Urbhano Mangabeiras | Sion nº 11

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21 . dezembro a 5 . janeiro de 2013 . ANO I . Número 11 . Distribuição gratuita

On-line: www.urbhano.com.br

Fotos: Cinthya Pernes

tudo que inteRessa no seu bairro está aqui

sion em festa

a imponente Igreja Nossa Senhora do Carmo completa 50 anos de sua sagração

esporte Com a possibilidade de perder 600 calorias por aula, o Treinamento Funcional já é sucesso de público nas academias da cidade pág. 4

entrevista O conceituado fotógrafo Weber de Pádua lança livro em paris com as melhores fotos feitas durante seus 25 anos de carreira pág. 6

gastronomia A virada para um novo ano precisa ser comemorada em grande estilo e o duelo de chefs desta edição está imperdível pág. 10

local

audiência pública sobre o parque mata das borboletas moradores e autoridades discutiram sobre risco de deslizamentos Pág. 3

BEM-ESTAR Acupuntura é um método terapêutico que previne e pode curar doenças, além de ajudar a aliviar o estresse diário pág. 13


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URBHANO mangabeiras | sion Belo Horizonte, 21 de dezembro a 5 de janeiro de 2013

opinião frasesURBHANAS

Foto: divulgação

Foto: arquivo pessoal

A morte é algo inevitável. Quando um homem fez algo que considera ser seu dever com as pessoas de seu país, ele pode descansar em paz. Nelson Mandela, em entrevista para um documentário em 1994

Kathleen Garcia (*)

PLANEJAMENTO

AMADO POR UNS, ODIADO POR OUTROS... A importância de gastar um tempo avaliando as ações e seus resultados antes de tomar as decisões é indiscutível em todas as empresas. O processo decisório passa obrigatoriamente pela definição do problema, criação e avaliação das alternativas, escolha da melhor delas, implementação e monitoramento da decisão. Bem ou mal feito, deliberado ou intuitivo, racionalizado ou emergente, faz parte da vida das organizações em diferentes níveis: estratégicos, táticos e operacionais. Optar por ações estratégicas como se fossem operacionais é recorrente em empresas de menor porte. Levados pela urgência, pressão, ou pelo calor das emoções, os tomadores de decisão tendem a escolher caminhos isolados sem avaliar os impactos gerais e acabam não otimizando os resultados, podendo até ter problemas mais graves. Para evitar esse tipo de situação é preciso “gastar” tempo na fase de planejamento, o que parece “doer” para alguns tomadores de decisão. Principalmente em situações de crise, quando estão diretamente envolvidos, onde a pressão parece estagná-los e acabam agindo por impulso usando mais a percepção, intuição e conhecimento pessoal do que a análise racional. Ou pior, deixando-os sem ação, apenas esperando por um milagre, enquanto o problema só piora. Não ter o cuidado com o processo de planejamento é uma situação recorrente. Já ouviu o termo “apagando incêndio”? Situação mais comum do que se imagina, em geral é encontrada em organizações que não utilizam o planejamento, onde as decisões são tomadas na última hora, sem tempo para avaliar melhores alternativas. Ainda que a empresa conte com uma equipe envolvida, séria, comprometida e que ao final consiga êxito, há perdas. Fazem parte da etapa de planejamento o estudo dos impactos, através da análise de documentos financeiros que apresentem os resultados esperados para cada desenho proposto. É preciso aceitar apenas propostas que tragam resultados positivos e agreguem valor à empresa. O adequado é que as empresas adotem o processo de planejamento como uma prática comum incorporado à rotina da empresa. Para tanto, o ideal é implantar um sistema de planejamento e controle de resultados, com planejamento estratégico e controle orçamentário. São programas complexos, no entanto com resultados benéficos, já que passam a fazer parte da cultura da empresa, atingindo todos os profissionais e levando-os a alcançar os objetivos desejados. Kathleen Garcia Consultora da Viper – Gestão Empresarial (*)

Se eu tivesse meu tempo de volta, faria a mesma coisa novamente. Nelson Mandela, quando foi condenado em 1962

Ninguém nasce odiando uma pessoa por sua cor de pele ou religião. Pessoas são ensinadas a odiar. E se elas aprendem a odiar, elas podem ser ensinadas a amar. Nelson Mandela, na autobiografia “Um Longo Caminho para a Liberdade”

Estou aqui hoje como ninguém menos que o representante de milhões de pessoas que desafiaram se levantar contra um sistema social que é guerra, violência, racismo, opressão e repressão. Nelson Mandela, ao receber o prêmio Nobel da Paz em 1993 Líderes de verdade devem estar prontos para sacrificar sua liberdade pelo seu povo. Nelson Mandela, em discurso na África do Sul em 1998 facebook.com/jornalurbhano

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Fotos | Lucas Alexandre Souza e Cinthya Pernes Revisão | Pi Laboratório Editorial Estagiárias | Tatiane Consuelo e Renata Diniz


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local

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Reivindicação ouvida

Sion | Após denúncias, risco de deslizamentos no Parque das Borboletas foi o tema de reunião

Fotos: Cinthya Pernes

O vereador Marcelo Aro se juntou a outras autoridades para diálogo em prol do Parque Mata das Borboletas e da comunidade do entorno

Nem mesmo a chuva foi capaz de desmotivar os moradores do bairro Sion a comparecerem à audiência pública em prol da conservação e melhor administração do Parque Mata das Borboletas promovida pelo vereador Marcelo Aro. Realizada no dia do aniversário da cidade, 12 de dezembro, às 19h30min, na rua Assunção, n. 535, a reunião promoveu um debate caloroso entre os moradores do bairro Sion e autoridades. O encontro teve como objetivo definir soluções para o problema de drenagem e estabilidade do solo. Entre as autoridades estiveram presente o vereador Marcelo Aro, responsável pela realização da audiência, o Chefe de Departamento de Controle da Sudecap – Superintendência de Desenvolvimento da Capital, Sérgio Reis, o representante da diretoria da regional Centro-Sul, Oscar Augusto, o representante de secretário de Governo Josué Valadão, José Augusto e a presidente da Ambo – Associação Amigos da Mata das Borboletas, Vânia Condessa . Os participantes buscaram alternativas para amenizar o risco de deslizamentos de terra no Parque Municipal Matas das Borboletas, localizado à Rua Assunção, n. 450, Bairro Sion. O vereador

