Jornal da Metodista Abr/Mai

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Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 22 > nº 120 > Abr/Mai 2013

Págs. 8 a 11

Acontece na Metô Educação a Distância conquista reconhecimento inédito | Pág.3

Sempre Metô Agências junior abrem portas para o mercado de trabalho | Pág. 13


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expediente Metô

editorial Se você é um dos nossos alunos, faz parte de uma pequena parcela da população brasileira: são apenas 6,7 milhões os universitários espalhados pelo país inteiro, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2011. Isso quer dizer que apenas 14,6% dos nossos jovens com idade entre 18 e 24 anos estavam matriculados na universidade na época da pesquisa. Já o número de analfabetos é quase o dobro do de universitários: 12,9 milhões, segundo o relatório de 2012 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base em dados de 2011. Ou seja, para cada colega que você vê ao seu lado, que estuda desde criança, continua estudando e daqui a alguns anos terá um diploma de nível

superior, sendo especialista em alguma área do conhecimento, existem duas pessoas que sequer sabem ler. Obviamente, os dados estão intrinsecamente ligados: se o Brasil não investe em educação básica, não pode ter um número elevado de universitários. Mas de nada adianta cobrar o governo e ficar de braços cruzados. Foi por isso que a Metodista desenvolveu o projeto Ler e Conhecer, que busca envolver seus alunos, funcionários e toda a comunidade neste hábito vital: a leitura. Na matéria de capa desta edição, trazemos todas as informações sobre esse projeto, além de mais informações sobre o setor livreiro, para que conheça o projeto e possa se envolver e participar. Se você chegou até aqui e se juntou aos 6,7 milhões de universitários,

pode agir para que os 12,9 milhões de analfabetos diminuam no futuro. Nesta edição do Jornal da Metodista também preparamos matérias sobre o Programa de Educação a Distância da Metodista, que está entre os primeiros a ser reconhecido pelo MEC, nosso egresso que, vencedor de um concurso, estará no Festival Internacional de Cannes de Publicidade, uma matéria especial sobre nossas Agências Junior e as oportunidades que elas oferecem, outra sobre os 20 anos da área de Esportes e as categorias de base e uma matéria sobre nosso Núcleo de Sustentabilidade, que está ganhando uma nova estrutura. Aproveite a leitura! Prof. dr. Marcio de Moraes Reitor

Conselho Diretor Stanley da Silva Moraes (presidente), Nelson Custódio Fér (vice-presidente), rev. Osvaldo Elias de Almeida (secretário), Jonas Adolfo Sala, Augusto Campos de Rezende, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo (suplente), Valdecir Barreros (suplente). Reitor Marcio de Moraes Pró-Reitora de Graduação Vera Lúcia G. Stivaletti Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Fábio Botelho Josgrilberg Diretores Acadêmicos Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia); Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito); Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços); Luciano Venelli (Faculdade de Administração e Economia); Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação); Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia) Diretor de Comunicação e Marketing Paulo Roberto Salles Garcia

agenda Metô

Gerente de Comunicação Victor Kazuo Teramoto

Até 24/05 (EAD) e 06/06 (Presencial) » Vestibular Inscrições para 2º semestre de 2013 www.metodista.br/vestibular Até 12/06 » Mestrado e Doutorado Inscrições para 2º semestre de 2013 www.metodista.br/vestibular/stricto 13 a 17/05 » VIII Encontro de Movimentos Populares e Cidadania Com o tema Trabalho, Literatura e Cidadania, evento aborda inclusão, hip hop, grafite e Direitos Humanos. www.metodista.br/nfc. 13/05, 14/05 e 18/05 » IV Torneio de Sumô de Robôs, 10ª Semana de Estudos em Tecnologia da Informação (SESTINFO 2013) e 2ª Semana de Estudos Ambientais (SEAmb 2013). www.metodista.br

Campus Rudge Ramos: Rua Alfeu Tavares, 149 São Bernardo do Campo, SP

15/05 » XI Seminário de Políticas Públicas Integradas: Cultura de Paz – Crianças e Adolescentes Apresentação de painéis, projetos e artigos. www.metodista.br/gestaodecidades/ev/xi-seppi. 20/05 » XVI Semana de Filosofia da Metodista Análise da política atual na América Latina e das aproximações entre política e psicanálise, religião, educação e sociologia. www.metodista.br/filosofia.

Edição e revisão Israel Bumajny (MTb 60.545) e Gabriela Rodrigues (MTb 39.324) Redação Gabriela Rodrigues e Paula Lima Foto de capa ©kinsum Projeto e diagramação Timbre Consultoria em Marcas e Design Tiragem: 13.000 exemplares

30/05 » Término das inscrições para V Semana de Estudos no Exterior: Business e Marketing. www.metodista.br/ari.

Campus Vergueiro: Av. Senador Vergueiro, 1301, São Bernardo do Campo, SP

Redação Rua Alfeu Tavares, 149 – Ed. Ró 1º andar – Rudge Ramos São Bernardo do Campo/SP CEP: 09641-000 Telefone: 11 4366-5928 E-mail: imprensa@metodista.br Site: www.metodista.br A Universidade Metodista de São Paulo é filiada à:

Campus Planalto: Av. Dom Jaime de Barros Câmara, 1100, Planalto, São Bernardo do Campo, SP

FIQUE LIGADO NA EDIÇÃO ONLINE DO JORNAL DA METODISTA: WWW.METODISTA.BR


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ABR.MAI

acontece na Metô

Educação a Distância da Metodista está entre as primeiras reconhecidas pelo MEC OBTEVE NOTA MÁXIMA EM AVALIAÇÃO DO

MINISTÉRIO

DA

EDUCAÇÃO,

ESTANDO ENTRE OS

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MELHORES CURSOS A DISTÂNCIA DO

PAÍS Mônica Rodrigues

[ TEOLOGIA

> Teleaulas são transmitidas para todos os polos a partir dos estúdios do Campus Rudge Ramos

De todos os cursos superiores de educação a distância do País, somente 30 obtiveram o reconhecimento do Ministério da Educação, em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU). Destes, três são da Universidade Metodista de São Paulo: Teologia, Gestão Pública e Gestão de Turismo. A pró-reitora de Graduação, professora Vera Lúcia Gouvêa Stivaletti, destaca o ineditismo na modalidade EAD e o grau de excelência atingido pelos cursos da Universidade. Ela ressalta

que o reconhecimento foi com notas excelentes, demonstrando uma diferenciação na qualidade. Teologia conquistou nota máxima (5) e Letras, Gestão Pública e Gestão de Turismo receberam nota 4 (muito bom). Apenas 13 cursos do País inteiro alcançaram a nota máxima. Em relação ao resultado de Teologia, Vera Lúcia recorda que foi alcançado após diversas avaliações e visitas de equipes do MEC. “Nos três aspectos – organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura –, tanto na

sede quanto nos polos visitados, conseguimos ter nível de excelência”, comemora. Já o curso de Letras – Português e Espanhol foi reconhecido para fins de expedição e registro de diplomas para alunos ingressantes até o segundo semestre de 2010, já que agora, na modalidade a distância, o curso se divide em Letras – Língua Estrangeira (Língua Espanhola) e Letras – Língua Portuguesa. “Os alunos sabem que estão estudando em uma das melhores universi-

dades do País. Os professores, por sua vez, estão vendo agora o fruto do trabalho deles.” A pró-reitora lembra que o reconhecimento auxiliará nos planos de expansão da modalidade. “Será possível apresentar ao MEC uma lista de novos polos, aumentando nossa abrangência.” Atualmente a Universidade conta com 37 polos de apoio presencial em todas as regiões do País. Israel Bumajny israel.bumajny@metodista.br


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talento Metô

o que o professor faz fora da sala de aula

Fotografar: um momento de sorte [ PROFESSORA

DO CURSO DE

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, CHRISTINA JORDÃO, Arquivo Pessoal

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> Bicicletas estão entre os temas favoritos para os cliques de Christina

