Informativo da Universidade Metodista de São Paulo > Ano 22 > nº 123 > Out/Nov 2013
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HORA DE PLANEJAR Confira como o Projeto Pedagógico Institucional interfere e pode auxiliar sua passagem pela Universidade
Acontece na Metô Guia do Estudante: Metodista cresce em número de estrelas e cursos bem avaliados | Pág. 3
Mais Cidadania Alunas de Veterinária promovem ação social com animais carentes | Pág. 12
Universidade recebe unidade do Centro de Referência e apoio à Vítima
Metodista Sustensável Biomimética: Saiba o que é e como ela pode ajudar o planeta
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jornal da Metodista OUT.NOV
expediente Metô
editorial A Universidade Metodista de São Paulo é pensada diariamente, sempre com o objetivo de proporcionar o melhor aos alunos, comunidade, docentes e funcionários técnico-administrativos. Mas todas as ações do dia-adia da Universidade não são feitas de modo aleatório. Por trás delas existe muito planejamento e um trabalho bem complexo: é o Projeto Pedagógico Istitucional (PPI). O Projeto Pedagógico Institucional são peças fundamentais de uma instituição educacional, como norteadores de sua atuação, estabelecendo horizontes e definindo objetivos e formas de ação que servirão como auxí-
lio na organização das ações da Universidade rumo à concretização de seu ideal de formação acadêmica e cidadã com qualidade. O PPI é pensado para um longo período: suas diretrizes serão válidas pelos próximos quatro anos. Dois anos antes, um Grupo de Trabalho foi formado para sua elaboração. Dezenas de reuniões foram realizadas, e o PPI que agora apresentamos é fruto de um trabalho coletivo, colaborativo e cooperativo. A Metodista assume por meio do PPI 2013–2017 quatro eixos fundamentais indissociáveis para a orientação de suas atividades político pedagógicas: bem-
comum, regionalização e internacionalização, qualidade em educação e inovação, considerando a sustentabilidade como tema transversal. É de suma importância que você conheça o PPI 2013–2017. É ele que vai servir de direção para a continuidade dos projetos em andamento, para a criação de novos e a aplicação dos princípios acadêmico-pedagógicos da Metodista. Leia a matéria de capa que o Jornal da Metodista preparou para você e o Projeto na íntegra no Portal da Metodista. Prof. dr. Marcio de Moraes Reitor
agenda Metô 19/10, 08/11 e 30/11 » Encontros Filosóficos 21/10, 22/10 e 25/10 » 10º Encontro de Tecnólogos (ENCOTEC)
1/11 » Início das inscrições dos cursos Lato Sensu (Especialização) Até às 13h do dia 08/11 » Inscrições para o Processo Seletivo 1º Semestre 2014
23 e 24/10 » Congresso Metodista 29/10 » Uma Tarde na Universidade
Caso o candidato opte por utilizar a nota do ENEM: Inscri-
> Encontro da 3ª Idade
ção até o dia 1º de Novembro
29/10 e 12/11 » Curso Livre de Humanidades
04 e 05/11 » Simpósio de Pesquisa do Grande ABC
30/10 e 1/11 » Encontrar-te > Encontro de contadores de
08/11 » X Show Afro
História
12/11 » Solenidade dos 10 anos da Cátedra Gestão de Ci-
Até 30/10 » Inscrições para atendimentos psicológicos
dades
Reitor Marcio de Moraes Pró-Reitora de Graduação Vera Lúcia G. Stivaletti Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Fábio Botelho Josgrilberg Diretores Acadêmicos Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia); Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito); Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços); Luciano Venelli (Faculdade de Administração e Economia); Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação); Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia) Diretor de Comunicação e Marketing Paulo Roberto Salles Garcia Gerente de Comunicação Victor Kazuo Teramoto Edição e revisão Israel Bumajny (MTb 60.545) Redação Gabriela Rodrigues (MTb 39.324), Marcello Ferreira, Paola Di Buono e Paula Lima Ilustração Capa João Borges Foto de Capa Mônica Rodrigues Projeto e diagramação Timbre Consultoria em Marcas e Design Tiragem: 13.000 exemplares
na Policlínica
Campus Rudge Ramos: Rua Alfeu Tavares, 149 São Bernardo do Campo, SP
Conselho Diretor Stanley da Silva Moraes (presidente), Nelson Custódio Fér (vice-presidente), rev. Osvaldo Elias de Almeida (secretário), Jonas Adolfo Sala, Augusto Campos de Rezende, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo (suplente), Valdecir Barreros (suplente).
Campus Vergueiro: Av. Senador Vergueiro, 1301, São Bernardo do Campo, SP
Campus Planalto: Av. Dom Jaime de Barros Câmara, 1100, Planalto, São Bernardo do Campo, SP
FIQUE LIGADO NA EDIÇÃO ONLINE DO JORNAL DA METODISTA: WWW.METODISTA.BR
Redação Rua Alfeu Tavares, 149 – Ed. Ró 1º andar – Rudge Ramos São Bernardo do Campo/SP CEP: 09641-000 Telefone: 11 4366-5928 E-mail: imprensa@metodista.br Site: www.metodista.br A Universidade Metodista de São Paulo é filiada à:
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Cursos da Metodista conquistam 84 estrelas no Guia do Estudante [ NO
TOTAL,
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CURSOS FORAM CONTEMPLADOS;
JORNALISMO
É
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ESTRELAS
Confira a lista completa dos cursos estrelados:
Jornalismo
O Guia do Estudante da Editora Abril, principal veículo de publicação de Instituições de Ensino Superior do País, divulgou o resultado da avaliação dos cursos de bacharelado e licenciatura* que realiza anualmente. A Universidade Metodista de São Paulo teve 23 cursos contemplados, com um total de 84 estrelas, superando os números do ano passado. Além disso, os cursos de Biomedicina, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Educação Física e Publicidade e Propaganda subiram na classificação, com 4 estrelas cada. O destaque fica para o curso de Jornalismo, que conquistou a nota máxima, 5 estrelas. Para o coordenador do curso, professor Rodolfo Martino, o reconhecimento vem de um projeto pedagógico pensado coletivamente e em sintonia com o mercado. “Todos os professores do curso participam de discussões para chegar a um denominador comum, que atenda as expectativas do mercado. Projetos como a Redação Multimídia, espaço no qual os alunos têm aulas e trabalham com todas as plataformas do jornalismo são um grande diferencial.” Já Sistemas da Informação aparece pela primeira vez na avaliação, com 3 estrelas. O coordenador, professor Marcelo Módolo, acredita que a estrutura modular e o trabalho
integrado dos professores contribuem para a valorização do curso. “A avaliação traz visibilidade e confiança para os alunos. A infraestrutura que a Metodista oferece, os laboratórios adaptados e os Projetos de Ação Profissional desenvolvidos a cada semestre estão trazendo resultados muito positivos.” Na Faculdade da Saúde, além de Biomedicina, Ciências Biológicas e Educação Física terem subido na classificação, com 4 estrelas cada, pelo segundo ano consecutivo, os nove cursos avaliados foram estrelados. Para Rogério Bellot, diretor da FacSaúde, o resultado mostra também uma valorização da área da saúde. “O mercado reconhece o desempenho de nossos alunos, visto pelo grande número dos bem colocados em grandes empresas.” O professor também cita o atendimento integrado dos cursos e da Policlínica. “Além do aparato tecnológico, das atividades práticas e do corpo docente qualificado, aqui na Metodista os cursos de saúde têm como objetivo cuidar do ser humano. Paula Lima paula.come@metodista.br
Administração (Administração/Administração Financeira/ Administração Comércio Exterior) Biomedicina Ciências Biológicas Ciências Contábeis Comunicação Mercadológica Educação Física Fisioterapia Pedagogia Publicidade e Propaganda Rádio, TV e Internet Secretariado Executivo Bilíngue Direito Farmácia Medicina Veterinária Nutrição Odontologia Psicologia Relações Públicas Sistemas de Informação Letras – Tradutor e Intérprete * Os cursos de graduação tecnológica e da modalidade a distância não são avaliados pelo Guia do Estudante.
