21 . novembro a 5 . dezembro de 2013 . ANO I . Número 09 . Distribuição gratuita
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Foto: José Luiz Pederneiras
tudo que inteRessa no seu bairro está aqui
de corpo e alma com sede no Mangabeiras, O Grupo Corpo é um dos orgulhos dos Belo-Horizontinos e completa 38 anos de história com extraordinário reconhecimento internacional
jovem
Foto: Cinthya Pernes
O lançamento do PlayStation 4 e Xbox One agitam o mercado e os consoles chegam às prateleiras nacionais ainda este mês pág. 4
entrevista moradora do sion, A arquiteta Estela Netto conta sobre a sua grande paixão pela profissão e pela capital mineira pág. 6
gastronomia O Duelo de Chefs desta edição traz duas receitas saborosas de pizza e também dicas de como fazer a massa pág. 10
local
audiência pública discute falta de segurança no sion o vereador marcelo aro convocou a audiência pública, que reuniu autoridades e moradores indignados com a situação da violência Pág. 3
educação no mundo globalizado aprender duas ou mais línguas melhora o desemprenho cognitivo das crianças pág. 14
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opinião frasesURBHANAS
Foto: Arquivo pessoal
Foto: Estadão Conteúdo
Sou inocente e me considero um preso político. Em nota oficial, o ex-presidente do PT afirmou que o julgaram num processo marcado por injustiças
Leo Soltz (*)
Sintonia Fina É latente que a evolução tecnológica vem nos compelindo a experimentar cada novo produto ou serviço que se apresenta. Inúmeras são essas ferramentas que se materializam em aplicativos e novos modelos de tecnologia. Os números crescentes de acesso e inserções de APPs nas lojas da Apple e Google impressionam e referendam esse movimento. Se juntarmos ambos, teremos mais de 1,5 milhões de opções diversas nesse cardápio virtual. A categoria mais buscada nas duas lojas é a de jogos, correspondendo a dois terços do total de aplicativos baixados, seguidos pelos de mensagens instantâneas, produtividade, entretenimento, redes sociais e de viagens. A grande maioria, porém, ressignifica outras opções já existentes. É mais do mesmo. Alguns, no contraponto a essa massa, vem buscando novas formas para granular a captura de dados, e com esse conceito a geração de informações, antes inalcançáveis, torna-se real. A disputa pelo tempo e recursos das pessoas é matéria para ontem, hoje. Saber o que se quer. Oferecer aquilo que se procura. on line, on time. Essa é a premissa básica da quarta geração da internet. Tilinta os ouvidos pensar que podemos ter ao nosso alcance uma “voz oculta” que possa nos apresentar no momento em que precisarmos de tudo aquilo que buscamos. Que, ainda, uma empresa poderá com um clique e por meio de aplicativos ofertar produtos, serviços ou opções de interesse de alguém, sabendo naquele exato momento o que se pretende adquirir. Mundo ideal, penso. Parte desse conceito está contida no que vem sendo amplamente difundido pelo Big Data – um conjunto de informações que supera em tamanho o que os atuais softwares de banco de dados de empresas conseguem capturar, armazenar e analisar. A questão da analise é ponto crucial para tal entendimento. O volume, a variedade, a velocidade e veracidade dos dados são base dessa nova fase. Isso representa um caminho em que informações passam a ser percebidas com qualidade, mesmo em grandes quantidades, estruturadas em várias formas e em movimento. Tudo com confiabilidade e previsibilidade. Para as estratégias de comunicação de empresas, o caminho do Big Data representa a possibilidade de um novo momento para aqueles que se propagam em busca de resultados. O uso de ferramentas e APPs que possibilitem aperfeiçoar esses ativos pode materializar o aumento da experiência multicanal, a análise de sentimentos e comportamento in store – cross-selling – e até interferir positivamente na micro segmentação do consumidor. Há muito a internet, que se propaga tecnológica, mantém parte de seus ativos constituída por “abre e fecha” de portas e análises pós-movimentações. Vive ainda de informações ocorridas. Está chegando a hora de a comunicação e os seus respectivos resultados conseguirem novas sinapses e a observação seguir por outros ângulos, menos focados no servidor e mais deslocados para o navegador. O final dessa história será construído por quem souber ou tiver os melhores técnicos para traduzir os resultados dessas análises mais apuradas que estão por vir, e ainda pela tomada de decisões em curto espaço de tempo com base no que se apresentará. Seja você um micro, médio ou mega empreendedor. O combinado entre equipe, tecnologia, processos e foco é a recomendação. Uma sintonia fina. (*) Leo Soltz Empresário nos setores de Tecnologia e Entretenimento e VP de Comunicação e Marketing da Sucesu Minas
Estou um caco. Joaquim Barbosa, presidente do STF, desabafa após decisão sobre penas de mensaleiros
Eu disse não para a Globo. Prefiro não contar qual papel que eles queriam que eu fizesse, mas estou com 41 anos e esse é o personagem da minha vida. Preciso focar. É hora do voo independente. Mas continuo contratado pela emissora. Ainda em 2014 devo voltar a fazer novela. Eriberto Leão está se sentindo realizado na pele de Jim Morrison, em um musical em cartaz no Teatro do Leblon, no Rio Não posso culpar ninguém, não tenho raiva nem ódio. Não posso dizer se foi ele ou se foi ela. Violência gera violência. Não posso apontar o dedo para ninguém. Arthur, pai de Joaquim, 3 anos, que foi encontrado morto no Rio Pardo em São Joaquim da Barra, falando sobre a prisão do padastro e da mãe do garoto
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Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Tatiane Consuelo e Renata Diniz
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Todos juntos Fotos: Cinthya Pernes
Segurança | vereador marcelo aro e Moradores se mobilizam para combater a violência
Autoridades presentes na audiência debateram o assunto com a população, em busca de melhores soluções para o bairro
Assaltos à mão armada, arrombamentos de veículos, invasões de domicílio, agressões. Esse é o retrato atual do Sion, que foi atingido por uma onda de violência. Os recentes episódios levaram os moradores a se mobilizarem e buscarem soluções para combater o aumento da criminalidade no bairro. Com o apoio do frei Evaldo Xavier e do vereador Marcelo Aro, a comunidade local pôde participar de um debate por soluções, realizado com autoridades e representantes de movimentos. No dia 7 de novembro, o vereador Marcelo Aro realizou uma audiência pública nas dependências da Paróquia Nossa Senhora do Carmo. A reunião contou com a presença do secretário da Regional Centro-Sul, Sr. Ricardo Ângelo, do gerente de atividades especiais, Sr. Geraldo Carvalho, representantes da Polícia Militar de Minas Gerais, da Vila Acaba Mundo, do Morro do Papagaio e da Associação de Moradores do Bairro Anchieta. Também estiveram presentes diversos moradores, que enriqueceram a exposição do tema com relatos pessoais. O sargento Marcelo Damião, que trabalha há 25 anos na região, falou sobre a importância de a comunidade divulgar os recentes acontecimentos, como forma de alertar a população sobre os riscos e convidar à adoção de práticas de prevenção. O militar ressaltou que a corporação necessita de informações e do auxílio dos moradores para otimizar os trabalhos de policiamento, alertando para que estes evitem deixar objetos à mostra nos veículos. Os interessados podem entrar em contato com a polícia pelo número 190, que atende a toda grande BH, ou diretamente com a regional que fica no bairro Serra, pelo número 3223-7393. Os presentes reclamaram da falta de iluminação nas ruas, que favorece a ocorrência dos furtos e roubos, bem como da ausência de policiamento ostensivo pelo bairro. O sargento esclareceu que, infelizmente, falta contingente suficiente para realizar a ronda de toda a região. Afirmou, também, que é impossível deixar um policial em local fixo, 24 horas por dia, em virtude da necessidade de se cobrir uma grande área de patrulhamento.
