anos ou de quatro em quatro anos e confiar o seu voto em um determinado candidato. Exercer a cidadania plena demanda, cotidianamente, participação efetiva e constante nas diversas questões que dizem respeito à sociedade na qual estamos inseridos. Afinal, cidadania pressupõe não só direitos, mas também deveres. Quando a pessoa adquire algo sabendo que é ilegal ou não cobra políticas públicas que atendam às necessidades de uma determinada parcela da sociedade deixa a desejar em seu exercício de cidadania. As leis existem e, em sua maioria, são bem formuladas e dão conta de atender as demandas sociais. Contudo, o que observamos com frequência é que, na prática, não funcionam.

Fundação Percival Farquhar Presidente Edvaldo Soares dos Santos Universidade Vale do Rio Doce Reitora Profa. Ana Angélica Gonçalves Leão Coelho Diretora de Área das Ciências Humanas e Sociais Profa. Cláudia Gonçalves Pereira Coordenadora do Curso de Jornalismo Profa. Nagel Medeiros Editora e Jornalista Responsável Profa. Fernanda Melo (MG11497/JP)

Por que será? Uma das razões é a falta de fiscalização. E para que os órgãos responsáveis realizem com sucesso as atividades de fiscalização que lhe competem, o engajamento da sociedade é fundamental. Denunciar é dever do cidadão que deve exigir o cumprimento dos seus direitos e também, claro, cumprir com seus deveres. No compromisso de contribuir para a melhoria da nossa sociedade, o jornal-laboratório Circulando faz nesta edição dois importantes alertas que afetam diariamente a comunidade: a comercialização irregular de produtos veterinários e a falta de adaptação física de órgãos públicos e de estabelecimentos coletivos para o amplo e livre acesso de pessoas com deficiência. Ambos os assuntos envolvem toda a sociedade, já que a mesma tem o dever de ajudar os órgãos competentes na tarefa de fiscalizar.

ARTIGO Arquivo pessoal

O Jornal-Laboratório Circulando é uma publicação bimestral do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes e Comunicação (FAC).

Revisão Textual José Ilton de Almeida (5º Período de Letras) sob a supervisão da Profª Elisângela Rodrigues Andrade Vieira Helal Editoração Eletrônica Prof. Brian Lopes Honório (Editora Univale) Impressão / Tiragem Inforgraf / 500 exemplares Redação Laboratório de Jornalismo Carlos Olavo da Cunha Pereira Rua Israel Pinheiro, 2.000, Bairro Universitário - Campus Antônio Rodrigues Coelho - Edifício Pioneiros, Sala 4 - Governador Valadares/Minas Gerais - CEP: 35.020-220. Contatos: (33) 3279-5956 / circulando@univale.br

CHARGE

Corrida presidencial já começou EDSON NUNES LIMA / 5O PERÍODO DE JORNALISMO

Em Brasília, muita movimentação nos bastidores acirrados da política brasileira. Um turbilhão de manchetes da suposta máfia do jogo do bicho e as afinidades com figurinhas políticas carimbadas do eleitor: o senador goiano Demóstenes Torres (DEM) com um lamaceiro de denúncias e acusações fortes sobre a sua “amizade” com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso no presídio da Papuda, no Distrito Federal. Mas, sob a fumaça nebulosa que cobre a capital do Brasil, já se especulam as eleições municipais que podem definir futuras alianças importantes nacionalmente. Em Minas um caso mais específico evidencia o posicionamento de partidos com determinadas alianças. Buscando a reeleição para a prefeitura de Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda (PSB) sofre pressão do Partido dos Trabalhadores (PT) para recusar o apoio do Partido Socialista Democrático Brasileiro (PSDB), ao qual pertence o senador da República Aécio Neves. Vale lembrar que, em 2008, o partido do senador tucano ajudou, e muito, na eleição de Lacerda para a prefeitura da capital mineira. Numa união emblemática, PT, PSB

e PSDB resolveram apoiar um único candidato. Uma coisa ficou bem clara nessa relação: Aécio Neves tem muito prestígio entre o eleitorado da terra do pão de queijo. Ainda que Lula e toda a sua tropa tentem demarcar território na política mineira, vai demorar muito para uma mudança de opinião entre os admiradores do ex-governador mineiro. Claro que a máquina pública é um fator fundamental nessa disputa de poder no executivo de Belo Horizonte. Afinal, o governador do estado, Antônio Augusto Anastasia, também pertence ao mesmo grupo político do senador Aécio Neves. Do outro lado, Lacerda conta com o apoio do Planalto, mais especialmente do expresidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O petista trabalha a todo vapor para cortar as asas daquele que aparece como forte candidato para postular a posição de presidente da república em 2014, Aécio Neves. E as manobras do PT chegam ao maior colégio eleitorado do Brasil. O estado de São Paulo tem hoje mais de 30 milhões de eleitores. Na soma do eleitorado mineiro e paulista, o número chega a quase 45 milhões. Na terra da

