BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Segundo estimativa do próprio governo, a economia brasileira em 2016 deverá apresentar
Essas ações mostram-se essenciais para que o setor industrial desenvolva todo seu potencial.
outra retração, em torno de 3,1%. No primeiro
Nos últimos meses, diante das mudanças
trimestre deste ano, comparado a igual período do
ocorridas no cenário político e seus efeitos sobre as
ano anterior, a retração foi de 5,4%. O setor que tem
expectativas em torno da politica econômica, os
apresentado o pior desempenho é a indústria,
dados captados pela Sondagem Industrial apontaram
afetando
melhora no Índice de Confiança do Setor Industrial
negativamente
o
desempenho
da
economia.
(ICEI), tanto em nível nacional como regional.
Tendo em vista sua grande capacidade de
A Sondagem Industrial (SI) e o Índice de
gerar valor adicionado e de movimentar ampla
Confiança (ICEI) são elaborados e divulgados pela
cadeia produtiva, com efeitos de trasbordamento aos
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela
demais setores, a retomada da atividade econômica
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
e de um novo modelo de crescimento deve passar
(FIESP)
pela recuperação da produção industrial.
Metodista, por meio do Observatório Econômico,
no
estado
paulista.
A
Universidade
Esse fato se torna mais evidente em uma
desde o segundo semestre de 2015, vem realizando
região como o Grande ABC, que se formou envolta à
a análise conjuntural da indústria do Grande ABC,
expansão da indústria no Brasil. Mesmo após o
em parceria com a CNI e FIESP.
processo de reestruturação produtiva ocorrida entre
O indicador para cada item questionado é
as décadas de 1990 e 2000, a indústria ainda
formado a partir da ponderação pelas respectivas
permanece como a principal geradora de massa de
frequências relativas das respostas, que apresentam
salários na região e impulsionadora de significativa
escores iguais a 0, 25, 50, 75 e 100.
cadeia produtiva local.
Ao realizarmos a análise dos resultados da
Entre outros fatores, a crise fiscal por qual passam os municípios da região, dentro do atual
pesquisa, temos que considerar a seguinte regra, considerando o escore X:
sistema tributário e de repartição da arrecadação, tem sido provocada pela a perda de participação na distribuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de
50 ≤ X < 100
- avaliação otimista - estoque acima do planejado - UCI acima do usual
X = 50
- indiferente - estoque dentro do planejado - UCI dentro do usual
0 ≤ X < 50
- avaliação pessimista - estoque abaixo do planejado - UCI abaixo do usual
Mercadorias e Serviços). Fato este que está diretamente atrelado à produção da indústria local, frente ao desempenho apresentado pelo setor em outros municípios do Estado. Nesse
sentido,
além
de
uma
política
industrial estruturada e de longo prazo por parte do governo federal, é fundamental para a região do Grande ABC a adoção de políticas locais, amarradas às ações das esferas estadual e federal.
1
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Produção Industrial em queda no primeiro semestre O primeiro semestre de 2016 apresentou a
Esse comportamento da produção industrial,
maior retração no volume de produção desde o ano
tanto em nível nacional como estadual, reflete para
de 2009. Comparado a igual período do ano
além das questões conjunturais, a falta de uma
passado, a produção física industrial brasileira e
política
paulista
competitividade e ao adensamento produtivo.
experimentaram
aproximadamente
10%
ao
retração longo
do
de primeiro
semestre deste ano. Comparando
eficaz
Nesse
voltada
sentido,
à
ampliação
além
das
da
questões
relacionadas ao financiamento, carga tributária, taxa com
as
retrações
de câmbio, parece essencial a reflexão e ações
apresentadas nos primeiros semestres de 2014 e
voltadas à formação de regiões e setores produtivos
2015, observa-se uma ampliação da redução da
de excelência, com metas de longo prazo.
produção no ano 2016.
Produção física industrial 2011 = 100 120 100 80 60 40 20 0 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2 sem 1 sem 2008 2008 2009 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 2-14 2014 2015 2015 2016
Brasil
São Paulo
Fonte: Pesquisa Industrial Mensal /IBGE
Sondagem Industrial – Região do Grande ABC No
Grande
que
No segundo trimestre do ano o volume de
participaram da pesquisa estão concentradas nos
produção apresentou retração nos meses de abril e
segmentos
metalurgia,
maio, com recuperação em junho. Essa trajetória
produtos de metal e borracha. A maioria dessas
contraria a expectativa de retomada da atividade
empresas são de grande e médio porte.
produtiva,
veículos
ABC,
as
empresas
automotores,
tendo
em
vista
a
questão
da
sazonalidade, na qual o segundo e o terceiro
2
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP trimestres do ano são períodos de aquecimento da
anterior, o desempenho da produção revela-se
atividade econômica.
relativamente estável em nível nacional.