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Iniciativa valoriza o papel do professor e auxilia escolas públicas [ O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) APROXIMA A UNIVERSIDADE DAS ESCOLAS PÚBLICAS. GANHAM OS ALUNOS COM UM ENSINO DE MAIS QUALIDADE; GANHAM OS ESTUDANTES DAS LICENCIATURAS, COM UMA MELHOR FORMAÇÃO “Por eu ter sempre estudado em uma escola particular e ter vindo para uma faculdade particular, eu tinha uma ideia totalmente errada da escola pública. Eu não acreditava na escola pública. Achava que era um lugar em que não ocorria o aprendizado, que era um lugar largado, isolado, onde tinha professores ruins. Essa é a ideia que é vendida da escola pública. Quando entrei, eu vi que não. Há currículo, há proposta, há pessoas fortemente empenhadas. Os alunos são uma representação da sociedade como ela está agora. Tudo mudou e a vontade que eu tinha antes era de atuar em uma escola particular. Hoje não. Eu quero atuar realmente em uma escola pública”.
“NINGUÉM
QUER ENTRAR EM
UM HOSPITAL E SER OPERADO POR UM VOLUNTÁRIO.
A
ESCOLA
PRECISA DE PROFISSIONAIS, DE GENTE QUE FAÇA AS COISAS ACONTECEREM”
- CLEUZA
REPULHO, SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO São experiências como esta, narrada por Paula Andreatti Margues, do 6º semestre de Pedagogia, que o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) tem proporcionado a estudantes de diversos cursos de Licenciatura. Iniciativa do Ministério da Educação e sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), o programa é uma oportunidade para que os alunos possam vivenciar a prática de atividades pedagógicas em escolas públicas de Educação Básica. Desta maneira, eles podem enriquecer sua formação e o currículo e aprimorar a qualidade das escolas; os participantes recebem uma bolsa da Capes. O Pibid envolve ainda professores de escolas públicas, que atuam como supervisores dos bolsistas; professores da licenciatura, que coordenam subprojetos e coordenadores – de área, de área de gestão de processos educacionais e institucional. “As pessoas não sabem a dimensão desse programa”, destacou a secretária de Educação de São Bernardo do Campo, Cleuza Repulho durante o II Encontro Pibid/Metodista, realizado neste ano na Universidade. Para ressaltar a importância de se investir na formação de professores, a secretária foi categórica: “Ninguém quer entrar em um hospital e ser operado por um voluntário. A escola precisa de profissionais, de gente que faça as coisas acontecerem”. Presente no mesmo evento, a professora Bernardete Gatti, docente da PUCSP, pontuou que “este programa, quando cria o diálogo entre a universidade, o professor, o docente que está na escola e o licenciando, que será o futuro docente, está criando essa interação absolutamente necessária para nós termos uma formação de qualidade”. Para o diretor da Faculdade de Humanidades e Direito, professor Jung Mo Sung, um projeto como o Pibid “permite que os alunos possam viver essa experiência de lidar com crianças e perceber que educar não é só educar. É possibilitar que essas pes-
Mônica Rodrigues
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> Material desenvolvido por estudantes de licenciatura da Metodista para utilização com alunos da rede pública
soas floresçam como gente”. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação e coordenadora institucional do Pibid na Metodista, a professora Norinês Bahia avalia que “enquanto proposta de valorização do magistério e de incentivo à docência, [o Pibid] é de extrema importância, especialmente para o enfrentamento da atual crise das licenciaturas”. Segundo ela, o programa “se destaca pela diferenciação que comporta se comparado a outros projetos que preveem bolsas aos envolvidos – no PIBID, os professores das escolas públicas, também recebem bolsas – um fato inédito em nosso contexto”. E destaca que a possibilidade da aproximação e inserção dos alunos licenciandos no cotidiano escolar com o acompanhamento de professores das escolas públicas e dos coordenadores de subprojetos, “fortalece a tão necessária parceria universidade-escola pública”.
O Programa Tendo iniciado em 2012, nos subprojetos (cursos), há a participação tanto de alunos dos presenciais – Ciências Biológicas, Letras – Língua Portuguesa, Matemática, Educação Física e Pedagogia – como da modalidade a distância – Ciências Sociais, Filosofia, Letras – Língua Espanhola e Pedagogia, sendo que cada um pode contar com até 30 estudantes. Os bolsistas podem permanecer por um ano no Programa, com a possibilidade de renovação da bolsa por mais um. De acordo com a professora Norinês Bahia, em caso de desistências ou desligamentos, é realizado um novo processo seletivo para novos alunos. Por isso, é importante estar atento às divulgações realizadas pelos cursos. Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br
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Impulsionando negócios solidários [ O
SUPORTE DADO PELA INCUBADORA DE
EMPREENDIMENTOS SOLIDÁRIOS
DE
SÃO BERNARDO
DO
CAMPO Beatriz Iassinari
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> Confecções Tecoste, em processo de incubação pela SBCSOL, expõe seus trabalhos na I Feira de Economia Solidária, promovida pela prefeitura de São Bernardo do Campo
Há três meses a cooperativa Unimáquinas vem sendo acompanhada pelos técnicos da Incubadora de Empreendimentos Solidários de São Bernardo do Campo (SBCSOL). Marcos José Lopes, diretor-presidente que também atua na fábrica, conta que neste período foi realizado um levantamento para identificar os pontos de melhoria da empresa. “Agora está sendo feita a aplicação das sugestões. Desde a parte administrativa, produtividade, organização da fábrica.” Segundo ele, “este acompanhamento está sendo de grande valor para nós. Com o apoio [da SBCSOL], a tendência é o que já estamos vendo na prática. É melhorar a capacidade de produção, de inovação de produtos, ganhar mercado, contratar mais pessoas”. Assim como a Unimáquinas, outros pequenos negócios têm tido o suporte da Incubadora, cujo objetivo é estimular a economia solidária. Fruto de uma parceria entre a Universidade Meto-
dista de São Paulo, o Instituto Metodista Granbery e a prefeitura de São Bernardo do Campo, com financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), a SBCSOL vem atuando neste sentido desde o ano passado. Atualmente são 17 os empreendimentos em fase de incubação, de acordo com a professora Sílvia Gattai, uma das técnicas da equipe. No II Seminário SBCSOL, foram apresentados os principais desafios e realizações da Incubadora, desde que as atividades foram iniciadas. Cerca de 20 metas foram compromissadas com a Finep e várias foram atingidas. Entre elas destacam-se o diagnóstico da situação socioeconômica dos grupos; o desenvolvimento e a aplicação de uma metodologia que gerou a criação de oficinas de capacitação e preparação a serem realizadas até o final do ano; a elaboração de 18 cartilhas pedagógicas que serão utilizadas nestas oficinas, cujo conteúdo foi produ-
zido por professores das Faculdades de Administração e Economia, Comunicação, Gestão e Serviços e da Saúde da Metodista; a geração de conhecimento científico – trabalho apresentado em um dos principais congressos de Administração (EnANPAD); e a criação da Biblioteca para os Empreendimentos Solidários (saiba mais ao lado). O professor Douglas Siqueira, coordenador da SBCSOL, afirma que “estaremos, em breve, mudando o local da incubadora para um espaço maior no Campus Planalto. O objetivo é preparar o ambiente para que possamos receber os incubados, fazer treinamentos, reuniões com os envolvidos e ter uma identidade da incubadora”. Douglas menciona ainda que estão “em processo final de assinatura de um contrato para capacitação em nível avançado da equipe SBCSOL, bem como dos empreendimentos com as oficinas formativas”.
