BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Após três anos de sucessivas quedas, em 2017 a produção física da indústria brasileira
exportações, que têm se mostrado importantes fatores a impulsionar o setor industrial da região.
aumentou 2,63%, segundo a Pesquisa Industrial
A Sondagem Industrial (SI) e o Índice de
Mensal (PIM) do IBGE. O aumento foi observado nos
Confiança (ICEI) são elaborados e divulgados pela
quatro trimestres do ano, o que também ocorreu na
Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela
indústria
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
paulista.
O
PIB
da
indústria
de
transformação no terceiro trimestre de 2017 registrou
(FIESP)
elevação de 0,3% no acumulado do ano, o que não
Metodista de São Paulo, por meio do Observatório
ocorria desde o primeiro trimestre de 2014.
Econômico, regionaliza a análise conjuntural da
Dentre
os
indicadores
analisados
pela
sondagem industrial, chamam a atenção a melhora no grau de utilização da capacidade instalada e o aumento da intenção de investir dos industriais. 2018
começou
com
expectativas
no
Estado
paulista.
A
Universidade
indústria do Grande ABC em parceria com a CNI e FIESP. O indicador para cada item questionado é formado a partir da ponderação pelas respectivas
mais
frequências relativas das respostas, que apresentam
positivas se comparadas às de 2016 e 2017, em
escores iguais a 0, 25, 50, 75 e 100. A análise dos
especial com relação às condições e expectativas
resultados da pesquisa considera a seguinte regra,
relacionadas à economia brasileira. Apesar destes
considerando o escore X:
indicadores positivos, o mercado de trabalho formal ainda registrou perdas de emprego, tanto no Brasil como no Estado de São Paulo e no Grande ABC. A situação financeira das empresas, segundo declaração dos próprios empreendedores, também
50 ≤ X < 100
- avaliação otimista - estoque acima do planejado - UCI acima do usual
X = 50
- indiferente - estoque dentro do planejado - UCI dentro do usual
continua desfavorável, haja vista que os indicativos de melhora na atividade produtiva são recentes, embora melhores que a situação observada em dezembro de 2016. No Grande ABC, comparativamente aos últimos 24 meses, destacam-se também a melhora das perspectivas com relação à demanda interna e às
0 ≤ X < 50
- avaliação pessimista - estoque abaixo do planejado - UCI abaixo do usual
1
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Indústria reverte a trajetória de redução da produção Após 13 trimestres em queda, comparado a
Paulo.
Segundo
a
Pesquisa
Industrial
Mensal
igual trimestre do ano anterior, a produção física da
(PIM/IBGE), os setores que apresentaram maior índice de
indústria registrou aumento em todos os trimestres
crescimento ao longo do ano foram produtos de fumo
de 2017. O longo de todo o ano, a produção física da
(20,4%), equipamentos de informática, eletrônicos e
indústria aumentou 2,63% no Brasil e 3,92% no
ópticos (19,6%) e veículos automotores, reboques e
Estado de São Paulo.
carrocerias (17,2%).
Excluindo a indústria de extração mineral, de
Mantida
a
trajetória
de
retomada
da
serviços de utilidade pública e de construção civil, a
produção no setor ao longo dos próximos anos,
indústria de transformação também apresentou
haverá grande demanda de recursos e esforços para
crescimento em quase todos os trimestres de 2017
se recuperar a intensidade produtiva perdida nos
(exceção feita ao segundo trimestre do ano).
anos de 2014, 2015 e 2016, quando a produção de
física da indústria no País diminuiu 3%, 8,3% e
transformação brasileira aumentou a produção física
6,5%, respectivamente. Uma perda acumulada de
em 2,18% no Brasil e em 3,45% no Estado de São
mais de 15%.
Ao
longo
de
2017
a
indústria
Produção Física Mensal Industrial - IBGE 120 110 100 90 80 70 60
jan/02 jul/02 jan/03 jul/03 jan/04 jul/04 jan/05 jul/05 jan/06 jul/06 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 jul/17
50
Brasil
São Paulo
Fonte: Contas Nacionais Trimestrais /IBGE
2
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Sondagem Industrial – Região do Grande ABC A avaliação dos industriais e gestores do
dezembro dos últimos anos.
setor também reflete os resultados apontados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM/IBGE). De acordo
No Estado de São Paulo, a Sondagem
com a percepção dos mais de 2.000 entrevistados no
Industrial registrou cinco meses com aumento de
País, houve aumento de produção em seis dos 12
produção, o que não foi observado em nenhum mês
meses de 2017, comparado ao mês anterior,
de 2015 e 2016. Seguindo a mesma tendência, no
especialmente a partir do 2º trimestre.
