JM dez/jan 2013

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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 21 > nº 118 > Dez/Jan 2012/13

Congresso Metodista obtém mais de 800 trabalhos inscritos e atrai quase 5.000 mil ouvintes | Págs. 6 a 11 a

acontece na Metô É Tetra! Metodista conquista mais uma vez Prêmio do Guia do Estudante | Pág. 14

Mercado Continuar investindo na formação é essencial | Pág. 17

Universidade Aberta Entrevista com Débora Vilalba | Pág. 19


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expediente Metô

editorial Toda a atuação da Universidade Metodista de São Paulo está baseada em três pilares: ensino, pesquisa e extensão. Eles caminham juntos, cada um servindo de elemento crucial para a existência do outro. Sem o ensino, com todo o conhecimento transmitido nas aulas da Graduação e Pós-Graduação, não haveria a base para as pesquisas e os projetos de extensão desenvolvidos na Universidade. Do mesmo modo, sem a relação com a sociedade, o ensino e a pesquisa seriam vazios de sentido. Os projetos de extensão oferecem uma oportunidade para que os alunos utilizem, na prática, os conhecimentos aprendidos. Da mesma forma, o desenvolvimento das pesquisas, quando se debruçam sobre determinado tema com profundidade, culminando em teses, monografias e trabalhos de conclusão de curso e principalmente contribuindo para a comunidade. Ensino, Pesquisa e Extensão,

um alimenta o outro e faz a vivência universitária ter sentido pleno. É por esta razão que realizamos o XV Congresso de Iniciação e Produção Científica, que também reuniu o XIV Seminário de Extensão da Metodista e o IX Seminário PIBIC/UMESP de Pesquisa. O Congresso Científico Metodista é um dos pontos altos da Universidade, quando nossos alunos e pesquisadores externos têm a oportunidade de expor suas pesquisas, trocar experiências e apresentar à comunidade os resultados a que chegaram. Foram mais de 800 trabalhos inscritos e quase 5.000 pessoas envolvidas ou participando durante os três dias de evento, que contou com a participação de 20 instituições diferentes e mais de 200 sessões, além de mesasredondas e palestras. Nas próximas páginas você encontrará uma matéria especial, com a cobertura deste grande momento e po-

derá conhecer uma série de projetos desenvolvidos e apresentados por nossos alunos. Além disso, esta edição do Jornal da Metodista também traz matérias sobre mais uma conquista da Metodista no Prêmio do Guia do Estudante, coberturas do Dia da Universidade Aberta e do U.FRAME – Festival Internacional de Vídeo Universitário, nossa recém-criada Escola Metodista de Educação Corporativa, os programas de intercâmbio, os grupos de pesquisa dos nossos programas de PósGraduação e o nosso Escritório de Assistência Jurídica. Que você aproveite esta edição para conhecer um pouco mais do que acontece em nossa Universidade. Boa leitura! Prof. dr. Marcio de Moraes Reitor

Conselho Diretor Stanley da Silva Moraes (presidente), Nelson Custódio Fér (vice-presidente), Osvaldo Elias de Almeida (secretário). Vogais: Paulo Roberto Lima Bruhn, Augusto Campos de Rezende, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia Santos, Marcos Sptizer, Ademir Aires Clavel, Oscar Francisco Alves. Suplentes: Regina Magna Araujo e Valdecir Barreros. Reitor Marcio de Moraes Pró-Reitora de Graduação Vera Lúcia G. Stivaletti Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Fábio Botelho Josgrilberg Diretores Acadêmicos Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia); Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito); Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços); Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia); Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação); Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia) Diretor de Comunicação e Marketing Paulo Roberto Salles Garcia Gerente de Comunicação Victor Kazuo Teramoto

O Jornal da Metodista quer saber sua opinião Caro leitor, Fazemos cada edição do Jornal da Metodista pensando em você. Separamos os assuntos de maneira que sejam não apenas interessantes, mas relevantes. Para 2013, estamos planejando algumas mudanças. Como o veículo é feito para você, nada mais justo do que saber sua opinião sobre o que temos realizado até agora. Queremos saber onde temos acertado e em que ainda temos que melhorar. Essa é a oportunidade de você expressar a sua opinião e de dizer o que pensa. Por isso, queremos convidá-lo a responder a algumas questões. Serão poucos minutos. A pesquisa está disponível em www.metodista.br.

Edição e revisão Israel Bumajny (MTb 60.545) e Gabriela Rodrigues (MTb 39.324) Redação Gabriela Rodrigues e Paula Lima Foto de Capa Mônica Rodrigues Projeto e diagramação Timbre Consultoria em Marcas e Design Tiragem: 20.000 exemplares

Redação Rua do Sacramento, 230 – Ed. Ró Rudge Ramos – São Bernardo do Campo, SP – Cep 09640-000 Tel.: (11) 4366-5599 E-mail: imprensa@metodista.br Site: www.metodista.br A Universidade Metodista de São Paulo é filiada à:


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esportes Metô

Metodista/São Bernardo garante vaga para Copa Brasil de Basquete FORÇA

DE VONTADE DA EQUIPE, VICE-CAMPEÃ DA

DO

CAMPEONATO PAULISTA

jogador, ocasionando três lesões no rosto e foi encaminhado ao hospital. “Claro que ficamos chateados por não ter conquistado esse título. Lutamos, porém as últimas semanas foram muito intensas de jogos”, contou Castellon, um dos principais jogadores ao longo da temporada. No último jogo Muñoz foi o cestinha do time do ABC com 13 pontos, seguido por Adriano (12), Fábio e Fernando Vera (11).

Campeonato Mundial Masculino de Handebol 2013 Entre os dias 11 e 27 de janeiro, a seleção brasileira masculina de handebol parte para mais um desafio: o Campeonato Mundial 2013, que será realizado na Espanha. Dos convocados, oito jogadores fazem parte do time da Metodista/São Bernardo/Besni: os goleiros Leonardo

É DESTACADA PELO TÉCNICO

Tercariol (Ferrugem) e Luiz Ricardo do Nascimento (Rick); o pivô Vinícius Teixeira (Vini); os pontas Fábio Chiuffa e Wesley de Freitas; o central Diogo Hubner; e os armadores Francisco Jorge da Silva (Babo) e Gustavo Nakamura (Japa). O Brasil integra o grupo A e na primeira fase enfrentará França, Alemanha, Argentina, Tunísia e Montenegro. O goleiro Ferrugem conta que “a expectativa é de um Mundial difícil, mas como temos treinado, a gente espera conseguir fazer um bom campeonato e nos classificar para a segunda fase”. Diogo Hubner concorda: “Estamos em uma chave difícil e mesmo sabendo dos nossos limites, queremos fazer um ótimo trabalho. Fora as Olimpíadas, o [Campeonato] Mundial é a maior competição dentro do handebol.” Divulgação/SMPress

No primeiro ano após a reestruturação da equipe, o time masculino de basquete da Metodista/São Bernardo conquistou o vice-campeonato da Série Prata do Campeonato Paulista e, com isso, garantiu vaga para a Copa Brasil de Basquete de 2013, que classifica para o NBB (Novo Basquete Brasil). Apesar de ter vencido o segundo jogo da final, o time perdeu os dois últimos o que garantiu a vitória ao SE Palmeiras. O técnico Sidney Coppini elogiou a dedicação da equipe e relatou as principais dificuldades. “Fico feliz por tudo aquilo que eles fizeram na temporada, foram além. Esta última série foi muito difícil, cansativa, estávamos com poucos jogadores para rodar e isso acabou nos desgastando.” Ainda no primeiro quarto de jogo, o pivô André, um dos destaques do time, sofreu um encontrão com outro

SÉRIE PRATA

> Metodista/São Bernardo enfrentou o SE Palmeiras na disputa pelo título

Metodista/São Bernardo vence Caxias pela Liga Nacional de Handebol e está classificada à fase final No dia 10 de novembro, jogando no sul do país, a equipe feminina da Metodista/São Bernardo venceu Caxias do Sul por 27 a 24 (12 a 09 no primeiro tempo). Com o resultado positivo, a equipe do ABC se classificou nesta última rodada para a fase final da Liga Nacional de Handebol. Agora, o time do técnico Eduardo Carlone espera o final da rodada para saber em qual posição ficará (luta pelo segundo e terceiro lugar na tabela). "No mínimo, em terceiro nos classificamos, agora temos que esperar os jogos das outras equipes para entender em qual lugar ficaremos e se, caso ficarmos em segundo, conseguimos ter o jogo decisivo em casa", avaliou o treinador. Carlone ainda ressaltou a dureza da partida. "Jogar contra Caxias nunca é fácil. Foi difícil e equilibrado. No primeiro tempo abrimos uma boa vantagem, porém depois não conseguimos nos manter sempre à frente", acrescentou. O destaque da partida ficou por conta da ponta Célia. "Para nós, nesse momento, o mais importante foi a classificação, independente se ficaremos em segundo ou terceiro. Viemos aqui para o sul em busca das duas vitórias e conseguimos. Contra Caxias sempre é um jogo muito pegado. Sabíamos que teríamos de vir aqui e jogar com toda nossa força", finalizou. Esporte Metô nas redes sociais Fique por dentro das novidades das equipes de handebol e de basquete pelo twitter @EsporteMeto e pelo Facebook, na página Universidade Metodista de São Paulo – Oficial.

