ELETRÔNICO
Informativo da União Paulista de Espeleologia - Volume 1 - Número 3 -
- Janeiro/Junho de 2005
http://www.upecave.com.br Foto: Ricardo Martinelli
Índice 2 Editorial 3 Fazenda Caraíba Conheça a região e o potencial da cada caverna.
“Urso” durante o curso de topografia ministrado pela UPE no espelo 2005.
Comissão Editorial Ricardo Martinelli; Gabriela Slavec; Renata Shimura; Jacques Lepine; Leandro Valentim; Eduardo Portella; Paulo Jolkesky
Expediente União Paulista de Espeleologia Endereço para correspondência: Rua Loefgreen 1291, Cj 61 - São Paulo - SP CEP: 04040-031 Desnível é uma publicação eletrônica semestral da União Paulista de Espeleologia (UPE). As opiniões expressas em artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores. As matérias não assinadas são de responsabilidade dos editores e não refletem necessariamente a opinião da UPE. Artigos publicados no Desnível podem ser reproduzidos na íntegra desde que citados fonte, autor, URL e data de consulta na web. Reproduções parciais somente com autorização prévia dos editores. O informativo em formato PDF podera ser repassado para outras pessoas e listas de discussão. Para enviar um artigo utilize o e-mail: desnivel@upecave.com.br As datas limite são os meses de junho e novembro. O Desnível se encontra em regularidade com as leis antispam. Se deseja não mais recebê-lo, favor enviar e-mail para: remover@upecave.com.br
10 ESPELEO 2005 Saiba como foi o evento e a participação da UPE.
12 Expedição Tocantis Relato de como foi a expedição, suas descobertas e mapas produzidos.
Veja Também
6 Memória 7 Plantão Médico 17 Equipamentos 18 Log de Atividades 19 EspeleoPhoto 19 Maillon Rapid 20 Foto do Semestre
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Editorial Desnível Eletrônico é uma realidade! Texto: Ricardo Martinelli
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ó mesmo o tempo para nos mostrar se nossas ações foram acertadas ou não, parece que foi outro dia que estávamos pensando em reeditar nosso informativo, sabíamos que seria desatroso lançar um número e depois parar, isso geraria um sentimento de impotência entre nós e de falta de credibilidade perante a comunidade espeleológica, porém levamos a idéia adiante e apostando também no crescimento do grupo como um todo. Hoje o Desnível Eletrônico é uma realidade! Já estamos no terceiro número, tendo sido publicados neste pequeno tempo de vida mais de 60 páginas de artigos, mapas, notícias e tudo o que é de interesse dos sócios da UPE e da comunidade espeleológica em geral. Podemos nos orgulhar de hoje termos o único informativo eletrônico da Espeleologia Brasileira no formato de revista eletrônica e que aceita “artigos inteiros” tanto de sócios da UPE quanto de outros grupos. Junto com o Desnível, a UPE também cresceu, hoje estamos com cerca de 30 sócios ativos, retomamos as expedições fora do estado de São Paulo, só neste semestre foram três, duas para a região de Jardim no Mato Grosso do Sul e outra para Tocantins onde foram descobertas e recadastradas mais de vinte cavernas, sendo que algumas delas topografadas em sua totalidade. Já na superfície terrestre também ocupamos lugar de destaque com a participação no Espeleo 2005, evento técnico da Redespeleo Brasil onde foram ministrados cursos de topografia e de técnicas verticais. Na esfera política o primeiro semestre também foi muito proveitoso, foi firmado por intermédio do Prof Elias (Unesp Rio Claro) do Egric um acordo de cooperação para trabalharmos a Gruta Crystal na Fazenda Caraíba no PETAR e também as expedições ao Mato Grosso do Sul nos aproximaram do GESB (Grupo Espeleológico Serra da Bodoquena) na pessoa do Sr. Heros. As expectativas para o restante do ano são as melhores, aja visto que temos por tradição “engrenar” melhor neste período, quando conseguimos viajar e produzir mais. Em mais esta edição do Desnível Eletrônico você vai poder conhecer melhor a região da Fazenda Caraíba no PETAR, como estão os trabalhos e um panorama das cavernas lá encontradas; teremos também um relato da participação da UPE no Espeleo 2005, evento da Redespelo Brasil que aconteceu em Iporanga – SP onde ministramos o curso de topografia em cavernas e por último você terá o prazer de ler sobre a expedição conjunta da UPE com o Egric e o Gesb.
Boa Leitura!
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Fazenda Caraíba Início dos trabalhos de exploração
ABSTRACT The autor talks about the begin of works in the Farm Caraíba and he describes each one of the caves worked by UPE in the moment.
Texto e Fotos : Ricardo Martinelli fazenda Caraíba ferente da anterior, fazendo o cultilocaliza-se a beira da vo e a produção de produtos orestrada que leva ao núcleo gânicos de forma a respeitar a mata Casa de Pedra, estrada próxima à e o meio ambiente. Há tempos que cidade de Iporanga, às margens do a UPE se interessa pela região, pois rio de mesmo nome. Suas terras esalguns de seus sócios haviam visitão em uma região limítrofe ao Partado uma caverna muito ornamenque Estadual Turístico do Alto Ritada chamada “Crystal” e que se beira – PETAR. Esta fazenda perlocaliza justamente nesta fazenda. maneceu por muito tempo No ano de 2004 foi feita uma pridesativada, recebendo somente sermeira visita técnica para constatar viços de manutenção básica, porém o potencial espeleológico do local, um de seus donos está tentando para assim montarmos um gradativamente devolver o poder planejamento de exploração e produtivo às terras, mas dessa vez mapeamento, nesta época fomos com uma mentalidade totalmente diinformados que a caverna Crystal estava fechada a visitação, conseguimos no entanto fazer um primeiro contato com o Sr. Humberto (responsável pelas terras) e o mesmo nos informou de sua intenção em realizar um plano de manejo das cavidades contidas em suas terras. Neste momento foram visitadas e cadastradas as entradas das cavernas conhecidas, a saber: Gruta Conchal, Gruta Quebra Corpo, Gruta Missão 1, Gruta Missão 2, Gruta Crystal e Abismo Manduri. A seguir iremos falar individualmente o que foi e o que será realizado em cada uma delas.
