16 a 31 . dezembro de 2013 . ANO I . Número 20 . Distribuição gratuita
URBHANO
On-line: www.urbhano.com.br
BELVEDERE
Foto: Shutterstock
tudo que inteRessa no seu bairro está aqui
cruzando o céu
Para driblar o congestionamento de Belo Horizonte, empresários investem em aeronaves e cursos de pilotos
tecnologia
Foto: Cinthya Pernes
A grande polêmica do aplicativo Lulu leva pessoas a refletirem sobre o uso e os abusos cometidos na internet pág. 6
esporte o Stand up paddle é um esporte praticado sobre uma prancha de surfe em meio à natureza e tem atraído cada vez praticantes pág. 7
entrevista O médico Ernesto Lentz é um grande pesquisador do Santo Sudário e relata sobre as provas em relação à ressurreição de Cristo pág. 10
local
atendimento ao cidadão O vereador Marcelo Aro investiu em uma ideia inovadora para estar mais perto dos seus eleitores e o Gabinete Móvel já é um sucesso pág. 4
gastronomia A virada para um novo ano precisa ser comemorada em grande estilo e o duelo de chefs desta edição está imperdível pág. 14
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URBHANO BELVEDERE Belo Horizonte, 16 a 31 de dezembro de 2013
opinião frasesURBHANAS
Foto: divulgação
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A morte é algo inevitável. Quando um homem fez algo que considera ser seu dever com as pessoas de seu país, ele pode descansar em paz. Nelson Mandela, em entrevista para um documentário em 1994
Kathleen Garcia (*)
PLANEJAMENTO
AMADO POR UNS, ODIADO POR OUTROS... A importância de gastar um tempo avaliando as ações e seus resultados antes de tomar as decisões é indiscutível em todas as empresas. O processo decisório passa obrigatoriamente pela definição do problema, criação e avaliação das alternativas, escolha da melhor delas, implementação e monitoramento da decisão. Bem ou mal feito, deliberado ou intuitivo, racionalizado ou emergente, faz parte da vida das organizações em diferentes níveis: estratégicos, táticos e operacionais. Optar por ações estratégicas como se fossem operacionais é recorrente em empresas de menor porte. Levados pela urgência, pressão, ou pelo calor das emoções, os tomadores de decisão tendem a escolher caminhos isolados sem avaliar os impactos gerais e acabam não otimizando os resultados, podendo até ter problemas mais graves. Para evitar esse tipo de situação é preciso “gastar” tempo na fase de planejamento, o que parece “doer” para alguns tomadores de decisão. Principalmente em situações de crise, quando estão diretamente envolvidos, onde a pressão parece estagná-los e acabam agindo por impulso usando mais a percepção, intuição e conhecimento pessoal do que a análise racional. Ou pior, deixando-os sem ação, apenas esperando por um milagre, enquanto o problema só piora. Não ter o cuidado com o processo de planejamento é uma situação recorrente. Já ouviu o termo “apagando incêndio”? Situação mais comum do que se imagina, em geral é encontrada em organizações que não utilizam o planejamento, onde as decisões são tomadas na última hora, sem tempo para avaliar melhores alternativas. Ainda que a empresa conte com uma equipe envolvida, séria, comprometida e que ao final consiga êxito, há perdas. Fazem parte da etapa de planejamento o estudo dos impactos, através da análise de documentos financeiros que apresentem os resultados esperados para cada desenho proposto. É preciso aceitar apenas propostas que tragam resultados positivos e agreguem valor à empresa. O adequado é que as empresas adotem o processo de planejamento como uma prática comum incorporado à rotina da empresa. Para tanto, o ideal é implantar um sistema de planejamento e controle de resultados, com planejamento estratégico e controle orçamentário. São programas complexos, no entanto com resultados benéficos, já que passam a fazer parte da cultura da empresa, atingindo todos os profissionais e levando-os a alcançar os objetivos desejados. Kathleen Garcia Consultora da Viper – Gestão Empresarial (*)
Se eu tivesse meu tempo de volta, faria a mesma coisa novamente. Nelson Mandela, quando foi condenado em 1962
Ninguém nasce odiando uma pessoa por sua cor de pele ou religião. Pessoas são ensinadas a odiar. E se elas aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. Nelson Mandela, na autobiografia “Um Longo Caminho para a Liberdade”
Estou aqui hoje como ninguém menos que o representante de milhões de pessoas que desafiaram se levantar contra um sistema social que é guerra, violência, racismo, opressão e repressão. Nelson Mandela, ao receber o prêmio Nobel da Paz em 1993 Líderes de verdade devem estar prontos para sacrificar sua liberdade pelo seu povo. Nelson Mandela, em discurso na África do Sul em 1998 Jornal URBHANO nas redes sociais
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URBHANO BELVEDERE é uma publicação da Editora URBHANA Ltda. CNPJ 17.403.672/0001-40 Insc. Municipal 474573/001-1 Impressão: Bigráfica Tiragem: 15.000 exemplares Distribuição gratuita - quinzenal
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Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Tatiane Consuelo e Renata Diniz
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cidade
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BH recebe reforço da PM Foto: André Luiz Souza e Silva
Tranquilidade | Operação Natalina e Operação Férias Seguras reforçam a segurança
Efetivo de policiais da PMMG é redobrado
Evento de lançamento das operações de fim de ano na Praça da Estação
Com a chegada das festas de fim de ano e o período de férias, o centro de Belo Horizonte se torna local de grande movimentação. Para dar mais segurança à população e também aos visitantes, a Polícia Militar (PM) lançou no último dia 20, na Praça da Estação, a Operação Natalina 2013 e a Operação Férias Seguras 2014. Durante o evento a polícia explicou quais medidas seriam implantadas nesse período. O reforço policial acontecerá entre os meses de dezembro e fevereiro. A operação de Natal começou no dia 18 de novembro e segue até o dia 5 de janeiro. Já a
Operação Férias Seguras 2014 tem início no dia 6 de janeiro e se encerrá no dia 3 de fevereiro. Essas operações consistem no aumento do efetivo da PMMG em aproximadamente 700 policiais. Além disso, estratégias específicas estão sendo adotadas para oferecer maior tranquilidade à população nesse período, em que há um aumento na incidência de crimes. De acordo com o Comandante do Policiamento do Hipercentro da PM, Major Gedir Rocha, cabe à Policia Militar estabelecer planos de ação. O intuito é de coibir a ação de infratores da lei que, de maneira oportuna,
