Urbhano Belvedere nº 12

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16 a 31 . agosto de 2013 . ANO I . Número 12 . Distribuição gratuita

URBHANO

On-line: www.urbhano.com.br

BELVEDERE

Foto: Lucas Alexandre Souza

tudo que inteRessa no seu bairro está aqui

O esporte do Belvedere

para cuidar do corpo, fazer novas amizades ou fechar negócios, a pluralidade do tênis tem atraído cada vez mais moradores do bairro para as quadras.

entrevista

gastronomia

as estampas de azulejos portugueses desembarcam para dar mais cor, requinte e feminilidade ao verão brasileiro pág. 12

para reunir os amigos e curtir a tranquilidade da própria casa, Aumenta a procura por Personal Chefs no belvedere pág. 13

Foto: Lúcia Sebe

o empresário carlos carneiro costa conta sobre seu espírito empreendedor e curiosidades sobre sua vida e sua carreira pág. 10

moda

tecnologia Sites e aplicativos ajudam os fanáticos por séries a se organizarem, além de promover interação entre os fÃs pág. 14 ESPECIALIZADA LAND ROVER

cultura

Fonte - Tumbleweed C 1 M 0 Y 21 K 0

Guia de museus Os centros culturais são uma opção diversificada de lazer e conhecimento Pág. 6

C 90 M 36 Y 100 K 3

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editorial frasesURBHANAS

Foto: Lucas Alexandre Souza

Falei com o presidente da Câmara, o deputado Henrique Alves [PMDB-RN], mas ele só diz que está analisando. Quero apenas que a Direção da Câmara diga se considera ou não haver fato determinado para a instalação da CPI. Como isso não acontece, vou ao STF pedir que essa decisão seja exigida da Câmara. Deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR-AL), que tenta viabilizar a CPI da Petrobras em Brasília Foto: Divulgação/ESPN

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Caro Leitor, Completamos 6 meses de atuação no Belvedere. Durante este período, mergulhamos no cotidiano do bairro para descobrir aquilo que ele oferece de melhor. Foi uma experiência única, que nos ajudou a compreender um pouco mais os anseios e as expectativas dos moradores. A participação da comunidade foi fundamental para o sucesso do nosso trabalho. As sugestões de pauta encaminhadas, os artigos

Eu vou me aposentar quando perceber que entrei para a história e estiver pronta para ter filhos. Ronda Rousey, Campeã Peso Galo do UFC, em seu twitter

sugeridos e as denúncias relatadas contribuíram para a definição do norte de cada edição. Contamos com essa mesma contribuição nos próximos trabalhos, a fim de que possamos continuar apresentando um conteúdo exclusivo,

A gente não aguenta mais, a família está sofrendo. Não conseguimos nem trabalhar. Se soubéssemos quem é [o assassino], já tínhamos falado. Sebastião de Oliveira Costa, após prestar depoimento no DHPP, sobre a morte do policial da ROTA e sua família em Brasilândia, Zona Norte de São Paulo

com qualidade e informação. O grande sucesso do URBHANO Belvedere, que teve aceitação acima das expectativas, nos levou a antecipar uma das futuras expansões. Assim, no dia 17 de julho foi lançado o Jornal URBHANO Mangabeiras/Sion. O evento, que contou com a participação de agências, asses-

Ela é a mulher da minha vida e para o resto da vida. Rodrigo Hilbert , em entrevista à Revista A, sobre Fernanda Lima

sorias, parceiros e colaboradores, forneceu um panorama dos lançamentos que estão por vir. O cenário é próspero, mas os novos espaços deverão ser desbravados com o mesmo empenho e dedicação demonstrados nas edições anteriores. Em nome de toda nossa equipe, agradeço a

Jornal URBHANO nas redes sociais

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todos os leitores e colaboradores do URBHANO Belvedere, bem como àqueles que acreditaram neste projeto. Nossos parceiros comerciais sempre apostaram em um jornalismo sério, imparcial e objetivo, que pretendia ultrapassar os limites de um simples noticiário para se tornar um canal de diálogo com a comunidade. A todos vocês, nosso muito obrigado! Que esta 12ª edição sirva de aperitivo para

Sua opinião é muito importante. Envie suas sugestões de pauta, críticas e elogios para redacao.belvedere@urbhano.com.br ou por carta para Jornal URBHANO Rua Calcedônia, 97 . Prado CEP 30411-103 . Belo Horizonte . MG Tel.: 31 2516.1801 | Cel.: 31 9663.7427 BELVEDERE

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O Jornal URBHANO não se responsabiliza por opiniões, comentários, análises e pontos de vista expressos pelos colunistas e articulistas.

o que ainda está por vir. Que Deus nos abençoe nesta empreitada! Cordialmente,

Adriano Aro

URBHANO BELVEDERE é uma publicação da Editora URBHANA Ltda. CNPJ 17.403.672/0001-40 Insc. Municipal 474573/001-1 Impressão: Bigráfica Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição gratuita - quinzenal

Diretor GERAL/JURÍDICO Adriano Aro adriano.aro@urbhano.com.br

Departamento FINANCEIRO Marli Ferreira marli.ferreira@urbhano.com.br

Diretor COMERCIAL/PUBLICIDADE Clovis Mello | 31 2516.1801 clovis.mello@urbhano.com.br

Jornalista RESPONSÁVEL Raíssa Daldegan | R18.320/MG raissa@urbhano.com.br

Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Daniela Greco e Renata Diniz


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local

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Acusados na cadeia

Segurança | Sequestradores que agiam na Região Centro-sul foram presos no início do mês tantes ameaças, eles pegavam os cartões e as senhas das vítimas e as repassavam para outro envolvido, que Foto: Shutterstock

No dia 6 de agosto, a Polícia Civil de Minas Gerais apresentou os seis suspeitos presos por extorsão e sequestro relâmpago na região Sul de Belo Horizonte. De acordo com o inquérito, os envolvidos eram integrantes de dois grupos criminosos. Após dois meses de investigação, policiais das 1ª e 3ª Delegacias Sul localizaram os dois grupos atuantes nos bairros Belvedere, Mangabeiras, Sion e São Pedro. Os seis suspeitos foram presos por meio de mandados de prisão, expedidos pela Justiça durante o inquérito. Segundo a Polícia Civil, ao longo de nove meses, nove ocorrências, envolvendo 13 vítimas, foram confirmadas. Apesar dos suspeitos pertencerem a grupos diferentes, eles chegaram a agir juntos em um sequestro. Além disso, todos os envolvidos são moradores do Bairro Industrial, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o que reforça a ligação dos envolvidos, segundo a delegada. Sete criminosos foram investigados, mas apenas seis acabaram presos, já que havia um menor de idade na época das prisões que não foi preso. Todos foram autuados por extorsão, roubo e formação de quadrilha. Os dois grupos procuravam ao acaso os alvos para os assaltos e sequestros. Após renderem a pessoa, tomavam a direção do veículo e seguiam em direção a Contagem. No caminho, mediante violência e cons-

seguia para o banco e realizava saques. Enquanto isso, os responsáveis pelo sequestro continuavam rodando com as vítimas esperando a confirmação do roubo. Após o delito, as pessoas e os veículos eram deixados em locais diferentes.

