ELETR
ÔNICO
Edição comemorativa - 10 anos Informativo da União Paulista de Espeleologia - Número 1 - Volume 1 - Janeiro/Julho de 2004
Ricardo de Souza Martinelli
Seções Paulo Jolkesky Eduardo Tastaldi Portella
Abstracts Gabriela de Brito Slavec
Revisão
Índice 2
Editorial
3
Parada do Alívio
6
Cabana
7
Ouro Grosso
10
Cartografia
12
10 anos da UPE
Após 5 anos, a UPE volta a ter seu informativo.
Vinte e cinco anos após sua descoberta, finalmente a topografia chega ao final.
Os trabalhos de topografia e exploração continuam.
Renata Shimura Desnível é uma publicação eletrônica semestral da União Paulista de Espeleologia (UPE). As opiniões expressas em artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores. As matérias não assinadas são de responsabilidade dos editores e não refletem necessariamente a opinião da UPE. Artigos publicados no Desnível podem ser reproduzidos na íntegra desde que citados fonte, autor, URL e data de consulta na web. Reproduções parciais somente com autorização prévia dos editores. O informativo em formato PDF podera ser repassado para outras pessoas e listas de discussão. Para enviar um artigo utilize o e-mail: desnivel@upecave.com.br. As datas limite são os meses de maio e outubro. O Desnível se encontra em regularidade com as leis anti-spam. Se deseja não mais recebê-lo, favor enviar e-mail para: remover@upecave.com.br.
Foto: Ricardo Martinelli
A exploração e mapeamento dos “garrafões” se constituem no maior desafio da re-topografia.
Aprenda um pouco mais sobre este complexo assunto. Ralação na Parada do Alívio.
Veja um painel de fotos históricas e uma relação de sócios do presente e do passado (pg. 17).
Veja Também
6
EspeleoPhoto
7 8 18
Equipamentos
18
Maillon Rapid
19
Foto do Semestre
Memória Log de Saídas
C Vi onh sit e e ça ww no a w. ss UP up o ec Si E! av te e. co m. br
Editor
Editorial
2
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
O Desnível está de volta!
A
pós cinco longos anos o um preço baixíssimo e com uma Desnível está de volta. penetração muito maior do que Durante todo este tempo, não houve se- Foto: Fabio Von Tein quer um dia em que não pensássemos em sua reedição. Veículo de grande importância para qualquer clube de espeleologia, os “informativos” servem para mostrar a comunidade espeleológica e científica o trabalho realizado. Publicar é registrar, deixar como documento saídas, relatórios, mapas e impressões sobre as regiões exploradas. Estas espectativas são as mesmas que nortearam nossos primeiros informativos e agora esperamos continuar esta missão com o novo Desnível. Porém, devido aos altos custos de impressão e postagem, estaremos experimentando uma nova O caminho até aqui foi difícil, porém maneira de editar nosso in- mos! Muitos anos de vida à UPE! formativo. Será um modelo totalmente eletrônico, com peri- se tentássemos uma fórmula clásodicidade semestral onde toda a sica. Vantagens como maior escomunidade poderá acessá-lo paço para textos e mais quantiatravés de nosso site ou recebe- dade e qualidade das fotos são lo via e-mail no formato PDF. evidentes. A vontade e a idéia de Com isso vislumbramos uma dis- termos a versão impressa de tudo tribuição mais abrangente onde isso não esta descartada, depenatravés de um simples disquete ou dendo do número de matérias poCD se possa entregar o docu- deremos a cada dois anos (quem mento a todos os interesssados. sabe até antes disso) reunir todo Esperamos também, manter uma o material, editar e publicar. regularidade entre as edições a Como este é um novo formato,
introduzimos também algumas seções permanentes, como a de Equipamentos, coordenada pelo sócio Eduardo Portella, a EspeleoPhoto, coordenada pelo sócio Paulo Jolkesky e a Foto do Semestre, onde todos poderão enviar suas imagens e a mais bela ou significativa do ponto de vista técnico, será publicada. Na seção “memória” teremos sempre algo relacionado a história da UPE e dos grupos que a constituem; um relatório antigo, um texto relembrando o passado ou algum “causo” ocorrido! Outro assunto de grande relevância são os 10 anos de fundação da UPE. Estamos em festa, muito nos orgulha termos chegado até aqui com toda a empolgação de 1994 e pretendemos marchegacar este ano com muitas comemorações. Nesta edição histórica, o leitor, sócio e ex-sócio da UPE poderá relembrar grandes momentos em um grande painel de fotos. Teremos também a “Expedição Areado” e para o final do ano a vontade de realizar uma festa! Parabéns a todos os integrantes da UPE por mais esta conquista!
Boa leitura!
Parada do Alívio
3
25 anos entre a descoberta e o mapa final
Texto e Fotos: Ricardo Martinelli ABSTRACT The article explains about the exploration and survey works on the cave Parada do Alivio at the PETAR region. During the survey and cataloguing works it was discovered the existence of an ancient register of the same cave but with a different name. The knowledge of the cave is now better after finishing the definitely survey in BCRA 5C level by UPE.
