21 . setembro a 5 . outubro de 2013 . ANO I . Número 05 . Distribuição gratuita
On-line: www.urbhano.com.br
Fotos: Lucas Alexandre Souza
tudo que inteRessa no seu bairro está aqui
Fonte de Inspiração Localizada no bairro Mangabeiras, a Escola Guignard é referência no campo de formação artística em Minas Gerais e destaque em todo o país
Local
Foto: Divulgação / Time for Fun
Moradores do Sion pedem mais conscientização em relação às árvores do bairro, que precisam de cuidados constantes pág. 4
entrevista o designer de bolsas roberto vascon fala da infância pobre e DE como se tornou famoso nos Estados Unidos pág. 6
gastronomia o tradicional cafezinho agora pode ser encontrado de forma simples ou elaborada, dependendo do gosto e da ocasião pág. 12
cultura
Cirque du Soleil volta a bh com corteo
trupe apresenta um novo espetáculo e promete surpreender e encantar os espectadores Pág. 10
moda a colunista isadora vargas fala sobre a tendência dE fim das bolsas grandes e da aposta nas minibags, fofas e descoladas pág. 14
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URBHANO mangabeiras | sion Belo Horizonte, 21 de setembro a 5 de outubro de 2013
opinião frasesURBHANAS
Foto: Lucas Alexandre Souza
A direita tem complexo de vira-latas. O ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu, um dos réus do mensalão, garantiu que o processo não se encerra com a decisão final do Supremo Tribunal Federal (STF), que deverá decretar a sua prisão
A nova inteligência da internet
A cada dia que passa surge um grande número de novas iniciativas na internet. São novos sites, programas, aplicativos, dos quais sempre se pode observar a inteligência – ou não – de seus criadores. Tratando especificamente das iniciativas inteligentes, me recordo de uma interessante reação de um amigo, quando lhe contei sobre um novo serviço prestado na internet, à época inovador. A pessoa criou um conceito de site que unificava os serviços de home delivery de diversos restaurantes. Ao contar para esse amigo, sua reação foi autêntica e imediata: “Puxa vida, como ninguém pensou nisso antes?!” Como ninguém pensou nisso antes?! Na próxima década, muito ainda vamos falar e escutar essa indagação/exclamação. Fato é que a internet, enquanto serviço de inteligência, ainda engatinha no Brasil, se comparada com os serviços que hoje existem nos países com IDH e padrões educacionais mais elevados. Até nossa presidenta é espiada por programas básicos de informação norte-americanos. São muitas as oportunidades assim que se apresentam no Brasil. Sobretudo para quem quiser apostar em um novo tipo de serviço de inteligência, voltado para o fomento das iniciativas de cidadania por meio da internet. O Brasil é um país muito carente em termos de cidadania. Aliás, o próprio conceito de cidadania ainda engatinha por aqui também. Mas acredito que a internet e a cidadania, engatinhando juntas agora e caminhando em conjunto por mais uma década, irão revolucionar a visão de mundo que hoje se apresenta e que é insatisfatória. A aquisição de serviços de cidadania é um processo irreprimível, sendo que a internet potencializa e multiplica seus efeitos. Faço parte de uma geração que viveu a década perdida dos anos 80 enquanto ainda criança. Nossa adolescência viu nascer o Plano Real e o início de nossa vida profissional se defronta com um Brasil preso em seu próprio gargalo econômico, vítima de investimentos equivocados e que pressionam a juventude a um desfiladeiro não muito atrativo do ponto de vista ético. O Brasil assiste, com alguma irresignação da juventude, a uma explosão da corrupção nos serviços públicos, pulverizada dos maiores aos menores escalões dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Em termos de cidadania, essa é a hora da mudança, valendo a internet como uma fronteira ainda quase inexplorada para o seu exercício. Essa é, enfim, a nova inteligência da internet: a rede da cidadania. Quem apostar nela, com sites, programas, aplicativos e boas ideias, colherá excelentes frutos nos anos vindouros. E você leitor, quer ser o próximo a causar a exclamação “Puxa vida, como ninguém pensou nisso antes!?” Thiago Naves Bacharel em Direito pela UFMG, advogado militante e gestor de empreendimentos inovadores na internet (*)
Foto: Globo/divulgação
thiago NAves (*)
Não tenho estrias, nem celulites. Ainda. Sei que, com a idade tudo chega. Não me acho bonita, me acho interessante. Aos 38 anos, Bárbara Paz garante que está com tudo em cima
Vivi o amor mais sublime e raro. Ele era a pessoa mais encantadora e maravilhosa do mundo. Sorte de quem pôde conhecê-lo. Cláudia Bossle Campos, a viúva do músico Champignon, usou seu perfil no Facebook para desabafar e falar do cantor, encontrado morto dentro de seu apartamento Deus perdoa a quem obedece a própria consciência. O jornal italiano “La Repubblica” publicou nesta quarta-feira uma longa carta do papa Francisco na qual o pontífice se dirige aos não crentes
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Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Daniela Greco e Renata Diniz
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Patrimônio destruído
local
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Fotos: Lucas Alexandre Souza
Depredação de espaço público | Abrigo de ônibus no bairro Mangabeiras sofre ação de vândalos Bancos de praça, iluminação, fios elétricos, placas de trânsito, prédios públicos, telefones públicos, alambrados, abrigos de ônibus, áreas para a prática esportiva e até monumentos sofrem violência e destruição por vândalos em quase todas as cidades do Brasil. Em uma das áreas mais nobres de Belo Horizonte podemos encontrar o descaso e a falta de conservação do patrimônio público. O abrigo de ônibus em frente ao número 418 da Avenida Agulhas Negras, no bairro Mangabeiras, está totalmente destruído. Pessoas que precisam pegar o coletivo no local sentem-se incomodadas pelo estado do ponto, localizado em um dos bairros mais luxuosos da capital mineira. A placa de sinalização se encontra pichada, o teto do abrigo está furado e o local destinado à publicidade está com o vidro quebrado e pichado. A BHTRANS esclarece, em nota ao jornal UrBHano, que registra, em média, vinte abrigos danificados por mês, por isso resolveram mudar o material de fabricação dos mesmos. “Desde que as coberturas dos abrigos para calçadas estreitas (abrigos pequenos) foram substituídos, de policarbonato por chapas metálicas, a ação de danos por vandalismo caiu 90%”, informa a assessoria de comunicação da BHTRANS. A destruição sem motivos, só pelo ato de degradar o patrimônio, traz grandes prejuízos financeiros para a cidade e todo o dinheiro desperdiçado sai dos cofres públicos. “Considerando o custo de manutenção em razão do desgaste pelo uso, arrombamentos e ações de vandalismo, totalizamos algo em torno de R$ 500 mil por mês, em todos os abrigos (grandes e pequenos)”, afirma a assessoria. A BHTRAS ainda informa que tem região que se destaca pelo número de ocorrências, porém, por ter maior número de abrigos instalados, a Região Centro-Sul é a que apresenta o maior custo de manutenção. n