TEM PLANOS DE INVESTIR NA CARREIRA

“Fotografia é um momento único, temos que estar lá pra registrar”. É com base neste princípio que a professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Metodista de São Paulo, Christina Cerqueira Jordão Ribeiro, tornou a arte de fotografar um hobby. Christina conta que sempre gostou de fotografia, mas vem se dedicando a estudar as técnicas há oito anos. “Quando comprei uma câmera profissional, não teve mais jeito, tive que aprender”. A professora iniciou um curso para manusear a máquina e alguns conceitos básicos da fotografia, como composição, luz, foco e velocidade do obturador. “O aprendizado vem com o tempo, onde você começa experimentando a sua própria criação,” comenta. Entre os cliques favoritos, Christina destaca paisagens, pessoas, escadas, bicicletas e fotos de ruas e árvores. “Gosto de tudo que é ‘belo’, mas acredito que fotografar é sempre um momento de sorte”. A professora,

que trabalha na área de análises clínicas, garante que o hobby diminui o stress do cotidiano. “Por ser algo totalmente fora da minha área de atuação, isto se torna uma forma de aliviar a rotina. Quando fotografo me sinto dona do meu tempo livre e isso é muito gratificante, ainda mais quando vejo as fotos e penso: valeu a pena!” Apesar de não ter tempo hábil, investir na carreira está nos planos de Christina. Atualmente a professora investe em lentes para fotografia noturna, panorâmica e macro (de pequenos seres, objetos e detalhes que passam despercebidos). “Na verdade não acredito que me torne uma fotógrafa profissional, só quero aprimorar este conhecimento para fotografar minha família e as viagens que farei no futuro. Quem sabe na minha aposentadoria eu me dedique somente à fotografia. Seria ótimo!” Paula Lima paula.come@metodista.br

internacional Metô

Programa de Intercâmbios: confira impressões de quem já participou [ EXPERIÊNCIA

INTERNACIONAL JÁ PROPORCIONA RESULTADOS NA CARREIRA DE ESTUDANTES

Troca de experiências, crescimento pessoal e profissional, especialização em um novo idioma. Esses são alguns dos benefícios citados por alunos que participaram do Programa de Mobilidade Internacional Acadêmica, parceria da Assessoria de Relações Internacionais da Metodista com universidades estrangeiras. Jefferson Batista do Nascimento é aluno de Comércio Exterior e esteve por seis meses na Universidade de Burgos, na Espanha. Lá ele teve contato com estudantes do México, Inglaterra, Irlanda, Japão, Chile, França, Alemanha, Coreia do Sul, Polônia e Itália. “Todas as minhas aulas eram em espanhol. Eu só tive uma aula em inglês, a

de International Business, minha preferida, pois participamos de um projeto chamado X-CULTURE (www.x-culture.org), pelo qual cada aluno da sala trabalhou virtualmente com mais cinco alunos de diferentes universidades. Estudantes de quase 40 países diferentes fizeram parte do X-CULTURE 2012.” O aluno relata que o intercâmbio contribuiu com o seu desenvolvimento e já tem trazido resultados na carreira. “Além de me tornar uma pessoa mais madura, com uma visão ampla do mundo, agora as empresas estão mais interessadas no meu currículo.” Vinicius Filipe Gomes da Luz esteve na mesma universidade que Jefferson, cursando Direito, e relata o enorme

ganho pessoal ao participar. “Acredito que por essa independência de estar sozinho, ter que resolver meus problemas e ter que me acostumar com uma cultura totalmente diferente da minha tive um espaço de tempo bem grande para me conhecer melhor, saber meus limites, defeitos e qualidades, além de valorizar pequenos momentos que são super importantes”. A aluna de Jornalismo Karen Bogdzevicius Silva, que também esteve na Espanha, na Universidade de Valencia, concorda com ambos. “Tenho maior destaque em processos seletivos e mais facilidade para enxergar novas coisas de forma positiva.” Em uma das disciplinas cursadas,

Karen teve contato direto com sua futura carreira. “Produzíamos textos, imagens e áudios para um portal de notícias da universidade. É muito interessante conhecer outras formas de ensino e de exercício da profissão.” A aluna não tem dúvidas quanto a recomendar o intercâmbio. “É uma ótima experiência de vida, pois nos permite conhecer culturas diferentes da nossa, fazer novos amigos, aprender muita coisa e abrir nossos olhos para um mundo muito maior do que estamos acostumados.” Para saber como funciona o processo acesse www.metodista.br/ari. Paula Lima paula.come@metodista.br


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espaço Pastoral

Dia Internacional A data de 22 de abril foi declarada pela ONU, em 2009, como o Dia Internacional da Terra. Quando você estiver lendo esta matéria o dia já terá passado. Mas as questões envolvidas NÃO. Pelo menos em dois sentidos. O primeiro: celebrativo. É importante uma data para celebrarmos a alegria e a dádiva de termos nascido em um planeta que nos fornece todos os recursos para a sobrevivência – embora saibamos que a distribuição desses recursos não é equânime, não pela natureza, mas pelas próprias relações políticas e econômicas que os seres humanos estabeleceram ao longo de sua história. Além disso, inegavelmente, a Terra nos fornecer paisagens indescritivelmente belas. Nesse sentido, é uma data para a alegria e para a celebração. Mesmo que, neste ano, a data já tenha passado, sugiro que você pare um pouco e pense na graça e alegria de termos nascido no Planeta Terra. O segundo sentido é o de um chamado à reflexão e ao compromisso. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assim se pronunciou: "O Dia Internacional da Mãe Terra é uma chance de reafirmar nossa responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza em um tempo em que nosso planeta está sob ameaça da mudança climática, exploração insustentável dos recursos naturais e outros problemas causados pelo homem. Quando nós ameaçamos nosso planeta, minamos nossa própria casa – e nossa sobrevivência no futuro". Relacionando esses motivos com nossa vida acadêmica, na Universidade Metodista de São Paulo, vem a pergunta: até onde estamos levando esses assuntos a sério? Quais têm sido as

nossas posturas e ações, tanto no nível institucional como, principalmente, no nível individual? Quais têm sido suas posturas em relação a isso? Desconhecimento? Pouco caso? Preocupação? Pequenas ações do dia-a-dia, como a seleção do lixo para reciclagem, por exemplo? Busca de participação em algum movimento? Como Universidade, possui o Núcleo de Sustentabilidade, coordenado pela professora Waverli Neuberger, promovendo ações efetivas, acadêmicas e práticas, em relação ao tema. Você também pode participar (veja matéria completa na página 18). Na tradição bíblica temos dois versos que poderíamos citar aqui: “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Gênesis 1.1, que é o primeiro versículo da Bíblia; e “Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.” Salmos 24.1. Diferentemente do que uma primeira impressão possa sugerir, de que isso desresponsabiliza o ser humano pelo cuidado da terra, pelo contrário, eles nos alertam para o fato que a Terra não nos pertence e, portanto não podemos fazer dela o que bem entendemos como destruir os recursos naturais, por exemplo. Na tradição bíblica o ser humano é co-responsável, junto com Deus, pelo cuidado da natureza. Além disso, todas as tradições espirituais mais importantes expressam veneração pela Terra, pois é dela que usufruímos os recursos para a sobrevivência. Você está fazendo sua parte? Você está cuidando da Terra? Rev. Luiz Eduardo Prates da Silva Coordenador da Pastoral Universitária e Escolar

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jornalismo Científico

Contribuição para o esporte [ PESQUISAS

BUSCAM MELHORAR QUALIDADE DE VIDA E RECUPERAÇÃO DOS SKATISTAS

Treinamento físico, exames, fisioterapia, orientações nutricionais e psicológicas. Na Metodista, os skatistas da equipe PSK – Precision Skate utilizam a estrutura da Academia-Escola e da Policlínica para um treinamento interdisciplinar que já gerou muitos resultados. Pesquisas realizadas pelo curso de Fisioterapia da Metodista trazem dados que demonstram a importância deste auxílio para os atletas e buscam aliar o conhecimento para a evolução de técnicas que beneficiem os skatistas. “Os atletas que participam do treinamento aqui na Universidade são das modalidades Vertical e Mega Rampa, então sempre as quedas e pancadas são muito fortes, o que acaba gerando lesões. A dor é algo que acompanha eles por isso estudamos para amenizar estes problemas e promover treinos adequados”, revela o coordenador do curso de Fisioterapia, professor Alexandre Cavallieri.

