BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Desde o segundo trimestre de 2014 a
Comparando o Índice de Confiança dos
indústria tem apresentado resultados trimestrais
Empresários da Indústria (ICEI) de julho deste ano
negativos segundo apuração do PIB do setor, tanto
com
no plano nacional como no estado paulista.
significativo aumento. Entretanto, se compararmos o
Esta trajetória levou a reduções significativas
o
mesmo
período
ICEI de julho com
de
2016,
observa-se
o de março deste ano,
no valor adicionado trimestral gerado pelo setor
constataremos uma queda no grau de confiança dos
industrial no período, com reflexos negativos aos
industriais.
demais setores. Segundo dados do IBGE, na
A Sondagem Industrial (SI) e o Índice de
comparação entre os anos de 2016 e 2013 a
Confiança (ICEI) são elaborados e divulgados pela
redução foi de mais de 12%.
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela
Em um cenário de retração, ainda que em desaceleração,
o
número
de
desempregados
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
no
estado
paulista.
A
Universidade
continua aumentando, somando cerca de 13,8
Metodista, por meio do Observatório Econômico,
milhões de desocupados no trimestre encerrado em
vem realizando a análise conjuntural da indústria do
maio deste ano segundo a PNAD contínua do IBGE.
Grande ABC, em parceria com a CNI e FIESP.
Na região do Grande ABC a taxa de
O indicador para cada item questionado é
desemprego apurada para o trimestre março/maio
formado a partir da ponderação pelas respectivas
pelo SEADE foi de 16,4% da PEA, um pouco inferior
frequências relativas das respostas, que apresentam
aos 17,1% apurados em igual período de 2016. Em
escores iguais a 0, 25, 50, 75 e 100.
um universo com mais de 220 mil pessoas
Ao realizarmos a análise dos resultados da
desempregadas, somente o setor industrial perdeu
pesquisa, temos que considerar a seguinte regra,
mais de 67 mil empregos formais desde 2012 na
considerando o escore X:
região segundo dados do Ministério do Trabalho. O ano de 2017 começou com expectativas mais
positivas
e
alguns
poucos
indicadores
50 ≤ X < 100
- avaliação otimista - estoque acima do planejado - UCI acima do usual
X = 50
- indiferente - estoque dentro do planejado - UCI dentro do usual
0 ≤ X < 50
- avaliação pessimista - estoque abaixo do planejado - UCI abaixo do usual
sinalizavam esta melhora, como a redução a perda de empregos, diminuição do ritmo de queda da atividade
produtiva,
melhora
exportações, entre outros.
do
cenário
às
Entretanto, nos últimos
meses as expectativas arrefeceram diante das turbulências políticas e as incertezas quanto a capacidade do governo realizar algumas reformas prometidas e manter os pilares postos para a promoção de uma política econômica de ajuste.
1
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Produção Industrial sob compasso de espera O ciclo de recessão do PIB industrial
De
acordo
do
dados
IBGE
da
(PIM),
Produção
brasileiro acumula 12 trimestres, tendo iniciado no
Industrial
primeiro trimestre de 2014. Ainda que se observe
desempenho melhor que nos anos anteriores, no
uma desaceleração do ritmo de redução da
acumulado do primeiro trimestre deste ano a
atividade econômica do setor, que encolheu 1,1%
produção industrial aumentou 0,98% no Brasil e
no primeiro trimestre desse ano, isso não trás
0,46% em São Paulo. Entretanto, com as incertezas
garantias de que caminharemos para uma trajetória
do cenário político econômico, no acumulado dos
de recuperação nos próximos trimestres.
primeiros cindo meses as varrições foram de 0,54%
A indústria paulista apresenta um ciclo
Mensal
com
com
um
e -0,63%.
idêntico, mas com uma intensidade maior, haja vista o peso do setor na cadeia de produção do estado.