Além do parlamentar responsável pelo debate, Marcelo Aro, autoridades da regional Centro Sul e Sudecap estiveram presentes durante evento

ressaltou a gravidade do risco por causa do período de chuvas, que frequentemente impõe duras penas aos moradores na capital. O diretor da Sudecap reconheceu a importância da denúncia realizada pelo parlamentar, apontando a existência de um laudo técnico feito pela Sudecap constando o risco de deslizamentos na região. O documento foi apresentado ao vereador pelo diretor da regional Centro-Sul, Ricardo Ângelo, durante conversa privada, e aponta problemas na sustentação do terreno e a existência de erosões no local. Marcelo Aro ainda cobrou mais empenho da Sudecap na realização de obras no local, e não apenas estudos. O vereador pediu à Sudecap a liberação, em caráter de urgência, do laudo técnico para o domínio público. Durante a reunião, o vereador também abordou a denúncia realizada por moradores da região, sobre a construção irregular de um prédio de 16 andares, num lote vizinho ao parque. Oscar Augusto, representante da Regional Centro Sul, relatou que desconhece grande parte dos problemas levantados durante a audiência, mas afirmou que análises mais profundas serão efetuadas no local. O representante enfatizou que não existe

Carla Puntel fez coro ao time de moradores alarmados com a situação de risco do Parque durante debate com autoridades

motivo para pânico da população. “Após esses estudos (aprofundados) serem concluídos, poderemos ter um panorama melhor. Se houvesse uma situação de risco eminente nós interditaríamos o Parque. A população não precisa ficar alarmada”. Para Marcelo Aro, com a chegada do período chuvoso a atenção com o Parque deve ser redobrada. “Os técnicos já confirmaram o risco. Nós não estamos debatendo se existe um risco, e sim discutindo qual o tamanho dele”. Preocupado com a questão, o administrador e morador do Sion há 27 anos, João Lara, se lembrou das tragédias decorrentes de deslizamentos e alagamentos no país nos últimos anos, citando o episódio ocorrido em Petrópolis, RJ, em março deste ano, que teve saldo de 31 mortos. “É muito importante saber exatamente que risco é esse, e onde esse risco está localizado.” A presidente da Ambos, Vânia Condessa, deu ênfase aos problemas ambientais que serão gerados pela construção irregular de um prédio de 16 andares em lote vizinho ao parque. Segundo ela, moradores foram informados de que a obra está prevista para começar em fevereiro. Algo impensável pra o local, que possui diversas árvores de grande porte e ainda o curso de nascentes que brotam em meio à mata do parque. A ambientalista ainda lamentou a brusca diminuição das borboletas, que dão nome ao parque. “Quando me mudei para o bairro, do outro lado da rua era possível ver aquela nuvem de borboletas. E hoje? Onde elas estão? Não se vê mais.” A publicitária e moradora do Sion, Carla Puntel, recordou outro título que já perdeu sua origem, a Cidade Jardim. Para ela, essa antiga forma pela qual a capital mineira era conhecida já não condiz com a realidade. “Esse parque é o único pulmão da região. Nossa cidade jardim já não é jardim mais. São Paulo tem mais mata que Belo Horizonte”. A moradora lamentou ainda o baixo investimento em educação ambiental e infraestrutura para o local, como viveiros. Marcelo Aro ainda destacou que já protocolou um requerimento para a criação de um Centro de Vivência Agroecológica, CEVAE, no Parque Mata das Borboletas. A unidade teria como objetivo desenvolver a conscientização e educação ambiental na região. De acordo com o parlamentar, os problemas abordados durante a reunião serão encaminhados ainda ao Ministério Público. n

João Lara, morador do bairro há 27 anos, relatou durante a audiência preocupação com a segurança do parque


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esporte

Equilíbrio corporal

Fitness | O treinamento funcional é umas das aulas mais procuradas nas academias

O treinamento funcional foca no trabalho de resistência e no ganho de massa muscular

Fotos: Cinthya Pernes

Os vários exercícios deixam as aulas mais dinâmicas e divertidas, por isso cada dia ganha mais adeptos

Levar uma vida saudável, fazer exercícios que ajudem a moldar o corpo e a chegar perto do físico tão sonhado é o desejo de muitos. Hoje em dia as academias estão cada vez mais lotadas de pessoas que buscam saúde e um equilíbrio corporal. A fórmula ensinada é fácil, uma boa alimentação e não deixar o corpo parado, porém na prática é bem mais complexo do que na teoria. Ter disciplina e foco é fundamental, e tentar transformar esses dois hábitos em prazeres. Por isso as academias tentam ao máximo variar o seu quadro de aulas oferecidas, é a razão de sempre aparecer uma nova “moda” fitness. O treinamento funcional existe desde que se soube da existência humana na terra, pois o homem sempre precisou se exercitar para conseguir sobreviver. A modalidade visa resgatar movimentos que na era tecnológica as pessoas deixaram de fazer, devido à praticidade dos dias atuais. O professor Ecliton Carvalho Costa, 31, dá aula de treinamento funcional há três anos, e explica porque a modalidade leva esse nome. “O treinamento funcional veio para deixar o nosso corpo mais inteligente, porque ao logo dos anos ele ficou preguiçoso. Hoje tudo é muito tecnológico, e nosso corpo deixou de fazer muitos movimentos. Os homens das cavernas iam caçar e mexiam o corpo inteiro, hoje a gente não faz mais isso. O treinamento funcional é isso, mexer com o corpo todo em um exercício só, fazer o corpo ficar inteligente novamente”, conta o professor. O treinamento funcional foca no trabalho de resistência e no ganho de massa muscular, além de melhorar os resultados cardiovasculares. Esse método deixa o corpo harmonioso, pois força todos os músculos, sem priorizar partes isoladas. É indicado para quem quer emagrecer também, pois uma aula de 50 minutos pode-se perder de 500 a 600 calorias. O professor da Academia Bandeirantes, localizada no bairro Mangabeiras,

ainda comenta que a prática não tem restrições de idade. “O bom é que todos os alunos podem fazer todos os exercícios, pois tem como fazer no modo iniciante ou no modo avançado. Podemos adaptar os exercícios para um aluno de 60 anos, como para um aluno de 20 anos, a pessoa é que dita o ritmo e o gás que quer dar na aula”, enfatiza. As aulas aeróbicas são mais procuradas pelo sexo feminino, mas no treinamento funcional os sexos são bem equilibrados. Thiago Oliveira, 23, estudante, decidiu fazer a atividade devido à resistência física desenvolvida nos movimentos de força e equilíbrio. “O meu interesse pela modalidade veio porque eu pratico mountain bike e preciso de mais resistência, e por saúde também. O que eu mais gosto é do bem-estar que a atividade traz e a endorfina que é liberada nos treinamentos”, relata o estudante. A modalidade que funciona como circuito, onde cada aluno desenvolve os exercícios de formas separadas por alguns minutos, resulta no aumento da resistência e no equilíbrio corporal. “Nós focamos muito na estabilização do abdômen, quando mais conseguimos estabilizar o nosso abdômen, mais o corpo ficará equilibrado. Mas nós trabalhamos o corpo todo, não só o braço, a perna, o foco é no todo. E é isso que difere da musculação, que já foca em partes separadas do corpo. No treinamento nós malhamos tudo todos os dias”, afirma o professor Ecliton Carvalho. Sarah Cintra, estudante, 17, pratica a atividade há mais de um ano e afirma que trocou a musculação pelo treinamento, por ele ser mais dinâmico e divertido. “Eu já malhava aqui na academia e sempre achava um pouco monótono, depois eu sempre tinha que correr na esteira. Quando eu vi o treinamento funcional eu me interessei, porque além de fazer muito bem para o corpo, eu senti uma diferença muito grande. Tem vários