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talento Metô

o que o professor faz fora da sala de aula

“Sempre tive um veio artístico” [ ALÉM

DAS AULAS NO CURSO DE

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, CÂNDIDA CONCEIÇÃO VIEIRA

TAMBÉM SE DEDICA A PRODUZIR PEÇAS EM PATCHWORK A destreza com os tecidos, linhas e agulhas não é de hoje e vem de família. Tanto a mãe como a avó faziam roupas e peças para casa, como aventais e jogos de cama. Assim, não foi difícil para Cândida Conceição Vieira, professora do curso de Ciências Biológicas, seguir no mesmo caminho. Quando mais nova, ela também fazia vestidos e blusas. “Sempre gostei muito do ritual de costurar, do corte, do encaixe perfeito, da precisão.” A docente, que tem um mestrado e um doutorado no currículo, conta que por muito tempo reprimiu este hobby para se dedicar à sua formação. “Sempre tive um veio artístico. Depois que fiz um curso, nunca mais evitei isso na minha vida.” E assim o patchwork passou a fazer parte de seu cotidiano.

sempre Metô

fotos: Arquivo Pessoal

> Professora Cândida Vieira (ao centro), cujo gosto pela costura e pelo patchwork foram herdados da mãe e da avó

E essa decisão de Cândida Vieira rendeu frutos. Alguns anos atrás, ela organizou um curso online de crazy quilting, com seis semanas de duração. “A demanda por esse tipo de informação no Brasil é enorme e a maior parte do

material é em inglês. Dei três vezes o curso e teria tema para mais outros três.” Além do curso, a professora publicou um livro com mais de 200 páginas sobre o assunto e chegou a ser convidada para dar aulas no Senac. Se aceita encomendas? “Não consigo fazer nada para vender. Sou exigente, perfeccionista e levaria muito tempo fazendo cada peça”, afirma a professora. “Mas já expus meus trabalhos e, na época que começou o Orkut, cheguei a montar uma comunidade sobre o assunto.” Até um portão que vejo na rua serve como inspiração. Sou privilegiada por fazer isso.” Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br

> Panô, um dos trabalhos em patchwork

Saiba mais Patchwork: técnica pela qual são emendados retalhos de tecidos de diferentes cores e tamanhos para formar desenhos, numa espécie de mosaico. Crazy quilting: técnica de patchwork em que são usados retalhos de tecidos de formatos e cores diferentes sem um padrão definido. Panô: painel decorativo de tecido liso ou estampado, podendo ter aplicações ou ser pintado, com ou sem moldura, usado em paredes.

reconhecendo o talento de egressos

Josinei Rodrigues: Formação EAD alavancou carreira em logística [ APÓS

A FORMAÇÃO,

JOSINEI

RECEBEU TRÊS PROMOÇÕES EM MENOS DE DOIS ANOS

Atuar há 12 anos na área de logística e ter interesse em crescer e inovar na carreira fizeram Josinei Rodrigues, 30, escolher o curso de Graduação Tecnológica em Logística. Após pesquisar sobre os cursos disponíveis em sua cidade, Itapeva, Josinei descobriu o curso da Metodista EAD (Educação a Distância) e procurou saber mais sobre a dinâmica de uma graduação a distância. “Decidi conhecer um pouco mais da teoria, além do que eu já fazia na prática. Vi que era um sistema muito bem planejado, tanto a grade curricular, como as avaliações, e acabei ingressando no curso.” O curso tinha aulas presenciais somente uma vez por semana, o que o deixou receoso no início. Entretanto, logo percebeu que isso podia ser positivo. “A dinâmi-

ca dos professores não deixava o curso monótono, mesmo sendo à distância as aulas eram bastante interativas. Além disso, a estrutura do pólo possui laboratórios e salas bem equipadas.” Logo que se formou, Josinei foi chamado para atuar na LaBorsan Brasil, empresa do segmento químico, fabricante e importadora de corantes, onde está até hoje. Lá, em menos de dois anos, recebeu três promoções. “Iniciei como auxiliar de logística, consegui uma promoção e me tornei operador logístico. Em 2011 passei a operador logístico pleno e agora operador logístico sênior.” Além disso, recentemente Josinei começou a integrar o Grupo de Excelência em Logística no Conselho Regional de Administração de São Paulo,

que rege os tecnólogos em logística. Ele concluiu uma pós-graduação, está cursando engenharia de produção e Paula Lima

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“Num curso EAD você tem que ir além da sala de aula, tem que pesquisar, é um curso que estimula a curiosidade.”

tem planos de montar uma consultoria especializada em logística reversa. Segundo Josinei, a área de logística reversa aborda a sustentabilidade e é dividida em duas partes: logística de pós-venda e logística de pós-consumo. O intuito é dar o destino certo para materiais descartados. “A de logística pós-venda é quando você compra alguma mercadoria e ela vem com algum defeito de fabricação, sem documento fiscal. Você tem que substituir alguma peça pra depois devolver ao cliente. Já na de pós-consumo, você compra uma mercadoria, utiliza ela por completo e finaliza sua vida útil”, explica. Paula LIma paula.come@metodista.br


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espaço Pastoral

Paz

[ PORQUE

UM MENINO NOS NASCEU, UM FILHO SE NOS DEU

Uma das associações que os textos bíblicos do Primeiro Testamento (AT) sempre fizeram com a figura do Messias esperado é com a Paz. A palavra hebraica para paz é Shalom e ela tem várias conotações: completo, saúde (corporal e social), bem estar; totalidade; segurança; prosperidade; sossego, tranquilidade, contentamento; amizade – referindo-se às relações humanas e com Deus especialmente; ausência de guerra. Portanto, o conceito é bem mais amplo do que quando falamos paz em nossa língua, quase sempre fazendo referência à ausência de guerra. Na tradição cristã há a identificação entre o Messias esperado do antigo Israel com Jesus Cristo (Achamos o Messias (que quer dizer Cristo), João 1:41b; Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; [...] Disse-lhe Jesus: Eu o sou, eu que falo contigo. João 4.25-26).

Profissão

Portanto, o Natal que todos os anos celebramos e que rememora nascimento de Jesus significa também o cumprimento da promessa de Paz do Primeiro Testamento. Entretanto, como celebrar a paz em uma situação como a que vivemos, na qual não há paz, nem no sentido da ausência de conflitos, com é na língua portuguesa, nem na completude e plenitude de vida, como na mensagem do primeiro testamento. Para entendermos isto talvez nos ajude a maneira como Ruben Alves interpreta a expressão saudade: “Saudade é a presença de uma ausência”. Sabemos da paz, ansiamos pela paz, no entanto o que experimentamos é a ausência de paz. Há sempre, sim, quem diga que há paz. E a Bíblia também condena esta atitude. E chama os arautos dessa paz de ‘falsos profetas’. Jeremias fala da atuação deles: Curam superficialmente a ferida do meu povo,

[...]

E O SEU NOME SERÁ:

dizendo: Paz, paz; quando não há paz. (Jr 6:14). Iniciamos este texto com a citação de Isaías falando do Príncipe da Paz. E no mesmo texto, no versículo seguinte, estão expressas essas condições: [...] o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça (Isaías 9.7). Mais adiante, no capítulo 32.17, Isaías diz: O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre. Portanto, se queremos uma sociedade e um mundo em paz, é essencial que exista justiça. Olhando para tanta desigualdade, para tantas forças que representam interesses enormes e os mais diversificados, para o poderio econômico e militar de alguns em detrimento da imensa maioria, podemos nos perguntar: É possível alcançarmos uma sociedade justa para que a Paz se torne realidade entre nós? A mensagem bíblica nos aponta: sim, é possível. O primeiro passo já

[...] PRÍNCIPE

DA

PAZ. ISAÍAS 9:6

foi dado, não por nós mas pelo próprio Deus, que nos estende sua paz: “Paz seja convosco!” disse o Jesus ressuscitado aos discípulos (Jo 20.19,21). E é através da violência, da tortura, da morte e ressurreição de Jesus que podemos alcançar a paz com Deus: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5:1). É a partir dessas condições que pode se cumprir o que o profeta Miquéias disse: Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. Miquéias 6:8. Paz para você e para o mundo, neste Natal e no Ano Novo! Reverendo Luiz Eduardo Prates da Silva, coordenador da Pastoral Universitária e Escolar

novidades dos cursos

Jogos Digitais e polo EAD Rudge Ramos são novidades para Vestibular [ INSCRIÇÕES

ESTÃO ABERTAS PARA GRADUAÇÃO PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