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Cidade das árvores
Fotos: Lucas Alexandre Souza
Preservação | Moradores do Sion pedem mais conscientização ambiental Mais uma vez o primeiro inventário das árvores de Belo Horizonte teve seu prazo de conclusão adiado. A iniciativa da Prefeitura de Belo Horizonte, da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA) visa conhecer o acervo arbóreo da capital para prevenir a contaminação de pragas e aumentar o controle das espécies. Catalogar, porém, não é o suficiente. É necessário cuidar das árvores, realizar podas frequentes e fazer a manutenção para que os canteiros públicos não virem depósito de lixo. Muitas vezes, pela falta de cuidado da Prefeitura, os próprios moradores precisam se unir para deixar a cidade cada dia mais bonita e agradável de viver. Em dezembro de 2009, foi assinado um convênio para elaboração de um inventário para catalogar toda a flora urbana, verificando as condições do tronco, copa, além de cadastramento de cada uma das árvores da cidade. A coleta de dados, com prazo de término previsto para o fim deste ano, deve ser prorrogada por tempo indeterminado. O custo atual do contrato, que era de R$ 3,4 milhões para catalogação de 300 mil unidades, deve aumentar em R$ 500 mil, para verificar outros 150 mil espécimes. O objetivo do estudo é analisar e cadastrar de forma digital as árvores existentes em Belo Horizonte, o que permitirá antecipar alguns acidentes, como, por exemplo, possíveis quedas. Além da produção do inventário, Belo Horizonte pretende chegar em 2014 com 54 mil novas árvores. Essa é a meta do programa BH Mais Verde, lançado em 2011 pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Até agora, 18 mil novas árvores já foram plantadas. A moradora do Sion, Maria Luísa Rocha, consegue notar o aumento do número de árvores na capital, porém percebe que após o plantio das mudas não acontece a devida proteção das mesmas, tampouco algum pedido de envolvimento dos moradores sobre rega, cuidados, entre outros. “Muitas vezes, quando há cercas de ferro, o cuidado também é omisso. Já vi várias árvores sendo decepadas por estarem grandes, à medida que seu tronco e galhos crescem, aleijando-as e até matando-as, sem que ninguém cuide de retirar a grade após cumprir seu papel de proteção. Ainda hoje, os moradores, ao perceberem que as raízes de uma árvore estão saindo pelo passeio, preferem cimentar tudo, não permitindo que a água entre para as raízes. Está virando costume colocar o lixo ao redor das árvores, como se elas fossem cestos de lixo”, revela Maria sobre o desconhecimento da população a respeito de como cuidar das árvores em via pública. Um grupo de moradores da Rua Correias, percebendo essa falta de cuidado com a vegetação, resolveu tomar uma iniciativa: construir um jardim onde antes ficava um matagal, em frente ao Edifício Cartagena. Lúcio Flávio, 67, síndico, morador da rua sem saída há vários anos, tomou a frente do projeto. “Sempre me chamou a atenção o ajardinamento e arborização da Rua Correias, em frente aos prédios. Do lado direito da rua predominava um matagal onde era depositado lixo e não raro, entulho, restos de construção. Procurando uma solução para o problema, percebi que vários espaços na cidade (praças, canteiros centrais e jardins públicos) recebiam cuidado de empresas em parceria com o poder público municipal. Em 2008 procurei o Departamento de Parques e Jardins
da Prefeitura, Gerência de Jardins e Áreas Verdes, onde expus minha pretensão. Após um ano de estudos e análise de documentos, o Departamento de Parques e Jardins entendeu viável a celebração de um convênio entre o Município de Belo Horizonte e o Condomínio Edifício Cartagena, observado um Plano de Trabalho pré-estabelecido”, comenta. Lúcio conta que manter esse jardim não é uma coisa fácil, e que não teve o apoio de todos os condôminos quando apresentou o projeto. “Todas as despesas foram e são de responsabilidade do Condomínio Edifício Cartagena, o Município de Belo Horizonte contribui apenas com o fornecimento de água. O Edifício tem oito condôminos e quando apresentei a minha proposição nem todos estavam de acordo. Inicialmente, a despesa com limpeza do solo, preparação, aquisição de grama e plantio era alta, estava orçada em torno de R$ 5.000,00 sem levar em conta as despesas futuras com manutenção periódica, e o mais debatido, o jardim não se restringiria à frente do nosso prédio, ele começaria no início da Rua Correias e iria até o nº 126, beneficiaria, inclusive, o prédio vizinho. Manter um jardim em boas condições requer trabalho, boa vontade, cooperação de todos e, principalmente, recursos financeiros disponíveis”, lembra o síndico. Apesar de todo o trabalho e dinheiro gasto com o jardim, Lúcio conta que o esforço vale a pena. “No momento em que foi retirado o lixo e o entulho da área adotada, preparado o solo, plantada a grama e introduzidas várias espécies, isto, por si só, já afugentou aqueles que usavam o local como depósito de lixo; contribuiu para o despertar da conscientização ambiental em cada um de nós”, conclui. n
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crônica
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O cachorro estava há uns três dias esquivando-se da chuva sob a marquise do prédio, às vezes dormindo, às vezes ensopado e tremendo de frio. Não sei o que comia, o que fazia, mas estava ali, olhos baixos, enrodilhado como um cúmplice que aguarda. Era preto, de patas grandes e dava a impressão de que simplesmente não queria ser visto. Talvez tenha sido exatamente isso que me fez subir com ele. Deixei o cão livre para circular, mas ele não cheirou nada, não vasculhou nada, mal olhou ao redor. Simplesmente deitou-se entre o sofá de couro e a parede e ali ficou, dormitando de olhos abertos. Fui para o quarto, liguei a tv e só depois me lembrei de que o
Foto: Arquivo pessoal
Cão bicho poderia estar com fome ou sede. Coloquei um resto de frango frio e um pote de margarina com água perto do sofá. Dormi com a televisão ligada e acordei com o sol na cara. Na sala, o frango havia sumido e o pote de margarina estava vazio. O animal permanecia como se nunca houvesse se movido. Continuamos assim por quase um mês, praticamente estranhos um ao outro. Eu colocava frango e água, ele comia e bebia. Ele fazia suas necessidades, eu limpava. Nenhum carinho, nenhum latido, nenhuma aproximação, nenhuma amizade aparente. Um dia, deixei a porta aberta enquanto conversava com um amigo e ele foi embora. Segundo o porteiro, saiu andando