exercícios, tem corda, o que não deixa ficar monótono e tudo fica muito divertido”. Sarah ainda confessa que na primeira volta do circuito bate um cansaço, mas que seu corpo se acostumou com a resistência requerida nos movimentos. “Os meus amigos têm reparado muito nas mudanças do meu corpo, falando que ele está mais bonito e torneado. Eu sempre explico para eles sobre o treinamento funcional”, conta Sarah que não pretende trocar mais de atividade física. A estilista Bárbara Garcia, 23, já aprovou o treinamento em sua primeira experiência. “Eu vim hoje pela primeira vez, fazer uma aula experimental, devido à indicação de uma amiga. Ela me disse que o circuito é muito bom, tem um dinamismo dos equipamentos e nós acabamos fazendo um pouco de tudo e forçarmos várias partes do corpo. Eu achei interessante e vim provar, e já estou gostando”. n

O professor Ecliton Carvalho há 3 anos dá aulas da modalidade


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cidade

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BH recebe reforço da PM Foto: André Luiz Souza e Silva

Tranquilidade | Operação Natalina e Operação Férias Seguras reforçam a segurança

Efetivo de policiais da PMMG é redobrado

Evento de lançamento das operações de fim de ano na Praça da Estação

Com a chegada das festas de fim de ano e o período de férias, o centro de Belo Horizonte se torna local de grande movimentação. Para dar mais segurança à população e também aos visitantes, a Polícia Militar (PM) lançou no último dia 20, na Praça da Estação, a Operação Natalina 2013 e a Operação Férias Seguras 2014. Durante o evento a polícia explicou quais medidas seriam implantadas nesse período. O reforço policial acontecerá entre os meses de dezembro e fevereiro. A operação de Natal começou no dia 18 de novembro e segue até o dia 5 de janeiro. Já a

Operação Férias Seguras 2014 tem início no dia 6 de janeiro e se encerrá no dia 3 de fevereiro. Essas operações consistem no aumento do efetivo da PMMG em aproximadamente 700 policiais. Além disso, estratégias específicas estão sendo adotadas para oferecer maior tranquilidade à população nesse período, em que há um aumento na incidência de crimes. De acordo com o Comandante do Policiamento do Hipercentro da PM, Major Gedir Rocha, cabe à Policia Militar estabelecer planos de ação. O intuito é de coibir a ação de infratores da lei que, de maneira oportuna,

praticam crimes aproveitando desse período que há um volume maior de compras devido às festas e confraternizações de fim de ano. Diante desta perspectiva, os planejamentos de nível tático e operacional devem primar pela abrangência no atendimento à sociedade, com vistas à prestação de um serviço efetivo e de qualidade. A Polícia Militar irá priorizar o policiamento a pé, realizando um trabalho de ações interativas e informativas, como a distribuição de panfletos. A PM irá orientar também os pedestres e comerciantes sobre medidas de segurança que devem

ser tomadas para evitar furtos, roubos e outros crimes. O Batalhão de Trânsito, a BHTrans e a Guarda Municipal também vão trabalhar para melhorar a circulação de veículos e evitar congestionamentos, garantindo assim a fluidez do trânsito. Já o batalhão de Polícia Rodoviária irá reforçar a segurança nas rodovias que passam pela capital, e nas saídas da cidade nos dias de maior movimentação. As operações da Lei Seca serão mantidas. A PM conta com o apoio da população para denunciar crimes por meio do telefone 190 e do Disque Denúncia 181. n


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entrevista

25 anos de estrada

Fotos: Cinthya Pernes

Registro | O conceituado fotógrafo Weber de Pádua reuniu suas melhores fotos em livro

Weber de Pádua é um dos fotógrafos mais conceituados no segmento da moda em Minas Gerais. Seu pai era mineiro e sua mãe paulista, nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Mococa. Mudou-se para Belo Horizonte com cinco anos de idade, onde encontrou o seu espaço no mercado. É casado com a comunicóloga Renata Salgado há 10 anos, mas já moram juntos há 20 anos. Começou sua carreira em 1988 fotografando pessoas, que sempre foi o seu estilo preferido na arte, registrar momentos naturais, sem grandes efeitos. Formou-se em Design pela UEMG, e quase concluiu o curso de Engenharia Elétrica, mas acabou trancando. Ainda assim, os diversos ensinamentos adquiridos ao longo do curso o ajudaram a ter uma melhor noção fotográfica. Fez cursos de fotografia na Escola Guignard para aprimorar sua técnica, mas acredita ser um autodidata. Foi professor de fotografia na Fumec durante 12 anos, e hoje se dedica exclusivamente ao ofício de fotógrafo no seu estúdio no bairro Sion. Acaba de lançar o seu primeiro livro, juntando memórias dos seus 25 anos de carreira. O livro 5x5 traz uma miscelânea de fotos dos seus anos de estrada. O lançamento ocorreu primeiro na cidade de Paris, no dia 15 de novembro, e em Belo Horizonte no dia 2 de dezembro. Como foi a sua trajetória profissional? Eu comecei fotografando gente em 1988, quando eu comprei uma câmera mais profissional, e fotografando pessoas acabei indo para o lado da moda. Fiz a opção pela moda, pois é algo que dá dinheiro. Belo Horizonte naquela época estava virando um polo da moda, e hoje a moda aqui é muito forte. Temos os bairros Prado e o Barro Preto que tem muita confecção. BH é uma cidade que produz muita moda. Não fui eu que me

intitulei “fotografo de moda”, eu não sei se eu queria ser isso. Eu gosto de fotografia, eu faço muito coisa além das fotografias de moda. Adoro fotos de retrato, fotografar o cotidiano, pessoas fazendo coisas normais. Eu gosto da foto sem muito tratamento, o momento como ele é. Jogar uma luz ali, fazer uma produção, é legal, trabalho assim também. Só que hoje prefiro uma coisa mais natural. Mas desde sempre gostou de fotografia?

Todo mundo gosta de fotografia, hoje é mais fácil porque todo mundo tem um celular que faz fotos. Gostava como todo mundo gosta hoje, mas quando você começa a fazer e vê que aquilo é legal, que os registro são bacanas, você começa a gostar demais. Gosto de imagem, registrar o momento, ver que aquela imagem parada vai durar décadas. Hoje isso está mais difundido do que há 25 anos, se hoje é legal fazer uma fotografia, imagina como era naquela época? O gostar veio disso.