Grande ABC o indicador de evolução da produção
O resultado negativo de dezembro reflete um
comportamento
apresenta queda
sazonal,
de
que
produção.
normalmente Ainda assim, o
apresentou resultados positivos em 8 meses do ano, o que é um forte indicativo de retomada d a atividade econômica do setor.
52,6 50,5
50,5 54,8
53,8
50,8
54,8
Evolução da Produção - Brasil
70
50,8
Recuperação
resultado foi melhor que os registrados nos meses de
50
48,1 42,4
47,7
53,6 58,8 53,8 56,9
62,9
56,9 51,4 64,4
53,0 50,3
55,0
54,3
41,6
39,7 42,2 47,2 42,4 45,5 46,6 46,6
45,8 45,8 46,7 40,7 44,2 44,4
45,4 38,3 42,7 40,1 48,2 42,7 42,7 40,3 48,2 42,7 42,0 44,6 40,9
80
80 55,6
dez-17
out-17
ago-17
jun-17
abr-17
fev-17
dez-16
out-16
ago-16
Índice de difusão (0 a 100) ABC
Índice de difusão (0 a 100)
31,1
nov-17
set-17
jul-17
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
nov-17
set-17
jul-17
mai-17
mar-17
jan-17
nov-16
set-16
20
41,7 32,5
45,2
49,0
36,6 46,1 48,9
38,3
48,1
42,4
47,7 47,4
50 46,9 43,9 45,5 34,7 45,7 44,4
20
jun-16
SÃO PAULO
abr-16
dez-15
out-15
ago-15
jun-15
abr-15
fev-15
out-14
fev-16
30
dez-14
Retração
50
3
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Com a retomada da atividade produtiva da indústria no País, o grau de utilização da capacidade instalada apresentou tendência de aumento durante 2017, após ligeira queda no segundo semestre de 2016 - com exceção do último mês de dezembro, em função do efeito da sazonalidade. Entretanto, há ainda uma diferença de cerca de 10 pontos percentuais
para
que
se
retome
semelhante
intensidade na utilização do potencial produtivo
instalado na indústria brasileira há 4 anos. Não há expectativas para que se eleve rapidamente, em poucos meses, a utilização da capacidade instalada, pois a mesma reflete a ampliação
do
consecutivamente
volume a
de
produção,
ampliação
da
e
atividade
econômica, seja esta puxada pelo mercado interno e/ou pelo mercado externo.
Utilização da Capacidade Instalada Brasil (em %) 80
75
75
74
75
73
70
66
67
64 66
65
65
60
63
62
64
55 50 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17 jul-17
Comparando
dezembro
de
2017
com
diminui a pressão por investimentos a curto prazo.
dezembro de 2016, no Estado de São Paulo o grau de utilização da capacidade instalada aumentou proporcionalmente mais que na indústria nacional no
Utilização da Capacidade Instalada - Dez / 2017 (%)
último ano. Ao mesmo tempo, observa-se ainda que persiste em mais de 30% a ociosidade de seu
64
ABC 58
potencial produtivo, semelhante ao observado no
63
São Paulo
plano nacional.
60
Na região do Grande ABC, considerando a mesma comparação, a
redução do
nível
de
64
Brasil
ociosidade foi ainda maior, de aproximadamente 6 pontos percentuais. No médio prazo a retomada da
63 12/2017
12/2016
atividade produtiva pode se beneficiar da existência de capacidade ociosa da estrutura produtiva, o que
4
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Na comparação com os dois anos anteriores, a avaliação dos gestores industriais quanto à
Desde de 2016, na maioria dos meses,
estoques efetivos. Isso
observa-se redução nos
empregados mostrou-
reflete dois efeitos: redução do volume de produção,
se menos pessimista a cada trimestre. Os números
que consecutivamente gera menos estoques; e
do mercado formal de trabalho, segundo dados do
melhora da demanda, provocando alta na absorção
CAGED/MTb,
dos estoques gerados.