D
urante os trabalhos de prospecção em espeleologia, existe um fato muito comum de se acontecer. A beira de uma trilha conhecida, de fácil acesso, que recebe quantidade considerável de turistas todos os anos, é descoberta uma grande cavidade. Apenas na UPE, podemos citar dois casos, um foi a descoberta de um abismo que dá acesso a Gruta Pescaria. O mais interessante é que este abismo chega
exatamente após um desmoronamento que era conhecido como o final da gruta, este fato duplicou o tamanho da caverna e sua entrada estava a menos de 20 metros de uma trilha que em feriados recebe uma enorme quantidade de pessoas. O outro fato aconteceu dentro de uma das cavernas mais turísticas do Brasil, a Lapa Doce na Chapada Diamantina. Durante os trabalhos de
topografia, foi encontrada uma passagem que aumentaria o tamanho da gruta em algumas centenas de metros, a galeria foi batizada de “é doce, mas não é mole não” pois é necessário transpor um longo trecho em teto baixo até se chegar à galeria propriamente dita. Encontrar novos condutos em Iraquara na Chapada não é muito difícil, mas o fato é que a entrada para esta galeria estava em um trecho onde em período de t e m p o r a d a passam centenas de turistas e nunca ninguém teve a curiosidade (ou coragem) de entrar no buraco. Com a Gruta Parada doAlívio, no núcleo Caboclos,no Foto1 - Trabalhos de topografia com utilização Parque Estadual de prumo. Maior precisão. Turístico do Alto Ribeira, o PETAR, em São Paulo, não foi diferente, praticamente no meio da trilha para a Gruta Temimina, uma das mais turísticas e bonitas do parque, existe um riacho que é o único ponto de parada que se pode tomar água cristalina (daí o nome da caverna). Durante anos, milhares de pessoas beberam de suas águas sem saber que a alguns metros rio abaixo existia um sumidouro. A curiosidade fez com que, em 1995, uma equipe da recém criada UPE descobrisse a Gruta que possuía ainda um belo pórtico acessado de dentro para fora. O relatório encaminhado à UPE na época dizia o seguinte: “Após 5 minutos de percurso alcançamos o seu sumidouro e um paredão. Pouco acima do sumidouro existem várias fendas verticais semi-cobertas pela vegetação. Retornamos para pegar nossos equipamentos” . Em relação a primeira impressão sobre a gruta foi
Mapa 1 - Croqui de referência (BCRA 2A) executado em 1996.
4 escrito:”Após uma inspeção de reconhecimento acendemos nossos reatores e entramos pela fenda a direita. Acho que descemos uns 15 metros em quebra corpos verticais de fácil acesso até alcançarmos o primeiro salão. Muitos opiliões. Uma ossada intacta de animal de porte médio........Calculo que percorremos dentro da gruta uns 200 metros que podem, facilmente dobrar ou triplicar seu desenvolvimento numa investida mais minuciosa.”(Fev. 1995 - Eloy Dorival Aurélio) Em 1996, uma topografia BCRA 2A (Mapa 1) foi executada pela UPE e se constatou a complexidade da caverna, constituída na sua grande maioria por pequenas galerias, forçando os exploradores a muitas vezes rastejarem para continuar, constatouse também a existência de dois pequenos riachos que se confluíam em certa parte da cavidade . Apesar da promessa de uma caverna de desenvolvimento razoável para os padrões do PETAR, naquela época a UPE se voltava para fora do Estado
de São Paulo, com trabalhos de grande porte principalmente em Goiás, deixando áreas como a da Parada do Alívio em segundo plano. Passados 8 anos de seu descobrimento, a vontade de acabar com as pendências abertas pelo grupo no Estado de São Paulo veio à tona, e no final de 2002 uma equipe se dirigiu para a região afim de reencontrá-la. Em 2003 foram necessárias 5 investidas, 16 pessoas, 205 horas X homem, 171 visadas, 161 bases, 720,73 metros de linha de trena, 11 loops e muito, mas muito joelho ralado passando em quebra corpos e teto baixo com água na cara até que se concluísse a fase de mapeamento. Pelo “acanhamento” da grande maioria das galerias desta caverna, a topografia caminhou de uma maneira um pouco mais lenta do que o habitual, sendo que um grande trecho necessitou de retopografia para que se chegasse ao nível de precisão BCRA 5C (Mapa 2). Um trecho do último relatório dizia o seguinte: “Os trabalhos de campo estão terminados, nenhuma dúvida a
Foto 2: O Suspiro: Formação “impar” encontrada em uma estreita galeria da caverna
respeito de continuação da caverna foi deixado para posteriores investidas (Set. 22 – Ricardo Martinelli)”.