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entrevista

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Fotos: Weber Pádua

E quando foi que você entrou no mundo da moda? Eu tinha muitos amigos na época, fotografava muita gente, eu tive uma casa noturna, que me proporcionou conhecer mais pessoas. Eu trabalhei em um jornalzinho chamado 107 Press, que era um jornal da rádio 107, na época. Quando vinha uma banda de fora eu ia fotografar, comecei assim a fazer fotos de personalidades, músicos, diretor da Puc, gente que precisa de um carinho a mais na hora do registro, porque é uma coisa que irá ser publicada. Assim o meu trabalho tornou-se mais profissional, e comecei a ir para o lado da moda, porque é uma coisa que sempre tem trabalho. No jornal eu trabalhava todos os dias, e tirava foto de seis e seis meses para empresas de moda, e assim eu fui levando até chegar hoje. Qual é o cuidado que tem que se tomar ao fotografar produtos ligados à estética? Moda é uma foto publicitária, pois você está vendendo um produto. Eu gostaria muito de fazer fotos do meu jeito e vender um comportamento, uma atitude e uma ação, sem preocupar com a venda de um produto. Hoje está tudo muito comercial, você tem que fotografar pensando já na venda. Você precisa seguir padrões que uma indústria mundial já faz, tem que ser tudo certinho, bonitinho, a modelo tem que ser toda lisinha, a roupa não pode dobrar. Acredito que quem pensa desta forma hoje está errado, pois o real, o mais natural, é mais confiável. Eu acredito mais naquilo que é natural, do que naquela foto que é alisada demais. Dobra no tecido é algo normal. As pessoas sempre me falam que são os clientes que enxergam assim, mas todo mundo pensa igual. Se a pessoa só compra o produto porque a pele da modelo é lisa e perfeita, é um pouco fora do real. Não sei até que ponto isso é verdade, de achar que um lugar lindo vai fazer as pessoas comprarem mais. A grande publicidade precisa passar por uma grande reforma, pois estão enganando aquela pessoa que está comprando. É uma coisa produzida, feita e fake. Toda receita de moda vem de fora, é inspirada na Vogue, então sempre fazemos algo parecido.

O livro 5x5 reuni os 25 anos de carreira do fotografo Weber Pádua

que era antes da data que eu tinha aqui do Brasil, e por isso eu lancei lá primeiro. O engraçado é que ficou chique, lançar lá primeiro, mas não teve uma estratégia pensada sobre isso não. Nós fizemos então uma prévia do lançamento em Paris, e foi durante uma feira de livros de fotografia que chama Paris Photo, que é uma feira mundial super consagrada no segmento. Coincidiu de ser tudo em uma mesma data e acho que isso engrenou. Em Paris foi ótimo, e em BH foi muito bom também. o que tem no livro? A edição foi bem complicada, porque eu sempre gostei de fotografar tudo. A primeira foto é um cacho de banana que eu fiz em 88. O projeto gráfico é assinado pelo Gustavo Greco, e ele me ajudou muito na edição, falando qual foto eu deveria deixar e qual eu deveria tirar. Foi uma miscelânea de fotos, mas tem uma lógica. No livro eu deixei mais esse lado da fotografia mesmo, tirei um pouco da publicidade.

No livro o fotografo escolhei fotos que retratam o cotidiano e as pessoas de forma natural

Por que você se destacou neste meio? Me destaquei porque esse meio é antigo, quando comecei essas pessoas que fotografam hoje estavam nascendo. Todo mundo quer ser fotógrafo hoje com 20 anos de idade, para se destacar tem que ser profissional, tem que saber muito das técnicas da fotografia. Fazer fotos parece uma coisa muito fácil, mas fotografia é difícil, tem que estudar. Hoje tudo é mais fácil, como tudo na vida, porém há mais pessoas interessadas e assim o mercado fica mais competitivo e difícil. Os que conseguem se destacar é pelo talento. fale um pouco do seu livro. Por que você decidiu lançar em Paris primeiro?

Por que o nome do livro é 5x5? O 5x5 vem pelos meus 25 anos de carreira, e acabou ficando 5 vezes 5. O livro também foi rodado em um processo de 5 cores CMYK e mais um Full Black, que é uma cor a mais. 5x5 também é um tamanho fotográfico, mas o mais legal é pensar nos meus 25 anos, e achei legal a escolha deste número, que é a retrospectiva de todos esses anos. O que você acha do bairro Sion? Eu moro aqui só há 40 anos, o bairro é muito legal, essa montanha ai é uma montanha boa. Eu fiquei amigo dela, quando eu mudei para cá não tinha prédio nenhum. Têm muitas coisas que eu gosto aqui. O livro tem muita coisa de Belo Horizonte, do retiro das pedras, do visual do bairro. É um bairro do qual eu não sairia. n

Morador do bairro Sion há 40 anos, Weber não se vê morando em outro lugar

O livro é um projeto antigo que eu sempre quis fazer e só agora aconteceu. Meu amigo é dono de uma galeria em Paris, e fui lá ano passado e comentei com ele do livro, então ele me disse para lançarmos lá. Ele tinha uma data na galeria dele


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matéria de capa

Comemoração da fé Fotos: Cinthya Pernes

50 anos no Sion | Igreja Nossa Senhora do Carmo comemora seu Jubileu de Ouro tem nenhum dos dois. Mas nós temos coisas impressionantes e de vários artistas mineiros, como os nossos vitrais. É uma obra que marca a arquitetura da cidade”. Porém, o que realmente causa orgulho aos moradores do bairro, e em quem frequenta a paróquia, são as obras sociais desenvolvidas no local. É o maior motivo das comemorações dos 50 anos da Igreja do Carmo. “As nossas obras sociais não são grandes, são enormes. É uma coisa monumental. Na assistência médica nós atendemos mais de 35 mil pessoas. Temos uma biblioteca com mais de 30 mil inscritos. Em determinado momento a gente brinca que a biblioteca pública do Sion é a do Carmo. Nestes 50 anos nós celebramos tudo isso, essa construção material, mas além de tudo, celebramos a construção espiritual, de fé. Das pessoas que vêm aqui para rezar, que se elevam cada vez mais na alma e no espírito”, relata Frei Evaldo. Além da assistência ambulatorial, há também assistência médica. A instituição tem convênios com a UFMG, UniBH, Ciências Médicas, Hospital Mater Dei, Unicor, são diversos médicos voluntários atendendo à população. A ginecologista e obstetra Diene Almeida Seixas, residente do Mater Dei, que trabalha há um ano no ambulatório da igreja, relata como são os serviços oferecidos à população. “Atender aqui é muito bom, o ambiente é muito agradável, a organização é ótima. A atenção e o cuidado da administração, da secretaria são muito bons. Percebemos isso nos pacientes também, porque às vezes o atendimento atrasa e a maioria fica tranquila, não reclamam, um humor diferenciado . São pacientes que normalmente não encontramos em outro lugar, acho que eles entendem e agradecem o atendimento realizado aqui”, enfatiza. Maria Inês de Souza Costa, 59, doméstica, é paciente recente do ambulatório e não poupa elogios ao local. “Eu vim por indicação, e eu sei que serei muito

