1º a 15 . setembro de 2013 . ANO I . Número 13 . Distribuição gratuita
URBHANO
On-line: www.urbhano.com.br
BELVEDERE
Fotos: Lucas Alexandre Souza
tudo que inteRessa no seu bairro está aqui
apartamentos X casas No Belvedere a área mais antiga é ocupada pelas casas. Já os prédios foram chegando aos poucos e ganhando espaço. Qual é melhor? Moradores opinam sobre suas escolhas.
local Carro desgovernado invade casa, derruba árvore e destrói passeio no Belvedere durante a madrugada de domingo pág. 4
moda
gastronomia
o neoprene, sempre ligado a esportes, saiu da água para ganhar as passarelas e virou mania no closet dos fashionistas pág. 12
O Gastrô Card é uma ótima opção para ajudar quem precisa e aproveitar os descontos em restaurantes da capital mineira pág. 13
tecnologia O site “Onde Fui Roubado” faz um mapeamento da violência das grandes cidades do Brasil e ganha cada dia mais participantes pág. 14 ESPECIALIZADA LAND ROVER
entrevista
Fonte - Tumbleweed C 1 M 0 Y 21 K 0
guta zuquim A empresária e decoradora conta sobre a paixão pelo trabalho e pela família Pág. 10
C 90 M 36 Y 100 K 3
www.hp4x4.com.br | 31 3374.5821
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 1º a 15 de setembro de 2013
opinião frasesURBHANAS
Foto: Divulgação/Globo
Foto: Arquivo pessoal
O Papa ouviu com muita atenção a minha história. Ele me disse que eu não estava sozinha e pediu para ter confiança na Justiça. Alejandra Pereyra, argentina que, após mandar uma carta ao Vaticano, recebeu uma ligação do Papa Francisco
andré parreira (*)
ROYALTIES: SOLUÇÃO PARA A EDUCAÇÃO? Um país que se orgulha de estar entre as 10 maiores economias do mundo não pode se contentar em estar entres os 10 piores resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Acredito que este resultado tem estreita relação com outro indicador que vem se repetindo nos relatórios anuais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD): o Brasil está no penúltimo lugar em investimento per capita geral – média de toda a educação formal - entre os 32 países pesquisados. Pelo relatório de 2013 (Education at Glance), o investimento total de quase 6% do PIB representa menos de 3 mil dólares por estudante, fazendo-se a ‘paridade do poder de compra’ (PPP) entre os países. Há um tom de festa nas notícias sobre a aprovação de 75% dos recursos dos Royalties para a educação. Sem dúvida, é um passo à frente, mas não transformará o Brasil em potência educacional. O volume de recursos ainda não é suficiente para nos igualarmos aos patamares dos países referência em educação. Mesmo se atingirmos o investimento de 10% do PIB, um dos objetivos a partir dos royalties, não ultrapassaremos a média dos países da OECD, que é de mais de 9 mil dólares. Os EUA, primeiro do ranking, investem 15 mil por estudante! É fato que o Brasil avançou em educação nos últimos anos: democratizou o acesso a escolas, transporte escolar, merenda, uniforme etc. Melhorou vários índices educacionais, até mesmo no Pisa e no número de patentes requeridas outro indicador de desenvolvimento. Mas ainda estamos cobrindo o saldo devedor de uma dívida histórica e os recursos vindouros não serão suficientes para destacar nosso país nos próximos anos pelo seu investimento em educação. Devemos buscar os exemplos de países desenvolvidos líderes no Pisa, nos números de patentes e de prêmios Nobel para priorizar os investimentos. Em todos eles se destacam a valorização do professor e o investimento em estruturas mais modernas, como os laboratórios e tecnologias de ponta desde as escolas de educação básica – que alicerçam o avanço científico e tecnológico. Caso a educação científica não seja privilegiada, corremos o risco de cair na “maldição dos recursos minerais” e continuarmos dependentes do minério e do petróleo e meros consumidores da tecnologia desenvolvida no exterior, sem avanço da produção científica nacional. Se assim for, um dia as gerações futuras continuarão lamentando as últimas posições mundiais em educação e ciência e se lembrarão do tempo em que muito dinheiro circulou por aqui vindo dos recursos minerais, mas que não foi usado para preparar um país sustentável educacional e cientificamente. André Parreira Professor de Física e Mestre em Tecnologia, Diretor da Hiperlab (Brasil) e Plus Education Inc (EUA). (*)
Quero um pretendente, mas o futuro a Deus pertence. Deborah Secco, sobre sua fase solteira
Me perdoem se for preconceito, mas essas médicas cubanas tem cara de empregada doméstica. Será que são médicas mesmo? Afe, que terrível! Médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência... coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E febre amarela? Deus proteja o nosso povo. Micheline Borges, jornalista que causou revolta ao comentar aparência de médicas cubanas em seu Facebook A base do sucesso está na formação e nas escolhas que cada um faz. Valdir Bündchen, pai da Modelo Gisele sobre sua carreira
erramos Na última edição, na matéria Guia de Museus, informamos que museu o Palácio da Liberdade – Memórias e
História – cobrava o ingresso de R$ 8 inteira e R$ 4 meia , na verdade o museu possui entrada gratuita.
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URBHANO BELVEDERE é uma publicação da Editora URBHANA Ltda. CNPJ 17.403.672/0001-40 Insc. Municipal 474573/001-1 Impressão: Bigráfica Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição gratuita - quinzenal
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Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Daniela Greco e Renata Diniz
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educação
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Aprendendo desde cedo Vivemos em uma época que o consumir tornou-se prazer, hoje algumas pessoas precisam ir às compras para aliviar o estresse diário. O hábito de comprar qualquer tipo de produto está ligado ao sentimento de felicidade nos dias atuais. Esse é um dos grandes problemas do nosso século, somos bombardeados por informações em todos os instantes, muitas delas nos convidam a consumir de forma direta ou indiretamente. Hoje as propagandas são interativas e estão presentes em todos os sites e redes sociais, basta entrar em qualquer um e nosso olhar é conduzido a banners ilustrados nos convidando a consumir. Segundo dados divulgados este ano pelo Sistema de Informações de Crédito do Banco Central, 42% da população brasileira possui dívidas em bancos e em outras instituições. O maior problema do consumismo exagerado é quando atinge crianças e adolescentes, o resultado disso é que metade dos jovens entre 24 e 30 anos estão na faixa etária dos maiores endividados do país. Os jovens hoje não
estão sabendo lidar com o dinheiro e as finanças. Foi devido a esta realidade que o professor especialista em gestão do conhecimento, Gilberto Portuga, com experiência de mais de quinze anos no mercado financeiro, estuda há quase três anos sobre educação financeira infantil. O seu grande interesse pelo assunto o levou a desenvolver o projeto Poupar Kids, que tem a proposta de ensinar na prática a crianças e adolescentes, através de brincadeiras lúdicas, como lidar com dinheiro. “O momento econômico que vivemos, principalmente desde o plano real, voltou a realidade das famílias para um cenário bem diferente do passado. Os pais de crianças e adolescentes de hoje viveram e experimentaram
Foto: Arquivo pessoal
Consumismo | Projeto poupar kids propõe educação financeira para crianças um momento econômico bem diferente. Dessa forma, os pais de hoje não estão preparados para conviver com os conflitos de geração do ponto de vista financeiro. O projeto visa capacitar pais, professores e alunos para torná-los adultos mais conscientes e esclarecidos sobre as armadilhas e oportunidades que o dinheiro pode trazer”, explica. As palestras e cursos são oferecidos para os pais e professores, pois o projeto propõe que o aprendizado deve começar em casa com o exemplo dos pais e ser fortalecido nos ensinamentos escolares. “Procurei adequar a capacidade cognitiva de cada idade, o que me fez recorrer à pedagogia e à psicologia. É possível atingirmos cada idade de uma forma diferente.
