Urbhano Belvedere nº 07

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1º a 15 . junho de 2013 . ANO I . Número 07 . Distribuição gratuita

URBHANO

On-line: www.urbhano.com.br

BELVEDERE

Fotos: Lucas Alexandre Souza

tudo que inteRessa no seu bairro está aqui

prazer em beber cervejas artesanais caem no gosto dos belo-horizontinos, e A sofisticação estimula o crescimento do mercado. tecnologia Aplicativo de celular calcula e mostra na tela o valor dos produtos sem incidência de impostos pág. 6

entrevista

jovem

Paulino Cícero, morador do Belvedere há 32 anos, fala sobre sua carreira política e curiosidades do bairro pág. 10

A 24ª edição do Anime Festival movimentou os fãs da cultura nipônica. Conheça também a arte dos Cosplayers pág. 13

local

juntos contra a violência em audiência pública solicitada pelo vereador marcelo aro, Trezentos moradores do bairro debateram sobre segurança pública Pág. 4

feminino Conceito de corpo bonito influencia a indústria da moda a abrir espaço para o mercado fitness pág. 14


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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 1º a 15 de junho de 2013

opinião frasesURBHANAS

Prof. Paulo R. P. Andery (*)

planejamento imobiliário

EXPEDIENTE

A cidade acelera a dinâmica de suas transformações, e apesar de algumas incertezas quanto ao comportamento do mercado imobiliário, bairros como o Belvedere passam por significativas mudanças em função dos lançamentos imobiliários. A pressão pelo aumento da qualidade e da produtividade, a redução de prazos de construção e o atendimento de demandas cada vez mais complexas e multifacetadas têm exigido dos distintos agentes – empreendedores, construtores, órgãos públicos, usuários – respostas inovadoras e soluções multidisciplinares, integrando aspectos associados à qualidade dos projetos, ao desempenho dos materiais, aos sistemas construtivos e ao gerenciamento dos empreendimentos. Melhorar o ambiente construído implica criar valor com soluções de compromisso entre todos os agentes envolvidos, por meio de processos mais eficientes. Isto passa necessariamente por um rompimento, em não poucos casos, da lógica existente no mercado. Os usuários precisam ser mais ouvidos, há que se implementar mecanismos de avaliação pós-ocupação e, sobretudo, torna-se necessário valorizar o processo de “projetação”, entendido em sentido amplo: desde a concepção até a avaliação do uso e operação das edificações. Gradativamente o mercado da construção vai se dando conta da necessidade de valorização da etapa de concepção e planejamento dos empreendimentos, mais consciente de que é nesse momento que se constroem os diferenciais competitivos e se potencializa o atendimento das demandas dos usuários. No entanto, muito resta a ser feito, particularmente em segmentos de mercado em que a pressão para redução de custos e prazos implica desqualificar as demandas dos usuários e tornar a cidade menos sustentável. Nesse processo de amadurecimento, conta muito o papel dos cidadãos, dispostos a questionar, a exigir e avaliar a qualidade do ambiente construído. Assim como conta o papel das universidades, com o desafio de formar profissionais, em especial engenheiros e arquitetos, com uma visão mais holística dos empreendimentos, harmonizando as exigências de competitividade com a criação de um ambiente construído do qual todos tenhamos orgulho. Paulo R. P. Andery Professor da Universidade Federal de Minas Gerais e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Construção Civil da UFMG Coordenador do Grupo Mineiro de Gestão de Projetos (*)

Quando soube que essa era minha realidade, decidi ser pró-ativa e minimizar o risco o quanto podia. Tomei a decisão de fazer uma dupla mastectomia preventiva. Angelina Jolie

Foto/divulgação

Foto: arquivo pessoal

Não gosto de como esse debate vem sendo conduzido (legalização do aborto e do casamento gay). Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra os gays substituindo por um preconceito contra os religiosos. Marina Silva

Primeiro queria esperar e ver. Fiz quando me senti realmente seguro e sem que ninguém me pressionasse. Roger Federer sobre sua conta no Twitter

Temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com partidos que nos representam no Congresso, nem tampouco esses partidos e seus líderes têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder. Joaquim Barbosa, em palestra para estudantes em uma faculdade de Brasília

Para a Igreja, nenhuma pessoa é estrangeira, ninguém é excluído. Papa Francisco

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URBHANO BELVEDERE

URBHANO

URBHANO BELVEDERE é uma publicação da Editora URBHANA Ltda. CNPJ 17.403.672/0001-40 Insc. Municipal 474573/001-1 Impressão: Bigráfica Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição gratuita - quinzenal

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Fotos | Lucas Alexandre Souza Revisão | Pi Laboratório Editorial


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local

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A solução vem do bairro Parceria | A rede Vizinhos Protegidos é sucesso absoluto em Lourdes Cansados dos assaltos e dos sequestros que assombravam a região Centro-Sul de Belo Horizonte, representantes de associações de moradores e comerciantes se uniram para diminuir a ação dos criminosos. A Rede de Vizinhos Protegidos é uma tentativa de evitar casos graves, como os que têm sido registrados no bairro Belvedere. Jeferson Rios Rodrigues, presidente da Associação Comunitária dos Moradores do bairro Lourdes, que está à frente da associação há 15 anos, mostra que com apenas R$8 mensais, uma boa administração e a ajuda dos moradores do bairro, muito pode ser feito para aumentar a segurança. Diante dos inúmeros casos de violência registrado na região Centro-Sul, uma medida tomada há dez anos no bairro de Lourdes tem se destacado. Jeferson conta que demorou cinco anos para juntar cerca de R$30 mil, preço, na época, da antena transmissora. “Não fizemos rateio entre os moradores, com a taxa mensal, juntamos até ter o total para a compra do equipamento. Hoje desfrutamos desse benefício. São 60 rádios espalhados por prédios da região. Antes desse sistema, tínhamos uma média de 30 a 40 ocorrências policiais por mês. Com o sistema, temos de 3 a 4. Nosso bairro é considerado pela polícia um dos bairros de menor ocorrência policial, apesar de possuir apenas uma viatura”, explica o presidente da associação.

O sistema é eficiente porque a associação está sempre presente, articulando a interação entre a população e a polícia. “De seis em seis meses realizamos

treinamento com os porteiros, são eles que nos passam os pontos mais vulneráveis de cada edifício. Com esses dados, o próximo passo é o treinamento com os síndicos. Recebemos o apoio total da polícia, que está sempre presente, nos passando novas dicas”, acrescenta. Além da ação dos rádios transmissores, a associação realiza também um trabalho junto aos guardadores e lavadores de carros. “Todos são credenciados e fazem uma parceria muito positiva. Em reconheci-

mento, todos os meses a associação doa uma cesta básica aos 30 cadastrados que trabalham no bairro. Há jalecos de identificação, assim, garantimos o ponto de trabalho deles. Eles ajudam muito, já conhecem os moradores e sabem quem é estranho. Qualquer atitude suspeita, eles vão até um prédio que tem o sistema de transmissão e passam o alerta a um dos 60 porteiros e à polícia”, comenta Jeferson. A eficácia do trabalho de Jeferson à frente da Associação tem sido tamanha, que ele tem sido convidado para colaborar em associações de bairros vizinhos. “Já fomos ajudar a implantar o sistema de segurança na Savassi, no Santo Agostinho, Sion e Funcionários”, conta. Segundo Jeferson, o sistema já foi implantado também em alguns prédios do Belvedere. O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere (AMBB), Ricardo Jeha, informou que a associação possui planos a curto e médio prazo para coibir o crime na região. Uma dessas ações é um plano para melhorar a iluminação das ruas. Existem projetos de implantação de uma rede virtual de vizinhos protegidos, que tenha um contato permanente com um policial. A associação planeja também trazer uma patrulha e um posto policial móvel para o bairro. n


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local

Na hora de um basta Fotos: Lucas Alexandre Souza

Audiência Pública | vereador Marcelo Aro traz À tona o debate sobre a segurança no bairro

Eu vivo ligando para a polícia. Eu tenho filhos e assim como o Marcelo Aro disse, eu faço o mesmo. Peço para a minha esposa não sair por ali, porque dá medo. Para quem eu posso ligar, senão para o 190?

