IndústriABC 5 - Março/2017

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BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Na primeira semana de março, o IBGE

Comparando os meses de março de 2016 e

divulgou os dados referentes ao desempenho da

de 2017, o Índice de Confiança do Setor Industrial

economia brasileira em 2016. Com uma retração de

(ICEI) apresentou significativo aumento. Alguns

3,6% no último ano, a economia brasileira encolheu

indicadores da Sondagem Industrial, embora de forma

7,2% no biênio 2015/2016. No mesmo biênio o PIB

mais sutil, também apontam para a tendência de

industrial diminuiu 9,9%.

estagnação do ciclo recessivo.

A indústria de transformação apresentou recuo

de

10,4%

e

5,2%

em

2015

e

Salientamos que a Sondagem Industrial (SI) e

2016

o Índice de Confiança (ICEI) são elaborados e

respectivamente, representando atualmente 10,12%

divulgados pela Confederação Nacional da Indústria

do PIB nacional.

(CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de

Diante do desempenho desfavorável da

São Paulo (FIESP) no estado paulista. A Universidade

atividade produtiva, o número de desempregados

Metodista, por meio do Observatório Econômico, vem

aumentou para aproximadamente 13 milhões de

realizando a análise conjuntural da indústria do

pessoas, segundo a PNAD contínua do IBGE.

Grande ABC, em parceria com a CNI e FIESP.

Segundo o Ministério do Trabalho somente o setor

O indicador para cada item questionado é

industrial perdeu mais de 322 mil empregos formais

formado a partir da ponderação pelas respectivas

em 2016.

frequências relativas das respostas, que apresentam

Na região do Grande ABC, em 2016, a

escores iguais a 0, 25, 50, 75 e 100.

indústria de transformação perdeu 15.711 empregos

Ao realizarmos a análise dos resultados da

formais, segundo dados do CAGED, mantendo a

pesquisa, temos que considerar a seguinte regra,

trajetória de redução de empregos que se observa

considerando o escore X:

desde 2012. Atualmente a região registra pouco mais de 233 mil pessoas desempregadas, segundo o SEADE.

50 ≤ X < 100

- avaliação otimista - estoque acima do planejado - UCI acima do usual

X = 50

- indiferente - estoque dentro do planejado - UCI dentro do usual

0 ≤ X < 50

- avaliação pessimista - estoque abaixo do planejado - UCI abaixo do usual

Apesar das informações que remetem à recessão do setor nos últimos anos, 2017 começou apresentando alguns indicadores um pouco melhores, embora ainda seja cedo para afirmar que estamos iniciando um processo de retomada econômica. No trimestre compreendido entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, a Pesquisa Industrial Mensal do IBGE apontou pequeno crescimento no país, comparado a igual período do ano anterior. Os dados do Ministério do Trabalho registraram aumento no emprego industrial nos meses de janeiro e fevereiro desde ano.

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BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Produção Industrial paralisa a trajetória de retração nos últimos meses Em 2016 o PIB Industrial apresentou

intervalo foi de 16,8%. No estado de São Paulo, no

retração de 3,81%, comparada ao ano de 2015,

mesmo período, a retração foi de 21%.

quando também apresentou retração, de 6,3%. Na

No trimestre entre novembro/16 e janeiro/17,

mesma comparação, o subsetor da indústria de

a produção industrial apresentou uma variação de

transformação

0,04% no Brasil, comparado a igual período do ano

é

o

que

apresentou

maior

encolhimento, de cerca de 19% entre 2013 e 2016.

anterior. Em São Paulo esta variação foi de 0,55%.

A produção mensal industrial corrobora a

Como reflexo, o setor industrial gerou 21.838

avaliação da retração do valor da produção no setor.

empregos formais no Brasil, e 18.340 no Estado de

A queda na produção industrial no Brasil no mesmo

São Paulo em janeiro.