O frei Evaldo chamou a atenção das autoridades para o problema das drogas, esclarecendo que “várias famílias de classe média alta vem sofrendo com a criminalidade por causa do vício”. Ele acredita que juntamente com as medidas de segurança, seja realizado um trabalho de recuperação dos dependentes químicos. O religioso enfatizou que muitos furtos ocorrem para viabilizar a compra de drogas. A respeito do assunto, o vereador Marcelo Aro explicou que a lei penal brasileira é muito branda. “Não adianta apenas punir, mas pensar na ressocialização do preso. São 600 mil mandados de prisão e apenas 200 mil vagas nos presídios. É preciso pensar na ressocialização, como ocorre no método APAC, onde o preso custa mais barato para os cofres públicos e o dinheiro economizado pode ser investido em educação”, comenta o vereador. A moradora Marciolina Monteiro de Castro chamou a atenção dos presentes para o grande aumento de bares na região, que contribui para o aumento da violência. “Os carros estão parando na porta das nossas garagens. Eu e meu irmão já fomos ameaçados por remover o carro da nossa própria garagem. A proliferação de bares sem alvará é um problema, pois além da bebida, há muitas drogas. Param o carro e saem embriagados e drogados”, conta a moradora. A audiência durou cerca de duas horas, e serviu para chamar a atenção das autoridades e apresentar propostas práticas para o combate à violência. O vereador Marcelo Aro se comprometeu a solucionar o problema da falta de iluminação nas ruas, pedindo aos moradores para encaminharem ao seu gabinete uma relação das ruas que necessitam de poda das árvores e de melhoramento na iluminação. O parlamentar também assumiu o compromisso de requerer à prefeitura municipal a instalação de câmeras de vigilância no bairro, bem como encaminhar aos órgãos competentes a requisição de aumento do contingente policial na região. “Peço que os moradores entrem em contato com o meu gabinete, pelo número 3555-1199, ou deixem suas reclamações em meu site, www.marceloaro.com. br. Estou à disposição dos moradores para solucionar os problemas urbanos”, finalizou o vereador. n
Moradores reunidos na Igreja Nossa Senhora do Carmo para discutir soluções para a violência no bairro
O Frei Evaldo comentou sobre o assunto e colocou-se a disposição para ajudar
O vereador Marcelo Aro expôs soluções e alternativas para o problema
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jovem
Novidades nos games Fotos: Lucas Alexandre Souza
Lançamentos | PlayStation 4 e Xbox One chegam às prateleiras nacionais em Novembro
Cláudio preferiu economizar e optou por comprar os lançamentos no exterior
Com um público ávido por novidades, o mercado de videogames continua em franca expansão dentro e fora do Brasil. Atendendo a essa demanda, nesse mês de novembro serão lançados os novos consoles da Sony e da Microsoft, o PlayStation 4 e o Xbox One. Quem chega primeiro é o Xbox One: no dia 22 de novembro o videogame da nova geração da Microsoft estará disponível no Brasil e em outros doze países, incluindo os Estados Unidos. O outro grande lançamento e muito aguardado pelos gamers é o PS4, com data marcada para o dia 29 de novembro, simultaneamente na Europa e América Latina, duas semanas depois. Os dois produtos competem por um público que terá de pesar não apenas a qualidade gráfica dos consoles, mas também avaliar o custo-benefício das aquisições. Nas últimas semanas as redes sociais se tornaram palco de uma calorosa discussão sobre os valores dos aparelhos, que no caso do PS4 foi muito além das expectativas dos especialistas da área. Com base no atual preço do PS3 e XBOX 360, últimos lançados pela Sony e Microsoft respectivamente, a previsão era de que os novos modelos das marcas custassem em torno de 2.000 a 2.500 reais. Cifras distantes dos valores anunciados pelas empresas: em território brasileiro o PS4 custará R$ 3.999,00. A grande repercussão do valor,
além do esperado, rendeu aos usuários dos games um comunicado oficial da Sony. A mensagem, assinada por Mark Stanley, general manager para a América Latina, teve o título “Uma mensagem para a nação PlayStation do Brasil: nós ouvimos vocês”. Na nota a Sony se diz frustrada pelo valor oferecido ao mercado brasileiro, e culpa a grande carga tributária exigida no país, correspondente de 60 a 70% do produto. A empresa publicou ainda, em seu site oficial, um infográfico explicando a conta por trás do valor. Tanto esmero em desmistificar o preço não é para menos. Afinal, o principal concorrente do console, o Xbox One, será vendido no Brasil por R$ 2.299, praticamente metade do preço do PS4. A façanha de comercializar o aparelho pela metade do preço do concorrente se deve em grande parte a uma estratégia da empresa de investir na produção do aparelho em território nacional, com fabricação no polo industrial de Manaus. Apesar da polêmica, muitas pessoas já estão buscando adquirir os novos brinquedos. É o que garante Gabriel Sousa, 28, um dos sócios da loja Savassi Games. Segundo Gabriel, desde junho deste ano, após o anúncio dos preços, os clientes da loja já têm apresentado grande interesse na compra dos lançamentos. “À medida que o tempo passa, a procura vem aumentando mais e mais. Hoje dezenas de pessoas ligam todos os dias perguntando o preço e previsão para chegada de ambos os consoles”, conta animado o lojista. A busca segue motivada pelo crescimento exponencial do mercado nacional nos últimos anos, como destaca Gabriel. “Desde 2012, somos o mercado mais ascendente em relação a games no mundo todo. Os fabricantes de games já perceberam isso. Nos últimos dois anos, mais de 80% dos grandes lançamentos que saíram nos EUA foram traduzidos para o português do Brasil e chegaram legendados, alguns até dublados”. Ainda na opinião do
Gabriel Sousa, dono de uma loja de games, afirma que a busca pelas novas versões dos consoles já é grande