As crianças já sabem o jogo da vida financeira, muitas vezes só não conhecem as regras. É preciso cuidar e educar sempre. As dinâmicas introduzem os pequenos nessas regras, mas os pais e a escola têm papel fundamental na continuidade desse aprendizado”, afirma Gilberto. O Poupar Kids ainda é um projeto novo, foi finalizado em fevereiro deste ano e será aplicado nas escolas a partir do próximo ano. Porém já tem tido uma grande aceitação por parte dos pais e educadores, que percebem as suas falhas em torno da sua própria administração financeira. n
Assuntos abordados • A face social do dinheiro • Necessário, supérfluo ou desperdício? • Desejo ou vontade? • Poupar ou gastar? Quais os limites de viver e manter uma reserva? • Futuro ou presente? Como planejar? Mais informações no site: pouparkids.com.br
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local
Susto no Belvedere Um final de semana tranquilo em casa e uma boa noite de sono. Esse era o cenário que o empresário Eugenio Chagas, 33, aproveitava durante seu fim de semana, ao menos até a madrugada de domingo, último dia 18, às 02h18min. No horário, a câmera de segurança da casa em frente a do empresário mostra o momento no qual um carro, que seguia pela faixa direita da pista, invade a faixa esquerda e atravessa o jardim da sua residência, deixando como rastro uma árvore arrancada e um jardim destruído. O proprietário afirma que após uma primeira avaliação dos prejuízos, o valor dos reparos do jardim foi contabilizado entre 5 e 8 mil reais. A quantia se deve à destruição da calçada do imóvel após a queda da árvore. O condutor, funcionário público de São Paulo, dirigia um veículo alugado e até o momento não se apresentou para arcar com os estragos. Segundo Eugenio, o fator mais frustrante foi não ter sido acionado no momento do acidente, mesmo possuindo dois contratos com a
empresa de vigilância Emive. Um deles de forma individual, para monitoramento da casa, e o outro através da Associação de Moradores do Bairro Belvedere, para o monitoramento do bairro. Apesar de disponibilizar, como requer a empresa, cinco telefones de contato para casos de ocorrência, não foi contatado pela empresa na hora do acontecimento, tendo tomado conhecimento do fato somente na manhã seguinte, motivo que o impediu de realizar um boletim de ocorrência no exato momento do acidente. De acordo com o morador, o funcionário da Emive informou que não havia entrado em contato no momento do acidente devido ao horário e por pensar que não havia ninguém em casa. “Ele poderia ter repassado para a central para me encontrar no meu celular, no número da minha mãe, da minha casa. Poderia pelo menos tentar fazer contato. Porque acordar e ver o que tinha acontecido foi pior”, lamenta o proprietário. Procurada pela produção do Urbhano, a Emive deu um parecer sobre o caso através do gestor de
operações Gilson Ribeiro. Segundo ele, a empresa atuou conforme o contrato estabelecido entre a prestadora e o contratante, uma vez que o documento estabelece a proteção do patrimônio privado e a calçada se enquadraria no patrimônio público, ficando fora da responsabilidade da empresa. A Emive ainda classificou o acionamento do proprietário como um ato solidário da prestadora com o contratante, uma vez que a empresa se compromete com a vigilância apenas “do muro para dentro”, e que nesse caso específico, apenas a vegetação teria sido comprometida. Nossa equipe procurou o condutor que causou o acidente G. N. L. O. , que preferiu não se pronunciar. O morador Eugenio Chagas afirma que funcionários da Emive foram a sua casa na sexta-feira dia 23, buscando algum entendimento entre as partes. Mas até o momento nada foi resolvido. A seguradora da empresa locatária do carro está analisando a situação para decidir se irá arcar com os prejuízos. n
Foto: Eugenio Tiago Chagas
Acidente | Carro invade imóvel durante a madrugada de domingo (18) e causa estrago
Uma árvore foi arrancada e o sistema de irrigação do jardim danificado após a invasão do veículo
Após o acidente a fachada de casa ficou parcialmente danificada
Inspiração para crescer Foto: Lucas Alexandre Souza
Empreendedorismo | busca por bons prestadores de serviço estimula atividades no belvedere
Ronaldo aproveitou a demanda por serviços no bairro e montou um negócio próprio para manutenção de máquinas de lavar
A localização no vetor sul, dois hospitais privados e duas faculdades, além de diversos edifícios de escritórios, shopping centers e polos comerciais são elementos
que compõem o clima empresarial do Belvedere. Essa atmosfera do bairro estimula o empreendedorismo de trabalhadores da região. É o caso do Ronaldo Quintão, 44,
que há três anos trabalha como garçom num restaurante no bairro. Ronaldo conta que pouco antes de começar a trabalhar no local realizou um curso de manutenção
de máquinas de lavar roupa pela Brastemp. Hoje, Ronaldo dá assistência não só em aparelhos de máquinas de lavar, como ainda em geladeiras e secadoras. Segun-
do ele, o trabalho no restaurante o possibilitou angariar novos clientes dos bairros Belvedere e Buritis e estimulou ainda mais o seu sonho de montar um negócio próprio. Para o técnico e garçom, o sacrifício de manter dois empregos é apenas o caminho natural para a realização desse objetivo. “Tenho planos de expandir meu negócio. É a minha vontade. Assim que eu já tiver uma clientela que possa me sustentar, eu paro de mexer com restaurante e abro uma loja. Hoje tenho dois empregos, mas meu projeto é trabalhar apenas pra mim”, idealiza Ronaldo. O
autônomo, que mora no bairro Camargos, em Belo Horizonte, e tem uma oficina na região, afirma que ambiciona expandir o negócio no local onde vive. Assim como Ronaldo, outros trabalhadores do bairro reconhecem que o ambiente empresarial da região é um estímulo para buscar novas oportunidades. Vivenciar a rotina dos grandes empresários auxilia os trabalhadores à adquirirem uma nova concepção do seu trabalho, percebendo que o empenho e esforço contínuos podem possibilitar o crescimento profissional. n