Uma das quadrilhas era composta por Charles Simil Marques, 35, Érik Thalison Soares dos Santos, 18, e Marcos Henrique Guimarães Costa, 21. O segundo grupo era formado por Rogério Lopes Pimenta Junior, 21, Kyllder Fernandes Dias Fonseca, 20, e Roberth Rithelle Lopes Moreira, 22, e um adolescente. Os criminosos agiam de maneira violenta, agredindo reféns fisicamente e verbalmente. Em um dos episódios de assalto uma das vítimas chegou a ser baleada. As prisões do início do mês e as de outros seis sequestradores durante a operação Scorpion da Polícia Civil no final de junho não foram suficientes para tranquilizar os moradores do Belvedere, ao menos para o engenheiro civil Fernando Abreu, 51. “Não me sinto mais seguro, porque tenho dois filhos pequenos, e eles gostam de andar de bicicleta pelas ruas do bairro, então não tem como não ficar com o pé atrás.” Apesar dos esforços das autoridades, o engenheiro ainda reclama da falta de policiamento na região durante a noite. Fernando conta que seu medo foi intensificado após a esposa de um amigo ter sido vítima de sequestro. “Tenho medo da onda de sequestros, um amigo meu já sofreu com isso. Pegaram a esposa dele e o porteiro do prédio. E eles foram deixados só em Macacos, dentro de um porta-malas. Isso deixaria qualquer um traumatizado”, pontua. n


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bem estar

Perigos do estresse

Com o objetivo de promover uma qualidade de vida melhor para a família, diversos profissionais acabam negligenciando o próprio bem-estar. Um

dos principais motivos é a crescente cultura da alta produtividade em um curto espaço de tempo. Esse fator, antes predominante em países como Estados Unidos, Japão e Alemanha, tem se mostrado cada vez mais forte no Brasil. A privação de momentos de lazer e relaxamento podem ter como resultado as “doenças da vida moderna”, como estresse, síndrome do pânico, depressão, eentre outras enfermidades. Problemas vistos, por muitas vezes, de forma banal e sem importância, mas que podem levar a transtornos extremos. É o que afirma o neurocientista coach do Instituto Brasileiro de Gestão Avançada (IBGA), Aguilar Pinheiro. Além de problemas psicológicos, o organismo ainda sofre patologias físicas por causa do estresse. “Nos casos de situações extremas podem ocorrer ansiedade crônica, depressão, irritabilidade, perda de memória, distúrbios do sono, etc. Todos esses aspectos afetam o sistema nervoso e podem comprometer as defesas imunológicas, podendo desencadear gastrites, úlceras, impotência sexual ou infertilidade, etc”, alerta o neurocientista. Segundo Aguilar, os problemas com o estres-

se não estão diretamente ligados com a profissão exercida. Na verdade, a causa do estresse estaria relacionada à forma como esse trabalhador encara situações conflitantes em sua rotina de trabalho. “O médico no pronto-socorro, o motorista no trânsito congestionado, um juiz de futebol numa final de campeonato, uma professora no jardim de infância ou o cozinheiro em um restaurante lotado de clientes famintos. As situações estão de acordo com seus contextos, em situações de alta exigência. O estresse de cada um depende de seu estado emocional, da sua experiência de vida e, inclusive, de seu estado físico: qualidade de sono, alimentação, etc.” Apesar dos transtornos que episódios de estresse podem acarretar, acontecimentos do gênero nem sempre são a causa de patologias. Existem episódios em que o estresse atua de forma benéfica: são os casos de pessoas que adoram desafios e precisam de novidade, pressão e inovação para tomar decisões e produzir resultados. Esses são os adeptos do eutress (estresse produtivo). No entanto, quando o indivíduo enfrenta dificuldades para lidar com situações divergentes, o diestresse (estresse negativo) está presente. Surgem então alguns sintomas que mostram que o organismo não está bem, caracterizados por quadros de impaciência, intolerância, confusão mental e desequilíbrio emocional. O especialista afirma que a incapacidade de dizer não e tomar decisões, como, por exemplo: a dúvida sobre permanecer numa empresa ou numa profissão, pode causar diestresse, sendo, portanto, prejudicial à saúde. Segundo dados da advogada e autora do livro Síndrome do pânico e trabalho, Maria Inês,

Foto: Menina dos Olhos

Foto: Shutterstock

Pânico no ambiente de trabalho | moradora do Belvedere lança seu segundo livro sobre o assunto

Maria Inês, advogada e autora do livro Síndrome do pânico e trabalho

um dos males gerados por esse tipo de estresse é a síndrome do pânico. A depressão, o TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), o TAG (transtorno da ansiedade generalizada) e a síndrome são a segunda maior causa de incapacitação no mundo, perdendo apenas para a LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Com 20 anos de experiência em direito trabalhista, a advogada e moradora do Belvedere Maria Inês conta que já trabalhou em diversos casos de funcionários que foram além do limite saudável de estresse e passaram a sofrer das patologias. São casos nos quais o agravamento do estresse exigiu acompanhamento médico desses pacientes. Os motivos da disfunção psicológica são variados, vão desde jornadas exaustivas de trabalho, imposição de metas, até assédio moral e sexual por parte do empregador. A experiência da advogada foi concretizada em seu livro que trata o tema da síndrome do pânico no ambiente de trabalho. A obra, que será lançada em setembro, apresenta relatos de profissionais de Belo Horizonte, muitos deles moradores do bairro Belvedere, que foram acometidos pelo problema. A autora afirma que, no bairro, os profissionais mais afetados são os que atuam na área da saúde em geral, além dos bancários, ven-

dedores, analistas de sistemas e advogados. Segundo a escritora, o estresse é um dos gatilhos disparadores do pânico. “Uma carga muito grande de estresse no ser humano faz com que a pessoa tenha uma queda em seu nível de serotonina, substância do cérebro ligada à sensação de prazer. Pessoas que estejam suportando uma elevada carga de estresse, e têm uma queda do nível de serotonina, são potenciais vítimas do pânico”, adverte. A advogada ainda ressalta que hoje, por lei, a síndrome pode levar um trabalhador a se aposentar mais cedo, tendo em vista que é uma doença incapacitante. Nos casos mais graves, impõe ao paciente uma série de limitações. “A pessoa não consegue tomar banho sozinha, atravessar a rua ou andar de elevador”, explica. A autora acredita, ainda, que a melhor alternativa para quem sofre da doença é aliar tratamento psiquiátrico e psicológico. Maria Inês também aponta que aulas de yoga, acupuntura e terapias relaxantes podem ser importantes aliados para o tratamento convencional. Isto porque tais atividades aumentam o nível de serotonina no organismo, tendo grande valor na prevenção de problemas decorrentes do estresse. n


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especial

| direito

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Foto: arquivo pessoal

70 ANOS DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

Raphael Horta Advogado do escritório Marcelo Tostes Advogados

Em um governo marcado pelo nacionalismo e pelo populismo, Getúlio Vargas, na aurora do Estado Novo, criou a Justiça do Trabalho, em 1939, implantando vários direitos trabalhistas, entre os quais o salário mínimo, a carteira profissional e as férias remuneradas. Mas sem sombra de dúvidas, o maior legado varguista foi mesmo a Consolidação das Leis do Trabalho, que reuniu várias leis trabalhistas esparsas em um único texto e que, em 2013, completa 70 anos. Embora aprovada em 1º de maio, a CLT entrou em vigor apenas em 10 de novembro de 1943, sem a participação do Congresso, dissolvido pelo Estado Popular de Vargas, mas com participação significativa dos sindicatos e dos empresários que analisaram o anteprojeto para proposição de mudanças – aí reside

o relativo sucesso desta consolidação. Mas, para que a CLT fique mais rente à sociedade brasileira, é necessário que ela abandone o apego excessivo às pessoas físicas e se volte também para a realidade das pessoas jurídicas, motores econômicos do país. E isso significa modernizá-la para incorporar verdadeiros princípios da flexibilização e da autonomia privada coletiva, consagrados na própria Constituição da República, o que certamente reduzirá a grande quantidade de jurisprudências desiguais dos tribunais trabalhistas sobre um mesmo tema, aumentando, assim, a segurança das empresas na condução das relações de trabalho e emprego. n Por Raphael Horta Advogado do escritório Marcelo Tostes Advogados


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cultura

Guia de museus

Foto: Fernando Martins

Conhecimento | Os centros culturais são uma ótima opção de lazer em belo horizonte

O Memorial Minas Gerais faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade e utiliza novas tecnologias para contar a história do estado.