lojista, o alto valor do PS4 não impedirá que o console conquiste boas vendas, já que os gamers poderão utilizar outras alternativas de compras, como comprar o videogame no exterior ou esperar alguns meses para que o valor de lançamento caia. Essa é uma paciência que o contador Cláudio Arruda, 35, não tem. Com viagem marcada para Miami no início do ano que vem, Cláudio pretende comprar o PS4 e o Xbox One e os jogos exclusivos do PS4. Tendo gasto até hoje R$ 15 mil em jogos, ele afirma que planeja gastar na viagem cerca de U$ 1.500 com os jogos, o que corresponde a cerca de R$ 3 mil . Caso Cláudio realizasse as mesmas compras em território nacional, ele avalia que gastaria cerca de R$ 6 mil. A passagem de ida e volta para os EUA custou ao bolso dele R$ 2.600. Ou seja, somando o valor gasto com a aquisição dos produtos em Miami e passagem, a despesa seria de R$ 5.600. Valor inferior aos R$ 6 mil que seriam gastos nas compras no Brasil. “Comprando o jogo no exterior, a pessoa conhece outro país. Viaja. Fica uns dois ou três dias lá e traz o console, então não deixa de ser vantajoso”, avalia. A alternativa é uma opção que o estudante de Engenharia Romulo Cardoso, 25, pretende analisar. Grande adepto dos jogos digitais, o estudante, que joga todos os dias, analisa se irá comprar o PS4 no exterior ou aguardará uma baixa no preço. Romulo conta que se assustou com o valor divulgado pela Sony, mas que devido à grande paixão pela marca não vai desistir de comprar o console e nem mesmo substituir o PS4 pelo Xbox One. “Atualmente tenho um Playstation 3 e um Xbox 360. Uma vez eu até vendi tudo, para me obrigar a estudar mais. Mas não consegui ficar nem um mês sem e comprei de volta”, relata. O estudante conta que tem muitos amigos que pretendem comprar os consoles no exterior, e que à medida que os preços dos lançamentos caírem os novos games vão se popularizar no país. n
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cultura
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Ajudar a quem precisa Fotos: Foca Lisboa
Solidariedade | Projeto fred estimula comunidades empobrecidas a fazerem arte
Projeto FRED apresenta exposição de tapeçarias com características marcantes da fauna, flora, arquitetura e cultura brasileira
O Projeto FRED, fundado em 1998 e idealizado por Andréa Ambrósio, é uma entidade não governamental que desenvolve atividades artísticas e também de capacitação profissional em comunidades carentes e locais de risco. A instituição oferece aulas de tapeçaria, dança de rua, música, customização e empreendedorismo, sendo monitorada por profissionais capacitados em cada uma das áreas. A entidade atende cidadãos de comunidades carentes, presidiários, crianças e adolescentes em situação de risco social. O Projeto FRED atua em mais de trinta municípios mineiros e já beneficiou 25 mil famílias. Durante o ano, eles atendem 890 pessoas em média e produzem, aproximadamente, 3 mil tapetes. O projeto visa estimular os cidadãos a participarem da vida como pessoas capazes de trabalhar, sonhar e também fazer arte. Em comemoração aos 15 anos do Projeto FRED, a ONG realiza sua tradicional exposição de aniversário. Este ano faz uma homenagem à fauna, flora, arquitetura e cultura brasileiras. Com o tema “Brasis”, a entidade expõe os tapetes produzidos nas oficinas, realizadas em vários municípios mineiros durante este ano. A artista plástica Rachel Leão, responsável pela elaboração do tema, acredita que esse seja o momento de destaque do Brasil. “O tema foi proposto pelo fato de o Brasil ter sido escolhido para sediar as Olimpíadas e também a Copa do Mundo. Pensamos numa maneira de apresentar o Brasil tanto para os estrangeiros quanto para os brasileiros”. A exposição acontece no Palácio das Artes, Espaço Mari’Stella Tristão, entre os dias 30 de outubro e 24 de novembro, com entrada gratuita, e pode ser visitada de terça a sábado, das 9h30 às 21h, e domingo, das 16 às 21h.
Quem é Fred? Frederico era irmão de Andréa Ambrósio, ide-
alizadora do Projeto Fred. Ela o viu ser preso pelo uso de drogas e passou a visitá-lo religiosamente na cadeia. Durante as visitas, Andréa vivenciou o sofrimento e a falta de perspectiva de muitos detentos, e com isso criou empatia pelas pessoas que necessitam de apoio. Alguns anos depois quando finalmente saiu da cadeia, Frederico foi assassinado e Andréa transformou essa tragédia familiar em energia. Hoje, o Projeto Fred desenvolve trabalhos dentro dos presídios e em comunidades carentes, levando conhecimento e alegria às pessoas. n
Exposição “Brasis” Local: Palácio das Artes Espaço Mari’Stella Tristão Endereço: Av. Afonso Pena, 1.537 Centro – Belo Horizonte/MG Data: de 30 de outubro a 24 de novembro Horário: terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, das 16 às 21h. Entrada franca
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entrevista
Mineira de coração
Fotos: Cinthya Pernes
Dedicação | A arquiteta Estela Netto fala sobre seu amor pela profissão e por Minas Gerais Estela Netto nasceu em Porto Alegre, no sul do Brasil, em uma família que sempre valorizou as expressões culturais e artísticas. Por isso, acredita que seu caminho para a arquitetura veio de forma natural. Mudou-se para Belo Horizonte há doze anos, onde se formou em Arquitetura pela PUC Minas e se pós-graduou na área pela UFMG. Casada há nove anos com Bruno Abreu de Oliveira, já adotou Minas Gerais como a sua cidade. Aqui ela se sente acolhida e em casa, E confessa que não pensa em voltar para o Sul. Estela mostrou desde os tempos de faculdade que talento não lhe faltava. No último ano do curso já assinava projetos autorais, e assim começou o embrião da sua empresa. Hoje a gaúcha tem seu nome consolidado no mercado de arquitetura e design da capital. Seu escritório conta com uma equipe de profissionais de primeira qualidade, desenvolvendo projetos arquitetônicos e empresariais. A arquiteta mudou-se para o Sion há pouco tempo, bairro que escolheu pela comodidade de ser próximo ao seu trabalho e pelas diversas áreas de lazer. Em suas palavras, o bairro é “uma delícia para se morar”.