O vereador Marcelo Aro, morador do bairro, solicitou e presidiu a audiência pública que discutiu a segurança no Belvedere.

Os dois maiores problemas do Belvedere são mobilidade urbana e segurança pública, mas devido aos últimos acontecimentos no bairro, o problema da segurança ganhou destaque nesta segunda-feira (27). Conforme noticiado pelo jornal URBHANO, embora a polícia afirme que os números da violência no bairro estejam diminuindo, moradores e frequentadores reclamam da falta de segurança. São roubos e furtos de automóveis, assaltos a transeuntes, sequestros relâmpagos, invasões a residências com assaltos e até latrocínios. Insegurança, medo e revolta são os sentimentos dos moradores, que não suportam mais conviver com esta situação alarmante. De acordo com as estatísticas divulgadas pela Secretaria de Defesa Social, em 2011 foram registrados 3.201 arrombamentos nos imóveis do Belvedere,

A audiência pública contou com a presença de oficiais da Polícia Militar

O público fez perguntas sobre o combate à violência no bairro

enquanto que em 2012 foram contabilizadas 2.933 ocorrências. Os números do primeiro semestre deste ano ainda não foram divulgados, mas o recente episódio de cárcere privado mediante tortura faz com que a sensação de insegurança domine as ruas do bairro. Morador do bairro, o vereador Marcelo Aro convocou uma audiência pública a fim de chamar a atenção das autoridades e discutir o problema da segurança no Belvedere. O evento, realizado no dia 27 de maio, contou com a presença de diversas autoridades, entre as quais o vereador Edson Moreira, o padre Alexandre Fernandes de Oliveira, da Paróquia Nossa Senhora Rainha, o secretário de Administração Regional Municipal Centro-Sul, Sr. Ricardo Sérgio Dias Angelo, o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere, Sr. Ricardo Jeha, o

major Juarez de Souza Ferreira, o tenente José Januário, o presidente da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, Sr. Ubirajara Pires Glória, o deputado estadual Fred Costa, o pastor da Igreja Presbiteriana Geraldo Silveira Filho, o deputado estadual João Leite, o superintendente de Investigações e Polícia Judiciária, Dr. Jeferson Botelho, e os delegados da Polícia Civil responsáveis pela região Centro-Sul, Drª. Carolina Bechelany Batista da Silva e Dr. Henrique Canedo. Estiveram presentes mais de 300 moradores do bairro, que tiveram a oportunidade de discutir com os membros da polícia e do poder público as questões ligadas à segurança na região. O encontro foi aberto com o testemunho do sequestro sofrido pelo casal Frederico e Renata, frequentadores da Paróquia Nossa Rainha, ilustrando a situação do bairro. Todos os presentes ouviram e se comoveram com a história contada. O delegado Edson Moreira foi o primeiro componente da mesa a falar sobre o assunto: “Casos como este, do Frederico e da Renata, eu já vi muitos. Eles, os marginais, assaltam onde tem dinheiro, onde tem joias, e é isso que atrai os bandidos para o Belvedere” e ainda completa: “Os furtos hoje não estão sendo registrados, as pessoas estão com medo e não acreditam mais na polícia, assim, muitos casos não entram nas estatísticas”.

O salão Pedro da Paróquia N. S. Rainha recebeu moradores e autoridades, que compareceram em peso

Moradores cobraram atitudes urgentes das autoridades de segurança

Ao final do encontro, Pe. Alexandre fez uma oração com o presentes


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Já o representante da Polícia Militar, Major Ferreira, explicou a falta de policiamentos no local: “Temos 118 efetivos responsáveis por esta parte da cidade, porém precisamos de 178 policiais. Estão previsto para chegar novos policiais só em outubro, mas mesmo assim, não está confirmado” afirma. A declaração do comandante gerou revolta em alguns moradores, que contam com o reforço policial para o principal problema no bairro. “Não conhecia o Marcelo, agora virei um admirador. A minha revolta é que nós não fazemos nada. Muito mais que discutir se vai ter câmera, se vai ter efetivo, a culpa não é nossa. Nós somos um dos cinco países que mais recolhem impostos no mundo, Minas Gerais é um dos quatro estados que mais recolhem imposto, e o Belvedere é um dos cinco bairros de Minas que mais recolhem impostos, seja federal, estadual ou municipal. Eu não estou nem aí se vocês têm ou não efetivos. Vocês têm que ter. Porque nós pagamos para isso”, afirmou o morador e empresário Alexandre Gribel. O medo era um sentimento visível em todos os moradores que foram até a paróquia. Muitos dos presentes já sofreram sequestro relâmpago, e algumas pessoas já tiveram mais de um caso na família. O medo tomou conta do Belve-

geral dere, a população do bairro está ficando cada vez mais reclusa em suas casas. O vereador Marcelo Aro, que presidiu e mediou a sessão, admite que toma algumas precauções, por causa do medo que assola a todos: “Quando a minha esposa vai sair com a Maria, minha filha, eu já peço pra ela não sair. Porque, como morador do bairro, eu também fico com medo dessa situação.” Muitos assuntos polêmicos entraram em discussão, como o fato de o número de emergência da polícia, o 190, não funcionar. “Sou síndico de um prédio, e da minha janela tenho vista para a linha de trem. Lá virou um ponto de tráfico de drogas. Eu sempre ligo para o 190, mas nunca me atendem. Eu vivo ligando para a polícia. Eu tenho filhos e assim como o Marcelo Aro disse, eu faço o mesmo. Peço para a minha esposa não sair por ali, porque dá medo. Para quem eu posso ligar, senão para o 190?” , indaga o morador Gustavo Lovalho. O presidente da associação dos moradores, Ricardo Jeha, apresentou algumas ideias que pretende executar no curto e longo prazo: “A polícia deveria, sim, fazer parte dessa nossa rede de vizinhos protegidos, mas não tem essa ligação com a gente. É preciso fazer a desburocratização do 190. Se tivéssemos algum celular direto da companhia de polícia,

diminuiria essa incidência de crimes”, comenta Ricardo. Já Ubirajara Pires, presidente da Associação dos Amigos do Bairro Belvedere, tem outra opinião e acredita que ter medo só dá mais coragem aos assaltantes “Vamos nos organizar, vamos nos centralizar, porque nós temos que ser organizados para sermos fortes. Não vamos ter medo, ter medo nos torna fracos”. A audiência teve início às 19h30 e foi encerrada com uma oração conduzida