A
Fig e foto 1:Mapa finalizado da gruta conchal, ao lado a pequena entrada que da acesso a caverna
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Foto 2: Conchas que dão nome à caverna
Gruta Conchal A Gruta Conchal foi a escolhida para iniciarmos os trabalhos de mapeamento na Fazenda Caraíba. É a cavidade que fica mais distante (cerca de 30 minutos de caminhada), possui entrada acanhada, galerias fósseis e desenvolvimento pequeno. Seu nome se deve a grande quantidade de “conchas” encontradas em seu interior, foi mapeada rapidamente e necessita de alguns rastejamentos para transposição de duas passagens bem apertadas e assim acessar toda a extensão de suas galerias.
Quebra Corpo Com o mapa ainda incompleto, o abismo quebra corpo é a caverna mais “perigosa” de todas as visitadas no local, trata-se de uma pequena fenda toda desmoronada e instável onde é possível avançar em sentido vertical entre blocos abatidos e soltos, a progressão é complicada, pois pequenos compartimentos se
abrem após lances sucessivos verticais de 1,5 a 2 metros. Foram topografados cerca de 40 “sofridos” metros, até um ponto onde a caverna se desenvolve por duas vertentes; uma continua na mesma situação de desmoronamentos verticais e a outra segue horizontalmente por um corredor de calcita muito apertado e acessa um lance de uns 10 metros verticais, sendo necessários equipamentos apropriados para a descida. Uma nova investida ainda precisa ser marcada a fim de finalizar a topografia.
investida. Depositamos grande esperança nestas cavidades, pois possuem razoável volume de água em seu interior e os trabalhos devem se iniciar ainda este ano.
Gruta Crystal
A Gruta Crystal foi descoberta pelo Joílson, espeleólogo e ajudante da fazenda; a história de seu descobrimento é curiosa, pois ao se sentar para um rápido descanso ele sentiu um “vento” saindo por entre as pedras calcárias, assim começou a forçar uma pequena fenda, quebrando e removendo pedras, até Gruta Missão 1 e que a entrada se revelou. Hoje a Gruta Missão 2 gruta possui cerca de 500 metros Estas outras grutas ainda de galerias conhecidas, seu asnão foram totalmente exploradas pecto mais importante é a grande e seu mapeamento também não quantidade de formações, sua começou, durante o Espeleo beleza ímpar e ornamentações 2005 uma equipe re-localizou a raras como “cabelos de anjo”, boca da Missão 1, o que será de “flores de aragonita” e “dentes grande valia para uma próxima de cão”. A primeira vista observa-se uma grande fragilidade dos espeleotemas que se localizam ao longo do caminhamento e forram quase todo o seu chão. Já existe um mapa preliminar em papel vegetal; em 2004 contatamos os autores da topografia na esperança de analisar a massa de dados para tentar aproveitar parte do trabalho já feito, diminuindo assim o impacto causado pelo re-mapeamento da gruta. Infelizmente como não foi possível Foto 3: O Abismo quebra corpo é a ca- um entendimento ficou vidade mais perigosa da região difícil saber qual o grau
5 de precisão alcançado e a vetorização pura e simples do que já existe torna-se insuficiente para representar a morfologia da cavidade, o que é de suma importância para qualquer estudo que possa vir a ser feito. Durante o Espeleo 2005 a UPE firmou um acordo com o Grupo EGRIC de Rio Claro para trabalharmos em conjunto, mapeando e realizando trabalhos relacionados a geologia. O início está previsto para agosto ou setembro deste ano.
como nosso tempo era extremamente curto em virtude das apresentações do encontro, avançamos pouco, muito provavelmente
no segundo semestre ou no próximo ano iremos dar continuidade a mais este projeto.
