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Rudge Ramos JORNAL DA CIDADE
São Bernardo do Campo 4 De 7 a 20 de junho de 2013 4 Ano 32
4 Nº 1.001
Passagens de ônibus têm redução de R$ 0,10 na cidade MARISTELA CARETTA/RRJ
4POLIOMIELITE
Neste sábado tem vacinação contra a paralisia infantil Pág. 3 RENATO GERBELLI/RRJ
Diminuição do preço foi definida em reunião dos prefeitos das 7 cidades. Pág. 8 DIVULGAÇÃO
4GASTRONOMIA
Chef de cozinha busca qualificação para ampliar salário Págs. 10 e 11
4TELONA 4ECONOMIA
Padarias se modernizam para ampliar clientela Págs. 4 e 5
Região inaugura 16 salas de cinema em dois anos Págs. 12 e 13
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POLÍTICA
- Rudge Ramos Jornal
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De 7 a 20 de Junho de 2013
PPA PARTICIPATIVO
FELIPE CALBO
q A plenária do PPA (Plano Plurianual) Participativo do Rudge Ramos foi realizada no dia 17 de maio, na EMEB Viriato Correia. Cerca de 200 pessoas se credenciaram para participar das discussões temáticas e definiram como prioridades para os próximos quatro anos a infraestrutura urbana, saúde e transporte. Na questão da saúde, os moradores reclamam do atendimento médico da UBS (Unidade Básica de Saúde) e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento). “Falta médico na UPA. Por diversas vezes, o profissional para um atendimento quando chega uma urgência na unidade”, disse Henrique Hammler, presidente da Associação de Moradores do Bairro Rudge Ramos. Além desse problema, a UPA só tem a pediatria como especialidade, e os moradores relatam que em alguns dias nem o clínico geral comparece na unidade. Em relação ao transporte e mobilidade urbana, o presidente da associação diz que falta ônibus para atender as demandas da população. A fase de formatação das propostas começou na primeira semana de maio com uma reunião com os segmentos sociais da cidade. Logo após essa reunião, 20 plenárias foram realizadas. No todo, mais de 4 mil pessoas participaram desta etapa. “As pessoas têm participado efetivamente das plenárias e isso é importante, porque gera um conceito novo de pensar a cidade e solucionar os problemas”, disse a secretária de Orçamento Participativo e Planejamento, Nilza Aparecida. PARTICIPAÇÃO O PPA é um instrumento de planejamento previsto no artigo 165 da Constituição Federal de 1988. Ele estabelece diretrizes,
Moradores do Rudge definem saúde e transporte como prioridades
FELIPE CALBO/RRJ
Cerca de 200 pessoas foram ao debate com a prefeitura para definir as prioridades para o bairro entre 2014 e 2017 objetivos e metas da administração pública para um período de quatro anos, organizando as ações do governo em programas que resultem em bens e serviços para a população. Por ser um planejamento de médio prazo, dele originam-se a LDO ( Leis de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Leis de Orçamento Anuais). Em São Bernardo, o plano é realizado de forma participativa, isto é, contando com a participação social. A ideia é que o governo e a sociedade possam pensar juntos os caminhos para o desenvolvimento do município. PPA 2009/2012 A Prefeitura de São Bernardo
CONSELHO DIRETOR - Stanley da Silva Moraes Presidente, Nelson Custódio Fér – Vice - Presidente, Rev. Osvaldo Elias de Almeida - Secretário, Jonas Adolfo Sala, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Augusto Campos de Rezende, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo - Suplente, Valdecir Barreros - Suplente. REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg
realiza seu segundo PPA Participativo. O primeiro ocorreu em 2009, quando foram definidas as prioridades para o período de 2010 a 2013. As 29 plenárias realizadas culminaram na criação de 88 programas, que definiram as principais diretrizes e ações em áreas como saúde, educação, habitação e transporte, entre outras. O Hospital de Clínicas, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), UBSs (Unidades Básicas de Saúde), CEUs (Centros Educacionais Unificados), Emebs (Escolas de Educação Básica) e quase 4 mil moradias entregues pela prefeitura são exemplos dos resultados do primeiro PPA realizado em São Bernardo. g
DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de Finanças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Jung Mo Sung (Faculdade de Humanidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Roberto Garcia (Faculdade de Teologia). COMUNICAÇÃO - Paulo Salles (Diretor).
JORNAL
Rudge Ramos
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GABRIELA BRITO/RRJ
EDIÇÃO 1.000 TEM DISTRIBUIÇÃO ESPECIAL Em comemoração das 1.000 edições do Rudge Ramos Jornal, uma ação foi feita na sexta-feira (24) para distribuição especial de 500 exemplares. Jovens vestidos como antigos vendedores de jornal entregaram de mão em mão os jornais na Praça São João Batista, no Rudge Ramos, e na av. Kennedy.
Rua do Sacramento, 230 Ed. Delta - Sala 141 Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos - São Bernardo - CEP: 09640-000
RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC
DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXECUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Maristela Caretta (MTb 64.183)
Equipe de Redação: Amanda Souza, Bianca Beltrame, Caio dos Reis, Deise Almeida, Érika Rios, Felipe Calbo, Fernanda Ferreira, Gabriela Brito, Helder Sturari, Italo Campos, Maria Paula Vieira, Marina Cid, Natália Petrosky, Nicole Ongaratto, Raphael Andrade, Renato Fontes, Vinícius Requena, Vitor Jaqueto, Yago Delbuoni e alunos do 5º e 6º semestres de Jornalismo. Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC
Rudge Ramos Jornal - 3
CIDADE
De 7 a 20 de Junho de 2013
Campanha de vacinação contra poliomielite começa neste sábado para que se mantenha o quadro de desaparecimento da doenq A Campanha Nacional ça”, afirmou. de Vacinação contra a paraO Ministério da Saúde impôs lisia infantil tem início neste uma meta de que cada munisábado (8). De acordo com a cípio deve vacinar pelo menos Secretaria de Saúde do Estado 95% da população considerada de São Paulo, só “de risco” em no ABC, 153,9 contrair o vímil crianças derus. “Apesar de MINISTÉRIO DA SAÚDE vem ser imuni- IMPÔS UMA META DE QUE ser uma chance zadas. Em São quase nula, é CADA MUNICÍPIO DEVE Bernardo, 31 importante que VACINAR PELO MENOS UBSs (Unidade os pais tenham Básica de Saúconsciência da de) do município importância estarão abertas da vacinação. das 8h às 17h. E O ideal é que mais 26 postos todas as cidaDA POPULAÇÃO volantes devem des atinjam os CONSIDERADA receber a vaci100% da imu“DE RISCO” na, que é aplicanização”, disse da em forma de Débora. gotas, as crianças com idade Ainda de acordo com a pediaentre seis meses e 5 anos. tra, as duas gotinhas aplicadas Apesar de a doença já estar em cada criança quase não geerradicada no Estado de São ram efeitos colaterais. “A reação Paulo desde 1988 e no Brasil após a aplicação é rara. Essa desde 1989, a pediatra Débora vacina é estudada há muitos Vaz afirma que é importante anos, além de ser bem elaborada que todas as crianças sejam e eficiente”, contou. imunizadas, já que ainda há A poliomielite é caracteindícios do vírus em países da rizada com febre, mal-estar, África e da Ásia. “A poliomielite cefaleia (dor de cabeça forte), é uma doença grave, e ainda e pode desenvolver paralisia dependemos muito da vacina na criança. g
ACESSE
Rudge Ramos Online
ARQUIVO/RRJ
DEISE ALMEIDA
q TECNOLOGIA Conexão 4G chega para três cidades do ABC http://migre.me/eT0zS ESPORTE Número de corridas de rua aumentam na região http://migre.me/eSZGx
95%
INCLUSÃO Deficientes estão sem natação gratuita em Santo André http://migre.me/eSZPe IMPOSTO Brasileiro trabalha 150 dias por ano para pagar tributos http://migre.me/eSZVd CULINÁRIA Atleta de handebol prepara strogonoff de queijo http://migre.me/eT00g ECONOMIA
Personagens símbolo na campanha de vacinação
6 ENDEREÇOS DAS UBSs - SÃO BERNARDO
COMEMORAÇÃO
q UBS - Alves Dias
Rua Alexandre Bonício, 113
UBS – Ipê Lago da Mangueira, 329
UBS - Paulicéia Rua Miragaia, 834
UBS - Taboão Av. do Taboão, 4.281
UBS - Baeta Neves Rua Giacinto Tognato, 1.100
UBS – Leblon Rua Abramo Lucchesi, 5
UBS - Planalto Rua Oragnof, 480
UBS - Vila Dayse Rua Vicente de Carvalho, 255
UBS – Batistini Rua Manoel Carneiro, 120
UBS - Nazareth Rua João XXIII, 380
UBS - Selecta Rua Oswaldo Stuchi, s/n