evolução do número de
corroboram
com
a
Sondagem
ao apresentarem saldos negativos na
Nos últimos meses também se observou
geração de empregos na indústria menores que nos
uma redução dos estoques efetivos em relação ao
anos anteriores. No Grande ABC, a Sondagem
estoque planejado, o que indica ampliação do efeito
Industrial apresentou avaliação de melhora no
da melhora da demanda sobre a produção gerada.
volume de empregos em agosto e setembro,
Esse comportamento também se observou no
diferente dos anos anteriores, cujos resultados foram
Estado de São Paulo e no Grande ABC. .
sempre negativos.
49,9
49,5
dez-17 46,4
49,3 48,9
51
50,7
set-17
mar-17
jun-17
49,0 49,4 49,1 50,9 50,7 51,1 49,5
dez-16 46,5
48,0
49,8
49,9 50,3
50,6
48,6
50,8
49,7 49,9
set-16
49,8
49,3
48,9 47,8 48,9
jun-16
mar-16
48,4 48,2 48,9
nov-17
set-17
53,6
44,6 50 57,1 55,4 52,3 52,3 50,0 50 50,0 48,1 48,2
jul-17
48,9
mai-17
56,1
48,2 49,3
45,1
mar-17
jan-17
46,1 48,2
42,8 50 41,1 53,5 50 55,3 55,2
ABC
43,2 43,8
set-15
jun-15
mar-15
50,3
49,8
49,7
75 70 65 60 55 50 45 40 35 30
set-16
45
51 48,8 48,6
50
48 49,3
50,9
55
50,4 51,8 50,6 49,6
SÃO PAULO
53,7
dez-14
mar-14
dez-13
45
dez-15 46,6
51,0 49,7 50,8 48,7
50,0
52,1
50,0
47,5
50,0
50,2
set-14
50,0
51,7 50,6
jun-14
48,2 48,4
49,8
49
51,4
51
47
Efetivo - Planejado
51,4
51,4
53
set-16 48,0 48,9 nov-16 47,0 46,8 jan-17 47,2 49,0 mar-17 49,0 50,1 mai-17 49,7 50,1 jul-17 51,5 47,3 set-17 50,8 48,9 nov-17 46,3
Elevação Redução
52,0
Evolução dos Estoques Efetivos e sua comparação Evolução Estoque com o Planejado - Brasil
55
nov-16
Industrial
5
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Um
importantes
intenção de investimentos da indústria nos próximos
revelados pela Sondagem Industrial no último
seis meses. Nos últimos meses foram anunciados
trimestre de 2017 foi a elevação na intenção de
mais de R$ 7 bilhões em investimentos na região
realizar
dos
indicadores
mais
investimentos pelo setor industrial. Esse puxados em especial pelo setor automobilístico, com destaque
resultado não se observava desde janeiro de 2015.
para
General
Motors,
Volkswagen,
Mercedes Benz e Pirelli, entre outras. Não estão Tal intenção é influenciada, de um lado, pelo
contabilizados os efeitos desses aportes sobre a
maior nível de produção física do setor, conforme
cadeia produtiva local e outros setores da economia.
comentado no início deste Boletim, assim como pela melhora nos índices de confiança dos industriais e gestores do setor. A recuperação da intenção de realização de investimentos nos próximos seis meses
é
observada
em
todos
os
recortes
A efetivação desses investimentos e seu impacto produtivo deverão trazer novo ânimo à atividade industrial da região e, por conseguinte, à economia do Grande ABC, onde a indústria responde por cerca de 23,2% do PIB regional (2015, SEADE).
geográficos apresentados neste Boletim.
No Brasil o setor industrial responde por cerca de
Para o Grande ABC a pesquisa de
18,5% do PIB nacional.