O campus Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo (SP), é o mais novo polo de apoio presencial para os estudantes que optam por uma graduação a distância. Nele serão oferecidos os cursos de Letras – Língua Portuguesa (em 3 anos, com opção de Espanhol com mais 1 ano), Ciências Sociais, Gestão Ambiental, Gestão Pública e Jogos Digitais. Este último é o mais novo curso da Metodista e vem para atender uma crescente demanda do mercado. O professor Sérgio Dassie, um dos responsáveis pela elaboração do conteúdo pedagógico, explica que esse tipo de profissional trabalha com o

desenvolvimento de jogos para diferentes dispositivos, como computadores, consoles de videogames, celulares e tablets. “Para desenvolver esses jogos, o designer de games observa tendências, estuda o comportamento do seu público, o perfil cultural onde o jogo vai ser inserido e os contextos sociais para alimentar suas percepções e desenvolver suas artes conceituais.” Fruto de uma parceria entre as faculdades de Exatas e Tecnologia (Facet) e Comunicação (FAC), o curso terá 2,5 anos de duração (Graduação Tecnológica). “A ideia é que o aluno concilie trabalho e estudo”, afirma o diretor da FAC, professor Paulo

Rogério Tarsitano. O novo polo fica na Rua Alfeu Tavares, 149, Rudge Ramos, São Bernardo do Campo (SP). As informações e inscrições dos cursos oferecidos no novo polo estarão disponíveis a partir do dia 27/11. As inscrições para o Processo Seletivo estão abertas e podem ser feitas até o dia 1º de fevereiro para os cursos EAD (Educação a Distância) e 15 de fevereiro para os presenciais. Mais informações podem ser obtidas no endereço www.metodista.br/vestibular ou pelo telefone 4366-5000.

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CAIXAS ABERTAS Movidos pela curiosidade e pela vontade de saber mais, alunos e professores apresentam suas inovações e descobertas no Congresso Metodista

Presencialmente ou a distância, professores e estudantes da Graduação e da Pós-Graduação da Metodista e de outras instituições “abriram suas caixas” e compartilharam o que têm descoberto por meio da pesquisa. O Congresso Metodista deste ano começou diferente. “Quisemos marcar a abertura com uma atividade cultural, mostrar o valor que se dá à cultura e ao conhecimento”, afirmou a presidente do Congresso, professora Elizabete Gonçalves. E foi assim, com um concerto didático, que a Filarmônica Jovem Camargo Guarnieri executou peças de trilhas sonoras de filmes como Jurassic Park, Perfume de Mulher, Piratas do Caribe e Indiana Jones na abertura do XV Congresso Metodista. Para o coordenador do Núcleo de Formação Cidadã, professor Oswaldo de Oliveira, “a vida do pesquisador é como uma orquestra, com muito som e também com silêncio”. Os dias que se seguiram, 23, 24 e 27 de outubro, foram “com muito som”, nas palavras do docente, “porque sintetizaram o esforço de mais de 700 pessoas que desenvolveram seus trabalhos por tanto tempo”. “O nosso desafio é interpretar o evento como uma oportunidade para encontros e trocas e não como uma tarefa”, afirmou a professora Elizabete Gonçalves. Nas próximas páginas, você confere um pouco do que foi compartilhado por alunos e professores, tanto da Graduação como dos Programas de Pós-Graduação.

Consumo de álcool durante a amamentação pode prejudicar os bebês “Vemos muita propaganda na televisão que fala do efeito da nicotina e da bebida no bebê durante a gestação, mas as pessoas acabam esquecendo um pouco da fase da amamentação, que também é importante”. A explicação sobre o que motivou o estudo foi feita pela aluna do 8º semestre de Biomedicina, Michelle Acco Gomes. Segundo a estudante, a ideia era verificar o impacto do consumo de álcool para o bebê durante a lactação. Para isso, ela conta que trabalharam com camundongos. “As mães tiveram a gestação somente com consumo de água. Só a partir do nascimento dos filhotes é que colocamos uma garrafa com água e álcool a 8%”. Durante a pesquisa, os parâmetros físicos avaliados, como abertura dos olhos e desdobramento de orelha, não sofreram nenhum tipo de alteração. No entanto, “na parte reflexológica, percebemos que o efeito é maior nas fêmeas. Elas tiveram alteração para escalar uma tela e nos machos percebemos que eles tiveram dificuldades no reflexo de agarrar. Isso tudo com quatro a oito dias de vida”, afirmou Michelle Gomes. De acordo com ela, houve também uma alteração da massa corporal dos filhotes, logo no início da fase adulta, com 40 dias de vida. Ao apresentar esse trabalho, a aluna diz que o objetivo é que sirva de alerta para a população. “É importante as mães ficarem sempre atentas à ingestão de álcool durante a lactação, porque o álcool interfere na maturação do sistema nervoso central nos bebês e causa alterações no reflexo da criança”.

“Tratamento sim, mas como sabor” Diante do fato de que dieta hospitalar normalmente tem uma avaliação negativa e consciente de que este quadro pode ser diferente, Vanessa Ghiberti, do último semestre de Gastronomia, realizou um trabalho junto ao Serviço de Nutrição e Dietética (SND) do Instituto Central do Hospital das Clínicas, em São Paulo. “A gastronomia costuma ser muito associada ao turismo, a restaurantes, a temperos diferentes e a cozinhas típicas. Mas a comida no hospital pode ser bem feita e gostosa”, afirmou a estudante. Para ela, “o desafio do chef é resgatar o prazer de comer, de ‘dar água na boca’, de tornar os alimentos mais atraentes para os pacientes. Tratamento sim, mas com sabor”. A proposta do trabalho “Gastronomia Hospitalar – uma visão sobre cozinha experimental” foi o de modificar oito receitas – quatro doces e quatro salgadas – com o intuito de diminuir a quantidade de calorias, gorduras, sal e aumentar as fibras e apresentá-las ao SND. Além de alcançar esses objetivos, entre os resultados obtidos, a estudante afirmou que “o trabalho feito vem aumentando o interesse dos pacientes e a adesão ao tratamento”. Segundo ela, “as modificações nas receitas não alteraram a textura da preparação e o custo médio do valor de cada uma ainda foi menor do que o da receita original”. Também formada em Nutrição, Vanessa Ghiberti comentou que seu interesse por pesquisa foi despertado durante o curso. “Na faculdade, nós desenvolvemos muitos trabalhos científicos. Estar aqui, fazendo essa apresentação, é importante porque podemos mostrar um pouco do que a gente estuda tanto.”


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Mônica Rodrigues

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> Filarmônica Jovem Camargo Guarnieri: abertura do Congresso marcada por atividade cultural

“Precisamos chegar à terceira idade com saúde e mentalmente bem” A motivação pessoal de uma das participantes do grupo somada aos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) quanto ao aumento da população idosa no País fizeram com que Andréia Fonseca, Sheila Martins e Karla Gonçalves, do 8º semestre de Educação Física, desenvolvessem um trabalho para verificar qual a influência dos exercícios físicos na memória dessa faixa etária. Andréia Fonseca explicou que o estudo foi realizado com 50 voluntários, homens e mulheres, que foram divididos em dois grupos – sedentários e ativos. “Nós constatamos que os exercícios físicos auxiliam sim na manutenção da memória.” A estudante comentou ainda que “a ideia de apresentarmos este trabalho é para levarmos informação para as pessoas. Todo mundo conhece ou tem alguém de mais idade na família”. “Nós também chegaremos à terceira idade. Por isso é importante incentivar as pessoas a praticarem exercícios físicos. Temos saúde hoje, mas precisamos chegar lá com saúde e mentalmente bem”, afirmou Karla Gonçalves.

16 anos depois o tema orientação profissional continua atual O ano de realização do trabalho, 1996, não apareceu no pôster que estava sendo exposto no Campus Planalto com receio de que ninguém se interessasse. A data, no entanto, era mero detalhe porque, mesmo após 16 anos, o assunto continua atual. Sandra Peres, do 1º semestre do Mestrado em Psicologia da Saúde, apresentou um projeto que conduziu na empresa em que atuava. “Eu precisava fazer um trabalho de conclusão de curso para a titulação de psicodramatista. Como a empresa implantou o plano de carreira e ia pagar o curso [faculdade] para os funcionários, vi uma oportunidade a partir da necessidade que existia lá.” A aluna explica que com o plano de carreira, era necessário que os funcionários cumprissem alguns requisitos para ter acesso a determinados cargos, entre eles, a formação acadêmica. Para tanto, foi preciso um trabalho de orientação profissional, para que definissem qual curso fariam. Assim, um projeto-piloto foi realizado com um grupo de nove pessoas, que participaram de nove encontros ao longo de dois meses. Com o psicodrama, que se baseia na vivência e na dramatização, eles tiveram a oportunidade de se imaginar nas profissões em que identificaram afinidade. Ao final do programa, sete deles saíram com a profissão definida e os outros se decidiram dois meses depois. Pela primeira vez apresentando o trabalho no formato de pôster, Sandra Peres conta ter pensado que ficaria em pé ao lado do banner, chamando as pessoas para que a ouvissem. “Está sendo muito interessante. Todos os alunos de Psicologia estão vindo aqui e perguntando. Um trabalho de 96, mas que é muito atual”.