Você sempre quis ser arquiteta? Não, não queria ser arquiteta, na verdade nunca tinha pensando nisso direito. Tive uma criação muito ligada às artes – meu pai é violinista, isso era um valor na minha família. Nas nossas viagens os passeios eram sempre muito culturais, visitávamos museus e construções arquitetônicas. Fui incentivada, desde criança, a valorizar esse universo. Somente no terceiro ano do ensino médio comecei a pensar no que ia fazer. Antes disso fiz intercâmbio para Havana, fiquei um ano por lá, estudei em uma escola de artes. Foi super legal porque eu me apaixonei pela produção arquitetônica art déco, que existe na cidade. Tem casarões incríveis, naquela cidade existe um patrimônio arquitetônico maravilhoso. Aquilo me tocou de alguma forma, as ruas, as casas, me interessei mais por aquele universo da arquitetura. Quando voltei para o Brasil, decidi pela arquitetura de uma forma muito natural. Como foi sua trajetória profissional? Comecei a estudar Arquitetura em Porto Alegre, mas pedi a minha transferência para cá, me formei na Puc Minas e fiz pós-graduação na Federal. Uma coisa muito legal foi começar a trabalhar no penúltimo período da faculdade, não em estágios, mas com projetos
meus. Uma amiga me pediu para fazer o apartamento dela, e eu disse: Como vamos fazer isso? Eu não sou formada! Mas não é que deu super certo?! Ela começou a me indicar para outras pessoas e eu fui ganhando clientes. Quando me formei, já tinha o meu escritório. Já trabalhava de uma maneira muito séria, já pagava contas com o dinheiro que ganhava antes mesmo de me formar. Aos poucos então fui montando uma equipe muito legal. Hoje tenho diferentes tipos de pessoas trabalhando comigo, uns que gostam mais de projeto residencial, outros que gostam mais de empresarial. As coisas foram acontecendo e fui me organizando. O mais bacana é que sempre trabalhei no meu escritório, trabalhei muito pouco em outros lugares. O que você acha de Minas Gerais? Minas me acolheu completamente, acho que o Sul tem uma postura menos calorosa, menos amorosa. Mas isso em um primeiro momento, claro, pois acredito que há pessoas legais e chatas em todos os lugares. Mineiro é muito acolhedor, eu fiquei muito impressionada com isso. Não acho o mineiro desconfiado, pois, poxa, minha família não é daqui, meus amigos não são daqui, e eu fiz o meu escritório aqui, como é que pode? E é uma profissão de relacionamento, um que indica
para o outro. Em Belo Horizonte me senti muito acolhida, muito amada e muito cuidada por todos. Tenho uma relação de amor com a cidade mesmo, me sinto em casa, tanto que eu nem quero voltar. O que mais te dá prazer na sua profissão? Minha profissão é muito interessante, pois Arquitetura não é nem humanas e nem exatas. É um curso que estuda o homem, o comportamento, como ele pensa, como ele se manifesta no mundo, como ele espacializa, quem ele é. Como se a gente contemplasse o homem e a sociedade, depois espacializasse esse conceito, através de casa, escritório, loja, isso é muito encantador. Essa interdisciplinaridade da profissão que estuda matemática, sociologia, artes, esse tanto de coisas que compõe esse universo. Quais são as dificuldades de seu trabalho? As pessoas, às vezes, glamourizam um pouco essa carreira, mas na verdade é muito dura. Essa área da construção civil, da mão-de-obra, é muito difícil, precisamos atender a muitos clientes em um período muito curto. Uma dificuldade é dar conta da demanda, gerir o escritório, porque eu não sou uma gestora. Essa é uma dificuldade minha e por isso contratei um gerencia-
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mento de marketing para o escritório. Administrar, lidar com gestão de pessoas, de recursos, de publicidade, é onde eu preciso de ajuda. Mas o problema da arquitetura em geral é a mão-de-obra, porque meu trabalho só vai acontecer se o outro executar. Meu desenho se perde sem execução. O Brasil não acredita muito na formação da mão-de-obra, sempre é aquela coisa que passa de pai para filho. Tem pouco curso técnico para a formação de pedreiro, bombeiros, etc.
entrevista Você tem algum estilo arquitetônico preferido? Tenho sim, o meu preferido é o contemporâneo, porque ele me dá margem para várias inserções de detalhes, como por exemplo, fazer referência a uma
Como começa o processo de criação A arquiteta confessa que e de uma residência ou de um escritóviciada em trabalhar, não liga de rio? passar horas em seu escritório Começo compreendendo exatamente, se for residência, quem é aquela família, como ela funciona, quais são os valores estéticos, quais são as referências estéticas, se ela se identifica mais com uma arquitetura clássica ou atemporal. O primeiro passo é sempre estudar muito. Sempre peço para as famílias me trazerem fotos, imagens e inspirações de como elas gostariam que o projeto ficasse. Quando é um projeto empresarial, eu tento entender quem é o público-alvo, o que a empresa quer comunicar, entender quais são seus valores. Porque nem sempre aquilo que eu e arquitetura mais clássica, mais colonial ou mais o cliente achamos bonitos é o que ele quer comunicar modernista. Me permite conversar com esses estipara o seu público. Isso é uma grande sacada da arqui- los e ao mesmo tempo ser atual e contemporânea. tetura empresarial, e por isso conseguimos desenvolver isso bem, é preciso entender que não é uma ques- Como é a sua rotina? tão pessoal, mas sim uma questão de fazer negócios. Minha rotina é trabalhar e trabalhar (risos). Eu Arquitetura empresarial é negócio. gosto muito de trabalhar. Abro o meu escritório de
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segunda a sábado, começo a trabalhar 9 horas da manhã e vou até a hora que for, às vezes saio daqui 9 horas da noite. Coitado do meu marido (risos), mas eu acho que tem muito a ver com trabalhar e se realizar, ao mesmo tempo. É super clichê, trabalhar com o que gosta, mas é uma alegria, passo pelas dificuldades do trabalho como todo mundo passa, mas passo com um pouco mais de leveza. Trabalhar é muito legal, é o que mais gosto de fazer. Então não tem outra coisa, não tenho um hobby. Amo estar em família, mas trabalhar me completa, é muito legal. Eu viajo e falo com o escritório todos os dias, e eu nem quero mudar (risos), eu gosto de ser assim. O que você acha do Sion? Moro aqui há pouquíssimo tempo, seis meses. Morava em um condomínio em Nova Lima, mas me mudei para próximo do escritório. Eu gosto muito, porque é perto de onde eu trabalho, e porque considero isso um luxo. Abri mão de uma casa que eu gostava muito, mas a logística estava ficando muito complicada. Eu acho o bairro uma delícia, aqui tem de tudo e não é muito agitado como são os bairros Funcionários e Lourdes, que são mais perto do Centro. Tem muitos espaços públicos gostosos por aqui, estamos do lado de uma praça, tem a Praça JK, Praça da Bandeira, tem o Mangabeiras, uma área de caminhada bacana, até a própria Bandeirantes é uma delícia. n
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matéria de capa
O encanto do Corpo Fotos: José Luiz Pederneiras
Arte | O Grupo Corpo completa 38 anos de espetáculos que impressionam o mundo
Triz – Atual espetáculo do Grupo Corpo