UBS - Alvarengas Estr. dos Alvarengas, 1.099
UBS – Orquídeas Estr. do Poney Club, 1.400
UBS - Parque São Bernardo Rua dos Vianas, 3.570
UBS - Finco Rua Fortunato Benevenuto Finco, 151
UBS - Jardim das Oliveiras Estr. da Cama Patente, 1.702
UBS - Riacho Grande Rua Santa Maria, 20
UBS - Ferrazópolis Av. Fernando Ferrari, 449
UBS - Silvina Rua Marquês de Barbacena, 85
UBS - Rudge Ramos Rua Ângela Tomé, 256
UBS – Represa Rua Irati, 10
UBS - Jordanópolis Rua Oswaldo Cruz, 120 - em obras. End. prov.: Rua Joracy Camargo, 261
UBS - Santa Terezinha Rua Dois de Outubro, 172
UBS - Vila Marchi Rua Nestor Moreira, 400 - em obras. End. prov.: Rua Eurípedes Barsanulfo, 535
UBS - Santa Cruz Rua Um, 423
Venda de imóveis no ABC representa 16% do volume da região metropolitana http://migre.me/eT0aL
UBS - Demarchi Rua Albino Demarchi, 131 - em obras. End. provis.: Rua Valdomiro Luiz, próx. nº. 45
Cidades da região preparam eventos para o Mês do Meio Ambiente http://migre.me/eT05C
UBS - Mussolini Rua Aura, 79
TRANSPORTE
UBS - Vila Rosa Rua Rosa Aizemberg, 613
Obras da linha 18-bronze começam em 2014 http://migre.me/eT0i1
UBS - São Pedro Rua da Comunidade, 100
SABINA
UBS - Farina Rua Maria Josefa Mendes, 15 - em obras. End. prov.: Rua Giacinto Tognato, 1.100
Pinguinário de Santo André ganha novo morador http://migre.me/eT0nw
UBS - União Rua dos Industriários, 17 - em obras. End. prov.: Rua dos Industriários, 56
SÔNICA
Confira os opstos volantes em www.rronline.com.br. g
Ouça depoimentos engraçados vividos nas sessões de cinema http://migre.me/eT0Ko g
4 - Rudge Ramos Jornal
ECONOMIA
Padarias mudam conceito e viram ponto de encontro FOTOS: RENATO GERBELLI/RRJ
Antônio Henriques, presidente do Sipan e dono da padaria Nova Brasília, mostra a variedade do novo cardápio do local WILLIAN FERREIRA
q Esqueça os ambientes sujos de farinha cheirando a frituras e álcool e os balcões repletos de bebidas. Nos últimos cinco anos as padarias começaram a passar por um processo de modernização que mudou o conceito desse tipo de estabelecimento. Não há uma data específica para definir o começo da transformação das panificadoras, mas Antônio Carlos Henriques, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André (Sipan) e dono da padaria Nova Brasília, em São Caetano, lembra bem do porquê dessa mudança. "Houve um momento muito difícil para as padarias com
a chegada de grande redes de varejo, supermercados e o crescimento das redes de fast food, na década de 1990. A partir daí, os estabelecimentos passaram a buscar um novo perfil". O novo estilo das casas de pães passou a atrair mais consumidores, muitas vezes até mesmo fidelizando clientes. "Eu como na (padaria) Villa Inca toda hora, moro no Rudge Ramos e trabalho no bairro. Almoço, tomo café e faço minha janta aqui", contou o empresário Fábio Ponce, 45, habituado a fazer suas refeições no local, aberto no começo de março. Atento a isso, o proprietário da padaria Villa Inca, Benjamin Nascimento Alves, explica o que o motivou a construir a nova unidade. "As pessoas aqui do
bairro tinham a necessidade de algo diferente, já que está difícil se deslocar pela cidade. Vi que esse novo formato de padarias poderia fazer sucesso e estou gostando do resultado que estou tendo", afirmou o empresário, que ainda mantém a antiga padaria nos moldes tradicionais em um lugar próximo da padaria recém-aberta. Com mesas, produtos dos mais variados e fartas opções no cardápio (muitas vezes com bufê de café de manhã, almoço e jantar, além dos lanches e guarnições), as casas de pães transformam-se em local para reunir amigos, conversar e ficar por muito mais tempo, e não apenas para se alimentar rapidamente e ir embora. "A Villa Inca trouxe vários
bufês de refeições, algo que antes não tinha e que agora uso com muita frequência. Isso faz com que eu fique aqui
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conversando com meu marido ou com o pessoal que conheço do bairro", disse a comerciante Francine Gutierrez, 36. Quem já frequentava a panificadora antes não reclama da mudança do perfil do estabelecimento. Pelo contrário: aprova a mudança de estilo e a atitude do empresário. “Desde quando eu era criança venho na antiga padaria. É a primeira vez que venho na nova e está difícil reclamar de algo. Praticamente tudo mudou, tudo está melhor. O próprio atendimento está diferente, e os produtos também estão melhores”, declarou o funcionário público Rafael Emídio, 23. Outra padaria que passou por uma reforma recentemente foi a Nova York, no bairro Olímpico, em São Caetano. O público já começou a se diferenciar dos que antes apenas compravam algo e iam embora. "Uma ou duas vezes por semana venho aqui acompanhada do meu marido e dos meus filhos e tomo um café da manhã. Aproveitamos para conversar e colocar o assunto em dia", contou a fisioterapeuta Liliane Silva, 31. Segundo Henriques, para receber os mais variados tipos de público, os estabelecimentos reformam suas estruturas e contam com cada vez mais atrativos para quem deseja se alimentar no local. "Nós estamos recebendo muitos gerentes e executivos que vêm tomar café e conversar sobre o trabalho. Percebo também muitas famílias que vêm fazer uma refeição, comer uma pizza ou um lanche aqui e ficam um bom tempo. Se sentindo à vontade, eles aproveitam a nossa internet wi-fi e acabam pedindo uma sobremesa ou um doce". g 4
Casal Francine e Ponce tomam café da manhã na Villa Inca
Rudge Ramos Jornal - 5
ECONOMIA
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PARA ABRIR A NOVA UNIDADE DA PADARIA INCA, BENJAMIN ALVES GASTOU
JÁ A PADARIA NOVA BRASÍLIA FOI REFORMADA AO CUSTO DE
R$ 2 MILHÕES
R$ 1,2 MILHÃO
Produtos importados, bufês e delivery são inovações adotadas THOMAS POLISTCHUK
q Cervejas, vinhos - bebidas em geral -, sorvetes e temperos importados. Bufês de sopas, culinária japonesa e delivery de pizzas. Você pode até achar que vai ler sobre restaurantes, mas está enganado. Nos últimos anos, as padarias começaram a passar por um processo muito grande de modernização. Com isso, novos produtos começaram a ser vendidos nos estabelecimentos, atendendo a demanda do novo público. O dono da padaria Villa Inca, Benjamim Nascimento Alves, conta que o público atual está muito exigente e, por isso, precisou acrescentar novos produtos no estabelecimento. “Hoje contamos com cervejas, vinhos e sorvetes
importados. Algo que as pessoas olham, acham diferente e experimentam.” Entrar na padaria, sentar-se à mesa e encontrar um cardápio sofisticado com diversas opções de café da manhã, almoço e jantar já se tornou algo comum no novo padrão das casas de pães. “O investimento nos bufês tem rendido muito bem. O pessoal acha até engraçado encontrar bacalhau no nosso cardápio”, disse Alves, aos risos. “O buffet de comida japonesa, servido apenas aos domingos, está muito forte”, completou. A balconista Elizete Braz, 37, conta que se surpreendeu com as novas opções de alimentos. “Antigamente, eu ia ao supermercado procurar o que precisava, mas agora posso encontrar produtos aqui. Na
WILLIAN FERREIRA/RRJ
Vinhos estrangeiros podem ser encontrados nas padarias reformadas recentemente hora do café, tem muito mais coisa para escolher”, afirmou Braz. “Tem até bufê japonês.” A modernização das padarias também aumentou a pra-
Estabelecimentos mantêm venda de pão no cardápio RENATO GERBELLI
q Os pães não são mais os principais produtos das padarias. Os almoços ocuparam esse espaço e estão atraindo mais clientes aos estabelecimentos. Mas apesar dessa mudança de hábito, a tradicional figura dos padeiros continua com um papel importante nos antigos templos do pão. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André (Sipan), Antonio Carlos Henriques, a produção de pães é o diferencial das padarias. “É importante ter uma produção própria para criar uma ima-
gem, algo em que se diferencie. Apesar dessa modernização nas padarias, o diferencial ainda está no profissional que produz o pão de forma artesanal, já que os produtos para produção são os mesmos, mas cada padaria tem um pão diferente”, declarou. Henriques também não aprovou a ideia de algumas padarias de comprar o pão de outro lugar e comercializar no local. “A partir do momento que você vende um produto que alguma outra indústria produziu, você vai estar igual a todos, perde o diferencial. Nesse caso, o meu foco não seria mais a padaria”, afirmou.