TEM FEITO A DIFERENÇA
O que é Economia Solidária, afinal? De acordo com o portal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), “Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.” Segundo o Ministério, esta tem se apresentado como alternativa para a geração de trabalho e renda e uma resposta em prol da inclusão social.
SBCSOL inaugura Biblioteca de Economia Solidária Com inauguração marcada para o dia 18 de outubro, a Biblioteca tem o intuito de ser um espaço para estímulo do estudo e pesquisa para o desenvolvimento dos empreendimentos solidários. Além deste público, a biblioteca também é voltada para todos os cidadãos que têm interesse no aprofundamento e conhecimento sobre o tema. O acervo contém livros, filmes e jogos sobre economia solidária, políticas públicas, cidadania, administração, tecnologia, solidariedade e sustentabilidade. São diversos títulos que fomentam o desenvolvimento de pessoas e gestão de negócios. A Biblioteca funcionará na Central de Trabalho e Renda de São Bernardo do Campo - Avenida Marechal Deodoro, 2316 Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br
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Unidade do Centro de Referência e Apoio à Vítima é inaugurada na Metodista DA
UNIVERSIDADE
Quem sofre violência, de qualquer tipo que seja, na maioria das vezes sente receio de procurar ajuda. Medo, dor e falta de confiança nas instituições públicas fazem com que vítimas de crimes violentos ‘deixem de lado’ o ocorrido, podendo carregar traumas por toda a vida. A violência é uma das principais causas e consequências da violação dos Direitos Humanos. Na missão de garantir às vitimas seus direitos fundamentais e o pleno exercício da cidadania, foi fundado em 1998 o CRAVI – Centro de Referência e Apoio à Vítima. O programa é uma iniciativa da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, o Instituto Therapon e o Instituto São Paulo Contra Violência. O CRAVI, por meio de assistência jurídica, social e terapêutica, contribui na superação dos danos causados por crimes violentos e na sua prevenção, além de apoiar e orientar aqueles que querem contribuir como testemunhas para a realização da justiça. É seu objetivo dar visibilidade às vítimas de violência, inclusive aquelas indiretamente afetadas, como é o caso dos familiares de vítimas de homicídio.
CRAVI na Metodista No final de agosto, o Grande ABC também passou a contar com uma unidade do CRAVI, alocada na Policlínica da Universidade Metodista de São Paulo, no Campus Rudge Ramos. A Metodista, por meio de sua Faculdade de Saúde, é parceira no projeto oferecendo atendimento psicológico e assistência social. Serão realizados atendimentos gratuitos em serviços de bai-
IRÁ OFERECER ATENDIMENTOS DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL Mônica Rodrigues
[ POLICLÍNICA
> Vítimas e familiares de vítimas de violência poderão ser atendidas na Universidade.
xa e média complexidade nos núcleos de Análises Clínicas, Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia e Psicologia. “Estamos muito felizes e honrados com essa parceria. Um dos desafios do CRAVI, a promoção dos direitos humanos e da cidadania é também um dos desafios da Metodista, e esses valores devem ser preservados. A Universidade, que já trabalha ativamente com a comunidade, agora tem essa responsabilidade ainda maior”, aponta o reitor da Universidade Metodista de São Paulo, professor Marcio de Moraes. A Secretária de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, afirma que a inauguração é mais um componente para que São Bernardo do Campo e região sejam referência para o Estado e para o Brasil. “Agradecemos por este espaço e
por esta oportunidade. Acreditamos, sem dúvidas, que a Universidade é o palco exato para o desenvolvimento de um programa como esse, que visa dar assistência a vítimas e familiares de vítimas. Vi aqui, ao visitar a Policlínica, instalações de primeiro mundo.” A coordenadora do CRAVI, Cristiane Pereira conta que a ideia é expandir ainda mais o serviço, que já vem sendo desenvolvido há 15 anos. “Temos muito trabalho a fazer para garantir que as pessoas recebam todo o apoio, seja na área de psicologia, de assistência social, na área da saúde e jurídica. Contar com o apoio da Policlínica é um grande presente que a Metodista nos oferece.”
Paula Lima paula.come@metodista.br
Para participar dos atendimentos, basta procurar a Policlínica da Metodista. O agendamento pode ser feito pessoalmente ou por telefone.Telefone: (11) 4366–5565 End: Ed. Iota, Campus Rudge Ramos Universidade Metodista de São Paulo – R. Planalto, 106 – Rudge Ramos – SBC. Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 07h às 22h; sábados das 07h às 13h (para agendamentos). Horário de atendimento CRAVI: das 08h às 17h (segunda a sexta-feira) No primeiro atendimento, caso a pessoa não tenha sido encaminhada pelo Ministério Público ou outro setor jurídico, será realizada uma triagem pelo núcleo de psicologia e assistência social para verificar qual atendimento mais adequado pelo CRAVI.
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Delineando o futuro Saiba quais são os projetos e aonde a Metodista pretende estar nos próximos quatro anos.
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Metas, planos, objetivos, rumos a seguir. Cada pessoa, empresa ou instituição deve escolher caminhos a trilhar para ir em frente e chegar aonde deseja. As universidades não seriam uma exceção e, pensando nos mais diversos públicos que uma instituição de ensino atinge, é necessário sempre ter propostas atuais e alinhadas com o mercado de trabalho, com os estudantes, com as pessoas que nela atuam e com a sociedade. Para que você, que faz parte do universo da Metodista, possa entender e descobrir tudo que a Universidade pode e busca oferecer, o Jornal da Metodista irá abordar nas próximas páginas o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) 2013-2017, uma das peças fundamentais para uma instituição educacional, cujo objetivo, em consonância com a missão, visão e valores da Metodista, é nortear sua atuação, definindo objetivos e formas de ação que servirão de auxílio na organização das ações da Universidade rumo à concretização de seu ideal de qualidade. Na Metodista, a cada quatro anos o PPI é revisto e reelaborado de modo colaborativo por todas as áreas “A FINALIDADE DE que dão sustentação à TUDO É A EDUCAÇÃO. Universidade. No entanto, E A EDUCAÇÃO É O existem vários desafios: MAIOR BEM-COMUM” criar ações e políticas que VERA STIVALETTI, apontem para o futuro, PRÓ-REITORA DE mas que estejam conectaGRADUAÇÃO. das com a história e com a cultura; ousar e inovar, mas reconhecendo os valores que devem ser preservados; promover a aproximação com os contextos sociais locais, regionais e globais; construir coletivamente garantindo o bem-comum a partir da diversidade e enfrentar os desafios colocados pela sociedade do século XXI, são alguns deles. Ao final de 2012, das 171 ações projetadas, 61% foram realizadas totalmente, 30% foram realizadas parcialmente e 9% não foram realizadas. “Indica que aquilo que su-
gerimos aconteceu, trouxe resultados e agora pode nos orientar para os próximos projetos”, aponta a pró-reitora de Graduação, professora Vera Stivaletti. A cada Projeto são estruturados novos eixos, de acordo com a realidade da instituição. Até o ano de 2017, a Metodista assume quatro eixos fundamentais para orientação de suas atividades e que devem ser dimensionados em ferramentas utilizadas no cotidiano da vida universitária; são eles: BEM-COMUM: democracia e respeito à igualdade fundamental de cada pessoa, não apenas no sentido político, mas econômico, social e cultural. REGIONALIZAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO: possibilidade de vivência de outras realidades, abrindo a Universidade para o mundo e aproximando o mundo da Universidade. Parcerias com universidades estrangeiras e oportunidades de intercâmbio. QUALIDADE EM EDUCAÇÃO: indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, interdisciplinaridade e flexibilização curriculares como processos de construção de conhecimento. INOVAÇÃO: compromisso em atender e prever as demandas sociais, tecnológicas, ambientais e culturais nas diversas áreas do conhecimento, priorizando práticas comunicativas intensas, interna e externamente à Universidade. SUSTENTABILIDADE: todos os eixos consideram como tema transversal
“As políticas institucionais devem ser resultado do diálogo de várias áreas, estimulando projetos e parcerias multidisciplinares, que possam envolver não só uma área de conhecimento, mas várias ou até mesmo todas”, conta a pró-reitora.