A Igreja Nossa Senhora do Carmo é famosa por sua beleza arquitetônica

A Igreja do Carmo, como intimamente é chamada, não foi um presente só para os moradores dos bairros Carmo e o Sion, mas para todos os belo-horizontinos. A beleza e as dimensões de sua obra são motivos que devem servir de orgulho para todos, afinal, ainda hoje, ela é um dos maiores templos católicos da cidade. São 350 metros quadrados de vitrais, onde todos os desenhos retratam a vida e os passos de Jesus. Metros e metros de tacos de jacarandá, madeira originalmente mineira. Nos altares estão localizados os maiores encantos, com pisos de mármore de carrara e belíssimos mosaicos que formam desenhos bastante realistas. A construção da Igreja do Carmo foi aprovada em 16 de julho de 1940 por D. Antônio dos Santos Cabral, que expediu o decreto nº 37, porém as obras só foram concluídas 23 anos depois desta data, em 1963, devido aos requintes da sua estrutura. Nomes importantes da história de Minas Gerais contribuíram para sua construção, como Juscelino Kubitschek, José Maria Alkimim, Bias Fortes, Flavio Gutierrez, Celso de Melo Azevedo e tantos outros. O primeiro vigário foi o Frei Atanásio Maatman e seu coadjutor Frei Estevão Peters, que foram recebidos carinhosamente pelos belo-horizontinos. Juntos tomaram posse da nova paróquia durante missa festiva, realizada no dia 28 de julho do mesmo ano, na Capela de Jesus Operário. O Jubileu é uma comemoração religiosa da Igreja Católica, celebrada dentro de um ano santo, que acontece a cada 25 anos. Frei Evaldo comenta com muita

alegria sobre esse grande marco para a instituição. “O Jubileu de Ouro é a comemoração dos 50 anos da conclusão das obras da Igreja do Carmo, é a comemoração da sagração, quando a igreja finalmente foi aberta aos fiéis, o que aconteceu em 15 de agosto de1963. Com a construção da igreja o bairro passa a se chamar bairro do Carmo, a avenida passa a se chamar Av. Nossa Senhora do Carmo, portanto a igreja tem uma força tão grande que influencia a cidade, no urbanismo de Belo Horizonte” comenta o religioso. O frei também fala sobre a arquitetura da igreja, “Em Minas Gerais nós damos muito valor ao Niemeyer e ao barroco, e a igreja do Carmo não

Frei Evaldo com a nova fonte da Igreja do Carmo, presente da comunidade pelos 50 anos


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matéria de capa

A biblioteca do Sion conta com 30 mil inscritos e possui os últimos lançamentos bibliográficos

feliz aqui, pois as pessoas me falam muito bem do atendimento. Eu sempre briguei muito por uma vaga nos postos de saúde perto da minha casa, e aqui eu consegui super fácil. O atendimento aqui não tem nem comparação”, conta a doméstica. A arrematadeira Maria Odete mora em outra cidade, mas não abre mão dos tratamentos oferecidos. “Eu moro em Vespasiano, e há muitos anos eu vinha aqui para me consultar, eu sempre ouvi as pessoas falarem muito bem. Agora eu voltei para me consultar no clinico e para fazer exames. Os profissionais aqui são ótimos, a gente não paga nada por um serviço de primeira”, comenta Maria Odete. A igreja também oferece tratamento dentário, o único profissional que não é voluntário é o fisioterapeuta, que foi contratato somente para servir à população. Há também uma grande farmácia dentro da instituição, os pacientes são atendidos pelos médicos e já levam os remédios que necessitam para casa, tudo isso sem nenhum custo. “As obras realizadas aqui são de extrema importância para a população, é um serviço diferenciado e de fácil acesso para eles. As pessoas têm o conhecimento do ambulatório, ligam e já agendam suas consultas. O serviço é realizado com muita qualidade, tanto nas instalações, quantos no atendimento profissional e no acompanhamento posterior. É muito interessante”, comenta a médica Diene Almeida. A igreja possui o entorno de 5 mil m², e todos os espaços são muito bem utilizados. Nas salas, no segundo andar da igreja, são oferecidos cursos profissionalizantes, onde milhares de pessoas podem São 350 metros quadrados de vitrais que retratam a vida e passos de Jesus

conseguir melhorar sua qualificação para o mercado. Cursos de corte e costura, digitação, eletricista de autos, mecânica, informática, cuidador de idosos, inglês, espanhol, frentista e eletricidade predial. Há também mais de 60 computadores, para as aulas de computação, que fazem a inclusão de pessoas idosas ao ambiente tecnológico, além da alfabetização de adultos. O atendimento terapêutico é mais um serviço oferecido, que conta com 40 psicólogos que atendem de graça à população. Outro serviço é o Centro de Apoio Jurídico, para ajudar crianças e adolescentes, e também para pessoas vulneráveis. São mais 36 advogados voluntários, que atendem mais de 600 casos por mês. Além de tudo que é oferecido dentro da Igreja do Carmo, há mais duas creches que são apoiadas pela instituição, uma na Vila do Acaba Mundo e outra no Morro do Papagaio, em que todas as despesas são suportadas pela igreja. O lado espiritual também é muito valorizado e reforçado para aqueles que procuram ajuda e conforto. Há diversos grupos de orações, grupo do terço, grupo de jovens e muitos momentos de reflexões. Os 50 anos foram comemorados em uma grande festa na paróquia, muitos fiéis estiveram no local para rezar e agradecer por tudo que a instituição reapresenta e realiza pela população. Membros da comunidade presentearam a igreja pelos 50 anos da sua sagração, doando um novo chafariz para a igreja, que ficará no pátio central. “Na missa solene que aconteceu no dia 8 de dezembro, nós agradecemos a Deus pelos 50 anos e abrimos um ano de comemorações ao Jubileu de Ouro”, anunciou Frei Evaldo. n O relógio e o sino já são tradição na cidade

A obstetra e ginecologista Diane Almeida trabalha há um ano no Ambulatório da Igreja

São atendidos mais de 35 mil pessoas por ano no ambulatório, pessoas vem de longe para fazerem o tratamento

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gastronomia

Duelo de chefs Com a proximidade do réveillon nossa equipe entrou em contato com os melhores chefs da capital em busca de sugestões de pratos para a ceia de Natal e Ano Novo. Os concorrentes no duelo de chefs dão seu melhor na disputa e você pode votar no seu preferido na nossa página do Facebook. Último duelo Ao longo dos últimos três meses, o especial Duelo de chefs apresentou receitas dos restaurantes mais conceituados de Belo Horizonte. Por isso, a editoria encerra o especial em alto estilo, com pratos pra você se deliciar nas ceias de fim de ano.