300 museus, o que demonstra que os mineiros sabem conservar e guardar a sua história ao longo dos anos. “Minas Gerais é muito rica e diversa culturalmente. A presença dos museus sempre fez parte da nossa cultura. Prova disso é o Museu Mineiro, criado em 1895, juntamente com o Arquivo Público Mineiro. O Museu Mineiro é uma das instituições museológicas públicas mais antigas de nosso estado”, conta a secretária de Cultura. Os museus são uma ótima opção de passeio, pois além de uma nova experiência, apresentam um ambiente que inspira busca por conhecimento. É importante ressaltar que

uma forma muito descontraída e atrativa. São cenários reais e virtuais que se misturam para criar experiências e sensações que levam o público do século XVII ao século XX. A mistura de histórias antigas com os artefatos das novas tecnologias faz com que o passeio em museus seja interessante e dinâmico. A secretária de Cultura do Estado de Minas Gerais, Eliane Parreiras, indica os museus para quem vem conhecer a cidade pela primeira vez. “Classifico como de igual importância todos os museus existentes em Minas Gerais, mas, se fosse recomendar a pessoas de outros estados alguma instituição

os centros culturais têm se reciclado com o passar dos anos, hoje já não são apenas um espaço com objetos antigos e documentos em exposição. Muitos museus estão acompanhando as novas tecnologias e apresentando novas formas de interação com o público, através de meios digitais. O Museu das Telecomunicações (situado no alto da Avenida Afonso Pena), por exemplo, permite ao visitante fazer o seu próprio roteiro de visita e o convida a participar e interagir em diversas atividades. O Memorial Minas Gerais Vale, que faz parte do circuito da Praça da Liberdade, também segue essa tendência e conta a história do estado de

que tivesse acervo referente a Minas, indicaria o Centro de Arte Popular – Cemig, onde há trabalhos artesanais que refletem a identidade de parte do povo mineiro. Já o Museu Mineiro e o Arquivo Público contêm material que remonta à história oficial do Estado. Ademais, para enriquecimento pessoal, indico qualquer instituição que se dedique à formação artística e cultural do indivíduo.” E para os moradores de Belo Horizonte que ainda não conhecem as riquezas dos nossos museus, o jornal URBHANO separou alguns, entre tantos, para indicar uma visita. n

Foto: Lúcia Sebe

Espaço TIM UFMG do Conhecimento

O Museu das Minas e dos Metais

Foto: Daniel Mansur

pular Cemig, Espaço TIM UFMG do Conhecimento, Memorial Minas Gerais Vale, Museu das Minas e do Metal, Museu Mineiro e Palácio da Liberdade. Localizado em um ponto privilegiado da cidade, o conjunto cultural tem atraído cada vez mais visitantes. “A visitação dos museus tem integrado cada dia mais a programação de lazer dos moradores da capital mineira. De 2010 até janeiro deste ano, quase dois milhões de pessoas visitaram o Circuito Cultural Praça da Liberdade. O número confirma essa tendência, e acreditamos que irá aumentar”, declara a secretária de Cultura, Eliane Parreiras. No estado há mais de

Foto: Jomar Bragança

O complexo de oito museus que compõe o circuito cultural da Praça da Liberdade tornou-se o maior conjunto cultural do Brasil. Inaugurado em 2010, após a transferência das secretarias de governo para a Cidade Administrativa, os prédios passaram a acolher museus de diferentes áreas do conhecimento, compondo uma rica diversidade para os belo-horizontinos. A novidade tornou-se possível graças a uma parceria público-privada, realizada por várias empresas, que deu muito certo. Os oito museus que compõem o circuito são: Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Centro de Arte Po-

Sala de Sessões do Museu Mineiro


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cultura

URBHANO bons passeios! guarde este guia para se programar BELVEDERE

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Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG

É um ótimo passeio para sábado à tarde, para levar a família toda e desfrutar do ar livre. São 600.000 m2 de área verde dentro de Belo Horizonte. Muito visitado por escolas, mas pouco conhecido pelo público em geral, o museu oferece um amplo campo de conhecimento e interação. Ele abriga exposições permanentes de Arqueologia, Mineralogia, Paleontologia, Física e Química. Além das exposições temporárias que são renovadas a cada estação do ano. O Museu ainda guarda um importante tesouro da arte popular: oURBHANO Presépio do Pipiripau. É possível também fazer trilhas pelo museu.

Entrada R$ 8,00 - Inteira | R$ 4,00 – Meia funcionamento Terça a sexta – 9 às 16h Sábado e domingo – 10 às 17h Endereço Rua Gustavo da Silveira, 1035 Santa Inês – Belo Horizonte

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Museu das Telecomunicações / Oi Futuro

O Museu das Telecomunicações é para as pessoas de todas as idades sentirem-se à vontade. Construído para contar a aventura da comunicação humana, com o olhar voltado para o passado, o presente e o Futuro. Inspirado no hipertexto, que são camadas de informações que vão sendo reveladas, como num formato digital, o Museu inova e dá ao visitante a possibilidade de construir seu próprio roteiro, seu próprio tempo. No Museu das Telecomunicações o visitante é simultaneamente ator e URBHANO espectador.

Entrada Franca funcionamento Terça a domingo – 11 às 17h Endereço Av. Afonso Pena, 4.001 Térreo – Mangabeiras Belo Horizonte

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Museu Inimá de Paula

O Museu Inimá de Paula, inaugurado em 2008, reúne em Belo Horizonte um acervo permanente dedicado ao pintor Inimá, traçando um panorama completo de sua vida e obra. São expostas cerca de 80 obras do artista, em constante rodízio, acompanhadas da remontagem de seu Atelier, Sala de Autorretratos e Galeria Virtual.

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Entrada Franca funcionamento Terça, quarta, sexta e sáb. – 10 às 19h Quinta – 12 às 21h Domingo – 12 às 19h Endereço Rua da Bahia, 1.201 – Centro – BH

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Museu de Arte da Pampulha

Projetado para ser um cassino, no início da década de 1940, sob a administração do prefeito Juscelino Kubitschek, o prédio que hoje abriga o Museu de Arte da Pampulha foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Os jardins que circundam o prédio foram criados pelo importante paisagista Roberto Burle Marx e construídos com espécies da nossa flora brasileira. Com a proibição do jogo no Brasil em 1946, o prédio do cassino hibernou por cerca de dez anos, e, em 1957, foi criado o Museu de Arte da Pampulha. O acervo é composto por trabalhos de Alberto da Veiga Guignard, Emiliano Di Cavalcanti, Ivan Serpa, Tomie Ohtake, Franz Weissman e Amilcar de Castro, além de uma significativa coleção de gravuras brasileiras, que conta com importante produção de Oswaldo Goeldi. O acervo, com cerca de 1,5 mil obras, é mostrado ao público periodicamente, URBHANO em exposições produzidas para espaços culturais da capital e de outras cidades mineiras.