Sondagem Industrial também sinaliza recuperação da
Intenção de Investimento pela Indústria 70,0
52,5
54,2
55,6
53
46,1
52,2
50,6
49,6
49,4
32,4
34,0
32,8
46,3
45,2
50,0
46,6
46,6
46,6
40,8
42,6
33,1
46,1
43,7 34,8
32,5
40,7
35,0
39,5
40,0
45,3
44,0
43,9
43,5
43,4
45,5 44,0
45,0
30,0
42,0
41,4
48,6
41,2
39,4
39,0
39,4
Redução
50,0
35,3
55,0
39,8
60,0
34,4
Elevação
65,0
jan-16 mar-16 mai-16 jul-16 set-16 nov-16 jan-17 mar-17 mai-17 jul-17 set-17 nov-17 Brasil
Sudeste
São Paulo
ABC
6
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP A perspectiva de aumento da demanda
As perspectivas com relação à evolução do
interna e das exportações das indústrias do Grande
número
ABC apresenta-se favorável, tendo apresentado no
melhores que há dois anos. Entretanto, a melhora no
final de 2017 as melhores expectativas dos últimos
número de empregados tende a ser a mais lenta,
dois anos. Perspectivas essas que ajudam a explicar a
caso se efetive a retomada da atividade produtiva.
elevação da expectativa quanto à necessidade de
de
empregados
também
se mostram
Chama atenção o fato de os gestores
aumentar as compras de matérias-primas nos
industriais
do
próximos meses. Essas conjunções contribuíram
significativa
para a melhora dos índices de confiança dos
especialmente no último trimestre do ano, o que
industriais.
tende
a
Grande
melhora
se
refletir
ABC
em
apresentarem
suas
perspectivas,
positivamente
sobre
o
comportamento dos mesmos no ano de 2018.
Grande ABC Perspectivas do setor Industrial para os próximos 6 meses
set/16
jan/ 17
mai/17
set/17
72,2 61,4 61,1 65,6
52,5
60,0
65,9 65,9 58,0
57,9 58,8
55,6
70,2
52,5
62 59 57 55,4
48,5
63,7
60,7
55,9
35
50
51,3 50
47,1
51,2
47,1
47,0 47,6
48,9 43,7
44 47,2
42
39
41,1
36,2 40,6
39,1
mai/16
53,6
52,8
56,3
50
54,8
59,2
60
58,0 55
50,5
50
53,6
57,4
54,1
50 44 45,3 46
40,6
jan/ 16
Evolução da quantidade exportada 65
20
34,7
27,3 35
36,4
50
42,8
45,6
53,2
Evolução das compras de mátéria prima
set/15
46,6
49,3
set/17
60,2
mai/17
60,7
jan/ 17
56,9
set/16
63,8
mai/16
54,4
jan/ 16
35,6
30,6
25
set/15
39,2
34,5 32,2
57,4
58,8
55,6
50
50
65
61,9
60,5
55,7
55,0
54,9 50,8
51,4
50
56
46,5
53
56 25
Evolução do número de empregados
41,1
38,6
25,8
35,7
44
47,5
44,9 37,2 38,1
50
59,8
Evolução de Demanda
25
5 set/15
jan/ 16
mai/16
set/16
jan/ 17
mai/17
set/17
set/15
jan/ 16
mai/16
set/16
jan/ 17
mai/17
set/17
7
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Com
relação
à
condição
financeira
das
condições
financeiras
também
estão
menos
empresas do setor, os indicadores da Sondagem
desfavoráveis. Exceção às condições de crédito,
Industrial
segundo avaliação do conjunto de indústrias da
permanecem
apontando
condições
desfavoráveis, segundo avaliação dos gestores do setor, considerando a avaliação sobre a margem de lucro, o acesso ao crédito e a situação financeira.
região Sudeste. O acesso ao crédito continua sendo a condição financeira menos favorável em todos os recortes da
Entretanto, comparativamente aos resultados
pesquisa. A avaliação sobre a margem de lucro foi a
observados em dezembro de 2016, houve melhora
que registrou melhora significativa no Grande ABC
na avaliação das
condições financeiras das quando comparada à situação financeira e condições de crédito, assim como quando comparada ao
empresas no 1º semestre deste ano. Tanto no recorte nacional, na região Sudeste ou
Estado de São Paulo e ao Brasil.
no Estado de São Paulo, embora as avaliações ainda se mostrem adversas, a avaliação sobre as
Condição Financeira das Empresas - dez / 2017
Desfavorável
Favorável
Brasil dez/17
dez/16
Sudeste dez/17
São Paulo
dez/16
dez/17
dez/16
ABC dez/17
dez/16
50
30
10 Margem de lucro operacional
Situação Financeira
Acesso ao crédito
A melhoria da condição financeira das
a ampliação da atividade econômica do setor tem
empresas está atrelada à melhora da demanda tanto
possibilitado maior fluidez do fluxo de caixa das
interna como externa, bem como à alta da atividade
empresas, melhorando alguns condicionantes para a
produtiva do setor. Com maior intensidade produtiva,
gestão do mesmo.