Prepare as receitas e conte-nos sua experiência pela nossa fan page www.facebook.com/jornalurbhano. Queremos saber sua opinião!

Chef Remo Peluso Filho dos Italianos Theodoro B. Peluso e Anella Pesulo, Remo Peluso foi herdeiro da tradicional cozinha italiana. Aprendeu vários segredos cedo, inclusive em contato com a fábrica de massas do pai. Antes de se tornar chef, Remo se formou em Direito e até chegou a começar uma especialização em Direito Penal, em Roma. Entretanto, ao chegar à Itália abandonou o curso e foi estudar com o renomado chef Bruno Crote, do Bella Roma. O restaurante Provincia Di Salerno foi inaugurado na rua Cláudio Manuel, em 20 de outubro de 1983, tendo sempre Remo à frente.

Figo com Parma Ingredientes 1/2 dose de Martini 1/2 dose de licor Cointreau Adoçante a gosto 8 figos 500 gramas de Parma 15 unidades de pimenta biquinho

Modo de preparo Descascar os figos sem furar. Encaixar os figos numa vasilha, de preferência redonda, um ao lado do outro de forma que fiquem todos bem juntinhos. Coloque a bebida. Acrescente a pimenta nos espaços entre os figos (para decorar). Tampe com papel filme e reserve na geladeira de um dia para outro.

Fotos: Jô Moreira

Provincia Di Salerno Montagem No outro dia, escorrer a bebida. Desenformar (como se faz com bolo) numa travessa. Decorar com presunto Parma ao redor. Pode servir.

Chef Adenilson Fiúza

A exemplo de outros grandes chefs mineiros, aprendeu os segredos da cozinha na prática, iniciada no Café do Museu, como organizador de cozinha. Desenvolveu seus conhecimentos na cozinha internacional no antigo Café Ideal e também no Splêndido. Depois, integrou a equipe do Gomide, como assistente do chef China e, na Allegro, ele assinou um cardápio pela primeira vez, há cerca de nove anos. Há quase sete, Fiúza é chef executivo da cozinha da Enoteca Decanter, constituindo a equipe enogastronômica, e trabalhando o conceito de harmonização.

SALMÃO GRELHADO COM MOLHO DE ESPUMANTE ROSé Ingredientes 200 g de filé de salmão 100 ml de espumante rosé seco 100 ml de creme de leite Um fio de azeite para grelhar o salmão Uma colher de sobremesa rasa de cebolinha picada bem fininha Duas colheres de sopa de batata cozida e amassada para o purê 30 g de parmesão ralado para o purê Uma colher de sobremesa rasa de manteiga para o purê Sal a gosto

Modo de preparo Tempere o salmão com sal e grelhe no azeite por três minutos cada lado. Retire o salmão e reserve. Na mesma panela acrescente a cebola e em seguida o espumante. Por último o creme de leite. Deixe reduzir até engrossar mexendo sempre. Se necessário, utilize um pouco de amido de milho para engrossar. Tempere com sal a gosto e reserve novamente. Em uma panela separada acrescente a manteiga e depois a batata amassada. Tempere a gosto e acrescente por último o parmesão ralado. Misture bem para formar o purê. Em um prato sirva o purê, acrescente o salmão sobre o purê e regue com o molho de espumante. Decore com folhas de funcho, salsinha crespa ou ovas de salmão.

Fotos: Élcio Paraíso/Bendita Comunicação e Renata Diniz

Enoteca Decanter


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turismo | cristina ho

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Terra das pontes

Irlanda | segunda parte da matéria sobre um país cheio de história

Foto: Arquivo pessoal

A Ponte Samuel Beckett tem o formato de uma harpa

Um dos pontos turísticos mais visitados em Dublin é a ponte Samuel Beckett, que tem a forma que imita uma harpa e foi inaugurada em 2009. Essa ponte gira 90º e permite a passagem dos navios que transitam pelo rio Liffey de norte a sul. Outra ponte, chamada Ha’Penny Bridge, muito famosa por sua história que remonta ao ano de 1816, quando foi construída. Essa foi a primeira ponte da

cidade dedicada exclusivamente aos pedestres. Antes de sua inauguração, a travessia entre as duas margens do rio era feita somente por meio das balsas. Uma ponte que mudou as estruturas da cidade só poderia ter ganhado um nome importante: Liffey Bridge; mas o nome não pegou porque era necessário pagar um pedágio. Para ir de um lado para o outro tinha de se pagar half penny, ou seja: meio centavo. O valor do pedágio rendeu, então, o nome da ponte – Ha’Penny Bridge – que apesar de ter sofrido aumento para 1 centavo e meio, deixou de ser uma passagem paga em 1919. Essa ponte é um dos símbolos da cidade e é considerada a mais romântica da cidade, especialmente à noite, quando as suas lâmpadas intermitentes produzem uma bela e acolhedora iluminação. E é justamente pelo seu romantismo que os namorados têm o

Cristina Ho também escreve no www.fasciniopelomundo.blogspot.com.br hábito de escrever ou de gravar seus nomes no cadeado que depois é trancado junto à estrutura metálica da ponte e a chave jogada fora. St. Patrick’s Cathedral – Símbolo da religiosidade irlandesa, a catedral foi construída no século V e depois reformada pelos normandos quatro séculos mais tarde. No local, St. Patrick batizou os primeiros irlandeses cristãos. Belíssimo exemplo de arquitetura normanda, possui um parque lindo a sua volta, perfeito para fazer um piquenique ou simplesmente apreciar a paisagem! Cervejaria Guiness – A mais célebre das cervejarias irlandesas, que abriga um museu dentro da velha fábrica. Lá você vê o processo industrial envolvido na produção da cerveja, incluindo ainda as peças publicitárias da Guinness durante os anos. Vale a pena conhecer e, claro, degustar essa deliciosa cerveja! n


moda |

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Isadora vargas

Angels

Fotos: Divulgação

Victoria’s Secret Fashion Show | evento de moda deixa o público sem ar

isadora.vargas@urbhano.com.br

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As deslumbrantes Angels da Victoria’s Secret