Maurilo Andreas é mineiro de Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras. com a maior calma do mundo. Nunca mais voltou. E eu nunca fiquei tão sozinho. n
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entrevista
Nos extremos da vida Fotos: Lucas Alexandre Souza
Design | Roberto Vascon conta sua história de vida retratada em biografia
Eli Roberto Vasconcelos Matos, o Roberto Vascon, nasceu em Raposos, a 35 km de Belo Horizonte. O filho do meio, entre os cinco de Terezinha Vasconcelos Matos e Edson Matos. Teve uma infância muito pobre, começou a trabalhar aos CINCO anos para ajudar a família. Devido à morte do pai, aos DOZE anos mudou-se com a família para Belo Horizonte, onde foi convidado pelo Palácio das Artes a dançar balé. AOS DEZESSETE anos foi para o Rio de Janeiro para seguir o seu grande sonho de ser ator. Depois de CINCO anos lutando, desistiu de tudo e foi tentar a vida em Nova Iorque. Sem dinheiro, a alternativa foi dormir num banco do Central Park. Catando latinhas para sobreviver, já não aguentava mais aquela vida e pediu a Deus que lhe desse uma luz ou que lhe tirasse da festa. Teve um sonho lindo em que pássaros se transformavam em bolsas. Em uma semana se tornou o designer mais falado dos Estados Unidos. Uma pessoa espirituosa e de muita fé, soube ser humilde nos dois extremos da vida, na riqueza e na pobreza. “Nos momentos mais difíceis eu começo a rir, pois eu sei que Deus está me testando. Porque a tempestade é sinal de bonança”, conta Roberto Vascon, o famoso designer de bolsas que lança o seu primeiro livro, escrito pelo biógrafo Elias Awad. Como foi a sua infância? Minha infância foi bárbara, nasci em Raposos, que fica a 35 km de Belo Horizonte. Nasci em um barracão de um cômodo, onde moravam sete pessoas: meus irmãos, meu pai e minha mãe. Com cinco anos eu comecei a trabalhar, tinha que ajudar meus pais, a gente era pobre mesmo, pobre de marré de si. Comecei a vender colorau, eu mesmo fazia e eu mesmo vendia, e com aquilo conseguia comprar alguma coisa e levar um dinheirinho para casa. Fiz isso até os sete anos, com essa idade comecei a comprar ferro velho na rua, tinha um carrinho onde eu levava o ferro velho. Então com doze anos o meu pai morreu, e eu me mudei para Belo Horizonte. A vida foi dificílima para minha mãe e para a gente. Aos treze anos saí para procurar emprego, mas a única coisa que consegui foi ser convidado pelo Carlos Leis, fui dançar balé com treze
anos. Completamente fora do meu know-how, afinal eu comprava ferro velho, né? Fiquei dançando lá um tempo, mas não era fichado lá nem nada, era convidado mesmo. Eu era o único homem com menos de dezoito anos que dançava balé, dancei até os dezessete anos, quando o exército me chamou para servir. Fiquei um ano e três meses no quartel, sai de lá e achei ótima a experiência. Mas eu não queria mais dançar. Eu queria ser ator, então me mudei para o Rio de Janeiro, morei por lá uns cinco anos. Um dia eu vi que o Rio não iria dar nada, não estava conseguindo nada na área de televisão e de teatro. Foi quando eu resolvi ir embora do Brasil. Juntei as minhas coisas e vazei. Fui embora, e fui cair em Nova Iorque. Como foi viver em Nova Iorque? Nova Iorque foi bárbaro, mas não tinha lugar para
eu viver. Fui morar no Central Park, no banquinho, eu chegava lá e deitava, fiquei assim quatro meses, até o dia que eu tive um sonho. Foi um dia que eu estava muito cansado da vida, e falei com Deus para me dar uma luz ou me tirar da festa. Quando eu acordei me lembrei do sonho que tive: chegavam milhares de passarinhos na árvore, eu balançava o tronco e voavam bolsas. Fiquei louco com aquilo. Então juntei 80 dólares, das latinhas que eu catava, fui a uma loja e comprei uma pele de couro, linha, tesoura e agulha. Fiz doze bolsas e coloquei para vender. Minha primeira cliente foi a editora de moda da New York Times, ela passou, olhou e gostou. Isso foi numa terça-feira, na sexta ela me chamou para conversar e no domingo saiu a matéria. Eu nunca tinha feito uma bolsa, nada, absolutamente nada, eu queria ser ator. No domingo saiu a matéria e eles me chamaram de “Mágico do
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entrevista
Couro”, porque eu fazia maravilha com o couro. Eu nunca fui à escola, e as pessoas perguntavam onde eu aprendi a fazer. Aprendi desta forma, voltando no meu sonho, imaginando as bolsas e fazendo. E como foi sua vida depois dessa matéria? Bom, num dia eu estava dormindo no Central Park e no outro dia eu estava dormindo em um hotel bacana. Um mês depois eu já tinha a minha primeira loja em Nova Iorque. Eu sou muito determinado e tenho muita fé, e vi que era um caminho que eu gostava. Um mês depois, com a loja aberta, tinha mais de 1.500 matérias sobre o meu trabalho. Eu fui o designer mais falado dos Estados Unidos naquela época. Toda revista que você fosse comprar na banca tinha meu nome, foi aí que a televisão começou a se interessar, fiz muito programa de televisão. O negócio foi dando certo e eu abri sete lojas. Eu fechei as minhas lojas em 1993, depois de muito sucesso e muita grana, porque eu tinha o sonho de fazer uma viagem de volta ao mundo. Com o dinheiro eu iria ajudar as pessoas que não tiveram a mesma sorte que eu tive. O meu sonho era ter cultura e por isso visitei 128 países. Em cada país que eu fui, contratei um professor de História, para poder me dar aula sobre o país dele e a cultura daquele lugar. Geralmente eles me indicavam alguém que queria estudar e eu ajudava a pagar. Ajudei muita gente a melhorar de casa e sair da favela, ter uma oportunidade. Fui fazendo isso até o dinheiro acabar cinco anos depois. Aí eu voltei para Nova Iorque e fui dormir na rua de novo. Mas com uma bagagem gigantesca de cultura e era isso que eu queria. Ninguém tinha mais do que eu, eu estava feliz da vida. Dinheiro não é tudo na vida. Só que aí alguém me viu dormindo lá no banquinho e me reconheceu, e era uma jornalista do The New York Times, aí fizeram uma página comigo e eu voltei. Assim eu voltei para a mídia, na época tinha mais televisão que revista e comecei a fazer televisão. Fui à NBC, à BBC, à CNN internacional e assim a minha vida mudou de novo, virei celebridade de televisão nos Estados Unidos. Contando a minha vida, que era o que todo mundo queria saber, sobre essa vida louca de nunca ter ido à escola, de ficar rico e devolver tudo para Deus, de dormir na rua de novo e me descobrirem outra vez. E nisso tudo eu fui muito convidado para fazer palestras em empresas, para os funcionários, para levantar o astral deles. E hoje é com isso que eu também ganho dinheiro, fazendo as minhas palestras Brasil afora.
uns eram muito pobres, outros eram muito ricos, uns eram mais ou menos, outros eram divididos. Então de todo lugar que eu fui eu extraí alguma coisa que levo hoje na minha vida.