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pelo padre Alexandre às 22h30. Ao final da audiência, o vereador Marcelo Aro decidiu realizar nova reunião com os moradores, devido ao grande entusiasmo e à boa participação da comunidade. “Acredito que deve ter aqui em torno de 300 pessoas, eu fico muito feliz com isso, com a participação da população do Belvedere. A audiência pública tem o caráter de unir a população, unir as forças, sensibilizar as autoridades, por isso pedi essa audiência”, comentou o vereador. n

Fruto da Audiência Pública, foi criado o canal de comunicação e discussão sobre os problemas de segurança pública no bairro Belvedere. Curta a página no Facebook e coloque suas ideias, sugestões e pontos para debate. Participe!

www.facebook.com/SegurancaNoBelvedere A próxima reunião está marcada para quinta-feira, dia 06/06, às 19h30, na Paróquia Nossa Senhora Rainha, na rua Modesto Carvalho Araújo, 27, Belvedere.


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tecnologia

De olho na mordida Fotos: Lucas Alexandre Souza

Mobile | Aplicativo mostra instantaneamente o valor de impostos cobrado nos produtos

Felipe Menezes já se tornou adepto do app

O aplicativo mostra na hora qual o percentual de imposto cobrado nos produtos

Com oito mil down- utilização. Basta bai- com isenção das tarifas loads em apenas três me- xar, no iTunes (iOS) ou impostas pelo Governo. ses, o app Impostômetro na Playstore (Android) A diretora de eventos do de Bolso apresenta aos e instalar. O usuário con- IFL, Tatiana Mattar, criusuários o valor exato ta então com duas opções tica a utilização dos recurde cada produto com de uso, podendo digitar sos arrecadados através isenção de imdos impostos pelo postos. O prograEstado. “Na nossa ma gratuito está carga tributária padisponível para gamos impostos de smartphones e países de primeitablets que opero mundo, como ram nos sistemas Suíça, e recebemos Android e iOS, serviços de países uma vez que estas africanos”, destaca. são as plataforSegundo Juliamas mais comuns, no Torres, com segundo Juliano o objetivo de Torres, membro esclarecer a do Instituto de população soFormação de Lídebre o alto volures (IFL) e diretor me desembolsado geral do Instituto para o pagamento para Desenvolvide tributos é que mento Econômifoi desenvolvido o co, Institucional e aplicativo. “É uma Social (IDEIAS). boa oportunidaPara o desenvolde de mostrar o vimento das duas grande valor dos versões, capazes Tatiana Mattar, diretora de eventos do impostos pagos e de suportar os IFL, é uma das responsáveis pelo projeto conscientizar a sodois sistemas, fo- do aplicativo ciedade”, elucida. ram necessários “Pesquisas mosR$ 22 mil. O programa ou escanear o código de tram que muitas pessonasceu da parceria entre barras do produto deseja- as não sabem o quanto o IDEIAS, o IFL, o Ins- do através da câmera do pagam de impostos. A tituto Ludwig von Mises aparelho. Como resulta- ideia é que todo mundo Brasil, Torres&Torres e do, o programa apresenta saiba. Acredito que se as Libertários. o valor sem impostos, a pessoas tomarem conheO aplicativo possui porcentagem de tributos cimento do grande valor uma forma simples de arrecadada e o custo real dos impostos pagos, isso

vai trazer uma mudança”, explica. Segundo Juliano, os frutos dessa mudança poderão ser observados a longo prazo. “Não fará diferença na hora das compras, até porque os preços ficam equiparados. Não tem como o consumidor fugir, mas isso pode fazer diferença na época das eleições. Pode promover

é mais afetado, entre outros. Nós, consumidores, finalmente, poderemos ver o quanto estamos pagando e debater sobre o assunto”, explica. Essa não será a única forma de interação dos usuários, que não se limitam às informações oferecidas pelo programa. “O app tem uma

Na nossa carga tributária pagamos impostos de países de primeiro mundo, como Suíça, e recebemos serviços de países africanos o tema, que é tão relevante, fazendo com que seja mais pautado nas agendas políticas,” pondera. O programa possibilita ainda o compartilhamento das informações nas redes sociais, com ícone do Facebook já na página inicial do programa. Tatiana Mattar vai além. “O app terá uma plataforma para debate no Facebook, lá os internautas poderão debater os impostos, os preços, quem

base onde você pode fazer comparações de preço. Por exemplo, você vai ao supermercado e escaneia um produto, e depois vai até outro local de vendas e escaneia o mesmo produto. Essas informações ficam salvas na nuvem do aplicativo. Assim, as pessoas poderão ver onde está mais barato”, acrescenta Tatiana. O morador do bairro Buritis, Felipe Menezes, 31, gerente de tecnologia,

ainda desconhecia o aplicativo, mas ao tomar conhecimento do programa durante a entrevista realizada por nossa equipe, já começou a buscar o app para download enquanto ainda era entrevistado. “É interessante (o dispositivo). A gente não sabe a carga tributária dos produtos que compramos. Isso pode provocar mudanças, pelo fato de gerar maior transparência. As pessoas, ao saber o quanto pagam, podem cobrar mais das autoridades e do Estado”, analisa. Seguindo a mesma vertente, o site Impostômetro, desenvolvido pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e pela Associação Comercial de São Paulo, mostra ao internauta quanto já foi arrecadado durante o ano pelo Brasil, desde o dia 1º de janeiro até a data de acesso. Até o fechamento desta matéria, o website já havia contabilizado mais de 668 bilhões de reais em impostos arrecadados em 2013. n


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gastronomia

Menu de outono

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Estação | Cardápio diferenciado faz homenagem aos 12 anos do diVino restaurante

O menu tradicional conta com 10 entradas, 4 saladas, 7 opções de massas e risotos, 9 pratos com aves ou carnes, 5 com peixes ou frutos do mar e 7 sobremesas. Alguns dos destaques são o antepasto como entrada (mousse de queijo de cabra, cogumelos, berinjela parmegiana, abobrinha confeitada e geleia de tomate), a salada de peras, com folhas da estação (peras cozidas no vinho do Porto, queijo gorgonzola e azeite extra-virgem balsâmico), o risoto de polvo, o coração de filé em crosta de parmesão e, para a sobremesa, o tiramisu.