Pesquisa sobre Produção Física Mensal na Industrial no Brasil 120 110 100

- 16,8%

90 80

70 60

jul/16

jan/17

jul/15

jan/16

jul/14

jan/15

jul/13

jan/14

jul/12

jan/13

jan/12

jul/11

jul/10

jan/11

jul/09

jan/10

jul/08

Brasil

jan/09

jul/07

jan/08

jul/06

jan/07

jul/05

jan/06

jul/04

jan/05

jul/03

jan/04

jan/03

jul/02

jan/02

50

São Paulo

Fonte: Contas Nacionais Trimestrais /IBGE – série dessazonalizada.

Sondagem Industrial – Região do Grande ABC No Grande ABC, 2017 também começou

perdas de empregos no setor industrial em janeiro e

com indicadores melhores. A Sondagem Industrial

fevereiro, cujo saldo negativo de 435 empregos na

apontou uma trajetória positiva para a produção

indústria mostrou mais ameno que em igual período

industrial, corroborado pela redução do ritmo de

dos últimos anos.

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BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Essa leve avaliação positiva quanto à expansão

do

volume

de

produção

tanto em nível nacional como estadual, estabilidade

industrial,

do nível de produção no trimestre compreendido

acompanhado da movimentação de empregos, não

entre novembro de 2016 a janeiro de 2017,

permitem neste momento afirmar que iniciamos um

comparado a igual período do ano anterior.

período de retomada na atividade produtiva no setor

Os próximos meses, em especial o primeiro

industrial do Grande ABC. Mesmo porque as

semestre

avaliações do volume de produção do setor industrial

sedimentar o início de um possível processo de

em nível nacional e estadual continuam pessimistas.

retomada do setor, a depender, entre outros fatores,

Ao mesmo tempo ressalta-se que a Pesquisa Mensal de Produção Industrial do IBGE apontou,

das

deste

medidas

ano,

para

será

fundamental

ajuste

dos

para

fundamentos

macroeconômicos e das próprias ações setoriais.

Evolução da Produção - Brasil

50,8

50,8

30

40,7 44,2 44,4

fev-17

dez-16

out-16

ABC

Índice de difusão (0 a 100)

Índice de difusão (0 a 100)

50,0

53,4

56,9 51,4

80

80

45,1 39,3 35,5 46,4 43,5 40,2 36,6 46,1 48,9 31,1

46,9 43,9 45,5 34,7 45,7 44,4

40,7 44,8 40,2 30,2 39,8 42,2 45,9 43,0 45,1 46,9 46,8

jan-17

nov-16

set-16

jul-16

mai-16

mar-16

jan-16

nov-15

set-15

jan-17

nov-16

set-16

jul-16

mai-16

mar-16

jan-16

nov-15

set-15

20

45,2 41,4 34,3 22,7 34,2

50

50

20

ago-16

jun-16

abr-16

fev-16

dez-15

out-15

ago-15

jun-15

abr-15

fev-15

dez-14

out-14

SÃO PAULO

45,8 45,8 46,7

47,2 42,4 45,5 46,6 46,6

35,5 39,7 42,2

48,2 42,7 42,0 44,6 40,9

42,7 42,7 40,3

42,7 40,1

38,3

45,4

48,2

50

Retração

Recuperação

70

3


BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Comparativamente ao início do ano passado,

meses, tendo em vista o comportamento dos ciclos

o grau de utilização da capacidade instalada

sazonais. Entretanto, como pode ser observado no

permanece praticamente estável em janeiro e

gráfico a seguir, há um longo caminho a ser

fevereiro deste ano. Entretanto, comparativamente

percorrido até retomarmos os níveis observados

ao início de 2015 e 2014, denota-se clara ampliação

entre 2011 e 2013. Atualmente, a indústria nacional

do nível de ociosidade, de cerca de 20%, refletindo a

opera com cerca de 37% de sua capacidade

redução do nível de atividade.

instalada.