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> Jogo utiliza a tecnologia Kinect para auxiliar na alfabetização

Mídias Digitais Sociais no auxílio ao EAD Entre as novas tecnologias da informação e da comunicação se destacam as mídias digitais sociais. Pensando nisso, a estudante da Pós-Graduação em Comunicação Social, Valéria Calipo, buscou estudar “o quanto a educação a distância usa essas ferramentas, mídias e redes sociais para a aprendizagem”. Em suas pesquisas, Valéria notou que a maioria das instituições de ensino possui laboratórios de informática, porém apenas 20% dos professores aproveitam esse meio. Além disso, “é notável que a geração Y, pessoas com idade entre 20 e 30 anos, têm facilidade em acessar os métodos EAD. Porém é preciso foco e maturidade para absorver os conteúdos”, comentou. Entre os resultados também foi possível perceber que a maioria dos alunos usa as mídias sociais digitais para se comunicar com as universidades, porém acreditam que essa comunicação deve ser mais colaborativa.

Desenvolvimento de jogo educacional utilizando Kinect Tornar o ambiente de aprendizado descontraído, inovador e divertido. Com esse intuito os alunos Olimpio Farias, Aleson Clayton Pereira e Rodrigo Sanches, do curso de Sistemas de Informação, desenvolveram um jogo para auxiliar a alfabetização das crianças. O jogo foi pensado com base na interatividade do Kinect, acessório eletrônico desenvolvido para videogames que permite a interação da pessoa com a máquina sem nenhum tipo de controle remoto; e na teoria do construtivismo, que afirma que crianças constroem o “saber” por meio de experiências cognitivas. Olimpo enfatiza que “o jogo não vem para substituir o papel do professor, e sim para auxiliar e trazer uma nova forma de comunicação para o cotidiano das crianças”. Para jogar, a criança se posiciona em frente ao Kinect que, ligado a um monitor, mostrará uma figura. Com as próprias mãos, o jogador deve selecionar as letras e arrastá-las nos locais indicados para formar o nome da figura. “O sensor reconhece, interage com a criança”, comenta Rodrigo. “A facilidade que as crianças têm com a tecnologia é um motivador para o aprendizado”, completa Olimpio.

Sistema de registro auxilia empresas a aproveitar oportunidades Otimizar cadastros e oferecer às organizações benefícios em seus processos de vendas foi o intuito do grupo formado pelos alunos Adriano Fukuda, Karen Belmude, Jacqueline Barbosa, Régis Reis e Wender Cristian, do curso de Sistemas de Informação. Os alunos criaram um projeto de software online que evita burocracias e proporciona maior controle da empresa para identificar clientes potenciais. “A empresa onde eu trabalho tinha problemas para controlar as oportunidades. Como elas surgem a todo o momento, o sistema contribui tanto para a empresa, como para os clientes”, conta a integrante do grupo, Karen Belmude. O projeto poderá ser utilizado por empresas de tecnologia que têm foco em atendimento a clientes públicos e privados. Com o software, os vendedores poderão fazer o registro das oportunidades de negócio, incluir produtos e serviços e evitar a duplicidade das informações. Karen relata outro benefício da aplicação. “O acesso poderá ser


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Vanessa Ghiberti

feito em qualquer lugar com rede de internet. É uma ferramenta totalmente online, não necessitando ser instalada no computador.” Sendo assim, outras áreas da empresa também podem utilizá-lo para buscar informações e elaborar metas de venda, estratégias de marketing e planos de negócio. “Os administradores, técnicos e vendedores também estarão cadastrados no sistema, com acesso a todas as informações necessárias para a atuação mais eficaz de cada um”, completa.

Seminário de Extensão Realizado paralelamente ao Congresso Metodista, o Seminário de Extensão apresentou alguns dos projetos realizados na área. Aqui você fica sabendo um pouco mais sobre o Programa de Libras (Língua Brasileira de Sinais), Economia Solidária – Montanhão, Projeto Rondon e o Biovia.

Libras na Universidade: reflexões e práticas docentes A entrada de alunos surdos sinalizados, como são chamados os que conhecem e utilizam a Libras, em 2006, motivou a criação de uma disciplina eletiva e uma oficina de férias para professores, estudantes e funcionários para que aprendessem o básico sobre a língua. Presente na Universidade desde o início do projeto, o professor Osmar Pereira explicou que, de acordo com o decreto 5626/2005, a disciplina de Libras “é obrigatória em todos os cursos de formação de professores para o exercício do magistério”, e é oferecida como optativa para os demais cursos. Destinado aos alunos da graduação de Letras a distância, mas aberto à participação de estudantes de outros cursos, está em andamento um projeto para inserir a Libras nas comunidades a que pertencem. Em trecho de um vídeo, Carlos Rabelo, do 6º semestre de Pedagogia, do polo de Altamira (PA), falou sobre a iniciativa: “Eu tinha contato com uma pessoa surda, mas não com a Libras, o que tem facilitado o entendimento com essas pessoas. Esse preparo durante o curso vai ser importante para ajudar no trabalho que eu desenvolvo.” De acordo com Osmar Pereira, esse projeto de extensão também tem possibilitado sanar dúvidas como a diferença entre surdo e deficiente auditivo e está na fase de orientação .

Economia Solidária O projeto “Redes de Gestão e Serviços para uma Comunidade Solidária”, da Faculdade de Gestão e Serviços, é mais conhecido como “Projeto Montanhão”, por ter sido realizado no bairro que leva o mesmo nome, em São Bernardo do Campo (SP). Concluído no final de 2011, um grupo de alunos e de professores fez um trabalho junto a pequenos empreendimentos – salão de cabeleireiro, açougue, mercadinho – da comunidade. O professor Marco Aurélio Bernardes conta que no início chegaram dizendo: “‘Seu’ José, o senhor tem que fazer assim, tem que fazer assado, e ele respondia que não tinha condições para aquilo. A gente esqueceu que aquele ‘camarada’, por boa parte da vida sustentava a família com aquele empreendimento”. Com esta situação, Marco Aurélio cita uma lição: “O consultor nunca impõe, ele verifica o que o cliente deseja. Isso foi um aprendizado para professores e alunos. A gente aprende com todo mundo, o tempo inteiro”. Com isso, explica que a equipe desenvolveu uma metodologia que levou em conta a mudança de postura dos alunos e

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> Prato sugerido pela aluna Vanessa Ghiberti no trabalho sobre gastronomia hospitalar: “o desafio do chef é resgatar o prazer de comer”


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Mônica Rodrigues

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> Projeto Biovia já atendeu mais de 500 caminhoneiros

Projeto Biovia: Missão e Reflexão na Faculdade da Saúde dos professores, em que o conhecimento teórico da Universidade somou-se ao prático daqueles pequenos empresários. De acordo com ele, algumas ações foram feitas aos poucos – formalização do negócio, contratação dos funcionários – o que gerou outras consequências, como melhor atendimento, relação de confiança entre o estabelecimento e os clientes. “Resumindo, na época ele faturava R$ 2.000 e pagava R$ 150 para cada ajudante. Hoje os ajudantes são contratados, recebem o [salário] mínimo e o faturamento dele é de R$ 30.000, no meio da favela”. A partir desse novo quadro, o dono do mercadinho sentiu necessidade de voltar a estudar, porque não poderia mais fazer a administração apenas com anotações em um caderno, como vinha fazendo. Da mesma maneira, todas as funcionárias se matricularam no Ensino Médio. Este é apenas um dos exemplos do que foi feito ao longo de três anos. A partir de fevereiro, a experiência adquirida no Montanhão será compartilhada em Diadema. A cidade possui um projeto de incubadora pública no qual pessoas interessadas em montar cooperativas receberão orientações para concretizar a ideia. O acompanhamento desses projetos por parte da Metodista possibilitará ainda que os empreendedores de São Bernardo conversem sobre boas práticas e troquem informações. A iniciativa contará ainda com a participação de alunos e professores de Psicologia, Gestão Financeira, Marketing e Gestão de Pessoas.