Entrada Franca funcionamento Terça a domingo – 9 às 18h Endereço Av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585 Pampulha Belo Horizonte

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Museu dos Brinquedos

Inaugurado em outubro de 2006, o Museu dos Brinquedos é fruto da coleção de Azevedo Meyer. O acervo preservado por ele fica à disposição dos que buscam voltar no tempo. O local, que tem a missão de preservar, conhecer e difundir o patrimônio cultural lúdico da infância no Brasil, é pioneiro em Minas Gerais. A coleção inclui mais de cinco mil peças, do final do século 19 até os dias atuais, como jogos, piorras, bonecas, carrinhos, fortes apaches, cavalinhos de pau, lanternas mágicas, instrumentos musicais, fantoches, livros, discos e outras URBHANO pequenas joias. O museu realiza mostras itinerantes, cursos e oficinas.

Entrada R$ 8,00 - Inteira | R$ 4,00 – Meia funcionamento Segunda a sexta – 9 às 17h Sábados e feriados – 10 às 17h Endereço Avenida Afonso Pena, 2564 Funcionários – Belo Horizonte

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Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias

O Palácio da Liberdade – antiga casa dos governadores mineiros – agora pode ser conhecido em detalhes pelo grande público. O Governo de Minas inaugurou no dia 29 de julho o projeto do curador e designer Marcello Dantas, que transforma o Palácio oficialmente em museu. Com a exposição “Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias”, o museu apresenta uma série de curiosidades para quem passar pelos 30 cômodos que integram o roteiro de visitas, revelando detalhes sobre 16 ex-governadores do estado – de Afonso Pena a Itamar Franco; além de fatos políticos que marcaram a história de Minas Gerais e do Brasil.

Entrada R$ 8,00 - Inteira | R$ 4,00 – Meia funcionamento Sábados, domingos e feriados 10 às 16h Endereço Praça da Liberdade, Funcionários Belo Horizonte

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matéria de capa

O preferido do bairro

Fotos: Lucas Alexandre Souza

Esporte | A grande maioria das casas e prédios do belvedere possui quadras de tênis

O prodígio do tênis Lucas Abreu exibe sua medalha de primeiro lugar do Circuito Nacional dos Correios, etapa Rio de Janeiro

O Belvedere se destaca por vários aspectos no cenário belo-horizontino, e a prática do tênis é um deles. O esporte faz parte da cultura local e está tão arraigado na região que é difícil perceber se as pessoas são adeptas pelos hábitos da comunidade local ou pelos benefícios oferecidos pela prática da atividade. É o que confirma o professor de tênis Ailton Marques, 48, com 30 anos de experiência como professor da modalidade, 10 deles no bairro. Segundo ele, o fato de ser um esporte de elite contribui, mas não é o único fator que impulsiona o tênis no Belvedere. “As pessoas hoje procuram melhor qualidade de vida, e o esporte em geral é bom para a saúde. Mas também temos o crescimento físico, a amizade entre eles (praticantes), e para as crianças, que gostam muito de competições, ensina a ter determinação e a alcançar um objetivo”, comenta. O treinador relembra que foi um dos primeiros professores do atleta Bruno Soares, que recebeu o título Masters 1000 da ATP ao vencer o torneio de duplas de Montreal, ao lado do austríaco Alexander Peya. O mineiro é dono da 4° melhor colocação no ranking de duplas do mundo. A boa aceitação do esporte em todas as faixas etárias do Belvedere impede a delimitação de um perfil entre seus praticantes. São empresários, juízes, médicos, engenheiros, e claro, muitas crianças, como é o caso do pequeno Lucas Abreu. Com apenas 10 anos, Lucas já mostrou que tem potencial para se tornar um grande tenista. Com aulas de segunda a sexta no bairro, o menino já conquistou o concurso nacional no Rio de Janeiro, Kia Motors, Copa

Minas Tênis Clube, além de outras dezenas de campeonatos estaduais e nacionais. Para Fabíola Abreu, mãe de Lucas, o esporte vai além do lazer. “O tênis ensina a ele tudo. A ter mais concentração, disciplina, foco e responsabilidade com horários, e auxilia na socialização. Ele ainda aprende a ganhar e perder com respeito ao adversário.” Para os empresários praticantes, a modalidade ganha uma dimensão ainda mais ampla. Afinal, muitos negócios são fechados dentro das quadras de tênis. O empresário Roberto Silveira, 47, praticante há 10 anos, mesmo com muitos compromissos, não abre mão da prática três vezes por semana. “A agenda não me atrapalha, porque o hobby tem seu espaço dentro da minha agenda.” Segundo Roberto, o tênis pode ser utilizado como estratégia nos negócios, devido à grande capacidade de socialização do esporte. “Já financiei torneios com esse objetivo. Além de poder ainda divulgar uma marca, fazer um networking, me aproximar dos empresários, divulgar meu interesse comercial. Então realmente esse objetivo também existe. Quem não é visto não é lembrado.” O empresário, entretanto, ressalta que a maior motivação do tênis não é a busca pelo sucesso empresarial, e sim o relacionamento e a interação com os amigos. Características valorizadas pelo também empresário Rômulo Benin, 46, que praticou o esporte durante a infância, fez uma pausa durante a fase adulta e há seis anos retomou a prática. Três vezes por semana Rômulo tem aulas no Belvedere, e a paixão pelo hobby agora é dividida com os filhos de 7 e 9 anos. “Eles adoram. Eu brinco que os co-

loquei pra jogar tênis para ter parceiros de jogo no futuro. Com 11 anos esses meninos estão prontos pra jogar, daqui a três anos estarão ganhando de mim”, comenta. Para o empresário, o Belvedere ainda vem se mostrando um campo fértil para novos talentos no esporte. “No Belvedere tem crianças de 10 anos que são impressionante de se ver jogar, é uma força que eles já têm na batida, e com precisão. Isso tudo é uma técnica que eles aprendem lá (nas escolas de tênis)”. Rômulo afirma que o bairro disponibiliza uma ótima estrutura para o desenvolvimento desses pequenos atletas e outros interessados pelo esporte, entretanto, acredita que as quadras vêm perdendo espaço na região. “O Belvedere tem uma boa estrutura, mas perdeu com esses problemas imobiliários de Belo Horizonte. O bairro tinha boas quadras, mas estão levantando prédios no lugar. Tudo bem que alguns desses prédios têm quadras de tênis, mas mesmo assim...”, reclama. Para ele, isso acentua ainda mais a necessidade de se buscar um bom ensino no esporte. “Você tem outros adversários na academia, então você desenvolve mais rápido se fica num grupo mais competitivo.” Apesar de acreditar que o tênis é em primeiro lugar um lazer, o empresário afirma que o esporte vai muito além, promovendo benefícios em todos os âmbitos da vida, entre eles, os campos físico e psicológico. “O tênis é um esporte em que você não pode se afobar. Exige um exercício mental mesmo, não é um esporte só físico, não. Você pode ficar quatro horas dentro de uma partida. O tênis te ajuda, porque ele cria em você a necessidade de esperar o momento certo. Tem que ter paciência, é um exercício mental. Você tem que saber tocar por longos períodos, até chegar o momento certo, e isso é um exercício pesado”, explica. Para Rômulo, o tino para esse momento exato pode ser aproveitado também no mundo dos negócios. “Já aconteceu comigo. Meu amigo me deu uma dica no meio de um ponto. Acho que ele

Segundo o treinador Ailton Marques, a prática do tênis no Belvedere já foi adotada por esportistas de todas as idades


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O empresário Romulo Bini afirma que, além da descontração com os amigos, o esporte ainda promove negócios dentro das quadras

estava querendo me distrair. Mas eu pensei: “Poxa, essa dica é boa. Você pode me falar mais. Vamos dar um tempo, vamos conversar.” E eu acabei comprando um carro. E até hoje a gente brinca. Às vezes tem venda de imóvel, venda de terreno, fechamos alguns negócios”, lembra. Para Rômulo, os benefícios crescem na medida em que a prática é desenvolvida. “É um aprendizado constante, que se tornou quase um vício. Você sente falta no dia que você não vai treinar. O jogo em si é muito prazeroso, tem lances que você não esquece por semanas. O tênis é para o resto da vida. É um esporte que eu quero estar jogando com uns 80 anos de idade. Claro que vai ser daquele jeitinho, mas eu quero continuar, não é algo passageiro”, conclui.