A expectativa é de que o grau de utilização da capacidade instalada aumente nos próximos

Utilização de Capacidade Instalada Brasil (em %) 80

75

75

74

75

73

70

67

64 66

65 60

63

62

55 50 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 jan-17

Nas regiões Sudeste e no estado de São Paulo, o grau de utilização da capacidade instalada

Utilização da Capacidade Instalada - fevereiro/2017 (%)

se mostra próximo àquele apresentado no plano nacional,

também

com

uma

tendência

de

ABC

62,3

estabilidade na comparação com o ano anterior. Na região do GABC, o uso da capacidade instalada

apresentou

significativa

recuperação,

São Paulo

62

especialmente nos últimos seis meses. Atualmente, a região trabalha com cerca de 37% de ociosidade.

Sudeste

61

No início do ano passado, o nível de ociosidade era de 44%, o que demonstra que a recuperação se

Diante desse quadro recessivo, a avaliação

mostra uma tendência mais clara na região do ABC,

dos gestores industriais quanto a evolução do

comparado ao comportamento da indústria em nível

número de empregados mantém-se pessimista,

nacional ou estadual.

ainda que em menor intensidade.

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BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Nos últimos meses, os estoques da indústria

vendas, mas sim do ajuste recessivo da atividade

diminuíram a um ritmo menor que nos meses

produtiva, tendo em vista a retração econômica e as

anteriores, segundo a avaliação dos gestores das

incertezas em relação à trajetória da atividade

empresas.

produtiva.

Ao mesmo tempo, a elevação dos estoques

Fato que corrobora com a avaliação de que,

efetivos acima do planejado, mesmo com a redução

por ora, não há elementos sólidos para afirmarmos

dos estoques reflete uma expectativa pessimista com

que estamos iniciando um processo de retomada da

relação à elevação das vendas em curto prazo.

economia.

Até o momento, a redução dos estoques não se mostra como resultado do aquecimento nas

55 54 53 52 51 50 49 48 47 46 45

jun-14

set-14

50,6

dez-14

mar-15

jun-15

Evolução Estoque

set-15

48,6

50,4 49,7 49,9

49,9 50,1

48,0 46,5

46,6

47,5 mar-14

48,9

48,4 48,2 48,9

48,7

51,0

49,7 50,8

52,1

50,0

50,0 51,4 50,0

50,0

50,2

51,7 50,6

49,8 dez-13

48,9

50,8 49,8 49,3

49,8 50,3

49,0 49,4

52,0 51,4

47,8

51,5

51,4

53,0

48,2 48,4

Redução

Elevação

Evolução dos estoques efetivos e sua comparação com o planejado, Brasil

dez-15

mar-16

jun-16

set-16

dez-16

Efetivo - Planejado

SÃO PAULO

55,3 50

42,0 42,5 42,8 50,0 41,1 53,5

jul-16

36,9 43,1 mai-16 32,8

mar-16

jan-16

38,0 43,2 set-16 43,8 nov-16 41,1 45,1 46,1 jan-17 48,2

53,0

54,6

67,2 50,7 48,7 45,7 55,6

54,6

nov-15

49,0

53,5 53,1

set-15

46,8

nov-16

set-16

jul-16

jan-17 47,2

49,9 50,3 49 48,5 48,1 50,9 48 47,7 49,3 49,7

48,1 49,4 48,9 48,1 48,3 48,2 48,1 48,0 48,9

mai-16

jan-16

45

mar-16

50,2

50,6

nov-15

47,9

53,1 52,2

set-15

50

54,1 51,1

55

49,8

Grande ABC 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30

5


BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP A trajetória da intenção de investimentos

Na região do Grande ABC também houve

para os próximos seis meses continua em queda no

forte queda na intenção de investimentos nos últimos

Brasil, refletindo o longo período de queda da

meses. Ressalta-se que a redução no fluxo de

produção, do aumento da capacidade ociosa e da

investimentos limita a expansão capacidade de

incerteza com relação à trajetória da economia.

produção, que tem se mostrado subutilizada na

A queda na intenção de investimento

indústria,

comprometendo

a

capacidade

de

também tem sido observada junto às indústrias da

crescimento da economia a médio e longo prazo do

região Sudeste, do estado de São Paulo e do Grande

setor na economia.