Por onde passa, deixa a plateia encantada com a delicadeza e magnitude das suas criações. São movimentos, rodopios, dramatizações de tirar o fôlego. O balé permite ao público sentir uma experiência estética privilegiada e apreciar a arte de outros ângulos e percepções. Com 38 anos de história, sucesso absoluto no Brasil e no mundo, o Grupo Corpo consegue impressionar a cada apresentação, mostrando que a dança é uma expressão riquíssima de arte. O grupo foi fundado em 1975, em Belo Horizonte, pelo atual diretor artístico Paulo Pederneiras, que conseguiu encontrar artistas ansiosos por mostrar o seu talento através do balé. Na época não existia uma escola especializada em dança na capital, então Paulo convidou essas pessoas e começou o grupo como uma companhia profissional. No ano seguinte da sua fundação o grupo apresentou sua primeira criação, o espetáculo Maria Maria, com música original assinada pelo talentoso Milton Nascimento, roteiro de Fernando Brant e coreografia do argentino Oscar Aria. O balé percorreu
dezesseis países e permaneceu em cartaz durante seis anos. Devido ao grande sucesso do espetáculo, uma sede própria foi inaugurada em 1978, na Av. Bandeirantes, bairro Mangabeiras. Se a empatia com o público, o entusiasmo da crítica e o sucesso de bilheteria foram imediatos, a conquista de uma identidade artística própria e a sustentação de um padrão de excelência são frutos de trabalho árduo, que garantiu a construção de uma estrutura capaz de dar continuidade à companhia e o estabelecimento de metas de longo prazo. Entre 1976 e 1982, enquanto o sucesso de Maria Maria ainda repercutia em apresentações pelo Brasil e diversos países da Europa e da América do Sul, o Grupo Corpo não descansou. Colocou em cena seis coreografias assinadas por Rodrigo Pederneiras, atual coreógrafo artístico, e, juntamente com Paulo Pederneiras, conseguiu moldar a personalidade e os aspectos definitivos do grupo. Após o sucesso da primeira apresentação, em 1985, chegava aos palcos o segundo grande marco na carreira do grupo: Prelúdios, leitura cênica da interpretação do pianista Nelson Freire para os 24 prelúdios de Chopin. O espetáculo, que estreou no I Festival Internacional de Dança do Rio de Janeiro, foi aclamado pelo público e pela crítica, e terminou de firmar o nome do grupo no cenário da dança brasileira. O Grupo Corpo iniciou então uma nova fase, com uma grafia e vocabulário únicos. A partir de um repertório eminentemente erudito, o balé foi tomando forma. A combinação entre técnica clássica e uma releitura contemporânea de movimentos extraídos dos bailados populares se torna a marca registrada do grupo. Em 1992 surge o divisor de águas do Grupo Corpo: 21, o balé que firmaria a imparidade da construção coreográfica de Rodrigo Pederneiras e a inconfundível personalidade cênica da companhia. O coreógrafo deixa de lado a preocupação com a forma e começa a investir na dinâmica do movimento, buscando através do desmembramento de frases musicais, a escritura de uma partitura de movimentos. O resgate da ideia de trabalhar com trilhas especialmente compostas permite também que ele avance na investigação de um vocabulário identificado com suas raízes brasileiras. Na criação seguinte, Nazareth, em 1993, o fascínio de Rodrigo por transitar entre os universos dos musicais eruditos e populares encontra uma oportunidade perfeita para se realizar mais plenamente. Inspirada no jogo de espelhamento proposto em contos e romances do maior ícone da literatura brasileira, Machado de Assis (18391908), e na obra de Ernesto Nazareth (1863-1934), figura seminal na formação da música popular no Brasil, a obra permite que o Grupo Corpo leve para a cena uma bem-humorada síntese das sensualidades contidas no gingado próprio das danças brasileiras de salão. Em meados dos anos 1990, o Grupo Corpo intensifica expressivamente sua agenda internacional. Entre 1996 e 1999, atua como companhia residente da Maison de La Danse, de Lyon, França, fazendo nesse período a estreia europeia de suas criações Bach, Parabelo e Benguelê. Para o coreógrafo artístico, o segredo do sucesso do Grupo Corpo é o trabalho. “O grupo tem uma dimensão muito grande e o sucesso vem por meio de muito trabalho e esforço. Um trabalho feito principalmente em equipe, que é o fundamental”, comenta.
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matéria de capa Sem mim – Espetáculo que estreou em 2011
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Maria Maria – Primeira criação do Grupo Corpo em 1976
Prelúdios – Segunda apresentação que marcou a história da companhia em 1985
Foto: Rodrigo Mendes
Atualmente, o Grupo Corpo é formado por 21 bailarinos e todos se apresentam juntos nos espetáculos. Janaína Castro, 36, é um delas. Há treze anos ela faz parte da companhia e conta como foi a sua inserção. “Trabalhava no Palácio das Artes e depois de cinco anos soube de uma audição que iria acontecer no Grupo Corpo, que é a maneira como os bailarinos entram. Fiz uma aula de balé clássico, avaliaram minha técnica e depois aprendi pedaços de balé do Grupo Corpo. Fui avaliada e aprovada”, conta a bailarina. Com 36 coreografias e mais de 2.200 representações na bagagem, a companhia mineira de dança contemporânea mantém dez balés em seu repertório. Encarregados de realizar, no mínimo, quatro turnês internacionais ao ano, os dançarinos
Bailarina, Janaína Castro, há treze anos faz parte do Grupo Corpo
se apresentam cerca de setenta vezes. As apresentações são sempre inovadoras e inusitadas, vão desde lugares exóticos até os mais tradicionais, entre eles Islândia, Coréia do Sul, Estados Unidos, Líbano, Itália, Cingapura, Holanda, Israel, França, Japão, Canadá e México. Para a bailarina Janaína Castro, a experiência internacional mostra que o trabalho de ensaios e muita dedicação é reconhecido internacionalmente. “É maravilhosa essa experiência. Sempre gostei de viajar e com o Grupo Corpo eu tive a oportunidade de ir para lugares bem diferentes, porém o mais gratificante é saber que estamos trabalhando com o que gostamos e ainda tendo a oportunidade de mostrar isso para outras culturas”, relata. Alex Pedrosa, graduado em Recursos Humanos, já assistiu a algumas apresentações da companhia e se diz admirado com a qualidade coreográfica. “O grupo apresenta um estilo único de dança e consegue inserir elementos da cultura brasileira em todos os espetáculos. A base das apresentações é o balé clássico, e eles conseguem desconstruir os movimentos e criar algo novo e inusitado. Admiração é o que sinto”, destaca Alex. O Grupo Corpo é considerado um dos melhores grupos de dança do Brasil, a recepção calorosa do público é o verdadeiro prestígio. “Tanto aqui no Brasil quanto fora somos bem conhecidos. Aqui já temos um público formado e todos os espetáculos estão sempre cheios. A plateia é super carinhosa e receptiva. O espetáculo do corpo é completo e agrada tanto às pessoas que entendem de dança quanto quem gosta de ver um bom espetáculo. A companhia sempre engloba uma música bacana, boa iluminação, cenário, tem um
apelo visual muito forte e a coreografia do Rodrigo, com um estilo muito específico”, comenta a bailarina. O atual trabalho do Grupo Corpo é o espetáculo Triz. Com trilha sonora de Lenine e coreografia de Rodrigo, o grupo, depois de muitos anos, inicia uma turnê pela cidade natal. O espetáculo estreou na capital mineira no dia 30 de agosto e, atualmente, se prepara para seguir viagem à São Paulo, no Teatro Alfa, palco tradicional das estreais nacionais da companhia de dança. Rodrigo cita que o grupo passou por mudanças e também algumas dificuldades, mas nada foi além da vontade de mostrar ao mundo o grande trabalho que realizam. “Passamos por muitas dificuldades financeiras, isso é natural, mas quando existe empenho, dificuldades sempre serão superadas”, disse Rodrigo. n
Rodrigo Pederneiras – Coreógrafo artístico do Grupo Corpo desde a sua criação faz farte da companhia.