GRUTA MEANDRO Atualmente um dos grandes problemas da espeleologia é a falta de comunicação entre os grupos e as pessoas praticantes. Um fato interessante ocorreu após a palestra da UPE no XIII EPELEO onde expomos os resultados do trabalho na Gruta Parada do Alívio. Celso Zílio,
Mapa 2 - Topografia final da gruta Parada do alívio. Técnicas desenvolvidas pela UPE fazem com que, mesmo em uma caverna de difícil progressão, se chegue a um grau de precisão altíssimo, representando fielmente as feições da caverna. Melhor visualização em http://www.upecave.com.br/mapas/parada.jpg
5
Foto 3: Ninho de pérolas na Parada do alívio
espeleólogo experiente e por muito tempo integrante do CAP (Clube Alpino Paulista), nos questionou sobre a Parada do Alívio ser na verdade a Gruta Meandro, pois no início da década de 80 ele encontrou e mapeou uma cavidade com as
mesmas características e na mesma região, porém foi realizada uma topografia de grau baixo (Mapa 3), pois na época não dispunham de tempo para maior detalhamento. Não foi necessário, porém, muita especulação para chegarmos a conclusão de que se tratava da mesma caverna, portanto temos um caso típico de duplicidade de cadastramento no CNC e no Codex entre as cavernas SP 278 e SP 413. Chegamos também a um impasse: qual dos registros deve permanecer? Historicamente o nome “Meandro” foi registrado primeiro, porém os dados são imprecisos, por outro lado a Parada do Alívio possui coordenadas tiradas com GPS de todas as Bocas (que são três), realizando várias tomadas do mesmo local, ligadas à topografia da caverna e ainda tem-se o Datum utilizado (WGS 84), elemento importantíssimo para a precisão das informações. No nosso modo de ver, os dois registros possuem sua importância, um como
registro histórico de exploração e outro como os dados definitivos sobre a cavidade, como sugestão acreditamos que atualizar os dados na ficha da Parada do Alívio, citando a Gruta Meandro e se possível incluindo um “link” para a sua ficha seja a coisa mais correta a se fazer.
ÁREA RESTRITA A Gruta Parada do Alívio é uma cavidade muito instável, possuindo condutos com reais possibilidades de desmoronamento. Imprescindível portanto é a proibição do ingresso de pessoas despreparadas e sem propósito, devendo permanecer como área de visitação restrita dentro do PETAR. Justificamos esta precaução pois não foram poucas as vezes, durante os trabalhos dentro da caverna em que ocorreram pequenos desmoronamentos, sendo que um deles “quase” nos colocou em uma situação delicada pois obstruiu uma pequena passagem que era nossa única via de saída. A caverna ainda possui espeleotemas frágeis como o suspiro (Foto 2) e ninhos de perolas (Foto 3), que estão em locais de fácil acesso e poderiam, com visitação constante serem depredados.
PETAR & UPE Precisamos salientar o apoio que a UPE recebeu e vem recebendo das pessoas que dirigem hoje o PETAR. Sempre que solicitado tivemos a atenção necessária para acessar áreas restritas e dar prosseguimento aos nossos trabalhos, seja com autorizações, seja com a liberação da casa de pesquisa. Relatórios periódicos tem sido enviados e sempre informamos nossos passos dentro desta importante área de conservação. Esperamos assim contribuir para um maior conhecimento do patrimônio espeleológico Paulista e Brasileiro.
Mapa 3 - Topografia realizada pelo CAP (Clube Alpino Paulista) na década de 80. Melhor visualização em http://www.upecave.com.br/mapas/meandro.jpg
6
Cabana Nova Trilha melhora o acesso e dá novo impulso aos trabalhos
Foto: Ricardo Terzian
Topografia na Cabana: O frio é o maior inimigo!
ABSTRACT A new trail made easier the way to the Cabana Cave region renewing the mood of the cavers wanting to work on this area. As soon as one finishes the surveys on the horizontal galleries one will start prospecting the external area looking for the CAP Abyss, the Baixao Cave and possible upper galleries inside the cave.
A
o volume das águas. Recentemente conseguimos reabrir uma antiga trilha muito utilizada na década de 70 onde se evita a passagem pelo Temimina (passamos enquanto ele esta dentro da caverna) e conseguimos atingir a região em 3 horas de caminhada tranqüila. A topografia vai avançando bem, chegou-se até a clarabóia grande, que também é lindíssima, e estamos quase terminando a linha do rio. Terminada esta fase, estaremos prospectando a mata a procura do “Abismo do CAP”, onde existem ossadas bem mais preservadas e também da Caverna Baixão, que acreditamos fazer parte do sistema. Recentemente descobrimos que uma parte da topografia terá que ser refeita; este trecho refere-se ao início da gruta onde foram encontrados erros de fechamento nas poligonais.
tam a importância do re-mapeamento.
Por Paulo Jolkesky A escolha da câmera
Foto: Ricardo Martinelli
distância sempre foi o grande obstáculo em relação a Gruta da Cabana. Não foram poucas as vezes em que enfrentávamos 12 horas de trilha pesada, com 30 kilos nas costas para passar dois dias trabalhando na caverna. Uma opção mais curta era a trilha que passava pelo Temimina, mas aqui a dificuldade residia em atravessar o rio, tanto que uma equipe da UPE ficou presa dois dias, pois as chuvas aumentaram muito Fósseis encontrados dentro da caverna aumen-
Espeleophoto
As características mais importantes numa câmera para esse tipo de foto são: Que possa trocar lentes; Regulagem manual em todos os comandos; Facilidade de enxergar pelo visor e focar com pouca luz; Aceite cabo disparador; Modo “Bulb”, ou função que permita exposições de 30” ou mais. Quanto à mídia, tanto faz ser filme ou digital. Algumas digitais de lente fixa (não Reflex), são ótimas opções, pois permitem regulagem manual e longas exposições, e geralmente tem uma boa lente; como é o caso da Nikon Coolpix 5400 ou 5800, da Cânon Powershot G5 ou Pro1, da Sony F828 e da nova Olimpus C-8080; entre outras; porém com um preço mais salgado que as convencionais com filme (e muito mais delicadas). Algumas opções de Reflex convencionais usadas podem ser adquiridas mais baratas na Rua Conselheiro Crispiniano, no centro de São Paulo, e seguramente vão ensinar muito ao iniciante. São elas a Nikon FM2, Cânon A-1, Pentax Spotmatic; ou a mais nova Nikon FM3a, totalmente mecânica e toda em metal como as antigas. Essas levam apenas uma pequena bateria para o fotômetro, e não dependem de energia para o seu funcionamento normal; sendo assim menos sensíveis à elevada umidade do ambiente subterrâneo. Have a Nice Shot!