ABC.

A retomada do fluxo de investimento no setor A queda no nível de investimento é um dos

dependerá da retomada da atividade produtiva e da

principais problemas macroeconômicos para o

redução da ociosidade da capacidade instalada, o

crescimento do Brasil nos próximos anos. Em 2016 o

que deve ocorrer ao menos ao médio prazo, a

volume de investimento (Formação Bruta de Capital

depender do início da retomada da atividade

Fixo) diminui 10,2%, acumulando um volume

produtiva da indústria e seu ritmo.

equivalente a 16,4% do PIB.

Intenção de investimento pela indústria

70,0

60,0

39,5

46,1 45,5

40,0

40,8

42,6

35,0 34,4

30,0 dez-14

mar-15

jun-15

set-15 Brasil

dez-15 Sudeste

34,8

32,5

35,3 mar-16

46,6

43,9 44,0 45,3 46,9

42,0

43,4 43,5

41,2

48,6

44,9

45,0

Redução

39,0

39,8

39,2

41,3

42,4

50,0

46,5

52,0

55 49,3

55,0

52,4

Elevação

65,0

jun-16

São Paulo

set-16

33,1

dez-16

ABC

Nos últimos 12 meses, entre março de 2016

desempenho do setor industrial. Entretanto, a

e 2017, houve ampla melhoria das expectativas dos

melhora das expectativas é um passo importante

empresários do setor para os próximos meses.

para a retomada do setor.

Tanto em nível nacional como regional, os

Na região do Grande ABC, os gestores

empresários têm se mostrado mais otimistas, ainda

industriais

que não sejam visualizadas robustas melhoras no

perspectiva

apontam de

consideráveis

aumento

da

melhora

na

demanda

e

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BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP consecutivamente nas compras de matérias-primas

mercado externo, as perspectivas com relação à

para os próximos seis meses, convergente com a

melhora no nível de exportações pioraram nos

melhora da confiança do empresário local. Em nível

últimos meses, também observado em nível nacional

nacional e estadual os gestores também apontaram

e estadual.

melhora menos intensas nas perspectivas para os

Comparativamente ao primeiro semestre

próximos meses.

deste ano, de forma geral, os gestores industriais

As perspectivas com relação à evolução do número

de

empregados

mostram-se

apontaram perspectivas mais favoráveis para o setor

menos

nos próximos meses, especialmente no que tange a

pessimistas, tanto na região do Grande ABC, como

melhoria da demanda e a ampliação da necessidade

no Brasil e no estado de São Paulo. Com relação ao

de compra de matéria-prima.

Região do GABC Perspectivas do setor Industrial para os próximos 6 meses Evolução de Demanda

Evolução do número de empregados 59,8

56

55,7

54,9

53 50

50

44,9 37,2

38,1

38,6

41,1

44

51,4

39,1

46,5 47,5 32,2

25

39

36,2 41,1 40,6

35,6

35,7

48,9

49,3

50

50,8

39,2

42 44

46,6

47,2 43,7

34,5

25,8

30,6

25

set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17

set/15

Evolução das compras de mátéria prima

dez/15

mar/16

jun/16

set/16

dez/16

Evolução da quantidade exportada 70,2 57,4

53,2

54,1

50

50

45,6 36,4

44

40,6

42,3 42,8

35

46

60,7

55 50

50

45,3

27,3 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17

62

63,7 54,8

56,9 55,9

53,6

59 57

57,9

55,4 58,8

60,7

50,5

34,7 25

65

60,2

48,5

52,5

55,6

35 20

5 set/15

dez/15

mar/16

jun/16

set/16

dez/16

7


BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Com

relação

à

condição

financeira

das

empresas do setor, os indicadores da Sondagem Industrial

permanecem

apontando

condições

em dezembro de 2016, observado em todos os recortes espaciais, apresentados abaixo. Chama

atenção

nesta

comparação

uma

desfavoráveis segundo avaliação dos gestores do

pequena piora na avaliação da situação financeira

setor, considerando a avaliação sobre a margem de

pontuados pelas empesas do recorte regional do

lucro, o acesso ao crédito e a situação financeira das

Sudeste.

empresas.