Abordar as situações vivenciadas, indicar os pontos positivos e buscar novos caminhos para enfrentar as dificuldades foi o que motivou a mesa-redonda Projeto Biovia, uma parceria que envolve a Metodista, por meio de seu Núcleo de Sustentabilidade e da Faculdade da Saúde, a Ecovias e a seguradora Porto Seguro. Em um espaço localizado no km 40 do sistema Anchieta-Imigrantes, professores e alunos dos cursos de Biologia, Biomedicina, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Medicina Veterinária prestam atendimentos visando melhorar a qualidade de vida dos caminhoneiros. “Toda vez que eu pago o pedágio na Ecovias eu tenho a noção de que o dinheiro contribui para projetos como esse”, contou a professora e idealizadora do projeto, Meire Cristina Alves de Castro. Eliane Céu Moreira, aluna de Biomedicina, destaca os bene-


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11 Mônica Rodrigues

DEZ.JAN

> Projeto Rondon, que conta com participação da Metodista por meio dos Projetos de Extensão

fícios: “Primeiramente a aprendizagem, e também para conhecer os desafios dos caminhoneiros. Para o profissional é um campo muito amplo, por isso é legal conhecer as diferentes áreas e promover essa integração” No primeiro ano de funcionamento do projeto os resultados foram significativos. “No início, os atendimentos eram realizados diariamente, cada dia da semana correspondia a determinados serviços. Para o 2º semestre, fizemos uma ação nova: O mutirão Ação Caminhoneiro, onde todos os serviços são oferecidos conjuntamente”, relatou Meire. De março até outubro deste ano foram realizados 863 atendimentos. Os principais problemas encontrados nos caminhoneiros foram: 80% com problemas bucais 31% com pressão arterial alterada 76% com índice de massa corporal elevado 30% com alteração no teste rápido de glicemia

Projeto Rondon: “O conhecimento pode mudar a sua vida e de muitas outras pessoas” Promover o conhecimento de um projeto tão importante e disseminar princípios como cidadania, voluntariado e solidariedade motivaram o debate sobre o Projeto Rondon. Na ocasião, professores e alunos contaram um pouco sobre suas experiências como participantes. O Rondon é um projeto de integração social, coordenado pelo Ministério da Defesa, que envolve a participação voluntária de estudantes universitários na busca de soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes e para uma melhor qualidade de vida da população. As principais ações desenvolvidas pela Metodista, que já participou em oito edições, são nas áreas da cultura, educação e saúde. A professora Camila Faustinoni Cabello, da Faculdade de Comunicação, conta que, ao desenvolver as ações, “não adianta chegar querendo mudar tudo, temos que respeitar a cultura de cada local. É preciso conhecer a história do lugar e se adaptar a isso.” A próxima operação é a São Francisco, que acontecerá em janeiro de 2013, no município de Frei Paulo, em Sergipe. O professor Victor Hugo Bigoli, da Faculdade da Saúde, enfatiza a importância de projetos como este. “Todo trabalho de extensão visa um trabalho de cidadania, um trabalho social, diversão e, é claro, profissionalmente engrandece muito, faz a diferença para a vida e para o mercado.”


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drops de

Cultura

#livrometodista Divulgação

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Intocáveis

Perguntamos aos alunos, professores e funcionários o que eles têm lido. Como resposta, recebemos diversas fotos com sugestões de leitura. Separamos duas para apresentar aqui. As demais você pode conferir na página da Metodista no Facebook: www.facebook.com/universidade.metodista.

Inverno do Mundo Claudia Pagotto, professora da Faculdade de Humanidades e Direito

Segundo livro da trilogia “O Século”, “Inverno do mundo” conta a história de cinco famílias - americana, alemã, russa, inglesa e galesa - que tiveram seus destinos entrelaçados no início do século XX. A vida de Carla von Ulrich, filha de pai alemão e mãe inglesa, sofre uma reviravolta com a subida dos nazistas ao poder. Woody e Chuck Dewar, dois irmãos americanos, seguem caminhos distintos que levam a eventos decisivos. Em meio à

Os Três Mosqueteiros Clara do Nascimento, aluna do curso de Psicologia O jovem d'Artagnan chega praticamente sem posses a Paris, mas, depois de alguns percalços, consegue se aproximar da guarda de elite do rei Luis XIII - os mosqueteiros. Nela conhece os inseparáveis Athos, Porthos e Aramis, que passarão a ser seus companheiros de

Se você também quer nos contar as boas histórias que têm acompanhado você por aí, mande-nos uma foto com o livro que você está lendo e uma frase dizendo por que recomenda a leitura. Confira mais detalhes: http://bit.ly/T8tip2. *Ao enviar sua foto, você estará autorizando a divulgação via mídias oficiais da Metodista.

Guerra Civil Espanhola, o universitário inglês Lloyd Williams descobre que tanto o comunismo quanto o fascismo têm de ser combatidos com o mesmo fervor. A jovem e ambiciosa americana Daisy Peshkov só se preocupa com status e popularidade até a guerra transformar sua vida mais de uma vez. Enquanto isso, na URSS, seu primo Volodya consegue um cargo na inteligência do Exército Vermelho que irá afetar não apenas o conflito em curso, como também o que está por vir. Autor > Ken Follett / Ed. > Arqueiro / Pág. > 880 Preço > R$ 59,90

aventuras. Juntos, os quatro enfrentam combates e perigos a serviço do rei, e sobretudo da rainha, Ana da Áustria, tendo por inimigos principais o cardeal de Richelieu, a misteriosa Milady e o ousado duque de Buckingham. Autor > Alexandre Dumas / Editora > Zahar / Páginas > 688 (edição comentada e ilustrada) ou 792 (Edição Bolso de Luxo) / Preço > R$ 79 ou R$ 39,90

QUER VER SUA DICA PUBLICADA NO DROPS DE CULTURA? Então envie um e-mail para imprensa@metodista.br sugerindo um filme e fique de olho no Jornal da Metodista!

Já considerado um fenômeno mundial, o filme francês traz a história de Philippe, um rico aristocrata que, após um acidente de parapente fica paraplégico, e contrata Driss, um jovem recém-saído da prisão para ser seu cuidador. Driss não parecia ser a pessoa mais adequada para essa função, mas o que era pra ser um período experimental acabou se tornando uma grande aventura, de amizade, companheirismo e confiança. A mistura entre dois mundos completamente diferentes e a relação única, inesperada e até mesmo cômica entre eles são o que tornam o filme tocante e inesquecível. Direção > Olivier Nakache, Eric Toledano Distribuidora > California Filmes Ano > 2011 Elenco > François Cluzet, Omar Sy

dica do aluno Aluno > Jéssica Correa Curso > Relações Públicas Filme > Tropicália “Um dos maiores e mais importantes movimentos culturais do Brasil é relatado nesse documentário. O filme mostra o que os precursores do movimento acham disso hoje em dia e a resistência do povo em aceitar algo novo. É também um filme instrutivo tanto para quem conhece, quanto para quem busca saber um pouco mais sobre a história do Brasil.”


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internacional Metô

Destino: Brasil Por meio de diversos programas de intercâmbio, nos últimos semestres a Metodista tem possibilitado que estudantes façam parte de seus estudos em uma universidade parceira de qualquer local do mundo. A experiência, que contribui ainda para o crescimento dos alunos, ocorre também no sentido inverso, com a recepção de alunos estrangeiros. Quando o Jornal da Metodista entrevistou Alejandro Menéndez, espanhol que veio da Universidade de Burgos para cursar Rádio, TV e Internet, o estudante estava há dois meses no Brasil. Em pouco tempo, no entanto, uma das gírias comumente usada pelos jovens já estava incorporada. “Si, si, beleza”, foi repetido diversas vezes. Logo no início da conversa, Alejandro apontou uma das diferenças em relação ao seu país: “Lá, o curso de

NA

ESPANHA,

ESTAVAM ENTRE AS OPÇÕES.

Comunicação engloba todas as áreas, Jornalismo, Relações Públicas, Rádio e TV e a parte prática acontece depois. Nos primeiros anos, temos muitas disciplinas teóricas”. Ele explica que a opção por cursar RTVI se deu por ser algo mais próximo do que fazia na Espanha. “Gosto de lidar com câmera de TV e de fotografia e trabalhava em uma produtora. Além disso, gosto também do contato com as pessoas, do movimento, de saber mais sobre a cultura”, afirmou. Ao comentar sobre a escolha de vir para a Metodista, disse que tinha outras duas alternativas: ir para Sicília, na Itália, ou para Sevilha e permanecer na Espanha. “Acabei escolhendo o Brasil por ser um lugar que eu ainda não conhecia, por ter um idioma semelhante e porque será ótimo ter o nome da Metodista no meu currículo.”