7
Ouro Grosso Como andam os trabalhos
ABSTRACT The survey work is on the way to the end but this will be the most difficult part. The abysses limit the survey teams because it is necessary the complete knowledge about vertical techniques. The group was there two times already and there is still a lot of work to do.
I
Equipamentos Por Eduardo Portella Conservação de cordas
Foto: Ricardo Martinelli
nicialmente, a idéia de retopografar a Ouro Grosso surgiu da necessidade de se ter uma caverna de fácil acesso, onde pudessemos levar novatos e que servisse de treinamento tanto de técnicas verticais quanto topográficas. Com o passar do tempo e o andar dos trabalhos, percebemos que a cavidade impunha grande dificuldade para os menos experientes, fazendo com que se limitasse as pessoas nas investidas. Por um outro lado, este tipo de situação fez com que outras pessoas do grupo se habilitassem em técnicas verticais, e também aumentasse o interesse pela topografia. Importante salientar que, a UPE, quando propôs a retopografia da OG, teve a intenção de melhorar o mapa existente, utilizando técnicas mais apuradas e precisas, pois entende que a caverna é uma das mais importantes do Brasil, principalmente por sua localização e visitação intensa Falando mais diretamente
da topografia, e para que se entenda melhor o que foi feito e o que ainda falta, didaticamente vamos dividir a caverna em três partes distintas: Parte seca e rampas; linha do rio, incluindo todas as cachoeiras e a Boca Michel Le Bret incluindo os garrafões. Neste ano iniciamos o último estágio de mapeamento: a topografia dos ditos garrafões. Já foram feitas duas investidas, destacando a primeira saída conjunta com o Espeleo Clube de Avaré (ECA), que nos auxiliou na ancoragem dos abismos. Existe ainda muito trabalho pela frente, como topografar a trilha que sobe para os abismos ligando toda a topografia em um grande loop e prospectar o local a procura de novos abismos, além é claro de terminar a parte já conhecida.
Os garrafões se constituem no maior desafio da re-topografia.
A melhor maneira de lavar uma corda ou uma fita (o procedimento também abrange as cadeirinhas) é no tanque, deixando de molho por algumas horas (sem nós) para depois escovar as partes mais sujas da capa com uma escova macia (Use apenas sabão neutro quando necessário). Para tirar a sujeira da alma, mantenha totalmente submersa por algumas horas, depois agite bem, remova a corda e drene a água suja. Repetir esta operação umas três ou quatro vezes geralmente é o suficiente. Seque a corda ou fita molhada na sombra - processo que demora de dois a três dias jamais no sol ou em qualquer tipo de estufa ou secadora. O ideal é guardar sua corda e fita sempre no escuro, em local de boa ventilação, sem nós apertados, e logicamente limpa. Nunca mantenha guardadas fitas ou cordins com nós, pois eles criam pontos de enfraquecimento (se for necessária a utilização de uma ferramenta para desfazer o nó, é aconselhável cortá-lo, pois pode enfraquecer pontos da corda ou fita).
8
Memória
Inaugurando esta que será uma seção permanente no Desnível, teremos a transcrição de um relatório histórico de 1969, do descobrimento da “Alambari de Cima”, no PETAR. (Fonte: Arquivo do Grupo Espeleológico Bagrus - Acervo UPE)
J
á era tarde. O sol tinha desaparecido atrás dos montes e a umidade já se fazia sentir. O dia foi frutífero; o levantamento da Gurutuva foi completado, gruta escondida lá em cima numa pequena dolina e que só gente da roça pode descobrir. A caminhada de volta é lenta, as mochilas pesadas, os músculos cansados. Ao atravessar o córrego Alambarí no fundo do vale, antes dele sumir numa gruta bem conhecida, o nosso mateiro-guia perguntou se conhecíamos um buraco pequeno que soprava muito vento, a uns 100m de lá, dentro do mato, acima da ressurgência do citado Alambarí.
Ninguém sabe da existência desse respiradouro, porém sendo uma entrada acima do sifão da saída e sumamente interessante pelo fato de talvez dar acesso aos provavelmente 1500 m de percurso subterrâneo do Alambarí, já chamado “de cima”. Apesar do cansaço geral ninguém faz objeção a sugestão de pelo menos dar uma olhada na entrada. São 18h quando chegamos a um orifício pequeno cheio de mato e entupido de detritos orgânicos. Meia hora e a entrada é relativamente limpa dando acesso a um poço de 3 metros a 60 graus de inclinação. De fato o vento que sopra é impressionante.