Para todos os públicos Para as aulas de tênis não existem limites de idade. Desde crianças até a melhor idade, incluindo portadores de necessidades especiais, todos podem aprender o esporte. As aulas de tênis requerem muita concentração e atenção, que, se

bem orientadas, podem se tornar um bom pressuposto para as atividades relacionadas ao dia a dia das pessoas. A agilidade do tênis convencional não representa nenhum obstáculo para a realização do esporte em cadeira de rodas. A única regra que diferencia as duas modalidades é a possibilidade de o atleta acertar a bolinha após o segundo quique. O tamanho da quadra e a altura da rede são os mesmos do tênis tradicional. Os cadeirantes utilizam equipamentos que se adaptam às suas necessidades. Por isso as cadeiras de rodas são específicas para a prática do esporte. “O ideal é que cada atleta possua a sua cadeira, uma vez que elas são feitas de acordo com as medidas de cada um. Elas são específicas para a prática do esporte: têm material mais leve e rodas posicionadas de forma diferenciada, garantindo velocidade e estabilidade para o atleta. Quanto mais o atleta estiver familiarizado com seu equipamento, melhor será seu desempenho em quadra”, afirma o técnico da Seleção Brasileira de Tênis em Cadeira de Rodas, Leonardo Flávio de Oliveira. O atleta paraolímpico, Rafael Medeiros, 23, que ostenta o 3º lugar no Ranking da CBT (Confederação Brasileira de Tênis) e 51º lugar no ranking mundial ITF (Federação Internacional de Tênis) reforça o time de atletas seletos formados dentro das escolas de tênis do Belvedere. Ele conta que em 2004 começou a praticar o esporte e apenas três anos depois foi convocado para jogar seu primeiro mundial usando a camisa do Brasil. No ano passado o tenista participou das paraolimpíadas em Londres, e já na primeira rodada jogou contra o número um do mundo, o japonês Shingo Kunieda. O tenista afirma que quando deu início à prática do esporte, há nove anos, não

poder i a imaginar todas as coisas boas que o esporte traria para sua vida. “Quando eu comecei, não pensava em ser atleta, não pensava que eu fosse conhecer tantos países por causa do tênis. No início eu não imaginava que o tênis pudesse me proporcionar tantas coisas”. Rafael ainda mantém o ritmo intenso nos treinos, praticando de quatro a cinco vezes por semana. “Desde as paraolimpíadas eu voltei para o Brasil focando nesses quatro anos de preparação pela frente para chegar aos jogos no Rio com chances de medalha”, conta. n

• Melhora das capacidades físicas e motoras como: flexibilidade, agilidade, coordenação, força, resistência, fortalecimento muscular e velocidade; • Diversão e bem-estar;

Foto: Shutterstock

• Gasto calórico;

Benefícios do tênis

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Foto: Shutterstock

matéria de capa

• Melhora das capacidades psicológicas como: concentração, tomada de decisão rápida e pensamento estratégico; • Benefícios sociais: sociabiliza, traz valores éticos, respeito às regras e ao adversário, cooperação e bom senso; • Formação integral da pessoa, do aluno e do indivíduo; • Trabalho de educação aliada ao esporte, através dos valores que regem a modalidade.


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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de agosto de 2013

entrevista

À frente do seu tempo

Fotos: Lucas Alexandre Souza

Lição de vida | Carlos Carneiro Costa se diz um homem empreendedor, realizado e otimista

Carlos Carneiro Costa nasceu em dores do indaiá e formou-se engenheiro civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Casado há 48 anos com Sheila Carneiro Costa, pai de três filhos (um homem e duas mulheres) e avô de seis netos, sempre foi um homem empreendedor. Construiu o seu primeiro prédio quando ainda estava na faculdade, junto com três colegas de curso. Aprendeu a gostar de esportes durante os quatro anos que estudou em colégio interno, na cidade de Araxá. Hoje, pratica tênis e golfe todos os finais de semana e, às vezes, durante a semana, quando é convidado por um de seus muitos amigos. Fundou a Construtora Lider em 1969, com foco em empreendimentos de alto luxo em Belo Horizonte. Hoje, a companhia é referência de qualidade e tradição no ramo da construção civil no Brasil. Foi uma das primeiras construtoras a chegar ao Belvedere, onde se localiza seu empreendimento mais luxuoso de Belo Horizonte e região, o Grand Lider Olympus, composto por 9 torres. Um homem simpático, que adora contar casos, fala de sua vida de forma simples, com alegria e boas lembranças. Como o senhor entrou para o ramo da construção? Todo mundo já conhece essa história. Eu trabalhava em um escritório de arquitetura em Juiz de Fora, cidade em que estudava engenharia. O dono do escritório era muito boa praça, e nós éramos três estudantes, então ele falou: “para vocês começarem a vida, vamos fazer um prédio nós quatro, com quatro apartamentos de quarenta metros, dois por andar. Cada um fica responsável financeiramente por um apartamento”. Cada um de nós tinha um dinheiro para dar entrada, concordamos e falamos: “vamos dar a entrada e já va-

mos tocando a obra”. Demos a entrada, compramos o terreno e começamos a construir o prédio aos poucos, e nisso começamos o quarto ano da faculdade. Mas chegou o final, o quinto ano, e o prédio não estava pronto, então eu vendi a minha parte de um apartamento. Quem comprou foi o Marcelo, que era um dos meus três amigos. O mundo é tão pequeno que o filho dele é o prefeito de Juiz de Fora hoje. Você sempre foi empreendedor? Eu sempre fui empreendedor, desde o primário. As finanças das turmas em que estudei eu que admi-

nistrava. Antigamente a Europa era um sonho quase impossível, todo estudante trabalhava do primeiro ao quinto ano arrecadando dinheiro para realizar a viagem. Fazíamos rifas, sorteios, promoções, tudo para arrecadar dinheiro para, depois de formado, conseguir visitar a Europa. Na minha turma eu que coordenava, que tinha as ideias, eu e o Turquinho, meu amigo, planejamos tudo. Mas no final do curso o dinheiro não deu para viajarmos, então pegamos e dividimos a quantia. Era muito caro uma viagem à Europa, se fosse na moeda de hoje, daria uns 30 mil reais, é muito dinheiro para quem está terminando o curso superior. Como sou de


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Dores do Indaiá, fui estudar engenharia em Juiz de Fora porque lá tinha escola de laticínios. Minha família tinha uma fábrica de doce de leite, chegamos a ser os maiores fabricantes do Brasil naquela época, produzíamos muito doce lá em Dores. Eu montei o negócio de doces junto com o meu pai. Comecei quando estava no científico e, quando terminei, falei com meu pai que não ia mexer mais com aquilo, falei assim: “Agora eu não vou ser mais doceiro” (risos). Eu já estava estudando engenharia, meu pai já estava ficando velho, então eu decidi alugar a fábrica por um tempo. Os anos passaram, e depois disso não queríamos mais mexer com laticínios, então vendemos a fábrica.

entrevista Qual vai ser o maior diferencial do Hotel Ramada Minascasa? A localização, porque ali em frente é o futuro centro comercial de Belo Horizonte. Mas independente disso, o ponto ali é muito bom, você está à mesma distância do aeroporto de Confins e do centro da cidade. Você gasta o mesmo tempo para

Quando você fundou a Lider? Eu abri a Lider em 1969, mas naquela época você não precisava ter firma para construir, você podia construir na pessoa física e era isento de impostos de renda. Você fazia um prédio no nome da pessoa física, tirava os papéis no seu nome, guardava tudo direitinho. Caso o fiscal viesse, você comprovava que comprou janela, porta, tudo com nota fiscal. Você guardava tudo dentro de uma gaveta, e o seu construtor era isso, eu fazia à mão as folhas de pagamento e entregava o dinheiro para cada um. Ninguém assaltava, ninguém roubava. As obras não tinham vigias, ninguém roubava as obras.