Comportamento semelhante também foi
De forma geral, como pode ser visualizado
observado no índice de evolução da produção junto
nos gráficos a seguir, os empresários do setor
às indústrias pesquisadas no Brasil, assim como no
industrial têm se mostrado pessimistas com relação
estado de São Paulo. Comparativamente ao ano
à evolução da produção.
Evolução da produção - Brasil
Índice de difusão (0 a 100)
Retração
Recuperação
70
50,8
50 48,2
48,2
47,2
45,4 42,7 38,3
42,7 42,7
42,7 42,0
40,3
40,1
45,5
44,6 40,9
42,2
42,4
fev-16
abr-16
46,6
39,7 35,5
30 out-14
dez-14
fev-15
abr-15
jun-15
ago-15
out-15
dez-15
SÃO PAULO Índice de difusão (0 a 100)
jun-16
GABC Índice de difusão (0 a 100)
80
80
50
50
53,4
40,7
20
44,8
39,8 42,2
40,2
45,9 43,0 45,1 46,9
30,2
set- out- nov- dez- jan- fev- mar- abr- mai- jun15 15 15 15 16 16 16 16 16 16
45,2
45,1
41,4 34,3
20
34,2
46,4 39,3
35,5
22,7
set- out- nov- dez- jan- fev- mar- abr- mai- jun15 15 15 15 16 16 16 16 16 16
3
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Este é o sexto ano seguido em que o grau
Ao compararmos com o primeiro semestre
de utilização da capacidade instalada na indústria
de 2014, a utilização da capacidade instalada
diminui no primeiro semestre. Tendo em vista o
diminuiu mais de 7 pontos percentuais.
desempenho negativo da produção, a utilização da
Tendo em vista o baixo grau de utilização
capacidade instalada mostrou-se estável no último
da
capacidade
instalada,
essa
se
refletirá
trimestre, em torno de 64%.
negativamente no fluxo de investimentos do setor.
Utilização de capacidade instalada Brasil (em %) 80
75
75
74
75
73
70
67 64
65 60
62
55 50
jan-11
jul-11
jan-12
jul-12
jan-13
jul-13
jan-14
jul-14
jan-15
jul-15
jan-16
Nas regiões Sudestes e no estado de São
Na região do GABC, o uso da capacidade
Paulo, o grau de utilização da capacidade instalada
instalada apresentou leve queda no mês de junho,
se mostra próximo àquele apresentado no plano
situando-se em 55%, dois pontos percentuais
nacional.
abaixo dos meses anteriores.
Utilização da Capacidade Instalada junho/2016 (em %)
Diante do ambiente de baixa na produção no setor, a manutenção de uma elevada capacidade ociosa impõe desafios para a gestão de custos, tendo em vista que parte do capital investido pela
ABC
55
empresa está operando abaixo do seu potencial, ao mesmo tempo em que gera custos para sua
São Paulo
65
manutenção. Nesse
cenário,
o
índice
referente
à
evolução do número de empregados na indústria Sudeste
63
levantado pela Sondagem Industrial mostra-se mais pessimista na região do GABC, comparativamente ao estado de São Paulo e ao Brasil.
4
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Comparativamente ao 1º semestre do ano passado, neste ano o ajuste realizado pelo setor
No
ABC
esse
movimento
se
mostrou bastante intenso entre abril e junho.
industrial tem levado à redução dos estoques, tanto efetivos como em relação ao estoque planejado.
Grande
A redução dos estoques não demostra neste momento um sinal de aquecimento nas
Se de um lado a redução dos estoques
vendas,
mas
sim
um
redimensionamento
da
possibilita a geração de caixa para empresa, do
atividade produtiva, tendo em vista a retração
outro reflete baixa expectativa com relação à
econômica, as expectativas e as incertezas em
melhoria das vendas em curto prazo.
relação à trajetória da economia e da atividade produtiva.