garoa, quem manda na política é o partido do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Neutralizar as ações dos tucanos em dois estados que detêm grande potencial de votos, esse parece ser o grande desafio para Lula e a presidente Dilma Rousseff. Na capital paulista, o ex-ministro da educação, Fernando Haddad, tem a incumbência de quebrar o domínio do PSDB. Missão fácil? Creio que não, porque, assim como Minas, a tradição dos seus representantes é muito forte

nesses dois estados. Novos capítulos deverão ser escritos nos próximos meses, com grande vantagem para aqueles que estão no poder em Brasília. Para Aécio, resta comer quieto pelas beiradas, como verdadeiro mineiro. E, para alçar o voo mais alto de sua carreira, vai precisar de muitas parcerias e torcer para que até 2014 o Brasil esteja sofrendo com a inflação, juros altos e a crise de corrupção na Copa do Mundo. Caso contrário, Dilma poderá ter caminho aberto para sua reeleição.


Arquivo pessoal

Nagel Medeiros, egressa da primeira turma e, atualmente, coordenadora do curso de Jornalismo

Não fui o aluno mais regular com o Circulando, confesso. Não escrevia toda semana. Mas foi nesse jornal a minha primeira experiência como repórter, o primeiro contato com uma história que precisava ser, digamos, descoberta, contada. O que aprendi da minha jovem rotina na reportagem é que o que importa, no fundo, são as informações e as pessoas. E o Circulando tem uma atenção especial com quem quer falar, o que quer falar e como quer falar. Então, parabéns ao Circulando pelas 400 edições! Pelas 400 tentativas de mostrar e mudar alguma coisa em algum lugar. Maurício Cancilieri, egresso e, atualmente, repórter da InterTV (afiliada TV Globo)

400 edições A edição número 1 do jornallaboratório Circulando foi publicada em abril de 1999. O nome, dado pelos alunos da turma pioneira do curso de Jornalismo (1998-2001), surgiu na intenção de que o jornal circulasse em áreas diferentes da cidade. Nasceu com o objetivo de permitir às pessoas que não tinham acesso aos jornais impressos receber uma publicação que pautasse a realidade de seu cotidiano. Assim, o Circulando se fez presente e atuante na região do bairro Santa Paula em 1999, na região dos bairros Sir e São Pedro em 2000, no bairro Santa Rita em 2001, na Região da Ibituruna de 2002 a meados de 2011 e, atualmente, na região central. Em 2003, além de conquistar a atenção e o respeito dos leitores, o Circulando conquistou o prêmio de

Quero parabenizar o jornal Circulando nestas 400 edições, bem como seus editores, supervisores, colaboradores e alunos que se dedicam para manter esse importante veículo de comunicação. Como jornalista, tenho orgulho de ter contribuído - quando estudante - com reportagens e artigos para o Circulando. Isso foi fundamental para a minha carreira, principalmente, porque sou apaixonado pelo impresso, a base do jornalismo. Fred Torres de Seixas, egresso e, atualmente, editor de política e economia do Diário do Rio Doce

melhor jornal-laboratório do Brasil conferido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). O Circulando fez e continua fazendo história no jornalismo valadarense. Com frequência recebemos elogios de leitores de diferentes localidades da cidade, formadores de opinião, políticos, lideranças e empresários locais. As críticas também chegam e são muito bem recebidas. Afinal, por meio delas identificamos pontos a serem melhorados e, assim, buscamos acertar o passo do Jornalismo com o interesse público. Caro leitor, agradecemos a sua atenção e fidelidade nestas 400 edições e esperamos contar com você nas próximas 400. Vida longa para o jornal-laboratório Circulando!

Guardo com zelo as matérias que produzi para o Circulando. Também as leio sempre, avaliando minha evolução no decorrer dos anos. Para mim foi uma oportunidade única poder criar e experimentar no jornal-laboratório, tendo a certeza que profissionais experientes me auxiliavam, evitando que eu cometesse erros que pudessem ferir minha conduta profissional. Essa experimentação contribuiu para que eu me tornasse uma comunicadora madura e mais consciente da minha responsabilidade social. Parabéns ao Circulando e a toda equipe! Flávia Carvalho, egressa e, atualmente, analista de projetos do Sesc/MG e assessora de comunicação da Associação Cidade Futuro

Silvana Soares

ESPECIAL

Arquivo pessoal

O nosso Circulando nasceu junto com o curso de Jornalismo. Fomos nós, da primeira turma, que o batizamos assim. Já passou por diversas fases, como tudo que tem vida e está em movimento. Em 2003, viveu seu grande momento: foi premiado como o Melhor Jornal-Laboratório do País na Intercom/Expocom, concorrendo com jornais das federais, das PUCs e de todas as mais famosas faculdades de Jornalismo do Brasil. Fez história nas nossas comunidades pelo seu compromisso e seriedade com o interesse público. Já foi maior, menor, mudou a diagramação, o público, mas nunca deixou de ser o cartão de visita do curso. Ele é bem mais do que uma exigência legal. É o resultado do nosso aprendizado, do nosso esforço, da nossa ousadia.