ticidade na hora do consumo dos produtos. “As famílias e grupos de amigos que vêm aqui se sentem mais à vontade. Não precisam sentar e esperar o
garçom chegar. Podem ir logo pegar o prato e se servir como quiserem. A rapidez e a praticidade são essenciais hoje em dia”, declarou Alves. g RENATO GERBELLI/RRJ
Venda de pães segue como um dos atrativos das padarias mesmo após as reformas O dono da padaria Villa Inca, em São Bernardo, Benjamin Nascimento Alves, também acha a figura do padeiro
indispensável, mesmo após a ampliação do local. “Apesar de não ser mais o produto que dá mais lucro, o pão é o chamariz
da padaria e, quando o cliente chega aqui, ele quer o produto fresco e quentinho para levar para casa”, disse. g
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REGIÃO
Motoristas ficam mais de duas horas dentro do carro
MARIA EDUARDA COELHO/RRJ
HECTOR SUZUKI
q Você já parou para pensar quanto tempo você perde dentro de um carro? Moradores do ABC que trabalham na capital e até os próprios paulistanos passam mais ou menos duas horas e meia no trânsito. Parece pouco, mas não é. Afora oito horas de sono em média, mais oito horas no trabalho (com o almoço), sobram outras oito para as demais atividades. E nesse tempo está incluído o tempo de deslocamento. O estudante de sociologia Henrique Martins, 20, faz parte desse contingente que “vive” dentro de um veículo. Ele mora em São Bernardo e estuda em São Paulo. Enfrenta mais de duas horas no trânsito diariamente. “Fico preso no meu carro. É chato e me irrita. Acho que é por isso que o trânsito é tão ruim.” Uma pesquisa feita pelo Ibope em 2012 indica que o paulistano perde em média duas horas e 23 minutos no trânsito. O que equivale há um mês por ano dentro de um veículo. Para o especialista em trânsito Eduardo Biavati, o problema se dá principalmente pela má distribuição do espaço. “Nós temos que buscar um uso mais inteligente desse espaço, mas isso não quer dizer que nós vamos sair derrubando edifícios e casas para construir mais e mais ruas, isso a gente já fez e nunca resolveu.” De acordo com o especialista, as pessoas também precisam se convencer de que é possível chegar ao seu destino de vários meios. Uma parte do caminho pode ser feita de metrô, outra a pé e até de bicicleta. Biavati ainda comenta so-
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É IMPORTANTE RESSALTAR QUE O ENCOSTO DEVE ESTAR ENTRE
95 100º E
DE INCLINAÇÃO
MARIA EDUARDA COELHO/RRJ
Trajeto de São Bernardo até São Paulo, e vice - versa, chega a demorar mais de duas horas
bre a contradição existente nas grandes metrópoles: cidades que não comportam mais veículos oferecem ainda mais condições para a sua compra. “Em vez de o governo incentivar e promover um hábito mais ativo como caminhar, pedalar ou de oferecer condições mais seguras e confortáveis como calçadas decentes, ele acaba incentivando a compra do automóvel. Esse modelo tende a quebrar, porque não vamos ter mais quem compre, e quem tem não consegue usar.” Mas os números caminham
no sentido contrário à proposta de Biavati. De acordo com o Detran, o número de veículos na capital chegou a um total de 7.412.617 neste ano, um aumento de 6,2% em comparação a 2010. A população paulistana passa de 11 milhões. SAÚDE Fica dentro de um veículo por muito tempo afeta a saúde. Problemas como estresse, dores de coluna e, principalmente, o desgaste nas articulações, que antes atingiam mais os caminhoneiros e taxistas, passam a
atingir os motoristas casuais. “A posição sentada por período de tempo prolongado pode causar danos na coluna vertebral, em especial na coluna lombar, pois há um aumento de tensão sobre a musculatura da coluna. Então, essa posição pode gerar dores musculares, hérnias de disco e até um processo de degeneração da coluna”, afirmou a fisioterapeuta Luciane Frizo Mendes. Para diminuir a pressão exercida sobre a coluna na hora de dirigir, Luciane recomenda exercícios de alonga-
mento e principalmente um carro que ofereça conforto e acomodação para o motorista. “Carros que possuem bancos com ajuste de altura e profundidade do assento, de inclinação, de proximidade do volante permitem um alinhamento corporal mais confortável e mais adequado.” A médica dá outros conselhos: “É importante ressaltar que o encosto que deve estar entre 95 e 100º de inclinação. Inclinações maiores acabam gerando maior esforço na região de cervical e ombros.” Luciane sugere também exercícios de mobilização, como os movimentos circulares de cabeça, ombro e punhos. Movimentos de dorsiflexão dos pés (pé para baixo e para cima) são bons para ativar a circulação dos membros inferiores. É importante esclarecer que estes exercícios devem ser feitos com o carro parado e com o freio de mão acionado. g 4
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REGIÃO
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MARIANA CRUZ/ RRJ
Lava rápidos encontram de tudo nos carros MARIA EDUARDA COELHO
Horário flexível é uma saída para o trânsito MARIANA CRUZ
q Acordar, tomar café, sair de casa para levar os filhos na escola, ir para o trabalho, sair do trabalho, pegar as crianças e voltar para casa. São tarefas que poderiam não demorar muito tempo, mas o trânsito acaba sendo um grande inimigo. O paulistano fica em média 2 horas e 23 minutos no trânsito por dia, segundo pesquisa realizada pelo Ibope e a mesma situação já atinge o ABC. Algumas medidas para amenizar a estadia no trânsito podem ser: dar carona, selecionar estações de rádio com uma programação mais inteligente
ou até ouvir áudios de aulas de inglês ou espanhol. Mas, de acordo com o especialista em administração do tempo Sérgio Guimarães, são medidas paliativas e não resultam na solução do problema, já que tempo perdido é algo que não tem volta. Ele recomenda que os funcionários negociem com as empresas alguns horários mais flexíveis, para evitar o deslocamento nos horários de pico, ou até apostar no home office, que é quando o funcionário trabalha em casa. Em casos mais extremos, ele aconselha até mesmo a procurar outro emprego mais perto de casa, “Muito radical? Faça isso antes que você não
Para saber mais notícias de
SÃO BERNARDO E REGIÃO
Alessandra começou a se maquiar dentro do próprio carro, pois ficava muito tempo parada no congestionamento de São Paulo
consiga mais chegar ao trabalho”, disse o especialista. Até algumas atividades que normalmente seriam feitas em outro ambiente acabam realizadas dentro do carro. A gerente de recursos humanos Alessandra Silva, 43, consegue até se maquiar em seu percurso para o trabalho. Entre uma paradinha e outra por causa do trânsito aproveita para terminar de se arrumar. Ela mora no ABC e trabalha em São Paulo, demora mais de uma hora para fazer um trajeto que sem trânsito levaria apenas meia hora. “Não tem jeito, mesmo com rodízio, e a tendência é piorar. Passo minha maquiagem com tranquilidade e nunca bati o carro.” g