praticam crimes aproveitando desse período que há um volume maior de compras devido às festas e confraternizações de fim de ano. Diante desta perspectiva, os planejamentos de nível tático e operacional devem primar pela abrangência no atendimento à sociedade, com vistas à prestação de um serviço efetivo e de qualidade. A Polícia Militar irá priorizar o policiamento a pé, realizando um trabalho de ações interativas e informativas, como a distribuição de panfletos. A PM irá orientar também os pedestres e comerciantes sobre medidas de segurança que devem
ser tomadas para evitar furtos, roubos e outros crimes. O Batalhão de Trânsito, a BHTrans e a Guarda Municipal também vão trabalhar para melhorar a circulação de veículos e evitar congestionamentos, garantindo assim a fluidez do trânsito. Já o batalhão de Polícia Rodoviária irá reforçar a segurança nas rodovias que passam pela capital, e nas saídas da cidade nos dias de maior movimentação. As operações da Lei Seca serão mantidas. A PM conta com o apoio da população para denunciar crimes por meio do telefone 190 e do Disque Denúncia 181. n
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local
A serviço da população
Fotos: Cinthya Pernes
Compromisso | Vereador aposta em ideia inovadora para levar soluções para as pessoas marem que políticos ganham a elei
Política é um assunto que, muitas vezes, gera opiniões pré-formadas, devido aos diversos casos de corrupção ocorridos no Brasil ao longo dos anos. Há algumas décadas discutir ações políticas caiu em descrença, hoje são poucos os jovens que ainda são engajados em causas parlamentares. Constata-se um número reduzido de cidadãos que ainda lutam para fazer valer os seus direitos. Um dos maiores problemas é a grande distância entre a população e os seus parlamentares, que não possuem um meio de comunicação eficaz e satisfatório à disposição de seus representados. Foi pensando nestes fatos que o vereador Marcelo Aro decidiu investir em uma ideia que o aproximasse dos eleitores, auxiliando a compreender o que a população necessita de imediato e quais ações devem ser prioritárias em seu mandato. Assim surgiu a proposta do Gabinete Móvel, um meio de ir até a população e escutar suas reclamações e pedidos, sem burocracia ou preenchimento de papelada. O vereador, com recursos próprios, investiu na compra de uma van Ducato para percorrer vários bairros e aglomerados da cidade nos próximos meses. Aro participa de todas as visitas juntamente com sua equipe, que faz o registro das solicitações e providencia o encaminhamento. É uma forma de estreitar o contato da população com a Câmara Municipal de Belo Horizonte, além de possibilitar o encaminhamento das demandas dos moradores de diversos bairros da capital aos órgãos competentes. A iniciativa pioneira do vereador Marcelo Aro objetiva dar voz à população belo-horizontina. A ação também servirá como mais um canal de comunicação para o vereador prestar contas do seu mandato que, em onze meses de exercício, já tem grande parte dos seus compromissos de campanha cumpridos. “A vida inteira escutei as pessoas recla-
ção e depois somem. Quando fui eleito, fiz um propósito comigo mesmo de que não daria motivo para ninguém falar isso de mim. Por isso tenho me empenhado dia a dia para ser um político diferente. O gabinete móvel é um meio de divulgar todas as ações, votações e feitos do meu mandato”, afirma Aro. O vereador explica que a ideia é simples e que os resultados podem ser muito satisfatórios para a população. “Paramos o carro, armamos uma barraca e colocamos duas mesas com folhas e notebook. O nosso objetivo é escutar o cidadão. O que ele deseja que o seu representante faça. A partir desse bate-papo, colhemos demandas, sugestões e críticas. Cada demanda é analisada separadamente e então damos a destinação à autoridade que julgamos ser a competente para aquele caso, o que já está acontecendo com as solicitações dos bairros visitados. O demandante sempre terá um retorno sobre a sua solicitação”, conclui. O Gabinete Móvel começou a circular pelos bairros de Belo horizonte no dia 23 de novembro, com a primeira aparição na Praça das Crianças, no bairro Belvedere. O veículo é estacionado em lugares onde exista uma grande movimentação de pessoas nos bairros, como em praças e parques, a fim de facilitar o acesso dos frequentadores do local. O atendimento sempre ocorre aos finais de semana, que são dias em que as pessoas estão mais tranquilas, com um tempo maior para sentar e conversar com o vereador sobre as solicitações. As maiores reclamações recebidas pelo Gabinete Móvel em suas primeiras ações foram questões de segurança e trânsito no bairro, temas que já estão sendo debatidos e defendidos pelo vereador em audiências públicas. n
A estreia foi na Praça das Crianças no Belvedere
O vereador Marcelo Aro conversa com os moradores do Belvedere sobre melhorias no bairro
Moradores do Sion também foram atendidos na Praça JK no dia 24 de novembro
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negócio
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À procura de um líder
Headhunting | A escolha de um bom gestor é o desafio para diversas empresas no Brasil para que o líder permaneça no cargo e tenha sucesso são os aspectos comportamentais, especialmente a inteligência emocional. O fato de conhecer-se contribui para a pessoa gerenciar-se de maneira mais adequada, facilitando a gerência do outro também”, comenta a consultora. Inteligência emocional é um importante aspecto a ser valorizado pelo contratante, pois os líderes devem adotar posturas diferentes em frente a diversas situações. É o que analisa Mário Quirino, diretor do Instituto Você e especialista em Programação Neurolinguísitica (PNL). “O líder deve possuir desenvolvimento emocional para lidar com as adversidades do cargo e essa não é uma característica inerente a todas as pessoas, principalmente em funções que trabalham com pressão e riscos. No Brasil não são muito difundidos cursos e treinamentos que trabalhem o autoconhecimento e o desenvolvimento emocional. Isso ainda é uma tendência nova. Algumas pessoas já estão atentas à importância desses recursos, tais como PNL, coaching, testes de personalidade, e outras linhas de desenvolvimento pessoal.” Para dar conta de situações atípicas, é necessário que o líder apresente capacidade de aprender e desenvolver novas habilidades, como ter atitude positiva perante diversos cenários ou problemas.