O fundo dá sobre uma plataforma de meio metro quadrado. O proseguimento é só possível lateralmente e em declive acentuado por um buraco que mede quando limpo, 40 cm de altura por uns 60 de largura. Uma pedra jogada no escuro desce bastante indo parar não sabemos aonde. Já então esquecidos da fadiga desse duro dia e da fome que começa a atormentar um dos camaradas, o Chassan, desenrola as escadas e com grandes dificuldades consegue passar dizendo que logo entrando tem um vazio vertical, de 3 m antes que a escada encoste na parede e prossegue pelo menos 20 m em baixo, com
9 declive muito acentuado. Michel do mesmo tamanho que Chassan, é dizer muito franzinho, e sem grandes dificuldades desaparece confirmando as informações anteriores. Não é fácil descer. Michel desaparecido é a minha vez, eu Collet o gordo da turma de fazer esforço. Levei 20 minutos para passar esse metro e meio até chegar a por os pés nos degraus da escada. A descida é muito escorregadia, mesmo com a escada, por causa da argila extremamente pegajosa. Após 20 metros de escada, chegamos a um ângulo da galeria aonde inicia um desmoronamento instável muito perigoso. Descida cautelosa nem se vê nem se escuta sinal dos companheiros. Chegando na água percebo a luz do capacete de Michel refletida, e este me esperava enquanto fazia observações da correnteza do rio subterrâneo e tomando temperaturas. Nos juntamos. A galeria é baixa e nos obriga a andar curvados: a nossa mochila enroscando a cada momento. Após 80 m o teto se levanta e andamos sempre na água, agora porém de pé, vendo na frente a luz do Chassan. Todos juntos nos sentamos numa lage relativamente sêca e fazemos o inventário das provisões da comida e reservas de carbureto para nossa luz. A comida é praticamente nula. Só alguns drops e um tablete de chocolate. O carbureto dá ainda 6h para cada um. Mais que suficiente. Dos nossos corpos desprende um vapor branco que forma uma nuvem ao redor do pequeno grupo. Chupamos os poucos drops sendo decidido que o
chocolate seria guardado para o fim da galeria. Com dificuldade nós entramos de novo na água fria, as pernas doloridas e as roupas molhadas até o peito. A caverna prossegue sem ornamentação e podemos observar que na época das grandes enchentes o pequeno orifício da resurgência não da vazão e que grande parte do per-
curso fica completamente submergido. O teto é sempre inclinado indo por momentos se juntar à água. Devemos desviar e procurar passagens mais altas para voltar mais adiante ao leito do rio. Sobe desce, caminha na água, sempre molhado quase até a cintura, andamos mais de uma hora, olhando tudo, anotando. Quase ninguém fala. Chegamos a
um desabamento da abóboda que dessa vez não deixa ver passagem nenhuma. A nossa resistência física e durante, posta a prova. Nos sentamos de novo. Faz duas horas que estamos andando, desde o buraco da superfície, lá do respiradouro. O chocolate é aberto e comemos em silêncio. Nunca um pedaço doce foi tão apreciado e saboreado. Mastigamos lentamente, aproveitando essa parada forçada. As forças voltaram com esse descansoe preparamos o material de topografia para a volta. Chassan vai explorar um pouco o desmoronamento para ver se existe uma passagem para prosseguimento. Porém ele volta: negativa. A topografia é feita entre Michel e Guy enquanto Chassan vai anotando possibilidades laterais, iluminando o teto dos salões para avaliação das alturas. Devagar as páginas do caderno vão se enchendo de medidas e notas, croquis, tropeçando e andando. Quase quatro horas depois de entrar, aparecemos na saída, dando gritos de alegria e sendo respondidos por nossos dois companheiros que tinham ficado lá fora. Um fogo enorme clareava o mato e um palito “ao natural” ajudou a aguentar a caminhada de uma hora até chegar a nossa sede de campo aonde uma janta quente e uma noite de descanso ia fazer esquecer essa jornada fisicamente penível, porém frutífera. Mas essa gruta não deu ainda tudo. Voltaremos! Guy C. Collet - 1969
Alguns conceitos sobre cartografia
10
Texto: Fabio Kok Geribello ABSTRACT In this resume are explained some fundamentals on cartography as the main characteristics about maps, meridians and parallels, geographic and UTM coordinates, magnetic declination, cartographic projections and information about DATUM.
E
xistem alguns conceitos em cartografia que são de difícil entendimento até para pessoas que utilizam mapas e GPS freqüentemente. Pensando nisso, este artigo procura elucidar diversas dúvidas, visando melhorar a aquisição de coordenadas, realizada pelos espeleólogos.
A ‘escala’ é a relação entre as dimensões dos elementos representados em um mapa e a grandeza correspondente, medida sobre a superfície da Terra. A escala é uma informação obrigatória para qualquer mapa e geralmente está representada na forma numérica. As escalas são descritas por frações cujos denominadores representam as dimensões naturais e os numeradores, as que lhes correspondem no mapa. A apresentação de escala gráfica também é indicada na elaboração de um mapa de
Características
Todos os mapas são representações aproximadas da superfície terrestre, pois a Terra, que apresenta uma forma quase esférica, é projetada em uma superfície plana, o mapa. Portanto, sendo o mapa uma representação gráfica de uma porção da Terra, estão nele presentes diversas características, apresentadas em diversos formatos, que serão discutidos adiante.
cavernas, já que o desenho pode ser ampliado ou reduzido, sem alteração desse tipo de escala. Declinação Magnética Um dos fatores indispensáveis para que um mapa seja de utilidade máxima ao usuário é a existência do diagrama de declinação. Os mapas construídos no sistema de quadriculados UTM, trazem, sempre,
esse diagrama, o qual contém três linhas, que representam (a) NM ou norte magnético, estabelecido por meio da bússola; (b) NQ ou norte da quadrículo, estabelecido pelas linhas verticais da quadrícula da carta; e (c) NG, que é o norte geográfico ou norte verdadeiro. A declinação da quadrícula é o ângulo formado pelo NQ e o NG, e seu valor é correto (ou válido) no centro da folha. A declinação magnética é o ângulo formado pelo NG e o NM e seu valor é correto (ou válido) no centro da folha.
