Urbhano Mangabeiras | Sion nº 7

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21 . outubro a 5 . novembro de 2013 . ANO I . Número 07 . Distribuição gratuita

On-line: www.urbhano.com.br

Foto: arquivo MTC

tudo que inteRessa no seu bairro está aqui

No coração do bairro

Há 78 anos na capital e há mais de 30 no bairro Mangabeiras, o Minas Tênis Clube é o ponto de encontro das famílias belo-horizontinas na hora do esporte e do lazer

local

Uma doença silenciosa, que atinge 15% das mulheres brasileiras, a endometriose é um dos principais motivos de infertilidade feminina pág. 4

entrevista Paula Pimenta, autora da série Fazendo meu Filme e que vendeu mais de 250 mil livros, conta sobre como começou a escrever pág. 6

Foto: Leo Lara

Atrasos nas obras da Rua Patagônia causam sujeira e muito barulho, atrapalhando a vida dos moradores do Sion pág. 3

bem-estar

cultura

Cine Theatro Brasil Com custo de 53 milhões de reais, o espaço foi reaberto ao público mineiro com exposição dos painéis de Candido Portinari e apresentação de David Parsons, Ana Botafogo e Alex Neoral Pág. 5

gastronomia O duelo de chefs desta edição traz duas receitas maravilhosas de risoto. difícil escolher qual é a mais saborosa pág. 10


opinião frasesURBHANAS

Foto: Lucas Alexandre Souza

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URBHANO mangabeiras | sion Belo Horizonte, 21 de outubro a 5 de novembro de 2013

Foto: divulgação

Ainda falta uma marca para o governo Dilma. Possível candidata para a eleição de 2014, Marina Silva critica governo de Dilma Rousseff

Milene Costa (*)

A filosofia como ferramenta de gestão A filosofia como referência e método para a gestão empresarial A complexidade das relações humanas tem comprometido a produtividade profissional de pessoas e grupos. A queixa é geral: está cada vez mais difícil compreender e se relacionar com os seres humanos em todo o seu universo de possibilidades. Diante desse problema, e com essa perspectiva em mente, a Ser & Pertencer vem desenvolvendo ferramentas obtidas da filosofia que podem auxiliar gestores no processo relacional. A filosofia tem como origem a reflexão sobre a realidade que nos cerca – o mundo como nos é apresentado – e, ao mesmo tempo, uma ponderação sobre o ser humano que habita essa realidade. Ao buscar caminhos para construir um bem viver comum, a filosofia constrói referências e métodos sobre a existência e sua complexidade. A filosofia, como referência, parte do princípio fundamental de compreender a forma como construímos nossos pensamentos e valores. O ser humano em sua totalidade é movido por esses mesmos elementos. A descoberta originária dessas fontes possibilita a reelaboração e a adaptação de referências novas e desconhecidas, que uma vez conhecidas podem modificar atitudes, escolhas e ações. Pessoas, quando modificam suas referências, encontram sentido para transformar seus comportamentos. O método filosófico desenvolvido pela Ser & Pertencer apresenta caminhos, percursos e pontos de chegada para resultados ou modos de proceder determinados. Tal ferramenta metodológica de gestão empresarial possibilita construir um ambiente relacional de abertura e integralidade, inserido na realidade em que vivemos, dialógico na intenção de transformar atitudes que visam o bem-estar relacional. Nosso intuito é aplicar a filosofia como uma alternativa prática e simples de auxiliar gestores e líderes na solução de problemas relacionais, tendo em vista a busca de qualidade e uma maior produtividade no ambiente profissional. Milene Costa Teóloga e filósofa - Responsável pelo espaço SER & PERTENCER – Formação para a Vida – www.serepertencer.com.br (*)

A gente precisava fazer isso por ela. Bárbara Evans, sobre a internação da mãe, Monique Evans, em uma clínica psiquiátrica

Infelizmente eu não sei tudo sobre esse programa (usado pela agência dos EUA para espionar), mas o que eu sei, já publiquei. O jornalista norte-americano Glenn Greenwald afirmou nesta quarta-feira, 9, que podem existir mais documentos de ações de espionagem do governo norte-americano contra o Brasil

Vai roubar agora no inferno, maluco. Vai roubar no inferno, a minha moto você não vai levar, não. O vigilante de 35 anos que filmou o assalto do qual foi vítima no sábado (12), mandou um recado após o assaltante ser baleado por um policial que voltava do trabalho

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Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Daniela Greco e Renata Diniz


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local

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O perigo da chuva Fotos: Cinthya Pernes

Patagônia | Mesmo com atrasos nas obras, Sudecap garante conclusão em dezembro

Apesar dos atrasos na realização da obra, a Sudecap reitera que a conclusão da obra acontecerá ainda este ano

Com a proximidade do período de chuvas, a necessidade de ações preventivas contra os danos trazidos pelas ocorrências se faz presente na capital. No último dia 14, foi apresentado o plano de prevenção de enchentes do Grupo Executivo de Área de Risco (Gear) da prefeitura de Belo Horizonte, no qual o prefeito Marcio Lacerda admitiu que algumas obras não ficarão prontas. Dentre elas, as obras de contenção de encostas em solo grampeado (estruturas feitas de concreto armado que recebem a tração de tirantes para contenção de terrenos) na Rua Patagônia, no bairro Sion, Regional Centro-Sul. Realizada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), a obra foi iniciada em abril de 2013 e deveria ter sido entregue no último dia 28. A contenção faz parte do programa de reconstrução de

danos causados pelas chuvas em 2012, e custou aos cofres públicos R$ 1.488.023,43. Apesar do atraso, a Sudecap garante que os serviços, que incluem terraplenagem, contenção em concreto projetado com fibras de aço e execução de chumbadores, diâmetro 32mm em rocha e solo, devem ser finalizados até dezembro deste ano. Para o estudante Rafael Erse, 18, que mora na Rua Patagônia, a situação da encosta não representa risco imediato, mas ele alega que o atraso nas obras traz outros incômodos aos moradores. “Nunca ouvi nenhum barulho estranho, nem nada que pudesse demonstrar um risco por aqui. O problema da obra é que ela nunca termina, sempre tem barulho e poeira.” Aspectos que não são observados apenas por Rafael. Segundo o porteiro de um prédio em frente à obra que preferiu não se identificar, esse tipo de reclamação é constante.

Vivendo num apartamento próximo à encosta, o morador Rafael Erse afirma que os maiores problemas são o barulho e sujeira da obra

Ainda de acordo com ele, a poluição sonora e a sujeira proveniente da obra representam uma situação rotineira para os moradores. O barulho acompanha o dia a dia desses moradores nos últimos seis meses. “Todo dia, o barulho começa às 7 da manhã e só termina às 7 da noite”, conta o porteiro, que ressalta que as obras sempre respeitam o horário de descanso dos moradores.