q Por ficar muito tempo dentro do carro, no trajeto da casa para o trabalho, ou mesmo em passeios, os brasileiros fazem de seus veículos uma extensão de casa, deixando roupas, sapatos, livros e até maquiagens, pois acabam se arrumando dentro do carro entre um congestionamento e outro. A funcionária de um lava rápido no Rudge Ramos disse à reportagem que, em seus seis meses de experiência na função, já encontrou de tudo dentro do carro. Até mesmo um formigueiro por consequência dos restos de comidas e papéis de doce. Mas no ranking de objetos e produtos encontrados nos veículos quando eles são lavados pontuam as garrafinhas de água e latinhas de refrigerante, isso quando eles não são arremessados pela janela por alguns motoristas imprudentes. Para contribuir com o meio ambiente a maioria dos lava rápidos visitados utiliza latões para separar plástico, alumínio e papel para reciclagem. O lixo fica acumulado de sábado até sexta, que é o dia da semana que os funcionários descartam o material. O alumínio é doado. O plástico é despejado em latões usados para coleta seletiva. A maioria dos lava rápidos e postos de gasolina fornecem saquinhos customizados para serem colocados na alavanca de câmbio. Mas, quando vão lavar o mesmo carro, os funcionários percebem que não adianta muito, porque, mesmo assim, a maioria não utiliza e acaba deixando os lixinhos espalhados pelo carpete e banco traseiro, segundo o manobrista do lava rápido 412, Claudemir Santos. Restos de comida como frutas podres e sanduíches de fast food também são comuns de serem encontrados e, por consequência, muitos desses carros têm baratas. Na limpeza, não é passado nenhum tipo de produto, mas os funcionários avisam o proprietário do veículo sobre o problema. g
ACESSE
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CIDADE
8 - Rudge Ramos Jornal
Passagem de ônibus na cidade passa de R$ 3,30 para R$ 3,20 MARISTELA CARETTA/RRJ
FELIPE CALBO
q A tarifa de ônibus em São Bernardo vai baixar de R$ 3,30 para R$ 3,20, a partir do dia 15 de junho, depois que o governo federal reduziu a zero as alíquotas de PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para as empresas de transporte coletivo. A decisão de reduzir a tarifa foi comunicada após reunião extraordinária do Consórcio Intermunicipal do ABC, que ocorreu nesta quarta-feira (5). Além de São Bernardo, também terão a tarifa reduzida os municípios de Santo André, São Caetano, Ribeirão Pires e Mauá. O valor não será alterado em Diadema, pois na cidade o valor já é de R$ 3,20, e Rio Grande da Serra, que cobra R$ 3 pela passagem. Os prefeitos das sete cidades se reuniram após a con-
q A coleta seletiva de porta em porta nos bairros de São Bernardo começou na última quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, no Rudge Ramos. A coleta de material reciclável vai durar 120 dias antes de ser expandida a outros bairros. O Rudge corresponde a 8% do total de 6 toneladas recicladas por dia pela cidade. As coletas acontecerão as segundas, quartas e sextas-feiras, pela manhã, e passará uma vez por semana em cada rua do bairro. Os moradores de-
firmação da Medida Provisória 617/13, publicada em 31 de maio, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Antes, o percentual dos dois impostos que incidiam sobre as passagens era de 3,65%. Segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos, os valores de passagem dos ônibus intermunicipais não irão sofrer alteração, pois o valor já esta isento das taxas reduzidas. Os trólebus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) também não serão alterados, porque está firmado em contrato que as alterações na passagem devem ser feitas apenas no primeiro mês do ano. Mesmo que tenha sido uma decisão do Consórcio, cada cidade teve autonomia de acatar ou não a medida. A redação procurou representantes da AETC ABC (Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC) para comentar a decisão, mas até o fechamento desta edição não teve retorno. g
Redução ocorreu após reunião do Consórcio Intermunicipal do ABC
Bairro recebe coleta seletiva porta a porta FELIPE CALBO
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vem separar o papel, plástico e metal em um saco e o vidro deve ser colocado em um recipiente separado por questões de segurança. O lixo úmido, ou orgânico, será coletado normalmente no período noturno. Para o prefeito Luiz Marinho (PT), é necessária uma mudança cultural na população de São Bernardo. “Estamos ensinando aos munícipes como fazer a coleta. Isso é um passo importante ambiental e culturalmente”, disse. Segundo o prefeito, a escolha do bairro foi para testar os problemas de logísticas na implantação. “Até o final do ano que vem queremos estar em toda a cidade”.
DIVULGAÇÃO
Reciclagem começou quarta (5) e deve durar 120 dias até chegar em toda a cidade São Bernardo coleta cerca de 735 toneladas de lixo por dia, sendo que apenas 6 toneladas fazem parte da coleta seletiva. A ideia do programa é que 10% de todo o lixo coletado na cidade seja reciclado, até 2017, tendo como base a média
internacional de reciclagem. Após o período de testes, que deve durar 120 dias, o serviço será ampliado para a Paulicéia, Taboão, Planalto, Independência e Jardim do Mar. O material reciclado será enviado para centrais de tria-
gem da cidade. Para consultar o dia correto em que a coleta seletiva passa nas ruas do bairro, acesse o site: www.sbclimpeza.com.br ou ligue de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no 4942-7220. g
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destaque em SBC
Gastronomia é
COMPORTAMENTO
RENATA FUJIE
A carreira de chef de cozinha está em alta. Somente o ABC abriga 1.221 restaurantes. De acordo com dados do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), São Bernardo tem 353. O salário de um chef, que varia entre R$ 2.000 e R$ 3.000 no interior do Estado, é um dos motivos do aumento da busca por qualificação na área. Na capital, a remuneração chega a R$ 5.000 mensais. “Há cinco anos havia um grande preconceito com a gastronomia. Hoje, a situação está mudando”, disse Marcelo Bergamo, coordenador do curso de gastronomia da Universidade Metodista. Segundo Bergamo, essa valorização do cozinheiro começou a ser moldada com a ajuda da mídia, que está abordando cada vez mais a profissão. Mas tão importante quanto ter habilidade para cozinhar e montar pratos harmoniosos, é preciso saber trabalhar em equipe e ter espírito de liderança. Principalmente quem quer atuar como chef, uma possibilidade que atrai muitos jovens. O mercado de trabalho é amplo e está se expandindo. Depois de formado, pode-se q
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FOTOS:
NATALIA GENTIL
/RRJ
Natália Barbosa é chef do restaurante Filé & Cia. A salada de amêndoas com uva - passa é um dos destaques da casa
trabalhar em restaurantes, bistrôs, bufês, navios, restaurantes industriais, hotéis, padarias, confeitarias e ainda nos setores de vinhos, crítica gastronômica e na gestão da própria empresa. Porém, antes da existência de cursos, já havia gente fazendo sucesso na cozinha. Juno Silva, 70, o Gijo, é dono do restaurante que leva seu nome. Fica no Assunção e tem mais de 29 anos de história. Dela, faz parte o ex-presidente Lula, cliente famoso. A chuleta feita por Divina, mulher de Gijo, é o ‘carro-chefe’ da casa. “O Lula foi um dos primeiros a experimentar a chuleta. Ele passa aqui sempre”, disse Juno. Divina Silva, 65, trabalha desde os 16 anos na área de alimentos. Aprendeu tudo na prática, nunca fez curso de gastronomia. “Minha mãe era cozinheira e, às vezes, me chamava para ajudar. Fui pegando a manha, via como tudo tem que ser feito. Praticamente cresci num restaurante.” Agora, assim como nas outras carreiras, o chef precisa investir na formação. Especializações fora do país são bem-vindas, já que a área está cada vez mais multicultural. Os cursos são requisito obrigatório para entrar no mercado.