Menu outono 2013

Foto: Paulo Cunha

Com gastronomia contemporânea, influenciada pelas culinárias italiana, francesa, marroquina e brasileira, a cozinha do diVino é comandada pelo chef Fábio Pontes, que a cada estação do ano elabora cardápios especiais, aproveitando sempre os melhores ingredientes e iguarias de cada época. Para o outono de 2013 e em comemoração aos 12 anos da casa, o chef Fábio Pontes criou cinco opções inéditas, somadas ao famoso

Crème Brûlée, que vem como sobremesa. “A ideia do menu é trazer opções mais quentes, fazendo uma viagem pelos sabores do mundo, em sintonia com a proposta inicial do restaurante, de ser variado e contemporâneo”, explica o chef. O menu da estação conta com sopa de beterraba, prato tradicional da Rússia; brandade de baroa e bacalhau, remetendo a Portugal, e a lula salteada no saquê, bebida típica japonesa. Também é oferecido aos clientes coelho re-

cheado, com inspiração na técnica e na tradição italiana. Da França, vêm a arraia com panachê de legumes e também o Crème Brûlée. Esse menu também é oferecido em formato de degustação, apresentando todos os pratos em porções reduzidas nas noites de quartas e quintas-feiras, por R$ 120, sem bebidas, mediante reserva. “Vale lembrar que o cardápio tradicional continua disponível, normalmente”, esclarece a proprietária Solange Brum. n

Entradas

Funcionamento

• Sopa de beterraba com mousse de queijo de cabra • Brandade de baroa e bacalhau • Lula salteada no saquê

Quarta a sábado das 19h30 à 0h30. Aos sábados e domingos, aberto para o almoço de 12h30 às 16h30.

Pratos principais

Condomínio Vale do Sol - Quinta Avenida, 144 Loja 6 - Vale do Sol - Nova Lima

• Coelho recheado • Arraia com panachê de legumes

Sobremesa • Crème Brûlée clássico

20 anos nas artes

Endereço Reservas 3541-4272 e 9958-9512 www.divinorestaurante.com.br contato@divinorestaurante.net

cultura

A partir do dia 18 de junho, no Ponteio Lar Shopping, os 20 anos de carreira do artista plástico mineiro Franco Jr. serão comemorados com a exposição Emotions, que reunirá 27 peças inspiradas nos caminhos do artista no Brasil e no exterior. A mostra, que estará aberta ao público até o dia 30 deste mês, abriga duas telas e 25 esculturas do artista e traz consigo o desejo de vivenciar o passado por meio da arte. “As obras remetem à Idade Média, mas os materiais usados agregam um ar moderno e contemporâneo aos trabalhos. São esculturas que não ficam somente na dimensão da obra de arte e podem ser usadas como artigo de decoração”, explica Franco Jr. Franco Jr. passou os dois últimos anos nos EUA, onde realizou diversas exposições. As experiências adquiridas longe do Brasil deram ao artista plástico conhecimento para agregar às obras o que há de melhor, sem deixar de lado os traços da arte brasileira. “Espero que as pessoas que passarem pela exposição valorizem e se encantem, como fariam com um trabalho vindo do exterior”, ressalta Franco Jr. n

Fotos: divulgação

Artes plásticas | Mineiro Franco Jr. expõe no Ponteio Lar Shopping

Horário: Segunda a sábado de 10 às 22h, domingos e feriados de 14h às 20h. Local: Ponteio Lar Shopping, piso L1 Data: 18 a 30 de junho

Franco Jr. utiliza materiais como ferro, cristais, madeira e spray automotivo para produzir suas obras, que já foram comparadas às de grandes mitos internacionais da arte, como Picasso e Gaudi, por um dos maiores colecionadores de artes dos Estados Unidos, Mr. Paul Rothman.


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matéria de capa

Cervejas especiais em alta Fotos: Lucas Alexandre Souza

consumo | com cerca de 20 cervejarias artesanais, mercado se fortalece em minas

Os irmãos José Felipe e Tiago Carneiro celebram a expansão do setor na sede da Wäls, no bairro São Francisco em BH

Dos 120 estilos de cervejas artesanais produzidas no mundo, cerca de 35 são produzidos apenas em Minas, totalizando quase um milhão de litros de cerveja ao mês. Essa potência mineira vem ganhando reconhecimento dentro e fora do Brasil. “Hoje nosso estado é conhecido como a ‘Bélgica brasileira’, pela diversidade de estilos e rótulos oferecidos ao mercado pelos produtores mineiros,” explica Cristiano Lamego, superintendente do Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral de Minas Gerais (Sindbebidas). O estado vem se fortalecendo no ranking nacional como a segunda maior produção do país. “Atualmente o setor de cervejas artesanais tem crescido 20% ao ano em Minas Gerais. Para atender ao aumento da demanda, as cervejarias mineiras estão investindo em novas plantas industriais e consequentemente no aumento da produção”, afirma Cristiano. Para Bruno Parreiras, sócio da cervejaria Küd, o aumento do público consumidor de cervejas artesanais está aliado ao diferencial da bebida. “A produção artesanal com relação às grandes cervejarias comerciais estabelecidas no mercado é, basicamente, o cuidado com a produção e principalmente a escolha correta dos ingredientes. Normalmente, as cervejas artesanais dedicam mais carinho e cuidado às receitas, fazendo cervejas com ingredientes de qualidade superior e sem adição de conservantes e estabilizantes, o que melhora infinitamente a qualidade do produto final”, elucida. O presidente da Associação dos Cervejeiros Artesanais de Minas Gerais (Acerva Mineira),

Humberto Ribeiro Mendes Neto confirma os dados fornecidos pela Sindbebidas do desenvolvimento do setor. Segundo ele, isso ainda abrirá mais oportunidades para quem já atua no mercado. “O crescimento garantirá a demanda para o nascimento de outras cervejarias e a expansão das já existentes. Hoje em Minas Gerais existem en-

Tina de pasteurização

tre 20 e 25 cervejarias artesanais em operação ou em fase final de implantação, e esse número ainda em crescimento não será suficiente para atender a esse crescente mercado”. O empresário e mestre cervejeiro da Wäls, José Felipe Carneiro, já trabalha seguindo essa tendência. Segundo ele, a Wäls, atuante em sete estados brasileiros, é procurada em todo o país. “A demanda só vem aumentando, mas no momento não é possível supri-la. Se a Wäls tivesse produtos, ela teria condição de vender para o Brasil inteiro.

Além disso, poderia exportar para mais de 10 países. Já existem propostas, existe a venda, mas não há produto suficiente para atender a todos. A nossa intenção é expandir a fábrica e construir uma nova unidade, sempre buscando crescer mais.” De acordo com José, a primeira tentativa de introduzir novos sabores no mercado cervejeiro ocorreu em 1999. A fábrica, que na época produzia apenas um sabor de chopp, para uma rede de lanchonetes, investiu na fabricação de novos sabores, o que não deu certo na época. No entanto, hoje, a cervejaria, gerenciada pelos jovens irmãos e sócios José Felipe Carneiro, 27, e Tiago Carneiro, 30, produz 13 diferentes rótulos de cerveja artesanal. “O mercado não estava pronto. Só em 2006 e 2007 nós começamos novamente com o projeto de produzir cervejas especiais”, explica o mestre cervejeiro. O cenário atual mostra-se ainda mais favorável para o mercado de cervejas gourmet. Segundo dados da ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), o Brasil é o terceiro maior mercado de cervejas, com um consumo de 140 milhões de hectolitros por ano, perdendo apenas para os Estados Unidos e a China, superando até mesmo a Alemanha. Apesar de o volume estar fortemente ligado ao consumo das cervejas de massa, o consumo de cervejas especiais continua em ascensão, correspondendo a 7% no Brasil. A resposta para o aumento da demanda passa pela mudança do perfil econômico do país, declaram os especialistas. José Felipe ainda acredita que esse crescimento se dá pela grande variedade e qualidade das microvervejarias mineiras, aliado ao aumento do


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matéria de capa

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Escolas e seus Estilos Escola Alemã

Inspira cervejas mais clássicas, com estilos bem definidos. Com quantidades precisas no uso de cada ingrediente, é bem conhecida pela Lei de Pureza da cerveja.