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Extensão para construção do conhecimento
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Realizada por uma gestão descentralizada, a Extensão na Metodista tem di- do do Campo – SBCSOL, que visa à consolidação de Empreendimentos Econôversas vertentes. Segundo a coordenadora de Extensão e Inclusão, professora micos Solidários de diversos segmentos, como meios geradores de trabalho, Elizabete Renders, “além de propiciar uma comunicação da Universidade com renda e conquista de cidadania (saiba mais na página 06). a comunidade, a Extensão também pode ser uma estratégia pedagógica, pois O Ponto de Apoio da FAPESP no Campus Rudge Ramos da Universidade é mais favorece a formação do aluno de um destaque. Por meio do serviuma forma mais ampla, em terço, pesquisadores da Instituição mo de conhecimentos gerais, A “A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NÃO É CONSTITUÍDA SOMENTE POR PROJETOS podem encaminhar suas solicidiálogo com a realidade e contritações de verba e prestação de PONTUAIS, A INTEGRAÇÃO CURRICULAR DA EXTENSÃO É ALGO MUITO MAIS buição social que o estudante INTERESSANTE, PORQUE OS ALUNOS CONSEGUEM PERCEBER A INTEGRAÇÃO DA contas à agência de fomento do pode trazer para a comunidade”. TEORIA COM A PRÁTICA E ESTÃO DE FATO NA REALIDADE QUE IRÃO ENFRENTAR Estado de São Paulo, bem como Os Projetos de Extensão contam esclarecer dúvidas, mais rapidaQUANDO TERMINAREM O CURSO.” ELIZABETE RENDERS, COORDENADORA DE com ações internas, como, por mente e sem necessidade de EXTENSÃO E INCLUSÃO. exemplo, o Programa Aquarela – deslocamento até São Paulo. 3ª idade na Universidade, proMas não para por aí, além de movido pelo Núcleo de Arte e Cultura, que trabalha a solidariedade entre estar inserida nas matrizes curriculares e nos projetos integrados de diversos gerações. “Este é um exemplo de programa liderado por uma área adminis- cursos, a Extensão também abrange parcerias nacionais, como o Projeto Catrativa, mas que todo seu desenvolvimento acontece com os professores, com nudos no sertão baiano, iniciativa do Instituto Brasil Solidário, e o Projeto Ronos alunos e com a comunidade”, relata Elizabete. don, administrado pelo Ministério da Defesa. Em ambos, alunos e professores Outro exemplo é a Incubadora de Empreendimentos Solidários de São Bernar- levam saúde, qualidade de vida e cultura a comunidades carentes.
> Programa Aquarela – Polos de Apoio Presencial querem adotar o modelo
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Educação independente da modalidade Um dos pontos que merece ser citado foi o desenvolvimento da modalidade de Educação a Distância (EAD). Ao longo dos últimos quatro anos os processos foram aperfeiçoados, os professores estão totalmente adaptados às ferramentas tecnológicas e as teleaulas já se tornaram parte do cotidiano. Além disso, a Universidade já conta com mais de 90 polos de apoio presencial em todas as regiões do País. “Queremos fortalecer a cultura da educação e di-
minuir a divisão entre atividades presenciais e a distância. As ferramentas tecnológicas que mesclam atividades por meio da interação com plataformas têm o propósito de facilitar o processo de ensino-aprendizagem tanto nas aulas presenciais, quanto a distância”, revela a pró-reitora de graduação Vera Stivaletti. Nesse sentido, a Metodista segue com o objetivo de diminuir a dicotomia entre as duas modalidades, já que o ensino em conjunto com a tecnologia Mônica Rodrigues
pode e deve agregar valor. “A expertise que os professores adquiriram na EAD foi transportada também para o presencial, isso gera benefícios para todos”, conta a pró-reitora. Essa interação pode ser vista ainda nas ações desenvolvidas, como o Projeto Minha Terra, Nosso Brasil, parceria do Núcleo de Educação a Distância com o Centro de Sustentabilidade, que visa construir uma rede educativa para promoção da educação para a sustentabilidade, a partir de cenários socioambientais das cidades abrangidas pela EAD da Metodista. O Núcleo de Formação Cidadã também promove eventos e palestras que acontecem no Campus Rudge Ramos e são transmitidas ao vivo para os polos EAD. O Núcleo de Arte e Cultura busca que suas intervenções artísticas possam atingir todas as regiões do País e que os polos também reproduzam o que aqui acontece ou produzam suas próprias atividades. “Temos um polo que conheceu as atividades para a 3ª idade e está interessado em desenvolver atividade na cidade. Quando você olha e conhece é despertado o interesse”, aponta a coordenadora de Extensão e Inclusão, Elizabete Renders. > Habilidades desenvolvidas por professores na EAD são aplicadas nos cursos presenciais
Inovação para os negócios Alinhamento com o Plano Nacional de Pós-Graduação é um dos destaques para os programas de Pós-Graduação da Metodista. Com isso será possível definir novas diretrizes, estratégias e metas para dar continuidade e avançar nas propostas para política de pós-graduação e pesquisa no Brasil. Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa, professor Fábio Josgrilberg, uma das principais inovações está no sentido de “promover formação de quadro de profissionais não somente voltados à academia, mas também para empresas e instituições.” A questão da internacionalização também está favorecida neste segmento, com parcerias com diversas instituições internacionais, como a London School of Business and Finance, que oferece cursos de curta-duração para os alunos de Especialização - Lato Sensu. Os programas de mestrado e doutorado também contam com a “formação-sanduíche”, na qual é possível cursar parte do programa em uma universidade do exterior.
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> Parceria internacionais são oportunidade para complementar graduação e pós-graduação no exterior
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Por uma Universidade sustentável A sustentabilidade, conforme já citado anteriormente, é um tema que deve perpassar todos os eixos do Projeto Pedagógico Institucional. Para isso a Universidade conta com o programa Metodista Sustentável e com o Centro de Sustentabilidade, estruturas com atuação transversal e multidisciplinar. Um dos exemplos de atuação é o Programa Metodista de Formação de Lideranças para Educação na Sustentabilidade no Ensino Superior (FLESES), um curso que cria caminhos para capacitar professores a inserir a sustentabilidade em sua área de conhecimento e formação. “O FLESES incentiva professores, mesmo que não exista a disciplina especí-
fica em seus cursos, que é possível incorporar a sustentabilidade em diversos temas dentro da sala de aula”, aponta a pró-reitora de Graduação, Vera Stivaletti. Saiba mais sobre o programa e as ações da Metodista nessa área assistindo o vídeo Educando para Sustentabilidade: Programa Metodista Sustentável, com professores e profissionais de diversas áreas da Universidade na imagem ao lado ou na página www.metodista.br/metodista-sustentavel
De nada adianta propor todas estas políticas, se não forem acessíveis. Olhar para a comunidade tanto interna quanto externa e questionar o que falta para proporcionar condições de vida digna é essencial. Esse é um dos papéis da Assessoria Pedagógica para Inclusão: atuar para extinguir barreiras que venham a impedir a inclusão social de pessoas com deficiência, sejam físicas, atitudinais ou comunicacionais. Semestralmente é realizada uma consulta docente sobre os processos de inclusão na Universidade, em busca de estratégias e implementação de práticas inclusivas em sala de aula. Entre os exemplos de atuação da Assessoria, é mantido um programa de empregabilidade para pessoas com deficiência, assim como cursos de Libras gratuitos para funcionários e alunos. Na Biblioteca, é possível encontrar um scanner para alunos com deficiência visual, que converte textos em áudio de alta precisão.