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já ponho para vender. Eu não tenho esse negócio de desenhar no papelzinho, tenho horror a isso. Eu acho que quando fala a palavra “criar” é criar mesmo, não é copiar. Meu trabalho é muito em cima do “agora eu vou fazer e vai ficar bonito”, e eu vou embora e as mulheres adoram. Não tem hora, nem dia nem nada, normalmente é à noite, porque de dia eu sou muito ocupado. E o barulho da fábrica é gigantesco. Que tipo de mulher usa suas bolsas? Hoje é engraçado, tem garotas de quinze anos que vêm aqui comprar bolsa e tem mulheres de oitenta. Então estou meio que agradando essa leva de gente aí. Porque cada um gosta de um jeito, cada um quer de uma forma, e eu não repito as bolsas. Então a meninada de hoje está querendo essas bolsinhas para ir para a balada, para sair. A maioria das minhas clientes têm entre trinta e cinquenta, mas eu atendo todas as idades.
As bolsas de Roberto Vascon são feitas a mão, e os modelos são quase todos exclusivos.
Roberto brinca com o banner de lançamento da sua biografia “Nas asas de um sonho”
E como foi viajar o mundo? Faria tudo de novo, colecionei um monte de “Muito obrigada”, de “Vai com Deus”, de “Nunca mais vou te esquecer”, muitos sorrisos e muitas lágrimas. E isso que foi o mais bacana de tudo. Qual lugar você mais gostou de conhecer? Eu amei a Índia, mas foi um país que me deixou muitas saudades. Saudades das pessoas que encontrei, da cortesia do ser humano, das crenças deles, que são maravilhosas. Foi maravilhoso, foi deslumbrante. Viajei mundo afora, passei por muitos lugares. Eu não posso falar que um lugar é melhor que o outro, porque eu acho que Deus fez uma festa que chama mundo, então em todo lugar eu sentia a presença de Deus. Cada lugar tinha as suas belezas,
E como é o seu processo criativo? Eu não tenho isso, porque eu não sei desenhar, né? Eu não sei desenhar nada. Eu sei começar do zero, pego uma pele de couro, corto uma coisa da minha cabeça, vou cortando e costuro. Se deu um erradinho, eu já sei onde eu vou corrigir, na próxima eu já vou embora e
Qual é o sentimento de ver famosas como a Madonna usando suas bolsas? Não tenho sentimento nenhum, não tenho tesão com gente famosa. É porque elas vão me usar, vão usar outros estilistas da mesma forma, elas descartam a gente como se fôssemos nada. Elas não são fiéis à marca, elas não me enlouquecem não. O que me enlouquece é o que aconteceu outro dia quando eu estava no Belvedere, no shopping, eu estava andando e uma mulher me viu e me reconheceu. E ela me parou e perguntou: Você é o Roberto Vascon? Eu disse “sou” e aí ela me mostrou a bolsa que estava usando, que era minha. Ela disse “Vou te contar uma coisa, não sei o que é que você tem, que energia louca é essa, mas eu não consigo mais largar a sua bolsa. Eu fiquei sabendo da sua história de vida, e é assim, eu não largo sua bolsa mesmo”. Então são essas as famosas que eu gosto, as que voltam e compram outra bolsa. E eu acho isso muito mais legal que uma celebridade que pega tira fotos e some da sua vida. E essas clientes ficam, elas querem a próxima coleção e a próxima e a próxima. São essas que eu vanglorio muito.
Como surgiu a ideia do livro? Eu já fui a todos os grandes programas do Brasil, eu tenho 14 mil mídias catalogadas. No ano passado foi a vez da Record que veio fazer uma matéria sobre um assalto que eu sofri, uma coisa horrorosa, e no meio disso tudo contaram minha história de vida. Eu estava me reerguendo de novo no Brasil. Alguém em São Paulo escutou, era um editor, dono de uma editora chamada Novo Século, lá de São Paulo. Ligou-me e explicou que ele queria contratar um biógrafo para morar comigo por cinco meses, é um biógrafo super famoso chamado Elias Awad. Ele só escreve biografia de gente top. E esse cara apareceu aqui um dia, me pagaram por minha história. Ele ficou aqui cinco meses captando histórias, foi para Raposos e entrevistou mais de 50 pessoas na rua perguntando sobre a minha infância. Foi embora para São Paulo tem sete meses, e o livro acabou de chegar. Eu li morrendo de medo de ler, sempre que eu leio eu choro muito porque me faz voltar ao meu passado. Durante esse ano todo eu tenho revivido muito a minha história e muito violentamente, porque eu tive que contá-la exata para ele. É muito pirante ter um livro, eu não sabia que seria tão difícil. n
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matéria de capa
Arte nas montanhas Fotos: Lucas Alexandre Souza
Educação | Escola Guignard é referência no campo das belas artes no país
A Escola Guignard faz parte da UEMG e conta com mais de 700 alunos em três turnos
Alberto da Veiga Guignard nasceu em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, mas viveu grande parte de sua vida na Europa, onde completou seus estudos. Frequentou a Academia de Belas Artes de Munique, na Alemanha. Era um artista completo, seus quadros retratavam naturezas mortas, paisagens, retratos e até pinturas com temática religiosa e política. Alberto voltou ao Brasil em 1929, passou a residir no Rio de Janeiro, onde lecionou desenho e pintura na Fundação Osório e na antiga Universidade do Distrito Federal. Guignard chega a Belo Horizonte em 1944, convidado pelo prefeito Juscelino Kubitschek, que era um grande admirador de seu trabalho, para dirigir a Escola de Belas Artes. Para preencher a lacuna no campo artístico na capital mineira, a escola tinha o objetivo de trazer um movimento cultural e uma nova concepção artística dentro dos padrões estéticos daquela época. Guignard possuía uma didática incrível, além dos extraordinários conhecimentos artísticos para dirigir a escola. Tinha a pretensão, em sua fundação, de ser referência no estilo modernista no Brasil. Hoje a escola é destaque em diversos campos artísticos. Guignard, apaixonado por pintar a natureza e as montanhas, se encontrou em Minas Gerais, estudou sobre as cidades mineiras e a tradição barroca colonial, como São João Del Rei, Sabará e, particularmente, Ouro Preto, onde passou a residir em 1960. Em Ouro Preto existe um museu dedicado ao artista, a “Casa Guignard”, fundada em 1987, onde estão algumas de suas obras mais importantes. Porém a escola, que foi referência em uma época importante para a arte em Belo Horizonte, passou por momentos difíceis em sua história. Em 1948, o prefeito Otacílio Negrão de Lima investiu contra a escola, revogando os atos anteriores que asseguravam seu
funcionamento. Ela passou a funcionar em um espaço pequeno no Instituto de Educação, por curto período, transferindo-se, em seguida, para o edifício Goitacazes. Em 1950 o centro de artes passou para o porão do prédio inacabado do Palácio das Artes. Ana Cristina Brandão, a atual diretora da instituição, lembra-se bem deste tempo. “Estou desde a década de 80 na escola. Eu me formei na Guignard quando ainda era no porão do Palácios das Artes, minha primeira entrada na escola foi através dos cursos livres, depois fiz o vestibular e entrei. Eu vi que era ali que eu queria ficar, foi ali que eu me encontrei”, conta Ana Cristina. A diretora começou na Guignard como aluna, virou professora e chegou ao cargo de diretora no ano passado. “Eu terminei meu curso e sempre me envolvi demais com as atividades da escola. Não só como estudante, mas também como professora. Quando a escola veio para o Mangabeiras, eu já era professora. Desde que entrei na escola pela primeira vez nunca mais saí, eu nunca me afastei da escola. Entrei como professora de serigrafia, mas já trabalhei em diversos setores, fui da coordenação de galeria e coordenei diversos projetos”, conta entusiasmada a diretora. Em 1994 foi inaugurado o prédio que abriga a escola, que hoje é localizada no bairro Mangabeiras. O recinto foi construído ao pé da Serra do Curral, o projeto é do renomado arquiteto mineiro Gustavo Penna, que é apaixonado pelo simbolismo e contemporaneidade da obra. “A Escola Guignard é um marco na minha trajetória. Foi eleito pela revista Projeto Design um dos trinta projetos de maior relevância no país. Gosto do gesto que o edifício faz, da praça, da forma como se acomoda cuidadoso à topografia. Pergunto aos alunos de lá: Qual é a ideia que prepondera? A escola da praça?