Lucas Landim

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Teste de esforço máximo no legpress

Qualidade de vida Uma das pesquisas orientadas pelo professor foi o Trabalho de Conclusão de Curso da egressa Marianne Becker, que estudou a qualidade de vida dos skatistas da modalidade vertical. “Pude notar nos resultados que existe uma visão estereotipada quanto à qualidade de vida dos esportistas. Apesar de terem melhores condições físicas, o impacto e a velocidade fazem com que tenham um alto risco de lesão, que em conjunto aos campeonatos faz com que tenham pouco tempo para se recuperar e uma qualidade de vida não tão alta quanto imaginávamos”, destaca Marianne. A pesquisa, realizada utilizando o questionário QQVA (questionário de qualidade de vida para atletas) avaliou seis atletas, nos quesitos: capacidade funcional, aspecto físico, dor, es-

Na pesquisa foi constatado, por meio de teste validado mundialmente, um aumento significativo na força dos membros inferiores (coxa e pernas), o que garante melhores saltos. “Eles usam demais as pernas, então desenvolver um treinamento que concilia força com hipertrofia (musculação) e coordenação motora já trouxe resultados. Hoje eles conseguem usar a força que têm muito melhor que no passado”, explica Alexandre.

> Dan Cézar, um dos atletas da equipe PSK, que recebe acompanhamento na Metodista

tado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Segundo Alexandre, foi detectado que, apesar dos aspectos físicos prejudicados, os aspectos emocionais e sociais se mostraram positivos, por serem atletas reconhecidos e muito bem vistos. “Por praticar um esporte que acaba sendo um estilo de vida, eles demonstram essa vitalidade, se sentem bem por causa disso.” O intuito é ampliar a pesquisa, aplicando-a em skatistas que não participem do treinamento interdisciplinar, para que seja feito um comparativo.

Influência do treinamento físico na impulsão vertical O treinamento dos skatistas inclui aparelhos específicos, desenvolvidos para aprimorar diversas habilidades, como a cama elástica para realizar manobras e o shape de skate com mola, que busca melhorar o equilíbrio e precisão. Verificar os resultados do treinamento com estes aparelhos para a impulsão vertical (saltos) foi o objetivo do estudo do professor Alexandre em conjunto com os professores Denis Foschini, Douglas Popp e Domingos Belasco Jr.

Os professores também realizaram um estudo a partir do teste de esforço máximo no legpress (aparelho no qual a pessoa empurra peso com as pernas). Com uso de uma roupa especial que funciona como um espelho e rebate o infravermelho produzido pelo corpo de volta para o mesmo, atletas treinados e atletas que não tem um treinamento regular utilizaram o legpress até a exaustão para induzir lesão muscular na coxa. Neste teste, que ainda está em fase de conclusão, foram avaliados os marcadores de fadiga, como o ácido lático; e os marcadores de dano muscular, mioglobina e creatina quinase. Quanto mais o atleta sofre lesões, mais essas enzimas estão presentes no corpo. “Notamos que, com o uso dessa roupa especial, tanto os atletas treinados como os não treinados sentiram menos dor, sendo esta menor ainda no primeiro grupo. Se consigo melhorar a circulação, reduzir a dor e retardar a fadiga, consigo colocar o atleta para treinar mais tempo, sofrendo muito menos e com uma recuperação muito mais rápida”, conclui Alexandre. Paula Lima paula.come@metodista.br


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jornalismo Científico

Tecnologia social é base de projeto de pesquisa [

INICIATIVA BUSCA DESENVOLVER SISTEMA QUE ENVOLVA COMUNIDADE

NA DISCUSSÃO DE PROBLEMAS PARA PROPOR SOLUÇÕES QUE POSSAM SER LEVADAS AOS GOVERNANTES Soro caseiro, filtro de água feito com garrafas plásticas, aquecedor solar de baixo custo e uma forma de captação de água de chuva para a produção de alimentos são alguns exemplos de tecnologia social apresentados como resposta para uma determinada situação. Com a multiplicação de iniciativas que seguem neste sentido, o uso da expressão tem se tornado cada vez mais comum. Em seu site, o Instituto de Tecnologia Social (ITS) afirma que este tipo de tecnologia “tem a ver com as soluções criadas na interação com a população como resposta aos problemas que ela enfrenta, levando em conta suas tradições, seus arranjos organizacionais, os saberes locais, o potencial natural da região, enfim, sua realidade histórica, econômica, social e cultural”. Para o ITS, a tecnologia social é um modo de fazer, de produzir conhecimento, “que presta atenção em valores como a participação e o aprendizado, a disseminação de informações e do conhecimento entre todas as partes envolvidas, a transformação das pessoas e da realidade social, entre outros aspectos”. De acordo com o Instituto, ela está relacionada “à ampliação da cidadania e à inclusão social, porque possibilita a aprendizagem, a transformação da sociedade”, além da apropriação do conhecimento gerado. É dentro deste contexto que se insere um projeto realizado pelo professor Walter Teixeira, do Programa de PósGraduação em Comunicação, inserido na linha de pesquisa “Inovações tecnológicas na comunicação contemporânea”. Com o título de “Inteligência Social Hiperlocal: emergência da informação relevante através da multidão”, o objetivo é aplicar a tecnologia para

desenvolver sistemas computacionais para um tipo de jornalismo, que é aquele ligado à comunidade. “Como a internet é um sistema de baixa hierarquia e descentralizado, é muito difícil você concentrar um foco de atenção em um determinado lugar para falar da sua localidade. O usuário está ali e daqui a pouco ele clica na notícia da rainha, do papa, do futebol inglês. É diferente de um jornal de bairro. Quando você entra no site de um jornal de bairro, você é obrigado a ler aquilo porque não tem nenhuma outra notícia que não seja aquela ali”. Para Walter Teixeira, a internet serve como polo de atração e de discussão de assuntos importantes. “Se eu estou usando a internet para discutir as coisas do meu raio de ação social mais próximo, estou ajudando a minha comunidade a melhorar. E eu posso usar o jornalismo dessa forma, tanto com profissionais trabalhando em conjunto com o que a gente chama de crowdsourcing [trabalho coletivo remoto, produção comunitária], como com as pessoas que estão no entorno.” Assim, segundo ele, “o sistema será aberto e todos os que desejarem poderão contribuir”. O foco do projeto é o centro de São Paulo, um lugar que o professor considera sob pressão econômica e que vive uma tentativa de “limpeza social” por causa do poder econômico. A ideia é “criar um sistema que possa engajar essas pessoas para que elas tragam soluções que sejam levadas para os governantes e pressioná-los para que aquela solução aconteça. Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br

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a h l i n u a e u n q t e b , a i s e o r d v e e t D . ê c o V m calda de frutas vermelhas. Mar. co IMAGINOU? ESTE

É O PODER DA LEITURA EM CRIAR IMAGENS E SENSAÇÕES

EM NOSSA MENTE E MUDAR A FORMA COMO VEMOS O MUNDO.


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Uma recente propaganda veiculada na TV mostra uma família passeando de carro. Cada vez que passam em frente de uma agência bancária, o filho mais novo lê pausadamente o nome de um banco. Até que, na terceira vez, a irmã chama a atenção dos pais: “Gente, o Dudu está lendo!”. Quem nunca fez como esse menino? Lia tudo o que via, não importava o que fosse, quando criança? “A criança tem prazer de ler. Ela vai à livraria, ela manuseia, ela troca. Ela lê porque descobriu que é por aquele caminho que descobre coisas do mundo”, comenta o professor Oswaldo de Oliveira, coordenador do Núcleo de Formação Cidadã (NFC). No entanto, de acordo com o docente, há um momento no processo educacional que o prazer da leitura é rompido, sufocado no ser humano. “Parece que a questão da leitura está muito ligada ao processo de educação do Ensino Fundamental e principalmente do Ensino Médio, onde a leitura está estreitamente ligada àquilo que será cobrado nos processos de vestibular.” Para Oswaldo de Oliveira, as pessoas leem porque “vai cair na prova” ou porque “vai cair no vestibular”. “Esse processo acaba levando o estudante a ter uma relação com a leitura muito pragmática e muito utilitária”, acredita o professor.