Novidades no plano de prevenção de enchentes de 2013 Novas ações de prevenção a tragédias foram apontadas durante a apresentação do plano de prevenção de enchentes da Gear no último dia 14. Uma novidade do plano deste ano é uma maior atuação da Defesa Civil, que fará um monitoramento visual das encostas, principalmente no horário de maior incidência de temporais, entre 15h e 19h. A partir

desta segunda, o Gear se reunirá uma vez por semana para definir ações preventivas. O dinheiro desembolsado para a realização do plano é proveniente do Ministério das Cidades e de contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal. O orçamento da prefeitura para os planos de combate às enchentes é de pelo menos R$ 460 milhões.

Outro ponto novo apresentado no plano é a possibilidade de interdição de ruas e avenidas da capital durante temporais, a fim de evitar tragédias. Os locais sujeitos a esse tipo de interdição são pontos da cidade que frequentemente ficam inundados em dias de chuva forte. Ao todo, serão nove vias que poderão sofrer intervenções.

Entre elas, as avenidas Cristiano Machado, Tereza Cristina, Atlântida (Pampulha), Antônio Carlos e Bernardo Vasconcelos. A medida foi pensada para evitar tragédias em dias de temporal. O fechamento, caso haja necessidade, será realizado pela Defesa Civil, com apoio da BHTRANS, da Prefeitura e da Guarda Municipal. n


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bem-estar

Mal silencioso

Pela mudança de prioridade das mulheres, que estão cada vez mais focadas nos estudos e na carreira, a maternidade tem sido adiada por alguns anos. Hoje, a faixa do planejamento das mulheres modernas é ter filhos a partir dos 30 anos, quando a vida já está estabilizada financeiramente. Porém, o que muitas não sabem é que quanto mais tempo se adia a gravidez, maior a probabilidade de desenvolver a endometriose. Cerca de 15% das mulheres brasileiras com idade entre 15 e 45 anos sofrem da doença, de acordo com a Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil), tendo sido chamada de “doença da mulher moderna”. O maior problema da endometriose para as mulheres é a infertilidade, que atinge de 30 a 40% das mulheres com a enfermidade. Quanto mais avançado o grau, maior a dificuldade para engravidar. O ginecologista Delzio Bicalho, especialista em endometriose e diretor da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), explica quais são as causas da doença. “Várias teorias tentam desvendar a causa da endometriose, uma vez que sua origem ainda não é totalmente esclarecida. A mais aceita é a do refluxo retrógrado do tecido endometrial, quando, durante a menstruação, células da camada interna do útero voltam pela trompa e caem dentro do abdômen, permanecendo vivas fora da cavidade uterina e respondendo aos estímulos hormonais do ovário. A outra teoria é que células

de outros órgãos podem se transformar em células do endométrio, em um mecanismo ligado às células-tronco. Mas como o fator causador é a menstruação, as mulheres que adiam muito as gestações e têm menos filhos são as mais propensas a desenvolverem a doença”, relata. Rosália Maria de Castro, 48, consultora de vendas, entra nas estatísticas das mulheres que adiaram a gravidez e desenvolveram a doença. “Quando eu estava com 31 anos, fui tentar engravidar e vi que não conseguia. Fui a um especialista e o médico disse que eu tinha endometriose. Porém, antes de encontrar a solução, fui a vários ginecologistas, e todos me falaram que eu estava bem, que não tinha nada de errado com meu útero. Quando eu fui nesse especialista, ele fez o teste do toque comigo e eu dei um grito de dor. Foi então que ele viu que eu estava com a doença”, comenta. O pior da endometriose é que ela é silenciosa, não há uma dor específica. A principal dor é a menstrual, trazendo fortes cólicas. Como muitas mulheres sofrem desse incômodo, não desconfiam de nada. Só quando tentam engravidar e não conseguem é que procuram especialistas e se surpreendem com o diagnóstico. “Eu nunca desconfiei de nada, na minha época não se falava sobre isso. Hoje está tudo mais fácil, os tratamentos e as informações. Muitas mulheres só ficam sabendo que têm o problema na hora que vão tentar engravidar”, conta a consultora de vendas. Rosália ainda afirma que a doença atinge grande parte da sua família. “Eu acredito que a doença seja hereditária, porque eu tenho sete irmãs, e minhas duas irmãs mais velhas se casaram mais novas e engravidaram rápido. Então

elas não tiveram problema nenhum, agora as outras irmãs, que são cinco, todas tiveram endometriose. Todas tiveram problemas para engravidar. Teve uma que engravidou aos 35 anos. Eu tenho também uma sobrinha de 28 anos que não consegue engravidar, eu acredito que ela também deve ter endometriose”, relata. O especialista Delzio Bicalho explica que os médicos precisam mudar a mentalidade sobre a doença, pois é necessário ter uma atenção maior aos sintomas primários. “Não existe prevenção,

mas recentemente foi publicada a primeira diretriz mundial sobre endometriose, que recomenda uma mudança de mentalidade em relação ao diagnóstico da doença. O documento sugere que deve haver uma atenção primária, mesmo em locais com recursos tecnológicos limitados, instituindo tratamento farmacológico com medicamentos de baixo custo e alto perfil de segurança desde os primeiros sintomas na adolescência. Com essas medidas procuramos minimizar os efeitos deletérios, como infertilidade,

e aliviar a dor, melhorando a qualidade de vida da mulher”, relata o médico. O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos hormonais que ajudam a estabilizar o avanço da endometriose. Em casos mais avançados pode ser feita uma pequena cirurgia chamada laparoscopia, com a qual todos os focos da endometriose são retirados e cauterizados. O tratamento utilizado depende de vários fatores, como idade, gravidade dos sintomas e da doença e se a paciente deseja ter filhos. n

Fique de olho nos sintomas A dor é o principal sintoma da endometriose. Pode incluir: • Menstruações dolorosas; • Dor no baixo abdômen ou cólicas que podem ocorrer por uma semana ou duas antes da menstruação; • Dor no baixo abdômen durante a menstruação (a dor e as cólicas podem ser incômodas e uniformes ou intensas); • Dor durante ou após a relação sexual; • Dor ao evacuar; • Dor pélvica ou lombar que pode ocorrer a qualquer momento do ciclo menstrual. Observação: Em muitos casos, não há sintomas. Na realidade, algumas mulheres com casos graves de endometriose nunca sentem dor, enquanto outras com a condição mais branda sentem dor intensa. Foto: Shutterstock

Foto: arquivo pessoal

Prevenção | Cerca de 15% das mulheres brasileiras sofrem de endometriose


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cultura

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Memória mineira Fachada do Cine Theatro Brasil Vallourec, na Praça Sete