Arquivo pessoal

Arquivo pessoal

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No Circulando vivi pela primeira vez experiências apaixonantes do jornalismo: conhecer tantas realidades, lidar com gente (e muita gente diferente...), ler – sem palavras – o que está ao redor, contar histórias, aprender tantas coisas a cada matéria e honrar o sagrado direito à informação. Informação boa, de qualidade e interesse social que me permitiu também comemorar em 2003, o título de melhor jornal-laboratório do País. Parabéns a todas as equipes autoras do Circulando e à comunidade que, há 400 edições, é a obraprima desse trabalho! Hélida Patrícia Silva Palmeiras Henriques, egressa da primeira turma e, atualmente, assessora de imprensa concursada da Prefeitura de Governador Valadares

Samuel Ribeiro

CIRCULANDO

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A formação acadêmica é relevante e determinante nesse domínio de linguagens, no preparo para uma profissão em que o que será escrito ou dito, não basta que o seja de forma clara, concisa e objetiva, mas tem de ser enunciado de modo que não possa ser entendido doutra forma, tal o nível de precisão que a informação exige para ser eficaz, para servir a quem dela necessita. Jaider Batista, idealizador e ex-coordenador do curso de Jornalismo


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CIDADANIA

Transformação pela Economia Solidária SÔNIA MIRANDA 5º PERÍODO DE JORNALISMO

representante da Secretaria de Desenvolvimento e Secretário Executivo do Forúm, explica que, atualmente, 450 Imagine você trabalhar num local pessoas são indiretamente beneficiaonde não há patrão, nem emprega- das pela Economia Solidária na região. do; onde as pessoas são responsáveis Segundo ele, os grupos se encontram umas pelas outras, a solidariedade e para atividades de formação e particio cooperativismo são base para o bom pam de feiras solidárias para divulgar andamento da execução das tarefas e vender seus produtos. e o trabalho em equipe é primordial para o sucesso do negócio. É assim Satisfação que, há sete anos, no Vale do Rio Sérgio Lúcio Amâncio Alves, Doce, especialmente em Governador membro da Associação Boi Figueira, Valadares, muitas pessoas encontradiz que o Fórum da Economia Soliram um jeito diferente de produzir, dária é espaço de discussão e formagerar renda e contribuir para a sus- ção, no qual os grupos se articulam tentabilidade do planeta. para divulgação e comercialização Na contramão do capitalismo de- dos produtos e contam com apoio senfreado dos tempos atuais, várias do poder público e outras instituipessoas que trabalham com doces, ções para se manterem no mercado. biscoitos, mel, leite, açúcar mascavo, De acordo com Alves, um grande hortaliças, artesanato, reciclagem, la- desafio é conseguir mobilizar tovanderias comunitárias e cooperativas das as secretarias municipais para populares buscam provar que exis- que façam parte do Fórum. Hoje, te uma nova maneira de gerar renda somente a Secretaria de Desenvolsem exploração do outro e sem causar vimento e a de Saúde apoiam. Para danos ao meio ambiente. ele, a participação das Secretarias de Na Economia Solidária, os empre- Educação, Assistência Social e Meio endimentos se organizam através dos Ambiente são essenciais para o deFóruns Regionais. O Fórum Regional senvolvimento da Economia Solidáde Economia Popular Solidária do ria na cidade e região. Vale do Rio Doce foi criado em 2003, a Para Graça da Silva, membro da partir pequenos grupos que atuavam Associação Comunitária Ilha Funda, de forma isolada. Renato de Oliveira, que atua no campo da Agricultura You Tube

Familiar, participar da articulação da economia solidária “é uma oportunidade de vender e divulgar os produtos, tornando-se grupo reconhecido; é também um espaço de formação e troca de experiências”. Meirilene Simplício, membro da Associação Rio Limpo, há dois anos participa do Fórum e concorda que “é muito gratificante a troca de experiência e ter novos meios para a geração de renda”. O coordenador do Centro de Informação e Assessoria Técnica (CIAAT), Antônio Carlos Linhares Borges, afirma que a economia solidária enqua-

dra um público específico que busca a solidariedade e o trabalho coletivo; é também um processo educacional e, muitas vezes, funciona como terapia ocupacional. Ele explica que o CIAAT oferece a alguns grupos do Fórum assessoria multiprofissional, principalmente na gestão financeira, visando o cooperativismo como forma de se organizarem e motivando a geração de trabalho e renda. “É muito gratificante ver o resultado do trabalho intenso dos grupos, percebemos que vale a pena investir e apoiar estas iniciativas”, declara. Arquivo CIAAT