Ou a praça da escola? A praça não existe sem a escola e a escola não existe sem a praça”, explica o arquiteto. Gustavo conta quais foram os elementos que o inspiraram a realizar o projeto. “Queria fazer a escola brotar na montanha, como uma rocha que vem à luz. Retirá-la do porão, da obscuridade onde ficava no Parque Municipal, para a luz, para novos horizontes. A escola é um edifício de aço que aflora de uma montanha de ferro e carrega o ideal do nosso mestre de desenhos e cores. Uma lição luminosa de grandeza e coragem”, elucida Gustavo Penna. A obra faz 20 anos em 2014 e precisa de reformas urgentes, uma vez que o prédio, que representa a arte e os artistas mineiros, já demonstra a deterioração do tempo. Quem vai à escola pela primeira vez se assusta com as pichações e aparente abandono do local, apesar de estar funcionando normalmente. “A Escola Guignard é da UEMG. É uma tristeza ver um espaço que representa tanto para a Arte Mineira abandonado. Não sei dos planos da instituição, mas adoraria vê-la recuperada”, lamento o arquiteto. A esperança é compartilhada pelo aluno de Licenciatura em Educação Artística, Renato Teodoro Morcatti, 40, assistente de atelier. “A escola tem uma grande contribuição na formação de artistas importantes no circuito mineiro, nacional e internacional. Influenciou gerações de artistas e revolucionou a forma de pensar e fazer a arte em Minas Gerais. A arquitetura da escola é uma obra de arte, que precisa passar por um restauro urgente, para preservar este patrimônio da nossa cidade. A Guignard já teve diversas melhorias desde o seu surgimento. Hoje, por ser tratar de uma instituição do poder público, sabemos que é burocrático o processo para as melhorias”, comenta Renato. O aluno optou por fazer seus estudos na escola
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matéria de capa
Ana Cristina Brandão é a atual diretora da instituição e está na escola desde a década de 80
Autorretrato de Guignard, um dos mais importantes pintores do país dentro do Modernismo Foto: Reprodução
devido às referências dos grandes nomes que já passaram pela Guignard. “É uma escola que já formou muitos dos principais artistas brasileiros e educadores, e por ser também uma escola que tem uma filosofia de ensino mais liberal, que pode enriquecer meus conhecimentos e melhorar meu currículo”, conta o estudante. Já Stefanie Morreale Diniz, 25, artista plástica e educadora, aluna do curso de licenciatura em artes plásticas dá ideia do que poderia ser melhorado na escola. “Ouvi falar na possibilidade em subir um andar para ampliar os ateliês. Muito digno se isso sair do papel. Acho que também é uma boa ter os ateliês abertos para os alunos aprofundarem nas pesquisas práticas. Deveria também existir um setor social, que pudesse acolher e beneficiar os alunos, que acabam desistindo do curso por falta de condições financeira”, opina a estudante, que não gosta de perder nem uma aula do seu curso. Stefanie decidiu largar o seu curso em São Paulo para estudar na Guignard, por acreditar no nome da instituição. “Eu estudava o mesmo curso em São Paulo, abandonei no terceiro semestre com objetivo de voltar para BH e começar tudo de novo. Sempre simpatizei com as obras de Guignard. Tive muitos amigos, que passaram por lá. Gosto da tradição da escola em conservar os métodos. Adoro a localização e a arquitetura. Sua história é bastante interessante, tem raiz”, comenta a artista plástica. A diretora Ana Cristina Brandão explica o método usado pela instituição. “O tripé da universidade é ensino, pesquisa e extensão. A Escola Guignard é uma produtora de arte, aliada à questão da educação ligada à arte, tanto nos cursos de graduação quantos nos de pós-graduação. Estamos ainda investindo na implantação de um mestrado, isto ainda está caminhando”, elucida. A diretora ainda fala sobre a localização privilegiada da escola, que possui uma vista para as montanhas, e como o bairro Mangabeiras é receptivo. “É um privilégio a escola estar neste espaço aqui, a localização é extremamente privilegiada, não é só o bairro, nós temos uma vista maravilhosa daqui. O Mangabeiras é um lugar muito tranquilo, a relação da escola com os moradores do bairro tem sido extremamente gratificante. Esse ano fizemos nosso primeiro encontro com os moradores do bairro, com a festa junina. Os encontros para discutir a violência do bairro têm sido no auditório da escola. Então eles contam conosco e nós também contamos com eles”, explica a diretora. Hoje a Guignard é incorporada pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), funcionando nos três turnos, manhã, tarde e noite, conta com 700 a 800 alunos. Oferece cursos livres, além de bacharelado e licenciatura em Artes Plásticas e turmas de pós-graduação. n
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O campus possui uma vista privilegiada da cidade, fonte de inspiração para os alunos
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cultura
Cirque du Soleil Fotos: MRossi / Time for Fun
Espetáculo | Trupe canadense volta a bh e promete surpreender espectadores