Você já construiu muitos prédios no Belvedere? Fiz muitos prédios lá, pois fui para lá bem no início do bairro. Ofereceram-me uma porcentagem menor para eu ir para lá, para poder incentivar as outras construtoras a investirem no bairro. Eu fechei isso com os Guimarães, pois se eu fosse para lá, todo mundo iria atrás. Eu fiz as duas primeiras torres do Seis Pistas, mas isso faz só cinco anos, dá para acreditar? Não tinha nenhum prédio naquele vale imenso. Quando eu comecei o Grand Lider Olympus, eu bati uma foto do vale, ali não tinha nenhum prédio, e isso não faz nem cinco anos. Você pratica algum esporte? Toda vida eu gostei muito de esporte, de qualquer tipo de esporte. Bota qualquer tipo de jogo aí que eu entro. Quando eu era menino tudo valia, até chutar bagaço de laranja na rua. Fazíamos bola de meia, enchíamos aquilo de pano, íamos torcendo e retorcendo com as meias e pronto, tínhamos uma bola. De vez em quando saía uma mãe gritando: “Meu filho você gastou as minhas meias, agora como é que eu vou fazer?” (risos). Eu estudei quatro anos em colégio interno, em Araxá, e lá éramos obrigados a praticar esportes. Então não tem nenhum esporte que eu não pratiquei, experimentei todos. Praticar um esporte não exige que você seja craque não, pois o esporte faz bem para a saúde, tanto para quem pratica bem quanto para quem prática mal. Eu nunca fui nenhum campeão de natação, mas eu nadava uma hora, na minha época isso era muita coisa. Hoje os atletas nadam 10 horas seguidas, os caras vivem dentro d’água. Naquela uma hora que eu nadava, era por minha conta, não era para competir com ninguém não. Eu imaginava que estava em uma competição qualquer e saía batendo os braços. Atualmente eu pratico tênis e golfe, porque o dia que não der mais para jogar tênis, se eu ficar velho igual ao Roberto Marinho (risos), eu ainda tenho o golfe. O dia que não der mais para andar, tem o carrinho, e o dia que não der nem para andar de carrinho, eu vou lá só para conversar fiado.

Você sempre acompanhou as obras de perto? Sempre, sempre acompanhei tudo de perto. Eu gostava muito disso, minha mulher fazia a decoração dos apartamentos, nós dois inventamos muita coisa. Esse negócio de fazer jardim em prédio, isso não existia no Brasil não, comprar apartamento com armário embutido também não existia. Entramos em uma época de fazer os prédios mais bem-feitos, Minas Gerais passou a ter os melhores apartamentos, os mais bem-feitos de todo o Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades começaram a copiar a gente. Era comum a gente escutar pessoas falando por aqui: “No meu prédio, até a escada de serviço é de granito”. Já não tinha mais onde colocarmos granito, até a área de serviço era de granito. Tem muito prédio aqui em Belo Horizonte que é assim, era o que eles chamaram de “época do ouro” no Brasil. Lá pela década de 1970, quando eles acharam que o Brasil seria a potência do mundo, esse sonho veio de longe, mas na véspera de realizarmos isso vem uma crise. Então esse sonho vai sendo sempre postergado. Por que fazer imóveis de luxo? Porque eu gosto das coisas bem-feitas, porque tradicionalmente o mal feito não tem dono. Parece que certas coisas são genéticas, meu pai era assim, o meu avô era assim, sempre gostaram de fazer tudo bem-feito. Isto significa também não passar ninguém para trás; antigamente era bonito passar os outros para trás. Eu sempre achei isso muito feio, isso nunca foi do meu feitio. Nunca ninguém sai da minha construtora chutando a porta, aqui nunca houve isso não (risos).

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chegar em qualquer um dos dois lugares. Quem teve essa visão não fui eu, foi o Décio Drummond, quando fez o Ouro Minas, que é o maior sucesso hoje. Então, ter uma diária mais barata ao lado dele é muito bom.

O que você acha da cidade de Belo Horizonte? Belo Horizonte é uma cidade espetacular. É claro que os tempos antigos eram muito melhores, porque a gente podia andar a pé às duas da manhã. Quando me mudei para cá, Belo Horizonte tinha apenas 300 mil habitantes. A cidade tinha apenas 30 anos, me mudei em 1953, há 60 anos. Os prédios que eram altos na cidade a gente sabia todos de cor. Era o Edifício Acaiaca, que era uma senhora construção na década de 40, a igreja São José, que deve ser da década de 30. Para você ter uma ideia, meu pai já pescou na Praça Raul Soares, em um corregozinho que tinha por lá. n


moda |

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Isadora vargas

Azulejo português

Estampa | febre na Europa também promete fazer sucesso no Brasil

Que as estampas são marca registrada do verão brasileiro todos já sabem. Seja porque adicionam à produção mais cor e feminilidade, seja porque podem ser extremamente elegantes e charmosas. Na hora de fantasiar uma coleção, o que não falta nas ideias dos melhores estilistas do mundo é criatividade. Inventar ou reinventar estampas dos mais variados estilos e gostos é tarefa fácil para aqueles que já nasceram com esse dom. Para o verão 2014, a porcelain print, ou simplesmente azulejo português, promete fazer muito sucesso entre as brasileiras. A estampa que remete à arquitetura colonial portuguesa caracteriza-se pelo tradicional fundo branco e grafismos em fortes tons de azul.

Suas primeiras aparições se deram nas passarelas das grifes de luxo Just Cavalli, Valentino, Emilio Pucci e Balman, e, como era de se esperar, já faz parte do look de várias famosas. Paola Oliveira, Thassia Naves e Karolina Kurkova foram, recentemente, vistas em looks compostos pela tradicional estampa. O azulejo português pode estar presente em um look composto por uma só peça, como por exemplo um vestido ou um macacão, trazendo um visual mais despojado e feminino. É possível, também, usar um look totalmente estampado composto por mais de uma peça, vestindo-se um conjunto de shorts e blusa da mesma estampa. Outra opção, para quebrar um pouco o visual “conjuntinho”, é usar blusa ou shorts estampados alternados com uma peça lisa.

isadora.vargas@urbhano.com.br

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Para criar um look moderno e ousado, a combinação deve apostar em camisas de cores vibrantes, como o verde-bandeira. Vale acrescentar que a atenção deve ser dobrada em relação à cor do calçado, uma vez que o foco fica por conta da roupa. Dê preferência por sapatos nudes. Por mais empolgante que seja idealizar um look com a estampa, é preciso ter cuidado. A atenção ao tipo físico é crucial, pois o desenho aumenta visualmente o volume do corpo na região em que está inserido. Portanto, quem tem quadril largo pode usar a padronagem na parte de cima do corpo, optando por camisa e blazer. A mulher que tem cintura fina, por exemplo, deve conquistar um look harmônico que combine com croppeds e saias de cintura alta. n

A moda no topo Qual mulher não gosta de ser tratada com exclusividade? Pensando nesse conceito, a moradora do Belvedere Aila Portugal, que já possuía experiência no mercado, abriu, há oito meses, na Savassi, a loja de roupas e assessórios femininos Üst. O nome é turco e significa “topo”. “Em uma viagem, conhecemos a casa de um turco, e, conversando, descobri que quando se esta no topo está Üst, então achei a ideia ótima: colocar as mulheres no Topo da Moda”, conta Aila.