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direito
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Harmonização de conflitos Mediação | Núcleo inaugurado no Belvedere oferece ajuda de profissionais especializados ciar dissabores e inconformismos, a mediação profissional oferece às pessoas uma forma de se tentar obter o consenso, sem ficar vinculada à deci-
da forma que melhor lhes convier. A grande diferença é que são auxiliados por um profissional, imparcial, que auxiliará os interlocutores a encon-
aconselhar com um advogado, quer para pensar com mais calma sobre o assunto. Caso os envolvidos não encontrem uma alternativa satisfatória, podem abandonar a mediação a qualquer momento. Milene conta que o Espaço Ser & Pertencer, localizado no Belvedere, dispõe de uma juíza de paz – Dra. Dulce Nascimento, com ampla experiência em Portugal e no Brasil, além de uma bacharel em direito atuando como mediadora. Segundo a proprietária, “o núcleo é uma excelente opção para quem deseja discrição, sigilo, celeridade, e queira manter, melhorar, ou, pelo menos, não deteriorar o relacionamento Disputas que poderiam se arrastar existente”. por anos, podem ser resolvidas por A proposta não se dirige apemeio da mediação de conflitos nas às pessoa físicas, está à disposição de empresas, associações, entidades não governamentais e trar a melhor solução. Os interessa- qualquer outro interessado em obter dos podem interromper as reuniões a solução pacífica e supervisionada a qualquer momento, quer para se de um problema. n Foto: Shutterstock
O homem é um ser em constante transformação, que passa por inúmeras crises ao longo de sua existência. Apesar de sua singularidade, é naturalmente inclinado a formar uma família e se estabelecer em sociedade. Tais vínculos colocam em evidência as diferenças de personalidades, características, ideais e interesses de cada um, podendo ocasionar verdadeiras guerras pessoais, que duram anos a fio. Com o objetivo de buscar a pacificação destes conflitos, o Espaço Ser & Pertencer inaugurou o seu Núcleo de Mediação, que conta com profissionais qualificados e um espaço reservado e discreto, adequado aos interesses do público local. A proprietária Milene Costa, teóloga e filósofa, explica que o intuito do Núcleo é oferecer especialistas em intermediação de controvérsias a fim de aperfeiçoar a comunicação entre as partes, com vistas a se chegar a um denominador comum. Ao contrário da alternativa judicial, onde os envolvidos costumam viven-
são de um terceiro, estranho à relação. Na conciliação, as partes decidem se desejam ou não por fim ao problema,
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veículos
Estilo de vida 4x4
Liderança | Empresa é destaque no Brasil por ser especializada em veículos Land Rover
Fotos: Lucas Alexandre Souza
A oficina tem uma grande área para atender os diferentes modelos Land Rover
Em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso inventar fórmulas para driblar a concorrência e ganhar espaço. O que muitas empresas estão fazendo é focar em um nicho, se especializar em um segmento, e, assim, captar clientes através de estilos de vida, de preferências exclusivas e de uma identificação pessoal para determinado produto. Apresentar ao consumidor a possibilidade de ser exclusivo é a tendência mundial das marcas de luxo. Foi assim que o empresário Helio Pegnolate, com uma experiência de mais de quinze anos com a marca Land Rover, atuando na área técnica no suporte de veículos e soluções tecnológicas, decidiu abrir a seu próprio negócio e se tornar um reparador independente. Sua empresa, a HP 4x4, é um centro automotivo especializado em Land Rover, que segue a tendência de exclusividade para os seus clientes, fato que lhe valeu destaque não somente em Minas Gerais, mas em todo Brasil.
Ter um Land Rover é de fato um estilo de vida. Quem compra esse veículo demonstra que quer qualidade, durabilidade, estilo e aventura. Gerson Freire, gerente de vendas e comunicação da HP 4x4, explica porque a empresa resolveu se especializar em um único produto. “Ter um Land Rover é de fato um estilo de vida. Quem compra esse veículo demonstra que quer qualidade, durabilidade, estilo e aventura. Em nossa experiência com a marca, entendemos que quem possui um Land Rover deve sempre cuidar do veículo de forma preventiva. Os planos de revisões devem ser seguidos cuidadosamente e, principalmente, a manutenção no veículo deve ser especializada, pois essa marca trabalha com procedimentos muito definidos para que a manutenção seja eficaz.
mesmo as orientações da fábrica a suas concessionárias”, relata o Helio Pegnolate. O perfil dos proprietários da marca Land Rover é formado por pessoas arrojadas que gostam de curtir a natureza, e como os modelos são robustos e aguentam passar tranquilamente por qualquer tipo de terreno, muitos adoram fazer trilhas. E é por isso que a empresa, conhecendo os seus clientes, propõe uma interação maior com as famílias e o meio ambiente. “Duas vezes ao ano convidamos um grupo de clientes para participar em um passeio que dura o dia todo. Geralmente saímos aos sábados bem cedo e vamos em comboio para alguma trilha já conhecida na região de Minas Gerais. Esses encontros e passeios servem para promover interação e cooperação entres os participantes, além de sempre visar a educação ambiental. Os participantes têm a oportunidade de ver seu Land Rover em ação em terrenos mais desafiadores. A maioria leva sua família, e sempre terminamos com um ótimo banho de rio nessas lindas trilhas de Minas Gerais”, comenta o proprietário.