MAS ALEJANDRO MENÉNDEZ

DECIDIU ESTUDAR

RÁDIO, TV

E

Gabriela Rodrigues

[ SICÍLIA, NA ITÁLIA, E SEVILHA, INTERNET NO BRASIL

Alejandro contou que está morando em uma república com outros 15 estudantes. Quando questionado sobre a convivência e a adaptação, ele disse que “na Espanha também morava com outras pessoas, mas eles são muito ‘fechados’. Aqui, as pessoas são mais hospitaleiras, mais alegres. São melhores para conviver”. O estudante comentou ainda que, se for possível, ficará mais tempo no País. Apesar da saudade, disse que conta com o apoio de amigos e da família. Alejandro quer aprender mais sobre a cultura, conhecer outras cidades e ainda seguir a recomendação de uma amiga que fez aqui: experimentar um legítimo pão de queijo em Minas.

Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br

Alejandro Menéndez: “Aqui, as pessoas são mais hospitaleiras, mais alegres”


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acontece na Metô

É TETRA!

Metodista conquista mais uma vez Prêmio do Guia do Estudante [ ALUNOS

DE

Um trabalho bem executado merece reconhecimento. E foi assim que a Metodista conquistou, pela 4ª vez consecutiva, o prêmio do Guia do Estudante como a melhor universidade do País entre as instituições de ensino privado na categoria Comunicação e Informação do Guia do Estudante da Editora Abril. O Guia avaliou os cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Rádio TV e Internet, Relações Públicas, Secretariado Executivo Bilíngue e Letras – Tradutor e Interprete em Inglês.“Recebemos a notícia com muita alegria. Ganhar esse prêmio não é uma tarefa fácil porque estamos falando de um cenário nacional. O mérito é dessa coletividade que trabalha buscando sempre aprimorar a qualidade”, celebrou o diretor da Faculdade de Comunicação, professor Paulo Rogério Tarsitano. Já Luiz Silvério Silva, diretor da Faculdade de Administração e Economia, acredita que “o prêmio é prova do conjunto de fatores positivos dos serviços de qualidade que a Metodista presta. O curso de Secretariado Executivo Bilíngue ter conquistado 5 estrelas é muito importante”. Jung Mo Sung, diretor da Faculdade de Humanidades e Direito, que abriga o curso de Letras – Tradutor e Intérprete em Inglês, lembra que o campo da comunicação é cada vez mais significativo. “É uma grande honra recebermos este prêmio. A tradução da fala e da cultura é muito relevante nos dias de hoje e apostamos com qualidade neste curso.” A publicação ainda conferiu à Universidade 75 estrelas em 21 cursos.

Dedicação é fórmula para o sucesso Os trabalhos de conclusão de curso de recém-formados dos cursos de Jor-

JORNALISMO

E

RELAÇÕES PÚBLICAS

TAMBÉM FORAM PREMIADOS EM OUTROS DOIS EVENTOS

Bruno Landim Pedersoli

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Alunos da agência Mosaico comemoram a conquista do prêmio da ABRP

nalismo e Relações Públicas da Metodista receberam importantes premiações para a área de comunicação.

Jornalismo Com a produção do livro “Quelé: a voz da cor, obra e legado de Clementina de Jesus”, os egressos do curso de Jornalismo conquistaram um prêmio na Expocom Nacional (Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação). O intuito dos autores Felipe Castro, Janaína Marquesini, Luana Costa, Marina Kobayashi e Raquel Munhoz era produzir um trabalho jornalístico e documental que retratasse a cultura popular brasileira. Para o professor do curso de Jornalismo e orientador do trabalho, Herom Vargas, “é um prêmio ao esforço e à seriedade dos alunos. Demonstra que trabalho em equipe, dedicação e responsabilidade em executar um projeto são sinônimos de um bom trabalho”.

Raquel Munhoz expressa o sentimento do grupo: “Ficamos muito felizes. Acreditamos que vai trazer mais visibilidade à cultura e principalmente à Clementina de Jesus. Foi uma grande emoção e o reconhecimento de um trabalho que fizemos com dedicação e amor.”

Relações Públicas As agências experimentais Atena e Mosaico, criadas para produção dos trabalhos no decorrer do curso, foram contempladas com o Prêmio ABRP (Associação Brasileira de Relações Públicas) em três categorias. Segundo a professora Marli dos Santos, que orientou um dos trabalhos, “a premiação reconhece o trabalho sério que é desenvolvido no curso de Relações Públicas, que capacita o aluno a desenvolver projetos completos, com clientes reais”. “Ganhar dois prêmios da ABRP, único prêmio para recém-formados da nossa área, foi o reconhecimento de

um ano inteiro de esforço e dedicação, e a prova do nosso profissionalismo”, comemorou Nayara Landim, da agência Mosaico, que ganhou em 1º lugar na categoria Campanha de Responsabilidade Socioambiental e Sustentabilidade e em 3º lugar na categoria Relacionamento com a Imprensa com o projeto “Welcome Sheraton WTC”. O projeto “Museu do Futebol”, produzido pela agência Atena, também ficou com o 1º lugar na categoria Setor Cultural. Maira Manesco, integrante da agência, destaca o apoio da Faculdade de Comunicação nesta conquista. “Ao longo dos quatro anos, crescemos e aprendemos muito com cada professor que nos deu aula. O Prêmio nos mostra que evoluímos, foi aprendizado pessoal e profissional. Para a nossa vida é uma conquista que vamos levar para sempre.” Gabriela Rodrigues e Paula Lima gabriela.rodrigues@metodista.br paula.come@metodista.br


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jornalismo Científico

Estudo verifica a relação entre evangélicos e periferia urbana [ TRABALHO FOI FEITO POR UM GRUPO DE PESQUISA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO HÁ GRUPOS COMO ESSE EM DIVERSAS ÁREAS. SAIBA COMO PARTICIPAR “Os evangélicos são um dos grupos religiosos mais estudados no Brasil. Porém, a observação daquilo que acontece com as práticas religiosas nas periferias urbanas é pouco conhecida.” Quem explica a motivação do grupo de pesquisa Religião e Periferia na América Latina (Repal) é o seu coordenador, o professor Paulo Barrera Rivera. “A intenção do Repal é justamente focar o estudo nas periferias urbanas”. No site do Programa de Pós-Graduação em Ciências de Religião, o Repal é descrito como “um espaço de debate e crítica de publicações e pesquisas recentes”, além de se dedicar a estudos teóricos sobre o assunto, desenvolver pesquisas, promover semi-

nários e manter relações com grupos e centros de pesquisa de problemas urbanos, dentro e fora do Brasil. Um dos resultados recentes do grupo foi o lançamento do livro “Evangélicos e periferia urbana em São Paulo e Rio de Janeiro – Estudos de sociologia e antropologia urbanas”, fruto de um trabalho de três anos.

Grupos de pesquisa O Repal, que faz parte do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião, é apenas um dos grupos de pesquisa existentes na Metodista. Os demais programas – Educação, Comunicação, Administração e Psicologia – também possuem seus próprios grupos. Para participar de um deles, o primeiro passo é entrar em contato com o responsável pelo grupo, como explica a professora Roseli Fischmann, coordenadora do Programa de PósGraduação em Educação. “A pessoa deve mandar um e-mail para o pes-

EM

CIÊNCIAS

quisador-líder, falando do interesse. Quem está na graduação pode se envolver por meio de bolsa de iniciação cientifica, como o PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica) ou pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).” Segundo a docente, “cada grupo de pesquisa tem uma dinâmica própria. Há grupos que se estruturam em torno de um projeto de pesquisa, outros de grupos de estudos. Também existem grupos de pesquisa que fazem evento anual e o interessado pode vir a colaborar no evento”. De acordo com Roseli Fischmann, “é importante que a pessoa seja aberta às possibilidades de participação”. A professora afirma ainda que “é preciso ler, se inteirar sobre o assunto, ler sobre o que o professor escreveu e ver de que maneira pode se envolver. O bonito disso é que o envolvimento no grupo de pesquisa é sempre um

DA

RELIGIÃO.

caminho de mão dupla. A pessoa tanto recebe como oferece, colabora”. Para conhecer os grupos de pesquisa de cada Programa de Pós-Graduação, acesse www.metodista.br/stricto e selecione de acordo com a área de interesse. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail secretariapos@metodista.br. Confira uma breve entrevista com o professor Dario Paulo Barrera, em que ele fala sobre o livro "Evangélicos e periferia urbana em São Paulo e Rio de Janeiro”: http://bit.ly/PRohTf Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br

Professor Dario Paulo Barrera fala sobre o livro "Evangélicos e periferia urbana em São Paulo e Rio de Janeiro”

Editora Metodista contou com diversos lançamentos de professores em 2012 [ LIVROS