Taxa de Variação Trimetral do PIB Industrial 15 10
%
5 0 -5 -10 -15
1T2T3T4T1T2T3T4T1T2T3T4T1T2T3T4T1T2T3T4T1T2T3T4T1T2T3T4T 2011
2012
2013
Industria Paulista
2014
2015
2016
2017
Industria Brasileira
Fonte: Contas Nacionais Trimestrais /IBGE
Sondagem Industrial – Região do Grande ABC Diferentemente dos últimos dois anos, a
do ano uma trajetória mais positiva para a produção
Sondagem Industrial apontou no primeiro semestre
industrial, tanto no nível nacional como regional. O
2
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP aumento da frequência de meses com resultados
É importante ponderar, contudo, que a
que apontam a ocorrência de aumento na produção
Pesquisa Mensal de Produção Industrial do IBGE,
na comparação com os meses imediatamente
após registrar um aumento de produção no primeiro
anterior
da
trimestre deste ano na indústria paulista, quando
demanda, redução dos estoques das empresas, e
comparado a igual período de 2016, voltou a
também pela baixa base de comparação em virtude
apontar
da trajetória de queda da produção.
concretizando um resultado negativo nos primeiros
são
influenciadas
pelo
aumento
As indústrias do Grande ABC apontaram
redução
nos
meses
abril
e
maio,
cinco meses do ano.
aumento de produção em quatro dos seis primeiros
Esta oscilação na trajetória da produção se
meses deste ano, cujo reflexo pode ser observado
deu em função das turbulências e incertezas político
também na melhora dos volumes de exportação e
econômicas dos meses recentes. O desenrolar dos
da Balança Comercial da região, como também na
problemas políticos no qual está envolvido o atual
redução do volume de perdas de emprego no setor,
governo da república, bem como a realização das
que ainda continua negativo, e na redução da
medidas
ociosidade da capacidade produtiva industrial.
macroeconômicos, terão forte influência na trajetória
para
ajuste
dos
fundamentos
41,6 62,9
56,9 51,4 64,4
53,4
54,3
55,6
50,0
50
47,7
48,2 42,7 42,0 44,6 40,9 35,5 39,7 42,2 47,2 42,4 45,5 46,6 46,6
42,7 42,7 40,3
48,2 38,3 42,7 40,1
45,8 45,8 46,7 40,7 44,2 44,4 ABC
80
80
jun-17
abr-17
fev-17
Índice de difusão (0 a 100)
Índice de difusão (0 a 100)
dez-16
SÃO PAULO
out-16
ago-16
jun-16
abr-16
fev-16
dez-15
out-15
ago-15
jun-15
fev-15
out-14
abr-15
45,4
50
30
45,2
49,0
45,1 39,3 35,5 46,4 43,5 40,2 36,6 46,1 48,9 31,1
34,2
47,7
42,4
46,9 43,9 45,5 34,7 45,7 44,4
45,2 41,4 34,3
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
jul-16
mai-16
mar-16
jan-16
20
nov-15
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
jul-16
mai-16
mar-16
jan-16
nov-15
set-15
40,7 44,8 40,2 30,2 39,8 42,2 45,9 43,0 45,1 46,9 46,8
50
set-15
20
53,8
50,8
50,8
54,8
Evolução da Produção - Brasil
70
dez-14
Retração Recuperação
do setor industrial.
3
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Os primeiros meses do ano apresentaram
A considerar os movimentos sazonais,
uma pequena melhora no grau de utilização da
espera-se que haja uma pequena elevação na
capacidade instalada na indústria brasileira, embora
utilização da capacidade instalada na indústria no
tenha
na
segundo semestre do ano, em especial até o mês
Nos
de outubro, quando se costuma a registrar os picos
últimos 15 meses observa-se certa estabilidade no
de sazonais. Atualmente, a indústria nacional opera
grau de utilização da capacidade instalada na
com aproximadamente 35% de capacidade ociosa,
indústria em um patamar significativamente inferior
o que também indica o potencial de retomada do
ao período entre 2011 e 2014, denotando a baixa na
setor em um prazo mais curto, sem a necessidade
atividade produtiva.
de realizar significativos investimentos.
permanecido
praticamente
estável
comparação entre junho de 2017 e 2016.