Mônica Rodrigues
O poder da inclusão
Cursos de Libras são oferecidos gratuitamente para alunos e funcionários.
Consulte o Projeto Pedagógico Institucional
A partir de agora, o PPI será analisado semestralmente pelo Conselho Universitário. Assim, as ações propostas poderão ser adaptadas de acordo com a realidade da Universidade. Em breve, os alunos que desejarem poderão consultar o arquivo na íntegra, no Portal da Metodista.
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Mais Cidadania
o lugar das práticas cidadãs e sustentáveis da Metodista
Grupo de Apoio ao Animal Carente é formado por alunas de Medicina Veterinária da Metodista [ POR
MEIO DE MUTIRÕES, BINGOS BENEFICENTES E
“SACOLINHAS PET FELIZ”,
O GRUPO AJUDA TRAZER UMA VIDA MELHOR PARA NOSSOS
AMIGOS DE QUATRO PATAS Vontade de cuidar dos animais necessitados e protegê-los. Foi isso que motivou Maria Beatriz Christianini a criar o GAAC – Grupo de Apoio ao Animal Carente. Fundado em 12 de junho de 2012, o grupo sem fins lucrativos tem como objetivo ajudar animais em condições precárias, desde os cuidados básicos, primeiros socorros, até a encontrar um lar para eles. Beatriz tem 44 anos, é formada em letras e atualmente está cursando o 2° ano de Medicina Veterinária na Metodista, curso que ela decidiu fazer só para poder ajudar os animais: “O que me levou a ter essa iniciativa foi uma situação em que eu vi um senhor chegar a um consultório com seu cachorro doente e sair dali chorando, pois não tinha dinheiro para pagar a consulta e não foi atendido”, conta. O grupo tem hoje cerca de trinta membros e cada um faz a doação de cinco reais por mês; esse dinheiro arrecadado é usado para comprar ração, remédios e utensílios para cuidado com animais. Além disso, o grupo mantém como atividade fixa o projeto da “Sacolinha Pet Feliz” e eventualmente bingos, gerados para arrecadação de dinheiro. Além disso, Beatriz conta com a ajuda das colegas de curso para manter o GAAC: Bianca Renata Lopes, que coordena os mutirões, Danielle Urenha, que cuida da organização, Juliana Agostini, que cuida de eventos, Lígia Piloto, que cuida do Marketing e Anna Carolina Rosa, secretária do grupo. Entre as ações fixas, estão os mutirões, que acontecem sempre um domingo por mês, quando a equipe do GAAC visita um local com cães e gatos carentes (geralmente em casas de pessoas que têm muitos animais, mas
não têm condição de cuidar) e levam ração, remédios, vermífugos, material para limpeza e assepsia dos animais e além de examinar, dar banho e vermifugar, fazem a ficha com o nome do animal para ter o controle do que foi feito, até mesmo para quando ali retornarem, após alguns meses. Durante o mutirão, caso detectem que algum animal tem um problema mais grave, encaminham para um médico veterinário formado que possa cuidar do caso. Os mutirões, além de serem excelentes para auxiliar os cães e gatos que não têm condições de serem mantidos por seus donos, são também uma boa oportunidade para os alunos que deles participam. “É um jeito de aprender”, comenta Lígia, que está no segundo ano da Universidade. “Aqui, a gente coloca em prática tudo o que aprende no curso.” O coordenador de Medicina Veterinária, professor Nilton Abreu Zanco, apóia o projeto e completa: “Essa iniciativa é extremamente importante porque, além de trabalharem aspectos sociais, também convivem com um problema que afeta diretamente o médico-veterinário e isso contribui para a formação delas.” Além do próprio professor Nilton, a Metodista também apóia esse projeto; a cada seis mutirões, os alunos recebem certificado de atividade complementar e é entregue um relatório contando da experiência e do aprendizado adquirido nos mutirões. “Apoiamos na divulgação junto aos alunos do curso, permitindo a arrecadação de rações e outros produtos da linha pet (para isso mantemos um ponto de coleta permanente no Hospital Veterinário da Metodista - Hovet) e quando necessários liberamos alguns
Edilson Esparca
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> Atendimentos do último mutirão realizado pelo GAAC
Não precisa estar cursando Medicina Veterinária para participar do GAAC. Os membros podem contribuir de diversas maneiras: além da doação mensal de R$ 5 e participação nos mutirões, o grupo recebe doação de ração, remédios e utensílios para cães e gatos. Saiba mais e participe: gaacabc.wix.com/gaacabc
procedimentos no próprio Hovet”, acrescenta o professor. Beatriz conta que, apesar de ainda estarem começando e não terem muitos membros doadores, o grupo vem ajudando muitos bichinhos e proporciona, a todos que participam, experiências maravilhosas: “O retorno que
nós temos é muito gratificante. Mesmo que um dia esse grupo seja apenas de duas pessoas, cinco pessoas, ele continuará... é muito bom poder ter esse relacionamento com os cães e gatos.” Paola Di Buono paola.medeiros@metodista.br
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Metô Sustentável
Ciência a favor da natureza SE INSPIRA NA NATUREZA E TRAZ SOLUÇÕES COM DESIGN SUSTENTÁVEL PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
A sustentabilidade não é mais novidade. Ouve-se falar de ações sustentáveis, de preservação, economia verde, entre tantos outros termos diariamente. Entretanto, notamos que o conceito de sustentabilidade ainda é muito voltado para a nossa espécie. Nós, seres humanos, buscamos criar condições para manter as próximas gerações no planeta. Por outro lado, temos a razão de ser da criação deste termo, a própria natureza, que vai além, buscando condições favoráveis para a manutenção da vida como um todo. A Metodista, por meio de seu Centro de Sustentabilidade, procura abordar a causa em sua forma mais ampla. Além de contar com professores e colaboradores das mais diversas áreas, o Centro também traz grandes nomes para contribuir, auxiliar e aprimorar o conhecimento a respeito do tema. O italiano Alessandro Bianciardi, engenheiro ambiental com 17 anos de experiência na formulação e implementação de projetos de meio ambiente, energia e desenvolvimento, é exemplo disto. O profissional compartilhou sua experiência com alunos e professores do curso de Engenharia Ambiental, além dos integrantes do Centro de Sustentabilidade.
A Biomimética Alessandro é especialista em Biomimética, ciência que busca a inspiração em formas naturais, processos e ecossistemas para criar produtos com design sustentável. “Pode ser entendida como uma ferramenta para você tomar decisões, uma ferramenta não somente para os engenheiros, mas para qualquer profissional tomar decisões baseadas na natureza, sendo inspirados pela natureza”, conta Alessandro.
Paula Lima
[ A BIOMIMÉTICA
> Estudantes analisaram estruturas e funções do ecossistema em área de Mata Altântica.