Foto: Leo Lara

Os belo-horizontinos mais antigos da cidade com certeza têm boas lembranças do Cine Theatro Brasil, cinema que marcou época na tradicional capital mineira de 1932, data da sua inauguração. Foi o primeiro prédio da cidade com a influência do estilo Art déco, inspirado na arquitetura francesa, com volumes geométricos bem definidos, pouca ornamentação, vitrais de ferro e vidro martelado. Serviu de inspiração para diversas outras construções pela cidade. Localizado no coração da cidade, a Praça Sete, na Avenida Amazonas com Rua dos Carijós, em seu primeiro dia de funcionamento, o Cine Theatro Brasil recebeu 5 mil pessoas em duas sessões. O primeiro filme exibido pelo espaço foi Deliciosa, romance musical da Fox Movietone. O cinema fechou as portas em 1999, no mesmo ano em que ocorreu o tombamento pelo Patrimônio Histórico Municipal. Ficou anos abandonado e, em 2006, o imóvel foi adquirido pela Fundação Sidertube, entidade mantida pela Vallourec, para abrigar um centro cultural. Depois de 15 anos da última sessão exibida pelo Cine Theatro Brasil, ele reabriu as portas no dia 9 de outubro, totalmente restaurado e com uma incrível infraestrutura disponível para os visitantes. As obras de restauração duraram seis anos, e foram investidos 53 milhões de reais. São 8,3 mil m² de área construída, divididos em sete pavimentos. São dois teatros, um com mil lugares e outro com 200; dois andares de galerias para exposições de artes visuais; área de eventos para até 650 pessoas, além de restaurante, loja e áreas de convivência. Todos os ambientes receberam isolamento acústico e contam com ar-condicionado central. Um grande presente para a cultura e a arte da cidade. Os mineiros poderão desfrutar de apresentações de teatro, dança e música, mostras de cinema, além de exposições de artes visuais.

Foto: Leo Lara

Arte | Depois de reformado, Cine Theatro Brasil é reaberto ao público com exposição

Inauguração do Cine Theatro Brasil Vallourec e abertura da exposição Guerra e Paz de Portinari

Foto: Bruno Lavorato

E para comemorar a reabertura em grande estilo, o Cine Theatro Brasil recebe as obras primas de Candido Portinari (1903-1962): dois monumentais painéis produzidos na década de 1950, intitulados Guerra e Paz. Os painéis foram feitos como presente do governo brasileiro para a sede da ONU, em Nova Iorque, encomendados a Portinari no final de 1952. Contrariando as recomendações médicas e proibido de pintar por sintomas de intoxicação pelas tintas, ele aceitou o convite. Em 5 de janeiro de 1956, Portinari entregava os painéis Guerra e Paz ao Ministro das Relações Exteriores Macedo Soares, para a doação à ONU. Os murais são compostos por 28 placas de compensado naval, cada uma com 2,2 metros de altura por cinco metros de largura e 75 quilos. A área total pintada, uma superfície de 280 m², é maior do que a do Juízo Final, produzida por Michelangelo para a Capela Sistina. A amostra em Belo Horizonte é a maior realizada no Brasil. “É uma exposição histórica, sem precedentes, última oportunidade de ver Guerra e Paz no Brasil reunidos aos estudos. Nem o próprio pintor teve a chance de ver todo esse material em seu conjunto”, afirma João Candido Portinari, fundador e diretor-geral do Projeto Portinari. n

Foto: Leo Lara

Guerra e Paz

Foram investidos 53 milhões de reais na reforma do Cine Theatro Brasil

João Candido Portinari, fundador e diretor-geral do Projeto Portinari


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entrevista

Fenômeno teen

Fotos: Cinthya Pernes

Leitura | A belo-horizontina Paula Pimenta já vendeu mais de 250 mil livros para o público jovem

Paula Pimenta é natural de Belo Horizonte. formada em publicidade pela PUC-Minas, Sempre gostou de ler e escrever, desde muito nova já mostrava aptidão para a escrita. Sonhava em escrever um romance, mas sempre começava e não terminava, faltava inspiração e concentração. Foi fazer intercâmbio em Londres e conseguiu terminar o primeiro livro. Sua carreira de escritora começou em 2001, com o lançamento do livro de poemas Confissão, que foi relançado em 2013. Ficou realmente conhecida pelo grande público em 2008, quando lançou Fazendo meu filme 1, pela editora Gutenberg. Depois disso, lançou mais três livros da mesma série, que virou febre entre os adolescentes: já foram mais de 250 mil livros vendidos. Paula lota as livrarias nos dias de lançamento, é preciso distribuir senhas na fila. Em 2011, lançou uma nova série, Minha vida fora de série, que já conta com dois volumes. Em 2012, publicou também o livro Apaixonada por palavras, uma coletânea de crônicas. É moradora do Mangabeiras, onde viveu toda a sua infância e adolescência, lugar de onde tira muitas inspirações para escrever. Como foi a sua infância? Você sempre gostou de escrever? Minha infância foi muito boa, meus pais sempre me incentivaram a ler. E acho que isso que despertou o meu amor pela escrita. Desde antes de eu aprender a ler, eu já tinha muita vontade (de aprender a ler). Eu pedia para a minha mãe ler para mim, e às vezes ela não podia, estava cansada, então quando eu aprendi a ler foi uma liberdade. Eu saí lendo tudo mesmo. E na escola, quando a professora pedia um livro para ler, eu já queria todos os outros da coleção. Eu sempre ganhava aqueles concursos de aluna que mais gostava de ler, minhas redações sempre foram muito elogiadas no colégio também. Desde cedo eu tive essa aptidão para a leitura e a escrita. E a sua trajetória profissional? Na época do vestibular eu resolvi fazer jornalismo, porque eu queria profissionalizar a minha

paixão pela escrita. Porque eu pensava que se eu quisesse escrever eu tinha que ser jornalista. Só que na faculdade, logo no começo, os professores começaram a criticar os meus textos, que eram literatura, crônicas, que os textos não poderiam ser tão opinativos, que tinham que ter o formato jornalístico. Eu comecei a ficar um pouco com raiva e com birra de escrever, pois eu queria escrever daquele jeito. E foi aí que eu descobri que eu não queria ser jornalista, eu queria ser escritora. Queria realmente romancear, contar histórias. Me transferi para o curso de publicidade e me formei, levando a escrita como hobby. Cheguei a trabalhar como produtora no Brasil das Gerais, da Rede Minas, trabalhei no marketing do Minascentro e fiz estágio durante muito tempo na SMPB. Fui convidada a colaborar para um site de crônicas quando estava na faculdade, escrevi lá por muitos anos. Lancei também um livro de poesia, com poemas que eu escrevia

desde a adolescência, foi uma publicação meio independente, e agora ele foi até relançado pela minha editora. Quando você decidiu escrever profissionalmente? Eu sempre quis escrever um romance, já escrevia os poemas e as crônicas, mas eu não conseguia escrever um romance mesmo. E eu queria muito, eu tinha vários começados mas largados. Eu queria fazer uma pós-graduação em Escrita Criativa, estava tentando nos Estados Unidos, em Londres, mas tudo que eu encontrava era muito caro. Tenho um tio que mora em Londres, e ele disse para mim: vem pra cá, que daqui é muito mais fácil você achar do que você olhando daí. E realmente foi, eu fui pra lá morar em Londres e encontrei o curso, que me deu muita vontade de escrever e aprender. Então peguei o meu último romance começado e largado, que