Utilização de Capacidade Instalada Brasil (em %) 80
75
75
75
74
73
70
67
64 66
65 60
65
63
62
55 50 jan-11
jul-11 jan-12
jul-12 jan-13
jul-13 jan-14
jul-14 jan-15
jul-15 jan-16
jul-16 jan-17
Nas regiões Sudeste e no estado de São Paulo, o grau de utilização da capacidade instalada
Utilização da Capacidade Instalada junho / 2017 (%)
se mostra próximo ao apresentado no plano nacional, registrando uma pequena melhora nos
63
ABC
últimos meses. A região do Grande ABC, embora registre
67
São Paulo
maior capacidade ociosa, nos últimos 12 meses aumentou o grau de utilização da capacidade instalada
em
aproximadamente
8
65
Brasil
pontos
percentuais. Com isso, a região trabalha hoje com
06/2017
06/2016
uma ociosidade de aproximadamente 37%, bastante melhor que os 45% do terceiro trimestre de 2016. .
4
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP A avaliação dos gestores industriais quanto à evolução do número de empregados, mantém-se
especial pelo descompasso entre a elevação da produção e das vendas.
pessimista, ainda que em menor intensidade,
A
maior
frequência
de
elevação
dos
acompanhando a redução na perda de empregos do
estoques efetivos acima do planejado, junto com a
setor apresentados pelo Ministério do Trabalho para
elevação dos estoques, reflete a efetivação de
a região.
vendas abaixo das expectativas que fomentaram a
Nos
primeiros
diferentemente apresentou
dos
meses
períodos
tendência
de
deste mais
elevação,
ano,
elevação da produção e estoque em curto prazo.
recentes, dado
em
Fato que demostra que, por ora, não há elementos sólidos para confirmarmos a existência de um ciclo de retomada da atividade da indústria.
Evolução dos Estoques Efetivos e sua comparação com o Planejado Brasil
55
53,0
53 51,5 51,4
52 51
50,0 50,0
50,0 52,1
48,4 48,2 47,5
50,9 50,8 50,6 50,3 50,7 49,8 49,3 48,6 49,9 50,1 50,4 50,9 49,8 49,7 49,7 49,4 49,0 49,1 48,9 49,0 48,9 48,9 48,7 48,4 48,2 48,0 47,8
46
46,6
46,5
45 dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 dez-15 mar-16 jun-16 set-16 dez-16 mar-17 jun-17 Evolução Estoque
Efetivo - Planejado
ABC
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
38,0 43,2 43,8 41,1 45,1 46,1 48,2 48,2 49,3 48,9 44,6
56,6 56,1 53,6
42,0 42,5 42,8 50,0 41,1 53,5 50 55,3
54,6 jan-16
nov-15
set-15
mai-17
30
36,9 mai-16 43,1
40
mar-16
49,0 49,0 50,1 49,7 50,1
45
50,7 48,7 45,7 55,6
55
35
mar-17
46,8
54,6
60 50
jan-17 47,2
nov-16
jul-16
set-16
mar-16
65
53,5 53,1
49,9 50,3 49 48,5 48,1 50,9 48 47,7 49,3 49,7 50,8 50,4 51,8
54,1 51,1
50,2 48,1 49,4 48,9 48,1 48,3 48,2 48,1 48,0 48,9
jan-16
45
nov-15
47,9
53,1 52,2 50,6
50
49,8
70 55
jul-16
75
53,0
67,2
SÃO PAULO
set-15
Redução
52,0 51,4 51,0 50,8 50,7 49,8 50,3
50,2
51,7
49,8
49 47
50,6
50,1
50 48
51,4
mai-16
Elevação
54
5
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP A trajetória de queda da intenção de investimentos
para
os
próximos
seis
meses
continua em queda na indústria brasileira há 30
passada, tem repercutido negativamente sobre a atividade econômica de diversos setores, incluindo a indústria, e a geração de emprego e renda.
meses, refletindo não só a redução da atividade produtiva, mas também a
A região do Grande ABC, onde a indústria
capacidade ociosa
revela-se importante indutor dos demais setores da
existente e a baixa expectativa com relação à
economia, tem apesentado um cenário desfavorável
trajetória da economia.
ao setor industrial desde a crise cambial da
A queda na intenção de investimento
Argentina,
que
afetou
negativamente
as
também tem sido observada junto às indústrias da
exportações na região, em especial do setor
região Sudeste, do estado de São Paulo e do
automobilístico.