Coordenadas Geográficas Este é o sistema mais antigo de localização. Os gregos idealizaram a rede de paralelos e meridianos, criando assim o sistema de coordenadas geográficas, o qual ainda está em uso. O s ‘paralelos’ são círculos da esfera cujos planos são perpendiculares ao eixo que une os pólos norte e sul; quando se chega ao pólo, o círculo fica reduzido a um ponto O Equador é um círculo máximo, que divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. O paralelo de 0 o corresponde ao Equador, sendo os paralelos numerados de 0 a 90o, para Norte e para Sul. Os ‘meridianos’ são as linhas que passam através dos pólos e ao redor da Terra. Todos os meridianos se encontram em ambos os pólos e cruzam o equador em ângulo reto. A distância entre
11 meridianos diminui do Equador para representações aproximadas da diferentes propriedades espaciais: os pólos. Decidiu-se, entre as nações, superfície terrestre. área, direção, distância e forma. A que o ponto de partida para a Na elaboração de um mapa preservação de uma propriedade numeração dos meridianos seria o deve-se ter um método, cujo implica normalmente na distorção meridiano que passa pelo pressuposto é de que a cada ponto das demais. Assim, quanto ao grau Observatório de Greenwich, na da Terra de deformação Inglaterra, sendo este o Meridiano corresponde um das superfícies Principal. As localizações são feitas a ponto do mapa. representadas, partir dele, que é o marco 0 o , Para se obter essa as projeções seguindo para oeste e para leste, até correspondência são classificadas 180o. pode-se utilizar os em (a) Representa-se um ponto na sistemas de conformes ou superfície terrestre por um valor de projeções isogonais; (b) latitude e longitude, caracterizando cartográficas. equivalentes ou uma intersecção entre um meridiano Existem isométricas; e e um paralelo. Esse sistema está diferentes tipos de ( c ) baseado em duas linhas: o Equador projeções eqüidistantes. Projeção Cilíncrica e o Meridiano Principal. As medidas cartográficas, uma A escolha de são feitas em linhas curvas, isto é, nos vez que há uma uma projeção paralelos e meridianos, portanto, grau variedade de modos de se projetar, deve se basear na precisão desejada, é o sistema de medida utilizado. sobre um plano, os objetos no impacto sobre o que se pretende Longitude é a distância angular entre geográficos que caracterizam a analisar e no tipo de dado disponível. um ponto qualquer da superfície superfície terrestre. A projeção UTM, por terrestre e o Meridiano de Greenwich, Conseqüentemente, torna-se exemplo, divide a Terra em 60 fusos que medidos ao longo do paralelo necessário classificá-las sob seus de 6 o de longitude cada um. O o do ponto, vai de 0 a 180 . A latitude diversos aspectos, a fim de melhor quadriculado, se considerado como é a distância parte integrante de cada fuso, tem estudá-los. angular entre Analisam-se sua linha vertical central coincidente um ponto os sistemas de com o Meridiano Central (MC) de qualquer da p r o j e ç õ e s cada fuso. superfície Os meridianos do fuso cartográficas pelo terrestre e a tipo de superfície formam um ângulo com as linhas linha do adotada e grau de verticais da quadrícula. Esse ângulo Equador, que, d e f o r m a ç ã o é nulo para o MC, mas vai medidos ao o b s e r v a d o . aumentando com a diferença de longo do Quanto ao tipo de longitude e também com a latitude. Projeção Plana meridiano do superfície de Este ângulo é chamado de ponto, vai de 0 a 90o. Tendo-se os projeção adotada, classificam-se as ‘convergência meridiana’, que é valores da latitude e da longitude de projeções em: (a) cilíndricas, que são variável em relação à situação a cada um local desejado, estão obtidas a partir do desenvolvimento ponto dentro da zona e representa, determinadas as coordenadas da superfície de um cilindro que para cada ponto, o ângulo formado geográficas do mesmo. Por exemplo, envolve a esfera e para o qual se faz entre as linhas que indicam o Norte as coordenadas o transporte das Geográfico e o Norte da Quadrícula. geográficas do Para a projeção UTM, então, coordenadas Núcleo Ouro esféricas; (b) para cada fuso, adota-se como Grosso, no cônicas, que são superfície de projeção um cilindro PETAR, são: 24o obtidas pelo transverso com eixo perpendicular 32' 44'’ de desenvolvimento ao seu meridiano central. Apesar da latitude sul e da superfície de característica “universal” desta 48o 40' 55'’ de um cone que projeção, enfatiza-se que o elipsóide longitude oeste. envolve a esfera; de referência varia em função da e (c) planas ou região da superfície terrestre. O meridiano central de um horizontais, que Projeção Cônica Projeções são obtidas pela fuso, o Equador e os meridianos Cartográficas transposição das situados a 90o do meridiano central coordenadas sobre um plano são representados por retas, colocado em posição determinada enquanto que os demais meridianos Representar a Terra em uma e os paralelos são representados por em relação à esfera. superfície plana é, sem dúvida, uma Cada método de projeção da curvas complexas. O meridiano tarefa das mais complicadas. Portanto, superfície terrestre preserva central é representado em todos os mapas são simplesmente