Escola Belga

As cervejas apresentam aromas frutados e possibilidade de experimentação. Com cervejas de fermentação espontânea, a escola belga permite a utilização de ingredientes de fácil acesso ao cervejeiro, como especiarias.

Escola Inglesa

Uma escola que por muito tempo utilizou bastante lúpulo na fabricação. Já maturavam a bebida em barris de madeira, nos pubs londrinos. Uma escola bem clássica.

Escola Americana Tanques de fermentação e maturação da Wäls

sugestão para os apreciadores mais entusiasmados. “É possível até comprar um kit para fazer cerveja em casa, porém a regulamentação para venda é complicadíssima e burocrática, e é aí que muita gente desiste, mas se for só pra consumo fica a dica,” sugere.

harmonizaçã

Escola Tcheca

É uma escola tradicional do estilo lager. Constituída principalmente por cervejas de baixa fermentação.

por semelhança

Cerveja com sabores adocicados + comida com sabores mais doces.

por diferença

Outra vertente que vem crescendo muito entre por contraste os admiradores da bebida é a harmonização com Cerveja bem ácida + alimento doce. pratos. Segundo o mestre-cervejeiro José Felipe, todas as cervejas têm um prato com o qual harmoniza. “As cervejas, assim como o vinho, apresentam muito dinamismo em sua harmonização com os alimentos”, explica. “A tendência é que a cerveja determine qual prato a acompanhará. Passa a ser um processo inverso, você passa de desconto, Dia dos nas compras a pensar na comida a Namorados acima de R$ 100,* partir da cerveja que você vai beber,” aponta José Felipe. Ainda segundo ele, a cerveja promove uma limpeza nas papilas gustativas de cada apreciador, por conta do CO² presente na bebida, o que promove um aumento da sensibilidade no paladar. Outra característica determinante para uma De terça a sexta, das 9 às 19h, sábados, perfeita harmonizadas 10 às 15h e domingos, das 10 às 14h. Segundas e feriados, atendemos pelo ção da cerveja com os celular 31 8661-2287 pratos são os lúpulos. Segundo o mestre-cervejeiro, eles atuam Av. Luiz Paulo Franco, 657. como temperos, que Belvedere. Tel.: 313286-1232 dão vida à cerveja. “A partir dos aromas e do Estacionamento Megapark para clientes. lúpulo, a gente consegue fazer uma harmouaicerveja.com.br facebook.com/UaiCervejasEspeciais nização mais completa,” esclarece. n BEBA COM MODERAÇÃO.

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Cerveja bem amarga + sobremesa doce.

Foto ilustrativa. Promoção válida até 12/06/2013.

número de pessoas que viajam para o exterior. “Quando as pessoas adquirirem o conhecimento de novos tipos de cerveja e conhecem esses novos sabores, o mercado nacional se torna ainda mais exigente”, explica. E para esse público exigente, a Wäls apresenta uma cerveja mais sofisticada, produzida com leveduras de champagne da região de Hans. “Wäls Brut é uma cerveja feita pelo método champenoise, que é um método de produção que pouquíssimas cervejarias no mundo ousaram produzir,” revela orgulhoso. Ele completa que a cerveja Wäls Brut, que gasta um ano apenas na etapa de maturação do seu processo de produção, ganhou todos os concursos dos quais participou. Além de possuir uma fila de espera de mais de mil pessoas esperando para conseguir a garrafa pelo valor de cem reais. Esse não é o único projeto audacioso da empresa. Os jovens irmãos Carneiro se uniram ao mestre-cervejeiro americano Garret Oliver, que teve a ideia de produzir uma cerveja com base na cana-de-açúcar. O pioneirismo do empreendimento, ainda segundo José Felipe, vai virar documentário produzido pelo National Geographic Channel. “Nós fomos a primeira cervejaria do mundo a usar a cana-de-açúcar na produção de uma cerveja. Para fazermos essa cerveja nós contamos com a participação de Garret Oliver, ele é o mestre-cervejeiro da Brooklyn Brewery, uma famosa cervejaria de Nova Iorque. Garret veio a BH e teve a ideia de fazer uma cerveja de cana-de-açúcar e escolheu a Wäls para esse projeto, por já conhecer nossos produtos. Essa cerveja está sendo um sucesso, o National Geographic Channel, inclusive, realizou gravações nesta semana para um documentário sobre o projeto, em Washington com o Garret”, explica. Consumidor assíduo de cervejas artesanais, o jornalista Erick Dias, 23, afirma que não abre mão das cervejas tradicionais, mas sempre dá preferência às artesanais. “Além do sabor, tem a curiosidade e a harmonização dessas cervejas especiais com certos tipos de comida, mas principalmente é o sabor mesmo. Cervejas com toques de canela, frutas cítricas, cachaça, são muito gostosas e vale a pena experimentar,” explica. “As cervejas artesanais de Minas são as melhores do país. Em outros estados também existem cervejas fantásticas, com certeza, porém Minas não é mais só o polo da cachaça, mas também da cerveja artesanal”, opina Eric. O jornalista, que há três anos se rendeu às cervejas artesanais, dá uma

Uma escola atuante. É a mais recente, e vem se destacando principalmente pelo exagero, seja ele na utilização de algum ingrediente, no amargor ou nos aromas. É uma escola que vem utilizando muito lúpulo em suas definições aromáticas.


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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 1º a 15 de junho de 2013

entrevista

Muita história para contar Foto: Lucas Alexandre Souza

História | Paulino Cícero de Vasconcellos escolheu o Belvedere para morar há 32 anos atrás Das quase três mil obras de arte exibidas na bienal paulista, foram selecionadas aproximadamente 270 peças e fotografias de 36 artistas, para desembarcarem na capital mineira. As obras do brasileiro Arthur Bispo do Rosário são o grande destaque. As peças estão em exibição no Palácio das Artes e no

Centro de Arte Contemporânea e Fotografia da Fundação Clóvis Salgado. A exposição À Iminência das Poéticas, vista por mais de 520 mil pessoas em São Paulo, estará aberta ao público até o dia 17 de março, de terça a domingo. Segundo André Severo, curador associado da mostra de arte

“muitas das questões trabalhadas na Trigésima Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas, acabam por tangenciar reflexões sobre como as diferentes noções de linguagem, discursividade, local, territorial, mapeamento e fronteiras tem sido trabalhados pelos artistas contemporâneos”, aponta André.