Natália Barbosa, 23, é chef do restaurante Filé & Cia., localizado no centro de São Bernardo. Ela cozinhava desde os 8 anos com a avó. Formou-se como tecnóloga em gastronomia na Universidade Metodista e, logo depois, foi para a Espanha fazer especialização em pinchos (mini-entradas). Morou e trabalhou durante um ano e meio em Hondarribia. Segundo Natália, os hábitos alimentares dos espanhóis influenciaram o modo como ela vê os menus brasileiros. “Na Espanha, eles têm muito cuidado com a comida. Não
existe self-service. Qualquer lugar tem a entrada, o segundo prato e a sobremesa. Eles prezam muito essa regra. O primeiro prato deles é sempre uma verdura. Aqui não.” Para a chef do Filé & Cia., estudar no exterior foi muito importante para conseguir um emprego aqui. “Não tinha experiência nenhuma, só o estágio mesmo, que é obrigatório. A faculdade dá a base, mas a noção mesmo eu aprendi lá fora.” A profissão exige muito comprometimento e disciplina. A agilidade e o ‘jogo de cintura’ também são testados. A visão de que na cozinha é tudo glamour é deixada para trás com a experiência no exterior, ou mesmo no próprio país. “O mais importante para um chef é acreditar no que faz, como em qualquer coisa na vida. Tem que saber lidar com imprevistos e não pode ter medo de se queimar, literalmente. Você não pode chorar, nem se desesperar.” Não existe diploma para ser chef. A certificação da faculdade é de um gastrólogo,
6 PRINCIPAIS CARGOS EM UMA COZINHA • ENTREMÉTIER
Prepara petiscos, entradas quentes e muitas vezes prepara as sopas, ovos, legumes, massas e féculas. Em um sistema completo de uma brigada, um Potagier prepara sopas, e um Légumier prepara os legumes. • GARDE-MANGER Responsável pela preparação de alimentos frios, que incluem saladas, aperitivos frios, patês e outros itens de charutaria.
• PÂTISSIER
Prepara massas, doces e sobremesas. Especializados na confecção de bolos, sobremesas, pães e outros assados.
• POISSONIER
Prepara os peixes e os molhos também.
• RÔTISSEUR
Prepara carnes assadas e ao vapor, com seu molho apropriado.
que, com o tempo, irá adquirir conhecimento suficiente para se tornar um chef. Não é uma carreira que se faz da noite para o dia. Mas, de acordo com Natália, vale a pena passar por tudo. “Não tem nada mais gostoso do que um cliente falar ‘Nossa que delícia’, tirar uma foto do prato. Ver o retorno é muito prazeroso.” O primeiro passo para seguir a carreira é escolher uma boa instituição de ensino. A maioria dos cursos leva dois anos. FRANGO COM POLENTA A Rota do Frango com Polenta, nos bairros Demarchi e Battistini, é um dos mais requisitados polos gastronômicos do ABC. É herança da colonização italiana na cidade, que empresta o nome a vários bairros. Os restaurantes da rota são o São Judas, o Florestal e o São Francisco. Dário Morassi, 53, é o chef de cozinha do São Francisco. Ele pode ser considerado uma exceção entre os chefs atuais, já que não estudou gastronomia em cursos regulares. Dário pesquisou muito sobre o assunto, viajou para o exterior e observou grandes chefs trabalhando. Quando se sentiu preparado, assumiu a cozinha da empresa familiar. As funções do chef variam muito de cozinha para cozinha. No caso do restaurante do Demarchi, Dário tem funcionários para todos os setores. “Eu mais comando do que faço na cozinha, mas um grande chef precisa ser um pouco de tudo: líder, dinâmico, autoritário. Tem dia que a gente entra na cozinha e vai picar legumes, coisa que não faço normalmente. Isso é para ‘não perder a mão’”, brincou Dário. g 4
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COMPORTAMENTO
Chefs homens ainda são maioria FOTOS: PAULA CORRÊA/RRJ
NATALIA GENTIL q Por que a maioria dos chefs de cozinha é do sexo masculino, formando um verdadeiro “clube do Bolinha”? Qual a razão disso? Apesar de ser senso comum, nem o próprio sindicato da categoria sabe estimar o número de homens que enfrentam a cozinha profissionalmente. Nem os próprios profissionais sabem explicar o porquê desse quadro. Eles acreditam que homens e mulheres têm diferenças físicas, culturais e também metas distintas no que diz respeito à cozinha. Para Dário Morassi, chef do restaurante São Francisco, o mercado não é machista. Segundo ele, as mulheres têm procurado outras funções na área gastronômica, e não necessariamente as panelas. “Elas procuram cada vez mais cargos de liderança de equipes. Além disso, hoje em dia, a maioria delas não quer mais entrar numa cozinha e pilotar um fogão.” Dário acredita também que
Nos cursos, oposto ao mercado de trabalho, o número de homens e mulheres é equilibrado o trabalho é pesado, e que atividades como segurar um tacho se tornam muito mais fáceis para os homens, que têm preferido encarar os trabalhos mais árduos da gastronomia. Natália Barbosa, chef do
Filé & Cia., também acredita que é o trabalho pesado o que afasta as mulheres do cargo de chefs de cozinha. “Que mulher não gosta de se cuidar, de fazer as unhas? Eu, por exemplo, tenho várias marcas de queima-
duras. A maioria das mulheres não quer isso.” Ela destacou que as mulheres, de fato, têm preferido se formar na área para coordenar eventos e bufês, e não necessariamente na execução dos
Cursos são o primeiro passo para se arriscar na culinária PAULA CORRÊA q O interesse pelos cursos de gastronomia aumentou no Brasil. Com isso, existem cada vez mais opções para quem pretende se formar na área. Em São Bernardo, a Universidade Metodista oferece o curso técnico com duração de dois anos. Segundo o coordenador e professor do curso, Marcelo Bergamo, as aulas são 50% práticas e 50% teóricas. Além disso, ele destacou que os alunos têm disciplinas como nutrição, administração e línguas. As mais comuns são o inglês e o francês. No primeiro semestre do curso, os alunos aprendem a fazer molhos, sopas e caldos, e depois aprendem sobre confeitaria, panificação, saladas, molhos frios, patês e decoração de pratos. Já no segundo ano, as aulas são voltadas para
vegetarianismo, sustentabilidade, cozinha judaica e bebidas. “O último semestre é sobre a cozinha brasileira, que cada vez mais está incorporando elementos de outras culturas. Por isso, ela somente é apresentada depois que os alunos estudaram sobre as culinárias europeia e asiática, por exemplo”, disse Bergamo. Para Daniel Nakagawa, que é técnico do laboratório de alimentos da Metodista, o curso valoriza a criação individual dos alunos. “Na aula, são aplicadas principalmente as preparações mais tradicionais. Mas, no decorrer do curso, os alunos criam os próprios pratos e desenvolvem novas formas de preparação.” Investir na formação estimula a criatividade de quem vai trabalhar na cozinha, e permite que o aluno tenha uma melhor leitura do mercado. “Pretendo abrir uma panquecaria na Grande São Paulo, porque existem poucas
pratos. Segundo Natália, dos alunos que se formaram com ela, são muito poucos os que trabalham como chefs mesmo, e quase todos são homens. Dário recebe muitos alunos que buscam oportunidades de estágio, para “colocar a mão na massa”. Entre esses alunos que pretendem se tornar chefs, há de fato muito mais homens do que mulheres. “Eles sempre foram maioria. Pelo que eu vejo, o número de mulheres chefs vem diminuindo em vez de aumentar.” O professor e chef Marcelo Bergamo, da Metodista, discorda um pouco dessa visão. De acordo com ele, são muitas as mulheres que têm assumido grandes restaurantes e cozinhas, e elas têm se destacado. Para Bergamo, o cenário com comando tipicamente masculino desses ambientes já não é mais o mesmo. “Essa era uma área muito machista, sim. Mas isso está mudando, e bem rápido.” Nos cursos profissionalizantes e de graduação, por exemplo, o número de homens é equivalente ao de mulheres. Em muitos casos, elas são até mesmo a maioria, principalmente em cursos para aprender a cozinhar. g
Escola Sabor & Saber oferece o Curso Rápido, no qual os alunos aprendem, por exemplo, a fazer tortas salgadas
aprender a cozinhar ou aperfeiçoar as refeições diárias. Todas as aulas são práticas e com degustação no final. Os cursos acontecem à noite, das 19h às 22h, durante a semana e aos sábados. Outra opção é o Curso Premium, com duração de 7 aulas, no qual os alunos aprendem sobre cozinha básica, massas, molhos, caldos e outros pratos do dia a dia.