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entrevista

era o Fazendo meu filme, meu primeiro ro- vejo que é muito pouco. No primeiro livro só mance publicado. Lá eu consegui terminar ele, tinha amigos no lançamento, no segundo já vi descobri que aqui no Brasil a gente tem muita que mudou, já tinha público vendo os meus lidistração, até hoje eu viajo para poder escrever. vros mesmo. No terceiro, que foi na Leitura do Porque aqui acontece coisa demais, as pessoas Pátio, começou às sete, e às dez a Leitura teve acham que se você está em casa, você está de fé- que ser fechada com uma fila enorme do lado rias e não é bem assim (risos). Voltei para o Bra- de fora. Foram 4 horas de filas, no três é que sil em 2006, querendo muito publicar, porque eu tive consciência de que a coisa tinha pegado minha mãe, minha amiga e minha prima leram mesmo. No quarto eu percebi que tinha ficae amaram. E foi aí que eu corri atrás de editoras do famosa, porque no pré-lançamento fizemos mesmo, a primeira a que eu fui, eles queriam uma festa, e os ingressos foram megaconcorque eu pagasse, na época, eram 15 mil reais, em 2006, hoje já seriam uns 30 mil. Na primeira e na segunda editora a que eu fui eles nem leram o meu livro, a segunda me disse que esse livro não iria agradar ninguém, porque os adultos iriam Os romances de Paula Pimenta conquistaram achar o livro bobo e os adolescentes o público jovem não leriam um livro grosso. Na época tinha Harry Potter até o volume seis, então eles não sabiam do que estavam falando. Foi até encontrar a minha, que no começo também ficou resistente. Falaram que eles não publicavam livros infantis, e não publicavam mesmo, o meu foi o primeiro. Foi aí que eu disse que tinha vontade de fazer do livro uma série, que não seria só aquele, que teria um segundo e um terceiro. E então ela disse para eu deixar o livro com ela. Em uma semana ela leu e disse que iria publicar. Assim que eu consegui que a editora lesse o meu livro, eu consegui publicar. Ela (a editora) me disse que eu poderia publicar o livro só em 2007, na hora eu fiquei toda desanimada, mas topei, né? Era a única que queria, mas eles foram publicar só em 2008, e eu já estava desesperada, mas logo que ele foi lançado, pelo boca a boca mesmo, ele foi vendido muito rápido. O pessoal da editora ficou impressionado. Você esperava todo esse sucesso? Nunca. Eu esperava que só as minhas amigas iriam comprar o livro, para me fazer feliz, que elas não iriam nem ler, sabe? Eu pensei também nas pessoas que leriam, porque eu escrevi pensando na minha adolescência, e pensei naquelas que iriam se identificar com o livro. Que a minha geração iria gostar, pois relembrariam os momentos vividos. Foi uma surpresa muito grande eu ter atingido as adolescentes de hoje. Eu descobri que a adolescência é a mesma em qualquer idade, só muda a moda e a trilha sonora. Já os sentimentos são os mesmos, as amigas da minha mãe leem o livro hoje e adoram. Então a editora ficou impressionada com isso, a primeira tiragem esgotou em um ano sem nenhuma divulgação de imprensa nem nada. E eles falaram comigo que eu podia escrever o volume dois, pois todo mundo estava mandando cartas para lá querendo o próximo volume. Eu lancei o dois no ano seguinte, com uma tiragem maior, de 3 mil unidades, e ela esgotou em três meses. Escrevi então o três, que lançou com mais ainda, não lembro quanto, mas que esgotou com menos tempo. Já o livro quatro teve tiragem de 10 mil e esgotou em uma semana. Foi uma coisa gradual, não foi meteórico, eu escrevi o primeiro em 2005 e ele foi publicado em 2008 e demorou um ano para vender mil, hoje eu

Paula é apaixonada também por animais. Em sua casa, no Mangabeiras, ela tem vários cães e gatos

ridos. O primeiro lançamento do livro quatro foi no Rio, e quando eu cheguei, as pessoas gritaram, eu até voltei para trás, com medo, eu não sabia que gritavam para escritores assim (risos). Em todos os lançamentos a partir daí elas começaram a gritar, e hoje eu já encaro como uma coisa normal. Por que você resolveu escrever para o público adolescente? Eu acho que eu tenho uma alma meio adolescente eterna, eu não escrevi de jeito nenhum pensando focado nos adolescentes. Minha adolescência foi uma época muito boa, muito marcante para mim, eu escrevi Fazendo meu filme 1 lembrando da minha adolescência. E acabou

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atingindo as meninas de hoje. Deu certo, e eu continuei. Eu não tenho que forçar nada, as minhas crônicas possuem um tom muito jovem, meu jeito de escrever é bem juvenil mesmo, e esse público se identifica. Qual é a história dos livros? Meu livro é sobre a Fani, uma garota que decide fazer intercâmbio e se apaixona no meio do caminho. No primeiro livro ela fica muito indecisa se ela vai ou não vai, mas ela acaba indo, e o livro dois conta sobre a Fani no intercâmbio. Como é que ela vai fazer com esse amor a distância e tal, mas aí aparece outro menino lá. O terceiro é a volta dela, e começam os assuntos mais sérios. Vai por sequência, no primeiro ela tem 16 anos, no segundo, 17 e no terceiro, 18, e já tem que fazer vestibular. Ela quer estudar cinema, porque é apaixonada por cinema, mas a família quer que ela estude direito. Ela começa a namorar sério, e assim começam os problemas do namoro. E o quarto volume é a finalização da série, quando ela termina a faculdade. Todo mundo me pede o cinco, mas eu falo que acabou, que ele já está completo. E foi aí que tive a ideia de fazer a Minha vida fora de série, na qual eu peguei a Priscila, que era uma personagem bem secundária do Fazendo meu filme, ninguém sabia nada sobre ela, só que ela namorava o melhor amigo do Leo, que era o mocinho da história da Fani. E dei uma série completamente nova para a Priscila, só que os personagens da primeira série são secundários. Você tenta passar alguns valores para o seus leitores? Bem sutilmente, os meus livros não são didáticos, e eu não tento ser didática. Não tento passar valores, mas nos meu livros as personagens são muito família, as amizades, são meninas boas. Alguém uma vez me perguntou se eu tento fazer da Fani uma jovem modelo, e eu disse que não, eu a escrevi muito parecida com a jovem que eu fui. Eu nunca fui uma adolescente rebelde, nunca tive problemas com meus pais nem na escola. Muitas das leitoras me dizem que se identificam com as personagens, então eu penso que o conceito de jovem rebelde está mudando, pois minhas personagens são boazinhas. Claro que abordo alguns dilemas, mas não tento passar nada propositalmente. Como moradora do Mangabeiras, o que você gosta de fazer pelo bairro? Eu morei aqui a vida inteira, antes morava na Joaquim Linhares, que era mais Anchieta, mas sempre nesta região. Eu moro nesta casa desde 1984, muitos e muitos anos mesmo. Minha vida inteira foi aqui, almoço quase todos os dias no Néctar da Serra, eu estudei em um colégio aqui perto, que nem existe mais, mas que era perto da Praça do Papa. Frequentava o Minas, minha adolescência inteira foi no Minas. Sempre fui muito aos barzinhos da Bandeirantes, ia muito no Padoque, que era um barzinho super de paquera, minhas primeiras paqueras foram na Bandeirantes. Tudo, tudo na minha vida até hoje eu faço nesta região. E eu adoro, quando eu casar quero morar por aqui, porque eu gosto demais. n