Um caminho de redescoberta “[A leitura] passou a ter um significado negativo na vida das pessoas e com isso você tem manifestações de rejeição a ler”, comenta a professora Luci Praun, coordenadora do curso de Ciências Sociais. Para ela, este é um problema social, no qual há uma desvalorização da profundidade das relações, da profundidade do conhecer

e a idéia de uma sociedade em que tudo é muito passageiro. “O conhecimento acabou sendo ressignificado muito fortemente nas últimas décadas para um conhecimento que sempre tem que ter finalidades práticas imediatas, uma utilidade. A ideia de utilidade está sempre ligada ao ‘como vou usar isso para fazer determinadas coisas?’”. De acordo com Luci Praun, “não estamos falando de um conhecimento acadêmico só. Estamos falando de um conhecimento enquanto parte da prática humana e da curiosidade, de desvendar o mundo que está à nossa volta. A leitura pode nos auxiliar nisso”. E auxiliou. Reginaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Ferréz, é escritor, compositor, cantor e fundador da 1daSul – marca de roupa que, por meio do Instituto 1DASUL, patrocina quermesses, festas comunitárias, shows de hip-hop, além de oficinas e palestras literárias. Para ele, “a leitura na minha vida foi tudo. Por meio dela, saí do casulo e virei um novo homem. Já a escrita complementou o meu sentido de estar nesse planeta”. Neste sentido, cada vez mais são realizadas ações de incentivo à leitura, sejam elas promovidas por organizações não-governamentais; veículos de comunicação, como rádios e jornais; shoppings, empresas e também pelo governo, como o Vale Cultura, do Ministério da Cultura, pelo qual o trabalhador – com ganhos de até cinco salários mínimos – receberá a partir de julho um cartão com R$ 50 que poderão ser utilizados na aquisição de livros e revistas ou para compra de ingressos de eventos como peças de teatro e cinemas.

Ler e Conhecer

Na Metodista, as iniciativas de incentivo à leitura ganharam mais um impulso com o projeto Ler e Conhecer. A professora Luci Praun, uma das idealizadoras da proposta, juntamente com os professores Oswaldo de Oliveira e Suze Piza, explica que o projeto tem o foco da leitura, que é o texto escrito. Porém, a docente ressalta que ele não se limita a isso. “A leitura aqui é como um todo: fílmica, musical etc. Ou seja, de que maneira a gente se relaciona com esse mundo e o lê. E, para lê-lo, precisamos de instrumentais, que se desenvolvem nesse contexto em que trocamos conhecimento”. A professora diz ainda que não basta estar no mundo. É necessário saber quem somos nós nele e o que fazemos diante do mundo. Segundo ela, esse processo pressupõe a troca, a construção do conhecimento, o acúmulo de alguma forma da herança de conhecimento construída pela humanidade.

“As leituras, sejam elas do texto escrito ou não, vão contribuir para isso, porque são construções humanas que podemos nos apropriar e ressignificá-las”. O professor Oswaldo de Oliveira completa: “Numa dimensão bem de Paulo Freire [um dos mais conhecidos educadores brasileiros], é retomar aquela prática da leitura do mundo e por esse caminho, o do livro, que é o inicial do projeto. Por meio desses instrumentos todos, aprender a ler o mundo, interpretar o que está se passando à nossa volta, aprender a projetar”. Ainda neste semestre serão realizadas ações nas quais os alunos podem participar. Para isso, basta doarem livros que não sejam didáticos ou manuais usados em sala de aula. Há caixas disponíveis nos três campi – Rudge Ramos, Vergueiro e Planalto. “Esses livros não vão ficar num lugar trancado. Nesta iniciativa o livro não tem um dono. Ele é para a comunidade”. Luci destaca que estes livros não são para a biblioteca. “A biblioteca tem uma política para o abastecimento. Ela também está voltada para a comunidade, mas é outra natureza de atividade”.

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s a d d n a n a m e o v a s m o O surgimento dos e-books (livros digitais) e dos mais diversos aparatos tecnológicos para a leitura é uma tendência que vem crescendo significativamente. Em 2011, a Amazon, empresa multinacional de comércio eletrônico, declarou ter vendido mais ebooks do que livros físicos. A comodidade da leitura e os preços mais acessíveis são considerados os atrativos desta tecnologia. Entretanto, de acordo com o Censo do Livro, estudo realizado anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) em conjunto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e com a Câmara

l i s a t i u e r l a r n o B A

Dados da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência em 2012, mostram que há cerca de 88 milhões de brasileiros leitores, o que representa 50% da população (com mais de cinco anos de idade). O estudo considerou como leitores quem havia lido pelo menos um livro nos três meses anteriores a pesquisa. Aumentar estes números e estimular a leitura se torna um desafio. Um dos fatores-problema é a alta taxa de analfabetismo no Brasil. Segundo o professor, “não só temos o caso das pessoas que não tem acesso à escola, como temos também aqueles que frequentaram os bancos escolares e não adquiriram as competências necessárias ao bom desempenho na leitura. Creio que, para estimularmos as pes-

soas a lerem, precisamos prepará-las para que possam ler adequadamente”. Silvio ainda destaca que ler é um direito de todos e que a leitura tem papel fundamental na formação intelectual e moral dos indivíduos em todas as idades. “Ler nos torna mais humanos, mais críticos, mais reflexivos em relação à sociedade e à vida em geral. A leitura permite a compreensão dos valores e também dos problemas humanos em qualquer fase da vida. Se precisamos da leitura na infância para desenvolver nossa capacidade de interpretar o mundo, isso não acaba com o crescimento e com o amadurecimento.”

Gabriela Rodrigues e Paula Lima gabriela.rodrigues@metodista.br paula.come@metodista.br

Brasileira do Livro (CBL), o setor editorial apresenta crescimento, ainda que pequeno, ano a ano. “Sem dúvida nenhuma a tecnologia e as novas formas de veiculação dos textos modificaram o processo de leitura. Mas, ao contrário do que se pensa, ainda vemos muitos jovens com livros em ambientes públicos”, diz o coordenador do curso de Letras da Metodista, professor Silvio Pereira da Silva, que acredita que a tecnologia a serviço da educação é sempre positiva. “Creio que a tecnologia não deve ser encarada como um elemento negativo. Deve-se fazer dela uma aliada no processo de aprendizado da leitura”, completa.


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b u s o s s c r a e v m i r leito L

Quem sobe as escadas do Centro de Convivência do Campus Rudge Ramos se depara com uma estante com os seguintes dizeres: “Livro perdido encontra leitor”. Sim, qualquer pessoa pode ir até ali e retirar aquele que for de seu interesse. Os livros estão identificados com um selo na capa com o nome da ação e uma etiqueta na parte interna com uma breve descrição e instruções ao leitor. A ideia da iniciativa é promover a troca pois, da mesma maneira que é possível retirar um dos livros, as pessoas podem deixar aquele que já leu para que outros façam o mesmo, inclusive deixando um bilhete dentro comentando sobre as impressões que teve da leitura. As estantes estão em pontos de grande circulação dos três campi da Universidade, como os centros de convivência.

O Ler e Conhecer continua arrecadando livros para que eles sejam incluídos no projeto “Livro perdido encontra leitor”. É importante lembrar que o intuito não são livros técnicos ou acadêmicos, mas aqueles voltados para literatura, de um modo geral. No Campus Rudge Ramos, os livros podem ser depositados em caixas, nos seguintes pontos: Núcleo de Formação Cidadã – Edifício Beta. Núcleo de Arte e Cultura – Edifício Sigma. Redação Multimídia – Edifício Delta. Edifício Ômega – Faculdade de Teologia (Fateo). Também há a opção de entregá-los diretamente na Faculdade de Humanidades e Direito – Ed. Lambda - Sala 403, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 21h.