E por que devemos olhar para a natureza? Segundo Alessandro, o surgimento da vida no planeta há 3,8 bilhões de anos possibilitou que a natureza testasse todas as estratégias possíveis durante a evolução do planeta. “O que permanece hoje, vivo, é perfeitamente adaptado aos cenários que nós temos atualmente”, explica. O engenheiro ainda revela que como um ramo da ciência, a Biomimética ainda é algo novo, desconhecido, porém seu conceito vem desde as culturas mais ancestrais, que sempre olharam para a natureza para resolver seus problemas. Um dos exemplos mais conhecidos de Biomimética é o velcro, presente em roupas, bolsas, calçados, entre outros. A descoberta iniciou-se quando um pesquisador suíço foi passear na floresta com seu cachorro, que voltou com várias plantas, popularmente conhecidas como ‘carrapicho’, grudadas no pêlo. A análise de todas as estrutu-
ras que faziam as plantas aderirem ao corpo do cão foi feita e, após muitos estudos, criou-se o tão usado velcro. Para Alessandro “a principal questão para usarmos a Biomimética na resolução de um problema é chegar e perguntar para si mesmo: como a natureza resolveria esse problema, o que ela faria, o que não faria? E é provável que a natureza te dê várias respostas, não somente uma. É possível fazer a mesma coisa usando estratégias diferentes”.
E como aplicar a Biomimética? Para conhecer mais sobre essa ciência na prática, Alessandro acompanhou os alunos do 1º ano do curso de Engenharia Ambiental para um estudo de campo no Pesqueiro Tomodatti, localizado em área de Mata Atlântica na Represa Billings. No primeiro momento, foi realizada uma dinâmica, na qual os próprios alunos eram elementos do ecossistema. Assim, quando alguém se movia
do grupo, os outros deviam se reagrupar para manter o equilíbrio. “Pudemos entender o equilíbrio da natureza e como qualquer movimento pode trazer consequências”, relatou a aluna Glaucilaine Barbosa. Na segunda parte da visita os alunos deveriam buscar organismos pela Mata, observar suas estruturas e funções e sugerir soluções ou produtos sustentáveis com base nos conceitos de Biomimética. “Achar o organismo e ver como isso pode se transformar em tecnologia é uma experiência bastante inovadora”, contou o aluno Paulo Colosso. Sua colega de turma, Ruth Gomes, concorda. “Aprender sobre a Biomimética nos traz um olhar mais amplo, de como a natureza faz as coisas e como nós podemos produzir da maneira mais natural possível.” Paula Lima paula.come@metodista.br
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drops de
Cultura
FILME
LIVROS
Moonrise Kingdon
“1808” , “1822” e “1889” Anos 60, em uma pequena ilha localizada na costa da Nova Inglaterra. Sam (Jared Gilman) e Suzy (Kara Hayward) sentem-se deslocados em meio às pessoas com que convivem. Após se conhecerem em uma peça teatral na qual Suzy atuava, eles passam a trocar cartas regularmente. Um dia, resolvem deixar tudo para trás e fugir juntos. O que não esperavam era que os pais de Suzy (Bill Murray e Frances McDormand), o capitão Sharp (Bruce Willis) e o escoteiro-chefe Ward (Edward Norton) fizessem todo o possível para reencontrá-los. Direção > Wes Anderson Elenco > Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray Gênero > Comédia, Drama Duração > 94 min Trailer > http://bit.ly/xYrQCF ou na imagem ao lado.
Leituras fundamentais para quem quer saber mais sobre a história do Brasil. A trilogia tem início em “1808” com a fuga da corte portuguesa de Dom João VI para o Rio de Janeiro, passando pelos acontecimentos acerca da Independência do País, em “1822”, até chegar em “1889” com a Proclamação da República.
Autor > Laurentino Gomes Assunto > História do Brasil Preço > 1808 – R$ 31,90 (408 págs.) 1822 – R$ 35,90 (372 págs.) 1889 – R$ 32,80 (416 págs.)
169 FILMES BRASILEIROS COMPLETOS, ONLINE E DE GRAÇA O canal do Youtube criado por Eduardo Carli de Moraes surpreendeu os navegantes da web nos últimos tempos com 80 filmes brasileiros completos para assistir online. Agora, vai surpreender ainda mais já que foram disponibilizados 169 filmes ao todo – totalmente gratuitos. Filmes bons, raros, clássicos e necessários estão na lista: “O Cheiro do Ralo”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Cidade Baixa”, “Vidas Secas”, “Estamira”, “A Festa da Menina Morta”, “Batismo de Sangue”, entre muitos outros.
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esportes Metô Há 20 anos formando cidadãos e atletas
Equipes de handebol abrem vantagem em disputas de títulos CONQUISTAREM OS
JOGOS REGIONAIS,
Após vencerem os Jogos Regionais no começo do semestre, os times de handebol da Metodista/São Bernardo permanecem em uma maratona de torneios e estão na disputa de três campeonatos oficiais, entre eles, a Liga Nacional, a principal disputa da modalidade no Brasil. A equipe masculina encerrou o primeiro turno da Liga Nacional em primeiro lugar invicto na chave B, que também é composta por Unicep/AHB/São Carlos (SP), FME Campos/Goytacaz (RJ) e o Aceu/Univali/FME Balneário Camboriú (SC). Foram três vitórias em jogos não muito complicados para a Metodista, que superou o São Carlos por 33 a 16, goleou o carioca Campos/Goytacaz por 43 a 17 e venceu o Balneário Camboriú por 33 a 26. O time aguarda pela definição de datas do segundo turno, quando acontecem os confrontos entre as equipes da chave B e da chave A, que é composta por E. C. Pinheiros (SP), TCC/Unitau/Tarumã/Taubaté (SP), Unimed/UEM/Maringá (PR) e Juiz de Fora (MG). Os quatro times que somarem as maiores pontuações com os dois turnos fazem a semifinal em dezembro. A Metodista/São Bernardo/ Besni já possui a vantagem de acumular a melhor pontuação do primeiro turno. A equipe feminina joga pela defesa do título. Campeão da Liga em 2012, o time está na chave A junto com A. D. Santo André (SP), G. R. Itapevi (SP), Agel/Força Atlética/Estácio de Sá (GO) e Vila Velha (ES). A classificação está um pouco mais “embolada”, com apenas quatro rodadas concluídas, diversas equipes estão empatadas, sem um líder isolado. Em novembro, os dois primeiros colocados do grupo farão as semifinais com os dois primeiros colocados da chave B, composta por UnC/-
TIMES MASCULINO E FEMININO DISPUTAM TRÊS TORNEIOS OFICIAIS
Mônica Rodrigues
[ APÓS
> Célia Costa e Fábio Chiuffa são os artilheiros das equipes de handebol na temporada
Concórdia (SC), Blumenau/FURB (SC), Unipar/Umuarama (PR), FAG/Cascavel (PR), UCS/Fátima Saúde (RS) e Feevale/Novo Hamburgo (RS). Mesmo estando entre as favoritas, a corrida por vencer novamente o campeonato não será tão simples. “Este ano será um pouco mais trabalhoso para nós defender esse título. Tivemos muitas mudanças técnicas, principalmente no elenco, e ainda estamos fazendo algumas adaptações, além de não contar com algumas jogadoras. Mas mesmo assim, tentaremos manter o trabalho que já temos feito e que tem dado resultado positivo”, disse o técni-
co do time feminino, Eduardo Carlone. As ausências que o treinador se refere são as jogadoras Bárbara Brocardo e Débora Rodrigues, que se recuperam de cirurgia, além de Juliana Varella, que deixou o time em julho. Enquanto as definições da Liga Nacional estão um pouco mais distantes, o Super Paulistão já se aproxima das fases finais. Tanto o time masculino, como o feminino levam a vantagem de serem líderes do torneio e em quatro rodadas serão definidos os quatro semifinalistas de cada categoria. As duas equipes ainda terão pela frente os Jogos Abertos do Interior, que acontecem em
Mogi das Cruzes de 14 a 29 de outubro, torneio que as duas equipes somam 14 títulos conquistados. Acompanhe as notícias sobre os jogos e resultados em www.metodista.br/ handebol. Marcello Ferreira marcello.ferreira@metodista.br
Esporte Metô nas redes sociais Fique por dentro das novidades das nossas equipes pelo twitter @EsporteMeto e pelo Facebook, na página Universidade Metodista de São Paulo – Oficial.