Evolução dos estoques efetivos e sua comparação com o planejado - Brasil
Elevação
55 54
53,0
53 52
51,4
51
51,5 50,6
50,1
Redução
50 48
50,7
50,2 50,0
51,7
49,8
49
52,0 51,4
51,4
50,0
50,0
51,0
50,0 52,1
50,8
49,8 49,3
49,7 48,9 48,4 48,2
48,7
48,248,4
47
49,8 50,3
48,9 47,8
47,5
46
46,6
45 dez-13
mar-14
jun-14
set-14
dez-14
mar-15
Evolução Estoque
jun-15
set-15
dez-15
mar-16
GABC
SÃO PAULO 70 55
54,1
50
60
51,1
50,6
49,8
53,1 52,2
50,2 47,9
48,1
49,4 48,9
jun-16
Efetivo - Planejado
49,9 50,3
67,2 54,6
53,5
54,6
53,0
50 53,1 48,1 48,3
50,7
40
48,7
55,6 45,7
42,0
43,1 36,9
45 set-15
nov-15
jan-16
mar-16 mai-16
30 set-15
nov-15
jan-16
32,8
mar-16 mai-16
5
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Pelo décimo sétimo mês consecutivo a sondagem industrial registra queda na intenção de
do PIB, bastante inferior a meta de 25% do PIB anunciada quando do lançamento do PAC.
investimentos para os próximos seis meses no
Na região do Grande ABC, apesar da
Brasil. Comportamento provocado pela queda da
melhoria do indicador referente ao mês de julho, o
atividade produtiva, aumento da capacidade ociosa
empresário industrial tem apresentado tendência à
e incerteza com relação a trajetória da economia a
redução na intenção de investimentos, em alguns
médio e longo prazo.
momentos de forma mais intensa que no âmbito
Ao longo deste período os industriais da
estadual e nacional.
região Sudeste e do estado de São Paulo tem apresentado
desempenho
semelhante
ao
observado no plano nacional.
A retomada do fluxo de investimento no setor está intimamente ligada à retomada da atividade produtiva e à melhoria do horizonte de
Junto a queda dos investimentos públicos,
médio prazo. Neste sentido, parece que a definição
em
orçamentários
do quadro político, bem como da trajetória da
enfrentados em todas as esferas de governo, esse
política econômica, tem um papel chave. De forma
comportamento da indústria tem contribuído para a
mais específica, mas não desassociada, a adoção
redução do nível de investimento na economia
de políticas industriais que deem suporte ao
brasileira nos últimos anos. No quarto trimestre de
desenvolvimento do setor é essencial.
tendo
vista
os
problemas
2015 o nível de investimento ficou em cerca de 17%
Intenção de Investimento pela Indústria 70
Elevação
65 60 55
55 52,4 52,0 49,3
Redução
50
46,5
41,3
39,2
42,4
39,8
41,2 41,4
39,0
48,6
44,9
45
39,5
40,7
40 35
34,4
30
dez-14
fev-15
abr-15
jun-15 Brasil
ago-15 Sudeste
out-15
dez-15
São Paulo
35,3 fev-16
32,5 abr-16
jun-16
ABC
6
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Um dado positivo apurado nos últimos
atividade produtiva e a demonstração de maior
meses pela sondagem industrial, em especial no
confiança por parte dos empresários.
segundo trimestre do ano, tem sido a melhoria das
Ainda que avaliadas de forma mais otimista
expetativas dos empresários do setor para os
pelos empresários, as expectativas com relação à
próximos seis meses. Tanto a nível nacional como
evolução das exportações se mostraram estáveis.
regional, os empresários tem se mostrado mais
Ao
avaliar
o
comportamento
dos
otimistas com relação à evolução da demanda, e
empresários do GABC, os resultados mostraram-se
consequentemente com a necessidade de compra
semelhantes aos observados nos cenários estadual
de matérias-primas.
ou nacional.
Com relação à contratação de funcionários,
As
perspectivas
para
a
evolução
da
as expectativas têm se mostrado menos otimistas,
demanda, do número de empregos e o volume de
embora também tenham melhorado nos últimos
compras de matéria-prima na indústria do GABC,
meses. Isso porque, a ampliação do volume de
apontaram menor pessimismo dos empresários no
contratações só ocorre após a retomada da
segundo trimestre do ano.
Região do GABC Perspectivas do Setor Industrial Evolução do número de empregados Positivo
Evolução de Demanda
50 44,9
37,2 38,1 25,8
44
41,1
38,6
46,5
43,8
37,8
37
44,5
41,8
39
35,7
25
42,9
40,6
47,5
37,1
39,8
nov/15
jan/16
Negativo
50
25 jan/16
mar/16
mai/16
set/15
Evolução das compras de mátéria prima
mar/16
Evolução da quantidade exportada 63,7
60,7
60,2
54,8 49,4
50
41,7
39,7
53,6
55,9 48,5
48
40
37,4
62
60,7
56,9 50
45,8
42,9
mai/16
Positivo
nov/15
Negativo
set/15
45
35,9 25
25 set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
7
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP De toda forma, as expectativas com relação ao mercado externo, via melhoria das exportações se
margem de lucro e à condições financeira da empresa, tanto a nível nacional quanto estadual.