8
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Principais problemas enfrentados pelas empresas - Dezembro de 2017
No último trimestre do ano passado a demanda interna insuficiente voltou a ser apontada como o principal problema enfrentado pela indústria do Grande ABC, seguido da reclamação sobre a
65,0% 47,8%
Demanda interna insuficiente
30,4%
elevada carga tributária incidente sobre a atividade do
setor,
que
apontamentos 60,0% 52,2%
Elevada carga tributária
Falta ou alto custo da matéria prima
Inadimplência dos clientes
Taxas de juros elevadas
Falta de capital de giro
Dificuldades na logística de transporte
comparativamente
trimestre de 2017.
ao
de
terceiro
Esta ordem se inverte quando
Ao mesmo tempo, a falta ou o elevado custo da matéria-prima, que não figurava entre os quatro
17,3%
principais problemas do setor um
20,0% 17,7%
ano atrás,
manteve-se como a terceira queixa mais apontada.
20,3%
Combinação que reflete o impulso à atividade produtiva e à demanda por matéria-prima.
15,0% 15,8%
Chama atenção a presença da inadimplência
16,9%
dos clientes como quarto problema mais apontado
15,0% 17,2%
no final de 2017 pelas indústrias da região,
10,0% 9,4%
10,0% 6,4% 5,4%
Falta ou alto custo de energia
intensidade
e do Estado de São Paulo.
30,0% 19,2%
7,0%
Insegurança jurídica
sua
observamos os dados referentes à indústria do Brasil
44,7%
possivelmente fruto da combinação entre aumento
20,5%
Taxa de câmbio
manteve
10,0% 11,8% 18,0%
10,0% 6,9% 12,7%
da demanda / vendas e restrição de fluxo de caixa das empresas da cadeia de produção. ABC
Do outro lado, é interessante observar como
SP
diminuiu a intensidade de apontamentos sobre as
Brasil
taxas de juros elevadas, de cerca de 27,1% em dezembro de 2016 para 17% em dezembro de 2017 entre as indústrias do Brasil. No Grande ABC, a redução na mesma comparação foi de 35% para 15%. De forma semelhante, com razoável frequência entre os 10 problemas apontados com maior intensidade nas edições anteriores, a falta de demanda externa não está presente no ranking desta edição, que reflete o último trimestre de 2017. Tais alterações refletem as mudanças dos ambientes conjunturais das empresas, em que pese o efeito de alguns problemas estruturais.
9
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP Indicadores de Confiança da Indústria Os gestores do Grande ABC novamente
relacionados à economia. O ICEI apresentado
apresentaram um Índice de Confiança do Empresário
pela pesquisa feita em todo o País mostra-se maior
Industrial (ICEI) superior ao declarado em nível
que o mesmo indicador apurado para a região
estadual
Sudeste e o Estado de São Paulo. Tanto no índice
e
nacional --
diferente
do
que
se
observou em 2015 e na maior parte de 2016.
geral como nos indicadores individuais que o
Comparado a dezembro de 2016, houve
compõem.
melhora do ICEI em janeiro de 2018 em todos os
A amostra do Grande ABC apresentou maior
recortes e indicadores apurados. As melhoras
nível de confiança em todos os indicadores do ICEI,
mostraram-se mais intensas junto aos indicadores
conforme pode ser visto na tabela abaixo.