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matéria de capa

Clube de tradição Fotos: Cinthya Pernes

Memória | há mais de 30 anos no Mangabeiras, o Minas faz parte do cotidiano dos moradores

Com o show de Paula Fernandes, no último dia 6, o Minas Tênis Clube promoveu aos seus associados uma grande comemoração pelos seus 78 anos de história. O complexo, formado por três unidades – Minas I, Minas II e Minas Country, além do Minas Náutico, possui uma área total de 471 mil m². Com mais de 75 mil sócios, o clube exerce um importante papel no cenário da capital mineira. Os mais de 30 anos no bairro Mangabeiras, com a unidade Minas II, também representam um estreitamento de laços com os belo-horizontinos. “Procuramos conviver da melhor maneira possível com a comunidade local, fazendo todas as intervenções necessárias para proporcionar as melhores condições aos moradores do entorno”, destaca o assessor do Minas, Eduardo Mineiro. Compondo essa interação entre o clube e o bairro, no último dia 30, foram inauguradas mais de 400 vagas de estacionamento no interior da unidade, fato que impactará diretamente em toda a comunidade, deixando as ruas livres e facilitando o trânsito local. Segundo a assessoria de comunicação da instituição, as ações do clube buscam auxiliar não apenas a comunidade regional. “Temos a obrigação estatutária de fazer o esporte de formação. Entretanto, não usamos a receita de condomínio para pagar salários de atletas profissionais. Assim, as equipes de ponta são mantidas com patrocínio de empresas, que associam suas marcas ao Minas, através do marketing esportivo”, explica o assessor. O Clube é ainda o primeiro clube social do país a aprovar um projeto na Lei de Incentivo ao Esporte, em 2007. Atualmente, o Minas desenvolve o projeto “Formação e

Desenvolvimento de Atletas por meio da Integração das Ciências do Esporte”, que conta com cerca de mil atletas, a partir dos 6 anos de idade, e dá sequência às ações iniciadas com o primeiro projeto, há três anos. Além do esporte profissional, o clube é uma escolha de muitas famílias da região Centro-Sul de BH, que buscam programas em família bem no coração da cidade. É o caso da comerciante Cláudia, moradora do Sion que afirma frequentar o local pelo menos duas vezes ao mês, junto à família. “É um lazer próximo que evita que nós enfrentemos o perigo das estradas indo até sítios”, relata Cláudia. Outro fator que, segundo a comerciante, é fundamental para a frequência da família no clube é o clima amistoso que o local possui.“É um ambiente ótimo, onde eu encontro os meus amigos e também amigos dos filhos. Para o meu filho, essa convivência no clube agrega ainda mais porque os amigos que encontramos no Minas são diferentes dos amigos que ele tem na escola”. Cláudia conta ainda que viu o sobrinho Breno, 23, passar a adolescência praticando diversos esportes no clube, e hoje ela leva o filho Vitor, 7, para realizar as mesmas atividades. Para a arquiteta e moradora do Sion Marília Sander, 50, a extensão do complexo esportivo e a assistência do clube foram os atrativos que a influenciaram a manter sua cota no clube já há mais de 40 anos. “O Minas é referência mundial. Já morei em diversas cidades e posso dizer que um clube com essa infraestrutura é muito difícil de encontrar. Até hoje só encontrei um clube que se equipara em porte, o Pinheiros, lá em São Paulo”.

A arquiteta, que se declara uma apaixonada pelo clube, conta que o que mais lhe agrada é o aspecto acolhedor do local. “Nós viemos aqui sempre, todo final de semana. E eu adoro, meus filhos adoram. Todos nós realmente gostamos muito”, enfatiza. Ela conta ainda que o Minas possui uma relação íntima e de longa data com sua família. Marília conta que, apesar de ela mesma nunca ter se envolvido de forma específica em qualquer esporte oferecido pelo clube, seus dois filhos de 10 e 12 anos participam da equipe de futsal, e seu marido é um ex-jogador da equipe de vôlei. “Por isso nós sempre viemos aqui, e pretendo continuar vindo quantas vezes puder”, conclui. Tradição familiar que o advogado Bruno Scaldaferri, 36, também almeja alcançar. Cotista do Minas há 7 anos, Bruno é o primeiro da família a se vincular ao clube. Mas segundo ele, a infraestrutura e o círculo social do lugar só estimulam a continuidade dos programas familiares no local. Para o advogado, que mora no bairro Cruzeiro, outro grande atrativo do local é a proximidade à sua casa. “O bom daqui, é que é perto de onde eu moro. Sempre tem muitos amigos deles (dos filhos) por aqui, além de ter uma estrutura ótima para todos nós”, relatou Bruno. “E a gente brinca!”, manifestou a pequena Manuela, 7, filha de Bruno, que brincava com o irmão Henrique, 6, durante a entrevista. Diversão em família que também une mãe e filha, como no caso de Keila Biagini, 44, e a sua filha Elisa, 8, que faz aulas de natação e tênis no clube. “Tanto ela quanto a minha filha mais velha, de 14 anos, adoram. A minha filha adolescente, vem mais com as amigas. Eu acho ótimo poder vir até aqui com elas”. n


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matéria de capa

Cláudia Batista é uma das moradoras do Sion que usufrui do lazer em família no Minas Tênis Clube

Aproveitar os finais de semana em família também é uma opção escolhida por Keila Biagini, que aproveitou o calor para se refrescar junto a sua filha Elisa (8)