Grande ABC.
econômico nacional dos últimos anos, a intenção de
A redução apresentada no volume de investimento (Formação Bruta de Capital Fixo) nos
investimentos
Também afetado pelo cenário
das
indústrias
locais
percorrem
igualmente uma trajetória negativa.
últimos trimestres no Brasil tem sido influenciada
A melhora deste indicador poderá ser
não só pela política contracionista de combate à
encarada como um sinal mais efetivo de retomada
inflação, com taxas de juros reais elevadas, e de
da atividade do setor, pois refletirá tanto a expansão
ajuste
dos
da atividade produtiva como da confiança dos
investimentos públicos e das estatais, importante
industriais, o que, ao que tudo indica, não deverá
componente a puxar o volume de investimento e o
ocorrer tão logo.
das
contas
públicas.
A
redução
crescimento da economia brasileira na década
Intenção de Investimento pela Indústria
70
39,5
40,7
43,5 43,9 44,0 45,3 46,9 46,6 47 46,6 46,5 46,6
42,0 43,4
41,2
39,0
48,6
44,9
45
Redução
39,8
42,4
39,2
41,3
50
55
46,5
55
49,3
60
52,4 52,0
Elevação
65
44 43,7
35
34,4
30
dez-14 mar-15 jun-15
set-15 Brasil
34,0
34,8 32,5
dez-15 mar-16 jun-16 Sudeste
40,8
42,6
40
35,3
46,3
46,1
45,5
São Paulo
33,1
set-16
32,4 32,8
dez-16 mar-17 jun-17
ABC
6
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP A perspectiva de aumento da demanda dos
empregados, tanto na região do Grande ABC,
gestores industriais da região do Grande ABC
quanto no nível estadual e nacional. As perspectivas
apresentou-se estável nos últimos meses, após
com relação à melhora no nível de exportações
relativa melhora ao longo de 2016. Esta avaliação
foram as únicas a melhorar nos últimos meses,
fez os mesmos gestores reduzir levemente a
também observado em nível nacional e estadual,
expectativa quanto a necessidade de aumentar as
influenciados em especial pela trajetória da taxa de
compras de matérias-primas nos próximos meses
câmbio.
do ano. Avaliações que traduzem o comportamento
De forma geral, os gestores industriais da
reticente dos industriais, que reduziram o nível de
região do Grande ABC apontaram perspectivas
confiança no segundo trimestre deste ano.
mais favoráveis no primeiro semestre deste ano,
As perspectivas com relação à evolução do
comparativamente ao mesmo período de 2016.
número de empregados também se mostram
Comportamento que também é observado junto à
estáveis, mas com uma perspectiva pessimista
indústria brasileira e a paulista.
quando a possibilidade de aumento do número de
Região do GABC Perspectivas do setor Industrial para os próximos 6 meses Evolução de Demanda
Evolução do número de empregados 59,8
56
56
55,7
54,9
53 55,9
50 44,9
37,2 38,1 38,6 35,7
41,1
50 46,5 47,5 44
39,1 35,6 32,2
set/15
47,2 42 44 43,7
mar/16
jun/16
set/16
dez/16
mar/17
jun/17
set/15
Evolução das compras de mátéria prima
46,6 47,1
dez/15 mar/16 jun/16
set/16
dez/16 mar/17 jun/17
Evolução da quantidade exportada 70,2
57,4 53,2 45,6 36,4
44
40,6 42,3 42,8
35
46
55 50
65
54,3
54,1
50 50
53,6 50
60,2 60,7
63,7 62 59 57 54,8 53,6 55,4
56,9 55,9
50,5
45,3
57,9 58,8
60,7
48,5
52,5
60,8
65,9
58,2 55,6
35 20
34,7
25 27,3 set/15
47,6
30,6
25 dez/15
39,2
39 36,2 41,1 40,6
46,9
34,5
25,8
25
49,3 48,9
50
51,4 50,8
5 dez/15
mar/16
jun/16
set/16
dez/16
mar/17
jun/17
set/15
dez/15 mar/16 jun/16
set/16
dez/16 mar/17 jun/17
7
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Com
relação
à
condição
financeira
das
Nesta
comparação
a
região
Sudeste
empresas do setor, os indicadores da Sondagem
apresentou pequena piora na avaliação da margem
Industrial
condições
de lucro e das condições de acesso ao crédito
desfavoráveis segundo avaliação dos gestores do
segundo avaliação dos gestores, fato que não se
setor, considerando a avaliação sobre a margem de
repetiu entre os gestores das indústrias paulistas.
permanecem
apontando
lucro, o acesso ao crédito e a situação financeira das empresas.