Indicador de confiança da indústria – janeiro/2018 Brasil 59,3 54,0 62,1 53,9 54,1 58,8 63,7
ICEI Indicador de Condições Indicador de Expectativas Condições da Economia Condições da Empresa Expectativas da Economia Brasileira Expectativas da Empresa
Sudeste 57,3 52,1 59,8 53,0 52,0 57,0 61,2
São Paulo 58,8 55,2 60,6 56,3 54,7 59,6 61,2
GABC 65,6 63,3 66,7 65,0 62,5 67,5 66,3
A melhora do nível de confiança, ainda que um indicador subjetivo, é importante para avaliação
É importante observar, no entanto, que
das perspectivas futuras da atividade econômica do
embora subjetiva, em longo prazo a confiança é
setor. Em grande medida, no processo capitalista,
construída, entre a grande maioria dos tomadores de
as decisões são tomadas em função do nível de
decisões, com base no comportamento e na trajetória
confiança e nas expectativas que se constroem em
de fatores reais da economia.
torno da atividade das empresas, do setor de
Entre os efeitos esperados pelo aumento da
atuação e da economia como um todo. Com baixos
confiança está a elevação do nível de investimentos,
índices de confiança, a tendência é de que
que poderá ser acompanhado ao longo de 2018 por
pouquíssimas
meio da divulgação do comportamento trimestral do
apostas
e
decisões
de
caráter
progressivo sejam efetivadas; o que é ruim para a
PIB brasileiro.
atividade econômica. O contrário é verdadeiro.
10
41,7
mai -16 ju l-16 set-16 nov -16
mai -17 ju l-17 set-17 nov -17
34,5
45,7
39,3 ju l-16 41,0 43,0
set-16 jan-17 mar-17 mai -17 ju l-17
43,6 46,4 43,2 49,1 43,4 44,8 44,7 45,5 47,5
set-17 nov -17
47,2 47,5
ABC
nov -16
50,0 51,3 52,5 50,0
11
Ano II - Fevereiro/2018
mai -1636,5
Região do Grande ABC / SP
70
50
30 jan-16 38,0 mar-16 36,8
ANEXO
jan-17 mar-17
Evolução nº Empregados - Brasil
nov -16
Evolução nº Empregados
ju l-16 set-16
SÃO PAULO
43,8 43,3 43,7 44,2 44,8 45,0 44,8 44,5 44,2 46,9 45,7 47,2 47,1 47,9 46,4 46,6 47,7 49,5 49,2 49,4 46,8
mai -16
BOLETIM
70
50
30 jan-16 40,9 41,2 mar-16 41,3
IndústriABC
nov -17
47,1 46,4 44,2 44,4 44,7 46,4 44,4 44,4 40,7 43,6 41,2 41,4 42,2 42,0 41,5 41,4 42,8 43,1 43,3 43,7 44,6 45,1 46,3 46,5 45,8 45,0 44,7 46,0 45,9 47,5 47,0 48,1 47,6 48,2 49,1 49,0 49,7 49,0 47,6
70
ju l-17 set-17
out-14 nov -14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr- 15 mai -15 ju n-15 ju l-15 ago-15 set-15 out-15 nov -15 dez-15 jan-16 fev-16 mar-16 abr- 16 mai -16 ju n-16 ju l-16 ago-16 set-16 out-16 nov -16 dez-16 jan-17 fev-17 mar-17 abr- 17 mai -17 ju n-17 ju l-17 ago-17 set-17 out-17 nov -17 dez-17
50
mai -17
30
jan-17 mar-17
SUDESTE
39,5 42,8 43,4 43,8 45,2 45,4 43,8 43,9 44,0 45,7 45,0 46,4 46,7 47,1 47,0 46,7 47,3 47,3 47,9 48,6 47,5
Índice de difusão (0 a 100)
Índice de difusão (0 a 100)
70
50
30 jan-16 40,3
mar-16 41,6
BOLETIM
Ano II - Fevereiro/2018
IndústriABC Região do Grande ABC / SP
Observatório Econômico Universidade Metodista de São Paulo Escola de Gestão e Direito Curso de Ciências Econômicas
Reitor Dr. Paulo Borges Campos Jr.
Diretor da Escola de Gestão e Direito Dr. Fúlvio Cristofoli
Coord. do Curso de Ciências Econômicas Ma. Silvia Cristina da Silva Okabayashi
Coordenador de Estudos Me. Sandro Renato Maskio
URL:http://www.metodista.br/observatorio-economico
A serviço do desenvolvimento do Grande ABC. Patrocine esta iniciativa! E-mail: observatorio.economico@metodista.br Tel: 4366-5035
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