Cabe

ressaltar

que

todas

as

avaliações

Comparativamente aos resultados observados

continuam negativas, registrando que as condições

em dezembro de 2015, houve uma melhora na

financeiras do setor industrial merecem atenção,

avaliação das condições financeiras das empresas

dada a recente trajetória setorial.

Condição financeira das empresas - dezembro 2016 Brasil

Sudeste

São Paulo

ABC

50

30

10 Margem de lucro operacional

Situação Financeira

Acesso ao crédito

A avaliação das condições da margem de

Como vem sendo discutido nas edições

lucro e das condições de acesso ao crédito das

anteriores do Boletim IndústriABC, as perspectivas

indústrias da região do GABC, realizadas pelos seus

de melhora da condição financeira das empresas

gestores em dezembro de 2016, mostrou-se menos

estão atreladas a melhoria da atividade produtiva.

favorável em relação aos resultados nacional e Estadual. Este se deve, entre outros fatores, à queda da atividade econômica do setor na região, que apresenta

significativa

presença

na

dinâmica

econômica do Grande ABC.

8


BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Principais problemas enfrentados pelas empresas dezembro 2016

55,0% 50,00% 45,7%

Elevada carga tributária

Falta de capital de giro

40,0% 21,19% 22,7%

Taxas de juros elevadas

35,0% 23,73% 27,1%

Inadimplência dos clientes

Competição com importados

15,0% 8,47% 9,1%

Competição desleal

Taxa de câmbio

10,0% 4,66% 7,5% 10,0% 19,07% 17,4%

giro. Esses problemas sempre se tornam mais críticos em períodos de elevação dos custos e retração da atividade produtiva e das receitas.

demanda interna e a elevada carga tributária. Os gestores industriais do Grande ABC também pontuaram de forma mais intensa que nos recortes

nacionais

e

estaduais,

os

seguintes

problemas: a elevada taxa de juros, o custo da matéria-prima, a competição com importados e a falta de financiamento em longo prazo, falta de demanda externa e dificuldades de logística. A inadimplência dos clientes foi um dos

20,0% 11,44% 6,6%

Demanda externa insuficiente

interna, elevada carga tributária e falta de capital de

problemas apontados continuam sendo a falta de

20,0% 24,15% 25,5%

Falta de financiamento de longo prazo

último trimestre de 2016 foram: a falta de demanda

Em nível nacional e estadual, os principais

25,0% 18,22% 19,4%

15,0% 9,32% 9,2%

Dificuldades na logística

da região do GABC que afetaram suas operações, no

75,0% 52,12% 34,5%

Demanda interna insuficiente

Falta ou alto custo da matéria prima

Os principais problemas apontados pelas empresas

principais problemas apontados nos diferentes recortes da pesquisa. Com a redução da atividade econômica e seus efeitos sobre a retração das vendas e do faturamento, a deterioração das condições ABC São Paulo Brasil

financeiras

levou

ao

aumento

das

inadimplências. Comparativamente aos períodos anteriores, não se tem observado importantes alterações na relação dos principais problemas que afetam a atividade industrial.

5,0% 13,14% 10,9%

9


BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Indicadores de Confiança da Indústria Assim como observado no terceiro trimestre

As alterações mais intensas nas avaliações

de 2016, os gestores da região do Grande ABC

realizadas no Grande ABC sugerem significativa

apresentam um Índice de Confiança do Empresário

reversão das expectativas na região, cuja atividade

Industrial (ICEI) maior que o declarado em nível

econômica industrial vem se deteriorando desde

estadual e nacional.

2014.

Os fatores que mais influenciaram essa

As perspectivas em torno das alterações na

trajetória foram as melhorias na avaliação das

condução da política macroeconômica e seus

condições da empresa e das expectativas em relação

possíveis

às mesmas, bem como em relação à economia.

influenciaram a melhora do ICEI nos diferentes

resultados

é

um

dos

fatores

que

níveis.