Criado em 1984, na cidade de Quebec, Canadá, o Cirque du Soleil volta ao Brasil com o espetáculo itinerante Corteo. O espetáculo integra o grande com o pequeno, o ridículo com o trágico, a mágica da perfeição e a imperfeição, evidenciando a força e a fragilidade do palhaço com o objetivo de ilustrar a parte da humanidade que há dentro de cada pessoa. De um grupo de 20 artistas de rua no início dos anos 80, o Cirque du Soleil se transformou na principal companhia circense do mundo a proporcionar entretenimento de alta qualidade artística, com mais de 1.300 artistas de cerca de 50 nacionalidades. Desta vez a companhia voltou ao Brasil com Corteo, “cortejo” em italiano, um desfile alegre e festivo imaginado por Mauro, o Palhaço Sonhador, criado e dirigido por Daniele Finzi Pasca. O espetáculo, realizado em um palco 360°, reúne a paixão do ator com a graça e o poder do acrobata com o objetivo de mergulhar o público em um mundo teatral de comédia, diversão e espontaneidade, em um espaço misterioso entre o céu e a terra. Para levar o público ao espaço imaginado por Mauro, Corteo foi concebido com números aéreos incríveis e de tirar o fôlego, em que os artistas voam até 12 metros de altura. Corteo já foi assistido por cerca de 6,8 milhões de pessoas desde sua estreia em 2005 no Canadá e passou por 50 cidades em 10 países ao redor do globo. No Brasil a atração poderá ser vista em seis cidades. Para criar mais de 260 peças de figurinos para o elenco de Corteo, a figurinista Dominique Lemieux se concentrou em acentuar a beleza natural dos artistas. Mais de 9.000 imagens foram utilizadas na fase de concepção do espetáculo, que mistura muitos estilos visuais e influências que vão do barroco ao moderno. Para o suíço Daniele Finzi Pasca, criador e di-
retor do espetáculo, Corteo representa uma espécie de círculo completo, uma união de todos os segmentos de sua carreira profissional. Quando jovem, era um ginasta de competições, passou a trabalhar no circo e estabeleceu uma reputação no teatro como escritor e diretor. Daniele diz que o show é “situado em um nível desconhecido entre o céu e a terra, onde os deuses e os humanos podem interagir por meio do circo”. O ambiente da atração é inspirado em muitas fontes de arquitetura, especialmente a Catedral de Chartres. No centro do palco existe um labirinto que reproduz as proporções e o tamanho do chão do corredor da Catedral na França, que simboliza a jornada da vida para Daniele Finzi Pasca. “O labirinto é uma grande viagem: para encontrar a si mesmo, você tem que se perder. Eu cresci cercado por imagens e mais imagens e eu as coloquei em movimento”, explica. n
Avenida Clóvis Salgado, s/nº - Pampulha Estreia quinta, 19/09 até domingo, 27/10
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turismo | cristina ho
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Bela e incomparável Foto: Arquivo pessoal / Cristina Ho
Escócia | primeira parte de uma série de 3 matérias sobre este país misterioso e encantador
Cristina Ho é natural de Taiwan, aos oito anos de idade veio para Brasil com sua família. Já viajou para mais de 25 países e coleciona experiências memoráveis de cada lugar por onde passou. Conhecer lugares diferentes, experimentar novas culinárias e interagir com outras culturas: são os melhores presentes da vida para ela! Amplie seu horizonte e embarque nessa viagem conosco.
Situada no Reino Unido, a Escócia é linda de norte a sul. A começar pela delicada capital Edimburgo, que ostenta o belíssimo castelo do mesmo nome. As imponentes montanhas dão muito charme à paisagem das Terras Altas (as Highlands), onde está o Inverness, com seu lindo castelo do século XIX. A Escócia é um destino fascinante. Acompanhe-me nessa jornada! A capital Edimburgo é uma das mais belas cidades do norte da Europa. Sua história e tradição são tão bem preservadas que temos a sensação de voltar no tempo. A arquitetura medieval enche os olhos, o famoso uísque escocês desperta o paladar e a gaita de fole completa este cenário encantador. O monumento que chama atenção do turista logo que se chega à cidade é o castelo de Edimburgo. Localizado no alto de uma colina é impossível passar despercebido. Essa antiga fortaleza domina a silhueta da capital, mas somente uma parte dela é aberta à visitação. Vale a pena entrar e conhecer o castelo, mas antes aprecie a vista da cidade do alto da colina. Que tal conhecer as antigas histórias de Edimburgo? Então percorra as closes da Royal Mile, que são passagens estreitas que unem ruas paralelas afastadas pelos quarteirões megalômanos, que bordejam a Royal Mile. Elas são a alma de Edimburgo de outrora. A mais famosa é a Mary King’s Close, que se encontra
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turisticamente muito bem aproveitada. É possível fazer uma visita guiada pela cidade subterrânea de outros tempos e ouvir as histórias contadas pelos guias vestidos com trajes de época. Outro ponto interessante é o Palácio de Holyrood. Fundado em 1128 por David I da Escócia, foi inicialmente um mosteiro. Desde o século XV serve como principal residência dos Reis e Rainhas da Escócia. Sua majestade, a Rainha Elizabeth II, usa regularmente o palácio como sua residência oficial. O nome vem do termo escocês “Haly Ruid” que quer dizer Cruz Sagrada. Após conhecer seu interior, vá para as ruínas da Abadia de Holyrood que é uma construção do século XI. Se ainda sobrar um tempinho, não deixe de visitar e apreciar os jardins do palácio. Uma vez na Escócia, fiz questão de conhecer a gastronomia típica que atende pelo nome de Haggis. O prato tradicional escocês é, na verdade, miúdos de carneiro condimentados e farinha de aveia. Confesso, é um pouco pesado para meu gosto, mas por ser uma viajante bastante curiosa, inclusive e especialmente no quesito culinária local, estou sempre aberta às novidades! n Na próxima edição continuaremos pelo interior da Escócia, prepare seu fôlego para subir as montanhas. Não perca!