Abismo Manduri
Foto 4: Primeiro lance do abismo do Manduri, uma das cavernas mais profundas do Brasil e que agora começa a ser mapeado. Foto: Fernando Amaral
A Serra do Mandurí se localiza ao fundo da Fazenda Caraíba. Apesar de estar fora de seus limites, consideramos como sendo a mesma região de trabalho devido a grande proximidade. Lá foi encontrado por uma equipe de espeleólogos de Iporanga, incluíndo o espeleólogo Joílson, o Abismo do Mandurí. Trata-se de uma cavidade de grande desnível (150 metros conhecidos) onde se observa a abertura de uma grande fenda permitindo acesso por dois condutos verticais paralelos. Um deles, chamado de “boca do saco”, já foi explorado e mapeado por uma equipe de espeleólogos de Iporanga (nosso amigo Joílson participou ativamente), porém esbarramos no mesmo problema, aqui os dados nos foram passados, mas as bases (de – para) não foram anotadas, impossibilitando um entendimento da maneira como foi feita a topografia. Também durante o Espeleo 2005 iniciamos os trabalhos de ancoragem artificial e mapeamento, porém
Foto 5: A gruta cristal é conhecida na região por seus belos espeleotemas, acima pode-se ver uma flor de Aragonita, comum na cavidade
6 Apanhado Geológico - Grutas São
MEMÓRIA
Vicente, Bezerra e Angélica
Texto e ilustrações: Michel Lebret 1994 Texto original em Francês, traduzido por Guy Collet
O
território brasileiro insere-se totalmente na plataforma Sul Americana, cuja história, como do resto de toda a crosta terrestre teve início há mais de 2.600 anos – MA. A plataforma Sul Americana é constituída de um embasamento formado por rochas metamórficas, sedimentares e ígneas de idades Arqueana e Proterozóica e por coberturas sedimentares de i d a d e Fanerozóica. É uma zona estável Fig 1 da crosta terrestre. O último ciclo orogênico conhecido é o ciclo brasiliano que teve atuação por volta de 600 +/ - 200 MA . Naquele tempo os continentes não tinham a forma que conhecemos hoje, o que mais tarde tornou-se a ser o continente de GONDWANA, estava por baixo dos mares. Nos mares uma vida primitiva mas intensa propiciou a formação de calcário
que se depositou sobre boa parte do território brasileiro e da Namíbia (atualmente a África do Sul). Durante o paleozóico, os oceanos tornaram-se mais fundos, os continentes se agruparam em um só bloco (Pangea); os calcários saíram
das águas e imediatamente sofreram com a erosão como todas as outras rochas. Há 200 MA a Pangea começou a dividir-se, isolando o continente de GONDWANA das outras terras emersas. (Fig 1) Há 135 MA começou a separação entre a América do Sul e a África, como reflexo da deriva dos continentes, as plataformas assistiram a um intenso processo de falhamentos e
fraturamentos acompanhados de magmatismo notadamente básico e de sedimentos em ambiente continental. Se formaram as bacias dos Parecis e de São Francisco. O Clima úmido favorece a erosão das rochas cristalinas e calcáreas. A areia levada é depositada em espessas camadas. Durante o Cenozóico, a plataforma continua a sofrer lentas oscilações. No terçário, na região centrooeste entre outras, ocorreram reativações de falhamentos antigos e s o e r g u i m e n t o s epirogenéticos associados a movimentos de báscula, provocando abatimentos que determinaram a compartimentação do relevo e a formação de diversas bacias terçário-quaternárias. Surgiram então as grandes depressões do Tocantins e do Araguaia. Na região que nos interessa, ao redor das Grutas
7 Plantão Médico
“Anti-inflamatórios” Por Ricardo Martinelli rsmartinelli@globo.com
Fig 2 São Vicente, Bezerra e Angélica, nota-se que São Domingos é exatamente localizada na faixa de dobramentos Brasília (Fig 2): 1. Assim é numa zona fraturada que veio depositar o calcário que foi classificado no grupo BAMBUI; 2. Quando os continentes saíram dos mares, durante o Paleozóico, os calcários deviam formar um planalto sub-horizontal no qual a erosão desenvolveu extensas redes cársticas (Paleo-carste). 3. Foi no mesozóico que houve a separação entre a América do Sul e a África,
como reflexo, estabeleceuse nas áreas interioranas violento processo de reativação tectônica. No Cretáceo, extensa sedimentação clástica de natureza continental foi comum a todas as bacias. Ela constituiu a formação URUCUIA na bacia São Franciscana. Os sedimentos foram depositados através de enormes sistemas fluviais em conjunto com grandes lagos, mas sem recobrir a serra do calcário. 4. e 5. Hoje observase no mapa da região, que os paredões de arenito culminam a uns 1000 metros em
Na estréia desta nova coluna, falaremos de uma medicação que não pode faltar em nenhum Kit de Primeiros Socorros, os “Anti-inflamatórios”. Existem vários tipos, por problemas de espaço e para que fique mais fácil de ser entendido, falaremos apenas de dois; os “diclofenacos” e os ditos “coxibis”. Os diclofenacos são drogas mais antigas, bastante testadas e de grande utilização por atletas que sofreram contusões musculares ou pancadas; possuem bom efeito anti-inflamatório e baixo efeito analgésico, suas desvantagens ficam por conta da irritação gástrica que provocam e da posologia, pois devem ser “tomados” de duas a quatro vezes ao dia. As marcas comerciais mais conhecidas são: Voltarem; Cataflam; Cicladol; etc... Os anti-inflamatórios do grupo “Coxib” foram um grande avanço para a medicina, possuem ótimo efeito anti-inflamatório e também bom efeito analgésico, sua grande vantagem em relação aos Diclofenacos é a posologia em dose única diária e também o fato de não causar irritação e desconforto gástrico. Como desvantagem podemos citar o fato de serem medicamentos novos, inovadores e por este motivo ficam sujeitos aos problemas sofridos pelo “Vioxx”, de grande repercussão nacional. Porém ainda existem no mercado alternativas como o Arcoxia e o Celebra. Os anti-inflamatórios podem ser utilizados para: dores musculares; pancadas; dor de ligamento; inchaço; dores de dente; unha encravada, etc..