Nesse sentido, a empresa se destaca no mercado O casal Márcia e Helio Pegnolate são nacional devido ao treinasócios da empresa e participam de mento qualificado de sua todos os processos equipe e principalmente pelo personal service que Helio Pegnolate dispensa em cada serviço”, explica o responsável. O primeiro Land Rover foi apresentado em 1948. Era um veículo robusto e de grande durabilidade. Seis décadas depois da sua criação, estima-se que mais de dois terços de todos os Land Rover produzidos no mundo ainda estão em circulação. Por isso os cuidados específicos para a linha são fundamentais para a sua conservaA empresa já está programando uma viagem para ção. “Nossos funcionários são treinados em áreas es- um grupo exclusivo de clientes, ações que fazem a especificas como eletrônica, softwares e hardwares, dis- pecializada em Land Rover se destacar no ramo e se ponibilizadas no mercado nacional. Entretanto, para firmar cada vez mais no mercado. “Já está sendo orgatreinamento específico em protocolos, serviços me- nizada uma viagem a uma das fábricas da Land Rover cânicos complexos, nossos funcionários são enviados na Inglaterra com um grupo de clientes. Serão vagas para o exterior. A vantagem de sermos reparadores limitadas, dez apenas. Dependemos agora da agenda independentes é que podemos buscar sempre novas de visitação da fábrica para que possamos anunciar as soluções, informações no mercado internacional, pois datas. Será uma experiência ímpar e temos certeza que não estamos presos à fábrica. Com isso podemos for- nossos clientes ficarão muito satisfeitos com essa opornecer soluções de ponta aos clientes antecipando até tunidade”, conta o gerente de comunicação. n
Equipe da HP 4x4 Especializada Land Rover
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matéria de capa
Escolhendo certo
Belvedere | Moradores contam as vantagens e desvantagens de casas e apartamentos segurança muito maior. É um bairro realmente visado, se eu morasse numa casa aqui eu teria muito medo de chegar à noite, por mais que a gente saiba que tem casas que tem segurança armada, acho que o prédio oferece um pouco mais”, comenta. Alessandra cita também mais algumas vantagens de se morar em prédio, e acrescenta que hoje em dia os edifícios não perdem em nada para as áreas de lazer que as casas oferecem. “Hoje em dia casa dá muito trabalho, você tem que ter piscineiro, jardineiro, mil empregados à disposição. Quando você mora em um prédio, tudo isso é cuidado pelo condomínio. É uma preocupação a menos na nossa vida corrida. O conceito mudou. Hoje em dia temos edifícios que têm tudo. Quadra de tênis, quadra de squash, piscina, sauna, espaço gourmet, e eu acho que isso é uma vantagem porque podemos desfrutar de tudo o que a casa oferece com a segurança e as vantagens de um edifício”, relata a blogueira. Alessandra diz que não sofre com a principal queixa dos moradores de edifícios: os vizinhos. “Onde eu moro é vantajoso porque são poucos
As casas proporcionam mais privacidade nas áreas abertas e quintais
Os prédios contam com mais opções de lazer e espaço nas áreas comuns
Alessandra Diniz ressalta a segurança proporcionada pelos apartamentos
apartamentos, então temos uma área de lazer com poucos moradores, o que nos dá um pouco de exclusividade. Esses edifícios muito grandes com muitos moradores não me agradam, a gente acaba perdendo um pouco da liberdade. Acho que tem Fotos: Lucas Alexandre Souza
Fotos: Arquivo URBHANO
O número de apartamentos novos lançados em Belo Horizonte no primeiro semestre de 2013 cresceu 79,4% em relação ao mesmo período de 2012, passando de 901 para 1.617 apartamentos novos. Junto com esse crescimento, aumentou também o volume de vendas, que cresceu cerca de 4,7% este ano, segundo a pesquisa de Construção e Comercialização de Imóveis realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG) e divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais. Porém, há pessoas que preferem ainda o conforto, a liberdade e o aconchego que as casas podem oferecer a seus fiéis moradores. Há diversos fatores que influenciam na escolha de uma casa ou de um apartamento. Questões como preço, conforto, localização e segurança são os mais analisados ao se decidir qual imóvel comprar. Segundo o morador do Belvedere, diretor e presidente da Imobiliare imóveis, André Fernandes, o aumento pela procura de apartamentos no local é evidente. Segundo André, as pessoas têm buscado mais os prédios por conta da segurança. “A questão do aumento da violência acho que é um fator a se observar, as pessoas têm buscado mais segurança para a família”, comenta. De acordo com André, o mercado é promissor no Belvedere e região, principalmente por conta do crescimento. “Com o Vila da Serra em crescimento, a procura nesta região aumentou e muito”, relata. Morar em prédio pode trazer muita comodidade, a principal apontada pelos moradores é a segurança, principalmente para pessoas que viajam muito, uma vez que o apartamento estará sempre sendo vigiado pelos vizinhos. A blogueira e moradora do Belvedere Alessandra Diniz, 37, conhecida como Lê Diniz, acredita nessa segurança maior trazida pelos edifícios. “A minha vida inteira morei em apartamento. Prezo em primeiro lugar a segurança, tenho muito receio de casa. Hoje tem até os condomínios fechados, mas mesmo assim, um prédio, principalmente como o meu, oferece uma
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que ser o meio termo, nem a exclusividade total das casas, mas também não gostaria de morar em um prédio que fossem milhares de moradores dividindo um espaço comum. Em um prédio com menos apartamentos, como os com um por
Bruno Pedras prefere a liberdade e a tranquilidade de se morar em uma casa
andar, a gente conhece todo mundo, normalmente os vizinhos todos são convidado pras festas”, comenta a moradora. Quem mora em prédio conta também com a oportunidade de criar um ciclo de amizades den-
matéria de capa tro do condomínio. Para quem tem crianças, essa é uma ótima vantagem, uma oportunidade para fazer amizades e brincar com a segurança de estar dentro de casa. “Meu filho gosta muito de apartamento, nunca pediu pra morar em casa até porque tem os amiguinhos. No prédio sempre tem os vizinhos, muitas crianças brincam juntos, é uma turma muito boa que temos aqui”, relata Alessandra. A consultora de Imagem Laína Lane, 24, já morou em casas e conta porque hoje prefere os edifícios. “Moro em apartamento desde o ano 2001. E antes disso sempre morei em casa. As vantagens são a segurança e praticidade, tem sempre alguém cuidando, tomando conta. A desvantagem é a privacidade. Conviver com vizinhos é um pouco complicado. Por que sempre tem alguém incomodando ou sendo incomodado por você”, relata. É claro que existem também as desvantagens, como o barulho causado por vizinhos, a limitação do espaço e da privacidade. Além disso, reformas precisam ser aprovadas e autorizadas pelo condomínio. Morar em apartamentos envolve algumas dificuldades e requer aceitação de regras. O crescimento no mercado é evidente, mesmo assim, são muitos o que não trocariam o espaço e o conforto de uma casa. Morar em uma casa tem vantagens imprescindíveis para algumas pessoas. O espaço oferecido conta muito e a ausência de vizinhos tão próximos
Os apartamentos transmitem uma sensação maior de segurança
As casas permitem o cultivo de jardins e criação de animais de grande porte