no mercado. Quero apostar num diferencial”, disse Felipe Bassani, 19, que se forma no fim deste ano. A escola de gastronomia Sabor & Saber, também em São Bernardo, oferece cursos profissionalizantes com duração de um ano. Uma das alunas, Giordana
Massucato, 32, que pretende seguir carreira de chef de cozinha e trabalhar como consultora gastronômica. “O módulo que mais aproveitei foi sobre cozinha quente. Aprendemos como fazer e montar pratos salgados.” A escola também oferece o Curso Rápido, que é direcionada para as pessoas que querem
SERVIÇO Cursos de gastronomia: Universidade Metodista de São Paulo Endereço: rua Dom Jaime de Barros Câmara, 1000 - Planalto Telefone: (11) 4366-5000 Escola Sabor & Saber Endereço: av. Senador Fláquer, 534 – Vila Euclides Telefone: (11) 4121-5315. g
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CULTURA
ABC ganha 16 novas salas de cinema em dois anos DIVULGAÇÃO/SHOPPING METRÓPOLE
FERNANDA FERREIRA
q O ABC inaugurou em menos de dois anos, 16 salas de cinema com capacidade média de 250 lugares, e até o final de 2013 vai receber mais oito salas. Esses novos espaços são equipados com tecnologia tridimensional (3D) e recursos que há alguns anos não eram imaginados. As inovações vão desde cadeiras reclináveis até cardápios nos assentos e atendimento personalizado de garçons. Essas tecnologias, que chegaram primeiro a capital, hoje já estão disponíveis no ABC. O Park Shopping São Caetano, por exemplo, inaugurou em novembro de 2011 sete salas com sistema de marcação de cadeiras no momento da compra do ingresso. Já o Shopping Metrópole abriu nove salas, em outubro de 2012. Em São Bernardo, o Shopping Plaza tem previsão de inaugurar no segundo semestre de 2013 mais oito salas. Uma delas terá poltronas com sistema de movimento e paredes com efeitos de água, vento, aroma e névoa. CINEMA DE RUA Mas antigamente não era assim. Os cinemas, que hoje são encontrados predominantemente dentro de shoppings centers, antes eram nas ruas. Segundo o jornalista, escritor e
Shopping Metrópole renova as salas com novo sistema de projeção e bombonieres professor da Academia Internacional de Cinema Franthiesco Ballerini, o cinema migrou da rua para dentro dos shoppings devido ao crescimento das cidades do sudeste na década de 70. “Os dois grandes centros (São Paulo e Rio de Janeiro) incharam de pessoas, consequentemente houve o aumento da violência. Nessa mesma época os shoppings centers se popularizaram e trouxeram os estabelecimentos para um lugar que em tese é seguro”. ARQUIVO/ATILIO SANTARELLI
Ainda de acordo com Ballerini, outro motivo dessa migração, foi o surgimento de cinemas de rua que exibia filmes do gênero brasileiro conhecido como “pornochanchada” (filmes cômicos com erotismo). “Por causa desse gênero cinematográfico, o cinema de rua ficou com uma má fama. Houve a perda de um público principalmente familiar”, disse Franthiesco. O ABC teve 26 cinemas de rua, sendo um em Mauá, dois
em Ribeirão Pires, quatro em São Bernardo, oito em Santo André e 11 em São Caetano. O primeiro da região foi o Cine Enrico Caruso, em 1920, que mais tarde passou a se chamar Cine São Bernardo. O último a fechar foi o Cine Vitória, em São Caetano, em 1998. Segundo o fotógrafo Atilio Santarelli, que vem de uma família de proprietários de cinemas como Cine Central, Cine Planalto, Cine Átila e Cine Real, o auge do cinema de rua ARQUIVO/ATILIO SANTARELLI
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foi nas décadas de 40 e 50 e a decadência em 1960, com a vinda da TV para o Brasil. “Nos anos 30, 40 e 50 você não tinha outras opções de lazer a não ser ir à igreja, a quermesse, ao cinema e aos bailes que tinham em alguns clubes. Fora isso, ninguém tinha carro ou televisão. Nos anos 60, com o advento da indústria automobilística e da televisão, já começa a surgir novas opções de lazer”, apontou Santarelli. RUA X SHOPPING Os cinemas de ruas tinham apenas uma sala, com capacidade para até dois mil lugares (Cine Anchieta em São Bernardo). Segundo Atilio, os cinemas da década de 20 eram bem rústicos e com salas mal acomodadas. “Os bancos eram de madeira e o projetor trabalhava atrás da tela. Já no início dos anos 40, o piso era com taco de madeira, as laterais era de sanca com gesso e luz indireta, a tela do cinema era enorme com cortina de veludo vermelha, palco, os lustres iluminavam o pé da tela. As mulheres colocavam o melhor vestido e os homens o melhor chapéu. Era um acontecimento social”, contou o fotógrafo. Segundo Ballerini, é mais vantajoso para os cinemas atuais ter salas menores, mas em maior número. As salas que antes cabiam duas mil pessoas, hoje a capacidade é de 300 pessoas, o que melhora a propagação do som. “São mais confortáveis, com poltrona, som e imagens melhores”, disse o professor. A segurança e variedade de filmes são também outras conveniências dos cinemas atuais. “Não há nada melhor do que estacionar o carro no coberto, ver o filme e depois jantar, ter segurança”, falou Santarelli. Entretanto, Franthiesco lembra as desvantagens dos cinemas atuais. “Fatores como as facilidades de assistir pela internet e o custo do ingresso, pipoca e estacionamento são pontos a se levar em conta. A pessoa precisa ter uma experiência cinematográfica realmente diferente”. g
Cine Planalto era um dos cinemas de rua de São Bernardo 4
CULTURA
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Região tem cursos gratuitos na área BÁRBARA LIBÓRIO/RRJ
BÁRBARA LIBÓRIO
q Quem gosta de cinema e quer se aperfeiçoar na área conta com algumas opções no ABC. As cidades oferecem cursos livres gratuitos para os aspirantes a cineastas. São Bernardo inaugurou no final de 2012 o CAV (Centro Audiovisual de SBC), que oferece gratuitamente cursos de Cinema e Animação, com duração de três semestres. A iniciativa faz parte do Projeto de Revitalização dos Estúdios Vera Cruz. O processo seletivo para as primeiras turmas teve início em abril e 90 alunos foram escolhidos entre 2.000 inscrições. “Ficamos muito contentes porque a demanda foi alta, e a qualidade dos alunos selecionados é ótima”, contou Sérgio Martinelli, coordenador do CAV. Os cursos são desenvolvidos em cinematografia digital e a única restrição é que todos os alunos tenham mais de 16 anos e estejam cursando ou já tenham completado o Ensino Médio. Os critérios de seleção avaliam o desempenho em provas, entrevistas e apresentação de portfólio. A grade curricular de Cinema/TV conta com aulas de história da arte, roteiro, produção, iluminação, direção, entre outras, e estágio no Núcleo de Produção. Além disso, o CAV também oferece regularmente palestras, workshops, e reciclagem para profissionais.