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Fig 3 vez que os cumes do calcário atingem 900 metros ao sul da serra e somente 700 metros ao norte. (Fig 3). Poderia-se explicar a situação por um duplo movimento ocorrido ao fim do terçário: Um movimento de báscula em direção ao leste soerguendo o arenito de uns 100 metros; Um abatimento de 200 metros da parte norte da serra do
Fig 4
9 calcário (por subsistência do embasamento). A Depressão formada provocou, por erosão remontante a formação do vale do rio São Domingos (30 km), do vale do rio São Vicente (12 km) e dos vales menores dos rios
Fig 5
Macaco e Angélica. Tais eventos modificaram e “remoçaram” o carste da região aonde deve-se encontrar: ! Elementos do Paleocarste; ! Rios “jovens” tal o rio São Vicente;
! Elementos intermediários escalonados sobre 200 metros relacionados as diversas fazes do abatimento.
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Espeleo 2005 1º Encontro Técnico da Redespeleo Brasil Texto e fotos: Renata Shimura
ABSTRACT The text describes what happened in ESPELEO 2005 - the first technical encounter of Redespeleo Brazil - that gathered in the city of Iporanga the main groups and people of the brazilian speleology.
O
correu na cidade de Iporanga, no último feriado de Corpus Christi (de 26 a 29 de Maio), o Espeleo 2005 - 1º Encontro Técnico da Redespeleo Brasil. O evento teve a participação de 150 pessoas. Marcaram presença todos os grupos que compõe a Redespeleo Brasil: o Espeleo Grupo de Brasília (EGB), o Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas (GBPE), o Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná – (GEEP-Açungui), o Grupo Pierre Martin de Espeleologia (GPME) e obviamente nós da UPE. Haviam também outros grupos e pessoas que atualmente não pertencem a Redespeleo: EGRIC, GAPMA, GEBE (Uninove), GESP, Hydrokarst, IPT e pessoas da comunidade local. A parte teórica do evento se concentrou na biblioteca de Iporanga, onde aconteceram to-
das as apresentações, estavam expostas as fotos do concurso organizado pelo evento e também haviam “mini-stands” que vendiam materiais diversos do encontro e dos grupos participantes. No período da manhã do primeiro dia houve a cerimônia de abertura e durante toda tarde aconteceram os cursos, na biblioteca ocorreu a parte teórica do curso de topografia ministrado pelo Ricardo Martinelli e pelo Ronald Welzel, ambos da UPE, e no ginásio de esportes da cidade realizou-se o curso de técnicas verticais ministrado pelo Eduardo Portella (UPE). Durante a noite ocorreram as apresentações dos grupos participantes da Redespeleo Brasil, cada um
falou um pouquinho sobre as características do grupo e sobre suas áreas de atuação. Depois das apresentações dos grupos houve uma homenagem especial da Redespeleo aos pioneiros locais da espeleologia, isto é, as pessoas locais que deram uma grande contribuição aos espeleólogos no início das explorações naquela região, entre eles: Joaquim Justino (JJ), Vandir de Andrade, Oides Rodrigues de Andrade (Didi) e José Lopes dos Reis (Zé das Grutas). No final da noite a maioria do pessoal foi beber no bar Casarão em frente a igreja da cidade. Durante o período diurno da sexta-feira, segundo dia do evento, aconteceu a parte práti-
Foto 1: Platéia na biblioteca de Iporanda durante as apresentações dos grupos.
11 ca do curso de topografia, este foi ministrado pela UPE na Gruta Alambari de Baixo. Os participantes do curso puderam vivenciar exatamente como é uma topografia de caverna e ainda aproveitaram pra passear um pouco. Ocorreram também saídas turísticas conjuntas entre os grupos, como a que fizeram integrantes do GPME e da UPE na Gruta da Laje Branca. Durante a noite aconteceram as apresenta-
Caraíba em Iporanga. Nos dividimos em duas equipes de topografia: o Martinelli, o Portella, o Ronny, o Vinícius e o Caramujo foram para o Abismo Mandurí, enquanto o Periquito, a Alê, a Elvira, a Claudia, o Urso e eu fomos para a Gruta da Missão 1. Na noite de sábado na biblioteca também ocorreram apresentações de topografia dos grupos participantes. Após as apresentações foram divulgado os resultados das doações efetuadas à prefeitura de Iporanga que inclu-
foi construída utilizando-se uma lata perfurada com papel fotográfico em seu interior. Terminadas todas as apresentações houve a premiação do “Concurso Espeleo 2005 de Fotografia”. Nosso presidente Ricardo Martinelli ganhou 5 prêmios em diferentes categorias do concurso. Depois todo mundo foi para a praça central de Iporanga onde aconteceu a grande festa organizada pela Redespeleo Brasil. Uma banda tocou os mais variados estilos musicais no coreto da praça até às 3h30 da madrugada e toda a galera pulou e dançou a valer. Enfim o Espeleo 2005 foi um evento muito importante para a Redespeleo Brasil, pois