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gastronomia
Do tradicional ao expresso Foto: Lucas Alexandre Souza
Comportamento | As pessoas estão consumindo cada vez mais os cafés gourmets
A estudante Maíra Oliveira aprecia desde o tradicional cafezinho até diferentes variações da bebida
de melhor qualidade, é possível prever, para este ano, o aumento contínuo do consumo de café fora dos domicílios. Ainda segundo dados da ABIC, desde 2004 o consumo fora do lar já cresceu mais de 350%. De acordo com a ABCB o Brasil possui cerca de três mil cafeterias. A estudante Maíra Oliveira, 20, afirma não ter o hábito de ir à cafeterias, mas conta que onde vai sempre busca uma xícara de café. A estudante afirma ter sido habituada ao consumo do café tradicional, café coado num filtro de pano ou papel, mas há alguns meses passou a migrar para diferentes formas de preparação da bebida, inserindo aos poucos em seu cotidiano a cafeteira italiana e o expresso. “Faz um tempo que comecei a usar a cafeteira italiana, eu tive um pouco de dificuldade no início pra me adaptar. Acho que às vezes a cafeteira italiana não é muito prática, então não faço sempre, mas eu prefiro o sabor dela ao café tradicional”, explica a estudante. Maíra não aderiu apenas à cafeteira italiana. “Eu sou adepta do café, então eu gosto de qualquer café, mas eu prefiro mesmo o expresso, que eu sempre tomo durante meu estágio”, acrescenta. n
tipos de café O barista Robson Bernardo, da cafeteria Santo Grão, explica as diferenças entre os principais cafés consumidos. Com grandes inovações e novas tecnologias, o mercado do café no Brasil mantém o passo rumo à franca ascensão. De acordo com dados da Associação Brasileira de Café e Barista (ABCB), cada brasileiro consome, em média, seis quilos de café por ano, o equivalente a 83 litros. O número de adeptos da bebida continua crescendo, e, com ele, suas variedades e inovações. Muitas empresas já perceberam o grande potencial desse público e oferecem diversos produtos para suprir esse mercado ávido por novidades, apresentando aos mais diferentes paladares possibilidades para se deliciar com a bebida. Um dos itens que está cada vez mais presente no cotidiano são as cafeteiras italianas (Moka), além do equipamento, o número de domicílios com máquinas de café expresso também está em alta. As variedades do café se estendem aos refis dessas cafeteiras, que são encontrados em sachês e cápsulas. Os primeiros apresentam opções que vão desde o café tradicional, passando pelo descafeinado, até chegar aos aromatizados, com sabores como avelã, chocolate, damasco, cereja, menta, amêndoa, canela, entre outros. As cápsulas, por sua vez, são produtos oferecidos pela Nespresso, que se adéquam apenas às cafeteiras da marca, e oferecem 16 opções de café puro, com distinções nos grãos, como picantes, amadeirados e frutados. Essa migração do tradicional cafezinho para os cafés expressos representa uma tendência, é o que aponta Helga Batista, diretora da Associação Brasileira de Café e Barista (ABCB). “A preferência crescente pelo café expresso pode ser atribuída à praticidade do seu preparo, que é realizado individualmente e de forma rápida. Além disso, por ser um método que exige maquinários robustos e um profissional capacitado para seu preparo, o Barista, o café expresso é comumente associado com sofisticação e qualidade”, explica a diretora. O presidente da Associação Brasileira da Indústria
do Café (ABIC), Takamitsu Sato, ainda aponta outro fator preponderante para a disseminação dessas novas formas de preparar o café. Segundo Takamitsu é perceptível um aumento na demanda por formas de preparação em monodoses, isto é, cafés preparados para uma única xícara. Como, por exemplo, os expressos, cafés em sachês e cápsulas, e os serviços de preparação em coadores e filtros, que rendem uma única xícara. O presidente destaca que essa é uma tendência importada dos EUA e que se dissemina rapidamente no Brasil. Dessa forma, justifica-se o aumento gradual, mas lento, dos cafés gourmet e o uso crescente de máquinas de café domésticas. Segundo a ABIC a estimativa é de que atualmente sejam 850.000 unidades de cafeteiras elétricas nos lares brasileiros. O estudante Luís Eterovick, 25, um grande adepto da bebida, afirma que também participa desse processo migratório. Sendo um aficionado por café expresso, bebe, atualmente, de 3 a 5 vezes por dia. “Tenho mais costume de tomar o café expresso puro, mas também gosto de todas as bebidas que podem ser feitas com ele, como os cappuccinos, que adicionam leite cremoso. Geralmente bebo um lungo pela manhã, um expresso bem forte após o almoço e um descafeinado à noite”, conta Luís. O estudante afirma não abrir mão do expresso preparado através de cápsulas, e já tem seu favorito. “Gosto de quase todos, mas o meu preferido é o Indriya, um café indiano bem forte”, diz Luís. Para ele o café proporciona um prazer que vai além do sabor. “Gosto de usar xícaras transparentes, para ver a camada de espuma, quando expresso, ou as várias camadas do cappuccino. Não adoço o café, apenas o cappuccino”, elucida o apaixonado pela bebida. O presidente da ABIC afirma que com um número crescente de cafeterias e restaurantes oferecendo cafés
Ristretto Servido na xícara de 50 ml. Considerado o néctar do café. É extremamente encorpado se bem extraído. Expresso Servido na xícara de 50 ml. Encorpado. As características do café (sabor e aroma) ficam em evidência. Café Carioca Servido na xícara. 15 ml de café diluído em 15 ml de água quente. Café Americano Servido em xícara grande (180 ml). Um espresso (35 ml de café) diluído em 150 ml de água quente. Cafés com Leite Mocha ou Moccacino Servido no copo ou taça acima de 220 ml. Um drink doce e cremoso. Macchiato Servido em xícara de 50 ml. A crema do leite suaviza o sabor do espresso. Latte ou Média Servido na xícara de 150 a 180 ml. Um pouco menos cremoso que o cappucino e mais sabor de leite do que o café Cappucino. Mistura de 1/3 de café, 1/3 de leite e 1/3 de crema de leite. Possui espuma mais densa e cremosa. No Brasil, há o hábito de acrescentar canela ou chocolate.