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jornalismo Científico
“O curso universitário não se faz só na sala de aula” [ NO CONGRESSO METODISTA,
OS ALUNOS E A COMUNIDADE TÊM A OPORTUNIDADE DE APRENDER COM OS COLEGAS E OUTROS
PESQUISADORES Todos os anos a Universidade reserva três dias em seu calendário para realizar o Congresso Metodista. Destes, em dois o evento ocorre presencialmente, nos três Campi, e em um para os alunos da Educação a Distância. “Esta é uma oportunidade para o encontro e a troca de experiências e entender que o curso universitário não se faz somente na sala de aula, mas no envolvimento com os demais pesquisadores”, pontua a professora Elizabeth Gonçalves, presidente do Congresso. De acordo com ela, “é o momento de trazer a público suas experiências e conhecer o que os colegas estão fazendo”. A docente menciona que na edição anterior houve um número de inscri-
ções bastante significativo e um bom envolvimento com a comunidade externa, com pesquisadores de outras universidades, além da participação de docentes e discentes da Instituição. Dentre as atividades realizadas, Elizabeth Gonçalves destaca “a qualidade do evento de Extensão e também o de Iniciação Científica. Os alunos de graduação que se envolvem com a Iniciação Científica, com certeza, têm uma formação diferenciada e tomam gosto pela pesquisa acadêmica, o que é evidenciado pela qualidade dos trabalhos apresentados no Congresso”. Segundo a professora, o evento de Extensão Universitária é um espaço para apresentar a ligação da Universidade com a comunidade externa, “completando o tripé En-
sino, Pesquisa e Extensão, meta do trabalho desenvolvido pela academia”. Para aqueles que ainda estão em dúvida se devem participar, Elizabeth afirma que “é preciso entender o Congresso Metodista como uma oportunidade para o encontro e a troca de experiências e que o curso universitário não se faz somente na sala de aula, mas no envolvimento com os demais pesquisadores. É o momento de trazer a público suas experiências e conhecer o que os colegas estão fazendo. É um momento inspirador e deve ser considerado como tal”.
Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br
Trabalhos de conclusão de curso são destaques em Congresso internacional [ PROJETOS DE ALUNOS DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO FICAM EM PRIMEIRO E SEGUNDO LUGAR NAS CATEGORIAS DE TRABALHOS ESTUDANTIS
De um lado, a possibilidade de o projeto ser utilizado como inspiração pela indústria automotiva e o estímulo ao uso de ferramentas artificiais no sistema de controle foram as motivações que resultaram no projeto de um sistema anticolisão capaz de assumir o controle de um veículo para evitar acidentes com objetos estáticos. De outro, a afinidade com o tema de sistemas de controle e o desafio na área aeronáutica levaram ao desenvolvimento do simulador de um sistema de auxílio ao piloto. Os trabalhos estiveram entre os 148
escolhidos de mais de 1.500 inscritos e foram apresentados no início de outubro no 22º Congresso e Mostra Internacional SAE Brasil de Tecnologia da Mobilidade.
Sistema anticolisão De acordo com Geovanni Mattioli, atualmente há uma forte tendência do mercado para robôs autônomos – carros, robôs, aeronaves – que possam ser utilizados em missões não-tripuladas, substituindo as pessoas por sistemas de controles inteligentes. O trabalho está na etapa final e, as-
sim que o trabalho for concluído, a ideia é criar um website no qual estarão todas as informações referentes ao desenvolvimento do projeto. O material ainda ficará disponível na biblioteca da Universidade e na base da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. Alessandro Cézar conversou com o Jornal da Metodista antes da apresentação no Congresso e comentou que o grupo recebeu com satisfação a notícia de ter o trabalho em primeiro lugar no Painel Educação da categoria Trabalhos Estudantis. “Apesar de muitos
crerem que a nossa faculdade não tem tradição em Engenharia, o mais importante é mostrar que a Metodista tem esse poder. Os alunos são capazes e isso nos motiva a mostrar para os futuros engenheiros que dá para competir com as outras instituições.”
Simulador de sistema de controle Artur Coelho explica que o trabalho foi concluído em 2012 e levou dois anos até ficar pronto. Segundo ele, questões financeiras fizeram com que optassem pelo desenvolvimento de
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Trabalhos Estudantis Painel Educação - 1º lugar “Sistema para Veículos Automotores de Prevenção de Colisões com Objetos Estáticos”
Painel TI – 2º lugar “Sistema Inteligente de Estabilização, Controle de Altitude, Pouso e Decolagem para Aeronaves de Asa Rotativa”
situações climáticas e condições. Nós testamos com velocidade de vento próximo à de tornados e conseguimos resultados satisfatórios no controle da aeronave, mesmo em condições climáticas extremas.” Mais do que o reconhecimento, Artur destaca a importância da divulgação do trabalho. “Estamos gerando conhecimento que pode ser aplicado em outros trabalhos. Também a questão do networking, o contato que esse tipo de evento gera com outros pesquisadores e engenheiros de áreas semelhantes e diferentes para ampliar a nossa rede de contatos que possam ajudar tanto na parte profissional como na parte de pesquisa.” Cada projeto pode ser conhecido em detalhes em www.metodista.br.
> O robô utilizado para o desenvolvimento do projeto e sua representação no simulador
Reprodução
um simulador ao invés do sistema embarcado num aeromodelo, “mas tendo uma simulação tão realista quanto possível do ambiente real”. De acordo com Artur, a ideia do sistema é assumir o controle da aeronave para um pouso seguro caso ocorra algo que impeça o controle do piloto, como um mal súbito. “Fizemos testes exaustivos com diferentes
Alessandro Cézar
jornalismo Científico
Gabriela Rodrigues gabriela.rodrigues@metodista.br
espaço Pastoral
A Esperança é dom de Deus “A
NATUREZA DA ESPERANÇA É ESPERAR NO QUE A FÉ CRÊ”.
Em nossos dias somos expostos a intranquilidade, insegurança, medo e violência de toda natureza. A vida humana perdeu o valor, a dignidade e o respeito. Isto em qualquer lugar. Quando somos confrontados com situações inesperadas desta natureza, facilmente nos afligimos, perdemos a estabilidade das emoções, sentimentos e a nossa espiritualidade é afetada. Experimentamos um desequilíbrio que pode se transformar em desespero em pouco tempo. Este abalo é humano. Por isto, conhecendo a nossa estrutura, Deus nos dá possibilidades para esperançarmos Nele ainda que tudo que esteja
nos acontecendo ofusque a nossa visão, nos impedindo de enxergar saídas. Gosto do salmo 62 porque ele nos transmite uma mensagem de confiança e esperança em Deus, especialmente em tempos difíceis. O seu autor escreveu: “Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança” (Sl.62.5). A esperança que o salmista ressalta aqui é plenamente divina, ou seja, ela vem unicamente de Deus que é perfeito e a disponibiliza a todos com a intenção de nos ensinar o jeito correto de lidarmos com as ocorrências que visam nos desestruturar. Não estamos sós.