ções dos grupos sobre trabalhos específicos que cada um realizou ou está realizando em diversas regiões do Brasil. A UPE mostrou dados e fotos sobre os trabalhos na região do Areado e fez um breve relato dos episódios onde integrantes contraíram doenças como Mapossibililária e tou tanto o Leptospirose intercâmno Areado e Foto 2: Curso de técnicas verticais no ginásio municipal da cidade. na região da bio de inGruta da Caformações bana. Depois entre os ocorreu o lanseus grupos como também çamento do livro “Espeleologia - íram material odontológico doa- uma maior integração e união Noções Básicas” de Augusto do pelo Instituto Pedro Martinelli dos seus membros o que soAuler e Leda Zogbi. A noite ter- e mais de 300 peças de roupas minou com uma festa junina rea- doadas pelos participantes do mente contribui para o fortalizada no Bairro da Serra com di- evento. Também ocorreu a apre- lecimento da mesma. reito a uma fogueira gigantesca, sentação de slides com fotos do projeto “Foto na Lata” realizado muito quentão e vinho quente. O sábado foi um dia livre pela empresa Imagem Atitude para cada grupo fazer o que qui- dias antes do Espeleo 2005, onde sesse, a UPE decidiu continuar os mais de 200 crianças puderam trabalhos já iniciados em caver- aprender como é o funcionamento nas localizadas na Fazenda de uma câmera fotográfica, que
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Expedição Tocantins Texto: Silmara Zago
E
Fotos: Linda Gentry
Adaptação: Renata Shimura
ntre os dias 16 e 21 de uma cachoeira que fica ao lado janeiro deste ano ocorreu da estrada, o proprietário cobra a Expedição Tocantins 5 reais pela visitação e apesar de contando com a participação de estar cedo a água já era convidamembros dos seguintes grupos de tiva para um belo mergulho. FiEspeleologia: UPE, EGRIC, nalmente chegaram ao destino ABSTRACT GESB e SBE. O objetivo da ex- onde o Walter e o Valtécio, que pedição foi cadastrar e mapear eram os contatos locais, já espealgumas cavernas na região cita- ravam em um posto de gasolina, da, ainda pouco explorada. o Posto Araújo, há uns 5 Km anOs participantes desta tes da entrada de Dianópolis. Os expedição foram: Fabio Cruz dois os levaram até a Stellatour, (EGRIC), Gisele Catrino (UPE), operadora de turismo na região a Heros Lobo (GESB), Linda Gentry (SBE), Ricardo Coelho (EGRIC) e Silmara Zago (UPE). Todos iniciaram a viagem em dois carros a partir da cidade de Campinas às 6:30h do dia 16, rumo à cidade de Dianópolis em Tocantins, distante 1520 km ao norte. Nesse primeiro dia de viagem chegaFoto 1: Vista do belo carste de Dianópolis ram à Chapada dos Ve a d e i r o s (1130km) às 19:40h, dormiram qual ambos pertencem, onde o em uma pousada, a Pousada Ce- grupo ficou alojado durante toda rejeiras, considerada excelente a expedição. por eles ao preço de R$ 28,00 Apesar do desgaste de 1 por pessoa. dia e 1/2 de viagem todos chegaNo dia seguinte (17/01) ram muito animados para conheacordaram às 7:00h para segui- cer as cavernas, sendo assim, o rem viagem, ainda faltavam cer- Valtécio sugeriu que fossem para ca de 400 km até o destino final. a Caverna do Catingueiro, que Logo após o reinicio da viagem fica há 25 Km de Dianópolis. pararam no Poço Encantado, Mais do que depressa todos se
prepararam e às 15:00h já estavam na Catingueiro I, uma caverna de fácil acesso, distante mais ou menos 500m da estrada que leva ao município de Conceição, próxima a uma mineradora. Conheceram, tiraram fotos principalmente da diversificada fauna cavernícola e decidiram então topografá-lá. Haviam nela alguns espeleotemas bem interessantes, justificando assim a investida e serviu de experiência para todos do grupo, uma vez que ninguém ali tinha feito topografia antes, quando sairam da caverna estava chovendo, eram umas
20:00h voltando a Stellatour com direito a uma passada na Boca Loca, o bar dos espeleólogos como assim o batizaram naquele dia. Na terça-feira (18/ 01), todos acordaram cedo, mas como demoraram a se arrumar, então saíram juntamente com o Walter e o Valtécio somente às 10:00h com destino à fazenda Santa
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Mapa 1: Gruta do Açude, a maior cavidade encontrada durante a expedição
14 Rosa, de propriedade da família do Adilson, também conhecido como Kiko, onde se localiza a caverna de mesmo nome da fazenda. Para chegar à casa do Kiko tiveram de voltar pela TO110 (rodovia que chega em Dianópolis) passando pelo posto Araujo e entraram à direita em uma rotatória logo depois do posto, não há placas nessa estrada que segue asfaltada por cerca de 10 km e depois se torna uma estrada de terra. Andaram uns 5 km na parte de terra e entraram à direita, passando por 3 cercas ou colchetes e a primeira casa da esquerda já pertence à Fazenda Santa Rosa. O Kiko os acompanhou com muita empolgação, a caverna é próxima a casa, pouco ornamentada, com corredores relativamente estreitos e no final com um desnível de cerca de 5m. Como havia pouco oxigênio nesta parte final, então desistiram de medir e topografar esse trecho. Voltaram para a casa do Kiko onde fizeram um lanche para depois ir conhecer outras cavernas um pouco mais distantes, porém nada com mais de 1 hora e meia de trilha. Após algum tempo caminhando chegaram numa região com afloramentos e paredes de calcário, onde várias bocas e abrigos chamaram a atenção, todas de pequena extensão, inclusive a que topografaram e foi denominada Caverna dos Ossos. Havia muitas ossadas em seu interior e alguns espeleotemas (estalactites,
Foto 2: Vista de uma das bocas da gruta Cachoeira da Ré.