A Associação Rio Limpo, fundada em 2008, produz sabão ecológico e integra o Fórum

Humor para tratar de assunto sério

meçou a matéria em uma das principais praças do Centro da cidade, a Praça Serra Lima. De lá, saiu andando com uma cadeira de rodas como forma de sentir na pele o que essas pessoas sofrem para realizar simples atos, como o de atravessar a rua. Logo nos primeiros minutos, já se deparou com diversas dificuldades, como: andar em ruas esburacadas, subir no meio fio, transitar em meio aos pedestres e, o principal, entrar nas lojas. Na maioria dos estabelecimentos comerciais não havia rampa, tão pouco os proprietários se prontificaram O vídeo denuncia o desrespeito às leis que garantem o livre acesso às pessoas com deficiência física a ajudar o suposto deficiente fisico. Quando Brunno perguntava sobre AMINY ANNY TEIXEIRA GUSMÃO morístico da Rede Bandeirantes, apre- a possibilidade de construírem uma 5º PERÍODO DE JORNALISMO sentado pelo jornalista Marcelo Tás, rampa, alguns nem ao menos cogitaque visa produzir um humor inteli- ram a ideia. Devido à abordagem em Indignado com o descaso de órgãos gente, abordando assuntos relaciona- tom irônico e debochado, alguns venpúblicos e o comércio local em rela- dos, principalmente, à política. dedores, inclusive, se irritaram com ção às pessoas com deficiência física, Brunno, inclusive, aderiu à moda o repórter. “Além de estarem errados, o historiador e professor Brunno Bar- CQC – terno preto e óculos de sol – para eles me trataram mal”, afirma. bosa, 33 anos, decidiu fazer um vídeo apresentar sua matéria. Além disso, Na Câmara Municipal de Governamostrando essa realidade em Gover- abusou da criatividade na edição para dor Valadares, Bruno encontrou uma nador Valadares. Ele aproveitou um deixar o vídeo ainda mais bem humo- enorme dificuldade para subir ao pleprojeto pessoal, o “Antena Falante” rado, mesmo tratando de um assunto nário, mas, em seguida, foi instruído - uma proposta de programa de TV tão sério como a falta do cumprimento por um funcionário a usar o elevador. que abordava diversos assuntos de in- da lei que exige adequações nos espa- Um elevador velho e pequeno que nem teresse público, mas que acabou sen- ços públicos urbanos às necessidades cabiam, sequer, repórter e cinegrafisdo vinculado apenas à internet - para das pessoas com deficiência física. ta juntos. Outro lugar que Brunno fez protestar. O programa tem o formato Vestido a caráter, foi às ruas da questão de ir foi à Biblioteca Pública parecido com o CQC, programa hu- cidade comprovar sua denúncia. Co- Professor Paulo Zappi. Lá, pôde com-

provar que realmente não tinha alternativa a não ser subir de escada. O vídeo, de aproximadamente 12 minutos, foi postado no site You Tube e hoje, quase três anos depois, contabiliza 693 acessos. Quem se interessar pela produção pode acessar o material na íntegra pelo endereço migre.me/9e5BR. Brunno diz que já passou pelas lojas que aparecem no vídeo várias vezes, mas nenhuma fez as devidas adaptações; nem mesmo aquelas que se comprometeram durante as gravações.

Na maioria dos estabelecimentos comerciais não havia rampa, tão pouco os proprietários se prontificaram a ajudar o suposto deficiente físico. Atualmente, Bruno atua como professor de História em escolas do Ensino Médio e faz shows no formato stand up comedy em bares da cidade. “Tenho aptidão pelo humor desde a adolescência. Vejo muitos filmes e seriados e ainda pretendo investir um dia, quem sabe, no meu projeto Antena Falante”, conclui.


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CONSUMIDOR

Produtos veterinários são comercializados de forma irregular em Valadares Fernanda Melo

Para que os produtos sejam expostos à venda, os estabelecimentos devem ser registrados no IMA e possuir médico veterinário como responsável técnico.