Advogado e dono de extensa carreira política, Paulino Cícero de Vasconcellos foi presidente da Usiminas em 1988 e membro do conselheiro de administração da companhia Vale do Rio Doce. Um dos mais antigos moradores do bairro Belvedere, tem muita história para contar. Foi prefeito de sua cidade natal, São Domingos do Prata, quando tinha apenas 21 anos. Aos 25, anos mudou-se para Belo Horizonte e foi eleito duas vezes deputado estadual e cinco vezes deputado federal. Já esteve à frente de quatro secretarias do Estado de Minas Gerais e exerceu o posto de ministro de Minas e Energia no governo de Itamar Franco. Há 32 anos é morador do Belvedere, bairro que adotou no coração, e onde escolheu constituir a sua família e criar seus filhos. Hoje, com 76 anos, casado, pai de três filhos e onze netos, possui o hábito de escrever de caneta tinteiro e diz que ainda pretende redigir um livro sobre suas memórias, mas necessita de tempo para organizar tantas realizações, desafios e momentos marcantes. Como foi sua trajetória profissional? Me formei em Direito pela UFMG aos 21 anos e ainda estava na faculdade quando fui eleito prefeito em minha cidade; tive que terminar os estudo e ir administrar a minha terra. Depois, aos 25 anos, já deputado estadual, me mudei para Belo Horizonte e, em 1966, fui novamente eleito para a mesma função. Em 1970 eu fui para a Câmara dos Deputados, cheguei lá com 33 anos, me lembro bem disso, mudei com a família para Brasília. Passei no Congresso Nacional o equivalente a cinco mandatos, ou seja, 20 anos como deputado federal. Cheguei a ser presidente da Câmara por um ano e meio, substituindo Flávio Marcílio. Voltei para Belo Horizonte quando terminei os meus mandatos, fui trabalhar no meu escritório de advocacia, e em paralelo fui presidente da Usiminas e membro do conselho de administração da Companhia Vale do Rio Doce. Foi quando Itamar Franco me chamou para ser ministro de Minas e Energia. Passei também pelas secretarias de Educação, Indústria e Comércio, Agropecuária e Meio Ambiente.

Sua vida profissional foi muito extensa, você ainda trabalha? Eu ainda trabalho, mas em casa. Tenho um escritório onde faço pareceres, preparo conferências e palestras que outros pronunciam. Eventualmente eu ainda faço algumas palestras e reuniões. Pretendo trabalhar até os 96 anos, depois disso eu paro (risos). há quanto tempo você mora no Belvedere? Há 32 anos eu moro no bairro, mudei-me para cá no dia 20 de outubro de 1981. A avenida em que eu moro – Celso Porfírio Machado – era o limite do bairro. Para lá da avenida, nas montanhas, não tinha nenhuma casa, nenhuma rua, nenhum pavimento, não tinha nada. Só existia mato e os animais. Tinha boi, vacas, bezerros, égua, eu acordava com eles relinchando na minha janela. O que você achou desta transformação? O bairro passou por uma acelerada transformação, aliás, eu diria uma aceleradíssima transformação. Eu até gostaria que o pé tivesse ficado mais alto

no acelerador, nós lutamos o quanto pudemos para que o bairro não se transformasse nesse santuário de edifícios que é hoje. Se ele tivesse continuado todo planejado, como foi no início, para ser um bairro só de casa, em vez de apartamentos e prédio de escritórios, como é a realidade dos dias atuais, o Belvedere seria muito mais tranquilo. Hoje o bairro já está tumultuado e mostrando visíveis sinais de complicações urbanas, notavelmente nas áreas de transporte, estacionamento e segurança. Tudo ganhou uma dimensão nova, devido a esse crescimento acelerado que o bairro sedimentou ao longo desses anos todos. O que você gosta de fazer por aqui? Eu faço caminhada todos os dias, adoro andar pelo bairro. É ótimo andar em torno da Lagoa Seca, lá está muito arborizado, o ar é muito mais puro devido às diversas espécies de árvores. Vou sempre aos eventos que acontecem por lá. Qual sua opinião sobre o tráfego? O tráfego na porta da minha casa, nesta parte


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antiga, no residencial de casas, que é representada pela Associação de Moradores do Bairro Belvedere, é tranquilo, não há problema nenhum. Mas se você começa a entrar na parte que foi ramificada por edifícios, já está ficando impossível qualquer possibilidade de estacionar. A não ser em estacionamentos pagos. Difícil.

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Há 32 anos no bairro, com certeza já deve ter vivido muitos momentos curiosos, tem algum para contar? O que eu me lembro muito é da construção da nossa paróquia, hoje ela está muito bonita, o padre Alexandre tem feito um trabalho muito elogiado por nós. Eu mesmo, de vez em quando, vou fazer as minhas preces e fico admirando a obra. Mas quando ela foi edificada, foi levantada do solo, éramos muito poucos aqui no bairro. O bairro, praticamente, só existia da Avenida Celso Porfírio Machado até a BR-040, não havia prédios, não havia nada que não fosse dentro dessa parte de casas. A construção foi pesada, exigiu muito esforço, muita solidariedade das pessoas, médicos, engenheiros, advogados, todos contribuíram.

Fizemos festas, promoções, rifas, tudo que estava ao alcance, para arrecadarmos fundos.

21/03/88 – Primeira visita à usina, após sua posse na Usiminas

27/09/93 – Na inauguração da Estrada de Ferro Vitória a Minas, quando ocupou o cargo de Ministro de Minas e Energia no Governo Itamar Franco

O que o belvedere representa para você e sua família? Eu tenho um grande carinho pelo Belvedere, pela vizinhança toda. Só que aqui ainda não há o hábito de visitar as casas, como existe no interior. Falo isso porque quando fui prefeito em São Domingos do Prata, todas as casa conviviam em absoluta integração, mesmo com os adversários políticos, era um paraíso de convivência. Aqui é diferente, as pessoas conversam, são amigas, solidárias, mas não há esse nível de integração casa a casa como eu conheci no interior. n

Fotos: arquivo pessoal

E a violência? A segurança aqui aumentou substancialmente, muitas casas foram invadidas pela ousadia dos “amigos do alheio”. Minha casa mesmo foi invadida outro dia, sofremos um ataque marcado por grande violência pessoal. Mas muita gente já sofreu isso por aqui. Vivemos hoje praticamente todos os problemas que marcam o cotidiano da vida belo-horizontina, não estamos imunes a nada.

entrevista

27/10/79 – Inauguração E. E. Abelardo Pereira, em Carandaí, como ministro da Educação no Governo Ernesto Geisel


Foto: divulgação

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| direito

discussões no sentido de se apontar o início da chamada imputabilidade penal, ou seja, o marco a partir do qual o sujeito já seria considerado como imputável pelo direito penal, o que faria com que pudesse ser a ele aplicada uma pena privativa de liberdade, ao invés de medidas consideradas como socioeducativas. No Brasil, a discussão vem ganhando corpo, uma vez que o crime organizado, principalmente as facções ligadas ao tráfico de drogas, se utiliza de menores por sua particular condição, que lhes facilita a saída do sistema punitivo. A discussão sobre o início da imputabilidade Rogério Greco penal acontece, basicamente, em todos os países Procurador de Justiça, Mestre e Doutor em Direito Penal do mundo. Não há um consenso quanto a isso. Para que se tenha uma ideia, apontaremos somente alguns países em cada continente, colocando ao lado o início da imputabilidade penal: a) Europa: Escócia (8 anos); Inglaterra (10 anos); Alemanha, Itália e Rússia (14 anos); Finlândia, Noruega e Suécia (15 anos); b) Ásia: Índia, Paquistão,Tailândia (7 Nos últimos tempos, tem crescido o número de jovens anos); Indonésia (8 anos); Filipinas (9 anos); Nepal (10 anos); infratores. O crescente aumento da criminalidade, aliado ao fato China e Vietnã (14 anos); c) África: África do Sul, Nigéria, (7 anos); de que, normalmente, a legislação aplicada aos jovens é mais Quênia (8 anos); Etiópia (9 anos); Marrocos (12 anos); Argélia (13 branda do que aquela destinada aos adultos, tem motivado anos); Egito (15 anos); d) América do Sul: Argentina e Chile (16