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é muito valorizada por quem busca maior privacidade. Em uma casa é mais fácil e há mais espaço para criar plantas, planejar jardins ou ter um animal de estimação. Outra vantagem é poder construir uma casa exatamente como se quer, com tudo o que agrada e é necessário ao morador. A estudante Gabriela Gomes, 18, mora há dezesseis anos em uma casa no Belvedere, e conta porque os pais são tão apaixonados pelo local. “Eles resolveram por questão de comodidade, pra não ter muitos problemas com vizinhos, e minha mãe sempre gostou de casa cheia, então todo encontro de família é lá em casa, tem 16 anos que a gente ta lá, desde que minha irmã nasceu”, comenta. Gabriela acrescenta também as vantagens de morar em uma casa. “Não temos que preocupar tanto com a vizinhança no quesito barulho, porque em apartamento normalmente tem problema com barulho. E meus pais preferem ter uma vida mais reservada. Grande parte dos moradores de casa são amantes dos bichos, e a maioria deles não abre mão de conviver com seus animais, o que é um pouco difícil para quem mora em apartamento. “A gente sempre teve muito cachorro, e em apartamento não ia dar muito certo”, finaliza a estudante. A liberdade e a tranquilidade foi o que levou o morador Bruno Pedras, 34, a optar por uma casa no bairro. “Já tive experiência em apartamento. Gosto de festa e quem mora em apartamento acaba incomodando vizinho e gerando problemas”, comenta o empresário e corretor de imóveis. Bruno concorda que morar em uma casa dá mais trabalho, mas para ele, que há quinze anos mora no bairro, o esforço vale apena. “A casa realmente demanda mais trabalho, porém nada perto dos valores absurdos dos condomínios cobrados em apartamentos de luxo. Quanto à segurança, nunca tive problema, tenho segurança eletrônica e cerca elétrica. Não acho que morar em apartamento é mais seguro, a diferença é que na casa você controla a segurança, entrada e saída de veículos, já em prédios as entradas são controlada na maioria das vezes por pessoas inexperientes”, pondera. Para unir a segurança dos edifícios e a liberdade das casas, o número de condomínios tem crescido significamente e tem atraído cada vez mais pessoas. O problema desse tipo de moradia é que, infelizmente, eles se encontram muito longes dos centros urbanos. n
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entrevista
Realizada e feliz
Fotos: Lucas Alexandre Souza
Decor | a empresária Guta Zuquim conta sobe sua paixão pela vida, sua família e pelo trabalho
Guta Zuquim nasceu em Belo Horizonte, filha do arquiteto Roberto Soares e da decoradora Stella Soares, os quais foram os seus grandes exemplos de vida, aprendeu a gostar de casas e decoração desde muito nova e foi A única dos quatro filhos a seguir o caminho dos pais. É proprietária da Quality, tradicional loja de móveis no bairro de Lourdes, que completará 32 anos em 2013. Casada há 27 anos com o corretor de imóveis Sérgio Zuquim, com quem teve três filhos homens, Guta conta sobre os desafios diários da jornada tripla de ser mãe, esposa e empresária. Para estar sempre atualizada viaja o mundo todo à procura de novas tendências do mercado imobiliário. A decoradora mora no Belvedere há treze anos, onde faz todas as suas atividades a pé, e acredita que o bairro é um lugar de pessoas felizes. Como foi a sua trajetória profissional? Na verdade a minha trajetória profissional não tem muita variação. Comecei fazendo outro curso que não gostei, saí logo no primeiro semestre e fui trabalhar com a Eliane Pinheiro, que tinha uma loja muito legal na época, e comecei a fazer decoração. Desde então eu trabalho na Quality e, depois de uns cinco anos, ela foi comprada pela minha mãe. Eu sempre falo que isso aqui é a extensão da minha vida, pois nesse meio tempo eu fui estudante, depois casei, tive filhos e o trabalho sempre me acompanhou, evoluindo, mas sem modificação. Você sempre quis ser decoradora? Eu sempre quis, porque a minha mãe era decoradora e meu pai arquiteto, sempre gostei muito de casa e estive envolvida nesse meio. Foi uma coisa que sempre me atraiu muito, eu sou super satisfeita. Hoje em dia eu sou comerciante, sou empresária, não sou decoradora. Apesar de ter feito o curso eu nunca trabalhei como tal, eu sempre fui lojista. Tenho os decoradores como grandes parceiros, não como meus concorrentes.
Qual a história da empresa? Minha mãe comprou a loja já feita. A loja era sociedade de um casal, eles se separaram e a mulher quis desfazer a sociedade, eles pensaram então que a única solução seria vender. Minha mãe, junto com outra sócia, comprou a loja 32 anos atrás, e eu já trabalhava nela. A loja pertenceu a minha mãe por 32 anos, há cinco anos ela desfez a sociedade e eu entrei como sócia. Há dois anos minha mãe faleceu e desde então eu administro a loja . Hoje eu estou sozinha depois de um longo trecho como funcionária e como sócia. A loja é minha vida e eu estou muito feliz. Quais são os desafios diários de se manter no mercado esses anos todos? Os desafios diários não só são os de se manter no mercado, a longa jornada também conta. Porque eu tenho três filhos, agora eles já estão crescidos e eles já não precisam mais tanto de mim. Eles já são homens e cada vez eles me solicitam menos, porém filho em casa sempre solicita. Então tem os filhos, tem o marido, tem o trabalho, tem as viagens que eu preciso fazer a trabalho. Eu sou importadora, então eu preciso viajar, para estar sempre atualizada. O desafio é muito grande de conciliar as duas coisas, mas eu tenho conseguido fazer
com satisfação, porque me dá prazer. Esses desafios são bons, eu gosto muito, não me estressa não. O que mudou no setor mobiliário nesses trinta anos? Eu não vou falar da evolução mobiliária, pois o que mudou foi o estilo de vida, pois nós sempre tivemos o perfil de uma loja clássica e tradicional. Nós fomos evoluindo e adequando por causa de uma solicitação de comércio, do próprio público, pois eu acho que o mobiliário não evolui, pois um bom mobiliário vai perdurar anos e anos. O que evoluiu foi o modo de usar a casa, acredito que hoje as pessoas estão muito mais preocupadas em estar em casa, em ter uma casa legal para receber os amigos e agora mais do que nunca com esse problema da bebida as pessoas então recebendo muito em casa, todo mundo que fazer um espaço gourmet. Então não foi o mobiliário que evoluiu, claro que hoje nós temos grandes designers jovens, mas o que evoluiu mais foi o uso da casa. E isso foi uma grande mudança, nós sempre tivemos uma sala de estar fechada para receber visitas, hoje não existe mais isso, a sala é o grande espaço de convívio familiar. Como é feita a seleção dos móveis? Eu sempre gostei de comprar, eu falo que adoro
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comprar, mas adoro vender. Visito as feiras nacionais, que possuem fornecedores muito bons e ótimos designers, mas não deixo de comparecer às feiras fora do país, pois também sou importadora. Trabalhamos com móveis clássicos, franceses e adornos diferenciados que vamos buscar no estrangeiro. A loja tem um perfil bem diferenciado. As peças são escolhidas por mim quase a dedo, não vou falar que são exclusivas, mas são quase únicas. Eu não quero que os meus clientes que compram aqui com o maior prazer e satisfação, cheguem na casa do vizinho e encontrem uma coisa igual. Nós tentamos fazer algo bem particular, exclusivo e selecionado.