VISAM COLABORAR PARA CONHECIMENTO ACADÊMICO E COMUNITÁRIO

Desde a década de 1980, a Editora Metodista publica livros e revistas científicas na busca de disseminar conhecimento e proporcionar leitura de qualidade a alunos e docentes. Assim também em 2012, quando foram lançados cinco títulos escritos e organizados por professores da Universidade Metodista de São Paulo. “Temos a compreensão de que o papel da universidade vai muito além dos limites do campus e de que temos muito a contribuir com o entorno, as comunidades do ABC. Desenvolvemos estudos e tecnologias, não apenas a partir da teoria, mas da interação com pessoas e situações”, afirma o

professor Marco Aurélio Bernardes. Confira os livros lançados, que visam colaborar para o conhecimento acadêmico e comunitário: • Trabalho, Economia Solidária e Desenvolvimento Social: O caso da Rede de Economia Solidária na Comunidade do Montanhão em SBC/SP, de José Veríssimo Romão de Netto e Marco Aurelio Bernardes. O livro descreve o caminho trilhado pela Universidade Metodista de São Paulo e a Comunidade do Montanhão, em São Bernardo do Campo, SP, em direção a uma realidade mais humana e solidária. Fala, ainda, sobre os re-

sultados alcançados e reflete crítica e historicamente acerca das relações de trabalho no Brasil e no mundo, chamando a universidade a ocupar o papel de agente do processo de transformação da realidade social. • Tensões em rede: os limites e possibilidades da cidadania na internet (org.) Sergio Amadeu da Silveira e Fabio B. Josgrilberg. Este livro apresenta uma visão interdisciplinar do debate sobre as possibilidades democráticas da internet, trazendo reflexões e resultados de pesquisa sobre temas como a abertura da rede – móvel e fixa –, o ativismo hac-

ker, a questão do anonimato na rede, a relação entre os poderes públicos como a transparência, abertura de dados e colaboração com a cidade civil. • Educação e Tecnologia na Universidade: Concepções e Práticas, de Adriana Azevedo, Fabio Josgrilberg e Francisco Lima. Os artigos evidenciam o processo de consolidação do Projeto de (Educação a Distância) EAD na Universidade Metodista por meio dos relatos e reflexões sobre o desenvolvimento das experiências construídas e compartilhadas na realização das atividades pedagógicas, técnicas e de gestão.

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Mais Cidadania

o lugar das práticas cidadãs e sustentáveis da Metodista

Escritório de Assistência Jurídica promove prática da profissão e exercício da cidadania CURSO

DE

DIREITO

PROPORCIONA ACESSO À JUSTIÇA PARA COMUNIDADES CARENTES

Fortalecer a teoria na prática e ao mesmo tempo contribuir com a formação profissional e com a sociedade. No Núcleo de Prática Jurídica do curso de Direito da Metodista tudo isso é possível. Constituído por diferentes projetos, o NPJ capacita o aluno por meio de situações enfrentadas no dia a dia do advogado, como audiências simuladas em um ambiente que retrata com fidelidade os tribunais judiciários. O principal destaque da atuação do núcleo está no Escritório de Assistência Jurídica (EAJ), credenciado pela OABOrdem dos Advogados do Brasil. O escritório presta assistência gratuita à comunidade carente de São Bernardo do Campo, com serviços nas áreas cível e penal. No EAJ, os alunos a partir do 6º semestre do curso podem participar de um programa de estágio voluntário. Segundo a professora Alessandra Maria Sabatine Zambone, coordenadora do curso de Direito, “o estágio no EAJ permite que o aluno não seja um mero ‘office boy’ jurídico. Acompanhado de um professor o orientador, o aluno participa de toda a evolução do processo, faz contato com todas as partes, desde o primeiro atendimento até a produção da peça processual que dará a entrada na ação judicial, se for o caso”. O aluno George José Silva Santos, do 8º semestre destaca a importância de aprender na prática. “Temos um contato

mais próximo com as questões de fato. A proximidade com os orientadores e com os atendidos auxilia o aluno a absorver mais informações práticas.” Entre os serviços mais solicitados estão os da área de direitos da família: pensão alimentícia, guarda e visitas de filhos e divórcio. Na área penal os mais procurados são crimes relacionados a roubos e tráfico de drogas. Dessa forma, as pessoas que não podem pagar um advogado sem prejudicar seu sustento próprio ou de sua família, tem a possibilidade de usufruir dos serviços de assistência jurídica da Universidade. “Os juízes elogiam o trabalho feito pelo EAJ, então isso nos dá uma sensação muito boa em relação à qualidade do estágio que está sendo oferecido aos nossos alunos, bem como a qualidade do trabalho que está sendo oferecido à sociedade”, conta Alessandra. As atividades do escritório também seguem uma nova tendência da advocacia: a resolução de problemas de maneira consensual. Isso significa que os alunos já se preparam de outra forma, buscando resolver os conflitos por meio da conciliação. Às vezes, ao entender o conflito é possível resolvê-lo de maneira mais fácil e satisfatória para as partes, sem a necessidade de uma ação judicial.

Fotos: Paula Lima

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> Com auxílio do professor orientador, estagiários participam de toda evolução processo

Paula Lima paula.come@metodista.br

O atendimento para triagem é realizado de segunda a quinta-feira, das 8h30 às 11h30. É necessário residir em São Bernardo do Campo e ter renda familiar até três salários mínimos. Além disso, não deve possuir bens imóveis ou automóveis. Os documentos necessários são: comprovantes de renda do grupo familiar, comprovante de residência, RG e CPF (cópias simples). O escritório fica na: Rua Alfeu Tavares, 362 – Rudge Ramos – São Bernardo do Campo – SP Tel: (11) 4366-4575 e-mail: npj@metodista.br

> EAJ oferece serviços nas áreas cível e penal


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Profissão

novidades dos cursos

Continuar investindo na formação é essencial [ COM

FOCO NA ÁREA DE NEGÓCIOS, A

ESCOLA METODISTA

DE

EDUCAÇÃO CORPORATIVA

É DESTINADA

Denise Adms

AOS PROFISSIONAIS QUE JÁ ATUAM NO MERCADO E QUEREM CONTINUAR SE APERFEIÇOANDO

> Emec: cursos para profissionais que buscam especialização na área de Negócios

Com foco na área de negócios, a Escola Metodista de Educação Corporativa é destinada aos profissionais que já atuam no mercado e querem continuar se aperfeiçoando Quando o assunto é carreira, entre as principais dicas e orientações dadas por especialistas está a atualização constante. Numa época de novidades e de rápidas mudanças, o profissional que quer buscar ou manter o seu espaço no mercado de trabalho precisa investir continuamente em sua formação. Uma das maneiras para se diferenciar é por meio de cursos de pós-graduação, que vão desde cursos de extensão a

programas de mestrado e doutorado, passando pelas especializações. Para quem está avaliando o que fazer, uma opção é a Escola Metodista de Educação Corporativa (EMEC). Criada para atender especificamente uma demanda da área de negócios, “a Emec oferece soluções para as empresas e para os executivos que querem dar continuidade à sua educação”, explica a coordenadora do Núcleo de Educação Continuada e Corporativa (NECC), professora Marli Donizete. De acordo com a coordenadora, “fazer com que a Metodista possa se inserir no mercado não só a partir de uma visão acadêmica” está entre os

objetivos da Escola. “Dentro da Universidade temos professores que também são consultores, que possuem expertises a partir da experiência em diferentes organizações”. E, segundo Marli Donizete, é justamente esse o diferencial da EMEC. “Eles podem promover debates considerando a perspectiva real do mundo contemporâneo dos negócios.”

Cursos Com a EMEC, há novas opções de cursos, dentre eles o Executive Master Business Administration (EMBA), destinado a pessoas graduadas, com pelo menos três anos de experiência,

que estejam no início ou na eminência de se tornarem executivos; o Master in Business Communication (MBC), voltado aos profissionais de Comunicação para atuação na área estratégica e avaliações de risco; e o Master Public Administration (MPA), para pessoas interessadas em atuar ou que já trabalham com gestão pública. Uma parceria com a Universidade de Washington (EUA) possibilita a realização de um módulo do Executive MBA no exterior. Durante duas semanas, o aluno participa de atividades que consistem em seminários sobre inovação e sustentabilidade, visitas a empresas e aulas em Business English, a partir de simulações de situações do dia a dia do mundo corporativo. Marli Donizete afirma que “apesar de optativo, o módulo pode contribuir com a formação do profissional a partir da troca de experiências com profissionais de outros países e de outras culturas”. A Escola também oferece programas de Mestrado, Doutorado e PósDoutorado (Stricto Sensu), cursos de Especialização (Lato Sensu), Curta Duração e In Company. Quanto a este, a coordenadora do NECC explica ainda que a Escola “tem condições de oferecer cursos customizados para atender as demandas específicas de cada empresa para a formação continuada dos profissionais, considerando os objetivos de cada organização”. Para saber mais sobre a EMEC e conferir a relação dos cursos e programas oferecidos, acesse: www.metodista.br/emec ou entre em contato pelo telefone 4366-5630 ou pelo e-mail necc@metodista.br.

Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br

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acontece na Metô DO

TRABALHOS FORAM DESTAQUES NO FESTIVAL

lanche tecnológica e o processo da tripla transição, que trata da captação das imagens, produção e exibição dos vídeos. O professor José Augusto De Blasiis relatou que atualmente as câmeras evoluíram muito e mostrou alguns modelos. “Para a tecnologia você sempre estará desatualizado”, comentou. Valdecir Becker, jornalista e mestre em gestão do conhecimento, comandou a palestra Narrativas Transmídia. Valdecir falou sobre o fato de sermos afetados por um grande número de informações, que chegam o dia todo e em diferentes mídias. Para ele, uma mudança de paradigma tornou o mundo digital. “Atualmente, os recursos são praticamente ilimitados. O que faz a diferença, e nós dependemos dela, é a criatividade.

com o melhor da produção dos alunos da Metodista. No estúdio de áudio, os participantes preparam todos os equipamentos necessários para o armazenamento, reprodução e monitoramento de som em uma entrevista, na oficina de Captação de Som para Vídeo Digital. Já na oficina de Edição Básica em Final Cut, foi possível conhecer mais o programa e editar uma pequena sequência de vídeos. “Gostei bastante, para mim, que estou no 6º semestre, é importante reviver o que já aprendi, além de conhecer novas técnicas”, contou o aluno de Rádio, TV e Internet, Lucas Mota. Quem ainda não tinha conhecimento também aprovou. “Consegui realmente aprender. A oficina traz uma visão do que teremos daqui pra frente”, comentou Franciele Nicoli, aluna do 2º semestre de Rádio, TV e Internet. Na palestra “Pós-Produção para Cinema e Vídeo Digital”, foi abordada a produção audiovisual na era da ava-

Gabriela Rodrigues e Paula Lima gabriela.rodrigues@metodista.br paula.come@metodista.br

> Oficina dá dicas de como aproveitar os recursos de uma Câmera HD

“Kellerkind”, de Julia Ocker, da Alemanha, foi anunciado como o melhor vídeo do 5º Festival Internacional de Vídeo Universitário na cerimônia de premiação ocorrida no sábado, 27 de outubro, na Universidade Metodista de São Paulo, que sediou o evento. O curta também foi o ganhador na categoria Animação. Entre os vencedores, três brasileiros. “Esperava, mas não esperava tanto ganhar. Fiquei surpreso e estou muito feliz com o prêmio”, contou, emocionado, César Augusto Coutinho, um dos atores de “A jornada de Blatter” e aluno do 8º semestre do curso de Rádio, TV e Internet da Metodista, que ganhou na categoria Dispositivos Móveis. “O vídeo foi um trabalho de PI [Projeto Integrado] e foram mais ou menos três meses de produção.”

Qualidade das produções O coordenador do curso de Cinema Digital da Metodista, professor José Augusto De Blasiis, ressaltou a quali-

dade artística da mostra. “Foram dois dias muito equilibrados, em que observamos uma alta qualidade desde a seleção dos finalistas até o processo de avaliação dos jurados.” Envolvido na organização do U.Frame desde a sua primeira edição, o professor da Universidade do Porto (Portugal) e um dos jurados, Rui Centena, destacou a expressiva participação do Brasil – mais de 90 vídeos inscritos – e a qualidade do material produzido. “A realização do evento em um país da América Latina é importante para a afirmação do festival. As quatro edições anteriores foram na Europa e esta é uma oportunidade de estudantes universitários do mundo mostrarem o seu trabalho.”

Oficinas, mostras e palestras Quem esteve no evento teve a oportunidade de participar de oficinas e palestras e conhecer um pouco mais do cenário audiovisual. Durante a tarde também foram exibidas mostras

Chico Audi

U.FRAME

A EXPRESSIVA PARTICIPAÇÃO BRASIL E A QUALIDADE DOS

Lígia Vacilotto Ramos

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Confira os vencedores Melhor Obra da Competição: “Kellerkind”, de Julia Ocker, da Alemanha. Documentário: “Barbara em cena”, de Ellen Ferreira, do Brasil. Ficção: "Shoot for the moon”, de Cassandra Macías Gago, da Espanha. Animação: “Kellerkind”, de Julia Ocker, da Alemanha. Experimental: “Caos”, de Tico Dias, do Brasil. Dispositivos Móveis: “A Jornada de Blatter” de Roberto Almeida, do Brasil. Para saber mais, consulte a aba “Imprensa” no site www.uframe.org.


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“Cidadania não se aprende no livro” [ NO DIA

DA

PARTICIPOU

UNIVERSIDADE ABERTA, A APRESENTADORA DO PROGRAMA A LIGA, DÉBORA VILALBA, DE UM BATE-PAPO COM JOVENS ESTUDANTES SOBRE CIDADANIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL Lara Molinari

A jornalista e apresentadora do programa A Liga, Débora Vilalba, esteve na Metodista no Dia da Universidade Aberta, em outubro, para um bate-papo com jovens estudantes e vestibulandos sobre formação profissional e cidadania. Ela falou sobre a escolha da carreira, compartilhou um pouco da sua experiência no programa e do contato com a realidade de um Brasil que não conhecia. O Jornal da Metodista quis estender um pouco mais a conversa e você confere os principais trechos aqui.

Direitos e deveres “A gente fala muito em direitos, mas as pessoas se esquecem dos deveres, que são tão importantes quanto os direitos.” “Os nossos deveres estão escondidos. A gente briga muito por direito. Os direitos já estão conquistados por direito. Agora, os deveres de cidadãos ficaram muito de lado. Acho que a essência está no resgate dessas obrigações. As pessoas têm que ter noção de que para viver em grupo tem algumas regras, se não, tudo vira uma grande loucura e não se chega a lugar nenhum.”

Mudança de rumo “Eu trabalhava com jornalismo esportivo há muito tempo. Já tinha passado por vários canais e, no começo da minha carreira, eu trabalhava com esporte radical. Uma característica muito presente é que sou uma pessoa que ‘me jogo muito nas coisas’, eu ‘pago para ver’. Quando A Liga surgiu, no projeto eles tinham essa lacuna para ser preenchida por uma mulher que tinha mais ou menos esse perfil. E toda essa coisa de destemida que eu tinha por esporte, acabei indo para esse lado social, de ir aos lugares sem medo, de encontrar algumas situações difíceis.”

Visão cidadã na formação e na atuação profissional

A Liga “A minha vida mudou depois d’A Liga. Eu trabalhava com jornalismo esportivo, então eu vivia num mundo mais cor-de-rosa, muito mais saudável, onde as pessoas são mais felizes e o mundo parece ser mais igual. Fazendo A Liga, eu vi que a gente vive num país pobre, miserável, que as pessoas que têm condição não ajudam as que não têm condição. Não estou falando de filantropia, não. Estou falando de cidadania.” “O primeiro passo n’A Liga foi deixar os meus medos de lado e não ter medo de assumir ‘sim, eu penso dessa forma’,

so gastar dinheiro e ajudar o mundo. Mas eu posso olhar para a favela da Água Espraiada, que é ao lado da minha casa, que pegou fogo.”

> Para Débora Vilalba, “a gente fala muito em direitos, mas as pessoas se esquecem dos deveres”

‘eu ajo dessa forma’. E eu tentei ser eu mesma ao máximo. Sem linha editorial, sem nada, como ser humano. ‘Como o ser humano Débora Vilalba agiria numa situação como essa?’.” “Nem todo mundo precisa passar por situações tão traumáticas quanto eu passo, mas eu acho que as pessoas tinham que olhar um pouco mais ao redor, parar de olhar para si próprio,

olhar em volta. A gente não precisa de tanto para viver.”

Fazendo a diferença “Faço a minha parte. Parece meio piegas falar assim, mas é um trabalho de formiguinha. Eu também não tenho poder. Tenho poder da mídia com A Liga, mas sem ela eu sou mais uma cidadã. Não sou rica. Então, não pos-

“A partir do momento que você tem um ser humano que tem uma consciência de cidadania, você tem um profissional que tem essa consciência.” “Eu acho que a cidadania está atrelada à formação do caráter da pessoa. Mas isso daí vem de casa. Isso é uma coisa que não adianta querer aprender na faculdade (...). Acho que é muito mais aquela coisa da infância, da criação, da adolescência. Na idade universitária, só reforça. É aonde ele vai estabelecer ‘eu sou isso’ ou ‘eu sou aquilo’. Eles podem mudar depois de adultos, de encontros com outras realidades, mas a formação mesmo é durante a vida. Se ele não tiver bons exemplos, não digo só em casa, mas ao redor, ele não vai conseguir aprender isso. Cidadania não se aprende no livro.” Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br

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