Produtos como o mosquicida (detalhe) são danosos à saúde e devem ser utilizados mediante orientação de um médico veterinário PRISCILLA PEREIRA 5º PERÍODO DE JORNALISMO

Cresce o número de estabelecimentos que vendem produtos de uso veterinário de forma irregular em Governador Valadares, como antibióticos, vacinas, desinfetantes, carrapaticidas. A utilização incorreta desses produtos pode gerar danos ao meio ambiente e também à saúde humana e animal. A Resolução 592/1992 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), a Portaria 84/1993 do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e o Decreto Federal 5.053/2004 regulamentam o registro e a fiscalização desses produtos. O médico veterinário Aníbal Souza Felipe da Silva esclarece que todos os produtos de uso veterinário devem ser registrados no Ministério da Agricultu-

ra, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O profissional explica ainda que para serem expostos à venda, os estabelecimentos devem ser registrados no IMA e possuir médico veterinário como responsável técnico, que esteja devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV). Silva assevera que a utilização incorreta e a venda indiscriminada desses produtos é uma forma de expor a população e seus animais a riscos de contaminação ambiental e intoxicações. “Há também produtos que podem levar ao óbito se utilizados sem a correta orientação e controle”, alerta. Para combater a comercialização de produtos de uso veterinário de forma irregular em Governador Valadares, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) planeja ações. “Já recebemos di-

versas denúncias sobre a comercialização indevida desses produtos e estamos nos preparando para executar a fiscalização. Mas essa é uma atividade que precisa de planejamento e cautela, para que seja uma fiscalização massiva, de impacto”, explica Marcelo de Aquino Brito Lima, fiscal do IMA. Para Lima, os problemas maiores são os pet shops. “Esses estabelecimentos abrem e fecham com muita facilidade, dificultando a fiscalização. Os supermercados comercializam uma pequena quantidade, mas os pet shops compram e vendem produtos o tempo todo e, na maioria das vezes, de forma irregular”. Para alguns comerciantes da cidade a fiscalização desenvolvida pelo IMA é eficaz. Essa é a opinião de Maxwel Monteiro, diretor geral de uma loja de ração e produtos veterinários localiza-

da na região central da cidade. “Praticamente todas as semanas, principalmente na época de vacinação contra febre aftosa, eles [os fiscais] estão aqui na loja. Conferem os vencimentos dos produtos veterinários, o estoque das vacinas e as receitas dos produtos veterinários. Ao ser perguntado se os clientes sabem do perigo de se comprar em estabelecimentos que não possuem médico veterinário responsável, Monteiro afirma que a maioria dos consumidores tem total consciência, pois grande parte chega à loja comentando que comprou. “Existem locais que indicam e vendem anabolizantes de animais para humanos. É um absurdo, pois essa prática pode deixar sequelas e até mesmo matar”, enfatiza. A orientação do fiscal Marcelo aos consumidores é de que, ao se depararem com estabelecimentos que comercializem esses produtos de forma irregular, avisem imediatamente ao IMA para que as devidas providências sejam tomadas; além, claro, de não adquirir nenhum produto veterinário no referido estabelecimento. Para mais informações, o consumidor pode se dirigir ao IMA, situado na Rua Dom Pedro II, nº 377, no Centro, ou ligar para 3271-1490. Os consumidores também podem formalizar suas denúncias pelo endereço www.ima. mg.gov.br/formdenuncia.

Alerta para as compras por compulsão PATRÍCIA BRASIL 5º PERÍODO DE JORNALISMO

Um dos setores que mais cresce na internet é o de sites de compras coletiva. A facilidade de pagamento e, principalmente, os descontos levam muitas pessoas a aproveitarem ao máximo as oportunidades de comprar um produto pela metade do preço ou mesmo com 90% de desconto. As ofertas vão desde pacotes em clínicas de estética, roteiros de viagem até comidas variadas. Débora Menezes Gomes, 18 anos, já perdeu as contas de quantos produtos comprou através dos sites de compra coletiva. A última aquisição foi um pen-drive por apenas R$ 8,00. Mas o que seria economia acabou em prejuízo. A estudante gastou mais de R$ 680,00 do cartão de crédito da mãe com sapatos, pacote de massagem redutora, escova progressiva, hidratação capilar, depilação a laser e um

fim de semana em um hotel fazenda por R$ 120,00, com direito a café da manhã, almoço e jantar. “É tão barato que eu nem vejo o que estou comprando. Às vezes, nem sei se vou usar, mas é quase de graça, aí eu acabo comprando. Outro dia comprei um sapato de R$ 200,00 por R$ 49,90. Ainda não usei, está lá no armário”. A mãe, Neuza Alves Menezes, 42 anos, cancelou o cartão assim que chegou a fatura. “Quando vi, só tinha empresas de compras coletiva. Quase caí pra trás. O pai dela ficou furioso, mas não falou nada. Como sempre, sobra pra mim que sou mãe”, conta. O site Compralia, inaugurado há oito meses, já cadastrou quase nove mil pessoas. O gerente, Edison Rodrigues, diz que o lucro está diretamente ligado às parcerias com empresas que disponibilizam uma quantidade grande de produtos. “Quanto mais promoções, melhor”, explica. O ge-

rente ressalta que o mercado tem momentos de aquecimento e desaceleração, mas que no balanço mensal o saldo é positivo. “O setor está crescendo muito. É um negócio rentável onde todos saem ganhando”.