Cabe sublinhar, no entanto, que todas as avaliações continuam negativas, registrando que o
Entretanto, comparativamente aos resultados
setor industrial não enfrenta uma situação financeira
observados no final de 2016, houve uma melhora na
tranquila, e certamente é um
avaliação das condições financeiras das empresas
preocupações dos gestores do setor.
das principais
no primeiro semestre deste ano.
Condição Financeira das Empresas - junho 2017 Brasil
Sudeste
São Paulo
ABC
50
30 Margem de lucro operacional
Ao longo dos primeiros meses de 2017 as indústrias do Grande ABC foram as que declararam apresentar uma melhora mais significativa das condições
financeiras,
quando
comparada
Situação Financeira
da
evolução
Acesso ao crédito
da
produção,
declarada
pelos
industriais e pela melhora das exportações. Relação que evidencia a argumentação das
ao
edições do Boletim IndustriABC de que a melhora
comportamento nacional e estadual. Este se deve,
da condição financeira das empresas está atrelada
entre outros fatores, à trajetória menos pessimista
a melhoria da atividade produtiva.
8
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Principais problemas enfrentados pelas empresas - Junho 2017
Os principais problemas apontados pelas empresas da região do Grande ABC que afetaram suas operações no último trimestre de 2016 foram:
61,9%
Demanda interna insuficiente
53,77% 35,6%
a falta de demanda interna, elevada carga tributária e a taxa de juros elevadas. Questões que também são relacionados entre os principias problemas para
57,1%
Elevada carga tributária
55,19% 45,6%
a indústria nacional e paulista. Comparativamente ao mês de março de 2017, a falta de capital de giro deixou de figurar entre os três principais problemas,
28,6%
Taxas de juros elevadas
embora tenha sido apontado por 30% dos gestores
16,04%
das indústrias do Grande ABC.
21,2%
Falta ou alto custo da matéria prima
Comparativamente a indústria nacional e
28,6%
13,68%
estadual, os gestores locais pontuaram de forma
14,9%
mais intensa o custo da matéria-prima e a competição com
23,8%
Competição desleal
econômico adotado nas últimas décadas, o setor
21,23% 18,6%
industrial do Grande ABC tornou-se um grande importador de insumos de produção, tornando a
14,3%
Falta de capital de giro
16,98%
competição com importados um grande desafio às
20,1%
Inadimplência dos clientes
Competição com importados
empresas
16,98%
importação um
23,8%
Taxa de câmbio
cadeias
elemento impactante
para
as
não se tem observado importantes alterações na
8,3%
relação dos principais problemas que afetam a atividade industrial. Vários deles estão associados a
4,72%
ABC
3,3%
São Paulo
10,1%
grandes
Comparativamente aos períodos anteriores,
18,40%
12,26%
das
empresas importadoras.
14,3%
9,5%
integrantes
industriais da região, bem como o custo de
14,3%
9,5%
Outros
importados. Dado o modelo
Brasil
políticas macroeconômicas, como carga tributária, taxa de juros, taxa de câmbio; ou atrelados ao nível de atividade econômica, como volume de demanda e inadimplência.
9
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP
Indicadores de Confiança da Indústria Diferentemente do observado nos últimos
maiores quedas, contudo, foram observadas no
trimestres, os gestores da região do Grande ABC,
indicador das Condições da Economia e de
que
Expectativas da Economia Brasileira.
vinham
apresentaram
se um
mostrando Índice
de
mais
otimistas,
Confiança
do
Resultados estes influenciados pelo cenário
Empresário Industrial (ICEI) semelhante o declarado
político econômico do Brasil nos últimos meses, no
em nível estadual e nacional.
qual o quadro de instabilidade política e de
Apesar dos indicadores de confiança da
governabilidade se reflete nas perspectivas de
indústria terem melhorado nos últimos 12 meses, no
manutenção da política econômica e da capacidade
último trimestre observa-se uma redução do grau de
de realização de algumas reformas anunciadas.
confiança nos diferentes recortes apurados.