Ser organizado e planejar ações a curto, médio e longo prazo. Criatividade, inovação e agilidade nas tomadas de decisão é um quesito a ser desenvolvido, além do relacionamento com seus subordinados. “O relacionamento de um líder com o liderado deve ser baseado, sobretudo, no respeito e na confiança. O líder deve ser comprometido com a equipe, consigo mesmo, deve demonstrar seus princípios e responsabilidades, agindo de maneira imparcial e equilibrada. Deve também saber se colocar no lugar do outro, criar relações verdadeiras e leais com seus subordinados”, enfatiza a diretora Lara Castro. n
As empresas buscam bons gestores para liderar equipes
Foto: Cinthya Pernes
Grandes e pequenas corporações sofrem na hora de procurar um bom gestor para liderar suas equipes. A escolha para cargos de confiança deve ser tomada com todo o cuidado, afinal, os gestores são peças importantes no desenvolvimento dos resultados das empresas. São os líderes dos diversos setores que estimulam ou desestimulam os outros colaboradores. São eles os responsáveis por controlar o grau de satisfação com o trabalho, o que leva ao aumento ou queda da produtividade dentro das organizações. Porém, para conseguir um cargo de liderança é necessário desenvolver diversas aptidões e qualidades. Os modelos de gestão mudaram muito ao longo dos anos, e hoje o líder deve ser uma pessoa flexível e democrática, qualidades inaceitáveis no passado, época em que os chefes deveriam ser respeitados pelo pulso firme durante as situações. Lara Castro, diretora e consultora organizacional da RHUMO Consultoria Empresarial, aponta habilidades que devem ser inerentes a um bom gestor. “Identificar os profissionais que têm a ‘chave’ para serem líderes varia de acordo com o perfil do indivíduo, o estilo da empresa e o negócio desenvolvido. Inteligência e habilidades técnicas são normalmente o ponto de partida para as posições executivas, porém o que se observa é que o que contribui significativamente
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tecnologia
Os abusos na internet
On line | Os males da internet influenciam de várias formas o cotidiano das pessoas
Quandoaspessoasabrem mãodaconvivênciarealepassam asededicarmaisaomeiovirtual, issopodeseralgoperigoso. Nãonosdamoscontadequededicamosmaisàsredessociaisdoquea nossaprópriavida
A internet chegou definitivamente para revolucionar e nos últimos anos se tornou uma ferramenta essencial na vida das pessoas. Hoje em dia o seu uso é acessível a quase todos, mas o que se observa é que essa tecnologia pode servir tanto para o bem, quanto para o mal. O problema é quando as pessoas ultrapassam o uso normal desta tecnologia, elas podem até ficar viciadas e alienadas. De acordo com o advogado Joselito Eugênio a internet está mudando o cotidiano das pessoas e isso pode acarretar sérios problemas. “As pessoas estão ficando dependentes do mundo virtual, causando prática irresistível de mau hábito. Isso pode ser prejudicial à saúde e automaticamente induz à conclusão da necessidade de aprimorar a legislação penal informática, a fim de evitar a impunidade dos delitos cibernéticos”, diz. No fim do mês passado foi lançado o aplicativo Lulu, disponível no Brasil desde o dia 20 de novembro para usuários de IOS e Android. O app foi criado pela empresa Lulusive, para que as mulheres avaliassem os homens e criassem um ranking dos melhores e piores entre a rede de amigos do Facebook. A avaliação que fica visível para as outras mulheres do aplicativo, considera
qualidades e defeitos, incluindo questões físicas e características pessoais que são definidas a partir de um questionário. Ele permite que perfis de homens do facebook sejam avaliados de forma anônima e muitas vezes com características negativas que podem não agradar a pessoa avaliada. Além disso, algumas usuárias aderiram o aplicativo como uma forma de detonar perfis de homens que não gostam. No entanto, apesar do grande sucesso o app ocasionou grandes polêmicas. Gustavo Fernandes, 19, estudante de Educação Física foi uma das vítimas do Lulu. “Não me senti incomodado, porque acredito que isso não muda em nada a opinião de pessoas maduras que não julgam as pessoas pela opinião dos outros”. Porém o estudante considera o aplicativo como invasão de privacidade. “Achei um app extremamente desnecessário. Considero errado o fato de buscar informações de pessoas sem autorização, sendo que essas pessoas, no caso dos homens, têm seu perfil exposto a avaliações e nem sequer podem entrar no aplicativo. Eu particularmente não me incomodei, mas concordo com as pessoas que se
Quando soube do app Tubby, a estudante de jornalismo Ana Luiza Perdigão Braga, 19, ouviu muitos comentários das amigas com medo, mas ela
sentiram expostas, afinal, ninguém assinou um termo de autorização para ter sua imagem e seu perfil exposto a tal brincadeira de mau gosto”, diz Gustavo. O estudante de Ciência da Computação, Silvino Souza, 21, também não se sentiu incomodado, porém achou até engraçado o que escreveram a seu respeito. “Na verdade o que me incomodou foi que, quando resolveram criar um aplicativo para o homem avaliar as mulheres, seguindo a mesma linha, mas com um toque mais masculino, elas começaram a ficar com medo e quando veio o Lulu elas estavam doidas para avaliar.”
Como forma de revanche, uma semana depois de chegar ao Brasil, o Lulu ganharia uma rival na versão masculina, o Tubby, desenvolvido por um grupo de cinco mineiros. Porém, houve uma liminar da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte, na quarta-feira (4), dia em que o app seria lançado, para que o Tubby tivesse seus acessos bloqueados sob pena de multa diária de R$ 10 mil. O pedido teve como fundamento a Lei Maria da Penha que objetiva proteger os direitos das mulheres.