verdadeira grandeza. A escala aumenta com a distância em relação ao meridiano central e torna-se infinita a 90o deste. Aplica-se ao meridiano central de cada fuso um fator de redução de escala igual a 0,9996, para minimizar as variações de escala dentro do fuso. Como conseqüência, existem duas linhas aproximadamente retas, uma a leste e outra a oeste, distantes cerca de 1o 37' do meridiano central, representadas em verdadeira grandeza. Coordenadas UTM Além das coordenadas geográficas, a maioria das cartas de grande e média escalas, em nosso país, também são construídas com coordenadas plano-retangulares. Estas coordenadas formam um quadriculado relacionado à Projeção Universal Transversa de Mercator, daí serem chamadas de coordenadas UTM. O espaço entre as linhas do quadriculado UTM é conhecido como ‘eqüidistância’ do quadriculado e será maior ou menor de acordo com a escala de carta. O sistema de medida utilizado é o linear, em metros, cujos valores são sempre números inteiros, sendo registrados nas margens da carta. Nas cartas do IBGE, em escala 1:50.000, comumente usadas para prospecção em áreas cársticas, a eqüidistância do quadriculado é de 2.000 metros. Ao se registrar as coordenadas UTM, observa-se valores bastante distintos das distâncias até a origem, que é o cruzamento do MC com o Equador. Para que os valores das coordenadas ao sul do Equador nunca fossem menores do que zero, somou-se 10.000.000 m para o Equador; da mesma forma, para se evitar longitudes negativas, somou-se 500.000 m ao Meridiano Central. Assim, os valores das coordenadas são sempre positivos. Datum Para caracterizar um datum utiliza-se uma superfície de referência posicionada em relação ao geóide,
que é a forma da Terra e que pode ser representado matematicamente com grande precisão. Trata-se, portanto, de um modelo matemático que substitui a Terra real nas aplicações cartográficas. Um datum planimétrico ou horizontal é estabelecido a partir da latitude e da longitude de um ponto inicial, do azimute de uma linha que parte deste ponto e de duas constantes necessárias para definir o elipsóide de referência. Assim, forma-se a base para o cálculo dos levantamentos de controle horizontal. Existe também o conceito de datum vertical, que se refere às altitudes medidas na superfície terrestre, referenciadas ao nível médio dos mares. Os mapas mais antigos do Brasil adotavam o datum planimétrico Córrego Alegre. Mais recentemente, o datum planimétrico SAD-69 passou a ser utilizado como referência. Atualmente, com o advento das medições por GPS, tem sido comum o emprego do datum planimétrico global WGS-84. A latitude e longitude das localidades no mapa dependem do modelo matemático usado para se representar a Terra. O Datum se refere a qual elipsóide de referência foi utilizado para o cálculo das projeções. Datums diferentes possuem diferentes origens e rotações, sendo que estes fatores afetam na representação numérica da posição. O DATUM padrão utilizado pela UPE para a aquisição de coordenadas por GPS é o WGS-84, que, apesar de ser um elipsóide mundial, se aproxima bastante bem dos DATUM locais, tanto no Brasil como em outras regiões do planeta, além de ser o padrão de transferência dos GPS Garmin.
Referências Santos, M.C.S.R., Manual de fundamentos cartográficos e diretrizes gerais para elaboração de mapas geológicos, geomorfológicos e geotécnicos. São Paulo, SP. IPT v. 1773, 1990.
IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/default.php
acesso em agosto 2004. Inpe: http://www.dpi.inpe .br/spring/usuario/ cartogrf1.htm
acesso em agosto 2004. Embrapa: http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br
acesso em agosto 2004. OziExplorer: http://www.oziexplorer.com
acesso em agosto 2004. CompeGPS: http://www.compegps.com
acesso em agosto 2004. PortalGPS: http://www.portalgps.com.br/
acesso em agosto 2004.