Bruno Scaldaferri aproveitou um dia de sol com os filhos Henrique (5) e Manuela (6)

O esporte é tradição do Minas desde o seu início

O Minas Tênis Clube nasceu como fruto de uma união entre o poder público e a iniciativa privada. Em meados de 1935, havia uma movimentação de alguns desportistas (a maioria deles moradores do Bairro da Serra) visando criar um clube para a prática de esportes especializados em Belo Horizonte. Paralelamente a isso, a prefeitura da capital começava a construir uma praça de esportes no terreno delimitado pelas ruas dos Emboabas (atual Antônio Aleixo), Bahia, Espírito Santo e Antônio de Albuquerque. Esse terreno estava sem nenhum uso até então, já que na planta original da cidade de Belo Horizonte ele seria destinado à construção de um Jardim Zoológico, porém a ideia nunca se concretizou, por se tratar de uma região residencial e muito próxima ao Palácio do Governo. Assim, aquele terreno foi deixado de lado e era chamado de “Buracão’’. A solução encontrada pelos governos municipal e estadual para o aproveitamento da área foi construir uma praça de esportes. Foi nesse momento que os idealizadores do Minas Tênis Clube resolveram procurar o então prefeito Otacílio Negrão de Lima e propor-lhe que arrendasse a área para que o grupo instalasse ali o clube com a proporção imaginada por eles. Desta forma, houve a conjunção dos interesses: o governo do estado doaria a área, a prefeitura se encarregaria da construção e repassaria o local para a administração do grupo, desde que o clube tivesse o nome de Minas e que o presidente fosse de livre escolha do governador do estado. Com tudo isso acordado, fundou-se em 15 de novembro de 1935, em uma reunião memorável realizada em um dos salões nobres do Automóvel Clube de Minas Gerais, o Minas Tênis Clube.

Fotos: Imagens de arquivo do MTC

O início

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Início da construção do Minas II - 1983

Conclusão da 1ª etapa de construção do Minas II - 1983

Vista panorâmica do Minas II - 1984


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gastronomia

Duelo de chefs Com a chegada do tempo de chuva, o Jornal Urbhano procurou dois grandes chefs da capital para essa disputa de melhor receita. Nesta edição, apresentamos as candidatas a melhor risoto. O resultado da consulta aos chefs foram duas receitas de pratos servidos bem quentes e fáceis de fazer. Os risotos são pratos da culinária moderna: saborosos e práticos E ainda podem ser servidos sozinhos ou combinados com carnes, peixes, frangos, frutos do mar e doces. Nós deixamos duas opções pra você fazer em casa e votar através da nossa página do Facebook. Lembrando que para os votos serem computados, é necessário curtir a página do Urbhano.

Chef Jelceir Oliveira Jelceir Oliveira, 31, é o atual chefe de cozinha do restaurante AA Wine Experience, tendo já trabalhado no mesmo cargo no restaurante Amadeus. Ele começou sua história na cozinha aos 17 anos como auxiliar de cozinha, e aos 19 já tinha conquistado o cargo de chef, quando concluiu um curso de especialização em Gastronomia no Senac. Desde então, ele realiza a cada dois anos na mesma instituição cursos de atualização e aprofundamento na área gastronômica. Jelceir ainda se afirma discípulo do chef gourmet de Belo Horizonte Renato Quintino. Jelceir é hoje especialista na culinária francesa, italiana, argentina e árabe.

Risoto de chutney de goiaba com lagosta grelhada O arroz 1 xícara de arroz arbóreo 1 colher de sopa de manteiga ½ cebola branca partida 150 ml de vinho branco Doure a cebola e a manteiga. Acrescente o arroz arbóreo e o vinho branco e reserve.

1 pedaço pequeno de canela em pau 3 gotas de tabasco (opcional)

Chutney de goiaba Ingredientes 3 goiabas vermelhas 1 colher de sopa de açúcar refinado 1 pitada de curry 2 cravos-da-índia

Lagosta Ingredientes 1 colher de sopa de manteiga 2 colheres de sopa de queijo parmesão Caldo de legumes Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Junte todos os ingredientes e deixe cozinhar em fogo brando até que o caldo caramelize. Finalize com três gotas de tabasco.

Modo de preparo Pegue uma lagosta média grelhada no sal e pimenta-do-reino e corte em pedaços. Para finalizar, entre com um caldo de legumes no arroz arbóreo e deixe cozinhar. Como servir Finalize acrescentando a manteiga e o queijo parmesão, entre com os pedaços da lagosta e duas colheres de chutney de goiaba. Sirva bem quente.

Buffet Rullus Chef Daniel Nunes O jovem chef de cozinha Daniel Nunes, 24, se formou em 2011 em Gastronomia pela Faculdade Estácio de Sá. Daniel é um dos chefs do Buffet Rullus e tem como especialidade a gastronomia mundial, notadamente com comida brasileira, francesa, italiana, alemã, árabe e espanhola.

Risoto de morango ao Filé de namorado na manteiga de ervas frescas O arroz 1 cebola picada 200 g de arroz para risoto (arbóreo ou carnaroli) 1 taça de vinho branco 1litro de caldo quente Sal e pimenta a gosto Manteiga ou azeite de oliva Queijo parmesão ralado 100 g de morango maduro firme Tomilho a gosto Sugestão: Acrescente sabores ao seu risoto, como tomate, queijos diferentes, frutos do mar etc.

Modo de preparo Aqueça o caldo em uma panela separada e deixe-o ferver. Doure a cebola na manteiga e acrescente o arroz. Frite um pouco e some o vinho branco até que este evapore. Vá acrescentando o caldo aos poucos, uma concha de cada vez,sem que ele cubra todo o arroz, e mexa até evaporar por completo. Faça isso até que o caldo acabe, ou vá provando o arroz para ver o ponto. Acrescente o sal e a pimenta a gosto. Apague o fogo, acrescente a manteiga, queijo e o morango (50%) e sirva quente. Decore o prato com o restante dos morangos.

Filé de namorado na manteiga de ervas frescas Ingredientes 440 g de filé de peixe namorado 2 colheres de azeite extra virgem 3 colheres de manteiga ½ colher de manjericão ½ colher de tomilho fresco ½ colher de salsinha Sal, alho, limão e pimenta-do-reino branca a gosto

Modo de preparo Peixe: tempere o peixe com sal, alho, limão e pimenta-do-reino. Coloque para grelhar em uma frigideiracomumacolherdeazeitebemquente. Manteiga de ervas: em uma batedeira coloque a manteiga, as ervas picadas e bata por um minuto na velocidade máxima. Enrole no papel -manteiga ou alumínio e coloque no freezer para congelar. Está pronta a manteiga de ervas. Como servir Apósgrelharopeixe,cortaramanteigaemformato demoedasecolocaremcimadogrelhado aindaquente.