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jovem
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Diga não ao Cyberbullying Violência | Insultos, humilhação e xingamentos se multiplicam na era da internet
O cyberbullying é um fenômeno sem rosto
rindo de mim, pessoas da minha cidade, pessoas que conheço, aqui na internet, estou chorando o dia inteiro por causa de vocês”, escreveu Júlia em seu Twitter. A jornalista Viviane Rocha, 29, passou por uma situação desta por expressar sua opinião em uma rede social. “A agressão aconteceu em abril passado e começou com um comentário que fiz na fan page sobre o figurino da cantora Beyoncé em sua nova turnê. Diante do meu comentário negativo em relação às roupas da cantora, veio uma garota do Rio de Janeiro e disse a seguinte frase: “Vindo de uma pessoa com a cara e o cabelo como o seu, só podia ser mesmo. Duvido que tenha dinheiro para ficar feia como ela. Porque se tivesse, não estaria com esse cabelo duro”, conta a jornalista, que ficou indignada com o comentário racista. Viviane chegou a fazer a denúncia por acreditar que as pessoas necessitam ter mais respeito uma com as outras, mesmo que no ambiente virtual. “Fiz a denúncia pelo Disque 100 por um motivo simples, respeito é fundamental. Na internet, todo mundo fica mais corajoso para o bem ou para o mal. No caso dessa garota e de muitas outras pessoas, a rede é um espaço livre, onde se pode falar qualquer coisa sem consequências e muita gente acaba revelando seu lado mais agressivo”, comenta a jornalista, que chegou a ir a uma delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência. “Quando fui até a delegacia de crimes cibernéticos no Carlos Prates, quase não fui atendida. Um inspetor simplesmente me disse: “Seu caso não vai pra frente, mas, se você quiser tentar... A justificativa foi que, na opinião dele, o fato não caracterizaria racismo e que o delegado seguiria a mesma linha. No final das contas, diante do pouco caso até mesmo pra atender quem chegasse lá, desisti do B.O”, explica Viviane. A psicóloga Roberta explica como os pais podem ajudar os filhos a terem maturidade para lidar com o mundo virtual. “As crianças têm acesso cada vez mais cedo à internet e por volta dos 10 anos já pedem para ter contas em redes sociais. O acesso às redes deve ser monitorado de perto. Em uma conversa franca e respeitosa devem ser estabelecidas, de maneira clara, regras sobre tempo de uso, preservação da privacidade e segurança da família, sobre o risco de pessoas mal-intencionadas, sobre cyberbullying”, reforça Roberta. n terstock Foto: Shut
Qualquer pessoa já sofreu algum tipo de brincadeira de mau gosto por parte dos colegas da escola. Claro, sempre tinha um colega ou outro de quem a “galera” pegava mais no pé. Há um tempo a prática de zombar os colegas foi nomeada de bullying. Pais, professores e psicólogos tentam acabar com essas brincadeiras em sala de aula, já que muitas humilhações têm causado transtornos em quem as sofre. Porém, as brincadeiras da época do colégio estavam restritas àqueles círculos sociais, fora os colegas da própria turma, ninguém mais sabia o que se passava. O que mudou muito esse contexto foi a internet, pois as velhas chacotas pularam também para o espaço cibernético. Na rede os xingamentos são mais ofensivos e se multiplicam em alta velocidade, pois podem ser disseminados anonimamente, além de, no espaço virtual, os praticantes raramente serem punidos. A professora de Psicologia da UNA, Roberta Sant’André, explica o que acontece com os jovens que sofrem insultos e xingamentos. “Pessoas que sofrem bullying quando crianças são mais propensas a terem depressão e baixa autoestima quando adultos. Quanto mais jovem for a criança, maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos antissociais e à perda de oportunidades, como a instabilidade no trabalho e relacionamentos afetivos pouco duradouros”, explica a psicóloga. Roberta comenta sobre esse fenômeno na era digital: “As consequências do cyberbullying são amplificadas, uma vez que as agressões podem difundir-se facilmente e com enorme rapidez, e manter-se infinitamente presentes no espaço virtual. O anonimato possível e facilitado nas comunicações e interações através da internet acarreta novos aspectos e novos problemas. O espaço virtual cria a possibilidade de os agentes agressores nem sequer virem a tomar consciência das consequências dos seus atos sobre as vítimas, o cyberbullying é um fenômeno sem rosto”, comenta. Um dos casos de cyberbullying mais comentados nos últimos tempos na internet é o da menina Júlia Gabrielle, de apenas 11 anos, que mora em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Júlia tinha um perfil normal no Facebook, onde interagia com seus amigos e postava suas fotos. Porém uma das suas imagens foi roubada de seu perfil e virou capa de uma página de humor na rede. Milhares de pessoas curtiram e zombaram de Júlia devido aos seus pelos faciais. A foto chegou a ter mais de 5 mil compartilhamentos com diversos comentários maldosos. “Todas as pessoas estão
moda |
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Isadora vargas
Mini me Fotos: Divulgação
Tendência | Quanto menor o tamanho, mais bonita e cheia de estilo é a bolsa
Que a tendência “maxi” no mundo fashion teve seus dias de glória, ninguém pode questionar. A ditadura das maxibags, aquelas bolsas em que cabe de tudo dentro e mais um pouco e foram, por muito tempo, motivo de desejo das mulheres mais antenadas. O que não se esperava era que as desejadas bolsas fossem passar por uma “conversão” de tamanho tão brusca. Nessa temporada, elas estão mais “magras” e aparecem arrasando pelas ruas e passarelas num “shape” total “skinny”. As grifes que ditam moda a cada mudança de estação têm dado grandes sinais de que as minibags vieram pra ficar. Chanel, Prada, Louis Vuitton, Hermés, Balenciaga dentre outras marcas de luxo têm apostado tanto em novos modelos de it minibags quanto reproduzido alguns de seus modelos mais famosos e cobiçados em miniatura. Tal novidade tem chamado a atenção de toda a indústria da moda que, diga-se de passagem, já está investindo e apostando na tendência.
isadora.vargas@urbhano.com.br
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As minibags, além de fofas e descoladas, acrescentam um charme peculiar em qualquer look. Desenhadas e “projetadas” para serem usadas durante o dia, se engana quem acredita que bolsa pequena é sinônimo de balada, jantares e ocasiões noturnas. Muitas delas são a tiracolo, mas por influência das it girls, a preferência das seguidoras da moda é usar a bolsinha na lateral, dando um caimento bastante jovem e despojado. Com o final da temporada de desfiles internacionais é possível afirmar que, em matéria de acessório, as minibags vão sacudir a poeira e fazer muito barulho. A vantagem é que as melhores marcas possuem opções diversificadas que vão de passeios a baladas, adequando-se a qualquer estilo. A queridinha é perfeita pra quem morre de preguiça de carregar aquelas bolsas enormes e pesadas. Dentro dela vai só o essencial, o que acaba sendo um ótimo exercício para se definir o que é realmente necessário, já que, as mulheres, em geral, tendem a carregar o mundo na bolsa. Portanto, adquirir uma dessas fofuras é essencial e vale lembrar que, por serem pequenas, o preço é convidativo, bem mais em conta. n
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gente a Natura convidou a imprensa para o jantar 5 Sentidos Natura no Imperador Recepções e Eventos.
Fotos: Divulgação
jantar 5 sentidos natura
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Eduardo Albuquerque – Gerente de Perfumaria Natura
O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais, Joel Campolina, recebeu no último dia 12/09 a Medalha Presidente Juscelino Kubitschek 2013.
Chef Bel Coelho, Tatiana Kawakami – Gerente de Marketing da Regional Central do Brasil, Verônica Kato – Perfumista Exclusiva da Natura e Eduardo Albuquerque – Gerente de Perfumaria
gran viver
Inauguração da primeira loja conceito da Gran Viver Urbanismo, leia-se Grupo Seculus, contou a presença de toda a família Azevedo e de grandes investidores. Foto: Leandro Bífano
Foto: Divulgação CAU/MG
medalha
Chef Bel Coelho
O Governador Antonio Anastasia e Joel Campolina, homenageados com a Medalha JK
Ricardo Azevedo (presidente da Gran Viver), Jairo Azevedo, Marcos de Paula e Edwarge Duarte
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