Para o psicólogo Neudelon Soares Rocha Azevedo, atitudes como as de Débora podem desencadear problemas como a compulsão. Azevedo esclarece que se as compras em excesso for um caso isolado pode não significar uma patologia, mas de qualquer forma é preciso investigar o que levou Descontrole De acordo com especialistas, a com- a tal atitude. “As pessoas encontram pra em caráter compulsivo é antece- nas compras uma forma de aliviar a dida de um desejo incontrolável e, no ansiedade”, afirma. Para ele, não soato da compra, a pessoa vivencia um mente o preço, mas também as congrande sentimento de alívio, prazer, dições de pagamento são os maiores ou mesmo a sensação de poder e feli- atrativos dos sites de compra coleticidade. A esse sentimento seguem-se va. O especialista ressalta ainda que em geral a culpa e o remorso. Este caso o diagnóstico preciso é essencial para é mais frequente entre as mulheres e detectar a causa do excesso de comseu início tende a ocorrer na juventu- pras e proceder ao correto tratamende, por volta dos 18 anos, idade em que to. “É preciso observar os motivos da os pais costumam presentear os filhos aquisição; o que levou a pessoa a comcom a liberação de talões de cheque ou prar sem limites. Os pais ou responcartões de crédito. Maquiagem, joias, sáveis devem procurar ajuda médica roupas, bolsas, sapatos e perfumes são assim que perceberem que o limite foi ultrapassado”, orienta. os objetos mais comprados.


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EDUCAÇÃO

Inteligências Múltiplas: como aproveitar suas habilidades para aprender mais

Leandro Lass

Quem nunca quis ser mais inteligente? Dominar assuntos de diferentes áreas do conhecimento com a mesma facilidade? Será que isso é possível? Alguns estudiosos dizem que a genialidade realmente existe. Podemos encontrar pelo mundo afora pessoas que conseguem ser boas em praticamente tudo. Mas isso não é muito comum. Então, se você é uma pessoa “normal”, sem grandes talentos, saiba que isso pode ser potencializado através de uma educação bem planejada. É o que explica a Teoria das Inteligências Múltiplas, do psicólogo Howard Gardner, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Desenvolvida em 1975, a teoria prevê a existência de várias competências que podem ser atribuídas a diferentes perfis. Em seus estudos, Gardner concluiu que a inteligência não se resume a um bloco indivisível, mas pode ser considerada por meio de várias competências. Assim, ele colocou em cheque o famoso teste de Quociente de Inteligência, popularmente conhecido como QI, que avaliava a capacidade do sujeito de acordo com perguntas estritamente racionais. O pensamento é aperfeiçoado ao longo dos anos, porém os primeiros resultados classificam as habilidades em sete: linguística, lógico-matemática, motora, espacial, musical, interpessoal e intrapessoal. Relacionada à facilidade de aprendizado e domínio das palavras, através da expressão oral e escrita, a inteligência linguística é a mais comum entre as pessoas. Quem gosta de se aventurar pelo mundo dos números, geralmente desenvolve a habilidade lógico-matemática; já bons atores e bailarinos, têm a predominância da inteligência motora, intimamente ligada à expressão corporal. A espa-

mar

GEORGE GONÇALVES 5º PERÍODO DE JORNALISMO

cial se refere à facilidade de localização a partir de uma percepção visual apurada. Quem leva jeito para a música, seja para compor ou executar, desenvolve a inteligência musical. Com a inteligência interpessoal é possível ter um relacionamento equilibrado e sadio com o público em geral. Já através da inteligência intrapessoal, considerada pelos especialistas a mais rara, é possível ter autoconhecimento maduro. Cada sujeito desenvolve habilidades predominantes, basicamente, por dois motivos: a herança genética e cultural. Em uma família de violonistas, por exemplo, uma criança pode ter aptidão para a música sem mesmo ter contato com os estudos teóricos. É o caso de Álvaro Leite, de 39 anos. “Aprendi a tocar violão vendo meu irmão mais velho tocar. Nunca fiz aula para entender o instrumento. Com o tempo, aprendi a tocar contra-baixo também. Minha filha Auryane, de 16 anos, está no mesmo caminho. Sem ter ido sequer a uma aula, ela já toca violão, e muito bem por sinal”, conta sorridente.