UPE 10 anos Explorando o subterr창neo
Sócios do presente e do passado Uma listagem de todos aqueles que participaram da UPE nestes 10 anos
Alberto G. O. Krone-Martins Alexandre Zielinsky Alvaro Mesquita Jr. Ana Cristina Hochreiter Anamaria Fevero Rosenthal Aricio X. de Oliveira Filho Carla Rodrigues Gomes Carlos Zaith Celi Miyuki Fujihira Cláudia de C. Castro Daniel Andreas Klein Danilo Allegrini Eduardo T. Portella Edward Júlio Zvigila Eloy Dorival Aurelio Elvira Maria Emerson Andrade Vieira Ericson Cernawsky Igual Fabio Kok Geribello Fabio V. Von Tein Fernando R.M. Botelho Gabriela de B. Slavec Gabriela Lavilla Geraldo Bérgamo Filho Gilson Tinen Gisele Catarino Guilherme Gonçalves Guy Collet Harumi Asahida Hilda Slavec Ilo Lima Pereira Neto Jacques A. Lepine Leandro Dybal Bertoni Leandro Valentim Luis Gustavo Cais Chieppe Luis Otávio Jatobá
Luiz Bernardino Luiz Waldemar de O. Souza Manuel Andreas P. Eichstaedt Marcelo F. Neves Marcelo Gonçalves Marcia B. Scaranello Marco Antonio I. de Oliveira Marco Aurélio Valentim Maurício Marinho Mauro Zackiewicz Miguel de Benedicto Netto Naira Ribeiro de Morais Olavo Rui Ferreira Paulo Affonso Beraldi Paulo Jolkesky Peter Slavec Patricia Claudia Rafael Petroni Renata Shimura Ricardo Araujo Ricardo Barone Ricardo Dutra Ricardo Martinelli Ricardo Terzian Roberto Brandi Roberto do Val Vilela Rodrigo Adolfo Veirano Astiz Rodrigo Lopes Reis Rogério Alexandre Borcys Ronald J. Welzel Sérgio Komuro Shanty Navarro Hurtado Silmara Zago Valfredo J.Pires Jr. Wmarley Rodrigues de Moraes Jr.
17
18
Log de Saídas Todas as saídas promovidas pela UPE no primeiro semestre de 2004. Data: Janeiro de 2004 Local: Terra Ronca - Goiás Área Trabalhada: Turismo Equipe: Leandro Valentim Marcelo Gonçalves Data: Fevereiro de 2004 Local: Terra Ronca - Goiás Área Trabalhada: PETER Elaboração de Relatório para SBE Equipe: Coringa Gabi Data: 27 a 28/03/2004 Local: Núcleo Ouro Grosso Área Trabalhada: Ouro Grosso Equipe: Fabio Kok Geribello - UPE Gabriela Slavec - UPE Leandro Valentin - UPE Marcelo Gonçalves - UPE Ricardo Terzian - UPE Ariane Grube - ECA Fabio Correa Martins - ECA Marisa Cortez de Souza - ECA Priscila G. de Almeida - ECA Ricardo Cortez de Souza - ECA
Data: 08 a 12/04/2004 Local: Núcleo Caboclos Área Trabalhada: Gruta Cabana / Areado Grande Equipe: Eduardo Portella Leandro Valentim Marcelo Gonçalves Renata Shimura Mauro Zackiewicz Claudia Caiado Patrícia Claudia Ricardo Araújo
Data: 22 a 23/05/2004 Local: Núcleo Caboclos Área Trabalhada: Gruta Temimina Saída Turística Equipe: Ronald Welzel Renata Shimura Jacques Lepine Elvira Maria Ariane Smeers Regina Chiang (Inic. em Espeleo) Robson Chiang (Inic. em Espeleo)
Data: 01 a 02/05/2004 Local: Núcleo Caboclos Área Trabalhada: Gruta Cabana / Areado Grande Equipe: Eduardo Portella - Exploração Fernando Zara - Exploração Leandro Valentim - Instr. Marcelo Gonçalves - Trena Ricardo Terzian - Croquista
Data: 10 a 13/06/2004 Local: Núcleo Caboclos Área Trabalhada: Gruta Cabana / Areado Grande Equipe: Ricardo Martinelli Ronald Welzel Eduardo Portella Silmara Zago Rogério - EGRIC (convidado)
Maillon Rapid
Notícias curtas sobre a UPE. Expedição Areado Durante a última semana de julho foi realizada a Expedição Areado 2004. Os objetivos principais foram a localização e topografia das grutas Areado II e III, além de prospecção de superfície a procura de novas cavidades (foram encontradas 3 novas). A expedição foi um sucesso e os resultados serão divulgados em breve.
Palestras No mês de maio, conforme decidido em reunião, começaram a ser ministradas palestras rápidas sobre os mais diversos assuntos. Foram abordados a manutenção e
manejo de cordas; manutenção de equipamentos de aço/alumínio e preparação física. As palestras são abertas a todos os interessados, havendo interesse é só comparecer na última quinta-feira de cada mês.
foi aprovado pelo Conselho Gestor da Redespelo Brasil. Apesar de hoje contar com quase 40 sócios, entramos com apenas 10, devido a discrepância entre nossa anuidade e a da Rede. Esperamos regularizar isso o quanto antes.
UPECA
Epeleo
Neste primeiro semestre foi firmada uma parceria entre a UPE e o ECA (Espeleoclube de Avaré) para saídas conjuntas. O início das atividades se deu na retopografia dos abismos da Ouro Grosso.
A UPE foi convidada novamente para ministrar o curso de topografia em cavernas no XIV EPELEO, que será em Rio Claro (UNESP) nos dias 22, 23 e 24 de Outubro. Neste ano ministraremos também o curso de navegação na mata por cartas e bússola.
Redespeleo Brasil A UPE enviou “dossier” que
Foto do Semestre Gruta da Cabana
Foto do Semestre
Foto : Ricardo Martinelli
Dados TĂŠcnicos:
MĂĄquina - Nikon FM3A / Lente - Nikkor 55 mm micro 2.8 / Flash - SB22 em TTL / Abertura - 2.8 / Velocidade 1:15 / Filme Fuji Velvia 100