É necessária a redução da maioridade penal?

anos); Peru e Colômbia (18 anos); e) América do Norte: EUA (varia entre 6 a 18 anos, dependendo da legislação estadual); México (em torno de 11 ou 12 anos para a maioria dos estados). Para que pudéssemos discutir corretamente a redução da maioridade penal, teríamos que proporcionar a todos os adolescentes as mesmas condições sociais. Se, ainda assim, mesmo com o Estado cumprindo com suas funções sociais, os atos infracionais não diminuíssem, talvez fosse a hora de se repensar o limite da maioridade penal. Como dissemos anteriormente, grande parte dos atos infracionais ou é relacionada às drogas (consumo ou tráfico), ou a crimes contra o patrimônio. Se o Estado cumprisse com suas funções sociais, proporcionando uma vida digna àqueles que pertencem às classes sociais mais baixas, com toda certeza, diminuiríamos consideravelmente os crimes contra o patrimônio praticados por adolescentes infratores. A desigualdade social, na verdade, é a mola propulsora desse tipo de criminalidade. No entanto, é mais conveniente ao Estado punir, seletivamente, o miserável (porque será ele que continuará a frequentar nossos cárceres), do que implementar políticas públicas dignas de um Estado Democrático de Direito. Enfim, o discurso da redução da maioridade penal, além de não resolver o problema do aumento da criminalidade, somente abarrotará, ainda mais, nosso sistema prisional. n

esporte

Mulheres a toda prova Cada dia mais as pessoas se preocupam com a saúde e buscam exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis. Para fazer com que a atividade ganhe um estímulo a mais, vários eventos ao ar livre em prol do bem-estar têm sido frequentemente realizados na capital mineira. Dentre eles se destacam as corridas, idealizadas por grandes empresas e que proporcionam aos praticantes do esporte momentos de lazer, oficinas e uma oportunidade para ver na prática o resultado dos treinos, além de levarem aos bairros alegria e momentos de confraternização entre os moradores. O Belvedere, bairro referência em Belo Horizonte quando o assunto é corrida e bem-estar, recebeu, nos dias 25 e 26 de maio, um desses eventos, a 7° edição da “Encontro Delas”, uma competição para mulheres que reuniu cerca de cinco mil pessoas na Praça da Lagoa Seca e trouxe ao bairro vários moradores, atletas e amadores. André Lamounier, idealizador da corrida, afirma que o Belvedere não foi escolhido por acaso. “Escolhemos o Belvedere por ser um bairro saudável, bonito, que tem a cara dessa corrida. As pessoas aqui gostam de correr. É um lugar charmoso, de gente bonita, a ideia da corrida é conciliar saúde, beleza e bem-estar, e esse bairro tem a cara disso tudo”, comenta. Ana Paula Mariano, 43, moradora do Belvedere, que tem o costume de correr no bairro, participou do evento e afirmou gostar dessa movimentação que as corridas trazem ao local. “Corro quase todos os dias. O Bairro Belvedere tem um significado de saúde, de

vida, de vitalidade. Acho muito importante eventos de saúde, não só esse, como vários outros eventos que acontecem no bairro”, comenta a engenheira eletricista que corre há dez anos. A fisioterapeuta Bárbara de Miranda, 22, não perde esses eventos. Desta vez veio acompanhar a mãe, Otaísa, 51, que havia participado de um evento similar na Pampulha alguns dias antes. “Esta é a quarta corrida de que participo, sempre com minha mãe, este ano vim também com uma amiga”, relata Bárbara, que corre em média cinco vezes por semana e intercala o exercício com balé e academia. “Estes eventos são importantes para ver se o treino está bom, testar seu tempo”, acrescenta a fisioterapeuta. O Belvedere é também escolhido por pessoas que não moram no local para a prática de corrida, que também apoiam os eventos esportivos no bairro. “Corro no Belvedere três vezes por semana. Gosto de vir aqui, sei que vou encontrar outras pessoas correndo, isto é um estímulo. Já participei de outras edições, é uma corrida que acho interessante por ser um percurso mais curto, atrai vários iniciantes”, declara Maria Clara Castro, 38, administradora, que também compareceu ao evento no domingo. René Wakil Júnior, diretor de mercado da Fiemg e morador do Belvedere, se dirigia à Lagoa Seca para caminhar quando se deparou com o evento: “Sou totalmente a favor, isso traz uma alegria pro bairro, valoriza o bairro. Vim fazer uma caminhada e parei para ver a corrida, que está muito bem organizada e muito bacana. Quase todo dia venho aqui pra praça para fazer caminhada”, relata. n

Fotos: Lucas Alexandre Souza

corrida | Belvedere recebe mais um evento na Praça da Lagoa Seca

Ana Paula corre quase todos os dias e participou do evento

O evento reuniu 1.500 inscritos e gerou um público 5.000 pessoas


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jovem

Anime Festival

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Fotos: Bianca Skov/divulgação

Comportamento | Cultura japonesa se torna pop e ganha cada vez mais adeptos na cidade

A estudante Bárbara Brumano, 19, participou do bate-papo sobre moda japonesa, no estilo Lolita

O estudante de Eng, Civil, Marco Túlio Ferreira veio de Divinópolis para participar do Anime Festival

Há três anos a estudante Cindy de Aguiar, 16, faz cosplays. Dessa vez escolheu o personagem Ciel, do anime Kuroshitsuji (O Mordomo Negro)

Nos dias 18 e 19 de maio, a 24ª edição do Anime Festival possibilitou a oito mil fãs de anime, mangá e games a oportunidade de vivenciar um pouco do universo da cultura japonesa. Muitos entusiastas da cultura nipônica provaram seu carinho por personagens do universo dos games, através de “cosplays”, abreviação de “Costume Play”, que representa um hobby comum entre esses admiradores: vestir-se de seus personagens preferidos. O evento proporcionou aos visitantes karaokê com músicas dos desenhos, bate-papo sobre a moda feminina japonesa, shows de bandas de rock e pop japoneses e coreanos, exibição de animes, mesas para jogar RPG e uma arena onde participantes puderam brincar de luta medieval com espadas e machados de espuma. Mas entre as atrações, a mais aguardada era o concurso de cosplayers. Divididas entre quatro categorias, a competição contou com as modalidades livre, tradicional, grupo e desfile. Além do prêmio em dinheiro de mil reais, os vencedores garantem uma vaga para o concurso World Cosplay Summit (WCS) que seleciona a dupla representante de Minas Gerais na disputa nacional. A origem japonesa, ou a ficcionalidade não foram critérios para a escolha dos cosplayers. A categoria livre permitiu que muitos personagens conhecidos do grande público fossem personificados. Entre os homenageados estavam Freddy Krueger, Michael Jackson, Stormtroopers de Star Wars, Homem de Ferro, Caça-fantasmas e Robocop. Acompanhada pela mãe, a estudante Cindy de Aguiar, 16, lamentou ter perdido a inscrição para o concurso. “Já fiz cosplays nos três últimos anos nesse evento. Infelizmente desta vez eu cheguei uma hora depois do encerramento das inscrições.” Os visitantes puderam ainda aproveitar as dezenas de stands que ofereciam desde botons e canecas até itens de colecionador, como exemplares raros de mangás e bonecos temáticos dos animes. É o que confirma a diretora do Anime Festival, Naira Gonçalves. “No festival, a gente consegue juntar lojistas do Brasil inteiro num único ponto. É uma oportunidade de compras, coisas que as pessoas jamais conseguiriam encontrar em Belo Horizonte elas encontram nesses dois dias. Tem