O Campus Planalto possui dois locais para onde os interessados podem se dirigir: Coordenação de Estágio: às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 7h às 12h e das 12h30 às 22h; às quartas-feiras, das 16h às 22h. Laboratório de Prática de Ensino, sala 516: de segunda a sexta, das 15h30 às 19h30. Já no Campus Vergueiro, a entrega pode ser feita na coordenação dos cursos de Pedagogia e Letras - Sala VA- 206, de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h30 às 21h. Para mais informações sobre o Projeto Ler e Conhecer acesse o site: www.metodista.br/ler-e-conhecer. O Projeto também está sendo levado aos polos EAD. Fique ligado no Portal e no Jornal da Metodista para mais informações.

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sempre Metô

reconhecendo o talento de egressos

Oportunidades na Universidade: agências junior

abrem portas para o mercado de trabalho

[ INTERAÇÃO

ENTRE TEORIA E PRÁTICA PERMITE AOS ALUNOS VIVENCIAR ROTINA DE SUAS FUTURAS PROFISSÕES

Trabalho integrado e experiência profissional dentro da própria Universidade. Na Metodista, os alunos têm a oportunidade de estagiar nas agências experimentais e adquirir experiência para exercer suas futuras profissões.

AGiCOM Em 2009, para que todos os cursos de comunicação trabalhassem juntos, foi criada a AGiCOM (Agência Integrada de Comunicação), unificando as agências experimentais que já existiam. Desde então os estagiários da agência (alunos da faculdade) são responsáveis pela organização, planejamento, campanhas publicitárias e cobertura de todos os eventos da FAC. Além disso, a agência, que atualmente conta com 53 estagiários, 16 funcionários, dois coordenadores e 12 professores consultores também realiza ações para clientes externos, como academias, shoppings, clubes, entre outros. Para a coordenadora da AGiCOM, Simone Navacinsk, a agência traz a realidade das ações de cada área para que o aluno possa aprender de forma mais pragmática aquilo que vê na sala de aula. “Os alunos trabalham juntos, estudando os problemas e oportunidades dos clientes e planejando conjuntamente ações. O estagiário consegue ver a agência como um todo, o que permitirá que ele crie afinidades com o que deseja na sua carreira.” Os processos seletivos ocorrem semestralmente, porém podem surgir vagas o ano todo. Saiba mais: www.metodista.br/agicom.

Metodista e tem como principal objetivo aproximar os alunos do mercado de trabalho por meio de estágios supervisionados, cursos, consultorias e atividades de capacitação profissional. “Queremos proporcionar uma extensão de apoio ao aluno no contexto de aliar a teoria com a prática e formar vínculo com as empresas”, relata Oswaldo Martins dos Santos Filho, coordenador da CAGE, que ainda comenta a importância da aproximação do estudante com a universidade e com o exercício da profissão. “Aqui o aluno sente um amparo, sente que há uma estrutura que o apoia”. O professor colaborador Jeferson dos Santos completa: “É um trampolim para os alunos. Vivenciar o lado prático dá base para eles ingressarem no mercado de trabalho. Esse é o nosso grande feito”. A CAGE também atua como parceira em projetos de extensão, auxiliando as comunidades da região no seu de-

senvolvimento ambiental, econômico e social. Como exemplo desta atuação está o projeto de assessoria para declaração do Imposto de Renda. Saiba mais: www.metodista.br/cage.

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS Apoiar projetos internos e externos e desenvolver sistemas computacionais para a Universidade estão entre as atividades da Agência de Desenvolvimento de Sistemas (ADS) da Faculdade de Exatas e Tecnologia da Metodista (FACET). Os alunos podem participar de programas de estágio e projetos de pesquisa e iniciação científica. O processo seletivo acontece de acordo com a demanda de novos projetos e são divulgados pelos professores. A Incubadora de Empreendimentos Solidários de São Bernardo do Campo é um dos projetos apoiados. Desenvol-

CAGE Remodelada em 2006, a CAGE (Central de Agências em Gestão) contempla a Empresa Júnior da Faculdade de Administração e Economia da

ver um sistema em conjunto com a Diretoria de Tecnologia e Informação e uma ação com o Núcleo de Sustentabilidade da Universidade estão entre as próximas atividades. Para o professor Carlos Eduardo Santi, coordenador da FACET, “os alunos aprendem como trabalhar num projeto de desenvolvimento de sistemas, cumprindo todas as etapas e prazos. Não só os estagiários, mas também os alunos do curso podem contar com os recursos da agência para utilizar softwares específicos. Além disso, a experiência é um ganho para o que irão enfrentar no mercado”. Saiba mais: www.metodista.br/analise/agencias/agencia-de-desenvolvimento-desistemas

AGÊNCIA FAGES Proporcionar aos alunos a oportunidade de aprendizado prático e potencializar os conceitos adquiridos em Gisele Fap

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> Aproximar o aluno com o exercício da profissão é um dos objetivos da CAGE


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Os alunos da Faculdade de Administração e Economia também podem participar de estágios fixos ou voluntários nos projetos do Observatório Econômico, que realiza pesquisas e tem como objetivo se tornar um centro de referência na compilação, organização e divulgação de informações econômicas da região do ABC, e de análises que possibilitem o maior entendimento da realidade regional. Entre os projetos, a Pesquisa de Intenção de Compras (PIC) é realizada por alunos que são selecionados, treinados e acompanhados por professores e aplicam a pesquisa com o intuito de captar a intenção de compra dos consumidores do Grande ABC. O Boletim EconomiABC, publicação que discute a conjuntura econômica da região também é desenvolvido pelo Observatório em parceria com os estudantes. Segundo a coordenadora do Observatório, professora Silvia Okabayashi, “a experiência em unir trabalhos de pesquisa e aproximar essa pesquisa do ensino faz a diferença para os alunos, além de ser uma forma de aplicar a teoria econômica aprendida em sala na prática”. Saiba mais: www.metodista.br/observatorio-economico.

> Na AGiCOM estagiários convivem com a realidade de diversas áreas da comunicação

sempre Metô

reconhecendo o talento de egressos

Egresso de PP tem trabalho inscrito no Festival Internacional de Cannes [ENSINAR A PENSAR É UM DOS DIFERENCIAIS METODISTA, ACREDITA GREGÓRIO PALMIERI

DOS CURSOS DA

Divulgação – AdNews

OBSERVATÓRIO ECONÔMICO

Foto Antônio Carlos Pires

sala de aula são os principais motivos que levaram à criação da Agência FAGES, cujo lançamento ocorre no dia 23 de abril. “A gente percebe que o aluno de tecnólogo, por ser um curso de apenas dois anos, fica muito preso às atividades na sala de aula. Com essa criação, buscamos que os estudantes tenham uma participação mais efetiva em suas áreas de atuação, aplicando a teoria na prática”, comenta o professor Antero Paulo dos Santos Matias, que está liderando a equipe de professores da Agência. Na Agência FAGES, a relação alunouniversidade na gestão do conhecimento irá auxiliar empresas e empreendedores com projetos sem custo nas áreas de Marketing, Logística, Processos Gerenciais, Gestão Financeira, Gestão da Qualidade e Recursos Humanos. As atividades serão dividas nas áreas de Consultoria, Assessoria, Pesquisa e Desenvolvimento de Pessoas. “Estamos bastante animados com essa participação conjunta de professores e alunos e em poder contribuir com as organizações. Em visitas às empresas já sentimos a expectativa, o que é muito satisfatório”, relata Antero. Saiba mais: www.metodista.br/noticias/2013/abril/apresentacao-agenciafages

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> "Em nossa profissão não existe uma fórmula secreta pra fazer o "novo", o segredo é estudar todos os dias e praticar ainda mais."