mostraram maiores, em média, que as expectativas
Diferentemente, na mesma comparação os
com relação à melhora da demanda interna por
empresários do ABC declararam que a margem de
parte dos empresários industriais.
lucro, a condição financeira e o acesso ao crédito
Com
relação
à
condição
financeira
das
empresas do setor, a sondagem industrial aponta a
pioraram. Em especial no que se refere aos dois primeiros.
permanência das condições desfavoráveis no que
Especificamente o acesso ao crédito, tendo em
tange à margem de lucro, à situação financeira e ao
vista a contração da política monetária, com
acesso ao crédito.
redução da disponibilidade de crédito, inclusive do
Comparativamente ao primeiro trimestre do ano
BNDES, e aumento da taxa de juros, foi afetado de
do ano, o mês de junho apresentou melhoras na
forma direta pela austeridade da atual política
avaliação dos gestores das empresas com relação à
monetária.
Condição Financeira das Empresas - junho 2016 Brasil
Sudeste
São Paulo
ABC
50
30
10 Margem de lucro operacional
Situação Financeira
Acesso ao crédito
A avaliação das condições financeiras das
da atividade econômica com reflexos positivos
indústrias da região do GABC pelos seus gestores,
sobre a produção e vendas. Como citado no Boletim
neste primeiro semestre de 2016, mostrou-se
IndustriABC anterior, um dos desafios a ser
menos favorável, comparado aos resultados obtidos
enfrentado
em nível nacional e estadual.
consolidação das bases macroeconômicas que
Em
grande
parte,
este
se
deve
ao
adensamento industrial ainda presente no Grande
pelos
próximos
governos
é
a
estimulem a retomada da atividade econômica do país.
ABC e à forte conexão existente entre as mesmas, comparativamente à média nacional e estadual. As perspectivas de melhora da condição financeira das empresas estão atreladas a melhoria
8
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Principais problemas enfrentados pelas empresas - julho 2016
Os principais problemas apontados pelas empresas da região do GABC que afetaram suas operações no primeiro semestre de 2016 foram a
73,70%
Demanda interna insuficiente
56,90% 37,2% 47,40%
Falta de capital de giro
Elevada carga tributária
Taxas de juros elevadas
Falta ou alto custo da matéria prima
Demanda externa insuficiente
Inadimplência dos clientes
Taxa de câmbio
24,90% 22,8%
falta de demanda interna e a falta de capital de giro, seguidos da elevada carga tributária, elevada taxa de juros e da falta ou alto custo da matéria-prima. Em nível nacional e estadual, os principais problemas apontados foram a falta de demanda
26,30% 45,50% 45,7% 26,30% 20,20% 26,2%
interna e a elevada carga tributária. A falta de demanda interna tem afetado o setor industrial neste cenário de retração da atividade produtiva interna, puxado pela queda nos investimentos, bem como pelo fluxo de consumo do governo e das famílias.
26,30% 19,00% 23,4%
Comparativamente ao trimestre anterior, houve ampliação da citação da falta de demanda
21,10% 9,50% 9,6%
externa. Mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos 12 meses, as flutuações apresentadas
15,80% 24,10% 25,9%
nos
negativamente
últimos
as
períodos
decisões
dos
afetam agentes
econômicos e inibem as operações externas.
10,50% 20,20% 13,7%
No
atual
momento
de
retração
do
faturamento do setor, outro fator que vem afetando negativamente o resultado financeiro é a elevação
Falta de financiamento de longo prazo
Competição com importados
10,50% 10,30% 8,7% 10,50% 9,90% 5,3%
Falta ou alto custo de energia
5,30% 9,90% 16,8%
Competição desleal
5,30% 15,00% 14,6%
Outros
dos preços aos produtores. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA/FGV) acumulada em 12 meses registrou 14,54% de inflação em junho, bastante ABC
acima da inflação ao consumidor registrada pelo IPCA, que acumulou 8,84% na mesma comparação.
São Paulo Brasil
Questões como inadimplência dos clientes, falta de financiamento de longo prazo, também são apontados como alguns dos gargalos presentes no setor industrial, conforme avaliação dos próprios gestores das empresas.
21,20% 24,10% 34,4%
9
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Indicadores de Confiança da Indústria Assim como nos períodos anteriores, os
Ainda que de forma menos expressiva,
gestores da região do Grande ABC apresenta um
também houve melhora com relação à avaliação
Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI)
das condições atuais da economia e da empresa.
menor que o declarado em nível estadual e nacional.