Mapa 2: Gruta Catingueiro I
15 estalagmites e cortinas). Começaram a topografia às 16:00h e terminaram por volta das 19:00h. Então voltaram para a casa do Kiko e depois para Dianópolis. Estavam bem felizes, pois o dia foi muito bem aproveitado, tendo rendido mais de uma topografia no final das contas. Na quarta-feira (19/01) voltaram novamente para a casa do Kiko e desta vez seguiram para o Córrego do Açude, onde segundo o mesmo havia uma caverna com várias bocas e que ele classificou como sendo “bem grande”. O Mauro (empregado da Funasa) e o Aderson (irmão do Kiko) acompanharam o grupo. A trilha foi tranqüila e durou cerca de 1 hora e meia até a boca. Esta era realmente a maior boca que tínham visto até então e nem perderam tempo pensado em primeiro conhecer a caverna, decidiram topografá-la logo de uma vez. Feito este que durou cerca de 7 horas de trabalho. Foi a única caverna com água em toda a sua extensão, sendo que entraram por uma boca e saíram por outra, ambas com desmoronamentos. A caverna não tinha nome e os integrantes do grupo decidiram chamá-la de Churrasquinho, porém o nome oficial para cadastro será “Caverna do Córrego do Açude”. Para variar um pouco a volta foi debaixo de chuva, mas com direito a tradicional parada no Bar dos Espeleólogos. No dia seguinte (20/01) o des-
Foto 3: Trabalho de topografia na gruta cachoeira da ré.
Foto 4: Exploração na gruta catingueiro I.
Foto 5: Espeleotemas encontrados na gruta dos ossos.
16 tino foi a Cachoeira da Ré e o Portal de Pedra, que também ficam no Córrego do Açúde. O grupo passou antes na fazenda Santa Rosa, pois o Kiko e o Mauro iriam acompanhá-los e segundo as informações os dois são os que melhor conhecem aquela região. A trilha começou às 10:00h e passou ao lado da Caverna dos Ossos e ao lado do “Churrasquinho”. Com mais uns 50 minutos de caminhada chegaram ao Portal de Pedra que mede uns 60m de comprimento e cerca de 45m de altura, com o córrego passando no meio e possuindo várias formações calcárias. Atravessaram o portal e logo chegaram a um olho d’água que fica a poucos metros da Cachoeira da Ré, cuja queda tem uns 2 metros altura e parte da água corre para uma cavidade que fica dentro da
Mapa 3: Topografia da pequena mas belíssima gruta cachoeira da ré.
cachoeira. Esta cavidade também foi topografada. Nela encontraram travertinos, pérolas, estalactites e também outra queda d’água que foi descoberta pelo
Kiko. No final da tarde voltaram por outra trilha até a fazenda Santa Rosa e depois para Dianópolis. Na sexta-feira (21/01) o Kiko e o Aderson chegaram cedo na
Mapa 4: Grande quantidade de fósseis foi encontrada na gruta dos ossos. Acreditamos que mereça uma maior atenção de pesquisadores da área.
17 Stellatour para levar o grupo até a Fazenda Poço Verde que fica há 28Km de Dianópolis, onde foram recepcionados pelo Sr. Dimas, caseiros do lugar, e também por sua esposa. Ele mostrou várias cavidades da propriedade num total de 8, sendo que algumas delas, tais como: a Quatis, a Caracol e a Pérola Russa, chamaram muito a atenção do pessoal e certamente valem uma nova investida na fazenda. Lugar este que possui vários paredões de calcário com possíveis cavidades inexploradas. A expedição foi fechada com chave de ouro com a visita a 8 cavidades em apenas 1 dia. No mesmo dia o grupo seguiu para um passeio no Jalapão, lugar que não poderia passar desapercebido de jeito nenhum. Os objetivos da expedição foram cumpridos com sucesso. Sem dúvida a região necessita de mais investidas a fim de continuar a topografia das outras cavernas descobertas e quem sabe até encontrar outras mais que possam estar por lá só esperando para serem descobertas.
Escolha a corda certa e saiba como conservá-la Por Eduardo Portella eduportella@ajato.com.br
Na Espeleologia utilizamos cordas semi-estáticas de 10mm de diâmetro com o mínimo de 2.000 Kg de resistência. Só se utilizam cordas dinâmicas nas escaladas. No mercado existem 3 tipos fundamentais de cordas: dinâmicas, semi-estáticas e estáticas. Dependendo da utilização a que elas se destinarão, escolheremos um tipo ou outro. O material de fabricação pode ser a poliamida, o poliéster, o polietileno, a aramida ou a dyneema. As cordas semi-estáticas utilizadas em Espeleologia são as que possuem elasticidade de 3 a 5%, pois absorvem uma parte do impacto em caso de uma queda e reduzem o efeito “io-io”. As cordas devem ser construídas segundo um sistema alma-capa e a alma deve representar mais de 50% da capa, sendo a alma a parte central e a capa a parte externa. A alma representa 2/3 da resistência total da corda e a capa o restante. A capa é trançada ao redor da alma e suas funções são a proteção física e proteção contra deterioração. Existem 3 tipos de corda semi-estática: - Tipo A de 10mm de diâmetro ou superior. - Tipo B de 9mm de diâmetro e inferiores a 10mm. - Tipo L de 8,5mm de diâmetro. Homologada na França e só para experts. (Beal) Quando compramos uma corda devemos colocá-la de molho durante 24h e deixar a mesma secar naturalmente e lentamente. Isto evita em parte o deslizamento que pode ocorrer entre a alma e a capa. Nas pontas devemos marcar dados úteis como comprimento e ano de compra. O armazenamento deve ser feito em local escuro e bem arejado. Importante: - Nunca devemos deixar as cordas entrarem em contato com materiais como gasolina, petróleo, carbureto ou pilhas, pois podem causar danos que não são fáceis de detectar. - Nunca devemos exitar em cortar ou retirar uma corda se esta está sofrendo alguma alteração que comprometa a segurança. - Sempre colocar a corda dentro da sacola de forma que possa ser retirada sem nós ou torções quando for utilizada.