não se sentiu amedrontada. “Primeiro eu não tenho medo dos comentários e não acredito na validade deles, já que é um aplicativo aberto. Claro que há uma curiosidade, mas nem tudo ali pode ser levado a sério.” Ela também entrou para o clube do Lulu não para avaliar os homens. “Eu não vou negar que
baixei o app e que dei uma olhada no perfil de quem me interessava, mas não levei a sério e nem avaliei ninguém. Baixei por curiosidade para saber do que se tratava e ter um pouco mais de propriedade para falar sobre o assunto”, comenta a estudante. Atualmente é quase impossível viver sem o mundo digital, mas cuidados devem ser tomados para não afetar negativamente a vida das pessoas, principalmente quando se trata de crianças, jovens e adolescentes. O advogado Joselito Eugênio ressalta que o mau uso da internet pode provocar consequências. “Quando as pessoas abrem mão da convivência real e passam a se dedicar mais ao meio virtual, isso pode ser algo perigoso. Não nos damos conta de que dedicamos mais às redes sociais do que a nossa própria vida”, diz. n
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esporte
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De pé na prancha
Fotos: Lucas Alexandre Souza
Stand Up Paddle | O esporte que mistura surfe e canoagem tem conquistado os mineiros Stand up paddle já conquistou praticantes na capital mineira
O Iate Clube Lagoa dos Ingleses, no condomínio Alphaville, em Nova Lima, agora é palco de uma nova modalidade esportiva, o Stand Up Paddle, que vêm atraindo admiradores e ganhando força na capital. O esporte também conhecido como “sup” veio Johnny Costa, educador físico e Cintia Almeida, aluna, em aula na Lagoa do Ingleses
Educador físico Johnny Costa já conquistou o pódio 4 vezes em 5 competições
das praias do Havaí, e a cada dia se torna mais conhecido pelo mundo inteiro. São necessários apenas uma prancha e um remo para a prática do esporte, que mistura surfe e canoagem. Johnny Costa, educador físico, foi o pioneiro dessa modalidade em Belo Horizonte, há 4 anos. “Vivenciando muito o Rio de Janeiro, onde conheci o esporte, viajando e querendo o mar, desejei trazer um pedacinho do Rio para a capital. Sabia da Lagoa dos Ingleses e queria desenvolver um esporte novo, foi quando fiz uma aula de Stand Up Paddle na Barra da Tijuca e tive uma afinidade grande com o esporte”, comenta Johnny. O Stand Up Paddle consiste em remar em pé sobre uma prancha e pode ser praticado por homens, mulheres e até crianças. Não existe uma idade, pois no primeiro contato com a prancha os praticantes já conseguem subir e começar a remar. Um esporte simples proporciona lazer e melhoria na qualidade de vida. O sup é uma forma de relaxamento, graças ao constante contato com a natureza. Os movimentos executados sobre a prancha proporcionam benéficos à saúde, pois exercitam o corpo todo, fortalecem os músculos do abdômen, coxas, costas, além de melhorar o preparo físico. Mas o melhor de tudo é que existem vários lugares possíveis para praticar o Stand Up Paddle: praias, lagoas, piscinas e até as corredeiras. A administradora Cintia Almeida de Assis, 30, morava no Rio de Janeiro, quando conheceu a modalidade há 4 anos. Fã de surfe, ela encontrou no Stand Up Paddle uma nova paixão. “Quando tive o primeiro contato com o esporte, no mar, eu amei, pois vi o pôr do sol em meio à natureza. Depois desse dia eu nunca mais parei. É muito bom, uma sensação única de liberdade”,
afirma. Para as mulheres, a prática do exercício proporciona um corpo mais esbelto, porém exige o desenvolvimento de algumas habilidades, como o equilíbrio. “No começo você realmente cai, mas é um cair divertido. É um desafio ficar em pé, você sempre quer mais”, comenta Cintia. Há um ano e meio, o médico Bernardo Xavier pratica o esporte na Lagoa dos Ingleses, e já participou de seis competições. “Procurei o Stand Up Paddle como opção de atividade física ao ar livre. Sempre fui atleta em várias modalidades como voleibol e hipismo, mas queria um esporte que diminuísse meu risco de lesão por impacto. Além disso, queria continuar em contato com a natureza e ter a oportunidade de vivenciar uma atividade que sempre me atraiu muito, que é o surfe. Nesse caso, o sup veio para substituir”, comenta. Como todo esporte, o Stand Up Paddle necessita de cuidados e prevenções para evitar risco de acidentes e lesões, que são reduzidos pela utilização de equipamentos adequados e preparo físico. “Para os iniciantes, que não sabem nadar, é recomendável o uso de coletes salva-vidas. Além disso, apesar do sup ser um esporte fácil, pois é uma prancha com uma estrutura apropriada que possibilita equilíbrio, instruímos a todos que estejam fazendo algum tipo de atividade física, nem que seja uma caminhada”, afirma Johnny. Na Lagoa dos Ingleses não existe uma turma de alunos formada, pois o professor ainda trabalha com uma rotatividade grande. Há muitas pessoas que querem ir até lá apenas para experimentar a modalidade. Os interessados devem inscrever-se antecipadamente durante a semana para participar de uma aula no fim de semana. Johnny, que já conquistou o pódio 4 vezes em 5 competições, pretende realizar um campeonato dentro do clube. n
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matéria de capa
Céu de Brigadeiro Fotos: Eduardo Fleury
Fotos: Cinthya Pernes
Mobilidade | Mercado de tráfego aéreo se expande no país e se fortalece no Belvedere
O piloto comercial Mauricio Soares acredita que mais helipontos trariam benefícios à segurança dos moradores do Belvedere
Aquecimento no mercado de helicópteros no país estimula a busca pela formação teórica e prática de pilotos. Entre os alunos, muitos são profissionais interessados em ingressar num mercado de trabalho cada vez mais exigente. Há também quem busque a formação para atender demandas do dia a dia corporativo, ou ainda levar a família para aproveitar momentos de lazer de forma autônoma e livre de engarrafamentos. Atraídos por essa comodidade, vários empresários vêm aderindo cada vez mais aos helicópteros como meio de transporte, tendência freada pela falta de infraestrutura para aeromodelos na capital. Apesar disso, Minas Gerais apresenta a terceira maior frota do país em número de helicópteros registrados, num total de 194. O estado só perde para São Paulo e Rio de Janeiro. O alto investimento pode representar o primeiro obstáculo àqueles que ambicionem uma licença para pilotar. Para obter o documento como piloto comercial o candidato deverà desembolsar cerca de 120 mil reais. Já quem pretende se tornar um piloto privado possivelmente gastara entre 25 a 35 mil. O piloto e proprietário da escola de pilotagem EFAI, João Bosco Ferreira, 64, explica que o mercado é flutuante e muito influenciado pelo estado da economia nacional. Apresentando uma constante cíclica de altos e baixos, sendo observado a partir de 2010 até 2013 um grande crescimento do setor. Para o proprietário, o atual cenário apresenta uma pequena retração em comparação ao grande crescimento de 2012, mas de forma geral constata um aumento na procura pela licença. No primeiro ano da escola, em 2000, foram 10 alunos matriculados em cursos práticos de pilotagem. Neste ano, o centro de formação levou ao mercado 70 novos pilotos. Sendo uma atividade complexa, a navegação aérea requer muita atenção e dedicação do condutor. Por esse motivo, João Bosco desaconselha que pilotos novatos se aventurem a guiar uma aeronave sozinho, sem o auxílio de um profissional experiente. O especialista ainda recomenda que empresários candidatos à licença para pilotar não façam o curso visando apenas à permissão para conduzir uma aeronave. Ele enfatiza
que e necessário um constante aprimoramento do piloto e intensa dedicação à atividade. “Eu geralmente recomendo que o empresário contrate um piloto, pois o gasto com o salario é entre 18 a 25 mil, um valor mínimo em comparação ao investimento que o empresário já faz com o helicóptero, que geralmente varia de 500 mil dólares a 3 milhões de dólares”. Para ele, muitas vezes o candidato à licença se excede na busca pela praticidade. “Pilotar um avião não é como dirigir um carro. Quando você está no controle da aeronave, não pode tirar o foco da ação”, reforça o piloto que possui cerca de 12 mil horas de voo.