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gastronomia
Duelo de chefs Com a chegada das férias, um ótimo programa é sair com os amigos para um rodízio de pizza. O Jornal Urbhano buscou dois grandes chefs da capital mineira para disputar a melhor receita. Nesta edição, apresentamos as candidatas a melhor pizza. Os apaixonados pela massa não podem deixar de se deliciar com essas receitas. É tempo de pizza! Deixamos duas opções para você fazer em casa e votar através da nossa página do Facebook. Lembrando que para os votos serem computados, é necessário curtir a página do Urbhano.
Chef Sandro Augusto Ferreira O atual chef responsável pela Pizzaria Più Pizza traz suas experiências gastronômicas da Itália. Fez seminário Internacional de Cozinha Italiana em Milão e aos 15 anos foi aluno da cozinheira e professora Bernadette Bahia Mascarenhas (chef Dadette). Atualmente, também é chef do Restaurante Gato Nero e da Pizzaria Caprese.
PIZZA MARGHERITA GOURMET Ingredientes da massa 1 kg de farinha de trigo especial 1/2 l de água morna 1 colher de sopa (rasa) de sal 1 tablete de fermento biológico (15 g) 1 ovo 50 g de banha de porco ou 50 ml de óleo de milho Ingredientes da cobertura 1 kg de tomate Pelati 1 kg de mussarela de búfala fatiada ou mussarela ralada 100 g de parmesão ralado 1 bandeja de tomatinhos cereja 1 tablete de caldo de galinha Manjericão a gosto
Modo de preparo da massa Num recipiente, dissolva o fermento em um pouco de água e deixe descansar por 5 minutos. Misture a farinha, o sal e o ovo numa bacia. Faça um buraco no centro, adicione o fermento dissolvido na água morna. Misture tudo com as mãos até formar uma massa lisa. Se for preciso, acrescente mais farinha. Trabalhe a massa por cerca de 20 minutos e faça uma bola. Deixe descansar numa vasilha coberta com papel filme por 1 hora. Divida em oito bolas iguais. Modo de preparo da cobertura Abra a massa com rolo de macarrão até o tamanho de uma pizza média e polvilhe farinha por baixo. Corte os tomatinhos ao meio e retire as sementes. Refogue o tomate Pelati cortando em pedaços pequenos com o tablete de caldo de galinha e espalhe sobre a massa. Coloque a mussarela, o tomate, o parmesão e leve ao forno preaquecido a 180°. Salpique o manjericão e regue com azeite.
Speciali Pizza Bar Chef André de Melo
Natural de Belo Horizonte, André de Melo, 33, é o atual chef proprietário do Speciali Pizza Bar e traz na bagagem toda sua experiência internacional. Formado em Direito pela PUC Minas, Gestão em Negócios de Alimentação pela Fumec e pós-graduado em Cozinha pela Escola Universitaria de Hostaleria i Turisme de Sant Pol de Mar (Barcelona), André se dedica à gastronomia desde 2000, quando estagiou no tradicional restaurante Vecchio Sogno, localizado na capital mineira.
PIZZA de BRIE, ASPARGOS E PARMA Ingredientes da massa 1 kg de farinha de trigo 30 g de sal 30 g de açúcar 10 g de azeite de oliva 500 ml de água mineral 50 g de fermento biológico Ingredientes da cobertura 50 g de molho de tomate ralado fresco 70 g de queijo brie fatiado fino 6 unidades aspargos frescos 6 fatias de presunto de parma San Daniele
Modo de preparo da massa Fazer um vulcão com a farinha de trigo e ir agregando os outros produtos aos poucos até que a massa fique bem lisa e homogênea. Cobrir a massa com um pano úmido e deixar fermentar por 1 hora. Fazer pequenas bolas de 100 g e abrir as redondas polvilhando um pouco de farinha na superfície. Modo de preparo da cobertura Montar a pizza com os ingredientes nessa ordem: molho de tomate, queijo brie e aspargos. Assar em forno bem quente por aproximadamente 6 minutos. Finalizar com as fatias finas de presunto de parma de maneira elegante e com volume. Cortar a pizza e comer as fatias ainda quentes.
Fotos: Cinthya Pernes
Più Pizza e Birra
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turismo | cristina ho
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Terra dos castelos País de Gales | uma terra de belezas ímpares e gente famosa
Foto: Arquivo pessoal
Nesta última parte sobre o País de Gales você vai se encantar com dois castelos medievais, conhecer algumas curiosidades sobre a sua cultura e descobrir que dois atores hollywoodianos são, com muito orgulho, galeses.