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Log de Atividades
Tudo o que a UPE fez ou participou no primeiro semestre de 2005 Coordenação: Leandro Valentim (lvalentim@craft.com.br) 1) Expedição Tocantins 16/01/2005 a 21/01/2005 Região: Dianópolis – TO Cavernas: Catingueiro I, Ossos, Da Ré e Córrego do Açude Participantes: 1. Fabio Cruz (EGRIC) 2. Gisele Catrino (UPE) 3. Heros Lobo (GESB) 4. Linda Gentry (SBE) 5. Ricardo Coelho (EGRIC) 6. Silmara Zago (UPE) Atividades: Topografia e exploração Horas de Trabalho: 432 horas 2) Região do Córrego Cabana 04/03/2005 a 06/03/2005 Região: Vale do Ribeira - SP, PETAR Núcleo Caboclos - Córrego Cabana Cavernas: Nenhuma Participantes: 1. Elvira Maria (UPE) 2. Josef Herman Poker (Urso) (UPE) 3. Ricardo Martinelli (UPE) 4. Vinícius Rodrigues (UPE) Atividades: Prospecção de superfície para localização da clarabóia grande da gruta Cabana Horas de Trabalho: 52 horas 3) Assembléia Geral da Redespeleo 19/03/2005 Região: Brasília - DF Cavernas: Nenhuma Participantes: 1. Bambuí 2. Diretoria Redespeleo 3. EGB 4. GEEP-Açungui 5. GPME 6. UPE - Representante: Elvira Maria Branco Atividades: Assembléia Geral com a participação dos sócios plenos. Horas de Trabalho: 8 horas 4) Expedição Bodoquena 20/04/2005 a 24/04/2005 Região: Serra da Bodoquena - MT Cavernas: Abismos Três irmãos, Gruta Dois Irmãos, Gruta Três Irmãos e Gruta da Estrada. Participantes: Fábio Cruz (Minhoca) (EGRIC) Heros Lobo (GESB) Jefferson Manzano (Dark) (EGRIC) Linda Gentry (SBE) Marcelo Gonçalves (Lagosta) (UPE) Silmara Zago (UPE) Marcelo Rasteiro (Trupe) Robson (GESMAR) Atividades: Topografia e exploração Horas de Trabalho: 256 horas 5) Região do Córrego do Areado 13/05/2005 a 15/05/2005 Região: Vale do Ribeira - SP, PETAR Núcleo Caboclos - Córrego do Areado Cavernas: Nenhuma Participantes: 1. Leandro Valentim (UPE) 2. Marcelo Gonçalves (UPE) 3. Mauro Oliveira Neto (EGJ) Atividades: Preparação da trilha para a “1ª Expedição Areado 2005” Horas de Trabalho: 45 horas
6) Nucleo Santana e Ouro Grosso 21/05/2005 e 22/05/2005 Região: Vale do Ribeira - SP, PETAR Núcleo Santana e Ouro Grosso Cavernas: Santana, Água Suja, Ouro Grosso e Alambari de Baixo Participantes: 1. André Teixeira (iniciante) 2. Augusto (iniciante) 3. Carlos Cardoso (iniciante) 4. Claudia de Caiado Castro (UPE/CEU) 5. Geraldo Bergamo (UPE) 6. Marcelo Campos (iniciante) 7. Marcelo Chiossi (CEU) 8. Marcia (iniciante) 9. Marta Sato (iniciante) 10. Regina Chuang (iniciante) 11. Renata Shimura (UPE) Atividades: Introdução à espeleologia Horas de Trabalho: 176 horas
7) Espeleo 2005 - 1° Encontro Técnico da Redespeleo Brasil. 26/05/2005 a 29/05/2005 Região: Iporanga - SP Cavernas: Alambari de Baixo, Abismo Manduri e Gruta Missão I – ambas na Fazenda Caraiba. Participantes: 1. Alessandra Guimarães 2. Claudia Caiado (UPE) 3. Eduardo Portella (UPE) 4. Elvira Maria Branco (UPE) 5. Josef Herman Poker (Urso) (UPE) 6 .Leandro Valentim (UPE) 7. Paulo Jolkesky (UPE) 8. Carlos (Pirata) 9. Renata Shimura (UPE) 10. Ricardo Araujo (UPE) 11. Ricardo Martinelli (UPE) 12. Ronald Welzel (UPE) 13. Vinicius Rodrigues (UPE) Atividades: Curso de topografia, curso de técnicas verticais, apresentações no evento, topografia do Abismo Manduri e prospecção para encontrar a boca da Gruta Missão I. Horas de Trabalho: 288 horas
8) Participação em Saída do GPME Grupo Pierre Martin de Espeleologia 02/07/2005 Região: Iporanga - SP Caverna: Gruta das Areias I 1. Alexandre Fahl (GPME) 2. Allan Calux (GPME) 3. Ana Beatriz Rossi (GPME) 4. Carlos Grohmann (Guâno) (GPME) 5. Juliana Shinozuka (GPME) 6. Karen Perez Ramos (GPME) 7. Leda Zogbi (GPME) 8. Renata Shimura (UPE) 9. Rogério Dell´Antonio (EGRIC) 10. Toni Cavalheiro (GPME) Atividades: Início da Re-topografia da Gruta das Areias I. Horas de Trabalho: 80 horas
9) 28º Congresso Brasileiro de Espeleologia (SBE) 06/07/2005 e 07/07/2005 Região: Campinas - SP Cavernas: nenhuma Participantes: 1. Elvira Maria Branco 2. Gabriela Slavec 3. Renata Shimura 4. Ricardo Martinelli 5. Ronald Welzel Atividades: Instrutores dos cursos de topografia básico e avançado. Horas de Trabalho: 30 horas
10) 1ª Expedição Areado 2005 09/07/2005 a 16/07/2005 Região: Vale do Ribeira - SP, PETAR Núcleo Caboclos - Córrego do Areado Cavernas: Gruta Areado Grande 3, Gruta Areado Grande 4 e Gruta Areado Grande 5. Participantes: 1. Eduardo Portella (UPE) 2. Elvira Maria Branco (UPE) 3. Heros Lobo (GESB) 4. Josef Herman Poker (Urso) (UPE) 5. Marcelo Gonçalves (Lagosta) (UPE) 6. Rosana Gaona 7. Silmara Zago (UPE) Atividades: Exploração e topografia. Horas de Trabalho: 280 horas