Com 45 anos de experiência em pilotagem, João Bosco Ferreira vê com satisfação o crescimento pela busca por especialização no setor
Um problema antigo Apesar do crescimento do mercado de helicópteros na capital, a cidade possui 15 heliportos, contrastando com os 193 da cidade de São Paulo. Segundo estudos da Abraphe, Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero, Minas necessita de medidas que incrementem a infraestrutura da região para atender a demanda de um setor que vem crescendo 20% ao ano desde 2009. Com cerca de 56 helicópteros e número de operações diárias estimado em aproximadamente 50 decolagens e pousos /dia, Belo Horizonte responde pela maior parte das operações registradas no Estado. Já são mais de 3.700 pilotos de helicóptero em operação, uma frota de 1990 helicópteros e média anual crescente superior a 300 licenças emitidas para Piloto Comercial de Helicóptero (PCH) nos últimos três anos. Em 2013 foram licenciados na capital quinze novos locais para pouso e decolagem das aeronaves, contra os doze que a capital tinha até o fim do ano passado. Mas apesar de o vento parecer favorável aos pilotos, e tendência de ampliação dos helipontos não foi efetiva na capital. No segundo semestre deste ano, o Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) surpreendeu quem apostava na melhoria da infraestrutura de locais para pouso e decolagem em BH. Órgão ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento, o Compur endureceu ainda mais os critérios para a instalação dos
helipontos. Proibiu a construção em qualquer edifício de uso residencial ou misto e também a exploração comercial do serviço. E vetou unidades em onze bairros, entre eles Mangabeiras, Belvedere, Cidade Jardim e São Bento. Mesmo os helipontos já existentes terão de passar por uma nova vistoria. Realidade que frustra Igor Santos, 23, morador do Belvedere e instrutor de voo. O piloto que veio do Rio de Janeiro para ser instrutor de voo na capital conta que sempre sonhou com a profissão, motivado pelo contato diário com os aeromodelos. “Uma das grandes motivações foi ver o helicóptero dos bombeiros fazendo resgates nas praias do Rio. Como morava em Copacabana, via praticamente todos os dias ele sobrevoando a baixa altura na praia. Além disso, quando criança fiz voos panorâmicos pela cidade, e visitava o heliponto da Lagoa Rodrigo de Freitas, ficava encantado com aquela máquina voando”, conta. Para ele não há duvidas do potencial da capital, tendo em vista o interesse e procura dos moradores da região por serviços aéreos. “O que
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matéria de capa
mais dificulta um crescimento, ainda maior, da nossa frota de helicópteros é, sem dúvida, a falta de estrutura, instalações e facilidades em solo. Helipontos, principalmente. Seja em condomínios, prédios, casas, ou até mesmo a construção de helipontos públicos”. Opinião apoiada pelo piloto comercial, Mauricio Soares, 42. O profissional acredita que falta incentivo da prefeitura de Belo Horizonte e do governo de forma geral. No entanto, ele pontua que SE um investimento nesse aspecto benefiM F r o ciaria não apenas a mobilidade urbana, ta d TUR e hel BUL 20 como, ainda, seria útil à segurança. “No 07 icó pte ÊNC 20 Belvedere todo dia tem assalto e as ros IA 08 em 20 Min pessoas têm medo de sequestros. 09 as 2 Ger 0 Se um empresário pudesse 10 ais 20 113 1 sair da casa dele de helicópte1 20 123 12 ro, talvez não houvesse tanto risco de algo nesse sentido 139 acontecer. Ajudaria na 160 segurança e bem-estar dessas pessoas”. 1 86
R P ea PA O a aér AS N S nh NÇ RO De li 66 7 CE PET 6 LI Ó 74 S LIC rivado 4 P 2 DA HE 0 1 7 1 0 ÃO E 11 51 l 1 5 UÇ D cia 2 13 20 OL OS omer 3 10 C 3 EV LOT 4 1 0 0 PI 45 14 7 0 o 80 15 An 7 3 0 26 20 1 08 31 20 0 09 52 20 10 20 11 20 12 20
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A
Para o piloto, o helicóptero não seria capaz de substituir a praticidade de um carro dentro da cidade, mesmo com a existência de mais helipontos na capital. Porém, ele acredita que um investimento na área promoveria uma acessibilidade maior a empresários de outros estados a Minas Gerais, o que poderia refletir num aumento de investimentos ao estado. n
AÍS
Fotos: arquivo pessoal
Para ele, além da falta de investimento público, há outro agravante, a escassez de helipontos. A morosidade e burocracia enfrentadas por aqueles que desejam instalar um heliponto em casa. Mesmo quem já possui licença para manter um local de pouso e decolagem em casa, enfrenta muita reclamação de vizinhos. Tem de apresentar diversos documentos na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), além de apresentar uma análise de segurança, análise do barulho, investigar se existe rota de colisão, “Pagar diversas taxas e preencher vários papéis”.
Carioca e morador do Belvedere, Igor Santos realiza seu sonho de infância como piloto em BH
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Requisitos para obter a licença de piloto A carreira do piloto começa com o curso de Piloto Privado de Helicóptero - PPH, seguido pelo de Piloto Comercial de Helicóptero - PCH e o de Piloto de Linha Aérea - PLAH. É necessário que o candidato possua mais de 17 anos para iniciar o curso e pelo menos dezoito para fazer o primeiro voo-solo. Ser aprovado por uma junta médica especializada, cumprindo os requisitos do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil número 67. Realizar e ser aprovado em um curso homologado, segundo o nível desejado (PPH, PCH, etc.). Ser aprovado em uma Banca Examinadora da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Realizar o número de horas de voo de instrução para o tipo de licença requerido e ser aprovado em Voo de Verificação de Perícia para a obtenção da licença.
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entrevista
Desvendando o sudário
Fotos: Cinthya Pernes
Mistério | especialista do Santo Sudário relata provas científicas sobre a ressurreição de Cristo
Ernesto Lentz de Carvalho Monteiro formou-se em medicina pela UFMG em 1960 e é professor da instituição há 53 anos. Desde 1961 é coordenador da disciplina de Técnica Cirúrgica na Universidade, e lecionar é uma das maiores paixões de sua vida. É membro titular da Academia Mineira de Medicina – da qual foi presidente de 2003 a 2006 –, desde junho de 2006 é vice-presidente da Federação Brasileira de Academias de Medicina e é membro titular da Sociedade Mineira de Angiologia e Cirurgia, da qual foi presidente por dois mandatos. Mantém intensa atividade em sua clínica particular, adora lidar com as pessoas e Relata que não tem nada em sua profissão que o aborreça. No dia 27 de dezembro deste ano completa cinquenta anos de casado com Neusa Leite da Silveira Monteiro, com quem tem quatro filhos. Dois seguiram a profissão do pai, outro é professor de Português, e a única filha mulher é professora de Educação Física e nutricionista. Já tem nove netos e são eles que agitam a sua casa, onde mora há 32 anos. Como foi a sua trajetória profissional? Me formei nos anos 1960. Naquela época não havia concurso para professor da UFMG, nós éramos escolhidos pelos chefes. Tive a sorte de ser escolhido e sou professor desde então. São 53 anos de atividade. Hoje sou o mais velho da universidade, mas graças a Deus estou em plena atividade. Minha formação é muito refinada, pois venho de uma escola de alto prestígio, que se iniciou com Borges da Costa. Tenho uma dedicação muito carinhosa e intensiva pela Medicina, sempre digo que não há atividade que me aborreça, gosto muito de gente.