Desde 1995, a marca de lingeries mais famosa do mundo, Victoria’s Secret, realiza anualmente o Victoria’s Secret Fashion Show, um evento de moda que é transmitido pela emissora americana de TV CBS e conta com a presença das mais diversas celebridades como cantores, atores, críticos da moda e as próprias modelos da grife, que, diga-se de passagem, atraem olhares do mundo todo desfilando a coleção do ano. Nesse evento, uma das beldades é eleita para desfilar exibindo o chamado “fantasy bra”, sutiã milionário que a marca desenvolve. A edição do Fashion Show este ano ocorrida em Nova Iorque apresentou uma megaestrutura com cenários elaborados e belas modelos – “angels”, que deixaram o público com falta de ar! O custo do evento foi estimado em vinte e cinco milhões de reais e, além disso, o desfile contou

A brasileira Adriana Lima

com duas peças inovadoras que chamaram atenção de todos: o já mencionado “fantasy bra” que foi usado por Candice Swanepoel, avaliado em dez milhões de dólares e a fantasia de Snow Queen da modelo americana Lindsay Ellingson. O design inovador da peça foi concebido pelo arquiteto Bradley Rothenberg, a partir de um scanner 3D do corpo da top, usando a nova técnica da Swarovski em parceria com a Shapeways, responsável por impressões em três dimensões. As fantasias das snow angels, anjas de neve, foi coberta por cristais da marca que, desde o ano de 2002, faz parte da rica estrutura do evento. Lindsay foi acompanhada por Doutzen Kroes, Karlie Kloss, Lily Aldridge, Alessandra Ambrósio, Candice Swanepoel e Adriana Lima, todas vestindo peças de efeito chamado AB

Outra top brasileira, Alessandra Ambrósio

(aurora boreal), pedras de diversas cores unidas que davam o efeito de luzes coloridas que ocorre no hemisfério norte. Em 2012 o desfile contou com os shows de Rihanna, Bruno Mars e Justin Bieber e este ano as apresentações foram de Taylor Swift, Fall Out Boy, A Great Big World e Neon Jungler. A variedade de tecidos, as asas das angels e os acabamentos elaborados são os destaques de todas as edições do desfile anual da VS. Neste ano, a tecnologia foi a principal aliada da grife para inovar e engrandecer ainda mais suas peças no desfile. A TNT televisionará o desfile à 00h10 do dia 23 de dezembro e terá sua reprise nos dias 10, 11 e 12 de janeiro às 22h, 21h e 14h respectivamente. n

Candice Swanepoel usa o Fantasy Bra

A modelo americana Lindsay Ellingson


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bem-estar

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Muito além das agulhas A acupuntura é um conjunto de métodos terapêuticos inspirado nas tradições orientais, vai além das aplicações de agulhas em pontos estratégicos do corpo. Criada há mais de dois milênios, a acupuntura é um dos tratamentos médicos mais antigos do mundo e sua história se confunde com a história da medicina chinesa. No Brasil, a acupuntura chegou em 1908 pelos imigrantes japoneses e permaneceu no âmbito familiar até meados da década de 80, quando ainda era foco de preconceito. Em 1972, o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu que a acupuntura não era considerada especialidade médica. À medida que as pessoas foram se interessando, a acupuntura passou a ser reconhecida pela opinião pública em geral e por conselhos profissionais da saúde. O primeiro deles, em 1985, foi o Conselho Federal de

Dra. Meira Souza - Médica especialista em tratamento da dor e construção da saúde

A acupuntura é um excelente método para tratamento da dor crônica

Fisioterapia e Terapias Ocupacionais. Em seguida o CFM, em 1995, estranhamente estabeleceu a acupuntura como uma especialidade médica, sem, contudo, revogar a resolução que afirmava que esta não era especialidade médica. Porém, somente em 2003 ela foi reconhecida, mediante a publicação da Resolução no Conselho Federal de Medicina. O método acupunturista Atualmente o método existe pontos específicos é procurado por várias para aplicações das agulhas pessoas, além do relaxamento e bem-estar proporcionados, a técnica pode ser uma forma de evitar diversas doenças. O seu grande benefício é trabalhar preventivamente as diversas doenças e distúrbios. É o que explica a médica especialista em tratamento de dor e construção da saúde, Dra. Meira Souza. “A acupuntura evita a desorganização do corpo, porque antes dele ter doença, ele se desorganiza e muitas vezes a gente não percebe essa desorganização. Então eu costumo dizer que uma doença grave é primeiro um sentimento, depois um sintoma, um sinal e, por último, vira uma lesão. Muitas vezes quando a gente ainda está percebendo apenas o sentimento, como a raiva por exemplo, acabamos adoencendo porque não existe uma terapeuta para tratar a raiva. Dessa forma, a acupuntura entra nessa fase, podendo ajudar e tratar os sentimentos”, comenta a especialista. A jornalista Júnia Cláudia de Carvalho, moradora do Sion, faz tratamento com técnicas de acupuntura há 17 anos. No início, procurou o método devido a um mal-estar, mas com tanta eficácia ela resolveu criar uma regularidade. “Toda vez que tenho algum problema eu procuro a acupuntura em primeiro lugar, porque na maioria dos casos eu consigo curar. Eu não me lembro de algo que a acupuntura não resolvesse completamente ou minimizasse, mesmo que depois tivesse que procurar outra terapia. Já tive problemas difíceis de tratar, mas consegui a cura com a acupuntura”, relata. No entanto, quanto mais precocemente for a busca pelo tratamento por meio da acupuntura, maiores são as chances de cura. “Dependendo do estágio que a doença estiver, a acupuntura é totalmente curativa”,

Fotos: Cinthya Pernes

Saúde | Além de proporcionar momentos de relaxamento, a acupuntura trata vários males

O tratamento pode ser usado como forma de relaxamento e bem-estar

explica a Dra. Meira. Além disso, é preciso um diagnóstico, um profissional capacitado e cuidados especiais na aplicação das agulhas no corpo. O diagnóstico é feito após um questionamento para o paciente sobre diferentes aspectos da vida e a observação de manifestações no corpo. Depois dessa análise o profissional consegue estabelecer o local de aplicação das agulhas, que vai depender de dois aspectos: o tipo da doença e o grau que ela se encontra. Já o número e o intervalo entre as sessões são determinados de acordo com o tipo de patologia e a sua gravidade, além da resposta do paciente ao tratamento. Os resultados desse método terapêutico não dependem apenas do profissional e do tratamento, também é necessário que haja um trabalho em conjunto com o paciente. A jornalista Júnia Carvalho já obteve sucesso. “Em alguns casos o efeito foi imediato, em outros demoraram mais, depende do que é e também do estado físico. Não é apenas a médica e o tratamento, é você também. Se você está mais fragilizada por algum motivo ou se está mais cansada ou estressada, isso interfere no tratamento. Você também precisa de uma confiança absoluta no profissional”, afirma Júnia. n

Dependendo do estágio em que a doença estiver, a acupuntura é totalmente curativa

A acupuntura deve ser feita apenas por um profissional


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tecnologia

Os abusos na internet

On line | Os males da internet influenciam de várias formas o cotidiano das pessoas