No pequeno vilarejo de Tongwynlais, a menos de 10 km de Cardiff, existe um castelo que vale a pena conhecer: o castelo de Coch. Considerado o mais espetacular exemplo da arquitetura gótica, Coch teve sua construção iniciada no O castelo de Coch, em arquitetura gótica, teve sua construção iniciada no século 13
século 13, mas foi no século 19 que foi reconstruído sobre as ruínas da fortificação anterior. Tombado em 1963 pela sua importância arquitetônica, Coch é conhecido como m castelo de conto de fadas, com torres, pátio central redondo e cômodos ricamente decorados. Muito próximo de Tongwynlais encontra-se a pequena cidade de Caerphilly, onde outro castelo chama atenção por sua dimensão e por sua importância histórica: o castelo de Caerphilly – uma fortificação medieval construída no século 13, sendo um dos maiores da Grã-Bretanha. Cercado por lagos artificiais, o castelo sofreu com as disputas e as diversas invasões. Durante a Guerra Civil Inglesa, de 1642 a 1648, o castelo permaneceu praticamente intocado, porém, os danos provocados pelo Exército Parlamentarista, em 1648, resultaram em um dos mais notáveis elementos do castelo: a sua torre inclinada. Essa torre possui 20 metros de altura e tem uma inclinação bastante acentuada que cha-
Cristina Ho também escreve no www.fasciniopelomundo.blogspot.com.br ma atenção dos seus visitantes. O País de Gales permaneceu céltico e o seu povo mantém, até hoje, a língua galesa. Outra curiosidade está na bandeira nacional, cujo destaque é um dragão vermelho caminhando em um campo verde e branco. O dragão vermelho é um símbolo do País de Gales enquanto o verde e branco representam o alho-poró. Poucos devem saber, mas dois atores hollywoodianos bem-sucedidos e famosos são nascidos no País de Gales: Catherine Zeta-Jones e Anthony Hopkins, que são, por sinal, orgulho nacional – e não é por menos, além de vencedores de Oscar, os dois são puro talento! n
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cidade
Em alta
Economia | Aumento da inflação pode acarretar impactos para os consumidores
produtos não perecíveis tem se demonstrado uma boa estratégia para minimizar os efeitos da inflação. Na capital mineira a inflação caminha para uma estabilidade, porém alguns itens sofreram reajustes durante o ano. A carne é um dos exemplos. O gerente da churrascaria Farroupilha Grill, Paulo Batista Ferreira, sentiu esse aumento, mas não aumentou os seus preços. “Optamos por diminuir a margem de lucro, mesmo com o aumento vamos segurar os preços”, comenta o gerente. De acordo com dados do IBGE, o preço da carne desempenhou o maior impacto no mês de outubro, com 0,08 pontos percentuais do IPCA, ficando 3,17% mais cara. Outro item que obteve destaque foi o tomate. Seu aumento médio foi de 18,65%. “O ano de 2013 iniciou com uma preocupação maior para a inflação, advinda de uma pressão altíssima nos preços de alimentos. Vivemos o impacto da chamada inflação do tomate. Discutiu-se muito sobre o impacto de um choque de ofertas pelo lado da produção dos tomates, que é um produto essencial na vida das pessoas”, comenta a economista Silvânia de Araújo. Já no grupo de despesas com alimentos e bebidas, o aumento foi de 1,03% em outubro, ultrapassando os 0,14% do mês anterior, sendo o responsável pela grande aceleração do IPCA. O vestuário também re-
gistrou uma alta variação de preços, de 1,13%, superando os 0,63% do mês de setembro. Também houve aumento nos artigos de residência: de 0,65% em setembro o percentual subiu para 0,81% neste mês. Já o item imobiliário subiu 1,28%. Nas despesas pessoais houve aumento nas taxas de 0,20% para 0,43%, ao contrário do grupo de transportes, que teve uma redução de 0,44% para 0,17%. A variação em habitação ficou menor, de 0,56% para 0,62%. Houve ainda reduções nos itens cuidados pessoais e saúde, de 0,46% em setembro para 0,39% neste mês. A educação também reduziu de 0,12% para 0,09%. Para Araújo, a inflação sempre foi um motivo de preocupação para o Brasil. Esse aumento vai impactar nas expectativas, pois há um sentimento de piora do bem-estar e em relação ao futuro. A inflação leva à incerteza também do empresário, que reduz a sua produção, a sua disposição para investir, refletindo na taxa de desemprego. Essa combinação de menor emprego com perda de poder de compra afeta de forma negativa as expectativas de todos, afirma a economista. n Foto: Shutterstock
A alta taxa de inflação é sempre um indicador preocupante para a economia do país. Neste ano, ela deve ficar mais elevada se comparada ao ano passado, quando fechou em 5,84%. A flutuação da taxa, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,57% em outubro, a maior desde fevereiro, segundo o IBGE, e possui projeção de atingir o patamar de 5,92% em 2014. Com o aumento da inflação a economia tende a sofrer fortes impactos. De acordo com a economista Silvânia Maria Carvalho de Araújo, o aumento da inflação reflete no poder aquisitivo da população. “O maior impacto ocorre no lado dos cidadãos. A inflação aumenta os preços, o que acarreta uma redução no poder de compra real das pessoas, que vão precisar, cada vez mais, de maior quantidade de dinheiro para comprar produtos essenciais para se manterem”, comenta a especialista. Nos últimos anos, os brasileiros conviveram com aumentos constantes de preços que acarretaram em uma instabilidade monetária. Mais uma vez, o cenário econômico nacional sinaliza tempos de inquietação. A população já consegue sentir o impacto no bolso, como é o caso das donas de casa que percebem o aumento semanalmente nas feiras. Frutas, verduras e legumes receberam reajustes. Além disso, a proximidade do final de ano aumenta a demanda, contribuindo para a elevação dos preços dos produtos. É preciso apertar os cintos, controlar os gastos e fechar a carteira. Estocar
moda
A moda do verão! Foto: divulgação
Estação | os maiôs voltam à cena na estação mais quente do ano
Que a moda é uma caixinha de surpresas todo mundo já sabe. A surpresa da vez está no bom e velho maiô, que agora é a peça objeto de desejo e a mais comentada do verão. É isso mesmo! A cada nova temporada os maiôs estão ganhando destaque e as marcas, apaixonadas pelo verão, investindo cada vez mais em estampas, decotes, recortes e acessórios de metal para dar aquela incrementada na peça. Falar do verão é fácil e, para estar na moda, também não precisa de muito. As coleções de moda praia estão irresistíveis. Nas passarelas, as grifes de moda praiana investiram “pra valer” no tal do maiô, que acabou deixando o look do verão com um ar mais sofisticado e diferente. O mais legal de tudo dessa nova proposta é a super tendência para o verão 2014, que é usar o maiô no dia a dia como body. Algumas mulheres podem até estranhar. Mas a verdade é que essa ideia, além de fashion, traz uma grande sacada: a comodidade de sair da praia, hotel ou clube vestida com roupa de banho, mas, ainda assim, estar bem vestida. Isso porque os modelos estão
super bonitos e as estampas alegres, elaborados justamente para compor o visual praia/urbano. Algumas marcas nacionais mestres nos modelitos são Lenny, Água de Coco, Salinas, Cia Marítima. Não é à toa que as mais antenadas já adquiriram a peça de desejo para chamarem de sua. As peças fogem do modelo careta, e ganham cores e texturas que integram com os looks da moda atual. As cores variam do azul-marinho ao amarelo-gema, passando pelos tons florescentes e chegando ao eterno e chiquérrimo nude. As estampas, sensação do momento, ganham formas florais e geométricas, além dos pois e listras estilo navy. Os tecidos também ganharam inovação tecnológica com a introdução que a Lycra fez no mercado. Tecidos inteligentes Xtra life são, muitas vezes, usados na confecção de sungas, maiôs e roupas para nadadores profissionais. Possuem excelente durabilidade, além de ação antibacteriana e proteção contra raios ultravioleta. Vale a pena investir! n
Este jornal é feito para você. Então quem lê o URBHANO pode e deve participar, sugerindo pautas e temas interessantes. Desde o seu lançamento, o jornal URBHANO tem a preocupação em comunicar-se de forma direta e eficiente com quem mora ou trabalha no Mangabeiras e no Sion. Nossa proposta é ser uma mídia informativa, que mostre tudo que interessa no bairro.