A moradora explica o que faz da loja um espaço de perdição entre as mulheres: “O nosso grande diferencial é que temos em tempo integral um personal stylist, aí fica mais fácil montar os looks de acordo com o evento. Existem muitas clientes que, mesmo antenadas com a moda, têm alguma dificuldade na hora de decidir o que combinar”. Outro grande diferencial é o conceito Store in Store (loja dentro de loja), que são dois estabelecimentos de segmentos diferentes,

que normalmente vendem sapatos e roupas, em um mesmo espaço. “Na Europa e nos Estados Unidos já é uma realidade há mais de 15 anos”, declara Aila. Uma forte característica da loja é que ela está interligada à loja de sapatos e chocolates Chocoshoes, fazendo com que as compras se tornem mais divertidas, práticas e completas, ou seja, a cliente pode visualizar looks completamente montados. As peças se destacam pelo estilo moderno e

Foto: Cinthya Pernes

Üst | Moradora do Belvedere faz sucesso com conceito STORE in STORE fashion, ideal para mulheres antenadas. “Temos também camisas diferenciadas e elegantes para mulheres entre 30 e 50 anos. Eu obedeço um estilo, a mesma peça pode vestir filha , mãe, e, por que não, a avó?”, comenta Aila. Na loja, as mesmas peças são oferecidas a mulheres do tamanho 34 ao 50. “O maior critério é que as peças tenham certa exclusividade, não vendemos muitas peças iguais, sempre tentamos ter peças únicas ou no máximo uma grade de 3”, acrescenta. n A proprietária da loja, Aila Portugal


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gastronomia

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Requinte em casa

Exclusividade | cada vez mais os moradores do Belvedere utilizam os serviços de Personal Chefs Hoje em dia não é mais necessário sair de casa para degustar um jantar especial, exclusivo, delicioso e, o melhor: sem nenhuma preocupação. As pessoas estão optando cada vez mais pelos personal chefs, que vão à casa do cliente cozinhar para os convidados, seja em um aniversário, celebrações de Páscoa, Natal, ou simplesmente em uma reunião de amigos. Esse hábito tem se tornado comum, devido à segurança de estar em sua própria casa, ou na casa de vizinhos, e poder degustar uma boa comida sem se preocupar em comprar os ingredien-

tes e preparar receitas. A maioria dos chefs que disponibilizam esse serviço ao cliente oferecem opções de pratos e combinações de cardápio. O contratado pode preparar o jantar na hora, ensinar o cliente a fazê-lo ou até mesmo ensinar as cozinheiras que trabalham na casa. O chef Luca Bahia, no ramo culinário há 18 anos e especialista em cozinha francesa, afirma que tem o costume de atender clientes do Belvedere. “O perfil do público que procura esse serviço é de pessoas de um nível social e financeiro melhor, que podem desfrutar desse

tipo de luxo e comodidade, e que curtem a gastronomia. A maior vantagem de se contratar um personal chef é a comodidade atrelada à praticidade e alta qualidade, sem precisar sair de casa. No meu serviço de personal chef, deixamos o cliente bem à vontade. Ele pode me solicitar pratos que queira degustar e até aprender, interagindo comigo. Ofereço a ele também várias sugestões de cardápios”, comenta. n

Mediação de Conflitos O Ser & Pertencer inaugurou seu NÚCLEO DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO DE CONFLITOS PARA PESSOA FÍSICA E JURÍDICA para resolução de conflitos, com celeridade na efetiva e definitiva resolução, visando proporcionar às partes a possibilidade de resolverem suas divergencias de forma consensual. Neutro e imparcial, o Mediador de Conflitos, auxilia a comunicação entre as partes, para uma melhor identificação e consciencialização dos interesses, necessidades, preocupações, desejos e valores em causa, buscando as próprias partes uma solução que satisfaça a todas. Venha conhecer este método que promove a comunicação e a cooperação entre as partes e o ganho de todas, não havendo vencedores, nem vencidos.

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Receita

STEAK FLAMBÉ AU WHISKY AU POIVRE VERT (10 pessoas)

Ingredientes Filé Mignon 10 steaks de filé mignon de 200 g cada Sal 1 colher de sopa de poivre vert picada Herbes de Provence 100 g manteiga

1 cálice de whisky 200 g de champignons de Paris 1 litro de molho roti 1 colher de sopa de poivre vert em grãos

Pommes Dauphinoise 2 kg de batata ½ L de leite 1 garrafa de creme de leite fresco Sal, pimenta, noz-moscada

Modo de Preparo FILÉ: Limpar a carne, retirando os steaks. Abri-los com as mãos. À parte, triturar 1 colher de poivre vert. Salpicar os steaks de sal, Herbes de Provence e poivre vert triturada. Colocar a manteiga e um fio de óleo na “Chez Dadette” bem quente, ir passando os steaks dos dois lados e flambar com o whisky. Retirar os steaks e colocar em travessa aquecida. Colocar o molho roti na panela, deixar ferver, colocar os champignons partidos em lâminas e a pimenta em grãos. Aveludar o molho com a mistura de maizena previamente diluída em água. POMMES DAUPHINOISE: Descascar as batatas, cortar fino no processador ou no mandoline, colocá-las numa panela com um pouco de leite e creme fresco. Ir mexendo com colher de pau, acrescentando leite e creme até as batatas estarem cozidas. Temperar com sal, pimenta e noz-moscada. Colocar em refratário e levar ao forno quente para gratinar. Servir em seguida. MONTAGEM: Em pratos de jantar individuais, colocar 1 steak grelhado de um lado. Do outro lado, colocar uma porção de Pommes Dauphinoise. Por cima da carne, napear o molho poivre vert. Decorar com galhinho de salsa crespa.


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tecnologia

A febre das séries A diversidade e a quantidade de séries são crescentes, e com elas aumentam, além do número de fãs, o mercado ao redor desses programas. Para quem acompanha um grande número de seriados, fica difícil se organizar, dependendo da quantidade de séries seguidas. Assim, o gosto pelos programas pode se tornar um problema, principalmente devido aos intervalos entre as temporadas. É o que ocorreu com as amigas Olívia Pilar, 22, e Nathália Campos, 21. As duas contam que assistem a dezenas de séries e que gostam de gêneros variados. Das 27 sé-

ries listadas por Olívia, é possível observar desde as mais populares como Glee, Pretty Little Liars, Castle, Once Upon a Time, Game of Thrones, até séries não tão conhecidas, como Orphan Black e Hot in Cleveland. Para resolver a confusão do grande número de séries e episódios, Olívia procurou programas que a ajudam a se organizar. “Eu tenho conta no Orangotag e no Banco de Séries, mas atualmente utilizo mais o Banco de Séries, assim como a maioria das pessoas que eu conheço. O Orangotag é mais bonito visualmente, mas tem um servidor muito

ruim, que faz o site ficar muito tempo fora do ar. Acho que se não fosse pelo Banco de Séries, eu provavelmente me perderia, já que a maioria das séries q ue eu assisto voltam a passar na mesma época”, comenta. Nathália Campos conta que realiza maratonas de séries em casa e, para se organizar, ela utiliza o mesmo artifí-

Foto: Lucas Alexandre Souza

Temporadas X Episódios | conheça os sites que ajudam os adeptos das séries a se organizar

As amigas e estudantes, Olívia e Nathália, compartilham a paixão pelas séries e já aprenderam a se organizar para assistir os episódios

cio. “É um pouco assustador, já que eles (Orangotag e Banco de séries)

sempre mostram que há episódios novos, mesmo quando eles nem

foram exibidos ainda, o que deixa a gente ainda mais ansiosa”. n

Conheça algumas ferramentas que auxiliam na organização do próprio watchlist TV EPISODE CALENDAR

Banco de Séries

No Episodecalendar.com, o usuário realiza o cadastro e marca tudo que já assistiu. O site organiza um calendário mostrando quais episódios de suas séries preferidas serão exibidos durante cada semana do mês. Esse calendário é excelente, uma maneira fácil e ágil de se manter organizado. O site ainda calcula a quantidade de tempo que o usuário gastou assistindo a seriados.