Também opero bastante. E ser professor está entranhado na minha personalidade. Como começou o seu interesse pelo Santo Sudário? Estava no quinto ano de Medicina, era monitor da cadeira de cirurgia para a qual seria nomeado dois anos depois, e vi um livro que me chamou atenção só pelo título: A paixão de Cristo segundo o cirurgião. Comprei o livro achando que seria algo religioso e que leria por curiosidade o que o cirurgião francês, chamado Pierre Barbet, havia
escrito. Para minha surpresa o livro abriu um novo panorama na minha religiosidade. Sou católico, de família tradicional católica, mas confesso que nunca tive aquela fé fantástica, que remove montanhas. Sempre fui muito estudioso, mais ligado às coisas que são analisadas cientificamente. Nunca me passou pela cabeça que a ressurreição de Cristo pudesse ter alguma comprovação científica. Desde menino eu tinha dúvidas quanto a isso, perguntava para os professores, para os padres com os quais eu convivia, pois toda a razão do cristianismo é a ressurreição de Cristo. Buscava alguma prova além
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entrevista
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dos evangelhos e não encontrava. Aquilo me inco- que foi dividido em seis partes, cada pedacinho de modava. Quando li esse livro foi uma surpresa, pois dois centímetros foi mandado para um laboratório. ele não é um livro religioso, mas sim científico. Esse Entretanto, ao longo dos milênios, o tecido sofreu cirurgião francês foi o primeiro que teve acesso ao várias tentativas de destruição, inclusive uma há sudário de Turim, que é o pano que teria envolvido dez anos, em que os bombeiros de Turim quebraJesus Cristo quando ele morreu. É uma história longa, o sudário é o objeto arqueológico mais estudado no mundo. Esse anatomista francês teve a primeira oportunidade de estudar a fotografia do sudário em 1889, uma foto feita por um advogado. Naquela época a fotografia ainda era incipiente, as técnicas eram muito rudimentares, levava horas para se fazer uma foto. Ele teve autorização para fotografar o sudário e, quando revelou a foto, verificou que o negativo se comportava como um negativo fotográfico. Mostrava o rosto, o corpo com todas as marcas descritas nos evangelhos do sofrimento que Jesus Cristo padeceu. Ele ficou abismado, saiu correndo pelas ruas anunciando aquela descoberta, pois ele teria sido o primeiro a ver a verdadeira face de Cristo. O cirurgião então estudou detalhes anatômicos incríveis, que existem no sudário de Turim, que surpreendem mesmo quem não entende de Anatomia e nem de Medicina. Ele fez um longo estudo da fotografia do sudário e publicou o livro, e isso foi o início. Aquilo me interessou profundamente, pois eu O Santo Sudário de Turim conheço anatomia, me encantei por é o objeto arqueológico mais aqueles fatos e acompanhei tudo que foi estudado no mundo publicado a respeito. Tenho mais de cinquenta livros escritos por cientistas diversos e acompanho tudo sobre o sudário. O que aconteceu com o teste do carbono 14? Ele era confiável? Vou explicar a conclusão a que cheguei, antes de os cientistas analisarem o teste. Na Medicina, quando você tem uma lesão na pele ou em um órgão qualquer, suspeita de uma doença maligna ou benigna, o primeiro passo é retirar um fragmento daquele tumor para fazer o exame anatomopatológico. A retirada desse fragmento exige procedimentos técnicos especiais, você tem que extrair uma parte significativa da lesão. Os anatomopatologistas com frequência devolvem o material dizendo que a amostra foi insuficiente para fazer o diagnóstico, então o cirurgião deve extrair uma parte maior da lesão. No caso do teste do carbono 14, é preciso esclarecer que o procedimento foi idealizado para estudar rochas com milhões de anos, fósseis de animais pré-históricos, de modo que a correta execução do método exigiria um quilo do material, que seria desintegrado. No caso de uma montanha, a retirada de uma pedra dessa magnitude não vai fazer falta nenhuma, mas no caso do sudário você não pode tirar um pedaço significativo, pois você o elimina, então não tem jeito de estudar. Os cientistas sempre procuram analisar o sudário sem mexer nele, mas houve uma pressão muito grande, do mundo inteiro, para fazer o teste do carbono 14. O papa da época permitiu que se fizesse uma mudança no procedimento do teste, autorizando a análise de pequenas quantidades do tecido. O tecido foi extraído da borda inferior direita do pano, uma amostra de um centímetro de largura por seis de comprimento,
é um processo extracorpóreo. Jesus, pela literatura religiosa, ressuscitou ao terceiro dia, tendo sido afirmado pelos profetas que aquele corpo nunca entraria em degeneração. Nos coágulos comuns, as plaquetas são aprisionadas por uma rede de fibrina que espreme os elementos figurados no sangue pela bolinha do meio, e em volta fica o soro. No terceiro dia os elementos figurados no sangue entram em degeneração, que é o início da putrefação, se dissolvendo naquele soro que está em volta, ocasionando uma mancha sem forma. No sudário de Turim o processo parou no terceiro dia, não houve degeneração do coágulo, isso é comprovado cientificamente. É possível ver pelas microfotografias coloridas o coágulo do soro e os demais aprisionados. Na Idade Média, ninguém sabia quais eram os processos de coagulação. Existem várias outras provas científicas, como a prova anatômica, por exemplo. Nas imagens do Sudário não aparece o polegar, aparecem só quatro dedos. O que acontece é que no punho passa uma estrutura fibrosa chamada retináculo flexor, ela impede que os tendões fiquem igual corda de violão quando você fecha a mão. Depois do retináculo flexor sai um nervo chamado nervo mediano, que é sensível na palma da mão, porém logo depois do retináculo flexor ele lança um raminho para os músculos da eminência tênar. Esse ramo é motor, é ele que permite que eu faça a posição do polegar. Se esse nervo for irritado, como pelo cravo que atravessou o nervo mediano de Jesus, além da dor que ele provocou no lado sensitivo do nervo mediano, ele irritou o nervo recorrente. Nas imagens do sudário você nunca vai ver o polegar. Ernesto em seu consultório na área hospitalar, o médico Em 1978, a NASA patrocinou um afirma que não tem nada em estudo, do qual surgiram dois livros. sua profissão que o aborreça Ficaram três meses estudando o sudário com todos os requintes da ciência da época. Teve um russo que saiu correndo de lá de dentro, dizendo “meu Deus eu nunca imaginei que Cristo tivesse vivido e ressuscitado”.