No curso “Santo André Documenta”, alunos da ELCV produzem documentários sobre a cidade O projeto deve abrir novas inscrições para os cursos de formação ainda neste ano, além de estar preparando um novo pacote de workshops e oficinas para junho. Também estão previstas atividades infantis para as férias escolares de julho. Em Santo André, a ELCV (Escola Livre de Cinema e Vídeo) também oferece ensino gratuito na área. O Núcleo de Formação tem curso de cinema com duração de três anos. Além disso, há
opções de curta duração, como o projeto “Primeiro Foco”, que visa aproximar jovens de 11 a 16 anos da linguagem cinematográfica, o curso “Interpretação para Cinema” e o núcleo “Santo André Documenta”, que produz documentários a
q Uma das mais importantes produtoras de filmes no ABC foi a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, de São Bernardo. Além de referência para a região, a produtora também se tornou referência nacional produzindo filmes como o Cangaceiro (1952), escolhido o Melhor Filme de Aventura do Festival de Cannes, e Sinhá Moça (1953), que ganhou o Leão de Bronze no Festival de Veneza e o Urso de Prata do Festival de Berlim. Atualmente, os projetos cinematográficos desenvolvidos
no ABC vêm de instituições como a ELCV (Escola Livre de Cinema Vídeo), em Santo André, explicou Simone Moletta, que foi professora da ELCV e hoje ministra oficinas de cinema em São Caetano. Essas produtoras nascem de alunos da região que se juntam para produzir. “Curtas-metragens, documentários e web séries são realizadas com o mínimo de orçamento, uma vez que o ABC não dispõe de mecanismos de financiamento de produção audiovisual. Assim, os realizadores se juntam em coletivos, parcerias e cooperativas para produzirem seus trabalhos, ou utilizam o me-
uma noção de cinema na prática, a gente imagina que é uma coisa, mas na real é outra. Fiz outros cursos em outros lugares sobre cinema, pagos e gratuitos, e o de documentário foi o que mais me ajudou”, explicou. A escola também organiza anualmente o “Encontro de Cinema de Paranapiacaba”, que reúne exibições de curtas e longas metragens, oficinas e bate-papos com diretores. O Núcleo de Cinema e Vídeo de São Caetano está esperando aprovação dos contratos na Secretaria de Cultura do município para dar início a quatro oficinas cinematográficas. O coordenador Alex Moletta acredita que as inscrições devem começar em julho ou agosto. Os cursos gratuitos de roteiro, direção, fotografia e produção terão duração de cinco meses, e as aulas serão ministradas no Campus II da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), próximo ao terminal rodoviário. “Os alunos formarão turmas e, no fim de cada oficina, realizarão um curta-metragem”, falou Moletta. Para a realização, a prefeitura São Caetano exige que 70% dos alunos sejam residentes da cidade. g
SERVIÇO
SERVIÇO Escola Livre de Cinema e Vídeo de Santo André
Núcleo de Cinema e Vídeo de São Caetano
Centro de Audiovisual São Bernardo do Campo
Av. Utinga, 136 - Vila Metalúrgica - Santo André - Telefone: (11) 4997-2155 Novas inscrições devem ser abertas em 2013. http://escolalivredecinema.wordpress. com/
As novas oficinas devem ser ministradas no Campus II da USCS - Rua Santo Antônio, 50 – Centro - São Caetano do Sul A previsão é que novas inscrições sejam abertas no segundo semestre. www.ciafatidicos.com.br
Av. Dom Jaime de Barros Câmara, 201 – Planalto – São Bernardo Telefone: (11) 4390-4615 Novas inscrições devem ser abertas no final de maio. http://www.cav.saobernardo.sp.gov.br/
Alunos criam produtoras de vídeo FERNANDA BARBOSA
partir do patrimônio cultural da cidade. A previsão é de que novas turmas sejam abertas apenas em 2014. O ilustrador Valter Ferrari concluiu no ano passado o curso de documentário na escola. “Antes da ELCV eu não tinha
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canismo de financiamento por doação”, contou. Simone falou que as produções seguem as mais variadas formas e gêneros, mas que projetos transmidiáticos estão ganhando espaço no ABC. “Um curta-metragem pode gerar outros produtos, como jogos e aplicativos, contos e quadrinhos, disseminando o universo criado pelos realizadores onde um produto estimula espectadores de outros produtos”. A professora acrescentou que “outra vertente bastante forte da produção são as séries e web séries que ganham cada vez mais adeptos espectadores e realizadores”.
Rodrigo Dias é um desses alunos e comanda a produtora independente Bandô Filmes há um ano. Formado em Design Gráfico, ele contou que sempre teve interesse por cinema, mas nunca havia tido contato com produção de filmes até se inscrever em um curso. “Desde que entrei no curso minha vontade era de começar a produzir. Então no meio do curso inscrevi um projeto de documentário para o ‘VAI de São Paulo’ e fui contemplado”, disse Dias, que explicou que esse projeto o ajudou a fomentar alguns equipamentos para produzir material. Porém, fala que o principal objetivo de ter uma produtora independente não é desenvolver diversos projetos, e sim somar forças e
sempre estar trabalhando com pessoas diferentes. Outro exemplo disso é Lexy Soares, um dos donos da produtora Cineclube Pilar, que fica em Mauá, e produz em média um curta por ano. “As produções começaram em 2003, quando começaram a ser ministradas oficinas pela prefeitura. Com isso, alguns alunos resolveram dar continuidade nas produções”, disse Soares. “Quanto à produção, há um padrão de reunir pessoas com pouca experiência profissional, mas com conhecimento básico de cinema, além de produzir com o mínimo possível de gastos. Nisso, todos temos em comum, independente de qual cidade”, completou. g
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CULTURA
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6 ROTEIRO q TEATRO O Cortiço A Companhia Teatral Quartum Crescente apresenta a peça “O Cortiço” baseada no romance de Aluísio Azevedo. A trama conta a história de diversos personagens que vivem em um cortiço no centro do Rio de Janeiro, liderados pelo dono do local, João Romão, comerciante ganancioso e avarento. Quarta-feira (19), às 20h. Não recomendado para menores de 16 anos. Duração 70 minutos. Teatro Municipal de Mauá, rua Gabriel Marques, 353 - Vila Noêmia Mauá. Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia entrada)
PEÇA FALA DO UNIVERSO FEMININO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
RAPHAEL ANDRADE
Depois de ser apresentado em mais de 150 países, chega a São Bernardo o espetáculo “Os Monólogos da Vagina”. A peça é baseada em relatos de mais de 200 mulheres sobre vários assuntos pertinentes ao universo feminino, com as atrizes Adriana Lessa, Cacau Melo e Gabriela Alves Toulier no elenco. Terça-feira (25) e quarta-feira (26), às 20h. Não recomendado para menores de 12 anos. Duração 90 minutos. Teatro Lauro Gomes – rua Helena Jacquey , 171 Rudge Ramos - São Bernardo. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada)
EXPOSIÇÃO Mostra Sesc de Teatro de Animação O objetivo desta mostra é exibir diferentes perspectivas de uma mesma arte para diversos públicos, apresentando 18 espetáculos nacionais e internacionais. Entre os presentes estão as peças “A Chamada do Mar (La Pelle du Large)”, “Antologia”, “O Cantor do Salgueiro (By the Willow)”, “La Polar”, “Velhas Caixas”, entre outros. De 9/6 à 18/9. Livre. Sesc Santo André – rua Tamarutaca, 302 - Vila Guiomar - Santo André. Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia entrada) O olhar feminino na arte brasileira