Fotos: Lucas Alexandre Souza

AA Wine Experience


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turismo | cristina ho

11 Foto: Arquivo pessoal

Ao som dos foles Foto: arquivo pessoal

Cultura e natureza | aproveite a última parte da série sobre a escócia Nesta última parte sobre Escócia, escolhi alguns temas que refletem um pouco da história e cultura desse povo tão simpático e acolhedor. Para dar mais som e vida, um pequeno retrato da rica fauna que se encontra bem preservada no país. Kilt Todo mundo estranha ao ver um homem vestido com esse saiote. O kilt, na verdade, faz parte do traje típico masculino escocês. Era tradicionalmente usado por guerreiros dos clãs, sendo que cada clã tinha um padrão quadriculado de estampas e cores próprios que identificava seus integrantes. Feito de lã escovada que impermeabiliza a água, o kilt protege contra a umidade e o inverno rígido das Highlands e está fortemente associado à cultura escocesa. Atualmente o traje é muito usado em ocasiões formais e festivas.

De kilt e gaita de foles, homem se apresenta na rua

Clãs A história do povo escocês foi escrita com base em muitos conflitos, principalmente por causa das disputas por autonomia das terras. Os senhores das terras – patriarcas dos clãs – eram responsáveis por comandar guerras e contavam com a fidelidade de seus homens, que trocavam serviço militar por proteção e um pedaço de terra. Diferentemente da maioria dos castelos europeus, que pertenciam à realeza, os inúmeros castelos da Escócia pertencem ou pertenceram aos clãs que tinham domínio daquela região. Vida selvagem As Highlands são o hábitat para uma ampla variedade de vida selvagem. Cervos e veados passeiam pelas montanhas enquanto corças são frequentemente vistas à beira da água. Preste atenção, você poderá encontrar os belos e ágeis esquilos vermelhos em regiões arborizadas. Essas pequenas criaturas são nativas da Escócia. Olhe para céu e descubra

Cristina Ho é natural de Taiwan. Aos oito anos de idade veio para o Brasil com sua família. Já viajou para mais de 25 países e coleciona experiências memoráveis de cada lugar por onde passou. uma grande variedade de aves: águias, tetrazes, cruza-bicos e até os lagópodes-brancos nos altos picos das montanhas. Do final do mês de abril e durante todo o verão os amantes da natureza podem contemplar o desfile das baleias, golfinhos e, entre um mergulho e outro, quem sabe, encontrar os tubarões-frade. Para os entusiastas pela natureza existem diversas atividades exclusivas que permitem usufruir desse espetáculo a céu aberto. Com bastante espírito aventureiro você poderá viver momentos inesquecíveis na Escócia! n


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cidade

Vai sair do papel?

Transtorno | Apenas a 1ª etapa das obras do aeroporto de Confins foi concluída até hoje minal 3, que compreendia estacionamento de veículos e adequação do sistema viário, foi cancelada e substituída por um projeto menor. A segunda etapa do projeto, que teve sua ordem de serviço assinada em fevereiro, ainda não foi concluída. A terceira etapa também foi substituída por um projeto menor e retirada do plano da Copa. A reforma e a ampliação da pista de pouso e do sistema de pátios vão custar aos cofres públicos R$ 508,65 milhões. A reforma foi uma das exigências da FIFA para que o Brasil sediasse a Copa do Mundo, que ocorre no ano que vem no Brasil.

Copa 2014 A folha de condições da licitação, anunciada no último dia 3, indica que para participar do leilão do aeroporto os operadores devem apresentar uma qualificação mínima que comprove a aptidão da empresa para assumir o contrato. No caso dos consórcios interessados em Confins, o operador deve comprovar experiência na administração de aeroporto com movimento mínimo de 12 milhões de passageiros ao ano. O edital para o leilão foi divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no último dia 4. Segundo o documento, os consór-

cios que vão participar do leilão devem ter entre seus sócios uma empresa especializada na operação de aeroportos. Pelo edital, essa empresa, chamada de operador, deverá ter pelo menos 25% de participação no consórcio. Para evitar insegurança jurídica do processo de concessão –

e o risco de o Tribunal de Contas da União (TCU) barrar o edital, o que levaria a atraso do leilão – o governo decidiu acatar a recomendação feita pelo tribunal. O edital também confirma a restrição na participação das atuais concessionárias dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e

Brasília, no leilão de Galeão e Confins. As empresas acionistas poderão ter, no máximo, fatia de 15% nos consórcios que disputarem o leilão de novembro. A participação de empresas aéreas também é permitida, porém limitada a 4% dos consórcios que vão disputar o leilão. n Foto: agenciaminas.mg.gov.br

Iniciadas no final de setembro de 2011, as obras de reforma e modernização do terminal de passageiros e adequação do sistema viário do aeroporto de Confins continuam causando tumulto. A primeira parte da obra está pronta, o que representa 22% da execução do projeto, após um período superior a um ano. Apesar disso, o cronograma obedece ao prazo estipulado, segundo os dados do Ministério do Esporte. Com conclusão prevista para dezembro de 2013, a Infraero ainda substituiu o projeto do terminal 3 por um terminal remoto. A obra original de implantação do ter-


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jovem

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Todos de branco

Phenomenal | prepare-se para a 8ª edição do evento de música eletrônica mais badalado de bh Fotos: Carlos Hawck / Flávio Borges

Erick Morillo BH vai se transformar em Ibiza durante a Phenomenal White, que acontecerá no Mix Garden

A capital mineira vai ferver em novembro com a consagrada festa realizada pelas produtoras Label 12 e LS Produções, a Phenomenal White, que chega à sua 8ª edição. Já marcada no calendário de festas tops de Belo Horizonte, o evento promete mais uma vez impressionar o público exigente e mais seleto da cidade. A festa é sinônimo de glamour e muita gente bonita, sempre recebendo os VIPs de todo o Brasil. No dia 8 de novembro, a partir das 23 horas, no Mix Garden, a festa conta com uma mega produção, muitos efeitos de luzes e lasers garantirão a animação e diversão dos fanáticos por música ele-

trônica. O evento que já trouxe nomes como Armin Van Buuren, Steve Angelo e Chris Willis dessa vez conta como atração principal da 8ª edição o famoso DJ Erick Morillo. A Phenomenal White ainda terá vários jatos de CO2, como acontece nas principais boates de Ibiza, performances e go-gos internacionais, além de uma decoração inédita e incomparável. Lembrando que o traje branco é obrigatório. O evento será open bar completo, com whisky oito anos, vodka, energético, Schweppes Citrus, sucos, refrigerantes e água servidos à vontade. n