Entre muitas criações enviadas, a do recém-formado aluno de Publicidade e Propaganda Gregório Palmieri foi selecionada como vencedora do concurso cultural “Plante um anúncio em Cannes”, criado em parceria entre o CicloVivo, o Adnews e o Catraca Livre para incentivar a produção de campanhas publicitárias que trabalhassem o tema sustentabilidade. Gregório conta que a ideia da peça (veja aqui: http://bit.ly/13RT88v ou no QR Code) surgiu em brainstorm na agência onde trabalha atualmente, a VML / Young & Rubicam. “Foi uma peça feita muito rápido, mas que transmite bastante verdade sobre as questões do meio ambiente e sustentabilidade. O objetivo não era ser esteticamente perfeita e sim transmitir uma mensagem, fazer as pessoas pensarem.” O egresso destaca a formação e o trabalho na Agência Integrada de Comunicação da Metodista (AGiCOM – saiba mais na matéria da página 13)

como essenciais para sua carreira. “Na Metodista todos os alunos são ensinados a pensar e não só a executar. Entrei na AGiCOM bem cedo, logo no primeiro ano da faculdade. Conheci pessoas incríveis e que hoje me acompanham no mercado. Ainda busco muitas referências por lá, os profissionais são ótimos e os alunos incríveis. Hoje consigo enxergar muito melhor o que era estar lá dentro, a agência é muito semelhante ao mercado. Não é a toa que o curso de Publicidade, assim como Comunicação Mercadológica e muitos outros, são únicos no mercado. E a diferença está na vontade de criar novas possibilidades e principalmente experimentar durante o curso todo.” O trabalho está automaticamente inscrito no Festival Internacional de Criatividade de Cannes, um dos mais importantes da publicidade mundial, que acontece entre 16 e 22 de junho. Paula Lima paula.come@metodista.br


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Mais Cidadania

o lugar das práticas cidadãs e sustentáveis da Metodista

Há 20 anos ensinando muito mais do que esporte [ COM

ALUNOS ENTRE

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E

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ANOS, OBJETIVO PRINCIPAL DA ESCOLA DE ESPORTES NÃO É A FORMAÇÃO DE ATLETAS

“Em 97, quando iniciamos o projeto em Mauá, a maioria das crianças, entre 12 e 16 anos, estava na criminalidade. Ao final daquele ano, esse número reduziu pela metade. No final de 98, esse número caiu mais e nós conseguimos quase zerar as crianças envolvidas com a criminalidade. O que é gratificante hoje é passar no shopping, passar em universidades e ver que aquelas crianças, que não tinham perspectiva de vida nenhuma, não viraram atletas, mas viraram cidadãos. Estão inseridos na sociedade, estão trabalhando, são pais e mães de família. Hoje ligam, encontram com a gente e agradecem pela oportunidade que receberam. Isso realmente não tem preço.” A Escola de Esportes da Metodista completa 20 anos em 2013 e o trabalho feito ao longo desse tempo pode ser resumido pela história acima, contada pelo professor Viomário Silva, mais conhecido como Hula. Atualmente, cerca de 800 crianças participam das aulas de handebol e de basquete, sendo que por volta de 18 mil já passaram pelo projeto. “O foco é que as crianças tenham uma formação cidadã; que tenham a noção e a percepção de que têm direitos e deveres, o respeito mútuo e todos os demais valores que são intrínsecos ao esporte, tais como os limites do colega, a percepção dos seus próprios limites e o respeito às regras”, afirma o coordenador pedagógico da Escola, professor Rogério Toto. Para Alberto Rigolo, gerente de Esportes da Metodista e idealizador do projeto, “o resultado desse trabalho é muito gratificante. Afastar uma criança, um adolescente do convívio do risco social, das drogas, da marginalidade vale mais do que todos esses troféus”.

Mônica Rodrigues

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> Aula em uma das unidades em que ocorre o projeto, no bairro Alves Dias, em São Bernardo do Campo

Aprendizado e alto rendimento Bárbara Meneses, 14, faz parte de uma das categorias de alto rendimento e é um exemplo disso. “Eu não sabia bater bola e nem corria direito. Mas hoje eu não me vejo mais sem o handebol. Também pelas amizades e pelas meninas.” Sua mãe, Cleide, conta que depois que a filha começou a treinar, “ela ficou mais expansiva, mais espontânea, mais sociável”. Atleta profissional de handebol, Célia Costa conta que pediu para participar da Escola de Esportes em 2007, pois queria passar um pouco da experiência com o time da Metodista e com a seleção brasileira para os alunos. “Ao invés deles estarem na rua fazendo coisas que não são boas, eles estão aprendendo alguma coisa aqui. O objetivo não é formar atletas, mas cidadãos também, com boas condutas. E

eu cobro isso deles”. Segundo Rogério Toto, não é necessário saber jogar para participar. Dividido nos níveis de iniciação, intermediário e avançado, o projeto não coloca os pré-requisitos técnicos como foco. “A única diferença do nível avançado para o intermediário e o de iniciação é que no avançado o aluno participa de competições oficiais. Existe ali também o objetivo de aprimorar e dar oportunidade de formar atletas para o futuro.” O coordenador enfatiza que a Escola de Esportes “é para todo mundo e é gratuita, mesmo para aquela criança que tem uma condição socioeconômica melhor. Entendemos que a diversidade, o convívio entre crianças de diferentes classes sociais, é importante para a formação cidadã”. Fábio Faccio foi aluno do projeto e

jogou pelas equipes de alto rendimento entre 1994 e 2000. Hoje atua como executivo de vendas na aviação comercial e afirma que são diversos os paralelos que podem ser traçados entre o esporte e a carreira profissional. “Você se dedica por anos, com treinos e instrução dos técnicos para conseguir uma vaga no time ou uma oportunidade de fazer parte do elenco. Na vida profissional também. Quem vivencia e se dedica ao esporte quando jovem pode e deve entender com maior facilidade que a competição já faz parte de sua formação e que a carreira profissional é uma extensão das quadras.” A experiência “ajudou a me tornar o homem de bem e o profissional que sou hoje”. Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br


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esportes Metô

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há 20 anos formando cidadãos e atletas

Investimento também nas categorias de base ANOS O ESPORTE ESTÁ PRESENTE NA

Proporcionar o convívio e desenvolver o espírito de equipe desde quando as crianças começam a se interessar pelo esporte é essencial para que construam bases sólidas de aprendizado. Se atualmente as equipes de basquete e handebol adultas da Metodista conquistam vários títulos, o treinamento dos atletas desde as categorias de base têm grande participação nesses resultados. As categorias de base da Metodista se dividem em: pré-mirim (9-10 anos), mirim (11-12 anos), infantil (13-14 anos), cadete (15-16 anos), juvenil (17-18 anos) e júnior (19-21 anos). Os treinamentos e técnicas são planejados de acordo a faixa etária. “É um processo muito paciente, muito estudado para acompanharmos as etapas de treinamento e garantir a aprendizagem das crianças”, comenta o atual técnico da equipe de handebol masculina adulta, José Ronaldo, o SB, que também já participou do treinamento das categorias de base. Segundo SB, com as crianças é feito um processo de iniciação no esporte, trabalhando coordenação, mudança de direção e outras técnicas motoras básicas. Conforme o atleta vai desenvolvendo as habilidades e trocando de categoria o grau de dificuldade e a exigência nos treinos aumenta. “Temos a filosofia de não pular etapas do aprendizado. Nas faixas etárias mais baixas não focamos somente nos resultados, a preocupação maior é que as crianças vivenciem o esporte e queiram se especializar para no futuro atuar como profissionais, como aconteceu com vários dos nossos atletas que vieram das categorias de base”. O atleta Guilherme Valadão, que hoje faz parte da seleção brasileira de handebol, está há 10 anos no time da