Então o que você está esperando? Entre em contato conosco por telefone ou e-mail e diga o que você quer ver no URBHANO. Pode ser algo que traga alegria ou que te incomode. Pode ser uma pessoa interessante ou um lugar agradável. Fique à vontade!
Participe. Sua contribuição é muito valiosa!
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13 isadora.vargas@urbhano.com.br
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educação
Na hora certa Fotos: Cinthya Pernes
Globalização | Cresce procura de pais por escolas que atuem com método de ensino bilíngue
Na alfabetização bilíngue, crianças são habituadas ao convívio de uma segunda língua
No atual cenário globalizado, com diferenças culturais e de idiomas cada vez mais incorporadas ao dia a dia, o método bilíngue vem ganhando a preferência dos pais na hora da educação dos filhos. Exemplos dessa aceitação podem ser observados por toda a capital. Dentre eles está a escola canadense Maple Bear, que viu o número de alunos subir de 9 para 360 entre 2008 e 2013. O Colégio Espanhol Santa Maria também pôde perceber esse aumento: atualmente a instituição possui mais de 1.600 alunos, enquanto em 2008 o número de matriculados era inferior a mil. Na Escola Americana de Belo Horizonte, o número de alunos cresceu 148% entre 2009 e 2013. Por sua vez, o Colégio ICJ, antigo Instituto Coração de Jesus, passará a oferecer educação bilíngue em
2014, para atender a essa nova demanda dos pais. Esse aumento generalizado não é para menos. Afinal, novas pesquisas apontam que a fluência em duas ou mais línguas pode interferir diretamente na forma como pensamos. O aprimoramento cognitivo é apenas a primeira das muitas vantagens apontadas nas pesquisas de universidades canadenses e europeias, que sugerem uma melhora na memória, nos valores e interferência na personalidade dos estudantes do método. Apesar dos benefícios apresentados, nem sempre essa metodologia teve apoio de especialistas. No século XIX, pedagogos alertavam que a prática poderia confundir crianças em processo de alfabetização. Dessa forma, os alunos seriam impedidos de aprender
corretamente um dos idiomas que lhes fossem ensinados. Na pior das hipóteses, essa educação poderia prejudicar o desenvolvimento e reduziria o QI. Temores sem fundamento, é o que afirmam as pesquisas atuais. Dentre os que defendem a metodologia, está a cientista canadense Ellen Bialystok, que em 2009 publicou uma pesquisa que comprova os benefícios do método para as funções cognitivas gerais, principalmente a atenção e a inibição dos estudantes. A divulgação ainda aponta uma vantagem de crianças bilíngues em relação às monolíngues no planejamento e perseverança para atingir objetivos. Ou seja, segundo a pesquisa, os benefícios do bilinguismo extrapolam as habilidades linguísticas e abrangem habilidades do dia a dia.
Para Mariza Coelho, diretora pedagógica da escola Maple Bear, que apresenta o método de ensino bilíngue canadense, “nas escolas bilíngues, a segunda língua não é colocada como uma disciplina a ser aprendida e sim como língua, utilizada na comunicação, e isso dá um sentido real a ela. Dessa forma, a aprendizagem se torna significativa e sólida”. A educadora destaca que a melhor época para iniciar esse tipo de aprendizado é na educação infantil. Segundo Mariza, o contato precoce favorece principalmente a fala, promovendo uma dicção sem sotaques e vícios. “Quando a aquisição de dois idiomas acontece simultaneamente na infância, as informações são processadas no cérebro de forma muito natural, como a língua materna. Assim, a criança adquire o conhecimento mais
rapidamente e com maior precisão fonética”. Essa constatação é reiterada pela diretora executiva da instituição, Renata Coelho. Segundo
a profissional, para que acriança atinja o conhecimento bilíngue, é necessário que haja a completa fluência do aluno nos idiomas praticados pela escola: “não é simplesmente uma aula extracurricular ou uma aula de idiomas, muito menos mera aula extra, mas sim um trabalho de imersão na linguagem estrangeira”. Para Renata, o método de imersão do aluno na cultura e idioma estrangeiros é diferencial para o sucesso do aprendizado em diferentes idiomas de forma simultânea. Observando o aquecimento desse mercado de escolas bilíngues o Colégio ICJ planeja, a partir do ano que vem, investir na metodologia. A escola contava com uma fila de espera para o horário integral, programa em que o aluno estuda no período da tarde, mas fica na escola desde a manhã, com atividades educativas. Para 2014, o colégio oferecerá junto do horário integral a formação bilíngue, com aulas de inglês todos os dias. n
Diretora executiva da instituição bilíngue Maple Bear, Renata Coelho, enfatiza que o método de ensino exige a imersão do aluno no idioma estrangeiro
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crônica
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Não era a primeira vez que ela sentia aquela dor atrás da orelha esquerda. Desde muito nova, logo que deixou a casa dos pais e mudou-se para Belo Horizonte, aquilo a incomodava. Agora, no entanto, a coisa tinha chegado a um ponto em que o próprio sono era um suplício.
Foto: Arquivo pessoal
Moedinha seguindo direto para a casa do Tio Alfeu.
Tio Alfeu entrou na sala com o velho sorriso no meio dos lábios muito grossos e a conversa continuou lentamente na cozinha, como se o cheiro de café fresco impedisse o tempo de passar.
Procurou médicos, curandeiros, acupunturistas, benzedeiras e nada. Perdia peso, perdia a vontade de sair, perdia o gosto pela vida. Até que um dia a solução surgiu-lhe no meio do banho. Fez um telefonema e preparouse para os 430 quilômetros que a separavam de Guaxupé. Viajou no sábado cedo, correndo mais do que deveria, e chegou sem tempo de relembrar a cidade,
vermelho e até mesmo o cheiro da Tia Dica era o mesmo. De novidade apenas dois gatos preguiçosos espichados sob uma fresta de sol no alpendre.
Tudo na casa parecia igual: os quadros amarelados, os bibelôs de gosto duvidoso, o sofá de couro
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Almoçou, relembrou, sorriu, mentiu um pouco sobre amores, exagerou um tanto sobre trabalho e antes das três da tarde resolveu partir. Já na porta da casa, tio Alfeu se aproximou, afastou o cabelo do rosto dela e repetiu o ritual vivido milhares de vezes na infância da menina. Passou a mão atrás da orelha esquerda dela e entregou orgulhoso
Maurilo Andreas é mineiro de Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras.
a moeda que tirara dali. – Olha só o que eu achei aqui atrás! Pode ficar, viu? Naquela noite, depois de muito tempo, ela dormiu como um anjo. n
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