Além de estar conosco, Deus ainda nos anima e por meio de sinais contidos em Sua Palavra nos diz que sempre é possível vencer as intempéries. À luz da experiência do salmista podemos aprender que diante das adversidades, Deus sempre vem ao nosso encontro e nos oferece a Sua doce companhia. Entretanto, para que isto se concretize em nós, é necessário acreditarmos que é desejo Dele nos ajudar. Na realidade, em nosso tempo, devido aos aspectos que afetam tragicamente o ser humano em todos os níveis, deixando-o sem firmeza, a esperança em o amanhecer de um novo dia
criará forma em nossa alma, mente e coração. Creio que a esperança só fará sentido em nossas vidas se confiarmos em Deus sem reservas. Ter esta esperança é apoderar-se, pela fé, de Seu cuidado em todo o tempo. O Salmo encerra com a seguinte afirmação: “Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus, e a ti, Senhor, pertence a graça...” (Sl. 62. 1112). Fiquemos firmes em Deus, especialmente quando depararmos com as austeridades e incertezas. Rev. Juarez Ferreira de Jesus Pastoral Escolar e Universitária
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Sempre Metô
Desafio aceito [ BATTLE
OF
CONCEPTS
É OPORTUNIDADE PARA JOVENS COM IDEIAS INOVADORAS
Inovação é palavra de ordem para obter destaque e manter a competitividade no mercado de trabalho, tanto para profissionais, quanto para as organizações. Uma oportunidade para quem gosta de desafios é a Battle of Concepts (BoC), iniciativa que chegou ao Brasil com a missão de difundir o conceito de inovação aberta, criando uma ponte entre jovens talentosos e empresas que estão em busca de soluções criativas. Os desafios lançados pela Battle of Concepts, chamados de batalhas, são inteiramente online e criados pelas empresas que necessitam de ideias inovadoras para solucionar problemas reais. A premiação inclui valores monetários e outros complementos, como a oportunidade de conhecer a organização desafiadora. Victor Galdi, estudante do 4º semestre de Relações Públicas da Metodista, é estagiário de Marketing e Media da Battle of Concepts. Ele conta que um dos pontos mais interessantes de seu trabalho é lidar com personalidades importantes do mundo corporativo e também com estudantes geniais. “Atuando neste meio de campo, com relações públicas e marketing, noto que os conteúdos que aprendo no curso interagem sinergicamente aos de pessoas inseridas há anos nas grandes empresas.” O estudante explica que a BoC pode ser entendida como uma atividade complementar, extracurricular, na qual o aluno participa por vontade própria e nesse processo consegue desenvolver algumas habilidades, como: pensamento criativo, elaboração de apresentações, argumentação, pesquisa, entre outras. “É uma oportunidade de adquirir experiência profissional, mesmo não estando dentro de uma empresa, trabalhar em equipe, exercitar a criatividade, resolver um desafio real e ainda
ser recompensado por isso – vale lembrar que o único investimento são ideias criativas”, relata Victor.
Quem já participou Nadja Akemi é egressa de Publicidade e Propaganda e participa das batalhas. Atualmente, ela trabalha na área de marketing da Castelatto, empresa líder no segmento de pisos e revestimentos premium. “No curso aprendi a ter uma visão mais ampla e não apenas focar em propaganda. Ao estudar na Metodista também estagiei na agência experimental e aprendi a dedicar tempo a pensar fora da caixa”, destaca Nadja. A egressa revela que começou a procurar concursos culturais online para juntar dinheiro extra e conheceu a proposta da BoC. Sua primeira batalha exigia uma linguagem mais técnica, mas mesmo assim ela decidiu participar e acabou sendo uma das finalistas. Para ela, a participação nas batalhas é um enorme diferencial para o currículo e também para o próprio desenvolvimento pessoal. “Cada vez que participo, independente se estou ou não como finalista, sinto que recebo um prêmio. O prêmio de observar outros pontos de vista, de ter a oportunidade de desvendar e solucionar um problema, de incentivar meu cérebro a pensar diferente.”
Premiação As premiações em dinheiro variam de R$ 10 mil a R$ 15 mil reais, dividida entre os 10 primeiros colocados. Algumas empresas também oferecem as chamadas “premiações adicionais”, que podem ser desde uma visita a fábrica até um almoço com os diretores da empresa.
“O valor em dinheiro é bem interessante, mas essas experiências que quem participa pode ganhar valem muito mais. Já imaginou seu nome circulando pelos corredores de grandes empresas como Natura, Votorantim, Philips etc? É muito valioso”, relata Victor.
Para participar e saber mais acesse o site www.battleofconcepts.com.br e confira as batalhas em andamento.
Paula Lima paula.come@metodista.br
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Internacional Metô
Conexão Washington / Brasil [ CURSO
DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS E PALESTRA SOBRE INTERNACIONALIZAÇÃO ESTIVERAM ENTRE AS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
UNIVERSIDADE
DE
WASHINGTON Mônica Rodrgigues
DURANTE VISITA DE ALUNOS E PROFESSORES DA
> Estudantes da Universidade de Washington afirmam terem aprendido muito mais que um novo idioma.
Troca de ideias, de culturas, de conhecimentos. Ao receber alunos e docentes da Universidade de Washington, o aprendizado aqui na Metodista foi mútuo. Durante duas semanas, 20 alunos da Universidade de Washington estiveram no Brasil participando do curso de português para estrangeiros, iniciativa da Assessoria de Relações Internacionais, do curso de Letras e do Centro de Línguas da Metodista. Mais do que aprender uma nova língua, os estudantes tiveram a possibilidade de conhecer a cultura brasileira por meio de aulas de capoeira e também visitar grandes empresas, como Mercedes-Benz, Odebrecht, Natura, Petrobras e Santander. “Eu realmente acredito nessa experiência, por isso participamos todos os anos. Eu creio que é muito mais que um curso de português. Nossos estudantes saem com uma experiência muito rica, que a gente não tem como mensurar”, revela Margaret Griesse, docente
da Universidade de Washington. A estudante Megan Kimberly Nation concorda. “É algo do qual irei me lembrar para sempre, aprendizado para a vida toda. Me sinto muito sortuda por poder participar disso, tanto o programa, como a família que me recebeu aqui no Brasil foram excelentes.”
“NOSSO
DEVER, COMO
UNIVERSIDADE, É O DE FORMAR ESTUDANTES LÍDERES, QUE PENSEM ‘FORA DA CAIXA’”
-
RICK MCPHERSON, DOCENTE DA UNIVERSIDADE DE WASHINGTON.
Na cerimônia de entrega dos diplomas de conclusão do curso o professor Jung Mo Sung, diretor da Faculdade
de Humanidades e Direito, trouxe a reflexão sobre como experiências como essa podem impactar na construção de um mundo plural, mais pacífico e tolerante. “Conhecer outra cultura é conhecer outro mundo, outro significado de vida. E isso nós não aprendemos nos textos, nós aprendemos com contato, com toques, cheiros diferentes. Nessa experiência descobrimos outra coisa importante, que apesar de todas essas diferenças nós somos iguais em uma qualidade: o senso de ser humano.”
Internacionalização na universidade e nos negócios Juntamente com os alunos da Universidade de Washington, a Metodista também recebeu o professor Rick McPherson, executivo e empresário com forte vivência no mercado americano. A palestra foi destinada aos docentes e responsáveis pela EMEC – Escola Metodista de Educação Corporativa, com o intuito de debater estratégias
para aproximar cada vez mais a Universidade das empresas. “A internacionalização permite que as empresas possam atingir mais mercados, minimizem custos e transmitam e compartilhem novas competências”, relatou McPherson. O palestrante trouxe dados sobre mercados de países desenvolvidos e emergentes, destacando a importância de estudar as diferenças culturais quando se pretende expandir negócios e áreas de atuação. “Os fatores econômicos não são os únicos limitadores. Não adianta o país ser um ótimo mercado, com inúmeras facilidades de instalação, impostos baixos, se a empresa que deseja ali se instalar não concordar e respeitas seus valores. É preciso pesquisar economia, cultura, os negócios, o marketing, para obter opiniões”, destacou. Paula Lima paula.come@metodista.br