de tudo, inclusive edições especiais e raras.” anime Cavaleiros do Zodíaco. Na categoria liSegundo a organizadora a demanda só vem vre, a vencedora foi Gláucia Palhares, com o aumentando. “Podemos ver o crescimento, em cosplay de Princesa Jujuba, do desenho Advennosso primeiro evento, em 2004, vieram cer- ture Time. O grupo Bersek venceu na categoria ca de 700 pessoas. Hoje temos um público de tradicional. Após as premiações, as bandas Litoito mil pessoas,” afirma. Com quatro eventos tle Joke e Surge ainda animaram o público com ao ano, as próximas edições do Anime Festival repertório de bandas conhecidas do rock interjá têm as datas pré-marcadas para agosto e no- nacional, e, claro, do rock japonês. n vembro. Naira explica o crescimento do público. “Antes o pessoal olhava um pouco torto pra quem gostava. Tinha a visão de que era uma coisa de gente esquisita ou de criança. Isso mudou, hoje anime é pop.” Ela aponta essa desmistificação do perfil do público como propulsor da difusão da cultura nipônica. “Quem gosta de anime gosta de assistir aos vídeos do Psy na internet, de jogar vídeo-game no tempo livre e de Michael JaDesenvolvimento e melhoria contínua de pessoas e grupos através ckson. É um público de palestras, cursos, encontros, filmes e coaching pessoal e espiritual. que adora essa aura pop, que o meio possui. Além de possuir PAPOMARCADO PENSEMELHOR perfis bem variados”, Abordagem de temas Cursos temáticos de do cotidiano. filosofia. completa. ATIVIDADES Na categoria desMENSAIS VIVAMELHOR CINESEREPERTENCER file, o vencedor foi Cursos de espiritualidade Sessões de filmes com discussão Douglas Melo, que se e autoconhecimento. sobre temas diversos. caracterizou como o Devil May Cry, personagem de um game inspirado em uma série de mangá. A vencedora da categoria tradicional, Bruna Cambraia, se vestiu Av. Prof. Cristovam dos Santos, 420. Belvedere. Ligue agora: como o personagem www.serepertencer.com.br 3586.7013 | 9645.2988 | 8499.7013 masculino Shun, do

DESCUBRA-SE


moda |

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Isadora vargas

isadora.vargas@urbhano.com.br

Geração saúde Foto: Photoshoot/divulgação

Fitness | A moda é ser saudável >> GO AFTER IT >>

Foto: divulgação

Candice Swanepoel veste Victoria’s Secret Workout

Coleção Spring Summer 2013 - Adidas by Stella McCartney

Quem disse que estar na moda é sinônimo de usar roupas caras, sapatos e bolsas de marca e acessórios pra lá de extravagantes, está muito enganado. Recentemente, Stella McCartney fez uma parceria com a Adidas e montou uma coleção inspirada em levar o exercício para o lado de fora da academia e na atividade ao ar livre. A coleção apresenta um design simples e confortável que se adapta à forma do corpo. Atualmente, observa-se uma significativa quantidade de pessoas saindo de casa com roupas esportivas nas ruas, o que evidencia a vontade de transparecer que ser saudável está na moda. O conceito de corpo bonito dos últimos anos influenciou a indústria da moda e abriu espaço para a moda fitness ficar mais

em evidência, uma vez que as top models estão adquirindo essa nova forma de viver e deixando de lado um

net, as redes sociais e toda a mídia online começaram a dar sinais da união de pessoas saudáveis para

corpo esquelético e aparentemente prejudicial à saúde. Já faz um certo te m p o q u e a i n t e r -

promover melhores hábitos de alimentação e rotina de exercícios físicos. Portanto, os entusiastas da vida

saudável estão em um momento de extrema alegria, com a explosão dos blogs e perfis dos adoradores de fitness. Blogueiras de sucesso, como Dani Sabino (BH), Carol Buffara (RJ) e Gabriela Pugliese (SP), fazem parte desta geração saúde. Elas dedicam grande parte do seu tempo a aconselhar, motivar e dar dicas de treinos e deliciosas receitas light, que são cruciais para a reeducação alimentar e que, ao contrário do que muitos imaginam, são atraentes e agradam, e muito, o paladar. É tudo uma questão de hábito. Prova disso, e assim como deve ser, as blogueiras mais influentes da moda brincam com um jogo de esconde e mostra, revelando por debaixo de suas roupas estilosas e dos looks do dia um corpo sarado e harmônico. n

mais que um restaurante, uma experiência gastronômica.

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gente

No evento realizado no dia 23 de maio no Expominas, o presidente da Aethra Sistemas Automotivos S.A, Pietro Sportelli, recebeu o título de Industrial do Ano. Quinze empresários foram homenageados com a Medalha do Mérito Industrial.

Fotos: Sebastião Jacinto/divulgação

fiemg comemora o dia da indústria 2013

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Alberto Pinto Coelho, Pietro Sportelli, Olavo Machado Junior e Robson Andrade

O empresário Pietro Sportelli recebeu o título de Industrial do Ano

Belo Horizonte recebeu ontem o simpático baixista americano, Stanley Clarke, e sua banda na abertura da 6ª edição do Circuito ViJazz&Blues Festival, no Sesc Palladium. O público conferiu um show a parte que ficou por conta do duelo entre o líder da banda, Stanley, e o baterista Michael Mitchell. A plateia demorou a se movimentar para ir embora mesmo depois de a banda ter tocado um demorado bis.

Fotos: Guilherme Bergamini

UM SHOW à PARTE

Olavo Machado Junior, presidente da Fiemg, discursa para os convidados

A banda com o superintendente de Cultura do Sesc Minas Gerais, Gustavo Guimarães Henrique (blusa pólo amarela e calça jeans), a gerente do Sesc Palladium, Milena Pedrosa, e o artista plástico e idealizador do Festival, Sergio Ramos (blazer preto).

Andrezza Perfeito e Júlia Garcia

Os sócios Raphael Tolentino, Felipe Felix e Lourenço Roldão

Rullus Buffet assina lançamento do livro de Angela Gutierrez no museu de artes e ofícios Foto: Marcelo Butchelo

coquetel de comemoração do lançamento do 1º showroom da live automação em bh

Foto: Larissa Henriques

lançamento da coleção Alto Inverno da grife Lacob no Belvedere, nova loja de Andrezza Perfeito

Foto: Carlos Olímpia

O duelo entre Stanley e Michael

Ana Cristina Marquito, Magdi Shaat e Angela Gutierrez



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