entrevista viagens para feiras internacionais, a gente faz muitos amigos nesta área. Depois a rotina é como uma família qualquer, à noite eu sempre estou em casa com os meninos, e eu tenho o hábito de almoçar sempre em casa. O nosso encontro familiar é na hora do almoço, não é à noite, pois eu tenho um filho que estuda à noite, o outro treina Muay Thai à noite também. Eu faço muito esforço para almoçar sempre em casa, então a minha família se encontra nesse horário. É um hábito que fiz e que acho muito bom.
O que você acha do mercado de decoração de Belo Horizonte? O mercado de Belo Horizonte é muito bom, primeiro porque temos um púbico muito exigente, segundo porque estamos em um mercado que tem muitos profissionais. Tanto os arquitetos como os designers de interiores exigem da gente uma atualização e uma busca constante por novidades. Tenho certeza que é um mercado muito promissor, porque os novos condomínios não param de crescer. Como é a rotina de ser mãe, esposa e empresária? Acordo bem cedo, faço a minha academia na parte da manhã e venho para a loja. Eu gosto de acompanhar o dia a dia da loja, esse contato direto com os clientes e profissionais. Eu tenho uma tarde livre, que são as tardes de terça-feira, quando tenho uma aula de pintura, um tempo meu, onde encontro com algumas amigas. Eu estou em um meio que é muito agradável, que tem muito movimento social. Tem viagens de pesquisa,
Por que você resolveu mudar para o Belvedere? Eu mudei para o bairro há treze anos, foi em março de 2000. Meu marido, Sergio Zuquim, é corretor de imóveis e estava olhando um apartamento com um cliente. O Belvedere estava começando, e estava com aquele grande problema das obras serem embargadas. Nós não sabíamos se o bairro ia vingar ou não, só tinha um prédio pronto, que era o da Patrimar. Meu marido sem-
pre me mostrava as plantas dos apartamentos e me perguntava o que eu achava, e quando eu vi uma planta e disse: “Esse prédio eu adoraria morar”, e um dia ele chegou em casa e me disse: “Nós vamos morar lá”. Eu adorei a planta, adorei o prédio e sou super feliz por morar lá. É claro que hoje o bairro já evoluiu desde quando nós mudamos. Antes só tinha o prédio da Patrimar e o nosso na praça. Tínha um sacolão na rua de trás, onde comprávamos e assinávamos uma caderneta, para fazer o acerto nos finais de semana. Hoje, a padaria é na rua de trás e eu vou a pé, ao salão eu vou a pé, à lavanderia eu vou a pé, então apesar de ser um bairro novo e moderno, ele têm muitas características de bairros do interior onde todo mundo se conhece. Tem a lagoa que é um point de caminhada. O bairro tem uma característica gostosa: é um bairro de pessoas felizes. Eu adoro morar no Belvedere, eu não trocaria o bairro por nenhum outro. O que você gosta de fazer no bairro? O Djalma é o melhor lugar para você ir, é um lugar onde você encontra todo mundo, tem também a facilidade de ir a pé. Eu faço tudo no bairro, faço unha, uso a feira etc. Meu pai mora no bairro, meus irmãos moram no bairro, a família mora no bairro. Temos o hábito de um ir à casa do outro a pé. E isso é muito raro né? Minha irmã mora na esquina, meu irmão mora na outra esquina, meu pai mora muito perto também. Eu vou muito ao shopping a pé, eu acho difícil chegar lá e estacionar, então eu vou a pé. Acho muito bom essa facilidade que o bairro me oferece. n
anuncie no único canal direto com o belvedere.
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Neofashion Fotos: Divulgação
Neoprene | saiu da água e foi correndo para as passarelas
Na temporada de inverno 2013, o neoprene, sempre ligado aos esportes aquáticos, saiu da água e foi correndo para as passarelas. Desde então, o neoprene virou mania nos closets fashionistas, começando pelas flares, passando pelos terninhos, calças de alfaiataria e vestidos. A ideia é da Escada, marca conhecida pelos belos vestidos de festa que, no desfile de sua coleção de inverno, utilizou trinta metros do tecido para apresentar seus modelitos. A aposta no tecido foi reforçada pela forte tendência esportiva que apareceu nas mais recentes coleções nacionais e internacionais. Saindo da
casualidade, o tecido tecnológico surgiu em itens mais sofisticados, perfeitos para ocasiões noturnas. Sim, o neoprene passou a fazer bonito à noite e, além de ser um tecido naturalmente emborrachado e projetar frescor instantâneo a looks de balada, ainda cumpre o papel de acentuar a silhueta e deixar tudo no lugar. No universo da moda sempre existem novidades que se tornam febres e onipresentes nas estações em que são lançadas. Com o neoprene não foi diferente: se tem uma peça que “sold out” muito rapidamente mundo afora foram os moletons ou as camisetas de neoprene com estampas espaciais
Balenciaga, da coleção EgyptoFunk. Espalhadas por diversas esquinas nas capitais do mundo, os moletons e camisetas chamaram atenção pelo seu “oversized shape” que, de forma descolada, compunha diversas produções das fashionistas. É fácil de usar e combinar, basta saber onde a curva deve ser acentuada. Para a mulher da vida real, o melhor é usar o neoprene em saias, casacos, vestidos e calças, e pode ser combinado com malha, poliéster e seda. Vale conferir os estilistas que usam e abusam das estampas neste curioso tecido como a marca Versace. As fotos ao lado ilustram essa “febre”. n
economia
Câmbio inconstante
Alerta | Mesmo com as intervenções do Banco central, dólar continua em alta A projeção de instituições financeiras para a cotação do dólar ao final deste ano subiu pela terceira semana seguida. Foi esse o balanço divulgado no último dia 26 pelo Banco Central (BC). Nele a expectativa para o dólar até o final de 2013 passou de R$ 2,30 para R$ 2,32. A estimativa para 2014 também aumentou, pela segunda semana consecutiva, de R$ 2,35 para R$ 2,38. Conforme o anunciado no último dia 22, o BC permanece dando continuidade ao programa de leilões de venda de dólares com o objetivo de frear o avanço da moeda. A alta da moeda no Brasil é reflexo da intenção do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, de reduzir os estímulos monetários. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global, caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo. De acordo com a pesquisa do BC junto a instituições financeiras, a previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações), resultado que poderá ser influenciado pela cotação do dólar, passou de US$ 4,35 bilhões para US$ 3,4 bilhões, este ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 9 bilhões, em 2014. A alta do dólar poderá ser um fator de estímulo
às exportações e de desestímulo às importações, principalmente de bens de consumo.