ram os vidros e carregaram a urna. Numa determinada época ele estava tão machucado e surrado que ficou dois anos com as Irmãs Clarissas, responsáveis pela restauração das partes queimadas e das bordas que foram dilaceraras pelo manuseio. Então, esse pedacinho de pano não significa nada, os testes estão certos, foi provado que aquele fragmento veio da Idade Média, mas comparado com a biópsia não é uma amostra significativa. Existem outras provas? O sudário mostra detalhes anatômicos que não eram conhecidos na Idade Média, uma época em que ninguém sabia Anatomia, nem esta era estudada como é hoje. A coagulação, por exemplo. O coágulo é um fenômeno extravascular, o sangue nunca coagula dentro do organismo, quando isso ocorre fica configurada a trombose. A coagulação
Tem muitos colegas de profissão que ainda são resistentes a essa teoria? Quando dou palestras, desafio a plateia a me contestar, de vez em quando aparecem uns colegas. O mundo inteiro quer contestar o sudário, existem livros escritos querendo provar que o sudário é uma pintura. Contudo, a única explicação para a imagem do sudário é que esse corpo emitiu uma luminosidade igual à da bomba atômica em Hiroshima. Aquele corpo que sumiu se transformou numa energia luminosa e impregnou o Sudário. Foi isso que aumentou a sua fé? A fé é um dom de Deus. As pessoas me perguntam, você tem fé? Eu falo que sou um pesquisador da fé. Eu acredito nessa fé que a gente gostaria de ter, acho que tudo é verdade. O que mais minha mente rejeita é saber que de nós não vai ficar nada. É uma ideia inconcebível, quando você vê um embrião se transformar, multiplicar, virar um ser humano, com inteligência. n
moda |
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Isadora vargas
Angels
Fotos: divulgação
Victoria’s Secret Fashion Show | evento de moda deixa o público sem ar
isadora.vargas@urbhano.com.br
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As deslumbrantes Angels da Victoria’s Secret
Desde 1995, a marca de lingeries mais famosa do mundo, Victoria’s Secret, realiza anualmente o Victoria’s Secret Fashion Show, um evento de moda que é transmitido pela emissora americana de TV CBS e conta com a presença das mais diversas celebridades como cantores, atores, críticos da moda e as próprias modelos da grife, que, diga-se de passagem, atraem olhares do mundo todo desfilando a coleção do ano. Nesse evento, uma das beldades é eleita para desfilar exibindo o chamado “fantasy bra”, sutiã milionário que a marca desenvolve. A edição do Fashion Show este ano ocorrida em Nova Iorque apresentou uma megaestrutura com cenários elaborados e belas modelos – “angels”, que deixaram o público com falta de ar! O custo do evento foi estimado em vinte e cinco milhões de reais e, além disso, o desfile contou
A brasileira Adriana Lima
com duas peças inovadoras que chamaram atenção de todos: o já mencionado “fantasy bra” que foi usado por Candice Swanepoel, avaliado em dez milhões de dólares e a fantasia de Snow Queen da modelo americana Lindsay Ellingson. O design inovador da peça foi concebido pelo arquiteto Bradley Rothenberg, a partir de um scanner 3D do corpo da top, usando a nova técnica da Swarovski em parceria com a Shapeways, responsável por impressões em três dimensões. As fantasias das snow angels, anjas de neve, foi coberta por cristais da marca que, desde o ano de 2002, faz parte da rica estrutura do evento. Lindsay foi acompanhada por Doutzen Kroes, Karlie Kloss, Lily Aldridge, Alessandra Ambrósio, Candice Swanepoel e Adriana Lima, todas vestindo peças de efeito chamado AB
Outra top brasileira, Alessandra Ambrósio
(aurora boreal), pedras de diversas cores unidas que davam o efeito de luzes coloridas que ocorre no hemisfério norte. Em 2012 o desfile contou com os shows de Rihanna, Bruno Mars e Justin Bieber e este ano as apresentações foram de Taylor Swift, Fall Out Boy, A Great Big World e Neon Jungler. A variedade de tecidos, as asas das angels e os acabamentos elaborados são os destaques de todas as edições do desfile anual da VS. Neste ano, a tecnologia foi a principal aliada da grife para inovar e engrandecer ainda mais suas peças no desfile. A TNT televisionará o desfile à 00h10 do dia 23 de dezembro e terá sua reprise nos dias 10, 11 e 12 de janeiro às 22h, 21h e 14h respectivamente. n
Candice Swanepoel usa o Fantasy Bra
A modelo americana Lindsay Ellingson
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turismo | cristina ho
13 Foto: Arquivo pessoal
Terra das pontes
Irlanda | segunda parte da matéria sobre um país cheio de história
Foto: Arquivo pessoal
A Ponte Samuel Beckett tem o formato de uma harpa
Um dos pontos turísticos mais visitados em Dublin é a ponte Samuel Beckett, que tem a forma que imita uma harpa e foi inaugurada em 2009. Essa ponte gira 90º e permite a passagem dos navios que transitam pelo rio Liffey de norte a sul. Outra ponte, chamada Ha’Penny Bridge, muito famosa por sua história que remonta ao ano de 1816, quando foi construída. Essa foi a primeira ponte da
cidade dedicada exclusivamente aos pedestres. Antes de sua inauguração, a travessia entre as duas margens do rio era feita somente por meio das balsas. Uma ponte que mudou as estruturas da cidade só poderia ter ganhado um nome importante: Liffey Bridge; mas o nome não pegou porque era necessário pagar um pedágio. Para ir de um lado para o outro tinha de se pagar half penny, ou seja: meio centavo. O valor do pedágio rendeu, então, o nome da ponte – Ha’Penny Bridge – que apesar de ter sofrido aumento para 1 centavo e meio, deixou de ser uma passagem paga em 1919. Essa ponte é um dos símbolos da cidade e é considerada a mais romântica da cidade, especialmente à noite, quando as suas lâmpadas intermitentes produzem uma bela e acolhedora iluminação. E é justamente pelo seu romantismo que os namorados têm o
Cristina Ho também escreve no www.fasciniopelomundo.blogspot.com.br hábito de escrever ou de gravar seus nomes no cadeado que depois é trancado junto à estrutura metálica da ponte e a chave jogada fora. St. Patrick’s Cathedral – Símbolo da religiosidade irlandesa, a catedral foi construída no século V e depois reformada pelos normandos quatro séculos mais tarde. No local, St. Patrick batizou os primeiros irlandeses cristãos. Belíssimo exemplo de arquitetura normanda, possui um parque lindo a sua volta, perfeito para fazer um piquenique ou simplesmente apreciar a paisagem! Cervejaria Guiness – A mais célebre das cervejarias irlandesas, que abriga um museu dentro da velha fábrica. Lá você vê o processo industrial envolvido na produção da cerveja, incluindo ainda as peças publicitárias da Guinness durante os anos. Vale a pena conhecer e, claro, degustar essa deliciosa cerveja! n
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gastronomia
Duelo de chefs Com a proximidade do réveillon nossa equipe entrou em contato com os melhores chefs da capital em busca de sugestões de pratos para a ceia de Natal e Ano Novo. Os concorrentes no duelo de chefs dão seu melhor na disputa e você pode votar no seu preferido na nossa página do Facebook. Último duelo Ao longo dos últimos três meses, o especial Duelo de chefs apresentou receitas dos restaurantes mais conceituados de Belo Horizonte. Por isso, a editoria encerra o especial em alto estilo, com pratos pra você se deliciar nas ceias de fim de ano.