Essa alteração, ocorrida principalmente no último trimestre, foi influenciada nitidamente pelas
No primeiro semestre deste ano o ICEI geral
mudanças no cenário político brasileiro, e suas
apresentou sensível melhora no Brasil, bem como
repercussões sobre a política econômica e sobre as
no estado de São Paulo. Os fatores que mais
expectativas em torno das mesmas.
influenciaram esta trajetória foram as melhorias na expectativa para os próximos seis meses.
Indicador de Confiança da Indústria – abr./2016 Brasil 47,3 37,4 52,3 33,5 39,5 47,3 54,8
ICEI Indicador de Condições Indicador de Expectativas Condições da Economia Condições da Empresa Expectativas da Economia Brasileira Expectativas da Empresa No Grande ABC, os empresários também
Sudeste 45,0 35,5 49,8 31,9 37,5 44,8 52,2
Neste
São Paulo 45,9 38,0 49,9 34,9 39,7 46,4 51,5
quesito,
uma
GABC 39,3 24,6 47,9 18,6 27,6 39,6 52,1
das
questões
apresentaram uma pequena melhora no índice de
fundamentais refere-se às medidas que serão
confiança no último trimestre, puxado pela melhora
adotadas para o reestabelecer o equilíbrio fiscal.
nas expectativas para os próximos seis meses.
Tanto para melhoria da capacidade de execução de
Entretanto, a confiança nas condições
política
atuais
praticamente não se alterou. No segundo semestre do ano, a definição
pública,
quanto
para
melhoria
da
capacidade de realização de investimento público, que gera efeitos positivos ao investimento privado.
do quadro político brasileiro tenderá a reduzir as
A retomada da trajetória de crescimento
incertezas que afetam a avaliação dos gestores
passa pela recuperação da atividade industrial,
industriais, em especial, quanto à determinação do
dada a capacidade de geração de valor adicionado
perfil da política econômica.
pelo setor e seu efeito multiplicador, ao movimentar uma extensa cadeia de produção.
10
BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP ANEXO
Evolução nº Empregados - Brasil
Índice de difusão (0 a 100) 70
50
47,1 46,4
46,4
44,2 44,4 44,7
44,4 44,4
43,6 40,7
41,2 41,4 42,2 42,0 41,5 41,4
42,8 43,1 43,3 43,7
44,6
30 out-14
dez-14
fev-15
abr-15
jun-15
ago-15
out-15
dez-15
fev-16
abr-16
jun-16
Evolução nº Empregados SUDESTE
SÃO PAULO
Índice de difusão (0 a 100)
ABC
70
70
70
50
50
50 40,8 41,3 41,7 41,0 40,3 41,7 41,6 39,5
42,8 43,4
40,3 41,3 41,4 39,9 40,9 41,2 41,3
set-15
nov-15
jan-16
set-15
mar-16 mai-16
36,4
39,7 37,9
30
30
30
45,7
42,6
43,8 43,3 43,7
nov-15
jan-16
set-15
mar-16 mai-16
nov-15
38,0
34,5
jan-16
36,8
36,5
39,3
mar-16 mai-16
BRASIL Perspectivas do Setor Industrial
Evolução de Demanda
Evolução do número de empregados
60
60
52,9
51 50
50
46,3
45,8 44,2
44,8
46,9
45,3 42,2 41,8
43,5 41,8 nov/15
40 jul/15
45,6
47,7 47,8
set/15
43 43,4 41,3 42,1
40,5 40,5 40,3
46,3
43,6
40 jan/16
mar/16
mai/16
jul/15
Evolução das compras de mátéria prima
set/15
nov/15
jan/16
mar/16
mai/16
Evolução da quantidade exportada
60
60 52,4 53,5 52,6 52,1
52,5 50,8
50 48,5
43,6 43,6 41,4
44
45,2
40,5
46,7
jul/15
set/15
50,2
50,6 50,1
52,5 50,7
51,8
50
45,7
42,8 42,8
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BOLETIM
Ano I - Agosto/2016
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Universidade Metodista de São Paulo Escola de Gestão e Direito Curso de Ciências Econômicas Observatório Econômico
Reitor Dr. Fabio Botelho Josgrilberg
Diretor da Escola de Gestão e Direito Dr. Fúlvio Cristofoli
Coord. do Curso de Ciências Econômicas Ma. Silvia Cristina da Silva Okabayashi
Coordenador de Estudos Me. Sandro Renato Maskio
Professor Pesquisador Me. Moisés Pais dos Santos
Funcionária Bruna Romualdo Teixeira
URL:http://www.metodista.br/observatorio-economico
A serviço do desenvolvimento do Grande ABC. Patrocine esta iniciativa! E-mail: observatorio.economico@metodista.br Tel: 4366-503
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