As mudanças na cotação do dólar também podem gerar efeitos na balança de serviços (transportes, viagens internacionais, aluguel de equipamentos, entre outros) e de rendas (salários, juros, lucros). Na última sexta-feira, 23, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que se a alta do dólar persistir, além dos efeitos na balança comercial, os gastos de brasileiros no exterior tendem a se reduzir nos próximos meses. Outro efeito será a redução das remessas de lucros e dividendos de empresas no Brasil para o exterior. Com a alta do dólar, fica mais caro enviar esses recursos para fora do país.
A previsão das instituições financeiras para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi mantida em US$ 77 bilhões este ano e passou de US$ 79,46 bilhões para US$ 78,55 bilhões em 2014. A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano. Durante um almoço de debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que a alta do dólar pode impactar sobre os preços caso o quadro de desvalorização cambial se intensifique. O ministro ainda ressaltou que o país possui mais reservas e menos dívida pública do que em 2008 para enfrentar a situação, classificada por ele como “minicrise”. n
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gastronomia
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Gastrô Card
Foto: Divulgação/Mes Amis
Comer um bom prato em um restaurante renomado é uma forma de provar novos sabores e iguarias, receitas que talvez não conseguiríamos fazer em casa, mas pode ser mais do que isso. O projeto Gastrô Card, iniciativa do Instituto Guma, promete aliar esse prazer individual à solidariedade. O programa reúne cards com descontos a partir de R$30, que podem ser utilizados em 40 restaurantes bem conceituados e filiados ao projeto, situados em BH e Região Metropolitana. Segundo Fernanda Cruz, assessora do Instituto Guma, desde o inicio de agosto deste ano cerca de 1800 cartões já foram vendidos. O valor obtido com as vendas é revertido em benefício de diversos programas sociais realizados pelo instituto, contribuindo para a melhoria de vida de mais de 200 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Ao utilizar o Gastrô Card, o cliente pode usufruir de vários descontos que podem chegar a um valor superior a R$1.500,00. Os des-
contos em cada estabelecimento têm validade até o fim de 2013. Ao adquirir o Gastrô Card, o usuário recebe 41 cards, cada um equivalente a um restaurante e que pode ser utilizado uma única vez. Eles contêm informações sobre o estabelecimento, os dias e horários para utilização e o valor do desconto. Dentre os cards, existe o bônus de uma carta Curinga, que permite ao consumidor escolher a opção que mais lhe agradou e retornar ao estabelecimento, recebendo o mesmo desconto da primeira vez. A publicitária Patrícia Torres, 26, afirma que há algum tempo ajuda instituições filantrópicas, mas apenas recentemente conheceu o Instituto Guma. Para ela, o casamento entre a solidariedade e a boa comida é a fórmula ideal para exercer a cidadania. “Assim que ouvi sobre o projeto, eu disse ao meu amigo: quando sair eu vou comprar. E eu comprei porque eu gosto de gastronomia demais e falei que eu queria ajudar as pessoas. Quando eu vi o Gastrô Card, vi que seria o ideal”, comenta.
A publicitária ressalta que além dos benefícios os cards possuem praticidade no ato da compra. “Comprei pela internet o bloquinho e chegou bem rápido. Em três dias úteis”, lembra Patrícia. O Gastrô Card pode ser adquirido por R$49,90 pelo site gastrocard.org.br, nos restaurantes participantes, lojas do Super Nosso, por meio da venda corporativa e pelo telefone 3032-6826, com frete grátis. O Gastrô Card tem validade até o dia 31 de dezembro de 2013.
Instituto Guma O Instituto Guma é uma organização sem fins lucrativos, formada por entusiastas que acreditam poder fazer mais através do seu trabalho e dedicação. A ONG tem como missão captar recursos para projetos sociais com foco em crianças e adolescentes, adotando a filosofia de não pedir doações. Este ano os projetos apoiados são o “Mãos à Obra”, “Espaço Social Transformar” e “Cidade dos Meninos São Vicente de Paulo”. n
Foto: Elmer Almeida
Solidariedade | Projeto filantrópico permite consumidores apreciar a alta gastronomia
O premiado chef Ivo Faria apoia o Gastrô Card e dá aulas aos alunos do projeto Mãos à Obra, nas dependências do Lar dos Meninos São Vicente de Paulo – Olhos D’água.
Restaurantes comprometidos Savassi D´Istinto, Domenico Pizzeria, Dona Lucinha, La Traviata, Parrilla Los Hermanitos, Patuscada, Pletora, 2013 Anchieta | Cruzeiro | Serra | Sion Flores Restaurante, Hermengarda, Magnífico Gourmet, Parrilla Del Mercado, Vinicius Pizzaria Nova Lima Bistrô da Matilda, La Victoria, Nutreal, Nutreal Al Mare Cidade Jardim | Raja | Belvedere O Conde, Porcão, Villa Roberti, Vitelo´s Lourdes A Favorita, Benvindo, Cantina Piacenza, Ficus, Glouton, Mes Amis, Na Mata Café, Oak, OsteriaGusto, Trindade, 68 La Pizzeria, D´Artagnan Santo Agostinho | Gutierrez Galpão da Pizza, Vecchio Sogno, Verano Gourmet Pampulha La Palma, Matusalem, Paladino, Xapuri
Receita PAPPARDELLE à PROVENÇAL COM CAMARõES E LULA AO CREME DE LIMÃO SICILIANO Para 2 pessoas
Pelo restaurante Mes Amis
Ingredientes
Preparo
• 170 g de Pappardelle ou outra massa já cozida; • 1 cubo de caldo de peixe • Suco de 1 limão e meio (Siciliano) • 160 g de camarões limpos • 160 g de anéis de lula • 450 ml de creme de leite fresco • Meia cebola picadinha • 5 dentes de alho picados • Meio molho de salsa picado • Meia xícara de vinho branco seco • Sal e pimenta moída a gosto • 60 ml de azeite
Em uma frigideira doure no azeite os camarões, lula, cebola e o alho. Acrescente o vinho e deixe evaporar. Em seguida coloque o creme de leite, o suco de limão, o caldo de peixe, a salsa, a pimenta e o sal, envolva a massa e deixe encorpar um pouco e sirva-se.