Prepare as receitas e conte-nos sua experiência pela nossa fan page www.facebook.com/jornalurbhano. Queremos saber sua opinião!
Chef Remo Peluso Filho dos Italianos Theodoro B. Peluso e Anella Pesulo, Remo Peluso foi herdeiro da tradicional cozinha italiana. Aprendeu vários segredos cedo, inclusive em contato com a fábrica de massas do pai. Antes de se tornar chef, Remo se formou em Direito e até chegou a começar uma especialização em Direito Penal, em Roma. Entretanto, ao chegar à Itália abandonou o curso e foi estudar com o renomado chef Bruno Crote, do Bella Roma. O restaurante Provincia Di Salerno foi inaugurado na rua Cláudio Manuel, em 20 de outubro de 1983, tendo sempre Remo à frente.
Figo com Parma Ingredientes 1/2 dose de Martini 1/2 dose de licor Cointreau Adoçante a gosto 8 figos 500 gramas de Parma 15 unidades de pimenta biquinho
Modo de preparo Descascar os figos sem furar. Encaixar os figos numa vasilha, de preferência redonda, um ao lado do outro de forma que fiquem todos bem juntinhos. Coloque a bebida. Acrescente a pimenta nos espaços entre os figos (para decorar). Tampe com papel filme e reserve na geladeira de um dia para outro.
Fotos: Jô Moreira
Provincia Di Salerno Montagem No outro dia, escorrer a bebida. Desenformar (como se faz com bolo) numa travessa. Decorar com presunto Parma ao redor. Pode servir.
Chef Adenilson Fiúza
A exemplo de outros grandes chefs mineiros, aprendeu os segredos da cozinha na prática, iniciada no Café do Museu, como organizador de cozinha. Desenvolveu seus conhecimentos na cozinha internacional no antigo Café Ideal e também no Splêndido. Depois, integrou a equipe do Gomide, como assistente do chef China e, na Allegro, ele assinou um cardápio pela primeira vez, há cerca de nove anos. Há quase sete, Fiúza é chef executivo da cozinha da Enoteca Decanter, constituindo a equipe enogastronômica, e trabalhando o conceito de harmonização.
SALMÃO GRELHADO COM MOLHO DE ESPUMANTE ROSé Ingredientes 200 g de filé de salmão 100 ml de espumante rosé seco 100 ml de creme de leite Um fio de azeite para grelhar o salmão Uma colher de sobremesa rasa de cebolinha picada bem fininha Duas colheres de sopa de batata cozida e amassada para o purê 30 g de parmesão ralado para o purê Uma colher de sobremesa rasa de manteiga para o purê Sal a gosto
Modo de preparo Tempere o salmão com sal e grelhe no azeite por três minutos cada lado. Retire o salmão e reserve. Na mesma panela acrescente a cebola e em seguida o espumante. Por último o creme de leite. Deixe reduzir até engrossar mexendo sempre. Se necessário, utilize um pouco de amido de milho para engrossar. Tempere com sal a gosto e reserve novamente. Em uma panela separada acrescente a manteiga e depois a batata amassada. Tempere a gosto e acrescente por último o parmesão ralado. Misture bem para formar o purê. Em um prato sirva o purê, acrescente o salmão sobre o purê e regue com o molho de espumante. Decore com folhas de funcho, salsinha crespa ou ovas de salmão.
Fotos: Élcio Paraíso/Bendita Comunicação e Renata Diniz
Enoteca Decanter
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crônica
15 Foto: arquivo pessoal
Compras Levou um susto quando a manicure entregou seu celular com um abraço e uma gargalhada.
Compras de Natal terminadas. Cheia de sacolas e com os braços doloridos ela sai do shopping, atravessa a rua e entra em seu salão favorito para dar aquele toque especial no cabelo e nas unhas antes da festa da empresa do marido.
- Esqueceu aqui, fofa. Cabecinha de vento, hein?
Bateu papo, foi mimada, bem cuidada, embelezada por horas até que abraçou as meninas e foi embora desejando um Natal alegre e um ano novo delicioso a todas.
O alívio começou a tomar conta e até chegou a sentar-se enquanto a outra continuava.
Dentro do táxi, exibia sem perceber um sorriso suave no rosto, sentindo-se estranhamente leve. Exageradamente leve. Leve pra caramba! Cadê as sacolas de presentes? Desesperada procurou o celular e constatou que tinha deixado no salão. Aliás, as sacolas também tinha ficado lá.
Maurilo Andreas
é mineiro de
Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária
- Ih, menina, você perdeu! Sabe aquela cliente que estava bem do seu lado? Pois é, foi a primeira vez dela aqui e ela fez a maior gracinha pra gente. Acredita que pegou um monte de sacolas e distribui pra todo mundo do salão? Uma fofa ela. Lindérrima de morrer. Olha só o que eu ganhei!
Tentando controlar o pânico, forçou uma voz calma e pediu ao taxista que a levasse de volta. Obviamente o trânsito no sentido contrário estava caótico e ela começava a sentir uma leve dor na parte posterior no crânio.
de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras.
A última coisa que nossa amiga viu antes de desmaiar foi o sorriso brilhante da manicure enquanto exibia a bolsa lindíssima que ela havia comprado para a mãe e que, minutos antes, estava na sacola de presentes. n
Quase 30 minutos depois chegou ao salão e foi recebida ao gritos de “Querida! Você voltou!”. Instalou um sorriso amarelo e buscou em volta como um predador.
RESPEITE OS LIMITES DE VELOCIDADE. Se você já se apaixonou por um na rua, imagine quando tiver mais intimidade.
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