Erick Morillo pode ser justamente descrito como uma força da natureza. É DJ, produtor, empresário, dono do império Subliminal (que agrega editora, eventos etc.), futuro ator e amigo de estrelas de Hollywood. É dos poucos DJs mundiais que pode usar e abusar do seu estatuto de superstar DJ. E só se desloca no seu jato privado. Sua carreira foi apadrinhada por Marc Anthony, o cantor e marido de Jennifer Lopez, que o apresentou a Little Louie Vega e Kenny Dope Gonzalez, os famosos Masters At Work. Morillo viria a ter uma colaboração muito profícua com Louie Vega no projeto Lil’Mo Yang, com o qual assinaram o hit “Reach”. É o único produtor mundial que pode se gabar de ter um êxito com mais de duas décadas - “I Like To Move It”, tema que produziu em 1993 como membro dos Reel 2 Reel e que se tornou um hino das pistas de dança, continua a ser cantado hoje pelos filhos dos que o dançaram nos anos 1990, graças ao filme Madagascar, em que a música foi a principal da trilha sonora. Lançou o hit bem-sucedido “Live Your Life”, com a colaboração de Eddie Thoneick e da voz de Shawnee Taylor. Lançou “Stronger”, tema que recebeu imediatamente honras de ser o “Tema do Verão” pelo incontornável radialista inglês Pete Tong. Já em 2012, Erick Morillo lançou um novo tema, fruto da sua colaboração com Eddie Thoneick e com Skin, voz dos Skunk Anunsie, intitulado “If This Ain’t Love”, que está fazendo muito sucesso em todo o mundo.


moda |

Isadora vargas

Vogue FNO

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Fotos: divulgação

Fashion’s Night Out | Evento de moda chega à capital no boulevard shopping

isadora.vargas@urbhano.com.br

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A Vogue realiza esse ano no Brasil a quarta edi- como todo evento de sucesso, celebridades, fashio- Meirelles, Fernanda Motta, Rodrigo Simas e a galera ção do maior evento de moda do mundo: o Fashion’s nistas, modelos e críticos do assunto, em uma grande da banda Sambô. Night Out. O FNO, que começou no dia 5 de setem- festa exclusiva da Vogue. No Rio de Janeiro, o evento se deu no início da bro, acontece em quatro grandes capitais brasileiras Em Curitiba, o evento foi realizado no Shopping tarde, no Village Mall, um dos três shoppings partie teve sua estreia em Curitiba. Após o grande sucesso, Mueller e contou com a participação de Donata cipantes dessa edição do evento. O FNO carioca seseguiu para as cidades do Rio de Janeiro, no dia 17 guiu ao longo do dia para o Rio Design Barra e e São Paulo, no dia 19 de setembro. O evento, que Fashion Mall. Na cidade maravilhosa, reuniu tem seu encerramento programado nas cidades Celso Kamura, Fernanda Tavares e Fiorella brasileiras para o dia 8 de outubro, em Vitória, já Mattheis. está dando o que falar e, ao que tudo indica, fechaEm São Paulo, o Fashion’s Night Out se pasrá com chave de ouro deixando um gostinho de sou no Shopping Cidade Jardim e a madrinha do quero mais em todos os fashionistas. No cenário evento não foi ninguém menos que a top Isabeli internacional, o Fashion’s Night Out acontece em Fontana. Das grandes maisons internacionais cerca de dezenove países, em trinta capitais bomàs grandes nacionais, todos estavam juntos com bantes espalhadas por quatro continentes. a Vogue nesse mesmo ritmo de festa. Entre os O FNO foi criado pela Vogue americana em destaques do evento paulista, cita-se o bate-papo 2009 e tem como principal objetivo esquentar as com Cris Barros, em que a estilista contou detaA top Isabeli Fontana (centro) vendas que estão em sintonia com o evento, dislhes da última viagem ao Camboja; a Fendi, que ponibilizando novas coleções. O mais bacana da transmitiu seu desfile ocorrido no mesmo dia comemoração da moda são as ações onipresentes durante a Fashion Week de Milão; a Dior, que para cativar o consumidor. As marcas apresenlançou a coleção Privée de Perfumes; e a Mixed, tam suas melhores novidades para a estação, que que animou a festa com a roda de samba de são selecionadas pela equipe de estilo da Vogue. Fabiano Makul. O consumidor na hora de sua compra é orientado Em Vitória o evento foi sucesso absoluto. A pelos experts da equipe e os looks ainda ganham Vivara armou um “auê” daqueles, e aproveitou o O evento reúne centenas a tag ‘‘Vogue indica’’. clima de festa para fazer sorteio de joias. O conde pessoas nos shoppings Quer mais? Os Fashion’s Night Out são insumidor podia escolher um balão e se fosse o festados de palestras sobre história da moda, sortudo ganharia um vale-compras na joalheria. tendências, shows, exposições, coquetéis, tudo esO retorno e o sucesso foi tão grande, que a pecialmente oferecido aos clientes e parceiros dos Vogue decidiu prolongar o evento para Ribeirão shoppings “hospedeiros”. Como já é de se espePreto, Belo Horizonte e outras duas capitais. O rar, existe toda uma estrutura e planejamento por FNO vai acontecer em Ribeirão dia 22 de oututrás do evento, que se materializa em ambientes bro e em Belo Horizonte dia 24, no Boulevard requintados e cheios de glamour. O FNO reúne, Shopping. E aí? Vai ficar fora dessa? n


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crônica

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Depois de escapar de uma nuvem escura, de um prédio cabreiro, de uma cortina sisuda, o raiozinho de sol se deita inocente sobre algum canto do chão. Enxerido, revela a poeira que pairava insuspeita pelo ar da sala. Desnuda partículas, exibe o invisível e deixa lá seu tantinho de poesia. Primeiro é o gato que busca o raio, a preguiça em pessoa, a preguiça em gatice. Se estica invertebrado, se espalha alongado e é um novo bichano, comprido e leve, de outra certa infantil substância. Para o gato, raiozinho de sol é novelo, é prato de leite, é carne fresquinha, é caçar passarinho, tudo isso num suave jato de luz.

Foto: Arquivo pessoal

Raiozinho de sol Mas chega a menina e se encosta no gato, felino mimado que não sabe dividir. E em pouco, são só menina e raio de sol, dois, mas quase um.

Sumiu-se a poeira que antes bailava, notícias do gato já não se tem, perdeu-se a menina em outra brincadeira.

É um entregar de tão doce abandono, de um quentume tão morno, que o corpo se perde em um sono e se deixa assim, um sossego, uma paz, um minuto de soneca que vale por um dia.

No pedaço de chão, restou um fiapo de instante, uma lembrança boa. Um pedaço de infância em forma de raio de sol. n

Maurilo Andreas é mineiro de Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras.

Uma menina e um raio de sol, pronto. Ali felicidade é isso. Mas então, a nuvem escura se move um milímetro e em um cruel passe de mágica, a sala é comum e já não resta da fresta o jorro iluminado.

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