O site Bancodeseries.com.br mantém um registro de todas a séries assistidas e ajuda você a se organizar. Dando alertas e informações dos próximos episódios.

POGDESIGN

MISO

Outro site que ajuda os fãs de seriados é o Pogdesign, uma espécie de calendário interativo. Nele, dá para selecionar suas séries favoritas, fazendo com que ele mostre apenas as datas das séries que você assiste ou quer ver. Também apresenta a sinopse dos episódios. É uma ótima ferramenta para se conhecer séries novas.

ORANGOTAG O Orangotag.com é uma rede social que já existe há um tempo, apesar de não ter um grande número de profiles como no Facebook. O programa possui cadastros do Brasil inteiro e é uma boa alternativa para os fissurados em séries. O site brasileiro possibilita ao usuário marcar os seus seriados preferidos, os episódios já assistidos, dar nota e comentar sobre eles. É uma ótima maneira de manter a organização da sua lista de séries preferidas, o que ajuda o espectador a não perder nenhum episódio. O site avisa quando você perde algum episódio, ou acontece o lançamento de uma nova temporada. “Opa, parece que você tá meio atrasadinho com [nome da série]”.

APPS TVShow Time O aplicativo apresenta diversas funções para facilitar o acompanhamento das séries. Possibilitando compartilhamento, sugestões de séries entre amigos e informações sobre os novos episódios.

Outra rede social com o objetivo de facilitar a vida dos fãs de séries é Miso.com. Nela o usuário pode opinar e compartilhar conteúdo de seus seriados preferidos. O site ainda tem um sistema de pontos, que se baseia na participação do usuário: quanto mais se troca informação e participa, mais pontos e privilégios ele ganha. Além disso, ele permite que os usuários se organizem marcando os episódios que já foram assistidos para não se perder. O Miso também possui versão para iPhone e Android.

Trakt.tv Possui design limpo e de fácil manuseio. Também conta com um calendário, o progresso do usuário nas séries, mostrando o quanto já foi assistido, além de sinopses dos episódios.


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crônica

15 Foto: arquivo pessoal

Caos Tico havia chegado a Belo Horizonte coisa de dois dias atrás e ainda se acostumava com os sons, as cores e os movimentos da cidade. Saiu de casa praticamente uma única vez para uma consulta de rotina e de resto ficava por ali, meio sem ter o que fazer no apartamento. Poucos segundos depois, um novo estrondo. E mais outro. Uma sucessão de explosões fez com que Tico corresse em busca de abrigo temendo o pior. O que seria aquilo? Circulou o apartamento pequeno, mas apenas con-

firmou o que já sabia: estava sozinho. Tadeu havia saído mais cedo e deixado que ele enfrentasse aquela loucura sem um único conselho ou dica sobre como agir. O barulho não parava. Às vezes cedia e parecia que ia sumir apenas para voltar com mais violência ainda. Tico se encolhia e apavorava cada vez mais. Por onde andaria Tadeu? Será que corria mais risco do que ele diante daquela balbúrdia? Os minutos passaram como se fossem horas e Tico ali, começando a madrugada sem pregar os olhos ouviu o barulho da porta. Ficou indeciso entre correr para saber de Tadeu o que via acontecido ou manter-se seguro e encolhido em sua cama. Ao ouvir a voz de Tadeu sentiu-se mais confiante e correu ao seu encontro. O rapaz estava suado, agitado, cumprimentou Tico praticamente sem olhar e seguiu para o quarto dando socos no ar, saltando, agindo como Tico nunca tinha visto e como não conseguia compreender.

Estamos cheios de novidades.

Maurilo Andreas é mineiro de Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras. O barulho continuava, e Tico aproveitou um momento de calma em que Tadeu sentou-se na sala para subir em seu colo. Só então o rapaz percebeu como seu cão devia estar realmente assustado com aquela confusão toda. - Ô, Tico, que susto, hein, garoto? Foi o Galo, Tico! É campeão, pretinho! A gente é campeão, pô! n AgênciaDaCasa

Tico ouviu um estrondo e imediatamente ficou alerta. Era novo naquela região, e de onde vinha, uma fazenda tranquila no interior do estado, esse tipo de barulho não era comum.

restauranteminas2.com.br facebook.com/RestauranteMinas2

ABERTO AO PÚBLICO

O que você está esperando para provar estas delícias?

Risoto Imperial

Cambito Suíno

Risoto com lichia, aipo e burrata, coroado com camarões flambados.

Espaço para eventos

Quartas e domingos Buffet completo

Panturrilha de porco assada com polenta ao próprio molho.

Sábados Deliciosa feijoada

Av. Bandeirantes, 2323 - Mangabeiras Reservas: 31 3227-0338 | 3282-7663


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gente

o evento da Valborg, concessionária volvo, aconteceu no Nutreal (03/08) e contou com a presença de mais de 230 clientes que na ocasião desfrutaram de uma tarde agradável, ao som de música sertaneja. A Feijoada tem como intuito estreitar o relacionamento entre os clientes e a concessionária.

Breno Arruda, Altina e Salvador Ohana e Ricardo Costin

Anderson Soares, Mariana Soares, André e Tatiana Boffani

Fabiana Santos, Renata e Renato Buccini

Um dia agradável, com boa música, gente bonita e uma feijoada deliciosa

Jackson Camara e Geraldo Benicio

Maria Celia, Walter, Ludmila e Seleme

25 anos da SPDATA

para comemorar 25 anos de atividades, a SPDATA promoveu uma recepção para amigos, parceiros e clientes no Salão Portinari do Iate Tênis Clube de Belo Horizonte, em 26 de julho. a empresa de tecnologia com atuação nacional desenvolve soluções com integração completa de sistemas para o setor da saúde.

Os diretores da SPDATA, Solmar Antônio Onschenski, Mário Lonczynski, Alberto Jaekel Jr e Gervásio José Lonczynski

Dr. Luiz Eduardo, Diretor do Hospital Ibiapaba de Barbacena e sua esposa com Mário Lonczynski e Gladis Maria Lonczynski

Elizabete Guimarães entrega placa comemorativa aos sócios da empresa

O brinde aos 25 anos da SPDATA

Márcia Candian e Juan do Hospital Santa Isabel de Ubá entregam uma placa comemorativa a Mário Lonczynski, diretor da SPDATA

Mário Lonczynski falou para os convidados sobre os 25 anos da empresa

Fotos: J. Urias

feijoada valborg

Débora e Ricardo Mancini

Fotos: Netun Lima

Solange e Cláudio Dornas


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