11) Região do Córrego Cabana 23/07/2005 e 24/07/2005 Região: Vale do Ribeira - SP, PETAR Núcleo Caboclos - Córrego Cabana Cavernas: Gruta da Cabana Participantes: 1. Denizard Terenzo 2. Eduardo Portella (UPE) 3. Leandro Valentim (Periquito) (UPE) 4. Marcelo Gonçalves (Lagosta) (UPE) 5. Ronald Welzel (UPE) 6. Silmara Zago (UPE) Atividades: Re-topografia partindo da base fixa P75. Horas de Trabalho: 108 horas
12) Gruta Crystal - Fazenda Caraíba 30/07/2005 Região: Iporanga - Fazenda Caraiba Cavernas: Gruta Crystal Participantes: 1. Alex Carneiro Daitx (EGRIC) 2. Claudia Caiado (UPE) 3. Eduardo Sterlino Bergo (EGRIC) 4. Elvira Branco (UPE) 5. Jefferson Manzano (Dark) (EGRIC) 6. Rato (UPE) 7. Renata Shimura (UPE) 8. Ricardo Martinelli (UPE) 9. Ricardo Coelho (EGRIC) 10. Rogério Dell´Antônio (EGRIC) Atividade: Topografia. Horas de Trabalho: 95 horas.
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Maillon Rapid Notícias curtas sobre a UPE e a espeleologia nacional
Aprovado novo estatuto Em fevereiro foi aprovado novo estatuto da UPE. Este documento foi elaborado com base nas orientações da Carolina Anson do GPME, atendendo às exigências do novo código civil. A documentação já esta em vias de registro e em breve poderemos contar com o tão sonhado CNPJ. Trabalho conjunto UPE e EGRIC firmaram convênio para trabalhar a Gruta Cristal. Esperamos finalizar ainda este ano o mapeamento e disponibilizá-lo para que seja feito também o mapeamento geológico da cavidade. Nos próximos números teremos mais novidades e talvez um artigo específico sobre a caverna.
Por Paulo Jolkesky jolk@uol.com.br
mais pessoas dormirem. Agradecemos toda doação que por ventura alguém possa fazer. Leigos e (CEU/UPE)
Crianças
Neste primeiro semestre tivemos duas importantes contribuições de nossos sócios Claudia Caiado e Fabio Von Tein. A primeira coordenou uma saída conjunta para Iporanga da UPE com o CEU (Centro Excursionista Universitário), da qual participaram novatos interessados em saber mais sobre o processo de exploração e mapeamento de cavernas. E o segundo teve a “paciência” e a “coragem” de levar para o núcleo Caboclos, também no PETAR, uma turma de adolescentes e crianças de até 12 anos passando a eles um primeiro contato com as cavernas.
Mais conforto Para dar maior conforto a seus sócios, foram adquiridas duas beliches para a “casa de campo” da UPE em Iporanga. Agora contamos com 6 leitos e também com um bom espaço para
Mas com que lente?
Seja mais um sócio da UPE Entre em contato pelo mail: upe@upecave.com.br para saber sobre nossas reuniões mensais.
Sempre se fala sobre iluminação, cuidados e outros bichos quando o assunto é fotografia em cavernas, mas um assunto também importante é a objetiva a ser utilizada. Como para qualquer fotografia que se vá fazer, a qualidade da lente é determinante para a qualidade da foto, e embora o ambiente subterrâneo não seja o mais convidativo para equipamentos delicados, vale à pena ter consigo um conjunto ótico de primeira. É claro que você não vai precisar de uma teleobjetiva, mesmo em grandes salões elas são apenas bagagem extra. O que você deve ter em sua mochila é um zoom (para evitar trocas de lente freqüentes) partindo do grande-angular. Quanto mais aberto, mais caro, porém, maiores as possibilidades. Uma 24mm faz um ótimo serviço; e se chegar até a meia-tele de cerca de 80mm no fim do zoom, ótimo. Uma lente macro também é de grande valor nessas horas, para registrar os pequenos detalhes desse mundo de rochas, pequenos animais e fungos. O cuidado extra é na hora de trocar as lentes, pois nessa hora podem entrar vapor, poeira ou umidade para o interior da câmera. A própria lente pode embaçar com a evaporação do corpo do espeleofotógrafo, cuidado para não limpar a lente com as mãos sujas ou com o macacão só pra não perder uma foto. Nas cavernas tudo acontece muito lentamente, dá tempo de fazer tudo com calma, a não ser que se queira flagrar um incidente... Boas fotos!
Foto do Semestre
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Gruta do Areado Grande III
Foto : Marcelo Gonçalves Dados Técnicos: velocidade 30s; abertura F 11; tripé. Máquina - Canon EOS 500, lente 28-80mm