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tecnologia
Crime mapeado Fotos: Reprodução
Segurança | Site ajuda a identificar quais os locais mais perigosos de várias cidades
Criado pelos baianos Fillipe Norton e Márcio Vicente, ambos com 22 anos e estudantes de Ciência da Computação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o website Onde Fui Roubado tem sido cada vez mais procurado pelas vitimas da violência. No ar desde junho deste ano, a ferramenta conta com estatísticas sobre as regiões que mais sofrem com a criminalidade, além de mostrar quais itens são mais roubados. A ideia de Filipe e Márcio foi criar um sistema em que pessoas conseguissem registrar anonimamente os furtos, de modo que pudessem acessar o site e identificar as regiões onde há maior ocorrência de furtos. “A ideia principal é que as pessoas acessem o site para registrar um crime que sofreram e ajudar seus amigos a se prevenirem contra crimes semelhantes, no mesmo lugar, por exemplo. Então nossa intenção é que as pessoas frequentem o site para se situar quanto à criminalidade em sua cidade”, comenta Filipe. A rede de denúncias coletiva possui interface intuitiva, design objetivo e simples. É movimentada por pessoas que foram vítimas de algum tipo de crime e que, após o acontecido, podem entrar no site e fazer uma espécie de “check-in”, informando o local, o horário e a data onde foram roubadas, além de detalhar o crime. A ferramenta disponibiliza várias opções, como furto, assalto coletivo, arrombamento veicular, roubo de veículo, saidinha bancária, assalto à mão armada, sequestro relâmpago e outros. Todos esses tipos são distinguidos por cores diferentes no mapa. O internauta também pode informar que objetos foram levados, seja um celular, um relógio ou a carteira. Com base nos dados fornecidos pelos internautas, o Onde Fui Roubado faz um levantamento das vítimas mais frequentes (homens ou mu-
lheres) e um ranking dos objetos mais roubados em cada cidade. O Onde fui Roubado tem tido cada vez mais adesão por parte da população. “O site vem ganhando cada dia mais popularidade e chegando aos ouvidos das pessoas de forma rápida! Já temos denúncias em quase, se não todas, as capitais do Brasil e muitas cidades do interior”, ressalta Filipe. “O site recebe denúncia da grande maioria das cidades do Brasil, acreditamos que mais de 5000 mil cidades são mapeadas. As regiões sul, nordeste e centro-oeste têm ganhado força nos últimos dias”, afirma Felipe. A estudante de Engenharia Civil Fernanda Campagnuci, 19, ficou sabendo da novidade e aprovou. “Coloquei o nome da minha rua e vi que tiveram alguns assaltos depois de sair do banco. O legal é que você pode consultar quando não conhece o lugar e saber no Brasil inteiro se o lugar é perigoso, com incidência de roubos ou não”, comenta a estudante. n
Ranking de cidades que mais registraram a denÚncia no site Fortaleza São Paulo Belo Horizonte Rio de Janeiro Curitiba
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gente
No dia 24 de agosto, a boate naSala comemorou seu aniversário em grande estilo com os DJs Vinícius Amaral, Michel Palazzo e o australiano GoodWill
Fotos: Thiago Poncherello
nasala comemora 13 anos
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Frede Andrade e Camila Chiari
Alessandra Ervilha
Michele Santana
Renata Melo, Alessandra Madaloso, Sylvia e Luíza Fernandes
Paloma Bicalho
Sthael e Thássio Siman
Renata Guidi
Na segunda-feira dia 26, a artista plástica Eliana Secondi recebeu convidados e jornalistas para o coquetel de abertura de sua exposição “Quatro Estações” no Ponteio Lar Shopping.
Fotos: Elisabeth Faustina
vernissage no ponteio
Luíza Gondim
Ana Paula Alkimin, Eliana Secondi e Luiz Sternick
André Lacerda, Leo Soltz e Ana Paula Alkimin
Fernando Vignoli, Guiomar Lobato, Eliana Secondi e Paulo Pomponio
Júnia Soltz, Eliana Secondi e Paulo Pomponio
Leo e Júnia Soltz, Guimar Lobato e Fernando Vignoli
Wendel e Flavia Urru, Leo Soltz e Lula Ribeiro
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crônica
Ele odiava o anão de jardim que ficava na área de lazer do prédio, perto da piscina. Um pequeno mistério de gorro vermelho que ninguém sabia muito bem quem havia deixado ali, mas que o síndico considerava patrimônio do condomínio e nem sequer cogitava retirar do local. Sempre que era obrigado a passar por ali, e isso era praticamente todo dia por causa da localização da sua vaga de garagem, tinha a nítida
sensação de que a escultura de gesso zombava dele, os olhos grandes, o chapéu pontudo, a barba branca que negava a expressão jovial e contente. Murmurava sempre uma ofensa ao passar pelo pequenino, correndo muitas vezes o risco de ser tomado por alguém exageradamente mal humorado ou mesmo com algum desvio de comportamento. O fato é que, pensassem os outros o que pensassem, cada dia ficava mais claro que o prédio era pequeno demais para os dois. Virou uma obsessão.
Às vezes acordava sobressaltado pelo pesadelo com a face sorridente do monstrengo se aproximando mais e mais do seu próprio rosto. Acordava suado, desprotegido sob o peso do pesadelo recorrente e incômodo. Resolveu que precisava fazer algo. Eram três da manhã quando esgueirou-se pelo jardim e surrupiou o anão. Subiu ao telhado onde ficavam as antenas do velho prédio e, após sussurrar uma última ofensa, lançou a estátua no vazio. Estranhou o ruído, mais abafado do que imaginara, e voltou para o apartamento com a certeza de dormir o sono dos justos. Foi uma das melhores noites de sua vida. Dormiu pesado, mas com a alma leve, arrumou-se com calma e, já durante o café da manhã, estava claro que tinha agora outra disposição para encarar o dia. Desceu pelo elevador e surpreendeu-se com a comoção na entrada do prédio. Ao ser informado sobre o bizarro acidente que envolveu um anão de jardim caído dos céus e a morte do porteiro, estremeceu.
Foto: Arquivo pessoal
Anão de jardim Maurilo Andreas é mineiro de Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras. Nunca foi tido como suspeito, as investigações deram em nada e o assunto foi esquecido. Mas, ainda hoje, basta pregar os olhos e o pesadelo recomeça, agora com o anão e o porteiro se aproximando incessantemente da sua face, ocupando todos os espaços do sonho. Sorrindo, sorrindo, sempre os dois sorrindo. n
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