ESTAMIRA – BEIRA DO MUNDO A vencedora do prêmio Shell 2011 na categoria Melhor Atriz, Dani Barros, se apresenta com Beatriz Sayad na peça “Estamira – Beira do Mundo”. A peça, que tem como pano de fundo um lixão, conta a história real de uma mulher que é descoberta por um cineasta em um aterro sanitário, localizado no Jardim Gramacho. Terça-feira (25) e quarta-feira (26), às 20h. Não recomendado para menores de 14 anos. Duração 70 minutos. Sesc Santo André – rua Tamarutaca, 302 - Vila Guiomar - Santo André. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada)
SHOW
LUKE BECK O cantor e dançarino que é revelação na cena musical do ABC, Luke Beck, se apresenta com show de pop eletrônico. O show contará com banda ao vivo e da DJ Layne Salles. Domingo (9), às 19h. Livre. Duração 90 minutos. Teatro Santos Dumont – Av. Goiás, 1111 – Centro - São Caetano. Ingressos: R$15 (inteira) e R$7,50 (meia entrada para estudantes, professores das redes estadual e municipal e idosos acima de 60 anos)
Nesta exibição poderão ser conferidas gravuras, pinturas, esculturas, desenhos e fotografias que mostram o olhar feminino de diversas artistas, entre elas Regina Silveira, Maria Bonomi, Carla Beltran Amaral, Marta Strambi, Maristela Cabello. Até 13/07, das 9h às 17h. Livre. Pinacoteca de São Bernardo – rua Kara, 105 – Jardim do Mar – São Bernardo. Gratuito
INFANTIL Alice no país das maravilhas Baseado no clássico infantil de Lewis Carroll, a peça conta a história de Alice, menina curiosa que se aventura num mundo onde tudo foge do normal. O espetáculo é apresentado pelo grupo Le Plat du Jour. Sábado (29), às 16h. Livre. Duração 70 minutos. Teatro Santos Dumont – Av. Goiás, 1111 – Centro - São Caetano. Ingressos: R$ 10 (inteira); R$ 5 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes) g
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ESPORTES
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Metodista/São Bernardo busca bicampeonato no Pan-Americano de Clubes CAIO DOS REIS
q A equipe masculina de handebol da Metodista/São Bernardo se prepara para o primeiro campeonato internacional do ano. A partir de 19 de junho, os comandados de SB irão para Taubaté, interior de São Paulo, para buscar o bicampeonato do Pan-Americano Adulto de Clubes. A equipe do ABC está no grupo A, ao lado dos argentinos do River Plate, os paraguaios do Universidad Americana e os uruguaios do Colegio Alemán. Já o grupo B é composto pelos anfitriões do torneio, o Taubaté, além de Pinheiros, SAG Ballester (PAR) e Santiago Stell (CHI). O torneio reúne oito times que representam Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Para-
guai. O vencedor da final do torneio, que será relizada dia 23 de junho, se classifica para o Super Globe 2013, campeonato mundial da modalidade, que será realizado no Catar no segundo semestre do ano. Sem poder contar com o central Diogo, com problema no ombro, e o ponta Renato, com contusão no joelho, e com Japa e Wesley como dúvidas, o técnico SB lamentou. “Infelizmente estamos com muitos desfalques, mas vamos forte para buscar o bicampeonato”, disse. Sobre os adversários no grupo A do Pan-Americano, SB considera o River Plate o concorrente a ser batido. “Conhecemos pouco o Universidad Americana e o Colegio Alemán, mas sabemos que o River é muito forte”, contou.
E completou, “para conhecer esses times de menor expressão tentamos buscar informações com adversários, mas isso nem sempre é possível”. SUPER PAULISTÃO Depois de vencer Ribeirão Preto/Mauá por 33 a 20, a Metodista/São Bernardo vai até Taubaté enfrentar o Tarumã/ Taubaté em jogo válido pela 5a rodada do Super Paulistão 2013 de Handebol. A partida acontece às 16h, no Ginásio Poliesportivo Ametra II. Com 100% de aproveitamento na competição (4 vitórias em 4 jogos), a equipe do ABC é líder do campeonato, com 12 pontos, e tem o melhor ataque da competição, com
São Bernardo apresenta quatro reforços para o restante da temporada VINÍCIUS REQUENA
q Em busca do título da Copa Paulista, o São Bernardo Futebol Clube apresentou quatro reforços para o restante da temporada. Dois dos atletas já trabalharam com o técnico Wagner Lopes, caso do lateral-esquerdo Magalhães e do volante João Francisco. Além deles, o atacante Carlos Alberto e o meia Cesinha foram apresentados no clube do ABC. “Estamos montando uma equipe para buscar o título da Copa Paulista. Mas todos os jogadores que contratamos chegam para tentar assegurar sua vaga no time de 2014”, disse o presidente do São Bernardo, Luiz Fernando Teixeira. Os atletas chegam para formar o elenco para a disputa do Campeonato Paulista de 2014. Carlos Alberto e Cesinha têm contrato até o final de 2013, com preferência de renovação do Tigre. Os outros dois atletas têm contrato até o final de 2014.
Além das contratações, Luiz Fernando disse que o clube vai buscar um lateral-direito, posição que conta apenas com atletas da base, que foram promovidos ao profissional neste mês. “Estamos em negociação e espero anunciá-lo até o fim desta semana. Assim, vamos fechar o elenco.” Para o presidente, o planejamento que foi feito para este ano não foi bom. “Vamos manter o elenco para não sofrer na próxima temporada. Vinte jogadores chegaram e nós demoramos dois meses para ganhar entrosamento. O Penapolense segurou o grupo desde a época em que jogava a série A-3 e chegou entre os oito melhores. Nosso time está praticamente fechado para 2014”, disse o dirigente. O primeiro jogo do São Bernardo na Copa Paulista é dia 14 de julho, às 10h, contra o Audax Esporte Clube, em São Paulo. SANTO ANDRÉ Enquanto o Tigre se preocu-
MARISTELA CARETTA/RRJ
Equipe da Metodista/S. Bernardo se prepara para primeiro torneio internacional do ano 141 gols marcados e a terceira melhor defesa, com 84 gols sofridos. O técnico SB considera a vitória fundamental, já que o Taubaté divide a liderança com a equipe do ABC com os mesmos 12 pontos ganhos. “É um jogo complicado contra um possível adversário do
Pan-americano, sem contar os desfalques de vários jogadores, também não teremos o Diógenes para essa partida”, disse. JOGOS DA METODISTA NO PAN-AMERICANO 19/06 – 17h30 - Metodista x Universidad Americana (PAR) 20/06 – 17h30 – Metodista x Colegio Alemán (URU) 21/06 – 15h15 – Metodista x River Plate (ARG). g DIVULGAÇÃO
Além dos atletas apresentados, o Tigre irá atrás de um lateral direito para fechar elenco pa com a estreia na Copa Paulista, o Ramalhão já está envolvido na disputa do Campeonato Brasileiro da Série D. Na sua estreia, sábado (1º), o Santo André empatou com o Marcílio Dias, de Santa Catarina. Para o técnico Dedimar, o Ramalhão é um dos grandes favoritos ao acesso. “Desde que cheguei muitas coisas mudaram. O grupo é mais focado hoje e organizado em campo. E ainda trouxemos atletas com o perfil do clube, com alma e
compromisso com o Santo André”, disse o treinador. Na próxima rodada, o Ramalhão recebe o Vila Nova, de Goiás, no estádio Bruno José Daniel, no sábado (8), às 15h. SÃO CAETANO O Azulão está buscando o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Após quatro rodadas, o time de São Caetano soma cinco pontos e apenas uma vitória, ficando na 9a posição.
A equipe do ABC venceu na última rodada o Atlético Goianiense, por 4 a 2. Para o técnico Marcelo Veiga, faltava o gol para dar confiança à equipe. “Quando você empata e consegue uma vitória no meio, isso se torna positivo, mas quando empata seguidamente e chega uma derrota, passa para o negativo”, falou o treinador. Na próxima rodada, o São Caetano enfrenta o Bragantino fora de casa, no sábado, às 21h. g
16 - Rudge Ramos Jornal
De 7 a 20 de Junho de 2013