As
Indicador de Confiança da Indústria – julho/2017 Brasil 50,6 44,2 53,8 41,1 45,9 47,9 56,7
ICEI Indicador de Condições Indicador de Expectativas Condições da Economia Condições da Empresa Expectativas da Economia Brasileira Expectativas da Empresa
Sudeste 48,5 42,6 51,5 39,9 43,7 45,6 54,4
São Paulo 54,5 48,3 57,6 48,5 48,1 54,6 58,8
GABC 52,9 50,8 54,0 45,2 53,6 47,6 57,1
A queda nos índices de confiança mostram-
Este comportamento tem frustrado aqueles
se mais intensas entre os gestores industriais do
que aguardavam uma retomada da atividade
Grande ABC, comparativamente ao recorte nacional
econômica, em especial na indústria, com alguma
e estadual, após terem apresentado uma expansão
substancialidade, já em 2017.
mais intensa nos trimestres anteriores. Entretanto,
se
já
se
observava
Ao que tudo indica teremos de aguardar um
mais alguns meses para a retomada da atividade.
distanciamento entre a melhora das expectativas
No Grande ABC, contudo, não podemos desprezar
positivas e a alteração efetiva das atividades do
os possíveis efeitos da retomada das exportações
setor industrial na economia, com a piora das
ao
expectativas, a retomada da atividade produtiva
automobilística,
tende a se alongar um período maior.
positivamente sobre o setor industrial.
longo
de
2017,
em
especial
o
que
poderá
na
cadeia
repercutir
10
jan-16
30 41,3
jan-16
jul-16
30
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
43,0 45,1 43,6 46,4 43,2 49,1 43,4 44,8 44,7 45,5
50,0
50
39,3
SÃO PAULO
jul-16 41,0
50
mai-16
50
set-15
70
nov-15
70
42,6 36,4 39,7 37,9 jan-16 38,0 34,5 mar-16 36,8 45,7
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
SUDESTE
mai-16
mar-16
39,9 40,9 41,2 41,3 43,8 43,3 43,7 44,2 44,8 45,0 44,8 44,5 44,2 46,9 45,7 47,2 47,1 47,9 46,4
70 Índice de difusão (0 a 100)
nov-15 41,4
47,1 46,4 44,2 44,4 44,7 46,4 44,4 44,4 40,7 43,6 41,2 41,4 42,2 42,0 41,5 41,4 42,8 43,1 43,3 43,7 44,6 45,1 46,3 46,5 45,8 45,0 44,7 46,0 45,9 47,5 47,0 48,1 47,6
Índice de difusão (0 a 100)
set-15 40,3
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
jul-16
mai-16
mar-16
41,3 41,7 41,0 40,3 41,7 41,6 39,5 42,8 43,4 43,8 45,2 45,4 43,8 43,9 44,0 45,7 45,0 46,4 46,7 47,1 47,0
set-15 40,8
30
nov-15
BOLETIM Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP
ANEXO
70
Evolução nº Empregados - Brasil
50
30 out-14dez-14fev-15abr-15jun-15ago-15out-15dez-15fev-16abr-16jun-16ago-16out-16dez-16fev-17abr-17jun-17
Evolução nº Empregados
ABC
11
BOLETIM
Ano II - Julho/2017
IndústriABC Região do Grande ABC / SP
Observatório Econômico Universidade Metodista de São Paulo Escola de Gestão e Direito Curso de Ciências Econômicas
Reitor Dr. Paulo Borges Campos Jr.
Diretor da Escola de Gestão e Direito Dr. Fúlvio Cristofoli
Coord. do Curso de Ciências Econômicas Ma. Silvia Cristina da Silva Okabayashi
Coordenador de Estudos Me. Sandro Renato Maskio
Professor Pesquisador Dr. Moisés Pais dos Santos
Estagiário Anderson Thiago dos Santos
URL:http://www.metodista.br/observatorio-economico
A serviço do desenvolvimento do Grande ABC. Patrocine esta iniciativa! E-mail: observatorio.economico@metodista.br Tel: 4366-5035
12