Quandoaspessoasabrem mãodaconvivênciarealepassam asededicarmaisaomeiovirtual, issopodeseralgoperigoso. Nãonosdamoscontadequededicamosmaisàsredessociaisdoquea nossaprópriavida

A internet chegou definitivamente para revolucionar e nos últimos anos se tornou uma ferramenta essencial na vida das pessoas. Hoje em dia o seu uso é acessível a quase todos, mas o que se observa é que essa tecnologia pode servir tanto para o bem, quanto para o mal. O problema é que quando as pessoas ultrapassam o uso normal desta tecnologia elas podem até ficar viciadas e alienadas. De acordo com o advogado Joselito Eugênio a internet está mudando o cotidiano das pessoas e isso pode acarretar sérios problemas. “As pessoas estão ficando dependentes do mundo virtual, causando prática irresistível de mau hábito. Isso pode ser prejudicial à saúde e automaticamente induz à conclusão da necessidade de aprimorar a legislação penal informática, a fim de evitar a impunidade dos delitos cibernéticos”, diz. No fim do mês passado foi lançado o aplicativo Lulu, disponível no Brasil desde o dia 20 de novembro para usuários de IOS e Android. O app foi criado pela empresa Lulusive, para que as mulheres avaliassem os homens e criassem um ranking dos melhores e piores entre a rede de amigos do Facebook. A avaliação que fica visível para as outras mulheres do aplicativo, considera

qualidades e defeitos, incluindo questões físicas e características pessoais que são definidas a partir de um questionário. Ele permite que perfis de homens do facebook sejam avaliados de forma anônima e muitas vezes com características negativas que podem não agradar a pessoa avaliada. Além disso, algumas usuárias aderiram ao aplicativo como uma forma de detonar perfis de homens de quem não gostam. No entanto, apesar do grande sucesso o app ocasionou grandes polêmicas. Gustavo Fernandes, 19, estudante de Educação Física, foi uma das vítimas do Lulu. “Não me senti incomodado, porque acredito que isso não muda em nada a opinião de pessoas maduras que não julgam as pessoas pela opinião dos outros”. Porém o estudante considera o aplicativo como invasão de privacidade. “Achei um app extremamente desnecessário. Considero errado o fato de buscar informações de pessoas sem autorização, sendo que essas pessoas, no caso dos homens, têm seu perfil exposto a avaliações e nem sequer podem entrar no aplicativo. Eu particularmente não me incomodei, mas concordo com as pessoas que se

Quando soube do app Tubby, a estudante de jornalismo Ana Luiza Perdigão Braga, 19, ouviu muitos comentários das amigas com medo, mas ela

sentiram expostas, afinal, ninguém assinou um termo de autorização para ter sua imagem e seu perfil exposto a tal brincadeira de mau gosto”, diz Gustavo. O estudante de Ciência da Computação, Silvino Souza, 21, também não se sentiu incomodado, porém achou até engraçado o que escreveram a seu respeito. “Na verdade o que me incomodou foi que, quando resolveram criar um aplicativo para o homem avaliar as mulheres, seguindo a mesma linha, mas com um toque mais masculino, elas começaram a ficar com medo e quando veio o Lulu elas estavam doidas para avaliar.”

Como forma de revanche, uma semana depois de chegar ao Brasil, o Lulu ganharia uma rival na versão masculina, o Tubby, desenvolvido por um grupo de cinco mineiros. Porém, houve uma liminar da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte, na quarta-feira (4), dia em que o app seria lançado, para que o Tubby tivesse seus acessos bloqueados sob pena de multa diária de R$ 10 mil. O pedido teve como fundamento a Lei Maria da Penha que objetiva proteger os direitos das mulheres.

não se sentiu amedrontada. “Primeiro eu não tenho medo dos comentários e não acredito na validade deles, já que é um aplicativo aberto. Claro que há uma curiosidade, mas nem tudo ali pode ser levado a sério.” Ela também entrou para o clube do Lulu não para avaliar os homens. “Eu não vou negar que

baixei o app e que dei uma olhada no perfil de quem me interessava, mas não levei a sério e nem avaliei ninguém. Baixei por curiosidade para saber do que se tratava e ter um pouco mais de propriedade para falar sobre o assunto”, comenta a estudante. Atualmente é quase impossível viver sem o mundo digital, mas cuidados devem ser tomados para não afetar negativamente a vida das pessoas, principalmente quando se trata de crianças, jovens e adolescentes. O advogado Joselito Eugênio ressalta que o mau uso da internet pode provocar consequências. “Quando as pessoas abrem mão da convivência real e passam a se dedicar mais ao meio virtual, isso pode ser algo perigoso. Não nos damos conta de que dedicamos mais às redes sociais do que a nossa própria vida”, diz. n


URBHANO mangabeiras | sion Belo Horizonte, 21 de dezembro a 5 de janeiro de 2013

crônica

15 Foto: Arquivo pessoal

Estresse Duas noites sem dormir e o cansaço já estava cobrando seu preço. Na verdade desde novembro a fábrica estava a toda e os planos para o grande evento consumiam a maioria do seu tempo. Na última semana, no entanto, a coisa havia alcançado proporções enlouquecedoras com pedidos do mundo todo, alguns deles francamente absurdos. Infelizmente, não era a hora de recusar encomendas e a equipe, sempre alegre e jovial, mostrava estar bem perto do seu limite. A própria mulher, uma senhora tão querida no resto do ano, mal trocava palavra com ele. A falta de sono, o excesso de peso e todo o estresse daqueles dias deixavam sua visão turva enquanto guiava enloquecidamente para cumprir prazos. A música alta, as vozes e as luzes não ajudavam e os recentes excessos alimentares dificultavam a respiração. Quando voltou para casa estava simples e completamente exausto. A pele branca completamente vermelha pelo esforço, a barba desgrenhada, o suor escorrendo pela testa e os cabelos grudados sob o gorro vermelho.

Maurilo Andreas é mineiro de Ipatinga, publicitário de formação e escritor por paixão. Casado com Fernanda e pai de Sophia, é autor de seis livros infantis e foi um dos homenageados na I Feira Literária de Passos. Seu texto “Sebastião e Danilo” foi escolhido pela revista

Nova Escola para uma edição especial e vários outros fazem parte de livros didáticos e paradidáticos de diversas editoras.

Dentro das botas pesadas os pés estavam inchados e doloridos. Lá fora da casa as renas, sem se importar com o frio, jaziam esgotadas na neve do Polo Norte. Sem sequer se despedirem os elfos saíam um a um da oficina e o velho Papai Noel, sob o olhar quase maníaco da esposa, jurava para si mesmo: - “Natal nunca mais! Eu juro, Natal nunca mais!”. n

RESPEITE OS LIMITES DE VELOCIDADE. Se você já se apaixonou por um na rua, imagine quando tiver mais intimidade.

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