Indicador de Confiança da Indústria – março/2017 ICEI Indicador de Condições Indicador de Expectativas Condições da Economia Condições da Empresa Expectativas da Economia Brasileira Expectativas da Empresa

Brasil 54,0 46,3 58,0 45,4 46,7 54,6 59,8

Sudeste 52,5 45,4 56,1 45,0 45,5 53,0 57,7

São Paulo 54,5 48,3 57,6 48,5 48,1 54,6 58,8

GABC 61,8 56,3 64,6 51,3 57,9 61,3 66,3

A melhora no indicador de confiança no

Embora as decisões sejam influenciadas

Grande ABC foi acompanhada por melhora na

pelas expectativas com relação aos períodos

confiança em relação as atividades das empresas,

seguintes, há outros elementos que determinam a

juntamente com a melhora nas expectativas para os

retomada da atividade industrial. Especialmente em

próximos seis meses quanto a evolução da

momentos de retração econômica, como o que

demanda, compra de matéria-prima, entre outros.

estamos vivenciando.

Entretanto, continua-se a observar um

Os

próximos

meses

deverão

trazer

distanciamento entre a formação das expectativas

informações que nos permitirão avaliar se o setor

positivas e a alteração efetiva das atividades do setor

industrial da região está iniciado um processo de

industrial na economia.

retomada, ou não.

10


30 41,3 41,7 41,0 40,3 41,7 41,6 39,5 42,8 43,4 43,8 45,2 45,4 43,8 43,9 44,0 45,7 45,0

30 41,3 39,9

30

jan-17

nov-16

50 43,0 45,1 43,6 46,4 43,2 49,1 43,4

50

set-16

50

39,3

70

jul-16 41,0

70

mai-16

SÃO PAULO

42,6 set-15 36,4 nov-15 39,7 37,9 jan-16 38,0 34,5 mar-16 36,8 45,7

jan-17

nov-16

set-16

jul-16

mai-16

mar-16

SUDESTE

41,2 41,3 43,8 43,3 43,7 44,2 44,8 45,0 44,8 44,5 44,2 46,9 45,7

jan-16 40,9

70 Índice de difusão (0 a 100)

nov-15 41,4

47,1

45,9

46,0

44,7

45,0

45,8

46,5

46,3

45,1

44,6

43,7

43,3

43,1

42,8

41,4

41,5

42,0

42,2

41,4

41,2

43,6

40,7

44,4

44,4

46,4

44,7

44,4

44,2

46,4

Índice de difusão (0 a 100)

set-15 40,3

jan-17

nov-16

set-16

jul-16

mai-16

mar-16

jan-16

nov-15

set-15 40,8

BOLETIM Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP

ANEXO

Evolução nº Empregados - Brasil

70

50

30 out-14 dez-14 fev-15 abr-15 jun-15 ago-15 out-15 dez-15 fev-16 abr-16 jun-16 ago-16 out-16 dez-16 fev-17

Evolução nº Empregados

ABC

11


BOLETIM

Ano II - Março/2017

IndústriABC Região do Grande ABC / SP Observatório Econômico Universidade Metodista de São Paulo Escola de Gestão e Direito Curso de Ciências Econômicas

Reitor Dr. Paulo Borges Campos Jr.

Diretor da Escola de Gestão e Direito Dr. Fúlvio Cristofoli

Coord. do Curso de Ciências Econômicas Ma. Silvia Cristina da Silva Okabayashi

Coordenador de Estudos Me. Sandro Renato Maskio

Professor Pesquisador Dr. Moisés Pais dos Santos

Estagiário Anderson Thiago dos Santos

URL:http://www.metodista.br/observatorio-economico

A serviço do desenvolvimento do Grande ABC. Patrocine esta iniciativa! E-mail: observatorio.economico@metodista.br Tel: 4366-503

12


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