METODISTA,

ENSINANDO TÉCNICAS, CONVIVÊNCIA EM EQUIPE E RESPEITO AOS ADVERSÁRIOS Mônica Rodrigues

[ HÁ 20

Atletas da categoria cadete durante treino no ginásio do Baetão

Metodista/São Bernardo/ Besni. Ele começou a praticar o esporte nas aulas de educação física do colégio e, em 2003, com 12 anos, entrou para a equipe de base mirim da Metodista. “A base é fundamental, desde aprender a quicar uma bola, estar dentro de uma grande equipe e passar por todas as fases com bons professores e bons técnicos faz a diferença. Hoje eu tenho o reflexo de tudo isso, e acredito que o que diferencia os atletas é ter essa base completa, passar degrau por degrau, sem pular etapas. Além disso, é um ganho o fato de conhecer bem a equipe, o esporte, e ter respeito pelos companheiros desde pequeno”, diz Valadão. Os atletas de base treinam três vezes por semana, 1h30 por dia. A oportunidade de competir e colocar em prática os fundamentos ensinados se dá

no Campeonato Paulista, para as categorias mirim e infantil; e no Campeonato Brasileiro, destinado às categorias cadete, juvenil e júnior. “Nestes campeonatos é claro que existe a rivalidade, mas buscamos que isso não atrapalhe o desenvolvimento. Queremos que as crianças e adolescentes aprendam os fundamentos do esporte e de uma competição, como a integração social e o respeito pelo adversário”, revela o técnico. Em 2012 a equipe cadete masculina de handebol venceu o Campeonato Brasileiro e ainda conquistou o título de terceira melhor equipe Sul-Americana. A equipe feminina da mesma categoria também teve destaque e conquistou o Campeonato Paulista. No Basquete, a categoria juvenil ficou com o vice-campeonato da Série Prata

do Campeonato Paulista e garantiu vaga para a Copa do Brasil deste ano. Crianças e adolescentes interessados em participar devem ficar atentos às seletivas, que acontecem todo início de ano e são divulgadas pelos sites da Metodista (www.metodista.br) e da Prefeitura de São Bernardo do Campo (www.saobernardo.sp.gov.br). Mais informações podem ser obtidas com a Coordenação de Esportes 11 4366-5539. Paula Lima paula.come@metodista.br

Esporte Metô nas redes sociais Fique por dentro das novidades das equipes de handebol e de basquete pelo twitter @EsporteMeto e pelo Facebook, na página Universidade Metodista de São Paulo – Oficial.


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drops de PARA COMPARTILHAR

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PARA LER OU ASSISTIR

Cultura

www.

.com.br

Skoob John Dillinger (Johnny Depp) era um criminoso audacioso e violento, mas que atraía a opinião pública ao seu favor ao dizer que retirava das instituições financeiras o dinheiro que elas roubavam do cidadão. Seus assaltos a bancos e fugas rápidas enlouqueciam a polícia, que não tinha condições de enfrentá-lo. Assim, prender o assaltante tornou-se uma obsessão do então burocrata J. Edgar Hoover (Billy Crudup), que disposto a tudo para fortalecer o FBI, coloca Dillinger como o inimigo público número um. Autor > Bryan Burroug Págs > 520 Preço > R$ 49,90 Editora > Globo

O Skoob é uma rede social na qual as pessoas, além de compartilhar o que estão lendo, o que já leram e ainda o que irão ler, ainda expressam suas opiniões e críticas sobre as obras. De acordo com a equipe do site, “é também um lugar para fazer novos amigos. Tem muita gente que gosta dos mesmos livros que você, nosso papel é ajudá-lo a encontrar essas pessoas e saber quais são suas dicas para a sua próxima leitura”. www.skoob.com.br.

DICAS DOS ALUNOS fotos: Gabriela Rodrigues

Inimigos Públicos

ASSISTA AO TRAILER Direção > Michael Mann Elenco > Johnny Depp, Christian Bale, Marion Cotillard Gênero > Policial http://bit.ly/YMrGWm

Divulgação

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Aluno > Pedro Correia Curso > Administração Filme > Os Vingadores (Joss Whedon) Aluno > Maitê de Paula Ferreira Curso > Publicidade e Propaganda Filme > Os pássaros (Alfred Hitchcock)

Uma Mente Brilhante John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21 anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogante Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o Nobel. Autor > Sylvia Nasar Págs > 585 Preço > R$ 57,90 Editora > Record

Direção > Ron Howard Elenco > Russell Crowe, Ed Harris, Jennifer Connelly Gênero > Drama

ASSISTA AO TRAILER

Melanie Daniels é uma bela e rica socialite que sempre vai atrás do que quer. Um dia ela conhece o advogado Mitch Brenner em um pet shop e fica interessada nele. Após o encontro, decide procurá-lo em sua cidade, a pacata Bodega Bay, na Califórnia, onde Mitch costuma passar os finais de semana. Entretanto, Melaine não sabia que iria vivenciar algo assustador: milhares de pássaros se instalaram na localidade e começam a atacar as pessoas.

Loki retorna à Terra enviado pelos chitauri, uma raça alienígena que pretende dominar os humanos. Com a promessa de que será o soberano do planeta, ele rouba um cubo cósmico, adquirindo grandes poderes, que são usados para controlar o dr. Erik Selvig e Clint Barton/Gavião Arqueiro. No intuito de contêlos, Nick Fury convoca um grupo de pessoas com grandes habilidades, mas que jamais haviam trabalhado juntas: Tony Stark/Homem de Ferro, Steve Rogers/Capitão América, Thor, Bruce Banner/Hulk e Natasha Romanoff/Viúva Negra. Apesar do perigo que a Terra corre, não é tão simples conter o ego e os interesses de cada um deles para que possam agir em grupo.

http://bit.ly/ZLd35E

QUER VER SUA DICA PUBLICADA NO DROPS DE CULTURA? Então envie um e-mail para imprensa@metodista.br sugerindo um filme e fique de olho no Jornal da Metodista!


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acontece na Metô

Já parou para pensar no que as suas ideias podem render? Estúdio Colletivo/ AlmapBBDO/Havaianas

ECONOMIA CRIATIVA VEM GANHANDO CADA VEZ MAIS ESPAÇO COMO FORMA DE GERAR DINHEIRO E ATENDER AS OPORTUNIDADES DE MERCADO Giovanna Feltran

[ A

> Auditório Sigma lotado durante palestra do Estúdio Colletivo no Multicom

Para alguns, economia criativa é algo novo. Pode até não ser um assunto familiar. Mas o fato é que não é tão novo assim. O conceito surgiu nos anos 90, na Austrália. Partindo da ideia de indústrias criativas, a expressão foi inspirada no projeto Creative Nation, que queria mostrar a importância da criatividade para a economia do país e o papel das tecnologias como parceiras da política cultural. Na mesma década, o governo britânico entrou na história. A partir de uma análise das tendências de mercado e das vantagens competitivas do Reino Unido, eles estruturaram um plano de desenvolvimento estratégico para 13 setores, que foram identificados com potencial de geração de renda e empregos: Expressões Culturais, Arquitetura, Artes Cênicas, Artesanato, Cinema & Vídeo, Design, Mercado de Artes e Antiguidades, Mercado Editorial, Moda, Música, Software, Publicidade, Rádio e TV e Videogames. No entanto, no Brasil, o tema começou a ganhar força há bem pouco tempo. Em junho do ano passado, o Ministério da Cultura criou a Secretaria da Economia Criativa, que tem em sua missão apoiar e fomentar os profissionais e os micro e pequenos empreendimentos criativos brasileiros.

Satisfação pessoal Recentemente o assunto foi tema de uma das palestras do Multicom, even-

to organizado pelo curso de Produção Multimídia. No segundo dia, os sócios do Estúdio Colletivo, de São Paulo, contaram que, quando começaram, em 2003, já atuavam com a economia criativa e nem sequer sabiam disso. “Depois que a gente começou é que percebemos que, sem querer e por necessidade, fazíamos economia criativa”, lembrou Vanessa Queiroz durante a palestra. Cansados de serem infelizes em seus empregos, aproveitaram que se davam bem ao fazer os trabalhos da faculdade e montaram o estúdio logo após se formarem para fazer o que gostavam mesmo: ilustração. Hoje, o Colletivo tem em seu portfólio clientes como Itaú, Nike e Conspiração Filmes. “A economia criativa está muito galgada no prazer pessoal. Os jovens não querem mais só dinheiro. Eles perceberam que não é ter as coisas que dá prazer. O que vale mais a pena é o caminho, não é o resultado final”, observa Sérgio Genciauskas, coordenador do novo curso de Jogos Digitais.