Aplicação na educação

essas informações no parecer, o outro Quando o assunto é educação, to- professor pode saber qual o perfil da das as ferramentas de aprendizado criança e qual área deve ser trabalhada ao alcance do estudante e do profes- com mais atenção”, explica. A pedagoga Eliene Nery Santana sor devem ser exploradas. PrincipalEnes lembra que, através da Teoria mente se estiverem relacionadas a um melhor rendimento em sala. As das Inteligências Múltiplas, é possícompetências são desenvolvidas ain- vel desconstruir um paradigma que da na infância. Por isso, os professo- se arrastou por anos pelos corredores res devem observar atentamente o das escolas: o de que existem pessoas potencial de cada aluno e descobrir “burras”. Existem diferentes habilisuas potencialidades para usá-las a dades, que devem ser exploradas, tanto pelo aluno quanto pelo professor. favor dele futuramente. Com 17 anos de atuação na área da “Vejo muitos alunos com baixo rendiEducação Infantil, a pedagoga Marilene mento em uma matéria, mas que são Aparecida Santos, 48 anos, leciona hoje excelentes em outras. É justo dizer para 18 crianças, de 4 a 5 anos. No pro- que esses alunos não são inteligencesso ensino-aprendizagem, identifica tes?”, questiona. Ainda segundo Eliene, é preciso as aptidões de seus alunos e as destaca no parecer semestral que faz. “Ao per- que o estudante seja visto de forma ceber que a criança tem facilidade em global pelo professorado. “Por isso, determinado assunto, como línguas ou é importante o conselho de classe. É música, eu falo com os pais para inves- nesse momento que os professores tirem nessa área. A interação entre a vão avaliar o aluno como um todo. família e a escola, nesse sentido, é fun- Com essa percepção mais detalhada, damental. Até porque existe a possibi- podemos estudar diferentes formas de lidade de a criança mudar de escola e abordagem para um melhor aprendieu não poder acompanhá-la mais. Com zado”, finaliza.


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CULTURA

Biblioteca Cidade Futuro

Bernardo Baião

De iniciativa da Associação Cidade Futuro, o acervo conta com jornais, revistas, documentários e livros sobre a área cultural, educacional e até mesmo literatura estrangeira ALEKS ANDRADE 5º PERÍODO DE JORNALISMO

Para quem é apreciador de jornais e revistas, Luciana esclarece que a biblioteca recebeu do governo federal, Com o objetivo de servir como até o final do ano passado, 12 publibase de consulta e capacitação para cações sobre as temáticas da cultura, os gestores da área cultural, a Bi- política e educação. Assim, ao visitar blioteca Cidade Futuro, estruturada a biblioteca, o visitante pode apreciar há cerca de três anos pela Associa- mais de 120 exemplares de títulos dição Cidade Futuro, vem se tornando versos como o Jornal Rascunho, as rereferência. O acervo é formado por vistas Almanaque Brasil, Caros Amidiversas obras literárias brasileiras e gos, Cult, Le Monde Diplomatique estrangeiras e livros especializados Brasil, Piauí, e RollingStone. na área cultural, além de documentos históricos da cidade. Segundo a produtora cultural res- Aprovação do público Para a estudante Geiciane Novais ponsável pela gestão do espaço, Luciana Dal Col Alves, o acervo possui cerca Gomes, de 17 anos, a Biblioteca Cidade 500 obras, que são divididas entre de Futuro é um projeto de grande reas áreas de gestão cultural, economia levância. “Sou usuária há cerca de dez da cultura, gestão do patrimônio cul- meses, procuro ter acesso a todos os tural, história regional, políticas pú- tipos de obras. O legal é que, além de blicas, terceiro setor, comunicação e um acervo diversificado, a biblioteca clássicos da literatura brasileira. “Con- fica no Centro da cidade, em um lotamos também com documentários cal de fácil acesso”. Para Camila Paula audiovisuais. Como uma das linhas de Resende, de 18 anos, que também de atuação do Núcleo Cidade Futuro é estudante e assídua na biblioteca, a é a preservação da memória regional, proposta é interessante. “Trata-se de a biblioteca tem diversos exemplares um projeto muito bacana, pois a bide livros, monografias e documentos blioteca é aberta à comunidade sem que retratam a história da cidade e re- cobrança de tarifa. Há um ano visito o gião”, explica. Ainda de acordo com acervo e geralmente pego livros literáLuciana, os primeiros livros foram rios”, conta. Com relação ao espaço da bibliocomprados pelos próprios membros da Ong que, após a leitura, doavam os teca, Luciana afirma que ainda é peexemplares à biblioteca. Assim, pou- queno, mas o projeto tem plano de co a pouco, esse importante espaço de ampliação. “A biblioteca já foi patrocinada por dois projetos financialeitura foi se ampliando.