Mas o que a economia criativa tem de diferente? “Os setores criativos levam uma vantagem sobre os modelos antigos, porque não precisam de máquinas, construções, veículos para crescer. A evolução dessa economia depende muito mais das pessoas”, afirma o docente. Segundo ele, “o combustível da economia criativa está baseado em

boas ideias. Enquanto tiver boas ideias, ela existe. Basta as pessoas acreditarem nisso”. Outro aspecto apontado pelo professor diz respeito à aceitação do trabalho, algo enfrentado pelo Colletivo no início porque a maioria das agências não trabalhava muito com ilustração ou design, de acordo Vanessa. Entretanto, essa dificuldade ainda existe. Para Leonardo Brant, empreendedor criativo e presidente do Cemec, instituição que atua na fronteira entre arte, inovação, cultura e negócios, com foco nos setores cultural e criativo, “é uma barreira que tem a ver com a nossa cultura, com a relação entre Estado e sociedade, principalmente na produção cultural, e que não tem mais sustentação”. Para ele, “o Brasil é um país capitalista, com uma extrema capacidade criativa, que precisa aprender a transformar isso em negócio para o bem da própria arte, da própria criatividade e se adequar de certa forma às potencialidades que o País oferta em termos de crescimento econômico, nova classe C, novas possibilidades de produção, de fusão, de rede. Acho que é uma questão de tempo”.

O lado criativo se unindo ao social O professor Marco Aurélio Bernardes, da Faculdade de Administração e Economia, aponta um outro caminho da economia criativa, que “nasce do

> Campanha “Ilustrações”, que contou com arte do Estúdio Colletivo

potencial das pessoas em desenvolver conceitos, produtos e serviços pela articulação de parcerias e com poucos recursos financeiros”. A Charlotte – Arte em Costura é exemplo disso. A empresa é formada por cinco mulheres que fabricam produtos sustentáveis, como ecobags, chaveiros e carteiras, a partir da reutilização de banners e embalagens longa vida. O empreendimento recebeu o apoio da Associação Padre Leo Comissari, de São Bernardo do Campo (SP), e conta com uma designer, que desenvolve alguns produtos. “Mas a maioria é criação nossa. Quando uma de nós vê alguma coisa nova, já comenta e leva para o corte, para ver como fica”, explica Nani Martins. Sérgio Genciauskas lembra que o design passou por essa fase também de agregar valor. “Em Cunha, por exemplo, com peças de cerâmica. Lá foi criativo no sentido de escolher uma linha de design, saber trabalhar com ela e saber divulgar aquele tipo de material também.” Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br


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Metô Sustentável

Sustentável e coletivo [ NÚCLEO

DE

SUSTENTABILIDADE

PROMOVE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS EM TODOS OS SETORES DA

METODISTA

E NA COMUNIDADE Paula Lima

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> Professores e funcionários do Núcleo de Sustentabilidade discutem os projetos da Universidade

“Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.” Este trecho faz parte do preâmbulo da Carta da Terra, uma declaração sobre os princípios éticos a serem adotados para uma sociedade mais sustentável e justa que se tornou o maior princípio do Programa Metodista Sustentável (PMS). O Programa foi lançado em 2009, entretanto, desde 2002 a Metodista já estava inserida no caminho da sustentabilidade por meio do Núcleo e Agência Ambiental, que concentrava pesquisas ambientais aliadas a comunidade em parceria com instituições de ensino, indústrias, administrações públicas, ONGs e outros segmentos interessados em contribuir com o conhecimento e conservação do ecossistema local.

“A ideia sempre foi não ser um projeto restrito a faculdade. O que é importante é que, além de projetos de pesquisa, eram também projetos de extensão, que se estendiam em ações para a comunidade”, comenta a coordenadora do programa e do curso de Gestão Ambiental da Metodista, professora Waverli Neuberger. Em 2008 a sustentabilidade tornouse um valor transversal dentro do projeto político pedagógico da instituição, e assim foi inserido o Eixo de Sustentabilidade, que no ano seguinte passa a receber o nome de Programa Metodista Sustentável. Para identificar como introduzir em cada curso essa questão foi criado o Programa Metodista de Formação de Lideranças para Educação na Sustentabilidade no Ensino Superior (FLESES), que já formou 234 professores. O objetivo é que todos os docentes passem pelo curso. Segundo Waverli, “o intuito é trabalhar de forma inovadora, de forma integrada. Eu acredito que sustentabilidade pode unir os vários currículos

desenvolvidos na universidade na criação de grupos de pesquisa multidisciplinares e na consolidação de uma mudança no ensino superior”.

Núcleo de Sustentabilidade Recentemente surgiu a necessidade de ampliar o PMS e criar um espaço que permitisse uma troca coletiva de ideias, de ações e compartilhamento de pesquisas, vinculando a Universidade como um todo. Assim, surgiu o Núcleo de Sustentabilidade. “Não é algo que falamos ‘vamos criar’. É um projeto que foi crescendo, nascendo da necessidade e sendo ampliado”, comenta Waverli. O Núcleo, que em breve estará instalado no Edifício Lambda do campus Rudge Ramos, já tem alguns projetos em andamento, como o “Minha Terra, Nosso Brasil”, em parceria com o Núcleo de Educação a Distância. O espaço físico, planejado por alunos do curso de Design de Interiores, será dividido com a Incubadora de Empreendimentos Solidários, que desenvolverá um projeto sobre Economia Verde.

“É muito diverso o grupo formado. Será um ambiente muito fértil de troca de informações, de interconexões, de muita discussão, e isso é uma coisa importante para a Universidade”, relata a professora. Entre os objetivos, o Núcleo busca confirmar o pioneirismo em ser uma Universidade que tenha como foco a sustentabilidade e criar um espaço de liberdade e cocriação. “Deve ser um lugar onde as pessoas se sintam em casa e queiram fazer trabalhos. É um programa de cooperação que envolve todos os setores da Universidade. Essa característica de ser uma rede, de muita gente, é muito valiosa”, completa Waverli. Acompanhe as novidades do Núcleo em www.metodista.br/metodista-sustentavel. Confira mais sobre o Metodista Sustentável aqui: http://bit.ly/124nIe2 e no QR Code.

Paula Lima paula.come@metodista.br


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acontece na Metô

Palestras reforçam a importância do inglês para o mercado de trabalho [ UM

DOS EVENTOS ABORDOU TENDÊNCIAS NA ÁREA DE GESTÃO E FOI REALIZADO SEM O AUXÍLIO DE INTÉRPRETE cional de algumas décadas atrás e o momento atual do Brasil e do mundo de maneira geral, os presentes tiveram conhecimento dos principais países com déficit de profissionais em diversas áreas, os perfis de quem estão em busca e de que maneira podem se preparar para uma oportunidade como essa. A questão do preparo foi justamente o foco do Management Trends Open Seminars, totalmente em inglês, promovido pela Faculdade de Gestão e Serviços. “Essa iniciativa é para forçar os alunos a se interessarem pelo idioma e para que saibam também se portar em eventos internacionais em

inglês”, destacou o pró-reitor de PósGraduação e Pesquisa, professor Fábio Josgrilberg. “É a primeira vez que fazemos um evento assim e os alunos têm que entender que nem sempre eles terão tradução”, reforçou o coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos, professor Rafael Chiuzi. De acordo com ele, a ideia é realizar outros neste formato ao longo do ano. A proposta foi bem recebida pelos participantes. “Meu inglês não é tão legal e é um incentivo para que eu continue estudando a língua. Alguns colegas não vieram porque pensaram que não entenderiam nada”, comen-

tou Rosemeire Mariano, do 2º semestre de Gestão de RH. Paulo Reis, formado em Matemática, trabalha com gestão da qualidade e foi ao evento a convite de colegas que estudam na Metodista. “Foi a primeira vez que participei de um evento assim. O assunto foi interessante e eu ainda pude exercitar o inglês.” O evento discutiu algumas tendências na área de gestão, como a influência da tecnologia no processo de gestão e a importância do aspecto social nos locais de trabalho. Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br Mônica Rodrigues

Embora tenham sido direcionadas a públicos diferentes, duas palestras realizadas na Metodista abordaram o mesmo tema: a possibilidade de estudo e de carreira fora do País. “Um evento como este visa não só a formação acadêmica, mas a construção de competências alinhadas às necessidades mercadológicas em um cenário de forte competitividade”, afirmou a diretora da Escola Metodista de Educação Corporativa (EMEC), Andréa Duarte de Souza, ao se dirigir a uma plateia de estudantes e pessoas interessadas em cursos de pós-graduação. Além de uma breve pontuação sobre o contexto econômico e educa-

> Coordenador

do curso de Gestão de Recursos Humanos, professor Rafael Chiuzi, durante o Management Trends Open Seminars



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