Os primeiros livros foram doados pelos membros da Ong; hoje, somam cerca de 500 obras

Trata-se de um projeto muito bacana, pois a biblioteca é aberta à comunidade sem cobrança de tarifa.

interessados devem comparecer à sede com documento de identidade, CPF e uma foto 3x4. Em cada empréstimo são liberados dois livros e o prazo de leitura é de sete dias, podendo ser renovado até três vezes por e-mail ou telefone. O horário de funcionamento é de 8h às 11h e de 14 às 18h. A biblioteca fica Interação com a comunidade Na expectativa de que a comuni- localizada na Rua Peçanha, nº 662, sala dade tenha conhecimento dos exem- 819, no oitavo andar da Galeria Wilson plares do acervo, periodicamente são Vaz, no Centro. A Biblioteca Cidade Fuencaminhados boletins informativos turo aceita doações de obras literárias e aos usuários e parceiros com peque- culturais. Para mais informações, os innos resumos de livros e novidades teressados podem entrar em contato pelo da biblioteca. Para se tornar um usu- telefone (33) 3271-8228 ou pelo e-mail ário da Biblioteca Cidade Futuro, os biblioteca.cidadefuturo@gmail.com. dos pelo Fundo Estadual de Cultura de Minas Gerais. Agora, já estamos buscando mais recursos para que o acervo seja ampliado. Nosso objetivo é que o projeto cresça e se torne um grande acervo cultural para a comunidade”, frisa.

Filatelia preserva culturas e desperta paixões Adriano Félix

ADRIANO FÉLIX 5º PERÍODO DE JORNALISMO

O aposentado Luciano Baleeiro coleciona selos desde 1970 e possui cerca de 25 mil peças

Cuidado, atenção, zelo e paciência. Essas são algumas características que definem um filatelista, pessoa que coleciona selos, carimbos, folhas comemorativas, entre outros. O aposentado Luciano Baleeiro, 59 anos, é um colecionador apaixonado. Em várias pastas guarda, com todo carinho, os mais de 25 mil selos que reúne desde a década de 1970. “Meu tio me deu de presente e eu continuei a coleção porque me encantei; colecionar selos se tornou um hobby para mim”, revela. Luciano guarda com orgulho uma réplica do exemplar conhecido como “olho de boi”, primeiro selo brasileiro, surgido em 1843. Ele alerta que para manusear o acervo é necessário o uso de luvas e uma pinça para evitar que o contato com a pele danifique as peças. A filatelia se tornou um hobby também para o pintor industrial Cleberton Batista Pacheco. Com 25 anos, ele conta que coleciona desde os 13,

quando percebeu que nas correspondências de Natal que seus pais recebiam de vários países, os selos contavam uma história do lugar de origem. “Eu tinha parentes na Austrália, Estados Unidos, Portugal, e todos os anos eles mandavam cartas. Eu comecei a prestar atenção nos selos e pedi para os meus tios mandarem mais para mim. Juntando com os do Brasil, eu passei a colecionar. Hoje, tenho mais ou menos 8 mil selos”, conta. Segundo Joelma Teodoro da Silva, gerente da Agência Central dos Correios de Governador Valadares, o órgão tomou a iniciativa de disponibilizar um guichê exclusivo para atender os colecionadores. “Um profissional foi especialmente treinado e vai ficar à disposição dos filatelistas. O objetivo desse atendimento especializado, além de incentivar novos colecionadores, é mostrar como este hobby pode trazer conhecimento para o colecionador”, esclarece. Em Governador Valadares, já existe nos Correios, o cadastro de 17 pessoas que colecionam selos.


CIRCULANDO

Maio/Junho de 2012

8

CURSO DE JORNALISMO

Trabalhos acadêmicos concorrem a prêmio A expectativa dos egressos, alunos e professores do curso de Jornalismo pelo resultado dos trabalhos selecionados para concorrer ao prêmio Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom Sudeste 2012) como melhores da região Sudeste é grande. Ao todo, o curso de Jornalismo da Univale inscreveu três produtos em três modalidades distintas. São eles: 3° Setor em Pauta: Jornalismo que transforma (jornal impresso avulso); Revista-Laboratório GIRÔ: olhares plurais para a comunicação (revista impressa avulsa); e Narrativas Vida: a arte da reportagem em TV (documentário em vídeo avulso). Caso os trabalhos alcancem o primeiro lugar, concorrerão na etapa nacional, realizada em setembro deste ano em Fortaleza (CE). A Expocom acontece durante o XVII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste entre os dias 28 e 30 de junho de 2012, na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Trata-se do maior evento de Comunicação do País, organizado pela Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

Vem a í !

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Experiência cultural

Participação em evento A coordenadora do curso de Jornalismo, Profª Nagel Medeiros (à direita), e a Profª Fernanda de Melo Felipe da Silva marcaram presença no 14° Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, realizado em abril, em Uberlândia (MG). Ambas apresentaram trabalhos científicos no evento que teve como tema “A formação superior como elemento constituinte e legitimador do campo do Jornalismo”.

Estudantes dos cursos de Jornalismo (à esquerda), Pedagogia, História e Serviço Social da Univale participaram, no dia 22 de abril, de uma visita à aldeia dos índios pataxós, localizada no município de Carmésia. O evento foi organizado pelo Serviço de Assistência Social do Comércio (SESC) em comemoração ao Dia do Índio. Além de trocas culturais, teve como objetivo unir forças para agilizar a legalização da terra da aldeia.

Aleks Andrade

Jairo Tabord

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